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Grupo de Comunicação
CLIPPING 20 de maio de 2019
Dia Mundial das Abelhas
Uso de agrotóxicos em lavoura ameaça abelhas p. 40
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Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Cidades de SP terão inédito fornecimento de gás de bagaço de cana ................................................... 4
APAS assina termo de compromisso para apoiar logística reversa no estado de São Paulo ...................... 5
Itapecerica da Serra promove campanha para coleta de pneus usados ................................................. 6
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 7
Áreas invadidas são loteadas e vendidas pelo tráfico por até R$ 100 mil em SP..................................... 7
Governo vive o pior momento na articulação .................................................................................... 9
Esgoto tratado em Diadema sobe para 50% ................................................................................... 10
SABESP esburacando ................................................................................................................... 11
Sabesp aciona prefeitura na justiça por dívida de R$ 541 mil de hospital em São Sebastião, SP ............ 12
Hortolândia caminha rumo a 100% de esgoto coletado e tratado ...................................................... 13
Pesquisa revela presença de agrotóxicos na água ............................................................................ 14
Ministério Público abre inquérito para investigar presença de 27 agrotóxicos na água de São Carlos ...... 16
Governo anuncia captação do valor total do Novo Museu .................................................................. 19
Museu do Ipiranga tem verba para restauração ............................................................................... 20
Preservação do Batalha depende também de vizinhos, revela estudo ................................................. 21
Audiência pública debate saneamento em Guarujá .......................................................................... 23
Mangue Seco tem obras de saneamento básico iniciadas .................................................................. 24
Parque Municipal recebe visita a partir das 9 horas .......................................................................... 25
ROTEIRO VISITAÇÃO: São Paulo conta com trilhas incríveis para curtir a natureza .............................. 26
Santo André inclui cláusula de segurança no acordo com Sabesp ...................................................... 29
Adinorte notifica e cobra plano de ação de empresas sobre despejo ................................................... 30
Deslizamento de morro bloqueia estrada e isola costa sul de Ilhabela ................................................ 31
Conheça os parques urbanos da capital para passear com o cachorro | Governo do Estado de São Paulo 32
MPF quer garantir participação popular em debates sobre área de proteção ambiental no litoral norte
paulista ...................................................................................................................................... 33
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 34
Arboviroses, o avanço do mosquito - Parte I ................................................................................... 34
Aos poucos, canudos plásticos saem de circulação na região ............................................................. 35
Importância da zeladoria urbana ................................................................................................... 36
Artigo: Licenciamento ambiental para destravar empreendimentos .................................................... 37
MP do saneamento perde prioridade e deve ‘caducar’ no Congresso ................................................... 38
Uso de agrotóxicos em lavoura ameaça abelhas .............................................................................. 40
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 41
PAINEL....................................................................................................................................... 41
Mônica Bergamo: STF decidiu de forma conservadora em mais de 60% das vezes em 2018 ................. 42
Em recuo, Ministério do Meio Ambiente confirma reunião da ONU em Salvador ................................... 44
Opinião - Marcelo Leite: Vacina da febre amarela pode proteger contra vírus da zika ........................... 45
ESTADÃO ................................................................................................................................... 46
Sonhos e realidades do ensino superior no Brasil – .......................................................................... 46
Desprezo pelo clima ..................................................................................................................... 48
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Grupo de Comunicação
Avanço no saneamento ................................................................................................................ 50
Neoenergia começa ciclo de apresentações para IPO ....................................................................... 51
Sustentabilidade para manter a liderança ....................................................................................... 52
O papel essencial das distribuidoras de energia ............................................................................... 54
Governo federal recua e decide apoiar evento sobre mudanças climáticas em Salvador ........................ 55
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 56
O BC e a volta da recessão ........................................................................................................... 56
Pedaladas no parque: um exercício sobre diversidade e timing .......................................................... 58
BB aceita valor menor em IPO da Neoenergia ................................................................................. 60
Opinião do governo é irrelevante, afirma presidente da Comissão ..................................................... 61
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Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Data: 20/05/2019
Veículo: Folha de São Paulo
Cidades de SP terão inédito fornecimento de gás de bagaço de cana
http://cloud.boxnet.com.br/yy7n4nc3
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Grupo de Comunicação
Veículo: APAS Notícias
Data: 16/05/2019
APAS assina termo de compromisso para
apoiar logística reversa no estado de São
Paulo
O estado de São Paulo ganhou um reforço
para as Políticas Nacional e Estadual de
Resíduos Sólidos. A Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) e
a Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (CETESB) assinaram um Termo de
Compromisso para Logística Reversa de
Embalagens e Óleo Comestível com a
Associação Paulista de Supermercados (APAS),
na abertura da 35º Feira e Congresso APAS
Show 2019, na segunda-feira, 6 de maio, na
capital paulista.
O Termo de Compromisso para Logística
Reversa de Embalagens e Óleo Comestível foi
assinado pela diretora-presidente da CETESB
Patrícia Iglecias, pelo subsecretário de
Meio Ambiente Eduardo Trani e por
Ronaldo dos Santos, presidente da APAS e
Paulo Pompílio, conselheiro da entidade.
O objetivo do termo de compromisso é a
logística reversa de resíduos de óleo
comestível e de embalagens pós-consumo
com a implantação de Pontos de Entrega
Voluntária (PEV) nos supermercados.
Para o conselheiro e Diretor do Comitê de
Meio Ambiente da APAS, Paulo Pompílio, o
papel do setor supermercadista é disponibilizar
espaços de pontos de coleta de forma
estruturada e assim apoiar a indústria no
atendimento da Política Nacional de Resíduos
Sólidos. 'Esperamos que a parceria com a
CETESB e a SIMA favoreça a abrangência da
iniciativa em todo o estado de São Paulo'.
'A assinatura do termo de compromisso
permite uma melhor coordenação dos PEV,
que devem ser expandidos pelo estado de SP
e traz a parceria com o comércio, que passa a
disponibilizar espaços de forma planejada,
além de atuar na educação do consumidor',
explicou Patrícia Iglecias.
De acordo com a assessora da Presidência
da CETESB Lia Helena Demange, o termo
contribui para que o comércio exerça o papel
que lhe foi atribuído pela Política Nacional de
Resíduos Sólidos, facilitando a coleta de
resíduos sólidos junto aos consumidores e
inserindo esses resíduos nos sistemas de
logística reversa implantados pelos demais
atores da cadeia produtiva (distribuidores,
fabricantes e importadores).
'Esta iniciativa vai aumentar a consciência da
sociedade para a redução dos resíduos sólidos
com o apoio do setor de supermercados
paulistas', concluiu o subsecretário de Meio
Ambiente Eduardo Trani.
O governador João Doria e o prefeito Bruno
Covas, assim como demais autoridades
presentes no evento, acompanharam a
assinatura do termo de compromisso.
Fonte: Cetesb
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22934947&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo: O Taboanense
Data: 16/05/2019
Itapecerica da Serra promove campanha
para coleta de pneus usados por Redação
Campanha do governo estadual em parceria
com municípios tem por objetivo conscientizar
a população que o descarte correto do
material elimina criadouros do Aedes aegypti,
mosquito transmissor da Dengue, Zika e
Chikungunya
Itapecerica da Serra tem dois pontos de coleta, na av.
Itapecericanos, 512 – Pq. Paraíso e Rua Santos Dumont,
243 – Distrito do Jacira
A Prefeitura de Itapecerica da Serra em
parceria com o Governo de São Paulo está
promovendo a campanha “Pneu guardado só
quem usa é o Aedes”. A ação tem por
objetivo conscientizar a população que o
descarte correto do material elimina
criadouros do Aedes aegypti, mosquito
transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.
Os pontos de coleta em Itapecerica da Serra
estão localizados na av. Itapecericanos, 512 –
Pq. Paraíso e Rua Santos Dumont, 243 –
Distrito do Jacira. O atendimento ao público é
realizado de segunda a sexta-feira, das 8h às
16h30. Aos sábados, o ponto de coleta do Pq.
Paraíso funciona das 8h às 12h, o do Jacira
não tem expediente.
Iniciada no dia 6, a campanha segue até 17 de
maio. Em Itapecerica, os pontos
permanecerão ativos para recebimento do
material após a campanha.
“Para que esta campanha tenha êxito é
preciso o envolvimento da sociedade com uma
atitude positiva em disponibilizar os pneus
usados que estão nas residências para a coleta
pública”, diz o secretário de Infraestrutura
e Meio Ambiente do Governo do Estado de
São Paulo, Marcos Penido.
Já de acordo com o secretário de Saúde, José
Henrique Germann Ferreira, “o pneu é um dos
criadouros preferenciais do mosquito
transmissor devido a sua natureza e condições
favoráveis de abrigo e proteção. Precisamos
diminuir esses possíveis focos de propagação
do Aedes aegypti”.
https://www.otaboanense.com.br/itapecerica-
da-serra-promove-campanha-para-coleta-de-
pneus-usados/
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Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: CBN
Data: 20/05/2019
Áreas invadidas são loteadas e vendidas
pelo tráfico por até R$ 100 mil em SP
Os locais têm esgoto à céu aberto, edificações
precárias, infestação de ratos, cobras,
escorpiões e até risco de explosão por
contaminação de gás metano. O
Departamento de Polícia de Proteção à
Cidadania investiga a ligação de facções
criminosas com os loteamentos clandestinos.
Para construir as casas, os traficantes usam máquinas pesadas, como retroescavadeiras e caminhões. Foto: Pedro Durán/CBN
Por Pedro Durán ([email protected])
Tiros, fogo, fumaça e até mira a laser.
Foi essa a recepção preparada pelos
traficantes no mês de dezembro, na Zona
Norte de São Paulo, na área chamada de
Córrego do Bispo, que já teve reintegração de
posse concedida pela Justiça, mas as famílias
ainda não foram tiradas do local.
Mas não é só nessa área invadida que o tráfico
organizado exerce influência.
Como expansão das operações, os bandidos
superaram as fronteiras do tráfico de drogas e
passaram a investir na construção e venda de
moradias, com maquinário pesado,
demarcação de lotes, instalações elétricas e
hidráulicas ilegais e construção de muros.
"De R$ 40 mil acima tem de qualquer preço.
[a pessoa que quer comprar o terreno
procura...] Eles mesmos, os caras da invasão
que estão vendendo os terrenos. Eles que
controlam tudo", diz.
Pedro Antonio dos Santos é presidente da
Associação dos Moradores do Jardim Gaivotas,
um bairro no extremo sul de São Paulo, às
margens da represa Billings. Ele conta que os
lotes custam em média de R$ 40 mil a R$ 50
mil. A reportagem da CBN apurou que os
moradores costumam dar R$ 10 mil de
entrada para os criminosos e dividir o resto.
Lotes maiores, divididos por até quatro
famílias e próximos à avenida custam mais,
até R$ 100 mil.
Parte da área é da prefeitura e já tem
cadastramento de moradores. Acontece que
eles só podem derrubar as casas se tirarem as
pessoas antes e a reintegração de posse,
mesmo em terrenos da própria administração,
precisa de autorização judicial - o que às
vezes demora.
O esgoto fica a céu aberto. No local a CBN
registrou máquinas como caminhão de
transporte de materiais de construção e
retroescavadeira em pleno funcionamento.
Bem próximo da represa, três homens
erguiam a terceira laje de uma casa.
O pedreiro José Nascimento ajudou a construir
uma delas e agora conversa com os
representantes do loteamento clandestino
porque quer comprar um lote lá.
"Eu não sei quantos estão comandando não,
sabe, porque tem as mulheres e os homens.
[...] Na faixa de uns cinco ou mais, a base é
essa. Já tem muitas, bastante mesmo [casas
de alvenaria e tijolos], quase de uns cinco
anos pra cá. E aí estão fazendo mais e estão
reunindo e fazendo as vias, as ruas todas,
'ajeitando' pra por a água, energia...", conta.
Os moradores contaram que o tráfico até
ergueu um muro ali, pra barrar a entrada de
pessoas que não moram na área mais central
da invasão.
A tática é a mesma de uma área invadida na
Zona Norte, que até já foi alvo de operação
policial no ano passado. É um terreno que
pertence à Cohab, Coordenadoria de
Habitação da Prefeitura. Foi um lixão, depois
virou aterro e foi invadido e completamente
loteado. Não há mais espaço pra uma família
sequer. Com as máquinas pesadas, os
criminosos escavaram a pilha de entulho, que
ultrapassava um metro e meio e descobriram
as calçadas que foram construídas décadas
atrás, antes que a contaminação fosse
descoberta.
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Grupo de Comunicação
Relatórios da Cetesb mostram que a área da
chamada 'Vila Espanhola' tem contaminação
de metais, solventes e metano, risco de
explosão e deveria estar isolada. Não está. Ao
contrário, tem diariamente o trabalho de pelo
menos dez pedreiros e maquinário pesado, pra
erguer casas de alvenaria. Também já há
famílias morando no local, como a filha do
jardineiro Júlio Tardoc, que colocou uma
armadilha para ratos bem na entrada dos
caminhões de construção.
Repórter: A gente está vendo caminhão aqui
passando com...
Julio: Ferro pra construir. Vão construir.
Repórter: É quase uma empreiteira
profissional, então?
Julio: É quase. Olha lá a gaiolinha...
Repórter: O que é isso?
Julio: Uma gaiolinha de pegar ratos. Sabe
quantos ratos eu já peguei aí dentro de 60
dias? Dezessete ratos. Cinco desse tamanho e
o resto tudo assim, olha... Achamos três
escorpiões e acharam uma cobra aí.
Repórter: Quando isso?
Julio: Tem uns vinte dias.
Com os microfones desligados, os moradores
revelam a presença eventual de homens
armados e olheiros - que também foram vistos
pela reportagem. Com histórico de
desapropriação, eles contaram que o preço
mínimo pra ter uma área ali é de R$ 4 mil. Ao
lado deste local, na Zona Norte, há um ponto
de venda de drogas.
Na área da Zona Norte, contaminada por
metano, a prefeitura fez operações em julho e
agosto e demoliu 70 casas, mas mesmo assim
os bandidos reergueram tudo. Em dezembro a
PM foi ao local, prendeu sete traficantes e
apreendeu cinco mil porções de maconha,
cocaína e crack.
De 2018 pra cá, a GCM já apreendeu 209
máquinas de construção dos loteamentos
clandestinos e caminhões que também faziam
descarte irregular de entulho.
A Polícia Militar e a Prefeitura de São Paulo
informaram ainda que vão mobilizar equipes
para fiscalizar e investigar as denúncias da
CBN.
Nas duas áreas citadas pela reportagem, a PM
já prendeu 615 suspeitos com 31 armas de
fogo ilegais e 216 quilos de drogas.
http://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/
260625/trafico-organizado-loteia-e-vende-
areas-invadidas-.htm
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Grupo de Comunicação
Veículo: DCI.com
Data: 20/05/2019
Governo vive o pior momento na
articulação
A falta de traquejo dos governistas é vista
como um dos principais pontos de atrito e
fragiliza a interlocução com parlamento,
especialmente para aprovar 10 medidas que
podem caducar
Parlamentares dizem que governo precisa se mexer, se quiser garantir MPs, especialmente a 870
Foto: Reuters
Depois de uma série de crises políticas e mal-
entendidos, o governo de Jair Bolsonaro
enfrenta mais um período turbulento no
Congresso nesta semana. Com derrotas
seguidas, que podem culminar na queda de
uma série de medidas provisórias, ele ainda
precisará de esforço extra para conseguir
negociar as reformas.
Entre as MPs que podem caducar em breve
estão a que reorganiza os ministérios e a que
abre o capital das empresas aéreas para
estrangeiros. Segundo fontes ouvidas pela
Reuters, depois de um período de promessas
de melhora no diálogo, o governo passa pela
pior fase de articulação nesses poucos mais de
cinco meses, o que se reflete na incapacidade
de conseguir aprovar – ou derrotar – coisas
simples, como a convocação do ministro da
Educação, Abraham Weintraub, para explicar o
contingenciamento da Pasta na Câmara.
“Tinha melhorado um pouco, mas piorou de
novo, e muito. O governo é o retrato da
desarticulação e da falta de coordenação”,
disse um parlamentar com trânsito na Casa.
A preocupação central do Planalto agora é não
perder o prazo para votar a MP 870, que
reestruturou o governo. As fontes lembram,
no entanto, que o texto já podia ter sido
votado se o próprio partido do presidente, o
PSL, não tivesse decidido comprar briga com o
retorno do Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (Coaf) para o Ministério da
Economia, como foi aprovado na comissão
mista.
A MP vence em 3 de junho, mas por uma
decisão do presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), – após provocação do
deputado Diego Garcia (Podemos-PR) – só
deve ser votada após outras seis que vencem
antes e estão prontas.
Na última semana, com a ausência de Maia,
que estava no exterior, e com movimento do
Centrão, que barrou qualquer negociação,
quase nada foi votado. Mas a MP 870 não é a
primeira a caducar. Nesta quarta-feira cai o
texto que altera os limites de participação de
capital estrangeiro nas empresas áreas,
permitindo que chegue a 100%. Uma proposta
tramita em projeto de lei, mas tem de passar
pelo Senado.
Outra MP importante que corre o risco de
caducar em 3 de junho, é a que altera o
marco legal do saneamento básico, mudando
a regra que permitia a dispensa de licitação
para empresas públicas fornecerem o serviço.
Esta MP é aguardada pelo governo de São
Paulo para decidir o futuro da Sabesp.
Entre as outras medidas que podem perder
validade estão a 871, de combate a fraudes na
Previdência; a 872, de gratificações de
servidores da Advocacia-Geral da União; a
869, sobre proteção de dados pessoais, e a
866, que cria a estatal NAV Brasil Serviços de
Navegação Aérea.
Com exceção da 870, que altera a
configuração do próprio governo, o Planalto
não demonstrou interesse na negociação de
nenhum dos outros textos. Fontes do Planalto
confirmam que não há negociação, o que é
confirmado por fontes do Congresso. “O
governo não tem articulação para votar nada.
Está nas mãos do Maia”, disse o parlamentar.
Nos bastidores, mesmo entre partidos que não
integram o Centrão, não há preocupação em
correr com as MPs em plenário para garantir a
870.
https://www.dci.com.br/politica/governo-vive-
o-pior-momento-na-articulac-o-1.802883
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10
Grupo de Comunicação
Veículo: Destak ABC
Data: 20/05/2019
Esgoto tratado em Diadema sobe para
50%
#Em 2014, a Sabesp (Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São
Paulo) retomou a prestação de serviço de
saneamento em Diadema.
No período de cinco anos com a empresa à
frente da gestão de resíduos, mais de 10.500
ligações foram feitas, o que representa um
crescimento de 15% doesgototratado na
cidade para 50%. O aprimoramento é
resultado de um investimento de RS 60
milhões para obras de infraestrutura que
ampliam a rede no município.
Além de fazer centenas de ligações em áreas
consideradas vulneráveis na cidade, outro
ponto positivo foi alcançado. O fornecimento
de água foi universilizado e as famílias que
antes dependiam de caminhões-pipa agora
possuem abastecimento contínuo.
Saned Em 2013, o prefeito Lauro Michels
intermediou a negociação de entrega da
Saned (Companhia de Saneamento Básico de
Diadema) para a Sabesp por 30 anos. A
concessão veio com um valor de aporte
estabelecidopara ser investido em obras no
município, no montante de R$ 254 milhões.
http://cloud.boxnet.com.br/yyvo7awx
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.
11
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal de Itatiba
Data: 19/05/2019
SABESP esburacando
Depois de receber de Itatiba um contrato
milionário válido por 60 anoscaso inédito no
mundo - a Sabesp, que deve muito aos
itatibenses, resolveu tentar acabar com quase
40% de perda de água na sua pré-histórica
rede de abastecimento.
O serviço como não poderia deixar de ser com
a marca da empresa é, o pior possível,
deixando buracos e terra por onde passa,
"consertando", quando dá certo. O cidadão
itatibense vai ter que aguardar um pouco, com
muita paciência, porque a sujeira e os
transtornos vão continuar até agosto.
http://cloud.boxnet.com.br/y3ex4kvy
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12
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Vale do Paraíba e região
Data: 19/05/2019
Sabesp aciona prefeitura na justiça por
dívida de R$ 541 mil de hospital em São
Sebastião, SP
A dívida é pelo atraso no pagamento de contas
de água e esgoto da Santa Casa. De acordo
com a companhia, as contas estão atrasadas
desde agosto de 2018.
Por G1 Vale do Paraíba e Região
Hospital Clínicas Sul São Sebastião — Foto: Prefeitura de São Sebastião/Divulgação
A Sabesp acionou a Prefeitura de São
Sebastião na justiça para cobrar dívida de
mais de R$ 500 mil em água e esgoto da
Santa Casa. De acordo com a companhia, o
governo, interventor da unidade de saúde,
deixou de pagar as contas desde agosto de
2018 e vem acumulando o débito. A prefeitura
informou que não foi notificada sobre a ação.
