codigo sanitario df

Upload: ionarabarbosa

Post on 14-Oct-2015

58 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • SEO I

    PREO R$ 3,00ANO XLIII N 48 BRASLIA DF, SEXTA-FEIRA, 7 DE MARO DE 2014

    SUMRIOSEO I

    PG.SEO II

    PG.SEO III

    PG.Atos do Poder Legislativo ............................................. 32 55Atos do Poder Executivo ............................................. 1 55Casa Militar .................................................................. 33Casa Civil ...................................................................... 19 34 55Secretaria de Estado de Governo .................................. 36 57Secretaria de Estado de Transparncia e Controle ....... 37Secretaria de Estado de Agricultura, e Desenvolvimento Rural ................................................ 38 58Secretaria de Estado de Cultura .................................... 59Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferncia de Renda ................................... 20 38 59Secretaria de Estado de Educao ................................. 21 39 59Secretaria de Estado de Fazenda ................................... 21 46 61Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econmico ..... 21 46 61Secretaria de Estado de Obras ....................................... 62Secretaria de Estado de Sade ...................................... 28 47 64Secretaria de Estado de Segurana Pblica .................. 30 48 67Secretaria de Estado de Trabalho .................................. 68Secretaria de Estado de Transportes ............................. 51 68Secretaria de Estado de Turismo ................................... 70Secretaria de Estado de Habitao, Regularizao e Desenvolvimento Urbano ............................................ 51 70Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos ................................................ 31 51Secretaria de Estado de Planejamento e Oramento ..... 52 70Secretaria de Estado de Administrao Pblica ............ 53 71Secretaria de Estado de Esporte .................................... 175Secretaria de Estado de Cincia, Tecnologia e Inovao .................................................. 53 176Secretaria de Estado de Justia, Direitos Humanos e Cidadania ................................................... 53Secretaria de Estado da Ordem Pblica e Social .......... 31 53 176Secretaria de Estado da Mulher .................................... 54 177Secretaria de Estado da Criana .................................... 54Secretaria de Estado Extraordinria da Copa 2014 ....... 177Procuradoria Geral do Distrito Federal ......................... 54 177Defensoria Pblica do Distrito Federal ......................... 54Tribunal de Contas do Distrito Federal ......................... 54 180Ineditoriais ....................................................................

    ATOS DO PODER EXECUTIVO

    LEI N 5.319, DE 06 DE MARO DE 2014.(Autoria do Projeto: Deputado Robrio Negreiros)

    Dispe sobre a obrigatoriedade de inscrio no Cadastro Fiscal do Distrito Federal de empresas prestadoras de servio na forma que especifica.O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAO SABER QUE A CMARA LEGISLA-TIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:Art. 1 O contribuinte do Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza ISS, ainda que imune ou isento, cuja sede ou matriz econmica seja estabelecida em outra unidade da federao, sem filial no Distrito Federal, mas que, por fora de contrato, convnio ou termo, vise prestao de servios no Distrito Federal, em carter permanente ou temporrio, fica obrigado a inscrever-se no Cadastro Fiscal do Distrito Federal CF/DF. 1 (V E T A D O).

    2 (V E T A D O).Art. 2 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 06 de maro de 2014126 da Repblica e 54 de Braslia

    AGNELO QUEIROZ

    LEI N 5.320, DE 06 DE MARO DE 2014.(Autoria do Projeto: Deputado Aylton Gomes)

    Dispe sobre a explorao comercial e o patrocnio de esportes de aventura e o uso de tcnicas que envolvam equipamentos de segurana, no Distrito Federal.O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAO SABER QUE A CMARA LEGISLA-TIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:Art. 1 A prtica de esportes de aventura e o uso de tcnicas que envolvam equipamentos de segurana para tais fins, no Distrito Federal, obedecem s prescries disciplinadas nesta Lei.Pargrafo nico. Para os efeitos desta Lei, as atividades de que trata o caput compreendem aquelas de aventura e esporte recreativo, oferecidas comercialmente ou no, em ambientes naturais, rurais e urbanos, que envolvam riscos avaliados, controlados e assumidos vida dos participantes e que exijam o uso de tcnicas e equipamentos especficos, a adoo de procedimentos para garantir a segurana pessoal e de terceiros e o respeito ao patrimnio ambiental e sociocultural.Art. 2 A prtica dos esportes que menciona o art. 1 pauta-se pela preservao da integridade fsica de seus praticantes, observado obrigatoriamente o controle dos impactos da atividade sobre o meio ambiente e sobre as comunidades envolvidas.Art. 3 Os estabelecimentos particulares, operadoras, clubes, associaes, sociedades de pratican-tes de esportes de aventura e de tcnicas que envolvam equipamentos de segurana, bem como seus instrutores devem se cadastrar junto ao Poder Pblico do Distrito Federal, apresentando, para fins de registro e licena, o seguinte:I inscrio ou credenciamento junto a entidades e rgos tcnicos especializados nos esportes promovidos, bem como Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica CNPJ, do Ministrio da Fazenda;II comprovao de capacitao de seus instrutores nas modalidades esportivas praticadas em cursos de reconhecimento nacional;III dados de identificao e qualificao dos responsveis pela vistoria, pela segurana dos equipamentos, pela realizao das prticas e pela gesto dos eventos, acompanhados do respectivo plano de execuo dessas atividades;IV documentao necessria que ateste a regulamentao de uso das reas de prtica dos esportes, emitidas pelos rgos pblicos competentes;V equipamentos de telecomunicao habilitados para operar nas reas das atividades;VI documentao comprobatria de cobertura securitria aos praticantes e a terceiros. 1 A licena fica condicionada descrio detalhada de cada modalidade esportiva, em conformidade com as Normas Brasileiras da Associao Brasileira de Normas Tcnicas NB/ABNT e com os docu-mentos oficiais de rgos e entidades responsveis pela regulao da modalidade esportiva praticada. 2 O Poder Pblico deve fazer a verificao da capacitao dos instrutores que no apresentem os certificados de capacitao citados no inciso II deste artigo.Art. 4 O curso referido no art. 3, II, deve abordar as seguintes matrias, entre outras a serem definidas pelos rgos incumbidos da fiscalizao:I origem, histria, evoluo, regulamentao e mecnica do esporte que se pretende praticar, por meio de exposies, palestras, vdeos e outros recursos audiovisuais, com debates e prova de conhecimentos e habilidades dos candidatos;II contedo informativo sobre tcnicas, especificaes e modos de utilizao de todos os equipamentos adotados nas operaes;III informaes pormenorizadas acerca da rea utilizada para prtica do esporte;IV demonstrao e treinamento em procedimentos preventivos de segurana;V treinamento em tcnicas de primeiros socorros e procedimentos de resgate em caso de acidente.Art. 5 Os equipamentos de segurana nacionais ou importados utilizados nas prticas esportivas de que trata esta Lei devem ser certificados e revisados periodicamente pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia INMETRO e por outros rgos e entidades responsveis, no mbito federal ou distrital.Pargrafo nico. A aquisio dos equipamentos de que trata o caput deve ser comprovada por meio de documentos oficiais ou notas fiscais, com as especificaes e os prazos de validade e de vida til indicados pelo fabricante.

  • PGINA 2 Dirio Oficial do Distrito Federal N 48, sexta-feira, 7 de maro de 2014

    Redao e Administrao:Anexo do Palcio do Buriti, Sala 111, Trreo.CEP: 70075-900, Braslia - DFTelefones: (0XX61) 3961.4502 - 3961.4503Editorao e impresso: POOL EDITORA LTDA

    AGNELO QUEIROZGovernador

    TADEU FILIPPELLI Vice-Governador

    SWEDENBERGER BARBOSASecretrio de Estado-Chefe da Casa Civil

    GUILHERME HAM ANTUNESCoordenador-Chefe do Dirio Oficial

    Art. 6 Os responsveis pelos eventos esportivos ficam obrigados a:I informar previamente aos praticantes, em documento que explique os riscos da atividade, a no recomendao da realizao de esporte de aventura e de prticas que envolvam equipamentos de segurana por pessoas portadoras de cardiopatia, presso alta, afeces na coluna e outras doenas incompatveis com essa modalidade esportiva;II colher assinatura dos praticantes em termo de responsabilidade no qual constem as obrigaes da operadora, as caractersticas da atividade contratada e os riscos inerentes a essa atividade;III divulgar publicamente, nos locais onde atuem, informaes sobre o desenvolvimento de suas atividades usuais e sobre os eventos especiais, bem como informaes necessrias ao seguro.Art. 7 Aos responsveis pelo licenciamento de que trata o art. 3 obrigatrio manter cadastros atualizados:I com informaes sobre os dados pessoais dos praticantes e sobre a data, o local e o horrio das atividades e dos eventos;II com cpia da declarao de cincia do risco da atividade a ser praticada, circunstanciada em termo de responsabilidade especificado no art. 6, II.Art. 8 O Poder Pblico deve manter cadastro de todas as empresas habilitadas para prticas de esportes radicais, turismo de aventura e tcnicas que envolvam equipamentos de segurana, podendo, a qualquer tempo, fiscalizar os estabelecimentos ou locais de realizao dos esportes.Art. 9 A prtica de esportes de aventura e de tcnicas que envolvam equipamentos de segurana por crianas e adolescentes deve obedecer s disposies do art. 71, pargrafo nico, e do art. 75, caput, da Lei n 8.069, de 13 de junho de 1990 Estatuto da Criana e do Adolescente ECA, que preveem o respeito s condies peculiares da criana e do adolescente como pessoas em desenvolvimento e a adequao respectiva faixa etria.Art. 10. O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita o infrator s seguintes sanes:I multa, sem prejuzo das penalidades definidas na legislao correlata;II multa aplicada em dobro, em caso de reincidncia;III suspenso temporria da atividade;IV interdio total ou parcial do estabelecimento ou da atividade;V cancelamento do registro cadastral junto ao Poder Pblico do Distrito Federal.Pargrafo nico. Em caso de desobedincia ao cancelamento oficial do registro cadastral, apli-cada multa de dez vezes o valor disposto no inciso II deste artigo, com imediata comunicao ao Ministrio Pblico do Distrito Federal e dos Territrios, acompanhada das cpias das autuaes, sem prejuzo de outras sanes administrativas, civis e penais.Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao e deve ser regulamentada pelo Poder Executivo no prazo de noventa dias.Art. 12. Revogam-se as disposies em contrrio.

    Braslia, 06 de maro de 2014.126 da Repblica e 54 de Braslia

    AGNELO QUEIROZ

    LEI N 5.321, DE 06 DE MARO DE 2014.(Autoria do Projeto: Deputada Arlete Sampaio)Institui o Cdigo de Sade do Distrito Federal.

