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2015 Por: LAÍS BARBIERO GUIA DEFINITIVO SOBRE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

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Guia para licenciamento ambiental. Utilizações corriqueiras poderão auxiliar.

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2015

Por:

LAÍS BARBIERO

GUIA DEFINITIVO SOBRE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

Setembro, 2015

GUIA DEFINITIVO SOBRE LICENCIAMENTO

AMBIENTAL

O que é, como funciona e quais as principais leis

que você precisa saber?

Geoweek

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

Sumário INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 3

1. COMPETÊNCIAS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL ........................................................................ 5

1.1. IBAMA – INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS

RENOVÁVEIS ........................................................................................................................................ 5

1.2. ÓRGÃO AMBIENTAL ESTADUAL .............................................................................................. 6

1.3. MUNICÍPIOS: ÓRGÃOS AMBIENTAIS MUNICIPAIS .................................................................. 8

1.4. DF – DISTRITO FEDERAL: ......................................................................................................... 8

2. O QUE É LICENCIAMENTO AMBIENTAL – ETAPAS ........................................................................... 9

2.1. 1° ETAPA – IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO AMBIENTAL COMPETENTE PARA LICENCIAR ........ 10

2.2. 2° ETAPA – LICENÇA PRÉVIA (LP) ........................................................................................... 10

2.3. 3° ETAPA – ELABORAÇÃO DE PROJETO PRÉVIO .................................................................... 11

2.4. 4° ETAPA – LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI) ............................................................................. 12

2.5. 5°ETAPA – LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO) ............................................................................... 12

2.6. REGULARIZAÇÃO DE EMPREENDIMENTO NÃO LICENCIADO DEVIDAMENTE ....................... 13

3. TIPOS DE LICENÇAS AMBIENTAIS .................................................................................................. 14

3.1. LICENÇA PRÉVIA (LP) ............................................................................................................. 14

3.2. LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI) ................................................................................................ 16

3.3. LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO) ................................................................................................. 18

3.4. OUTRAS LICENÇAS ................................................................................................................. 19

4. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL .............................................................................................................. 21

4.1. POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE ............................................................................ 21

4.2. NOVO CÓDIGO FLORESTAL ................................................................................................... 27

4.3. RESOLUÇÃO CONAMA 001/1986 .......................................................................................... 31

4.4. RESOLUÇÃO CONAMA 237/1997 .......................................................................................... 34

CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 38

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................ 41

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

INTRODUÇÃO

Todo empreendimento passível de causar significativo impacto ambiental e/ou

poluição deve se submeter obrigatoriamente a uma licença junto ao órgão ambiental

responsável em cada caso, para que possa operar sua atividade legalmente. Dessa

forma, O Licenciamento Ambiental é o procedimento administrativo pelo qual tal

órgão autoriza esse empreendimento ou atividade a funcionarem, garantindo que o

meio ambiente seja utilizado da forma mais correta possível.

A lei que responde por esse procedimento atualmente é a Lei Complementar

140/2011 que regulamenta os incisos III, VI e VII do art. 23 da Constituição Federal

de 1988. O artigo 23 da CF fala sobre a competência administrativa comum entre

União, Estados membros, DF e municípios, com relação à preservação, fiscalização

e ao licenciamento ambiental. Ou seja, uma política de compartilhamento da

responsabilidade para a conservação ambiental por meio do desenvolvimento

sustentável do país.

Essa LC representa um grande avanço na questão do licenciamento, que

antes era representado apenas por uma lei com mais de trinta anos de existência e

duas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente, apresentados a seguir e

que serão vistas com mais detalhes no decorrer deste e-book:

Art. 10 da Lei 6.938/1981 – Lei da Política Nacional do Meio Ambiente;

Resoluções CONAMA:

N° 01/1986 – Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EPIAa(EIA)/RIMA)

e;

N° 237/1997 – Licenciamento Ambiental Ordinário.

De forma geral, temos três tipos de licença. Cada uma representa fases

distintas do projeto em questão.

L.P. – Licença Prévia (prazo máximo de 5 anos) – Essa licença é pedida pelo

empreendedor na fase preliminar do projeto, quando do planejamento da

implantação, alteração ou ampliação. É tida como a mais importante das três

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

licenças, pois todos os estudos ambientais preliminares necessários são pedidos

nesta fase. Essa licença possui duas funções principais:

-aprovar a localização do projeto;

-atestar a viabilidade ambiental do projeto.

L.I. – Licença de Instalação (o prazo máximo de 6 anos) – Esta licença atesta

a materialidade do projeto, ou seja, autoriza o início da obra de implantação do

projeto. É concedida depois de atendidas as condições da Licença Prévia. Sua

função principal é:

-aprovar a edificação do empreendimento.

L.O. – Licença de Operação (o prazo vai de 4-10 anos) – Esta licença

representa a execução do projeto em si, ou seja, autoriza o início do funcionamento

do empreendimento/obra ou atividades produtivas. É concedida após vistoria e

verificação de que todas as exigências das demais licenças foram atendidas. Sua

função principal é:

-aprovar o funcionamento do empreendimento.

É importante salientar que, apesar de todas as licenças terem um prazo

determinado, ambas estão passíveis de terem seus prazos prorrogados (menos no

caso da LP), desde que obedeçam as datas estabelecidas em lei para tal. Sendo

que a renovação das Licenças Ambientais deve ser pedida com antecedência

mínima de 120 dias.

A competência comum ditada pelo art. 23 da Constituição Federal presume a

primeira vista que qualquer órgão pode ser responsável pelo licenciamento, no

entanto, a Lei Complementarn°140 vincula o licenciamento à fiscalização. Isto

significa que, para âmbitos legais, quem licencia, deve também ficar responsável por

fiscalizar a obra licenciada. Ainda assim, qualquer ente federativo que não seja o

responsável direto, pode sim autuar determinada obra, desde que o órgão

responsável seja avisado imediatamente. E, no caso de autuações duplicadas,

sempre prevalecerá o auto de quem tem a competência para o licenciamento.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

1. COMPETÊNCIAS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Como foi visto anteriormente, a Constituição Federal Brasileira em ser 23°

artigo, aprova a responsabilidade compartilhada para o licenciamento ambiental,

apesar disso, a fim de distribuir melhor estas competências, a LC n°140 define os

órgãos prioritários para o licenciamento em cada caso. Dentro deste contexto, cada

órgão ambiental é responsável por determinada situação, como será visto a seguir:

1.1. IBAMA – INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS

- órgão ambiental federal – autarquia federal, responsável pelo LA no âmbito da

União:

Obra localizada conjuntamente no Brasil e país limítrofe;

Obra localizada em mar territorial, plataforma continental e ZEE (Zona

Econômica Exclusiva);

Obra localizada em mais de um Estado;

Obra localizada em terras indígenas;

Atividades nucleares (com autorização do CNEN – Comissão Nacional de

Energia Nuclear);

Empreendimento militares;

Unidade de Conservação instituída pela União (menos na APA – Área de

Proteção Ambiental);

Obra definida em ato do poder executivo, proposição da composição tripartite

ambiental. (Novas tipologias de acordo com porte, potencial poluidor e

características).

