coleção fábulas bíblicas volume 29 - a bobagem da criação divina
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Coleção Fábulas Bíblicas Volume 29
A BOBAGEM
DA CRIAÇÃO DIVINA
JL
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Sumário
Introdução ................................................................................................................................................... 4
Problemas para Jesus Cristo .......................................................................................................... 5
1 - Mitos da criação, todos absurdos >>> ................................................................................... 6
Mitologia Abrâmica ............................................................................................................................. 8
Mitologia Grega .................................................................................................................................... 9
Mitologia Hindu .................................................................................................................................. 10
Mitologia Japonesa ........................................................................................................................... 11
Mitologia Chinesa .............................................................................................................................. 13
Mitologia Asteca ................................................................................................................................ 14
Mitologia Egípcia................................................................................................................................ 15
Mitologia Babilônica ......................................................................................................................... 16
Mitologia Persa ................................................................................................................................... 17
Mitologia Nórdica............................................................................................................................... 18
Conclusões ........................................................................................................................................... 19
2 - Quando surgiu o Universo segundo os religiosos? ....................................................... 21
1 - Quando o universo foi “criado”? .............................................................................................. 21
1 - Segundo o Arcebispo James Ussher: foi em 22 de Outubro de 4004 AEC. ........ 21
2 - Segundo os criacionistas da “Terra Jovem”: entre 6.000 e 10.000 anos. .......... 22
3 - Testemunhas de Jeová: 46.026 AEC. ................................................................................ 27
4 - Segundo os criacionistas da “Terra Antiga”: entre 10.000 e 20.000 anos. ....... 27
5 – Segundo a Igreja Católica: A data não pode determinar-se a partir da Bíblia. 30
Conclusão ............................................................................................................................................. 31
3 – Deuses nunca acertam de primeira >>> ............................................................................ 33
1 - Dilúvio Judaico ............................................................................................................................ 34
2 - Dilúvio Sumério .......................................................................................................................... 35
3 - Dilúvio Africano .......................................................................................................................... 36
4 - Dilúvio Hindu ............................................................................................................................... 37
5 - Dilúvio Grego ............................................................................................................................... 38
5 - Dilúvio Mapuche ......................................................................................................................... 39
6 - Dilúvio Pascuense ...................................................................................................................... 39
7 - Dilúvio Maia .................................................................................................................................. 40
8 - Dilúvio Asteca .............................................................................................................................. 41
9 - Dilúvio Inca .................................................................................................................................. 41
10 - Dilúvio Uro ................................................................................................................................. 42
Advertências ao leitor crente ......................................................................................................... 43
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Introdução
“Os 11 primeiros capítulos do Gênesis são a base conceitual do Criacionismo.
Se retirarmos o Jardim do Éden, com Adão e Eva, a tentação e a queda, não
há necessidade de uma redenção, de um redentor, de um salvador. Cristo veio
fazer o que aqui nesta terra?”
Rui Vieira – Presidente da Sociedade Criacionista Brasileira
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Problemas para Jesus Cristo
Se as fábulas do Paraíso com Adão e Eva, do Dilúvio Universal, da Arca de Noé e do
Êxodo são o que parecem ser, simples fábulas, provam que Jesus é desnecessário e
apenas outra fábula. Jesus Cristo se evapora com a falsidade de qualquer uma das
fábulas anteriores. Ou todas são verdadeiras ou todas são falsas, porque a falsidade
de uma liquida com as outras. Jesus Cristo é pregado como o novo deus cristão, o
velho deus Jeová e seu arcaico e sangrento velho testamento são relegados ao
esquecimento sempre que possível, mesmo o Novo Testamento copiando literalmente
mais de 400 pedaços do velho livro arcaico. Mas Jeová não afunda sem levar Jesus
Cristo junto. É um triste dilema para os crentes da mitologia abrâmica judaico-cristã,
que não podem estabelecer sua fé sobre bases mais coerentes (como se fé tivesse
alguma coerência).
Mitologicamente falando, alguém já se perguntou quais as razões para Jesus Cristo
precisar existir?
1. O FRACASSO DE DEUS NA CRIAÇÃO.
2. O PECADO ORIGINAL DE ADÃO E EVA.
Basta demonstrar a falsidade dessas afirmações para Jesus Cristo evaporar, tornando
sua existência absolutamente inútil e desnecessária. Fato que qualquer religioso e até
crente um pouco mais esperto sabem.
1. DEUS METEU A PATA E CAGOU NA PRIMEIRA CRIAÇÃO, O DILÚVIO É A PROVA
BÍBLICA DE SEU FRACASSO E DE SEU ARREPENDIMENTO.
2. O HOMEM PECAR É COMO UM CARRO PECAR. SÃO COISAS CRIADAS E 100%
LIVRES DE RESPONSABILIDADE. O HOMEM, COMO CRIATURA CRIADA JAMAIS
PODE PECAR, SEMPRE FARÁ O QUE FOI PROGRAMADO PELO CRIADOR, O QUE
TORNA JESUS INÚTIL DE UM JEITO OU DE OUTRO.
Isso não são afirmações ateístas, é a base da justificação
para o ensino de criacionismo nas escolas adventistas, só
para citar um exemplo: Os 11 primeiros capítulos do
gênesis precisam ser históricos e reais para o
cristianismo e a própria existência de Jesus Cristo ter
sentido e ser necessária, caso contrário todo o
cristianismo é uma fábula infantil. Nem citamos o fato
de que um dilúvio universal é um fato já detonado pela
ciência, simplesmente não aconteceu. E a própria Igreja
Católica do Reino Unido, declarou em documento oficial e
público que esses 11 capítulos não são históricos.
OUÇA DA BOCA DE UM RELIGIOSO: Rui Vieira, aos 3
minutos do vídeo ao lado.
Tirando os pequenos problemas que citamos acima, restam outros: se a criação divina
é um fato real e histórico: QUAL HISTÓRIA DA CRIAÇÃO É A VERDADEIRA? QUAL
DILÚVIO É O VERDADEIRO?
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1 - Mitos da criação, todos absurdos >>>
Há anos que a religião tenta enfiar o design inteligente (criacionismo) nas aulas de
ciências. Uma das razões por que não pode, não é que isso não seja científico, é
porque ela usa um modelo que, ao não poder demonstrar que causa é a primeira, ela
não pode demonstrar qual de todas elas é especificamente. É claro que eles sempre
optariam por uma específica, mesmo que não pudessem provar (Yahvé) e, por mais
que afirme que o DI não fale de um deus específico (ainda que o faça, sim, em sua
declaração de intenções), a realidade é que, em um país “laico”, onde todos tem o
direito de acreditar no que quiser, surgiria outro tipo de discussão: “O seu Deus ou o
meu?”. Devido a isso, é provável que surjam conflitos (de fato, por isso que nos EUA,
os fundadores, em sua constituição decretaram a separação entre Estado e religião,
algo que os religiosos hipócritas desse país, que se declaram como patriotas, tentam
sabotar o tempo todo) e, no final, como sempre aconteceu com as religiões: guerras
(com muito “amor e misericórdia”, já sabemos que eles, os religiosos, agem
motivados por isso). Alguns religiosos daqueles que habitualmente conhecemos,
podem pensar que sua religião é mais coerente do que o resto e que, tão só por isso,
é a única que faz sentido colocar lá. Certo? Aqui revisamos apenas as religiões mais
populares e seus mitos, todos igualmente absurdos.
“Algo absolutamente maravilhoso para o cético, claríssimo para qualquer pessoa
sensata e terrivelmente constrangedor para o crente, é o fato - inquestionável a todas
as luzes – de que se a história da criação do mundo contada por sua fé não passa de
mitos plagiados, todo o gigantesco edifício de sua religião está construído e submerso
na areia movediça das fábulas infantis. Não passam de um imenso conjunto de
fábulas, lorotas, mentiras, fraudes e bobagens sem sentido algum. Apenas histórias
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para boi dormir e mais nada. A única opção possível seria provar a veracidade das
fábulas da criação do mundo, do universo e dos seres, algo mais que impossível. Esta
situação esquisita – de adorar fábulas - leva pessoas como o próprio Papa Bento 16 (e
qualquer religioso do grande mercado de mitos para idiotas) a falar bobagens sem pé
nem cabeça na mídia global, para diversão dos céticos e vergonha dos próprios
crentes que precisam disfarçar com todo tipo de desculpas idiotas. Fica a questão: por
que precisam fazer papel de idiotas cultuando fábulas e defendendo os parasitas que
pregam essas fábulas como se fosse alguma verdade maravilhosa? Burrice genética?
Este é o único mistério, se é que chega a ser um”.
A Terra segundo a Bíblia.
Caro leitor crente, seu deus/mito é só mais um entre milhares
de histórias infantis, bobas e absurdas sobre a criação do
mundo, o que faz da sua religião apenas um conjunto de
bobagens engraçadas derivadas de mitos, lendas e fábulas. E
não há nada a fazer quanto a isso. Pode rezar à vontade, não
mudará nada, criaturas imaginárias não respondem orações.
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Mitologia Abrâmica
Judaísmo, cristianismo e islamismo.
No Gênesis, o primeiro livro da Torá judaica (Tanak) e da Bíblia cristã, contém duas
histórias da criação misturadas e contraditórias, as quais são aceitas como a descrição
da criação do mundo pelo judeu de hoje e pelo cristianismo e islamismo. Na primeira
história, Deus disse: “Faça-se a Luz”, e a luz aparece. Em seis dias, se cria o céu, a
terra, as plantas, o sol e a lua, os animais e todas as criaturas, incluídos os humanos.
E disse para todos, “Crescei e multiplicai-vos”, o que fizeram. No sétimo dia Deus
descansa, contempla sua obra, e acha que fez um bom trabalho (parece que ele não
sabia no que ia dar). Na segunda história, Deus cria o primeiro homem, Adão, do
barro. Faz um jardim, o Éden de Adão, mas o proíbe de comer do fruto da “Árvore do
Conhecimento do Bem e do Mal“ (parece que deus já tinha criado o mal, não se sabe
para que). Adão dá nome aos animais (a todos – cerca de 10 milhões de espécies –
não serviu para nada, pois depois tivemos que dar nome a todos de novo), mas
continua só. Então Deus (yahvé) anestesia Adão e faz de uma de suas costelas a
primeira mulher, para que o ajude no campo, Eva. Uma cobra falante a persuade a
comer o fruto proibido (colocado no paraíso de pura sacanagem) e convence Adão a
fazer o mesmo. Quando Deus fica sabendo (nesta época ele ainda não era onisciente)
o expulsa do jardim e obriga-o a trabalhar no campo (algo que já fazia) e a mulher é
condenada a parir com dor para sempre (ou até inventarmos os anestésicos). Deviam
ter se contentado com os abricós (damascos)!
