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Grupo de Comunicação e Marketing
CLIPPING 30 de Janeiro 2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING
SUMÁRIO
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE .............................................................. 4
Ambientalistas questionam lixão subaquático de empresa da Vale ....................................................... 4
FRANGO AD'ORO será penalizada; moradores fazem abaixo-assinado .................................................. 5
Plano de emergência em barragem de Alumínio não tem prazo para implantação .................................. 6
CVM multa SP em R$ 500 mi por se beneficiar gratuitamente de serviço da Emae ................................. 7
Deputado sorocabano questiona governo sobre condições de segurança da barragem de Alumínio .......... 8
Desastre em MG reacende alerta na região ....................................................................................... 9
Mutirão de limpeza recolhe 246 quilos de microlixo em apenas 1km de praia ...................................... 10
Acordo entre Guarulhos e Sabesp tira 700 mil pessoas do rodízio de água .......................................... 11
Área de descarte irregular com 'montanha' de 10m de entulho é interditada em Ribeirão Preto ............. 12
Lagoa seca em Casa Branca e Daee vai investigar o motivo .............................................................. 13
VEÍCULOS DIVERSOS ............................................................................................................... 14
ANEEL inicia força-tarefa para fiscalizar in loco barragens de 130 usinas até maio ............................... 14
Governo planeja força-tarefa para fiscalizar as 3.386 barragens em risco no país ................................ 15
EXCLUSIVO-Há 10 anos, Vale avaliou mudanças em barragens que poderiam ter evitado desastre ........ 17
Proposta dá incentivos para geração de energia em aterros sanitários ............................................... 19
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................. 20
Painel ........................................................................................................................................ 20
Mônica Bergamo: Vale pode ser penalizada por PF mesmo sem comprovação de culpa ........................ 22
ESTADÃO .................................................................................................................................. 24
País tem apenas 35 fiscais de barragem de mineração ..................................................................... 24
Metrô abre sindicância para apurar colisão em monotrilho da Linha 15-Prata ...................................... 25
Estados em calamidade financeira são os que mais ‘maquiam’ as contas ............................................ 26
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................. 28
Privada, Cesp não prevê crescer no médio prazo ............................................................................. 28
O fetiche do gás natural no setor elétrico ....................................................................................... 30
Gás natural não vem substituindo geração térmica mais poluente, mas a hidrelétrica, limpa e barata .... 31
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Grupo de Comunicação e Marketing
Como vai a transição energética? .................................................................................................. 32
Farallon e Mubadala compram rodovia da Odebrecht em SP ............................................................. 34
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Grupo de Comunicação e Marketing
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: O Estado de S. Paulo
Data: 30/01/2019
Ambientalistas questionam lixão
subaquático de empresa da Vale
Enquanto os ambientalistas de Minas travam
guerra contra as barragens da Vale, os do litoral
paulista questionam a autorização da Cetesp
em relação à cava subaquática que as
empresas VLI (da mineradora) e Ultrafértil
implementaram no estuário de Santos (SP).
Petição contra a cava conta com o apoio de 65
entidades, inclusive ONGs, que chamam a obra
de “lixão químico submarino”.
A Superintendência do Patrimônio da União de
São Paulo chegou a suspender a implantação
da obra, mas a iniciativa foi derrubada na
Justiça.
https://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-
da-fonte/ambientalistas-questionam-lixao-
subaquatico-de-empresa-da-vale/
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Jundiaí Agora
Data: 30/01/2019
FRANGO AD'ORO será penalizada; moradores fazem abaixo-assinado
Agentes da Cetesb estiveram na Frango
Ad’Oro, em Várzea Paulista, receberam
reclamações de moradores que não
aguentavam mais o mau-cheiro vindo da
empresa. Os técnicos inspecionaram o local e
constataram problemas operacionais que
ocasionaram o odor. A Cetesb agora está
avaliando as penalidades cabíveis de acordo
com a legislação vigente, segundo informou a
assessoria de imprensa do órgão. Já a
população está fazendo um abaixo-assinado
virtual contra a Ad’Oro. O Jundiaí Agora fez
contato com a empresa através das redes
sociais e aguarda retorno.
Ainda segundo a nota da Cetesb, vistorias na
fábrica são feitas periodicamente. “Já foram
solicitadas providências para evitar emissão de
substâncias odoríferas na atmosfera e que
incomodam a população”, afirma a nota.
Segundo relatos de moradores próximos, na
última segunda-feira o cheiro era insuportável.
Na página ‘Petição Pública’, moradores de
Várzea “em especial do Jardim Itália, Jardim
Continente, Jardim das Palmeiras, Jardim
Mirante, Jardim Cruz Alta e Jardim Itaici exigem
o fim imediato das atividades secundárias da
empresa Frango Ad’oro, como a manutenção,
fabricação de farinha com as vísceras, penas e
ossos. Segundo ele, estas atividades é que
causariam “odor horrível”.
No site da Frango Ad’Oro há uma página
dedicada ao meio ambiente. Ali, a empresa
afirma que “realiza constantes investimentos e
projetos que minimizam os impactos
ambientais que uma empresa como a nossa
podem causar ao meio e à comunidade”.
Entre estes investimentos estão:
1 – Neutralização de particulados e fumaça,
através de um lavador de gases para caldeiras,
que possibilita minimizar evasão de gases ao
meio ambiente;
2 – Instalação filtros de retenção de odor da
fábrica de farinhas, o que nos possibilita
devolver ao ambiente um ar mais limpo e
agradável;
3 – Atualização de processos e aumento da
capacidade no tratamento de efluentes para
garantir a entrega de efluentes com qualidade
garantida além das exigências de normas e
legislações atuais.
Em Campo Limpo – Moradores do bairro
Figueira Branco informaram que esperam
melhorias na estrada dos Eucaliptos há dois
meses(foto ao lado). Eles protocolaram em
dezembro pedido de obras para a via, que
permite a passagem de só um carro por vez.
Até ontem, eles não tinham recebido resposta.
O Jundiaí Agora entrou em contato com a
assessoria de imprensa da Prefeitura de Campo
Limpo e obteve o seguinte retorno:
“A Prefeitura de Campo Limpo Paulista informa,
por meio da Secretaria de Serviços Urbanos
(SSU), que a manutenção da Estrada dos
Eucaliptos, no bairro Figueira Branca, está
programada para a primeira quinzena de
fevereiro”.
http://jundiagora.com.br/frango-adoro/
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Globo - Tv Tem Sorocaba e Jundiaí
Data: 29/01/2019
Plano de emergência em barragem de
Alumínio não tem prazo para implantação
O plano de emergência em caso de acidente na
barragem de Alumínio (SP) não tem prazo para
entrar em funcionamento. Depois do acidente
em Brumadinho (MG), a prefeitura cobrou
medidas de segurança da Companhia Brasileira
de Alumínio (CBA), responsável pela produção
dos resíduos.
Segundo o último relatório do Sistema Nacional
de Segurança das Barragens, o risco de
rompimento na cidade é considerado baixo.
Conforme apurado pela TV TEM, a barragem
tem mais de 20 milhões de metros cúbicos de
lama avermelhada, em uma área de um
quilômetro quadrado e com até 100 metros de
altura.
Na estrutura são concentrados os restos
industriais da empresa, que é uma das maiores
produtoras de alumínio do país. Segundo a
empresa, no local é depositado o material que
sobra do processamento da bauxita , matéria-
prima trazida de áreas de mineração em outros
estados.
A lama vermelha, como é chamada, contém
restos de minério e também soda cáustica
diluída e precisa ser depositada em barragens
com solo impermeabilizado para que não haja
contaminação.
A fiscalização é feita pela Cetesb, que envia os
dados para o Sistema Nacional de Informações
Sobre Segurança das Barragens. No Estado de
São Paulo, o último relatório feito por órgãos
ambientais sobre este setor foi em 2016.
O documento classifica como baixo o risco,
mas, por causa da proximidade com a área
urbana, outro índice, que também serve como
parâmetro para avaliar as barragens, o
chamado Dano Potencial Associado, é
considerado alto.
Em uma classificação de "A a E", do maior para
o menor perigo, a classificação é "B". Para
medir este índice, são levados em conta, além
das áreas urbanas próximas, a possibilidade de
danos ambientais e de prejuízo econômico em
caso de vazamento do material.
Em Alumínio, a barragem fica a menos de um
quilômetro da área urbana mais próxima. De
acordo com a CBA, a maior parte do material
depositada ao longo de mais de 25 anos de
funcionamento está em forma sólida, o que
diminui o risco de vazamento.
O setor deve seguir a política nacional de
segurança das barragens, que está em vigor
desde 2010 e prevê a criação de planos de
emergência nos locais onde elas estão
instaladas.
A prefeitura afirma que o documento entregue
pela companhia à Defesa Civil em 2017 não
contém detalhes das ações que precisam ser
tomadas em caso de acidente.
Durante uma reunião com representantes da
prefeitura e técnicos da empresa, na segunda-
feira (28), ficou definida a instalação de 12
sirenes em vários pontos da cidade.
As áreas de risco também vão ser mapeadas e
rotas de fuga serão divulgadas para a
população, além de simulações de situações de
emergência que devem ser feitas com quem
mora perto da barragem.
No entanto, o prazo para a realização de todas
as ações ainda não foi definido.
A Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb) informou que a licença da
barragem está em dia e que está analisando
melhorias feitas no plano de emergência.
Ainda segundo a Cetesb, a última vistoria na
barragem foi feita em 2018 e atestou a
segurança do local. O Ministério Público disse
que já tem uma investigação em andamento
sobre as condições da barragem em Alumínio.
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-
jundiai/noticia/2019/01/29/plano-de-
emergencia-em-barragem-de-aluminio-nao-
tem-prazo-para-implantacao.ghtml
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Estadão Conteúdo
Data: 29/01/2019
CVM multa SP em R$ 500 mi por se
beneficiar gratuitamente de serviço da Emae
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
condenou o Estado de São Paulo a pagamento
de multa de R$ 500 milhões, em um processo
sancionador aberto para apurar a
responsabilidade do governo paulista por ter se
beneficiado gratuitamente dos Serviços de
Controle de Cheias prestados pela Empresa
Metropolitana de Águas e Energia (Emae)
desde 2007.
O Estado foi julgado nesta terça-feira, 29, pelo
colegiado da autarquia, por ser acionista
controlador da Emae. No entanto, o corpo
diretor da CVM poupou os administradores da
companhia por falta de unanimidade em torno
da recomendação do relator sobre a adoção de
medidas para responsabilizá-los pela ausência
de esforços imediatos para superar a situação
irregular que motivou o processo.
https://www.em.com.br/app/noticia/economia
/2019/01/29/internas_economia,1025872/cv
m-multa-sp-em-r-500-mi-por-se-beneficiar-
gratuitamente-de-servico-d.shtml
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Diário de Tatuí
Data: 29/01/30
Deputado sorocabano questiona governo sobre condições de segurança da barragem de Alumínio
Devido às graves consequências
socioambientais em decorrência do
rompimento da barragem da mineradora Vale
em Brumadinho (MG), o deputado estadual
Raul Marcelo (PSOL) questionou, em
requerimento protocolado nesta terça-feira
(29), quais medidas foram tomadas nos últimos
três anos tanto da Secretaria Estadual do
Meio Ambiente e quanto da Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb) a fim de reduzir os riscos de
acidentes com barragens.
