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1 Grupo de Comunicação e Marketing CLIPPING 30 de Janeiro 2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

CLIPPING 30 de Janeiro 2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING

SUMÁRIO

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE .............................................................. 4

Ambientalistas questionam lixão subaquático de empresa da Vale ....................................................... 4

FRANGO AD'ORO será penalizada; moradores fazem abaixo-assinado .................................................. 5

Plano de emergência em barragem de Alumínio não tem prazo para implantação .................................. 6

CVM multa SP em R$ 500 mi por se beneficiar gratuitamente de serviço da Emae ................................. 7

Deputado sorocabano questiona governo sobre condições de segurança da barragem de Alumínio .......... 8

Desastre em MG reacende alerta na região ....................................................................................... 9

Mutirão de limpeza recolhe 246 quilos de microlixo em apenas 1km de praia ...................................... 10

Acordo entre Guarulhos e Sabesp tira 700 mil pessoas do rodízio de água .......................................... 11

Área de descarte irregular com 'montanha' de 10m de entulho é interditada em Ribeirão Preto ............. 12

Lagoa seca em Casa Branca e Daee vai investigar o motivo .............................................................. 13

VEÍCULOS DIVERSOS ............................................................................................................... 14

ANEEL inicia força-tarefa para fiscalizar in loco barragens de 130 usinas até maio ............................... 14

Governo planeja força-tarefa para fiscalizar as 3.386 barragens em risco no país ................................ 15

EXCLUSIVO-Há 10 anos, Vale avaliou mudanças em barragens que poderiam ter evitado desastre ........ 17

Proposta dá incentivos para geração de energia em aterros sanitários ............................................... 19

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................. 20

Painel ........................................................................................................................................ 20

Mônica Bergamo: Vale pode ser penalizada por PF mesmo sem comprovação de culpa ........................ 22

ESTADÃO .................................................................................................................................. 24

País tem apenas 35 fiscais de barragem de mineração ..................................................................... 24

Metrô abre sindicância para apurar colisão em monotrilho da Linha 15-Prata ...................................... 25

Estados em calamidade financeira são os que mais ‘maquiam’ as contas ............................................ 26

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................. 28

Privada, Cesp não prevê crescer no médio prazo ............................................................................. 28

O fetiche do gás natural no setor elétrico ....................................................................................... 30

Gás natural não vem substituindo geração térmica mais poluente, mas a hidrelétrica, limpa e barata .... 31

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Como vai a transição energética? .................................................................................................. 32

Farallon e Mubadala compram rodovia da Odebrecht em SP ............................................................. 34

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SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: O Estado de S. Paulo

Data: 30/01/2019

Ambientalistas questionam lixão

subaquático de empresa da Vale

Enquanto os ambientalistas de Minas travam

guerra contra as barragens da Vale, os do litoral

paulista questionam a autorização da Cetesp

em relação à cava subaquática que as

empresas VLI (da mineradora) e Ultrafértil

implementaram no estuário de Santos (SP).

Petição contra a cava conta com o apoio de 65

entidades, inclusive ONGs, que chamam a obra

de “lixão químico submarino”.

A Superintendência do Patrimônio da União de

São Paulo chegou a suspender a implantação

da obra, mas a iniciativa foi derrubada na

Justiça.

https://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-

da-fonte/ambientalistas-questionam-lixao-

subaquatico-de-empresa-da-vale/

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Veículo: Jundiaí Agora

Data: 30/01/2019

FRANGO AD'ORO será penalizada; moradores fazem abaixo-assinado

Agentes da Cetesb estiveram na Frango

Ad’Oro, em Várzea Paulista, receberam

reclamações de moradores que não

aguentavam mais o mau-cheiro vindo da

empresa. Os técnicos inspecionaram o local e

constataram problemas operacionais que

ocasionaram o odor. A Cetesb agora está

avaliando as penalidades cabíveis de acordo

com a legislação vigente, segundo informou a

assessoria de imprensa do órgão. Já a

população está fazendo um abaixo-assinado

virtual contra a Ad’Oro. O Jundiaí Agora fez

contato com a empresa através das redes

sociais e aguarda retorno.

Ainda segundo a nota da Cetesb, vistorias na

fábrica são feitas periodicamente. “Já foram

solicitadas providências para evitar emissão de

substâncias odoríferas na atmosfera e que

incomodam a população”, afirma a nota.

Segundo relatos de moradores próximos, na

última segunda-feira o cheiro era insuportável.

Na página ‘Petição Pública’, moradores de

Várzea “em especial do Jardim Itália, Jardim

Continente, Jardim das Palmeiras, Jardim

Mirante, Jardim Cruz Alta e Jardim Itaici exigem

o fim imediato das atividades secundárias da

empresa Frango Ad’oro, como a manutenção,

fabricação de farinha com as vísceras, penas e

ossos. Segundo ele, estas atividades é que

causariam “odor horrível”.

No site da Frango Ad’Oro há uma página

dedicada ao meio ambiente. Ali, a empresa

afirma que “realiza constantes investimentos e

projetos que minimizam os impactos

ambientais que uma empresa como a nossa

podem causar ao meio e à comunidade”.

Entre estes investimentos estão:

1 – Neutralização de particulados e fumaça,

através de um lavador de gases para caldeiras,

que possibilita minimizar evasão de gases ao

meio ambiente;

2 – Instalação filtros de retenção de odor da

fábrica de farinhas, o que nos possibilita

devolver ao ambiente um ar mais limpo e

agradável;

3 – Atualização de processos e aumento da

capacidade no tratamento de efluentes para

garantir a entrega de efluentes com qualidade

garantida além das exigências de normas e

legislações atuais.

Em Campo Limpo – Moradores do bairro

Figueira Branco informaram que esperam

melhorias na estrada dos Eucaliptos há dois

meses(foto ao lado). Eles protocolaram em

dezembro pedido de obras para a via, que

permite a passagem de só um carro por vez.

Até ontem, eles não tinham recebido resposta.

O Jundiaí Agora entrou em contato com a

assessoria de imprensa da Prefeitura de Campo

Limpo e obteve o seguinte retorno:

“A Prefeitura de Campo Limpo Paulista informa,

por meio da Secretaria de Serviços Urbanos

(SSU), que a manutenção da Estrada dos

Eucaliptos, no bairro Figueira Branca, está

programada para a primeira quinzena de

fevereiro”.

http://jundiagora.com.br/frango-adoro/

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Veículo: Globo - Tv Tem Sorocaba e Jundiaí

Data: 29/01/2019

Plano de emergência em barragem de

Alumínio não tem prazo para implantação

O plano de emergência em caso de acidente na

barragem de Alumínio (SP) não tem prazo para

entrar em funcionamento. Depois do acidente

em Brumadinho (MG), a prefeitura cobrou

medidas de segurança da Companhia Brasileira

de Alumínio (CBA), responsável pela produção

dos resíduos.

Segundo o último relatório do Sistema Nacional

de Segurança das Barragens, o risco de

rompimento na cidade é considerado baixo.

Conforme apurado pela TV TEM, a barragem

tem mais de 20 milhões de metros cúbicos de

lama avermelhada, em uma área de um

quilômetro quadrado e com até 100 metros de

altura.

Na estrutura são concentrados os restos

industriais da empresa, que é uma das maiores

produtoras de alumínio do país. Segundo a

empresa, no local é depositado o material que

sobra do processamento da bauxita , matéria-

prima trazida de áreas de mineração em outros

estados.

A lama vermelha, como é chamada, contém

restos de minério e também soda cáustica

diluída e precisa ser depositada em barragens

com solo impermeabilizado para que não haja

contaminação.

A fiscalização é feita pela Cetesb, que envia os

dados para o Sistema Nacional de Informações

Sobre Segurança das Barragens. No Estado de

São Paulo, o último relatório feito por órgãos

ambientais sobre este setor foi em 2016.

O documento classifica como baixo o risco,

mas, por causa da proximidade com a área

urbana, outro índice, que também serve como

parâmetro para avaliar as barragens, o

chamado Dano Potencial Associado, é

considerado alto.

Em uma classificação de "A a E", do maior para

o menor perigo, a classificação é "B". Para

medir este índice, são levados em conta, além

das áreas urbanas próximas, a possibilidade de

danos ambientais e de prejuízo econômico em

caso de vazamento do material.

Em Alumínio, a barragem fica a menos de um

quilômetro da área urbana mais próxima. De

acordo com a CBA, a maior parte do material

depositada ao longo de mais de 25 anos de

funcionamento está em forma sólida, o que

diminui o risco de vazamento.

O setor deve seguir a política nacional de

segurança das barragens, que está em vigor

desde 2010 e prevê a criação de planos de

emergência nos locais onde elas estão

instaladas.

A prefeitura afirma que o documento entregue

pela companhia à Defesa Civil em 2017 não

contém detalhes das ações que precisam ser

tomadas em caso de acidente.

Durante uma reunião com representantes da

prefeitura e técnicos da empresa, na segunda-

feira (28), ficou definida a instalação de 12

sirenes em vários pontos da cidade.

As áreas de risco também vão ser mapeadas e

rotas de fuga serão divulgadas para a

população, além de simulações de situações de

emergência que devem ser feitas com quem

mora perto da barragem.

No entanto, o prazo para a realização de todas

as ações ainda não foi definido.

A Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) informou que a licença da

barragem está em dia e que está analisando

melhorias feitas no plano de emergência.

Ainda segundo a Cetesb, a última vistoria na

barragem foi feita em 2018 e atestou a

segurança do local. O Ministério Público disse

que já tem uma investigação em andamento

sobre as condições da barragem em Alumínio.

https://g1.globo.com/sp/sorocaba-

jundiai/noticia/2019/01/29/plano-de-

emergencia-em-barragem-de-aluminio-nao-

tem-prazo-para-implantacao.ghtml

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Veículo: Estadão Conteúdo

Data: 29/01/2019

CVM multa SP em R$ 500 mi por se

beneficiar gratuitamente de serviço da Emae

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

condenou o Estado de São Paulo a pagamento

de multa de R$ 500 milhões, em um processo

sancionador aberto para apurar a

responsabilidade do governo paulista por ter se

beneficiado gratuitamente dos Serviços de

Controle de Cheias prestados pela Empresa

Metropolitana de Águas e Energia (Emae)

desde 2007.

O Estado foi julgado nesta terça-feira, 29, pelo

colegiado da autarquia, por ser acionista

controlador da Emae. No entanto, o corpo

diretor da CVM poupou os administradores da

companhia por falta de unanimidade em torno

da recomendação do relator sobre a adoção de

medidas para responsabilizá-los pela ausência

de esforços imediatos para superar a situação

irregular que motivou o processo.

https://www.em.com.br/app/noticia/economia

/2019/01/29/internas_economia,1025872/cv

m-multa-sp-em-r-500-mi-por-se-beneficiar-

gratuitamente-de-servico-d.shtml

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Diário de Tatuí

Data: 29/01/30

Deputado sorocabano questiona governo sobre condições de segurança da barragem de Alumínio

Devido às graves consequências

socioambientais em decorrência do

rompimento da barragem da mineradora Vale

em Brumadinho (MG), o deputado estadual

Raul Marcelo (PSOL) questionou, em

requerimento protocolado nesta terça-feira

(29), quais medidas foram tomadas nos últimos

três anos tanto da Secretaria Estadual do

Meio Ambiente e quanto da Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb) a fim de reduzir os riscos de

acidentes com barragens.