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Mitologia Grega
Os antigos poetas gregos criaram diversas cosmogonias. A melhor conservada é a
Teogonia de Hesíodo. Neste hino, a partir do caos primordial chegaram as primeiras
divindades, como Gaia (mãe terra). Gaia criou a Urano, o céu, para cobrir-se. Elas
geraram uma coleção estranha de deuses e monstros, incluindo os Hecatónquiros,
monstros com 50 cabeças e cem mãos (um plágio do Avalokitesvara hindu de 1000
braços, pois obviamente Hesíodo escreveu sua Teogonia inspirado nos mitos
conhecidos na época), e os Ciclopes, (de um só olho), que mais adiante seriam os
forjadores dos raios de Zeus. Depois vieram os deuses conhecidos como Titãs, seis
filhos e seis filhas. Urano, desprezando seus monstruosos filhos, os encarcerou no
Tártaro (as entranhas da terra). Enfurecida, Gaia fez uma foice enorme e a deu a seu
filho menor, Cronos, com algumas instruções. Quando Urano foi copular com Gaia,
Cronos apareceu ao seu lado, saltou e cortou os genitais de seu pai! Quando o sangue
de Urano e de suas partes íntimas caiu, brotaram mais monstros, os Gigantes e as
Fúrias. Da espuma do mar revolto pelos santos testículos, veio a deusa Afrodite. Mais
tarde, Cronos foi pai da nova geração de deuses: Zeus e os deuses do Olimpo. Este
tentou devorar a todos até que, de novo, um de seus filhos (Zeus) conseguiu abri-lo e
tirar seus irmãos de seu estômago. Bem mais criativa que a pobre mitologia
abrâmica.
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Mitologia Hindu
A cosmologia hindu contém muitos mitos da criação e os protagonistas
principais subiram e baixaram de importância ao longo dos séculos. Um texto
védico, do Rig Veda, nos fala de um ser gigantesco, Purusha, que possui mil
cabeças, olhos e pés. Segundo o Púrusha-sukta (um hino do Rig-veda), Púrusha é
descrito como um gigante com mil cabeças e mil pies, que foi sacrificado e
desmembrado pelos devas (deuses): sua mente se converteu na Lua, seus olhos, no
sol, sua respiração, no vento. Com seu corpo foram construídos o mundo e as castas.
Dele emanou o Virash, o principio criador feminino, pelo qual renascia antes que o
mundo fosse feito com seus restos. No sacrificio de Púrusha, o canto védico foi o
primeiro que se criou. Também foram criados os cavalos e as vacas. Os brâmanes
(sacerdotes) foram criados da boca de Púrusha, os chatrías (militares) de seus braços,
os vaishias (artesãos) de seus músculos, e os shudrás (escravos) de seus pés. Os
céus emergiram de seu crâneo, os deuses Indra e Agni de sua boca. Considerava-se
que os dalits (párias), não haviam nascido de Púrusha. Historicamente, mais tarde,
a trindade Brahmâ (o criador), Vishnu (o preservador) e Shiva (o destruidor)
ganharam a proeminência. Brahmâ aparece em uma flor de loto brotando do
umbigo de Vishnu quando este estava dormindo. Brahmâ cria o universo, que
tem uma duração de um de seus dias. Então Shiva destrói o universo e se
reinicia o ciclo (que dura 100 anos de Brahmâ ou 311 trilhões de anos solares,
depois vêm a grande noite de igual duração, na sequência um novo ciclo e
assim infinitamente, mas Brahman é eterno, onipresente, jamais criado, sem
inicio e sem fim). Apesar da precisão, complexidade e exagero dos números, a
cosmologia hindu não passa de fábula. Veja Yuga e kalpa.
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Mitologia Japonesa
Izanagi cuja denominação
completa é Izanagi-no-Mikoto
(O Varão Majestoso)
juntamente com sua irmã e
esposa Izanami foi a
divindade responsável pela
criação do mundo e de outras
divindades na mitologia
japonesa.
Antes do mundo existir havia
apenas o caos. Quando os
deuses superiores geraram
Izanagi e Izanami eles
agitaram com uma lança
incrustada de pedras preciosas
o mar de água salgada abaixo
deles quando estavam sobre a
ponte flutuante celestial,
quando levantaram a lança,
gotas d'água caíram e formou-
se a primeira ilha, que foi
chamada de Onogoro, a
primeira terra firme. [1] Em
Onogoro, construíram o
primeiro templo e puderam
copular. Da primeira cópula
surgiu Hiruko (Criança-
Parasita) que por ser
deformado foi colocado num
cesto de junco e levado ao mar
para que perecesse. Após uma
deliberação dos deuses
superiores foi decidido que a
culpa do nascimento de Hiruko
havia sido de Izanami, então o
casal pode voltar a Onogoro e
continuar a gênese do mundo.
Criaram-se os deuses do
vento, árvores e montanhas
entre outras divindades além
do arquipélago japonês.
Quando Izanami pariu o deus-do-fogo Kagutsuchi, os seus órgãos genitais foram
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severamente queimados fazendo-a morrer em decorrência disso. Izanagi consternado
mata Kagutsuchi e decide visitar Izanami no mundo subterrâneo chamado de Yomi-
tsu-Kuni (Terra da Escuridão) numa tentativa de fazê-la voltar à vida. Quando chega a
entrada de Yomi, vê Izanami e pede que volte com ele no que ela concorda dizendo
que consultará os deuses do mundo subterrâneo sobre sua liberação, advertindo
Izanagi para não olhá-la. No entanto Izanagi tomado de desejo de rever sua amada
esposa retira um dente do pente de seu coque e o acende entrando no mundo
subterrâneo seguindo-a e ao iluminá-la vê um cadáver putrefato repleto de vermes.
Izanagi, assustado foge do mundo subterrâneo seguido de perto por demônios, pelos
deuses do trovão e pela própria Izanami transformada em um monstro, até os limites
de Yomi. Quando Izanagi arremessa três pêssegos na direção de seus perseguidores,
esses cessam suas hostilidades e Izanagi vê Izanami pela última vez selando a
entrada de Yomi com uma pedra. Sentindo-se enojado pelo que havia acontecido
decide banhar-se num rio para purificar-se sendo que ao se despir, várias divindades
emergem de suas roupas e também surgem as três divindades mais importantes do
panteão xintoísta. Amaterasu-no-mikoto (Deusa Augusta que Ilumina o Céu) também
conhecida apenas como Amaterasu, surge de seu olho esquerdo, enquanto Tsuki-
yomi-no-mikoto(Augusta Lua) brota de seu olho direito e por fim nasce do seu nariz
Susano-no-Mikoto (O Augusto Varão Furioso).
Logo após criar os três deuses principais do panteão xintoísta, Izanagi decidiu atribuir
uma tarefa a cada um deles. Para Amaterasu ele entregou um colar sagrado que
simbolizaria o poder divino fazendo-a tornar-se deusa do sol e habitar o céu enquanto
que para Tsuki ele atribuiu a Lua, tornando-o deus da noite e para Susano deu os
oceanos. Ao protestar contra a escolha do pai, alegando querer ir de encontro a sua
mãe Izanami, Susano é expulso por Izanagi que enfim dá por concluída sua missão da
criação.
Algo parecido com o mito de Perséfone no Hades.
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Mitologia Chinesa
Um ovo cósmico flutuando no vazio eterno, que contém as
força opostas do yin e yang, depois de eões de incubação,
surge dele o primeiro ser, Pangu. As partes pesadas (yin)
do ovo ficaram embaixo formando a terra. As partes mais
leves (yang) se elevaram para formar o céu. Pan-gu, por
temor que as partes pudessem voltar a juntar-se, pousou
sobre a terra e levantou o céu, que cresceu 10 metros por
dia durante 18.000 anos, até que céu teve 30.000
quilômetros de altura. Quando sua obra terminou, morreu.
Suas partes se transformaram nos elementos do universo,
sejam animais, fenômenos meteorológicos ou corpos
celestes. Alguns dizem que as pulgas dele se converteram
em humanos, mas não há mais explicações sobre isso. A
deusa Nüwa estava só, então decidiu formar os homens
do barro do rio Amarelo. Estes primeiros seres humanos lhe encantaram, mas
demorou muito tempo para fazê-los, por isso optou por lançar gotas de barro sobre a
terra e cada uma delas se converteu em uma nova pessoa. Estas pessoas feitas com
pressa se converteram nos plebeus, as anteriores, obviamente, foram os nobres. Este
é o primeiro exemplo de produção em massa!
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Mitologia Asteca
A mãe da terra dos astecas,
Coatlicue (“a da saia de serpentes“) é representada
de uma maneira assustadora, com um colar
de corações e mãos humanos arrancados das vítimas e uma saia de
serpentes, como sugere seu nome. Coatlicue era uma
deusa feroz, sedenta de sacrifícios humanos. Suas
afiadas garras nas mãos e pés remetem à ferocidade do jaguar, animal sagrado por
excelência, e as serpentes que a cobrem, substituindo
inclusive partes da anatomia, simbolizam à humanidade. A história
conta que Coatlicue foi fecundada por um punhal de
obsidiana e deu a luz a Coyolxauhqui, deusa da lua, e a 400 filhos que se
converteram nas estrelas do céu austral. Mais tarde, uma
bola de plumas caiu do céu, depois que Coatlicue a recolheu e colocou na
cintura voltou a ficar grávida. Coyolxauhqui e
seus irmãos se voltaram contra sua mãe, cuja gravidez incomum os
incomodou e indignou e a mataram. Entretanto, o menino dentro Coatlicue, Huitzilopochtli, o deus da guerra e o
deus do sol, nasceu do ventre de sua mãe totalmente crescido e armado. Atacou a Coyolxauhqui, matando-a com a ajuda de uma serpente de fogo. Cortou-lhe a cabeça e a lançou para o céu, onde se converteu na lua, supondo que isto consolaria a
Coatlicue, sua mãe.
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Mitologia Egípcia
Os antigos egípcios tinham vários mitos da criação. Tudo começou, segundo eles, com as águas caóticas de Nu (ou Nun).
Atum criou a si mesmo e depois criou uma colina, ainda que contrariamente não houvesse lugar para ele em pé. Atum não
tinha genialidade, mas tinha um olho que tudo vê. Ele/ela cuspiu um filho, Shu, deus do ar. Atum depois vomitou uma filha, Tefnut, a deusa da humidade. Estes dos foram
incumbidos da tarefa de criar ordem do caos. Shu e Tefnut geraram Geb, a terra, e Nut, o céu. Primeiro eles foram
entrelaçados, mas Geb levantou Nut por cima dele. Pouco a pouco foi se formando a ordem do mundo, mas Shu e Tefnut se
perderam na obscuridade restante. Atum (ele ou ela) enviou seu “Olho que tudo vê” em busca de ambos. (Como era o “olho que tudo vê” e como pôde ficar sem ele continua sendo um
mistério). Quando Shu e Tefnut voltaram, graças ao olho, Atum chorou de alegria. (É de se supor que ele/ela voltou a por o
olho em sua face para poder chorar). Quando as lágrimas atingiram a terra, os homens apareceram. (Na China eram gotas de barro).
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Mitologia Babilônica
Relevo assírio mostrando a luta de Marduk com Tiamat.
O mito babilônico da criação, ou Enuma Elish,
começa com os deuses da água, Apsu (doce) e
Tiamat (sal). As gerações de desova de vários deuses
deram lugar a Ea e seus muitos irmãos. Entretanto,
estes deuses mais jovens fizeram tanto ruído que
Apsu e Tiamat não podiam dormir. Apsu conspirou
para matá-los, mas Ea o matou primeiro. Tiamat
jurou vingança e criou muitos monstros, incluindo um
cachorro louco e o Homem Escorpião. Ea e a deusa
Damkina criaram Marduk, um deus gigante com
quatro olhos e quatro ouvidos, como seu protetor.
Enfrentando-se com Tiamat, Marduk, tendo os ventos
como armas, lançou um vento maligno contra seu
esôfago incapacitando-a e logo a matou com uma
flecha em seu coração. Depois lhe partiu o corpo pela
metade e o utilizou para criar os céus e a terra. Mais tarde criou o homem para fazer
os trabalhos de escravos que os deuses se negaram a fazer, como a agricultura, o
telemarketing e a contabilidade. Marduk atualmente aparece em Sealab 2021, no
Cartoon Network!