'Infelizmente, o território do Estado de São
Paulo não está imune ao risco de acidentes com
barragens. Com efeito, a barragem de resíduos
da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA),
situada no município de Alumínio (SP),
apresentou vazamentos em 2001 e 2004',
relata. "Em relação à Represa de Itupararanga,
há uma barragem construída há 107 anos, que
também precisa de atenção por parte dos
órgãos fiscalizadores", completa.
Sobre a situação em Brumadinho, Raul Marcelo
manifesta profunda indignação e dor diante
deste crime que conta com proporções
inestimáveis em termos de vidas humanas.
'Tudo isso a pouco mais de três anos após o
rompimento da barragem de Fundão em
Mariana - também sob responsabilidade da Vale
- que chocou o Brasil e o mundo com seu
impacto que ainda apresenta consequências às
populações que vivem na bacia do Rio Doce.
Cobramos a re-estatização da Vale,
investimentos na fiscalização de barragens e
indenização a famílias de Brumadinho.'
De acordo com a Agência Nacional das Águas
(ANA), em relatório divulgado em 2018, no
intervalo de um ano, o número de barragens no
Brasil com de rompimento subiu de 25 para 45.
O País possui mais de 24 mil barragens
identificadas para diferentes finalidades, com
acúmulo de água, de rejeitos de minérios, ou
industriais e para geração de energia.
No requerimento, Raul Marcelo pontua
questões que precisam ser colocadas à tona: há
o risco de rompimento de alguma barragem de
contenção no Estado de São Paulo e qual o grau
desse risco; periodicidade das vistorias
realizadas pelos órgãos ambientais vinculados
à Secretaria nas barragens; há algum plano
estadual de prevenção e mitigação de danos
socioambientais decorrentes de acidentes com
barragens; as populações situadas nas
proximidades recebem informações e
orientações a respeito dos procedimentos
adequados diante de uma situação de acidente
envolvendo barragens; entre outros
questionamentos que foram encaminhados ao
governo paulista.
O rompimento de uma barragem da Vale em
Brumadinho, na sexta-feira (25), deixou ao
menos 65 mortos. Há ainda outras 279 pessoas
desaparecidas. A tragédia liberou cerca de 13
milhões de m³ de rejeitos de minério de ferro
da mina do Feijão no rio Paraopeba. A lama se
estende por uma área de 3,6 km² e por 10 km,
de forma linear.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=17678950&e=577
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Correio Popular
Data: 30/01/2019
Desastre em MG reacende alerta na
região
PROFESSOR DA UNICAMP APONTA, NO
ENTANTO, QUE MODELO DE BARRAGEM É
DIFERENTE E SEGURO
O desastre ambiental e humano que ocorreu no
município de Brumadinho, em Minas Gerais,
reacendeu a preocupação com a garantia de
segurança das barragens que devem ser
construídas na região. Uma delas será feita no
Rio Jaguari entre Pedreira e Campinas e já
recebeu a licença ambiental de instalação
concedida pela Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (Cetesb).
O outro reservatório está previsto para ser
construído no Rio Camanducaia, em Amparo,
mas ainda não conseguiu a outorga da Agência
Nacional de Águas (ANA). Antônio Carlos Zuffo,
professor da faculdade de Engenharia Civil,
Arquitetura e Urbanismo da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), especialista
em previsão de enchentes, planejamento de
recursos hídricos e drenagem urbana, destaca
que as barragens para retenção de água são
completamente diferentes das barragens de
rejeito de minérios e, por isso, são mais
seguras. 'A barragem de água é construída de
uma vez só porque é projetada para trabalhar
com as mudanças de volume', explica. De
acordo com ele, as barragens de rejeitos de
minérios são feitas em estágios e degraus. 'É
uma coisa sobre a outra e tem areia, enxofre,
cal, carvão, vira uma pasta. Por isso a
destruição é muito grande quando se rompe',
aponta.
O professor afirma que são raros os casos de
barragens de água que se rompem. 'As que
rompem são as pequenas, os açudes porque
geralmente não têm projeto e nem controle. As
grandes são seguras - têm projeto, controle e
são instrumentalizadas. Se acontece de ter
algum problema, tem formas de esvaziar,
depressionar o nível, fazer a recuperação e
depois encher de novo. Isso não dá para fazer
com as de rejeito', avalia. O reservatório de
Pedreira ocupará uma área de 2,1 quilômetros
quadrados, terá capacidade para acumular um
total de 31,9 milhões de metros cúbicos de
água e vai permitir uma vazão regularizada de
8,5 mil litros de água por segundo. O maciço da
barragem será construído em terra
compactada, com 600 metros de extensão e 50
metros de altura.
Em 2015, a Prefeitura de Campinas exigiu, na
expedição do Exame Técnico Municipal (ETM),
documento necessário para o licenciamento
ambiental da represa de Pedreira, um plano de
segurança da barragem e que a avaliação da
segurança passe por todas as etapas do
empreendimento, desde o projeto até a
operação. O plano, segundo o ETM, deve incluir
medidas para alertar a população quanto aos
riscos a que estará exposta e as formas de
compensar esses riscos. As pessoas poderão
ser afetadas em caso hipotético de rompimento
ou de descargas de água.
No documento, o Município colocou as
recomendações que considera essenciais entre
as condicionantes que serão exigidas do
empreendedor. A exigência de um plano de
segurança está relacionada ao fato de que,
premissas de projeto e a qualidade construtiva
influem diretamente na segurança da obra -
previsões muito otimistas, falta de
investigações geológica e geotécnica, e erros
construtivos são alguns dos principais
causadores de falhas ou acidentes com
barragens. (FLN/AAN)
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=17631677&e=577
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10
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Diário do Litoral
Data: 30/01/2019
Mutirão de limpeza recolhe 246 quilos
de microlixo em apenas 1km de praia
Cerca de 250 voluntários participaram do
mutirão de limpeza realizado pela Secretaria de
Meio Ambiente de Praia Grande (Sema), no
último dia 20. O mutirão percorreu da orla da
praia do Boqueirão até o Canto do Forte e faz
parte do projeto 'Verão no Clima', que é uma
parceria entre o Município e a Secretaria do
Meio Ambiente do Estado.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente,
Israel Lucas Evangelista, o principal objetivo da
ação é trabalhar a conscientização das pessoas
sobre o descarte correto do lixo e salientar a
importância da educação ambiental e o quão
importante é manter as praias limpas.
'Nossa preocupação maior é colocar na cabeças
das pessoas a importância da destinação
correta dos resíduos produzidos na praia.
Percorremos 1km de praia e achamos uma
quantidade enorme de resíduos, entre eles, a
maior quantidade foi de canudos e bituca de
cigarro. Esses microlixos, em especial, ficam na
areia por muito tempo, pela dificuldade das
máquinas na hora da recolha. A ideia é tirar o
habito deste tipo de descarte', destaca o
secretário.
Durante o evento, a Sema contou com o apoio
da Sabesp com o fornecimento da água potável
para os participantes e também com o apoio na
segurança dos grupamentos Ambiental e
Costeira, que integram a Guarda Civil Municipal
de Praia Grande e da Polícia Militar.
Quem também prestigiou o mutirão ajudando
na recolha dos resíduos, estavam o pessoal da
do Instituto Biopesca; Centro de Aprendizagem
Metódica e Prática Praia Grande (Camp/PG);
Navega SP; kings Kids São Paulo; Igreja Cristã
Evangélica de Praia Grande; Ong Ecophalt;
Aiuká Consultoria em Soluções Ambientais;
Instituto Praia Limpa; Associação Comercial de
Praia Grande; Fortaleza de Itaipu - 2° Gaaae -
Exército Brasileiro.
Balanço
Foram coletados 246,9 Kg de resíduos limpos
(sem areia), dentre os itens recolhidos destaca-
se 7000 canudos, 4320 bitucas de cigarro, 1800
tampas de garrafa, além de papel, espeto de
madeira, palito de sorvete, sacolas, copos,
talheres e pratos plásticos, entre outros.
O secretário agradeceu os colaboradores,
parceiros e os voluntários envolvidos neste
mutirão. 'Agradeço o empenho de todos os
envolvidos nesta ação, e conto com cada um
para continuar difundindo a importância da
educação ambiental e a responsabilidade que
cada cidadão pela geração e descarte de lixo'.
Programação
Dia 9 de fevereiro, às 20h, na Praça Duque de
Caxias acontece a Mostra Ecofalante de Cinema
Ambiental. Nesta edição o filme apresentado
será o Blue - Triste Oceano. Dia 22 de fevereiro,
às 20h, caminhada noturna, com saída será do
Canto do Forte e os participantes percorreram
7km de caminhada pela praia.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=17698280&e=577
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11
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Jovem Pan
Data: 29/01/2019
Acordo entre Guarulhos e Sabesp tira
700 mil pessoas do rodízio de água
Até o final do ano, a prefeitura e a Sabesp
pretendem abastecer todos os 1,4 milhão de
habitantes da cidade 24 horas por dia
No último mês, 700 mil pessoas pararam de
sofrer com o rodízio de água em Guarulhos,
região metropolitana de São Paulo. Todos os
1,4 milhão de habitantes da cidade enfrentam
esse problema diariamente.
O abastecimento regular foi possível depois que
a autarquia municipal Saae (Serviço Autônomo
de Água e Esgoto) concedeu os serviços à
Sabesp (Companhia Estadual de
Saneamento Ambiental). O objetivo da
prefeitura, agora, é que até o aniversário da
cidade, em 8 de dezembro, 100% do município
tenha água nas torneiras 24 horas por dia.
O contrato firmado entre a prefeitura e a
Sabesp prevê a concessão dos serviços por 40
anos. Em troca, a companhia vai investir R$ 2
bilhões ao longo desse período para o
abastecimento de água e R$ 1,3 bilhão para
coleta e tratamento de esgoto.
O presidente da Sabesp, Benedito Braga,
comemorou os resultados obtidos no primeiro
mês de contrato. “O resultado é muito
satisfatório, além da expectativa para os
primeiros cem dias”, disse ele nesta terça-feira
(29). “Até o final do ano vamos tirar todos os
munícipes de Guarulhos dessa situação [de
rodízio de água]”, garantiu.
“Talvez as grandes cidades não sofram com
isso porque no seu passado tiveram os
investimentos necessários”, disse o prefeito de
Guarulhos, Gustavo Henric Costa. “Pode soar
até estranho a segunda maior cidade do estado
comemorar algo nesse sentido, mas, para nós,
que sofremos com isso há décadas, é
extraordinário comemorar”, continuou.
