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Grupo de Comunicação
CLIPPING 25 de junho de 2019
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Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 3
Avenida das Orquídeas tem licença .................................................................................................. 3
Secretário visita Parque, prestigia Junho Verde e entrega licença de avenida ........................................ 5
Cetesb emite licença e libera Orquídeas para inauguração .................................................................. 7
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 9
Queimadas nas rodovias da Região têm queda de 50% ...................................................................... 9
Missa celebra o meio ambiente ..................................................................................................... 10
Cordeirópolis monta espaço de educação ambiental no Lago União .................................................... 11
Ministério Público pede explicações sobre despejo de resíduos em parque de Sorocaba ........................ 12
Primeira usina de compostagem será inaugurada em julho ............................................................... 13
Áreas de manancial na zona sul viram loteamentos clandestinos ....................................................... 15
Área de manancial é transformada em loteamento clandestino em SP ................................................ 17
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 19
Fapesp lança chamada para restauração e uso sustentável da biodiversidade em UCs .......................... 19
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 20
O que a Folha pensa: Riscos amazônicos ........................................................................................ 20
Painel: Lula deve levar à ONU mensagens de Moro com Lava Jato e pressão das Forças sobre o STF ..... 21
Conselho do governo aprova resolução para quebrar monopólio da Petrobras no gás ........................... 23
Mônica Bergamo: STF adia julgamento de Moro com corte rachada e dúvida sobre resultado ................ 24
ESTADÃO ................................................................................................................................... 26
Ações da Petrobrás têm forte demanda de fundos ........................................................................... 26
Guedes diz que preço do gás pode cair 40% e PIB industrial crescer 8,46% em 2 anos ........................ 27
Acordo com Cade tira Petrobrás do mercado de gás ......................................................................... 28
União promete pagar até R$ 6 bi por ano a Estados que abrirem mercado de gás ............................... 30
Gás natural: da oportunidade à realidade ....................................................................................... 31
Ministério da Agricultura aprova registro de 42 agrotóxicos, chegando a 211 este ano ......................... 32
Doria responde Bolsonaro: ‘Não é hora de eleição. É momento de gestão’ .......................................... 33
Barroso suspende MP de Bolsonaro que transfere demarcação de terras indígenas para Agricultura ....... 34
Prefeito sanciona proibição de canudos de plástico em São Paulo ...................................................... 36
Iniciado estudo ambiental de ponte que vai ligar Santos ao Guarujá .................................................. 37
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 39
Governo inicia abertura do setor de gás natural .............................................................................. 39
Conselho aprova abertura do mercado de gás ................................................................................. 40
Desmatamento e clima podem em 30 anos reduzir Amazônia à metade ............................................. 41
Grupos de lixo urbano preveem rombo de mais R$ 5,2 bi neste ano .................................................. 43
Turbinas gigantes ganham mercado de geração eólica ..................................................................... 45
Debênture de infraestrutura terá nova isenção ................................................................................ 47
Não retroceder no meio ambiente .................................................................................................. 48
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Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Data: 25/06/2019
Veículo: Diário de Mogi (online)
Avenida das Orquídeas tem licença
Ainda sem uma data para que a inauguração, a
avenida das Orquídeas tem agora a
documentação necessária para que isso
aconteça. Ontem, em visita A Mogi das Cruzes, o
secretário de Estado de Infraestrutura e
Meio Ambiente, Marcos Penido, entregou a
licença de operação da avenida, emitida pela
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb) e que permitirá a abertura da
via.
O lançamento das obras do Corredor Leste-Oeste
aconteceu no dia 28 de abril de 2016. Desde
então, há uma grande expectativa para a
inauguração da avenida das Orquídeas, única
integrante do equipamento que foi construída do
zero. Nesta segunda-feira o prefeito Marcus Melo
(PSDB) ressaltou a importância deste
licenciamento e disse que vai agendar com o
governador João Dória (PSDB) uma data para a
entrega da obra.
Além da nova via, foram ainda o corredor as
avenidas Guilherme Giorgi, Cavalheiro Nami
Jafet, Tenente Onofre Rodrigues de Aguiar e
David Bobrow. Com a inauguração, a área de
mobilidade do município terá benefícios, já que o
corredor ajudará a desafogar a SP-66, na ligação
com Suzano e o Rodoanel.
Visita
Na cidade, Penido esteve no Parque Natural
Municipal Francisco Afonso de Mello - Chiquinho
Veríssimo, onde participou do evento 'Vamos
Conversar sobre Agroecologia?', como parte da
programação do Junho Verde. O chefe da pasta
estadual chegou a Mogi por volta das 11h30 e foi
recebido pelo vice-prefeito Juliano Abe (MDB),
pelo chefe de gabinete, Romildo Campello, e pelo
secretário municipal do Verde e Meio Ambiental,
Daniel Teixeira de Lima. Os vereadores Pedro
Komura (PSDB) e Fernanda Moreno (PV)
também prestigiaram o evento no parque.
'O balanço que faço da vinda do secretário é
extremamente positiva. Além de ter trazido esse
presente, que foi o licenciamento, ele ainda nos
mostra que as relações entre Estado e município
vão muito bem. É a segunda vez que ele esteve
na cidade em menos de dois meses, o que é muito bom. Mogi vem se tornando um polo de
meio ambiente e isso é resultado do trabalho que
estamos fazendo. Ele prometeu lembrar de nós
quando forem acontecer ações estaduais e tem
mostrado isso na prática', comentou o titular da
Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente.
Ainda no Parque, Penido visitou barracas de
produtos orgânicos e naturais e conversou com o
público presente sobre a importância das áreas
preservadas. Reconhecida pelo Governo do
Estado como Área de Proteção Ambiental
(APA) em novembro de 2018, a Serra do Itapeti
possui 5.138,94 hectares de extensão e abriga o
Parque Municipal - que foi uma tradicional área
de lazer da cidade nas décadas de 70 e 80, e
hoje é uma reserva ambiental.
'Estamos aqui em uma área muito bonita, bem
preservada e que é remanescente da Mata
Atlântica. A preservação do meio ambiente é
uma necessidade que não se contrapõe ao
crescimento e ao desenvolvimento. Pelo
contrário, eles caminham juntos', disse o
secretário estadual, elogiando a exposição de
futas, verduras e legumes que foi apresentada
durante o evento.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25955828&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo: O Diário (impresso)
Data: 25/06/2019
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25949504&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo1: Correio Independente
Veículo2: Diário de Suzano
Data: 24/06/2019
Secretário visita Parque, prestigia Junho
Verde e entrega licença de avenida
DE MOGI DAS CRUZES - O secretário estadual
de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos
Penido, esteve nesta segunda-feira (24/06) no
Parque Natural Municipal Francisco Afonso de
Mello - Chiquinho Veríssimo, em Mogi das
Cruzes, onde participou do evento 'Vamos
Conversar sobre Agroecologia?', como parte da
programação do Junho Verde. Penido também foi
recebido pelo prefeito Marcus Melo no gabinete e
entregou a licença de operação da Avenida das
Orquídeas, emitida pela Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo (Cetesb) e que
permitirá a inauguração do Corredor Leste-
Oeste.
Secretário Marcos Penido esteve no Parque
Municipal, elogiou a reserva ambiental e
entregou a licença da Cetesb para a Avenida das
Orquídeas Prefeito Marcus Melo recebeu o
secretário Marcos Penido no gabinete: licença da
Cetesb permitirá inauguração do Corredor Leste-
Oeste
'Para nós é uma honra receber o secretário
Penido em Mogi, no meio da programação do
Junho Verde e em um dos patrimônios naturais
da cidade, que é o Parque Municipal. Recebemos
também a licença de operação da Cetesb que
permitirá a inauguração do Corredor Leste-Oeste
e agendaremos uma data, em conjunto com o
governador João Doria e demais autoridades,
para a entrega dessa obra tão importante para a
cidade e toda a região', disse Melo.
Penido chegou a Mogi das Cruzes por volta das
11h30 e foi ao Parque Municipal, onde foi
recebido pelo vice-prefeito Juliano Abe, pelo
chefe de gabinete, Romildo Campello, e pelo
secretário municipal do Verde e Meio Ambientel,
Daniel Teixeira de Lima. Os vereadores Pedro
Komura e Fernanda Moreno também
prestigiaram o evento no parque.
O secretário foi cumprimentado pelos
participantes do evento. Ele visitou barracas de
produtos orgânicos e naturais e conversou com o
público presente sobre a importância das áreas
preservadas. Reconhecida pelo Governo do
Estado como Área de Proteção Ambiental (APA)
em novembro de 2018, a Serra do Itapeti possui
5.138,94 hectares de extensão e abriga o Parque
Municipal - que foi uma tradicional área de lazer
da cidades nas décadas de 70 e 80, e hoje é uma
reserva ambiental.
Secretário Marcos Penido recebeu placa das
mãos do secretário Daniel Lima e do vice-
prefeito Juliano Abe, que destaca a criação da
APA da Serra do Itapeti
'Estamos aqui em uma área muito bonita, bem
preservada e que é remanescente da Mata
Atlântica. A preservação do meio ambiente é
uma necessidade que não se contrapõe ao
crescimento e ao desenvolvimento. Pelo
contrário, eles caminham juntos', disse Penido,
elogiando a exposição de futas, verduras e
legumas que foi apresentada no Parque
Municipal durante o evento.
O secretário Daniel Teixeira de Lima lembra que
o Junho Verde inclui uma série de ações e frisou
que a programação irá até o próximo final de
semana, com atrações como a Caminhada pelo
Parque Municipal (no sábado, a partir das 8
horas), e o passeio ciclístico interparques (entre
o Centenário e o Leon Feffer, no domingo, com
saída às 8 horas). 'Além disso, nesta quinta-
feira, às 10 horas, será reaberta a Ilha Marabá,
um tradicional equipamento público destinado à
educação ambiental', observou o secretário.
Fotos: Junior Lago / PMMC
6
Grupo de Comunicação
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25928441&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25930444&e=577
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7
Grupo de Comunicação
Veículo1: Portal News
Veículo2: Diário do Alto Tietê
Veículo 3: Mogi News
Data: 25/06/2019
Cetesb emite licença e libera Orquídeas
para inauguração
Segundo a Prefeitura, data para abertura da
avenida depende de espaço na agenda do
Governador João Doria
A Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb) emitiu ontem a Licença de
Operação (LO) da avenida das Orquídeas, via
que faz parte do Corredor Leste-Oeste, ligação
entre as cidades de Mogi das Cruzes e Suzano
para desafogar o tráfego saturado da rodovia
Henrique Eroles. Mesmo com o aval positivo,
ainda não há uma data definida para a
inauguração do espaço.
Apesar da obra estar pronta desde o último
dia 15, a emissão da LO para liberar o tráfego
na via era aguardada desde o dia 4, data em
que o Executivo mogiano enviou os
documentos solicitados. A novidade foi
revelada ontem pelo secretário de Estado de
Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos
Penido, durante visita no Parque Natural
Municipal Francisco Afonso de Mello -
Chiquinho Veríssimo.
Em relação à inauguração da via, que deve
ocorrer juntamente com a liberação do
Corredor Leste-Oeste, o vice-prefeito Juliano
Abe (MDB), que recebeu Penido, acredita que
o prefeito Marcus Melo (PSDB) deve se reunir
com o governador João Doria (PSDB) para
agendar uma data para a inauguração. "Tenho
absoluta certeza que ambos vão se reunir e
decidir um dia muito próximo para o
funcionamento dessa avenida tão esperada",
adiantou.
Desde o início do mês, a reportagem
questionou a Cetesb sobre a emissão da LO,
no entanto, a companhia dizia que o
documento estava em análise e não havia
previsão de quando seria entregue. O chefe da
pasta estadual foi questionado sobre esse
período de análise e destacou que não houve
demora para a liberação. "A documentação
enviada pela Prefeitura de Mogi é muito boa e
não houve demora, visto que o pedido da LO
entrou no dia 4 de junho e foi liberado hoje
(ontem). Foi um prazo de 20 dias para essa
liberação, o que é uma recomendação do
governador. Se temos prazo, temos de
cumprir", garantiu Penido.
Por ser uma obra de grande porte, foi preciso
dividi-la em etapas. A primeira parte foi a
recuperação da avenida Tenente Onofre de
Aguiar. Depois, a da avenida Guilherme
George e, por último, a conclusão da avenida
das Orquídeas, que é uma nova via de ligação
entre os distritos de Braz Cubas e Jundiapeba,
paralela à avenida Lourenço de Souza Franco,
que será responsável por desafogar o trânsito
de veículos entre os dois bairros.
Também estiveram presentes no evento de
ontem, no parque Chiquinho Veríssimo, o
chefe de Gabinete, Romildo Campello, o
secretário municipal do Verde e Meio
Ambiente, Daniel Teixeira de Lima, e os
vereadores Pedro Komura (PSDB) e Fernanda
Moreno (PV).
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25941063&e=577
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8
Grupo de Comunicação
Data: 24/06/2019
Veículo: Gazeta Regional
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25928535&e=577
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9
Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo1: Jornal de Jundiaí
Data: 25/06/2019
Queimadas nas rodovias da Região têm
queda de 50%
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25954301&e=577
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10
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário de Mogi
Data: 25/06/2019
Missa celebra o meio ambiente
Em meio ao verde da principal reserva
ambiental de Mogi das Cruzes, o Parque
Municipal Natural Francisco Affonso de Mello
Freire, o Chiquinho Veríssimo, o bispo
diocesano dom Pedro Luiz Stringhini realizou
uma missa campal na manhã de ontem. A
celebração faz parte da programação Junho
Verde, criada na esteira do Dia Mundial do
Meio Ambiente, celebrado no último dia 8.