De acordo com o processo de cobrança
protocolado pela Sabesp na justiça, a
primeira dívida acumulada, de agosto de
2018, foi de R$ R$ 66,9 mil. As contas
permanecem em aberto até a última cobrança,
de abril de 2019.
Segundo a companhia, o montante devido em
taxa de água, esgoto, acrescido dos juros e
multa pelos atrasos chega é de R$ 541.072.
Na ação, a Sabesp cita a unidade e a
prefeitura. Isso porque a administração é a
gestora da Santa Casa da cidade desde 2007
como interventora. O procedimento é sempre
feito de maneira provisória, mas no município
sendo prorrogado por decreto – o último
decreto foi publicado em dezembro do ano
passado.
Procurada pelo G1, a Sabesp informou que
tenta acordos com a prefeitura “para tentar
resolver essa situação o mais rapidamente
possível sem prejuízo para a população”. Uma
lei federal impede o corte de energia, água e
telefonia em prédios públicos que ofereçam
serviços essenciais nas áreas de saúde,
segurança e educação.
Em nota, a prefeitura informou que não foi
notificada sobre a ação de cobrança. Disse
ainda que vai se manifestar judicialmente e
que repassa mensalmente para a Santa Casa
R$ 5 milhões para o pagamento das despesas.
Não foi informado como ocorre a prestação de
contas e por que a prefeitura não identificou
as contas em atraso.
Corte de energia
Em janeiro deste ano a energia de três
prédios, incluindo o paço municipal, foi
cortada pela EDP por causa de uma dívida de
R$ 5,9 milhões sem pagamento. À época do
corte, a empresa prestadora do serviço alegou
que alertou a gestão, ofereceu acordos, mas
com a manutenção do débito cortou a energia.
A energia foi cortada no Paço Municipal, na
Secretaria de Turismo e em uma das praças
de evento, onde no dia acontecia um show da
temporada de verão.
O fornecimento de energia foi interrompido
por cerca de dez horas e só foi restabelecida
depois do pagamento de R$ 383 mil do débito.
A prefeitura informou na época que não tinha
feito os pagamentos porque que tentava
negociar melhorias no serviço com a EDP.
Por fim, a prefeitura fez um acordo para o
pagamento da dívida, que foi quitada.
https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-
regiao/noticia/2019/05/19/sabesp-aciona-
prefeitura-na-justica-por-divida-de-r-541-mil-
de-hospital-em-sao-sebastiao-sp.ghtml
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13
Grupo de Comunicação
Veículo: Todo Dia Americana / Campinas
Data: 19/05/2019
Hortolândia caminha rumo a 100% de
esgoto coletado e tratado
CONQUISTA
Falta pouco para que Hortolândia atinja a
universalização do serviço de coleta e
tramento de esgoto. A cidade já está com
96,3% de cobertura com rede coletora,
conforne dados da Sabesp (Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São
Paulo). Para atingir 100% de cobertura, a
Prefeitura informa que acompanha os
trabalhos que, agora, se concentram na
implantação de vielas sanitárias no Jd.
Sumarezinho e Jd. Nossa Senhora Auxiliadora.
A previsão informada pela Sabesp é que até
2020 todo o esgoto da cidade seja coletado e
tratado.
O município caminha rumo à 100% de esgoto
coletado e tratado graças ao apoio de
movimentos populares. A luta histórica da
população de Hortolândia por esgoto começou
na década de 1980. Em 2005, a cidade saiu do
marco zero de coleta e tratamento.
Atualmente, antes mesmo de a cidade atingir
a universalização do serviço, os indicadores
positivos colocam Hortolândia à frente da
maioria das cidades brasileiras: conforme
dados do SNIS (Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento), a média
nacional de atendimento de esgoto é de
50,26%.
Operários implantam viela sanitária de esgoto em bairro de Hortolândia
http://cloud.boxnet.com.br/y5o8d54e
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14
Grupo de Comunicação
Veículo: O Imparcial /Presidente Prudente
Data: 19/05/2019
Pesquisa revela presença de agrotóxicos
na água
Para especialista em Química, apesar de
algumas quantidades serem permitidas por lei,
exposição constante pode ser malé ca a longo
prazo
0 Sisagua (Sistema de Informação de
Vigilância da Qualidade da Agua para
Consumo Humano), do Ministério da Saúde,
disponibiliza dados que mostram quais
pesticidas foram encontrados na rede de
abastecimento de água dos municípios
brasileiros de 2014 a 2017. Nas cidades que
compõem a 10a RA (Região Administrativa) do
Estado de São Paulo, cuja sede é Presidente
Prudente, em média 24,8 agrotóxicos foram
detectados. O levantamento contempla 49
cidades regionais e mostra ainda que, em
média, 10,2 deles estão associados a doenças
crônicas, como o câncer. Para quem entende
do assunto, apesar de certa quantidade estar
permitida em lei, a constante exposição pode
ser maléfica a longo prazo.
A legislação brasileira permite, para cada tipo
de substância, uma quantidade limite. Por
exemplo, no caso do glifosato, considerado um
dos maiores problemas, no Brasil a lei impõe
até 500 microgramas por litro, o que na
Europa gira em torno de 0,1. Quem analisa a
situação é a professora de Química da Unoeste
(Universidade do Oeste Paulista), Patrícia
Antunes, que resume o cenário em uma
palavra: dilema. Isso porque, segundo ela,
vivemos em uma região agroindustrial, de
muita agricultura. Desta forma, o uso do
agrotóxico, apesar de não ser bem visto por
muitos, não é ilegal. “Então, para que haja um
aumento na produção de alimentos, faz-se o
uso. Mas existe o problema relacionado à
saúde. O que cabe, agora, é buscar
alternativas que possam amenizar, como a
proibição de algumas substâncias, que a
exemplo da Europa, não se usam mais”, diz.
E quando se fala em efeitos. Patrícia destaca
que se trata de uma cronicidade. Ou seja, eles
tendem a aparecer daqui a 20 a 30 anos, ou
menos tempo em alguns casos. O que vai
determinar, ainda de acordo com a
especialista, é a exposição. “Por mais que o
estudo mostra que em alguns casos a
quantidade encontrada ainda está dentro do
permitido, a constância é o que dificulta.
Estudos mostram a diminuição da audição,
bem como na diminuição da produção de
espermatozóide, pensando na reprodução
humana e na ingestão de tais substâncias”,
argumenta. O que ela não deixa de destacar
também é o fato de que o agrotóxico, mesmo
sendo “aplicado de uma maneira local”, é um
problema mundial. “Pois ele tem a capacidade
de trânsito, seja pelo ar, água ou terra. Além
de ser persistente e demorar muito para se
decompor”, finaliza.
Tratamento
Responsável pelo abastecimento de 36 dos 53
municípios da região, a Sabesp (Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo),
afirma que a água fornecida pela empresa não
está contaminada. “A companhia garante a
segurança do abastecimento da população,
por meio de testes diários realizados em
laboratórios certificados pelos órgãos
competentes. Sempre que necessário, para
segurança da população, os testes são
refeitos”, pontua.
Ademais, a companhia também reitera a
legislação brasileira, e que na própria pesquisa
divulgada, é possível verificar que dos 36
municípios operados pela Sabesp na 10a
região administrativa, em 34 deles não há
registro de agrotóxicos acima do que é
estabelecido na legislação. “Quanto aos outros
dois municípios, Estrela do Norte e Pracinha, a
Sabesp verificou que os dados do Sisagua não
conferem com os registros da companhia no
período da pesquisa, sendo que nesses
municípios também não há agrotóxicos em
quantidade maior do que o limite estabelecido
na lei”, conclui.
Saiba mais
Além do número de agrotóxicos na água, por
cidade, os dados permitem também enxergar
a concentração dessas substâncias, que é
medida em microgramas por litro. O Sisagua
reúne os resultados de testes que medem a
presença de 27 agrotóxicos na água que
abastece as cidades. As informações são
enviadas por autarquias estaduais, municipais
e empresas de abastecimento. A lei brasileira
determina que os fornecedores de água no
Brasil são responsáveis por realizar os testes a
cada seis meses e apresentar os resultados ao
governo federal.
Fonte: Sisagua
Thiago Morello Da Redação
15
Grupo de Comunicação
http://cloud.boxnet.com.br/y3yg6hxu
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16
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 São Carlos e
Araraquara/EPTV
Data: !8/05/2019
Ministério Público abre inquérito para
investigar presença de 27 agrotóxicos na
água de São Carlos
Córrego Monjolinho em São Carlos em espelho d’água. Foto: EPTV
O Ministério Público instaurou inquérito para
apurar as condições da água distribuída e
consumida em São Carlos (SP). O Serviço
Autônomo de Água e Esgoto de São Carlos
(Saae) tem até 6 de junho para responder
sobre a metodologia de captação de água e de
testes e sobre o levantamento de uma ONG
que aponta a identificação de 27 tipos de
agrotóxicos nas amostras coletadas na cidade.
“Na água servida em São Carlos para o
consumo humano tem a presença de todos os
agrotóxicos de teste obrigatório”, afirmou o
promotor do meio ambiente, Flávio Okamoto.
O caso foi relatado por uma reportagem da
ONG Repórter Brasil, que teve como base
dados obtidos junto ao Sistema de Informação
de Vigilância da Qualidade da Água para
Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da
Saúde.
O Saae foi questionado e deverá responder ao
MP sobre os tipos de teste realizados e sua
periodicidade e sobre eventuais
desconformidades detectadas nos últimos
cinco anos em relação a todas as substâncias
químicas que representam risco à saúde.
O Saae informou que irá prestar todos os
esclarecimentos ao MP e mostrar que a água
de São Carlos é própria para o consumo,
seguindo os parâmetros do Ministério da
Saúde, além de refutar as informações da
reportagem.
Pulverização de lavouras é a principal causa da presença de agrotóxicos na água de São Carlos — Foto: Érico Andrade/G1
Segundo o promotor, os níveis dos produtos
detectados nos testes estão dentro do
parâmetro permitido, mas a medição feita no
Brasil leva em consideração os níveis de cada
produto separadamente e não estabelece um
limite de contaminação geral.
O Brasil, diferentemente da Europa, não tem
limite de substância por litro d’agua. Não tem
limite global, só de cada produto”, afirmou
Okamoto.
Se seguisse os padrões europeus, segundo o
promotor, os índices de agrotóxico na água
são-carlense estaria 2.700 vezes acima do
permitido. Além disso, 21 dos ativos
encontrados na água teriam o uso proibido por
oferecerem risco ao meio ambiente e à saúde
humana e animal.
O promotor também oficiou a Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb),
Grupo de Vigilância Sanitária XII de
Araraquara e a Vigilância Sanitária Municipal
de São Carlos para que se manifestem sobre o
nível de contaminação encontrado na água.
O Escritório de Defesa Agropecuária de
Araraquara foi acionado para encaminhar
relatório das atividades desenvolvidas no
controle da aquisição e utilização de
agrotóxicos pelas propriedades agrícolas do
município, bem como da destinação das
embalagens vazias. Todos têm até 6 de maio
para se posicionar.
17
Grupo de Comunicação
O promotor de Justiça de Barretos Flávio Okamoto — Foto: Maurício Glauco/EPTV
Segundo o promotor, o MP não pode mudar os
parâmetros de contaminação da água, que é
de competência do governo federal, mas
pretende agir localmente para minimizar o
problema.
“O MP não pode fazer nada porque existe um
parâmetro e a água está dentro do parâmetro
e ela vai continuar a ser servida, mas a
promotoria pode atacar as causas da
contaminação.”
Uma das medidas é acionar os órgãos
fiscalizadores para agir no motivo da
contaminação, primeiro identificando onde a
água é captada e onde os testes foram feitos e
verificando o que a Secretaria de Agricultura
está fazendo para o controle de compra de
agrotóxicos e destinação de embalagem. O
segundo passo é atuar no controle dos
agrotóxicos, principalmente em áreas de
mananciais.
“Já que nossos parâmetros são extremamente
permissivos, que pelo menos a gente diminua
a concentração de cada um deles na nossa
região”, afirmou o promotor.
Água está dentro dos parâmetros, diz Saae
A gerente operacional do Tratamento de Água
e Esgoto de São Carlos, Leila Jorge Patrizzi,
discorda da maneira como os dados do
Sisagua foram interpretados e garante que a
água de São Carlos está dentro dos
parâmetros estabelecidos pelo Ministério da
Saúde.
Segundo Leila, o Saae disponibiliza no sistema
do Ministério da Saúde os resultados dos
testes assim como recebe dos laboratórios que
são acreditados pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)
e que estes medem os limites de resíduos até
o ponto de quantificação.
“Todos os resultados sejam da água bruta ou
água tratada e após tratamento referentes aos
agrotóxicos são apresentados como inferiores
aos limites de quantificação, que é algo muito
abaixo do valor máximo da legislação e é o
menor valor que um aparelho consegue medir
com precisão e exatidão”, afirmou.
Segundo a gerente, valores abaixo do limite
de quantificação são variáveis e podem ser
confundidos com o ruído do aparelho, por isso
não são medidos pelos laboratórios.
Estação de tratamento de água de São Carlos — Foto: Fabiana Assis/G1
"Para se ter certeza se é o ruído do aparelho
ou pequenas concentrações da substância
química que estão ali, estudos mais
aprofundados deverão ser realizados",
explicou. "Se uma amostra tiver resultado
zero o laboratório irá reportar esses resultados
como limites inferiores ao limite de
quantificação", explicou Leila.
De acordo com a apuração feita por Leila, a
pesquisa entendeu que se o valor encontrado
for abaixo do limite de quantificação é porque
foi detectado, mas não foram quantificados e
que apenas se for abaixo do limite de
detecção, que é abaixo de quantificação aí não
foram detectados.
"Usualmente laboratórios acreditados não
fornecem valores abaixo do limite de
quantificação porque são instáveis e estão em
uma área não confiável, o limite de
quantificação é muito menor do que o valor
máximo da legislação e não tem nem tem
equipamentos suficientes para oferecer um
18
Grupo de Comunicação
valor abaixo do limite de quantificação com
precisão e exatidão."
Sobre as concentrações indicadas pela ONG
encontradas na água de São Carlos, ela disse
que não são da rede de abastecimento.
“Quando nos checamos quais foram os poços
que tiveram concentrações de agrotóxicos
quantificadas nós percebemos que são poços
particulares e não fazem parte do sistema de
abastecimento portanto essa água não está
presente na rede de São Carlos.
Amostras de água são captadas em vários pontos para testes — Foto: Reprodução/RBS TV
Leila ressalta que o Saae segue à risca a
legislação sobre o controle e segurança da
água fornecida. As amostras de São Carlos são
coletadas nas áreas de captação dos ribeirões
Monjolinho e Feijão, nos mananciais que
antecedem as áreas de captação, em 31
postos profundos em nas diversas etapas do
tratamento de água.
“No caso dos agrotóxicos são feitas duas
análises por ano, uma a cada seis meses como
manda a portaria do Ministério da Saúde. Os
testes são feitos por laboratórios acreditados
no Inmetro que seguem as diretrizes da ISO
17.025, que fazem com que os resultados
sejam seguros, exatos confiáveis e tenham
reconhecimento internacional”, explicou.
Ela disse que levará os dados dos testes do
Saae ao MP, juntamente com laudos de
especialistas sobre como devem ser
interpretados os resultados abaixo do limite de
quantificação e que irá disponibilizar cópias
dos resultados dos testes dos últimos cinco
anos para o MP e na sede do Saae para a
população.
“A água que abastece São Carlos, além de
atender a legislação, tem todos os resultados
abaixo dos limites de quantificação não se
pode afirmar que existem 27 agrotóxicos na
água que abastece São Carlos. Existe a
possibilidade de ter pequenas concentrações
de um ou outro, ou de todos, e de não ter
concentração de nenhum tipo. Além disso, as
amostras que foram comparadas com a
Europa não abastecem São Carlos”, afirmou.
https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-
regiao/noticia/2019/05/18/ministerio-publico-
abre-inquerito-para-investigar-presenca-de-
27-agrotoxicos-na-agua-de-sao-carlos.ghtml
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19
Grupo de Comunicação
Veículo: Primeira Página São Carlos
Data: 19/05/2019
Governo anuncia captação do valor total
do Novo Museu
PROJETO
Em coletiva realizada na sexta (17), o
Governador João Doria e o Secretário de C
Economia Criativa Sérgio Sá Leitão divulgaram
as empresas patrocinadoras ea empresa
gerenciadora das obras O Governador do
Estado de São Paulo João Doria, oSecretário
de Cultura e Economia Criativa doEstado
SérgioSáLeitão e o Reitor da Universidade de
São Paulo VahanAgopyananunciaram sexta
(17), em coletiva de imprensa realizada no
Palácio dos Bandeirantes, a conquista do valor
total necessário para as obras de restauro e
ampliação do Museu da Independência. Foram
divulgadas também as novas empresas que
confirmaram patrocínio ao projeto e a
empresa gerenciadora das obras.
A campanha para levantamento de recursos
foi lançada no mês de março, com o propósito
de arrecadar ao menos R$ 160 milhões para a
revitalização e também para a exposição de
reabertura, sobre ultuorsa20e0 anos da
Independência.
Dois meses depois, o Governo anuncia a
captação total do valor-alvo, por meio de
parceiros privados e empresas estatais.
“Conseguimos um recorde histórico na história
da cultura brasileira. São R$ 160 milhões até o
presente momento para a recuperação do
Museu do Ipiranga, o Museu da
Independência. Com isso, teremos recursos
suficientes para a recuperação do museu, cuja
obra começa agora em setembro. No dia 7 de
setembro de 2022 inauguraremos o nosso
Novo Museu do Ipiranga”, comentou o
Governador sobre a inauguração oficial, que
celebrará o bicentenárioda Independência do
Brasil.
“A resposta do setor privado foi muito
positiva”, disse o secretário Sérgio Sá Leitão.
“Graças aos parceiros, será possível entregar
à população de São Paulo, em 2022, o museu
mais moderno e seguro do Brasil, a tempo de
celebrarmos lá, com uma grande exposição, o
Bicentenário da Independência.”
Além da EDP Brasil, do Itaú e da Sabesp,
anunciados anteriormente, integram o
grupode patrocinadores os Bancos Safra,
Bradesco, Banco do Brasil e a Caixa
Econômica Federal, as empresas Caterpillar,
do setor de equipamentos de construção e
mineração; a Companhia Siderúrgica Nacional
(CSN); a Cosan, grupo econômico que atua
nos segmentos de energia e infraestrutura;a
farmacêutica EMS; a fabricante de automóveis
Honda; ea mineradora Vale.
Outras cinco empresas estão em fase de
negociação. Com mais aportes,será possível
restaurar também o jardim e o monumento. A
captação final, portanto, irásuperar ovalor-
alvo de R$ 160 milhões.
http://cloud.boxnet.com.br/y5wydt7z
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20
Grupo de Comunicação
Veículo: Cruzeiro do Sul / Sorocaba
Data: 19/05/2019
Museu do Ipiranga tem verba para
restauração
O governador de São Paulo, João Doria
(PSDB), afirmou ontem que as obras de
recuperação do Museu da Independência, na
Zona Sul da capital, começarão no dia 7 de
setembro. Segundo o tucano, as obras
terminam em 7 de janeiro de 2022 e a
inauguração acontecerá em 7 de setembro
daquele ano, dia em que se comemorará o
bicentenário da Independência do Brasil. O
museu está fechado desde 2013 por causa de
infiltrações que comprometem sua estrutura,
além de obras de arte danificadas.
Doria disse que já tem o compromisso de 18
empresas privadas e estatais para a doação de
R$ 160 milhões para a restauração, entre elas
bancos, indústrias farmacêuticas, automotivas
e de máquinas. Cada uma fez doações que
variam de R$ 4 milhões a R$ 12 milhões. 13
empresas já teriam assinado o compromisso.
As outras cinco, segundo o governador, serão
anunciadas nos próximos dias. A Sabesp,
umas das estatais doadoras, também se
comprometeu com a recuperação do córrego
do Ipiranga. (Da Redação)
http://cloud.boxnet.com.br/y6lvsgcn
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21
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal de Bauru
Data: 19/05/2019
Preservação do Batalha depende também
de vizinhos, revela estudo
Malavolta Jr.
Rio Batalha garante água para 160 mil bauruenses, mas grande trecho está exposto à sorte, segundo o plano de manejo
As regras de conservação, uso sustentável, de
proteção de manancial e proibição de
ocupação no Rio Batalha dependem, na maior
porção, das cidades vizinhas, sobretudo
Piratininga e Agudos. É o que informa o Plano
de Manejo da margem direita da Área de
Proteção Ambiental (APA) do Rio Batalha,
do lado de Bauru, que contempla 15 mil
hectares da bacia. O estudo, contratado pela
prefeitura por licitação e apresentado em
audiências públicas, está com o prefeito
Clodoaldo Gazzetta (PSD) há mais de 60 dias
e vai gerar, por decreto, as regras de proteção
e zoneamento do rio e seus afluentes.
