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CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

CLTCLTCLTCLTCLTCLTCLT

CLT_20ed_Renato_Saraiva.indb 1 09/06/2017 11:03:02

O GEN | Grupo Editorial Nacional – maior plataforma editorial brasileira no segmento científico, técnico e profissional – publica conteúdos nas áreas de concursos, ciências jurí­dicas, humanas, exatas, da saúde e sociais aplicadas, além de prover serviços direcionados à educação continuada.

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Nosso comportamento ético incondicional e nossa responsabilidade social e ambiental são reforçados pela natureza educacional de nossa atividade e dão sustentabilidade ao crescimento contínuo e à rentabilidade do grupo.

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Organizadores

RENATO SARAIVA ARYANNA LINHARES

RAFAEL TONASSI SOUTO

CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

20.a edição

revista e atualizada

CLTCLTCLTCLTCLTCLTCLTCLTCLTCLT

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VII

SUMÁRIOCLT

SUMÁRIO

CF – CONSTITUIÇÃO FEDERAL

– Índice Sistemático da CF ........................................................................................................................................................ 3

– Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 .......................................................................................... 7

– Ato das Disposições Constitucionais Transitórias ...................................................................................................... 66

– Emendas Constitucionais ....................................................................................................................................................... 85

– Índice Alfabético-Remissivo da CF ....................................................................................................................................... 97

CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO– Índice Sistemático da CLT ...................................................................................................................................................... 115

– Consolidação das Leis do Trabalho .................................................................................................................................... 121

CPC – CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015– Índice Sistemático do CPC de 2015 .................................................................................................................................... 315

– Código de Processo Civil de 2015 ....................................................................................................................................... 325

– Índice Alfabético-Remissivo do CPC (Lei 13.105/2015) ............................................................................................... 427

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR

– Índice Cronológico da Legislação Complementar ....................................................................................................... 453

– Legislação Complementar ...................................................................................................................................................... 467

– Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho – TST ................................................................................... 1057

SÚMULAS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES EM MATÉRIA TRABALHISTA

– Índice das Súmulas dos Tribunais Superiores em Matéria Trabalhista ................................................................ 1085

– Súmulas Vinculantes do STF ................................................................................................................................................... 1087

– Súmulas do STF em Matéria Trabalhista ........................................................................................................................... 1089

– Súmulas do STJ em Matéria Trabalhista ............................................................................................................................ 1092

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VIII

SUMÁRIO Saraiva, Linhares e Tonassi

– Súmulas da Jurisprudência Uniforme do TST.................................................................................................................. 1095

– Orientações Jurisprudenciais do TST

– Tribunal Pleno .......................................................................................................................................................................... 1133

– SBDI-1 .......................................................................................................................................................................................... 1134

– SBDI-1 – Transitória .............................................................................................................................................................. 1163

– SBDI-2 .......................................................................................................................................................................................... 1169

– SDC ............................................................................................................................................................................................... 1183– Precedentes Normativos da SDC .......................................................................................................................................... 1186

– Índice Alfabético-Remissivo Geral – CLT • CF • CPC/2015 • Súmulas • OJs • PNs • Legislação ................................. 1193

– Índice Cronológico da Legislação Complementar – Consulta Rápida .................................................................. 1275

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CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

DECRETO-LEI 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943

Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atri-buição que lhe confere o art. 180 da Constituição,DECRETA:

Art. 1º Fica aprovada a Consolidação das Leis do Trabalho, que a este Decreto-lei acompanha, com as alterações por ela introduzidas na legislação vigente.Parágrafo único. Continuam em vigor as disposições le-gais transitórias ou de emergência, bem como as que não tenham aplicação em todo o território nacional.

Art. 2º O presente Decreto-lei entrará em vigor em 10 de novembro de 1943.Rio de Janeiro, 1 de maio de 1943, 122º da Indepen-dência e 55º da República.

GETÚLIO VARGAS.

TÍTULO IINTRODUÇÃO

Art. 1º Esta Consolidação estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho, nela pre-vistas.

Art. 2º Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade eco-nômica, admite, assalaria e dirige a prestação pes-soal de serviço.

• Arts. 10 e 448 da CLT:Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empre-sa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurí-dica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.

• Arts. 3º e 4º da Lei 5.889/1973:Art. 3º Considera-se empregador, rural, para os efeitos des-ta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter permanen-te ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados.§ 1º Inclui-se na atividade econômica referida no caput des-te artigo, além da exploração industrial em estabelecimento agrário não compreendido na Consolidação das Leis do Tra-balho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943, a exploração do turismo rural ancilar à exploração agroeconômica. (Redação dada pela Lei nº 13.171, de 2015).§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob di-reção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem gru-po econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solida-riamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego.Art. 4º Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem.

• Art. 3º, II, do Decreto 71.885/1973:Art. 3º Para os fins constantes da Lei 5.859, de 11 de de-zembro de 1972, considera-se: (...)II – empregador doméstico a pessoa ou família que ad-mita a seu serviço empregado doméstico.

