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  • PMM Cdigo de Obras

    -1-

    LIVRO I

    DO URBANISMO

    TTULO I

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 1. - O presente CDIGO DE URBANISMO E OBRAS aplica-se a todo o municpio de Mossor, disciplinado a organizao do espao, fixando diretrizes para todas as construes, objetivando dotar a cidade de condies favorveis de habitao, meios de circulao, locais de trabalho e lazer, de forma harmnica e em consonncia com a conservao de locais paisagsticos e edificaes de valor histrico e/ ou cultural.

    Art. 2. - Visando Preservar o equilbrio ecolgico do Municpio, caber Secretaria de Urbanismo e Obras analisar todos os projetos e/ ou obras que possam desfigurar a paisagem natural e prejudicar a amenidade do clima da regio, compatibilizando-os com essas prerrogativas.

    Art. 3. - As reas habitacionais devero ser integradas cidade atravs de vias de circulao, ensejando a plena utilizao dos equipamentos urbanos e facilitando o alcance ao local de trabalho.

    Art. 4. - Caber ao poder pblico conservar as edificaes ou conjunto de edifcios comprovadamente de valor histrico e/ ou cultural para a comunidade local.

    Art. 5. - Os investimentos patrimoniais do Municpio, Estado ou Unio em urbanizao de reas devero ser canalizados para locais onde os mesmos possam ser racionalmente utilizados, recompensando de forma satisfatria os recurso aplicados.

    TITULO II

    DO ZONEAMENTO

    CAPTULO I

    DOS SETORES, SEUS LIMITES, TAXAS DE OCUPAO E DE UTILIZAO

  • PMM Cdigo de Obras

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    SEO I

    Dos Setores, taxas de Ocupao e de Utilizao

    Art. 6. - Para os efeitos deste cdigo, a zona urbana do Municpio de Mossor, definida pela lei n. 07 de 24/12/73, ser dividida em 10 (Dez) zonas, assim classificadas1 :

    Zona Comercial Principal (ZCP) Zona Comercial Secundria (ZCS) Zona Mista (ZM) Zona Residencial (ZR1) Zona Residencial (ZR2) Zona Especial Aeroporto (ZE1) Zona Especial Ribeirinha (ZE2) Zona de Proteo Paisagstica (ZPP) Zona de Ensino Superior (ZU) Zona Industrial (ZI)

    Art. 7. - A Zona Comercial Principal corresponde rea central da cidade, onde se localizam os principais rgos pblicos, escritrios, lojas, equipamentos diversionais, bancos e hotis.

    Art. 8. - A Zona Comercial Secundria se caracteriza como rea de complementao da funo comercial desenvolvida pela Zona Comercial Principal (ZCP) e corresponde aos centros e bairros.

    Art. 9. - A Zona Mista (ZM), corresponde ao contorno da Zona Comercial Principal, com ocupao comercial e residencial, se caracteriza como rea de transio entre a zona comercial principal e a zonas residenciais.

    Art. 10. - As zonas residenciais sero divididas em dois grupos: I. - Zona Residencial (ZRI) caracterizada como rea de ocupao de predominncia de

    habitaes; II. - Zona Residencial (ZR2), atualmente de baixa densidade, correspondente a rea de

    expanso residencial urbana.

    Art. 11. - As Zonas Especiais esto assim subdivididas:

    I. - Zona do Aeroporto (ZE1) abrangendo a rea da periferia do Aeroporto; II. - Zona Ribeirinha (ZE2) compreendida entre o leito principal e o brao direito do Rio

    Mossor, com aproveitamento principal previsto para paisagismo, recreao e lazer.

    1 Alterado pela lei 1507/2001. V. anexo.

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    Art. 12. - A Zona de Proteo Paisagstica corresponde faixa urbana da margem esquerda do Rio Mossor e se caracteriza como rea de interesse paisagstico.

    Art. 13. - A Zona de Ensino Superior (ZU) localiza-se na zona leste da cidade, concentrando equipamentos locais de ensino superior.

    Art. 14. - A Zona Industrial (ZI) caracteriza-se como zona de funo industrial, predominante e correspondente rea do Distrito Industrial de Mossor, onde esto e/ ou devero ser implantadas unidades industriais de maior porte e restritiva localizao nos limites do permetro urbano.

    Pargrafo nico - As pequenas unidades industriais, desde que no concorram com a poluio ambiental, podero se localizar dentro do permetro urbano, com prvio conhecimento e autorizao da Secretaria de Urbanismo e Obras.

    Art. 15. - Os usos permitidos, as taxas de ocupao e os coeficientes de utilizao de cada zona estaro discriminados na tabela anexa, parte integrante deste cdigo.

    Art. 16. - Os usos e taxas de ocupao e os coeficientes de utilizao de cada zona so os constantes das tabelas seguintes.

    Pargrafo nico - O coeficiente de utilizao da Zona Industrial (ZI) somente ser fixado em funo de cada caso especfico, com base em anlise e parecer da Secretaria de Urbanismo e Obras.

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    TABELA I2

    USOS ADEQUADOS, TOLERADOS E INADEQUADOS

    SEGUNDO AS ZONAS DA CIDADE

    2 J atualizada de acordo com a lei 1507/2001. V. anexo.

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    TABELA 2

    TAXA DE OCUPAO E COEFICIENTE DE UTILIZAO SEGUNDO AS ZONAS ZONAS TAXA DE OCUPAO(%) COEFICIENTE DE UTILIZAO

    ZCP 90 6 ZCS 80 4 ZR1 60 2 ZR2 50 2 ZM 70 3 ZE1 40 1 ZE2 30 2 ZPP - - ZU 30 2 ZI 40 -

    SEO II DOS LIMITES DOS SETORES

    Art. 17. - A Zona Comercial Principal fica delimitada pelo permetro compreendido pelas artrias Rua Cunha da Mota, Rua Doutor Almir de Almeida, Rua Almino Afonso, Rua Dr. Joo Marcelino, Av. Alberto Maranho e Rua Lopes Trovo.

    Art. 18. - A Zona Comercial Secundria, correspondendo aos estratos perifricos aos centros de bairro, fica assim definida :

    I - Centro de bairro So Manoel, limitado por duas paralelas ao eixo da Av. Presidente Dutra, distando cada uma 200 m deste; e pela Av. Francisco Mota e uma paralela a esta distando de 400 m, na direo Norte;

    II - Centro de bairro de Doze Anos, com os seguintes limites: Rua Francisco Romualdo, Rua Francisco Balduno, Rua Dom Bosco, Rua Vicente Fernandes e Rua Bernardo de Souza;

    III - Centro de bairro de So Jos, com os seguintes limites: Rua Epitcio Pessoa, Rua Antnio Soares do Couto, Rua Nilo Peanha e Rua Delfim Moreira.

    Art. 19. - A Zona Residencial (ZR1) corresponde a duas subzonas situadas em margens opostas do Rio Mossor, assim discriminadas:

    I - Subzona da Margem Direita do Rio Mossor, delimitada pela linha frrea, Av. Francisco Mota e limites de terreno da ESAM;

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    II - Subzona da Margem Esquerda do Rio Mossor, tendo como limites: o leito do Rio Mossor, trecho do anel virio, prolongamento terico da Rua Jos Damio, trecho da Felipe Camaro, trecho do Aeroporto e Rua Pedro Gomes de Oliveira.

    Pargrafo nico - Exclui-se desse limite a rea correspondente s Zona Comercial Principal, Mista, Centros de Bairros e Zonas de Preservao Paisagstica.

    Art. 20. - A Zona Residencial (ZR2) subdivide-se em duas subzonas assim especificadas :

    I - A Margem Direita do Rio Mossor, com os seguintes limites: Zona Universitria, Av. Francisco Mota, linha frrea e eixo do anel virio.

    II - O setor Noroeste da Cidade, com os seguintes limites: Av. Felipe Camaro, Rua Jos Damio, BR-304 e eixo do anel virio.

    Art. 21. - A Zona Especial Aeroporto (ZE1), tem como limites: Av. Felipe Camaro, muro do aeroporto, prolongamento terico do muro do aeroporto at o leito do Rio Mossor e eixo do anel virio.

    Art. 22. - A Zona Especial Ribeirinha (ZE2), limita-se pelo Rio Mossor e um brao deste, sendo secionada pela Av. Presidente Dutra.

    Art. 23. - A Zona de Proteo Paisagstica (ZPP) se estende por quase todo o curso do Rio Mossor na rea urbana, compreendendo ainda as reas das lagoas do Mato e das Barrocas.

    Art. 24. - A Zona de Ensino Superior (ZU) localiza-se ao longo da BR-110 (sada para Areia Branca), onde encontra-se a ESAM e Campus Universitrio.

    Art. 25. - A Zona Industrial (ZI), dever ser localizada em terreno situado a cerca de 3 Km do permetro Urbano, margem do eixo da BR-304 (Sada para Fortaleza).

    CAPTULO II DOS GABARITOS DAS ALTURAS

    SEO I

    Art. 26. - Os gabaritos das alturas para as edificaes situadas na rea urbana sero fixados nos termos desta seco.

    Art. 27. - Os gabaritos das alturas nas diversas zonas da cidade, considerando os coeficientes de utilizao e as taxas de ocupao, constam da tabela seguinte:

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    TABELA 3

    GABARITO DAS ALTURAS SEGUNDO AS ZONAS

    ZONAS ALTURAS (M)

    ZONA COMERCIAL PRINCIPAL (ZPP) 20,0 ZONA COMERCIAL SECUNDRIA (ZCS) 15,0 ZONA RESIDENCIAL (ZR1) 10,0 ZONA RESIDENCIAL (ZR2) 12,0 ZONA MISTA (ZM) 13,0 ZONA ESPECIAL (ZE1) 7,5 ZONA ESPECIAL (ZE2) 10,0 ZONA DE PROTEO PAISAGSTICA (ZPP) - ZONA DE ENSINO SUPERIOR (ZU) 10,0 ZONA INDUSTRIAL (ZI) -

    Pargrafo nico - Os gabaritos das alturas nas Zonas Industrial (ZI) sero fixados em cada caso especfico, de acordo com a anlise e parecer da Secretaria de Urbanismo e Obras.

    Art. 28. - Para efeito de clculo da rea construda no sero computadas as reas destinadas as garagens, estacionamentos e play-grounds.

    TTULO III DA ORGANIZAO DO ESPAO

    CAPTULO I

    DOS LOTEAMENTOS E DOS LOTES3

    Art. 29. - Entende-se por loteamento o planejamento de uma rea de terreno, inserindo-o no sistema virio da cidade, respeitando-se todas as exigncias de carter urbanstico estabelecidas para o setor onde se situa a rea a lotear.

    Art. 30. - Entende-se por lote a menor parcela ou subdiviso de um terreno destinado edificao.

    Art. 31. - Entende-se por desmembramento a diviso de uma gleba em lotes, desde que seja aproveitado o sistema virio existente ou aprovado, sem que se abram novas ruas, respeitando-se todas as exigncias estabelecidas para o setor.

    3 Ver legislao federal pertinente: leis 6766 e 9785 que dispem sobre parcelamento do solo urbano.

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    Art. 32. - vedada construo em lote cujo loteamento ou desmembramento no seja aprovado e cuja rea seja inferior a mnima estabelecida para o setor.

    1. - Nos setores residenciais o lote mnimo ter uma rea equivalente a 300 m (trezentos metros quadrados) com 12 m (doze metros) de testada mnima.