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

1.2. ÓRGÃO AMBIENTAL ESTADUAL

Cada Estado, de acordo com a Lei federal 6.938/81, fica responsável pelos

licenciamentos ambientais que não sejam de responsabilidade do IBAMA, sendo

assim, cada um deles, apresenta uma Secretaria Ambiental para este fim. Na tabela

a seguir (Tabela 1), serão representadas cada uma delas, por estado e região:

Tabela 1 - Órgãos ambientais estaduais

Região Estado Órgão Ambiental

Norte

Amapá Secretaria de Meio Ambiente - Sema

Acre Secretaria de Estado de Meio Ambiente -

Sema

Amazonas Secretaria de Estado do Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável - SDS

Pará Secretaria de Estado de Meio Ambiente -

Sema

Rondônia Secretaria de Estado do Desenvolvimento

Ambiental - Sedam

Roraima Fundação Estadual do Meio Ambiente e

Recursos Hídricos - Femact

Tocantins Instituto Natureza do Tocantins – Naturatins

Nordeste

Bahia Secretaria de Meio Ambiente - Sema

Ceará Superintendência Estadual do Meio

Ambiente - Semace

Maranhão Secretaria de Estado de Meio Ambiente e

Recursos Naturais - Sema

Paraíba Superintendência de Administração do Meio

Ambiente - Sudema

Pernambuco Secretaria de Meio Ambiente e

Sustentabilidade – Semas

Secretaria do Meio Ambiente e Recursos

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

Piauí Hídricos do Piauí - Semar

Rio Grande do

Norte

Secretaria de Estado do Meio Ambiente e

dos Recursos Hídricos – Semarh

Sergipe Secretaria de Estado do Meio Ambiente e

dos Recursos Hídricos - Semarh

Centro-Oeste

Distrito Federal Instituto Brasília Ambiental - Ibram

Goiás Secretaria do Meio Ambiente e dos

Recursos Hídricos – Semarh

Mato Grosso Secretaria de Estado do Meio Ambiente –

Sema

Mato Grosso do Sul Secretaria de Estado do Meio Ambiente, do

Planejamento, da Ciência e Tecnologia –

Semac

Sudeste

Espírito Santo Secretaria de Estado de Meio Ambiente e

Recursos Hídricos – Seama

Instituto Estadual de Meio Ambiente e

Recursos Hídricos – Iema

Minas Gerais Secretaria de Estado de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável – Semad

Rio de Janeiro Secretaria do Ambiente - Sea

São Paulo Secretaria do Meio Ambiente – SMA

Sul

Paraná Secretaria de Estado do Meio Ambiente e

Recursos Hídricos - Sema

Rio Grande do Sul Fundação Estadual de Proteção Ambiental

Henrique Luiz Roessier - Fepam

Santa Catarina Fundação do Meio Ambiente – Fatma

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

Responsabilidade:

Obras que não estão na competência da União ou dos municípios;

Unidades de conservação criadas pelo estado membro (menos APA);

Obra localizada em mais de um município;

1.3. MUNICÍPIOS: ÓRGÃOS AMBIENTAIS MUNICIPAIS

Obra ou empreendimento de impacto local (conselhos estaduais de meio

ambiente que definem);

Obras que afetam as unidades de conservação criadas pelos municípios.

1.4. DF – DISTRITO FEDERAL:

Conjuga as obras dos estados membros e municípios;

Ainda dentro das competências vistas acima, tem-se dois tipos de atuação

muito comuns para as Licenças Ambientais:

*Atuação supletiva – quando um ente federativo substitui o outro que contém

a competência original. Por exemplo, quando um município não tem órgão ambiental

e/ou conselho ambiental competente, quem licencia as obras é o estado.

*Atuação Subsidiária – quando um ente federativo que detém a competência

original pede auxílio técnico, administrativo, financeiro a outro ente.

O Licenciamento Ambiental é um processo administrativo essencial para o

funcionamento legal de um empreendimento, que visa proteger o meio ambiente e

garantir os dois grandes direitos do cidadão, previstos na Constituição Federal. O

primeiro deles, diz respeito à livre iniciativa econômica e o outro é o direito por um

ambiente ecologicamente equilibrado e seguro para as próximas gerações.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

2. O QUE É LICENCIAMENTO AMBIENTAL – ETAPAS

O Licenciamento Ambiental é uma obrigação legal, que antecede a instalação

de qualquer empreendimento que cause poluição ou degradação ao meio ambiente,

sendo este, um dos instrumentos principais da Política Nacional do Meio Ambiente.

Este ato administrativo expedido por órgão ambiental competente (dependendo da

localização do empreendimento, como foi visto no capítulo anterior) esbarra em dois

direitos fundamentais do cidadão, garantidos por artigos distintos da mesma lei, que

é o direito ao ambiente ecologicamente equilibrado e à livre iniciativa:

Art. 1. A República Federativa do Brasil, formada pela

união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito

Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem

como fundamentos:

(…)

IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

[…]

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e

essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder

Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo

para as presentes e futuras gerações.

(Constituição da República Federativa do Brasil, 1988).

E outras palavras, a livre iniciativa que é um dos fundamentos do Estado

brasileiro, garante o direito a todos de desenvolver uma atividade econômica e

empreender assegurando a possibilidade de uma existência digna. Só que este

mesmo Estado admite que a dignidade, dita anteriormente, é conseguida também

através de um ambiente equilibrado. Ou seja, embora estes dois princípios sejam

essenciais para a existência humana, não raro, entram em conflito. Neste contexto

entra o licenciamento ambiental, que proporciona a perseguição de uma atividade

econômica de forma regrada impedindo que esta venha causar impactos muitas

vezes irreversíveis, ao passo que não torna o meio ambiente um obstáculo ao

desenvolvimento humano. Este equilíbrio é um dos princípios do Desenvolvimento

Sustentável, que tanto se fala atualmente.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

Uma das mais expressivas características deste instrumento é a participação

da sociedade na tomada de decisão, por meio da realização de Audiências Públicas

como parte do processo, que é constituído de forma simplificada por três etapas

distintas: A Licença Prévia (LP), a Licença de Instalação (LI) e a Licença de

Operação (LO). No entanto, no ano de 2004 o Ministério do Meio Ambiente elaborou

uma cartilha de licenciamento ambiental com o passo-a-passo geral para ser

seguido no processo. Cada etapa descrita nesta cartilha (que pode ser acessada

pelo endereço: http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/cart_tcu.PDF) ,

será explanada a seguir:

2.1. 1° ETAPA – IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO AMBIENTAL

COMPETENTE PARA LICENCIAR

A PNMA diz que em regra, a função geral de licenciar é do Estado. Ainda que

o IBAMA tenha a competência originária de licenciar atividades com significativo

impacto em âmbito nacional ou regional.

Sobre o assunto ainda pairam dúvidas e discussões. Em todo caso, o Parecer

CONJUR/MMA nº 312/04 tenta esclarecer a questão das competências de cada

órgão, dizendo que para delegar a responsabilidade pelo licenciamento, deve-se

levar em conta não só a localização do empreendimento, mas, principalmente a

extensão dos impactos. Ou seja, se um empreendimento localizado em um

município “X”, causa um impacto que afetará os demais municípios a sua volta,

então a competência é do órgão superior ao municipal, sendo então

responsabilidade do Estado.

2.2. 2° ETAPA – LICENÇA PRÉVIA (LP)

O primeiro passo é procurar o órgão ambiental competente, que irá definir em

conjunto com o empreendedor os documentos, projetos e estudos ambientais

necessários ao processo. É nesta fase que aquelas atividades que são de baixo

impacto ou se encaixem em condições que não exijam Licenciamento Ambiental,

devem ser encaminhados para as licenças ou autorizações pertinentes.

Assim que os estudos estiverem prontos e a documentação devidamente

entregue ao órgão licenciador, o mesmo analisará o processo e, se necessário,

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

realizará vistorias ao local, solicitando esclarecimentos e complementações, como

couber – uma única vez.