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Mitologia Persa
O Bundahishn da Era Media Persa conta que o mundo foi criado pela divindade Ahura
Mazda. A grande montanha, Elburz, cresceu durante 800 anos até tocar o céu. A partir
desse momento, a chuva caiu formando o mar Vourukasha e dois grandes rios. O primeiro animal, o touro branco, vivia nas
margens do rio Rod Veh. Entretanto, o espírito do mal, Angra Mainyu, o matou. Sua
semente foi levada à Lua e purificada, criando muitos animais e plantas. Do outro lado do rio vivia o primeiro homem,
Gayomard, brilhante como o sol. Angra Mainyu também o matou. O Sol purificou sua
semente durante quarenta anos, brotando despois uma planta de ruibarbo. Esta planta se converteu em Mashya e Mashyanag, os
primeiros mortais. Em vez de mata-los, Angra Mainyu os enganou para adorá-lo. Depois de 50 anos deram a luz a gêmeos, mas estes foram comidos por causa do seu
pecado. Depois de um tempo muito grande nasceram mais dois gêmeos, e deles vieram todos os seres humanos (mas especificamente os persas).
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Mitologia Nórdica
Com sua abundância de deuses corpulentos e musculosos e deusas peitudas, a religião nórdica
antiga dos países escandinavos e germânicos é realmente o mito da criação perfeito tanto para
fanáticos da luta livre profissional como para os do heavy Metal. Segundo a tradição nórdica, antes de existir a Terra (Midgard), existam Muspelheim
(também conhecida como Muspell), uma terra de fogo guardado pelo gigante de fogo e espadachim,
Surt; Ginnungagap, um grande vazio e Niflheim, uma terra congelada e coberta de gelo. Quando o frio de Niflheim tocou o fogo de Muspell, o gigante
Ymir e uma behemótica vaca, Audymla ou Auðumbla emergiram do descongelamento. Então, a vaca
lambeu o gelo salgado de Ginnungagap trazendo o deus Buri e sua esposa. O casal deu à luz a Bor, que foi o pai de três filhos: Odin, Vili e VI (ou Ve). Os
filhos mataram Ymir e de seu corpo criaram, a partir de sua carne, a terra, as montanhas de seus ossos,
com seu cabelo criaram as árvores, os rios, os mares e lagos com seu sangue. Dentro do crânio oco de Ymir, os deuses criaram os céus estrelados. O que podemos dizer? Pura magia do metal.
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Conclusões
Se aceitarmos o design inteligente e a declaração de seus criadores e defensores,
como uma ciência, quando afirmam que não se baseiam unicamente na Bíblia,
afirmando que muitas outras religiões concordam em vários pontos com a sua
perspectiva (embora esta seja claramente monoteísta e Abrãmica), deveriam estes
pesar todas e ver, e nos explicar quais os critérios que vão seguir para nos dar
explicações com base nessas religiões.
É óbvio, e já foi demonstrado muitas vezes que estes além de sua crítica em relação a
qualquer teoria contrária a suas crenças religiosas, jamais forneceram provas para
apoiar suas hipóteses pseudocientíficas. É por isso que suas alegações são
incoerentes. Estes magufos religiosos, em vez de basear-se nos descobrimentos,
adaptam suas teorias (anticientíficas) a uma série de crenças pré-estabelecidas.
Alguém pode se perguntar por que o fazem (eu já pulo esta etapa - a estupidez é
infinita, como Einstein diria) e estes devem esclarecer. Embora pareça difícil para
essas pessoas admitir o que foi mostrado até mesmo por meios legais: que são
criacionistas e que para um criacionista a evidência é inútil se ela contradiz o que
afirma este conto antigo:
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“Se aparecesse um conflito entre o testemunho do Espírito Santo na verdade
fundamental da fé cristã e crenças baseadas em argumentos e evidências,
então é o primeiro que deve ter preferência sobre o segundo, não o contrário.”
William Lane Craig, religioso e apologista judaico-cristão e membro do Acces
Research Network, antigua Students for Origins Research (SOR), uma organização
que diz ser científica, mas que na realidade é outra criacionista disfarçada repleta de
apologistas judaico-cristãos como Steve Meyer.
Mas já que querem incluir um mito, o abrâmico, como um fato possível e real,
não deveriam explicar quais são seus motivos para escolher este, o primeiro
nesta lista e não o resto dos mitos?
Não poucos religiosos criacionistas argumentarão usando o famoso argumento da
“interpretação bíblia” afirmando que a bíblia sim tem coisas coerentes (omitindo dela,
anjos assassinos, serpentes falantes, luz sem estrelas, aparições mágicas e
espontâneas, ferro flutuando, carros de fogo voadores, dragões cuspidores de fogo,
homens vivendo dentro de peixes, etc.). Estes costumam “interpretar” a seu gosto (e
não sabemos sob que critérios) certos textos para que estes tenham um mínimo de
sentido. Depois espalham que suas crenças possuem sentido. Pois senhores religiosos,
si usamos dito argumento, todos esses mitos incluídos nesta lista também o possuem.
Bem que poderíamos dizer que o mito nórdico tem sentido porque o espaço é frio e
que nele existe o vazio, ou adotamos o hinduísta porque fala de milhões de anos do
universo, ou o chinês porque nos fala da altura da atmosfera. Nenhum deles acerta
100% em tudo, (nenhum), mas segundo o argumento criacionista todos são válidos e
sujeitos a interpretações pessoais, todos são antigos e todos possuem textos sagrados
para apoiá-los. Segundo sua lógica, deveríamos desdenhar todo o conhecimento
científico que os contrarie e nos dedicarmos a adaptar os poucos que restem às
afirmações que estes realizam.
1. Concordaram-se com seu critério e logica, qual de todos estes mitos é mais
válido?
2. Por que o seu é mais válido que o resto? Fazemos uma salada de todos?
3. Ou simplesmente tiramos a sorte?
Fontes:
O texto foi extraído e modificado de www.livesciencie.com com a ajuda de várias
enciclopédias de mitologia para corrigir alguns erros nos textos.
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2 - Quando surgiu o Universo segundo os religiosos?
Geralmente este tipo de pessoa exige
ou usa como argumento o fato de que
ninguém, cientista ou estudioso,
estava no “começo” para saber quando
ocorreu e como ocorreu. Ao mesmo
tempo em que se permite classificar os
cientistas e a todos os que confiam em
suas análises e teorias como
“arrogantes”, estes recorrem a outro
tipo de pessoas para responder a
mesma pergunta. Hipocrisia?
Descaramento? Sim, pois a única coisa
que estas pessoas podem usar para
afirmar que tudo aconteceu
exatamente como escreveram os
autores bíblicos é o conhecido
argumento circular.
E o que dizem? Vejamos a solidez das
afirmações religiosas comprovando se,
tal como faz a ciência, estas coincidem
na hora de datar a idade de nosso planeta e do universo.
1 - Quando o universo foi “criado”?
O mais correto (do ponto de vista científico e, portanto demonstrável) seria
“formado”, mas vamos supor que é como afirmam os religiosos, partindo do que
afirma e relata o autor do Gênesis:
“No principio criou Deus os céus e a terra.” – Gênesis 1:1.
1 - Segundo o Arcebispo James Ussher: foi em 22 de Outubro de 4004 AEC.
Em 1650 Ussher escreveu o livro “Os anais do Mundo”. Baseando-se na Bíblia,
realizou uma série de cálculos que lhe levaram a estimar o número de gerações, a
duração media da vida humana e das principais figuras bíblicas entre Adão e Eva e o
nascimento de Jesus Cristo. Segundo ele, as datas exatas a que chegou foram:
Criação da Terra: no anoitecer de sábado 22 de outubro de 4004 AEC.
Não só disse o ano, mas afirmou que a hora exata em que dita criação deve ter
começado: “às 18h00min de sábado 22 de Outubro de 4004 antes de Cristo”.
22
Na realidade, Ussher pôs como data o dia 23 de Outubro, mas logo se deu conta do
erro, já que o tempo devia ter começado na noite anterior, por que a Bíblia diz...
(Gênesis 1:5)
Expulsão de Adão e Eva do Paraíso: segunda-feira 10 de novembro de 4004
AEC.
E o final do Dilúvio Universal (a arca de Noé pousa sobre um monte): quarta-
feira 5 de maio de 2348 AEC.
Veja a cronologia completa de Ussher >> cronologia completa.
2 - Segundo os criacionistas da “Terra Jovem”: entre 6.000 e 10.000 anos.
Estes religiosos, partindo da data aceita como oficial por todas as igrejas desde
Ussher deduziram que a Terra poderia ter começado a existir a partir dessa data (não
me pergunte o porquê) e 10.000 anos atrás. Em que se basearam? Muito simples, de
volta ao argumento estelar (adivinhem qual) decidiram pegar o versículo onde o autor
Bíblico do Novo Testamento diz que “para Deus” um dia pode ser como “mil anos” (2
Pedro 3:8 - Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como
mil anos, e mil anos como um dia.). Solução? Usamos essa lógica religiosa
esmagadora e adicionamos aos 4004 anos de Ussher, os 6 dias em que o “Senhor”
passa criando coisas porque lhe deu na telha. Bingo! 10.000 anos!
Nota: A contradição se escancara quando se pergunta ao religioso por que conta
esses mil anos por dia só no Gênesis e este não sabe o que responder. Partindo dessa
lógica circular e de livre interpretação:
1. Por que não multiplicamos mil anos a todos os dias narrados no Gênesis?
2. Por que não acrescentamos esses dias aos anos vividos por Adão, segundo a
própria Bíblia, também em Gênesis?
Ironicamente, imagino, o crente/religioso vê o absurdo que seria uma pessoa que
pudesse viver 930 anos x 365 dias do ano = 339.450 dias x esses “mil anos por dia”
de 2 Pedro 3:8. Adão teria vivido 339.450.000 anos. (como se alguém viver 930
anos fosse algo lógico e plausível não é mesmo?).
Esses religiosos afirmam:
“… A cronologia bíblica é um milhão de vezes mais curta que a cronologia da evolução.
Um erro de um milhão de vezes não é pouca coisa, e os estudiosos e eruditos bíblicos
necessitam sem dúvida prestar especial atenção para resolver esta tremenda
discrepância na própria base de toda nossa cosmologia bíblica. Esta não é uma
questão secundária que possa ser resolvida com alguma exegética retorcida, mas que
é fundamental para a própria integridade da teologia bíblica.” – Henry Morris, Las
Bases Bíblicas de la ciencia moderna, Baker, (1984), página 115.
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Mas o realmente engraçado é ver esses mesmos religiosos tentando dar explicações,
tergiversar e interpretar (?) segundo sua distorcida lógica o que a ciência diz, (1)
quando qualquer um pode pegar uma enciclopédia ou um livro de estudos científicos e
descobrir a verdade. (desses que publicam os especialistas na matéria e que se
compra em qualquer lugar do mundo).
(1) Leia, entre todas as suas afirmações, a explicação sobre a “Luz das
estrelas” (4º ponto) para ver de que tipo de intelectualismo desonesto e barato
estamos falando:
4. A Luz das Estrelas
Pense em uma estrela que está a uma distância de 80 milhões de anos-luz. Isso
significa que a luz que ela está produzindo ou irradiando agora necessitará de 80
milhões de anos para chegar a Terra, para que a possamos ver com nossos telescópios
gigantes. Mesmo a luz de nosso sol, a estrela mais próxima, demora vários minutos
para chegar a Terra.