De acordo com Costa, quando ele assumiu a
prefeitura, em janeiro de 2017, tinha como
objetivo fortalecer o Saae “para resolver os
problemas de forma caseira”. A gestão
municipal, no entanto, se deparou com uma
dívida de R$ 3,2 bilhões — resultado de 20 anos
nos quais a Saae comprou água da Sabesp sem
honrar com os custos. “A gente viu que era
impossível sanar os problemas financeiros e
fazer os investimentos necessários para
abastecer 100% da cidade”, afirmou o prefeito.
Com o acordo, o pagamento da dívida ficará
suspenso e o valor será abatido de forma
proporcional até o final do prazo do contrato
de prestação dos serviços.
Segundo o secretário municipal de
Desenvolvimento Científico, Econômico,
Tecnológico e de Inovação de Guarulhos,
Rodrigo Barros, os benefícios trazidos pela
parceria com a Sabesp vão além do
abastecimento de água. “Trouxe para a gente
um interesse muito maior no mercado. Depois
que o prefeito assinou com a Sabesp,
começamos a receber investidores
internacionais, investidores interessados em
fazer novos negócios com a cidade.”
https://jovempan.uol.com.br/noticias/brasil/ac
ordo-entre-guarulhos-e-sabesp-tira-700-mil-
pessoas-do-rodizio-de-agua.html
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12
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Globo – Ribeirão Preto e Franca
Data: 29/01/2019
Área de descarte irregular com 'montanha' de 10m de entulho é interditada em Ribeirão Preto
GCM diz que local recebe restos de construção
civil há 9 meses, mas licença da Cetesb está
vencida desde 2018. Proprietários da área
serão multados pela Secretaria do Meio
Ambiente.
A Guarda Civil Municipal e a Secretaria
Municipal do Meio Ambiente interditaram uma
área usada para descarte irregular de lixo e
entulho na Avenida Governador Mário Covas,
na Zona Norte de Ribeirão Preto (SP), na tarde
desta segunda-feira (28).
O empresário Guilherme Bonfatti Botta,
proprietário da empresa autorizada a atuar no
local, disse que deixou de fazer a reciclagem de
materiais nessa área, após o vencimento da
licença. Ele alegou ainda que, por se tratar de
terreno aberto, qualquer pessoa pode acessá-
lo para realizar o descarte de resíduos.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, a área
– entre os bairros Adelino Simioni, Quintino
Facci II e Jardim Presidente Dutra – está com a
licença da Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo (Cetesb) vencida desde o ano
passado.
Os agentes flagraram uma montanha de
entulho com quase 10 metros de altura em uma
área equivalente a dois campos de futebol. No
local há pedaços de madeira, de isopor, pneus,
retalhos de tecidos, sacos plásticos, entre
outros materiais.
A Polícia Ambiental informou que há nove
meses os restos de construção civil têm sido
depositados no local irregularmente. Um trator
usado para remover o entulho foi apreendido.
Os proprietários da área serão multados por
crime ambiental. Segundo a Secretaria do Meio
Ambiente, o valor não pode ser informado até
que os donos sejam notificados, mas a
autuação pode chegar a R$ 11 mil.
https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-
franca/noticia/2019/01/28/area-de-descarte-
irregular-com-montanha-de-10m-de-entulho-
e-interditada-em-ribeirao-preto.ghtml
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13
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 – São Carlos e Araraquara
Data: 27/01/2019
Lagoa seca em Casa Branca e Daee vai
investigar o motivo
Uma lagoa em Casa Branca (SP) secou em seis
meses e dois ofícios foram abertos na Câmara
Municipal para buscar respostas sobre o caso.
O primeiro questiona o Departamento de Meio
Ambiente da prefeitura e o segundo cobra o
Departamento de Águas e Energia Elétrica
(Daee), responsável pela gestão de recursos
hídricos na região. O órgão informou que vai
apurar os motivos.
O aposentado Benedito Antônio Domingos,
morador do distrito de Lagoa Branca, contou
que a última vez que ela secou foi em 1966,
mas desta vez foi de repente, apesar das
chuvas anteriores.
Para Domingos, o problema tem origem na
quantidade de poços artesianos nas
propriedades próximas a lagoa. "Dizem as más
línguas que tem fazenda com 12 poços
artesianos para encher açude para irrigar
batata. Não tem hidrômetro e fica a revelia".
https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-
regiao/noticia/2019/01/27/lagoa-seca-em-
casa-branca-e-daee-vai-investigar-o-motivo-
veja-fotos.ghtml
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VEÍCULOS DIVERSOS
Data: 30/01/2019
14
Grupo de Comunicação e Marketing
VEÍCULOS DIVERSOS
Veículo: Aneel
ANEEL inicia força-tarefa para fiscalizar in loco barragens de 130
usinas até maio
A ANEEL vai iniciar uma força-tarefa para
fiscalizar in loco as barragens de cerca de 130
usinas hidrelétricas até maio deste ano. Um
primeiro passo para acelerar os trabalhos foi
dado nesta terça-feira (29/1) com a
convocação, para a próxima terça, de reunião
com as agências reguladoras estaduais
conveniadas, que vão ajudar na fiscalização.
“Vamos chamar aqui as agências estaduais
conveniadas para avançar, em 2019, nessa
campanha de fiscalização, juntamente com
equipes credenciadas e com o pessoal próprio
de fiscalização da ANEEL”, disse o diretor-geral
da ANEEL, André Pepitone.
Participarão da reunião as agências estaduais
de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso
do Sul, Mato Grosso e Goiás.
A ANEEL é responsável pela fiscalização de um
total de 437 hidrelétricas (que totalizam 616
barragens, já que alguns empreendimentos
possuem mais de um barramento). Destas, a
agência fez vistorias presenciais em 122 usinas
entre 2016 e 2018. A força-tarefa deste ano
contemplará usinas que não foram visitadas
nesse período. Assim, considerando as
fiscalizações dos últimos três anos e a força-
tarefa que agora se inicia, até maio deste ano
cerca de 60% das usinas sob supervisão da
ANEEL terão passado por fiscalizações in loco.
As usinas restantes, que não estão na previsão
para vistorias presenciais, são as que oferecem
menor risco. Mesmo assim, elas passarão por
monitoramentos da agência. Em cumprimento
às deliberações da Resolução do Conselho
Ministerial de Supervisão de Respostas a
Desastres, publicada na edição de hoje do
Diário Oficial da União, a ANEEL vai exigir este
ano atualização do Planos de Segurança de
Barragem de todas as usinas que estão sob sua
fiscalização, independentemente no nível de
risco.
AMERICANA E PIRAPORA
Na lista das barragens fiscalizadas pela ANEEL,
duas estão enquadradas na categoria de maior
risco: Americana e Pirapora, ambas em São
Paulo.
A ANEEL faz um acompanhamento intensivo
destes dois empreendimentos, por meio do
convênio existente com a agência paulista
ARSESP. Os agentes responsáveis têm
realizado obras de reforço e melhoria das
estruturas de barramento, como resultado da
fiscalização da ANEEL, e as barragens tem sido
vistoriadas in loco pela ARSESP, no convênio
com a ANEEL.
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VEÍCULOS DIVERSOS
Data: 30/01/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Canal Energia
Governo planeja força-tarefa para fiscalizar as 3.386 barragens em risco
no país
Servidores de várias áreas deverão ser
remanejados para o trabalho. Do total
mapeado, 616 são de usinas hidrelétricas
O governo federal pretende montar um plano
emergencial para executar a fiscalização in loco
das barragens existentes no Brasil, incluindo as
de usinas hidrelétricas. A determinação ficou
acertada em reunião do Conselho do Governo
realizada nesta terça-feira (29) em Brasília,
com a participação de ministros que vão
integrar o grupo de trabalho voltado à revisão
da Política Nacional de Segurança de
Barragens. A ideia é contar com servidores de
várias áreas da administração pública para
compor a força-tarefa que pretende visitar as
3.386 unidades classificadas como de risco hoje
no país.
De acordo com o ministro Gustavo Canuto, do
Desenvolvimento Regional, as conversas
envolvem, por exemplo, o Ministério da
Economia, visando garantir a disponibilização
de orçamento necessário para esses serviços.
“A ideia é remanejar pessoas e solicitar
engenheiros de outros órgãos do governo.
Vamos empenhar recursos humanos e
financeiros nisso. Não é uma meta simples, são
mais de três mil barragens, mas que será
enfrentada pelo governo federal”, afirmou
Canuto, durante entrevista coletiva concedida à
imprensa no Palácio do Planalto, após a reunião
do Conselho.
Coordenador do subcomitê criado nesta terça-
feira para elaborar alterações na Lei nº 12.334,
que traz as diretrizes da Política Nacional de
Segurança de Barragens, o ministro-chefe da
Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ressaltou que a
estrutura atual das agências reguladoras é
insuficiente para executar o cumprimento de
todo o trabalho de fiscalização em todas as
barragens mapeadas no território brasileiro,
entre as de geração hidrelétrica, mineração e
usos múltiplos da água. “Não é preciso haver
um rompimento para que haja uma
necessidade de fiscalização nessas barragens”,
disse.
Presente à reunião, o ministro de Minas e
Energia, Bento Albuquerque, destacou que, no
tocante ao acidente ocorrido em Minas Gerais
na última sexta-feira (25), a pasta vem agindo
tanto na apuração dos fatos quanto na
prevenção de novas ocorrências desse tipo.
“Estamos atuando para que tudo seja feito com
muito equilíbrio”, disse. Segundo ele, o
Ministério está trabalhando em diversas
frentes. Na área de mineração, conta com o
apoio da Agência Nacional de Mineração; já em
relação aos efeitos do caso no setor elétrico, a
articulação é com Aneel e Operador Nacional do
Sistema Elétrico.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
informou que entre as multas já definidas para
a Vale em razão do rompimento da barragem
em Brumadinho está a de R$ 250 milhões,
aplicada pelo Ibama. Parte desse valor poderá
ser convertido na recomposição dos diversos
danos causados pelo acidente. As indenizações
serão determinadas posteriormente pela
Justiça, e terão como objetivo a reparação de
prejuízos de ordem humana, ambiental e
estrutural. A enxurrada de lama mineral
provocou 65 mortes, já confirmadas até o
momento, e o desaparecimento de outras 279
pessoas.
Setor elétrico sem problemas de segurança
Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica
divulgados na última segunda-feira (28)
mostram que, entre os anos de 2016 e 2018,
apenas 122 das 616 barragens de
empreendimentos de produção de energia
elétrica receberam equipes de fiscalização da
entidade – o que representa 19,8% do total.