    2. - Nos terrenos para construo de casas populares sero permitidos lotes mnimos de 200 m (duzentos metros quadrados) com testada mnima de 10 m (dez metros).

    3. - Os casos especficos no previstos nesta lei sero objetos de anlise e parecer da Secretaria de Urbanismo e Obras.

    Art. 33. - Com vistas a aprovao de loteamento a prefeitura levar em conta:

    I - O carter do loteamento e o destino das futuras edificaes, tendo em vista a segurana e o conforto dos futuros habitantes da rea;

    II - A zona em que est inserido o loteamento e as restries quanto ao dimensionamento de cada lotes e os possveis usos;

    III - A compatibilizao do loteamento com o sistema virio programado para a rea.

    Art. 34. - Os terrenos que devido a forma ou disposio sejam considerados imprprios para a edificao, devem sofrer remanejamento de uso, cabendo prefeitura a atribuio de estudar a nova diviso para o local.

    1. - Caso no haja acordo entre as partes interessadas, caber prefeitura decretar a desapropriao da rea promovendo um reloteamento dentro dos padres urbansticos locais.

    2. - Ser assegurado aos ex-proprietrios a prioridade de compra em igualdade de preos com terceiros, por ocasio do leilo ou venda pblica dos lotes anteriormente desapropriados.

    3. - Para os casos de venda pblica ou leilo previsto no pargrafo anterior, a prefeitura publicar edital com 10 (dez) dias de antecedncia, onde devero ser estabelecidas as devidas limitaes a serem observadas nas futuras edificaes.

    Art. 35. - Os terrenos localizados em reas ainda no urbanizadas sero objeto de estudo pela prefeitura, visando seu enquadramento no planejamento urbano local, ficando a concesso do loteamento na dependncia de parecer da secretaria de Urbanismo e Obras.

    Art. 36. - Para efeito de tributao, os terrenos edificveis sero considerados de acordo com o nmero de lotes que comportam, em consonncia com os valores fiscais definidos para a rea.

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    CAPTULO II DO PROJETO DAS OBRAS DE LOTEAMENTO

    E DESMEMBRAMENTOS

    SEO I DO PROCESSO

    Art. 37. - Os interessados em lotear ou desmembrar um terreno devero requerer inicialmente prefeitura a aprovao do anteprojeto ou solicitar da secretaria de Urbanismo e Obras sugesto, cabendo a este rgo fornec-la no prazo de 30 (trinta) dias.

    Pargrafo nico - O anteprojeto referido no caput dever ser constitudo de plantas (4 cpias ozalid) do terreno em escala de 1: 500 ou 1: 1000 contendo as indicaes de proprietrios vizinhos, limites, orientao e ruas prximas.

    SEO II DO PROJETO

    Art. 38. - As normas estabelecidas para cada loteamento sero funo das restries do setor onde est localizado o terreno, enquanto os projetos de loteamento, a serem submetidos aprovao da Secretaria de Urbanismo e Obras, devero preencher os seguintes requisitos:

    I - Ser encaminhado atravs de requerimento solicitando aprovao, juntamente com: a) Prova de Propriedade do terreno b) Comprovante de quitao de impostos c) Certido negativa de qualquer impedimento legal

    II - Conter as seguintes plantas:

    a) Cpia autenticada do anteprojeto (uma cpia) b) Planta de situao c) Planta tcnica com curvas de nveis de metro em metro, indicao de quadras e lotes,

    estaqueamento da rua de vinte em vinte metros indicando cursos e tangentes, determinando pontos de interseco com implantao de marco indicando elementos de localizao de curvas com fixao de raios e ngulos centrais e seces transversais das ruas ( 04 quatro cpias)

    d) Planta do sistema de guas pluviais e rede eltrica indicando permetro e dimetro das redes e poos de visitas no caso de guas pluviais e estabelecendo permetro e localizao de posteao, no caso de rede eltrica (04 cpias)

    e) Planta de perfis (04 cpias)

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    f) Planta comercial indicando ruas, curvas de nvel de metro em metro, numerao das quadras e lotes e numerao mtrica de cada lote (04 cpias)

    g) Planta contendo sistema de distribuio de guas, reas de quadras e lotes, largura de ruas, passeios, recuos e fixando as reas reservadas (30% do total) para uso pblico (escola, praas, ruas, culto, recreao etc.).

    III - Indicar as obras consideradas indispensveis para tornar o terreno edificvel, tais como:

    a) Saneamento do solo b) Proteo contra inundaes e eroso, etc.

    SEO III DAS OBRAS

    Art. 39. - Em cada loteamento sero obrigatoriamente realizadas as seguintes obras:

    a) Movimento de terra b) Assentamento de meio-fios c) Execuo de sarjetas d) Pavimentao de ruas e) Outras obras constantes do termo de acordo e compromisso.

    Art. 40. - Para efeito de aprovao do loteamento sero exigidas a cauo correspondente a 20% (vinte por cento) da rea til em moeda corrente ou em lote, sendo a liberao proporcional a execuo dos seguintes servios:

    a) 50% (cinqenta por cento) quando concludos os servios de terraplanagem, meio-fio, guas pluviais.

    b) 50% (cinqenta por cento) quando concludos os demais servios

    Pargrafo nico - Ser de 90 (noventa) dias o prazo de aprovao do plano de loteamento pela Prefeitura, findo o qual o loteante poder iniciar as obras, desde que cumpridos os compromissos de taxas previstas em lei e assinado o termo legal.

    Art. 41. - Considerado aprovado oficialmente o plano de loteamento, o loteante assinar em livro prprio, depois de pagar as taxas legais, do qual constar obrigatoriamente :

    I - Expressa declarao do proprietrio obrigando-se a respeitar o projeto aprovado; II - Indicaes dos 20% (vinte por cento) com designao de numerao de quadras e lotes, os quais sero gravados como garantia das obras a serem efetuadas no loteamento; III - Indicao dos valores e designao das reas de utilidades pblicas que sero cedidas gratuitamente Prefeitura; IV - Indicao minuciosa das obras a serem executadas pelo proprietrio e do prazo em que se obriga a efetu-las;

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    V - Referncia a cerca da prova de ter feito o depsito da quantia arbitrada para garantia de execuo das obras nos prazos estipulados ou de ter sido justadas cauo idnea para o mesmo; VI - Referncia s multas para cada tipo de infrao; VII - As demais obrigaes estipuladas no processo.

    1. - As obras constantes do sistema virio principal da cidade sero executadas pela Prefeitura.

    2. - O loteamento ficar isento de imposto territorial sobre o lote no vendido no prazo de 5 (cinco) anos, ficando sujeito a imposto territorial como gleba.

    3. - O loteante ter de enviar a Secretaria de Finanas a relao dos lotes vendidos. 4. - No caso de estar o terreno gravado de nus real, constar as estipulaes feitas pelo respectivo titular e ser por este tambm assinado.

    CAPTULO III DA FISCALIZAO DE LOTEAMENTOS

    Art. 42. - A fiscalizao do loteamento ou desmembramentos ser exercido pelo rgo competente durante a execuo, at a expedio do alvar de concluso de obras.

    Art. 43. - Compete Prefeitura, no exerccio de fiscalizao de loteamentos:

    I - Verificar a obedincia dos grades, largura de ruas e passeios, execuo do sistema de pavimentao das ruas, instalao de redes de guas pluviais, tudo de acordo com o plano aprovado; II - Promover, sempre que lhe aprouver, as vistorias necessrias para aferir o cumprimento do plano aprovado; III - Comunicar a repartio competente, para as devidas providncias, as irregularidades observadas na execuo do plano aprovado; IV - Realizar vistorias requeridas pelo loteante para concesso do alvar de concluso das obras; V - Comunicar imediatamente repartio competente existncia de loteamento ou desmembramento no aprovados nos termos deste ttulo; VI - Autuar as infraes verificadas e propor as penalidades correspondentes e apontadas no termo de acordo e compromisso.

    CAPTULO IV DAS INTIMAES E VISTORIAS

    Art. 44. - Sempre que se verificar falta de cumprimento de quaisquer disposies deste cdigo, ser o proprietrio do loteamento intimado a supri-la.

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    Art. 45. - As intimaes sero expedidos pelo rgo fiscalizador competente, devendo mencionar o tipo de infrao cometida, determinando o prazo para suprimento da irregularidade.

    Pargrafo nico - A critrio da autoridade que expedir a intimao, os prazos fixados podero ser prorrogados uma vez, at seu dobro.

    Art. 46. - Os recurso de intimao sero interpostos dentro de quarenta e oito (48) horas de sua cincia e sero recebidos com os efeitos que declarar a autoridade competente.

    Art. 47. - A Prefeitura determinar ex-ofcio ou a requerimento vistorias administrativas sempre que:

    I - Verificada a existncia de loteamento ou desmembramento clandestino ou em desacordo com o plano aprovado; II - Verificada a ameaa ou consumao de desabamento de terras ou rochas, obstruo ou desvio de curso de guas e canalizao em geral.

    Art. 48. - As vistorias sero procedidas por comisses, designadas pela autoridade competente que as determinar, compostas por trs membros.

    1. - A autoridade que constituir a comisso poder formular os quesitos que entender.

    2. - A comisso proceder as diligncias julgadas necessrias, consubstanciando suas concluses em laudos tecnicamente fundamentado.

    3. - O laudo de vistorias dever ser encaminhado autoridade que houver constitudo a comisso no prazo pr-fixado.

    Art. 49. - Aprovadas as concluses de vistorias, ser o proprietrio intimado a cumpri-las.

    CAPTULO V DO ALVAR DE CONCLUSO DAS OBRAS

    Art. 50. - A concluso de obras de todo loteamento ou desmembramento dever ser comunicada pelo proprietrio Prefeitura para fins de vistoria e expedio do alvar.

    Pargrafo nico - A comunicao de que trata este artigo e a expedio do alvar devero ser providenciadas dentro do prazo previsto no termo de acordo e compromisso.

    Art. 51. - Requerido o alvar de concluso das obras, a Secretaria de Urbanismo e Obras proceder a vistoria do loteamento ou desmembramento e expedir o certificado de concluso das Obras.

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    Pargrafo nico - Verificada qualquer irregularidade na execuo do plano aprovado, a Secretaria de Urbanismo e Obras no expedir o alvar de concluso de Obras.

    Art. 52. - O prazo para concesso de alvar no poder exceder quinze (15) dias teis, contados da data de entrada ao requerimento.

    Art. 53. - No ser concedido alvar enquanto no forem integralmente observados o plano aprovado e as clusulas do termo de acordo.

    Art. 54. - Sempre que a vistoria verificar a inobservncia do projeto aprovado, dever o proprietrio, no prazo que lhe der a Prefeitura, ajustar o loteamento ou desmembramento, nos termos do plano aprovado, sem prejuzo das multas previstas no termo de acordo.

    TTULO IV

    DA UTILIDADE DA TERRA

    CAPTULO I

    DA EDIFICAO

    Art. 55. - Os edifcios residenciais ou destinados a habitao classificam-se em:

    I - Edifcios unifamiliares ou edifcios destinados a uma s unidade familiar; II - Edifcios multifamiliares ou edifcios destinados a mais de uma unidade familiar; III - Edifcios mistos ou edifcios destinados a habitao conjuntamente com ocupao de outra natureza, como sejam servios pblicos, comrcio, etc.