'Infelizmente, o território do Estado de São

Paulo não está imune ao risco de acidentes com

barragens. Com efeito, a barragem de resíduos

da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA),

situada no município de Alumínio (SP),

apresentou vazamentos em 2001 e 2004',

relata. "Em relação à Represa de Itupararanga,

há uma barragem construída há 107 anos, que

também precisa de atenção por parte dos

órgãos fiscalizadores", completa.

Sobre a situação em Brumadinho, Raul Marcelo

manifesta profunda indignação e dor diante

deste crime que conta com proporções

inestimáveis em termos de vidas humanas.

'Tudo isso a pouco mais de três anos após o

rompimento da barragem de Fundão em

Mariana - também sob responsabilidade da Vale

- que chocou o Brasil e o mundo com seu

impacto que ainda apresenta consequências às

populações que vivem na bacia do Rio Doce.

Cobramos a re-estatização da Vale,

investimentos na fiscalização de barragens e

indenização a famílias de Brumadinho.'

De acordo com a Agência Nacional das Águas

(ANA), em relatório divulgado em 2018, no

intervalo de um ano, o número de barragens no

Brasil com de rompimento subiu de 25 para 45.

O País possui mais de 24 mil barragens

identificadas para diferentes finalidades, com

acúmulo de água, de rejeitos de minérios, ou

industriais e para geração de energia.

No requerimento, Raul Marcelo pontua

questões que precisam ser colocadas à tona: há

o risco de rompimento de alguma barragem de

contenção no Estado de São Paulo e qual o grau

desse risco; periodicidade das vistorias

realizadas pelos órgãos ambientais vinculados

à Secretaria nas barragens; há algum plano

estadual de prevenção e mitigação de danos

socioambientais decorrentes de acidentes com

barragens; as populações situadas nas

proximidades recebem informações e

orientações a respeito dos procedimentos

adequados diante de uma situação de acidente

envolvendo barragens; entre outros

questionamentos que foram encaminhados ao

governo paulista.

O rompimento de uma barragem da Vale em

Brumadinho, na sexta-feira (25), deixou ao

menos 65 mortos. Há ainda outras 279 pessoas

desaparecidas. A tragédia liberou cerca de 13

milhões de m³ de rejeitos de minério de ferro

da mina do Feijão no rio Paraopeba. A lama se

estende por uma área de 3,6 km² e por 10 km,

de forma linear.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=17678950&e=577

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Veículo: Correio Popular

Data: 30/01/2019

Desastre em MG reacende alerta na

região

PROFESSOR DA UNICAMP APONTA, NO

ENTANTO, QUE MODELO DE BARRAGEM É

DIFERENTE E SEGURO

O desastre ambiental e humano que ocorreu no

município de Brumadinho, em Minas Gerais,

reacendeu a preocupação com a garantia de

segurança das barragens que devem ser

construídas na região. Uma delas será feita no

Rio Jaguari entre Pedreira e Campinas e já

recebeu a licença ambiental de instalação

concedida pela Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb).

O outro reservatório está previsto para ser

construído no Rio Camanducaia, em Amparo,

mas ainda não conseguiu a outorga da Agência

Nacional de Águas (ANA). Antônio Carlos Zuffo,

professor da faculdade de Engenharia Civil,

Arquitetura e Urbanismo da Universidade

Estadual de Campinas (Unicamp), especialista

em previsão de enchentes, planejamento de

recursos hídricos e drenagem urbana, destaca

que as barragens para retenção de água são

completamente diferentes das barragens de

rejeito de minérios e, por isso, são mais

seguras. 'A barragem de água é construída de

uma vez só porque é projetada para trabalhar

com as mudanças de volume', explica. De

acordo com ele, as barragens de rejeitos de

minérios são feitas em estágios e degraus. 'É

uma coisa sobre a outra e tem areia, enxofre,

cal, carvão, vira uma pasta. Por isso a

destruição é muito grande quando se rompe',

aponta.

O professor afirma que são raros os casos de

barragens de água que se rompem. 'As que

rompem são as pequenas, os açudes porque

geralmente não têm projeto e nem controle. As

grandes são seguras - têm projeto, controle e

são instrumentalizadas. Se acontece de ter

algum problema, tem formas de esvaziar,

depressionar o nível, fazer a recuperação e

depois encher de novo. Isso não dá para fazer

com as de rejeito', avalia. O reservatório de

Pedreira ocupará uma área de 2,1 quilômetros

quadrados, terá capacidade para acumular um

total de 31,9 milhões de metros cúbicos de

água e vai permitir uma vazão regularizada de

8,5 mil litros de água por segundo. O maciço da

barragem será construído em terra

compactada, com 600 metros de extensão e 50

metros de altura.

Em 2015, a Prefeitura de Campinas exigiu, na

expedição do Exame Técnico Municipal (ETM),

documento necessário para o licenciamento

ambiental da represa de Pedreira, um plano de

segurança da barragem e que a avaliação da

segurança passe por todas as etapas do

empreendimento, desde o projeto até a

operação. O plano, segundo o ETM, deve incluir

medidas para alertar a população quanto aos

riscos a que estará exposta e as formas de

compensar esses riscos. As pessoas poderão

ser afetadas em caso hipotético de rompimento

ou de descargas de água.

No documento, o Município colocou as

recomendações que considera essenciais entre

as condicionantes que serão exigidas do

empreendedor. A exigência de um plano de

segurança está relacionada ao fato de que,

premissas de projeto e a qualidade construtiva

influem diretamente na segurança da obra -

previsões muito otimistas, falta de

investigações geológica e geotécnica, e erros

construtivos são alguns dos principais

causadores de falhas ou acidentes com

barragens. (FLN/AAN)

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=17631677&e=577

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Veículo: Diário do Litoral

Data: 30/01/2019

Mutirão de limpeza recolhe 246 quilos

de microlixo em apenas 1km de praia

Cerca de 250 voluntários participaram do

mutirão de limpeza realizado pela Secretaria de

Meio Ambiente de Praia Grande (Sema), no

último dia 20. O mutirão percorreu da orla da

praia do Boqueirão até o Canto do Forte e faz

parte do projeto 'Verão no Clima', que é uma

parceria entre o Município e a Secretaria do

Meio Ambiente do Estado.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente,

Israel Lucas Evangelista, o principal objetivo da

ação é trabalhar a conscientização das pessoas

sobre o descarte correto do lixo e salientar a

importância da educação ambiental e o quão

importante é manter as praias limpas.

'Nossa preocupação maior é colocar na cabeças

das pessoas a importância da destinação

correta dos resíduos produzidos na praia.

Percorremos 1km de praia e achamos uma

quantidade enorme de resíduos, entre eles, a

maior quantidade foi de canudos e bituca de

cigarro. Esses microlixos, em especial, ficam na

areia por muito tempo, pela dificuldade das

máquinas na hora da recolha. A ideia é tirar o

habito deste tipo de descarte', destaca o

secretário.

Durante o evento, a Sema contou com o apoio

da Sabesp com o fornecimento da água potável

para os participantes e também com o apoio na

segurança dos grupamentos Ambiental e

Costeira, que integram a Guarda Civil Municipal

de Praia Grande e da Polícia Militar.

Quem também prestigiou o mutirão ajudando

na recolha dos resíduos, estavam o pessoal da

do Instituto Biopesca; Centro de Aprendizagem

Metódica e Prática Praia Grande (Camp/PG);

Navega SP; kings Kids São Paulo; Igreja Cristã

Evangélica de Praia Grande; Ong Ecophalt;

Aiuká Consultoria em Soluções Ambientais;

Instituto Praia Limpa; Associação Comercial de

Praia Grande; Fortaleza de Itaipu - 2° Gaaae -

Exército Brasileiro.

Balanço

Foram coletados 246,9 Kg de resíduos limpos

(sem areia), dentre os itens recolhidos destaca-

se 7000 canudos, 4320 bitucas de cigarro, 1800

tampas de garrafa, além de papel, espeto de

madeira, palito de sorvete, sacolas, copos,

talheres e pratos plásticos, entre outros.

O secretário agradeceu os colaboradores,

parceiros e os voluntários envolvidos neste

mutirão. 'Agradeço o empenho de todos os

envolvidos nesta ação, e conto com cada um

para continuar difundindo a importância da

educação ambiental e a responsabilidade que

cada cidadão pela geração e descarte de lixo'.

Programação

Dia 9 de fevereiro, às 20h, na Praça Duque de

Caxias acontece a Mostra Ecofalante de Cinema

Ambiental. Nesta edição o filme apresentado

será o Blue - Triste Oceano. Dia 22 de fevereiro,

às 20h, caminhada noturna, com saída será do

Canto do Forte e os participantes percorreram

7km de caminhada pela praia.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=17698280&e=577

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Veículo: Jovem Pan

Data: 29/01/2019

Acordo entre Guarulhos e Sabesp tira

700 mil pessoas do rodízio de água

Até o final do ano, a prefeitura e a Sabesp

pretendem abastecer todos os 1,4 milhão de

habitantes da cidade 24 horas por dia

No último mês, 700 mil pessoas pararam de

sofrer com o rodízio de água em Guarulhos,

região metropolitana de São Paulo. Todos os

1,4 milhão de habitantes da cidade enfrentam

esse problema diariamente.

O abastecimento regular foi possível depois que

a autarquia municipal Saae (Serviço Autônomo

de Água e Esgoto) concedeu os serviços à

Sabesp (Companhia Estadual de

Saneamento Ambiental). O objetivo da

prefeitura, agora, é que até o aniversário da

cidade, em 8 de dezembro, 100% do município

tenha água nas torneiras 24 horas por dia.

O contrato firmado entre a prefeitura e a

Sabesp prevê a concessão dos serviços por 40

anos. Em troca, a companhia vai investir R$ 2

bilhões ao longo desse período para o

abastecimento de água e R$ 1,3 bilhão para

coleta e tratamento de esgoto.

O presidente da Sabesp, Benedito Braga,

comemorou os resultados obtidos no primeiro

mês de contrato. “O resultado é muito

satisfatório, além da expectativa para os

primeiros cem dias”, disse ele nesta terça-feira

(29). “Até o final do ano vamos tirar todos os

munícipes de Guarulhos dessa situação [de

rodízio de água]”, garantiu.