Neste grupo de hidrelétricas que foram
fiscalizadas diretamente pela Aneel está a usina
de Retiro Baixo (82 MW – MG), que nos
próximos dias irá receber a lama de rejeitos de
minério formada a partir do rompimento da
barragem da Vale na Mina do Feijão, em
Brumadinho (MG), no último dia 25.
A Aneel pretende reforçar os trabalhos com
equipes de fiscalização de agências reguladoras
estaduais conveniadas, que serão convocadas
para uma reunião em Brasília na próxima
semana. Nos estados onde não tiver convênio,
a fiscalização vai ser executada tanto por
técnicos da Aneel quanto por profissionais de
empresas credenciadas pela agência com essa
finalidade.
“Em grande medida, as instalações do setor
elétrico não oferecem problemas de segurança,
mas, diante da edição desse decreto, vamos
fortalecer esse programa. Vamos refinar o
VEÍCULOS DIVERSOS
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Grupo de Comunicação e Marketing
plano, solicitando a essas 616 usinas uma nova
versão do plano de segurança de barragens, e
também fiscalizando in loco“, anunciou o
diretor-geral da Aneel, André Pepitone.
Segundo ele, o pente fino feito nesse primeiro
grupo de usinas não identificou problemas
estruturais. “Fizemos um trabalho denso na
área de fiscalização de barragens em 2017,
atendendo a um comando da Lei 12.334”,
disse.
Na base de 616 empreendimentos da Aneel,
519 estão classificados como de risco – não por
problemas em suas instalações, mas por
estarem próximos de áreas densamente
povoadas. Desses 519, apenas foram
vistoriados 122. Apesar disso, todo o conjunto
de risco teve de apresentar ao regulador seus
planos de segurança de barragem. As
informações foram usadas pela agência para o
monitoramento das condições dos
reservatórios. A Aneel multou três
empreendimentos por atraso na entrega do
plano.
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VEÍCULOS DIVERSOS
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Veículo: Reuters
EXCLUSIVO-Há 10 anos, Vale avaliou mudanças em barragens que poderiam
ter evitado desastre
Por Marta Nogueira e Ernest Scheyder
RIO DE JANEIRO/HOUSTON (Reuters) - A
mineradora brasileira Vale demonstrou
preocupações sobre suas barragens de rejeitos
em 2009, mas não implementou várias
medidas avaliadas que poderiam ter evitado ou
diminuído os danos do desastre fatal da
semana passada, de acordo com uma
apresentação corporativa vista pela Reuters.
Uma barragem usada pela companhia para
armazenar os restos lamacentos do processo
de beneficiamento da mina de ferro Córrego do
Feijão, em Brumadinho (MG), entrou em
colapso na sexta-feira, matando pelo menos 84
pessoas e deixando centenas de desaparecidos,
em um dos maiores acidentes industriais do
Brasil.
A estrutura continha cerca de 12 milhões de
metros cúbicos e gerou uma avalanche de lama
que atingiu refeitório e área administrativa da
Vale, assim como comunidades e rios da região.
O desastre de Brumadinho ocorreu pouco mais
de três anos depois de uma tragédia similar em
outra mina envolvendo a Vale, sócia da BHP
Billiton na Samarco, causando uma perda de
mais de 70 bilhões de reais em valor de
mercado da empresa apenas na segunda-feira.
Mas uma década atrás, a maior produtora
global de minério de ferro estava considerando
maneiras de usar menos barragens de rejeitos,
incluindo usos alternativos para essa lama, de
acordo com uma apresentação de 73 páginas.
O documento apontou para o aumento do
volume de rejeitos produzidos nas minas da
empresa.
O relatório sugeriu que a Vale fizesse materiais
de construção a partir de rejeitos, incluindo
tijolos, um passo que daria à empresa uma
outra fonte de receita e diminuiria o volume que
precisa ser armazenado usando barragens.
O relatório de 2009 da Vale recomendou que a
companhia realizasse um projeto chamado
“Barragens Zero”, que envolveria a filtragem de
rejeitos, recuperação adicional de minério de
ferro nos rejeitos, entre outras medidas.
Não se sabe se o relatório atingiu os níveis mais
altos da administração da Vale nem por que não
foi implementado.
Carolina de Moura, uma participante do
Movimento dos Atingidos pela Vale, moradora
de Brumadinho e acionista da Vale, disse à
Reuters que cobrou, em abril do ano passado,
em uma assembleia de acionistas da empresa,
da diretoria da Vale, onde estava o projeto,
ressaltando que Feijão estava inserido dele.
“Só que ela não tratou (dos rejeitos), porque o
preço minério de ferro caiu, a empresa
implementou uma política de redução de
custos, deve ter socado as barragens de
rejeitos mais ainda e aí o que deu?, Córrego do
Feijão estourou”, disse Moura.
O autor do relatório, Paulo França, deixou a
Vale um ano depois de apresentá-lo e agora
trabalha como consultor do setor. Procurado
pela Reuters, ele não comentou.
A Vale também informou que não iria comentar.
Mais tarde nesta terça-feira, a Vale anunciou
investimentos de 5 bilhões de reais para acabar
com as barragens a montante, dizendo que o
processo também vai exigir paralisação da
produção em um volume equivalente a 40
milhões de toneladas ao ano.
“ESTRUTURAS INERENTEMENTE PERIGOSAS”
As instalações da Vale em Brumadinho foram
construídas em 1976 usando o tipo mais barato
e menos estável de projeto de barragens de
rejeitos, uma estrutura com design comumente
utilizado na mineração conhecido como a
montante.
O design a montante custa cerca de metade do
preço de outras barragens, mas apresenta
maior risco de segurança, porque suas paredes
são construídas sobre uma base de resíduos,
em vez de em material externo ou em terra
firme.
O vizinho Chile, mais propenso a terremotos,
proíbe o design. O Brasil não é tão propenso a
terremotos, mas até mesmo pequenas
atividades sísmicas mostraram afetar as
barragens de rejeitos a montante.
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Grupo de Comunicação e Marketing
Como esses tipos de estruturas são alagados,
eles ficam facilmente suscetíveis a rachaduras
e outros danos que podem causar
rompimentos, como o que ocorreu na semana
passada em Brumadinho.
“Uma barragem de rejeitos pode parecer
segura, mas ainda mantém muita umidade por
trás dela”, disse Dermot Ross-Brown,
engenheiro da indústria de mineração que
leciona na Escola de Minas do Colorado, nos
EUA. “São estruturas inerentemente
perigosas.”
A causa do desastre permanecem
desconhecida. Essa mina da Vale não recebe
rejeitos há cerca de dois anos e meio e estava
em processo de descomissionamento, um
passo que deveria ter diminuído o risco,
disseram engenheiros.
“É realmente intrigante para mim que isso
tenha acontecido quando a barragem estava
fechando”, disse Cameron Scott, da SRK
Consulting, uma empresa de engenharia de
mineração. “Este desastre tornará o meu futuro
mais difícil.”
A barragem passou por uma inspeção em
setembro de 2018 da empresa alemã Tüv Süd,
e o diretor-presidente da Vale, Fabio
Schvartsman, disse que monitores mostraram
que a barragem estava estável em 10 de
janeiro.
Três funcionários da Vale e dois engenheiros da
Tüv Süd foram presos nesta terça-feira, em
operação para apurar homicídio, falsidade
ideológica e crimes ambientais na tragédia.
RISCOS
Abalados e na espera de informações sobre
centenas de colegas desaparecidos no
desastre, funcionários da Vale estão se
mobilizando para exigir mudanças no modelo
de produção da empresa, incluindo a utilização
de tecnologias já existentes para eliminar
rejeitos da mineração.
Analistas e engenheiros acreditam que o
desastre de Brumadinho deverá forçar a
indústria a parar de armazenar rejeitos úmidos
e, em vez disso, seguirá em direção ao
processo mais caro, porém mais seguro, de
armazenar rejeitos secos.
Esse processo exige a secagem dos rejeitos e o
armazenamento no local, reduzindo o risco de
colapso da barragem. A abordagem está se
tornando mais popular no Canadá e em outros
países com regulamentações de mineração
mais rigorosas.
“A indústria ainda não compreende totalmente
o risco que está assumindo com esse tipo de
barragens de rejeitos úmidos”, disse Matt
Fuller, da Tierra Group International, uma
empresa de consultoria de engenharia de
rejeitos. Representantes governo brasileiro já
afirmaram que tomarão medidas para tornar a
atividade de mineração mais segura, olhando
inclusive a criação de uma legislação que exija
mineração a seco e force mineradoras a
eliminar barragens de rejeitos quando elas
estiverem localizadas acima das comunidades.
O Brasil ainda está se recuperando da tragédia
de novembro de 2015, quando uma barragem
maior, pertencente à Samarco despejou uma
montanha de rejeitos, deixando 19 mortos e
centenas de desabrigados, poluindo o rio Doce,
no que foi considerado o maior desastre
ambiental da história do Brasil.
No caso de Brumadinho, a barragem estava
construída em cima de estruturas da própria
empresa e inundou prédio administrativo e
refeitório da companhia, com centenas de
trabalhadores no horário de almoço.
O sindicato que representa trabalhadores de
mineração de Brumadinho afirmou nesta terça-
feira que pediu à Vale “há pelo menos dois
anos” mudança de local das instalações
administrativas e do refeitório atingidos pela
avalanche de lama do rompimento da
barragem.
“Em reunião, representantes da Vale disseram
que existia um projeto pronto para a
transferência, o que não ocorreu a tempo de
evitar essa tragédia”, acrescentou a nota,
assinada pelo Sindicato Metabase de
Brumadinho e Federação dos Trabalhadores
nas Indústrias Extrativas de Minas Gerais.
A Vale não comentou o assunto imediatamente.
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VEÍCULOS DIVERSOS
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Veículo: Agência Senado
Proposta dá incentivos para geração de energia em aterros sanitários
Aguarda designação de relator na Comissão de
Serviços de Infraestrutura (CI) o projeto de lei
que estabelece estímulos para a produção de
biogás, biometano e energia elétrica a partir do
aproveitamento de resíduos sólidos em aterros
sanitários. De autoria do senador Hélio José
(Pros-DF), o PLS 302/2018 será analisado
também pela Comissão de Meio Ambiente
(CMA) depois de passar pela CI.
A proposta altera a Lei da Política Nacional de
Resíduos Sólidos (Lei 12.305, de 2010) para
incluir a elaboração e execução de projetos de
aterros sanitários que contemplem a geração
de energia elétrica entre as iniciativas que
podem ser atendidas por linhas de
financiamento do poder público. Além disso,
permite que empresas dedicadas a gerar
energia a partir do aproveitamento dos
resíduos sólidos em aterros sanitários possam
receber incentivos fiscais da União, do estado
ou do município.
O PLS 302/2018 também altera a Lei 10.865,
de 2004, para que a energia elétrica gerada a
partir de resíduos sólidos em aterros sanitários
fique isenta do recolhimento de tributos (como
Pis/Pasep e Cofins) incidentes sobre a receita
bruta decorrente da sua venda no mercado
interno.