Hoje podemos ver a luz das estrelas que estão a uma distância de milhões de anos-luz.
Será que isso significa que a terra deve ter milhões de anos? De jeito nenhum. Em
primeiro lugar, devemos lembrar que o ano-luz é uma medida de distância, não é
uma medida de tempo. Quando um astrônomo diz-nos que uma estrela está a uma
distância de certo número de anos-luz, está nos dizendo o quão longe a estrela está
(distância), e não quantos anos tem essa estrela ou há quanto tempo aquela estrela
existe (TEMPO). Segundo: a Bíblia nos diz em Gênesis 1:17 que Deus colocou as
estrelas no céu para que dessem luz sobre a ___________. Você acha que o Criador
fez as estrelas e depois esperou milhões de anos para a luz para chegar a
Terra? Não, ele não só criou as estrelas, mas ele também criou o raio de luz
que conecta a estrela distante com a terra de modo que a luz desses sóis
distantes brilhasse sobre a terra assim que foram criados. Se Deus tivesse criado
apenas as estrelas, mas não o raio de luz que se estende desde a estrela até a Terra,
então Adão teria olhado para o céu à noite e não teria visto qualquer estrela. A luz da
estrela mais próxima teria levado vários anos para chegar a Terra. Nessa altura, apenas
uma estrela teria sido visível para Adão. Mas Adão e os demais puderam ver desde o
princípio um céu cheio de estrelas (compare Gênesis 15:5).
24
O religioso de plantão adora deturpar o que a ciência diz, porque apesar do ano-luz
ser usado para medir distâncias, também é uma medida espaço-temporal. Para
explicar de forma simples, um ano-luz é a distância (longitude) que a luz percorre
em um ano (tempo). O religioso tenta (desonestamente) eliminar da fórmula um
de seus fatores.
O “inteligente” religioso de plantão se esquece de que para que a fórmula tenha
sentido é necessário o fator tempo. Ela depende de outro fator, a velocidade da luz
(299.792.458 metros em um segundo) e isso também contraria o que mais abaixo
tenta nos vender, quando afirma (usando o argumento presuncionista) que “Deus
criou tudo de uma vez”. Senhor crente, se “Yahweh” criou tudo (a luz já percorrida)
de uma vez, por que tentar nos vender que o tempo não influencia? Além disso, usar
respostas mágicas não é ciência, mas recorrer ao caminho mais fácil: “O Deus das
lacunas”.
Respondendo com a realidade: “Quando um astrônomo nos diz que uma estrela está a
uma distância de certo número de anos-luz, está nos dizendo o quão longe a estrela
está e a idade que tem a mesma”. Um exemplo real do que diz um astrônomo?
“Estamos vendo o Universo tal como era tão só 500 milhões de anos depois do
“Big Bang”. Nessa época, o Universo estava em plena “Era da Reionização” e
as primeiras estrelas estavam se formando”.
“Se compararmos o Universo em seu momento atual com uma pessoa de 25
anos de idade, observar a nova galáxia a z=10,3 (deslocamento para o
vermelho) é como ver o Cosmos quando era um bebê de um ano”.
Rafael Bachiller, diretor do Observatório Astronómico Nacional Fonte: http://www.elmundo.es/elmundo/2011/01/26/ciencia/1296047282.html
Huble encontra galáxia há 13,2 bilhões de anos-luz.
25
Huble encontra outra galáxia mais distante, há 13,3 bilhões de anos-luz.
Imagem divulgada pela Nasa mostra, no destaque, a “pequena” galáxia MACS0647-
JD, recém-identificada. (Foto: Nasa/Divulgação)
Estes magufos (mistura de mago com ufólogo) criam associações que dizem ser
científicas, mas que se analisadas objeticamente são tão imparciais quanto poderia
ser qualquer seita religiosa das que conhecemos.
Um exemplo? Temos a CRS (Creation Research Society), que por um lado, em seus
objetivos, afirma isto:
“A Sociedade de Investigações da Criação é uma organização profissional de
cientistas capacitados e laicos que estão firmemente interessados e
comprometidos com a ciência da criação especial. A Sociedade foi organizada
em 1963 por um comité de dez cientistas afins, e se converteu em uma
organização com membros em todo o mundo.”
“A CRS é independente e não está afiliada com nenhuma outra organização de
grupo religioso ou corpo da igreja.”
Fuente: http://www.creationresearch.org/about_crs.htm
26
Mas por outro lado, exige isto de seus membros:
“Existem várias categorias de associação que estão disponíveis, cada uma delas
requer a aceitação da declaração de fé da CRS.”
“Uma série de princípios foram estabelecidos desde o princípio. Em primeiro
lugar, os membros da Sociedade, que inclui investigadores de diversos campos
do saber científico, se comprometeram com a crença completa no registro
bíblico da criação e da história antiga. Assim, defendem o conceito da criação
especial (ao contrário da evolução), tanto do universo e da terra com a sua
complexidade de formas de vida. Todos os membros devem assinar a
seguinte declaração de fé:
1. A Bíblia é a Palavra escrita de Deus, e porque é totalmente inspirada, todas as suas
afirmações são histórica e cientificamente verdadeiras nos autógrafos originais. Para o
estudioso da natureza, isto significa que o relato da origem em Gênesis é uma apresentação
factual de simples verdades históricas.
2. Todos os tipos básicos dos seres vivos, incluindo o homem, foram feitas por atos criativos
diretos de Deus, durante a semana da criação descrita em Gênesis. Independentemente das
mudanças biológicas ocorridas desde a Semana da Criação, essas mudanças ocorreram apenas
dentro dos tipos originais criados.
3. O grande dilúvio descrito em Gênesis, vulgarmente conhecido como o dilúvio de Noé, foi um
evento histórico mundial em toda a sua extensão e efeito.
4. Nós somos uma organização de homens e mulheres cristãos de ciência, que aceitam Jesus
Cristo como nosso Senhor e Salvador. O relato da criação especial de Adão e Eva como um
homem e uma mulher e sua subseqüente queda no pecado é a base da nossa crença na
necessidade de um Salvador para toda a humanidade. Portanto, a salvação só pode vir através
de aceitar Jesus Cristo como nosso Salvador.
Fonte: http://www.creationresearch.org/hisaims.htm
Cientistas capacitados? Será que eu entendo simplesmente outro conceito de
“cientistas”. Já que para mim um cientista deve ser uma pessoa objetiva, racional e
imparcial. Que significa isto? Que não deve negar as evidências por mais que estas
contrariem o dito em um livro ou por uma religião. (e mais ainda se esse livro é o
instrumento principal dessa religião).
Laicos? Laicos seriam se estes NÃO tivessem que estar de acordo para serem
membros dessa “declaração de fé”. A objetividade e a imparcialidade não é uma das
atitudes de um cientista quando este se compromete a cumprir essas cláusulas:
“Várias categorias de associação estão disponíveis, para cada uma delas deve
estar de acordo com a declaração de fé da CRS”.
Fonte: http://www.creationresearch.org/membership.htm
Outra página digital conhecida diz prover-se de explicações científicas, esta, para o
cúmulo, se chama “Answers in Génesis”. (se alguém ainda tinha dúvidas sobre o
27
critério em que se baseiam para lançarem suas afirmações sob o apelativo de “teoria”,
comparando-a com a científica, não deve ter mais.).
3 - Testemunhas de Jeová: 46.026 AEC.
Outro exemplo de discordância baseado em interpretações mitológicas é o deste
grupo também sectário chamado “Testemunhas de Jeová”.
Nota: Estes (e muitos outros “religiosos” que afirmam serem superiores
intelectualmente), entretanto, não sabem que Jeová foi (e é) uma má pronuncia
devido a uma má tradução de YHWH ao latim, que deu como resultado JHWH, ao que
os hebraístas da idade media acrescentaram (baseando-se em suposições) as vogais
de Adonai (“meu senhor”) mudando o “A” pelo “E”, já que esta não podia sustentar-se
sob o “Yh” em hebraico. Esta má pronuncia, para o cúmulo da história, foi copiada em
todas as revisões bíblicas durante a reforma protestante.
Estes religiosos, no livro da Watchtower “Sea Dios veraz” (Let God Be True, 1946)
dizem que cada um dos sete dias da criação foi de 7.000 anos de duração. E que
desde que Adão foi “criado no final do sexto dia, foi posto na terra no final dos 42.000
anos de preparação da terra.” (P. 155). E dado que “Segundo a confiável cronologia
bíblica, Adão foi criado no ano 4026 AEC, provavelmente no outono, o final do sexto
dia da criação, sabemos que o universo foi criado em 46.026 antes de Cristo.” (1 de
Abril de 1968, Atalaia).
4 - Segundo os criacionistas da “Terra Antiga”: entre 10.000 e 20.000 anos.
É difícil saber por que estas pessoas discordam dos que ainda tentam sustentar a
crença de uma Terra jovem, mas no geral aceitam de alguma forma a interpretação
do “dia-era” para dar respostas aos “dias da criação” aos que o autor (autores, melhor
dizer) do Gênesis 1 se referem.
De onde tiram essa conclusão? Supomos que estes se sintam demasiado estúpidos
aceitando a descrição bíblica e necessitam recorrer ao argumento da “interpretação
simbólica”. Dito de outra forma: sabem que as evidências geológicas são tão taxativas
que não podem negá-las, mas ainda se sentem mais cômodos emocionalmente
seguindo com suas crenças religiosas.
Mas não imagine que eles estão de acordo entre si, na hora de descrever como “se
criou” a Terra:
1 - Criacionistas da restituição: sustentam que a vida (com ou sem
mudanças) foi criada de imediato em uma Terra antiga pré-existente.
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Como o sabem? Muito simples! Como todo religioso que tenta dar uma de “cientista”,
recorrendo ao argumento mágico (circular): admitir que o que diz a Bíblia é certo
porque a Bíblia o afirma e a partir dai tirar as hipóteses necessárias para que tudo
se enquadre com o que esta afirma.
2 - Criacionistas do dia-era: afirmam que a Terra foi criada por Deus em seis
dias cósmicos, que seriam muito mais longos que os dias terrestres (por
exemplo, cada dia poderia durar várias centenas de milhões de anos).
Basicamente com as mesmas evidências que os anteriores (nenhuma) e baseando-se
de novo em seu “argumento cósmico” (o de sempre).
3 - Criacionistas do desenho inteligente: A maioria deles afirma que a
Terra foi criada tal como o explica a geologia, MAS descrevem a evolução da
Terra e a vida através da intervenção direta de Deus.
Que evidências possuem?
Científicas: nenhuma.
Baseadas de novo no argumento circular: Todas elas oferecem como único
argumento, criticar a evolução para dar validade a suas pseudoteorias (o que
também se chama Argumento ad-ignorantiam).
O maior exponente destes religiosos pseudocientíficos é um grupo religioso chamado
Discovery Society, que tenta vender-se como uma sociedade para o avanço científico,
mas que sem querer, deixam escapar certas frases que lhes delatam, mesmo que
tentem ocultar suas verdadeiras intenções sob enredos semânticos:
“A Discovery Society é um grupo de indivíduos que se unem para apoiar o
trabalho e difundir a mensagem do Discovery Institute’s Center for Science
and Culture. Como membro da Discovery Society vai apoiar a investigação
de ponta que desafia a evolução darwiniana e valida o design inteligente
sobre a vida e o universo. Seus membros também nos ajudarão a promover
uma política de ensino das ciências mais equilibrado e de grande alcance, novos
vídeos e materiais curriculares. A Sociedade lhe fornecerá os recursos e
oportunidades de aprendizagem que lhe preparará para difundir a palavra.”