“Talvez as grandes cidades não sofram com

isso porque no seu passado tiveram os

investimentos necessários”, disse o prefeito de

Guarulhos, Gustavo Henric Costa. “Pode soar

até estranho a segunda maior cidade do estado

comemorar algo nesse sentido, mas, para nós,

que sofremos com isso há décadas, é

extraordinário comemorar”, continuou.

De acordo com Costa, quando ele assumiu a

prefeitura, em janeiro de 2017, tinha como

objetivo fortalecer o Saae “para resolver os

problemas de forma caseira”. A gestão

municipal, no entanto, se deparou com uma

dívida de R$ 3,2 bilhões — resultado de 20 anos

nos quais a Saae comprou água da Sabesp sem

honrar com os custos. “A gente viu que era

impossível sanar os problemas financeiros e

fazer os investimentos necessários para

abastecer 100% da cidade”, afirmou o prefeito.

Com o acordo, o pagamento da dívida ficará

suspenso e o valor será abatido de forma

proporcional até o final do prazo do contrato

de prestação dos serviços.

Segundo o secretário municipal de

Desenvolvimento Científico, Econômico,

Tecnológico e de Inovação de Guarulhos,

Rodrigo Barros, os benefícios trazidos pela

parceria com a Sabesp vão além do

abastecimento de água. “Trouxe para a gente

um interesse muito maior no mercado. Depois

que o prefeito assinou com a Sabesp,

começamos a receber investidores

internacionais, investidores interessados em

fazer novos negócios com a cidade.”

https://jovempan.uol.com.br/noticias/brasil/ac

ordo-entre-guarulhos-e-sabesp-tira-700-mil-

pessoas-do-rodizio-de-agua.html

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Veículo: Globo – Ribeirão Preto e Franca

Data: 29/01/2019

Área de descarte irregular com 'montanha' de 10m de entulho é interditada em Ribeirão Preto

GCM diz que local recebe restos de construção

civil há 9 meses, mas licença da Cetesb está

vencida desde 2018. Proprietários da área

serão multados pela Secretaria do Meio

Ambiente.

A Guarda Civil Municipal e a Secretaria

Municipal do Meio Ambiente interditaram uma

área usada para descarte irregular de lixo e

entulho na Avenida Governador Mário Covas,

na Zona Norte de Ribeirão Preto (SP), na tarde

desta segunda-feira (28).

O empresário Guilherme Bonfatti Botta,

proprietário da empresa autorizada a atuar no

local, disse que deixou de fazer a reciclagem de

materiais nessa área, após o vencimento da

licença. Ele alegou ainda que, por se tratar de

terreno aberto, qualquer pessoa pode acessá-

lo para realizar o descarte de resíduos.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, a área

– entre os bairros Adelino Simioni, Quintino

Facci II e Jardim Presidente Dutra – está com a

licença da Companhia Ambiental do Estado

de São Paulo (Cetesb) vencida desde o ano

passado.

Os agentes flagraram uma montanha de

entulho com quase 10 metros de altura em uma

área equivalente a dois campos de futebol. No

local há pedaços de madeira, de isopor, pneus,

retalhos de tecidos, sacos plásticos, entre

outros materiais.

A Polícia Ambiental informou que há nove

meses os restos de construção civil têm sido

depositados no local irregularmente. Um trator

usado para remover o entulho foi apreendido.

Os proprietários da área serão multados por

crime ambiental. Segundo a Secretaria do Meio

Ambiente, o valor não pode ser informado até

que os donos sejam notificados, mas a

autuação pode chegar a R$ 11 mil.

https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-

franca/noticia/2019/01/28/area-de-descarte-

irregular-com-montanha-de-10m-de-entulho-

e-interditada-em-ribeirao-preto.ghtml

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: G1 – São Carlos e Araraquara

Data: 27/01/2019

Lagoa seca em Casa Branca e Daee vai

investigar o motivo

Uma lagoa em Casa Branca (SP) secou em seis

meses e dois ofícios foram abertos na Câmara

Municipal para buscar respostas sobre o caso.

O primeiro questiona o Departamento de Meio

Ambiente da prefeitura e o segundo cobra o

Departamento de Águas e Energia Elétrica

(Daee), responsável pela gestão de recursos

hídricos na região. O órgão informou que vai

apurar os motivos.

O aposentado Benedito Antônio Domingos,

morador do distrito de Lagoa Branca, contou

que a última vez que ela secou foi em 1966,

mas desta vez foi de repente, apesar das

chuvas anteriores.

Para Domingos, o problema tem origem na

quantidade de poços artesianos nas

propriedades próximas a lagoa. "Dizem as más

línguas que tem fazenda com 12 poços

artesianos para encher açude para irrigar

batata. Não tem hidrômetro e fica a revelia".

https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-

regiao/noticia/2019/01/27/lagoa-seca-em-

casa-branca-e-daee-vai-investigar-o-motivo-

veja-fotos.ghtml

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VEÍCULOS DIVERSOS

Data: 30/01/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

VEÍCULOS DIVERSOS

Veículo: Aneel

ANEEL inicia força-tarefa para fiscalizar in loco barragens de 130

usinas até maio

A ANEEL vai iniciar uma força-tarefa para

fiscalizar in loco as barragens de cerca de 130

usinas hidrelétricas até maio deste ano. Um

primeiro passo para acelerar os trabalhos foi

dado nesta terça-feira (29/1) com a

convocação, para a próxima terça, de reunião

com as agências reguladoras estaduais

conveniadas, que vão ajudar na fiscalização.

“Vamos chamar aqui as agências estaduais

conveniadas para avançar, em 2019, nessa

campanha de fiscalização, juntamente com

equipes credenciadas e com o pessoal próprio

de fiscalização da ANEEL”, disse o diretor-geral

da ANEEL, André Pepitone.

Participarão da reunião as agências estaduais

de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso

do Sul, Mato Grosso e Goiás.

A ANEEL é responsável pela fiscalização de um

total de 437 hidrelétricas (que totalizam 616

barragens, já que alguns empreendimentos

possuem mais de um barramento). Destas, a

agência fez vistorias presenciais em 122 usinas

entre 2016 e 2018. A força-tarefa deste ano

contemplará usinas que não foram visitadas

nesse período. Assim, considerando as

fiscalizações dos últimos três anos e a força-

tarefa que agora se inicia, até maio deste ano

cerca de 60% das usinas sob supervisão da

ANEEL terão passado por fiscalizações in loco.

As usinas restantes, que não estão na previsão

para vistorias presenciais, são as que oferecem

menor risco. Mesmo assim, elas passarão por

monitoramentos da agência. Em cumprimento

às deliberações da Resolução do Conselho

Ministerial de Supervisão de Respostas a

Desastres, publicada na edição de hoje do

Diário Oficial da União, a ANEEL vai exigir este

ano atualização do Planos de Segurança de

Barragem de todas as usinas que estão sob sua

fiscalização, independentemente no nível de

risco.

AMERICANA E PIRAPORA

Na lista das barragens fiscalizadas pela ANEEL,

duas estão enquadradas na categoria de maior

risco: Americana e Pirapora, ambas em São

Paulo.

A ANEEL faz um acompanhamento intensivo

destes dois empreendimentos, por meio do

convênio existente com a agência paulista

ARSESP. Os agentes responsáveis têm

realizado obras de reforço e melhoria das

estruturas de barramento, como resultado da

fiscalização da ANEEL, e as barragens tem sido

vistoriadas in loco pela ARSESP, no convênio

com a ANEEL.

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VEÍCULOS DIVERSOS

Data: 30/01/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Canal Energia

Governo planeja força-tarefa para fiscalizar as 3.386 barragens em risco

no país

Servidores de várias áreas deverão ser

remanejados para o trabalho. Do total

mapeado, 616 são de usinas hidrelétricas

O governo federal pretende montar um plano

emergencial para executar a fiscalização in loco

das barragens existentes no Brasil, incluindo as

de usinas hidrelétricas. A determinação ficou

acertada em reunião do Conselho do Governo

realizada nesta terça-feira (29) em Brasília,

com a participação de ministros que vão

integrar o grupo de trabalho voltado à revisão

da Política Nacional de Segurança de

Barragens. A ideia é contar com servidores de

várias áreas da administração pública para

compor a força-tarefa que pretende visitar as

3.386 unidades classificadas como de risco hoje

no país.

De acordo com o ministro Gustavo Canuto, do

Desenvolvimento Regional, as conversas

envolvem, por exemplo, o Ministério da

Economia, visando garantir a disponibilização

de orçamento necessário para esses serviços.

“A ideia é remanejar pessoas e solicitar

engenheiros de outros órgãos do governo.

Vamos empenhar recursos humanos e

financeiros nisso. Não é uma meta simples, são

mais de três mil barragens, mas que será

enfrentada pelo governo federal”, afirmou

Canuto, durante entrevista coletiva concedida à

imprensa no Palácio do Planalto, após a reunião

do Conselho.

Coordenador do subcomitê criado nesta terça-

feira para elaborar alterações na Lei nº 12.334,

que traz as diretrizes da Política Nacional de

Segurança de Barragens, o ministro-chefe da

Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ressaltou que a

estrutura atual das agências reguladoras é

insuficiente para executar o cumprimento de

todo o trabalho de fiscalização em todas as

barragens mapeadas no território brasileiro,

entre as de geração hidrelétrica, mineração e

usos múltiplos da água. “Não é preciso haver

um rompimento para que haja uma

necessidade de fiscalização nessas barragens”,

disse.

Presente à reunião, o ministro de Minas e

Energia, Bento Albuquerque, destacou que, no

tocante ao acidente ocorrido em Minas Gerais

na última sexta-feira (25), a pasta vem agindo

tanto na apuração dos fatos quanto na

prevenção de novas ocorrências desse tipo.

“Estamos atuando para que tudo seja feito com

muito equilíbrio”, disse. Segundo ele, o

Ministério está trabalhando em diversas

frentes. Na área de mineração, conta com o

apoio da Agência Nacional de Mineração; já em

relação aos efeitos do caso no setor elétrico, a

articulação é com Aneel e Operador Nacional do

Sistema Elétrico.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,

informou que entre as multas já definidas para

a Vale em razão do rompimento da barragem

em Brumadinho está a de R$ 250 milhões,

aplicada pelo Ibama. Parte desse valor poderá

ser convertido na recomposição dos diversos

danos causados pelo acidente. As indenizações

serão determinadas posteriormente pela

Justiça, e terão como objetivo a reparação de

prejuízos de ordem humana, ambiental e

estrutural. A enxurrada de lama mineral

provocou 65 mortes, já confirmadas até o

momento, e o desaparecimento de outras 279

pessoas.

Setor elétrico sem problemas de segurança

Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica

divulgados na última segunda-feira (28)

mostram que, entre os anos de 2016 e 2018,

apenas 122 das 616 barragens de

empreendimentos de produção de energia

elétrica receberam equipes de fiscalização da

entidade – o que representa 19,8% do total.