§ 1º Equiparam-se ao empregador, para os efei-tos exclusivos da relação de emprego, os profis-

CLT

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INTRODUÇÃO Saraiva, Linhares e Tonassi Art. 3º

sionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

• Art. 4º da Lei 5.889/1973: Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute ser-viços de natureza agrária, mediante utilização do traba-lho de outrem.

§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, em-bora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo Industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente res-ponsáveis a empresa principal e cada uma das su-bordinadas.

• Art. 3º, § 2º, da Lei 5.889/1973: Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personali-dade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardan-do cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego.

• Súmulas 93, 129 e 239 do TST:Súmula 93. BANCÁRIO. Integra a remuneração do ban-cário a vantagem pecuniária por ele auferida na colo-cação ou na venda de papéis ou valores mobiliários de empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico, se exercida essa atividade no horário e no local de traba-lho e com o consentimento, tácito ou expresso, do ban-co empregador.Súmula 129. CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECO-NÔMICO. A prestação de serviços a mais de uma em-presa do mesmo grupo econômico, durante a mes-ma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistên-cia de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.Súmula 239. BANCÁRIO. EMPREGADO DE EMPRESA DE PROCESSAMENTO DE DADOS. É bancário o empregado de empresa de processamento de dados que presta serviço a banco integrante do mesmo grupo econômico, exce-to quando a empresa de processamento de dados presta serviços a banco e a empresas não bancárias do mesmo grupo econômico ou a terceiros.

• Art. 3º, II, da Portaria MTE 1.964/1999:

Art. 3º Feito o levantamento físico e tendo o Auditor--Fiscal do Trabalho identificado trabalhadores contratados por “Consórcio de Empregadores Rurais”, deverá solicitar os seguintes documentos, que deverão estar centraliza-dos no local de administração do Consórcio:II – pacto de solidariedade, consoante previsto no art. 896 do Código Civil, devidamente registrado em cartório;

Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que pres-tar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

• Arts. 2º, 6º e 442, parágrafo único, da CLT:Art. 2º Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

§ 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclu-sivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem tra-balhadores como empregados.§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, cons-tituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.Art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no do-micílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e dire-tos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.Art. 442. Contrato individual de trabalho é o acordo tá-cito ou expresso, correspondente à relação de emprego.

• Art. 100 da Lei 9.504/1997: A contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas eleitorais não gera vínculo empregatício com o candidato ou partido contratantes, aplicando-se à pessoa física contratada o dis-posto na  alínea h do inciso V do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. 

• Art. 1º da Lei 6.932/1981 e art. 1º do Decreto 80.281/1977:Art. 1º da Lei 6.932/1981. A Residência Médica consti-tui modalidade de ensino de pós-graduação, destinada a médicos, sob a forma de cursos de especialização, carac-terizada por treinamento em serviço, funcionando sob a responsabilidade de instituições de saúde, universitárias ou não, sob a orientação de profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional.Art. 1º do Decreto 80.281/1977. A Residência em Me-dicina constitui modalidade do ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob a forma de curso de especia-lização, caracterizada por treinamento em serviço, em regime de dedicação exclusiva, funcionando em Insti-tuições de saúde, universitárias ou não, sob a orienta-ção de profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional.

• Art. 2º da Lei 5.889/1973. Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário.

• Súmulas 386 e 430 do TST:Súmula 386. POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA. Preen-chidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reco-nhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual ca-bimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. Súmula 430. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. CON-TRATAÇÃO. AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO. NULIDA-DE. ULTERIOR PRIVATIZAÇÃO. CONVALIDAÇÃO. INSUBSIS-TÊNCIA DO VÍCIO. Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de con-curso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização.

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INTRODUÇÃO

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CLT Art. 5º

CLT

• OJs 199 e 366 da SDI-1 do TST:OJ 199. JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULI-DADE. OBJETO ILÍCITO. É nulo o contrato de trabalho cele-brado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que sub-trai o requisito de validade para a formação do ato jurídico.OJ 366. ESTAGIÁRIO. DESVIRTUAMENTO DO CONTRATO DE ESTÁGIO. RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA ou INDIRETA. PERÍODO POSTERIOR À CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. IMPOSSIBILIDADE. Ainda que desvirtuada a finalidade do contrato de estágio celebrado na vigência da Constituição Federal de 1988, é inviável o reconhecimento do vínculo empregatício com ente da Administração Pública direta ou indireta, por força do art. 37, II, da CF/1988, bem como o deferimento de indenização pecuniária, exceto em relação às parcelas previstas na Súmula 363 do TST, se requeridas.

Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à es-pécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.

• Art. 7º, XXXII, da CF: São direitos dos trabalhadores ur-banos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXXII – proibição de distinção en-tre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os pro-fissionais respectivos.

• Súmula 6, VII, do TST: Desde que atendidos os requisi-tos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfei-ção técnica, cuja aferição terá critérios objetivos.