Fonte: http://www.discovery.org/csc/cscSociety.php
Embora este charlatanismo fique evidente quando se investiga um pouco dentro da
web e se observa qual organização é apoiada pela Discovery Society (Discovery
Institute). Quando se lê suas verdadeiras intenções, que não têm nada a ver com a
“inovação” (a menos que alterar “criacionismo” por “design inteligente” possa ser
considerado como inovação). Estes “pseudocontíficos” deixam bem claro o que
realmente pretendem com sua “mensagem” (que não é em absoluto nada do que eles
dizem que é sua “missão”):
Missão:
29
Fomentar uma cultura do propósito à criatividade e à inovação.
Programa:
Discovery Institute é uma comunidade interdisciplinar de estudiosos e
defensores das políticas dedicadas à revitalização de princípios tradicionais e
das instituições ocidentais e a visão de mundo a partir do qual são emitidas.
Discovery Institute tem uma preocupação especial pelo papel da ciência e da
tecnologia na nossa cultura e como se avançar no livre mercado, iluminar as
políticas públicas e apoiar as bases teístas ocidentais.
Filosofia:
Mente, não importa, é a fonte e o ápice da criação, a fonte das realizações
humanas. Concebidos pelos antigos hebreus, gregos e cristãos; e
desenvolvido na fundação dos Estados Unidos, a cultura ocidental tem
promovido a criatividade, o descobrimento e permitiu e defendeu a
singularidade e a dignidade dos seres humanos.
A isto se acrescenta também, sua pouca objetividade e critério quando estes decidem
fazer uma comparação do cristianismo frente ao ateísmo, declarando o primeiro como
o salvador de todos os males e o segundo como o culpável pelos mesmos:
Vincular a liberdade religiosa, política e econômica, à cultura judaico-cristã
estabeleceu o Estado de Direito, o respeito e a codificação dos direitos humanos
e concepção da democracia constitucional. Levou ao desenvolvimento da
ciência e da tecnologia, bem como a criatividade e a inovação econômica.
Em contraste, a visão de mundo materialista contemporânea, nega a dignidade
inerente e a liberdade dos seres humanos e mina a criatividade científica e a
inovação tecnológica. Sua visão de um círculo fechado de possibilidades
humanas sobre um planeta de horizontes limitados invoca, ao contrário, as
ideologias de redução progressiva de escasez, conflito, desconfiança mútua e
desespero.
Fonte: http://www.discovery.org/about.php
Se quiser saber mais acesse http://www.talkorigins.org/indexcc/index.html, um site
(entre muitos) que responde a estes charlatões e às afirmações com evidências e que,
como era de se esperar, já foi atacado por um cracker (deduzam com que ideologias
ou crenças). Mais de 600 afirmações criacionistas refutadas.
Para quem não os conhece: Quando estes religiosos falam do “direito constitucional”
omitem que em seu país (EUA), estes lutaram e ainda lutam contra esse direito.
Porque, caso não saiba, nos EUA existe a primeira emenda, contra a qual estas
pessoas têm lutado constantemente. Esta emenda e outros artigos de sua constituição
(como o artigo 6) separam a religião do estado, que é o que essas pessoas têm
tentado sabotar promovendo políticas religiosas baseadas em sua interpretação
bíblica. (praga que por desgraça se estendeu a outros países).
Outros sites famosos que pregam o criacionismo disfarçado de ciência são os de
Francis Collins e John Templeton:
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http://biologos.org/
http://www.templeton.org/
4 - Criacionistas da evolução teísta e criacionismo evolutivo: sustentam
o processo de formação do universo e dos seres vivos como é descrito pela
ciência (pró-evolução natural), mas postula que, além disso, existe um
propósito e uma origem divina nele; também sustentam a NÃO
incompatibilidade entre a ciência e a crença em um deus criador.
Possuem alguma evidência disso? NÃO, mas esta posição é bastante cômoda com o
resto das crenças religiosas sobre um ser protetor e com a convicção egocentrista que
define a nossa espécie como algo especial feito “à sua imagem e semelhança”. Estes
religiosos ainda dependem emocionalmente de sentir-se o centro do universo e que
tudo o que acontece em suas vidas está influenciado sob um objetivo pré-
determinado. (necessitam de algo que lhes dê segurança psicológica e encontram o
remendo perfeito nas religiões).
A contradição reside em que estes religiosos defendem um propósito (fim pré-
determinado) que contraria sua própria crença sobre um “livre arbítrio”. (veja mais
sobre os paradoxos entre as qualidades desse ser mitológico).
5 – Segundo a Igreja Católica: A data não pode determinar-se a partir da
Bíblia.
Esta igreja, que escolhe por votação há 1600 anos, cada crença e cada dogma que
estabelecer, é esperta em usar a demagogia e a ambiguidade. Como? Ora, usando
respostas ambíguas, mas todas elas sem deixar de lado sua base religiosa, que é a
que ela mesma instituiu à base de fraudes, assassinatos e mentiras.
Estes religiosos agora (e digo agora porque antes não o fizeram) adotam posições
politicamente corretas e empregam estratégias de marketing que lhes faz parecerem
inofensivos. (ainda que pareça que mudaram, e temos exemplos históricos, sempre
tendem à teocracia e ao apoio das ditaduras que lhes favoreçam, como toda religião
que se preze). Neste último século, a posição da igreja a respeito de datar o inicio do
universo, tem se posicionado em favor da ciência (com muito pesar, obviamente, pois
sem as fogueiras não dá mais para impor a “verdade” à força):
“Pelo menos uns 200 sugeriram datas, que vão desde 3483 até 6934 anos
antes de Cristo, todas elas baseadas na suposição de que a Bíblia nos permite
resolver este ponto. Mas não é possível... A interpretação literal foi
completamente abandonada, e se admite que a antiguidade imensa deste
mundo… E nestas questões não temos nenhuma evidência bíblica, e a Igreja
Católica é muito livre para seguir o ensinamento da ciência“.
Fonte: Enciclopédia Católica: cronologia bíblica (inglês).
31
É a confissão deslavada de que a ciência foi devastadora para o “conhecimento
divino”, que foi, sem muita dificuldade, transformado em fábula de uma hora para
outra. Não existia um plano “B”.
Ainda que esta Igreja se oponha inicialmente a todo conhecimento que contrarie as
afirmações bíblicas, prefere “evoluir” e adaptar-se para não perder clientes (já
sabemos que o cliente sempre tem razão) e se estes clientes demandam ciência e
esta finalmente comprova uma teoria, esta igreja finalmente a admite (mesmo que
com certos matizes, claro... para não perder o controle dos crentes, óbvio).
Um exemplo?
Vejam como esta aceita (se podemos denominar assim) as teorias evolutivas:
http://www.sobicain.org/cont01.asp?cap=59
Ou como esta não se aventura a realizar uma cronologia bíblica anterior à
época dos “patriarcas” bíblicos:
http://www.sobicain.org/crono.htm#Ch1
http://principioscatolicos.blogspot.com/2009/02/cronologia-biblica-i.html
Conclusão
Por que não se colocam de acordo?
Basicamente porque todos se fundamentam em simplesmente tomar como certas as
afirmações de um relato mitológico ao qual pretendem dotar de credibilidade
científica.
Por que não possuem credibilidade?
Basicamente pela mesma razão que não conseguem entar em acordo: se baseiam em
assumir como verdadeiros ditos relatos mitológicos, convertendo suas afirmações em
inalteráveis e fechando-se contra toda evidência que ponha em dúvida tais afirmações
mitológicas.
Por que o fazem?
Não sei. Sinceramente não entendo como uma pessoa pode sentir-se bem consigo
mesmo, negando-se a ver a realidade tão só porque as afirmações que lhe venderam
inicialmente, foram dadas por alguém que estimava, respeitava ou venerava mesmo
sabendo que essas são erradas e deslavadas mentiras. (e que, provavelmente, essa
pessoa que lhe deu, caiu na mesma mentira). Para mim é um crime contra a
inteligência seguir assumindo como verdades, afirmações mesmo depois que descubro
que estas são mentiras.
O que ganha uma pessoa mantendo-as?
32
No caso dos centros e igrejas que mencionamos, o objetivo é facilmente detectável: o
dinheiro.
Mas o que ganha uma simples pessoa com tudo isso?
O que ganha uma pessoa mantendo, defendendo e espalhando como verídicas
estas afirmações?
A única conclusão que se pode deduzir de tudo isso é a que todos os que possuem um
mínimo de sentido comum, certamente pensam: conforto emocional e intelectual.
É mais simples admitir mentiras cômodas e simples que verdades complicadas. O
irônico de tudo é que essas mentiras, além de não se sustentarem em evidências,
nem mesmo conseguem entrar em acordo entre elas próprias. São apenas clubes de
superstições baseadas em argumento circular e charlatanismo barato sob o
argumento da presunção.
Fontes:
Parte extraída de http://skepticsannotatedbible.com/interp/universe.html e ampliado.
33
3 – Deuses nunca acertam de primeira >>>
Depois da criação: problemas e um dilúvio!
.
Um acontecimento como o dilúvio deixaria suas marcas no planeta, todavia nada,
hoje, foi encontrado que comprove que tal catástrofe literalmente aconteceu. Quanto
aos sedimentos e fósseis marinhos em todas as grandes montanhas do mundo, são
sedimentos de superfícies marinhas ou terrestres que foram deslocadas pelo choque
das placas tectônicas ocorridas no fundo do oceano, projetando para cima o que se
encontrava na superfície ou no fundo do mar. A formação das cordilheiras: Andes,
Himalaia, Alpes, foi resultado de colisões ou da placa marinha próxima (Andes) ou, no
caso dos Alpes e do Himalaia, o choque da península italiana com o continente
europeu (Alpes) e da Índia com o continente da Ásia. Os registros históricos mais
antigos que se conhece têm cerca de quatro mil e quinhentos (4500) anos. São dessa
época as civilizações mais antigas. Igualmente digno de nota é o fato de, nas mais
variadas culturas, em todos os continentes, existirem tradições que aludem à
ocorrência de um dilúvio global com paralelismos espantosos entre si, tendo sido
documentadas mais de 250 em contextos culturais diferentes. Antropólogos dizem
que há mais de 1.000.000 de narrativas de dilúvio em povos e culturas diferentes do
mundo e todas elas, coincidentemente ou não, são no início dessas civilizações. Para a
civilização ocidental, a história mais conhecida a respeito do dilúvio é a da Arca de
Noé, segundo a tradição judaico-cristã. O Dilúvio também é descrito em fontes
americanas, asiáticas, sumérias, assírias, armênias, egípcias e persas, entre outras,
de forma basicamente semelhante ao episódio bíblico, porém em algumas civilizações
se relata sobre inundações em vez de chuvas torrenciais: uma divindade decide
limpar a Terra de uma humanidade corrupta, ou imperfeita (criada por algum deus
incompetente), e escolhe um homem bom aos seus olhos para construir uma arca
34
para abrigar sua criação enquanto durasse a inundação. Na narrativa judaica, Jeová
estava disposto a acabar com toda a humanidade. Após certo período, a água baixa, a
arca fica encalhada numa montanha, os animais repovoam o planeta e os
descendentes de tal homem geram todos os povos do mundo.