“O aproveitamento dos resíduos sólidos é de
fundamental importância para todos. Em
primeiro lugar, porque dá um destino adequado
a um recurso que, de outra forma, só traria
problemas, notadamente para a saúde da
população. Além disso, empreendimentos que
geram energia a partir dos resíduos também
reduzem a emissão de gases de efeito estufa,
tão prejudiciais para o clima do planeta”, afirma
Hélio José na justificação do projeto.
Para o autor, o aproveitamento de resíduos
sólidos em aterros sanitários traz benefícios
como a eliminação de agentes nocivos para a
saúde da população, geração de energia
próxima aos locais de consumo e redução da
emissão de gases que causam o chamado efeito
estufa. Voltar ao Sumário
Data: 30/01/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
FOLHA DE S. PAULO Painel
PDT e PC do B atuam para derrubar a única
articulação capaz de impedir o isolamento do PT
na Câmara
Divórcio litigioso Integrantes do PDT e do PC do
B trabalham para impingir derrota ainda mais
pujante ao PT na disputa por espaços no comando
do Congresso. Após o naufrágio do bloco de
centro-esquerda que tentava se opor à reeleição
de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara, líderes
dessas duas siglas tentam convencer o PSB a unir-
se a elas e ao democrata, isolando de uma vez
petistas e o PSOL. A jogada acabaria com as
chances de o PT, que elegeu a maior bancada,
ocupar um espaço na mesa diretora da Casa.
Quem com ferro fere O racha na esquerda é um
reflexo da divisão que se deu entre os partidos
desse campo ainda na eleição de 2018. Para
garantir que seria possível levar a candidatura
presidencial de Lula, mesmo preso, até o limite, o
PT isolou o candidato do PDT, Ciro Gomes, e
pressionou muito o PC do B.
Beira do precipício O PT hoje tenta evitar seu
expurgo do comando do Congresso articulando um
bloco com o PSB e o PSOL. Se os aliados de Maia
no PDT e no PC do B demolirem esse acordo, o
partido não conseguirá espaço proporcional na
direção da Câmara à votação que obteve nas
urnas, quando fez 56 deputados.
Vai que é tua O PT não assiste à ofensiva parado.
O partido fez um acordo com o PSB e afiançou que,
se o bloco deles com o PSOL for mantido, a vaga
na Mesa Diretora conquistada pelo número de
deputados será dos socialistas.
Entre amigos Maia, que conta com votos de
alguns petistas com quem tem proximidade
pessoal, tem negociado no varejo, analisando caso
a caso vagas em comissões e a relatorias de
projetos importantes.
Chega O ex-presidente Michel Temer acionou
aliados no MDB da Câmara para garantir que seu
partido desse um fim à articulação do bloco de
oposição a Maia com o PT e o PP.
Sem fronteiras Para atrair o PP de volta ao seu
arco, Maia fez promessas que envolveram até o
terreno vizinho, o Senado. Ele se comprometeu a
trabalhar para que a senadora eleita Danielle
Ribeiro (PP-PB) assuma o comando da Comissão
Mista de Orçamento.
Mapa Na Câmara, o PP ficará com uma secretaria
da Mesa Diretora. As outras estão prometidas a
PR, PSD e ao bloco formado por PDT e PC do B.
Íntimo e pessoal Lula ficou profundamente
emocionado ao receber a notícia, por meio de seus
advogados em Curitiba, que o irmão Vavá, de 79
anos, havia morrido. Ele contou histórias do
passado em família e mencionou que, antes de ser
internado, o parente mandou avisar que queria
visitá-lo na carceragem.
Íntimo e pessoal 2 Até o fechamento desta
edição, o ex-presidente lutava para obter
autorização da Justiça para ir ao enterro do irmão.
Lula disse aos advogados que torcia muito pelo
aval, especialmente por não ter conseguido se
despedir de Vavá.
Carta na manga Na tentativa de ganhar tempo
na disputa pelo comando do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP) trabalha com a possibilidade
de transferir a eleição na Casa de sexta (1º) para
o sábado (2). O democrata costurou a manobra
com o grupo de senadores anti-Renan Calheiros
(MDB-AL).
Sono da beleza A ideia é que um dos adversários
do emedebista faça a sugestão, e Davi, que deve
presidir a sessão na sexta, consulte o plenário. O
discurso oficial será o de que a mudança da data
evitaria que a disputa varasse a madrugada.
Mas já? Antes mesmo de iniciarem o mandato, os
três senadores eleitos pelo PTB se preparam para
deixar o partido. Um deles negocia com o Pros e
os demais fecharam nesta terça (29) com o PSD.
Efeito colateral Mineradoras estão preocupadas
com possíveis mudanças na legislação para o
armazenamento de resíduos de minério.
Integrantes do setor dizem que, se o governo
proibir o modelo atual de barragens, haverá forte
impacto na produção nacional –principalmente
sobre as empresas menores.
TIROTEIO
Querem retroceder a um tempo em que os filhos
da pobreza não podiam sonhar com diploma. Mas
o Brasil mudou. Vai ter luta
Data: 30/01/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
De Aloizio Mercadante (PT-SP), após o ministro da
Educação, Ricardo Vélez Rodrígues, rejeitar a
“ideia de universidade para todos”
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Data: 30/01/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Mônica Bergamo: Vale pode ser penalizada por PF mesmo sem
comprovação de culpa
A Polícia Federal (PF) estuda a hipótese de
responsabilizar penalmente diretores da Vale pelo
rompimento da barragem em Brumadinho —ainda
que não fique configurada a culpa específica de
cada um deles na tragédia e que não tenha havido
dolo.
NOVOS TEMPOS
Segundo fontes internas da PF, gestores teriam
assumido os riscos de um acidente ao manter uma
barragem de rejeitos com tecnologia menos
segura do que outras já existentes. Os que tinham
poder na época em que a opção foi feita poderiam
ser agora penalizados.
VENTO
No Pará, por exemplo, o rejeito é tratado a seco.
Segundo um dos investigadores, diretores teriam
decidido pelo que é mais barato em detrimento do
que é mais seguro.
DOLO
O advogado da Vale Sergio Bermudes já tinha
afirmado à coluna que a empresa não enxerga
razões determinantes de sua responsabilidade e
que “não se identificou dolo e muito menos culpa”
de seus executivos.
HORIZONTE
De acordo com ele, vários fatores podem
contribuir para o rompimento de uma barragem.
E não teria havido “negligência, imprudência,
imperícia” da companhia.
FIO DESENCAPADO
A repercussão das declarações, por sinal, gerou
tensão na empresa, que acabou desautorizando o
defensor.
DATA VENIA
Segundo interlocutores de Bermudes, ele
ponderou que a desautorização é descabida: pelo
código de ética da profissão, o advogado pode
dizer o que pensa e imprimir à causa a orientação
que pense ser a mais adequada —sem se
subordinar às intenções contrárias do cliente.
NA REDE
“Ditadura militar nunca mais!”, disse a atriz Laura
Cardoso, 91, em entrevista à revista Quem, que
fica
disponível nas plataformas digitais na sexta (1º);
“Naquela época eu tinha medo de trabalhar”
FICA, JEAN
Um grupo de personalidades tomou a iniciativa de
tentar convencer o deputado Jean Wyllys (PSOL-
RJ) a não desistir de seu próximo mandato. A ideia
era que ele tomasse posse na sexta (1º) e depois
se licenciasse do cargo.
SOB AMEAÇA
O parlamentar, no entanto, diz que a decisão é um
caminho sem volta. Mesmo fora do Brasil, ele e
sua família receberam novas ameaças —já
reportadas ao ministro Sergio Moro, da Justiça.
VERDE E ROSA
A cantora Tetê Espíndola e o músico e escritor
Zuza Homem de Mello foram à pré-estreia do
documentário “Fevereiros”, de Marcio Debellian,
que acompanhou a homenagem da escola de
samba Mangueira à cantora Maria Bethânia. O
ensaísta José Miguel Wisnik também compareceu
ao evento, que ocorreu na segunda (28), no
shopping Frei Caneca.
HOMENAGEM
O governador João Doria foi homenageado com o
Prêmio Cidade de São Paulo, na segunda (29), por
indicação do próprio prefeito Bruno Covas (PSDB-
SP), que foi vice do agora governador. Os outros
24 premiados foram apontados pelos secretários
municipais, solicitados por Covas a nomearem
servidores que prestaram serviços relevantes à
cidade.
LEMBRANÇA
Entre os contemplados estão a procuradora Marina
Martinez, “pela condução com êxito no acordo que
viabilizará a instalação do parque Augusta”, o
fotógrafo Gabriel Facchini, que tem Down e cobre
a agenda de Covas, e Bernadete Vicente de Souza,
78, “responsável pela limpeza dos cobres das
escadas e portas” no gabinete do prefeito.
MEDALHA
Data: 30/01/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Em 2018, o então prefeito Doria premiou
personalidades como Regina Duarte, Claudia Raia,
Tom Cavalcante, Hortência Marcari, Carlos
Jereissati e Viviane Senna.
PÉROLA
Os cantores Zélia Duncan, Mart’nália, Pedro Luís e
Paulinho Moska vão participar do projeto “Bem
Junto ao Passo - Tributo a Luiz Melodia”, que tem
curadoria do próprio Pedro Luís e produção da
Baluarte Cultura. Cada um dos artistas fará um
show interpretando um CD de Melodia, como
“Pérola Negra” (1973) e “Maravilhas
Contemporâneas” (1976).
PÉROLA 2
As apresentações devem ocorrer em 2020 nas
unidades do Centro Cultural Banco do Brasil no
Rio, em Brasília, em SP e em BH.
EXPORTAÇÃO
A banda paulistana de rock Ego Kill Talent gravará
seu novo disco no estúdio de Dave Grohl, do Foo
Fighters, em Los Angeles. Em 2018, os brasileiros
abriram as as apresentações da turnê brasileira do
grupo americano.
CLIQUES
As atrizes Ingrid Guimarães e Gabriela Duarte
estiveram na abertura da exposição “2039/20 -
São Paulo Fora do Tempo”, do fotógrafo Jairo
Goldflus. O evento foi realizado no Itaú Cultural,
na sexta (25).
CURTO-CIRCUITO
Chico César e Vitor Ramil cantam nesta quarta
(30) e quinta (31), na Casa de Francisca, em SP.
O chef Henrique Fogaça lança linha de chopes com
a cervejaria Dortmund. Na quarta (30), às 19h, no
Cão Véio.
O game “Assassin’s Creed” inspira um jogo de
escape do Voyager, espaço que abre na quarta
(30) no shopping Morumbi Town.