Dom Pedro tem atuado em questões decisivas
para a preservação do meio ambiente, dando
respaldo iniciativas para preservação da Serra
do Itapeti. Ele destacou a responsabilidade
individual das pessoas na proteção do meio
ambiente.
A missa foi acompanhada por lideranças como
o vice-prefeito Juliano Abe em um endereço
que tem ampliado a agenda de visitas
públicas.
No passado, o Parque Municipal recebia
milhares de pessoas, sem os cuidados exigidos
para a preservação da fauna e flora do
remanescente da Mata Atlântica. As mudanças
na maneira de o poder público e a sociedade
perceber e conviver com a natureza
determinaram o novo modelo de uso e
ocupação desse equipamento público. Um
plano de manejo é cumprido desde
intervenções do Ministério Público, na década
de 1990. O parque se transformou ao longo
dos últimos tempos em uma estação de
pesquisa e de projetos de educação ambiental.
A programação do projeto Junho Verde
receberá amanhã, o secretário estadual de
Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos
Penido. Ele visitará o Parque Municipal, a
partir das 8h30, quando acontecerá o
Encontro de Educação Ambiental e
Sustentabilidade, que reunirá educadores
ambientais e aberta ao público em geral.
Ilha Marabá
Nesta quinta-feira, dia 27, ocorrerá a
reabertura da Ilha Marabá, a partir das 10
horas. O tradicional equipamento público
passou por reforma e será reaberto ao
público, passando a oferecer ações de
educação ambiental, com visitação pública e
de escolas.
No mesmo dia, será realizada a soltura de
peixes nativos do Tietê com o professor
Alexandre Hilsdorf, da Universidade de Mogi
das Cruzes (UMC).
Segundo o secretário municipal do Verde e
Meio Ambiente, Daniel Teixeira de Lima, a
programação do Junho Verde tem recebido a
adesão do público - formado por estudantes,
profissionais da área e a população em geral:
'A programação é eclética e tem eventos de
todos os tipos, desde eventos voltados para o
debate de temas específicos até ações de
campo e de educação ambiental, que atraem
muitas pessoas', frisou.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25912637&e=577
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11
Grupo de Comunicação
Veículo: - Portal JE10
Data: 24/06/2019
Cordeirópolis monta espaço de educação
ambiental no Lago União
- Portal JE10
Construção do local contou com apoio de
empresas privadas
Cordeirópolis vem subindo no ranking em
diversos pontos ambientais, no entanto que no
programa 'Município Verde Azul' divulgou
no inicio de abril que está na 115° posição,
onde a classificação é a melhor da história do
município nos oito anos de existência do
programa, saltou de 439 posições em
comparação ao terceiro trimestre de 2017. O
ranking avalia diversos pontos da gestão
ambiental. Em estrutura em educação
ambiental o município está em 54° colocado
com uma nota de 6.57 e para dar
prosseguimento a esse trabalho desenvolvido
na cidade foi criado o espaço de Educação
Ambiental no Lago União, 'Bem Me Quer', o
qual foi inaugurado no dia 23 de junho em
comemoração aos 71 anos de emancipação
político-administrativa.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente,
Joaquim Dutra, o espaço será uma forma de
interação ecológica entre os alunos, além de
visitantes , grupos de terceira idade, enfim,
todos de forma geral com a natureza.
'A ideia é trabalharmos o pertencimento
ambiental com a interação ecológica e a
relação das pessoas com a natureza, por isso
criamos esse espaço, o intuito é promover o
espaço com essas pessoas e a natureza',
explicou Dutra.
Ainda de acordo com o secretário, haverá uma
pessoa a disposição para agendar as visitas
das escolas, grupos e população em geral,
onde no local haverá trilha ecológica em torno
do lago, bem como interação do reino animal,
já que existem animais em resina no espaço,
todo o histórico do Lago União também será
explanado, desde o seu surgimento, bem
como propostas de sua construção na área sul
da cidade.
'Nossa proposta é interagir com a população
com o espaço, sejam com escolas estaduais
ou municipais, bem como grupos e a
população em geral', reforçou o secretário.
O local foi construído com apoio de empresas
privadas, como a Geol e Fundimazza.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25938556&e=577
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12
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Sorocaba e Jundiaí
Data: 24/06/2019
Ministério Público pede explicações sobre
despejo de resíduos em parque de
Sorocaba
Assunto ganhou repercussão quando o SAAE
retirou a lama da bacia de contenção de água
de chuva do bairro Barcelona e levou para o
parque Porto das Águas.
O Ministério Público pediu explicações para a
Prefeitura de Sorocaba (SP) e o Serviço
Autônomo de Água e Esgoto (Saae) sobre o
despejo de resíduos no Parque Porto das
Águas.
O assunto ganhou repercussão quando a
autarquia retirou resíduos da bacia de
contenção de água de chuva do bairro
Barcelona e levou para o Parque Porto das
Águas.
O material tinha lama, galhos, e até garrafas
pet. Tudo foi despejado no estacionamento do
parque, que é uma área de proteção
permanente.
Os visitantes reclamaram e o Saae levou o
material de volta para o bairro Barcelona, em
uma área em frente à bacia de contenção.
Segundo a autarquia, a medida é temporária.
O promotor do Meio Ambiente, Jorge Marum,
deu um prazo de 30 dias para que a
prefeitura, o Saae e a Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo (Cetesb) enviem
informações sobre o caso. Em seguida, os
documentos serão enviados ao MP, que vai
decidir se abre ou não um inquérito civil.
A TV TEM procurou a Prefeitura de Sorocaba
para pedir uma posição sobre o inquérito, mas
não recebeu retorno. A Cetesb disse que não
recebeu notificação do Ministério Público até o
momento.
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae
Sorocaba) esclarece que ainda não foi
notificado em relação à recomendação do
Ministério Público. Assim que receber a
notificação, a equipe jurídica analisará.
Ainda segundo o órgão, não foi realizada
caracterização química do material retirado da
Bacia de Contenção de Águas Pluviais do Jd.
Norcross em decorrência das características
físicas do mesmo dispensarem tal análise.
O material está sendo armazenado
provisoriamente em área da própria bacia,
para que tenha reduzido o seu teor de
umidade e posteriormente será destinado ao
local de disposição final, que será ainda
definido.
O Saae esclarece ainda que realizou todas as
verificações necessárias para depositar, em
um primeiro momento, o material no Porto
das Águas e entende que não há nenhum
prejuízo ao meio ambiente.
No entanto, por conta das alegações do
especialista entrevistado, optou por retornar o
material para fazer a secagem na Bacia de
Contenção de Águas Pluviais do Jardim
Norcross para evitar possíveis transtornos ao
visual do parque e prejudicar a visitação.
A preocupação dos ambientalistas era de que
a lama pudesse contaminar o lago do Parque
Porto das Águas e o Rio Sorocaba, que passa
ao lado, trazendo prejuízos para a vegetação e
para os animais que vivem no local.
Segundo o biólogo Demis Lima, a área onde a
lama estava sendo colocada é de várzea e, em
tempos de muita chuva, o espaço fica alagado.
Por isso, é um local protegido por leis
ambientais - conhecido como Área de Proteção
Permanente (APP).
"É preocupante, é preciso saber quem
autorizou isso, se foi estadual, se foi
municipal, se tem um acordo de cavaleiros
entre órgãos, mas como é que foi feito isso",
continua.
O Saae, responsável pelo transbordo,
informou que a lama teve sua composição
física avaliada e se enquadrou nos padrões do
Conselho Nacional do Meio Ambiente.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25934304&e=577
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13
Grupo de Comunicação
Veículo: Redação Digitais – PUC Campinas
Data: 11/06/2019
Primeira usina de compostagem será
inaugurada em julho
Redação Digitais
Resíduos verdes serão transportados para a
usina, sem fazer o transbordo em aterro
sanitário
O local para uma Usina de Compostagem deve ser plano (Foto: Divulgação)
Por Gabriele Fernandez e Ligia Souza
Os resíduos verdes de Campinas, como
troncos, galhos, palha de grama, varrição de
praças e bosques, frutas e verduras
descartadas pelo Ceasa e o lodo do
tratamento de esgoto, que hoje, são levados
para o aterro sanitário de Estre, em Paulínia,
serão depositados na Usina de Compostagem
que vai funcionar numa área de 164 mil
metros quadrados, localizada dentro da
Fazenda Santa Elisa. A inauguração está
programada para a segunda semana de julho,
dependendo apenas de uma licença da
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb).
Para Paulella o resíduo verde é nobre e não
deve ser chamado de lixo (Foto: Gabriele
Fernandez)
Atualmente, estima-se que são descartados
diariamente cerca de 150 toneladas de lixo
verde, 70 toneladas de frutas e verduras e 80
toneladas de lodo, o que representará um
ganho econômico e ambiental. Hoje a
prefeitura investe cerca de um milhão de reais
por mês para destinar esses resíduos para o
aterro. Ernesto Dias Paulella, secretário de
Serviços Públicos, explica que num aterro, o
chorume, líquido que tem origem da
decomposição do lixo orgânico, permeia o
solo, atinge o lençol freático e causa poluição
das águas. O gás metano, extraído
forçosamente por dreno, é o pior dos gases do
efeito estufa. 'Abriu aquele buraco na camada
de ozônio que aquece o planeta e causa
mudanças climáticas' explicou Paulella.
Os lixos verdes serão transformados em adubo
fertilizante orgânico, que poderão ser usados
nas praças da cidade ou vendidos pela Ceasa
para uso doméstico. Além disso, com essa
nova destinação, diminui-se a quantidade de
produção de chorume e gás metano que
ocorre em um aterro sanitário.
A ideia da usina surgiu a partir da necessidade
de novos processos de tratamento de
resíduos. Então, o chamado Agropolo, decidiu
trabalhar no primeiro projeto de
sustentabilidade, que originou a usina. Hoje, o
Agropolo engloba o Instituo Agronômico de
Campinas, o Instituto de Biologia do Estado, o
Instituto de Zootecnia e o Instituto de
Alimentos. Depois de idealizado, mais três
agentes tornaram-se parceiros: a Prefeitura
Municipal de Campinas, por meio da
Secretaria de Serviços Públicos, a Sanasa e a
Ceasa.
O secretário disse ainda que o maior
investimento no projeto foi por parte da
Sanasa, cerca de oito milhões de reais em
equipamentos como, compostadeira, peneira
rotativa e picador de galhos. 'São todos
equipamentos austríacos de grande porte',
comentou Paulella.
Divisões de responsabilidade - Cada parceiro
será responsável por ajudar na idealização do
projeto e na sua gestão. Os papéis e
responsabilidades de cada um são:
Ceasa - fornecerá as frutas e legumes
descartados, equivalente à 70 toneladas e
poderá comercializar o fertilizante junto aos
seus comerciantes.
IAC - cedeu a área de 164 mil metros
quadrados, localizada dentro da Fazenda
Santa Elisa para instalar a usina, e, ficará
responsável em testar e qualificar o adubo
para que ele receba o selo de fertilizante legal.
Prefeitura - responsável pela mão de obra
operacional da usina e fornecedora de maior
14
Grupo de Comunicação
parte do resíduo verde recolhidos das áreas
públicas
Sanasa - comprou os equipamentos para
funcionamento na usina, e, irá fornecer o lodo
do tratamento de esgoto
O adubo também será dividido de forma
equitativa e igual para todos os agentes.
Entretanto, dos 100% transformados, 10%
irão diretamente para a Prefeitura usar nos
jardins, bosques e praças da cidade.
Como funcionará a usina?
Com a licença de funcionamento da Cetesb,
todos os resíduos verdes serão levados
diretamente para a usina de compostagem,
onde serão misturados num processo
chamado de bleind. 'É uma mistura, num local
onde tudo chega, cai num foço, mistura-se
com máquinas e essa mistura montará as
leiras', explica o secretário de Serviços
Públicos Ernesto Dias Paulella. Leiras são as
camadas de composto e terra, um amontoado
que terá quatro metros de diâmetro e dois
metros de altura.
As máquinas irão mexê-las, agitando as
bactérias para que entre oxigênio e façam a
decomposição mais rapidamente. O processo
de decomposição dura de 90 a 120 dias,
tempo exato em que os resíduos irão de
transformar em adubo.
No final dos 120 dias, as 300 toneladas de
resíduo se transformam em 100, isso porque
os resíduos têm água, que irá evaporar.
Edição: Vinicius Goes
Orientação: Rosemary Bars
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25925583&e=577
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15
Grupo de Comunicação
Veículo: Agora São Paulo
Data: 25/06/2019
Áreas de manancial na zona sul viram
loteamentos clandestinos
Terrenos particulares são transformados em
condomínios irregulares na região de
Parelheiros
Elaine Granconato e Rivaldo Gomes
Áreas particulares de proteção ambiental da
Mata Atlântica estão sendo desmaiadas na
região de Parelheiros (zona sul). Além de
crime, os terrenos estão sendo demarcados
para loteamentos irregulares. Segundo a
Polícia Militar Ambiental, são, pelo menos,
23 hectares, que equivalem a 32 campos de
futebol, loteados irregularmente e embargados
neste ano.
A Prefeitura de São Paulo, da gestão Bruno
Covas (PSDB), confirma que as áreas são de
mananciais e privadas, sem autorização para
desmatamento, parcelamento de solo ou
qualquer tipo de loteamento.