    Pargrafo nico - Considera-se unidade familiar, tanto o grupo de indivduos que moram em conjunto, sob regime de economia comum, como o indivduo que ocupe sozinho, para sua morada, um edifcio, apartamento ou cmodo.

    Art. 56. - As edificaes classificam-se por seu turno em individuais ou coletivas.

    Art. 57. - So edificaes para uso individual:

    I - Os edifcios unifamiliares; II - As que, em edifcios multifamiliares ou mistos, disponham de instalaes prprias que assegurem s unidades familiares que as ocuparem, condies de vida autnoma, sem dependncia das instalaes e servios comuns do prdio em que estiver integrada.

    Art. 58. - So de uso coletivo as edificaes em que as unidades familiares que as ocupam, ainda quando disponham de certas instalaes privativas, notadamente as sanitrias, estejam submetidas a uma administrao ou regime comum, na dependncia de instalaes de

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    servios postas a disposio de todos os ocupantes conjuntamente, tais como: hotis, hospedarias, casas de sade, pensionato etc.

    Pargrafo nico - Incluem-se entre as edificaes de uso coletivo: os quartis, os conventos, os internatos, os colgios e outras sedes de corporaes anlogas, civis, militares ou religiosas, ainda que se considerem seus ocupantes membros de uma s comunidade.

    Art. 59. - A Construo de edifcios residenciais ser permitida:

    I - Nos setores residenciais, de acordo com as caractersticas de cada bairro; II - Na zona mista, respeitada igualmente a localizao e caractersticas dessa zona.

    Pargrafo nico - Na Zona Industrial a construo de prdios residenciais depender da localizao prvia pela Secretaria de Urbanismo e Obras, em vista a necessidade de compatibilizao com posterior implantao do Distrito Industrial.

    Art. 60. - Na Av. Presidente Dutra, trecho compreendido entre a ponte sobre o Rio Mossor e a sede do DNER, as construes devero ter recuo mnimo de 16 m, a contar do eixo da via.

    Art. 61. - Na rua Felipe Camaro, trecho compreendido entre a Av. Alberto Maranho e a Estao Rodoviria, as construes devero obedecer a recuos mnimos de 15 m, a partir do eixo da via.

    Art. 62. - vedado qualquer tipo de edificao na Zona de Proteo Paisagstica (ZPP), compreendidas pelas margens do Rio Mossor e pelas Lagoas do Mato e Barrocas.

    Art. 63. - A edificao de moradia de baixo custo ser admitida em qualquer zona, desde que sua localizao seja indicada pela Prefeitura e sua construo tenha carter de empreendimento de cunho social.

    1. - Para que seja dada autorizao para essas edificaes as mesmas devero preencher os seguinte requisitos:

    I - Respeitar as condies a que est subordinada o loteamento do terreno escolhido, em vista do destino e das caractersticas previstas no planejamento geral da cidade; II - Ter edificaes condicionadas categoria econmica da populao que deva nelas ser concentradas sem prejuzo dos requisitos mnimos de segurana, higiene e conforto, e III - Assegurar sua populao facilidade de transporte, abastecimento, educao, alm de outros servios bsicos.

    CAPTULO II

    DO SISTEMA VIRIO

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    Art. 64. - Objetivando o controle de expanso futura e o racional aproveitamento da rea urbana, assim como a racionalizao dos servios de transportes urbanos e melhores condies de circulao, s vias pblicas da Cidade de Mossor passam a ter as seguintes caracterizaes:

    I - Contorno Virio II - Vias Radiais III - Vias Coletoras IV - Vias Locais V - Vias para Pedestres

    Art. 65. - O contorno virio temo como objetivo evitar o trfego pesado na rea urbana, conectando pontos extremos da cidade de onde partem todas as vias radiais.

    Art. 66. - As vias radiais tem a funo precpua de canalizar o movimento de entrada e sada de veculos da Cidade.

    Art. 67. - Constituem as vias radiais as seguinte artrias:

    I - Av. Felipe Camaro, com largura de 21 (vinte e um metros), contando com 2 (duas) pistas de rolamento de 7 m (sete metros) cada, passeio central de 1 m (um metro) e passeios laterais de 3 m (trs metros); II - Rua Crockatt, com previso para largura de 21 m (vinte e um metros), com as mesmas especificaes do inciso I; III - Av. Presidente Dutra, com largura prevista de 23 m (vinte e trs metros), com 2 (duas) pistas de rolamento de 7 m (sete metros) cada, passeio central de 3 m (trs metros) e passeios laterais de 3 m (trs metros); IV - Av. Francisco Mota com as mesmas especificaes tcnicas definidas no Inciso I.

    Art. 68. - As vias coletoras tem funo de conectar o trfego entre as vias radiais, interligando os bairros e servindo de suporte ao fluxo interno da cidade.

    Art. 69. - So vias coletoras as seguintes :

    I - Av. Alberto Maranho, com largura de 18 m (dezoito metros), incluindo os passeios laterais; II - Rua Jos Damio, com largura prevista de 21 m (vinte e um metros), com 2 (duas) pistas de rolamento de 7 m (sete metros), passeios central de 1 m (um metro) e passeios laterais de 2 m (dois metros).

    Art. 70. - As vias locais so artrias de interesse de bairro ou zona, com largura mnima de 13 m (treze metros) e passeios laterais de 2 m (dois metros).

    Art. 71. - As vias para pedestres so aquelas localizadas nos centros comerciais, com trfego proibido para veculos automotores.

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    CAPTULO III

    DAS REAS VERDES

    Art. 72. - Objetivando garantir condies de amenidade de clima e salubridade da rea urbana fica estabelecido o seguinte sistema de reas verdes:

    I - Zona Ribeirinha do Rio Mossor em toda extenso urbana, com afastamento mnimo de 50 m (cinqenta metros) contados de cada margem do rio. II - Em volta da lagoa do Mato e Barrocas, lagos e reservatrios naturais ou artificiais; III - Na periferia da rea urbana configurando cinturo verde da Cidade.

    TTULO V

    DO PLANEJAMENTO URBANO

    CAPTULO NICO

    DA ASSESSORIA DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO

    Art. 73. - A superviso e orientao tcnica dos servios de urbanismo do Municpio de Mossor competir assessoria de desenvolvimento integrado, rgo diretamente subordinado secretaria Municipal de Planejamento.

    Art. 74. - So atribuies especficas da Assessoria de Desenvolvimento Integrado:

    I - Elaborar o plano geral do Governo Municipal II - Proceder aos trabalhos do plano Diretor do Municpio e sua articulao com regio adjacente e aos estudos dos problemas gerais do Municpio, afim de manter atualizado seu planejamento urbano III - Elaborar os programas gerais e setoriais de durao plurianal relativo ao planejamento urbano; IV - Elaborar, com base nesses estudos, em conjunto com os demais rgos da Secretaria de Planejamento:

    a) Minutas do projeto de lei ou decretos que definam ou alterem princpios e normas reguladoras do planejamento urbano ou que aprovem planos estabelecidos pela prpria assessoria de desenvolvimento Integrado.

    b) Anteprojetos de servios e obras de urbanizao.

    V - Opinar, como rgo assessor, sobre todos os empreendimentos que interessem estrutura e fisionomia da cidade.

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    Art. 75. - A Assessoria de Desenvolvimento Integrado ser composta por tcnicos de experincia comprovada nos setores de Arquitetura, Engenharia e Cincias Sociais, indicados pelo Secretrio de Planejamento e nomeados pelo Prefeito Municipal.

    Pargrafo nico - O diretor da Assessoria de Desenvolvimento Integrado dever ser escolhido entre os engenheiros e Arquitetos que compem a lotao do rgo.

    Art. 76. - O diretor da Assessoria de Desenvolvimento Integrado solicitar do Secretrio Municipal de Panejamento o pessoal tcnico e auxiliar indispensveis execuo das suas atividades.

    Art. 77. - As atividades da Assessoria de Desenvolvimento Integrado podero ser executadas atravs de grupos de trabalho, de carter temporrio.

    LIVRO II

    DAS OBRAS

    TTULO I

    DAS DEFINIES

    Art. 78. - Para efeito do presente cdigo ficam definidos os seguintes termos:

    ACRSCIMO - Qualquer aumento de uma construo em sentido horizontal e/ ou vertical.

    AFASTAMENTO - Distncia medida a partir de qualquer lado do lote e o parmetro externo mais avanado da edificao.

    ALINHAMENTO - Linha estabelecida do limite da testada para a via pblica ou logradouro.

    ANDAR - Qualquer pavimento acima do trreo.

    APARTAMENTO - Conjunto de dependncias autnomas para habitao de uma nica famlia, agregadas numa mesma construo, com algumas reas comuns.

    REA ABERTA - Superfcie do lote ou terreno no edificada, em cujos limites se incluem logradouro(s) pblico(s).

    REA CONSTRUDA - Projeo horizontal (em m) da parte edificada, no computadas as salincias ou balanos inferiores a 50 cm (cinqenta centmetros).

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    REA FECHADA - Superfcie no edificada do terreno ou lote, que por seu aspecto ou forma possa comprometer a iluminao ou aerao dos cmodos a que sirva.

    REA LIVRE - Superfcie do lote ou terreno, no edificada.

    BALANO - Avano da construo sobre passeios, tais como : marquises, beirais ou piso superior avanado alm do pavimento trreo.

    BARRACO - Construo aberta usada para guarda de materiais.

    BOX - Pequeno quarto comercial.

    CANAL - Escavao revestida ou no com finalidade de escoar, em grande extenso, as guas pluviais.

    CASAS GEMINADAS - Edificao de carter familiar com paredes em comum, destinadas ao uso de duas unidades familiares.

    CASA POPULAR - Edificao de baixo custo, de rea inferior a 70 m (setenta metros quadrados).

    COEFICIENTE DE UTILIZAO - Relao entre a rea total edificada e a rea do terreno onde se situa a edificao.

    COMPARTIMENTO - Cada diviso de unidade habitacional ou ocupacional.

    CONDOMNIO HORIZONTAL - Conjunto de determinado nmero de unidades unifamiliares implantadas em nmero inferior de lotes.

    CONJUNTO RESIDENCIAL - Agrupamento de edificao uni ou multifamiliares obedecendo a um planejamento global pr-estabelecido.

    COTA - Medida da distncia entre dois pontos.

    DEPENDNCIA - Parte isolada, ou no, de uma habitao com utilizao permanente ou transitria, sem constituir unidade habitacional independente.

    DESMEMBRAMENTO - Subdiviso de um terreno ou gleba, ficando as partes resultantes com testada para logradouro pblico ou particular.

    DIVISA - Linha limtrofe de um terreno, divisa direta a que fica direita de uma pessoa postada dentro do terreno e voltada para sua testada principal.

    EDIFCIO COMERCIAL - edificao com os requisitos necessrios ao exerccio de atividades comerciais e profissionais.

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    EDIFCIO DE APARTAMENTOS - Edificao multifamiliar.

    EDIFCIO INDUSTRIAL - Edificao com os requisitos necessrios instalao da indstria.

    EDIFCIO MISTO - Edificao destinada, simultaneamente, habitao e outras finalidades.

    EMBARGO - Providncia legal, tomada pela Prefeitura, tendente a sustar o prosseguimento de uma obra ou instalao cuja execuo ou funcionamento esteja em desacordo com as prescries deste cdigo.

    FACHADA - Parmetro vertical externo de edifcio.