Gloria Maria media conversa entre executivos da
S.I.N. Implante no Congresso Internacional de
Odontologia de SP, na quinta (31).
com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI e
VICTORIA AZEVEDO
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Data: 30/01/2019
24
Grupo de Comunicação e Marketing
ESTADÃO
País tem apenas 35 fiscais de barragem de mineração
Roberta Jansen e Giovana Girardi
RIO E SÃO PAULO - O Brasil não tem estrutura
para garantir a segurança de todas as barragens
em operação em seu território. A Agência Nacional
de Mineração (ANM), responsável pela
fiscalização, tem apenas 35 fiscais capacitados
para atuar nas 790 barragens de rejeitos de
minérios – semelhantes às do Córrego do Feijão,
em Brumadinho, e à do Fundão, em Mariana – em
todo o País.
O governo federal usa só laudos produzidos pelas
próprias mineradoras ou por auditorias
contratadas. São elas que atestam a segurança
das suas estruturas. A autorregulamentação é
definido na Lei Federal 12.334, de 2010, e é
adotado também em outros países. São previstos
dois tipos de inspeção: a regular, feita pela própria
empresa, e a especial, realizada por equipe
multidisciplinar contratada pela empresa, de
acordo com orientações da ANM.
O risco é potencialmente mais alto se não houver
fiscalização, dizem especialistas. “É claro que não
dá pra fazer nem uma fiscalização por ano em
cada uma”, diz o geólogo Paulo Ribeiro de
Santana, da ANM. Segundo ele, os 35 fiscais não
trabalham exclusivamente com barragens de
rejeitos. “Há outras atividades relacionadas à
mineração também, como fiscalização de minas,
pesquisa mineral, muitas coisas.”
As raras fiscalizações in loco são feitas quando há
discrepância grave nos documentos apresentados
pelas empresas à agência ou seguindo rodízio
esporádico dos técnicos. “O corpo de funcionários
é tão pequeno que eu, geólogo, respondo pela
assessoria de comunicação.”
Conflito de interesses
O problema já começa no licenciamento
ambiental. O documento necessário é elaborado
por empresa contratada pela mineradora a – e
feito com dados e informações repassados por ela.
“Obviamente há conflito de interesses claro aí,
porque essa empresa não vai querer que o
licenciamento não seja aprovado”, avalia o
especialista em geomorfologia Miguel Felippe, da
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
“Esses documentos são extremamente
complexos, com uma infinidade de dados,
milhares de páginas. Não há corpo técnico no
governo para avaliar isso tudo. Não há
contraprova. O jeito é confiar nas informações
fornecidas pelas empresas.”
Quando a barragem entra em operação, a dona da
estrutura é responsável pelo monitoramento da
estabilidade do depósito. Eventualmente, como no
caso de Brumadinho, outra empresa pode ser
contratada para atestar estabilidade. Mas esse
laudo é feito com base em dados fornecidos pela
mineradora.
O geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos, ex-diretor
de Planejamento do Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT), diz que, “sob quaisquer
circunstâncias, a responsabilidade é do dono da
obra”. “Pode ocorrer de ali haver um início de
processo de instabilidade não ter sido captado.”
Mas, pondera ele, um acidente desse porte não
acontece de repente. “Dá avisos, que podem ser
detectados visualmente ou por instrumentação.”
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Data: 30/01/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Metrô abre sindicância para apurar colisão em monotrilho da Linha 15-Prata
Paulo Roberto Netto
SÃO PAULO - A Companhia do Metropolitano de
São Paulo (Metrô) abriu sindicância para apurar a
colisão entre dois trens do monotrilho da Linha 15
- Prata no fim da noite desta terça-feira, 29. O
acidente envolveu veículos vazios e não registrou
vítimas. As operações do monotrilho não foram
afetadas no início desta manhã.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a colisão
ocorreu por volta das 23h10 na altura da estação
Jardim Planalto, na zona leste da capital, entre um
trem que seguia vazio para uma área não
operacional quando colidiu com outro veículo
parado na plataforma. Por ser uma estação em
obras, o local estava vazio no momento do
acidente e ninguém se feriu.
Em nota, o Metrô de São Paulo informa aos
usuários nas redes sociais que abriu uma
sindicância para apurar as causas do acidente.
Paralisada desde setembro do ano passado, a
estação Jardim Planalto está em fase final, com
90% das obras executadas, incluindo elevadores,
lâmpadas e totens de sinalização. Apesar disso, a
inauguração está prevista para o segundo
semestre deste ano. O último prazo dado pelo
governo era o primeiro trimestre de 2018.
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Data: 30/01/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Estados em calamidade financeira são os que mais ‘maquiam’ as contas
BRASÍLIA - Estados em crise e que decretaram
calamidade financeira estão entre os que
apresentam as maiores disparidades entre os
dados declarados ao Tesouro Nacional e as
informações levantadas pela própria União, um
indício forte da maquiagem nas contas avalizada
pelos próprios Tribunais de Contas dos Estados
(TCEs). Dos cinco Estados com maior disparidade,
três – Minas, Rio e Goiás – já decretaram
calamidade financeira.
Para tentar interromper essa prática, o Tesouro
passará a cobrar uma contabilidade minuciosa das
despesas de todos os poderes, incluindo auxílios,
bônus e outras vantagens pagas aos servidores –
um nível de detalhe inédito. Na contabilidade de
alguns Estados, esses “penduricalhos” não entram
na conta de gastos com salários, maquiando,
portanto, uma exigência da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), que determina
desembolso máximo de 60% da receita com esses
pagamentos.
Com a chamada “Matriz de Saldos Contábeis”,
Estados e municípios deixam de repassar dados
meramente declaratórios sobre seus gastos. Eles
são agora obrigados a enviar informações de sua
própria contabilidade, o que dará ao Tesouro
ferramentas para fazer diversas análises sobre os
gastos e expor as divergências.
O sistema já está em funcionamento desde 2018,
mas neste ano a cobrança será mais rigorosa,
incluindo um “ranking” dos governadores e
prefeitos que dão mais transparência a seus
gastos nessa plataforma. O projeto é considerado
um aliado essencial na tentativa de dialogar com
os TCEs para rever interpretações da LRF que
permitiram o aumento dos gastos com pessoal e
estão por trás da crise financeira que já levou sete
Estados à calamidade financeira.
Como já mostrou o Estadão/Broadcast, os
Tribunais de Contas negociam o fim das
maquiagens que retardaram o diagnóstico da real
situação fiscal dos Estados, a partir de um acordo
com Tesouro, a Atricon (associação dos membros
dos tribunais) e o Instituto Rui Barbosa (a escola
de contas das cortes). A primeira reunião ocorre
nos dias 6 e 7 de fevereiro em Brasília, com
participação de 21 dos 33 tribunais.
O Tesouro comparou os dados extraídos a partir
da contabilidade dos Estados e os declarados pelos
próprios governos estaduais em um relatório do
4.º bimestre de 2018. No caso do Rio, apenas
9,4% das quase 1,4 mil informações bateram nos
dois critérios. Mesmo com um desconto de
arredondamento do Tesouro, esse índice fica em
45% – ou seja, mais da metade das informações
ainda tem discrepâncias.
Em Minas, que esbarra justamente na
contabilidade para conseguir aderir ao Regime de
Recuperação Fiscal, programa de ajuda financeira
aos Estados, apenas 18,9% dos dados batem,
mesmo já retirando diferenças de
arredondamento. Em Goiás, o índice é de 32,87%.
Procurados, o Rio informou que, a partir deste
ano, vai enviar os dados com base na Matriz de
Saldos Contábeis. Minas e Goiás não retornaram
os pedidos da reportagem.
Exposição
Com o novo mecanismo, segundo a subsecretária
de Contabilidade Pública do Tesouro Nacional,
Gildenora Milhomem, a constatação de que não só
os Estados e municípios, mas também os Tribunais
de Contas ficarão expostos tem sido um incentivo
adicional para que os conselheiros aceitem abrir o
diálogo. “Os tribunais, ao longo de muitos anos,
foram omissos e até permissivos para que se
chegasse a essa situação de déficit fiscal nos
Estados.”
Ela lembra que o Rio Grande do Sul, outro em
calamidade financeira, também esbarra na
contabilidade para aderir ao programa de socorro
federal. Ao seguir as resoluções do TCE-RS, o
governo gaúcho acaba descumprindo a LRF. O
TCE-RS informou ter criado em agosto de 2018 um
grupo interno para reavaliar suas normas. “Esse
grupo deve concluir seus trabalhos em maio de
2019”, diz o Tribunal.
Dez Estados vão descumprir limite
O governo federal vai negociar com os
governadores um novo prazo para o limite de
gastos nos Estados que repactuaram a dívida com
a União em 2016, além de outras contrapartidas
de ajuste fiscal, para evitar uma aceleração da
cobrança desses débitos. Esse gatilho pode ser
acionado porque vários Estados não conseguiram
respeitar o limite de despesas no ano passado, o
que agravaria ainda mais a situação desses entes,
Data: 30/01/2019
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muitos dos quais já decretaram calamidade
financeira.
Dos 19 governos estaduais que renegociaram suas
dívidas com a União, dez já avisaram que não
conseguirão cumprir o teto, segundo o secretário
do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. Esses
alertas têm sido feitos desde o ano passado pelos
governadores, que pretendiam obter da União
uma flexibilização das exigências do acordo, como
mostrou o Estadão/Broadcast em outubro.
A negociação que será empreendida pelo governo
federal, no entanto, não dará alívio financeiro aos
Estados, apenas vai evitar que eles sofram as
sanções previstas em lei no caso de
descumprimento do limite de gastos. O secretário
já havia negado, um dia antes, que o governo
pretenda flexibilizar as regras de acesso ao
Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para abarcar
mais Estados interessados no programa de
socorro. Segundo Mansueto, os governadores
ainda têm muitas medidas de ajuste a seu alcance
para serem feitas.
Contrapartida
A limitação do crescimento das despesas dos
Estados por dois anos (2018 e 2019) foi a única
contrapartida que restou na lei que estabeleceu a
renegociação das dívidas. Segundo Mansueto, os
próprios governadores estão agora propondo
novas medidas de ajuste. “Os próprios
governadores têm sugerido algumas
condicionalidades a serem seguidas.”
Graças à renegociação, os Estados estão há mais
de dois anos pagando parcelas menores da dívida
com a União. Com a violação do teto, eles teriam
de reembolsar esse “desconto” ao Tesouro
Nacional de forma imediata e voltar a pagar o
valor original das prestações – uma fatura
bilionária que é considerada impagável no curto
prazo diante da grave crise.
Os Estados têm até 20 de março para entregar os
demonstrativos de cumprimento do teto ao
governo federal. A partir daí, os técnicos terão até
agosto para analisar e constatar a violação da
contrapartida. É esse período que será usado para
a negociação, já que a prorrogação da vigência do
teto requer a aprovação de uma nova lei
complementar no Congresso. “Um número grande
de governadores descumpriu o teto, então
podemos ver alguma regra. Esse diálogo vai surgir
quando verificarmos exatamente quantos Estados
não conseguiram cumprir a norma”, disse
Mansueto.