    O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAO SABER QUE A CMARA LEGISLA-TIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

    TTULO IDAS DISPOSIES PRELIMINARES E DA CONCEITUAO

    Art. 1 Fica institudo o Cdigo de Sade do Distrito Federal, fundamentado nos preceitos ex-pressos na Constituio Federal, nas Leis federais n 8.080, de 19 de setembro de 1990, n 8.142, de 28 de dezembro de 1990, e n 8.078, de 11 de setembro de 1990, no Decreto federal n 7.508, de 28 de junho de 2011, bem como na Lei Orgnica do Distrito Federal. Pargrafo nico. Sujeitam-se a este Cdigo entes pblicos, privados e filantrpicos. Art. 2 A matria direta ou indiretamente relacionada com a sade individual ou coletiva no Distrito Federal rege-se pelas disposies desta Lei, de sua regulamentao e da legislao federal especfica. Pargrafo nico. A matria a que se refere o caput abrange estabelecimentos, ambientes, processos de trabalho, produtos de interesse direto ou indireto para a sade, aes e servios relacionados direta ou indiretamente a proteo, promoo, preveno, diagnstico, tratamento e reabilitao da sade, assim como outros locais e atividades que ofeream risco sade.

    Art. 3 Compete ao Poder Pblico do Distrito Federal realizar aes e servios de vigilncia de matria direta ou indiretamente relacionada com a sade individual ou coletiva, visando proteo e promoo da sade individual e coletiva e qualidade de vida da populao. Pargrafo nico. Para o cumprimento do disposto no caput, so observados os seguintes prin-cpios e diretrizes: I descentralizao das aes e servios de vigilncia em sade, respeitando as diversas realida-des locais e regionais, conforme planejamento e exigncias fundamentais expressos nos planos diretores do Distrito Federal; II regularidade, consubstanciada na obrigao de prestar servios pblicos sem interrupo, conforme disposies contidas em lei; III participao da sociedade, por meio de: a) conferncias sobre sade, meio ambiente, transparncia, controle social, ordenamento ter-ritorial; b) conselhos de sade, meio ambiente e planejamento do Distrito Federal; IV conjugao dos esforos dos diversos rgos do Poder Pblico; V proteo contra riscos que podem ensejar a ocorrncia de danos irreversveis vida, sade individual e coletiva e ao meio ambiente, inclusive contra aqueles decorrentes de inovaes tecnolgicas; VI promoo e proteo da sade e da segurana do trabalhador; VII respeito e promoo dos direitos dos consumidores; VIII cortesia e atendimento ao pblico em tempo adequado; IX publicidade, garantia do direito s informaes referentes aos servios de interesse para os usurios e a coletividade e facilitao do acesso mediante sistematizao e divulgao ampla dos atos administrativos. Art. 4 garantida a participao de usurios e de representantes da sociedade civil no plane-jamento, no acompanhamento e na avaliao de aes e servios de preveno, vigilncia e controle, assim como em aes e servios de ateno sade. Art. 5 Os rgos do Sistema nico de Sade do Distrito Federal que atuam nas reas de vigilncia sanitria, vigilncia epidemiolgica e vigilncia ambiental em sade, bem como os rgos de pesquisa e as unidades da rede de ateno sade da populao, so responsveis, entre outras atribuies, por: I coordenar e executar servios e aes de vigilncia em sade, que incluem medidas de controle sanitrio em estabelecimentos e produtos de interesse direto ou indireto para a sade; II coordenar e implementar sistema de informao de vigilncia em sade para captao, manejo e anlise de dados e de informaes relevantes s aes de vigilncia em sade, bem como para a avaliao de eficincia e eficcia da atuao dos diversos rgos; III gerar informaes fundamentais s aes de vigilncia em sade, por meio de anlises laboratoriais e relatrios fiscais; IV formular e executar programas de formao e de educao permanente para os profissionais de vigilncia em sade; V apoiar a realizao de pesquisas e estudos aplicados s reas de interesse para a vigilncia em sade; VI incentivar o desenvolvimento, a produo e a difuso de metodologias e tecnologias com-patveis para melhorar a qualidade da sade e do meio ambiente; VII conceder licenas e autorizaes sanitrias; VIII manter servios de captao de reclamaes e de denncias, divulgando estatsticas pe-ridicas sobre o tipo de estabelecimento, o motivo da denncia e as providncias adotadas para cada caso, assim como preservando o sigilo quanto identificao do denunciante; IX manter rgo com as capacidades para deteco, monitoramento, avaliao de eventos e articulao com os setores pblicos e privados para, em tempo oportuno, estabelecer medidas de conteno contra agravos de sade pblica de interesse nacional e internacional, conforme disposto no Regulamento Sanitrio Internacional de 2005 (RSI-2005). Pargrafo nico. As atribuies elencadas nos incisos anteriores devem ser exercidas de modo articulado com rgos e sistemas de outros setores do Poder Pblico do Distrito Federal que atuam na vigilncia e na fiscalizao de matrias de interesse direto ou indireto para a sade. Art. 6 O controle sanitrio de que trata o art. 5, I, refere-se a procedimentos e aes exercidos por autoridades sanitrias e ambientais para garantir a qualidade dos produtos e dos servios, bem como as condies adequadas de funcionamento dos estabelecimentos. Pargrafo nico. No Distrito Federal, atuam na condio de autoridade sanitria os seguintes agentes pblicos:

  • PGINA 3Dirio Oficial do Distrito FederalN 48, sexta-feira, 7 de maro de 2014

    I secretrios de Estado, diretores ou presidentes de agncias e empresas pblicas; II gestores dos rgos de vigilncia sanitria, includos os de vigilncia e controle de produtos de origem animal e vegetal; III gestores dos rgos de vigilncia ambiental em sade, includos os de vigilncia e controle do saneamento ambiental e de zoonoses; IV gestores dos rgos de vigilncia da sade do trabalhador, includos os de vigilncia e controle de ambientes e de processos de trabalho; V gestores dos rgos de sade pblica, de vigilncia epidemiolgica e de imunizao; VI servidores pblicos em efetivo exerccio das atribuies especficas do cargo nas reas de especializao relacionadas vigilncia em sade. Art. 7 A autoridade sanitria, no desempenho de suas atribuies, tem livre acesso, em qualquer dia e hora, atendidas as formalidades legais, a estabelecimentos, ambientes e servios de inte-resse direto ou indireto para a sade, para proceder s seguintes medidas de controle sanitrio: I inspees e visitas de rotina para verificar as condies de funcionamento dos estabelecimentos ou para apurar irregularidades e infraes; II coleta de amostras necessrias para anlises tcnicas e de controle; III interdio de estabelecimentos, servios ou produtos; IV apreenso ou inutilizao de produtos que no satisfaam as exigncias legais;V lavraturas de autos e de outros termos administrativos; VI aplicao de penalidades cabveis e de outros atos necessrios ao bom desempenho das aes de controle sanitrio. 1 (V E T A D O). 2 Se houver bice ao fiscalizadora, as autoridades sanitrias podero solicitar auxlio e interveno policial para a execuo da medida ordenada, sem prejuzo da aplicao das pena-lidades cabveis. Art. 8 As anlises laboratoriais e as fiscais a que se refere o art. 5, III, so de responsabilidade do servio pblico e tm como principais objetivos: I avaliar a qualidade e a segurana de produtos sujeitos s normas da vigilncia sanitria; II realizar controle toxicolgico em seres humanos, com deteco de metablitos, de nveis de metais pesados, de agrotxicos e de outros agentes qumicos em sangue e urina; III realizar controle da qualidade da gua usada para consumo humano e para hemodilise; IV contribuir com a investigao e o monitoramento de casos e surtos de doenas infecciosas mediante identificao dos agentes etiolgicos; V dar suporte s aes da vigilncia ambiental. Art. 9 Para efeito desta Lei, ficam estabelecidos os seguintes conceitos: I agravo sade: dano sade humana em geral, independentemente da natureza; II gua contaminada: possui caractersticas fsicas, qumicas ou biolgicas capazes de produzir alteraes prejudiciais sade dos indivduos ou da coletividade; III gua natural: obtida diretamente de fontes naturais ou artificialmente captada, de origem subterrnea, caracterizada pelo contedo definido e constante de sais minerais, bem como pela presena de oligoelementos, porm em nveis inferiores aos mnimos estabelecidos para a gua mineral natural; IV gua mineral natural: obtida diretamente de fontes naturais ou artificialmente captadas, de origem subterrnea, caracterizada pelo contedo definido e constante de sais minerais e pela presena de oligoelementos; V gua residuria: composta por esgotos sanitrios e resduos lquidos domsticos, industriais e agrcolas; VI alimento: substncia ou mistura de substncia slida, lquida, pastosa, destinada a fornecer ao organismo humano elementos normais sua formao, manuteno e desenvolvimento; VII ambulante: pessoa fsica ou jurdica que exera atividades comerciais, artsticas ou de prestao de servio, sempre provisrias, em logradouros pblicos ou em locais de acesso p-blico, utilizando-se de instalaes provisrias, de remoo imediata, mveis ou veiculares, em local autorizado pelo rgo competente para exercer sua atividade; VIII animal domstico: criado e reproduzido pelo homem para utilidades econmicas ou afetivas; IX animais apreendidos: animais capturados que ficam sob a guarda de autoridade sanitria at a destinao final; X animais de consumo: aqueles destinados alimentao humana; XI animais mordedores habituais: aqueles causadores de mordeduras a pessoas ou a outros animais em logradouros pblicos; XII animais sinantrpicos: espcies de animais que, indesejavelmente, coabitam com o homem em sua morada ou arredores e que trazem incmodos, prejuzos ou riscos sade pblica; XIII anlise fiscal de rotina: anlise efetuada aps o registro do produto coletado pela auto-ridade sanitria competente, a qual serve para comprovar a sua conformidade com o padro de identidade e qualidade ou com as normas tcnicas especficas ou, ainda, com o relatrio e o modelo do rtulo anexado ao requerimento que deu origem ao registro; XIV anlise de risco: efetuada em ambientes, bens, produtos, processos e operaes de interesse para a sade e destinada determinao dos pontos crticos, ao controle de riscos identificados e definio de procedimentos para monitorar os pontos crticos de controle; XV autoridade sanitria: servidor pblico investido de competncia para fiscalizar, controlar e inspecionar matria de interesse direto ou indireto para a sade das pessoas e do meio ambiente; XVI bebida: produto lquido destinado ingesto humana, sem finalidade medicamentosa; XVII cadastro sanitrio: registro de equipamento emissor de radiao ionizante e de estabeleci-mento que comercialize produtos sob controle, com a respectiva declarao de registro sanitrio, mantido por autoridade sanitria;