Art. 4º Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

• Arts. 58, §§ 1º e 2º, e 294 da CLT:Art. 58. A duração normal do trabalho, para os empre-gados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressa-mente outro limite.§ 1º Não serão descontadas nem computadas como jor-nada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o li-mite máximo de dez minutos diários. § 2º O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador for-necer a condução.Art. 294. O tempo despendido pelo empregado da boca da mina ao local do trabalho e vice-versa será computa-do para o efeito de pagamento do salário.

• Súmulas 90, 96, 118, 366, 428 e 429 do TST:Súmula 90. HORAS IN ITINERE. TEMPO DE SERVIÇO.I – O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de di-fícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho. II – A incompatibilidade entre os horários de início e tér-mino da jornada do empregado e os do transporte pú-blico regular é circunstância que também gera o direito às horas in itinere. III – A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas in itinere.

IV – Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas in itinere remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público. V – Considerando que as horas in itinere são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. Súmula 96. MARÍTIMO. A permanência do tripulante a bor-do do navio, no período de repouso, além da jornada, não importa presunção de que esteja à disposição do emprega-dor ou em regime de prorrogação de horário, circunstâncias que devem resultar provadas, dada a natureza do serviço.Súmula 118. JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS. Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à dis-posição da empresa, remunerados como serviço extraor-dinário, se acrescidos ao final da jornada.Súmula 366. CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EX-TRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNA-DA DE TRABALHO. Não serão descontadas nem computa-das como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não im-portando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, hi-giene pessoal, etc).Súmula 428. SOBREAVISO. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º, DA CLTI – O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não ca-racteriza o regime de sobreaviso. II – Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instru-mentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qual-quer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso.Súmula 429. TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. ART. 4º DA CLT. PERÍODO DE DESLOCAMENTO ENTRE A PORTARIA E O LOCAL DE TRABALHO. Considera-se à dis-posição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de 10 (dez) minutos diários.

Parágrafo único. Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e es-tabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho.• Parágrafo único incluído pela Lei 4.072, de 16.06. 1962.

Art. 5º A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem distinção de sexo.

• Arts. 5º, I e 7º, XXX da CF:Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos es-trangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição

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INTRODUÇÃO Saraiva, Linhares e Tonassi Art. 6º

social: (...) XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por moti-vo de sexo, idade, cor ou estado civil.

• Arts. 373-A, III, e 461 da CLT:Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabeleci-das nos acordos trabalhistas, é vedado: (...) III – considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação profis-sional e oportunidades de ascensão profissional;Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma locali-dade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade.§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos.§ 2º Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quan-do o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antiguidade e merecimento.§ 3º No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por antigui-dade, dentro de cada categoria profissional.§ 4º O trabalhador readaptado em nova função por mo-tivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradig-ma para fins de equiparação salarial.

• Súmula 202 do STF: Na equiparação de salário, em caso de trabalho igual, toma-se em conta o tempo de serviço na função, e não no emprego.

• Súmula 6 do TST: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT.I – Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quan-do homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entida-des de direito público da administração direta, autárqui-ca e fundacional aprovado por ato administrativo da au-toridade competente.II – Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço na função e não no emprego.III – A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função, desempenhando asmesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação.IV – É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o pedido se rela-cione com situação pretérita.V – A cessão de empregados não exclui a equiparação sa-larial, embora exercida a função em órgão governamental estranho à cedente, se esta responde pelos salários do pa-radigma e do reclamante.VI – Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irre-levante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto: a) se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte Superior; b) na hipótese de equiparação salarial em cadeia, suscitada em defesa, se o empregador produzir prova do alegado fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito à equi-paração salarial em relação ao paradigma remoto, conside-rada irrelevante, para esse efeito, a existência de diferença de tempo de serviço na função superior a dois anos entre o reclamante e os empregados paradigmas componentes da cadeia equiparatória, à exceção do paradigma imediato.

VII – Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja afe-rição terá critérios objetivos. VIII – É do empregador o ônus da prova do fato impe-ditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial.IX – Na ação de equiparação salarial, a prescrição é parcial e só alcança as diferenças salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que precedeu o ajuizamento.X – O conceito de “mesma localidade” de que trata o art. 461 da CLT refere-se, em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovadamente, perten-çam à mesma região metropolitana.

• OJ 297 da SDI-1 do TST: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. SER-VIDOR PÚBLICO DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA E FUNDACIONAL. ART. 37, XIII, DA CF/1988. O art. 37, inciso XIII, da CF/1988, veda a equiparação de qualquer natureza para o efeito de remuneração do pessoal do serviço pú-blico, sendo juridicamente impossível a aplicação da nor-ma infraconstitucional prevista no art. 461 da CLT quando se pleiteia equiparação salarial entre servidores públicos, independentemente de terem sido contratados pela CLT.

Art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabe-lecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatiza-dos de comando, controle e supervisão se equipa-ram, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervi-são do trabalho alheio.• Art. 6º com a redação dada pela Lei 12.551, de 15.12.2011.