1 - Dilúvio Judaico
Le déluge - Léon Comerre
Na Bíblia, em Gênesis, é mostrado o arrependimento de Jeová em ter criado o
homem, devido à maldade que este espalhara na terra. Neste arrependimento, decide
fazer um enorme dilúvio, fazendo desaparecer tudo que havia sido criado até então.[1]
Porém, decide poupar Noé, por este ter agido bem, e lhe recomenda fazer uma arca
de madeira, e abrigar, junto com sua família, um casal de cada espécie existente. [1]
Entretanto, arqueólogos não encontraram nenhuma evidência significante que
comprove a existência do dilúvio.
Na esfera cultural hebraica primitiva, o evento do Dilúvio contribuiu para o
estabelecimento de uma identidade étnica entre os diferentes povos semíticos (todos
descendentes de Sem, filho de Noé), bem como sua distinção dos outros povos ao seu
redor (cananeus, descendentes de Canaã, neto de Noé, núbios ou cuxitas,
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descendentes de Cuxe, outro neto de Noé, etc.). No Antigo Testamento, Noé
amaldiçoa Canaã e abençoa Sem, o que serviria mais tarde como uma das
justificativas para a invasão e conquista da terra dos cananeus pelas Tribos de Israel.
2 - Dilúvio Sumério
O mito sumério de Gilgamesh conta os feitos do rei da cidade de Uruk, Gilgamesh,
que parte em uma jornada de aventuras em busca da imortalidade, nesta busca
encontra as duas únicas pessoas imortais: Utanapistim e sua esposa, estes contam à
Gilgamesh como conquistaram tal sorte, esta é a história do dilúvio. O casal recebeu o
dom da imortalidade ao sobreviver ao dilúvio que consumiu a raça humana. Na
tradição suméria, o homem foi dizimado por incomodar aos deuses. Segundo este
mito, o deus Ea, por meio de um sonho, apareceu a Utanapistim e lhe revelou as
pretensões dos deuses de exterminar os humanos através de um dilúvio. Ea pede a
Utanapistim que renuncie aos bens materiais e conserve o coração puro. Utanapistim,
então, reúne sua família e constrói a embarcação que lhe foi ordenada por Ea, estes
ficam por sete dias debaixo do dilúvio que consome com os humanos. Aqui um trecho
de tal história:
"Eu percebi que havia grande silêncio, não havia um só ser humano vivo além de nós,
no barco. Ao barro, ao lodo haviam retornado. A água se estendia plana como um
telhado, então eu da janela chorei, pois as águas haviam encoberto o mundo todo.
Em vão procurei por terra, somente consegui descobrir uma montanha, o Monte Nisir,
onde encalhamos e ali ficamos por sete dias, retidos. Resolvi soltar uma pomba, que
voou para longe, não encontrando local para pouso retornou (…). Então soltei um
36
corvo, este voou para longe encontrou alimento e não retornou." (TAMEN, Pedro.
Gilgamesh, Rei de Uruk. São Paulo: ed. Ars Poetica, 1992.).
3 - Dilúvio Africano
Olokun, Proprietário (Olo) dos Oceanos (Okun), e Olorun, Proprietário (Olo) dos Céus
(Orun), eram casados e criaram tudo. Mas se separaram numa disputa de poder e
viveram em guerra. Olorun encarregou Obatalá de criar a terra sobre as águas
primordiais de Olokun. Certa vez, Olokun invadiu a Terra para reassumir seu território
perdido e consequentemente destruir a humanidade demonstrando seu poder através
de um grande Dilúvio. Olorun salvou parte da humanidade lançando uma corrente
para os homens subirem. Com essa mesma corrente, Olorun atou Olokun ao fundo do
mar. Olokun mandou uma gigantesca serpente marinha engolir a lua, mas Olorun
disse que sacrificaria um humano por dia para acalmar a deusa. Assim, todo dia uma
pessoa se afoga no mar.
37
4 - Dilúvio Hindu
O Avatar de Vishnu,Matsya, é
retratado como sendo o que
apareceu inicialmente como
um Shaphari (uma carpa
pequena) para o rei Manu (cujo
nome original era Satyavrata ),
o rei de Dravidadesa, enquanto
ele lavava as mãos num rio.
Este rio supostamente descia
das montanhas de Malaya para
sua terra dos Drávidas. O
peixinho pediu para o rei salvá-
lo, e por compaixão, ele o
colocou em uma jarra de água.
Ele continuou a crescer cada
vez mais até que o rei Manu
teve que coloca-lo em um
grande jarro, e depois
depositá-lo em um poço.
Quando o poço também
revelou-se insuficiente para o
peixe cada vez maior, o Rei o
colocou em um tanque. Como
ele cresceu ainda mais o Rei
Manu teve que colocar o peixe
em um rio, e quando o rio
ainda se revelou insuficiente,
ele colocou no oceano, depois
quase encheu a vasta extensão
do grande oceano. Foi então
que Ele (o Senhor Matsya)
informou o Rei de um Dilúvio
que estava muito próximo. O
rei construiu um barco enorme
que abrigava sua família, 9
tipos de sementes, e animais para repovoar a terra. No momento do dilúvio, Vishnu
apareceu como um peixe com chifres e Shesha apareceu como uma corda, com o qual
Vaivasvata Manu fixou o barco no chifre do peixe (Matsya).
38
5 - Dilúvio Grego
A mitologia grega relata a história de um grande dilúvio produzido por Poseidon, que
por ordem de Zeus havia decidido pôr fim à existência humana, uma vez que estes
haviam aceitado o fogo roubado por Prometeu do Monte Olimpo. Deucalião e sua
esposa Pirra foram os únicos sobreviventes. Prometeu disse a seu filho Deucalião que
construísse uma arca e nela introduzisse um casal de cada animal, de forma análoga à
Arca de Noé. Assim estes sobreviveram.
Ao terminar o dilúvio, a arca de Deucalião pousou sobre o Monte Parnaso, onde
estava o Oráculo de Temis. Deucalião e Pirra entraram no templo, para que o oráculo
lhes dissesse o que deviam fazer para voltar a povoar a Terra, e a deusa somente lhes
disse: “Voltem aos ossos de suas mães" Deucalião e sua mulher adivinharam que o
oráculo se referia às rochas. Destas formas, as pedras tocadas por Deucalião se
converteram em homens, e as tocadas por Pirra em ninfas ou deusas menores, por
que ainda não se havia criado a mulher.
39
5 - Dilúvio Mapuche
Estátuas Trentren (acima) e Caicai (abaixo), na Praza de Ancud, Chiloé.
Nas tradições do povo Mapuche igualmente existe uma lenda sobre uma inundação do
lugar deste povo (ou do planeta). A lenda se refere à história das serpentes,
chamadas Tentem Vilu e Caicai Vilu.
6 - Dilúvio Pascuense
A tradição do povo da Ilha de Páscoa diz que seus ancestrais chegaram à ilha
escapando da inundação de um mítico continente, ou ilha, chamado Hiva.
40
7 - Dilúvio Maia
A mitologia do povo maia relata a existência de um dilúvio enviado pelo deus
Huracán.
Segundo o Popol Vuh, livro que reúne relatos históricos e mitológicos do grupo étnico
maia-quiché, os deuses, após terminarem a criação do mundo, da natureza e dos
seres vivos, decidiram criar seres capazes de lhes exaltar e servir. São criados então
os primeiros seres humanos, moldados em barro. Porém, esses seres de barro não
eram resistentes ao clima e à chuva e logo se desfizeram em lama.
Então, os deuses criaram o segundo tipo de seres humanos, a partir de madeira. Essa
segunda humanidade, ao contrário da primeira, prosperou e rapidamente se
multiplicou em muitos povos e cidades (tudo indica que é nessa época da segunda
humanidade que se passam as aventuras dos gêmeos heróis Hunahpú e Ixbalanqué
contra os senhores de Xibalba). Mas esses seres feitos de madeira não agradaram aos
deuses. Eles eram secos, não temiam aos deuses e não tinham sangue. Se tornaram
arrogantes e não praticavam sacrifícios aos seus criadores. Então, os deuses decidem
exterminar essa segunda humanidade através de um dilúvio. Ao contrário da maioria
dos outros relatos conhecidos sobre dilúvios, nenhum indivíduo foi poupado.
Após a catástrofe, a matéria prima utilizada para moldar os novos seres humanos foi
o milho. Foram criados quatro casais, que são considerados os oito primeiros índios
41
quiché. Eles deram origem às três famílias fundadoras da Guatemala, pois um dos
casais não deixou descendência.
8 - Dilúvio Asteca
No manuscrito asteca denominado como Codex borgia, há a história do mundo
dividido em idades, das quais a última terminou com um grande dilúvio produzido
pela deusa Chalchihuitlicue.
9 - Dilúvio Inca
Na mitologia dos incas, Viracocha destruiu os gigantes com uma grande inundação, e
duas pessoas repovoaram a Terra (Manco Capac e Mama Ocllo mais dois irmãos que
sobreviveram.
A religião é um forte elo entre as várias culturas andinas, sejam elas pré-incaicas ou
incas. A imposição do Deus Sol é um forte elemento da crença e dominação através
do mental, ou seja daquilo que permanece impregnado por gerações nas concepções
e mentalidades destas culturas, adorando o Deus imposto e entendendo ser ele o
mais importante. Pedro Sarmiento de Gamboa, cronista espanhol do século XVI,
relata como os Incas narravam sua criação e as lendas que eram passadas através da
42
oralidade de geração em geração, desde o surgimento de Viracocha e seus
ensinamentos, procurando definir um homem que o venerasse e fosse pregador de
seus conhecimentos. Em algumas tentativas de criar este homem, Viracocha acaba
punindo-o com um grande dilúvio pela não obediência como comenta Gamboa
(2001): Mas como entre ellos naciesen vicios de soberbia y codicia, traspasaron el
precepto del Viracocha Pachayachachi ,que cayendo por esta trasgresión en la
indignación suya, los confundió y maldijo. Y luego fueron unos convertidos en piedras
y otros en formas, a otros trago la tierra y otros el mar,y sobre todo les envió un
diluvio general, al cual llaman uñu pachacuti , que quiere decir “agua que trastornó la
tierra”. Y dicen que llovió sesenta días y sesenta noches, y que se anegó todo lo
creado, y que solo quedaron algunas señales de los que se convierteron en piedras
para memoria del hecho y para ejemplo a los venideros en los edificios de pucara que
es sesenta leguas del Cuzco. (p. 40)
A narração do dilúvio está presente entre muitos povos e culturas por todo o mundo.
O início de tudo, ou seja, a criação é um fator muito importante para estabelecer
relações e explicações sobre o que não se conhece e o que não foi vivido. Assim, os
mitos e lendas buscam criar uma ancestralidade, um ponto em comum que defina a
origem e o começo do cosmos e tudo existente nele, ou seja, o conhecer de si
mesmo, do próprio homem inserido na natureza, buscando sua sobrevivência e
continuidade de sua existência e a harmonia com os elementos naturais e
sobrenaturais.
10 - Dilúvio Uro
O povo uro (ou uru), que habita próximo ao Lago Titicaca, crê numa lenda que diz que
depois do dilúvio universal, foi neste lago onde se viram os primeiros raios do Sol.