Segue-se o passo-a-passo do procedimento a partir de então:

-Se houver algum esclarecimento a ser feito, o empreendedor deverá

obedecê-lo dentro do prazo estabelecido, com a possibilidade de arquivamento do

processo no caso do não cumprimento;

-Nesta fase, poderá ser solicitada também uma audiência pública, onde a

comunidade será chamada a avaliar os impactos ambientais e sociais do

empreendimento e as medidas mitigadoras de cada um deles. Neste caso, abrir-se-á

um novo prazo para esclarecimentos e complementações decorrentes de eventuais

questionamentos levantados nos debates pelo público;

-Quando tudo for analisado e esclarecido, emite-se o parecer técnico

conclusivo, decidindo-se pelo deferimento ou indeferimento do pedido de licença,

dando-se a devida publicidade do ato e;

-Por último é realizada a expedição da LP, no qual o órgão ambiental

competente estabelece as medidas mitigadoras que devem ser contempladas no

projeto de implantação e sem as quais não poderá ser feito o pedido da Licença de

Instalação.

2.3. 3° ETAPA – ELABORAÇÃO DE PROJETO PRÉVIO

Esta fase significa adotar nos projetos de engenharia, a localização e

soluções técnicas aprovadas na LP. Por isso é importante que ele seja realizado

somente após a expedição da referida licença.

Se os projetos forem realizados antes dos estudos de LP e os mesmos

apontarem irregularidades ou adaptações, estes projetos deverão ser refeitos

obedecendo às diretrizes dadas, o que pode gerar gastos desnecessários.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

2.4. 4°ETAPA – LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)

O primeiro passo é procurar o órgão ambiental competente e solicitar a

licença, mediante o cumprimento de condicionantes anteriores estabelecidas na LP.

É nesta etapa também, que se apresentam os planos, programas e projetos

ambientais com detalhamento e os cronogramas de implementação, bem como

parte dos projetos de engenharia civil que tenham relação com as questões

ambientais.

Se pegarmos o exemplo de um projeto de loteamento urbano, é durante o

pedido de licença de instalação que se entregam os projetos de drenagem das

águas pluviais, projeto viário, de saneamento de esgoto ou fossa séptica entre

outros. No entanto, no caso dos loteamentos, a LI é a última licença a ser expedida,

já que ele não necessita de uma específica para operação.

Mas, no caso de outros empreendimentos que necessitam da LO também, é

importante lembrar que somente se obedecidas todas as condições de LP e LI,

poderá haver solicitação e obtenção desta última licença.

2.5. 5°ETAPA – LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO)

Esta é a última licença a ser expedida no processo de licenciamento

ambiental e, como já dita, a etapa só ocorrerá se todas as condicionantes das

licenças anteriores estiverem sendo obedecidas plenamente.

Como esta é a última fase antes do funcionamento do empreendimento em si,

é normal que aconteçam testes pré-operacionais, embora sua realização seja

mediante autorização do órgão ambiental e após o requerimento da LO junto ao

mesmo órgão.

Após analise dos documentos, projetos e estudos solicitados por parte do

órgão ambiental, parecer técnico de outros órgãos eventualmente consultados e

com base nas vistorias técnicas, emite-se um parecer técnico sobre a possibilidade

de concessão de LO.

Depois disto é necessário realizar o pagamento da taxa ambiental e publicar o

fato em jornal de circulação local ou regional e no Diário Oficial do Estado.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

2.6. REGULARIZAÇÃO DE EMPREENDIMENTO NÃO LICENCIADO

DEVIDAMENTE

Existe ainda uma possibilidade para o empreendedor que não está com a sua

atividade em dia com a legislação ambiental, mas, também não quer sofrer as

sanções administrativas e judiciais cabíveis. Através da assinatura de um Termo de

Compromisso (TAC), o responsável pelo empreendimento irregular se compromete a

corrigir suas atividades de acordo com o que é exigido pelo órgão ambiental.

Este termo é um instrumento da Lei de Crimes Ambientais (Lei n°

9.605/1998), que permite a regularização de empreendimentos que iniciaram as

obras sem Licença de Instalação ou começaram a operar sem Licença de Operação,

por exemplo.

No próximo capítulo, cada uma das licenças que foram expostas aqui de

forma simplificada, será trazida de modo a se entender para qual finalidade se

aplicam cada uma delas, prazos e a documentação que exigem.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

3. TIPOS DE LICENÇAS AMBIENTAIS

Cada Estado tem suas próprias leis e decretos que são baseadas na

legislação federal. Sendo assim, a documentação para dar entrada nas licenças,

também variam. Para exemplificar como se dá um processo de licenciamento

completo, será utilizado durante todo o livro, o exemplo do Estado do Paraná, cujo

órgão responsável é denominado Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

3.1. LICENÇA PRÉVIA (LP)

“Fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade

aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e

estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas

próximas fases de sua implementação.”

A fase da licença prévia é o momento em que a maior parte dos estudos

ambientais, como o EIA/RIMA são pedidos. Sabendo que estes estudos são

responsáveis pelo levantamento das alternativas e dos impactos que o

empreendimento pode causar, é importante eles sejam feitos no início do processo e

o acompanhem até o final.

O prazo para a licença prévia é definido como no máximo 5 anos, mas, são

adaptadas conforme as regras de cada órgão estadual. No Paraná, por exemplo, o

IAP estipula um prazo de 2 anos, sem direito a renovação. Uma vez do vencimento

da Licença Prévia, o requerente precisa entrar com nova documentação e reiniciar o

processo.

Na Licença Prévia são:

-Levantados os impactos ambientais e sociais prováveis;

-Avaliada a magnitude e a abrangência dos impactos;

-Formuladas medidas capazes de atenuar ou eliminar os impactos;

-Ouvidos os órgãos ambientais das esferas competentes;

-Ouvidos os órgãos e entidades setoriais, na área de atuação da localização

do empreendimento;

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

-Discute-se com a comunidade (no caso de audiência pública) os impactos e

as medidas e;

-É tomada a decisão sobre a viabilidade ambiental do empreendimento e se o

mesmo é passível de ser implementado.

Na tabela a seguir, será representada a documentação exigida pelo IAP para

dar entrada no Licenciamento Prévio (Tabela 2):

Tabela 2 - Documentação para requerer LP - Fonte: IAP-Paraná

RELAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA REQUERER A LP

a) Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA;

b) Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI, detalhando ou anexando, croqui de localização do

empreendimento, contendo rios próximos, vias de acessos principais e pontos de referências para

chegar ao local;

c. Cadastro de Usuário Ambiental – caso o requerente ainda não seja cadastrado no IAP apresentar

fotocópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa Física (CPF), se pessoa física; ou

Contrato Social ou Ato Constitutivo, se pessoa jurídica e demais documentos exigidos para o cadastro;

d) Certidão do Município, quanto ao uso e ocupação do solo, conforme modelo apresentado no ANEXO

8;

e) Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis em nome do requerente, e em caso de

imóvel locado no nome do locador junto com o contrato de locação, no máximo de 90 (noventa) dias,

para imóveis rurais exige-se a averbação da Reserva Legal junto à matrícula do imóvel, ou Documento

de propriedade ou justa posse rural ou conforme exigências constantes da Seção VI, art.46 a 57 da

Resolução CEMA 065 de 01de julho de 2008; (alterado pela Resolução CEMA nº 72/2009);

f) Cópia da Outorga Prévia da SUDERHSA para utilização de recursos hídricos, inclusive para o

lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, se for o caso;

g) Em caso de lançamento de efluentes industriais na rede pública coletora de esgotos sanitários,

apresentar carta de viabilidade da concessionária dos serviços de água e esgotos, informando a

respectiva ETE;

h) Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EPIA/RIMA), no caso de

empreendimentos, obras e atividades consideradas efetivas ou potencialmente causadoras de

significativa degradação do meio ambiente, CONSULTE A MATRIZ.

i) Publicação de súmula do pedido de Licença Prévia em jornal de circulação regional e no Diário Oficial

do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA N.o 006/86 (as publicações deverão ser

comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais – originais);

j) Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) de acordo com

Lei Estadual n. 10.233/92.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

3.2. LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)

“Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as

especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as

medidas de controle ambientais e demais condicionantes, da qual constituem

motivos determinantes.”