    FRENTE (TESTADA) - Segmento de alinhamento de gradil limitado pelas divisas laterais do terreno.

    GABARITO - Parmetro pr-estabelecido para as edificaes.

    GALPO - Construo, coberta, sem forro, fechada total ou parceladamente em, pelo menos, trs fases, destinada somente a fins industriais, servios ou a depsitos.

    GLEBA - rea de terreno no loteada e superior a um lote.

    HABITE-SE - documento expedido por rgo competente, vista de concluso de edificao, autorizando seu uso ou ocupao.

    INTERDIO - Impedimento, por ato da autoridade municipal competente, de ingresso em obra ou recuperao de edificao concluda.

    LEGALIZAO - Pedido de licenciamento para as obras j executadas total ou parcialmente.

    LOGRADOURO PBLICO - Toda superfcie destinada ao uso pblico por pedestres ou veculos e oficialmente reconhecida ou designada por um nome que lhe prprio.

    LOJA - Parte ou todo de uma edificao destinada ao exerccio de atividade comercial.

    LOTE - A menor parcela ou subdiviso de uma gleba, destinada a edificao.

    MARQUISE - Estrutura em balano destinada, exclusivamente, cobertura e proteo de pedestres.

    MEIO - FIO - Linha limtrofe, constituda de pedra ou concreto, entre a via de pedestres e a pista de rolamento de veculos.

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    MERCADO - Edificao destinada ao uso por pequenos ou mdios comerciantes, para venda de gneros alimentcios, e, subsidiariamente, de objetos de uso domstico.

    MOTEL - Hotel com estabelecimento privativo e geralmente situado a margem de estradas.

    PASSEIO OU CALADA - Parte da rua ou avenida pblica ou particular, destinada ao trnsito de pedestres.

    PAVIMENTO - Parte da edificao compreendida entre dois pisos sucessivos.

    PAVIMENTO TRREO - Pavimento cujo piso apresenta uma diferena do nvel, no mximo, da metade do p direito em relao a um ponto do meio fio situado em frente ao acesso principal da edificao.

    P - DIREITO - Distncia vertical entre o piso e o teto de um compartimento.

    PILOTIS - Conjunto de pilares no embutidos em paredes e integrantes da edificao, para o fim de proporcionar reas abertas de livre circulao.

    PISO - Superfcie base do pavimento.

    PLAY - GROUND - rea destinada a recreao infantil , com equipamentos.

    QUADRA - rea urbana circunscrita por logradouros pblicos.

    RECUO - Linha fixada pela Prefeitura dentro do lote, a partir da qual permitida a edificao.

    REFORMA - Obra destinada a alterar uma edificao em parte essencial por supresso, acrscimo ou modificao.

    RENOVAO DE LICENA - Concesso de nova licena.

    SOBRE-LOJA - Compartimento com piso elevado de, no mnimo 2,40 m (dois metros e quarenta centmetros) em relao ao pavimento onde se situa, do qual parte integrante com acesso direto, cuja rea de piso nunca ser superior a 75% da rea do prprio pavimento.

    SUB - SOLO - Pavimento situado abaixo do pavimento trreo.

    SUPERMERCADO - Edificao destinada a uso por uma empresa para venda de gneros alimentcios e, subsidiariamente, de objetos de uso domstico sob o sistema de auto-servio.

    TAPUME - Parede de vedao em madeira ou material similar, erguida em torno de uma obra, com implantao no logradouro, destinada a isol-la e a proteger os transeuntes.

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    TAXA DE OCUPAO - Relao entre a projeo do plano horizontal da rea edificada e a rea total do terreno.

    TESTADA - linha limtrofe entre o terreno e o logradouro pblico.

    TOLDO - Dispositivo instalado em fachada de edificao, servindo de abrigo contra o sol e intempries.

    VISTORIA ADMINISTRATIVA - Diligncia determinada na forma deste cdigo para verificar as condies de uma obra, instalao ou explorao de qualquer natureza, quanto a regularidade.

    TTULO II

    CAPTULO I

    DO LICENCIAMENTO

    SEO I DAS LICENAS

    Art. 79. - Qualquer construo, reforma, reconstruo, demolio, instalao, pblica ou particular, s poder ter incio depois de licenciada pela Prefeitura, que expedir o respectivo alvar, observadas as disposies deste cdigo.

    Art. 80. - A licena ser requerida ao Secretrio de Urbanismo e Obras, instruindo-se os pedidos com projetos necessrios e satisfeitas as seguintes condies :

    I - Petio em que conste com toda clareza :

    a) Nome, endereo e qualificao completa do requerente; b) Localizao exata do imvel, onde se processar a obra especificada e, quando se tratar

    de loteamento, sua denominao. c) Destinao da obra que se pretende executar.

    II - Prova de inscrio do imvel no censo imobilirio e de quitao dos tributos correspondentes.

    III - Prova de propriedade ou autorizao para executar a obra em imvel alheio.

    IV - Assinatura do requerente ou do procurador, legalmente constitudo.

    Art. 81. - So isentos de apresentao de projetos os seguinte projetos de obras:

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    a) Muros divisrios b) Reparos gerais como tais compreendidos aqueles que no alteram os elementos

    dimensionais do imvel.

    Art. 82. - So isentos de licena as seguintes obras e servios:

    a) Reparos e revestimentos de fachada; b) Pinturas internas e externas; c) Passeio e muro de alinhamento do gradil.

    Art. 83. - Isentam-se do pagamento de taxas para concesso de licena, desde que situadas em zona rural, as seguintes obras:

    a) Galpo para fins agrcolas, estbulos e instalaes destinadas criao em geral. b) Reforma e acrscimo, no excedente este de 50% (cinqenta por cento) da rea edificada

    pr-existente e desde que a rea resultante no ultrapasse o limite de 70 m (setenta metros quadrados).

    Art. 84. - Nas edificaes j existente em logradouros para os quais no houver exigncia de gabarito de altura (fixada) nem projeto aprovado de modificao de alinhamento, sero permitidas obras de reforma ou acrscimo desde que se observem as disposies deste cdigo.

    Pargrafo nico - Antes de aprovar os projetos das obras de que trata este artigo, a Prefeitura poder determinar, na edificao, os exames e vistorias que entender necessrias.

    Art. 85. - Nas edificaes atingidas por projetos de modificaes de arruamento que implique em novo alinhamento sero admitidas reformas ou acrscimos, atendidas as seguintes condies:

    a) Observncia das disposies deste cdigo quanto as partes acrescidas; b) Limitao das obras de acrscimo as reas no atingidas pelo projeto de alinhamento; c) Limitao de acrscimo a taxa de ocupao prevista para o setor urbano onde se situa o

    imvel.

    Pargrafo nico - Nas edificaes situadas em logradouros para os quais haja gabarito de altura fixado, admitir-se-o as reformas, atendidas as seguintes condies:

    a) Manter sua primitiva capacidade de utilizao; b) Manter inalterados seus elementos estruturais primitivos.

    Art. 87. - Nos terrenos beneficiados por avano determinado por plano de arruamento quer implique em alinhamento novo para o logradouro onde se situem, a rea de investidura ser adquirida pelo proprietrio, antes da expedio de licena para construir, mediante avaliao da Prefeitura com base nos preos mdios dos terrenos vizinhos.

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    SEO II DOS PROJETOS E DO ALVAR DE CONSTRUO

    Art. 88. - Todos os projetos de construo devero ser encaminhados a Secretaria de Urbanismo e Obras em 3 (trs) vias, copiadas heliograficamente, respeitadas as dimenses e demais ordenamentos da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), adotadas por este cdigo e, constaro de :

    I - Planta de situao do imvel em quatro (4) vias na escala 1: 100 ou 1: 200 que conter :

    a) Limites do terreno com suas cotas exatas e posio de meio-fio; b) Orientao do terreno em relao ao norte magntico ou ao norte verdadeiro; c) Delimitao de construo projetada e, se for o caso, da j existente no terreno,

    devidamente cotada; d) Indicao da existncia ou no de edificaes vizinhas e respectivos nmeros, de porta,

    quando for o caso; e) Taxa de ocupao da construo projetada.

    II - Croquis de localizao do terreno, quando incorrer em pontos de referncia suficientemente sua identificao; III - Planta baixa dos diversos pavimentos, na escala de 1: 50; IV - Sees de cortes longitudinais e transversais da edificao, na escala de 1: 50, com indicao obrigatria do perfil do terreno e do meio fio, alm da referncia do nvel (RN), em relao soleira da entrada, quando exigida pela repartio fiscal; V - Planta de elevao das fachadas voltadas para o logradouro pblico na escala de 1: 50, com indicao da linha de declividade da rua grade. VI - Clculo e trfego para edificaes em que se exija a instalao de elevadores.

    1. - As escalas mtricas de que trata este artigo podero ser alteradas para 1: 500 ou 1: 1000, no caso do item I, quando a maior dimenso do terreno seja, respectivamente, superior a 40 ou 100 metros, e para 1: 100 nos demais casos, quando a maior dimenso da edificao seja superior a 60 metros.

    2. - As plantas baixas devero designar a funo de cada compartimento da edificao, com suas dimenses e reas.

    3. - As plantas e cortes sero apresentadas em nmero suficiente perfeita compreenso do projeto e devero ser convenientemente cotados. Sempre que houver divergncia entre qualquer dimenso medida sobre o desenho e a cota correspondente, prevalecer esta ltima, tolerada margem de erro de at 10% (dez por cento).

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    4. - A planta de situao do imvel ser obrigatoriamente apresentada em separado dos demais elementos grficos do projeto e, a prancha que contiver dever medir 22 x 33 Cm, salvo especial determinao, em contrrio, da repartio competente.

    Art. 89. - Cada folha de que se compuser o projeto conter legenda, no canto inferior direito, de que constaro obrigatoriamente os seguintes dizeres:

    a) Natureza e local da obra; b) Nome do Proprietrio; c) Designao da folha e seu nmero; d) Escala; e) Nome do responsvel pelo projeto e do responsvel pela execuo da obra.

    Pargrafo nico - Todas as folhas ou pranchas sero assinadas pelo proprietrio, projetista e executor da obra, declinadas as respectivas identificaes profissionais.

    Art. 90. - Nenhum projeto poder apresentar emendas ou rasuras que alterem fundamentalmente as partes componentes do projeto.

    Pargrafo nico - As correes sero feitas em tinta vermelha, com ressalva assinada pelo proprietrio ou pelo autor do projeto e visadas pela autoridade competente.

    Art. 91. - Os projetos relativos a execuo de reforma ou acrscimos devero observar, para a boa interpretao das plantas, as convenes: a) Em tinta preta, as partes da edificao a serem mantidas; b) Em tinta vermelha, as partes a executar; c) Em tinta amarela, as partes a demolir.

    Art. 92. - O encaminhamento dos projetos ser posterior ao exame da Comisso de Censura Prvia, quanto ao preenchimento dos requisitos de que trata este livro.

    1. - Verificada a omisso ou no atendimento de alguns requisitos, ser o projeto devolvido ao interessado para o fim de supri-lo.

    2. - Estando completo ou supridas as omisses verificadas no exame prvio, ser o projeto dado como apto para ingresso regular no protocolo da repartio competente.

    Art. 93. - Protocolizado o pedido, ser o processo respectivo remetido ao Departamento de Controle Urbanstico que opinar, observadas as disposies deste cdigo, sobre o seu deferimento.