43
Advertências ao leitor crente
1 - Ebooks recomendados
44
45
2 - Mais conteúdo recomendado
47
3 - Livros recomendados
570 páginas
317 páginas
600 páginas
600 páginas
Mentiras Fundamentais da Igreja Católica é uma análise profunda da Bíblia, que permite conhecer o que se
deixou escrito, em que circunstâncias, quem o
escreveu, quando e, acima de tudo, como tem sido pervertido ao longo dos séculos. Este livro de Pepe Rodriguez
serve para que crentes e não crentes encontrem as respostas que sempre buscaram e posaam ter a última palavra. É uma das melhores coleções de
dados sobre a formação mitológica do
cristianismo no Ocidente. Um a um, magistralmente, o autor revela aspectos mais
questionáveis da fé judaico-cristã.
Com grande rigor histórico e acadêmico Fernando Vallejo desmascara uma fé dogmática que durante
1700 anos tem derramado o sangue de
homens e animais invocando a enteléquia de Deus ou a estranha mistura de mitos orientais que chamamos
de Cristo, cuja existência real ninguém conseguiu demonstrar. Uma obra que desmistifica e quebra os pilares de uma instituição tão arraigada
em nosso mundo atual.
Entrevista com o autor AQUI.
“Dois informadíssimos volumes de Karlheinz
Deschner sobre a política dos Papas no século XX, uma obra surpreendentemente silenciada peols mesmos meios de comunicação que tanta atenção dedicaram ao livro de João Paulo II sobre como cruzar o umbral da esperança a força de fé e
obediência. Eu sei que não está na moda julgar a
religião por seus efeitos históricos recentes, exceto no caso do fundamentalismo islâmico, mas alguns exercícios de memória a este respeito são essenciais para a compreensão do surgimento de algumas monstruosidades políticas ocorridas no século XX e outras tão atuais como as que ocorrem na ex-Jugoslávia ou no País Basco”.
Fernando Savater. El País, 17 de junho de 1995.
“Este segundo volume, como o primeiro, nos oferece uma ampla e sólida informação sobre esse período da história da Igreja na sua transição de
uma marcada atitude de condescendência com
regimes totalitários conservadores até uma postura de necessária acomodação aos sistemas democráticos dos vencedores ocidentais na Segunda Guerra Mundial”. Gonzalo Puente Ojea. El Mundo, 22 de outubro de
1995.
Ler online volume 1 e volume 2 (espanhol). Para comprar (Amazon) clique nas imagens.
48
312 páginas
304 páginas
136 páginas
480 páginas
"Su visión de la historia de la Iglesia no sólo no es
reverencial, sino que, por usar
una expresión familiar, ‘no deja
títere con cabeza’. Su sarcasmo
y su mordaz ironía serían
gratuitos si no fuese porque
van de la mano del dato
elocuente y del argumento
racional. La chispa de su estilo se nutre, por lo demás, de la
mejor tradición volteriana."
"Soy partidario de incluir
en el plan de estudios una
asignatura acerca de símbolos
y mitos religiosos comparados.
Historia de la religión, bueno, catequesis obligatoria, no. Y, si
se empeña usted, acepto que
se insista sobre todo en la
historia de la Iglesia cristiana y
católica. Propongo un libro de
texto: Opus Diaboli, del
estudioso alemán Karlheinz
Deschner, recién traducido al
castellano en Editorial Yalde. En él se brinda abundante
documentación sobre la
trayectoria eclesial en relación
con temas como la guerra, el
dinero, la sexualidad, la
tolerancia, etcétera. Y jugosas
reflexiones sobre la actividad
política de los papas modernos,
desde León XIII hasta el turista de Cracovia que actualmente
disfrutamos. Si tal es el texto
elegido como manual, no veo
más que ventajas en convertir
la asignatura de religión en
obligatoria. Y aun para
adultos."
Fernando Savater. El País,
20 de mayo de 1990
"En temas candentes como los del control demográfico, el uso
de anticonceptivos, la
ordenación sacerdotal de las
mujeres y el celibato de los
sacerdotes, la iglesia sigue
anclada en el pasado y
bloqueada en su rigidez
dogmática. ¿Por qué esa
obstinación que atenta contra la dignidad y la libertad de
millones de personas? El
Anticatecismo ayuda
eficazmente a hallar respuesta
a esa pregunta. Confluyen en
esta obra dos personalidades
de vocación ilustradora y del
máximo relieve en lo que,
desde Voltaire, casi constituye
un Género literario propio: la crítica de la iglesia y de todo
dogmatismo obsesivamente
<salvífico>. Aparte de un
desbordante caudal de
conocimientos históricos,
ambos autores aportan un
desenfado jovial que, en último
término, tiene que ver con el
atenazamiento de las conciencias, con una tremenda
batalla de fondo contra ideas
nutricias de la democracia. En
suma: un balance total de la
historia del pasado y del
presente de la iglesia que
conjuga eficazmente la
brevedad, el rigor, la agudeza
y la aportación de datos
básicos."
De una manera didáctica, el profesor Karl Deschner nos
ofrece una visión crítica de la
doctrina de la Iglesia católica y
de sus trasfondos históricos.
Desde la misma existencia de
Jesús, hasta la polémica
transmisión de los Evangelios,
la instauración y significación
de los sacramentos o la supuesta infalibilidad del Papa.
Todos estos asuntos son
estudiados, puestos en duda y
expuestas las conclusiones en
una obra de rigor que,
traducida a numerosos
idiomas, ha venido a cuestionar los orígenes, métodos y
razones de una de las
instituciones más poderosas del
mundo: la Iglesia católica.
“Se bem que o cristianismo esteja hoje à beira da
bancarrota espiritual, segue
impregnando ainda
decisivamente nossa moral
sexual, e as limitações formais
de nossa vida erótica
continuam sendo basicamente
as mesmas que nos séculos XV
ou V, na época de Lutero ou de Santo Agostinho. E isso nos
afeta a todos no mundo
ocidental, inclusive aos não
cristãos ou aos anticristãos.
Pois o que alguns pastores
nômadas de cabras pensaram
há dois mil e quinhentos anos,
continua determinando os
códigos oficiais desde a Europa
até a América; subsiste uma conexão tangível entre as ideas
sobre a sexualidade dos
profetas veterotestamentarios
ou de Paulo e os processos
penais por conduta desonesta
em Roma, Paris ou Nova York.”
Karlheinz Deschner.
49
1 – (365 pg) Los orígenes, desde el
paleocristianismo hasta el final de la era constantiniana
2 - (294 pg) La época patrística y la
consolidación del primado de Roma
3 - (297 pg) De la querella de Oriente hasta el final del periodo justiniano
4 - (263 pg) La Iglesia antigua:
Falsificaciones y engaños
5 - (250 pg) La Iglesia antigua: Lucha
contra los paganos y ocupaciones del poder
6 - (263 pg) Alta Edad Media: El siglo de
los merovingios
7 - (201 pg) Alta Edad Media: El auge
de la dinastía carolingia
8 - (282 pg) Siglo IX: Desde Luis el Piadoso hasta las primeras luchas
contra los sarracenos
9 - (282 pg) Siglo X: Desde las
invasiones normandas hasta la muerte de Otón III
Karl Heinrich Leopold Deschner
Em 1970 Karlheinz Deschner começou sua obra mais ambiciosa, a “Historia Criminal do Cristianismo”, projetada em princípio a dez volumes, dos quais se publicaram nove até o presente e não se descarta que se amplie o projeto. Trata-se da mais rigorosa e implacável exposição jamais escrita contra as formas empregadas pelos cristãos, ao largo dos séculos, para a conquista e conservação do poder.
Em 1971 Deschner foi convocado por uma corte em Nuremberg acusado de difamar a Igreja. Ganhou o processo com uma sólida argumentação, mas aquela instituição reagiu rodeando suas obras com um muro de silêncio que não se rompeu definitivamente até os anos oitenta, quando as obras de Deschner começaram a ser publicadas fora da Alemanha (Polônia, Suíça, Itália e Espanha, principalmente).
50
414 páginas
639 páginas
LA BIBLIA DESENTERRADA
Israel Finkelstein es un arqueólogo y académico israelita, director
del instituto de arqueología de la universidad de Universidad de Tel
Aviv y co-responsable de las excavaciones en Mejido (25 estratos
arqueológicos, 7000 años de historia) al norte de Israel. Se le debe
igualmente importantes contribuciones a los recientes datos
arqueológicos sobre los primeros israelitas en tierra de Palestina
(excavaciones de 1990) utilizando un método que utiliza la
estadística ( exploración de toda la superficie a gran escala de la cual se extraen todas las signos de vida, luego se data y se
cartografía por fecha) que permitió el descubrimiento de la
sedentarización de los primeros israelitas sobre las altas tierras de
Cisjordania.
Finkelstein y Neil Asher Silbermann (director histórico de el centro
Ename de Bruxelas por la arqueología y la herencia publica) son los
autores de Best Seller "La Biblia Desenterrada: una nueva visión
arqueológica del antiguo Israel y de los orígenes de sus textos
sagrados" y de "David y Salomón: en busca de los reyes sagrados de la Biblia y de las raíces de la tradición occidental"
Es este un libro importante y de fácil lectura, así como el siguiente
sobre David y Salomón. Los autores con los métodos científicos
que utiliza hoy día la arqueología, ponen de manifiesto que lo que
se cuenta en la Biblia nada tiene que ver con la realidad histórica.
Nunca se encontraron rastros de la existencia de Moisés y el éxodo
no es mas que una invención seguramente apoyada en las batallas
de tribus nómadas buscando territorio. Ninguna prueba tampoco de la existencia de los reinos de David y Salomón, que debieron ser
unos reyezuelos sin gran importancia en el contexto histórico de la
época.
La Biblia, como los autores explican, fue creada por Josias hacia el
-600, para reunir los reinos de Israel y Juda y apoyándose en el
nacionalismo declarar una guerra que al fin perdieron.
Es un libro que es necesario conocer, las mentiras en que se basa
el Antiguo testamento son las mismas que aparecen en el nuevo, también los evangelios son mitos y leyendas, no hay que olvidar
que estos sucesos inventados ha servido y sirven ahora para
oprimirnos en nombre de un dios inventado y para los judíos
constituyen el pretexto del genocidio contra los palestinos, es
mejor saber el porque de tanto fanatismo.
Buena lectura, también ofrecemos cuatro documentales
presentados por los autores.
EL PAPA DE HITLER: LA VERDADERA HISTORIA DE PIO XII
¿Fue Pío XII indiferente al sufrimiento del pueblo judío? ¿Tuvo
alguna responsabilidad en el ascenso del nazismo? ¿Cómo
explicar que firmara un Concordato con Hitler?
Preguntas como éstas comenzaron a formularse al finalizar la
Segunda Guerra Mundial, tiñendo con la sospecha al Sumo
Pontífice. A fin de responder a estos interrogantes, y con el
deseo de limpiar la imagen de Eugenio Pacelli, el historiador
católico John Cornwell decidió investigar a fondo su figura.
En los archivos vaticanos, donde tuvo acceso a documentos
desconocidos hasta ahora, encontró exactamente lo contrario de
lo que buscaba: pruebas irrefutables de su antisemitismo y de su
responsabilidad en el estallido de las dos guerras mundiales.
Lejos del sensacionalismo, esta devastadora biografía,
excelentemente escrita, examina la carrera eclesiástica de Pacelli
con un impecable rigor, lo que hace aún más demoledoras sus
conclusiones.
El profesor Cornwell plantea unas acusaciones acerca del papel
de la Iglesia en los acontecimientos más terribles del siglo,
incluso de la historia humana, extremadamente difíciles de
refutar.