Neste grupo de hidrelétricas que foram

fiscalizadas diretamente pela Aneel está a usina

de Retiro Baixo (82 MW – MG), que nos

próximos dias irá receber a lama de rejeitos de

minério formada a partir do rompimento da

barragem da Vale na Mina do Feijão, em

Brumadinho (MG), no último dia 25.

A Aneel pretende reforçar os trabalhos com

equipes de fiscalização de agências reguladoras

estaduais conveniadas, que serão convocadas

para uma reunião em Brasília na próxima

semana. Nos estados onde não tiver convênio,

a fiscalização vai ser executada tanto por

técnicos da Aneel quanto por profissionais de

empresas credenciadas pela agência com essa

finalidade.

“Em grande medida, as instalações do setor

elétrico não oferecem problemas de segurança,

mas, diante da edição desse decreto, vamos

fortalecer esse programa. Vamos refinar o

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Data: 30/01/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

plano, solicitando a essas 616 usinas uma nova

versão do plano de segurança de barragens, e

também fiscalizando in loco“, anunciou o

diretor-geral da Aneel, André Pepitone.

Segundo ele, o pente fino feito nesse primeiro

grupo de usinas não identificou problemas

estruturais. “Fizemos um trabalho denso na

área de fiscalização de barragens em 2017,

atendendo a um comando da Lei 12.334”,

disse.

Na base de 616 empreendimentos da Aneel,

519 estão classificados como de risco – não por

problemas em suas instalações, mas por

estarem próximos de áreas densamente

povoadas. Desses 519, apenas foram

vistoriados 122. Apesar disso, todo o conjunto

de risco teve de apresentar ao regulador seus

planos de segurança de barragem. As

informações foram usadas pela agência para o

monitoramento das condições dos

reservatórios. A Aneel multou três

empreendimentos por atraso na entrega do

plano.

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Veículo: Reuters

EXCLUSIVO-Há 10 anos, Vale avaliou mudanças em barragens que poderiam

ter evitado desastre

Por Marta Nogueira e Ernest Scheyder

RIO DE JANEIRO/HOUSTON (Reuters) - A

mineradora brasileira Vale demonstrou

preocupações sobre suas barragens de rejeitos

em 2009, mas não implementou várias

medidas avaliadas que poderiam ter evitado ou

diminuído os danos do desastre fatal da

semana passada, de acordo com uma

apresentação corporativa vista pela Reuters.

Uma barragem usada pela companhia para

armazenar os restos lamacentos do processo

de beneficiamento da mina de ferro Córrego do

Feijão, em Brumadinho (MG), entrou em

colapso na sexta-feira, matando pelo menos 84

pessoas e deixando centenas de desaparecidos,

em um dos maiores acidentes industriais do

Brasil.

A estrutura continha cerca de 12 milhões de

metros cúbicos e gerou uma avalanche de lama

que atingiu refeitório e área administrativa da

Vale, assim como comunidades e rios da região.

O desastre de Brumadinho ocorreu pouco mais

de três anos depois de uma tragédia similar em

outra mina envolvendo a Vale, sócia da BHP

Billiton na Samarco, causando uma perda de

mais de 70 bilhões de reais em valor de

mercado da empresa apenas na segunda-feira.

Mas uma década atrás, a maior produtora

global de minério de ferro estava considerando

maneiras de usar menos barragens de rejeitos,

incluindo usos alternativos para essa lama, de

acordo com uma apresentação de 73 páginas.

O documento apontou para o aumento do

volume de rejeitos produzidos nas minas da

empresa.

O relatório sugeriu que a Vale fizesse materiais

de construção a partir de rejeitos, incluindo

tijolos, um passo que daria à empresa uma

outra fonte de receita e diminuiria o volume que

precisa ser armazenado usando barragens.

O relatório de 2009 da Vale recomendou que a

companhia realizasse um projeto chamado

“Barragens Zero”, que envolveria a filtragem de

rejeitos, recuperação adicional de minério de

ferro nos rejeitos, entre outras medidas.

Não se sabe se o relatório atingiu os níveis mais

altos da administração da Vale nem por que não

foi implementado.

Carolina de Moura, uma participante do

Movimento dos Atingidos pela Vale, moradora

de Brumadinho e acionista da Vale, disse à

Reuters que cobrou, em abril do ano passado,

em uma assembleia de acionistas da empresa,

da diretoria da Vale, onde estava o projeto,

ressaltando que Feijão estava inserido dele.

“Só que ela não tratou (dos rejeitos), porque o

preço minério de ferro caiu, a empresa

implementou uma política de redução de

custos, deve ter socado as barragens de

rejeitos mais ainda e aí o que deu?, Córrego do

Feijão estourou”, disse Moura.

O autor do relatório, Paulo França, deixou a

Vale um ano depois de apresentá-lo e agora

trabalha como consultor do setor. Procurado

pela Reuters, ele não comentou.

A Vale também informou que não iria comentar.

Mais tarde nesta terça-feira, a Vale anunciou

investimentos de 5 bilhões de reais para acabar

com as barragens a montante, dizendo que o

processo também vai exigir paralisação da

produção em um volume equivalente a 40

milhões de toneladas ao ano.

“ESTRUTURAS INERENTEMENTE PERIGOSAS”

As instalações da Vale em Brumadinho foram

construídas em 1976 usando o tipo mais barato

e menos estável de projeto de barragens de

rejeitos, uma estrutura com design comumente

utilizado na mineração conhecido como a

montante.

O design a montante custa cerca de metade do

preço de outras barragens, mas apresenta

maior risco de segurança, porque suas paredes

são construídas sobre uma base de resíduos,

em vez de em material externo ou em terra

firme.

O vizinho Chile, mais propenso a terremotos,

proíbe o design. O Brasil não é tão propenso a

terremotos, mas até mesmo pequenas

atividades sísmicas mostraram afetar as

barragens de rejeitos a montante.

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Como esses tipos de estruturas são alagados,

eles ficam facilmente suscetíveis a rachaduras

e outros danos que podem causar

rompimentos, como o que ocorreu na semana

passada em Brumadinho.

“Uma barragem de rejeitos pode parecer

segura, mas ainda mantém muita umidade por

trás dela”, disse Dermot Ross-Brown,

engenheiro da indústria de mineração que

leciona na Escola de Minas do Colorado, nos

EUA. “São estruturas inerentemente

perigosas.”

A causa do desastre permanecem

desconhecida. Essa mina da Vale não recebe

rejeitos há cerca de dois anos e meio e estava

em processo de descomissionamento, um

passo que deveria ter diminuído o risco,

disseram engenheiros.

“É realmente intrigante para mim que isso

tenha acontecido quando a barragem estava

fechando”, disse Cameron Scott, da SRK

Consulting, uma empresa de engenharia de

mineração. “Este desastre tornará o meu futuro

mais difícil.”

A barragem passou por uma inspeção em

setembro de 2018 da empresa alemã Tüv Süd,

e o diretor-presidente da Vale, Fabio

Schvartsman, disse que monitores mostraram

que a barragem estava estável em 10 de

janeiro.

Três funcionários da Vale e dois engenheiros da

Tüv Süd foram presos nesta terça-feira, em

operação para apurar homicídio, falsidade

ideológica e crimes ambientais na tragédia.

RISCOS

Abalados e na espera de informações sobre

centenas de colegas desaparecidos no

desastre, funcionários da Vale estão se

mobilizando para exigir mudanças no modelo

de produção da empresa, incluindo a utilização

de tecnologias já existentes para eliminar

rejeitos da mineração.

Analistas e engenheiros acreditam que o

desastre de Brumadinho deverá forçar a

indústria a parar de armazenar rejeitos úmidos

e, em vez disso, seguirá em direção ao

processo mais caro, porém mais seguro, de

armazenar rejeitos secos.

Esse processo exige a secagem dos rejeitos e o

armazenamento no local, reduzindo o risco de

colapso da barragem. A abordagem está se

tornando mais popular no Canadá e em outros

países com regulamentações de mineração

mais rigorosas.

“A indústria ainda não compreende totalmente

o risco que está assumindo com esse tipo de

barragens de rejeitos úmidos”, disse Matt

Fuller, da Tierra Group International, uma

empresa de consultoria de engenharia de

rejeitos. Representantes governo brasileiro já

afirmaram que tomarão medidas para tornar a

atividade de mineração mais segura, olhando

inclusive a criação de uma legislação que exija

mineração a seco e force mineradoras a

eliminar barragens de rejeitos quando elas

estiverem localizadas acima das comunidades.

O Brasil ainda está se recuperando da tragédia

de novembro de 2015, quando uma barragem

maior, pertencente à Samarco despejou uma

montanha de rejeitos, deixando 19 mortos e

centenas de desabrigados, poluindo o rio Doce,

no que foi considerado o maior desastre

ambiental da história do Brasil.

No caso de Brumadinho, a barragem estava

construída em cima de estruturas da própria

empresa e inundou prédio administrativo e

refeitório da companhia, com centenas de

trabalhadores no horário de almoço.

O sindicato que representa trabalhadores de

mineração de Brumadinho afirmou nesta terça-

feira que pediu à Vale “há pelo menos dois

anos” mudança de local das instalações

administrativas e do refeitório atingidos pela

avalanche de lama do rompimento da

barragem.

“Em reunião, representantes da Vale disseram

que existia um projeto pronto para a

transferência, o que não ocorreu a tempo de

evitar essa tragédia”, acrescentou a nota,

assinada pelo Sindicato Metabase de

Brumadinho e Federação dos Trabalhadores

nas Indústrias Extrativas de Minas Gerais.

A Vale não comentou o assunto imediatamente.

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Data: 30/01/2019

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Veículo: Agência Senado

Proposta dá incentivos para geração de energia em aterros sanitários

Aguarda designação de relator na Comissão de

Serviços de Infraestrutura (CI) o projeto de lei

que estabelece estímulos para a produção de

biogás, biometano e energia elétrica a partir do

aproveitamento de resíduos sólidos em aterros

sanitários. De autoria do senador Hélio José

(Pros-DF), o PLS 302/2018 será analisado

também pela Comissão de Meio Ambiente

(CMA) depois de passar pela CI.

A proposta altera a Lei da Política Nacional de

Resíduos Sólidos (Lei 12.305, de 2010) para

incluir a elaboração e execução de projetos de

aterros sanitários que contemplem a geração

de energia elétrica entre as iniciativas que

podem ser atendidas por linhas de

financiamento do poder público. Além disso,

permite que empresas dedicadas a gerar

energia a partir do aproveitamento dos

resíduos sólidos em aterros sanitários possam

receber incentivos fiscais da União, do estado

ou do município.

O PLS 302/2018 também altera a Lei 10.865,

de 2004, para que a energia elétrica gerada a

partir de resíduos sólidos em aterros sanitários

fique isenta do recolhimento de tributos (como

Pis/Pasep e Cofins) incidentes sobre a receita

bruta decorrente da sua venda no mercado

interno.