    XVIII caixo ou urna funerria: caixa com formato adequado para conter pessoa falecida ou partes dela, com fundo provido de material biodegradvel que garanta o no extravasamento de lquidos provenientes do cadver; XIX certificado de vistoria de veculo: documento emitido por autoridade sanitria que autoriza o transporte de alimentos, medicamentos, saneantes, cosmticos, produtos para sade, material biolgico ou material de interesse para a sade; XX coleta de espcimes clnicos ou de amostras: realizada durante a investigao epidemio-lgica para identificar o agente etiolgico e classificar adequadamente a doena ou o agravo; XXI comisso de controle de infeco hospitalar: grupo tcnico institudo em cada hospital de acordo com as normas tcnicas do Ministrio da Sade, para elaborar e executar aes voltadas reduo de infeces hospitalares; XXII controle sanitrio: ao do Poder Pblico sobre produtos, ambientes e processos para garantir a sade das pessoas e do meio ambiente; XXIII cosmtico: produto de uso externo destinado proteo ou ao embelezamento do corpo; XXIV crematrio: local onde so incinerados os cadveres; XXV doena: enfermidade ou estado clnico alterado, independentemente de origem ou fonte; XXVI doena transmissvel: causada por agente etiolgico especfico ou suas toxinas e contrada por meio da transmisso desse agente ou de seus produtos txicos; XXVII drogaria: estabelecimento de dispensao e comrcio de drogas lcitas, medicamentos, insumos farmacuticos e produtos correlatos; XXVIII embalsamar: tratar com substncias capazes de evitar a decomposio do cadver; XXIX emergncia: constatao mdica de condio de agravo sade que implique risco iminente vida ou sofrimento intenso, e demande tratamento mdico imediato; XXX entulho: conjunto de fragmentos ou restos de tijolos, argamassa, madeira e outros ma-teriais provenientes de demolio ou de construo civil; XXXI evento: manifestao de doena, ou ocorrncia que apresente potencial para causar doena; XXXII ervanaria: estabelecimento que realiza dispensao de plantas medicinais; XXXIII esgotamento sanitrio: aes de coleta, transporte, tratamento e disposio final ade-quada dos esgotos sanitrios, desde as ligaes prediais at o lanamento final no meio ambiente; XXXIV estabelecimento: unidade de empresa destinada a atividades relativas a bens, produtos, servios e locais sujeitos s aes dos rgos de vigilncia em sade; XXXV estabelecimento de sade: o que realiza aes e servios de promoo, proteo e recuperao da sade individual e coletiva; XXXVI estabelecimento de interesse para a sade: aquele que produz, fabrica, beneficia, manipula, maneja, fraciona, transforma, embala, reembala, acondiciona, conserva, armazena, transporta, distribui, importa, exporta, comercializa ou dispensa produtos, bens e servios que afetam, direta ou indiretamente, a sade individual ou coletiva da populao; XXXVII estabelecimento industrial de produtos de origem animal: aquele que industrializa carne, leite, pescado, ovos, mel e cera de abelha e seus derivados; XXXVIII estabelecimento congnere ao veterinrio: aquele cujas atividades envolvem comr-cio, criao, adestramento, hospedagem, esttica, exposio, recreao, transporte e proteo de animais e comrcio de produtos veterinrios; XXXIX eutansia: induo da morte sem dor ou sofrimento por meio de substncia que produz insensibilizao e inconscientizao antes da parada cardaca e respiratria, em concordncia com resoluo do Conselho Federal de Medicina Veterinria; XL eventos pblicos: acontecimento com objetivo determinado que acarreta concentrao popular em logradouros pblicos ou em recintos fechados de livre acesso ao pblico; XLI exumao: ato de desenterrar, tirar da sepultura; XLII exumar: retirar a pessoa falecida, partes ou restos mortais da sepultura; XLIII farmcia: estabelecimento de manipulao de frmulas magistrais e oficinais e de co-mrcio de drogas, medicamentos e insumos farmacuticos, que inclui a de dispensao e a de atendimento privativo de unidade hospitalar ou outra de assistncia mdica equivalente; XLIV fiscalizao sanitria: atividade de poder de polcia sanitria desempenhada pelo Poder Pblico por meio das autoridades sanitrias sobre bens, produtos, procedimentos, mtodos, tc-nicas ou ambientes, inclusive o de trabalho, sujeitos a esta Lei, para cumprir ou fazer cumprir as determinaes nela estabelecidas; XLV geradores de resduos slidos: pessoas fsicas ou jurdicas, de direito pblico ou privado, responsveis por atividade ou empreendimento que gerem resduos slidos, neles includo o consumo; XLVI geradores de resduos da construo civil: pessoas fsicas ou jurdicas, pblicas ou pri-vadas, proprietrias ou responsveis por obra, as quais produzam resduos da construo civil; XLVII inseticida: produto ou preparao destinada ao combate, preveno e ao controle dos insetos em habitaes, recintos e lugares de uso pblico e cercanias; XLVIII hospedeiro: organismo simples ou complexo, incluindo o homem, capaz de ser infec-tado por agente especfico; XLIX hospedeiro definitivo: o que apresenta o parasita em fase de maturidade ou de atividade sexual; L hospedeiro intermedirio: o que apresenta o parasita em fase larvria ou assexuada; LI inspeo sanitria: atividade de vigilncia desempenhada pelas autoridades sanitrias em ambientes, produtos, procedimentos, mtodos ou tcnicas na rea de abrangncia da vigilncia sanitria, para averiguar o cumprimento da legislao pertinente ou levantar evidncias acerca da observncia das normas sanitrias; LII interdio: impedimento ou proibio do funcionamento ou da utilizao de rea, produto ou servio por descumprimento da legislao sanitria ou risco iminente sade pblica;

  • PGINA 4 Dirio Oficial do Distrito Federal N 48, sexta-feira, 7 de maro de 2014

    LIII inumar: colocar pessoa falecida, membros amputados ou restos mortais em sepultura; LIV laboratrio de anlises clnicas e congneres: estabelecimento destinado anlise de amos-tras biolgicas, com a finalidade de oferecer apoio ao diagnstico de doenas e apoio teraputico;LV laudo de inspeo: registro fundamentado, do ponto de vista tcnico e legal, por meio do qual a autoridade sanitria apresenta concluses, orienta e indica intervenes que devem ser adotadas; constitui o nico documento de que podem valer-se as partes, complementado e ratificado por anlise laboratorial especfica, a critrio da autoridade sanitria; LVI legislao federal especfica: leis, regulamentos, portarias, normas e outros atos sobre vigilncia em sade vigentes no Pas; LVII legislao pertinente: leis, regulamentos, portarias, normas e outros atos relacionados vigilncia em sade vigentes no Distrito Federal e no Brasil; LVIII licena sanitria: documento do rgo de vigilncia sanitria do Sistema nico de Sa-de do Distrito Federal que autoriza o funcionamento ou a operao de atividade especfica em estabelecimentos sob vigilncia e controle sanitrio; LIX licena de funcionamento: permisso formal do Poder Pblico que autoriza o desenvol-vimento de atividade econmica com ou sem fins lucrativos no Distrito Federal; LX medicamento: produto farmacutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profiltica, curativa, paliativa ou diagnstica; uma forma farmacutica terminada que contm o frmaco, geralmente em associao com adjuvantes farmacotcnicos; LXI meio ambiente: conjunto de condies, leis, influncias e interaes de ordem fsica, qumica, biolgica, social, cultural, paisagstica ou urbanstica, que permitem, abrigam e regem a vida em toda sua dimenso; LXII molusco: animal de corpo mole, no segmentado, viscoso, com simetria bilateral, excep-cionalmente assimtrico, com concha interna ou externa; LXIII mtodos de insensibilizao: processos que induzem perda total da conscincia; LXIV necrotrio: local onde permanecem os cadveres que sero autopsiados ou identificados; LXV notificao compulsria: comunicao oficial autoridade sanitria competente de casos suspeitos ou confirmados de doenas ou agravos que, por sua gravidade e magnitude ou pela possibilidade de disseminao, exijam medidas excepcionais de controle; doenas e agravos de notificao compulsria, assim classificados conforme regulamento sanitrio internacional, integram relao elaborada pelo Ministrio da Sade ou por normas tcnicas especficas; LXVI ncleo hospitalar de epidemiologia: setor que realiza as aes de vigilncia epidemio-lgica de doenas de notificao compulsria no hospital; LXVII rgos competentes: rgos oficiais especficos para a atividade; LXVIII padro de identidade e de qualidade: critrio estabelecido pelo rgo competente, que disponha sobre denominao, definio e composio de alimento, matrias-primas alimentares, alimentos in natura e aditivos e fixe requisitos de higiene, normas de envasamento e rotulagem, assim como mtodos de amostragem e de anlise; LXIX pesquisa: atividade fundamentada no mtodo cientfico cujo objetivo desenvolver ou contribuir para o conhecimento; LXX prestador de servios veterinrios: estabelecimento ou profissional que presta servios veterinrios em todas as suas modalidades; LXXI poluio sonora: toda emisso de som que, direta ou indiretamente, seja nociva sade, segurana e ao bem-estar da coletividade, ou transgrida as disposies fixadas em lei;LXXII produtos biolgicos: categoria de produtos que inclui soros, reagentes, vacinas, bacteri-fagos, hormnios e vitaminas naturais ou sintticas, fermentos, hemoderivados, biomedicamentos, anticorpos monoclonais, probiticos e alrgenos; LXXIII produto de higiene: produto de uso externo destinado ao asseio ou desinfeco corporal; LXXIV produtos de interesse para a sade: produtos sujeitos ao controle sanitrio; LXXV produto perigoso: aquele que apresenta risco sade individual, coletiva ou ao meio ambiente; LXXVI produtos de uso veterinrio: substncias com propriedades definidas e destinadas a prevenir, diagnosticar ou tratar doenas dos animais; LXXVII raticida: substncia ativa, isolada ou associada destinada a combater roedores em domiclios, embarcaes, recintos e lugares pblicos, desde que no oferea risco ao meio am-biente, vida ou sade do ser humano e dos animais; LXXVIII resduos perigosos sade: aqueles provenientes de atividades humanas que, por sua quantidade, concentrao, estado fsico ou qumico e caractersticas biolgicas, sejam in-fectantes, perfurantes, radioativos, txicos, inflamveis, explosivos, reativos, mutagnicos ou que apresentem risco potencial sade ou ao meio ambiente, quando tratados, armazenados, transportados, transformados ou manipulados de forma inapropriada, com possibilidade de provocar doenas ou mortes; LXXIX resduos volumosos: constitudos basicamente por materiais de volume superior a um metro cbico e outros no caracterizados como resduos industriais e que no so removidos pela coleta pblica rotineira; LXXX reservatrio: ser humano, animal, artrpode, planta ou matria inanimada onde vive e se multiplica agente infeccioso, transmissvel a outro hospedeiro suscetvel; LXXXI saneantes domissanitrios: substncias destinadas higienizao e desinfestao em domiclios e ambientes de uso comum; LXXXII servios funerrios: servios relacionados a inumao, exumao, embalsamamento e translado de cadveres; LXXXIII resduo slido: qualquer forma de matria ou substncia, nos estados slido e se-misslido, que resulte de atividades industriais, domsticas, de servios de sade, comerciais,

