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Arte Espírita


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“Nos Domínios da Mediunidade”

Psicografia de Chico Xavier – Espírito André Luiz

Capítulo 30: “Últimas Páginas”

Ante o Sol renascente, o campo terrestre brilhava em

plena manhã clara. Mudos e expectantes, renteamos com um homem do campo manobrando a enxada na defesa do solo.

Áulus apontou-o com a destra e rompeu o silêncio, murmurando:

– “Vejam! A mediunidade como instrumentação da vida surge em toda a parte.”


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- “O lavrador é o médium da colheita, a planta é o médium da frutificação e a flor é o médium do perfume.

Em todos os lugares, damos e recebemos, filtrando os recursos que nos cercam e moldando-lhes a manifestação, segundo as nossas possibilidades.”


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• Terceiro nível

Avançávamos e, em breves momentos, víamo-nos defrontados por singela oficina de carpinteiro.

Nosso orientador indicou o operário que aplainava uma peça e observou:

– “Possuímos no artífice o médium de preciosas utilidades.

Da devoção com que se consagra ao trabalho, nasce elevada percentagem de reconforto à Civilização.”

Artífice = Artesão


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Não longe, surpreendemos pequena marmoraria, à porta da qual um homem envergava o cinzel, ferindo a pedra.

– “Eis o escultor” – disse Áulus –, “o médium da obra-prima.

A Arte é a mediunidade do Belo,

em cujas realizações encontramos as sublimes visões do futuro que nos é reservado.”


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O que é Arte?

• Do latim ARS, que significa literalmente “técnica”, “habilidade natural ou adquirida” ou “capacidade de fazer alguma coisa”.

• Arte Estética Beleza


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• Terceiro nível • Não há consenso na definição de Arte

• Definição encontrada em diversas páginas na internet (inclusive na wikipedia e no site www.significados.com.br):

“Arte geralmente é entendida como a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética,

realizada a partir da percepção, das emoções e das ideias,

com o objetivo de estimular essas instâncias da consciência e dando um significado único e diferente para cada obra.”

Arte Expressão do Sentimento

O que é Arte?


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Arte segundo Henri Bergson

• Filósofo e diplomata francês ( Paris, 1859 — Paris, 1941)

• Não era artista, mas sua visão sobre Arte e os Artistas é muito interessante

• Os trechos a seguir foram extraídos do seu livro “O Riso”


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Henri Bergson e os artistas

• “Meus sentidos e minha consciência só me proporcionam da realidade uma simplificação prática. “

• “Quer se trate de pintura, escultura, poesia ou música, o único objetivo da arte é afastar os símbolos inúteis na prática, as generalidades convencional e socialmente admitidas, enfim, tudo o que nos esconde a realidade, para nos colocar frente a frente com ela.”

“Mulher com guarda-sol” Claude Monet


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• O artista amplia seu contato com a realidade por um sentido ou direção: o pintor pela visão, o músico pela audição, o poeta pelas palavras, etc

• Ao compartilhar sua obra, o que faz o artista:

“Por um momento o artista nos desliga dos preconceitos que se interpõem entre nosso olho e a realidade. E realiza assim a mais alta ambição da arte, que é no caso a de nos revelar a natureza.”


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• Terceiro nível

• “Se pudéssemos entrar em comunicação imediata com as coisas e com nós mesmos, a arte seria inútil, ou seríamos todos artistas, porque nossa alma vibraria então continuamente em uníssono com a natureza.”

• “A arte nada mais é que uma visão mais direta da realidade.”



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• Terceiro nível

“Eu vi o anjo no mármore e esculpi até que o libertei.”

(Michelângelo)


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“Em cada bloco de mármore vejo uma estátua; vejo-a tão claramente como se estivesse na minha frente, moldada e perfeita na pose e no efeito.

Tenho apenas de desbastar as paredes brutas que aprisionam a adorável aparição para revelá-la a outros olhos como os meus já a vêem.” (Michelângelo)


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• Terceiro nível Como o Espiritismo

vê a Arte?


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Alguns livros espíritas que falam de arte


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Publicações da

Alguns livros espíritas que falam de arte


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Emmanuel – “O Consolador”

(2ª Parte Capítulo II - Sentimento Arte

perguntas 161 a 172)

• “A arte pura é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda exteriorização do ideal, a divina manifestação desse mais além que polariza as esperanças da alma. “

Mozart


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“O artista verdadeiro é sempre o médium das belezas eternas e o seu trabalho, em todos os tempos, foi tanger as cordas mais vibráteis do sentimento humano, alçando-o da Terra para o Infinito e abrindo, em todos os caminhos a ânsia dos corações para Deus, nas suas manifestações supremas de beleza, de sabedoria, de paz e de amor.”

Emmanuel – “O Consolador”


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• “O Belo é tão necessário às almas em progresso quanto o Amor. Sendo o Universo uma expressão da Beleza Divina, deverá o homem comungar com o Belo, a fim de poder compreender o Universo e com ele vibrar.“(*) (Charles– “Devassando o Invisível”)

(* as frases acima foram rearranjadas a partir de um extenso parágrafo)


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• “A arte tem um destino: sensibilizar as criaturas para a Obra de Deus.” (Raul Teixeira em entrevista)

• “A Arte deve ser o belo criando o bom.” (André Luiz – “Conduta Espírita”)

• “A Arte é a mediunidade do Belo, em cujas realizações encontramos as sublimes visões do futuro que nos é reservado.” (André Luiz – “Nos domínios da mediunidade”)


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A Arte Espírita

– por Kardec

Allan Kardec criou o termo “Arte Espírita” e pela primeira vez utilizou-se publicamente dele na “Revista Espírita”de dezembro de 1860, quando entrevistou o espírito do poeta, novelista e dramaturgo romântico francês Alfred de Musset:

• P: - A pintura, a escultura, a arquitetura, a poesia foram alternativa-mente influenciadas pelas ideias pagãs e cristãs; quereis nos dizer se, depois da arte pagã e da arte cristã, haverá um dia a arte espírita?