“O aproveitamento dos resíduos sólidos é de

fundamental importância para todos. Em

primeiro lugar, porque dá um destino adequado

a um recurso que, de outra forma, só traria

problemas, notadamente para a saúde da

população. Além disso, empreendimentos que

geram energia a partir dos resíduos também

reduzem a emissão de gases de efeito estufa,

tão prejudiciais para o clima do planeta”, afirma

Hélio José na justificação do projeto.

Para o autor, o aproveitamento de resíduos

sólidos em aterros sanitários traz benefícios

como a eliminação de agentes nocivos para a

saúde da população, geração de energia

próxima aos locais de consumo e redução da

emissão de gases que causam o chamado efeito

estufa. Voltar ao Sumário

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Data: 30/01/2019

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FOLHA DE S. PAULO Painel

PDT e PC do B atuam para derrubar a única

articulação capaz de impedir o isolamento do PT

na Câmara

Divórcio litigioso Integrantes do PDT e do PC do

B trabalham para impingir derrota ainda mais

pujante ao PT na disputa por espaços no comando

do Congresso. Após o naufrágio do bloco de

centro-esquerda que tentava se opor à reeleição

de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara, líderes

dessas duas siglas tentam convencer o PSB a unir-

se a elas e ao democrata, isolando de uma vez

petistas e o PSOL. A jogada acabaria com as

chances de o PT, que elegeu a maior bancada,

ocupar um espaço na mesa diretora da Casa.

Quem com ferro fere O racha na esquerda é um

reflexo da divisão que se deu entre os partidos

desse campo ainda na eleição de 2018. Para

garantir que seria possível levar a candidatura

presidencial de Lula, mesmo preso, até o limite, o

PT isolou o candidato do PDT, Ciro Gomes, e

pressionou muito o PC do B.

Beira do precipício O PT hoje tenta evitar seu

expurgo do comando do Congresso articulando um

bloco com o PSB e o PSOL. Se os aliados de Maia

no PDT e no PC do B demolirem esse acordo, o

partido não conseguirá espaço proporcional na

direção da Câmara à votação que obteve nas

urnas, quando fez 56 deputados.

Vai que é tua O PT não assiste à ofensiva parado.

O partido fez um acordo com o PSB e afiançou que,

se o bloco deles com o PSOL for mantido, a vaga

na Mesa Diretora conquistada pelo número de

deputados será dos socialistas.

Entre amigos Maia, que conta com votos de

alguns petistas com quem tem proximidade

pessoal, tem negociado no varejo, analisando caso

a caso vagas em comissões e a relatorias de

projetos importantes.

Chega O ex-presidente Michel Temer acionou

aliados no MDB da Câmara para garantir que seu

partido desse um fim à articulação do bloco de

oposição a Maia com o PT e o PP.

Sem fronteiras Para atrair o PP de volta ao seu

arco, Maia fez promessas que envolveram até o

terreno vizinho, o Senado. Ele se comprometeu a

trabalhar para que a senadora eleita Danielle

Ribeiro (PP-PB) assuma o comando da Comissão

Mista de Orçamento.

Mapa Na Câmara, o PP ficará com uma secretaria

da Mesa Diretora. As outras estão prometidas a

PR, PSD e ao bloco formado por PDT e PC do B.

Íntimo e pessoal Lula ficou profundamente

emocionado ao receber a notícia, por meio de seus

advogados em Curitiba, que o irmão Vavá, de 79

anos, havia morrido. Ele contou histórias do

passado em família e mencionou que, antes de ser

internado, o parente mandou avisar que queria

visitá-lo na carceragem.

Íntimo e pessoal 2 Até o fechamento desta

edição, o ex-presidente lutava para obter

autorização da Justiça para ir ao enterro do irmão.

Lula disse aos advogados que torcia muito pelo

aval, especialmente por não ter conseguido se

despedir de Vavá.

Carta na manga Na tentativa de ganhar tempo

na disputa pelo comando do Senado, Davi

Alcolumbre (DEM-AP) trabalha com a possibilidade

de transferir a eleição na Casa de sexta (1º) para

o sábado (2). O democrata costurou a manobra

com o grupo de senadores anti-Renan Calheiros

(MDB-AL).

Sono da beleza A ideia é que um dos adversários

do emedebista faça a sugestão, e Davi, que deve

presidir a sessão na sexta, consulte o plenário. O

discurso oficial será o de que a mudança da data

evitaria que a disputa varasse a madrugada.

Mas já? Antes mesmo de iniciarem o mandato, os

três senadores eleitos pelo PTB se preparam para

deixar o partido. Um deles negocia com o Pros e

os demais fecharam nesta terça (29) com o PSD.

Efeito colateral Mineradoras estão preocupadas

com possíveis mudanças na legislação para o

armazenamento de resíduos de minério.

Integrantes do setor dizem que, se o governo

proibir o modelo atual de barragens, haverá forte

impacto na produção nacional –principalmente

sobre as empresas menores.

TIROTEIO

Querem retroceder a um tempo em que os filhos

da pobreza não podiam sonhar com diploma. Mas

o Brasil mudou. Vai ter luta

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Data: 30/01/2019

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De Aloizio Mercadante (PT-SP), após o ministro da

Educação, Ricardo Vélez Rodrígues, rejeitar a

“ideia de universidade para todos”

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Mônica Bergamo: Vale pode ser penalizada por PF mesmo sem

comprovação de culpa

A Polícia Federal (PF) estuda a hipótese de

responsabilizar penalmente diretores da Vale pelo

rompimento da barragem em Brumadinho —ainda

que não fique configurada a culpa específica de

cada um deles na tragédia e que não tenha havido

dolo.

NOVOS TEMPOS

Segundo fontes internas da PF, gestores teriam

assumido os riscos de um acidente ao manter uma

barragem de rejeitos com tecnologia menos

segura do que outras já existentes. Os que tinham

poder na época em que a opção foi feita poderiam

ser agora penalizados.

VENTO

No Pará, por exemplo, o rejeito é tratado a seco.

Segundo um dos investigadores, diretores teriam

decidido pelo que é mais barato em detrimento do

que é mais seguro.

DOLO

O advogado da Vale Sergio Bermudes já tinha

afirmado à coluna que a empresa não enxerga

razões determinantes de sua responsabilidade e

que “não se identificou dolo e muito menos culpa”

de seus executivos.

HORIZONTE

De acordo com ele, vários fatores podem

contribuir para o rompimento de uma barragem.

E não teria havido “negligência, imprudência,

imperícia” da companhia.

FIO DESENCAPADO

A repercussão das declarações, por sinal, gerou

tensão na empresa, que acabou desautorizando o

defensor.

DATA VENIA

Segundo interlocutores de Bermudes, ele

ponderou que a desautorização é descabida: pelo

código de ética da profissão, o advogado pode

dizer o que pensa e imprimir à causa a orientação

que pense ser a mais adequada —sem se

subordinar às intenções contrárias do cliente.

NA REDE

“Ditadura militar nunca mais!”, disse a atriz Laura

Cardoso, 91, em entrevista à revista Quem, que

fica

disponível nas plataformas digitais na sexta (1º);

“Naquela época eu tinha medo de trabalhar”

FICA, JEAN

Um grupo de personalidades tomou a iniciativa de

tentar convencer o deputado Jean Wyllys (PSOL-

RJ) a não desistir de seu próximo mandato. A ideia

era que ele tomasse posse na sexta (1º) e depois

se licenciasse do cargo.

SOB AMEAÇA

O parlamentar, no entanto, diz que a decisão é um

caminho sem volta. Mesmo fora do Brasil, ele e

sua família receberam novas ameaças —já

reportadas ao ministro Sergio Moro, da Justiça.

VERDE E ROSA

A cantora Tetê Espíndola e o músico e escritor

Zuza Homem de Mello foram à pré-estreia do

documentário “Fevereiros”, de Marcio Debellian,

que acompanhou a homenagem da escola de

samba Mangueira à cantora Maria Bethânia. O

ensaísta José Miguel Wisnik também compareceu

ao evento, que ocorreu na segunda (28), no

shopping Frei Caneca.

HOMENAGEM

O governador João Doria foi homenageado com o

Prêmio Cidade de São Paulo, na segunda (29), por

indicação do próprio prefeito Bruno Covas (PSDB-

SP), que foi vice do agora governador. Os outros

24 premiados foram apontados pelos secretários

municipais, solicitados por Covas a nomearem

servidores que prestaram serviços relevantes à

cidade.

LEMBRANÇA

Entre os contemplados estão a procuradora Marina

Martinez, “pela condução com êxito no acordo que

viabilizará a instalação do parque Augusta”, o

fotógrafo Gabriel Facchini, que tem Down e cobre

a agenda de Covas, e Bernadete Vicente de Souza,

78, “responsável pela limpeza dos cobres das

escadas e portas” no gabinete do prefeito.

MEDALHA

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Grupo de Comunicação e Marketing

Em 2018, o então prefeito Doria premiou

personalidades como Regina Duarte, Claudia Raia,

Tom Cavalcante, Hortência Marcari, Carlos

Jereissati e Viviane Senna.

PÉROLA

Os cantores Zélia Duncan, Mart’nália, Pedro Luís e

Paulinho Moska vão participar do projeto “Bem

Junto ao Passo - Tributo a Luiz Melodia”, que tem

curadoria do próprio Pedro Luís e produção da

Baluarte Cultura. Cada um dos artistas fará um

show interpretando um CD de Melodia, como

“Pérola Negra” (1973) e “Maravilhas

Contemporâneas” (1976).

PÉROLA 2

As apresentações devem ocorrer em 2020 nas

unidades do Centro Cultural Banco do Brasil no

Rio, em Brasília, em SP e em BH.

EXPORTAÇÃO

A banda paulistana de rock Ego Kill Talent gravará

seu novo disco no estúdio de Dave Grohl, do Foo

Fighters, em Los Angeles. Em 2018, os brasileiros

abriram as as apresentações da turnê brasileira do

grupo americano.

CLIQUES

As atrizes Ingrid Guimarães e Gabriela Duarte

estiveram na abertura da exposição “2039/20 -

São Paulo Fora do Tempo”, do fotógrafo Jairo

Goldflus. O evento foi realizado no Itaú Cultural,

na sexta (25).

CURTO-CIRCUITO

Chico César e Vitor Ramil cantam nesta quarta

(30) e quinta (31), na Casa de Francisca, em SP.

O chef Henrique Fogaça lança linha de chopes com

a cervejaria Dortmund. Na quarta (30), às 19h, no

Cão Véio.

O game “Assassin’s Creed” inspira um jogo de

escape do Voyager, espaço que abre na quarta

(30) no shopping Morumbi Town.