    agrossilvopastoris, de limpeza de vias e logradouros pblicos, ou do descarte de equipamentos e utenslios domsticos capazes de prejudicar o meio ambiente; LXXXIV resduos da construo civil: resduos provenientes de construes, reformas, repa-ros e demolies de obras de construo civil, e os resultantes da preparao e da escavao de terrenos, conforme legislao federal, classificados como de pequeno ou grande volume, se este for inferior ou superior a um metro cbico, respectivamente; LXXXV sepultura: espao unitrio destinado a inumao; LXXXVI servio de hemoterapia: servio de sade com a funo de prestar assistncia hemo-terpica ou hematolgica, o qual pode coletar e processar o sangue, realizar testes de triagem laboratorial, armazenar e distribuir hemocomponentes, realizar transfuses sanguneas e desen-volver atividades de hemovigilncia e retrovigilncia;LXXXVII tmulo: construo erigida em sepultura, que pode ser dotada de compartimentos para inumao; LXXXVIII urgncia mdica: ocorrncia imprevista de agravo sade, com ou sem risco potencial de vida, que necessita de assistncia mdica imediata; LXXXIX uso coletivo: utilizao prevista para determinado grupo de pessoas; XC vacina de carter obrigatrio: aquela assim definida pelo Programa Nacional de Imunizaes; XCI vetor mecnico: ser vivo que veicula o agente patognico desde o reservatrio at o hospedeiro potencial; XCII vigilncia em sade: conjunto de aes realizadas de forma interdependente pela vigi-lncia ambiental, epidemiolgica, sanitria e de sade do trabalhador para proteo e defesa da qualidade de vida; XCIII vigilncia epidemiolgica: conjunto de atividades que proporcionam a informao in-dispensvel para conhecer, detectar ou prever qualquer mudana que possa ocorrer nos fatores condicionantes do processo sade-doena, com a finalidade de recomendar, oportunamente, as medidas indicadas que levem preveno e ao controle das doenas; XCIV vigilncia sanitria: conjunto de aes capazes de identificar, prevenir, diminuir ou eliminar riscos sade e de intervir em problemas sanitrios decorrentes do meio ambiente, da produo e circulao de bens, bem como da prestao de servios de interesse para a sade; XCV vigilncia ambiental em sade: conjunto de aes que proporciona o conhecimento, a deteco ou a preveno de qualquer mudana nos fatores de riscos biolgicos e no biolgicos do meio ambiente que interferem na sade humana, com finalidade de intervir nos problemas sanitrios decorrentes; XCVI zoonose: infeco ou doena infecciosa transmissvel naturalmente entre animais ver-tebrados e o homem.

    TTULO IIDA VIGILNCIA EM SADE

    CAPTULO I DA VIGILNCIA AMBIENTAL EM SADE

    Seo I Das Disposies Gerais

    Art. 10. Todos tm direito vida em ambiente saudvel, e cabe ao Poder Pblico do Distrito Federal garantir a proviso universal e equnime de servios de saneamento ambiental e a ma-nuteno de nveis adequados e crescentes de salubridade ambiental populao. Art. 11. So atribuies da vigilncia ambiental: I vigilncia e controle das fontes de poluio das guas, do ar, do solo e sonora; II regulao, fiscalizao e controle de servios de saneamento ambiental; III execuo de aes de sade e saneamento, sobretudo em casos de calamidades, de situaes de emergncia, de acidentes com produtos perigosos e de contaminao ambiental decorrente de agentes fsicos, qumicos e biolgicos; IV vigilncia e controle de vetores, reservatrios, hospedeiros transmissores de doenas e animais peonhentos; V implantao de subsistema integrado de informao sobre meio ambiente e sade; VI integrao do sistema de monitoramento ambiental e de sade; VII emisso de parecer de impacto ambiental relativo sade pblica para licena prvia de instalao e operao de estabelecimentos, empreendimentos e servios relacionados sade; VIII execuo de aes educativas da populao relativas a sade e vigilncia ambiental; IX desenvolvimento de outras medidas essenciais conquista e manuteno de melhores nveis de qualidade de vida.Art. 12. Os servios de saneamento ambiental so de carter essencial, e dever do Poder Pblico implement-los diretamente ou por meio de celebrao de contrato, conforme previsto em legislao especfica. 1 (V E T A D O). 2 Os instrumentos de delegao dos servios de saneamento ambiental no podem conter dispositivo que prejudique o exerccio dos rgos de vigilncia em sade ou seus poderes de regulao, fiscalizao e controle, especialmente o acesso direto e imediato s informaes dos servios realizados pelo prestador. 3 Os prestadores de servios de saneamento ambiental devem receber, apurar e solucionar queixas e reclamaes dos cidados e dos demais usurios, que devero ser informados das providncias adotadas em at sessenta dias. 4 O Poder Pblico pode autorizar, em carter temporrio, a prestao de servios pblicos de saneamento ambiental por seus prprios usurios organizados em cooperativa ou associao, desde que os servios se limitem a: I determinado condomnio;

  • PGINA 5Dirio Oficial do Distrito FederalN 48, sexta-feira, 7 de maro de 2014

    II localidade de pequeno porte, de caractersticas rurais, predominantemente ocupada por populao de baixa renda, onde outras formas de prestao apresentem custos de operao e manuteno incompatveis com a capacidade dos usurios de pagar pelos servios. Art. 13. direito dos cidados e dos usurios dos servios pblicos de saneamento ambiental: I receber servios permanentemente fiscalizados com vistas ao atendimento das exigncias legais, regulamentares, administrativas e contratuais; II ter amplo acesso, inclusive pela internet, s informaes sobre os servios pblicos de saneamento ambiental, especialmente as relativas qualidade, receitas, custos, ocorrncias operacionais relevantes e investimentos realizados; III conhecer previamente: a) as penalidades a que esto sujeitos os cidados, os demais usurios e os prestadores dos servios; b) as interrupes programadas ou as alteraes de qualidade nos servios; IV (V E T A D O).Art. 14. A fiscalizao dos servios pblicos de saneamento ambiental deve abranger, pelo menos: I os indicadores de qualidade e de prestao dos servios; II as metas de expanso e de qualidade dos servios, com respectivos prazos, quando adotadas metas parciais ou graduais; III o mtodo de medio e monitoramento; IV os sistemas de custos, reajustamento e reviso de taxas ou preos pblicos;V os mecanismos de acompanhamento e avaliao dos servios e os procedimentos para recepo, apurao e soluo de reclamaes dos cidados; VI os planos de contingncia e de segurana; VII as condies dos equipamentos, da infraestrutura e das instalaes fsicas dos prestadores dos servios, objetivando assegurar a prestao contnua e regular de servios adequados. Art. 15. Sem prejuzo da competncia de outras instncias, o controle social dos servios pblicos de saneamento ambiental exercido no mbito do Conselho de Sade do Distrito Federal por meio de comisso intersetorial permanente, assegurada a representao paritria, nos termos do regulamento. Pargrafo nico. O relatrio anual de avaliao do rgo regulador e o informe tcnico do rgo gestor so objeto de anlise e parecer conclusivo da comisso intersetorial definida no caput, formalizado mediante resoluo. Art. 16. O relatrio anual de avaliao referido no art. 15, pargrafo nico, contm: I avaliao da evoluo da qualidade dos servios pblicos prestados no exerccio anterior; II avaliao dos custos, das receitas e das condies de sustentabilidade econmica e equilbrio econmico-financeiro da prestao dos servios, em regime de eficincia, de cada prestador de servios pblicos no exerccio anterior; III cumprimento dos planos de saneamento por parte dos prestadores de servios; IV recomendaes de melhoria; V manifestao do ouvidor avaliando a atuao do rgo no exerccio anterior. Art. 17. O informe tcnico do rgo gestor referido no art. 15, pargrafo nico, reporta a qualidade da gua para consumo humano no Distrito Federal, particularmente: I a adequao das aes de controle da qualidade da gua, no exerccio anterior, desenvolvidas pelo prestador de servio pblico e pelos demais responsveis pelo sistema, includo o abaste-cimento de gua por soluo coletiva alternativa, os resultados obtidos e a evoluo em relao aos exerccios anteriores; II a adequao das aes de vigilncia da qualidade da gua do exerccio anterior, seus resul-tados e sua evoluo em relao aos exerccios anteriores; III as recomendaes de melhoria.

    Seo IIDo Abastecimento de gua

    Art. 18. Compete ao Poder Pblico, por meio do rgo competente, o abastecimento regular e contnuo de gua tratada e de qualidade para consumo humano. Art. 19. (V E T A D O).Art. 20. Os sistemas de abastecimento de gua pblicos ou privados, individuais ou coletivos, esto sujeitos fiscalizao da autoridade sanitria. Pargrafo nico. O Poder Pblico manter programao permanente de vigilncia e de controle da qualidade da gua fornecida por qualquer sistema de abastecimento de gua para consumo humano.Art. 21. Os servios pblicos de abastecimento de gua so orientados pelas seguintes diretrizes: I destinao da gua prioritariamente ao consumo humano e higiene domstica, dos locais de trabalho e convivncia social e, secundariamente, como insumo ou matria-prima, s atividades econmicas e ao desenvolvimento de atividades recreativas; II garantia de abastecimento de gua de qualidade compatvel com as normas, os critrios e os padres de potabilidade estabelecidos pela legislao federal vigente e em quantidade suficiente para promover a sade pblica; III promoo e incentivo preservao, proteo e recuperao dos mananciais e ao uso racional da gua; IV promoo de aes de educao sanitria e ambiental, especialmente as voltadas ao uso sustentvel da gua e correta utilizao das instalaes prediais de gua. Art. 22. A gua de abastecimento distribuda populao deve ser previamente tratada, conforme disposto na legislao especfica e na regulamentao desta Lei. Pargrafo nico. Incluem-se na obrigao estabelecida no caput as guas para uso de pessoas e meios de transporte interestadual e internacional e para abastecimento de concentraes hu-manas temporrias.

    Art. 23. Compete ao servio pblico de abastecimento e aos responsveis pelos sistemas alter-nativos de abastecimento coletivo de gua no Distrito Federal: I analisar, permanentemente, a qualidade da gua; II manter instalaes, condutos e equipamentos do sistema de abastecimento de gua sob permanente inspeo, garantindo-lhes boas condies de funcionamento e de higiene; III divulgar, mensalmente, os resultados obtidos; IV enviar aos rgos de vigilncia ambiental em sade do Sistema nico de Sade do Distrito Federal relatrios mensais de controle da qualidade da gua fornecida; V avisar aos usurios, com antecedncia, interrupes de acesso aos servios em decorrncia de inadimplncia, na forma desta Lei e de sua regulamentao; VI realizar campanhas educativas sobre o uso racional da gua. Art. 24. A adoo de regime de racionamento do abastecimento de gua s admitida nas se-guintes condies: I em carter temporrio; II em casos de escassez imprevisvel do recurso hdrico; III (V E T A D O).Pargrafo nico. Admite-se a restrio de acesso aos servios nos casos e condies previstos em lei, exigida prvia notificao do usurio. Art. 25. A restrio de acesso aos servios do usurio residencial de baixa renda e dos esta-belecimentos pblicos de sade, de educao e de internao coletiva, quando motivada por inadimplncia, s possvel se assegurado o fornecimento de servios mnimos necessrios ao atendimento das exigncias de sade pblica. Art. 26. O rgo de vigilncia ambiental em sade do Sistema nico de Sade do Distrito Federal possui as seguintes atribuies, sem prejuzo das demais estabelecidas em lei: I exercer a vigilncia da qualidade da gua em sua rea de competncia, em articulao com os rgos responsveis pelo abastecimento e pelo controle de qualidade da gua; II estabelecer o servio laboratorial de referncia para dar suporte s aes de vigilncia da qualidade da gua para consumo humano; III efetuar sistemtica e permanente avaliao de risco sade humana de cada sistema de abastecimento, inclusive o alternativo, por meio de informaes sobre: a) caractersticas fsicas dos sistemas, prticas operacionais e controle da qualidade da gua; b) histrico da qualidade da gua produzida e distribuda; c) associao entre agravos sade e situaes de vulnerabilidade do sistema; IV manter registros atualizados sobre as caractersticas da gua distribuda, sistematizados de forma compreensvel populao e disponibilizados para acesso e consulta pblica; V manter estrutura para receber reclamaes de usurios sobre as caractersticas da gua e para adotar as providncias pertinentes; VI informar ao rgo responsvel pelo fornecimento de gua para consumo humano anomalias e inconformidades detectadas, exigindo providncias para as correes necessrias; VII notificar, imediatamente, ao servio de abastecimento a ocorrncia de fato epidemiolgico que possa estar relacionado com a gua fornecida; VIII investigar, em articulao com os rgos responsveis, a ocorrncia referida no inciso VII; IX monitorar a efetividade das medidas corretivas adotadas at a soluo dos problemas detectados.