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VALOR ECONÔMICO
Privada, Cesp não prevê crescer no
médio prazo
Por Camila Maia
Os novos acionistas controladores da companhia
paulista de energia Cesp - Votorantim Energia e o
fundo canadense CPPIB - não têm intenção de
fazer novos investimentos no crescimento da
companhia no curto e no médio prazo, disse
ontem Fábio Zanfelice, presidente da empresa, no
primeiro evento com investidores e analistas
desde a privatização. "Qualquer real que formos
investir, vai distrair a gestão da companhia do
maior problema dela, que é fazer a gestão dos
passivos e dos potenciais ativos", disse Zanfelice.
O foco da nova administração é melhorar a gestão
da companhia e sanear problemas, como as
contingências judiciais bilionárias que afetam seu
balanço a cada ano. No longo prazo, a intenção é
que a Cesp cresça por meio de investimentos, mas
não há previsão para quando isso vai acontecer.
"No curto e médio prazo o foco é resolver
problemas da companhia como eficiência,
modernização, construir um time de alta
performance, transformação da gestão de pessoas
e resolver questões judiciais", disse Zanfelice.
No curto prazo, a Cesp também não conta com a
instalação de quatro máquinas adicionais na
hidrelétrica de Porto Primavera, seu principal ativo
em carteira, com 1.540 megawatts (MW) de
potência e 941,8 MW médios de garantia física.
Pelas regras do edital da privatização, a própria
companhia precisa fazer um estudo de impacto
ambiental dessa possibilidade, que permitiria o
aproveitamento máximo do potencial hídrico da
usina.
"O que teria de mais rápido que poderia aumentar
a capacidade instalada seria elevar o reservatório
de Porto Primavera, ele opera na cota 257 metros
mas foi feito para operar em 259 metros, há dois
metros cuja elevação poderia retomar a garantia
física que foi retirada no contrato de concessão",
disse Zanfelice. Segundo ele, a companhia tem a
percepção de que o Operador Nacional do Sistema
Elétrico (ONS) seria favorável à medida, mas tudo
dependeria de outro estudo de impacto ambiental.
Não há limitação fundiária relevante para a
elevação da cota do reservatório, pois a área do
entorno da usina pertence à Cesp, mas precisaria
ser feito novo licenciamento e os estudos
necessários para isso.
Como parte da estratégia de melhorar as práticas
da companhia, o conselho de administração da
Cesp aprovou ontem que ela "compartilhe
experiências" com a sua acionista Votorantim
Energia a fim de aprimorar as práticas de
comercialização. "Temos ótima oportunidade de
agregar valor à companhia desde que ela tenha as
melhores práticas de gestão e comercialização de
energia" disse o executivo, lembrando que, como
estatal, a Cesp tinha amarras que a impediam de
uma gestão mais ativa de seu portfólio.
Ao final dos três meses de experiência
compartilhada, a expectativa é que a Cesp tenha
as melhores práticas do mercado para contratação
e venda de energia de forma eficaz, com gestão
de risco adequada. "Essa foi a forma que
encontramos para acelerar a experiência da Cesp
que no que tange a experiência de
comercialização", disse.
A Cesp ainda está exposta ao mercado de curto
prazo de energia entre 2019 a 2021, justamente
por conta das "amarras" das estatais na gestão de
portfólio, segundo Zanfelice. Em dezembro, já sob
a nova gestão, a companhia comprou metade da
necessidade para 2019, já considerando a
previsão do ano para o déficit de geração das
hidrelétricas (GSF), além de uma parcela da
exposição de 2020 e 2021.
Outra herança da época de estatal da Cesp está
no radar dos novos controladores: a discussão
sobre a indenização por ativos não amortizados da
hidrelétrica de Três Irmãos, cuja concessão foi
devolvida à União e relicitada em 2014. Zanfelice,
explicou que a Cesp está aguardando o
posicionamento do governo sobre o laudo
apresentado por um perito, que calculou que a
indenização seria de R$ 7 bilhões, contra a
proposta do governo, de pagar R$ 1,7 bilhão. A
Cesp, por sua vez, pleiteia R$ 6 bilhões.
"A partir da manifestação do governo, teremos
visibilidade sobre qual a real visão deles sobre o
número", disse Zanfelice. Segundo ele, uma
sentença do processo deve sair ainda neste ano.
"Vamos procurar o governo para começar a
conversar, até porque são pessoas novas", disse.
A intenção da companhia é chegar em um "bom
Data: 30/01/2019
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termo" com o governo. "A Cesp não vai agir
passivamente, não vamos ficar esperando".
Ontem, a companhia nomeou um novo vice-
presidente de finanças: Mário Bertoncini, que
ocupava o mesmo cargo na Nexa Resources, outra
empresa controlada do grupo Votorantim, com
atuação em zinco, chumbo e prata. Para o lugar
de Bertoncini, na Nexa, foi promovido Rodrigo
Menck, que estava na mineradora desde 2016 na
área financeira.
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Data: 30/01/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
O fetiche do gás natural no setor elétrico
Por Rosane Menezes e Lucas Guimarães
Desde 1997 discute-se a ideia de criar um
mercado de gás natural no Brasil. Nos últimos
anos a discussão ganhou força, com a elaboração
da nova Lei do Gás (que substituirá a Lei nº
11.909/09), o lançamento do Programa Gás para
Crescer e a decisão da Petrobrás em vender seus
ativos de gás natural.
Recentemente, o governo deu mostras de suas
intenções em acelerar a regulamentação e
expansão do mercado de gás natural brasileiro.
Exemplo tem-se com a recente publicação do
Decreto 9.616/18, que ampliou o acesso de
terceiros às infraestruturas de escoamento da
produção e processamento de gás natural e dos
terminais de GNL. Além disso, busca-se a edição
de uma medida provisória alterando, de concessão
para autorização, o regime de construção e
operação de gasodutos, bem como a aprovação,
urgente, do PL 10.985/18, o qual, além de trazer
solução para o GSF, cria um fundo para a
construção de gasodutos (Brasduto).
No que diz respeito ao setor elétrico, pululam
estudos demonstrando os benefícios e
necessidade de uma maior inserção do gás natural
na produção de eletricidade. Os argumentos em
prol da regulamentação da exploração deste
insumo e do aumento de sua presença no setor
variam desde a necessidade de quebra do
monopólio da Petrobras - presente ao longo de
toda cadeia da indústria gasífera -, até a alegada
necessidade de ter-se geração de base ("baseload
generation") para contrapor a intermitência das
fontes solar e eólica.
Inclusive, parte do governo defende a viabilidade
de realização de um leilão exclusivo para gás
natural e específico para a Região Nordeste, nada
obstante o Sistema Interligado Nacional, em sua
origem, não ter sido concebido para leilões
regionais.
De fato, o aumento da participação do gás natural
na geração de eletricidade pode apresentar
vantagens. Em primeiro lugar, contribuiria para a
diversificação da matriz elétrica brasileira, tão
importante em tempos de mudanças climáticas.
Em segundo lugar, contribuiria para o
estabelecimento de uma matriz mais limpa e mais
barata, na medida em que usinas a gás viessem a
substituir geração de eletricidade mais cara e
poluente a partir dos outros combustíveis fósseis.
Por fim haveria o desenvolvimento de uma nova
indústria, com geração de empregos e renda, e o
alinhamento com a política internacional de
investimentos e financiamentos. Nesse sentido, a
inserção do gás natural no setor elétrico é bem-
vinda.
Contudo, alguns fatos objetivos e outros
argumentos técnicos precisam ser trazidos à
reflexão, de forma a evitar que o discurso em prol
do gás natural se torne mero fetiche e se justifique
pelas razões erradas.
Um ponto inicial diz respeito a qual fonte estaria
sendo substituída, à medida que as usinas a gás
entram em operação. Pelo Balanço Energético
Nacional da EPE, publicado anualmente, em 2016,
68,1% da eletricidade ofertada adveio da fonte
hidráulica, 5,4% da fonte eólica e 9,1% de gás
natural. No recém-publicado Balanço de 2018,
referente a 2017, consta que a oferta de
eletricidade a partir da fonte hidráulica recuou
para 65,2%.
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Data: 30/01/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Gás natural não vem substituindo geração térmica mais poluente, mas a
hidrelétrica, limpa e barata
Este recuo foi igualmente apropriado pela
expansão da fonte eólica e do gás natural: 1,4%
de crescimento para cada fonte. Nestes dois anos,
a oferta de eletricidade a partir dos demais
combustíveis fósseis (carvão, petróleo e seus
derivados) manteve-se a mesma: 6,6% em 2016
e em 2017. Portanto, verifica-se que a inserção do
gás natural não vem substituindo geração térmica
mais poluente, mas sim geração hidrelétrica,
limpa e barata.
Corroboram esses dados o fato que encontram-se
em fase de implantação, segundo dados da Aneel,
3,1 GW de usinas movidas a gás natural, enquanto
eólica e solar juntas somam 2,5 GW. Carece de
sentido a substituição de geração hidrelétrica,
firme e limpa, por usinas a gás, enquanto, ao
mesmo tempo, esforço algum é feito para
descomissionar usinas térmicas movidas a
combustíveis fósseis.
Sob o ponto de vista técnico-econômico, geração
térmica a gás natural não oferece a melhor nem a
única solução para funcionar como back-up da
geração intermitente das fontes eólica e solar.
Sequer há consenso quanto à indispensabilidade
de geração de base para atendimento à carga. Por
outro lado, tampouco há consenso quanto à
suposta incapacidade das próprias fontes
renováveis para atuarem no suprimento de base
da carga.
Uma miríade de alternativas desponta como
solução para fazer frente à intermitência, o que
inclui: "repowering" de usinas eólicas, por meio da
substituição das instalações existentes por
mastros mais altas, pás maiores e motores mais
potentes, aumentando o fator de capacidade;
desenvolvimento dos parques eólicos offshore,
cujos fatores de capacidade são mais altos, pois
captam ventos mais constantes e fortes; baterias
e carros elétricos como fontes de armazenamento
de eletricidade, para quando o vento parar de
soprar e o Sol parar de brilhar; aumento da
participação de renováveis não intermitentes no
mix energético, como biomassa e PCHs;
aprimoramento das tecnologias usadas em
meteorologia, para prever com a antecedência
necessária a passagem de nuvens sobre
determinada fazenda solar ou a ausência de
ventos nos parques eólicos.
De forma indireta, um aumento da malha de
transmissão diminui os requisitos de flexibilidade
do sistema, oferece mais possibilidades para
despacho e otimiza a operação do sistema,
diminuindo os riscos associados à intermitência.
Do lado da demanda, há todo um campo de
tecnologias ainda muito pouco explorado,
inclusive para atender um sistema com grandes
quantidades de fontes intermitentes de
eletricidade. Tais medidas incluem aumento da
eficiência energética; programas de resposta da
demanda e uso de medidores inteligentes, com o
intuito de flexibilizar também a demanda,
suavizando os picos de consumo.