É importante lembrar que a Licença de Instalação não aprova o início da

operação do empreendimento, mas, somente o início das obras de instalação do

mesmo. O prazo estipulado é de no máximo 6 anos, mas, como na LP cada órgão

estadual tem suas próprias normas. Citando novamente o IAP, no Estado do

Paraná, a LI tem prazo máximo de 2 anos, podendo ser renovada a critério do

mesmo.

Durante a fase da LI, é:

-Autorizado o início das obras;

-Concordado com as especificações constantes nos planos, programas e

projetos ambientais constantes na LP;

-Verificado o atendimento das exigências da LP;

-Estabelecido medidas de controle ambiental a fim de obedecer ao padrão de

qualidade ambiental na implantação do empreendimento e;

-Estabelecido medidas mitigadoras e compensatórias de instalação.

A documentação para dar entrada na LI será colocada na tabela a seguir

(Tabela 3), no entanto, como foi citado acima, além da documentação base exigida é

necessário também atender ao que for estabelecido na fase anterior, no documento

da LP. Somente com o atendimento de todas as exigências da LP e as demais

exigências inerentes da Licença de Instalação é que a mesma poderá ser

protocolada, analisada e deferida.

Lembrando também que a listagem abaixo é referente a um apanhado geral

sobre a documentação de cada licença, sendo que atividades específicas podem

gerar documentação igualmente específica e cabe a uma consulta no órgão

ambiental responsável para se saber as diretrizes sobre cada um deles.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

Tabela 3 - Documentação para requerer LI - Fonte: IAP-Paraná

RELAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA REQUERER A LI

a) Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA;

b) Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI, detalhando ou anexando, croqui de localização do

empreendimento, contendo rios próximos, vias de acessos principais e pontos de referências para

chegar ao local;

c) Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis em nome do requerente, e em caso de

imóvel locado no nome do locador junto com o contrato de locação, no máximo de 90 (noventa) dias,

para imóveis rurais exige-se a averbação da Reserva Legal junto à matrícula do imóvel, ou Documento

de propriedade ou justa posse rural ou conforme exigências constantes da Seção VI, art.46 a 57 da

Resolução CEMA 065 de 01de julho de 2008; (alterado pela Resolução CEMA nº 72/2009);

d) Estudo ambiental exigido na concessão da Licença Prévia, em 2 vias e datado, sendo que uma delas,

após análise e aprovação, deverá ser carimbada pelo técnico analista e devolvida ao interessado. O

Estudo Ambiental (consulte a MATRIZ) para atividades industriais deverá contemplar no mínimo:

- Diagnóstico e medidas mitigadoras dos impactos ambientais decorrentes da implantação do

empreendimento, como por exemplo: obras de terraplenagem, corte de vegetação, proteção de

nascentes obras de drenagem, entre outros, elaborado por profissionais habilitados e cadastrados no

IAP, acompanhado de ART – Anotação de Responsabilidade Técnica ou documento similar do

respectivo Conselho de classe;

- Projeto de Controle de Poluição Ambiental, elaborado por profissionais habilitados e cadastrados no

IAP habilitado e apresentado de acordo com as diretrizes específicas deste IAP apresentadas no ANEXO

3 e ANEXO 4 (no caso de poluição sonora);

e) Em caso de lançamento de efluentes industriais na rede coletora de esgotos sanitários, apresentar

Autorização da concessionária dos serviços de água e esgotos, informando a respectiva ETE;

f) Publicação de súmula da concessão de Licença Prévia em jornal de circulação regional e no Diário

Oficial do Estado, conforme especificado no corpo da mesma e modelo aprovado pela

Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos

respectivos jornais – originais);

g) Publicação de súmula do pedido de Licença de Instalação em jornal de circulação regional e no Diário

Oficial do Estado,conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações

deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais – originais);

h) Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) de acordo com

Lei Estadual n. 10.233/92.

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18

UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

3.3. LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO)

“Autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do

efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de

controle ambientais e condicionantes determinados para a operação.”

O prazo de validade é estabelecido, não podendo ser inferior a 4 (quatro)

anos e superior a 10 (dez) anos. No caso do Paraná, o IAP estabelece um prazo de

2 a 6 anos, também levando em conta a autonomia que a legislação deixa para que

se estipulem prazos menores de acordo com as especificidades do projeto e as

necessidades do órgão ambiental.

É durante a LO que:

-Verifica-se o cumprimento das condicionantes das licenças anteriores (LP e

LI);

-Adotam-se medidas de controle ambiental limite para o funcionamento do

empreendimento;

-Especificam-se as condicionantes determinadas para operação do

empreendimento, cujo cumprimento é obrigatório sob pena de suspensão ou

cancelamento da licença.

A documentação exigida para dar entrada no processo de Licença de

Operação conforme o IAP, pode ser vista a seguir (Tabela 4), lembrando que

existem documentação também a ser obedecida em cada de pedido de renovação

de tal licença, o mesmo acontece na LI.

Em suma, o processo de Licenciamento Ambiental é um compromisso

assumido pelo empreendedor de atuar conforme o projeto aprovado. Qualquer

modificação que venha a ocorrer posteriormente (como o redesenho do processo

produtivo ou ampliação da área de influência) deve ser levado a conhecimento do

órgão ambiental competente. Será de competência desse órgão também, o

monitoramento ao longo do tempo, do trato às questões ambientais e o cumprimento

das condicionantes determinadas durante o processo.

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19

UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

Tabela 4 -- Documentação para requerer LO - Fonte: IAP-Paraná

RELAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA REQUERER A LI

a) Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA;

b) Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI atualizado, detalhando ou anexando, croqui de

localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acesso principais e pontos de

referências para chegar ao local;

c) Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos da SUDERHSA para utilização de recursos hídricos,

inclusive para o lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, ou Dispensa de Outorga, se for o

caso;

d) Publicação de súmula de concessão de Licença de Instalação em jornal de circulação regional e no

Diário Oficial do Estado,conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA nº 006/86 (as publicações

deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais – originais);

e) Publicação de súmula do pedido de Licença de Operação em jornal de circulação regional e no Diário

Oficial do Estado,conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA nº 006/86 (as publicações

deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais – originais);

f) Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) de acordo com

Lei Estadual nº 10.233/92.

3.4. OUTRAS LICENÇAS

Além dos três tipos principais de licenciamento que foram expostos acima,

existem outros tipos para atividades especiais, que não sejam passíveis de um

processo de licenciamento tão complexo e demorado como o normal, estas licenças

serão apresentadas a seguir. Mais uma vez, é importante salientar que esta variação

de licenças é específica do órgão ambiental paranaense, sendo que cada um terá

seus próprios modos de julgar que tipo de licença ou dispensa de licença uma

determinada atividade estará sujeita.

3.4.1. DLAE – Dispensa de Licenciamento Ambiental Estadual:

A DLAE é concedida para os empreendimentos cujo licenciamento

ambiental não compete ao órgão ambiental estadual, conforme os critérios

estabelecidos em resoluções específicas;

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20

UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

3.4.2. AA – Autorização Ambiental:

Aprova a localização e autoriza a instalação, operação e/ou

implementação de atividade que possa acarretar alterações ao meio

ambiente, por curto e certo espaço de tempo, de caráter temporário ou a

execução de obras que não caracterizem instalações permanentes, de acordo

com as especificações constantes dos requerimentos, cadastros, planos,

programas e/ou projetos aprovados, incluindo as medidas de controle

ambientais e demais condicionantes determinadas pelo IAP.

Um exemplo de um momento em que uma autorização ambiental pode ser

pedida é na aprovação do sistema de drenagem para loteamento. É prática

do IAP atualmente, exigir na LP como condicionante para LI, a elaboração de

PCA (Plano de Controle Ambiental) seguida de AA (Autorização Ambiental)

para sistema de drenagem de águas pluviais.