51
513 páginas
326 páginas
391 páginas
198 páginas
En esta obra se describe a algunos de los hombres que
ocuparon el cargo de papa.
Entre los papas hubo un gran
número de hombres casados,
algunos de los cuales
renunciaron a sus esposas e
hijos a cambio del cargo papal.
Muchos eran hijos de
sacerdotes, obispos y papas. Algunos eran bastardos, uno
era viudo, otro un ex esclavo,
varios eran asesinos, otros
incrédulos, algunos eran
ermitaños, algunos herejes,
sadistas y sodomitas; muchos
se convirtieron en papas
comprando el papado
(simonía), y continuaron
durante sus días vendiendo objetos sagrados para forrarse
con el dinero, al menos uno era
adorador de Satanás, algunos
fueron padres de hijos
ilegítimos, algunos eran
fornicarios y adúlteros en gran
escala...
Santos e pecadores: história dos papas é um livro que em
nenhum momento soa
pretensioso. O subtítulo é
explicado pelo autor no
prefácio, que afirma não ter
tido a intenção de soar
absoluto. Não é a história dos
papas, mas sim, uma de suas
histórias. Vale dizer que o livro originou-se de uma série para
a televisão, mas em nenhum
momento soa incompleto ou
deixa lacunas.
Seu título me deu a impressão,
quando o li, que se tratava de uma espécie de enciclopédia,
contando sobre a vida dos
papas individualmente. Não
obstante, ao folhear o livro,
percebi que estava enganado.
No entanto, isso não foi motivo
para que eu me decepcionasse.
Eamon Duffy, católico
assumido, em nenhum momento tenta adular os
pontífices, tampouco tenta
fazer saltar aos olhos suas
falhas de caráter. Para não cair
na armadilha de deixar-se levar
por lendas e boatos de
opositores de alguns papas, o
autor deixa de lado muitos
escândalos do papado, atendo-se apenas àqueles aonde de
fato foi possível se comprovar o
que foi dito.
La Iglesia esconde y minimiza este tremendo problema, pero
no estamos ante algo puntual
sino ante la consecuencia de
sus graves errores
estructurales. En Pederastia en
la Iglesia católica se analiza y
denuncia, con solidez y dureza,
la realidad, causas y efectos de
la pederastia clerical, se cuantifica su dimensión, y se
muestra que la cúpula de la
Iglesia, incluido el Papa,
mantiene una legislación
canónica que obliga a encubrir
y perdonar los delitos del clero.
Pepe Rodríguez demuestra que
encubrir esos delitos es una
práctica cotidiana en las diócesis católicas, aportando un
gran número de casos bien
significativos, con nombres y
apellidos, de España, Francia,
Italia, Alemania, Austria,
Polonia, Gran Bretaña, Irlanda,
Estados Unidos, México,
Centroamérica, Costa Rica,
Puerto Rico, Colombia, Argentina, Chile... Australia; y
en su "decálogo de los prelados
para el encubrimiento" aflora
las vergonzosas maniobras que
éstos realizan a fin de proteger
al clero pederasta. Pero,
aunque el objetivo del libro es
demostrar la inmoralidad del
gobierno de la Iglesia ante este
problema, el autor no olvida lo fundamental, eso es, la
situación psicológica y social de
las víctimas y sus familiares,
aportando las recomendaciones
indispensables para poder
detectar y protegerse del clero
agresor.
Originally published as a pamphlet in 1853, and
expanded to book length in
1858, The Two Babylons seeks
to demonstrate a connection
between the ancient
Babylonian mystery religions
and practices of the Roman
Catholic Church. Often
controversial, yet always engaging, The Two Babylons
comes from an era when
disciplines such as archeology
and anthropology were in their
infancy, and represents an
early attempt to synthesize
many of the findings of these
areas and Biblical truth.
52
576 páginas
380 páginas
38 páginas
First published in 1976, Paul Johnson's exceptional study of
Christianity has been loved and
widely hailed for its intensive
research, writing, and
magnitude. In a highly
readable companion to books
on faith and history, the
scholar and author Johnson has
illuminated the Christian world and its fascinating history in a
way that no other has.
Johnson takes off in the year
49 with his namesake the
apostle Paul. Thus beginning an
ambitious quest to paint the
centuries since the founding of
a little-known 'Jesus Sect', A
History of Christianity explores to a great degree the evolution
of the Western world. With an
unbiased and overall optimistic
tone, Johnson traces the
fantastic scope of the
consequent sects of Christianity
and the people who followed
them. Information drawn from
extensive and varied sources from around the world makes
this history as credible as it is
reliable. Invaluable
understanding of the
framework of modern
Christianity - and its trials and
tribulations throughout history
- has never before been
contained in such a captivating
work.
La Biblia con fuentes reveladas (2003) es un libro
del erudito bíblico Richard
Elliott Friedman que se ocupa
del proceso por el cual los cinco
libros de la Torá (Pentateuco)
llegaron a ser escritos.
Friedman sigue las cuatro
fuentes del modelo de la
hipótesis documentaria pero se diferencia significativamente
del modelo S de Julius
Wellhausen en varios
aspectos.
En particular, Friedman está de
acuerdo con Wellhausen en la
fecha del Deuteronomio (el tribunal de Josías , c. 621
a.s.C. o 622), pero coloca a la
fuente sacerdotal en la corte de
Ezequías y su secuencia de las
fuentes por lo tanto son J
(Jahvista), E (Elohista), S
(Sacerdotal) y D
(deuteronomista) . Friedman,
como Wellhausen, ve una redacción final en el tiempo de
Esdras , c. 450 a.s.C.
El núcleo del libro, teniendo
casi 300 de sus casi 380
páginas en la edición de
bolsillo, es la traducción del propio Friedman de los cinco
libros del Pentateuco, en la que
las cuatro fuentes más las
contribuciones de los dos
redactores (de la fuente de JE
combinada y las que más tarde
usó el redactor del documento
final) se indican
tipográficamente. Las secciones
restantes incluyen una breve introducción que esboza la tesis
de Friedman, una “recolección
de pruebas”, y una bibliografía.
An Atheist Classic! This masterpiece, by the brilliant atheist Marshall Gauvin is full of direct 'counter-dictions', historical evidence and testimony that, not only casts doubt, but shatters the myth that there was, indeed, a 'Jesus Christ', as Christians assert. A dynamic and courageous, Free Thinking Atheist dares to rip the Bible story of 'Jesus Christ' to shreds - using history, logic and common sense! Gauvin will take you on a journey through history and mercilessly expose the difference between science, which depends on reason, observation, and experience and religion, which merely believes. If you're looking for an excellent, humorous, and no-nonsense work that will provide you with the ammunition you need to refute the 'friends of the invisible son', then look no more! A must for every truth-seeker's library! Add it to your collection today!
Robert Ambelain, aunque defensor de la historicidad de un Jesús de carne y hueso, amplia en estas líneas la descripción que hace en anteriores entregas de esta trilogía ( Jesús o El Secreto Mortal de los Templarios y Los Secretos del Gólgota) de un Jesús para nada acorde con la descripción oficial de la iglesia sino a uno rebelde: un zelote con aspiraciones a monarca que fue mitificado e inventado, tal y como se conoce actualmente, por Paulo, quién, según Ambelain, desconocía las leyes judaicas y dicha religión, y quien además usó todos los arquetipos de las religiones que sí conocía y en las que alguna vez creyó (las griegas, romanas y persas) arropándose en los conocimientos sobre judaísmo de personas como Filón para crear a ese personaje. Este extrajo de cada religión aquello que atraería a las masas para así poder centralizar su nueva religión en sí mismo como cabeza visible de una jerarquía eclesiástica totalmente nueva que no hacía frente directo al imperio pero si a quienes oprimían al pueblo valiéndose de la posición que les había concedido dicho imperio (el consejo
judío).
53
391 páginas
639 páginas
PEDERASTIA EM LA IGLESIA CATÓLICA En este libro, los abusos sexuales a menores, cometidos por el clero o por cualquier otro, son tratados como "delitos", no como "pecados", ya que en todos los ordenamientos jurídicos democráticos del mundo se tipifican como un delito penal las conductas sexuales con menores a las que nos vamos a referir. Y comete también un delito todo aquel que, de forma consciente y activa, encubre u ordena encubrir esos comportamientos deplorables. Usar como objeto sexual a un menor, ya sea mediante la violencia, el engaño, la astucia o la seducción, supone, ante todo y por encima de cualquier otra opinión, un delito. Y si bien es cierto que, además, el hecho puede verse como un "pecado" -según el término católico-, jamás puede ser lícito, ni honesto, ni admisible abordarlo sólo como un "pecado" al tiempo que se ignora conscientemente su naturaleza básica de delito, tal como hace la Iglesia católica, tanto desde el ordenamiento jurídico interno que le es propio, como desde la praxis cotidiana de sus prelados. La existencia de una cifra enorme de abusos sexuales sobre menores dentro de la Iglesia católica es ya un hecho innegable, que no es puntual, ni esporádico, ni aislado, ni está bajo control, antes al contrario. Tampoco es, ni mucho menos, producto de una campaña emprendida contra la Iglesia por oscuros intereses. Los mayores enemigos de la Iglesia, mejor dicho, del mensaje evangélico que dicen representar, no deben buscarse en el exterior, basta y sobra con los muchos que existen entre su clero más granado. La pérdida de creyentes y de credibilidad tan enorme que está afectando a la Iglesia católica, desde hace algo más de un siglo, no obedece tanto a la secularización de la sociedad como a los gravísimos errores de una institución que ha perdido pie en el mundo real.
EL PAPA DE HITLER: LA VERDADERA HISTORIA DE PIO XII ¿Fue Pío XII indiferente al sufrimiento del pueblo judío? ¿Tuvo alguna responsabilidad en el ascenso del nazismo? ¿Cómo explicar que firmara un Concordato con Hitler? Preguntas como éstas comenzaron a formularse al finalizar la Segunda Guerra Mundial, tiñendo con la sospecha al Sumo Pontífice. A fin de responder a estos interrogantes, y con el deseo de limpiar la imagen de Eugenio Pacelli, el historiador católico John Cornwell decidió investigar a fondo su figura. En los archivos vaticanos, donde tuvo acceso a documentos desconocidos hasta ahora, encontró exactamente lo contrario de lo que buscaba: pruebas irrefutables de su antisemitismo y de su responsabilidad en el estallido de las dos guerras mundiales. Lejos del sensacionalismo, esta devastadora biografía, excelentemente escrita, examina la carrera eclesiástica de Pacelli con un impecable rigor, lo que hace aún más demoledoras sus conclusiones. El profesor Cornwell plantea unas acusaciones acerca del papel de la Iglesia en los acontecimientos más terribles del siglo, incluso de la historia humana, extremadamente difíciles de refutar.
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A BÍBLIA DESENTERRADA – DOCUMENTÁRIO (espanhol) OS PATRIARCAS – 1
OS REIS – 2
O ÊXODO – 3
O LIVRO - 4
A BÍBLIA DESENTERRADA – DOCUMENTÁRIO (inglês) The Patriarchs – 1
The Exodus – 2
The Kings – 3
The book – 4
A BÍBLIA FOI ENTERRADA PELA ARQUEOLOGIA.
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4 – Referências principais
http://ateismoparacristianos.blogspot.com/
http://www.ateoyagnostico.com/
Bíblia Sagrada
http://pt.wikipedia.org