    Art. 94. - Ouvido o servio de anlise e projetos o processo receber o despacho final do Diretor do Departamento de Controle Urbanstico.

    Art. 95. - Sero observados os seguintes prazos no andamento dos pedidos de licena de que trata essa seo.

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    a) 15 dias para o pronunciamento (a nvel de servio) b) 5 dias para a apreciao e despacho final ( a nvel de diretor de departamento)

    1. - Os prazos previstos nas alneas deste artigo podero ser prorrogados at o seu dobro quando, por motivo fundamentalmente justificado, no se puderem completar as diligncias que o processo requer.

    2. - As diligncias dependentes do requerente e a estes comunicadas, interrompem o curso quaisquer prazo at o efetivo cumprimento.

    3. - Deixando o requerente de atender convocao ou de cumprir as diligncias que dele dependam, dentro do prazo de 08 (oito) dias de sua cincia, passar o processo, imediatamente Seo de Administrao para deferimento.

    Art. 96. - Esgotados os prazos previstos no artigo anterior, sem que o pedido de licena reabra despacho final, poder o requerente dar incio a construo, desde que comunique a Prefeitura sua inteno de faz-lo e recolha os tributos e emolumentos devidos.

    Art. 97. - Deferido o pedido de licena, dever o processo ser encaminhado Seo de Administrao que aps recolhidos os tributos e emolumentos devidos, na Secretaria de Finanas, expedir em nome do requerente, o respectivo alvar.

    1. - Antes de expedido o alvar, nenhuma autorizao ser concedida para ligao de gua a servio da obra.

    2. - O recolhimento dos tributos e emolumentos dever dar-se no prazo de 20 (vinte) dias, contados a partir da data de despacho do deferimento do processo. Findo esse prazo e no procedido o recolhimento, ser o processo arquivado.

    Art. 98. - O Alvar de construo conter

    a) Nmero do pedido de licena; b) Nome do requerente e do responsvel tcnico; c) Identificao do terreno a edificar; d) Natureza da obra e nmero de pavimentos; e) Outras observaes julgadas necessrias.

    Art. 99. - Toda licena concedida prescrever no prazo de 1 (um) ano de deferimento.

    Pargrafo nico - O incio da obra suspender o prazo de prescrio, que voltar a correr sempre que interrompidos os trabalhos.

    Art. 100. - Sempre que forem introduzidas modificaes essenciais no projeto aprovado, dever o interessado requerer expedio de novo alvar, observadas as disposies deste captulo.

  • PMM Cdigo de Obras

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    Pargrafo nico - Isentam-se de novo alvar as pequenas modificaes de projetos, que, entretanto, ficaro sujeitas aprovao pelo rgo competente.

    Art. 101. - Ser facultado o requerimento de simples aprovao do projeto para posterior pedido de licena de construo com validade por 1 (um) ano.

    Art. 102. - Nas licenas para construo em condomnio ou sob regime de incorporao o alvar ser extrado em nome do condomnio ou do incorporador que o requerer, obrigando-se o requerente, no prazo de 120 (cento e vinte) dias de deferimento do pedido, a declarar documentalmente o nome dos demais condminos.

    Pargrafo nico - A falta de comunicao de que trata este artigo importar na extrao do habite-se em nome exclusivo do requerente da licena.

    SEO III DO CANCELAMENTO E DA REVALIDAO

    Art. 103. - Ser cancelado o alvar de construo :

    I - Quando se completar o prazo de prescrio previsto no artigo 99 deste cdigo; II - Quando decorridos 5 (cinco) anos de sua expedio, sem concluso de obras; III - Quando se apurar a realizao de obras com fraudes no projeto aprovado.

    Pargrafo nico - Competir a mesma autoridade que tiver deferido o pedido de licena, o despacho de cancelamento e comunicao ao interessado.

    Art. 104. - Ser admitida a revalidao de licena nos processos arquivados por fora do disposto no artigo anterior.

    Pargrafo nico - O pedido de revalidao tramitar nos autos do processo primitivo, observadas as disposies deste captulo.

    SEO IV DA HABILITAO PROFISSIONAL

    Art. 105. - S sero admitidos como responsveis tcnicos, em projetos objetos de pedidos de licena de construo, os profissionais legalmente habilitados de nvel superior, assim considerados aqueles que satisfaam as disposies legais em vigor para a espcie e forem regularmente inscritos no CREA.

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    Art. 106. - Em qualquer fase de tramitao do pedido de licena poder a Prefeitura, por seus rgos competentes, exigir a exibio dos documentos comprobatrios da habilitao profissional do responsvel tcnico, inclusive no tocante a obrigaes fiscais decorrentes do exerccio da profisso.

    Art. 107. - A responsabilidade pelos projetos, clculos, concluses, memoriais e execuo de obras e instalaes caber exclusivamente aos profissionais que hajam assinado os projetos.

    Pargrafo nico - Ser solidariamente responsvel a empresa a que pertencer o profissional que haja firmado o projeto.

    Art. 108. - A responsabilidade de que trata o artigo anterior se estende a danos causados a terceiros e bens patrimoniais da Unio ou Municpio, em decorrncia da execuo da obra licenciada.

    Art. 109. - Ser obrigatoriamente comunicado ao CREA, para aplicao das medidas de usa competncia, qualquer irregularidade observada na habilitao profissional do responsvel tcnico, ou infrao legal de que voluntariamente participe.

    CAPTULO II DA EXECUO

    SEO I DAS OBRIGAES DO LICENCIAMENTO

    Art. 110. - A execuo da obra dever dar-se inteiramente de acordo com o projeto aprovado.

    Art. 111. - O alvar de construo dever obrigatoriamente estar no local da obra, juntamente com um jogo completo de plantas do projeto aprovado, para que seja exibido sempre que o exija a fiscalizao municipal.

    Art. 112. - Durante a execuo das obras, o licenciado e o responsvel tcnico devero preservar a segurana e a tranqilidade dos operrios, das propriedades vizinhas e do pblico, atravs, especialmente, das seguintes providncias:

    I - Manter os trechos de logradouros adjacentes obra permanentemente desobstrudos e limpos; II - Instalar tapumes e andaimes dentro das condies estabelecidas no captulo IV, seo I, deste livro; III - Evitar o rudo excessivo ou desnecessrio, principalmente na vizinhana de hospitais, escolas, asilos, e estabelecimentos semelhantes e nos setores residenciais.

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    Pargrafo nico - Nos casos especificados no inciso III deste artigo, ficam vedados quaisquer trabalhos de execuo de obras no perodo compreendido das 19 (dezenove) s 7 (sete) horas do dia imediato.

    SEO II DA FISCALIZAO

    Art.113. - A fiscalizao de obra, licenciada ou no, ser exercida pela Secretaria de Urbanismo e Obras durante toda a execuo at a expedio do habite-se regular.

    Art. 114. - Compete Prefeitura, no exerccio da fiscalizao da obra, atravs da Secretaria de Urbanismo e Obras: I - Verificar a obedincia do alinhamento determinado para a edificao; II - Realizar, sempre que lhe aprouver e as vistorias julgadas necessrias para aferir o cumprimento do projeto aprovado; III - Notificar, multar, embargar, interditar e apreender materiais de construo das obras irregulares, aplicando as penalidades previstas para cada caso; IV - Realizar vistorias de concluso de obras, requeridas pelo licenciado para concesso do habite-se; V - Demolir construes sem licena, habitadas ou no que, a juzo do rgo fiscalizador da Secretaria de Urbanismo e Obras, no tenham condies de regularizao; VI - Realizar vistorias e propor a demolio parcial para as edificaes que estejam em precrias condies de estabilidade; VII - Exigir a restaurao ou construo de passeios das edificaes pavimentadas, bem como a construo ou restaurao de muro em terreno baldio.

    SEO III DO HABITE-SE

    Art. 115. - Toda edificao dever ter a concluso de suas obras comunicadas, pelo proprietrio, Prefeitura, para fins de vistorias e expedio do habite-se.

    Pargrafo nico - A comunicao de que trata este artigo e a expedio do habite-se devero ser providenciadas dentro do prazo de licena para edificar.

    Art. 116. - Requerido o habite-se, o Servio de Fiscalizao, proceder a vistoria da edificao.

    Pargrafo nico - Verificada a ocorrncia da irregularidade na obra concluda, o Departamento de Controle Urbanstico adotar as providncias de acordo com este Cdigo.

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    Art. 117. - O prazo para concesso do habite-se no poder exceder de quinze dias teis, contados da data da entrada do requerimento no protocolo da Secretaria de Urbanismo e Obras.

    Art. 118. - No ser concedida a concluso da obra enquanto:

    I - No for integralmente observado o projeto aprovado; II - No estiver adequadamente pavimentado todo o passeio adjacente ao terreno edificado, quando j houver meio fios assentados; III - No houver sido feita a ligao de esgotos de guas servido com a rede do logradouro ou, na falta desta, adequada fossa sptica; IV - No estiver assegurado o perfeito escoamento das guas pluviais no terreno edificado.

    Art. 119. - Sempre que por ocasio da vistoria for constatada inobservncia do projeto aprovado, dever o proprietrio, no prazo que lhe der a Prefeitura, ajustar a edificao aos termos do projeto, sem prejuzo da multa prevista na tabela anexa.

    Pargrafo nico - Quando a inobservncia do projeto no importar em infrao de disposies deste cdigo, podero as alteraes ser aceitas, desde que o proprietrio cumpra o disposto no art. 100 pargrafo nico deste livro.

    Art. 120. - Nas edificaes que possuam elevadores a expedio do habite-se dever ser necessariamente precedida de inspeo e licenciamento desses aparelhos pela diviso competente.

    Art. 121. - Aplicam-se as obras de reforma licenciadas as disposies dos artigos anteriores quanto expedio do habite-se.

    Art. 122. - Poder ser concedido habite-se parcial para as edificaes compostas de partes que possam ser ocupadas, utilizadas ou habitadas independente umas das outras.

    Pargrafo nico - Em hiptese alguma se expedir habite-se parcial:

    a) Enquanto no estiverem concludas as fachadas da edificao; b) Enquanto o acesso parte concluda no estiver em perfeitas condio de uso; c) Quando for indispensvel o acesso ou utilizao da parte concluda para as restantes obras

    da edificao.

    Art. 123. Independero do habite-se as obras no sujeitas aprovao do projeto que ficaro, entretanto, subordinadas ao controle da repartio fiscalizadora.

    SEO IV DAS INTIMAES E VISTORIAS

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    Art. 124. - Sempre que se verificar falta de cumprimento de quaisquer disposies deste cdigo, ser o proprietrio da edificao intimado a supri-la.

    Art. 125. - As intimaes sero expedidas pelo rgo fiscalizador competente, devendo mencionar o dispositivo infrigido e determinar prazo para suprimento da irregularidade.

    Pargrafo nico - A critrio da autoridade que expediu a intimao, os prazos fixados podero ser prorrogados uma vez, at o limite de seu dobro.

    Art. 126. - Os recursos de intimao sero interpostos dentro de 48 (quarenta e oito) horas de sua cincia e sero recebidos com os efeitos que declarar a autoridade competente.

    Art. 127. - A Prefeitura determinar ex-ofcio ou requerimento, vistorias administrativas, sempre que:

    I - Qualquer edificao, concluda ou no, apresente insegurana que recomende sua demolio; II - Verificada a existncia de obra em desacordo com as disposies do projeto aprovado; III - Verificada ameaa ou consumao de desabamento de terras ou rochas, obstruo ou desvio de curso dgua canalizao em geral, provocadas por obras licenciadas; IV - Verificada a existncia de instalaes de aparelhos ou maquinaria que, desprovidas de segurana ou perturbadores do sossego da vizinhana, recomendem seu desmonte.