O que já era sabido é que o Manejo define
diretrizes para a APA do lado bauruense,
equivalente a uma área de apenas 15.317
hectares. O restante depende do mesmo
estudo pelas cidades vizinhas. Das nascentes,
na serra de Agudos, até a lagoa de captação
na divisa com Piratininga, a extensão é de 22
quilômetros. O estudo do que cabe a Bauru
em relação à APA definiu que 23% de partes
da margem direita poderão ter algum tipo de
utilização, sendo 11% definidos como de uso
sustentável (1.608,91 hectares), 6% como de
proteção de manancial (869,13 hectares), 4%
regulamentados como dentro da faixa
destinada a Zonas de Indústria, Comércio e
Serviços (Zic de 598,82 hectares) e 2% já na
zona urbana da cidade (368,21 hectares).
Conforme o levantamento, 57% da APA do
Batalha do lado bauruense serão para
conservação (8.666,69 hectares) e 20% para
proteção de remanescentes florestais
(2.940,94 hectares). Na zona de proteção do
manancial predominam atividades rurais,
sobretudo a pecuária extensiva. Mas há
também propriedades que usam a terra para
pastagem e plantação.
Na discussão do manejo junto ao Conselho
Municipal de Defesa do Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável (Comdema), a
palavra de ordem foi de que a APA Estadual
- que sobrepõe a municipal e engloba maiores
glebas do lado de cidades como Agudos e
Piratininga, entre outras, tem de ser
regulamentada para garantir, de fato, a
sobrevivência do rio e seus afluentes. Do jeito
que está o manejo da APA do Batalha por
Bauru serve de referencial, mas não elimina os
visíveis focos de assoreamento e ataques à
capacidade de sobrevivência do rio que
responde por cerca de 33% do abastecimento
de água por aqui.
Ao contrário, se considerados os 22
quilômetros nas duas margens, das nascentes
à lagoa de captação, o manejo da APA daqui
indica que a maior parte dos 44 quilômetros
do rio - nos lados direito e esquerdo - está
exposta à sorte. O estudo identificou, além
disso, inúmeras ocupações, com edificações
irregulares na APA do Batalha em Bauru. O
zootecnista e membro do Comdema, Luiz
Pires, ressalta que 15 agrupamentos de
edificações informais (irregulares) foram
identificados no estudo. Para os integrantes do
Conselho, o MP deve ser acionado de imediato
pela Prefeitura, inclusive para a demolição de
dezenas de construções.
OUTRA MARGEM
Mas os maiores desafios do Rio Batalha estão
na outra margem (esquerda na divisa com
Bauru) e ao longo de sua extensão. Dezenas
de empreendimentos estão em curso, ou em
estágio de aprovação, do lado de Piratininga e
outros em Agudos. Na reunião em que foram
discutidas as regras de manejo da APA, a
sobrevivência dos afluentes e a ausência de
regulamentação na margem esquerda foram
enfatizadas.
Para a diretriz de manutenção da zona de
manancial, o estudo realizado por Bauru
contempla além dos 30 metros de Área de
Proteção Permanente (APP). Foi incluída, a
pedido dos membros do Comdema, a fixação
22
Grupo de Comunicação
de uma faixa de 300 metros ao longo da
margem direita do rio como Zona Não
Edificante. Conforme o Executivo, a faixa foi
anexada para prever a proteção integral
contra contaminações.
"Com episódios como de Brumadinho e
Mariana, a faixa de 300 metros na margem
como não edificante vai permitir intervenção
imediata de contenção física, se houver algum
acidente como o estouro de tubulação ou
quebra de uma Estação Elevatória de Esgoto
(EEE). É uma faixa onde não se pode
construir, mas pode ser mantido o uso atual,
quase tudo pastagem do lado bauruense",
argumenta Luiz Pires.
O problema, porém, continua sendo o restante
do rio, nas duas margens. Do lado esquerdo
(APA Estadual e com vizinhos como Agudos
e Piratininga) não há sequer a proibição de
construção além dos 50 metros de APP. A
faixa de 300 metros sob jurisdição de Bauru
vai somente da atual captação do DAE até a
área definida como ZIC, próxima do pedágio
da rodovia Bauru-Ipaussu. Em todo o
restante, dos dois lados, não existe a faixa de
zona não edificante.
Além disso, ao longo da APA há pela frente a
inaplicabilidade em trechos com parcelamento
de solo irregulares consolidados, como nas
Chácaras Cornélio e Águas Virtuosas. Na
origem, eram as chamadas chácaras de
recreio (módulos rurais bem maiores que um
lote). Contudo, como essas ocupações vieram
antes da legislação, a indicação é de que
sejam regularizadas.
A prefeitura cobra IPTU de moradias informais,
onde há fossas e não são obedecidas as regras
para rede de água, esgoto e implantação de
galerias e guias, por exemplo.
Para o prefeito Clodoaldo Gazzetta, o Manejo
do Batalha do lado bauruense reforça a
necessidade de ação conjunta perante a
Promotoria Estadual e o próprio Governo do
Estado. "Com o Manejo em mãos e o
zoneamento, é preciso intensificar as
exigências para que as regras sejam aplicadas
também na APA Estadual que sobrepõe a
municipal e, com isso, buscar junto aos
vizinhos a mesma regulamentação porque
envolve o abastecimento estratégico de 160
mil bauruenses", finaliza.
https://www.jcnet.com.br/Geral/2019/05/pres
ervacao-do-batalha-depende-tambem-de-
vizinhos-revela-estudo.html
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23
Grupo de Comunicação
Veículo: Costa Norte / Bertioga
Data: 20/05/2019
Audiência pública debate saneamento em
Guarujá
Encontro tratou da minuta de contrato de
prestação dos serviços públicos a ser firmado
com a Sabesp
Novos investimentos, que garantirão mais
segurança hídrica para Guarujá próximos 30
anos, foram o mote da segunda audiência
pública realizada na manhà de quarta-feira,
15, no Teatro Municipal Procópio Ferreira. O
encontro debateu a minuta de contrato de
prestação dos serviços públicos de
abastecimento de água e esgotamento
sanitário, a ser firmado com a Companhia de
Saneamento Básico do Estado de Sào
Paulo (Sabesp).
A proposta é formalizar a prestação dos
serviços, envolvendo captaçào, aduçào e
tratamento de água bruta; aduçào, reservaçào
e distribuição de água tratada; coleta,
transporte, tratamento e disposição de
esgotos sanitários.
A audiência pública tem como base a Lei
Complementar n° 235/2018, que autoriza o
Executivo a assinar contrato com a Sabesp,
para atender o saneamento básico do
município.
O evento contou com a Foiani explanados os
investimentos que a Sabesp pietende fazer no
município nos próximos 30 anos presença do
prefeito Válter Suman que, na oportunidade,
fez a abertura do encontro; ele destacou os
principais investimentos de seu governo nos
últimos dois anos, nas áreas de saúde,
educaçào, habitação, iluminação pública,
zeladoria, obras públicas, segurança jurídica
para investidores, açòes de combate ao
desemprego e tratativas para a instalação do
Aeródromo Civil Metropolitano de Guarujá.
O superintendente da Sabesp na Baixada
Sérgio Bekerman apresentou detalhes sobre
a contratualizaçào dos serviços, com o
objetivo de informar a sociedade, dirimir
dúvidas e conhecer a opimào pública,
recolhendo críticas e sugestões a respeito do
contrato.
Bekerman fez uma breve explanação técnica
sobre o processo; ele apontou os
investimentos que a Sabesp pretende fazer no
município nos próximos 30 anos e lembrou
que a estatal está há 45 anos operando em
Guarujá sem contrato. O superintendente
ressaltou a aprovação do Plano Municipal de
Saneamento Básico, em fevereiro do ano
passado, que norteará o contrato da Sabesp
com a prefeitura.
Na primeira audiência, realizada no dia 7, o
secretário de Planejamento Damei Cândido
informou que Guarujá tem perto de 95% da
população atendida por abastecimento de
água, e em torno de 75%, pela coleta de
esgoto. Sào 130 mil imóveis atendidos com
água e 105 mi, com esgoto. Os 25 mil ainda
nào atendidos com os serviços receberão os
benefícios nos próximos anos.
Até o ano de 2039, serào investidos
aproximadamente RS 780 milhões de reais,
em água e esgoto; parte desses
investimentos, ou seja, cerca de 80 milhões,
serào aplicados na Cava da Pedreira (na área
continental de Santos), que garantirá o
fornecimento de água para a cidade, tanto
para a população de 320 mil habitantes, como
também para os dois milhões de habitantes
nos finais de ano.
Guarujá Carla Nóvoa
http://cloud.boxnet.com.br/yymsarhw
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24
Grupo de Comunicação
Veículo: Costa Norte / Bertioga
Data: 20/05/2019
Mangue Seco tem obras de saneamento
básico iniciadas
Os moradores do núcleo Mangue Seco,
localizado no bairro Rio da Praia, serão
beneficiados com obras de saneamento básico.
A prefeitura de Bertioga e a Sabesp
apresentaram à população os projetos de
estação elevatória de esgoto (EEE); 2.600
metros de rede coletora de esgoto; 630
unidades de ligação de esgoto; e 430 metros
de linha de recalque.
O investimento, no valor de RS15 milhões, faz
parte do contrato com a Sabesp e atenderá
também os núcleos Jardim das Canções e Ana
Paula, também no Rio da Praia. O pontapé
inicial dos trabalhos aconteceu na rua Pastor
Ronald Rodrigues da Silva, esquina com rua
22.
O prefeito Caio Matheus explicou que a obra
de saneamento dará início à urbanização do
bairro. “Não tem como a gente fazer a
pavimentação sem antes investir no que fica
debaixo da terra, que é a rede coletora de
esgoto e drenagem”.
De acordo com o secretário de Obras e
Habitação Luiz Carlos Rachid, assim que o
saneamento for concluído, será iniciada a
pavimentação: “Trata se de um saneamento
esperado há décadas pelos moradores e que,
a partir de hoje (dia 13), se torna realidade”.
http://cloud.boxnet.com.br/y4hxqqr5
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25
Grupo de Comunicação
Veículo1: Mogi News
Veículo2: Portal News
Data: 18/05/2019
Parque Municipal recebe visita a partir
das 9 horas
A Secretaria Municipal do Verde e Meio
Ambiente realiza hoje, das 9 às 12 horas, uma
visita monitorada ao Parque Natural Municipal
Francisco Affonso de Melo. O passeio é
gratuito e voltado a todos que se inscreveram
ao longo da semana.
A visita começa com uma palestra, na qual os
participantes aprendem um pouco sobre a
história do parque e da Serra do Itapeti - onde
a reserva está localizada, em seu topo. E
seguida, acontece a trilha, considerada de
média complexidade e com cerca de 1,5
quilômetro de extensão. Acompanhadas de um
guia, as pessoas podem observar espécies
como saguis e admirar a vista do alto do
parque, de onde é possível ver Mogi das
Cruzes.
No dia da visita, a recomendação é para que
os participantes utilizem calça comprida e
calçados fechados e confortáveis. Além disso,
é importante levar repelentes, protetor solar,
lanche e água.
Com limite de 120 pessoas por dia, as visitas
são gratuitas e proporcionam às pessoas a
oportunidade de conhecer um local onde
existem cerca de 300 espécies de aves
identificadas, além de 40 tipos de mamíferos.
O passeio pelo parque inclui uma visita à
nascente modelo, instituída no Programa
Município Verde Azul, e os visitantes
poderão experimentar uma água limpa da bica
que é alimentada pelas nascentes. Também
será mostrado o programa de reintrodução
das orquídeas nativas e que são endêmicas da
região.
Durante a trilha, visitantes conhecem a história do local
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22959650&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22954793&e=577
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26
Grupo de Comunicação
Veículo1: Portal do Governo SP
Veículo2: Acontece Agora online
Data: 17/05/2019
ROTEIRO VISITAÇÃO: São Paulo conta
com trilhas incríveis para curtir a
natureza
Ademir Rodrigues
Início Atualidades
ROTEIRO VISITAÇÃO: São Quem gosta de
entrar em contato com a natureza ou quer
aproveitar para sair um pouco do agito da
cidade, pode aproveitar as diversas opções de
parques estaduais para fazer uma trilha
ecológica e curtir o meio ambiente sozinho ou
em família.
Seja na capital, interior ou litoral, existem
muitas opções de parques estaduais. Confira
abaixo a lista de trilhas que separamos e
prepare-se para desbravar várias regiões do
Estado e se encantar com a natureza.
Na capital
Parque Estadual Alberto Löfgren (Horto
Florestal) - Zona Norte
Rua do Horto, 931, Horto Florestal, São Paulo
Mais conhecido como Horto Florestal, o Parque
Estadual Alberto Löfgren foi criado pelo
botânico sueco que dá nome ao local. Além do
instituto florestal, o parque abriga o palácio de
verão do Governo Estadual, lagos, bicas e
espaços abertos. O visitante pode visitar o
Museu Florestal Otávio Vecchi e o marco do
trópico de Capricórnio, que passa pelo parque.
Parque da Juventude
Av. Zachi Narchi, 1.309, Santana, São Paulo
Após a desativação da Penitenciária do
Carandiru, o Parque da Juventude mudou a
paisagem da Zona Norte de São Paulo. No
lugar foi construído um complexo cultural
recreativo de 240 mil m². Lá você pode
praticar esporte, acessar a Internet de graça
no posto do Acessa SP, participar de cursos
gratuitos no prédio da ETEC ou curtir a
Biblioteca de São Paulo. Além disso, é muito
fácil chegar no Parque da Juventude, você
pode descer na estação Carandiru do Metrô ou
pegar um ônibus que passe pela Avenida
Cruzeiro do Sul, altura do número 2.500, ou
Zachi Narchi, 1.300.
Parque Ecológico do Tietê - Zona Leste
Endereço: Rua Guirá Acangatara, 70,
Cangaíba, São Paulo
Considerado uma das maiores reservas
ambientais do Estado, o Parque Ecológico do
Tietê serve de bacia de acumulação de água
para o rio, evitando enchentes. O local, que foi
inaugurado em 1982, também abriga o Centro
de Educação Ambiental, o Centro Cultural, o
Museu do Tietê, uma biblioteca e o Centro de
Recepção de animais silvestres.
Parque da Água Branca
Av. Francisco Matarazzo, 455, Água Branca,
São Paulo
Criado em 1929, o parque não é apenas
tombado como patrimônio histórico do Estado,
mas cultural, arquitetônico, turístico,
tecnológico e paisagístico. Além da natureza,
mantém exposições permanentes no Instituto
Geológico, a Casa de Caboclo, um aquário com
as espécies mais importantes das bacias
hidrográficas de São Paulo, e um relógio de sol
que marca a passagem do tempo em vários
países.
Parque Villa-Lobos
Avenida Professor Fonseca Rodrigues, 2.001,
Alto de Pinheiros, São Paulo
Localizado na região Oeste da Capital, o
parque Villa-Lobos é uma das melhores opções
de lazer ao ar livre da cidade. O parque, que
abrange uma área de 732 mil m², possui
ciclovia, quadras, campos de futebol,
playground e bosque com espécies de Mata
Atlântica. A área de lazer inclui ainda
27
Grupo de Comunicação
aparelhos para ginástica, pista de cooper,
tabelas de street basketball e um anfiteatro
aberto com 750 lugares, sanitários adaptados
para deficientes físicos e lanchonete. O Parque
Villa-Lobos foi um dos primeiros da cidade a
ser adequado à acessibilidade de pessoas com
necessidades especiais.
Litoral
Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) -
Núcleo Caraguatatuba
Composto por diversas trilhas, entre elas a
Trilha Noturna, o turista pode avistar espécies
de animais de hábito noturno, entre elas, os
cogumelos bioluminescentes. Outro destaque
é a Trilha do Jequitibá, onde está situado o
Circuito de Observação de Aves, com
comedouros e condições ideais para avistar
diversas espécies, como tiê-sangue, saíras,
sabiás e outros.
Rua do Horto Florestal, 1200, Bairro Rio do
Ouro. Para mais informações ligue: (12) 3882-
5999, das 14h às 17h, acesse o site ou mande
um e-mail para:
[email protected]. As visitas
precisam ser agendadas e os ingressos custam
R$ 12 por pessoa. Crianças de até 12 anos,
adultos com mais de 60 e pessoas com
deficiência também não pagam. Estudantes
pagam meia entrada, mediante apresentação
de documento.
PESM - Núcleo Picinguaba
O Centro Cambucá de Observação de Aves é
um dos atrativos no Núcleo Picinguaba. O
espaço tem um grande lago, onde são
avistadas e registradas as paradas de aves
migratórias. Além de diversas trilhas, o Núcleo
reserva ainda uma visita pela Comunidade
Tradicional Quilombola da Fazenda, onde os
turistas poderão visitar a Agrofloresta, Casa
de Farinha, Roda de Conversa com moradores
antigos, apresentação musical 'Tambores da
Fazenda' e visita à cachoeira. É possível
também agendar um almoço tradicional na
comunidade.
PESM - Núcleo Picinguaba: Rodovia BR-101,
km 08 - Ubatuba, SP. As trilhas necessitam de
agendamento prévio pelo e-mail
[email protected] ou pelo
telefone (12) 9707-2426. Para mais
informações ligue (12) 3832-1397.
Interior
Parque Estadual Intervales
Localizado no município de Ribeirão Grande, a
270 km da capital, o Parque de Intervales tem
diversas atrações. Uma delas é a Trilha do
Mirante da Anta. Com 4,2 quilômetros (ida e
volta), ela proporciona uma bela vista
panorâmica da sede do parque e da região de
Ribeirão Grande inserida na Unidade de
Conservação. A trilha tem início na pousada
Pica-Pau e depois cruza uma área de floresta
atlântica de encosta.
Durante o percurso de aproximadamente duas
horas e 30 minutos, os visitantes poderão
apreciar muitas espécies de aves, como
tucanos, pica-paus e jacutingas. A flora é rica,
com Mata Atlântica secundária (em
regeneração) e primária, com destaque para a
presença de árvores como canela, embaúba e
o manacá - que na primavera fica muito
bonita por causa das flores.
Acessibilidade
Além disso, os parques estaduais contam com
projetos de acessibilidade. No Parque Villa-
Lobos, localizado na capital, por exemplo, o
visitante vai encontrar o Circuito das
Árvores, uma trilha acessível que consiste em
uma passarela que chega até 3,5 de altura e
tem uma extensão de 120 metros.
Quem visita o Jardim Botânico, também na
capital, pode conhecer a Trilha da Nascente,
que foi totalmente projetada para atender
cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida
ou deficientes visuais. O local é uma passarela
de madeira fixa, projetada para não causar
impacto na Mata Atlântica. Plana, ela guia o
visitante até uma espécie de observatório da
nascente do Rio Ipiranga.
Outro local que tem acessibilidade é a Trilha
do Silêncio, que fica no Parque Estadual do
Jaraguá, também na capital paulista. Ela
conta com corrimões e placas com
informações em braile. Lá, o único som que
pode ser ouvido é o da natureza.
Veja abaixo as trilhas do Estado com links
para mais informações
Trilhas com baixa dificuldade
28
Grupo de Comunicação
Trilha da Nascente do Riacho do Ipiranga
no Jd. Botânico
Trilha da Brejaúva e Palmáceas no PE
Campina do Encantado
Trilha dos Jequitibás no PE Vassununga
Trilha do Rio Paraíbuna no PESM Núcleo
Cunha
Trilha do Passareúva no PESM Núcleo
Itutinga-Pilões
Trilha do Silêncio no Parque Estadual do
Jaraguá
Trilha do Itinguçu no Estação Ecológica
Jureia-Itatins
Trilha das Árvores Gigantes no PE Porto
Ferreira
Trilha da Vida no Parque Ecológico do
Guarapiranga
Trilha da Saúde na Floresta Estadual
Edmundo Navarro de Andrade (FEENA)
Trilhas de dificuldade média
Trilha das Cachoeiras no PESM - Núcleo
Cunha
Trilha do Poço das Antas no PE Ilha do
Cardoso
Trilha do Morro do Diabo no PE Morro do
Diabo
Trilha Subaquática no PE da Ilha Anchieta
Trilha Monumentos Históricos Caminhos
do Mar no PESM - Núcleo Itutinga-Pilões
Trilha do Saco Grande no PE da Ilha
Anchieta
Trilha do Poção no PESM Caraguatatuba
Trilha do Mirante da Anta no PE
Intervales
Trilha do Mirante no PESM - Núcleo
Curucutu
Trilha do Garcez no PESM - Núcleo Santa
Virgínia
Trilhas de alta dificuldade
Trilha do Rio Bonito no PESM - Núcleo
Cunha
Trilha do Corisco no PESM - Núcleo
Picinguaba
Trilha do Baepi no PE Ilhabela
Trilha Piscinas da Lage no PE Ilha do
Cardoso
Trilha Divisor das Águas no Parque
Estadual Intervales
Trilha do Pai Zé no PE do Jaraguá
Trilha da Pedra Grande no PE da
Cantareira
Para mais informações, basta acessar o site da
Fundação Florestal da Secretaria do Meio
Ambiente ou pelo aplicativo Parques SP.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22941362&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22944718&e=577
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29
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 18/05/2019
Santo André inclui cláusula de segurança
no acordo com Sabesp
No projeto de lei encaminhado à Câmara em
que pede autorização para acordo com a
Sabesp (Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo), o governo
do prefeito de Santo André, Paulo Serra
(PSDB), inclui item que trata sobre hipótese
de romper a concessão, inicialmente por 40
anos, em caso de privatização da empresa
paulista. O Paço registra a alternativa no
artigo 14º da proposta, abrindo margem de
segurança para ruptura do convênio se houver
mudança no cenário - atualmente, a estatal é
de capital aberto, mas a maior parte das ações
continua sob as rédeas do governo do Estado.