A Promotoria de Justiça do Meio Ambiente tem
inquéritos civis instaurados sobre a
devastação verde, a partir de denúncias mais
antigas. Outros arquivados. Porém, o cenário
em nada mudou. 0 Agora circulou na semana
passada por várias áreas desmatadas e
loteamentos. As árvores cortadas e jogadas ao
chão eram o retrato da impunidade. Pela
avenida Senador Teotônio Vilela, no trecho
que liga Grajaú e Parelheiros, é possível ver
cartazes colados em pontos de ônibus e
postes, com vendas de terrenos. Entre as
ofertas, uma delas no Jardim Casa Grande
traz "excelente localização e a 5 minutos da
futura estação Varginha", com entrada de R$
7.000 e parcelas de R$600.
Há informação importante, ao comprador,
"sem consulta ao SPCe Se rasa”, órgãos de
proteção ao crédito, mais "água, luz e ruas
abertas".
A reportagem, sem se identificar, a princípio,
ligou para quatro celulares para informações
sobre os lotes. Um dos atendentes afirma que
"quando a escritura sair, daqui seis meses,
não será desmembrada. Á pessoa só assina
um documento de compra e venda”, diz.
Em novas ligações, agora com identificação da
reportagem, alguns dos vendedores
desligaram; outros não mais atenderam.
Os preços, dependendo do local e do tamanho,
variam de R$ 60 mil a R$ 70 mil.
CPI
"São loteamentos criminosos,sem nenhuma
licença para derrubar árvores nem lotear a
terra", afirma o vereador Gilberto Natalini
(PV), que preside o Comitê de Chuvas e
Enchentes na Câmara Municipal e tenta
instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito) na Casa.
Há cerca de duas semanas, grupo de sete
vereadores e agentes da Polícia Militar
Ambiental vistoriaram áreas devastadas em
Parelheiros e no Grajaú.
Segundo Natalini, um levantamento apontou
45 áreas de desmatamentos e loteamentos
criminosos na cidade com as mesmas
características das existentes em Parelheiros e
Grajaú.
Eles estariam espalhados na Capela do
Socorro e M ' Boi Mirim (ambos na zona sul da
capital) e São Mateus e Itaquera (zona leste),
além da aba da serra da Mantiqueira (zona
norte).
Somente a represa de Guarapiranga abastece
em torno de 5 milhões de pessoas na zona sul.
Morador diz que água ‘era gato'
¦ "Até dias atrás, a gente puxava a água de
gato, mas a Sabesp veio ligar os relógios. O
esgoto ainda não", contou, aos risos, um dos
moradores de loteamento instalado na avenida
Jaceguava, em frente ao número 305, no
Balneário São José. Detalhe: no muro externo,
com portão de ferro e cadeado, não existe
numeração oficial nem placa da responsável
pelo loteamento. A reportagem entrou no
local, sem se identificar, com a justificativa de
interesse pela compra de um lote. Lá, existem
vários imóveis construídos, a maioria sem
acabamento, com famílias morando.
Meninos empinavam pipas, caminhões
entravam e saiam com materiais de
construção e pedreiros erguiam paredes. Um
cavalo circulava na vasta área de terra batida,
com ruas já abertas. Há iluminação. "Todos os
16
Grupo de Comunicação
lotes já foram vendidos por uma associação e
agora só alguns donos revendem", disse outro
morador. Há um único comércio, uma
lanchonete, ponto de referência aos recém-
moradores do local.
Os jotes têm 5 x 25 metros. À reportagem, o
dono de três deles no local pediu R$ 75 mil
por um dos terrenos. "Tá tudo legal. Só não
há escritura,mas ninguém tem por ser
manancial", diz.
Resposta 1
Há planos para um parque
A Secretaria Municipal do Verde e do Meio
Ambiente, da gestão Bruno Covas (PSDB), diz,
em nota, que a gleba na avenida Jaceguava,
em frente ao 305, está "planejada para
integrar o parque linear Ribeirão Caulim",
segundo o plano diretor estratégico (Lei
16.050/2014). Porém, como a área não foi
desapropriada, ainda permanece como
privada.
Com relação aos terrenos da avenida
Professor Hermann Von lhering, no Jardim
Casa Grande, e da avenida Jaceguava, altura
do número 4.085, no Balneário São José, os
proprietários foram autuados, notificados e
multados, diz a prefeitura. Os loteamentos
não têm autorização nem alvará de
construção. A prefeitura não informou sobre o
desmatamento em terreno da rua José Nicolau
de Lima. A estrada do Schmidt e rua Francisco
Correia Vasques, na Capela do Socorro, serão
vistoriadas nos próximos dias, diz a nota.
Resposta 2
A secretaria afirma ter multado
A Secretaria Estadual de Infraestrutura e
Meio Ambiente, em parceria com a Polícia
Militar Ambiental, do governo João Doria
(PSDB), afirma, em nota, que realizou 588
fiscalizações, entre janeiro e junho, que
resultaram em 90 autos de infração nas áreas
de proteção e recuperação de mananciais nas
zonas sul e norte.
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo) diz que é impedida
por lei federal de atuar em áreas irregulares.
Em alguns locais específicos, a autarquia leva
o Água Legal, programa que permite a
instalação de redes d água em loteamentos
irregulares e que serão urbanizados
futuramente diante autorização.
A Sabesp diz que no caso do loteamento na
avenida Jaceguava, em frente a< 305, com
entrada também pela rua Augusto Gomes Si
queira, ao lado do 610, "foram executadas
obras programa" neste ano. Ma não de esgoto.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25955118&e=577
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17
Grupo de Comunicação
Veículo: Zero Hora online
Data: 25/06/2019
Área de manancial é transformada em
loteamento clandestino em SP
Folhapress
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Áreas
particulares de proteção ambiental da Mata
Atlântica estão sendo desmatadas na região
de Parelheiros (zona sul). Além de crime, os
terrenos estão sendo demarcados para
loteamentos irregulares.
Segundo a Polícia Militar Ambiental, são, pelo
menos, 23 hectares, que equivalem a 32
campos de futebol, loteados irregularmente e
embargados neste ano.
A Prefeitura de São Paulo, da gestão Bruno
Covas (PSDB), confirma que as áreas são de
mananciais e privadas, sem autorização para
desmatamento, parcelamento de solo ou
qualquer tipo de loteamento.
A Promotoria de Justiça do Meio Ambiente tem
inquéritos civis instaurados sobre a
devastação verde, a partir de denúncias mais
antigas. Outros arquivados.
Porém, o cenário em nada mudou. O Agora
circulou na semana passada por várias áreas
desmatadas e loteamentos. As árvores
cortadas e jogadas ao chão eram o retrato da
impunidade.
Pela extensa avenida Senador Teotônio Vilela,
no trecho que liga Grajaú e Parelheiros, é
possível ver cartazes colados em pontos de
ônibus e postes, com vendas de terrenos.
Entre as ofertas, uma delas no Jardim Casa
Grande traz "excelente localização e a 5
minutos da futura estação Varginha", com
entrada de R$ 7.000, mais parcelas de R$
600,00.
Há informação importante, ao comprador,
"sem consulta ao SPC e Serasa", órgãos de
proteção ao crédito, mais "água, luz e ruas
abertas".
A reportagem, sem se identificar, a princípio,
ligou para quatro celulares para informações
sobre os lotes. Um dos atendentes afirma que
"quando a escritura sair, daqui seis meses,
não será desmembrada. A pessoa só assina
um documento de compra e venda", diz.
Em novas ligações, agora com identificação da
reportagem, alguns dos vendedores
desligaram; outros não mais atenderam "Eu
só falo aqui para quem tem interesse em
comprar. Não para fazer reportagem", afirma
um terceiro. Os preços dos lotes, dependendo
da localização e do tamanho, variam de R$ 60
mil a R$ 70 mil.
"São loteamentos criminosos, sem nenhuma
licença para derrubar árvores nem lotear a
terra. Colocaram no chão parte da mata
atlântica, em um ataque organizado. O pior
que sob o olhar inerte, quase conivente, do
poder público", afirma o vereador Gilberto
Natalini (PV), que preside o Comitê de Chuvas
e Enchentes do Legislativo e quer instalar uma
CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
Há cerca de duas semanas, grupo de sete
vereadores vistoriou áreas verdes devastadas
com apoio da Polícia Militar ambiental, não só
em Parelheiros como no Grajaú.
Gato "Até dias atrás, a gente puxava a água
de gato, mas a Sabesp veio ligar os relógios.
O esgoto ainda não", contou, aos risos, um
dos moradores de loteamento instalado na
avenida Jaceguava, em frente ao número 305,
no Balneário São José. Detalhe: no muro
externo, com portão de ferro e cadeado, não
existe numeração oficial nem placa da
responsável pelo loteamento.
A reportagem entrou no local, sem se
identificar, com a justificativa de interesse
pela compra de um lote. Lá, viu vários imóveis
construídos, a maioria sem acabamento, com
famílias morando.
Meninos empinavam pipas, caminhões
entravam e saiam com materiais de
construção e pedreiros erguiam paredes. Um
cavalo circulava na vasta área de terra batida,
com ruas já abertas. Há iluminação.
"Todos os lotes já foram vendidos por uma
associação e agora só alguns donos
revendem", disse outro morador. Há um único
comércio, a lanchonete Vitória da Lagoa,
ponto de referência aos recém-moradores.
Os lotes têm 5 x 25 metros. À reportagem, o
dono de três no local pediu R$ 75 mil por um
dos terrenos. "Tá tudo legal. Só não há
escritura, mas ninguém tem por ser
manancial", diz.
18
Grupo de Comunicação
OUTRO LADO
A Secretaria Municipal do Verde e do Meio
Ambiente, da gestão Bruno Covas (PSDB), diz,
em nota, que a gleba na avenida Jaceguava,
em frente ao 305, está "planejada para
integrar o parque linear Ribeirão Caulim",
segundo o plano diretor estratégico (Lei
16.050/2014). Porém, como a área não foi
desapropriada, ainda permanece como
privada.
Com relação aos terrenos da avenida
Professor Hermann Von Ihering, no Jardim
Casa Grande, e da avenida Jaceguava, altura
do número 4.085, no Balneário São José, os
proprietários foram autuados, notificados e
multados pela prefeitura. Os loteamentos não
têm autorização nem alvará de construção. A
prefeitura não informou sobre o
desmatamento em terreno da rua José Nicolau
de Lima.
A estrada do Schmidt e rua Francisco Correia
Vasques, na Capela do Socorro, serão
vistoriadas nos próximos dias.
A Secretaria Estadual de Infraestrutura e
Meio Ambiente, em parceria com a Polícia
Militar Ambiental, do governo João Doria
(PSDB), afirma, em nota, que realizou 588
fiscalizações, entre janeiro e junho, que
resultaram em 90 autos de infração ambiental
nas áreas de proteção e recuperação de
mananciais nas zonas sul e norte da capital.
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo), do governo João
Doria, diz, em nota, que é impedida por lei
federal de atuar em áreas irregulares.
Em alguns locais específicos, a autarquia leva
o Água Legal, programa que permite a
instalação de redes de água em loteamentos
irregulares e que serão futuramente, mediante
autorização das prefeituras.
Neste caso, a Sabesp afirma que no caso do
loteamento na avenida Jaceguava, em frente
ao 305, com entrada também pela rua
Augusto Gomes Siqueira, ao lado do 610,
"foram executadas obras do programa" neste
ano.
O que não ocorreu com a rede de esgoto,
porque "não há autorização legal".
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25950912&e=577
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Data: 25/06/2019
19
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Jornal da Ciência
Data: 25/06/2019
Fapesp lança chamada para restauração e
uso sustentável da biodiversidade em UCs
Pesquisadores interessados participaram de
reunião na Fundação para esclarecer dúvidas e
conhecer casos de sucesso na transferência da
pesquisa para a gestão de Unidades de
Conservação
Pesquisadores do Núcleo de Pesquisa e
Conservação de Cervídeos (Nupecce) da
Universidade Estadual Paulista (Unesp), em
Jaboticabal, reintroduziram uma população de
cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus)
em uma área central do Estado de São Paulo
na qual tais animais estavam extintos.
O trabalho foi feito graças à parceria dos
pesquisadores com parques e Unidades de
Conservação. Anos depois da reintrodução dos
animais, a população está crescendo e o
monitoramento das espécies continua. 'Sem o
apoio das Unidades de Conservação, seria
praticamente impossível conseguirmos fazer
nossos projetos', disse José Maurício Barbanti
Duarte, coordenador do Nupecce.
Duarte apresentou os resultados de anos de
projeto durante reunião na Fapesp para o
lançamento de novo edital de pesquisa que
visa incentivar o trabalho conjunto de
pesquisadores e gestores de Unidades de
Conservação (UCs) de São Paulo em projetos
de pesquisa que resultem tanto no avanço
científico, quanto na melhoria da gestão das
UCs.
A chamada de propostas 'Conservação,
restauração e uso sustentável da
biodiversidade em Unidades de Conservação'
resulta de acordo firmado entre a FAPESP, no
âmbito do Programa BIOTA- Fapesp, a
Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente
do Estado de São Paulo e a Fundação
Florestal.
'É uma coconstrução do projeto entre
pesquisadores e gestores e equipe das
Unidades de Conservação. Há algumas
experiências fora do Brasil nesse sentido e as
mais bem-sucedidas são as que geram planos
de utilização e de manejo nas UCs. Nesses
casos, a pesquisa passa a ser um instrumento
permanente nessas áreas', disse Carlos Joly,
da Coordenação do Programa BIOTA- Fapesp,
durante a reunião de lançamento da nova
chamada de propostas.
Na ocasião, pesquisadores interessados em
submeter propostas para o programa puderam
tirar dúvidas sobre o edital e conhecer casos
de sucesso na transferência da pesquisa para
a gestão de Unidades de Conservação.