Gloria Maria media conversa entre executivos da

S.I.N. Implante no Congresso Internacional de

Odontologia de SP, na quinta (31).

com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI e

VICTORIA AZEVEDO

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ESTADÃO

País tem apenas 35 fiscais de barragem de mineração

Roberta Jansen e Giovana Girardi

RIO E SÃO PAULO - O Brasil não tem estrutura

para garantir a segurança de todas as barragens

em operação em seu território. A Agência Nacional

de Mineração (ANM), responsável pela

fiscalização, tem apenas 35 fiscais capacitados

para atuar nas 790 barragens de rejeitos de

minérios – semelhantes às do Córrego do Feijão,

em Brumadinho, e à do Fundão, em Mariana – em

todo o País.

O governo federal usa só laudos produzidos pelas

próprias mineradoras ou por auditorias

contratadas. São elas que atestam a segurança

das suas estruturas. A autorregulamentação é

definido na Lei Federal 12.334, de 2010, e é

adotado também em outros países. São previstos

dois tipos de inspeção: a regular, feita pela própria

empresa, e a especial, realizada por equipe

multidisciplinar contratada pela empresa, de

acordo com orientações da ANM.

O risco é potencialmente mais alto se não houver

fiscalização, dizem especialistas. “É claro que não

dá pra fazer nem uma fiscalização por ano em

cada uma”, diz o geólogo Paulo Ribeiro de

Santana, da ANM. Segundo ele, os 35 fiscais não

trabalham exclusivamente com barragens de

rejeitos. “Há outras atividades relacionadas à

mineração também, como fiscalização de minas,

pesquisa mineral, muitas coisas.”

As raras fiscalizações in loco são feitas quando há

discrepância grave nos documentos apresentados

pelas empresas à agência ou seguindo rodízio

esporádico dos técnicos. “O corpo de funcionários

é tão pequeno que eu, geólogo, respondo pela

assessoria de comunicação.”

Conflito de interesses

O problema já começa no licenciamento

ambiental. O documento necessário é elaborado

por empresa contratada pela mineradora a – e

feito com dados e informações repassados por ela.

“Obviamente há conflito de interesses claro aí,

porque essa empresa não vai querer que o

licenciamento não seja aprovado”, avalia o

especialista em geomorfologia Miguel Felippe, da

Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

“Esses documentos são extremamente

complexos, com uma infinidade de dados,

milhares de páginas. Não há corpo técnico no

governo para avaliar isso tudo. Não há

contraprova. O jeito é confiar nas informações

fornecidas pelas empresas.”

Quando a barragem entra em operação, a dona da

estrutura é responsável pelo monitoramento da

estabilidade do depósito. Eventualmente, como no

caso de Brumadinho, outra empresa pode ser

contratada para atestar estabilidade. Mas esse

laudo é feito com base em dados fornecidos pela

mineradora.

O geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos, ex-diretor

de Planejamento do Instituto de Pesquisas

Tecnológicas (IPT), diz que, “sob quaisquer

circunstâncias, a responsabilidade é do dono da

obra”. “Pode ocorrer de ali haver um início de

processo de instabilidade não ter sido captado.”

Mas, pondera ele, um acidente desse porte não

acontece de repente. “Dá avisos, que podem ser

detectados visualmente ou por instrumentação.”

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Metrô abre sindicância para apurar colisão em monotrilho da Linha 15-Prata

Paulo Roberto Netto

SÃO PAULO - A Companhia do Metropolitano de

São Paulo (Metrô) abriu sindicância para apurar a

colisão entre dois trens do monotrilho da Linha 15

- Prata no fim da noite desta terça-feira, 29. O

acidente envolveu veículos vazios e não registrou

vítimas. As operações do monotrilho não foram

afetadas no início desta manhã.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a colisão

ocorreu por volta das 23h10 na altura da estação

Jardim Planalto, na zona leste da capital, entre um

trem que seguia vazio para uma área não

operacional quando colidiu com outro veículo

parado na plataforma. Por ser uma estação em

obras, o local estava vazio no momento do

acidente e ninguém se feriu.

Em nota, o Metrô de São Paulo informa aos

usuários nas redes sociais que abriu uma

sindicância para apurar as causas do acidente.

Paralisada desde setembro do ano passado, a

estação Jardim Planalto está em fase final, com

90% das obras executadas, incluindo elevadores,

lâmpadas e totens de sinalização. Apesar disso, a

inauguração está prevista para o segundo

semestre deste ano. O último prazo dado pelo

governo era o primeiro trimestre de 2018.

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Estados em calamidade financeira são os que mais ‘maquiam’ as contas

BRASÍLIA - Estados em crise e que decretaram

calamidade financeira estão entre os que

apresentam as maiores disparidades entre os

dados declarados ao Tesouro Nacional e as

informações levantadas pela própria União, um

indício forte da maquiagem nas contas avalizada

pelos próprios Tribunais de Contas dos Estados

(TCEs). Dos cinco Estados com maior disparidade,

três – Minas, Rio e Goiás – já decretaram

calamidade financeira.

Para tentar interromper essa prática, o Tesouro

passará a cobrar uma contabilidade minuciosa das

despesas de todos os poderes, incluindo auxílios,

bônus e outras vantagens pagas aos servidores –

um nível de detalhe inédito. Na contabilidade de

alguns Estados, esses “penduricalhos” não entram

na conta de gastos com salários, maquiando,

portanto, uma exigência da Lei de

Responsabilidade Fiscal (LRF), que determina

desembolso máximo de 60% da receita com esses

pagamentos.

Com a chamada “Matriz de Saldos Contábeis”,

Estados e municípios deixam de repassar dados

meramente declaratórios sobre seus gastos. Eles

são agora obrigados a enviar informações de sua

própria contabilidade, o que dará ao Tesouro

ferramentas para fazer diversas análises sobre os

gastos e expor as divergências.

O sistema já está em funcionamento desde 2018,

mas neste ano a cobrança será mais rigorosa,

incluindo um “ranking” dos governadores e

prefeitos que dão mais transparência a seus

gastos nessa plataforma. O projeto é considerado

um aliado essencial na tentativa de dialogar com

os TCEs para rever interpretações da LRF que

permitiram o aumento dos gastos com pessoal e

estão por trás da crise financeira que já levou sete

Estados à calamidade financeira.

Como já mostrou o Estadão/Broadcast, os

Tribunais de Contas negociam o fim das

maquiagens que retardaram o diagnóstico da real

situação fiscal dos Estados, a partir de um acordo

com Tesouro, a Atricon (associação dos membros

dos tribunais) e o Instituto Rui Barbosa (a escola

de contas das cortes). A primeira reunião ocorre

nos dias 6 e 7 de fevereiro em Brasília, com

participação de 21 dos 33 tribunais.

O Tesouro comparou os dados extraídos a partir

da contabilidade dos Estados e os declarados pelos

próprios governos estaduais em um relatório do

4.º bimestre de 2018. No caso do Rio, apenas

9,4% das quase 1,4 mil informações bateram nos

dois critérios. Mesmo com um desconto de

arredondamento do Tesouro, esse índice fica em

45% – ou seja, mais da metade das informações

ainda tem discrepâncias.

Em Minas, que esbarra justamente na

contabilidade para conseguir aderir ao Regime de

Recuperação Fiscal, programa de ajuda financeira

aos Estados, apenas 18,9% dos dados batem,

mesmo já retirando diferenças de

arredondamento. Em Goiás, o índice é de 32,87%.

Procurados, o Rio informou que, a partir deste

ano, vai enviar os dados com base na Matriz de

Saldos Contábeis. Minas e Goiás não retornaram

os pedidos da reportagem.

Exposição

Com o novo mecanismo, segundo a subsecretária

de Contabilidade Pública do Tesouro Nacional,

Gildenora Milhomem, a constatação de que não só

os Estados e municípios, mas também os Tribunais

de Contas ficarão expostos tem sido um incentivo

adicional para que os conselheiros aceitem abrir o

diálogo. “Os tribunais, ao longo de muitos anos,

foram omissos e até permissivos para que se

chegasse a essa situação de déficit fiscal nos

Estados.”

Ela lembra que o Rio Grande do Sul, outro em

calamidade financeira, também esbarra na

contabilidade para aderir ao programa de socorro

federal. Ao seguir as resoluções do TCE-RS, o

governo gaúcho acaba descumprindo a LRF. O

TCE-RS informou ter criado em agosto de 2018 um

grupo interno para reavaliar suas normas. “Esse

grupo deve concluir seus trabalhos em maio de

2019”, diz o Tribunal.

Dez Estados vão descumprir limite

O governo federal vai negociar com os

governadores um novo prazo para o limite de

gastos nos Estados que repactuaram a dívida com

a União em 2016, além de outras contrapartidas

de ajuste fiscal, para evitar uma aceleração da

cobrança desses débitos. Esse gatilho pode ser

acionado porque vários Estados não conseguiram

respeitar o limite de despesas no ano passado, o

que agravaria ainda mais a situação desses entes,

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muitos dos quais já decretaram calamidade

financeira.

Dos 19 governos estaduais que renegociaram suas

dívidas com a União, dez já avisaram que não

conseguirão cumprir o teto, segundo o secretário

do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. Esses

alertas têm sido feitos desde o ano passado pelos

governadores, que pretendiam obter da União

uma flexibilização das exigências do acordo, como

mostrou o Estadão/Broadcast em outubro.

A negociação que será empreendida pelo governo

federal, no entanto, não dará alívio financeiro aos

Estados, apenas vai evitar que eles sofram as

sanções previstas em lei no caso de

descumprimento do limite de gastos. O secretário

já havia negado, um dia antes, que o governo

pretenda flexibilizar as regras de acesso ao

Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para abarcar

mais Estados interessados no programa de

socorro. Segundo Mansueto, os governadores

ainda têm muitas medidas de ajuste a seu alcance

para serem feitas.

Contrapartida

A limitação do crescimento das despesas dos

Estados por dois anos (2018 e 2019) foi a única

contrapartida que restou na lei que estabeleceu a

renegociação das dívidas. Segundo Mansueto, os

próprios governadores estão agora propondo

novas medidas de ajuste. “Os próprios

governadores têm sugerido algumas

condicionalidades a serem seguidas.”

Graças à renegociação, os Estados estão há mais

de dois anos pagando parcelas menores da dívida

com a União. Com a violação do teto, eles teriam

de reembolsar esse “desconto” ao Tesouro

Nacional de forma imediata e voltar a pagar o

valor original das prestações – uma fatura

bilionária que é considerada impagável no curto

prazo diante da grave crise.

Os Estados têm até 20 de março para entregar os

demonstrativos de cumprimento do teto ao

governo federal. A partir daí, os técnicos terão até

agosto para analisar e constatar a violação da

contrapartida. É esse período que será usado para

a negociação, já que a prorrogação da vigência do

teto requer a aprovação de uma nova lei

complementar no Congresso. “Um número grande

de governadores descumpriu o teto, então

podemos ver alguma regra. Esse diálogo vai surgir

quando verificarmos exatamente quantos Estados

não conseguiram cumprir a norma”, disse

Mansueto.