'Todos os ajustes autorizados por esta lei
somente permanecerão válidos enquanto a
Sabesp mantiver sua condição de empresa
controlada pelo Estado de São Paulo', sustenta
o artigo mencionado. A matéria foi
encaminhada pela administração andreense ao
Legislativo depois da assinatura do protocolo
de intenções entre a gestão tucana e a Sabesp
visando negociar convênio que possa equalizar
a dívida da ordem de R$ 3,4 bilhões,
assegurar investimentos na rede de
distribuição - estimativa em torno de R$ 700
milhões - e adotar medidas para encerrar
casos recorrentes de falta d'água na cidade.
A empresa estadual fornece hoje 95% de água
no atacado ao município. O passivo se dá
justamente devido à diferença do montante
pago por Santo André em relação ao valor da
tarifa cobrada pela Sabesp desde a década de
1990. A proposta municipal de gestão
compartilhada com o Semasa (Serviço
Municipal de Saneamento Ambiental de Santo
André) prevê a concessão dos serviços de
distribuição de água e esgoto, mantendo,
contudo, sob a alçada da autarquia andreense,
as atividades de varrição, gestão ambiental e
resíduos sólidos.
A ponderação estipulada no projeto da gestão
local se dá após terem esfriado as tratativas
de privatização neste ano, embora a situação
não seja completamente descartada no radar
do governo de João Doria (PSDB). O secretário
estadual da Fazenda e Planejamento, Henrique
Meirelles (MDB), sinalizou, em entrevistas,
que a privatização ou capitalização da Sabesp
não irá se concretizar em 2019. A operação de
privatização, segundo levantamento, renderia
aos cofres públicos paulistas uma receita de
cerca de R$ 10 bilhões ou, no caso de
capitalização, R$ 5 bilhões, sendo R$ 4 bilhões
à empresa, e estava prevista no orçamento
aprovado no fim do exercício de 2018.
O governo paulista detém atualmente 50,3%
das ações, enquanto que o restante é
negociado em bolsas de valores no Brasil e no
Exterior. Apesar da linha encampada por Doria
de concessões para diminuir o tamanho do
Estado, a proposta específica da Sabesp,
portanto, entrou em banho-maria em São
Paulo. Dentro da projeção de capitalização da
empresa, a ideia já fomentada durante a
gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) era criação
de uma holding que administraria a fatia
estadual. A decisão definitiva não foi tomada
neste sentido. A Sabesp é comandada hoje
por Benedito Braga, que substituiu Karla
Bertocco Trindade no posto.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22957198&e=577
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30
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal de Piracicaba
Data: 18/05/2019
Adinorte notifica e cobra plano de ação de
empresas sobre despejo
O presidente da Adinorte (Associação das
Empresas do Distrito Industrial Uninorte) em
Piracicaba, Erich Gomes, disse ontem que
empresários instalados no complexo são
notificados e cobrados de um plano de ação,
quando constatado obdespejo irregular na ETE
(Estação de Tratamento de Estoto) existente
no distrito para captação de efluentes
orgânicos.
Ele admitiu a possibilidade de haver despejo
de esgoto industrial ou químico, mas não em
quantidades como as denunciadas pelo
vereador e servidor do Semae (Serviço
Municipal de Água e Esgoto) ao Ministério
Público.
Segundo Erich, desde 2016, a Adinorte tenta
passar a responsabilidade da ETE para o
Semae. Ele destacou que a entidade não tem
como fiscalizar ou punir os empresários que
por ventura despejam resíduos industriais,
que descompensam o funcionamento da
estação.
O empresário disse que a associação tem
feito o papel dela e, para isso, conta com
a Cetesb (Companhia de Saneamento do
Estado de São Paulo) e o Semae. Ele contou
que a Adinorte foi atuada em R$ 120 mil pela
Cetesb por conta de despejo irregular. 'Meu
trabalho tem sido esse, tentar conscientizar os
empresários e recorrer das multas da Cetesb',
afirmou.
Gomes disse que aguarda a outorga do DAEE
(Departamento de Águas e Energia
Elétrica) para fazer a transposição do esgoto
produzido no distrito industrial para uma
adutora que levará os efluentes até a ETE
Capim Fino. 'A Cetesb emitiu a liberação há
um mês agora falta do Daee', afirmou.
Segundo ele a obra vai custar R$ 250 mil aos
cofres da associação, mais que o dobro da
multa aplicada pela companhia.
O empresário disse que tem consciência de
que o distrito não pode cometer crime
ambiental, o que ele condena, porém, afirmou
que desde 2015 os empresários têm
atravessado a crise que atinge todo o país. No
distrito são cerca de 70 empresas instaladas e
em atividade. Segundo ele, cada unidade
deveria ter sua estação própria para
tratamento dos resíduos gerados, mas admitiu
que não é essa a realidade. 'Existem
empresário e empresário a grande maioria não
tem estação', falou.
'A Adinorte tem feito o trabalho dela,
solicitamos laudos que custam R$ 700 junto à
empresa credenciada na Cetesb apontando
um plano de ação para essas empresas que
fazem o despejo incorreto', explicou. 'O asfalto
aqui tem 20 centímetros de espessura e foi
feito pela Adinorte, a segurança também é por
conta da associação', exemplificou.
Beto Silva
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=22962201&e=577
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31
Grupo de Comunicação
Veículo: O Estado de S.Paulo
Data: 18/05/2019
Deslizamento de morro bloqueia estrada
e isola costa sul de Ilhabela
- São Paulo - Estadão
José Maria Tomazela , O Estado de S.Paulo
O deslizamento de toda a encosta de um
morro, neste sábado, 18, bloqueou
completamente a rodovia Perimetral Sul (SP-
131), e isolou a costa sul de Ilhabela, no
litoral norte do Estado de São Paulo. Uma casa
construída no morro desabou, mas o imóvel já
estava interditado pela Defesa Civil e não
havia ninguém nele. O deslizamento arrastou
árvores e postes de energia elétrica. A
concessionária desligou a energia em parte da
região do Piúva, onde houve o acidente, para
que as equipes iniciassem a remoção da
barreira.
Deslizamento de morro bloqueia estrada e
isola costa sul de Ilhabela
Toda a encosta de um morro deslizou e a barreira encobriu a rodovia Perimetral, em Ilhabela, litoral norte do Estado de São Paulo Foto: Tribuna do Povo/Divulgação
A prefeitura acionou a Coordenadoria de
Defesa Civil do Estado de São Paulo e o
Instituto Geológico para avaliar a
estabilidade do local. Ao menos duas casas
foram interditadas por segurança - uma delas
havia desabado parcialmente nesta sexta-
feira. Na área isolada, a Unidade Básica de
Saúde (UBS) foi aberta e está de prontidão
para atender os moradores, impossibilitados
de se locomover para outras unidades do
município. A Estrada de Castelhanos,
importante ligação interna da ilha, está
interditada desde sexta, devido à queda de
barreiras e árvores.
As chuvas torrenciais que atingem o litoral
norte já deixaram mais de 100 pessoas
desalojadas na região. Conforme a Defesa
Civil, 21 pessoas estão desabrigadas em
Ilhabela. Em Caraguatatuba, o
transbordamento de córregos desalojou outras
26. Também há desabrigados em São
Sebastião, onde 22 pessoas estão em abrigos.
Em Ubatuba, 54 pessoas estão fora de suas
casas.
Castigada pelas chuvas, a região já tem mais
de 100 desalojados Foto: Tribuna do
Povo/Divulgação
https://sao-
paulo.estadao.com.br/noticias/geral,deslizame
nto-de-morro-bloqueia-estrada-e-isola-costa-
sul-de-ilhabela,70002834221
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32
Grupo de Comunicação
Veículo: Portal do Governo SP
Data: 16/05/2019
Conheça os parques urbanos da capital
para passear com o cachorro | Governo
do Estado de São Paulo
É importante verificar as regras e normas de
conduta de cada local, como a exigência do
uso de guia e coleira nos cães, por exemplo
Quem gosta de levar o cachorro para passear
pode aproveitar alguns parques da capital
paulista. A Secretaria de Infraestrutura e
Meio Ambiente conta com diversos parques
urbanos que permitem a entrada de animais
de estimação. São eles o Villa-Lobos,
Jequitibá, Juventude, Belém, Pomar
Urbano, Alberto Löfgren, Cândido
Portinari e Guarapiranga.
É importante verificar as regras. É permitida a
entrada de cães desde que estejam com guia
e coleira. No caso das raças mastim
napolitano, pit bull, rotweiller e american
staffordshire terrier precisa atender também à
legislação municipal. É necessário também,
além da guia e coleira, o uso de focinheira e
enforcador.
Vale lembrar que as regras devem ser
seguidas para evitar brigas entre os próprios
animais e trazer mais segurança para os
demais usuários. As instituições solicitam que
as fezes do animal sejam coletadas, para
deixar o ambiente limpo para os próximos
usuários. Após a coleta, também solicita aos
visitantes o descarte adequado.
O professor Diego Soares diz que nunca
esquece seus saquinhos de coleta. “É
importante trazer com a gente os sacos
coletores. Assim, respeitamos todos que estão
no parque e não sujamos o lugar. Todos
devem trazer e fazer sua parte”, afirma.
Nos Parques Villa-Lobos, Cândido Portinari e
Juventude, há o Espaço Canino. Nestes locais
os animais podem ficar soltos e brincar com
equipamentos disponíveis.
Para a aposentada Denise Romualdo levar seu
cachorro no parque todo domingo é bom para
ela e para o pet. “Eu sempre venho caminhar.
Então no fim de semana eu aproveito e levo
meu cachorro. Assim ele tem um passeio
diferenciado também”, conta.
As orientações os proprietários de cães
encontram-se em placas distribuídos na área
dos parques e na entrada dos Espaços
Caninos. Saiba mais sobre os parques
estaduais e reservas aqui.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/con
heca-os-parques-urbanos-da-capital-para-
passear-com-o-cachorro/
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33
Grupo de Comunicação
Veículo: Defesa Agência de Notícias
Data: 17/05/2019
MPF quer garantir participação popular
em debates sobre área de proteção
ambiental no litoral norte paulista
- Defesa
O Ministério Público Federal cobrou da
Fundação Florestal informações detalhadas
sobre o andamento dos trabalhos para a
implementação do plano de manejo da Área
de Proteção Ambiental Marinha Litoral Norte
(APAMLN). Comunidades tradicionais da região
têm relatado que as consultas sobre os
encaminhamentos foram suspensas e
manifestado receio de que o texto acabe
aprovado sem que moradores e pescadores
artesanais sejam ouvidos.
O MPF deu prazo de 15 dias para que a
Fundação, responsável pela condução do
processo, apresente esclarecimentos sobre a
previsão de retomada das reuniões com essas
comunidades e um cronograma das atividades
para a elaboração do plano de manejo.
Embora o órgão já tenha indicado
informalmente que pretende dar continuidade
às discussões no segundo semestre deste ano,
o prazo inicial para o encerramento dos
trabalhos terminaria em julho, o que tem
deixado as populações locais apreensivas.
“Necessário se faz obter da Fundação Florestal
um posicionamento oficial quanto à retomada
das reuniões setoriais, do cronograma de
discussões com a população, bem como que
assuma o compromisso na elaboração do
plano de manejo de forma participativa, com a
máxima transparência, e considerando as
peculiaridades das comunidades tradicionais”,
afirmou a procuradora da República Walquiria
Imamura Picoli. Ela é responsável pelo
procedimento do MPF para acompanhar o
assunto, cuja conclusão, prevista para este
mês, foi prorrogada em um ano.
O MPF exige também que a Fundação envie à
Procuradoria da República em Caraguatatuba
e aos representantes das comunidades
tradicionais e de pescadores artesanais do
litoral norte uma minuta atualizada do texto e
do mapa relativos ao zoneamento da APAMLN
tão logo esteja disponível, com antecedência
mínima de 20 dias da retomada das reuniões
sobre a área de proteção. Desde as últimas
reuniões, a falta de informações claras sobre o
zoneamento e os usos que serão permitidos
no local tem prejudicado a compreensão das
comunidades, que, sem subsídios mínimos,
não conseguem estabelecer a defesa de seus
próprios interesses.
Criada em 2008, a APAMLN é composta por
áreas marinhas dos municípios de Ubatuba,
Caraguatatuba, Ilhabela e São Sebastião. A
unidade foi instituída para proteger e garantir
o uso racional dos recursos ambientais da
região, com vistas ao desenvolvimento
sustentável.
https://defesa.com.br/3889/mpf-quer-
garantir-participacao-popular-em-debates-
sobre-area-de-protecao-ambiental-no-litoral-
norte-paulista/
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Data: 20/05/2019
34
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Globo News Especial
Data: 19/05/2019
Arboviroses, o avanço do mosquito -
Parte I
Duração: 00:15:50
Transcrição
Dois mil e dezenove começou trazendo de
volta às doenças transmitidas pelo mosquito
Aedes aegypti, o número de casos de
chikungunya cresceu mais de trezentos por
cento nos dois primeiros meses desse ano em
relação ao mesmo período do ano passado.
A edição das quatro está de volta contando
para vocês que os casos de dengue
aumentaram quatro vezes nos primeiros três
meses de dois mil e dezenove em relação ao
início do ano passado. [...]
http://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=0081
2955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF502000000
99318B400BA0271D8D06DB2F61C8F92D90D7
72B793B976BD893B747D63B983F01AE7621A
BCA908FBAA7897A73C274866480ECC5D114F
7A4910AC4CBDE277853D7E09AC255E4172D8
B814B502C625434B
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Data: 20/05/2019
35
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 20/05/2019
Aos poucos, canudos plásticos saem de
circulação na região
Embora apenas Ribeirão Pires tenha lei que
obriga o fornecimento de itens biodegradáveis,
estabelecimentos de outras cidades já aderem
à medida
Yasmin Assagra
Moradores e comerciantes do Grande ABC já
aderem à mudança de comportamento de
cidades como São Paulo e o Rio de Janeiro,
onde canudos de plástico foram proibidos
como medida de preservação ambiental.
Apenas Ribeirão Pires conta com lei em vigor
que determina que estabelecimentos forneçam
itens biodegradáveis, no entanto, as demais
cidades já estudam seguir o exemplo. De olho
na tendência, empreendedores da região se
antecipam à obrigatoriedade e passam a
fornecer objetos sustentáveis.
Ambientalistas alertam que o uso excessivo
dos canudos de plástico se tomou ameaça ao
meio ambiente. Estimativa do Fórum
Econômico Mundial é a de que haja 150
milhões de toneladas métricas de plásticos nos
oceanos e que haverá mais plástico do que
peixes nos mares até 2050.
Professora e pesquisadora da escola da saúde
da USCS (Universidade Municipal de São
Caetano), Marta Marcondes alerta a
necessidade de se evitar que o plástico
prejudique toda a cadeia alimentar. “Não
podemos produzir resíduos e achar que eles
vão sumir do nosso planeta. Estou todos os
dias fazendo análises próximo de rios e o que
eu mais vejo nos locais são esses materiais. O
plástico está saturando os oceanos e essas
mudanças de atitudes são importantes. Os
passos são curtos e necessários.”
De acordo com Antônio Almeida, 59,
proprietário de restaurante em Mauá, o
estabelecimento tem 73 anos e só agora a
preocupação com o material dos canudos
surgiu. Antes mesmo de o utensílio de plástico
ser proibido pelo poder público, o local já
realizou a troca dos itens por modelos
biodegradáveis. “Desde que soubemos da
movimentação sobre essa causa, trocamos os
canudos e aderimos a esse apelo. É a nossa
contribuição para essa causa”, pontua.
A Abiplast (Associação Brasileira da Indústria
do Plástico) afirma trabalhar diariamente para
efetivar a economia circular no processo
produtivo do setor. Além disso, a instituição
motivou a criação da rede de cooperação para
o plástico, que reúne toda a cadeia produtiva
estendida do material e se dedica a estudar
modelos de logística reversa e melhorias no
design de embalagens.
LEIS
Desde outubro de 2018, a Prefeitura de
Ribeirão Pires conta com a Lei 6.295, que
dispõe sobre a obrigatoriedade de
restaurantes, bares, lanchonetes, ambulantes
e simulares autorizados a usarem e
fornecerem canudos de papel biodegradável
ou reciclável individual e embalados com
material semelhantes. Em caso de
descumprimento, a multa é de R$ 3.000-sobe
para R$ 6.000 em caso de reincidência.
Entre as demais, apenas São Caetano e Mauá
informaram que já possuem estudos sobre o
tema.
MAUA.
Utensílios ecologicamente corretos já são
distribuídos
Opção ecológica está no radar de empresas e
empreendedores
A busca por produtos biodegradáveis também
se torna oportunidade de negócio.
Empreendedor da loja Só Canudos, em Santo
André, Douglas Negrisolli percebeu que
faltavam produtos para atacado com essa
tendência e investiu em saídas sustentáveis
para o comércio, em parceria com a
Plastifarma, também da cidade. “Quem já está
no comércio e precisa de canudos baratos,
talvez não troque o plástico por algum
material com maior preço. E precisávamos
pensar em algo para ajudar. Hoje, vendemos
para o Brasil inteiro e sentimos que a
demanda continua altíssima”, conta.
http://cloud.boxnet.com.br/y3hdrfvv
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Data: 20/05/2019
36
Grupo de Comunicação
Veículo: A Tribuna de Santos
Data: 20/05/2019
Importância da zeladoria urbana
Há carências enormes nos municípios
brasileiros. A infraestrutura é deficiente, com a
necessidade de investimentos em saneamento
básico, drenagem urbana, pavimentação de
mas e avenidas, transportes e mobilidade. As
demandas se multiplicam ainda em outras
áreas fundamentais, como educação, saúde e
assistência social, e as prefeituras são
solicitadas, a todo instante, para dar solução a
essas questões. Sua capacidade orçamentária
é, entretanto, limitada, e a realização de obras
e serviços depende, na maioria dos casos, de
repasses de verbas estaduais e federais.
As responsabilidades dos municípios têm sido
aumentadas, e contrastam com a queda das
receitas próprias. A saúde desponta como um
dos principais problemas, obrigando as
prefeituras a destinar cada vez mais verbas
municipais para garantir o atendimento básico
da população, em unidades de pronto-
atendimento (UPAs), policlínicas, ambulatórios
de especialidades e hospitais. As
transferências de recursos estaduais e federais
são sempre insuficientes e a população sofre
com isso.
A qualidade de vida das pessoas nas cidades
não depende apenas das grandes obras e
programeis complexos. Eles são
evidentemente necessários basta observar as
carências na coleta e tratamento de esgotos
no Brasil, a precariedade do transporte
coletivo e o déficit habitacional que persiste
mas há um conjunto de ações, mais simples e
ao alcance das municipalidades, que diz
respeito à zeladoria dos municípios.
Essa questão remete à manutenção de
calçadas públicas (além de fiscalizar as
particulares), serviços permanentes nas vias
públicas (conserto de buracos e
repavimentação pontual e localizada), limpeza
da cidade, poda de árvores, instalação e
conservação do mobiliário urbano, como
lixeiras, abrigos de ônibus e placas de
sinalização, cuidado com prédios onde se
localizam escolas e equipamentos de saúde,
evitando sua deterioração.
Em Santos, onde é menor a demanda por
obras de infraestrutura, especialmente na Orla
e na Zona Intermediária, cresce a importância
da zeladoria, reclamada pela população a todo
instante. A falta de manutenção do Parque
Municipal Roberto Mário Santini, no Emissário
Submarino, é exemplo disso, tendo recebido
fortes críticas na Câmara Municipal. O
presidente da Casa, vereador Rui de Rosis
(MDB), apresentou requerimento a respeito, e
afirmou a situação é cada vez pior, com
42.766 m3 abandonados. A degradação do
local gera prejuízos a moradores e turistas e
representa sério dano à memória daqueles
que foram homenageados no parque, como é
o caso da imigração japonesa no Brasil.