Com R$ 3 milhões de recursos totais - sendo
50% oferecidos pela Fapesp e 50% pela
Fundação Florestal -, o edital é resultado do
convênio firmado entre as três instituições
com o objetivo de apoiar a implantação das
Metas de Aichi (Plano Estratégico 2011-2020
da CDB - Convenção da Diversidade Biológica)
no Estado de São Paulo.
As propostas podem ser submetidas até 3 de
setembro e devem preencher os requisitos
especificados para a modalidade Auxilio à
Pesquisa - Regular Fapesp. O valor máximo de
recursos para cada proposta é de R$ 200 mil.
De acordo com o edital, os projetos precisam
contemplar questões relacionadas ao apoio às
UCs, comunicação dos resultados ao público
geral, potencial de implementação e replicação
dos resultados e envolvimento com a
população local.
'Buscamos projetos mobilizadores que
integrem pesquisadores e gestores. No edital
apresentamos quatro questões principais que
são pontos importantes para nortear os
projetos. Sugerimos que quando o projeto for
desenhado, ele deve responder pelo menos a
duas dessas perguntas', disse Marie-Anne Van
Sluys, da Coordenação Adjunta de Ciências da
Vida da Fapesp.
Entre os 10 temas que podem ser abordados
nos projetos do 'Conservação, restauração e
uso sustentável da biodiversidade em
Unidades de Conservação' estão: avaliação de
serviços ecossistêmicos, impacto de agrotóxico
ou expansão urbana nas UCs, definição de
regiões prioritárias para a conservação da
biodiversidade de águas continentais.
A chamada de propostas está publicada em:
www.fapesp.br/12910.
Agência Fapesp
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25911792&e=577
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Data: 25/06/2019
20
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO O que a Folha pensa: Riscos amazônicos
Sucedem-se notícias preocupantes para o futuro
da floresta amazônica. No Pará, estado em que
se registram as maiores taxas de desmatamento,
o governador Helder Barbalho (MDB) prepara
medida que pode favorecer grileiros de terras
públicas, premiando quem ocupa e derruba
matas ilegalmente.
A legislação hoje em vigor exige que pessoas
físicas presentes em áreas públicas, para fazer
jus à legalização da terra em sua posse, exerçam
atividade agrícola, morem de modo permanente
no local e não possuam outros imóveis. Esses
requisitos foram excluídos da norma em vista,
bastando que o ocupante declare a intenção de
praticar agricultura na área.
O projeto do governador, a pretexto de promover
regularização fundiária, passou sem maior
discussão na Assembleia Legislativa.
Dados os interesses em jogo, não surpreende
que o Pará lidere a tendência atual de aumento
da destruição. Um sistema de monitoramento
independente, o SAD, mantido pelo Instituto do
Homem e do Meio Ambiente da Amazônia
(Imazon), indica que o desmate aumentou 22%
no período que vai de agosto de 2018 a maio de
2019.
Só no mês passado foram 797 km² de matas
derrubadas, o equivalente a metade da área do
município de São Paulo. Cerca de 40% disso se
deu em terras paraenses, e a maior parte em
áreas privadas ou sob posse, como as que agora
são objeto da mudança legislativa pretendida
pelo governo Barbalho.
O caso se insere em um panorama de ameaças
ao futuro da Amazônia —depois de um período
em que as taxas de desmatamento caíram de
forma acentuada até 2012. A ascensão de Jair
Bolsonaro (PSL) à Presidência e a influência
alcançada pelos setores mais atrasados do
agronegócio reforçam os temores.
O próprio ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, planeja utilizar recursos do Fundo
Amazônia para indenizar ocupantes de terras da
União convertidas em unidades de conservação e
terras indígenas.
Como parcela considerável deles não conta com
títulos fundiários confiáveis para comprovar a
aquisição legal das áreas, também nesse caso
subsiste a suspeita de que se termine agraciando
grileiros.
Some-se a isso a proposta do senador Flávio
Bolsonaro (PSL-RJ) de extinguir a figura da
reserva legal de vegetação nativa nas
propriedades, e se tem ideia da dimensão dos
riscos corridos pela floresta.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/06/
riscos-amazonicos.shtml
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Data: 25/06/2019
21
Grupo de Comunicação
Painel: Lula deve levar à ONU mensagens de
Moro com Lava Jato e pressão das Forças
sobre o STF
Missão internacional As mensagens trocadas pelo
ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Lava Jato
devem compor a última manifestação da defesa
de Lula à ONU, entidade na qual o petista
questiona suas condenações na Justiça brasileira.
Além das conversas reveladas pelo The Intercept,
os advogados do ex-presidente colecionam
declarações de membros das Forças Armadas e
do governo Bolsonaro. Querem mostrar que
todas as instâncias do Judiciário são pressionadas
quando é seu cliente quem está nos autos.
Ampulheta Haverá sessão da ONU em setembro,
e a expectativa dos defensores é a de que o caso
do petista seja analisado nessa ocasião. O
desafio dos advogados é convencer a entidade de
que o pleito do ex-presidente se enquadra nos
parâmetros dela.
Labirinto A praxe é provocar a ONU somente
após esgotados todos os recursos na Justiça
nacional. Lula ainda não cumpriu esse roteiro,
mas seus advogados atuam para convencer a
organização de que “não há remédio jurídico
possível” para ele, sob o argumento de que todas
as instâncias estão sob tensão.
Manda quem pode? Por isso, manifestações de
integrantes das Forças Armadas às vésperas de
julgamentos ou diante do simples aviso de que
processos de Lula foram pautados no STF estão
sendo coletadas. Falas de aliados e parentes do
presidente Jair Bolsonaro também são
analisadas.
Nada com isso A forma como o adiamento da
análise de habeas corpus do petista foi
comunicado causou desconforto no STF. O
ministro Gilmar Mendes decidiu manter seu
pedido de vista, mas a saída do caso da pauta
acabou sendo atribuída a Cármen Lúcia, que nem
sequer assumiu os trabalhos como presidente da
Segunda Turma.
Sem carapuça A cúpula do MBL decidiu não
passar recibo e usou o fato de Sergio Moro ter se
referido a integrantes do movimento como
“tontos” para divulgar documentário que será
lançado em setembro.
Devagar com o andor Internamente, porém,
antes mesmo da menção ao movimento,
integrantes do grupo debateram o impacto do
vazamento de mensagens da Lava Jato. Há
disposição de manter o suporte a Moro e às
investigações, mas integrantes do MBL
prometem analisar novas revelações caso a caso.
RSVP O MBL segue chamando para atos pró-Moro
no dia 30.
Sempre alerta Aliados do governador de São
Paulo, João Doria (PSDB), viram na omissão de
Jair Bolsonaro sobre a inclusão de estados e
municípios na reforma da Previdência um claro
sinal de que o presidente de fato já pensa em
reeleição –e vê no tucano um rival em potencial.
Sempre alerta 2 Houve certo espanto nos
bastidores com movimento tão precoce. A
avaliação é a de que o presidente age para
manter sua militância em campanha permanente.
Tu sabes Nos municípios, fala-se em “falta de
reciprocidade”. “Paulo Guedes é testemunha de
que nos mobilizamos pela aprovação da reforma
antes mesmo de o governo enviar a proposta”,
disse Jonas Donizette (PSB-SP), presidente da
Frente Nacional de Prefeitos.
Um é pouco A análise de governadores e
prefeitos é a de que poucos governos locais terão
força para aprovar as próprias reformas. Eles
veem risco de quebradeira e dizem que, sendo
assim, melhor a equipe econômica pensar em um
“Plano Mansueto 2”, referência ao recém-lançado
programa de socorro aos estados.
Ops! O Rio vai tentar driblar mais uma condição
do seu Regime de Recuperação Fiscal. Em 2017,
o estado se comprometeu a antecipar a
renegociação do contrato de sua concessionária
de gás, e, com isso, arrecadar R$ 788 mi até
2020.
Jeitinho Mas o secretário Lucas Tristão
(Desenvolvimento Econômico) avisa que quer
mais prazo, sob a alegação de que, com isso,
pode obter condições mais vantajosas. Como
atenuante, lembra que o estado aderiu ao novo
marco do gás, uma das exigências aos que
querem embarcar no Plano Mansueto.
Visita à Folha O presidente-executivo do Instituto
Brasileiro de Ética Concorrencial, Edson Luiz
Vismona, visitou a Folha nesta segunda (24).
Estava acompanhado de Marcelo Montenegro e
Ricardo Mioto, da FSB Comunicação.
TIROTEIO
Data: 25/06/2019
22
Grupo de Comunicação
O respeito à coisa pública está nos limites, que
nesse caso deveria ser zero. Deputado não é
eleito para viajar
Do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança
(PSL-SP), sobre a reportagem da Folha que
revelou viagens bancadas pela Câmara
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/06/25/l
ula-deve-levar-a-onu-mensagens-de-moro-a-
lava-jato-e-pressao-das-forcas-sobre-o-stf/
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Data: 25/06/2019
23
Grupo de Comunicação
Conselho do governo aprova resolução para
quebrar monopólio da Petrobras no gás
Fábio Pupo
O CNPE (Conselho Nacional de Política
Energética), órgão que assessora a Presidência
da República para formulação de políticas e
diretrizes de energia, decidiu nesta segunda-feira
(24) aprovar uma resolução com objetivo de
liberar o mercado de gás natural no país. Hoje, o
setor é dominado pela Petrobras.
Segundo comunicado do conselho, as medidas
buscam criar condições para o acesso aos
gasodutos de transporte e dutos de escoamento,
unidades de processamento e terminais de Gás
Natural Liquefeito.
A resolução será encaminhada para aprovação da
Presidência da República. O governo apresentará
as recomendações no Senado nesta terça (25) e
na Câmara, na quarta (26). Caberá ao Congresso
analisar a apresentação e os dados e decidir o
que pode se tornar projeto de lei.
Entre as medidas recomendadas, está a de que a
Petrobras informe o quanto de capacidade
necessita usar em cada ponto de entrada e zona
de saída do sistema de transporte de gás natural,
o que permitiria o acesso por novos agentes.
Segundo o CNPE, o governo federal poderá
incentivar Estados e Distrito Federal por meio da
transferência de recursos e de ajuste fiscal para
mudarem a regulação dos serviços de gás
canalizado ao promover, entre outros pontos, o
fortalecimento das agências reguladoras.
De acordo com a resolução, os impactos dessas
recomendações serão monitorados, com
publicação trimestral de relatórios. A governança
e as informações necessárias ao monitoramento
das medidas serão encaminhadas ao CNPE em
até 60 dias.
A resolução faz parte do que o governo chama de
Novo Mercado de Gás, que compreenderá outras
medidas em discussão com outros entes para
abrir o mercado. A principal delas é o do Cade
(Conselho Administrativo de Defesa Econômica),
que já vem discutido o tema com o governo e
deve julgar, nesta quarta, um termo de
compromisso com a Petrobras para a adoção de
iniciativas no setor.
Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, as
medidas levarão a uma quebra de dois
monopólios, na produção e na distribuição, o que
deve baixar o preço da energia. Segundo os
cálculos dele, pode haver uma queda de 40% no
custo da energia em dois ou três anos a partir do
plano, que prevê também renegociações de
fornecimento com Bolívia e Argentina.
"Nós vamos ter pelo menos três fontes
diferentes, pré-sal, Bolívia e Argentina, vamos
jogar tudo numa estrutura. Isso que deve reduzir
o preço na energia. Pode ser que energia caia
40% em menos de dois anos. Se o preço da
energia cair 40%, o PIB industrial aumenta
8,46%", disse, acrescentando que a queda nos
preços deve chegar também ao botijão de gás.
Guedes não vê motivo para que a Petrobras se
oponha às medidas. "A Petrobras já foi
monopolista. Se constitucionalmente ela perdeu
o monopólio, será que o presidente da Petrobras
pode ser contra isso? Ele vai dizer 'vou manter o
monopólio, independentemente da Constituição'?
Acho que ele vai ser contra", disse.
No Cade, ele ainda afirma que o órgão está
participando das reuniões e vem interrogando a
Petrobras e que o órgão deve agir a favor da
concorrência. "Se existe uma política de governo
para ter energia barata para o povo e a indústria,
o Cade deve andar nessa direção. Acho que não
andaria contra. Se estivéssemos propondo uma
fusão de três empresas, ele poderia ser contra.
Mas se estamos falando o contrário, de um
mercado concorrencial, o Cade existe para isso.
Se não fosse pra isso, deveríamos fechar o
Cade", disse.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06
/conselho-do-governo-aprova-resolucao-para-
quebrar-monopolio-da-petrobras-no-gas.shtml
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Data: 25/06/2019
24
Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: STF adia julgamento de
Moro com corte rachada e dúvida sobre
resultado
A decisão de Cármen Lúcia, presidente da
Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal
Federal), de colocar o habeas corpus de Lula em
último lugar numa lista de 12 processos que
seriam analisados nesta terça (25), levou
ministros da corte a concluírem: ela não está
segura de que será possível evitar que Sergio
Moro seja considerado suspeito no caso do
tríplex.
INSUSPEITO
A suspeição de Moro levaria à anulação da
condenação de Lula. A Segunda Turma está
rachada sobre o tema.
INSUSPEITA
Cármen Lúcia negou, na segunda (24), ter
incluído o processo de Lula em último lugar —e
mesmo ter determinado a pauta. Em nota, disse
que sequer assumiu a presidência da Turma, o
que ocorre nesta terça (25). Ela foi eleita na
semana passada.
INSUSPEITA 2
A ministra disse ainda que a ordem dos
processos na pauta “não orienta o chamamento
de processos na sessão”. Os que versam sobre
“paciente preso” —caso de Lula— têm prioridade
legal.
INSUSPEITA 3
Além disso, o julgamento da suspeição de Moro
já começou —ela mesma já votou a favor dele,
seguindo a posição do relator do caso, Edson
Fachin, que não acolheu o habeas corpus do
petista.