    Seo III Do Esgotamento Sanitrio

    Art. 27. Compete ao Poder Pblico definir a coleta, o tratamento e a disposio ambientalmente adequada e sanitariamente segura de guas residurias por meio de esgotamento sanitrio ou de sistemas alternativos, conforme estabelecido na regulamentao desta Lei e aprovado pelos rgos de vigilncia ambiental. 1 Nas zonas rurais, os sistemas de fossas ou privadas sanitrias seguiro os modelos previstos nas normas tcnicas dos rgos de controle ambiental. 2 Todo sistema de esgotamento sanitrio pblico ou privado, individual ou coletivo, est sujeito fiscalizao da autoridade sanitria. Art. 28. Na prestao dos servios de esgotamento sanitrio, devem ser observadas as seguintes diretrizes: I adequao das aes de coleta, transporte, tratamento e destinao final das guas residurias, para promover a sade pblica e prevenir a poluio do solo, do ar e das guas superficiais e subterrneas; II promoo do desenvolvimento e adoo de tecnologias apropriadas, seguras e ambientalmente adequadas, que considerem as peculiaridades locais e regionais; III incentivo reutilizao da gua, reciclagem dos constituintes dos esgotos e eficincia energtica, atendendo aos requisitos de sade pblica e de proteo ambiental; IV promoo de aes de educao sanitria e ambiental sobre o uso correto de instalaes pre-diais de esgoto, os servios de esgotamento sanitrio e o adequado manejo dos esgotos sanitrios. Art. 29. Compete aos rgos de vigilncia em sade verificar regularmente as condies de lan-amento de guas residurias e o cumprimento da lei e de normas tcnicas, bem como solicitar as providncias necessrias preservao da salubridade dos receptores. 1 O estabelecimento que utilize leos, graxas e outros derivados deve dispor de recipiente coletor, conforme normas tcnicas dos rgos de controle do meio ambiente. 2 O material proveniente de limpeza de fossa domstica deve ser descartado conforme as normas tcnicas dos rgos de controle do meio ambiente. 3 As guas residurias provenientes de estabelecimentos de sade e congneres, bem como as oriundas de atividades industriais e comerciais, no podero ser lanadas nos coletores pblicos

  • PGINA 6 Dirio Oficial do Distrito Federal N 48, sexta-feira, 7 de maro de 2014

    se houver risco de dano de qualquer espcie aos materiais, equipamentos, processos fsicos, qumicos e biolgicos de tratamento dos esgotos. Art. 30. Os servios destinados a esgotamento, transporte e descarga dos dejetos coletados em fossas de particular e de rgos pblicos devem observar as normas tcnicas dos rgos de controle ambiental.Pargrafo nico. Os profissionais autnomos que prestam servio de limpeza de fossas devem possuir cadastro no rgo de vigilncia sanitria do Sistema nico de Sade do Distrito Federal. Art. 31. proibido o lanamento de resduos slidos nas redes de coleta de esgotos, bem como a ligao da rede pblica de esgotos com a rede de captao de guas pluviais. Art. 32. proibida a restrio de acesso aos servios pblicos de esgotamento sanitrio em decorrncia de inadimplncia do usurio.

    Seo IV Do Manejo de guas Pluviais

    Art. 33. O sistema de manejo de guas pluviais, de responsabilidade do Poder Pblico do Distrito Federal, visa promover a sade, proteger a vida e o patrimnio e a reduzir os riscos de enchentes. Art. 34. O sistema de manejo de guas pluviais obedece s seguintes diretrizes: I universalizao dos servios de manejo de guas pluviais populao urbana; II articulao dos instrumentos de preveno e gerenciamento das enchentes; III gesto do uso e da ocupao do solo em consonncia com as diretrizes estabelecidas no plano de re-cursos hdricos, com vistas a minimizar os impactos do lanamento da gua na bacia hidrogrfica urbana; IV valorizao, preservao, recuperao e uso adequado do sistema natural de drenagem do stio urbano, em particular dos corpos dgua, com aes que priorizem: a) soluo de situaes que envolvam riscos vida ou sade pblica ou perdas materiais; b) adoo de alternativas de tratamento de fundos de vale de menor impacto no meio ambiente e que assegurem as reas de preservao permanente e o tratamento urbanstico e paisagstico nas reas remanescentes; c) controle da expanso de reas impermeveis; d) vedao de lanamento de esgotos sanitrios e de outros efluentes lquidos assemelhados no sistema pblico de manejo de guas pluviais; e) vedao de lanamentos de resduos slidos de qualquer natureza no sistema pblico de manejo de guas pluviais; V incentivo ao aproveitamento das guas pluviais, condicionado ao atendimento dos requisitos de sade pblica e de proteo ambiental pertinentes; VI promoo de aes de educao sanitria e ambiental sobre a importncia da preservao das reas permeveis e do correto manejo das guas pluviais. Art. 35. As solues alternativas para escoamento de guas pluviais adotadas em propriedades particulares devem ser submetidas apreciao de rgos de meio ambiente.

    Seo V Dos Resduos Slidos

    Art. 36. (V E T A D O).Art. 37. O sistema de manejo de resduos slidos obedece s seguintes diretrizes: I proteo da sade pblica e da qualidade ambiental; II coleta e manejo seletivos de resduos slidos; III estmulo a posturas de no gerao, reduo, reutilizao, reciclagem e tratamento dos resduos slidos, bem como disposio final ambientalmente adequada dos rejeitos; IV estmulo adoo de padres sustentveis de produo e consumo de bens e servios; V integrao dos catadores de materiais reutilizveis e reciclveis ao sistema de manejo de resduos slidos; VI recuperao de reas degradadas ou contaminadas em decorrncia da disposio inadequada de resduos slidos; VII desenvolvimento e adoo de mecanismos de cobrana que se vinculem quantificao da gerao de resduos slidos urbanos; VIII criao e fortalecimento de mercados locais de comercializao ou consumo de materiais reciclveis e reciclados; IX promoo de aes de educao sanitria e ambiental, especialmente dirigidas para: a) difuso das informaes necessrias utilizao dos servios, especialmente dos horrios de coleta e das regras para apresentao dos resduos a serem coletados; b) adoo de hbitos higinicos relacionados ao manejo adequado dos resduos slidos; c) consumo preferencial de produtos originados total ou parcialmente de material reutilizado ou reciclado; d) disseminao de informaes sobre as questes ambientais relacionadas ao manejo dos resduos slidos e aos procedimentos, para evitar desperdcios; e) separao dos resduos para a coleta; X erradicao dos lixes. Art. 38. vedada a interrupo de servio de coleta em decorrncia de inadimplncia do usurio residencial, exigindo-se a comunicao prvia quando alteradas as condies de sua prestao. Art. 39. Cabe aos geradores de resduos dar destinao ambientalmente adequada de acordo com o rgo ambiental e em conformidade com a legislao distrital e federal especficas. Pargrafo nico. A destinao de medicamentos e insumos farmacuticos d-se por meio de estabelecimentos autorizados pelo rgo ambiental, de acordo com a legislao especfica.

    Seo VI Do Controle de Poluio, Vetores, Animais Sinantrpicos ou Peonhentos e Moluscos

    Art. 40. O sistema de controle de meio ambiente e vigilncia ambiental em sade do Sistema nico de Sade do Distrito Federal responsvel pelo controle de poluio e pela vigilncia de

    vetores, animais sinantrpicos ou peonhentos e moluscos, nos termos desta Lei e das normas tcnicas vigentes. Art. 41. Compete aos condomnios dos edifcios residenciais e comerciais e aos ocupantes de habitaes individuais manter a higiene dos imveis e adotar as medidas necessrias para evitar a entrada e a permanncia de vetores, de animais sinantrpicos ou peonhentos e de moluscos. Art. 42. A populao do Distrito Federal, na forma prevista nesta Lei e na sua regulao, tem amplo acesso s informaes referentes aos nveis de poluio das guas, do ar, do solo e sonora, aferidos pelos rgos competentes. Art. 43. Qualquer atividade pblica ou privada, individual ou coletiva, potencialmente causa-dora de poluio de gua, ar, solo ou sonora est sujeita fiscalizao da autoridade sanitria competente, em relao aos aspectos que possam afetar a sade pblica. Art. 44. As aes de preveno de acidentes e controle de proliferao de vetores, animais sinan-trpicos ou peonhentos e moluscos devem ser objeto de planejamento, observadas as condies ambientais de risco sade e outros critrios epidemiolgicos. 1 As aes definidas no caput so desempenhadas articuladamente pelos rgos que integram o Sistema de Controle do Meio Ambiente e da Sade, conforme disposto nas normas tcnicas e na legislao especfica. 2 A comunidade responsvel pelo controle dos principais vetores mecnicos. Art. 45. proibido o acmulo de lixo, gua, materiais inservveis ou outros materiais que propi-ciem a instalao e a proliferao de vetores, animais sinantrpicos ou peonhentos e moluscos em reas pblicas e privadas, conforme disposto nesta Lei e na sua regulamentao. Art. 46. proibido o funcionamento de caldeiras, incineradores, indstria de asfalto e fbricas de cimento sem a instalao de filtros que garantam a inocuidade dos gases eliminados. Art. 47. Os sistemas de climatizao adotados em ambientes de uso coletivo devem ser mantidos em condies adequadas de limpeza, manuteno, operao e controle, visando preveno de riscos sade dos indivduos. Art. 48. Os sistemas de climatizao adotados em ambientes de uso coletivo observaro as normas tcnicas dos rgos de controle ambiental e da sade. Pargrafo nico. Os sistemas referidos no caput tero responsvel tcnico habilitado. Art. 49. Os agravos sade originados da poluio so considerados inusitados e devem ser notificados aos rgos de vigilncia em sade. Pargrafo nico. Em caso de grave e iminente risco s vidas humanas, ser determinada, em processo sumrio, a suspenso de atividades de fonte poluidora, durante o tempo que se fizer necessrio para a correo da irregularidade. Art. 50. Na ocorrncia de calamidades pblicas ou situaes de emergncia, o Poder Pblico do Distrito Federal utilizar os recursos mdicos e hospitalares existentes, pblicos ou privados, para o controle de epidemias. Pargrafo nico. Para efeito do disposto no caput, sero empregados, de imediato, todos os recur-sos de sade disponveis para prevenir a transmisso de doena, impedir a ecloso de epidemias e socorrer os casos de agravo sade da populao em geral.

