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CLIPPING 18/04/2012

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CLIPPING

18/04/2012

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CLIPPING VIVAVOZ

Fonte: BBC Brasil Seção: Página: Data: 14/04/2012

América Latina, diz Obama

João Fellet

Enviado especial da BBC Brasil a Cartagena

Governo americano é contra a alternativa de legalizar as drogas, proposta por

países latinos

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste sábado na Cúpula das Américas, na Colômbia, que legalizar as drogas não é o caminho para combater os estragos causados pelo narcotráfico na América Latina e no Caribe.

"Para mim, pessoalmente, e a posição do meu governo, é que legalização não é resposta", disse Obama, durante encontro com empresários do qual também participaram os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e do Brasil, Dilma Rousseff.

O presidente americano, porém, disse que os Estados Unidos estão "conscientes da nossa responsabilidade nessa questão" e que considera "legítimo ter uma conversa sobre se as leis estão fazendo mais mal que bem em alguns países".

A política de drogas é um dos principais assuntos da Cúpula das Américas. Países centro-americanos, assim como a Colômbia e o México, têm defendido uma revisão da atual estratégia de combate ao narcotráfico na região.

Segundo eles, a política atual – que concentra os esforços na repressão ao tráfico e na criminalização do uso de drogas – fracassou, o que seria comprovado pelos altos índices de criminalidade regionais.

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Alguns, como o presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, defendem até a legalização de certas drogas e a regulamentação de um mercado para o comércio de narcóticos.

No entanto, Obama insistiu que a legalização pode agravar os problemas. Ele disse que, caso possam operar legalmente, grandes comerciantes de drogas terão influência muito grande sobre alguns países.

Segundo o presidente americano, o melhor caminho para combater os males causados pelo narcotráfico é fortalecer as instituições.

"As sociedades em que há fortes instituições, investimento, aplicação das leis, infraestrutura e economia próspera, são mais imunes que outros países com fracas instituições, alto desemprego e em que crianças só vejam oportunidade no comércio de drogas."

Oferta e demanda

Obama afirmou ainda que não se pode "olhar questão da oferta (de drogas) na América Latina sem ver questão da demanda nos Estados Unidos".

"O povo americano entende que o narcotráfico em sociedades da América Central, Caribe e parte da América do Sul são brutais e minam a capacidade dos governos de proteger cidadãos, erodindo instituições."

Por isso, disse Obama, os Estados Unidos têm se dedicado em compartilhar com esses países seu "know-how" no combate às drogas.

Ele afirmou ainda que seu governo gasta US$ 30 bilhões (R$ 55 bilhões) em prevenção e tratamento de dependentes, "encarando a questão não só em termos de aplicação da lei e combate ao tráfico, mas também como política de saúde".

Obama também se queixou da postura de jornalistas latino-americanos, que ao mesmo tempo em que cobram que os Estados Unidos intervenham nos países que vivem a Primavera Árabe, indagam por que os americanos são tão duros ao insistir que Cuba respeite os direitos humanos.

"Os meios de comunicação se concentram na polêmica, e algumas conversas estão perdidas no tempo, falando em Guerra Fria, em "ianques"... Este não é o mundo em que vivemos hoje, temos de pensar com novas ideias", afirmou.

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CLIPPING VIVAVOZ

Fonte: Zero Hora Seção:

Editoriais

Página: 14 Data: 18/04/2012

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Fonte: Zero Hora Seção: Geral Página: 24 Data: 18/04/2012

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Fonte: Correio do

Povo

Seção: Geral Página: 23 Data: 18/04/2012

R$ 100 milhões contra o crack

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Fonte: Folha SP Seção: Saúde Página: C13 Data: 18/04/2012

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Fonte: Folha SP Seção: Opinião Página: A2 Data: 18/04/2012

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Fonte: BBC Brasil Seção: Página: Data: 17/04/2012

EUA desmontam rede de tráfico internacional de drogas pela internet

As autoridades dos Estados Unidos anunciaram a descoberta de um sofisticado mercado de drogas ilegais pela internet, no qual consumidores em todo o mundo podiam comprar substâncias como LSD e ecstasy.

A rede secreta, conhecida como "mercado da fazenda", operava por meio de um sistema que permitia que os usuários se comunicassem anonimamente.

Mais de uma dezena de pessoas foram detidas nos Estados Unidos, na Holanda e na Colômbia, após dois anos de investigações.

Elas responderão na Justiça americana a acusações de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

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CLIPPING VIVAVOZ

Fonte: BBC Brasil Seção: Página: Data: 17/04/2012

Guerra às drogas ameaça segurança internacional, diz analista

Bruno Garcez

Da BBC Brasil em Londres

Violência no México ligada à droga já matou ao menos 47 mil

A chamada guerra às drogas está tendo um efeito quase que inverso ao que visa obter, gerando uma ''ameaça significativa à segurança internacional, que não parece estar diminuindo''.

É essa a opinião de Nigel Inkster, diretor da divisão de Ameaças Transnacionais e Riscos Políticos do instituto de pesquisas britânico International Institute for Strategic Studies (IISS), de Londres e ex-diretor do Serviço Secreto Britânico.

A tese consta em seu recém-lançado livro Drugs, Insecurity and Failed States - The Problems of Prohibition (Drogas, Inseguranças e Estados Falidos - Os Problemas da Proibição), co-escrito com Virginia Comolli, pesquisadora do IISS.

O livro examina a política global comum no combate às drogas baseada na proibição do uso e repressão ao tráfico e conclui que ela fracassou em coibir a produção, tráfico e consumo de drogas ilegais. Os autores dizem que, ao contrário, essa política acabou resultando em altos níveis de violência em vários países - em especial nos que produzem ou funcionam como rota de tráfico.