FREIO
A OAB apresentará nesta terça (25) ao ministro
Dias Toffoli um ofício pedindo que o CNJ
(Conselho Nacional de Justiça) adote normas que
garantam a preservação da “dignidade” de
pessoas que respondem a processos —e que
ainda não foram condenadas.
POWER POINT
Uma das sugestões é determinar que, sempre
que procuradores concedam entrevistas coletivas
à imprensa, os advogados do réu possam
participar do evento.
TORNEIRA
A entidade diz que defende a “livre circulação de
informações”. Mas afirma: “O que se tem visto é
o desvirtuamento da informação para construir
midiaticamente um prejulgamento da pessoa
investigada”. O cenário seria “agravado pelos
inúmeros vazamentos de informações e de
documentos sigilosos”.
SUBO NESSE PALCO
Gilberto Gil apresentou o show “Ok, Ok, Ok” no
Tom Brasil, no sábado (22). A empresária e
mulher do cantor, Flora Gil, a atriz Ana Lucia
Torre, a jornalista Renata Lo Prete e a cantora e
instrumentista Sandra Peres estiveram
presentes.
VAQUINHA
O diretor Roberto Alvim diz que arrecadou em
um único dia R$ 7 mil em doações para quitar R$
30 mil em dívidas de seu teatro, o Club Noir,
aberto em 2008. Na segunda (24), ele publicou
em uma rede um pedido de doações para zerar
esse valor —que contempla gastos com aluguel
do imóvel, IPTU, multas e contas de luz.
MÃO...
“Se mil pessoas doarem, cada uma, apenas R$
30, pagaremos tudo e poderemos recomeçar do
zero em Brasília (onde só devo receber meu
primeiro salário em fim de julho/início de
agosto)”, escreveu.
...AMIGA
Alvim, que apoiou Jair Bolsonaro e se diz
perseguido por isso, assumirá a direção do
Centro de Artes Cênicas da Funarte. No começo
do mês, ele anunciou que iria fechar o seu teatro
por conta de “boicotes” do setor.
FECHA...
O vereador Fernando Holiday (DEM-SP)
protocolou no Ministério Público um pedido de
abertura de ação por improbidade administrativa
Data: 25/06/2019
25
Grupo de Comunicação
contra o secretário municipal de Cultura de SP,
Alê Youssef.
... A CONTA
Holiday questiona o fato de Youssef reverter uma
decisão de André Sturm, seu antecessor, de
investigar o Instituto Odeon, responsável pelo
Theatro Municipal de SP.
CORTES
A pasta afirma que as medidas adotadas por
Youssef buscavam “trazer elementos consistentes
para a apuração de eventuais irregularidades”. E
que “evitou ainda a paralisação das atividades do
Theatro Municipal e a demissão em massa de
seus funcionários”.
LÁ E CÁ
O interesse de busca no Google no Brasil pela
seleção feminina de futebol foi 88% maior do que
o dos franceses pelo seu time entre domingo
(23) e segunda (24).
As anfitriãs eliminaram as brasileiras da Copa do
Mundo feminina neste fim de semana.
ERVA
O governador goiano Ronaldo Caiado (DEM),
aliado do governo federal, afirmou ser favorável
ao uso da maconha para fins medicinais. A
declaração foi dada em entrevista no
“Provocações”, apresentado por Marcelo Tas, e
vai ao ar na terça (25), na TV Cultura.
SEM BRINCADEIRA
Na mesma entrevista, o ruralista disse que nunca
usou a maconha para fins recreativos. Para ele, a
erva é porta de entrada para outras drogas.
ARCO-ÍRIS
A cantora Daniela Mercury fez show no Camarote
Pride na Parada Gay de SP, no Blue Note, no
domingo (23). A atriz Juliana Caldas e a drag
queen Silvetty Montilla passaram por lá.
CURTO-CIRCUITO
O músico Maikão lança nesta terça (25) o single
“Oyo”. A música ficará disponível no YouTube.
O cantor e compositor Nando Reis é o convidado
do The Live Show com Rafael Cortez de nesta
terça (25). Às 21h30, transmitido pelo UOL.
A atriz Marjorie Estiano participa da 2ª Mostra de
Cinema do Brasil, em Lisboa. Desta terça (25)
até o dia 30.
A exposição “The Gang”, de Binho Ribeiro, abre
nesta terça (25) na galeria Alma da Rua, no Beco
do Batman.
com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI E
VICTORIA AZEVEDO; colaborou GABRIEL RIGONI
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/06/carmen-adia-julgamento-de-
moro-com-corte-rachada-e-duvida-sobre-
resultado.shtml
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Data: 25/06/2019
26
Grupo de Comunicação
ESTADÃO Ações da Petrobrás têm forte demanda de
fundos
Coluna do Broadcast
A demanda pelas ações ordinárias no follow on
da Petrobrás já ultrapassou em duas vezes a
oferta. A procura reflete o contínuo fluxo de
recursos de fundos domésticos por rentabilidade,
diante do aumento das captações em um cenário
de baixa taxas de juros. A oferta para a venda
das ações da petroleira detidas pela Caixa
Econômica Federal deverá movimentar mais de
R$ 7 bilhões.
O preço da ação será fixado nesta terça-feira, 25.
A percepção é de que, com a demanda elevada,
ação sairá com pouco desconto em relação ao
preço em tela. Na segunda-feira, 24, a ação ON
da Petrobrás fechou cotada a R$ 31,66. Com a
oferta, a Caixa pretende devolver ao Tesouro
Nacional R$ 7 bilhões em 30 dias. Neste mês, o
banco já fez a devolução de R$ 3 bilhões.
Procuradas, Caixa e Petrobrás não comentaram.
https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-
do-broad/acoes-da-petrobras-tem-forte-
demanda-de-fundos/
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Data: 25/06/2019
27
Grupo de Comunicação
Guedes diz que preço do gás pode cair 40%
e PIB industrial crescer 8,46% em 2 anos
O ministro afirmou que a quebra do monopólio
do gás é um movimento de mercado
Gustavo Porto, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O ministro da Economia, Paulo
Guedes, avaliou que as mudanças no mercado de
gás brasileiro, aprovadas nesta segunda-feira,
24, pelo Conselho Nacional de Política Energética
(CNPE) representam uma quebra de monopólios
na produção e distribuição do insumo no País.
Cálculos do governo citados por Guedes e pelo
ministro das Minas e Energia, Bento
Albuquerque, apontam que o preço do gás pode
cair 40% e o Produto Interno Bruto (PIB)
industrial pode avançar 8,46% ao ano. "Se cair
50% o preço da energia, PIB industrial pode
subir 10,5%", estimou Guedes.
O ministro afirmou que a quebra do monopólio
do gás é um movimento de mercado, mas o
governo federal não vai socorrer os Estados.
"Para fazer plano do gás não tem dinheiro do
governo. A cessão onerosa é cessão onerosa;
novo mercado do gás é o novo mercado de gás;
não tem toma la dá cá", afirmou. Guedes citou
que vários Estados já sinalizaram à quebra do
monopólio interno do insumo, entre eles Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito
Santo e Sergipe. Isso justificaria, segundo ele, o
fato de a medida ser tomada pelas unidades da
federação, com o suporte federal.
"Se conversássemos com Estados e criássemos
uma lei (para gás), poderia durar dois anos. Se
tiver Estado que quer quebrar monopólio, vamos
conversar", afirmou. Guedes. Para ele, além da
produção atual, Bolívia, Argentina e o pré-sal
"vão alimentar" a oferta do gás.
O ministro avaliou que a Petrobras, que já não
tem monopólio do petróleo há anos, não deverá
se opor à medida. Também, segundo ele, o
Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(Cade) não deverá ser contra. "Estamos muito
mais preocupados com os brasileiros do que com
monopolistas. O Cade não vai impedir algo a
favor da concorrência e acho que o presidente da
Petrobras também não será contra".
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
guedes-preco-do-gas-pode-cair-40-e-pib-
industrial-crescer-8-46-em-2-anos,70002885818
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Data: 25/06/2019
28
Grupo de Comunicação
Acordo com Cade tira Petrobrás do mercado
de gás
Para evitar possíveis multas do órgão que regula
concorrência, estatal deverá se comprometer a
vender participações em distribuidoras
Adriana Fernandes, Anne Warth Gustavo Porto,
O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A Petrobrás terá de sair totalmente
do mercado de gás natural e vender as ações que
detém nas empresas de transporte e distribuição.
As obrigações fazem parte de um acordo
costurado pelo Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (Cade) e a petroleira para
suspender um processo que investigava a
atuação anticompetitiva da estatal no mercado.
A saída da Petrobrás do segmento é um dos
pilares do Novo Mercado de Gás, plano lançado
nesta segunda-feira, 24, pelo governo.
O acordo será assinado nesta quarta-feira, 26,
mas a cautela do governo ainda é grande para
que nada dê errado nessa etapa do pacote de
medidas. Na avaliação da equipe econômica, a
participação da Petrobrás nesse mercado tem
sido um obstáculo à competição e à queda do
preço do insumo.
Energia
Petrobrás é dona da maioria dos gasodutos de transporte do
País Foto: Jorge Henrique/Estadão
A Petrobrás não é a única produtora de gás do
País, mas sua presença e atuação no mercado é
quase absoluta. Dona da maioria dos gasodutos
de transporte do País, a companhia anunciou a
venda de parte de sua malha no Sudeste – NTS e
TAG –, mas manteve contratos que preveem o
uso de toda a capacidade dos dutos para injeção
de seu próprio gás.
Nesse cenário, as concorrentes não conseguem
acessar aos dutos. Por isso, são obrigadas a
vender sua produção para a Petrobrás. Quem
quiser importar gás também precisa negociar
com a estatal, que é dona de todas as unidades
que processam o produto trazido por navios.
Essas condições fazem com que a companhia, na
prática, seja a única fornecedora do País
Procurada, a Petrobrás informou que vai
aguardar a publicação da resolução do Conselho
Nacional de Política Energética (CNPE) no Diário
Oficial para comentar o assunto.
O pacote no Congresso
Uma das preocupações do governo é com a
recepção do pacote de medidas no Congresso.
Para evitar atritos, o ministro de Minas e Energia,
Bento Albuquerque, vai nesta terça-feira, 25, ao
Senado e na quarta-feira, 26, à Câmara. Ele vai
sugerir possíveis mudanças na lei que deverão
ser feitas pelo Legislativo. Uma delas é a
aprovação da alteração no regime de exploração
dos gasodutos para o modelo de autorização –
hoje, são concessões. “Vamos apresentar o que
entendemos que tem de ser aperfeiçoado na
legislação”, afirmou Albuquerque.
Em defesa do pacote, o ministro ressaltou que o
Brasil terá de ter aumento de 35% na geração de
energia em dez anos. Ainda segundo ele,
investimentos na instalação de infraestrutura
para atender à demanda do novo mercado de gás
natural devem movimentar R$ 34 bilhões até
2032.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse
acreditar que a Petrobrás e o Cade não serão
contrários à proposta de saída da companhia do
mercado de distribuição. “Estamos muito mais
preocupados com os brasileiros do que com
monopolistas. O Cade não vai impedir algo a
favor da concorrência, e acho que o presidente
da Petrobrás também não será contra”, disse.
Consumidores livres
Data: 25/06/2019
29
Grupo de Comunicação
O pacote visa a incentivar maior liberdade aos
grandes consumidores para adquirir o gás natural
de comercializadores e produtores. Se houver
alguma alteração nos contratos com as
distribuidoras, ela não será imposta pelos
Estados, mas negociada entre as partes. Se a
revisão contratual trouxer algum prejuízo para a
empresa, haverá compensações – financiadas,
sobretudo, pelos recursos do Programa de
Fortalecimento dos Estados (PFE). Procurada, a
Abegás informou que vai aguardar a publicação
das medidas para se pronunciar.
Os recursos que o governo vai transferir aos
Estados são provenientes principalmente do
Fundo Social do Pré-Sal. Criado em 2010 para
ser uma poupança para o futuro, o fundo visa
financiar o desenvolvimento do País com
investimentos em saúde e educação. Hoje, 100%
das receitas do fundo pertencem à União, mas,
com o plano do gás, a ideia é dividir esses
recursos com Estados.
A estimativa é que o fundo tenha R$ 17 bilhões
até 2020, mas ele terá ainda mais dinheiro no
futuro a partir das receitas dos leilões dos
últimos anos e dos previstos para o fim de 2019.
O projeto
Por que o preço pode cair para o consumidor?
1 – Os produtores, que hoje são obrigados a
vender seu gás para a Petrobrás, poderão
comercializá-lo diretamente com grandes
empresas e distribuidoras. Terão acesso a dutos
de escoamento e unidades de processamento.
2 – Com os gasodutos abertos a todo o mercado,
será possível comprar gás em um Estado e
entregar em outro, elevando a competição.
3 – Distribuidoras serão remuneradas pelo
serviço, com separação da atividade de
comercialização. Agências reguladoras vão adotar
práticas para incentivar custos mais baixos, com
vistas a reduzir as tarifas. Os contratos, que hoje
garantem remuneração de 20% ao ano, serão
renegociados para garantir preços mais baixos e
taxas de mercado.
4- Estados serão incentivados a privatizar as
distribuidoras. A expectativa é de que as
empresas tenham, com isso, uma maior
capacidade de investimento e custos menores.
Em troca, as unidades da federação receberão
recursos do governo federal.