O abandono constatado é exemplo da falta de
empenho na área, que exige urgentes
providências. O parque, importante espaço
público, deve ser imediatamente revitalizado e
as falhas de conservação resolvidas.
http://cloud.boxnet.com.br/y6kghgff
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Data: 20/05/2019
37
Grupo de Comunicação
Veículo: O Globo online
Data: 20/05/2019
Artigo: Licenciamento ambiental para
destravar empreendimentos
O Brasil não tem uma Lei Geral de
Licenciamento Ambiental. Hoje, as regras para
o licenciamento são confusas, subjetivas e
garantem perigosa discricionariedade aos
órgãos licenciadores e fiscalizadores, o que
gera insegurança jurídica e inviabiliza
inúmeros empreendimentos. Além disso, a
fiscalização, que já sofre com falta de
estrutura e pessoal, desperdiça boa parte de
seus quadros em análises intermináveis de
obras que podem nunca vir a ser implantadas,
perdendo braços no acompanhamento pós-
licenciamento, que é comprovadamente mais
efetivo.
É consenso que precisamos seguir os
exemplos da maior parte dos países
desenvolvidos e determinar o rito do
licenciamento em legislação federal. A
divergência entre setor produtivo e
ambientalistas são os termos desse rito. O
desafio é fazer com o que o desenvolvimento
seja promovido mantendo, simultaneamente,
as sustentabilidades econômica e ambiental.
A princípio, o relatório para esta nova lei
contempla quatro grandes inovações. A
primeira delas é a Avaliação Ambiental
Estratégica (AAE). Trata-se de um instrumento
que permite que o poder público produza
estudos de impacto ambiental amplos para
criar zonas de desenvolvimento. Sabendo-se
previamente as medidas compensatórias e
mitigatórias necessárias para instalar um
empreendimento na área, torna-se possível
um processo de licenciamento simplificado,
facilitando o desenvolvimento regional sem
abrir mão da proteção ao meio ambiente.
Outro avanço é a Licença por Adesão e
Compromisso (LAC). Existem diversos
empreendimentos comuns de impacto
conhecido nos quais, hoje, o requerente é
obrigado a entregar estudos que são frutos de
operações de “copia e cola”, ou seja,
burocracia custosa que poderia ser dispensada
sem nenhum prejuízo à fiscalização e ao
controle. Esse dispositivo possibilitará que
iniciativas de baixo e conhecido impacto
possam ser licenciadas de maneira
simplificada, desde que o empreendedor se
comprometa formalmente a tomar todas as
medidas exigidas pelo órgão licenciador.
A terceira inovação é a Licença de Operação
Corretiva (LOC). Empreendimentos
implantados sob legislação anterior à atual são
obrigados a parar suas atividades e passar por
todo o processo de licenciamento ambiental
iniciando do zero. A ideia é permitir que,
enquanto se adequem – passando por um
processo com critérios objetivos e prazos
determinados –, esses negócios possam
continuar funcionando, evitando prejuízos
monumentais.
A quarta é a licença simplificada para
atividades de baixíssimo impacto ou, no caso
de obras de saneamento, impacto positivo.
Não faz sentido exigir que, por exemplo, um
agricultor que planta milho, seja obrigado a
passar por um processo complexo de
licenciamento, começando do zero,
simplesmente para mudar, no ano
subsequente, a espécie de grão que será
plantado exatamente no mesmo território da
plantação anterior. Ou ainda, que uma obra
para tratar água ou esgoto seja tratada como
empreendimento poluidor, quando, na
verdade, o saldo da estrutura é positivo para o
meio ambiente.
O relatório que apresentarei em plenário ainda
não está pronto. Estou escutando todos os
setores da sociedade civil que serão
impactados pela matéria. De todo modo,
acredito ser de fundamental importância levar
a público os princípios que estão norteando
meus trabalhos. Eu me empenho para aprovar
um texto que garanta regras claras, determine
prazos razoáveis e poupe tanto o
empreendedor quanto o fiscalizador do inferno
burocrático no qual nos encontramos.
Kim Kataguiri é deputado federal (DEM-SP)
http://cloud.boxnet.com.br/y5hjrdxo
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Data: 20/05/2019
38
Grupo de Comunicação
Veículo: Destak Jornal
Data: 20/05/2019
MP do saneamento perde prioridade e
deve ‘caducar’ no Congresso
Brasil
Texto que estabelece novas medidas para o
setor é criticada por governadores e deverá
dar espaço para outros temas de interesse do
Planalto
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Faltando exatos 15 dias para "caducar", ou
seja, perder a sua validade, a Medida
Provisória 868/2018 deverá ser deixada de
lado pelo Congresso Nacional nesta semana. A
proposta, que institui um novo marco legal no
saneamento do país teria que ser votada até o
dia 03 de junho, porém a articulação do
governo estará focada em outras MPs.
A articulação do Palácio do Planalto irá
priorizar a votação da MP 863/2018, que
libera o capital estrangeiro em empresas
aéreas e expira em 23 de maio, e da MP
866/2018, que autoriza a criação da empresa
pública NAV Brasil Serviços de Navegação
Aérea S.A e caduca em 30 de maio.
Além disso, a base do governo busca um
acordo para apreciar a MP 870/2019, da
estrutura administrativa, logo após a votação
das outras duas medidas que têm prioridade.
A base quer reverter a derrota na Comissão
Especial do Congresso que tirou o Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do
Ministério da Justiça e entregou para o
Ministério da Economia.
"As MPs que precisam ser efetivamente
votadas antes são a 863 e a 866, porque
estão para vencer. As demais, vencem no
mesmo dia, em 3 de junho, então, não tem
problema em haver, caso haja uma
consciência entre os líderes, uma inversão
para trazer a 870 logo na sequência",
comentou o líder do governo na Câmara,
Major Victor Hugo (PSL-GO).
O Major afirmou que defende a necessidade da
MP do Saneamento, porém reconheceu que
não será fácil aprovar o texto. "É uma medida
muito importante, mas para eu falar que
passa tranquilo já é uma expressão. O que
posso dizer é que vamos nos esforçar para
passar. Tem uma mobilização muito grande
dos setores, os estados também estão
preocupados com isso, e a gente quer aprovar
todas as MPs possíveis na semana que vem",
disse.
Polêmica
Um dos últimos atos do presidente Michel
Temer (MDB) e apoiado por Jair Bolsonaro
(PSL), o projeto autoriza a União a participar
de um fundo para financiar serviços técnicos
especializados para o setor de saneamento.
Também determina que a regulamentação de
águas e esgotos, hoje uma atribuição dos
municípios brasileiros, se torne
responsabilidade do governo federal, através
da Agência Nacional de Águas (ANA).
Pelo texto, a ANA ficaria responsável por
regular as tarifas cobradas e estabelecer
mecanismos de subsídio para populações de
baixa renda. Já os contratos de saneamento,
passariam a ser estabelecidos por meio de
licitações, facilitando a criação de parcerias
público-privadas.
Na Câmara, alguns deputados apostam que a
MP só será aprovada se houver um esforço
pessoal do presidente da Casa, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), nesse sentido. Embora ele tenha
defendido a proposta recentemente,
parlamentares afirmam que o democrata
ainda não entrou diretamente na negociação
da medida.
A principal reivindicação de deputados de
oposição é a retirada do artigo 13 do texto da
MP aprovado na comissão especial. O intuito é
que a medida não exclua a possibilidade de
empresas estaduais firmarem os chamados
contratos de programa, que permitem às
estatais que prestem serviço de saneamento
aos municípios sem a realização de licitação.
Assim, as companhias públicas
permaneceriam com prioridade no mercado e,
Data: 20/05/2019
39
Grupo de Comunicação
de acordo com esses deputados, seguiriam
valorizadas.
A mesma pressão é feita por governadores de
24 estados, que iniciaram uma ofensiva contra
a MP. Com isso, a líder do governo no
Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-
SP) já admite fazer alterações na proposta.
"Eles [governadores] querem um ajuste, mas
aí ajusta no plenário, é só fazer acordo, no
acordo a gente constrói tudo aqui nesta Casa",
afirmou.
https://www.destakjornal.com.br/brasil/detalh
e/mp-do-saneamento-perde-prioridade-e-
deve-caducar-no-
congresso?ref=SEC_Destaques_brasil
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Data: 20/05/2019
40
Grupo de Comunicação
Veículo: Fantástico / TV Globo
Data: 19/05/2019
Uso de agrotóxicos em lavoura ameaça
abelhas
Nos últimos meses, milhões de abelhas foram
encontradas mortas em estados brasieiros.
Situação ameaça equilíbrio das áreas de
cultivo.
https://globoplay.globo.com/v/7627474/progr
ama/
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Data: 20/05/2019
41
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO PAINEL Crise faz políticos sondarem humor das Forças
Armadas; militares não endossariam aventura -
No fio da navalha A escalada no tom de
apoiadores do presidente contra o Congresso e o
STF nas convocações para atos no dia 26 fizeram
líderes políticos de diversas siglas sondarem os
ânimos das Forças Armadas. Os relatos são de
que, neste momento, não há risco de embarque
dos militares em “uma saída não constitucional”.
Esta semana é decisiva. Se Jair Bolsonaro
mantiver o discurso de que é vítima de uma
conspirata, parlamentares avaliam que a relação
com o Legislativo chegará a ponto de não
retorno.
Desencapado Em blogs de apoiadores de Carlos
Alberto Brilhante Ustra, torturador da ditadura,
surgiu texto atribuído a um general da reserva
que fala em “revolução cidadã”. Ele pede que
Bolsonaro “lidere o povo” e aponte quem são os
achacadores.
Ajuizados Integrantes da ala técnica do governo
e de parte da bancada do PSL tentam mudar o
mote das convocações. A ideia é redirecionar os
chamados para uma pauta positiva, de defesa da
reforma da Previdência, de Sergio Moro e até
mesmo do presidente, sem ataques às
instituições.
Caminho do bem O PSL discute na terça (21)
como, institucionalmente, vai se portar diante do
protesto. O tema divide a bancada. “Eu,
pessoalmente, trabalho para que as pessoas
entendam que o diálogo faz parte da atividade
política”, diz o Delegado Waldir (PSL-GO), líder
do partido.
Lá e cá Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do
governo no Congresso, vê os atos como “um tiro
no pé”. O Major Vitor Hugo (PSL-GO), líder na
Câmara, pensa diferente.
Que rei sou eu? Bolsonaro quer usar os atos
para mostrar força. Sua bancada monitora o
debate nas redes. A meta é levar mais gente às
ruas do que o protesto da última quarta (15)
contra a política educacional.
Raiz Até agora, os chamados disparados no
WhatsApp miram o núcleo mais radical do
bolsonarismo. Há um esforço para reengajar
caminhoneiros. Nos grupos, os mais inflamados
tratam o Congresso e o STF como “um câncer”.
Raiz 2 “O ideal é todos partirem para Brasília
(…). Fechar o Congresso e sitiar aquele povo.
Chamar o Bolsonaro para tomar uma atitude. Se
não deixarem, as Forças Armadas”, diz áudio de
um dos líderes.
Peito de aço Apesar da tensão no ambiente
político, a equipe econômica acredita que a
reforma da Previdência está “blindada”, graças à
ponte estabelecida diretamente entre Paulo
Guedes e Rogério Marinho com o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a cúpula da
comissão que analisa o projeto.
Peito de aço 2 Há temor, porém, de que
manifestações com foco no Congresso acabem
contaminando o clima no Legislativo de modo a
inviabilizar que, mesmo pessoalmente engajado,
Maia consiga fazer a proposta andar.
Sonho meu Simpatizantes de Olavo de Carvalho
dentro do PSL pensam diferente. Acham que, sob
pressão, o centrão vai se render e analisar a
reforma com mais celeridade.
Menos é mais O presidente da OAB, Felipe Santa
Cruz, entrega a Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta
segunda (20), documento que destrincha o
pacote anticrime do ministro Sérgio Moro
(Justiça). Dez propostas são alvo de crítica ou
rechaço de advogados e juristas.
Menos é mais 2 A mudança nas regras que
caracterizam legítima defesa de policiais —o
chamado excludente de ilicitude— e a gravação
de conversas de advogados com clientes
deveriam ser excluídas da proposta, segundo a
OAB.
Mapa da guerra O presidente da Comissão de
Constituição e Justiça, Felipe Francischini (PSL-
PR), vai conversar com o coordenador da Frente
Armamentista, Loester Trutis (PSL-MS), para
verificar quais dos projetos que tratam do porte
de arma no colegiado poderiam ser levados
adiante.
Plano B Francischini busca alternativa caso o
decreto das armas de Bolsonaro seja derrubado
por ter a constitucionalidade questionada.
TIROTEIO
Temos que romper o sistema. Sou a favor de
‘redespertar’ a população e apontar que o
problema ainda não terminou
Do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança
(PSL-SP) sobre as manifestações convocadas
para o próximo domingo (26)
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/05/20/crise-faz-politicos-sondarem-humor-das-forcas-armadas-militares-nao-endossariam-aventura/
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Data: 20/05/2019
42
Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: STF decidiu de forma
conservadora em mais de 60% das vezes
em 2018
Marcus Leoni/Folhapress
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu de
forma conservadora, legalista e favorável ao
Estado em 63% dos casos julgados em 2018
sobre matérias trabalhistas, de saúde, tributárias
e penais.
TOGA
No mesmo período, 33% das decisões tiveram
viés progressista e pró-sociedade. O restante
terminou empatado. A conclusão é do Anuário da
Justiça Brasil 2019, da editora Consultor Jurídico,
que será lançado no dia 29 deste mês.
LÁ
O estudo também compara as votações de cada
um dos onze ministros da corte. Carmen Lúcia foi
a que mais se alinhou às teses vencedoras
julgadas pelo STF, fazendo-o em 96% de seus
votos.
CÁ
Por outro lado, Marco Aurélio foi o que mais
defendeu teses vencidas, em 47% dos casos
analisados pelo anuário.
VAI E VEM
A jornalista Helena Bagnoli diz ter sido convidada
e depois “desconvidada” para a assumir a
presidência da Fundação Padre Anchieta, que
administra a TV Cultura.
REDE
Segundo ela, o motivo foi um post no Facebook
declarando voto em Márcio França (PSB),
oponente de João Doria (PSDB) nas eleições
2018.
TEMPO
Bagnoli diz que, após ter passado por um
processo seletivo de quase dois meses, foi
convidada para ocupar o cargo pelo secretário da
Cultura e Economia Criativa, Sérgio Sá Leitão. No
dia seguinte, foi informada por um conselheiro da
fundação que a sua indicação foi cancelada.
VIRA...
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa
afirma que a escolha do presidente da fundação
cabe ao conselho da entidade, que indicou José
Roberto Maluf.
... VIROU
A Fundação Padre Anchieta diz em nota que o
processo seletivo vem evoluindo e estabeleceu
uma série pré-requisitos e critérios.
MIRIM
A Câmara Municipal vai lançar nesta terça (21)
um conselho formado por crianças entre 6 e 12
anos. O projeto é do vereador Celso Giannazi
(PSOL).
PAPO ADULTO
O grupo vai se reunir em uma sala decorada aos
sábados a cada 15 dias. A ideia do parlamentar é
que eles relatem problemas nas escolas.
SOBEM AS CORTINAS
Os atores Marieta Severo, Sérgio Mamberti e
Petrônio Gontijo foram à estreia do espetáculo
“Cabaré Transpoético”, no teatro do Sesc
Pompeia, na quinta-feira (16). As atrizes Lucélia
Santos e Beatriz Azevedo estão na peça. Aderbal
Freire-Filho assina a direção da montagem.
CAIXA
O consumo das famílias brasileiras tem potencial
para movimentar cerca de R$ 4,7 trilhões em
2019. O estudo é do IPC Maps e afirma ainda que
essa quantia será responsável por 64,8% da
somatória de bens e serviços deste ano.
CENTROS
Segundo o levantamento, as capitais perderão
espaço no consumo —de 29,6% em 2018 para
28,9% este ano. O interior, no entanto, vai
elevar de 54%, em 2018, para 54,4% a
movimentação de recursos em 2019.
EM CAIXA
Mais de R$ 110 mil da venda de produtos da
marca Tereza, criada para impulsionar
cooperativas formadas por detentos e ex-
detentos, não puderam ser repassadas às
mulheres cooperadas da Penitenciária Feminina 2
de Tremembé, no interior de SP. Segundo o
Humanitas360, isso ocorre porque governo
paulista ainda não firmou termo de parceria com
o instituto.
DISCUSSÃO
A Secretaria da Administração Penitenciária, do
governo de São Paulo, diz que continuam as
tratativas com o Humanitas360 para “adequar o
modelo às normas e leis que tratam do assunto
e, dessa forma, regularizar a transferência de
recursos para as reeducandas”.
MÃOS LIVRES
Data: 20/05/2019
43
Grupo de Comunicação
E o instituto irá criar a quarta cooperativa de
detentos do país, desta vez no Complexo
Penitenciário de Pedrinhas, em São Luis, no
Maranhão. Um representante do Humanitas360
irá se encontrar com o governador Flávio Dino
(PCdoB) nesta terça-feira (21) para acertar os
detalhes.
EXPORTAÇÃO
A cantora baiana Luedji Luna se prepara para a
sua primeira turnê internacional. A partir de
junho, ela fará shows em cidades como Toronto,
Nova York, Amsterdã, Lisboa e Berlim.
PARTITURA
O presidente e a vice-presidente da Tucca
(Associação para Crianças e Adolescentes com
Câncer), Sidnei e Claudia Epelman, foram ao
concerto da série “Música pela Cura”, na Sala
São Paulo, na semana passada. Os músicos
Thiago Espírito Santo e Joshua Redman tocaram
no espetáculo.
CURTO-CIRCUITO
Rodrigo Sombra lança o fotolivro “Noite Insular:
Jardins Invisíveis”. Na Galeria São Paulo
Flutuante.
O Programa Cidades e Longevidade, do Instituto
de Longevidade Mongeral Aegon, concorre a
prêmio em Tóquio.
O campeonato de bandas Red Bull Breaktime
Sessions recebe inscrições.
Fernando Henrique Cardoso participa do Café
Filosófico CPFL, no Auditório Ibirapuera. Na
quarta (22), às 19h.
com Bruna Narcizo, Bruno B. Soraggi E Victoria
Azevedo; Colaborou Gabriel Rigoni
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/05/stf-decidiu-de-forma-
conservadora-em-mais-de-60-das-vezes-em-
2018.shtml
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Data: 20/05/2019
44
Grupo de Comunicação
Em recuo, Ministério do Meio Ambiente
confirma reunião da ONU em Salvador
Fabiano Maisonnave
Seis dias após anunciar seu cancelamento, o
Ministério do Meio Ambiente voltou atrás e
confirmou a realização, em Salvador, da Climate
Week (Semana Climática) América Latina e
Caribe, evento da Convenção da ONU sobre
Mudanças Climáticas (UNFCCC).
Em nota à imprensa, o Ministério do Meio
Ambiente, comandado por Ricardo Salles, diz que
a decisão foi tomada após conversas com o
Itamaraty e com o prefeito de Salvador, ACM
Neto (DEM), que havia se oposto ao
cancelamento do evento, marcado para os dias
19 a 23 de agosto deste ano.
De acordo com o comunicado, o ministério
“decidiu formular proposta com ênfase na
Agenda de Qualidade Ambiental Urbana e no
Pagamento por Serviços Ambientais, através de
instrumentos financeiros que visem dar
efetividade econômica às atuais e futuras ações
de mitigação e adaptação às mudanças climáticas
no Brasil”.
Ao justificar a decisão na terça-feira (14), Salles
chegou a dizer ao blog da Andréia Sadi que o
encontro seria apenas uma oportunidade para
que os participantes fizessem turismo em
Salvador e comessem acarajé.
Na mesma nota, o ministério afirmou também
que o Brasil participará da COP-25, a Conferência
da ONU sobre Mudanças Climáticas, que seria
realizado no fim de ano no Brasil mas que foi
transferida para o Chile após o presidente Jair
Bolsonaro desistir de sediar o evento.
A gestão ambiental do governo Bolsonaro vem
sendo marcada por uma uma série de medidas
controversas com relação ao ambiente. Ainda na
campanha eleitoral o discurso de Bolsonaro
destoava de todos os outros os candidatos. Era o
único a prometer a saída do Brasil do Acordo de
Paris, assinado por 195 países contra as
mudanças climáticas, e a fusão do MMA com a
Agricultura.
Após pressão interna e externa, essa proposta
não se concretizou, mas o discurso alinhado com
os ruralistas do que com os ambientalistas se
confirmou com outras ações.
Exemplo disso foi a transferência de áreas do
MMA para outros ministérios: o Serviço Florestal
Brasileiro foi para o Ministério da Agricultura e
Agência Nacional de Águas foi para o
Desenvolvimento Regional.
O ministro também extinguiu a estrutura da
Secretaria de Mudança do Clima e Florestas, que
era responsável pelas ações de mudanças
climáticas e combate ao desmatamento. A nova
secretaria, Florestas e Desenvolvimento
Sustentável, não tem estrutura para as questões
de clima e desmatamento.