• Art. 83 da CLT: É devido o salário mínimo ao trabalha-dor em domicílio, considerado este como o executado na habitação do empregado ou em oficina de família, por conta de empregador que o remunere.

Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação sal-vo quando for em cada caso, expressamente deter-minado em contrário, não se aplicam:• Caput com a redação dada pelo Decreto-lei 8.079, 11.10.1945.a) aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam serviços de na-tureza não econômica à pessoa ou à família, no âm-bito residencial destas;• Vide Decreto 71.885/1973: Regulamenta o Trabalho Doméstico.

• Vide Decreto 3.361/2000: Faculta o acesso do doméstico ao FGTS e ao Programa de Seguro-Desemprego.

b) aos trabalhadores rurais, assim considerados aque-les que, exercendo funções diretamente ligadas à agri-cultura e à pecuária, não sejam empregados em ativi-dades que, pelos métodos de execução dos respecti-vos trabalhos ou pela finalidade de suas operações, se classifiquem como Industriais ou comerciais;• Vide Lei 5.889/1973 e Decreto 73.626/1974: Regulamentam o

Trabalho Rural.

• Art. 7º, caput, e XXIX, da CF: São direitos dos trabalha-dores urbanos e rurais, além de outros que visem à me-lhoria de sua condição social: (...) XXIX – ação, quanto aos

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INTRODUÇÃO

125

CLT Art. 9º

CLT

créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urba-nos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.

• Art. 505 da CLT.

• Art. 4º do Regulamento da Lei 5.889/1973 (Decreto 73.626/1974): Art. 4º Nas relações de trabalho rural aplicam-se os ar-tigos 4º a 6º; 8º a 10; 13 a 19; 21; 25 a 29; 31 a 34; 36 a 44; 48 a 50; 62, alínea b; 67 a 70; 74; 76; 78 e 79; 83; 84; 86; 116 a 118; 124; 126; 129 a 133; 134 alíneas a, c, d, e, e f; 135 a 142; parágrafo único do artigo 143; 144; 147; 359; 366; 372; 377; 379; 387 a 396; 399; 402; 403; 405 caput e § 5º; 407 a 410; 414 a 427; 437; 439; 441 a 457; 458 caput e § 2º; 459 a 479; 480 caput e § 1º; 481 a 487; 489 a 504; 511 a 535; 537 a 552; 553 ca-put e alíneas b, c, d, e e, e §§ 1º e 2º; 554 a 562; 564 a 566; 570 caput; 601 a 603; 605 a 629; 630 caput e §§ 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 7º e 8º; 631 a 685; 687 a 690; 693; 694; 696; 697; 699 a 702; 707 a 721; 722 caput, alíneas b e c e §§ 1º, 2º e 3º; 723 a 725; 727 a 733; 735 a 754; 763 a 914; da Consolidação das Leis do Trabalho, aprova-da pelo Decreto-lei 5.452, de 1º de maio de 1943; com suas alterações.Parágrafo único. Aplicam-se, igualmente, nas relações de trabalho rural:I – os artigos 1º, 2º caput e alínea a; 4º; 5º (este com as li-mitações do Decreto-lei 86, de 27 de dezembro de 1966); 6º; 7º; 8º; 9º; 10; 11; 12; 13; 14; 15; 16 do Regulamento da Lei nº 605, de 5 de janeiro de 1949, aprovado pelo Decre-to 27.048, de 12 de agosto de 1949;II – os artigos 1º, 2º; 3º; 4º; 5º; 6º; 7º; do Regulamen-to da Lei número 4.090, de 13 de junho de 1962, com as alterações da Lei 4.749, de 12 de agosto de 1965, aprovado pelo Decreto número 57.155, de 3 de no-vembro de 1965;III – os artigos 1º; 2º; 3º; 6º; 11; 12; da Lei 4.725, de 13 de junho de 1965, com as alterações da Lei número 4.903, de 16 de dezembro de 1965;IV – os artigos 1º; 2º; 3º; 5º; 7º; 8º; 9º; 10, do Decreto-lei 15, de 29 de julho de 1966, com a redação do Decreto--lei 17, de 22 de agosto de 1966.

• Súmula 196 do STF. Ainda que exerça atividade rural, o empregado de empresa industrial ou comercial é classifi-cado de acordo com a categoria do empregador.

• OJ 417 da SDI-1 do TST:OJ 417. PRESCRIÇÃO. RURÍCOLA. EMENDA CONSTITUCIO-NAL 28, DE 26.05.2000. CONTRATO DE TRABALHO EM CUR-SO. Não há prescrição total ou parcial da pretensão do trabalhador rural que reclama direitos relativos a contrato de trabalho que se encontrava em curso à época da pro-mulgação da Emenda Constitucional 28, de 26.05.2000, desde que ajuizada a demanda no prazo de cinco anos de sua publicação, observada a prescrição bienal.

c) aos funcionários públicos da União, dos Estados e dos Municípios e aos respectivos extranumerários em serviço nas próprias repartições;• Lei 8.112/1990: Estatuto dos Servidores Públicos da União.

d) aos servidores de autarquias paraestatais, desde que sujeitos a regime próprio de proteção ao traba-lho que lhes assegure situação análoga à dos fun-cionários públicos.• Alíneas c e d com a redação dada pelo Decreto-lei 8.079,

11.10.1945.