    Seo VIIDo Controle das Zoonoses

    Art. 51. Compete ao Poder Pblico realizar aes e servios de vigilncia e controle de zoonoses para reduo de riscos de agravos e de transmisso de doenas zoonticas ao ser humano, aos animais e ao meio ambiente. Art. 52. As aes e servios previstos no art. 51 se do por meio de: I monitoramento e controle em hospedeiros e reservatrios; II monitoramento e controle da populao de ces e gatos; III divulgao de medidas de preveno e controle de doenas zoonticas; IV promoo de educao continuada dos profissionais que atuam na vigilncia de zoonoses.Art. 53. O controle da populao de ces e gatos compreende: I identificao e registro; II esterilizao; III adoo; IV controle de criadouros; V campanhas educativas em guarda responsvel. Art. 54. (V E T A D O).Art. 55. Compete ao rgo de vigilncia em sade ambiental, sem prejuzo de outros dispositi-vos em lei, realizar campanhas educativas e vacinao de animais para preveno de zoonoses, gratuitamente, visando promoo da sade pblica. Art. 56. Os proprietrios e os cuidadores de ces e gatos so obrigados a vacin-los periodica-mente contra a raiva e outras zoonoses. Art. 57. O animal residente no Distrito Federal deve ser contido e mantido limpo, alimentado, imunizado e vermifugado, de modo que no oferea riscos de acidentes nem transmita doenas a pessoas ou outros animais, sob pena de o proprietrio responder por maus-tratos e por danos causados a terceiros. Pargrafo nico. O veterinrio obrigado a notificar aos rgos pblicos responsveis pelo controle de zoonoses as doenas zoonticas de importncia para a sade pblica. Art. 58. proibida a permanncia e a manuteno de animais soltos ou sem conteno adequada nas vias pblicas, em logradouros pblicos ou em locais de livre acesso ao pblico. Art. 59. O animal encontrado em logradouros pblicos ou em lugares acessveis ao pblico em desobedincia ao estabelecido no art. 58 deve ser recolhido. Pargrafo nico. Os animais recolhidos somente podero ser resgatados se no subsistirem as causas que ensejaram sua apreenso e se no representarem risco sade pblica.

  • PGINA 7Dirio Oficial do Distrito FederalN 48, sexta-feira, 7 de maro de 2014

    Art. 60. O recolhimento de animais, quando necessrio, observar procedimentos ticos de cuidados gerais, de transporte e de averiguao da existncia de um responsvel ou de cuidador em sua comunidade. Art. 61. Os animais recolhidos pelo rgo responsvel pela gesto de populaes de ces e gatos e encaminhados para canis pblicos ou estabelecimentos oficiais congneres permanecem por sete dias teis disposio de seus responsveis, oportunidade em que so obrigatoriamente esterilizados, se comprovadas boas condies de sade. 1 Vencido o prazo previsto no caput, os animais no resgatados pelos seus responsveis so disponibilizados para adoo. 2 No permitida adoo de animais sem correspondente registro, identificao e esterilizao. 3 Animais em situao aparente de maus-tratos no devem ser devolvidos aos seus respons-veis, devendo ser includos diretamente nos programas de adoo. Art. 62. vedado aos rgos de controle de zoonoses, canis pblicos e estabelecimentos oficiais congneres provocar a morte de ces e gatos, exceo feita eutansia. Art. 63. (V E T A D O).Art. 64. O Poder Pblico responsvel por: I destinar local adequado para manuteno e exposio dos animais disponibilizados para adoo, onde so separados conforme critrio de compleio fsica, idade e comportamento; II promover campanhas que sensibilizem o pblico da necessidade de adoo de animais abandonados, de esterilizao e de vacinao peridica e de que maus-tratos e abandono, pelo padecimento infligido ao animal, configuram prticas de crime ambiental; III orientar os adotantes e o pblico em geral para atitudes de guarda responsvel de animais. Art. 65. Co-guia que esteja acompanhando deficiente visual tem livre acesso a qualquer esta-belecimento, bem como aos meios de transporte pblico coletivo. Art. 66. Os donos so obrigados a remover os dejetos deixados em vias pblicas por seus animais. Art. 67. O ingresso e a permanncia de animais em prdios e conjuntos habitacionais so regu-lamentados pelos respectivos condomnios. Art. 68. As edificaes em que se criam, mantm, utilizam ou comercializam animais devem ser construdas e conservadas de acordo com as normas tcnicas vigentes. Pargrafo nico. O funcionamento dos estabelecimentos privados que criam, mantm ou co-mercializam ces e gatos est condicionado ao licenciamento sanitrio expedido pelo rgo competente do Poder Pblico. Art. 69. No imvel onde haja animal agressivo, deve ser afixada placa indicativa em tamanho compatvel com a leitura distncia e em local visvel ao pblico. Art. 70. vedada a venda de ces, gatos e outros animais domsticos em praas, ruas, parques e outras reas pblicas do Distrito Federal. Art. 71. Compete ao Poder Pblico definir normas tcnicas sobre a destinao final de cadveres de animais.

    CAPTULO IIDA VIGILNCIA EPIDEMIOLGICA DE DOENAS E AGRAVOS SADE

    Seo I Das Disposies Gerais

    Art. 72. Compete ao Poder Pblico do Distrito Federal realizar aes e servios de vigilncia epidemiolgica a fim de prevenir e controlar doenas e agravos sade dos indivduos e da coletividade.Art. 73. As aes previstas no art. 72 incluem: I avaliar as diferentes situaes epidemiolgicas e definir aes especficas para cada realidade; II identificar problemas de sade pblica; III detectar surtos e epidemias;IV identificar fatores determinantes e condicionantes do processo sade-doena; V documentar e divulgar o prognstico de disseminao das doenas e de outros agravos sade; VI adotar estratgias de rotina e campanhas, em articulao com outros rgos, para vacinar a populao contra doenas imunoprevenveis, nos casos previstos na regulamentao desta Lei; VII subsidiar o planejamento das aes e servios de sade; VIII promover e coordenar investigaes, inquritos e levantamentos epidemiolgicos, bem como programar e avaliar as medidas de preveno e controle de doenas e das situaes de agravos sade; IX coordenar e executar o fluxo de informaes epidemiolgicas; X analisar os indicadores epidemiolgicos;XI implementar subsistemas de vigilncia de doenas, de eventos adversos e de outros agravos sade de notificao compulsria; XII estimular a notificao compulsria e a busca ativa de agravos e doenas de notificao em hospitais, clnicas, laboratrios pblicos e privados, bem como em domiclios, creches, escolas e outros; XIII promover a educao permanente dos trabalhadores de sade que lidam com vigilncia epidemiolgica; XIV recomendar, objetiva e cientificamente, medidas necessrias para prevenir ou controlar a ocorrncia de agravos sade; XV avaliar a eficcia das medidas de interveno relativas a agravos especficos, por meio de coleta e anlise sistemtica das informaes; XVI avaliar a regularidade, a completude e a consistncia das informaes para manter a qualidade da base de dados; XVII realizar anlise epidemiolgica utilizando os diversos sistemas que compem a vigilncia em sade;

    XVIII divulgar informaes e anlises epidemiolgicas. Art. 74. Os estabelecimentos e os profissionais cujas atividades envolvam dados e informaes epidemiolgicas so obrigados a envi-los ao rgo de vigilncia epidemiolgica do Sistema nico de Sade do Distrito Federal, conforme legislao especfica distrital e federal. Pargrafo nico. O no cumprimento das disposies previstas no caput constitui infrao sa-nitria sujeita s sanes cabveis. Art. 75. Os estabelecimentos de sade pblicos e privados so obrigados a desenvolver aes de vigilncia epidemiolgica de doenas de notificao compulsria. Art. 76. Os estabelecimentos que realizam procedimentos invasivos em regime ambulatorial ou procedimentos em regime de internao, alm das aes de vigilncia epidemiolgica de doenas de notificao compulsria, so obrigados a desenvolver aes de controle de infeco relacionadas assistncia sade. Pargrafo nico. Para cumprir a obrigao a que se refere o caput, os estabelecimentos devem ser dotados de ncleo de epidemiologia e de comisso de controle de infeco relacionada assistncia sade.

    Seo IIDa Notificao Compulsria

    Art. 77. A lista de doenas, agravos e eventos de notificao compulsria atende s normas tcnicas, conforme a legislao distrital e federal. Art. 78. Deve ser notificada ao rgo de vigilncia epidemiolgica do Sistema nico de Sade do Distrito Federal a ocorrncia de agravo inusitado, bito por doena de origem desconhecida ou suspeita de alterao no padro epidemiolgico, independentemente de constar na lista de doenas e agravos de notificao compulsria. Art. 79. A notificao compulsria de doenas e eventos de agravo sade ser encaminhada autoridade sanitria local por: I profissionais de sade no exerccio da profisso; II responsveis por estabelecimentos de assistncia sade e instituies mdico-sociais de qualquer natureza; III responsveis por laboratrios que executem exames microbiolgicos, sorolgicos, anato-mopatolgicos ou radiolgicos; IV responsveis por estabelecimentos prisionais ou de ensino, creches, locais de trabalho ou habitaes coletivas em que se encontra o doente; V o instituto mdico-legal e os responsveis pelos servios de verificao de bito; VI mdicos veterinrios, no exerccio da profisso, que notificaro os casos identificados de zoonoses; VII responsveis por qualquer meio de transporte em que se encontre o doente; VIII qualquer cidado que suspeite de caso de doena de notificao compulsria. 1 Os profissionais de sade no exerccio da profisso, bem como os responsveis por orga-nizaes e estabelecimentos pblicos e particulares de sade e de ensino, ficam obrigados a comunicar ao rgo de vigilncia epidemiolgica os casos suspeitos ou confirmados de doenas de notificao compulsria. 2 Ser obrigatria a necropsia nos casos de suspeita de morte por doena de interesse para a sade pblica ou de notificao compulsria se no houver sido coletada amostra para diag-nstico, e o resultado obtido ser notificado ao rgo de vigilncia epidemiolgica, conforme regulamentao desta Lei. 3 Os estabelecimentos de sade encaminharo a notificao negativa quando no ocorrerem casos de doenas que devam ser compulsoriamente notificadas, conforme fluxo e periodicidade estabelecidos em normas tcnicas, sob pena de responsabilizao. Art. 80. A notificao compulsria de doenas ou agravos sade tem, obrigatoriamente, carter sigiloso. Pargrafo nico. A identificao do portador de doena de notificao compulsria fora do mbito mdico-sanitrio s permitida em carter excepcional, em casos de grande risco comunidade, a juzo de autoridade sanitria e com conhecimento prvio do usurio ou de seu responsvel. Art. 81. Tem carter de urgncia a adoo de medidas para o controle de doenas, agravos e eventos notificados. Pargrafo nico. Esto sujeitos interdio total ou parcial estabelecimentos, centros de reunio ou diverso, escolas, creches e quaisquer locais abertos ao pblico, para o exerccio do controle previsto no caput, observadas as disposies da legislao federal e distrital especfica.