Outra medida que marcou a gestão foi a
exoneração em massa de servidores do Ibama,
do ICMBio e do próprio ministério e a
participação de diversos militares nos cargos de
chefia ligados ao MMA.
Salles declara ter como prioridade de gestão a
área urbana. Segundo a nota sobre a Climate
Week, esse também deve ser o foco da
participação do ministério no evento.
A Agenda Nacional de Qualidade Ambiental
Urbana tem como frentes os seguintes temas:
lixo no mar, resíduos sólidos, áreas verdes
urbanas, qualidade do ar e saneamento e
qualidade das águas e áreas contaminadas.
A ideia, diz Salles, é lançar programas de sua
agenda periodicamente. O primeiro, sobre lixo no
mar, foi elogiado por ambientalistas, apesar das
diversas críticas aos outros aspectos de sua
gestão.
Leia a íntegra do comunicado:
"O Ministério do Meio Ambiente, através de
entendimentos mantidos nesses últimos dias com
o Prefeito de Salvador, o Ministro das Relações
Exteriores e o novo Secretário-Executivo do
Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, decidiu
formular proposta com ênfase na Agenda de
Qualidade Ambiental Urbana e no Pagamento por
Serviços Ambientais, através de instrumentos
financeiros que visem dar efetividade econômica
às atuais e futuras ações de mitigação e
adaptação às mudanças climáticas no Brasil, a
serem discutidas e apoiadas na Climate Week,
em Salvador, bem como nos eventos
subsequentes até a COP25, no Chile, os quais
deverão contar com a participação deste
Ministério do Meio Ambiente e do Ministério das
Relações Exteriores."
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
5/em-recuo-ministerio-do-meio-ambiente-
confirma-reuniao-da-onu-em-salvador.shtml
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Data: 20/05/2019
45
Grupo de Comunicação
Opinião - Marcelo Leite: Vacina da febre
amarela pode proteger contra vírus da zika
Andre Borges - 30.mar.16/Folhapress
Matar dois coelhos com uma cajadada, ou dois
vírus com uma vacina. É o que sugere ser
possível um estudo divulgado em 25 de março na
internet –e não são dois vírus quaisquer, mas o
da zika e o da febre amarela.
Os pesquisadores da UFRJ e da Fiocruz,
coordenados por Jerson Lima Silva, descobriram
que a vacina já em uso contra a febre amarela
consegue evitar também a infecção por zika em
animais.
O artigo saiu num diretório de acesso aberto, o
bioRxiv.org. A equipe avaliou que a informação
era relevante demais para permanecer meses em
avaliação por periódicos especializados.
Por ora a demonstração ocorreu apenas com
camundongos. Não há razão, porém, para
acreditar que o mesmo tipo de proteção cruzada,
como dizem imunologistas, não se repita em
humanos.
“Pode [não funcionar], mas é improvável”, diz
Silva. Ele qualificou o achado como um ovo de
Colombo.
A hipótese de que a vacina da febre amarela
pudesse atuar contra a zika se baseou numa
pista: os vírus pertencem à família dos flavivírus
e são muito semelhantes, o bastante talvez para
que a imunização contra um deles treinasse as
células de defesa a agir contra o outro.
“O Jerson [coordenador do estudo] falou: como
os vírus são muito similares, por que a gente não
testa a vacina da febre amarela?”, afirmou num
comunicado de imprensa Hildemagna Guedes, da
UFRJ, uma das coautoras. O grupo usou dois
tipos de camundongos, animais saudáveis e
outros com deficiências no sistema imune, mais
vulneráveis a uma infecção grave.
Cada conjunto foi dividido em dois subgrupos,
um que recebeu a vacina da febre amarela por
injeção subcutânea e outro tratado com placebo
(uma solução salina). Todos tiveram então o
vírus da zika injetado no cérebro, algo capaz de
provocar uma virose com boa chance de ser letal.
Entre os roedores imunocompetentes, não se
observaram sintomas, e a carga viral no cérebro
foi baixa, em comparação com os que receberam
placebo. Nos animais com deficiência
imunológica, houve redução no número de
mortes e perda de peso depois revertida –
enquanto a maioria dos não vacinados morria.
Há vários grupos no mundo trabalhando no
desenvolvimento de vacinas contra a zika, mas
nenhum passou da fase 2 de testes clínicos. Isso
quer dizer que ainda não ocorreram os estudos
com grandes grupos humanos necessários para
obter autorização de órgãos como FDA (EUA) e
Anvisa (Brasil) para serem aplicados nas
populações em risco.
A pesquisa da UFRJ e da Fiocruz aponta agora
para uma saída potencialmente muito mais
rápida e barata: usar a vacina amarela já
aprovada e disponível. Mas antes será preciso
verificar se a proteção cruzada ocorre também
em macacos, uma investigação bem mais cara.
O estudo consumiu de R$ 300 mil a R$ 500 mil,
na estimativa de Silva (seu grupo conta com
financiamento de várias fontes –Faperj, CNPq e
Finep, entre outras– para diferentes estudos). Ele
calcula que uma pesquisa com primatas ficaria
em mais de R$ 1 milhão.
Parece muito? Nada disso. Imagine quanto o
sistema de saúde pouparia, com recurso a uma
vacina de prateleira, e quanto não teria sido
possível economizar, em dinheiro e sofrimento,
se milhares de crianças e seus pais tivessem
escapado do destino cruel da microcefalia e de
outras sequelas da zika.
A epidemia de zika que assolou o Brasil a partir
de 2015 concentrou os casos de microcefalia no
Nordeste. Das 3.100 crianças e recém-nascidos
afetados, 58,5% eram nordestinas.
A epidemia arrefeceu desde então, mas, assim
como a dengue e a febre amarela, não
desapareceu –e pode voltar com força. Em
janeiro e fevereiro deste ano, registraram-se no
país mais de 2.000 casos prováveis de infecção
com esse vírus.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelol
eite/2019/05/vacina-da-febre-amarela-pode-
proteger-contra-virus-da-zika.shtml
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Data: 20/05/2019
46
Grupo de Comunicação
ESTADÃO Sonhos e realidades do ensino superior no
Brasil –
Opinião - Estadão
José Goldembeg
Universidades foram criadas na Europa quase mil
anos atrás: a Universidade de Bolonha, na Itália,
em 1088 e a de Paris, na França, em 1170, esta
em torno da Catedral de Notre-Dame. Pela de
Universidade Bolonha passaram Dante Alighieri,
Petrarca e muitos outros. Aos poucos elas se
espalharam pela Europa e pelo resto do mundo
em torno de igrejas, em entidades
independentes, muitas vezes criadas pelos
próprios alunos e pelos governos.
No período medieval as escolas das
universidades dedicavam-se principalmente a
estudos de teologia, direito civil e ciências
humanas, mas aos poucos se expandiram para
todos os campos do conhecimento, como
medicina e “ciência experimental”, que
corresponde hoje à área de ciências exatas e
engenharia.
Universidades preparam a mão de obra
altamente qualificada que faz funcionar a
sociedade moderna, desde a produção e
distribuição de energia, água e saneamento, até
agricultura, transporte, habitação, ciências
econômicas e ciências humanas. Preparam
também os pesquisadores que tentam descobrir
os segredos da natureza e abrem caminho para
novos processos e tecnologias para combater
doenças e aumentar o conforto das populações.
Na área de humanidades, estimulam o
desenvolvimento de novas ideias filosóficas e
políticas que podem influir poderosamente no
destino das nações. Historicamente, o melhor
exemplo dessa influência é a enorme ebulição
intelectual e social que levou à Revolução
Francesa, em 1789, e às guerras de libertação
das antigas colônias francesas no Sudeste da
Ásia e da África.
Existem hoje cerca de 10 mil universidades no
mundo, com aproximadamente 200 milhões de
estudantes – em média são 30 universitários por
mil habitantes. No Brasil são 8 milhões de
estudantes (40 por mil habitantes), 1 milhão dos
quais em universidades públicas, gratuitas, e 7
milhões em universidades privadas, que cobram
mensalidades. O acesso ao ensino superior
público no Brasil exige um processo seletivo, já
que as vagas disponíveis são em número muito
menor que o de alunos que competem por elas.
Países estruturaram seu sistema universitário de
formas diferentes: na França e na Itália o ensino
universitário é todo público e gratuito e existem
vagas asseguradas para todos os alunos que
concluem o ensino secundário (que também é
público e gratuito). Existem poucas universidades
privadas, nelas os alunos pagam mensalidades
elevadas.
Nos Estados Unidos é o oposto: existem poucas
universidades estatais (em que os estudantes
pagam pouco) e inúmeras privadas, em que as
mensalidades são elevadas. Cada instituição usa
seus próprios critérios de admissão de alunos. O
que aconteceu nos Estados Unidos é que se criou
também um sistema para os estudantes que não
querem fazer cursos que duram quatro ou cinco
anos, mas cursos técnicos que lhes dão formação
em dois ou três anos e acesso mais rápido ao
mercado de trabalho. Estes são os colleges, ou
colégios comunitários parecidos com as nossas
Fatecs, o Senai e o Sesc, além de algumas
escolas técnicas federais.
Como é natural, algumas universidades se
distinguiram das demais nos EUA, onde o
ingresso é altamente competitivo, como Harvard,
MIT, Princeton, Stanford, Chicago e algumas
outras. É em torno delas que se concentram as
atividades de pesquisa de vanguarda do país.
Na França, como nos Estados Unidos, o mesmo
ocorreu, e além das universidades foram criadas
as grandes écoles, em que há vestibulares e a
meritocracia é determinante para admissão.
Algumas delas existem desde 1750, Napoleão
Bonaparte estudou numa delas; mais tarde,
quando dirigente da França, criou outras, como a
Escola Politécnica.
O sistema brasileiro foi estruturado a partir de
1934, quando foi criada a Universidade de São
Paulo (USP), que valorizou a pesquisa científica e
a área de humanidades. Antes disso havia em
São Paulo apenas escolas profissionais, como a
Faculdade de Direito, a Escola Politécnica, a
Faculdade de Medicina e outras além, é claro,
das escolas militares. Com a criação da USP foi
introduzido o regime de dedicação integral ao
ensino e à pesquisa, que a tornou uma
universidade de custo elevado, como o são as
universidades de pesquisa do mundo todo: o
Data: 20/05/2019
47
Grupo de Comunicação
custo médio de cada aluno é de cerca de US$ 12
mil por ano (aproximadamente R$ 50 mil).
O sucesso da Universidade de São Paulo criou a
ilusão de que seu exemplo poderia ser estendido
a todo o País. Esse era o sonho, mas “a verdade
efetiva das coisas” – na arguta linguagem de
Maquiavel – ou, em outras palavras, “a verdade
nua e crua despida de planos fantasiosos” é que
não foi possível expandir o sistema de
universidades públicas (são 78 hoje), que
consomem quase todo o orçamento do Ministério
da Educação, de cerca de R$ 100 bilhões por
ano.
Para atender em universidades gratuitas todos os
8 milhões de estudantes brasileiros seu
orçamento teria que aumentar sete vezes. Daí a
expansão do número de universidades privadas,
onde os alunos pagam mensalidades elevadas.
O sistema brasileiro de ensino superior é, pois,
uma mistura do sistema da França e dos Estados
Unidos. Como nesses países, algumas
universidades se destacaram graças a lideranças
universitárias locais e se tornaram, na prática,
comparáveis às “grandes escolas” francesas e às
boas universidades americanas, onde o custo
médio por aluno é elevado, mas a produção
científica é excelente.
Nas universidades federais o custo médio por
aluno é de cerca de R$ 27 mil, mas existem
variações enormes entre elas. Na Universidade
Federal do Amapá o custo é de cerca de R$ 14
mil reais e na Universidade Federal do Rio de
Janeiro, R$ 70 mil por aluno.
Obviamente, é necessário um esforço de
racionalização, que caberia aos reitores dessas
universidades liderar.
Professor Emérito da USP, foi Ministro da
Educação.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-
aberto,sonhos-e-realidades-do-ensino-superior-
no-brasil,70002835556
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Data: 20/05/2019
48
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Desprezo pelo clima
Opinião - Estadão
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
Já deveria ter ficado claro para o governo de Jair
Bolsonaro que sua hostilidade às iniciativas de
organismos multilaterais para mitigar os efeitos
das mudanças climáticas é contraproducente
para o Brasil, não só do ponto de vista
ambiental, mas também sob o aspecto
econômico. Se não acredita nos estudos que
indicam as nefastas consequências das mudanças
climáticas, atribuindo-os a um conluio
“globalista” contra a soberania nacional, o
presidente deveria ao menos levar em conta que
a deterioração da imagem internacional do Brasil
nessa seara é péssima para os negócios. Ser
visto como inimigo do meio ambiente pode custar
caro para o País, na forma de barreiras tarifárias
ou outras para produtos brasileiros,
principalmente os agrícolas – sem mencionar o
prejuízo nas relações políticas com o mundo
desenvolvido em razão da grande sensibilidade
suscitada por esse tema.
No entanto, o governo Bolsonaro continua a
mostrar uma compreensão estreita da questão
ambiental. O último exemplo disso foi a decisão
de não sediar a Semana do Clima, prevista para
acontecer entre os dias 19 e 23 de agosto, em
Salvador, sob organização da Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. O
evento é uma das etapas preparatórias para a
Conferência do Clima (COP25), a ser realizada
em Santiago do Chile em dezembro.
Em novembro do ano passado, o Brasil já havia
desistido de ser sede da própria COP25, a pedido
do então presidente eleito, sob o argumento de
que o País enfrentava “restrições fiscais e
orçamentárias”. O País havia sido escolhido para
receber o encontro depois do interesse
demonstrado pelo governo de Michel Temer,
coerente com a boa imagem do Brasil na área
ambiental, construída desde a Eco-92, um dos
primeiros grandes encontros internacionais,
sediado no Rio de Janeiro em 1992, para discutir
medidas para o desenvolvimento sustentável do
planeta.
O governo de Jair Bolsonaro não parece
preocupado com a manutenção dessa reputação.
Ao esclarecer os motivos pelos quais cancelou o
encontro da Semana do Clima em Salvador, o
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse
que “não faz sentido” realizar aquela reunião se o
Brasil não será sede da COP25. “Não apoiamos
uma reunião organizada antes de nossa gestão,
com uma pauta distinta da que preferimos”,
disse o ministro Salles ao jornal O Globo.
Segundo ele, a “agenda principal” do atual
governo em relação ao meio ambiente “é uma
agenda ambiental urbana, do saneamento”.
O investimento em saneamento, de fato
urgentíssimo, não justifica o abandono das
políticas destinadas a enfrentar os efeitos das
mudanças climáticas. Há dias, o governo
anunciou o contingenciamento de nada menos
que 96% das verbas destinadas a projetos que
incluem, por exemplo, a recuperação de áreas de
encostas afetadas por chuvas e uma ampla
pesquisa para diagnosticar as condições do País
para enfrentar enchentes e outros desastres
ambientais. Restaram apenas R$ 500 mil para
essas e outras iniciativas. É óbvio que esse
montante inviabiliza completamente o trabalho.
Tudo isso é coerente com a visão de Bolsonaro
da agenda das mudanças climáticas, que ele
considera mero pretexto de grupos de interesse
estrangeiros para ferir a independência do Brasil.
Ainda como presidente eleito, Bolsonaro havia
anunciado a intenção de denunciar o Acordo de
Paris, que compromete os signatários a
estabelecer metas de emissão de carbono com o
objetivo de reduzir a temperatura global.
Felizmente, já como presidente, disse que o
Brasil permaneceria “por ora” no acordo.
Mas as atitudes do governo desde então têm sido
pautadas pelo enfrentamento do que o chanceler
Ernesto Araújo chamou de “climatismo” – uma
trama marxista destinada a “sufocar o
crescimento econômico dos países capitalistas
democráticos e favorecer o crescimento da
China”. Já o ministro Ricardo Salles preferiu ser
Data: 20/05/2019
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Grupo de Comunicação
menos teórico: disse ao site G1 que nada
justifica realizar o encontro do clima em
Salvador, a não ser “para a turma ter
oportunidade de fazer turismo em Salvador” e
“comer acarajé”.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-
informacoes,desprezo-pelo-clima,70002834362
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Data: 20/05/2019
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Grupo de Comunicação
Avanço no saneamento
- Opinião - Estadão
A aprovação pela Comissão Mista do substitutivo
do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) à Medida
Provisória (MP) 868/18, que modifica o marco
regulatório do saneamento básico, é um avanço
importante, porque facilita os investimentos
privados nesse setor, carente de recursos. Mas
falta ainda um longo caminho a percorrer – o
plenário da Câmara e a apreciação pelo Senado –
para transformá-lo em lei e mudar a situação
atual, que condena metade da população
brasileira a viver sem acesso a serviço de coleta
de esgoto.
Carta de governadores de 24 Estados divulgada
na imprensa, com pesadas críticas à MP, dá uma
ideia dos obstáculos que ela tem pela frente. Os
governadores se mostram muito mais
preocupados em manter o controle que têm hoje
sobre o setor – por meio das companhias
estaduais de saneamento, todas à míngua de
recursos – do que em resolver o problema. Seus
argumentos não convencem: eles agridem a
realidade e mal escondem que seu objetivo é
mesmo preservar intactos seus poderes, mesmo
à custa de grande parte da população ficar sem
acesso a um serviço essencial.
“A existência dos Contratos de Programa (que a
MP muda) permitiu que as Companhias
Estaduais, nos últimos 8 anos, investissem cerca
de 55 bilhões de reais, o que representa 80% do
total de investimentos ocorridos em saneamento
no país”, afirmam eles. Faltou acrescentar que
isto é muito pouco. Estima-se que se devem
investir R$ 20 bilhões por ano no setor para
resolver o problema, mas em 2016 os
investimentos ficaram apenas em R$ 11,3 bilhões
e em 2017, em R$ 10,05 bilhões. É notório que o
setor público não dispõe de recursos suficientes
para enfrentar esse desafio.
Por isso é que se chegou à atual situação
calamitosa, que a MP quer corrigir: 100 milhões
de brasileiros não têm acesso à rede de coleta de
esgoto e 35 milhões não dispõem de água
potável. Não surpreende que, em relação ao
saneamento, o Brasil esteja numa posição
vergonhosa: atrás de 105 países, embora seja a
oitava economia do mundo.
A MP faz o que o mais elementar bom senso
indica: como as companhias estaduais não
dispõem de recursos para resolver sozinhas o
problema, cria condições para que o setor
privado – que tem capital e vontade de investir –
participe desse esforço. Hoje, as empresas
particulares estão presentes só em 325
municípios, de um total de 5.570. Apesar disso,
20% de todo o investimento feito em
saneamento, em 2016, veio delas.
O ponto da MP que mais suscitou polêmica é o
dos Contratos de Programa. Pelas regras atuais,
esses contratos, que aqueles governadores tanto
prezam, não exigem licitação, o que na prática
mantém a esmagadora maioria deles com as
companhias estaduais. Pelas novas regras, se
aprovadas, haverá concorrência com as
empresas privadas na disputa dos contratos, o
que facilita a ação dessas empresas isoladamente
ou na forma de Parcerias Público-Privadas. A MP
estabelece que a regulamentação do setor de
água e esgoto, hoje atribuição dos municípios, se
torna responsabilidade da União, por meio da
Agência Nacional de Águas (ANA).
As principais críticas da oposição são que a MP
obriga os municípios a abrirem suas portas para
as empresas privadas, e que estas só terão
interesse em investir nas cidades mais ricas,
deixando as mais pobres, que não dão lucro,
para as companhias estaduais. Para o senador
Tasso Jereissati, é “um equívoco profundo”
colocar a questão nesses termos. O certo, afirma
ele com razão, é que “saneamento é o único
setor de infraestrutura do País em que ainda
vivemos na Idade Média. Avançamos em
comunicação, eletricidade, rodovias, mas não
temos esgoto. Só teremos chance somando
recursos privados e estatais”.
Não procede o argumento de que as empresas
privadas ficarão apenas com a parte lucrativa do
setor, porque poderão ser levados à concorrência
blocos de municípios, o que geraria ganhos de
escala e tornaria os menores também
economicamente interessantes.
Tal como está, a MP é a oportunidade que o
Brasil tem de resolver o grave problema do
saneamento.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-
informacoes,avanco-no-
saneamento,70002833557
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Data: 20/05/2019
51
Grupo de Comunicação
Neoenergia começa ciclo de apresentações
para IPO
Coluna do Broadcast
A Neoenergia iniciará nesta semana as
apresentações aos investidores – no jargão de
mercado, o “investor education” – para sua
oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
Será nesse momento que a companhia baterá o
martelo sobre o preço que buscará emplacar em
seu IPO. No momento, a intenção é lançar a
companhia com valor de mercado de R$ 18,4
bilhões. A perspectiva é de que a oferta fique
para o fim do próximo mês, cronograma
mantido, até aqui, mesmo com o aumento da
volatilidade no mercado. O histórico da
participação em leilões de transmissão e a
disputa para a aquisição da Eletropaulo, são
apontados como fatores que devem pesar na
avaliação. No entanto, fontes defendem que a
empresa é disciplinada em sua alocação de
capital.