Energia
Estados serão incentivados a privatizar as distribuidoras Foto:
Geraldo falcão/Agência Petrobrás
Choque de preços
Governo federal espera reduzir o preço do gás de
US$ 14,00 MM/BTu para US$ 6,00 a US$ 7,00
MM/BTu
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a
cordo-com-cade-tira-petrobras-do-mercado-de-
gas,70002886209
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Data: 25/06/2019
30
Grupo de Comunicação
União promete pagar até R$ 6 bi por ano a
Estados que abrirem mercado de gás
Transferência de recursos, provenientes do
Fundo Social do Pré-Sal, é a principal aposta do
governo para levar os governadores a aderir a
pacote de medidas para baratear preço do gás;
expectativa é reduzir até à metade o valor do
insumo
Adriana Fernandes, Anne Warth e Gustavo Porto,
O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A União promete transferir por ano
de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões ao conjunto de
Estados que privatizarem suas empresas de
distribuição de gás e adotarem medidas para
abrir o mercado, apurou o Estadão/Broadcast. A
transferência desses recursos, provenientes da
exploração de petróleo, é a principal aposta do
governo para levar os governadores a aderir ao
pacote de medidas anunciado nesta segunda-
feira, 24, para forçar a concorrência e reduzir o
preço do gás. O objetivo é promover “um choque
de energia barata”, nas palavras do ministro da
Economia Paulo Guedes, e abrir o caminho para a
reindustrialização do País.
As medidas, aprovadas pelo Conselho Nacional
de Política Econômica (CNPE), têm como pilares a
melhoria da regulação e a criação da figura do
consumidor livre. A exemplo do que já ocorre no
setor elétrico, grandes indústrias poderão
comprar gás diretamente de produtores e
comercializadores. Outro ponto-chave do
programa diz respeito à Petrobrás: a companhia
terá de vender todas as ações que detém em
empresas de transporte e distribuição (ler mais
na B3).
A expectativa de Guedes é que o conjunto de
medidas possa diminuir o preço em 40% e 50%,
turbinando o PIB da indústria nacional em até
10,5% por ano. A redução é vista como crucial
para estimular novos investimentos industriais.
Hoje, a energia representa 7% dos custos de
produção do setor, mas, dependendo do
segmento, essa participação é bem maior. É o
caso da indústria de vidro (onde o porcentual é
de 25,6%), cerâmica (32,2%) e cimento
(55,8%), segundo estudo da Ex-Ante Consultoria
Econômica, feito a pedido do setor.
Com algumas modificações, Guedes encampou a
proposta desenhada pela equipe anterior, que
naufragou no Congresso por falta de apoio dos
Estados, das distribuidoras e da própria
Petrobrás. Esse cenário mudou com o
agravamento da crise dos Estados, que precisam
de recursos, e os planos da Petrobrás de
centralizar investimentos em produção e
exploração em águas profundas.
A decisão de fazer o choque de energia foi
antecipada por Guedes em entrevista ao Estado,
em março. Mas o desafio estava no
convencimento dos Estados, cuja participação no
plano era fundamental, já que a Constituição
determina que a competência para concessão e
regulação do mercado de gás é dos governos
regionais. Por isso, a equipe econômica avaliou
por meses medidas para estimular a adesão
voluntária dos governadores ao pacote.
Até agora, garante Guedes, a estratégia tem
dado certo. São Paulo, Minas Gerais, Espírito
Santo e Rio Grande do Sul já mostraram
interesse em adotar as medidas propostas. A
expectativa dos técnicos é a de que todos vão
aderir ao Novo Mercado de Gás – a despeito da
resistência da Abegás, que representa as
distribuidoras.
Para ter acesso aos recursos, os Estados terão de
cumprir metas do Programa de Fortalecimento
das Finanças Estaduais (PFE). Esse programa se
juntará ao Plano Mansueto, outro pacote de
socorro financeiro aos Estados, já enviado ao
Congresso, que também tem medidas que devem
ser cumpridas voluntariamente. O Plano
Mansueto, porém, não prevê injeção de recursos
no caixa, mas autoriza os Estados a tomarem
financiamentos com garantia da União.
Ranking estadual
Os recursos a serem transferidos aos Estados
virão do Fundo Social do Pré-Sal. O governo vai
criar um ranking estadual de melhorias na sua
regulação de gás. Os Estados que tiverem melhor
desempenho receberão mais recursos. Entre os
critérios, estão o fortalecimento das agências
reguladoras estaduais e privatização da
distribuidora de gás canalizado.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
uniao-promete-pagar-ate-r-6-bi-por-ano-a-
estados-que-abrirem-mercado-de-
gas,70002886243
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Data: 25/06/2019
31
Grupo de Comunicação
Gás natural: da oportunidade à realidade
O gás natural que virá com o petróleo tem um
poder extraordinário de transformar a nossa
economia e gerar empregos.
Paulo Pedrosa, O Estado de S.Paulo
Todo mundo já sabe: o pré-sal é uma riqueza do
Brasil. O que fica cada vez mais evidente é que o
gás natural que virá com o petróleo tem um
poder extraordinário de transformar a nossa
economia e gerar empregos. O aumento da
competição dará início a um processo semelhante
ao que promoveu a recuperação da economia nos
EUA na última década, com a exploração do gás
de xisto.
Duas razões explicam esse movimento: a
primeira é que mais que dobraremos a produção
de gás, com os campos já licitados. A outra é a
convergência entre governo e mercado para
transformar essa produção em oferta ao País. Em
outras palavras, esse gás terá de ser produzido
para que o petróleo possa escoar, e o Brasil está
criando as condições para que ele seja usado em
território nacional.
Ao contrário do que foi feito no passado, o
choque de energia competitiva vem da criação de
um ambiente de confiança para os investimentos
e não de intervenções do governo. Estamos
quebrando uma antiga lógica, lembrada por
Roberto Campos, de que o Brasil nunca perdia
uma oportunidade de perder uma oportunidade.
Estudos feitos pela Abrace apontam que o
choque da energia competitiva tem potencial de
gerar 12 milhões de empregos em dez anos e
acrescentar 1% ao PIB brasileiro a cada ano.
A Petrobrás, que anunciou a disposição de
concentrar esforços nos segmentos mais
lucrativos, terá na criação de um mercado
competitivo sua maior proteção contra as
intervenções que, no passado, trouxeram tantos
danos à companhia.
As indústrias terão acesso a um combustível que
dará competitividade à produção nacional e
promoverá investimentos novos. Governos e
população se beneficiarão com o aumento da
arrecadação e dos empregos.
Muitos Estados já dão sinais de que enxergaram,
nesse movimento, uma grande oportunidade.
Alguns, como Rio de Janeiro e Sergipe, até se
anteciparam às propostas que estão sendo
consolidadas pelo Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE).
Esse cenário aponta para um novo Brasil mais
moderno, mais eficiente e competitivo, com o
fortalecimento de instituições como ANP, Aneel e
Cade e a consolidação do País como um polo de
atração de investimentos internacionais. O gás
também ajudará na transição de nossa matriz
energética, consolidando a tradição brasileira na
geração de energia limpa e renovável.
Chegou a hora do gás mudar a realidade do
Brasil.
* Presidente da Associação Brasileira de Grandes
Consumidores Industriais e de Consumidores
Livres
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
gas-natural-da-oportunidade-a-
realidade,70002886236
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Data: 25/06/2019
32
Grupo de Comunicação
Ministério da Agricultura aprova registro de
42 agrotóxicos, chegando a 211 este ano
Produtos aguardavam liberação há quatro anos,
em média, de acordo com comunicado da pasta
nesta segunda-feira, 24
Reuters
O Ministério da Agricultura aprovou o registro de
42 defensivos agrícolas, incluindo de empresas
como Dow Agrosciences (DOW.N), Bayer
(BAYGn.DE) e Syngenta, em uma lista de
produtos que aguardavam liberação há quatro
anos, em média, de acordo com comunicado da
pasta desta segunda-feira, 24.
As aprovações foram publicadas no Diário Oficial
da União pelo Departamento de Sanidade Vegetal
e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa
Agropecuária e incluem apenas um produto com
ingrediente ativo novo, enquanto os demais são
genéricos de produtos já disponíveis no mercado,
afirmou o ministério.
A novidade entre as aprovações é um produto
técnico da Dow à base de Florpirauxifen-benzil,
primeiro ingrediente ativo novo aprovado no ano
de 2019, acrescentou o ministério, destacando
que o defensivo “apresenta alta eficiência contra
a infestação de diversas plantas daninhas”.
Da lista de registros, outros 29 são produtos
técnicos equivalentes, ou seja, genéricos de
princípios ativos já autorizados no País, para uso
industrial.
Outros 12 registros — 10 de origem química e
dois de origem microbiológica— são produtos
genéricos que já estão prontos para serem
usados no controle de pragas na agricultura
brasileira, disse o ministério, que destacou que a
aprovação dos genéricos vista baratear o preço
dos defensivos.
“As aprovações de novos produtos técnicos
equivalentes significam que novas fábricas estão
autorizadas a fornecer ingredientes ativos para
fabricação dos produtos formulados que já estão
registrados, possibilitando um aumento na
concorrência no fornecimento industrial destas
substâncias”, disse em nota o Coordenador-Geral
de Agrotóxicos e Afins da Secretaria de Defesa
Agropecuária, Carlos Venâncio.
Com a publicação dos registros, o número de
produtos autorizados pelo Ministério da
Agricultura desde o início de 2019 chega agora a
211.
A pasta disse que ganhou velocidade nos
registros após medidas para desburocratização
implementadas nos últimos três anos, em
especial na agência de vigilância sanitária Anvisa.
A pasta explicou ainda que nos últimos três anos
foram quebradas as patentes de ao menos 15
ingredientes ativos que antes eram
comercializados apenas por uma empresa.
Apesar disso, as empresas continuavam
comercializando os ingredientes ativos sozinhas
no mercado, pois não havia o registro dos
genéricos.
“Nos próximos meses, mais seis ingredientes
ativos hoje comercializados por apenas uma
empresa também devem ter genéricos
registrados”, acrescentou o ministério.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
ministerio-da-agricultura-aprova-registro-de-42-
defensivos-agricolas,70002885340
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Data: 25/06/2019
33
Grupo de Comunicação
Doria responde Bolsonaro: ‘Não é hora de
eleição. É momento de gestão’
Governador de São Paulo diz que transferência
do GP do Brasil de Fórmula 1 para o Rio ‘não é
política, é econômica’
Pedro Venceslau , O Estado de S.Paulo
Em resposta ao presidente Jair Bolsonaro, que
defendeu a transferência da Fórmula 1 de São
Paulo para o Rio de Janeiro, o governador João
Doria (PSDB) disse ao Estado nessa segunda-
feira, 24, que a questão da Fórmula 1 “não é
política”. “A questão da Fórmula 1 não é política.
É econômica. Não é hora de eleição. É momento
de gestão”, disse o tucano.
Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 24, a
jornalistas que Doria “parece que quer ser
presidente” em 2022 e que por isso deveria
pensar no Brasil “e não no seu estado”. “Não vai
ter guerra, não, somos Brasil. A imprensa diz que
ele será candidato à Presidência em 2022, então
ele tem de pensar no Brasil. Se ele disputar a
reeleição, aí ele pensa no seu Estado. Melhor
ficar no Rio do que não ficar em lugar nenhum”,
disse Bolsonaro. O contrato do evento com a
capital paulista acaba no ano que vem.
O episódio reforça o afastamento gradual entre o
governador paulista e o presidente, que foi
apoiado por Doria na disputa presidencial do ano
passado. Ambos são pré-candidatos ao Palácio do
Planalto.
O presidente Jair Bolsonaro negou que a
transferência do Grande Prêmio do Brasil de
Fórmula 1 de São Paulo para o Rio de Janeiro vá
gerar uma “guerra” entra as duas capitais. Para
ele, a mudança está sendo negociada para
garantir que a prova permaneça no Brasil.
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,dor
ia-responde-bolsonaro-nao-e-hora-de-eleicao-e-
momento-de-gestao,70002885744
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Data: 25/06/2019
34
Grupo de Comunicação
Barroso suspende MP de Bolsonaro que transfere demarcação de terras
indígenas para Agricultura
Ministro do STF acolheu pedidos em ações
movidas pela Rede Sustentabilidade, pelo Partido
dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido
Democrático Trabalhista (PDT)
Luiz Vassallo e Fausto Macedo
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís
Roberto Barroso suspendeu liminarmente trecho
de Medida Provisória do governo Jair Bolsonaro
(PSL) que transferiu a demarcação de terras
indígenas para a competência do Ministério da
Agricultura, comandado pela ministra Tereza
Cristina. O ministro acolheu pedidos em ações
movidas pela Rede Sustentabilidade, pelo Partido
dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido
Democrático Trabalhista (PDT).
A decisão faz com que a função volte,
provisoriamente, à Fundação Nacional do Índio
(Funai).
O texto da MP agora suspenso pela decisão do
ministro prevê que a competência da Agricultura
compreende a identificação, o reconhecimento, a
delimitação, a demarcação e a titulação das
terras ocupadas pelos remanescentes das
comunidades dos quilombos ‘e das terras
tradicionalmente ocupadas por indígenas’. A
mudança é um pedido da Frente Parlamentar da
Agropecuária (FPA), maior bancada do
Congresso.
Segundo Barroso, a ‘transferência da
competência para a demarcação das terras
indígenas foi igualmente rejeitada na atual
sessão legislativa’. “Por conseguinte, o debate,
quanto ao ponto, não pode ser reaberto por nova
medida provisória. A se admitir tal situação, não
se chegaria jamais a uma decisão definitiva e
haveria clara situação de violação ao princípio da
separação dos poderes”.