    Seo III Da Declarao e da Verificao de bito

    Art. 82. A declarao de bito indispensvel emisso da certido de bito pelos cartrios, documento indispensvel para liberao do sepultamento e para outras medidas legais. Art. 83. Para bitos fetais, obrigatrio o fornecimento da declarao de bito quando pelo menos uma das condies a seguir estiver presente: I gestao com durao igual ou superior a vinte semanas; II peso corporal igual ou superior a quinhentos gramas; III estatura igual ou superior a vinte e cinco centmetros. Art. 84. Quando houver suspeita de bito por doena ou agravo de notificao compulsria ou houver interesse da sade pblica, a autoridade sanitria deve providenciar a realizao da necropsia. Art. 85. Os profissionais responsveis pela realizao de necropsia so obrigados a notificar ao rgo de vigilncia epidemiolgica do Sistema nico de Sade do Distrito Federal os bitos suspeitos ou confirmados por doenas ou agravos de notificao compulsria. Art. 86. Cabe ao servio de verificao de bitos, integrante do Sistema nico de Sade do Dis-

  • PGINA 8 Dirio Oficial do Distrito Federal N 48, sexta-feira, 7 de maro de 2014

    trito Federal, descartada a possibilidade de o bito ter ocorrido por causas externas, esclarecer a causa da morte e fornecer a declarao de bito, conforme regulamentao desta Lei. Art. 87. Os cartrios de registro civil devem: I disponibilizar ao rgo de vigilncia epidemiolgica do Sistema nico de Sade do Distrito Federal a primeira via das declaraes de bito de todos os bitos registrados no Distrito Federal;II remeter, em quarenta e oito horas, ao rgo de vigilncia epidemiolgica do Sistema nico de Sade do Distrito Federal cpias das declaraes de bito dos bitos de mulheres em idade frtil, em menores de um ano e em fetos. Pargrafo nico. O no cumprimento das disposies previstas nos incisos I e II constitui infrao sanitria sujeita s sanes cabveis.

    Seo IVDa Imunizao

    Art. 88. O Sistema nico de Sade do Distrito Federal define e assegura as vacinas de carter obrigatrio. 1 A vacinao obrigatria responsabilidade das unidades de sade do Sistema nico de Sade do Distrito Federal. 2 As unidades executoras de atividades de vacinao so obrigadas a manter registro dos procedimentos imunolgicos e do controle de qualidade do produto que utilizado. Art. 89. Em carter excepcional, o Sistema nico de Sade do Distrito Federal pode delegar a execuo de vacinaes obrigatrias aos estabelecimentos de sade do setor privado, desde que obedecidas as normas estabelecidas na regulamentao desta Lei e garantida a gratuidade. 1 O estabelecimento de sade, para ser credenciado, alm da documentao especificada em lei, deve possuir: I condies tcnicas adequadas para executar as atividades de vacinao; II locais, instalaes e equipamentos compatveis com o disposto nesta Lei, na sua regulamen-tao e na legislao federal especfica; III profissional treinado para aplicao de vacina e registro delas nos sistemas especficos. 2 O estabelecimento de sade privado e credenciado deve submeter-se a coordenao, orienta-o normativa e tcnica, fiscalizao, superviso e avaliao do rgo de vigilncia epidemiolgica do Sistema nico de Sade do Distrito Federal, vedada a promoo de campanhas de vacinao e a comercializao e o uso de vacinas no recomendadas pela Organizao Mundial de Sade ou pelo rgo federal competente. Art. 90. Os estabelecimentos de sade privados que realizam servios de vacinao devem utilizar o sistema de registro de vacinao, de acordo com o utilizado pela rede pblica, e informar, de acordo com o calendrio expedido pelo rgo de vigilncia epidemiolgica do Sistema nico de Sade SUS, os procedimentos de vacinao realizados. Art. 91. dever de todo cidado submeter-se vacinao obrigatria, bem como submeter a ela crianas, adolescentes e idosos por quem seja responsvel. 1 S dispensada da vacinao obrigatria a pessoa que apresente atestado mdico de con-traindicao explcita da aplicao da vacina. 2 No caso de contraindicao, assegurada vacina especfica, sem prejuzo sade, indicada pelo Centro de Referncia de Imunobiolgicos Especiais ou semelhante, conforme autoridade sanitria. Art. 92. A pessoa vacinada tem direito ao documento comprobatrio de vacinao recebida, o qual fornecido pelo estabelecimento pblico ou privado de sade. Art. 93. Nenhum estudante pode matricular-se em estabelecimento de ensino pblico ou privado sem apresentar documento comprobatrio de vacinao indicada para seu grupo etrio. Pargrafo nico. Na admisso da criana em creches e similares, obrigatria apresentao de documento comprobatrio de vacinao indicada para seu grupo etrio. Art. 94. Os trabalhadores devem ser vacinados, a expensas do empregador, contra doenas imu-noprevenveis a que esto expostos em decorrncia de suas atividades profissionais.

    Seo V Da Vigilncia e do Controle de Doenas Transmissveis

    Art. 95. Compete ao Sistema nico de Sade do Distrito Federal realizar aes e servios de preveno, diagnstico e tratamento de doenas transmissveis com o objetivo de suprimir ou diminuir os riscos sade, interromper ou dificultar a ocorrncia delas e proteger a populao em perigo.Pargrafo nico. As aes de preveno, controle, diagnstico e tratamento das doenas a que se refere o caput devem ser desenvolvidas, de modo integrado, por rgos e unidades do Sistema nico de Sade do Distrito Federal, conforme normas tcnicas especficas.Art. 96. Qualquer indivduo pode, voluntariamente, fazer exames laboratoriais de preveno e de controle de doenas transmissveis, inclusive para deteco do vrus da sndrome da imuno-deficincia adquirida, nos laboratrios do Sistema nico de Sade do Distrito Federal, garantido o sigilo e o anonimato. Art. 97. Se ocorrer suspeita de epidemia ou surto em determinada regio, devero ser tomadas medidas imediatas, razoveis e pertinentes. Pargrafo nico. As medidas a que se refere o caput so disciplinadas em normas tcnicas da vigilncia em sade. Art. 98. Doentes ou suspeitos portadores de doena transmissvel que necessitem de isolamento devem ser internados, de preferncia em hospitais, ou, ainda, em domiclios, se preenchidos os requisitos estabelecidos na legislao federal e distrital especfica. Art. 99. Os portadores de doenas transmissveis, particularmente os das doenas sexualmente transmissveis DST residentes no Distrito Federal tm os seguintes direitos bsicos: I cuidado e tratamento adequados;

    II educao especfica para cada caso, aconselhamento e insumos necessrios a preveno e reduo dos danos associados ao estilo de vida; III permanncia no ambiente social de origem; IV sigilo das informaes sobre a enfermidade; V no exposio a situaes abusivas, vexatrias ou discriminatrias em funo da condio de sade, do estilo de vida, da situao socioeconmica ou da orientao sexual; VI no discriminao no local de trabalho, no transporte, na educao e na prestao de servios pblicos comunitrios e privados de qualquer natureza. Art. 100. As informaes sigilosas somente podem ser rompidas por profissional de sade em cumprimento das normas legais. Art. 101. Nenhum estabelecimento de sade pode recusar atendimento aos portadores de doenas sexualmente transmissveis ou do vrus da sndrome da imunodeficincia adquirida, com base nessa condio. 1 No atendimento, no diagnstico e no acompanhamento da evoluo clnica do portador de doenas sexualmente transmissveis ou do vrus da sndrome da imunodeficincia adquirida, obrigatrio o fornecimento de medicamentos, conforme regulamentao desta Lei e recomen-dao do rgo federal competente. 2 assegurado aos indivduos a que se refere o caput o atendimento complementar em mo-dalidades assistenciais alternativas, como regime de hospital-dia, assistncia domiciliar, servio de assistncia especializada, medicina natural e prticas integrativas de sade. Art. 102. As aes de vigilncia e controle de doenas sexualmente transmissveis, assim como cam-panhas de esclarecimento, devem ser dirigidas populao em geral e populao mais vulnervel. 1 As aes e as campanhas de que trata o caput devem ter, desde a etapa de planejamento, a participao da sociedade civil organizada. 2 As aes de preveno, vigilncia e controle, bem como as campanhas dirigidas aos internos em estabelecimentos prisionais do Distrito Federal, devem ter carter permanente. 3 Os estudantes de ensino fundamental e mdio do Distrito Federal devem ser includos em campanhas de esclarecimento especficas. Art. 103. (V E T A D O).

    Seo VI Da vigilncia e do controle de doenas crnicas no transmissveis

    Art. 104. Compete ao Poder Pblico realizar aes e servios dirigidos a preveno, vigilncia e controle de doenas e agravos crnicos no transmissveis, conforme disposto em normas tcnicas do SUS. 1 As doenas crnicas no transmissveis tm causas multifatoriais relacionadas a fatores de risco modificveis e no modificveis e apresentam uma ou mais das seguintes caractersticas:I carter permanente; II incapacidade residual; III necessidade de treinamento especial para reabilitao do paciente; IV necessidade de longo perodo de superviso, observao e cuidado. 2 As aes e os servios de vigilncia e de controle de doenas e agravos crnicos no trans-missveis incluem:I utilizao dos meios de comunicao para esclarecer a populao sobre epidemiologia dessas doenas e agravos, caractersticas, sintomas, tratamento, formas de preveno, determinantes e diagnstico precoce; II realizao de aes educativas nas redes de ensino e de sade, nos locais de trabalho e nos espaos comunitrios; III elaborao de cadernos tcnicos para profissionais das redes pblicas da sade e da educao; IV elaborao de cartilhas e folhetos explicativos para pblicos especficos e para a populao em geral; V organizao de seminrios, cursos e treinamento para capacitar e educar, permanentemente, os profissionais de sade; VI garantia de diagnstico e tratamento das doenas e leses; VII apoio realizao de estudos, pesquisas, anlises e outras atividades tcnico-cientficas relacionadas a essas doenas e agravos. 3 As aes e os servios a que se refere o caput devem ser dirigidos, principalmente, s se-guintes doenas e agravos: I diabetes melito; II neoplasias; III doena celaca; IV esclerose mltipla; V alcoolismo; VI tabagismo; VII obesidade; VIII dislipidemias;IX musculoesquelticas; X reumticas; XI respiratrias crnicas; XII da coluna vertebral; XIII do aparelho circulatrio.

    Seo VII Do Controle de Doenas Ocasionadas por Exposio Radiao

    Art. 105. Compete ao Poder Pblico realizar aes e servios de preveno, vigilncia, controle, diagnstico e tratamento de doenas ocasionadas por exposio radiao.

  • PGINA 9Dirio Oficial do Distrito FederalN 48, sexta-feira, 7 de maro de 2014

    Art. 106. Os estabelecimentos que utilizam substncias e equipamentos geradores de radiao ionizante devem atender s exigncias da legislao federal e distrital especfica.Pargrafo nico. (V E T A D O).Art. 107. Os estabelecimentos de sade que realizam servios de medicina nuclear devem de-senvolver suas atividades de acordo com os requisitos estabelecidos na legislao e em normas tcnicas especficas.