No sapato. A atenção do mercado também está
no “re-IPO” da CPFL, ou o relançamento da
companhia na Bolsa, que deve trazer forte
competição para a emissão da Neoenergia. A
CPFL, da chinesa State Grid, deve lançar sua
oferta no início de junho, ou seja, antes da
concorrente. A favor da CPFL está o fato de já ser
listada, apesar de ter hoje pouca liquidez, e
apenas um controlador, ao contrário da
Neoenergia.
Experiência. Quando tentou abrir seu capital em
dezembro de 2017, a Neoenergia não foi flexível
no preço almejado para seu IPO e a oferta não
emplacou. Na época pesou contra, ainda, a
disputa com outras duas ofertas, a da BR
Distribuidora e a do Burger King, que tiveram
elevada demanda. Procurados, BB e Neoenergia
não comentaram.
https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-
do-broad/neoenergia-comeca-ciclo-de-
apresentacoes-para-ipo/
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Data: 20/05/2019
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Grupo de Comunicação
Sustentabilidade para manter a liderança
- Economia - Estadão
José Roberto Mendonça de Barros
A agricultura continua sendo um dos poucos
setores relevantes com uma dinâmica robusta de
crescimento. Este tem sido baseado, antes de
tudo, na ciência, no conhecimento e na
tecnologia, que, em interação com as pessoas e o
meio ambiente produz sistematicamente, e há
muito tempo, uma elevação da produção e da
produtividade, com queda secular de preços que
beneficiam o consumidor brasileiro e o mercado
global.
Mesmo na quase depressão em que vivemos, o
dinamismo persiste, e a nova agenda de
produção já está definida: a agricultura de
precisão e novas técnicas para melhoria das
variedades. Ela é o equivalente da Indústria 4.0
no setor primário. Lá está um conjunto de
tecnologias digitais que, utilizadas em sistemas
que integram grandes bases de dados, máquinas
e pessoas, levam a uma otimização de recursos
num grau muito maior do que se suspeitava.
A utilização de dados de clima em tempo real
permite planejar e executar atividades de plantio,
tratos culturais, irrigação, colheita e pós-colheita.
Por exemplo, na formação do canavial, as
máquinas comandadas por GPS dão uma
precisão tal nas linhas que é possível plantar até
2% a mais de mudas por hectare. Na colheita, a
máquina e o caminhão que recolhem a cana
operam autônomos. O motorista do caminhão só
retoma o volante na hora de ir para a usina.
Nos tratos culturais é cada vez mais utilizado o
Controle Integrado de Pragas, um conjunto de
técnicas que engloba desde a simples contagem
de invasores por metro linear de cultura e
armadilhas até o controle biológico (feito pela
criação de inimigos naturais das pragas) e o uso
conjunto de biodefensivos e químicos.
Finalmente, a utilização de sensores nas
máquinas permite aplicar defensivos apenas nas
plantas que assim necessitem, o que diminui
drasticamente o uso dos elementos ativos, em
até 50%! A intensa discussão que se trava em
torno de “venenos” vai ficar muito menor. Esse
debate já tem data para terminar.
As mesmas técnicas estão sendo usadas no
manejo da irrigação (com forte redução do uso
de água) e na pecuária. Por exemplo, com
sensores nos cochos pode-se repor apenas a
quantidade de alimento que está sendo
efetivamente ingerida pelos animais, otimizando
a engorda. Na produção leiteira já se usa a
robotização da ordenha.
Em todos esses casos há elevação da
produtividade e redução de custos, tornando
mais competitiva a produção nacional. No quesito
terra, além de mais precisão nos tratos culturais,
vale mencionar a atenção com a qualidade,
desde as técnicas tradicionais de terraceamento,
plantio em nível, rotação de culturas e vazio
sanitário até o crescente uso de condicionadores
de solo, biofertilizantes e produtos que elevam a
atividade microbiana no solo, permitindo raízes
mais profundas e aumentando a resistência à
seca.
Nesse âmbito há uma verdadeira revolução em
marcha: a Indigo tem um banco enorme de
bactérias e fungos, com os quais prepara
misturas específicas que envolvem as sementes e
que resultam em maior produção por área.
Finalmente, continua avançando velozmente a
utilização da integração de sistemas, agricultura,
pastagens e florestas (ILPF), com efeitos
marcantes na sustentabilidade, na proteção de
nascentes e no bem-estar animal. Esse conjunto
de novas tecnologias, associadas a
procedimentos já largamente utilizados, como o
plantio direto na palha, está resultando numa
agricultura muito mais sustentável e rastreável.
Críticas tradicionais vão desaparecendo. Nos
anos 70, dizia-se, sem nenhuma base científica,
que fertilizantes químicos estragavam a terra,
tema que acabou deixado de lado por ser falso.
Mais recentemente muita energia se gastou com
o tema dos organismos geneticamente
modificados, já em uso havia décadas. Milhões
de pessoas em todo mundo consumiram esses
produtos sem um único caso de problemas.
Agora, com a técnica de edição genética já em
pleno uso, esse debate desapareceu.
Os novos sistemas de controle de pragas vão
também colocar a questão do “veneno” numa
perspectiva adequada. É preciso observar que o
desenvolvimento da tecnologia é uma eterna
corrida de resolver problemas sucessivos, cujo
resultado é que mais gente come mais barato,
além de produtos de melhor qualidade. O
crescimento da duração da vida não ocorreria
Data: 20/05/2019
53
Grupo de Comunicação
sem uma elevação sistemática da produção de
alimentos.
Ao lado da aceleração da melhoria tecnológica, é
preciso, entretanto, deixar para trás pautas
regressivas. Falo aqui dos sucessivos programas
de refinanciamento de dívidas (Refis) e de mais
prazo para fazer o Cadastro Rural, que tem de
ser aprimorado e passar para as fases mais
avançadas da lei. Aliás, o Cadastro Rural tem de
ser o norte do setor. As áreas de preservação
têm de ser totalmente respeitadas, assim como a
grilagem da terra e o desmatamento ilegal
devem ter fim.
Finalmente, é preciso aceitar que o consumidor,
no mundo inteiro, mudou. Ele quer saber o que
está comendo, como e onde foi produzido e se o
meio ambiente é respeitado. É o mesmo no
nosso País.
Pela própria sustentabilidade e pelo fato de o
agronegócio brasileiro hoje ser global, é uma
grande bobagem atropelar o meio ambiente. A
liderança do setor, seus representantes e o
governo têm de ter isso em mente.
*Economista e Sócio da MB Associados
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,s
ustentabilidade-para-manter-a-
lideranca,70002834284
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Data: 20/05/2019
54
Grupo de Comunicação
O papel essencial das distribuidoras de
energia
Adriano Pires*, O Estado de S.Paulo
Estão em discussão algumas propostas para uma
possível redução de tarifas do gás natural e da
energia elétrica, além da busca por mais
transparência nos preços dos combustíveis e do
botijão de gás. Neste processo, é possível
perceber um viés negativo com relação ao papel
das distribuidoras, como se elas fossem as
principais responsáveis por tarifas e preços altos.
Alguns, de forma irresponsável, chegam a
chamar essas empresas de atravessadoras.
É preciso explicar qual é efetivamente o papel
das distribuidoras de energia elétrica, gás natural
e combustíveis e mostrar por que são essenciais
para que os consumidores sejam atendidos com
qualidade e segurança. Deve-se, ainda, fazer
uma reflexão a respeito da alocação dos riscos
neste segmento da cadeia e esclarecer qual
parcela das tarifas ou preços fica com as
distribuidoras.
No caso das distribuidoras de energia elétrica e
de gás natural, é importante mencionar que o
mercado em que elas operam são monopólios
naturais, ou seja, suas receitas são reguladas por
agências que criam mecanismos virtuais de
competição, buscando a modicidade tarifária.
Sendo assim, essas empresas atuam em setores
regidos por tarifas reguladas, enquanto as de
combustíveis têm suas receitas definidas por
preços livremente pactuados, num ambiente de
mercado competitivo.
É de responsabilidade das distribuidoras a
arrecadação e o repasse de todos os tributos e
encargos entre os elos da cadeia, concentrando o
risco de inadimplência. Em última instância, elas
também são o termômetro de qualidade da
prestação dos serviços perante o consumidor
final. Além disso, as distribuidoras exercem
atividades de alto risco, como manutenção de
redes em linha viva (sem desligamento da
energia elétrica), além de corte e religamento de
redes que possam ter sofrido intempéries por
causas naturais (descargas elétricas) ou
antrópicas (ataques a dutos para roubo de
combustível).
Cabe destacar que, pela característica continental
do território brasileiro, prover um serviço de
qualidade requer um planejamento comercial e
logístico complexo. As distribuidoras também
arcam com o risco de capital de giro setorial.
Em relação à discussão sobre o valor das tarifas
ou preços, está claro que não se deve atribuir
essa responsabilidade às distribuidoras. Enquanto
as reguladas têm participação de 15% a 20% no
preço final, a margem para distribuidores e
revendedores de combustíveis é de 13%. Os
gastos com compra de energia – para os quais as
distribuidoras não têm ganhos no repasse –
representam cerca de 28% e 46% das contas de
luz e gás natural, respectivamente. Já no setor
de combustíveis, 40% dos preços finais
correspondem a encargos e tributos, valor que
pode chegar a 55% da conta final no setor
elétrico.
Recentemente, a Agência Nacional de Energia
Elétrica publicou excelente Nota Técnica (NT n.º
27/2019), no âmbito da Consulta Pública n.º 3,
em que analisou o desempenho das
distribuidoras de eletricidade nos últimos 20
anos. De acordo com a NT, a participação da
distribuição na tarifa caiu 52% entre 2001 e
2017, passando de R$ 208 para R$ 99 por MWh,
como resultado “dos substanciais ganhos de
eficiência das distribuidoras”.
O setor de energia precisa de distribuidoras
prestando um serviço adequado para reduzir a
sonegação de tributos e encargos em todas as
esferas de governo. A despeito do julgamento se
as tarifas e os preços estão justos, é essencial
mostrar o papel que as distribuidoras cumprem
no País e entender que é importante garantir
retornos condizentes com os riscos do negócio e
evitar populismos e artificialismos, pois
distribuidoras saudáveis significam setores
saudáveis.
Por isso, é fundamental calibrar de forma correta
incentivos e punições para garantir uma
prestação adequada dos serviços. Prometer
reduções de preços ou tarifas antes de um
diagnóstico preciso pode sair caro, como no
episódio da Medida Provisória 579/12 para o
setor elétrico, um caso clássico de que o barato
sai caro. Infelizmente, quem paga essa conta é
sempre o consumidor, mas a culpa não pode ser
atribuída às distribuidoras.
*é diretor do Centro Brasileiro De Infraestrutura
(Cbie)
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,o
-papel-essencial-das-distribuidoras-de-
energia,70002833626
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Data: 20/05/2019
55
Grupo de Comunicação
Governo federal recua e decide apoiar
evento sobre mudanças climáticas em
Salvador
- Sustentabilidade - Estadão
BRASÍLIA - O Ministério do Meio Ambiente voltou
atrás e informou que vai apoiar a realização da
Convenção das Organizações das Nações Unidas
(ONU) sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC),
marcada para agosto, em Salvador (BA). O
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
divulgou neste domingo, 19, nota oficial sobre a
decisão em seu perfil na rede social Twitter.
O evento, entre os dias 19 e 23 de agosto, é um
dos que acontecem de forma preparatória antes
da Conferência do Clima da ONU (COP 25),
marcada para dezembro, em Santiago, no Chile.
No ano passado, depois que foi eleito e antes de
assumir oficialmente o cargo, o presidente Jair
Bolsonaro determinou que o Brasil desistisse de
disputar a sede do evento. A justificativa era a de
que o País não poderia arcar com os custos da
realização do evento, de R$ 500 milhões.
Na época, Bolsonaro declarou ainda ser contra
algumas propostas discutidas na conferência que,
em sua avaliação, ameaçavam a soberania
brasileira sobre a Amazônia, como a suposta
criação do corredor de preservação ecológica e
cultural Triplo A, área de preservação que iria
dos Andes até o Oceano Atlântico, que nunca foi
tema da COP.
Depois de desistir de disputar a sede da COP 25,
o Ministério do Meio Ambiente mandou a
prefeitura de Salvador cancelar a realização do
evento preparatório. Ao explicar a decisão, o
ministro Ricardo afirmou que “não fazia sentido”
o Brasil sediar um encontro para preparar a COP
25, uma vez que a conferência não iria acontecer
no País. Salles chegou a dizer que manter o
encontro em Salvador seria uma “oportunidade”
apenas para a “turma fazer turismo em Salvador”
e “comer acarajé”.
Após as declarações de Salles, o prefeito de
Salvador, ACM Neto, disse, por meio da rede
social Twitter, que a prefeitura da capital baiana
tinha todo o interesse em sediar a convenção
preparatória, independentemente de o Brasil não
sediar a COP 25. A realização do evento havia
sido confirmada no ano passado, ainda no
governo Michel Temer.
“Pedi ao secretário André Fraga (secretário
municipal de Cidade Sustentável e Inovação)
para conversar com os representantes do evento
na ONU e ver a possibilidade de mantê-lo em
Salvador. A prefeitura não vai medir esforços
para que este evento de repercussão mundial
aconteça na primeira capital do Brasil”, publicou
ACM Neto, no dia 14 de maio. Na sexta-feira, 17,
a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) solicitou o
apoio do governo federal à realização do evento.
Divulgada neste sábado, 19, pelo próprio Salles
em seu perfil pessoal no Twitter, a nota oficial do
Ministério do Meio Ambiente diz que a pasta
manteve “entendimentos” com a prefeitura de
Salvador, o Ministério das Relações Exteriores e o
Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
O ministério informa ainda que “decidiu formular
proposta com ênfase na agenda de qualidade
ambiental urbana e no pagamento de serviços
ambientais, através de instrumentos financeiros
que visem dar efetividade econômica às atuais e
futuras ações de mitigação e adaptação às
mudanças climáticas no Brasil”.
Ao Estado, o ministro disse que o governo
“entendeu que tinham algumas pautas que
poderiam ser apresentadas no evento”, como a
agenda de qualidade ambiental urbana e o
pagamento por serviços ambientais. “Então,
vamos aproveitar a realização do evento para
apresentar isso e ver como é a receptividade
junto a outros países”, acrescentou.
Segundo ele, a decisão anterior, de cancelar a
realização do evento, havia sido tomada porque o
Brasil não tinha pauta para apresentar nas
discussões. Agora, porém, “nesse formato talvez
seja interessante realmente”. “O prefeito de
Salvador, ACM Neto, ponderou que era um
evento importante para reunir as pessoas lá na
cidade. Nós compreendemos isso”, disse. “Vamos
participar, apoiar institucionalmente, mas a
organização continua com eles, como
inicialmente previsto.”
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,governo-federal-recua-e-decide-apoiar-
evento-sobre-mudancas-climaticas-em-
salvador,70002835393
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Data: 20/05/2019
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Grupo de Comunicação
VALOR ECONÔMICO O BC e a volta da recessão
Por Luiz Carlos Mendonça de Barros
A atuação da nova diretoria do Banco Central já
está sob pressão por conta de sua falta de ação
neste início de novo mandato. O Monitor do PIB-
FGV recém divulgado aponta, na série com ajuste
sazonal, retração do PIB no primeiro trimestre,
em comparação ao último trimestre do ano
passado (- 0,1%) e, na comparação interanual, a
atividade econômica cresceu no trimestre 0,5%,
mas caiu 1,7% no mês.
Para uma sociedade asfixiada por uma taxa de
desemprego inaceitável e um desânimo deletério
que domina os empresários, a notícia da volta da
recessão não faz bem a ninguém. Como sempre
os investidores em ações nas Bolsas de Valores
foram os mais rápidos e corrigiram em quase
10% os preços das principais ações negociadas
na B3. Mas outros setores já responderam
também a esta má noticia, como mostra o índice
de confiança do consumidor da Fecomércio com
uma queda de mais de 3% em abril.
Meu irmão Jose Roberto fez um comentário
pessimista - mas totalmente pertinente - sobre a
situação de hoje ao dizer que o espirito animal
dos empresários - como dizia Keynes muito
tempo atrás - toma um terceiro tombo em
apenas dois anos. Ele se referia ao início da
recuperação cíclica, em meados de 2017, e que
foi violentamente abortada pelas delações da JBS
e a um outro espasmo de crescimento, em 2018,
jogado novamente ao chão pela greve dos
caminhoneiros. Agora, outro momento da volta
do espírito animal que se deu após a vitória de
Bolsonaro nas eleições presidenciais - e
principalmente com a chegada de Paulo Guedes
ao comando da economia - chega ao fim com o
retorno da recessão econômica.
Sinais que o BC recebe desde a greve dos
caminhoneiros são claros e fazem uma ação
sobre os juros mandatória
O risco desta nova decepção é o de criar um
desânimo nos empresários e consumidores de
uma forma mais profunda e perene. O
economista Carlos Kawall revelou em entrevista
recente que é possível que o brasileiro médio
esteja aumentando sua taxa de poupança
pessoal, talvez em função do desânimo de nova
recidiva no crescimento. Se isto acontecer,
realmente podemos nos preparar para dias ainda
mais difíceis ao longo do restante do ano.
Um dos culpados pela volta da recessão terá sido
a própria equipe do Ministério da Fazenda que,
na ânsia de promover uma verdadeira revolução
liberal na nossa sociedade, negligenciou a gestão
de curto prazo da economia. Lembro-me de ter
acompanhado os discursos de posse dos
presidentes dos três bancos públicos, em que
colocavam como primeira prioridade reduzir o
tamanho de suas instituições, corrigindo os erros
primários cometidos nos governos Lula e Dilma.
Minha reação diante disto foi a de certo espanto,
pois o movimento seria corrigir um erro
cometendo outro, ou seja, reduzir a oferta de
crédito destas instituições - que representam
50% do total do sistema bancário - em um
momento em que a recessão já rondava nossa
economia. Os bancos privados também
trouxeram sua contribuição a este cenário ao
absorver em seus spreads a totalidade da
redução da taxa Selic, como mostram as
estatísticas do Banco Central.
Paralelamente ao arrocho dos bancos públicos o
Ministério da Economia iniciou uma série de
contingenciamentos nos gastos discricionários do
orçamento para compensar a redução da
arrecadação gerada pela queda da atividade e
criando um conhecido "looping" deflacionário pelo
lado fiscal. Nas contas fiscais que podem ser
administradas pelo governo temos um superávit
crescente, que já vinha sendo perseguido nos
últimos meses do governo Temer, e continuou
agora.
Finalmente, completando este quadro de inércia
em relação à atividade econômica que se
enfraquecia, o Banco Central deixou de cumprir
seu mandato de um sistema de metas de inflação
ao vincular um eventual estímulo monetário à
aprovação definitiva da reforma da Previdência e
à diminuição de outros riscos fora de nossa
fronteira. E afirmo que o BC não está cumprindo
o charter associado a um sistema clássico de
metas de inflação desde que a greve dos
caminhoneiros interrompeu a pequena
recuperação cíclica em 2018. O hiato do produto
que prevaleceu nos últimos meses pede o
afrouxamento das condições monetárias com
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Grupo de Comunicação
inflação ancorada nos próximos dois anos no
centro da meta do Banco Central.
Basta acompanhar a ação de outros bancos
centrais, que seguem o modelo de sistema de
metas de inflação, em situação semelhante para
identificar esta forma de agir. Com o
enfraquecimento progressivo dos indicadores
antecedentes de inflação à disposição da
autoridade monetária, o estágio do ciclo
econômico de curto prazo é que passou a servir
como orientador do afrouxamento ou aperto das
condições monetárias de uma economia de
mercado como a nossa. E os sinais que o BC vem
recebendo desde a greve dos caminhoneiros são
claros e fazem uma ação sobre os juros
mandatória.
Mas a memória inflacionária de um passado que
não existe mais criou no BC brasileiro uma
mentalidade catatônica em relação a uma ação
compatível com a posição do ciclo econômico.
Para usar uma expressão popular, o uso do
cachimbo da inflação por muitas décadas fez a
boca torta quando se trata de uma ação
anticíclica de afrouxamento monetário. Esta
posição ficou bem clara na declaração do novo
presidente da instituição quando disse para quem
quisesse ouvir que "o Banco Central não age
olhando o crescimento econômico".