3.4.3. LAS – Licença Ambiental Simplificada:

Aprova a localização e a concepção do empreendimento, atividade ou

obra de pequeno porte e/ou que possua baixo potencial poluidor/degradador,

atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e

condicionantes a serem atendidos bem como autoriza sua instalação e

operação de acordo com as especificações constantes dos requerimentos,

planos, programas e/ou projetos aprovados, incluindo as medidas de controle

ambiental e demais condicionantes determinadas pelo IAP.

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21

UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

4. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

A legislação ambiental brasileira está entre as mais completas e avançadas

do mundo, no entanto sua aplicação e eficiência estão ligadas também à forma

como é fiscalizada, o que se pode perceber é um ponto fraco da mesma.

Nos tópicos abaixo, serão trazidas à luz do licenciamento ambiental, as

principais diretrizes que o regem.

4.1. POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Instituída pela Lei n° 6.938 de 31 de agosto de 1981, a Política Nacional do

Meio Ambiente traz os objetivos, instrumentos e princípios referentes à proteção dos

recursos naturais e do meio ambiente em si. Ela é norteadora de toda a aplicação de

normas ambientais no país, sendo considerada a “lei-mãe” do Direito Ambiental.

“A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a

preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental

propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao

desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da

segurança nacional e à proteção da dignidade da vida

humana.”Art. 2° da Lei 6.938/81.

Como visto acima, dentre os objetivos descritos pela lei, tem-se a

preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental. A preservaçãoestá

referida às áreas sem nenhuma intervenção humana, permanecendo intocadas. A

melhoria é o manejo adequado dos recursos utilizados nas atividades, enquanto que

a recuperação é o retorno ao estágio anterior ao dano. Este último é o mais difícil de

ser alcançado, já que qualquer impacto pode causar danos irreversíveis.

Para que se alcancem tais objetivos é necessário que a lei obedeça aos

seguintes princípios, que seguem ainda no art. 2°:

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22

UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

I – ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando

o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e

protegido, tendo em vista o uso coletivo;

II – racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;

III – planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;

IV – proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;

V – controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente

poluidoras;

VI – incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso

racional e a proteção dos recursos ambientais;

VII – acompanhamento do estado da qualidade ambiental;

VIII – recuperação de áreas degradadas;

IX – proteção de áreas ameaçadas de degradação;

X – educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da

comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio

ambiente.

4.1.1. Conceitos jurídicos da PNMA

a) Meio Ambiente

O conceito de meio ambiente trazido pela presente lei é muito criticado em

razão de sua abrangência. Contudo, se pensarmos que antes dessa lei, nenhuma

outra ao menos tangenciava o assunto dessa forma, entãoé possível ver um avanço.

O próprio termo “meio ambiente” é alvo de críticas devido sua redundância. Assim,

temos que:

“É o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem química,

física e biológica que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.”

b) Poluição

Quando se fala em poluição, algumas condicionantes são levadas em

consideração. Temos então que poluição é:

-a degradação da qualidade ambiental, resultante de atividades que direta e

indiretamente afetem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

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23

UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

-cria condições adversas às atividades econômicas e sociais;

-afetam desfavoravelmente a biota;

-afetam desfavoravelmente as condições estéticas e sanitárias do meio

ambiente;

-diretamente ou indiretamente lançam matéria ou energia em

desconformidade com os padrões ambientais;

Para ser considerado poluição, o impacto observado deve ser de origem

antrópica, ou seja, causada pelo aspecto humano. Qualquer outro evento natural

que possa gerar dano ao meio ambiente, como as cinzas tóxicas de um vulcão, os

estragos de um tornado, entre outros, não possui essa denominação.

Vale lembrar também, que o ato de poluir é crime e cabem os devidos

processos administrativos.

c) Poluidor

“A pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta

ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental”.

Para entender esse conceito, temos que importar algumas explicações de

termos jurídicos. No julgamento de crimes ambientais, adota-se a Teoria da

Responsabilidade Objetiva, ou seja, a indenização que deve ser paga é cobrada em

razão da ocorrência do fato, não da culpa ou não culpa do agente. O acusador, só

precisa comprovar a omissão ou ação, pois a culpa já é presumida.

Ex: Uma empresa X é denunciada por estar jogando dejetos químicos em um

determinado rio. Se provada a ação, essa mesma empresa, já está automaticamente

condenada. Mesmo que o despejo não tenha sido proposital.

Só existe uma exceção na lei. Quando o dano for causado por omissão ou

falta de fiscalização do Estado, neste caso, a responsabilidade do mesmo é

subjetiva e sua condenação será mediante comprovação de culpa.

A Política Nacional do Meio Ambiente é uma lei pioneira da questão ambiental

no país. Antes dela, só havia alguns decretos pontuais, sobre recursos naturais mais

utilizados, como a água, as florestas etc.

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24

UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

4.1.2. Instrumentos da PNMA

Os instrumentos da PNMA visam o estabelecimento de padrões de qualidade

ambiental e geralmente possuem alguma regulamentação. As Resoluções do

CONAMA são os principais disciplinadores dessa questão.

a) Zoneamento Ambiental

Este instrumento visa disciplinar o uso e ocupação do solo, definindo a

localização de cada atividade e áreas de proteção e conservação.

Um bom exemplo do funcionamento do Zoneamento Ambiental se encontra

no âmbito urbano. O Plano Diretor (instituído pela Lei n°10.257 de 10 de julho de

2001, denominada de Estatuto das Cidades) é o instrumento de ordenamento

territorial das cidades do Brasil.

b) Avaliação de Impactos Ambientais

Esse instrumento é representado por uma série de estudos preventivos com o

objetivo de avaliar os projetos, empreendimentos e atividades, no aspecto ambiental.

A elaboração de um AIA deve ser assistido por uma equipe multidisciplinar que irá

apresentar diagnósticos, descrições, análises e avaliações sobre os impactos

ambientais efetivos e potenciais do empreendimento.

Normalmente, são estudos exigidos na primeira parte do licenciamento

ambiental, quando do pedido da Licença Prévia. Exemplo: EIA/RIMA – previsto no

art. 225 da Constituição Federal Brasileira.

c) Licenciamento Ambiental

O Licenciamento Ambiental é um procedimento administrativo obrigatório a

todas as atividades potencialmente poluidoras, ou que se utilizam de recursos

naturais. Ela é disciplinada pela Resolução do CONAMA n°237/1997.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

d) Incentivos a produção e instalação de equipamentos ou criação e

absorção de tecnologias, voltados para a melhoria da qualidade ambiental

Este é um instrumento gerencial, voltado para as empresas. Nele, incentiva-

se a utilização de tecnologias e instrumentos que aumentem a eficiência e qualidade

ambiental.

Ex: ISO 14001 – Sistema gerencial ambiental, onde as empresas se

comprometem a adotar medidas e ganham a certificação.

e) Criação de espaços territoriais

É um instrumento disciplinado pela Lei 9.985/2000 das Unidades de

Conservação. Neste ponto, tem-se a preocupação de criar áreas específicas de

conservação e preservação do meio ambiente, dentro do território nacional.

f) SISNIMA – Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente

Objetiva disciplinar e organizar informações sobre o meio ambiente, reunindo

as informações dos órgãos ambientais espalhados pelo Brasil.

g) Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa

Ambiental

É um instrumento que visa estabelecer um banco de dados profissional.