    Seo VIII Da Vigilncia e do Controle de Violncias e Acidentes

    Art. 108. Compete ao Poder Pblico do Distrito Federal assegurar a realizao de aes e servios de proteo, preveno, vigilncia e controle de violncias e acidentes. Pargrafo nico. As aes e servios a que se refere o caput abrangem: I campanhas educativas; II criao de centrais para receber denncias sobre violncia de trnsito, escolar e domstica; III divulgao peridica de levantamentos estatsticos sobre acidentes de trnsito e domsticos mais frequentes, bem como sobre o perfil dos acidentados; IV levantamento e divulgao das principais causas dos acidentes de trnsito e domsticos; V resgate e atendimento das vtimas de acidentes de trnsito e domsticos; VI assistncia multiprofissional s vtimas de acidentes de trnsito, s vtimas de violncia e de acidentes domsticos, bem como a seus familiares; VII promoo e incentivo da solidariedade humana em relao s vtimas de violncia e aci-dente de trnsito, escolar e domstico. Art. 109. Os bancos de dados de carter pblico sobre violncia devem ser integrados para sub-sidiar o planejamento e a promoo de polticas pblicas para reduo e controle da violncia. Art. 110. Os estabelecimentos de sade pblicos e privados, bem como os profissionais liberais, so obrigados a notificar aos rgos de vigilncia em sade do Sistema nico de Sade do Distrito Federal os atendimentos a pessoas com diagnstico de violncia escolar e domstica, assim como as tentativas de suicdio. Pargrafo nico. Os estabelecimentos de sade que prestam servios de urgncia e de emergncia so obrigados a proceder notificao compulsria de todos os casos suspeitos ou confirmados de violncia contra a pessoa humana em todo o ciclo de vida, conforme legislao e normas tcnicas vigentes. Art. 111. As pessoas em situao de violncia tm direito a acompanhamento mdico e psicol-gico, bem como assistncia social, por meio de servio especializado no atendimento pessoa em situao de violncia ou tentativa de suicdio. Art. 112. assegurado vtima de violncia sexual o direito informao e o acesso ao trata-mento e a medidas preventivas em no mximo setenta e duas horas. Art. 113. Compete ao Sistema nico de Sade do Distrito Federal realizar aes e servios de atendimento pr-hospitalar a traumas. Pargrafo nico. As aes e os servios de atendimento pr-hospitalar destinam-se a socorrer vtimas de acidentes de trnsito, de desabamentos e de outros que causem danos que necessitem de atendimento emergencial ou transporte imediato para tratamento traumatolgico, para reduzir mortalidade e sequelas.

    CAPTULO III DA VIGILNCIA SANITRIA

    Seo IDas Disposies Gerais

    Art. 114. Compete ao Poder Pblico do Distrito Federal, por meio do Sistema nico de Sade, realizar aes e servios de vigilncia sanitria dirigidos a estabelecimentos, produtos, servios, ambientes e processos de trabalho que se relacionem, direta ou indiretamente, com a sade dos indivduos e da populao em geral. Art. 115. A vigilncia sanitria compreende as seguintes aes: I controle de bens e de produtos de consumo que se relacionem com a sade, includas todas as etapas e processos; II controle de transporte, armazenamento, comercializao e utilizao de produtos de interesse para a sade; III controle da prestao de servios que se relacionem, direta ou indiretamente, com a sade; IV controle das condies sanitrias de estabelecimentos, locais e ambientes de trabalho. Art. 116. As atividades e os servios de vigilncia sanitria so de responsabilidade do Sistema nico de Sade do Distrito Federal, por meio do rgo de vigilncia sanitria e, entre outros, visam a: I monitorar e fazer cumprir padres de identidade e de qualidade de produtos, servios, pro-cessos e ambientes de trabalho; II conceder licena sanitria para funcionamento de estabelecimentos de interesse direto ou indireto para a sade; III participar da execuo e do controle das aes sobre meio ambiente em relao proteo da sade e qualidade de vida e do ambiente de trabalho; IV manter instalaes especiais para armazenamento temporrio de bens e produtos apreen-didos por meio de ao fiscal; V estabelecer e coordenar fluxo de informaes de interesse para a vigilncia sanitria, assim como analisar sistematicamente os indicadores sanitrios no Distrito Federal; VI desenvolver e acompanhar programa de educao permanente voltado para os trabalhadores da vigilncia sanitria; VII fomentar e realizar estudos e pesquisas na rea da vigilncia sanitria; VIII receber denncias por meio telefnico ou por outro meio disponvel;

    IX promover eventos de intercmbio e articulao na rea de conhecimento da vigilncia sanitria; X promover a participao do consumidor e do usurio nas aes de educao em sade e vigilncia sanitria; XI difundir informaes de interesse para a sade pblica aos diferentes segmentos da sociedade; XII (V E T A D O).Pargrafo nico. Esto sujeitos s aes de vigilncia sanitria: I os estabelecimentos e as instituies pblicas ou privadas localizados no Distrito Federal que atuem em qualquer etapa de produo, consumo ou uso de produtos, utenslios e equipamentos que estejam, de forma direta ou indireta, vinculados sade pblica ou individual, bem como na prestao de servios relacionados com a sade, conforme regulamentao desta Lei; II os produtos de interesse para a sade que esto em trnsito ou depositados em armazns, empresas transportadoras, distribuidores ou representantes. Art. 117. Para obter alvar de construo, complementao, reforma ou ampliao dos esta-belecimentos de sade e de interesse para a sade, o projeto fsico da obra deve ser avaliado e aprovado pelo rgo de vigilncia sanitria do Sistema nico de Sade do Distrito Federal, conforme regulamentao desta lei. Art. 118. obrigatria a licena sanitria para o funcionamento dos estabelecimentos de sade e de interesse para a sade, sem prejuzo de outras exigncias legais. 1 A licena sanitria emitida pelo rgo de vigilncia sanitria do Sistema nico de Sade do Distrito Federal e tem validade de um ano, ressalvada a competncia da autoridade sanitria para sua revogao, se constatada, mediante inspeo sanitria, alguma irregularidade no exerccio da atividade. 2 A renovao anual da licena sanitria d-se conforme previsto em legislao e normas tcnicas especficas. 3 O responsvel tcnico pelo estabelecimento de sade e de interesse para a sade, se no for scio ou proprietrio, dever apresentar contrato de trabalho no rgo de vigilncia sanitria do SUS para anotao na licena sanitria. Art. 119. Os estabelecimentos de interesse para a sade e de prestao de servios de sade so obrigados a divulgar aos consumidores o nmero do telefone do rgo de vigilncia sanitria do Sistema nico de Sade do Distrito Federal, para recebimento de denncias. Pargrafo nico. A forma de divulgao do nmero de telefone de que trata o caput deve permitir fcil e imediata verificao pelo usurio ou consumidor. Art. 120. Os veculos que transportam produtos de interesse para a sade devem ser cadastrados no rgo de vigilncia sanitria e atender s exigncias das normas tcnicas de controle sanitrio, conforme regulamentao desta Lei. Art. 121. responsabilidade dos proprietrios e dos responsveis pelos imveis industriais, comerciais e residenciais a execuo de melhoria necessria ao cumprimento do disposto nesta Lei e na legislao federal e distrital pertinente. Pargrafo nico. Compete aos rgos de vigilncia do Sistema nico de Sade do Distrito Federal a fiscalizao do disposto no caput.

    Seo IIDos Estabelecimentos de Trabalho

    Art. 122. (V E T A D O).Art. 123. condio mnima para funcionamento de estabelecimentos de trabalho e de institui-es pblicas ou privadas estabelecidas no Distrito Federal possuir estrutura compatvel com a atividade desenvolvida, com os processos adotados e as condies do trabalho, nos termos da legislao vigente. Pargrafo nico. As demais obrigaes aplicveis aos estabelecimentos de trabalho e instituies pblicas ou privadas so definidas no regulamento desta Lei.

    Subseo I Dos Estabelecimentos de Produtos Alimentcios e Congneres

    Art. 124. Para avaliar as condies de funcionamento dos estabelecimentos de produtos alimen-tcios e congneres, a autoridade sanitria deve observar os aspectos referentes a boas prticas, condies ambientais, saneamento, instalaes, pessoal, equipamentos, utenslios, procedimentos, processamento, armazenagem, transporte, exposio venda, comercializao, uso de novas tecnologias, notificao, registro e meios de controle dos riscos sade do trabalhador. Art. 125. obrigatria licena sanitria para fabricar, manipular, beneficiar, depositar, distribuir, comercializar, embalar, extrair, transformar, fracionar, importar ou transportar produtos alimen-tcios e congneres, conforme regulamentao desta Lei. Art. 126. Compete ao rgo de vigilncia sanitria do Sistema nico de Sade do Distrito Federal elaborar normas para classificao e indicao dos requisitos necessrios aos estabelecimentos de produtos alimentcios e congneres. Art. 127. obrigatria a implementao de boas prticas pelos estabelecimentos que realizam atividades descritas no art. 124, conforme disposto em norma do rgo de vigilncia sanitria do Sistema nico de Sade do Distrito Federal.

    Subseo IIDos Estabelecimentos de Produtos Farmacuticos e Correlatos

    Art. 128. obrigatria licena sanitria para o funcionamento dos estabelecimentos de produtos farmacuticos e correlatos. Art. 129. Para avaliar as condies de funcionamento dos estabelecimentos de produtos farma-cuticos e correlatos, a autoridade sanitria deve observar aspectos referentes a boas prticas, condies ambientais, saneamento, instalaes, pessoal, equipamentos, utenslios, procedimentos, processamento, armazenagem, transporte, exposio venda, comercializao, registro e meios de controle dos riscos sade do trabalhador.

  • PGINA 10 Dirio Oficial do Distrito Federal N 48, sexta-feira, 7 de maro de 2014

    Art. 130. Os veculos de transporte de produtos farmacuticos e correlatos devem possuir cadas-tro no rgo de vigilncia sanitria do Sistema nico de Sade do Distrito Federal, atualizado anualmente aps vistoria sanitria, conforme disciplinado na regulamentao desta Lei.Art. 131. Os estabelecimentos que realizam atividades de produo, fabricao, preparo, transformao, manipulao, fracionamento, distribuio, depsito, armazenamento, transporte, importao, exportao, reexportao, dispensao, venda, troca, aplicao, entrega ou uso, para qualquer fim, de produtos ou substncias entorpecentes ou que causem dependncia fsica ou psquica, de medicamentos e demais produtos que as con-tenham, devem possuir ambiente protegido e seguro, de acesso controlado, para guardar substncias e produtos, sem prejuzo das demais exigncias previstas em normas tcnicas e legislao especfica. Art. 132. As farmcias e drogarias devem ter planto, em sistema de rodzio, para atendimen-to ininterrupto da comunidade, conforme as normas da vigilncia sanitria e da legislao especfica. Art. 133. Os servios de entrega dos estabelecimentos que comercializam produtos farmacuticos e correlatos devem observar as normas de acondicionamento, transporte, segurana e integridade dos medicamentos estabelecidas nesta Lei e na sua regulamentao.

    Subseo IIIDos Estabelecimentos que Manipulam Produtos ou Substncias Txicas

    Art. 134. obrigatria licena sa