“A palavra final sobre o conteúdo da lei de
conversão compete ao Congresso Nacional, que
atua, no caso, em sua função típica e precípua de
legislador. Está, portanto, inequivocamente
configurada a plausibilidade jurídica do pedido,
uma vez que, de fato, a edição da MP 886/2019
conflita com o art. 62, §10, CF”, escreve.
“Está presente, ainda, o perigo na demora, tendo
em vista que a indefinição da atribuição para
demarcar as terras indígenas já se arrasta há 6
(seis) meses, o que pode, por si só, frustrar o
mandamento constitucional que assegura aos
povos indígenas o direito à demarcação das áreas
que ocupam (art. 231, CF) e comprometer a
subsistência das suas respectivas comunidades”,
anotou.
Derrota no Congresso
Em seu primeiro dia de governo, Bolsonaro havia
editado uma MP para mudar a estrutura dos
ministérios e aproveitou para fazer mudanças na
Fundação Nacional do Índio (Funai). O texto
transferia o órgão do Ministério da Justiça para o
da Mulher, da Família e do Direitos Humanos, e
tirava da Funai sua principal função: a
demarcação de terras indígenas.
O Congresso, no entanto, devolveu a Funai à
Justiça – junto com todas as suas competências,
incluindo a demarcação. Pela nova MP, o Planalto
transferiu outra vez a tarefa da demarcação para
a Agricultura, mas desta vez não tira a Funai da
Justiça.
Procuradoria
A Câmara de Populações Indígenas e
Comunidades Tradicionais do Ministério Público
Federal manifestou ‘perplexidade’ com a decisão
do governo federal de devolver a demarcação de
terras indígenas ao Ministério da Agricultura.
Para o órgão da Procuradoria, a medida é um
‘desrespeito ao processo legislativo, afrontando a
separação de Poderes e a ordem democrática’ ao
reeditar matéria já rejeitada pelo Congresso
Nacional.
A nota da Câmara de Populações Indígenas e
Comunidades Tradicionais, assinada por seu
coordenador, o subprocurador-geral da República
Antônio Carlos Bigonha, foi divulgada na última
quarta, 19, o mesmo dia em que a Medida
Provisória 886 foi publicada.
Para a Procuradoria, a nova MP do governo
federal ‘viola a Constituição, a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal (STF), além de
desrespeitar o processo legislativo’.
Data: 25/06/2019
35
Grupo de Comunicação
Com a Palavra, a Advocacia-Geral da União
NOTA
Tendo em vista a cautelar deferida pelo ministro
Luís Roberto Barroso que suspende alguns
artigos da Medida Provisória 886/2019, a
Advocacia-Geral da União aguarda que o plenário
do Supremo Tribunal Federal aprecie a decisão
com urgência.
O advogado-geral da União, André Mendonça,
defende que as ações que questionam a MP
tenham prioridade na pauta de julgamentos da
Corte.
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-
macedo/barroso-suspende-mp-de-bolsonaro-
que-transfere-demarcacao-de-terras-indigenas-
para-agricultura/
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Data: 25/06/2019
36
Grupo de Comunicação
Prefeito sanciona proibição de canudos de
plástico em São Paulo
Projeto diz que, no lugar dos canudos, poderão
ser fornecidos canudos de papel reciclável ou de
material comestível ou biodegradável
Ana Paula Niederauer, O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - O prefeito Bruno Covas sanciona
nesta terça-feira, 25, o Projeto de Lei 99/2018,
que dispõe sobre a proibição de fornecimento de
canudos confeccionados em material plástico.
Em abril deste ano, a Câmara de Vereadores de
São Paulo aprovou em segunda votação, o
projeto de lei que proíbe o fornecimento de
canudos plásticos em estabelecimentos
comerciais, como restaurantes, bares, padarias e
hotéis.
Bar poderá ser fechado se desrespeitar norma Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
O projeto diz que, no lugar dos canudos, poderão
ser fornecidos canudos de papel reciclável ou de
material comestível ou biodegradável. Para quem
descumprir o determinado, a multa imposta a
partir da segunda autuação é de R$ 1 mil, e pode
chegar até a R$ 8 mil em caso de reincidência,
com fechamento administrativo do
estabelecimento flagrado.
Com o Projeto de Lei sancionado, São Paulo se
junta a outras cidades que já proíbem o canudo,
como o Rio de Janeiro.
https://sao-
paulo.estadao.com.br/noticias/geral,prefeito-
sanciona-proibicao-de-canudos-de-plastico-em-
sao-paulo,70002886883
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Data: 25/06/2019
37
Grupo de Comunicação
Iniciado estudo ambiental de ponte que vai
ligar Santos ao Guarujá
A Ecovias, concessionária do Sistema Anchieta-
Imigrantes, informou ter entrado com pedido de
licença ambiental para a obra. Estrutura é
reivindicada há quase um século por turista e
moradores
José Maria Tomazela, O Estado de S.Paulo
SOROCABA – A construção de uma ponte ligando
as cidades de Santos e Guarujá, no litoral do
Estado de São Paulo, está mais próxima de se
tornar realidade. A Ecovias, concessionária do
Sistema Anchieta-Imigrantes, informou ter
entrado com pedido de licença ambiental para a
obra nos órgãos ambientais de São Paulo.
Maquete virtual da ponte projetada para ligar Santos e Guarujá, facilitando também o acesso ao Porto de Santos, no litoral paulista Foto: Ecovias/Divulgação
Reivindicada há quase um século por turistas e
moradores da Baixada Santista, a ponte é
apontada com importante para melhorar o
acesso ao principal porto da América Latina e
eliminar um dos principais gargalos logísticos do
Estado.
Nesta segunda-feira, 24, a Cetesb, agência
ambiental do Estado de São Paulo, confirmou ter
recebido o pedido de licença prévia do
empreendimento, que se encontra em análise
técnica. Conforme a Ecovias, já foram
desenvolvidos os estudos da nova ponte,
inclusive os projetos funcional e executivo, com
valores e prazos de execução.
A licença ambiental segue em paralelo à análise
pela Artesp. Como a obra não está prevista no
contrato de concessão do sistema operado pela
Ecovias, sua execução às expensas da
concessionária depende do reequilíbrio
econômico-financeiro do contrato. Uma das
possibilidades pode ser a extensão do prazo da
concessão.
Conexão vem sendo prometida há décadas
Uma interligação mais eficaz entre as duas
margens do Porto de Santos - uma na cidade de
Santos, na Ilha de São Vicente, e outra no
Guarujá, na Ilha de Santo Amaro – vem sendo
estudada e prometida há décadas. Atualmente, o
percurso por terra de uma margem à outra é de
cerca de 45 quilômetros. O projeto da Ecovias
prevê 7,5 quilômetros de obras de arte, entre
ponte e viadutos, a um custo estimado de R$ 2,9
milhões.
Conforme o estudo, a ponte começa na chegada
a Santos pela Via Anchieta, na altura do km 64,
cruza o estuário na altura do bairro Alemoa,
passando pela Ilha do Barnabé, e chega do outro
lado na rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-
055), quase no acesso à Rio-Santos. O projeto
foi apresentado ao Conselho de Autoridade
Portuária (CAP), órgão consultivo da
administração do Porto de Santos, e
encaminhado à Agência de Transportes do Estado
de São Paulo (Artesp).
A obra, com o atual formato, começou a ser
desenvolvida no ano passado, quando o então
governador Márcio França (PSB), autorizou a
Ecovias a trabalhar no projeto. Em fevereiro
deste ano, o governador João Doria (PSDB) deu
aval à ponte.
Além de facilitar a chegada de cargas ao porto, a
ponte vai melhorar a mobilidade urbana na
Baixada Santista. Atualmente, os quase 800 mil
moradores usam balsas para se deslocar entre as
duas cidades - a alternativa é percorrer 45 km
pela Cônego Domênico Rangoni, pagando
pedágio. O movimento previsto será de 26 mil
veículos por dia, conforme estudo da Ecovias.
A ponte terá 85 metros de altura no vão principal
e 325 m de largura entre os pilares. A Secretaria
de Logística e Transportes do Estado informou,
em nota, que está empenhada em concretizar a
ligação seca entre Santos e Guarujá. “A SLT,
Artesp e Codesp seguem em tratativas para
definir o melhor projeto para a região e análise
da ponte nos planos de expansão do Porto de
Santos. No momento, a construção da ponte está
em análise na Artesp e aguarda licença
ambiental”, informou. A Artesp confirmou que
analisa o projeto.
Data: 25/06/2019
38
Grupo de Comunicação
Incluída no Plano Regional para Santos,
elaborado na década de 1940 pelo engenheiro
Prestes Maia, a ligação seca entre Santos e
Guarujá sempre esteve em planos de governo
das administrações estaduais, mas nunca saiu do
papel. O primeiro projeto de que se tem notícia
remonta a 1927, quando o engenheiro arquiteto
Enéas Marini se propôs a construir um túnel de
900 metros sob o canal da região portuária de
Santos, atingindo o então distrito de Guarujá.
Em 1970, o governador Roberto de Abreu Sodré
anunciou a construção de uma ponte, o que
também não aconteceu. Em março de 2010, o
então governador José Serra (PSDB) chegou a
apresentar, na Pronta da Praia, em Santos, uma
maquete da futura ponte entre Santos e Guarujá.
O complexo de 4,6 km, com 1 km de ponte
estaiada, foi anunciado como o fim da travessia
por balsas, “um dos maiores gargalos do
transporte na Baixada Santista”. O projeto,
orçado em R$ 700 milhões e previsto para ser
executado em 30 meses, não saiu do papel.
Em janeiro do ano seguinte, a Ecovias chegou a
apresentar ao governo paulista seu primeiro
estudo para a obra. A ponte teria 4.580 metros
de extensão, ligando o cais do Saboó, em
Santos, e a Rodovia Cônego Domênico Rangoni
(Piaçaguera-Guarujá), na Ilha do Barnabé. O
projeto não seguiu adiante.
Em agosto de 2011, já sob a gestão de Geraldo
Alckmin (PSDB), foi anunciado outro projeto: a
ligação entre Santos e Guarujá seria feito, não
mais por uma ponte, mas por um túnel, a um
custo estimado em R$ 1,3 bilhão. Em meados de
2016, Alckmin afirmou que, embora a obra fosse
importante, o governo estadual não tinha
dinheiro para realizá-la.
https://sao-
paulo.estadao.com.br/noticias/geral,iniciado-
estudo-ambiental-de-ponte-de-que-vai-ligar-
santos-ao-guaruja,70002886191
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Data: 25/06/2019
39
Grupo de Comunicação
VALOR ECONÔMICO Governo inicia abertura do setor de gás
natural
Por Rafael Bitencourt | De Brasília
O governo apresentou ontem, por meio de
resolução do Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE), as diretrizes para abertura do
mercado de gás natural no país, atualmente
dominado por forte influência da Petrobras nos
diferentes segmentos da atividade.
O objetivo da medida, segundo nota do CNPE, é
incentivar a desverticalização de toda a cadeia de
gás natural, criando condições para o acesso aos
gasodutos de transporte e a todas as
infraestruturas essenciais do setor,
"proporcionando a abertura do mercado e a
promoção da concorrência".
O ministro de Minas e Energia, Bento
Albuquerque, disse que apresentará a partir de
hoje o esboço do novo mercado de gás ao
Congresso, para elaborar, junto com os
parlamentares, um projeto de lei sobre a
abertura do setor.
https://www.valor.com.br/brasil/6318277/govern
o-inicia-abertura-do-setor-de-gas-natural
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Data: 25/06/2019
40
Grupo de Comunicação
Conselho aprova abertura do mercado de
gás
Por Rafael Bitencourt | De Brasília
O governo definiu ontem o roteiro para a
abertura do mercado de gás natural no país,
atualmente dominado por forte participação da
Petrobras. Por meio de resolução, o Conselho
Nacional de Política Energética (CNPE) tentou
definir as bases desse novo ambiente de
competição com medidas de estímulos à
concorrência prevista no programa "Novo
Mercado de Gás".
O governo espera reduzir, em três anos, 40% o
preço atual do gás natural ofertado no Brasil, de
US$ 14 por milhão de BTUs. O ministro Bento
Albuquerque (Minas e Energia) disse que 10% de
redução no preço representa acréscimo de 2,1%
do PIB. O ministro da Economia, Paulo Guedes,
ressaltou que, se a queda chegar a 50%, o país
terá ganho de 10,5% na economia.
A abertura do mercado, anunciada por
Albuquerque e Guedes, não depende apenas da
vontade do governo. Um dos entraves, por
exemplo, depende de ação do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Trata-se da exigência de saída da Petrobras de
segmentos de distribuição, transporte,
processamento e importação, para que a
companhia siga com o seu plano de concentrar
investimentos na exploração e produção de
petróleo e gás.
Há a expectativa de que a Petrobras firme com o
órgão antitruste um novo Termo de Cessação de
Conduta (TCC), semelhante ao assinado nas
últimas semanas em que se comprometeu a
vender oito de 13 refinarias. Albuquerque disse
que o comando do Cade tem acompanhado as
discussões e manifestado apoio à diminuição do
poder de mercado da estatal.
Guedes também aposta no empurrão do Cade
para quebrar o monopólio exercido, na prática,
pela Petrobras. Disse que o órgão já aprovou
fusões controversas como Itaú / Unibanco e
Brahma / Antarctica, que poderiam ser
entendidas como prejudiciais à concorrência,
mas, agora, segundo o ministro "eles estão
conversando" para chegar a um entendimento.
Técnicos do Ministério de Minas e Energia
informaram que, no acordo, o Cade pode exigir a
saída da Petrobras dos conselhos de
administração de empresas em que detém
participação minoritária, como as distribuidoras
estaduais. Além disso, a companhia deverá se
comprometer com a oferta de capacidade de
escoamento, pois estima-se que 36% da
infraestrutura se manteve ociosa entre 2018 e
2019.