Todos aqueles que se dedicam à consultoria, pesquisa, os profissionais que atuam

na área ambiental, devem estar inscritos neste cadastro, sob pena de multa.

h) Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e

Utilizadoras de Recursos Ambientais

Visa o mapeamento das atividades que causam poluição e que usam

recursos ambientais no Brasil.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

i) Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental

É o instrumento que gera o exercício do poder de polícia ambiental. Isto quer

dizer que todos que estão inscritos no cadastro anteriormente descrito, devem pagar

essa taxa, de acordo com o que foi determinado na fase de estudos ambientais, a

fim de compensar possíveis impactos ou danos.

j) Penalidades disciplinares

É legitimado pelo Decreto nº 6.514 de 2008 que dispõe sobre as infrações e

sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo

federal para apuração destas infrações, e dá outras providências.

k) Prestação de Informações sobre o meio ambiente

Este é um instrumento que coloca como obrigação do poder público a

disponibilização de informações ambientais. Isto vale tanto para as informações já

existentes no banco de dados dos órgãos ambientais, quanto às de necessidade do

uso público, mas, que ainda não existem.

No último caso, fica na obrigação do Estado também, a produção dessas

informações inexistentes.

l) Instrumentos Econômicos:

-Seguro Ambiental

Ainda pendente de regulamentação.

-Concessão Florestal

Através de licitação o poder público pode conceder o direito à exploração

econômica (serviços e produtos) de florestas públicas de forma sustentável.

-Servidão Ambiental

Mediante anuência do órgão ambiental competente, o proprietário rural pode

instituir uma parte de sua propriedade em caráter permanente ou temporário, onde

ele renuncia a exploração dos recursos ambientais que se encontram naquele local,

total ou parcialmente.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

A servidão ambiental é um instrumento compensatório, com um percentual

mínimo, que é o mesmo número da Reserva Legal (se no Estado a RL é 20%, então

a área de servidão, tem que ser de no mínimo 20%).

É importante lembrar, que sendo um instrumento compensatório, deve prever

uma área extra de natureza preservada, ou seja, as áreas de proteção permanente e

reserva legal (que já são previstas em lei) não servem como área de servidão.

4.2. NOVO CÓDIGO FLORESTAL

O Novo Código Florestal Brasileiro instituído pela Lei nº 12.651, aprovado em

25 de maio de 2012, foi fruto de anos de polêmicos embates entre os denominados

ambientalistas e a classe que representa o agronegócio brasileiro. Parte da

discussão deve-se à contradição implícita ao tema que diz respeito à conservação

dos recursos naturais, à preservação e recuperação da biodiversidade ao passo

que, a agropecuária que é o sistema que sustenta a atual economia brasileira,

necessita de eficiência produtiva de alimentos para consumo e exportação.

Depois de 12 artigos vetados e 32 modificações realizadas pela presidente

Dilma Rousseff, o Novo Código ficou no limiar das discussões, com alguns avanços

e retrocessos que não satisfez completamente nenhum dos dois grupos envolvidos.

E, após quase três anos de sua instituição, ainda existem muitas dúvidas, embora

em sua redação, ele tente atender aos princípios de compromisso com a

“compatibilização e harmonização entre o uso produtivo da terra e a preservação da

água, do solo e da vegetação” (Inciso III do caput do art. 1 da Lei n°12.651/2012).

A seguir serão tratados os pontos mais dúbios em relação à lei, no que diz

respeito ao tratamento dado às Áreas de Preservação Permanente (APP), Reserva

Legal (RL), Cadastro Ambiental Rural (CAR), anistias, entre outros:

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28

UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

4.2.1. Áreas de Preservação Permanente (APP):

Para efeitos de lei, a APP é considerada uma “área protegida, coberta ou não

por vegetação nativa, com função ambiental de preservar os recursos hídricos, a

paisagem, a estabilidade geoecológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de

fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”.

(Inciso II do caput do art. 3 da Lei n°12.652/2012)

Muito se discutiu sobre essa questão, pois os textos redigidos inicialmente

previam uma diminuição de metade da área de preservação instituída desde o

código de 1965 (Lei nº 4.771/1965) e a exploração de áreas de várzeas, mangues,

topos de morros a áreas com altitudes acima de 1800 metros. Contudo, na redação

final foram mantidas as medidas que variam de 30 (trinta) metros para cursos d’água

com menos de 10 (dez) metros de largura até 500 (quinhentos) metros para cursos

d’água com largura superior a 600 (seiscentos) metros, ainda que a permissão para

exploração das áreas citadas acima tenha sido dada para determinadas atividades

econômicas. Sendo também obrigatório para todos os produtores rurais,

independente do seu tamanho, a recuperação das mesmas.

No que se refere ao dimensionamento das APPs não houve avanço, mesmo

que o retrocesso também não tenha ocorrido, já que o mantenimento das áreas

mínimas de APP representam em longo prazo a garantia de que os rios não serão

assoreados, os solos não perderão tantos nutrientes devido ao chamado efeito

“splash” e a produtividade será mantida. É importante lembrar que as APPs existem

também em áreas urbanas devendo obedecer aos mesmos princípios estipulados

para as áreas rurais.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

4.2.2. Reserva Legal (RL):

A Reserva Legal é “área localizada no interior de uma propriedade ou posse

rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico

de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e

a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da

biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa”.

(Inciso III do caput do art. 3 da Lei n°12.652/2012)

O dimensionamento da RL é de 20% da área do imóvel em todas as áreas do

Brasil, excetuando-se a Amazônia Legal que varia de 20% para imóveis localizados

nos campos gerais a 80% nas áreas de floresta.

Essa questão é um pouco mais complexa que a primeira levantada, pois

envolve um dos casos de “anistia” trazidos pela nova redação. Embora não se

nomeie dessa forma é inegável que à luz da preservação das florestas, existiu sim, o

beneficiamento para aqueles que desmataram até a data de 22 de julho de 2008

(promulgação da lei de crimes ambientais), ao passo que nada ganhou o produtor

que se manteve dentro da lei até então. Isto porque até 4 módulos fiscais, o produtor

fica desobrigado de recompor a Reserva Legal caso ela não exista ou esteja

desmatada e os demais produtores com áreas maiores que isso tem o prazo de 20

anos para fazer essa recomposição.

Ora, há quem diga que tal fato está em benefício do pequeno produtor rural,

mas, é válido lembrar que a unidade de medida adotada é variável de acordo com a

faixa territorial brasileira. Ou seja, se no sul e sudeste do Brasil um módulo fiscal

parte de 5 hectares, nas regiões em direção ao centro-oeste, norte e nordeste, esse

módulo pode chegar até 110 hectares. Sendo assim, o que é uma pequena

propriedade no Paraná, talvez não seja tão pequena assim no Amazonas, por

exemplo.

Outro ponto está ligado à averbação da Reserva Legal, que não precisa mais

ser realizada em Cartório de Registro de Imóveis junto a matrícula, e salvas algumas

exceções, pode contabilizar a APP na porcentagem de RL, o que não acontecia no

código anterior.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

4.2.3. Cadastro Ambiental Rural (CAR):

Talvez um dos avanços mais significativos do novo código é com relação ao

cadastro de propriedades rurais brasileiras de forma digital, que trará um maior

conhecimento da situação dos mais de cinco milhões de imóveis rurais existentes,

de acordo com suas particularidades.

O CAR é um ato declaratório do produtor rural, mediante penalidade na não

obtenção de crédito rural para aqueles que não se cadastrarem de forma devida no

prazo estipulado pelo Ministério do Meio Ambiente, que seria de 1 ano após a

implantação do mesmo, no entanto, devido a baixa adesão durante este ano, o

mesmo foi prorrogado até maio do ano de 2016. Ele é o mecanismo que veio para

substituir a averbação de Reserva Legal, citada anteriormente, além de um maior

detalhamento acerca dos tipos de atividades desenvolvida em cada local.

A questão principal a ser levantada depois de tudo, é a que diz respeito a uma

efetiva implementação da lei, proteção das áreas que devem ser protegidas e

cumprimento dos objetivos propostos. O Brasil é o país com as leis ambientais mais

complexas do mundo mas, nem por isso é exemplo nesse quesito. Talvez o Código

Florestal de 1964, fosse mais rígido e garantisse no papel, maior proteção aos

nossos recursos, mas, estava longe de ser um exemplo de funcionamento. Então,

cabe ao novo cumprir tal papel.