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VALOR ECONÔMICO

Privada, Cesp não prevê crescer no

médio prazo

Por Camila Maia

Os novos acionistas controladores da companhia

paulista de energia Cesp - Votorantim Energia e o

fundo canadense CPPIB - não têm intenção de

fazer novos investimentos no crescimento da

companhia no curto e no médio prazo, disse

ontem Fábio Zanfelice, presidente da empresa, no

primeiro evento com investidores e analistas

desde a privatização. "Qualquer real que formos

investir, vai distrair a gestão da companhia do

maior problema dela, que é fazer a gestão dos

passivos e dos potenciais ativos", disse Zanfelice.

O foco da nova administração é melhorar a gestão

da companhia e sanear problemas, como as

contingências judiciais bilionárias que afetam seu

balanço a cada ano. No longo prazo, a intenção é

que a Cesp cresça por meio de investimentos, mas

não há previsão para quando isso vai acontecer.

"No curto e médio prazo o foco é resolver

problemas da companhia como eficiência,

modernização, construir um time de alta

performance, transformação da gestão de pessoas

e resolver questões judiciais", disse Zanfelice.

No curto prazo, a Cesp também não conta com a

instalação de quatro máquinas adicionais na

hidrelétrica de Porto Primavera, seu principal ativo

em carteira, com 1.540 megawatts (MW) de

potência e 941,8 MW médios de garantia física.

Pelas regras do edital da privatização, a própria

companhia precisa fazer um estudo de impacto

ambiental dessa possibilidade, que permitiria o

aproveitamento máximo do potencial hídrico da

usina.

"O que teria de mais rápido que poderia aumentar

a capacidade instalada seria elevar o reservatório

de Porto Primavera, ele opera na cota 257 metros

mas foi feito para operar em 259 metros, há dois

metros cuja elevação poderia retomar a garantia

física que foi retirada no contrato de concessão",

disse Zanfelice. Segundo ele, a companhia tem a

percepção de que o Operador Nacional do Sistema

Elétrico (ONS) seria favorável à medida, mas tudo

dependeria de outro estudo de impacto ambiental.

Não há limitação fundiária relevante para a

elevação da cota do reservatório, pois a área do

entorno da usina pertence à Cesp, mas precisaria

ser feito novo licenciamento e os estudos

necessários para isso.

Como parte da estratégia de melhorar as práticas

da companhia, o conselho de administração da

Cesp aprovou ontem que ela "compartilhe

experiências" com a sua acionista Votorantim

Energia a fim de aprimorar as práticas de

comercialização. "Temos ótima oportunidade de

agregar valor à companhia desde que ela tenha as

melhores práticas de gestão e comercialização de

energia" disse o executivo, lembrando que, como

estatal, a Cesp tinha amarras que a impediam de

uma gestão mais ativa de seu portfólio.

Ao final dos três meses de experiência

compartilhada, a expectativa é que a Cesp tenha

as melhores práticas do mercado para contratação

e venda de energia de forma eficaz, com gestão

de risco adequada. "Essa foi a forma que

encontramos para acelerar a experiência da Cesp

que no que tange a experiência de

comercialização", disse.

A Cesp ainda está exposta ao mercado de curto

prazo de energia entre 2019 a 2021, justamente

por conta das "amarras" das estatais na gestão de

portfólio, segundo Zanfelice. Em dezembro, já sob

a nova gestão, a companhia comprou metade da

necessidade para 2019, já considerando a

previsão do ano para o déficit de geração das

hidrelétricas (GSF), além de uma parcela da

exposição de 2020 e 2021.

Outra herança da época de estatal da Cesp está

no radar dos novos controladores: a discussão

sobre a indenização por ativos não amortizados da

hidrelétrica de Três Irmãos, cuja concessão foi

devolvida à União e relicitada em 2014. Zanfelice,

explicou que a Cesp está aguardando o

posicionamento do governo sobre o laudo

apresentado por um perito, que calculou que a

indenização seria de R$ 7 bilhões, contra a

proposta do governo, de pagar R$ 1,7 bilhão. A

Cesp, por sua vez, pleiteia R$ 6 bilhões.

"A partir da manifestação do governo, teremos

visibilidade sobre qual a real visão deles sobre o

número", disse Zanfelice. Segundo ele, uma

sentença do processo deve sair ainda neste ano.

"Vamos procurar o governo para começar a

conversar, até porque são pessoas novas", disse.

A intenção da companhia é chegar em um "bom

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termo" com o governo. "A Cesp não vai agir

passivamente, não vamos ficar esperando".

Ontem, a companhia nomeou um novo vice-

presidente de finanças: Mário Bertoncini, que

ocupava o mesmo cargo na Nexa Resources, outra

empresa controlada do grupo Votorantim, com

atuação em zinco, chumbo e prata. Para o lugar

de Bertoncini, na Nexa, foi promovido Rodrigo

Menck, que estava na mineradora desde 2016 na

área financeira.

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O fetiche do gás natural no setor elétrico

Por Rosane Menezes e Lucas Guimarães

Desde 1997 discute-se a ideia de criar um

mercado de gás natural no Brasil. Nos últimos

anos a discussão ganhou força, com a elaboração

da nova Lei do Gás (que substituirá a Lei nº

11.909/09), o lançamento do Programa Gás para

Crescer e a decisão da Petrobrás em vender seus

ativos de gás natural.

Recentemente, o governo deu mostras de suas

intenções em acelerar a regulamentação e

expansão do mercado de gás natural brasileiro.

Exemplo tem-se com a recente publicação do

Decreto 9.616/18, que ampliou o acesso de

terceiros às infraestruturas de escoamento da

produção e processamento de gás natural e dos

terminais de GNL. Além disso, busca-se a edição

de uma medida provisória alterando, de concessão

para autorização, o regime de construção e

operação de gasodutos, bem como a aprovação,

urgente, do PL 10.985/18, o qual, além de trazer

solução para o GSF, cria um fundo para a

construção de gasodutos (Brasduto).

No que diz respeito ao setor elétrico, pululam

estudos demonstrando os benefícios e

necessidade de uma maior inserção do gás natural

na produção de eletricidade. Os argumentos em

prol da regulamentação da exploração deste

insumo e do aumento de sua presença no setor

variam desde a necessidade de quebra do

monopólio da Petrobras - presente ao longo de

toda cadeia da indústria gasífera -, até a alegada

necessidade de ter-se geração de base ("baseload

generation") para contrapor a intermitência das

fontes solar e eólica.

Inclusive, parte do governo defende a viabilidade

de realização de um leilão exclusivo para gás

natural e específico para a Região Nordeste, nada

obstante o Sistema Interligado Nacional, em sua

origem, não ter sido concebido para leilões

regionais.

De fato, o aumento da participação do gás natural

na geração de eletricidade pode apresentar

vantagens. Em primeiro lugar, contribuiria para a

diversificação da matriz elétrica brasileira, tão

importante em tempos de mudanças climáticas.

Em segundo lugar, contribuiria para o

estabelecimento de uma matriz mais limpa e mais

barata, na medida em que usinas a gás viessem a

substituir geração de eletricidade mais cara e

poluente a partir dos outros combustíveis fósseis.

Por fim haveria o desenvolvimento de uma nova

indústria, com geração de empregos e renda, e o

alinhamento com a política internacional de

investimentos e financiamentos. Nesse sentido, a

inserção do gás natural no setor elétrico é bem-

vinda.

Contudo, alguns fatos objetivos e outros

argumentos técnicos precisam ser trazidos à

reflexão, de forma a evitar que o discurso em prol

do gás natural se torne mero fetiche e se justifique

pelas razões erradas.

Um ponto inicial diz respeito a qual fonte estaria

sendo substituída, à medida que as usinas a gás

entram em operação. Pelo Balanço Energético

Nacional da EPE, publicado anualmente, em 2016,

68,1% da eletricidade ofertada adveio da fonte

hidráulica, 5,4% da fonte eólica e 9,1% de gás

natural. No recém-publicado Balanço de 2018,

referente a 2017, consta que a oferta de

eletricidade a partir da fonte hidráulica recuou

para 65,2%.

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Gás natural não vem substituindo geração térmica mais poluente, mas a

hidrelétrica, limpa e barata

Este recuo foi igualmente apropriado pela

expansão da fonte eólica e do gás natural: 1,4%

de crescimento para cada fonte. Nestes dois anos,

a oferta de eletricidade a partir dos demais

combustíveis fósseis (carvão, petróleo e seus

derivados) manteve-se a mesma: 6,6% em 2016

e em 2017. Portanto, verifica-se que a inserção do

gás natural não vem substituindo geração térmica

mais poluente, mas sim geração hidrelétrica,

limpa e barata.

Corroboram esses dados o fato que encontram-se

em fase de implantação, segundo dados da Aneel,

3,1 GW de usinas movidas a gás natural, enquanto

eólica e solar juntas somam 2,5 GW. Carece de

sentido a substituição de geração hidrelétrica,

firme e limpa, por usinas a gás, enquanto, ao

mesmo tempo, esforço algum é feito para

descomissionar usinas térmicas movidas a

combustíveis fósseis.

Sob o ponto de vista técnico-econômico, geração

térmica a gás natural não oferece a melhor nem a

única solução para funcionar como back-up da

geração intermitente das fontes eólica e solar.

Sequer há consenso quanto à indispensabilidade

de geração de base para atendimento à carga. Por

outro lado, tampouco há consenso quanto à

suposta incapacidade das próprias fontes

renováveis para atuarem no suprimento de base

da carga.

Uma miríade de alternativas desponta como

solução para fazer frente à intermitência, o que

inclui: "repowering" de usinas eólicas, por meio da

substituição das instalações existentes por

mastros mais altas, pás maiores e motores mais

potentes, aumentando o fator de capacidade;

desenvolvimento dos parques eólicos offshore,

cujos fatores de capacidade são mais altos, pois

captam ventos mais constantes e fortes; baterias

e carros elétricos como fontes de armazenamento

de eletricidade, para quando o vento parar de

soprar e o Sol parar de brilhar; aumento da

participação de renováveis não intermitentes no

mix energético, como biomassa e PCHs;

aprimoramento das tecnologias usadas em

meteorologia, para prever com a antecedência

necessária a passagem de nuvens sobre

determinada fazenda solar ou a ausência de

ventos nos parques eólicos.

De forma indireta, um aumento da malha de

transmissão diminui os requisitos de flexibilidade

do sistema, oferece mais possibilidades para

despacho e otimiza a operação do sistema,

diminuindo os riscos associados à intermitência.