    Art. 128. - As vistorias sero feitas por comisses compostas de trs (3) membros, expressamente designadas pela autoridade que as determinar.

    1. - A autoridade que constituir a comisso poder formular os quesitos que entender.

    2. - A comisso proceder s diligncias julgadas necessrias, consubstanciando suas concluses em laudo tecnicamente fundamentado.

    3. - O laudo de vistoria dever ser encaminhado autoridade que houver constitudo a comisso, no prazo para isso pr-fixado.

    Art. 129. - Aprovadas as concluses da Comisso de Vistorias, ser intimado o proprietrio a cumpri-las.

    SEAO V

    DAS DEMOLIES

    Art. 130. - As demolies de edificaes ou muros de mais de trs (3) metros de altura dependero de licenciamento para serem executados, recolhidos os tributos e emolumentos fixados para a espcie.

  • PMM Cdigo de Obras

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    1. - Para as edificaes de mais de dois pavimentos e para as que se situem no alinhamento do logradouro ou sobre divisa do lote, exigir-se- a responsabilidade de profissional habilitado para proceder demolio.

    2. - O requerimento de licena para demolio que exija a responsabilidade de profissional habilitado ser assinado conjuntamente por este e pelo proprietrio.

    3. - A demolio licenciada dever ser concluda no prazo fixado pela autoridade competente, prorrogvel a requerimento do interessado e a juzo da mesma autoridade.

    4. - O despacho que deferir pedido de demolio poder fixar os horrios em que se executaro os trabalhos.

    Art. 131. - Sempre que verificada a existncia de obra no licenciada ou licenciada cuja execuo divirja de projeto aprovado, poder a Prefeitura determinar sua demolio, s custas do infrator.

    1. - Nenhuma demolio de obra licenciada se processar antes de satisfeitas as seguintes providncias: a) Vistoria administrativa que positive infringir a obra disposies tcnicas deste Cdigo; b) Intimao do proprietrio da obra para, no prazo determinado, promover o devido

    licenciamento, de acordo com o disposto neste Cdigo.

    2. - Proceder-se- a demolio se no for satisfeita qualquer das condies de que trata o 1. deste artigo e sem prejuzo da aplicao da multa cabvel.

    Art. 132. - Sempre que uma edificao ameaar ruir ou, por qualquer outro modo, oferecer perigo segurana coletiva, ser seu proprietrio intimado a demoli-la no prazo que conceder a Prefeitura.

    Pargrafo nico - No atendida a intimao, ser feita a demolio pela prpria Prefeitura s custas do proprietrio, acrescidas as despesas das taxas de administrao, calculadas em 30% (trinta por cento) sobre o valor do servio.

    CAPITULO III

    DAS EDIFICAES EM TERRENOS E LOTES

    SEO I DOS LOTES

  • PMM Cdigo de Obras

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    Art. 133. - S se permitir edificao em terrenos e lotes que satisfazerem as seguintes condies :

    I - tratando-se de terreno que tenha frente para o logradouro pblico constante na planta cadastral da cidade. II - Tratando-se do lote que conste do plano de loteamento aprovado pela Prefeitura e, respeitada a legislao federal vigente, tenha frente para logradouro reconhecido por ato do Executivo Municipal.

    Art. 134. - Nenhum lote ser admitido com rea inferior a 300 m (trezentos metros quadrados) e testadas inferior a 12 m (doze metros), ressavaldas as excees previstas neste Cdigo.

    Pargrafo nico - Os terrenos baldios e lotes existentes antes da vigncia deste cdigo, bem como os terrenos resultantes de demolio sero aceitos, podendo ser edificados com as dimenses de seu ttulo, observadas as disposies deste cdigo.

    Art. 135. - Os terrenos que, pelas suas dimenses, comportarem sub-divises, mas que no tiverem condies para constituir loteamento, podero ser desmembrados, satisfeitas as disposies deste cdigo.

    SEO II DAS EDIFICAES EM GERAL

    Art. 136. - Toda edificao dever observar, especificamente, as seguintes condies :

    I - Dispor de sanitrio social de comunicao direta com o seu interior; II - Ter seu sistema de esgoto ligado respectiva rede pblica, onde houver, ou fossa sptica adequada; III - Dispor de instalaes de gua tratada, ligada respectiva rede pblica, onde houver, ou de outro meio adequado de abastecimento da edificao; IV - Dispor de instalao eltrica ligada respectiva rede pblica, onde houver; V - Dispor de piso trreo, constitudo por laje impermeabilizadora; VI - Dispor de paredes em alvenaria ou outro material adequado, a juzo dos rgo tcnicos competentes da Secretaria de Urbanismo e Obras; VII - Dispor de passeio adequado, onde se limite com a via pblica que tiver meio fios assentados.

    SEO III DAS EDIFICAES DENTRO DE UM MESMO LOTE

  • PMM Cdigo de Obras

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    Art. 137. - Ressalvados os casos expressamente previstos nesse Cdigo, no ser permitida, dentro de um mesmo lote, a existncia de mais de uma edificao e correspondentes dependncias.

    Pargrafo nico - As dependncias tero funo especfica de acomodaes complementares do prdio principal, com dimenses compatveis com o todo da edificao, vedada a sua utilizao como unidade residencial independente.

    SEO IV DAS CASAS GEMINADAS

    Art. 138. - Ser permitida a edificao de casas geminadas, no mximo de (2) duas, desde que possua o terreno a rea mnima de 200 m (duzentos metros quadrados).

    1. - As casas geminadas, encaradas pelo seu conjunto, devero satisfazer as seguintes condies:

    I - Constituir, especialmente o seu aspecto esttico, uma unidade arquitetnica definida; II - Observar a taxa de ocupao prevista para o lote; III - Na rea de recuo no ser permitido muro divisrio; IV - As unidades residenciais no podero ser desmembradas devendo-se, quando da concesso do habite-se, ser indicada a frao ideal de cada unidade.

    SEO V DAS EDIFICAES NAS RUAS PARTICULARES

    Art. 139. - As edificaes em ruas particulares ficaro sujeitas disciplina deste Cdigo.

    Art. 140. - Nas ruas particulares no ser permitida edificao em lotes de rea e dimenses inferiores s previstas no artigo 134. deste cdigo.

    Pargrafo nico - Os recuos obedecero aos disposto no artigo art. 156. do captulo I do Ttulo III.

    SEO VI DAS CASAS POPULARES

    Art. 141. - Para efeito de construo de edificaes populares, admite-se a reduo da rea mnima do lote para 120 m (cento e vinte metros quadrados) com 6 m (seis metros) de frente para o logradouro principal.

  • PMM Cdigo de Obras

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    Art. 142. - Toda edificao popular dever dispor dos seguintes cmodos: uma sala, um, dois ou trs quartos; um sanitrio; uma cozinha; no podendo a rea edificada exceder de 70 m (setenta metros quadrados).

    1. - Nas casas populares devero ser observadas as condies dos incisos I,II, III e IV do art. 136. deste cdigo.

    SEO VII DAS CASAS PROLETRIAS

    Art. 143. - As casas proletrias devero obedecer ao projeto tipo fornecido pelo rgo tcnico da Prefeitura.

    Art. 144. - Ser isento do pagamento do imposto de licena aquele que aceite projeto tipo de que trata o artigo anterior.

    1. - Sero admissveis variaes ao projeto tipo da Prefeitura, desde que no se desfigure o carter proletrio da edificao, ficando, porm, o interessado sujeito ao pagamento das taxas de licena.

    2. - Nenhuma licena para edificao de casa proletria ser concedida sem a prvia comprovao negativa de propriedade do interessado, fornecida pela Secretaria de Finanas.

    SEO VIII DO CONDOMNIO HORIZONTAL

    Art. 145. - Os condomnios horizontais sero aceitos desde que satisfaam as seguintes exigncias:

    I - No conste nenhuma restrio sua implantao no terreno do acordo e compromisso do loteamento a que os lotes pertenam; II - No ultrapassem a taxa de ocupao, recuo e afastamento, prevista para o setor urbano em que se situem; III - Cada unidade residencial possua uma frao ideal do terreno no inferior a 150 m (cento e cinqenta metros quadrados). IV - Fique assegurada a indivisibilidade do terreno, no podendo, portanto, permitir a construo de muros diversos na rea de recuo entre as unidades; V - Possua em comum os equipamentos urbanos, tais como: gua, luz, telefone e local para coleta de lixo; VI - Seja apresentado plano geral do condomnio no qual dever constar uma rea em comum para a recreao.

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    Art. 146. - Aprovado o condomnio horizontal, no poder o mesmo ser descaracterizado, transformando-se as unidades unifamiliares em multifamiliares, devendo, quando da concesso do habite-se ser indicada a frao ideal por unidade residencial.

    CAPTULO IV DA PROTEO

    SEO I DOS TAPUMES E ANDAIMES

    Art. 147. - Nenhuma obra ou demolio poder ser feita no alinhamento dos logradouros pblicos sem a proteo de tapumes em toda a sua testada, salvo as excees previstas neste cdigo.

    1. - A colocao de tapume depende da concesso de licena para realizao da obra ou demolio.

    2. - O tapume dever ser mantido enquanto perdurarem os trabalhos capazes de afetar a segurana dos transeuntes.

    3. - Nos logradouros de movimento intenso e nos de passeio com largura inferior a 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros), o tapume ser acrescido de andaimes protetor suspenso altura mnima de 3,00 (trs metros), logo que as obras atingirem a altura do segundo andar.

    Art. 148. - Os tapumes devero atender as seguintes condies:

    I - A linha de locao para implantar o tapume no poder exceder de da largura do passeio; II - A altura mnima do tapume ser de 3,00 (trs metros), devendo, acima desta marca, em ngulo de 45 (quarenta e cinco graus), projetar-se at o alinhamento do meio fio; III - Ser executado em tabuado de pinho ou compensado prova dgua, pintados ou envernizados na face voltada para o logradouro, com observncia de uniformidade de cor e da vedao das juntas; IV - Manter-se, permanentemente, conservadas e limpas suas faces externas.

    Pargrafo nico - Nos pavimentos onde se executarem servios de concreto, as formas perifricas devero ter suas faces excedentes de 30 cm (trinta centmetros), em relao face superior do concreto acabado.

  • PMM Cdigo de Obras

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    Art. 149. - Nas obras ou demolies de edificaes recuadas no menos de 2,50 m (dois metros e cinqenta centmetros), o tapume ser feito no alinhamento do gradil com altura mnima de 2,00 m (dois metros).

    Art. 150. - Ser dispensado o tapume na construo, demolio ou reparo de muros e gradis de at 3,00 m (trs metros) de altura, em terreno baldio.

    Pargrafo nico - No trabalho de pintura ou retoque de fachadas o tapume fixo poder ser substitudo por estrado elevado, na altura dos locais de trabalho.

    Art. 151. - Ser admitido o emprego de andaimes suspensos por cabos de ao, observadas as seguintes exigncias:

    I - No descer o passadio altura inferior a 3,00 m (trs metros) do nvel do solo; II - Dispor o passadio de largura mnima de 80 cm (oitenta centmetros),no excedendo o alinhamento dos tapumes fixos; III - Ser o passadio dotado de guarda-corpo em todas as faces livres.