Outro apontamento menos burocrático está nas condições técnicas, créditos e

política de incentivo que o produtor terá ao cumprir essa lei, é preciso que as

pessoas se sintam impulsionadas a fazer o que é certo. Um exemplo claro está na

restauração da mata nativa. Ao cidadão deve ser garantido o direito de entender,

através de uma visão técnica, que restaurar as áreas degradadas podem trazer

renda, no sentido de aumentar a produção de forma eficiente, quando o solo em que

ele planta não estiver perdendo a produtividade, o rio que o dá suporte não estiver

assoreando e ele não estiver tendo de enfrentar todos os problemas que derivam de

tal condição.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

4.3. RESOLUÇÃO CONAMA 001/1986

Existem duas resoluções do CONAMA (Conselho Nacional do Meio

Ambiente) que norteiam as normativa do Licenciamento Ambiental: a Resolução

nº001 de 23 de janeiro de 1986 e a Resolução n°237 de 19 de dezembro de 1997. A

primeira será esmiuçada a seguir.

A Resolução CONAMA 001/1986 diz respeito ao estabelecimento de

definições, responsabilidades, critérios básicos e diretrizes gerais para o uso e

implementação da Avaliação de Impacto Ambiental, que é um dos instrumentos da

Política Nacional do Meio ambiente (PNMA). Em seu primeiro artigo podemos

encontrar uma importante definição de impacto ambiental muito utilizada.

Artigo 1º – Para efeito desta Resolução, considera-se impacto

ambiental qualquer alteração das propriedades físicas,

químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer

forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas

que, direta ou indiretamente, afetam: I – a saúde, a segurança

e o bem-estar da população; II – as atividades sociais e

econômicas; III – a biota; IV – as condições estéticas e

sanitárias do meio ambiente; V – a qualidade dos recursos

ambientais.

Os artigos de número 2 e 3 tratam dos empreendimentos que necessitam por

via de regra da elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo

Relatório (EIA/RIMA). No artigo 5° tem-se as diretrizes gerais para a elaboração do

Estudo de Impacto Ambiental, definindo-a como uma prática multidisciplinar que

deve contemplar além da legislação ambiental descrita pela PNMA, também as

seguintes diretrizes:

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32

UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

I – Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de

localização de projeto, confrontando-as com a hipótese de não

execução do projeto; II – Identificar e avaliar sistematicamente

os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e

operação da atividade; III – Definir os limites da área geográfica

a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos,

denominada área de influência do projeto, considerando, em

todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza; lV –

Considerar os planos e programas governamentais, propostos

e em implantação na área de influência do projeto, e sua

compatibilidade.

É importante salientar que cada empreendimento é um caso único, em uma

localização única e com todas as particularidades próprias do ramo de seguimento

ao qual ele se destina. Portanto, além das regras gerais descritas acima, essa

resolução prevê também as diretrizes adicionais que serão fixadas quando

necessárias pelo órgão ambiental competente, o IBAMA ou ainda o munícipio,

quando couber. Estas diretrizes levam em conta as características ambientais da

área e as peculiaridades do projeto.

O artigo 6° trata ainda do Estudo de Impacto Ambiental, mas, neste caso,

voltado para as atividades técnicas a serem desenvolvidas por uma equipe

multidisciplinar, que resumidamente deverão:

-Fazer um diagnóstico ambiental completo da área de

influência do projeto e analisar os recursos naturais e suas

interações, levando em conta o meio físico, o meio biológico e

os ecossistemas naturais e o meio socioeconômico; -Analisar

os impactos ambientais de todas as naturezas e suas

alternativas, considerando os impactos positivos ou negativos,

diretos ou indiretos, imediatos ou a médio e longo prazos,

temporários ou permanentes, entre outros; -Definir medidas

mitigadoras para os impactos negativos e; -Elaborar um

programa de acompanhamento e monitoramento desses

impactos, tanto negativos quanto positivos.

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33

UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

É de responsabilidade do proponente do projeto, todas as despesas e custos

referentes ao EIA/RIMA, desde a coleta de dados até o fornecimento de pelo menos

cinco cópias do relatório final. À equipe multidisciplinar habilitada, caberá a

responsabilidade técnica pelos dados encontrados e prestados.

O artigo 9° traz as diretrizes para a elaboração do Relatório de Impacto do

Meio Ambiente (RIMA), que nada mais é do que um resumo dos dados encontrados

no Estudo de Impacto Ambiental (EIA). É muito comum que ambas as siglas sejam

encontradas juntas, como se fossem uma coisa só. De fato, um não pode existir sem

o outro, mas, enquanto o EIA é escrito em linguagem técnica, o RIMA é feito para

que o público leigo possa entender o que está sendo considerado no estudo e os

benefícios e malefícios que o empreendimento poderá trazer para o local em

questão.

Parágrafo único – O RIMA deve ser apresentado de forma

objetiva e adequada a sua compreensão. As informações

devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por

mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de

comunicação visual, de modo que se possam entender as

vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as

consequências ambientais de sua implementação.

Os três últimos artigos desta resolução, dizem respeito à manifestação

conclusiva a respeito do RIMA pelos órgãos competentes pela avaliação do mesmo,

ao acesso público ao documento, uma vez respeitado o sigilo industrial e as

audiências públicas que poderão ser convocadas para ouvir as partes envolvidas na

análise do projeto.

De forma geral, a Resolução CONAMA n°001/1986 traz importantes

definições e diretrizes que auxiliam na elaboração de um dos documentos mais

importantes pedidos durante o processo de Licenciamento Ambiental, o chamado

EIA/RIMA e ainda define as atividades que necessitam do mesmo.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

4.4. RESOLUÇÃO CONAMA 237/1997

Esta resolução é a segunda das principais diretrizes, que acompanham o

licenciamento ambiental, estabelecido pela PNMA. Nela se busca atualizar e

legitimar o procedimento do licenciamento, dando as normativas necessárias, sendo

assim:

Estabelece a revisão dos procedimentos e critérios utilizados no

licenciamento ambiental, a fim de efetivar a utilização do sistema de

licenciamento como instrumento de gestão ambiental, conforme instituído

pela PNMA;

Estabelece a revisão do sistema de licenciamento em si;

Regulamenta os aspectos do licenciamento que até então não possuíam

definição;

Estabelece critérios do exercício das competências do licenciamento;

Promove a integração da atuação dos órgãos competentes do SISNAMA e da

execução da PNMA, em conformidade com as respectivas competências.

Já no primeiro artigo traz importantes definições que até então não existiam,

como: Licenciamento Ambiental, Licença Ambiental, Estudos Ambientais e Impacto

Ambiental Regional, que serão vistos a seguir com mais profundidade. É importante

lembrar, no entanto, que a licença como é dita por esta resolução, diz respeito não

só ao controle da poluição que os empreendimentos podem causar, mas, também

para prever a utilização dos recursos naturais que ele pode vir a ter.

4.4.1. Licenciamento Ambiental:

Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente

licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de

empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,

consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob

qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as

disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

4.4.2. Licença Ambiental:

Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece

as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser

obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar,

instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos

recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou

aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

4.4.3. Estudos Ambientais:

São todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais

relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma

atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da

licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle

ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de

manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de

risco.

4.4.4. Impacto Ambiental Regional:

É todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (área de

influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais

Estados.

É esta resolução também que define que o órgão ambiental responsável pelo

licenciamento é quem definirá os estudos necessários para o procedimento, bem

como a complexidade do empreendimento, aumento ou não dos prazos e o

julgamento das particularidades de cada um. Ou seja, de um empreendimento de

menor porte, serão cobrados menos estudos e talvez até a dispensa do

licenciamento, de acordo com os critérios do determinado órgão. Assim como,

empreendimentos muito poluidores e/ou de grande porte podem ter que apresentar

além do EIA/RIMA e demais documentos exigidos, outros ainda, complementares.