Do lado da demanda, há todo um campo de

tecnologias ainda muito pouco explorado,

inclusive para atender um sistema com grandes

quantidades de fontes intermitentes de

eletricidade. Tais medidas incluem aumento da

eficiência energética; programas de resposta da

demanda e uso de medidores inteligentes, com o

intuito de flexibilizar também a demanda,

suavizando os picos de consumo.

Não se justificando as térmicas a gás como

geração de carga de base (inflexíveis), torna-se

economicamente inviável ter-se térmicas a gás

flexíveis, em razão de sua incompatibilidade com

a extração inflexível de gás da camada do pré-sal,

bem como com os preços dos contratos de gás de

curto prazo, os quais seriam liquidados no

mercado spot, mais caro.

Portanto, o aumento da inserção do gás natural na

matriz elétrica brasileira é bem-vinda, porém se

justifica apenas na medida em que substitui

geração térmica mais cara e poluente. Os esforços

não deveriam se concentrar em apresentar o gás

natural como solução para a intermitência

energética, mas sim em como gerenciar a inserção

de quantidades cada vez maiores de fontes

renováveis de energia. Sustentar o discurso do

gás natural com base na suposta "ameaça da

intermitência" retarda o salto disruptivo que o

setor elétrico brasileiro precisa realizar.

Rosane Menezes e Lucas Noura Guimarães são, respectivamente, sócia da área de Infraestrutura e advogado da área de energia do Madrona Advogados.

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Como vai a transição energética? Por José Eli da Veiga

Há uns dez anos, o ceticismo sobre as

perspectivas de substituição de energias fósseis

por renováveis era admissível e até razoável. A

possibilidade de ser esse o caminho para a

descarbonização da economia global enfrentava

'duplo obstáculo'. Primeiro, a própria insuficiência

das energias solar e eólica, cuja intermitência

deveria condená-las a papel sempre acessório ou

complementar na composição das matrizes

nacionais. Ao que se somava a debilidade e a

incerteza de uma governança global da mudança

climática ancorada na precária Convenção-Quadro

de 1992, que, em meio a impotente série de

anuais conferências das partes, ditas CoP, até

gerara o monstrengo chamado Protocolo de Kyoto

(1997).

Nada disso mudou. Mesmo que suavizada, a

intermitência das principais renováveis

permanece. E o Acordo de Paris - obtido em 2015,

na 21ª CoP - é bem menos efetivo do que querem

crer. Como explicar, então, que a transição

energética descarbonizadora esteja de vento em

popa, combinando crescimento exponencial das

renováveis e forte expectativa de declínio da

demanda de combustíveis fósseis? Com início

previsto para 2023 pelo 'think tank' Carbon Track,

e 2025 pela Shell, cenário que já causa sério

desespero em explorar petróleo o mais rápido

possível.

O essencial da resposta é que o 'duplo obstáculo'

está sendo vencido pela revelação das vantagens

econômicas, políticas e geopolíticas que farão a

demanda primária por energia vir a ser composta

- ainda neste século - por 80% de renováveis, com

ultrapassagem do predomínio fóssil por volta de

2050.

Todos os países têm potencial para desenvolver

alguma das energias renováveis, ao contrário do

petróleo

No âmbito econômico já se instalou uma dinâmica

tipicamente schumpeteriana, em que novos

empreendedores são muito mais atraídos por

potencial de inovações (principalmente

digitalização e baterias), mais competitividade

decorrente de custos declinantes e maiores

ganhos de eficiência. Ficou nítido para os

principais agentes econômicos que o futuro está

do lado de energias limpas - biomassa, eólica,

geotérmica, marítima e solar - e não dos poluentes

- carvão, gás e petróleo - ou da velha e boa

hidreletricidade.

Mais: tais agentes passaram a contar com

entusiásticos anjos-da-guarda do lado das

financeiras e seguradoras, cada vez mais

assustadas com os riscos de que não seja

realizável boa parte do capital já investido em

fósseis. Chamam estes ativos de "stranded"

(encalhados) e, frequentemente, usam o

acrônimo SFFA ao se referirem aos "stranded fossil

fuel assets". Na prática, empresas que detêm

ativos superavaliados e passivos subavaliados,

que até poderão levar à falência grandes

corporações energéticas que se atrasarem na

adaptação. A quem essa tese parecer exagerada,

é aconselhável uma consulta à análise do impacto

macroeconômico dos SFFA publicada por grupo de

nove renomados experts no periódico Nature

Climate Change (Julho 2018, vol.8: 588-593).

Na dimensão política, o principal é que redes

inteligentes, com seus sistemas descentralizados,

trazem novidades favoráveis ao aprofundamento

da democracia, em óbvio contraste com a

centralização do padrão fóssil. E, em termos

geográficos, todos os países têm potencial para

desenvolver ao menos alguma das renováveis, ao

contrário da disponibilidade restrita e altamente

concentrada do petróleo e gás. O que também

prescinde dos atuais esquemas de controle das

rotas marítimas, com seus pontos de

estrangulamento, tão críticos no caso do comércio

global de petróleo e derivados. Fatores que

tornam bem instigante o contraste entre as

estratégias energéticas das duas maiores

potências autoritárias, a russa e a chinesa.

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Na vanguarda da "geopolítica da transformação

energética" - à qual a respectiva agência

internacional (Irena) acaba de dedicar relatório

intitulado "Um Novo Mundo" - destaca-se

justamente a China, acompanhada pelos EUA, por

parte da União Europeia (principalmente

Alemanha) e pelo Japão. Entre os outros grandes

países, estão bem atrasados vários dos que

deveriam ser os mais interessados em se livrar da

dependência dos fósseis, como a Índia. Em

número de novas patentes, estão juntos na

rabeira a África do Sul, o Brasil e a Rússia. Piores

que os Brics, só Arábia Saudita e Indonésia.

O atual arranque da transição energética

surpreendeu, ao se mostrar menos subordinado

ao referido 'duplo obstáculo' (intermitência e

governança), e ensejou debate científico que dá

mais importância a 'quatro novos desafios':

segurança cibernética como risco geopolítico,

corte no fornecimento de eletricidade como arma

geopolítica, possível nova corrida por recursos

naturais e competição por materiais críticos (não

apenas as terras raras).

Para Indra Overland, do Instituto Norueguês de

Relações Internacionais, nenhum dos quatro

desafios deverá causar séria dificuldade à já

galopante transição energética. Examina-os como

seus "quatro mitos emergentes", na revista

Energy Research & Social Science 49 (2019) 36-

40. Se tiver razão, só mesmo um inverno nuclear

poderia comprometer a atual marcha

descarbonizadora.

José Eli da Veiga é professor sênior do IEE/USP

(Instituto de Energia e Ambiente da Universidade

de São Paulo) e autor de O Antropoceno e a

Ciência do Sistema Terra (Editora 34, 2019).

Mantém dois sites: www.zeeli.pro.br e

www.sustentaculos.pro.br

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Farallon e Mubadala compram rodovia da Odebrecht em SP

Por Fernanda Pires

A gestora Farallon e a companhia de

investimentos Mubadala, de Abu Dhabi,

compraram a concessão rodoviária Rota das

Bandeiras, da Odebrecht Rodovias, responsável

por administrar 297 quilômetros do corredor Dom

Pedro, no interior do Estado de São Paulo. O

negócio foi fechado por R$ 1,650 bilhão, montante

que envolve tanto pagamento à vista quanto

desembolsos vinculados ao desempenho da

rodovia após a aquisição (chamado "earn out").

A Odebrecht deu a concessão em garantia a um

empréstimo que contraiu no passado com a

Farallon. A empresa, que detinha 100% do ativo,

não saiu do negócio, ficou com uma participação

minoritária ao redor de 15%. A Rota das Bandeiras

é o principal ativo rodoviário da Odebrecht, cujo

portfólio tem outras cinco estradas.

O acordo de compra e venda, assinado na noite de

ontem, ainda está sujeito a uma série condições

precedentes e aprovações regulatórias. A

transferência do ativo para os novos donos

depende do cumprimento dessas condições, mas

a estimativa dos compradores é de que isso ocorra

no intervalo de dois meses.

"Nossas participações serão divididas meio a meio

e, caso o negócio seja fechado, controlaremos a

Rota das Bandeiras em conjunto. A Mubadala tem

uma visão de longo prazo e continuará avaliando

oportunidades de investimento no Brasil, entre

eles no setor de infraestrutura", disse ao Valor o

sócio-gestor da Farallon Latin America, Daniel

Goldberg.

A aquisição da concessão rodoviária marca a

entrada da Farallon no mercado de transportes no

Brasil via equity - a empresa tradicionalmente

atua como credora de empresas quando há

escassez de capital disponível. Mas planeja

expandir a atuação nas duas formas.

Acordo foi assinado na noite de ontem e envolve

pacote de R$ 1,650 bi; Odebrecht ficará com fatia

minoritária

"Não estamos apenas investindo em transporte

rodoviário, vemos oportunidades, tanto em

crédito como em equity, em diversos outros

setores, inclusive em infraestrutura", disse o

executivo, que foi presidente do banco Morgan

Stanley no Brasil e secretário de Direito Econômico

do Ministério da Justiça.

A Farallon tem investimentos em curso nos

setores portuário e de transmissão, por exemplo.

"Os problemas que o Brasil vem enfrentando nos

últimos anos criaram oportunidades de

investimento em diversos campos.

Acompanhamos de perto - e fomos bem ativos -

em um momento de contração aguda da

economia, agora é hora de nos prepararmos para

um ciclo de expansão", afirmou Goldberg.

O posicionamento da Farallon nesse mercado é

reflexo de uma profunda ruptura pela qual a

infraestrutura passou no Brasil, fruto da

combinação da contração do PIB, da restrição do

crédito e dos problemas regulatórios que afetaram

grande parte das empresas que tradicionalmente

operavam no setor.

"Acreditamos que há espaço e oportunidade para

que novos protagonistas se estabeleçam. A

depender de futuras oportunidades, a Rota das

Bandeiras pode ser uma plataforma muito

interessante. O Brasil claramente caminha para

um ponto de inflexão no financiamento da

infraestrutura e podemos ser parte desse

movimento", avalia.

Se forem cumpridas as condições precedentes e o

negócio for fechado, a prioridade imediata do

consórcio é fazer frente ao cronograma de

investimentos contratado. "Pretendemos seguir à

risca o programa de investimentos que, sabemos,

é importante para Artesp [agência reguladora de

transportes paulista] e para o governo de São

Paulo."

O Corredor Dom Pedro integra a segunda etapa do

programa de concessões de rodovias paulistas. O

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contrato foi firmado em 2009 e é válido por 30

anos (até 2039). A rodovia corta 17 municípios,

entre os quais Jundiaí, Louveira, Mogi Guaçu,

Nazaré Paulista, Paulínia e Valinhos.

A Arteris, empresa de concessões rodoviárias fruto

da associação entre a espanhola Abertis e o fundo

canadense Brookfield, e a CCR (Andrade

Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido)

também olharam o ativo.

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