Segundo Inkster, "a proibição fracassou em tentar reduzir o consumo global e inadvertidamente deu de presente um negócio multibilionário a organizações criminosas, insurgentes e paramilitares. A chamada guerra às drogas criou uma ameaça significativa à segurança

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internacional e também criou a necessidade de um novo debate sobre o assunto baseado em provas empíricas".

Sadismo e medo

No livro, ele mostra que a América Latina foi uma das regiões mais castigadas pelos efeitos do narcotráfico e por tentativas de combatê-lo. Ele expõe efeitos nefastos em países produtores, como a Colômbia, mas afirma que os mais atingidos foram os países que servem de rota para a droga rumo aos Estados Unidos, como o México e as nações centro-americanas.

Segundo estimativas contidas no livro, o tráfico de drogas no México já matou mais de 47 mil pessoas entre dezembro de 2006 e dezembro de 2011 e traficantes, fim de semear o medo, empregam práticas cada vez mais brutais, como o esfolamento, decapitação e queimar vítimas com ácido.

Os traficantes também foram expandindo seus negócios para países vizinhos, a exemplo do tradicional cartel de Sinaloa, que hoje conta com células na Nicarágua, Guatemala, El Salvador e Estados Unidos.

Carteis mexicanos vem estendendo seus negócios para países cento-americanos, como a

Guatemala

Em entrevista à BBC Brasil, Inkster disse que, na América Central, o tráfico ''encontrou o ambiente de negócios ideal'', composto por ''burocracias corruptas, governança fraca, sistemas judiciais ineficientes, armamentos em abundância, locação estratégica e forte desigualdade social''.

Além da expansão territorial,os cartéis ganharam sofisticação em seus métodos de ação e se tornaram arrojados até ao recrutar novos integrantes, vide um cartel rival ao de Sinaloa, o Cartel do Golfo que, em 2000, ganhou a adesão de um grupo de ex-combatentes de uma força de elite de 30 a 40 soldados do Exército mexicano, conhecida como Os Zetas.

Mas apesar de considerar a política global de repressão às drogas equivocada, Inkster defende que o governo mexicano não pode recuar em sua ação enérgica contra o narcotráfico no país. ''O Estado mexicano não pode se deixar ser derrotado. Ele precisa reduzir o poder dos cartéis, a fim de que eles não possam mais representar uma ameaça ao Estado, como a Colômbia conseguiu fazer''.

Sinais animadores

Inkster diz que desde que, no início dos anos 60, quando o governo do então presidente americano Richard Nixon cunhou o termo "guerra às drogas" e a comunidade internacional referendou o tratado Convenção Única sobre Entorpecentes, em 1961, o modelo adotado de combate às drogas é o mesmo.

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Por isso, ele considera salutares os sinais vindos da América Latina e da recém-encerrada Cúpula das Américas, com líderes e ex-líderes regionais defendendo a necessidade de se discutir outras saídas como descriminalização e até a legalização de drogas como possíveis opções para lidar com o problema.

O tema se tornou um dos tópicos centrais da Cúpula na Colômbia, que reuniu mais de 30 chefes de Estado de todo o continente americano.

Antes da reunião, líderes regionais como o presidente da Guatemala, Otto Perez Molina, um general aposentado, vinham defendendo abertamente a descriminalização das drogas.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso - que por sinal assina um texto elogioso na contracapa do livro de Inkster e Comolli - e outros ex-dirigentes da região, como o colombiano César Gavíria e o mexicano Ernesto Zedillo, estão entre os que advogam a descriminalização.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se disse contrário à descriminalização, mas acrescentou que aceitaria um amplo debate sobre o atual modelo e sobre propostas alternativas.

''Talvez seja uma resposta menos empolgante do que o momento exige, mas representa um progresso em pleno ano de eleição nos Estados Unidos'', afirma o analista do IISS. Ele acrescenta que o fato de tanto dirigentes no poder como ex-presidentes da América Latina estarem defendendo novos modelos sobre o tema ''sem dúvida, não tem precedentes''.

Mas acrescenta que não será fácil ''ir contra o status quo, representado pelos Estados Unidos, mas não apenas por eles, mas também por países como a China e a Rússia, que não aceitam outros modelos que sejam distintos do atual''.

Brasil

O Brasil não foi um dos países pesquisados no livro, mas Inkster adverte contra o triunfalismo ao se analisar o papel das chamadas UPPs em favelas do Rio de Janeiro outrora controladas pelo tráfico de drogas.

"A afirmação de que o tráfico foi eliminado no Rio deve ser vista com certa dose de ceticismo. Ainda é cedo para avaliar práticas que passaram a vigorar há pouco tempo'', comenta.

Inkster diz que apoio americano auxiliou Colômbia a minimizar danos do tráfico de drogas

Inkster não ''fecha'' com uma proposta específica em relação ao combate ao narcotráfico e explica as distnções entre os diferentes modelos.

''Existe uma grande diferença entre descriminalização e legalização. A descriminalização consiste em gerenciamento, de como tratar as drogas não como um assunto criminal, mas sim de saúde.''

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''Já a legalização pura e simples poderia, em teoria, provocar o colapso ou a erosão do mercado negro internacional, mas chegar a esse ponto seria muito complicado politicamente e contencioso. E seguramente, exigiria investimentos. E a legalização teria de ser aplicada globalmente ou então não teria efeito.''

A despeito de antever fortes dificuldades em se alcançar um novo modelo, Inkster defende uma mudança de paradigmas.

"É preciso que haja ao menos um equilíbrio entre os recursos investidos em reduzir a oferta e em conter a demanda. Atualmente, o investimento em diminuir a oferta ainda é bem maior'', afirma.