• R: - Fazeis uma pergunta que se responde por si mesma: o verme é verme, torna-se verme de seda, depois borboleta. O que há de mais aéreo, de mais gracioso do que uma borboleta? Pois bem!

A arte pagã é o verme; a arte cristã é a crisálida; a arte espírita será a borboleta.


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A Arte Espírita

– por Kardec

• Ao final do diálogo, Kardec escreve, entre outras reflexões:

– “O Espiritismo abre à arte um campo novo, imenso, e ainda inexplorado, e quando o artista trabalhar com convicção, como trabalharam os artistas cristãos, haurirá nessa fonte as mais sublimes inspirações”

• Usa novamente o termo em “Obras Póstumas”(“Sobre as artes em geral; a regeneração delas por meio do Espiritismo”), onde reproduz as conclusões da entrevista com Musset:

– “Assim como a arte cristã sucedeu à arte pagã, transformando-a, a arte espírita será o complemento e a transformação da arte cristã. “


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Sobre a frase de Alfred de Musset

A arte pagã é o verme; a arte cristã é a crisálida; a arte espírita será a borboleta.

• O professor Gláucio Cardoso explica num artigo no “Caderno de Artes da Abrarte – Volume 1”:

• “Que não se pense, no entanto, que a expressão pagã é empregada por Kardec de modo pejorativo. O vocábulo pagã é utilizado por Kardec, e por outros intelectuais de sua época, apenas com a finalidade de estabelecer uma linha temporal: ANTES do Cristianismo. Pode-se dizer que a Arte Espírita será filha natural da Arte Cristã, que por sua vez é filha da Arte Pagã. A Arte Espírita será portanto a herdeira de toda a riqueza de séculos de arte, não havendo possibilidade de ela se constituir sozinha sem o diálogo com a tradição cultural humana em sua história.”


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Edmundo Cezar no livro “Círculo de Estudos – Arte e Espiritismo”:

• “Allan Kardec utilizou-se do termo Arte Espírita para identificar uma produção artística que tenha como ponto de partida e inspiração a visão de mundo proporcionada pelo Espiritismo. “

• “O conhecimento da vida futura, a reencarnação, o mundo espiritual e o modo de pensar a vida a partir do conhecimento espírita, produzirá uma manifestação artística de outra característica.”


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Cláudio Marins em artigo nos “Cadernos de Arte da Abrarte – Volume 2”:

“Podemos verificar a grande contribuição da arte espírita para a sociedade. Através dela é possível apresentar as novas verdades, já reveladas aos homens, pelos prepostos de Deus. Encontram-se sintetizadas nos princípios da Doutrina Espírita:

Deus, Jesus (e sua mensagem), espírito, perispírito, evolução, livre arbítrio, causa e efeito, reencarnação, pluralidade dos mundos habitados, imortalidade da alma, vida futura, plano espiritual, mediunidade, influência dos espíritos na nossa vida, ação dos espíritos na natureza.”


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Arte Espírita

• Se a Arte Espírita ainda não traz novas propostas estéticas, caracteriza-se pelo modo e objetivo de iluminar a quem assiste e quem faz.

• Podemos dizer que Arte Espírita:

– É arte religiosa, compromissada ;

– Conteúdo condizente com a Doutrina Espírita;

– É criada por artistas espíritas, pela inspiração ou intuição. Ou trazida pela Espiritualidade através da mediunidade.

• E Arte com Temática Espírita?

– Utiliza os temas de forma livre, sem preocupação ou compromisso com a Doutrina Espírita.


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Missão da Arte Espírita

• “A arte espírita é descida dos planos superiores para nos conduzir até Deus. Ela deverá ser sempre instrumento de ascensão espiritual para a sociedade!” (Cláudio Marins)

• “A Arte espírita propõe colaborar com a construção moral do ser humano.” (Cláudio Bueno de Morais – site Manancial da luz))


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O

Artista

• “Um artista é, de modo geral, uma pessoa envolvida na produção de arte, no fazer artístico criativo. No entanto, essa definição está diretamente ligada ao conceito de arte, igualmente controverso e variável.” (Wikipedia)

• “A missão do artista na Terra é ser um auxiliar de Deus, um ajudante da divindade, trabalhando os corações, os sentimentos, os raciocínios, as percepções mais líricas da alma para que nós nos sensibilizemos.” (Raul Teixeira)


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• Considera-se “Artista Espírita” o indivíduo declaradamente espírita que desenvolva atividades artísticas de caráter amador ou profissional, que traduzam os postulados da Doutrina Espírita, em seu conteúdo, em uma ou mais linguagens artísticas.

(Regulamento do II Enarte – Encontro Nacional de Artistas Espíritas)

Artista Espírita


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Missão do Artista Espírita

• “O objetivo geral do Espiritismo é alavancar o desenvolvimento moral do homem”. (Edmundo Cezar ) O artista espírita deve ter este mesmo objetivo em sua arte.

• “Levar com força de convicção um projeto bem intencionado para que os bons espíritos, responsáveis pela evolução do planeta, encontrem em nós instrumentos capazes de transmitir aos seres o anseio de uma vida melhor e mais venturosa.” (Clayton Prado – “Cadernos de Arte da Abrarte”)

• “Temos nas artes um termômetro do pensamento coletivo humano. Por outro lado o caminho inverso também é possível, ou seja, através das artes criar novos referen- ciais, novas ideias, realizar uma revelação divina.” (Cláudio Marins)


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