    Art. 152. - Os tapumes e andaimes devero ser colocados de modo a no prejudicar as rvores, aparelhos de iluminao, postes e outros dispositivos existentes, preservando sua plena capacidade de utilizao.

    Pargrafo nico - Sempre que se torne absolutamente indispensvel a colocao de tapumes e andaimes a poda de rvores ou a remoo de quaisquer dispositivos de logradouros, dever esta ser requerida ao rgo competente da Prefeitura.

    Art. 153. - Retirados os tapumes e andaimes, ser obrigatria a imediata recomposio dos danos causados ao logradouro.

    SEO II DOS MATERIAIS E ENTULHOS

    Art. 154. - Nenhum material destinado a edificao, ou entulho desta proveniente, poder permanecer por mais de 24 (vinte e quatro) horas em logradouros pblicos adjacentes a obra,

    Art. 155. - Nos logradouros de grande movimento, a juzo da Prefeitura, a descarga do material e a remoo do entulho podero ser efetuadas das 9:00 (nove) s 11:00 (onze) horas e das 15:00 (quinze) s 17:00 (dezessete) horas, ressalvada a formalidade de trabalho noturno.

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    TTULO III

    DOS ELEMENTOS E COMPONENTES DA EDIFICAO

    CAPTULO I DO ALINHAMENTO

    Art. 156. - Nenhuma edificao poder ser feita sem obedincia ao alinhamento fornecido pelo rgo competente do Municpio.

    1. - O alinhamento ser fornecido de acordo com o projeto tecnicamente aprovado para o logradouro pblico.

    2. - Para os logradouros que no tiverem ainda projeto de alinhamento, ser exigido o recuo mnimo de 2,50 m (dois metros e cinqenta centmetros).

    Art. 157. - Nos terrenos edificados que estejam sujeitos a cortes para retificao de alinhamento, alargamento do logradouro pblico ou recuos regulamentares, s podero ser permitidas obras de acrscimo, reedificao ou reforma com observncia das prescries do art. 79. deste cdigo.

    Art. 158. - O alinhamento de edificao ser expressamente mencionado no verso do Alvar de construo, facultada Prefeitura, no curso de obras, a verificao de sua observncia.

    CAPTULO II DOS PISOS, PAREDES E COBERTURAS

    Art. 159. - Os pisos nas edificaes de mais de trs pavimentos sero incombustveis.

    Art. 160. - Os revestimentos dos pisos e das paredes ser feito de acordo com a destinao do compartimento e as prescries deste cdigo.

    Art. 161. - As edificaes de at trs pavimentos podero ter estrutura de sustentao em alvenaria de tijolo.

    Art. 162. - As paredes edificadas no limite do terreno vizinho devero ter sua face externa convenientemente impermeabilizada

    Art. 163. - Salvo as excees previstas nesse cdigo, sero expressamente proibidas as subdivises de compartimentos, ainda que por tabiques de madeiras ou outro material parcialmente removvel.

  • PMM Cdigo de Obras

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    Art. 164. - As paredes divisrias das edificaes devero ter a espessura mnima de uma vez o tijolo comum cheio ou, quando for empregado outro material, a espessura que corresponder ao mesmo isolamento acstico.

    Art. 165. - A cobertura das edificaes se far com materiais impermeveis e resistentes ao dos agentes atmosfricos, assegurado sempre o perfeito escoamento das guas pluviais e respeitando o direito de vizinhana.

    . 1. - Tratando-se de cobertura por meio de telhado sem calhas, dever dispor de beiral com projeo mnima de 50 cm (cinqenta centmetros) e, em havendo calhas, ser assegurada a esta a declividade mnima de 1% (um por cento) .

    2. - Os beirais devero distar, pelo menos 70 cm (setenta centmetros ) do limite do vizinho.

    CAPTULO III DOS COMPARTIMENTOS

    SEO I DA CLASSIFICAO

    Art. 166. - O destino dos compartimentos ser considerado pela sua designao no projeto e, sobretudo, pela finalidade lgica decorrente de sua disposio em planta.

    Art. 167. - Para efeito deste cdigo classificam-se os compartimentos como:

    I - De utilizao prolongada; II - De utilizao eventual; III - De utilizao especial;

    1. - Consideram-se como compartimentos de utilizao prolongada:

    a) Salas b) Dormitrios; c) Gabinetes e Bibliotecas; d) Escritrios ou Consultrios; e) Cmodos para fins comerciais ou industriais; f) Ginsios ou instalaes similares; g) Copas e cozinhas; h) Quartos de empregados.

    2. - Consideram-se como compartimentos de utilizao eventual:

  • PMM Cdigo de Obras

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    a) Vestbulos ou salas de espera; b) Sanitrios; c) Despensas e depsitos; d) Circulaes horizontais e verticais; e) Garagens.

    3. - Consideram-se como compartimentos de utilizao especial aqueles que, em razo de sua finalidade especfica e a juzo da Prefeitura, possam ter dispensada abertura de vos para o exterior.

    SEO II DA CIRCULAO HORIZONTAL

    Art. 168. - Os corredores de edificaes devero ter a largura mnima de :

    I - 80 cm (oitenta centmetros) para casas populares; II - 90 cm (noventa centmetros) para edificaes residenciais; III - 1,60 m (um metro e sessenta centmetros) para edificaes educacionais; IV - 2,00 m (dois metros) para edificaes hospitalares; V - 2,80 m (dois metros e oitenta centmetros) para galerias internas.

    Pargrafo nico - Nas edificaes de uso coletivo os corredores de trnsito comum devero ter as larguras de 1,20 m (um metro e vinte centmetros) e 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros) para, respectivamente, os compartimentos de at 15,00 (quinze metros) e mais de 15,00 m (quinze metros), com paredes revestidas de material liso e impermevel, at o mnimo de 1,50 m ( um metro e cinqenta centmetros) de altura.

    Art. 169. - O p direito mnimo de corredores ser de 2,30 m (dois metros e trinta centmetros).

    Art. 170. - Os halls de elevadores devero subordinar-se as seguintes especificaes:

    a) Largura mnima de 2,00 m (dois metros) com rea de 10,00 m (dez metros quadrados) no pavimento trreo de 1,60 m (um metro e sessenta centmetros) com rea de 3,00 m (trs metros quadrados) nos demais pavimentos das edificaes de destinao residencial.

    b) Largura mnima de 3,00 m (trs metros) com rea de 20,00 m (vinte metros quadrados) no pavimento trreo, e 3,00 m (trs metros) com rea de 9,00 m (nove metros quadrados) nos demais pavimentos das edificaes no residenciais.

    SEO III DA CIRCULAO VERTICAL

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    Art. 171. - As escadas de edificaes devero dispor de passagem com altura livre de 2,00 m (dois metros), no mnimo, e tero largura mnima til de 0,90 m (noventa centmetros).

    1. - Considera-se largura til aquela que se medir entre as faces internas dos corrimes ou das paredes que a limitarem lateralmente.

    2. - A largura mnima de que trata este artigo ser alterada nas condies e para os limites seguintes:

    I - Para 1,10 m (um metro e dez centmetros) nas edificaes de mais de dois pavimentos que no disponham de elevadores. II - Para 1,00 m (um metro) nas edificaes que disponham de elevadores; III - Para 0,70 m (setenta centmetros) quando se tratar de escada de servio em edificaes que disponham de outro acesso vertical por escada.

    Art. 172 As dimenses dos degraus sero tomadas pela frmula 2h L = 82 cm a 64 cm, na qual h a altura dos degraus e L sua largura, medida a 60 cm a partir do bordo interior da escada.

    Pargrafo nico - A largura mnima dos pisos dos degraus, pelo seu bordo interior, nos trechos em leque ser de 0,05 m (cinco centmetros)

    Art. 173. - Sempre que o mnimo de degraus consecutivos seja superior a dezoito (18) ser obrigatria a execuo do patamar para cada grupo de dezoito (18) degraus.

    Art. 174. - Ser obrigatrio o uso de material incombustvel na feitura de escadas que sirvam a edificaes de mais de trs (3) pavimentos.

    Art. 175. - Ser obrigatria a instalao de elevadores nas edificaes de mais de quatro (4) pavimentos, compreendendo o trreo e contados a partir deste, num s sentido; ou de mais de dez (10) metros de distncia vertical, contados do nvel do meio fio fronteirio ao acesso principal at o piso do ltimo pavimento.

    Pargrafo nico - A distncia vertical passar ser de 11,00 m (onze) metros sempre que o terreno for de aclive.

    Art. 176. - Nas edificaes de cinco (5) pavimentos ou mais, ser obrigatria a instalao de, respectivamente, no mnimo, um ou dois elevadores.

    Art. 177. - Os mnimos de que trata o artigo anterior podero ser acrescidos sempre que o exija o clculo de trfego previsto nas normas da ABNT.

    Art. 178. - Devero constar dos projetos de edificaes dotadas de elevadores as especificaes de dimenses de cabine, capacidade por nmero de passageiros, peso mximo e velocidade, respeitadas sempre as exigncias da ABNT.

  • PMM Cdigo de Obras

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    Art. 179. - A instalao de elevadores ficar sujeita fiscalizao e licenciamento da repartio competente da Prefeitura.

    Art. 180. - Sero admitidas rampas de acesso internos ou externos, sempre que sua declividade mxima no ultrapasse 15% (quinze por cento).

    Pargrafo nico - Sempre que a rampa der acesso a garagem e se destine exclusivamente ao trfego de veculos, o limite mximo da declividade ser de 20% (vinte por cento).

    SEO IV DAS SALAS E DORMITRIOS

    Art. 181. - Nas edificaes de destinao no residencial, as salas devero ter rea mnima de 15 m (quinze metros quadrados) com forma geomtrica que admita a inscrio de um crculo de 3,00 m (trs metros ), de dimetro mnimo.

    Art. 182. - Nas edificaes de destinao residencial, as salas devero ter rea mnima de 10 m (dez metros quadrados) com forma geomtrica que admita a inscrio de um crculo de 2,80 m (dois metros e oitenta centmetros), de dimetro, no mnimo.

    Pargrafo nico - Tratando-se de casas populares, a rea e o dimetro mnimos sero redutveis, respectivamente, para 8,00 m (oitenta metros quadrados) e 2,30 m (dois metros e trinta centmetros).

    Art. 183. - A rea mnima dos dormitrios ser de 9 m (nove metros quadrados) com forma geomtrica que admita a inscrio de um crculo de 2,50 m (dois metros e cinqenta centmetros) de dimetro, no mnimo.

    1. - Quando existir um dormitrio com rea igual ou superior a 12 m (doze metros quadrados) o segundo e o terceiro podero ter rea de 8 m (oito metros quadrados) e os demais podero ter rea de 7 m (sete metros quadrados).

    2. - Tratando-se de casas populares, a rea e o dimetro mnimo sero redutveis, respectivamente, para 7 m (sete metros quadrados) e 2,20 m (dois metros e vinte centmetros).

    Art. 184. - O p direito mnimo das salas e dormitrios ser de 2,50 m (dois metros e cinqenta centmetros).