Luiz Carlos Mendonça de Barros, engenheiro e
economista, é presidente do Conselho da Foton
Brasil. Foi presidente do BNDES e ministro das
Comunicações. Escreve mensalmente às
segundas.
https://www.valor.com.br/opiniao/6266003/o-
bc-e-volta-da-recessao
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Data: 20/05/2019
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Grupo de Comunicação
Pedaladas no parque: um exercício sobre
diversidade e timing
Por Stela Campos
Todo domingo me esforço para acordar cedo e
andar de bicicleta no parque. De tanto fazer isso,
comecei a perceber que para dar uma simples
volta eu tinha que colocar em prática uma
meticulosa estratégia que desenvolvi depois de
muitos aborrecimentos na pista. Assim como no
trabalho, a habilidade para lidar com a
diversidade dos ciclistas, enxergar o senso de
oportunidade em uma ultrapassagem e saber o
timing certo para chegar e sair são essenciais
para ser bem sucedido. Parece um papo louco de
gente que não tem muito o que pensar enquanto
pedala, mesmo ouvindo música, mas não é.
Se não sigo à risca o meu passo a passo me dou
muito mal na pista. A primeira medida é chegar
bem cedo. Não tão cedo para que a loja que
aluga bicicletas ainda esteja fechada, porém bem
mais cedo que a maioria dos amadores que
tomam conta da pista no domingo. Quando eles
avançam em bandos, lá pela quarta volta
completa, é o momento certo de partir. Se o
tempo estiver fechado, excelente, sei que menos
gente vai se aventurar e enfrentarei menos
trânsito ciclístico. Quando está sol, o bom é pular
rápido da cama e correr. Isso porque todo mundo
que nunca levantou cedo para ir ao parque,
provavelmente vai estar lá todo colorido
querendo pedalar, o que vai significar mais
obstáculos durante o percurso.
Mas os primeiros a chegar não são eles e sim os
ciclistas "profissionais". Aqueles com capacete,
magrelas caras e camisetas coladas. Eles são tão
autoconfiantes e velozes que sempre tenho a
sensação de que estão prontos para me
atropelar. Outra característica é que eles
parecem ter um prazer especial em tirar finas
dos amadores. Paciência zero para quem ainda
está aprendendo.
Nas empresas, esses ciclistas seriam aqueles que
se sentem tão super qualificados que precisam
impor o seu ritmo de trabalho, só assim
conseguem mostrar a sua destreza. Afinal, a vida
para eles é correr riscos, o que todo o mundo
corporativo parece incentivar hoje. Eles gostam
de se cercar daqueles que estão na mesma
velocidade e têm pouca tolerância para quem
está no meio do caminho.
Penso na transformação digital e os diferentes
ritmos de adesão dos profissionais nas empresas.
Se esses ciclistas estivessem em um processo
desse tipo, teriam pouca paciência para ensinar o
que sabem para quem está um pouco mais
devagar. Nenhum deles quer perder tempo ou se
atrasar ajudando os outros. O que eles não
levam em conta é que um dia tanta ousadia pode
resultar em um acidente, que pode ser
involuntário, provocado por uma folha que cai no
olho, um pneu que estoura ou por uma
ultrapassagem malfeita que acaba derrubando
alguém e na qual ele também pode se espatifar
no chão. Uma queda em um momento crítico
pode tirá-los da corrida por um bom tempo.
Mas os ciclistas de primeira viagem não são
santos e podem ser igualmente perigosos. Na
empresa, eles seriam aqueles que, por serem
novatos, não se sentem na obrigação de se
inteirar sobre o 'modus operandi' do negócio, e
por isso acabam complicando o fluxo do trabalho.
Na pista, eles são os que desconhecem as regras
explícitas e implícitas de se pedalar no parque.
Regra número um: não é possível andar devagar
quando se está bem no meio, porque isso pode
realmente complicar a vida dos outros ciclistas e
causar acidentes. Regra dois: não é porque seu
filho está aprendendo a pedalar que você tem o
direito de ocupar a pista toda. Regra três: não é
porque você está com um amigo que vocês
podem andar bem devagarinho fazendo todo
mundo desacelerar de repente. Sim, eles causam
certa tensão que chega ao ápice quando entram
em cena aqueles veículos enormes que levam a
família toda, uma espécie de triciclo com
cobertura. Esses nunca olham para o lado, pois
estão sempre entretidos com os bebês e os
cachorrinhos que estão levando para passear. E
dá-lhe buzina dos estressadinhos sobre rodas.
Vale fazer uma menção também aos corredores
com cara de profissionais - quase tão folgados
quanto os ciclistas do mesmo nível - esses são
ainda mais ousados. Alguns, inclusive, fazem
questão de correr na contramão. Eles ignoram
sem o menor constrangimento as setas que
indicam o sentido no chão e que aquela é uma
pista destinada às bicicletas. Eles se sentem
diferenciados porque levam o treino a sério e
ignoram que aquele é um espaço público e que
existem regras. Embora o guarda diga que
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Grupo de Comunicação
crianças devem aprender a andar de bicicleta em
outra área, destinada para isso, muita gente
também ignora. Como não existe punição para
ninguém, as infrações não terminam e as
pessoas parecem querer viver essa experiência
perigosamente.
Mesmo com tantos percalços, eu insisto. Já foi
comprovado que o exercício aeróbico faz bem
para o cérebro, ajuda a pensar, aprender e a
manter seu julgamento afiado. Um estudo
mostrou que esse benefício aumenta quando ele
acontece ao ar livre. Incluir esse tempo verde na
rotina reduz o estresse, os sintomas de
depressão e a ansiedade. E pode também
aumentar a sua motivação.
Outro estudo feito com 8,8 mil ciclistas, em sete
cidades da Europa, ao longo de dois anos,
atestou esses benefícios e incluiu mais um, a
interação social. Ao andar de bicicleta, os
entrevistados se sentiam menos solitários e se
mostravam mais atentos ao que estava
acontecendo ao seu redor. Segundo os
pesquisadores, as bicicletas criam pontes sociais
e provocam a interação com estranhos, seja para
falar do próprio veículo, do tempo, do trajeto,
enfim…
Para mim, o bem-estar é inegável, embora esteja
falando em andar no parque e não nas ruas de
São Paulo, o que pode tornar a experiência muito
mais complexa. Como nas empresas, a
convivência com a diversidade e profissionais em
estágios diferentes é um exercício que requer um
aprendizado individual. Essa convivência pode
criar momentos de tensão, mas aprender a
pedalar em estado de alerta é também
deliciosamente viciante.
Stela Campos é editora de Carreira
E-mail: [email protected]
https://www.valor.com.br/carreira/6266017/ped
aladas-no-parque-um-exercicio-sobre-
diversidade-e-timing
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Data: 20/05/2019
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Grupo de Comunicação
BB aceita valor menor em IPO da
Neoenergia
Por Flávia Furlan e Maria Luíza Filgueiras | De
São Paulo
Bancos que assessoram a oferta pública inicial de
ações (IPO) da Neoenergia começaram as
conversas com os investidores com um valor
patrimonial para a companhia estimado em R$
18,4 bilhões, apurou o Valor. O Banco do Brasil
(BB), um dos acionistas vendedores, queria
testar um patamar maior, mas acabou
concordando com os assessores em reduzir a
estimativa diante do ambiente de maior
competição de ofertas.
O valor está mais próximo das expectativas dos
investidores e daquele que havia sido estipulado
na primeira tentativa de IPO da empresa, em
2017, de R$ 18 bilhões. Segundo uma fonte,
daqui a duas semanas será feito o lançamento da
oferta. Participam da operação como
coordenadores Banco do Brasil, Bank of America,
Citi, J.P. Morgan, Credit Suisse e HSBC.
Os vendedores na oferta secundária serão o
Banco do Brasil, a Previ, fundo de pensão dos
funcionários do banco, e a Iberdrola. O BB tem
uma fatia de 9,34%, a Previ tem 38,21% e a
Iberdrola detém 52,45%. Os acionistas querem
levantar entre R$ 3 bilhões e R$ 3,5 bilhões. O
BB informa em seu balanço um valor patrimonial
de R$ 19,4 bilhões para a Neoenergia, mas,
segundo o Valor havia apurado, estava mais
propenso a negociações de preço na nova
tentativa de IPO.
A operação da Neoenergia compete com a oferta
subsequente de ações ("follow-on") da CPFL, que
será precificada na primeira semana de junho.
Segundo uma fonte, entre as duas empresas de
energia, os investidores enxergam menos risco
na CPFL, que tem planos de investimento de R$
12 bilhões nos próximos cinco anos e um
endividamento correspondente a 2,4 vezes a
geração de caixa.
No caso da Neoenergia, os investimentos
previstos para os próximos cinco anos somam R$
25 bilhões e a alavancagem está próxima de 3
vezes. Diante dessa necessidade de
investimentos, e como todos os recursos do IPO
vão para os acionistas controladores, a
Neoenergia também realiza em paralelo à oferta
de ações uma emissão de debêntures, no valor
de R$ 1,25 bilhão, para reforçar o caixa.
https://www.valor.com.br/financas/6265791/bb-
aceita-valor-menor-em-ipo-da-neoenergia
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Data: 20/05/2019
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Opinião do governo é irrelevante, afirma
presidente da Comissão
Por César Felício e Carolina Freitas | De São
Paulo
Parlamentares do centrão pretendem tomar o
controle da negociação sobre a reforma da
Previdência, alijando o governo. Em entrevista ao
Valor na sexta-feira, o presidente da Comissão
Especial que analisa o tema, deputado Marcelo
Ramos (PR-AM) traçou algumas linhas gerais que
podem entrar no substitutivo do relator,
deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). Além das
alterações nas propostas sobre BPC,
aposentadoria rural, aposentadoria especial de
professores e capitalização, já bastante
comentadas, há uma articulação para fundir as
mudanças da aposentadoria dos militares à
Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
A ideia é manter como projeto de lei apenas a
recomposição salarial das Forças Armadas. O
restante da proposta enviada pelo governo ao
Congresso passaria a tramitar junto com a
reforma.
"O governo faz coisas pro-forma como se todo
mundo fosse tolo. Mandou o projeto dos militares
com impacto fiscal de R$ 10 bilhões e ainda
deixou paralisado", afirma ao Valor o deputado.
Nascido em Manaus há 45 anos, Ramos começou
a vida política como líder estudantil e passou 16
anos filiado ao PCdoB. O deputado, que é
advogado e professor de Direito, disse que a
opinião do governo "é absolutamente irrelevante
para tudo".
A seguir, os principais trechos da entrevista
concedida pelo deputado ao Valor na sexta-feira:
Valor: Diante do cenário de crise no governo,
como garantir que a reforma da Previdência
avance?
Marcelo Ramos: A Câmara vai tomar para si a
reforma. Será como em um
semiparlamentarismo. O Executivo sempre
controlou a pauta do Legislativo, mas a situação
é outra.
Valor: Qual o sentimento em relação ao governo
Bolsonaro?
Ramos: Há um sentimento de desilusão. O
presidente tem se esforçado para que as pessoas
desistam dele. Na economia, há um plano de
voo, pelo menos. Se você pegar as outras áreas,
são absolutamente levadas pelo vento.
Valor: O Congresso quer tocar a reforma da
Previdência como agenda própria. Tentou-se na
época de Collor fazer um pacto pelo Brasil,
tentou-se blindar reforma na época do Temer.
Não funcionou. Por que dessa vez vai ser
diferente?
Ramos: Por uma estratégia de afirmação do
Parlamento, de dizer "[a reforma] não é do
presidente, o Parlamento vai fazer". Veja o que o
Maia fez em relação à reforma tributária. Se
andar, nós vamos ter pela primeira vez na
história uma reforma estruturante que não é
fruto da convergência de Legislativo e Executivo.
O governo hoje não tem força nenhuma de lutar
lá dentro. Dentro da Câmara, ninguém ouve o
que o governo diz. A opinião do governo é
absolutamente irrelevante para tudo.
Valor: O que vai acontecer com as medidas
provisórias pendentes?
Ramos: Eu acho que a MP 868, do saneamento,
vai acabar passando, apesar da atitude contrária
dos governadores. A MP 870 eu acho que vai
passar com as alterações feitas na comissão
especial, ou seja, no Coaf e na Funai.
Valor: Ou seja, mais uma derrota do Major Vitor
Hugo?
Ramos: Vitor Hugo é bem-intencionado,
tecnicamente o melhor lá deles, mas não tem
autoridade. Nem o governo o empodera, nem o
Parlamento. A bancada do PSL é inadministrável,
não tem como ter líder da bancada do PSL. Quem
é a bancada do governo? 52 do PSL. Ou seja,
líder do governo é líder de nada.
Valor: O centrão precisa da oposição para ter
maioria, não?
Ramos: Mas para ter maioria de que? Sem um
partido do centrão o governo já não faz 308
votos. Eu acho que o centro precisa ter um
projeto para o país. Porque, se se conformar na
atuação parlamentar, não vai perder a pecha de
fisiológico nunca.
Valor: Bolsonaro não pode achar que, depois que
a reforma da Previdência passar, o centrão se
junta com a oposição para derrubá-lo?
Ramos: Como o Parlamento pode pensar que,
depois da reforma da Previdência, ele se junta
com Moro para criminalizar a política e seguir por
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um caminho autoritário. Então, o receio há dos
dois lados. Ainda bem que há receio dos dois
lados, é isso que gera o equilíbrio.
Valor: Bolsonaro associa o centrão ao desejo por
cargos.
Ramos: Por conta dos desvios de conduta,
estamos criminalizando uma prática que é
republicana. O que não é republicano é usar
cargo para desviar recurso, para comprar
deputado. Agora o governo está oferecendo
cargo de segundo, terceiro, quarto escalão. Isso
não é republicano. A compra de um deputado no
varejo em troca de um cargo para ele resolver o
problema de um amigo dele não é republicano.
Eles ofereceram lá vários cargos e as bancadas
negaram. À bancada do Ceará mesmo, eles
levaram uma lista de cargos e a bancada negou.
Valor: O governo teria que dar então uma área,
uma pasta?
Ramos: É normal. Com padrões, com
mecanismos de compliance, de fiscalização, de
conduta. Se quer participar da pauta do
Parlamento, os partidos que apoiam tem que
participar do governo.
"O governo não tem seis meses e a palavra
impeachment já surgiu. Quem é que vai ter
segurança de investimento?"
Valor: Como chegar a um plano comum do
centrão com tantos interesses diferentes?
Ramos: Na verdade inexiste um pensamento
econômico desses partidos, mas tem que existir.
O partido que não tem perspectiva de poder
existe por fisiologismo. O país foi se polarizando
nos extremos porque a direita liberal tinha uma
pauta e arrumou um líder. Bolsonaro virou liberal
na eleição. A trajetória política dele é
comprometida com o atraso, com as
corporações, com o descontrole do gasto público.
O entendimento do Bolsonaro de país é muito
precário. Ele não tem noção de nada.
Valor: Como ele ganhou as eleições?
Ramos: Nos momentos de desesperança, o povo
não consegue entender formulações complicadas.
Só entende o simples. O povo não entende que
no momento de desesperança tem que ter
programa social. Tem é que matar bandido.
Ponto. E deram a ele a pauta de costumes, em
um país conservador. E é isso que constrange o
governo agora. Ele teve que deixar de lado a
pauta de costumes, entrar na pauta econômica,
para qual não tem clareza, não tem consistência
da defesa e não tem respostas simples.
Valor: Ou seja, neste momento a pauta é do
Congresso. O futuro do país é o Congresso
Ramos: Estamos em um semiparlamentarismo.
Valor: Se o Congresso tem clareza da urgência
da reforma da Previdência, por que o número de
indecisos na Câmara não cai? Já não é hora de
tirar o BPC, a aposentadoria rural?
Ramos: Não tem como tirar isto antes do fim do
prazo das emendas e das audiências públicas.
Cada coisa que eu tirar agora, eu vou ter que
tirar mais lá na frente. Que é o grande erro do
Bolsonaro: quando ele fala em tirar uma coisa,
ele dá sinal para o Congresso tirar outra. Porque
ele não pode ser o agente das bondades, que tira
todos os mais pobres da reforma e o Congresso o
agente das maldades. A proposta é dele. Se não
for para o presidente fazer a defesa integral da
reforma, é melhor que não fale.
Valor: O monopólio da bondade tem que ficar
com o Congresso?
Ramos: Porque o ônus vai ser dos
parlamentares. Olhem os debates na reforma da
Previdência. Ninguém tem coragem de defender
as corporações. Eu fiz uma audiência pública no
meu Estado segunda-feira. CUT, UGT, CGT... me
entregaram uma pauta. Falava lá para tirar
aposentadorias rurais, BPC,
desconstitucionalização, capitalização,
professores, e aí eu falei: estamos juntos.
Valor: O senhor defende tirar a capitalização?
Ramos: Ninguém vai dar cheque em branco para
o Paulo Guedes. Se ele não disser quem vai
pagar o estoque que vai ficar do sistema
anterior, nós não vamos entrar em uma
aventura. Eles não dizem qual é este custo. Eu
gosto muito da ideia de um colchão de
repartição, com teto baixo, redução de
contribuição patronal e previdência capitalizada
complementar. Um pouco o que o Mauro
Benevides Filho (PDT-CE) propõe.
Valor: Esta proposta, que fez parte do programa
de governo de Ciro Gomes, implicava em uma
redução do teto de aposentadoria do INSS
Ramos: Vou ser prático. O que o cara vai fazer,
se ganha acima do teto, não é problema meu.
82% dos beneficiários do regime geral já
recebem até dois salários mínimos. Estaremos
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mexendo com 18%. Eu tenho contraposto o
ministro Paulo Guedes no discurso sobre a
reforma. Eu acho que não devemos criar um
discurso muito otimista, como foi criado em torno
da reforma trabalhista, porque daí o ônus vai ser
maior. Paulo Guedes diz, aprovou a reforma num
dia, no outro dia o dinheiro entra. Não é verdade.
Esse é um ano perdido.
Valor: E há a crise política, que preocupa
potenciais investidores.
Ramos: O governo não tem seis meses e a
palavra impeachment já surgiu. Quem vai ter
segurança de investimento em um país com uma
instabilidade política como essa? Eu não embarco
no discurso do Guedes. Porque se eu embarcar,
dois meses depois da aprovação da reforma, vão
me cobrar que o emprego tenha melhorado. Não
vai melhorar. Outro discurso que não embarco é
que reforma é só para combater privilégio. Não
é. Reforma é para fazer ajuste fiscal.
Valor: João Doria estava muito bravo com o
senhor.
Ramos: Se o governador Doria quer tanto a
reforma da Previdência, por que ele não manda a
dele para a Assembleia Legislativa de São Paulo?
Foi a mesma resposta que eu dei para o
governador [de Goiás, Ronaldo] Caiado. Ele disse
que a CCJ estava desidratando a proposta. Eu
falei: não tem problema, ele manda a dele, para
a assembleia dele, hidratada e está resolvido.
Valor: Estados e municípios dentro da reforma
cai então?
Ramos: Eu não sei se cai. Na proposta do Temer,
a questão dos Estados tinha uma regra de
desembarque. Valia para todo mundo e tinha seis
meses para desembarcar. Você pode ter uma
regra de embarque ou algo que eu estou
amadurecendo: uma regra como a do marco
regulatório de mobilidade urbana. O governo
federal aprova as regras gerais, e os Estados e
municípios têm um prazo pra fazer as suas sob
pena de ficar impedidos de receber repasse
voluntário da União. Não fazer nada é muito
perigoso porque quem quebra recebe socorro e
quem não quebra não recebe nada.
Valor: E como o senhor vê a tramitação da
reforma dos militares?
Ramos: Precisamos começar a refletir em trazer
a reforma dos militares para dentro da PEC.
Minha proposta é deixar no projeto de lei a
recomposição salarial e trazer para a PEC a parte
de previdência. Eu não sou contra a
recomposição salarial. Um general quatro
estrelas receber menos do que um juiz de
primeira instância é uma brincadeira.
Valor: Isso significa priorizar o ajuste dos
militares e deixar a recomposição salarial
dormitando?
Ramos: Eu acho que vai fazer a recomposição
salarial andar mais rápido, porque, na verdade,
estão parados os dois. A hora em que você
trouxer a reforma dos militares para dentro da
PEC, eu tenho certeza que vai andar a
recomposição salarial.
Valor: Se não colocar os militares dentro da PEC,
pode dificultar a votação da reforma?
Ramos: Não, acho que não. O problema é que o
governo faz coisas pro-forma como se todo
mundo fosse tolo. O governo mandou a dos
militares com impacto fiscal que na prática é de
R$ 10 bilhões e ainda deixou paralisada. Mas
vamos acabar com essa polêmica: a gente traz a
parte de previdência para dentro da PEC. Ainda
vamos melhorar o impacto fiscal da PEC.
Valor: A recomposição de salário para os
militares teria dificuldade de passar no
Congresso?
Ramos: Não, até porque é lei ordinária. Eu voto a
favor. Voto inclusive pela urgência.
Valor: Não há o risco de se estender para
policiais militares, bombeiros, policiais civis,
agentes penitenciários, guardas municipais?
Ramos: Onde passa um boi passa uma boiada.
https://www.valor.com.br/politica/6265935/opini
ao-do-governo-e-irrelevante-afirma-presidente-
da-comissao
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