Parágrafo único. Revogado pelo Decreto-lei 8.249, de 1945.

Art. 8º As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidi-rão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analo-gia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum in-teresse de classe ou particular prevaleça sobre o in-teresse público.

• Art. 140 do CPC/2015:Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico.Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos ca-sos previstos em lei.

• Súmulas 229 e 346 do TST:Súmula 229. SOBREAVISO. ELETRICITÁRIOS. Por aplicação analógica do art. 244, § 2º, da CLT, as horas de sobreaviso dos eletricitários são remuneradas à base de 1/3 sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial.Súmula 346. DIGITADOR. INTERVALOS INTRAJORNADA. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 72 DA CLT. Os digita-dores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equi-param-se aos trabalhadores nos serviços de mecanogra-fia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho consecutivo.

• OJ 130 da SDI-2 do TST: AÇÃO CIVIL PÚBLICA. COMPE-TÊNCIA. LOCAL DO DANO. LEI 7.347/1985, ART. 2º. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, ART. 93. I – A competência para a Ação Civil Pública fixa-se pela extensão do dano.II – Em caso de dano de abrangência regional, que atin-ja cidades sujeitas à jurisdição de mais de uma Vara do Trabalho, a competência será de qualquer das varas das localidades atingidas, ainda que vinculadas a Tribunais Re-gionais do Trabalho distintos. III – Em caso de dano de abrangência suprarregional ou nacional, há competência concorrente para a Ação Civil Pública das varas do trabalho das sedes dos Tribunais Re-gionais do Trabalho. IV – Estará prevento o juízo a que a primeira ação hou-ver sido distribuída.

Parágrafo único. O direito comum será fonte subsi-diária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste.

• Art. 769 da CLT: Nos casos omissos, o direito proces-sual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.

Art. 9º Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplica-ção dos preceitos contidos na presente Consolidação.

• Súmulas 77, 91, 152, 199 e 363 do TST: Súmula 77. PUNIÇÃO. Nula é a punição de empregado se não precedida de inquérito ou sindicância internos a que se obrigou a empresa por norma regulamentar.Súmula 91. SALÁRIO COMPLESSIVO. Nula é a cláusula con-tratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou con-tratuais do trabalhador.

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CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015

LEI 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015

Código de Processo Civil.

DOU 17.03.2015

A Presidenta da República:

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sancio-no a seguinte Lei:

PARTE GERAL

LIVRO IDAS NORMAS

PROCESSUAIS CIVIS

TÍTULO ÚNICODAS NORMAS FUNDAMENTAIS

E DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS

Capítulo IDAS NORMAS FUNDAMENTAIS

DO PROCESSO CIVIL

Art. 1º O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código.

Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções pre-vistas em lei.

Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.§ 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.§ 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.

Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.

Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do pro-cesso deve comportar-se de acordo com a boa-fé.

Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efe-tivo contraditório.

Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz aten-derá aos fins sociais e às exigências do bem comum, res-guardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a lega-lidade, a publicidade e a eficiência.

Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:I – à tutela provisória de urgência;II – às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;III – à decisão prevista no art. 701.

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TÍTULO I – DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃOArt. 10 Saraiva, Linhares e Tonassi

Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de ju-risdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Ju-diciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advo-gados, de defensores públicos ou do Ministério Público.

Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferen-cialmente, à ordem cronológica de conclusão para profe-rir sentença ou acórdão. (Redação de acordo com a Lei nº 13.256, de 2016).§ 1º A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores.§ 2º Estão excluídos da regra do caput:I – as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido;II – o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos;III – o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas repetitivas;IV – as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932;V – o julgamento de embargos de declaração;VI – o julgamento de agravo interno;VII – as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça;VIII – os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal;IX – a causa que exija urgência no julgamento, assim reco-nhecida por decisão fundamentada.§ 3º Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a or-dem cronológica das conclusões entre as preferências legais.§ 4º Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1º, o requerimento formulado pela parte não altera a or-dem cronológica para a decisão, exceto quando implicar a reabertura da instrução ou a conversão do julgamento em diligência.§ 5º Decidido o requerimento previsto no § 4º, o processo retornará à mesma posição em que anteriormente se en-contrava na lista.§ 6º Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1º ou, conforme o caso, no § 3º, o processo que:I – tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de realização de diligência ou de com-plementação da instrução;II – se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II.

Capítulo IIDA APLICAÇÃO DAS NORMAS

PROCESSUAIS

Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas pro-cessuais brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacio-nais de que o Brasil seja parte.

Art. 14. A norma processual não retroagirá e será apli-cável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas con-solidadas sob a vigência da norma revogada.

Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições des-te Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente

LIVRO IIDA FUNÇÃO JURISDICIONAL

TÍTULO IDA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO

Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as dispo-sições deste Código.

Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter inte-resse e legitimidade.

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamen-to jurídico.

Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substi-tuído poderá intervir como assistente litisconsorcial.

Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à decla-ração:

I – da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;

II – da autenticidade ou da falsidade de documento.

Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.

TÍTULO IIDOS LIMITES DA JURISDIÇÃO

NACIONAL E DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

Capítulo IDOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL

Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira pro-cessar e julgar as ações em que:

I – o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;

II – no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;

III – o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.

Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, consi-dera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.

Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasi-leira processar e julgar as ações:

I – de alimentos, quando:

a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;

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TÍTULO II – DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL E DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

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CLT Art. 35

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b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;II – decorrentes de relações de consumo, quando o consu-midor tiver domicílio ou residência no Brasil;III – em que as partes, expressa ou tacitamente, se subme-terem à jurisdição nacional.

Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;II – em matéria de sucessão hereditária, proceder à confir-mação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;III – em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ain-da que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.

Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tra-tados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.

Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contra-to internacional, arguida pelo réu na contestação.§ 1º Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de com-petência internacional exclusiva previstas neste Capítulo.§ 2º Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1º a 4º.

Capítulo IIDA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

Seção IDisposições Gerais

Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará:I – o respeito às garantias do devido processo legal no Es-tado requerente;II – a igualdade de tratamento entre nacionais e estran-geiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assis-tência judiciária aos necessitados;III – a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado requerente;IV – a existência de autoridade central para recepção e trans-missão dos pedidos de cooperação;V – a espontaneidade na transmissão de informações a au-toridades estrangeiras.§ 1º Na ausência de tratado, a cooperação jurídica interna-cional poderá realizar-se com base em reciprocidade, ma-nifestada por via diplomática.§ 2º Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1º para homologação de sentença estrangeira.

§ 3º Na cooperação jurídica internacional não será admiti-da a prática de atos que contrariem ou que produzam re-sultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro.§ 4º O Ministério da Justiça exercerá as funções de autori-dade central na ausência de designação específica.

Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por objeto:I – citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial;II – colheita de provas e obtenção de informações;III – homologação e cumprimento de decisão;IV – concessão de medida judicial de urgência;V – assistência jurídica internacional;VI – qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.

Seção IIDo Auxílio Direto

Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não de-correr diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil.

Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminha-da pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido.

Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos:I – obtenção e prestação de informações sobre o ordena-mento jurídico e sobre processos administrativos ou juris-dicionais findos ou em curso;II – colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclu-siva de autoridade judiciária brasileira;III – qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proi-bida pela lei brasileira.

Art. 31. A autoridade central brasileira comunicar-se--á diretamente com suas congêneres e, se necessário, com outros órgãos estrangeiros responsáveis pela tramitação e pela execução de pedidos de cooperação enviados e rece-bidos pelo Estado brasileiro, respeitadas disposições espe-cíficas constantes de tratado.

Art. 32. No caso de auxílio direto para a prática de atos que, segundo a lei brasileira, não necessitem de prestação jurisdicional, a autoridade central adotará as providências necessárias para seu cumprimento.

Art. 33. Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a medida solicitada.Parágrafo único. O Ministério Público requererá em juízo a medida solicitada quando for autoridade central.

Art. 34. Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional.

Seção IIIDa Carta Rogatória

Art. 35. Vetado.

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TÍTULO III – DA COMPETÊNCIA INTERNAArt. 36 Saraiva, Linhares e Tonassi

Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Su-perior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal.

§ 1º A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendi-mento dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil.

§ 2º Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade ju-diciária brasileira.

Seção IVDisposições Comuns às Seções Anteriores

Art. 37. O pedido de cooperação jurídica internacional oriundo de autoridade brasileira competente será encami-nhado à autoridade central para posterior envio ao Estado requerido para lhe dar andamento.

Art. 38. O pedido de cooperação oriundo de autoridade brasileira competente e os documentos anexos que o ins-truem serão encaminhados à autoridade central, acompa-nhados de tradução para a língua oficial do Estado requerido.

Art. 39. O pedido passivo de cooperação jurídica in-ternacional será recusado se configurar manifesta ofensa à ordem pública.

Art. 40. A cooperação jurídica internacional para exe-cução de decisão estrangeira dar-se-á por meio de carta rogatória ou de ação de homologação de sentença estran-geira, de acordo com o art. 960.

Art. 41. Considera-se autêntico o documento que ins-truir pedido de cooperação jurídica internacional, inclusive tradução para a língua portuguesa, quando encaminhado ao Estado brasileiro por meio de autoridade central ou por via diplomática, dispensando-se ajuramentação, autentica-ção ou qualquer procedimento de legalização.

Parágrafo único. O disposto no caput não impede, quando necessária, a aplicação pelo Estado brasileiro do princípio da reciprocidade de tratamento.

TÍTULO IIIDA COMPETÊNCIA INTERNA

Capítulo IDA COMPETÊNCIA

Seção IDisposições Gerais

Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decidi-das pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.

Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irre-levantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.

Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Cons-tituição Federal, a competência é determinada pelas nor-mas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados.

Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autár-quicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interve-niente, exceto as ações:I – de recuperação judicial, falência, insolvência civil e aci-dente de trabalho;II – sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.§ 1º Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi proposta a ação.§ 2º Na hipótese do § 1º, o juiz, ao não admitir a cumula-ção de pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas.§ 3º O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo.

Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em di-reito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.§ 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.§ 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor.§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Bra-sil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.§ 4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domi-cílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à es-colha do autor.§ 5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.

Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.

Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arre-cadação, o cumprimento de disposições de última vonta-de, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domi-cílio certo, é competente:I – o foro de situação dos bens imóveis;II – havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;III – não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.

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TÍTULO III – DA COMPETÊNCIA INTERNA

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CLT Art. 64

CPC

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Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias.

Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será propos-ta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.

Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União.

Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrên-cia do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal.

Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal.

Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o de-mandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respec-tivo ente federado.

Art. 53. É competente o foro:

I – para a ação de divórcio, separação, anulação de casa-mento e reconhecimento ou dissolução de união estável:

a) de domicílio do guardião de filho incapaz;

b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;

c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;

II – de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;

III – do lugar:

a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;

b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;

c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica;

d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;

e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre di-reito previsto no respectivo estatuto;

f ) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;

IV – do lugar do ato ou fato para a ação:

a) de reparação de dano;

b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;

V – de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou aci-dente de veículos, inclusive aeronaves.

Seção IIDa Modificação da Competência

Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção.

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.

§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sen-tenciado.

§ 2º Aplica-se o disposto no caput:

I – à execução de título extrajudicial e à ação de conheci-mento relativa ao mesmo ato jurídico;

II – às execuções fundadas no mesmo título executivo.

§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitan-tes ou contraditórias caso decididos separadamente, mes-mo sem conexão entre eles.

Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à cau-sa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.

Art. 57. Quando houver continência e a ação conti-nente tiver sido proposta anteriormente, no processo re-lativo à ação contida será proferida sentença sem resolu-ção de mérito, caso contrário, as ações serão necessaria-mente reunidas.

Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simulta-neamente.

Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judiciária, a compe-tência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel.

Art. 61. A ação acessória será proposta no juízo com-petente para a ação principal.

Art. 62. A competência determinada em razão da ma-téria, da pessoa ou da função é inderrogável por conven-ção das partes.

Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será pro-posta ação oriunda de direitos e obrigações.

§ 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.

§ 2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.

§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abu-siva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que de-terminará a remessa dos autos ao juízo do foro de domi-cílio do réu.

§ 4º Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão.

Seção IIIDa Incompetência

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será ale-gada como questão preliminar de contestação.

§ 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qual-quer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.

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TÍTULO I – DAS PARTES E DOS PROCURADORESArt. 65 Saraiva, Linhares e Tonassi

§ 2º Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.

§ 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.

§ 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar--se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompe-tente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.

Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.

Art. 66. Há conflito de competência quando:

I – 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;

II – 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência;

III – entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.

Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência de-clinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a ou-tro juízo.

Capítulo IIDA COOPERAÇÃO NACIONAL

Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum, em todas as instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores, in-cumbe o dever de recíproca cooperação, por meio de seus magistrados e servidores.

Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de qualquer ato processual.

Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde de forma específica e pode ser executado como:

I – auxílio direto;

II – reunião ou apensamento de processos;

III – prestação de informações;

IV – atos concertados entre os juízes cooperantes.

§ 1º As cartas de ordem, precatória e arbitral seguirão o regime previsto neste Código.

§ 2º Os atos concertados entre os juízes cooperantes pode-rão consistir, além de outros, no estabelecimento de pro-cedimento para:

I – a prática de citação, intimação ou notificação de ato;

II – a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimentos;

III – a efetivação de tutela provisória;

IV – a efetivação de medidas e providências para recupe-ração e preservação de empresas;

V – a facilitação de habilitação de créditos na falência e na recuperação judicial;

VI – a centralização de processos repetitivos;

VII – a execução de decisão jurisdicional.

§ 3º O pedido de cooperação judiciária pode ser realizado entre órgãos jurisdicionais de diferentes ramos do Poder Judiciário.

LIVRO IIIDOS SUJEITOS DO PROCESSO

TÍTULO IDAS PARTES E DOS PROCURADORES

Capítulo IDA CAPACIDADE PROCESSUAL

Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.

Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei.

Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:I – incapaz, se não tiver representante legal ou se os inte-resses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade;II – réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela De-fensoria Pública, nos termos da lei.

Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imo-biliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.§ 1º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação:I – que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando ca-sados sob o regime de separação absoluta de bens;II – resultante de fato que diga respeito a ambos os cônju-ges ou de ato praticado por eles;III – fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família;IV – que tenha por objeto o reconhecimento, a constitui-ção ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de am-bos os cônjuges.§ 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado.§ 3º Aplica-se o disposto neste artigo à união estável com-provada nos autos.

Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser su-prido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo.Parágrafo único. A falta de consentimento, quando neces-sário e não suprido pelo juiz, invalida o processo.

Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passi-vamente:I – a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado;II – o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores;III – o Município, por seu prefeito ou procurador;IV – a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar;

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CLT

1201

CLT • CF • CPC/2015 • SÚMULAS • OJs • PNs • LEGISLAÇÃO

ÍND

ICE

ALF

AB

ÉTIC

O-R

EMIS

SIV

O G

ERA

L

– custas: art. 789-A, IV, CLT

– decisão monocrática do Presidente do Tribunal em agravos em recurso de revista e recursos de revista pendentes de distribuição: Resolução 1340/2009, TST

– incabível mandado de segurança por liberação do valor incontroverso: Súmula 416, TST

– pressuposto específico: delimitação de matérias e va-lores impugnados: art. 897, § 1º, CLT

– previsão legal: art. 893, IV e 897, “a”, CLT

– recurso de revista: art. 896, § 2º, CLT e Súmula 266, TST

AGRAVO REGIMENTAL

– decisão monocrática do Presidente do Tribunal em agravos em recurso de revista e recursos de revista pendentes de distribuição: Resolução 1.340/2009, TST

– incabível contra decisão do relator de defere ou inde-fere liminar em MS: Súmula 622, STF

– incabível recurso ordinário: OJ 100, SDI-2

– peças essenciais nos autos principais: OJ 132, SDI-1

– recurso de embargos para SDI – cabimento: Súmula 353, TST

– cabível de decisão do relator denegatória de embargos ao TST: art. 894, § 4º, CLT.

– cabível da decisão do relator denegatória de recurso de revista: art. 896, 12, CLT

– cabível da decisão do corregedor: art. 709, § 1º, CLT

– previsão legal: art. 1.021, CPC

AGRESSÃO

– em face de qualquer pessoa em serviço: art. 482, “j”, CLT

– em face de superior hierárquico: art. 482, “k”, CLT

– pelo empregador em face do empregado: art. 483, “f”, CLT

AGRICULTURA

– Lei do rural: Lei 5.889/1973

AGRÔNOMO

– piso salarial: Lei 4.950-A/1966

ÁGUA POTÁVEL

– CLT determina ao MTE regulamentação sobre o tema: art. 200, VII, CLT

AJUDA ALIMENTAÇÃO (VER VALE-REFEIÇÃO)

AJUDA DE CUSTO

– despesa com transferência do empregado: art. 470, CLT

– não se incluem no salário: art. 457, § 2º, CLT

ALÇADA

– decisão contra a Fazenda Pública: art. 496 e parágrafos, CPC

– fixação com base no salário mínimo – possibilidade: Súmula 356, TST

– não se aplica em ação rescisória e mandado de segu-rança: Súmula 365, TST

– previsão legal: art. 2º, Lei 5.584/1970– valor fixado no ajuizamento da ação: Súmula 71, TST

ALFABETIZAÇÃO– deveres do sindicato – manter escolas de alfabetização

e pré-vocacionais: art. 514, par. ún., “b”, CLT

ALIMENTAÇÃO– fórmula do salário mínimo: art. 81, CLT

– horários para alimentação – telefonia, telegrafia e ra-diotelegrafia: art. 230, § 2º, CLT

– limite de desconto – alimentação preparada pelo em-pregador: Lei 3.030/1956

– PAT – não possui caráter salarial: OJ 133, SDI-1

– salário utilidade – percentual máximo de desconto – 20%: art. 458, § 3º, CLT

– salário utilidade – percentual máximo de desconto – 25%: art. 9º, “b”, Lei 5.889/1973

– vale-refeição – integração ao salário: Súmula 241, TST

ALISTAMENTO ELEITORAL– falta ao serviço – férias: art. 131, I, CLT

– falta justificada por lei: arts. 473, V, CLT; e 48, Lei 4.737/1965

ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO– exterior: Lei 7.064/1982

– requisitos: art. 468, CLT

– transferência – cargo de confiança e previsão con-tratual: art. 469, § 1º, CLT

– transferência do empregado: art. 469, CLT

– transferência do período noturno para diurno – possi-bilidade: Súmula 265, TST

– transferência – extinção do estabelecimento: art. 469, § 2º, CLT

– transferência – real necessidade do serviço: art. 469, § 1º, CLT e súmula 43, TST

– vantagens previstas em acordos ou convenções cole-tivas incorporam-se: Súmula 277, TST

ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA JURÍDICA DA EMPRESA– sucessão de empregadores: arts. 10 e 448, CLT

AMAMENTAÇÃO– creche – obrigatoriedade – empresa com pelo menos

30 mulheres: art. 389, § 1º, CLT

– período de descanso: art. 396, CLT

AMICUS CURIAEPrevisão legal: art. 138, CPC

ANALFABETO– CTPS: art. 17, § 2º, CLT

– recibos de salário mediante impressão digital: art. 464, CLT

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