Os artigos 4°, 5° e 6° definem as competências citadas a seguir, atribuindo a

cada órgão participante do SISNAMA, sua determinada responsabilidade.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

O artigo 8° traz os tipos de licença que o Poder Público pode expedir, sendo

elas: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO).

Ambas foram tratadas anteriormente.

O artigo 10° é um dos mais importantes, já que estabelece as etapas do

licenciamento, além de trazer à tona um importante fato, que muitas vezes não é

levado em consideração ao se falar do pedido de licenciamento: a necessidade

Anuência da Prefeitura, além da autorização para supressão de vegetação e outorga

para o uso dos recursos hídricos, cada um emitido pelos respectivos órgãos. A

anuência é uma certidão a qual se atesta que o local onde o empreendimento

pretende ser implantado está em conformidade com o plano diretor municipal, no

que diz respeito ao uso e ocupação do solo.

4.4.5. Etapas do licenciamento:

I – Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do

empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao

início do processo de licenciamento correspondente à licença a ser requerida;

II – Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado

dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida

publicidade;

III – Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA , dos

documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias

técnicas, quando necessárias;

IV – Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental

competente, integrante do SISNAMA, uma única vez, em decorrência da análise dos

documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo

haver a reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e

complementações não tenham sido satisfatórios;

V – Audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação

pertinente;

VI – Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental

competente, decorrentes de audiências públicas, quando couber, podendo haver

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

reiteração da solicitação quando os esclarecimentos e complementações não

tenham sido satisfatórios;

VII – Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer

jurídico;

VIII – Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida

publicidade.

Fazem parte também das normativas dessa resolução, os prazos de cada

licença requerida, assim como, no anexo 1 do documento, os empreendimentos

sujeitos ao licenciamento ambiental.

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

CONCLUSÃO

Como foi colocado durante todo o texto, o Licenciamento Ambiental é um ato

administrativo, que antecede a instalação de qualquer empreendimento que cause

poluição ou degradação ao meio ambiente. Sabe-se que requerer o licenciamento é

obrigatório para funcionar legalmente, no entanto, por ser um processo complexo,

longo e custoso, muitos empreendedores acreditam que o mesmo se contrapõe à

agilidade e racionalização dos custos de produção.

Entretanto, ao contrário do que se pensa, o licenciamento vai além de um

maço de documentos que aprovam a localização, instalação e operação de uma

atividade, empreendimento ou obra. Segundo a Cartilha de Licenciamento Ambiental

– elaborada pelo IBAMA em conjunto com o TCU:

O licenciamento é condição essencial para se obter

financiamento junto a entidades e órgãos bem como conseguir

incentivos governamentais para o empreendimento. Sem as

devidas licenças, o projeto pode ficar comprometido pela falta

de recursos financeiros ou por ter incentivos fiscais, a que faria

jus, negados. (pág. 37)

Além dos recursos financeiros, existem diversas penalidades legais e

prejuízos extras em cada fase para a ausência do Licenciamento. Lembrando que

esta mesma falha ou ausência é crime e obedece a atos legais compatíveis em cada

caso.

Em primeiro lugar, é necessário que o requerimento de licenciamento seja

pedido ao órgão ambiental correto. As licenças não podem ser emitidas por órgão

que não o de competência originária, pelo menos, não sem autorização do mesmo.

Em casos assim, poderá decorrer a paralisação do processo ou realização de novo

licenciamento.

Em segundo lugar, aconselha-se que o projeto básico e o projeto executivo do

empreendimento seja realizado somente após a expedição da Licença Prévia. É

sabido que durante a LP são pedidos a maior parte dos estudos ambientais que

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

levantam as alternativas e impactos do empreendimento, o que pode levar a

mudanças na localização e concepção do projeto. Ou seja, elaborar os referidos

projetos antes da LP, é um risco de gastos desnecessários, já que os mesmos

deverão ser refeitos para se adaptar ao que foi aprovado, se for o caso.

Em terceiro e último lugar, iniciar as obras antes de concedida a Licença de

Instalação, poderá acarretar a paralisação da construção. Isto significa a interrupção

dos trabalhos, atraso de cronograma e, conseqüente aumento do custo da obra,

além de possíveis readequações do projeto às condicionantes propostas. Este tipo

de ato, atrasaria também o início do operação do empreendimento.

Além, disso, existe uma série de penalidades legais, como foi citado

anteriormente, em razão do não cumprimento das etapas do licenciamento.

Segundo a Cartilha de Licenciamento Ambiental, as seguintes penas são aplicadas

de acordo com as irregularidades no processo de obtenção das devidas licenças:

-pena de detenção de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas

cumulativamente aos empreendedores, na hipótese de construir, reformar, ampliar,

instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional,

estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou

autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e

regulamentares pertinentes;

-pena de detenção de um a três anos e multa, quando aquele que tiver o

dever legal ou contratual de fazê-lo deixar de cumprir obrigação de relevante

interesse ambiental;

-pena de reclusão de três a seis anos e multa para aquele que elaborar ou

apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro procedimento

administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou

enganoso, inclusive por omissão. Se o crime é culposo, pena de detenção, de um a

três anos. A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se há dano

significativo ao meio ambiente, em decorrência do uso da informação falsa,

incompleta ou enganosa;

-sanções administrativas: suspensão de venda e fabricação do produto;

embargo de obra ou atividade; demolição de obra e suspensão parcial ou total das

atividades;

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UM EVENTO DO GRUPO GRALTEC

-suspensão ou cancelamento da licença ambiental pelo órgão ambiental, nas

hipóteses de: violação ou inadequação das condicionantes ou normas, no caso de

omissão ou falsa descrição de informações relevantes ao processo ou para

imprevistos com graves riscos ambientais e de saúde;

-denúncia do empreendimento pelo Ministério Público, nos casos de

verificação de ilegalidade no procedimento de licenciamento ou na implementação

de condicionantes.

Em outras palavras, o custo e o tempo despendidos pelo processo de

licenciamento ambiental não justifica o empreendedor estar em desacordo com a

política ambiental vigente. A Lei de Crimes Ambientais (Lei Nº 9605, de 12 de

Fevereiro de 1998) é bem rígida no que se refere ao poluidor, sendo que o mesmo,

independente de ausência de culpa, deverá indenizar ou reparar os danos causados

tanto ao meio ambiente quanto a terceiros. À autoridade competente (o diretor, o

administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente etc)

cabem as mesmas sanções, no caso de deixar de impedir alguma prática criminosa

contra o meio ambiente e os recursos hídricos.

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BIBLIOGRAFIA

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução n° 001 de 23 de janeiro de 1986. Publicada no DOU, de 17 de fevereiro de 1986, Seção 1, p. 2548-2549. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=23. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução n° 237 de 19 de dezembro de 1997. Publicado no DOU n°247 de 22 de dezembro de 1997, Seção 1, p. 30841-30843. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=237 INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ - IAP. Licenciamento Ambiental / Documentação / Tipos de Licença. Disponível em: http://www.iap.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=368. INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS RENOVÁVEIS - IBAMA, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA. Órgãos Estaduais do Meio Ambiente. Disponível em: http://www.ibama.gov.br/prevfogo/orgaos-estaduais-de-meio-ambiente. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei de Crimes Ambientais. Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Política Nacional do Meio Ambiente. Lei nº 6.938, de 31 de Agosto de 1981. Disponível em : http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO - TCU, INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS RENOVÁVEIS - IBAMA. Cartilha do Licenciamento Ambiental. Brasília: TCU, Secretaria de Fiscalização de Obras e Patrimônio da União, 2004. 57 p.