    SEO V DOS COMPARTIMENTOS DE SERVIOS

  • PMM Cdigo de Obras

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    Art. 185. - As copas e cozinhas, que devero sempre comunicar-se entre si, obedecero os seguintes requisitos:

    I - No ter comunicao direta com dormitrios e sanitrios; II - Ser dotadas de piso impermevel, incombustvel e liso, disposto de ralo para escoamento de guas; III - Ter paredes revestidas de azulejos ou, material similar adequado, at a altura mnima de 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros); IV - Ter o p direito de 2,40 m (dois metros e quarenta centmetros).

    Art. 186. - As copas e cozinhas tero reas mnimas de 4,00 m (quatro metros quadrados) com forma geomtrica que admita inscrio de um crculo de 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros) de dimetro mnimo.

    Pargrafo nico - Ser obrigatria existncia de chamins ou exaustores, desde que prevista no projeto a utilizao de foges alimentados a lenha ou carvo.

    Art. 167. - Os sanitrios devero satisfazer os seguintes requisitos:

    I - Ser dotados de piso impermevel e liso, dispondo de ralos para escoamento de gua; II - Ter paredes revestidas de azulejo ou material similar adequado, at a altura mnima de 1,50 m ( um metro e cinqenta centmetros); III - Ter o p direito mnimo de 2,40 m (dois metros e quarenta centmetros).

    Art. 188. - Os sanitrios tero rea mnima de 4 m (quatro metros quadrados) com forma geomtrica que admita a inscrio de um crculo de 1,30 m (um metro e trinta centmetros) de dimetro mnimo.

    1. - Ser obrigatria a execuo de box de chuveiro com dimenses mnima de 0,80 (oitenta centmetros) por 0,80 (oito centmetros).

    2. - Ser admitida a comunicao direta dos sanitrios com os dormitrios, desde que estes sejam de uso exclusivo dos seus ocupantes.

    3. - Nas edificaes que j dispuserem de sanitrios social de uso geral nos termos deste artigo, ser admitida a existncia de sanitrio complementar com rea mnima de 1,80 m (um metro e oitenta centmetros) e largura mnima de 0,90 m (noventa centmetros).

    4. - Os sanitrios privativos para salas e escritrios em edifcios comerciais podero ter as dimenses previstas no pargrafo anterior.

    Art. 189. - Os sanitrios de uso dos empregados domsticos tero rea mnima de 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros quadrados) com forma geomtrica que admita a inscrio de um crculo de 0,90 m (noventa centmetros) de dimetro mnimo e sero dotados de chuveiro, lavatrios e WC.

  • PMM Cdigo de Obras

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    Pargrafo nico - Nas casas populares aplicam-se as disposies deste artigo, dispensando-se revestimento das paredes em azulejo, desde que convenientemente impermeabilizadas at a altura mnima de 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros).

    Art. 190. - Os quartos de uso dos empregados tero rea mnima de 5 m (cinco metros quadrados) com forma geomtrica que admita a inscrio de um crculo de 2,00 m (dois metros) de dimetro mnimo, dotados de p direito no inferior a 2,40 m (dois metros e quarenta centmetros), comunicando-se obrigatoriamente com a rea de servio.

    1. - Tratando-se de depsito ou reas de servios, a rea e o dimetro sero redutveis, respectivamente, para 3 m (trs metros quadrados) e 1,00 m (um metro).

    2. - O peitoril da rea de servio ter uma altura mnima de 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros).

    Art.191. - Nas edificaes no dotadas de quarto para empregados domsticos, o depsito, se houver, dever satisfazer as condies exigidas para aquele compartimento.

    Art. 192. - As garagens devero satisfazer aos seguintes requesitos:

    I - Ter p direito mnimo de 2,20 m (dois metros e vinte centmetros); II - Dispor de piso resistente, impermevel e liso e de abertura que garanta ventilao permanente.

    SEO VI DAS LOJAS E SOBRE-LOJAS

    Art. 193. - A rea e o p direito das lojas guardaro a seguinte relao:

    I- 10 m (dez metros quadrados) a 80 m (oitenta metros quadrados) de rea e p direito mnimo de 3,00 m (trs metros) com forma geomtrica qua admita inscrio de um crculo de 3,00 m (trs metros) de dimetro mnimo;

    II- De mais de 80 m (oitenta metros quadrados) de rea e p direito mnimo de 3,50 m (trs metros e cinqenta centmetros) com forma geomtrica que admita a inscrio de um crculo de 5,00 m (cinco metros) de dimetro mnimo.

    Pargrafo nico - No ser permitida a edificao de lojas com rea inferior a 10 m (dez metros quadrados), salvos os casos expressamente previstos neste cdigo.

    Art. 194. - As sobre-lojas tero p direito mnimo de 2,20 m (dois metros e vinte centmetros) ou 2,50 m (dois metros e cinqenta centmetros) em harmonia com a relao estabelecida no artigo anterior e sua rea no exceder 70% (setenta por cento) da rea da loja correspondente.

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    CAPTULO IV

    DAS REAS LIVRES DE ILUMINAO E VENTILAO

    Art. 195. - Para efeitos deste cdigo as reas livres se classificam em principais e secundrias, podendo ser abertas ou fechadas.

    Pargrafo nico - As reas principais iluminam e ventilam cmodos de utilizao prolongada, com exceo das copas, cozinhas e quartos de empregada, que podero ser iluminadas e ventiladas atravs das reas secundrias.

    Art. 196. - As reas livres principais devero satisfazer aos seguintes requisitos:

    I - reas abertas;

    a) Ter largura mnima de 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros) nas edificaes com at dois pavimentos;

    b) Nas edificaes com mais de dois pavimentos, a largura da rea ser dada pela frmula: L = 1,50 m + 0,40 m(N-2), sendo N o nmero de pavimentos;

    II - reas fechadas;

    a) Ter rea mnima de 8 m (oito metros quadrados) com forma geomtrica que admita a inscrio de um crculo de 2,00 m (dois metros) de dimetro mnimo, cujo centro esteja situado na perpendicular ao meio de cada vo de iluminao ou ventilao a que sirva;

    b) Permitir, ao nvel de cada piso, nas edificaes de mais de dois pavimentos a inscrio de um crculo cujo dimetro mnimo seja calculado pela frmula: D = 2,00 + 0,50 m(N-2), sendo N o nmero de pavimentos.

    1. - As reas de iluminao abertas ou fechadas tero largura mnima de 3,00 m (trs metros) sempre que servir de mais de uma unidade domiciliar.

    2. - Para as reas secundrias os fatores 40 e 50 Cm (quarenta e cinqenta centmetros) das frmulas de que trata este artigo, sero reduzidos, respectivamente, para 20 e 30 cm (vinte e trinta centmetros).

    3. - Quando o pavimento de Play - ground for inteiramente vasado, no participar como pavimento nos clculos das larguras e dimetros de que trata este artigo.

    Art. 197. - Salvo exceo expressa, todo compartimento dever abrir para o exterior da edificao, com dispositivo que assegure a renovao permanente do ar.

    Pargrafo nico - No se considerar como abrindo para o exterior a nica abertura do compartimento que d para a varanda, alpendre, rea de servio, etc. com profundidade superior a 2,50 m (dois metros e cinqenta centmetros).

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    Art. 198. - Sempre que qualquer compartimento dispuser de uma s abertura de iluminao, sua profundidade, medida a partir desta abertura, no poder exceder de trs vezes o seu p direito.

    Art. 199. - As superfcies das aberturas para o exterior dever obedecer as seguintes reas relativas mnimas:

    a) 1/6 da superfcie do piso para compartimento de permanncia prolongada; b) 1/10 da superfcie do piso para os compartimentos de utilizao eventual;

    Pargrafo nico - As reas relativas de que trata este artigo sero alteradas, respectivamente, para (um quarto) e 1/8 (um oitavo) da rea do piso, sempre que a abertura derem para a varanda, alpendres, reas de servio, etc.

    Art. 200. - As vergas das aberturas no devero ter altura superior a 1/7 do p direito do compartimento.

    Art. 201. - Ser tolerada, para compartimentos de ventilao eventual, a inexistncia de janelas, desde que sua porta de acesso ao exterior seja dotada de bandeira mvel, com a mesma largura da porta e at o teto do compartimento.

    Pargrafo nico - No se compreende na disposio deste artigo os compartimentos com reas superiores a 4 m (quatro metros quadrados) e cujas portas externas abram para varandas, alpendre, reas de servio, etc. com mais de 2,50 m (dois metros e cinqenta centmetros) de profundidade.

    Art. 202. - Os corredores, de uso comum ou no, de extenso superior a 15,00 m (quinze metros) devero dispor de abertura para o exterior, obedecidas as prescries deste cdigo relativamente aos compartimentos de utilizao eventual.

    Art. 203. - As escadas disporo de abertura para o exterior, por pavimento, que assegurem adequada iluminao e ventilao.

    Art. 204. - Os halls de elevadores devero, por pavimento, ter assegurada iluminao natural, ainda que indireta.

    Art. 205. - Sero admitidas iluminao e ventilao por meio de poos nos sanitrios e nos corredores de at 15,00 m (quinze metros) de extenso.

    1. - Para os sanitrios, admite-se ainda, que a ventilao seja feita atravs de outro sanitrio, desde que tenha o teto rebaixado, observada a distncia mxima de 2,50 (dois metros e cinqenta centmetros) entre o vo de iluminao e o exterior.

    2. - Para os sanitrios pertencentes a uma mesma propriedade, admite-se iluminao atravs de outro sanitrio sem o rebaixo, observada a distncia mxima de 2,50 m (dois metros e cinqenta centmetros).

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    Art. 206. - Os poos de iluminao e ventilao devero subordinar-se aos seguintes requisitos:

    a) Dispor de acesso que permita fcil inspeo; b) Ter largura e rea mnima, respectivamente, de 0,80 m (oitenta centmetros) e 1,60 m

    (um metro e sessenta centmetros quadrados) . c) Dispor de revestimento interno adequado.

    Art. 207. - Todas as paredes de reas internas e de poos de iluminao e ventilao, devero ser pintadas em cores claras e tonalidades moderadas.

    CAPTULO V

    DAS INSTALAES HIDRULICAS E ELTRICAS

    Art. 208. - Toda edificao dever dispor de reservatrio elevado de gua destinado ao seu consumo.

    Art. 209. - O volume do reservatrio dever ser, no mnimo, igual ao consumo de dois (2) dias calculados para a edificao.

    1. - Para os efeitos deste artigo a capacidade do reservatrio elevado ser calculada com base nos seguintes valores:

    I - Para edificao de destinao no residencial, 60 (sessenta litros) / pessoa; II - Para edificao de destinao residencial, 150 (cento e cinqenta litros) / pessoa; III - Para hotis e hospitais, 250 (duzentos e cinqenta litros) / pessoa;

    Art. 210. - Os reservatrios devero ter suas tabulaes de sada acima 5 cm (cinco centmetros) do seu fundo.

    Art. 211. - Nas edificaes de mais de quatro (4) pavimentos que dispuserem de reservatrio subterrneo, ser obrigatria a instalao de, pelo menos, duas (2) eletrobombas.

    Art. 212. - Nos logradouros no servidos pela rede de esgotos, as edificaes devero dispor de fossa sptica e caixa de absoro proporcionais capacidade habitacional da edificao.

    Art. 213. - A execuo de instalao eltrica nas edificaes e os materiais nela empregados, devero obedecer as especificaes da ABNT e s instrues expedidas pela concessionria do servio de distribuio de energia eltrica, desde que aprovada pela Prefeitura.

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    Art. 214. - Nas edificae