Não se justificando as térmicas a gás como
geração de carga de base (inflexíveis), torna-se
economicamente inviável ter-se térmicas a gás
flexíveis, em razão de sua incompatibilidade com
a extração inflexível de gás da camada do pré-sal,
bem como com os preços dos contratos de gás de
curto prazo, os quais seriam liquidados no
mercado spot, mais caro.
Portanto, o aumento da inserção do gás natural na
matriz elétrica brasileira é bem-vinda, porém se
justifica apenas na medida em que substitui
geração térmica mais cara e poluente. Os esforços
não deveriam se concentrar em apresentar o gás
natural como solução para a intermitência
energética, mas sim em como gerenciar a inserção
de quantidades cada vez maiores de fontes
renováveis de energia. Sustentar o discurso do
gás natural com base na suposta "ameaça da
intermitência" retarda o salto disruptivo que o
setor elétrico brasileiro precisa realizar.
Rosane Menezes e Lucas Noura Guimarães são, respectivamente, sócia da área de Infraestrutura e advogado da área de energia do Madrona Advogados.
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Data: 30/01/2019
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Como vai a transição energética? Por José Eli da Veiga
Há uns dez anos, o ceticismo sobre as
perspectivas de substituição de energias fósseis
por renováveis era admissível e até razoável. A
possibilidade de ser esse o caminho para a
descarbonização da economia global enfrentava
'duplo obstáculo'. Primeiro, a própria insuficiência
das energias solar e eólica, cuja intermitência
deveria condená-las a papel sempre acessório ou
complementar na composição das matrizes
nacionais. Ao que se somava a debilidade e a
incerteza de uma governança global da mudança
climática ancorada na precária Convenção-Quadro
de 1992, que, em meio a impotente série de
anuais conferências das partes, ditas CoP, até
gerara o monstrengo chamado Protocolo de Kyoto
(1997).
Nada disso mudou. Mesmo que suavizada, a
intermitência das principais renováveis
permanece. E o Acordo de Paris - obtido em 2015,
na 21ª CoP - é bem menos efetivo do que querem
crer. Como explicar, então, que a transição
energética descarbonizadora esteja de vento em
popa, combinando crescimento exponencial das
renováveis e forte expectativa de declínio da
demanda de combustíveis fósseis? Com início
previsto para 2023 pelo 'think tank' Carbon Track,
e 2025 pela Shell, cenário que já causa sério
desespero em explorar petróleo o mais rápido
possível.
O essencial da resposta é que o 'duplo obstáculo'
está sendo vencido pela revelação das vantagens
econômicas, políticas e geopolíticas que farão a
demanda primária por energia vir a ser composta
- ainda neste século - por 80% de renováveis, com
ultrapassagem do predomínio fóssil por volta de
2050.
Todos os países têm potencial para desenvolver
alguma das energias renováveis, ao contrário do
petróleo
No âmbito econômico já se instalou uma dinâmica
tipicamente schumpeteriana, em que novos
empreendedores são muito mais atraídos por
potencial de inovações (principalmente
digitalização e baterias), mais competitividade
decorrente de custos declinantes e maiores
ganhos de eficiência. Ficou nítido para os
principais agentes econômicos que o futuro está
do lado de energias limpas - biomassa, eólica,
geotérmica, marítima e solar - e não dos poluentes
- carvão, gás e petróleo - ou da velha e boa
hidreletricidade.
Mais: tais agentes passaram a contar com
entusiásticos anjos-da-guarda do lado das
financeiras e seguradoras, cada vez mais
assustadas com os riscos de que não seja
realizável boa parte do capital já investido em
fósseis. Chamam estes ativos de "stranded"
(encalhados) e, frequentemente, usam o
acrônimo SFFA ao se referirem aos "stranded fossil
fuel assets". Na prática, empresas que detêm
ativos superavaliados e passivos subavaliados,
que até poderão levar à falência grandes
corporações energéticas que se atrasarem na
adaptação. A quem essa tese parecer exagerada,
é aconselhável uma consulta à análise do impacto
macroeconômico dos SFFA publicada por grupo de
nove renomados experts no periódico Nature
Climate Change (Julho 2018, vol.8: 588-593).
Na dimensão política, o principal é que redes
inteligentes, com seus sistemas descentralizados,
trazem novidades favoráveis ao aprofundamento
da democracia, em óbvio contraste com a
centralização do padrão fóssil. E, em termos
geográficos, todos os países têm potencial para
desenvolver ao menos alguma das renováveis, ao
contrário da disponibilidade restrita e altamente
concentrada do petróleo e gás. O que também
prescinde dos atuais esquemas de controle das
rotas marítimas, com seus pontos de
estrangulamento, tão críticos no caso do comércio
global de petróleo e derivados. Fatores que
tornam bem instigante o contraste entre as
estratégias energéticas das duas maiores
potências autoritárias, a russa e a chinesa.
Data: 30/01/2019
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Na vanguarda da "geopolítica da transformação
energética" - à qual a respectiva agência
internacional (Irena) acaba de dedicar relatório
intitulado "Um Novo Mundo" - destaca-se
justamente a China, acompanhada pelos EUA, por
parte da União Europeia (principalmente
Alemanha) e pelo Japão. Entre os outros grandes
países, estão bem atrasados vários dos que
deveriam ser os mais interessados em se livrar da
dependência dos fósseis, como a Índia. Em
número de novas patentes, estão juntos na
rabeira a África do Sul, o Brasil e a Rússia. Piores
que os Brics, só Arábia Saudita e Indonésia.
O atual arranque da transição energética
surpreendeu, ao se mostrar menos subordinado
ao referido 'duplo obstáculo' (intermitência e
governança), e ensejou debate científico que dá
mais importância a 'quatro novos desafios':
segurança cibernética como risco geopolítico,
corte no fornecimento de eletricidade como arma
geopolítica, possível nova corrida por recursos
naturais e competição por materiais críticos (não
apenas as terras raras).
Para Indra Overland, do Instituto Norueguês de
Relações Internacionais, nenhum dos quatro
desafios deverá causar séria dificuldade à já
galopante transição energética. Examina-os como
seus "quatro mitos emergentes", na revista
Energy Research & Social Science 49 (2019) 36-
40. Se tiver razão, só mesmo um inverno nuclear
poderia comprometer a atual marcha
descarbonizadora.
José Eli da Veiga é professor sênior do IEE/USP
(Instituto de Energia e Ambiente da Universidade
de São Paulo) e autor de O Antropoceno e a
Ciência do Sistema Terra (Editora 34, 2019).
Mantém dois sites: www.zeeli.pro.br e
www.sustentaculos.pro.br
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Data: 30/01/2019
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Farallon e Mubadala compram rodovia da Odebrecht em SP
Por Fernanda Pires
A gestora Farallon e a companhia de
investimentos Mubadala, de Abu Dhabi,
compraram a concessão rodoviária Rota das
Bandeiras, da Odebrecht Rodovias, responsável
por administrar 297 quilômetros do corredor Dom
Pedro, no interior do Estado de São Paulo. O
negócio foi fechado por R$ 1,650 bilhão, montante
que envolve tanto pagamento à vista quanto
desembolsos vinculados ao desempenho da
rodovia após a aquisição (chamado "earn out").
A Odebrecht deu a concessão em garantia a um
empréstimo que contraiu no passado com a
Farallon. A empresa, que detinha 100% do ativo,
não saiu do negócio, ficou com uma participação
minoritária ao redor de 15%. A Rota das Bandeiras
é o principal ativo rodoviário da Odebrecht, cujo
portfólio tem outras cinco estradas.
O acordo de compra e venda, assinado na noite de
ontem, ainda está sujeito a uma série condições
precedentes e aprovações regulatórias. A
transferência do ativo para os novos donos
depende do cumprimento dessas condições, mas
a estimativa dos compradores é de que isso ocorra
no intervalo de dois meses.
"Nossas participações serão divididas meio a meio
e, caso o negócio seja fechado, controlaremos a
Rota das Bandeiras em conjunto. A Mubadala tem
uma visão de longo prazo e continuará avaliando
oportunidades de investimento no Brasil, entre
eles no setor de infraestrutura", disse ao Valor o
sócio-gestor da Farallon Latin America, Daniel
Goldberg.
A aquisição da concessão rodoviária marca a
entrada da Farallon no mercado de transportes no
Brasil via equity - a empresa tradicionalmente
atua como credora de empresas quando há
escassez de capital disponível. Mas planeja
expandir a atuação nas duas formas.
Acordo foi assinado na noite de ontem e envolve
pacote de R$ 1,650 bi; Odebrecht ficará com fatia
minoritária
"Não estamos apenas investindo em transporte
rodoviário, vemos oportunidades, tanto em
crédito como em equity, em diversos outros
setores, inclusive em infraestrutura", disse o
executivo, que foi presidente do banco Morgan
Stanley no Brasil e secretário de Direito Econômico
do Ministério da Justiça.
A Farallon tem investimentos em curso nos
setores portuário e de transmissão, por exemplo.
"Os problemas que o Brasil vem enfrentando nos
últimos anos criaram oportunidades de
investimento em diversos campos.
Acompanhamos de perto - e fomos bem ativos -
em um momento de contração aguda da
economia, agora é hora de nos prepararmos para
um ciclo de expansão", afirmou Goldberg.
O posicionamento da Farallon nesse mercado é
reflexo de uma profunda ruptura pela qual a
infraestrutura passou no Brasil, fruto da
combinação da contração do PIB, da restrição do
crédito e dos problemas regulatórios que afetaram
grande parte das empresas que tradicionalmente
operavam no setor.
"Acreditamos que há espaço e oportunidade para
que novos protagonistas se estabeleçam. A
depender de futuras oportunidades, a Rota das
Bandeiras pode ser uma plataforma muito
interessante. O Brasil claramente caminha para
um ponto de inflexão no financiamento da
infraestrutura e podemos ser parte desse
movimento", avalia.
Se forem cumpridas as condições precedentes e o
negócio for fechado, a prioridade imediata do
consórcio é fazer frente ao cronograma de
investimentos contratado. "Pretendemos seguir à
risca o programa de investimentos que, sabemos,
é importante para Artesp [agência reguladora de
transportes paulista] e para o governo de São
Paulo."
O Corredor Dom Pedro integra a segunda etapa do
programa de concessões de rodovias paulistas. O
Data: 30/01/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
contrato foi firmado em 2009 e é válido por 30
anos (até 2039). A rodovia corta 17 municípios,
entre os quais Jundiaí, Louveira, Mogi Guaçu,
Nazaré Paulista, Paulínia e Valinhos.
A Arteris, empresa de concessões rodoviárias fruto
da associação entre a espanhola Abertis e o fundo
canadense Brookfield, e a CCR (Andrade
Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido)
também olharam o ativo.
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