Outra incerteza relacionada ao sucesso do
programa envolve o apoio de governos estaduais
na padronização das regras aplicadas ao
segmento de distribuição. Guedes afirmou que os
governadores de Rio de Janeiro, Espírito Santo e
Minas Gerais já indicaram que querem "quebrar o
monopólio" na distribuição de gás para se
beneficiarem ganhos econômicos da abertura do
mercado.
"Não estamos dando nenhum dinheiro aos
Estados, o que seria até antirrepublicano. O que
existe é o 'Plano Mansueto', que vai oferecer
contrapartidas", disse Guedes se referindo à
ajuda que o governo federal vai oferecer aos
Estados que fizerem o ajuste fiscal.
Albuquerque afirmou que alguns ajustes no
mercado de gás natural deverão passar pelo
Legislativo. Sem adiantar detalhes, ele disse
apenas que o governo apresentará sugestões de
aperfeiçoamento na legislação a partir desta
semana ao parlamentares. O ministro ressaltou
que, se um novo projeto de lei voltar a tramitar,
não será de iniciativa do Executivo.
Ontem, o diretor-geral da Agência Nacional do
Petróleo (ANP), Décio Oddone, destacou que a
resolução aprovada pelo CNPE também tratou da
retomada da produção de gás natural em terra, o
que considera importante para diversificar a
oferta em diferentes regiões do país. Ele disse
que, com isso, o governo decidiu retomar os
projetos de exploração de gás não convencional
(shale gas), que utiliza o processo de
fraturamento hidráulico difundido nos EUA, mas
fortemente combatido por ambientalistas.
Para o diretor da ANP, o Brasil não pode fazer a
"opção pela pobreza" ao virar as costas para os
benefícios econômicos da exploração do gás não
convencional. Ele considera que é possível
promover uma discussão para mostrar que
eventuais danos ambientais dessa técnica podem
ser mitigados por meio de regulação.
https://www.valor.com.br/brasil/6318255/consel
ho-aprova-abertura-do-mercado-de-gas
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Data: 25/06/2019
41
Grupo de Comunicação
Desmatamento e clima podem em 30 anos
reduzir Amazônia à metade
Por Daniela Chiaretti | De São Paulo
Em 30 anos a floresta amazônica poderá estar
dividida e com mais da metade das espécies de
árvores ameaçada de extinção. A diagonal que
dividirá o maior bloco de floresta tropical do
mundo em uma parte ainda contínua, e outra
completamente fragmentada, pode ser o
resultado do desmatamento combinado ao
impacto da mudança climática sobre a Amazônia.
O aquecimento global combinado ao
desmatamento pode significar perda na riqueza
de espécies de árvores de 58%, até 2050, no
cenário pessimista, e de 43%, no otimista. O
desmatamento sozinho, se continuar no ritmo
atual, causaria uma redução entre 19% e 33%. O
efeito da mudança do clima global na floresta é
mais devastador - causaria redução nas espécies
de árvores entre 47% e 53%.
Esses resultados alarmantes são algumas
conclusões de estudo publicado ontem na
"Nature Climate Change" por três pesquisadores
brasileiros e um holandês.
O grupo estudou a distribuição original de cada
uma das 10.071 espécies de árvores amazônicas
conhecidas. O número médio de espécies em
área de 10 km2 seria de cerca de 1.500 espécies.
Ali, onde as espécies estão confortáveis,
coletaram informações de precipitação e
temperatura. Depois cruzaram estes mapas com
modelos climáticos e de desmatamento que
fazem projeções para 2050.
"O que poderemos chamar de Amazônia no
futuro é alarmante, segundo nossos resultados
no cenário mais pessimista", diz o autor do
estudo Vitor Gomes. A análise foi capítulo central
de sua tese de doutorado, defendida em
novembro na Universidade Federal do Pará, em
Belém.
A intenção do grupo era avaliar o impacto do
clima e do desmatamento sobre a biodiversidade
em todo o bioma amazônico, com foco nas
árvores. "O que temos visto é o processo de
degradação da floresta aumentando", continua.
"Chegamos a um mapa chocante, com a floresta
dividida ao meio", diz Ima Vieira, coautora do
artigo e pesquisadora do Museu Goeldi, em
Belém.
Os pesquisadores usaram as projeções do Painel
Intergovernamental das Nações Unidas (IPCC, na
sigla em inglês), para 2050, projetando o que
aconteceria com a Amazônia em dois cenários.
Um deles, o mais pessimista, segue as
tendências atuais, quando nenhum esforço de
melhorar a governança é feito e a temperatura
aumenta 4°C. O outro cenário é mais otimista,
segue o que está no Acordo de Paris e o
aquecimento não ultrapassa 2°C.
Ainda, usaram mapas e modelos de
desmatamento do professor Britaldo Soares, da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ali
consideram-se taxas históricas de
desmatamento, mapas produzidos a partir de
imagens de satélites, abertura e pavimentação
de estradas na Amazônia e a efetividade de
proteção da floresta gerada pela existência de
unidades de conservação e terras indígenas.
Ima Vieira diz que o estudo não projeta a
ameaça que a Amazônia sofre por conta da
eventual aprovação do Projeto de Lei 2362/2019,
dos senadores Flavio Bolsonaro (PSL/RJ) e Marcio
Bittar (MDB/AC) e que propõe o fim da reserva
legal nas propriedades rurais.
"Se isso acontecer, perto de 89 milhões de
hectares poderão ser diretamente ameaçados
pelo desmatamento na Amazônia", diz Ima. "Já
ficamos impressionados com os resultados deste
estudo, imagine o que pode acontecer com esse
nível de retrocesso ambiental", diz a
pesquisadora.
"As espécies predominantes na Amazônia podem
sofrer muito!", diz Gomes. O estudo examinou o
que poderia ocorrer com as espécies
consideradas "hiperdominantes" - e que são 227.
"No futuro, estimamos que 96% delas serão
impactadas e estarão ameaçadas de extinção",
continua.
Uma rede de áreas protegidas na Amazônia pode
ter papel fundamental na redução das perdas.
"Mesmo que estas áreas não sejam imunes à
mudança climática, nossos modelos indicam que
as florestas fora da rede de áreas protegidas
podem perder até um terço a mais de espécies",
diz Gomes.
Data: 25/06/2019
42
Grupo de Comunicação
Para os pesquisadores, o cenário mais pessimista
está se tornando mais realista com o
desmatamento na Amazônia em crescimento e os
esforços globais para limitar o aquecimento,
insuficientes.
https://www.valor.com.br/brasil/6318249/desma
tamento-e-clima-podem-em-30-anos-reduzir-
amazonia-metade
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Data: 25/06/2019
43
Grupo de Comunicação
Grupos de lixo urbano preveem rombo de
mais R$ 5,2 bi neste ano
Por Taís Hirata | De São Paulo
Com R$ 16 bilhões a receber de prefeituras
inadimplentes, as companhias de limpeza urbana
preveem que a dívida volte a se agravar no
segundo semestre. Até o fim de 2019, a projeção
é que outros R$ 5,23 bilhões deixarão de ser
pagos, segundo cálculo da Associação Brasileira
de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos
Especiais (Abrelpe), que contabilizou as faturas
não pagas até agora e analisou a disponibilidade
orçamentária de municípios atendidos.
"Algumas prefeituras já avisaram que só terão
caixa para fazer os pagamentos até agosto;
outras, até setembro. É complicado porque são
serviços essenciais. As companhias não podem
simplesmente deixar de prestá-los", afirma
Carlos Silva Filho, presidente da entidade.
A dificuldade em cumprir os pagamentos não é
novidade no setor. Em 2016, a crise fiscal -
somada ao fim de mandato para muitos prefeitos
- fez disparar a inadimplência com os grupos. No
ano seguinte, a maior parte dos novos gestores
regularizou os desembolsos, mas não acertou as
cobranças passadas, diz Silva.
"Uma parte das companhias já recorreu à Justiça
para cobrar os débitos, mas como é um mercado
que depende da contratação pelos governos, há
um receio de brigar com o poder concedente. É
uma situação que gera constrangimento", afirma.
"Além disso, mesmo que a empresa tenha uma
vitória nos tribunais, o pagamento viria por meio
de precatórios, ou seja, demoraria dez, quinze
anos para cair no caixa."
Com a crise fiscal prolongada, parte dos
municípios têm buscado renegociar os contratos.
O caso de maior destaque é o da capital paulista.
Em fevereiro deste ano, o prefeito Bruno Covas
(PSDB) publicou um decreto no qual anunciava o
corte no valor de contratos públicos, incluindo os
de serviços de coleta e tratamento de lixo,
realizados pelos consórcios Loga (controlado pela
Vega, do grupo Solví) e Ecourbis (dos grupos
Marquise e Queiroz Galvão) desde 2003.
O prazo para a renegociação vence em 30 de
junho. No entanto, até agora as companhias nem
sequer foram procuradas para discutir o assunto,
segundo a Ecourbis. A Loga não quis se
manifestar. Para especialistas do setor,
dificilmente será possível reduzir o valor do
contrato sem afetar a prestação do serviço.
Procurada pela reportagem, a Autoridade
Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb) afirmou
que o tema está em discussão em um grupo de
trabalho intersetorial e que "dentro do prazo
estipulado serão apresentados estudos e
propostas para o atendimento ao decreto,
sempre visando manter a qualidade dos
serviços".
Para executivos do setor, a solução para a
dificuldade das prefeituras em pagar pelo serviço
passará necessariamente pela criação de taxas e
tarifas aos usuários, já que, na grande maioria
das cidades, é o caixa da prefeitura que financia
a operação, parcial ou totalmente.
O projeto de lei que busca alterar o marco legal
do saneamento básico traz medidas para facilitar
esse tipo de arrecadação. No texto aprovado pelo
Senado, que agora será analisado pela Câmara,
há uma permissão expressa para que as
companhias do segmento façam uma cobrança
direta aos usuários, ou que incluam a taxa ou
tarifa na conta de outra concessionária - de água
ou energia elétrica, por exemplo.
"Essa medida é importante porque hoje há
insegurança jurídica. Prefeituras que passaram a
cobrar receberam ações questionando as taxas",
afirma Silva.
Outra mudança relevante trazida pelo projeto é a
prorrogação dos prazos para que as prefeituras
acabem com os lixões. Pela Política Nacional de
Resíduos Sólidos, isso deveria ter ocorrido até
2014, mas grande parte ainda descumpre a
regra. O texto em tramitação dá novas datas-
limite, que variam de acordo com o perfil
demográfico do município e vão até, no máximo,
2023.
Data: 25/06/2019
44
Grupo de Comunicação
"A prorrogação serve como uma pressão às
prefeituras, que passam a ter um argumento
político para instituir uma cobrança que viabilize
os investimentos", avalia Carlos Henrique Rossin,
diretor do Sindicato das Empresas de Limpeza
Urbana no Estado de São Paulo (Selur).
Caso aprovado, o novo marco traria estímulos
importantes, mas a verdade é que nada garante
que os prefeitos estarão dispostos a criar uma
taxa, admite Silva Filho, da Abrelpe. "Se a lei for
aprovada, ainda teremos que sair com ela
debaixo do braço e convencer os municípios", diz
ele, relembrando o episódio da "Martaxa" -
apelido dado à ex-prefeita de São Paulo Marta
Suplicy (2001-2004), após a criação de uma taxa
pela coleta de lixo.
Como 2020 é ano de eleições municipais e
dificilmente um prefeito criaria uma nova tarifa
às vésperas de pedir voto à população, Silva
avalia que, se nada for feito nos próximos meses,
dificilmente haverá uma mudança de cenário no
ano que vem.
https://www.valor.com.br/empresas/6318335/gr
upos-de-lixo-urbano-preveem-rombo-de-mais-r-
52-bi-neste-ano
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Data: 25/06/2019
45
Grupo de Comunicação
Turbinas gigantes ganham mercado de
geração eólica
Por Camila Maia | De São Paulo
As maiores fabricantes de aerogeradores de
energia eólica do mundo estão trazendo para o
Brasil novas máquinas maiores e mais potentes,
com o dobro da potência instalada das em
operação hoje no país. A decisão não é uma
aposta na recuperação da demanda por energia
no curto prazo, mas uma resposta ao aumento
da competição no setor, justamente pela redução
do consumo.
Hoje, há cerca de 15 gigawatts (GW) em
operação no país, o que representa
aproximadamente 9% da matriz energética, mas
há poucos contratos futuros em execução devido
ao momento ruim da economia. Há quase três
anos, o cancelamento inesperado de um leilão
motivou os fabricantes a ameaçarem deixar o
país, diante da baixa previsibilidade de novos
contratos. O consumo de energia se manteve em
baixa, e o que se seguiu, contudo, foi o oposto
do prometido. Máquinas maiores e mais
eficientes serão fabricadas agora em território
brasileiro.
A estratégia das fabricantes é usar isso como
diferencial para disputar novos contratos e evitar
fábricas vazias e com capacidade ociosa nos
próximos anos.
"As novas máquinas têm basicamente a intenção
de melhorar a competitividade do aerogerador,
que vai gerar mais energia a um custo menor",
disse João Paulo Gualberto da Silva, diretor de
novas energias da WEG. A brasileira, que tem
sofrido com a falta de novas encomendas em
energia eólica, lançou no mês passado um novo
aerogerador com 4 megawatts (MW) de potência
e 147 metros de diâmetro das pás (rotor). O
custo dos novos equipamentos é mais alto, mas
o ganho em potência é maior. "Você tem um
ganho proporcional de mais ou menos 30% na
geração", informa Gualberto.
As condições dos ventos do Nordeste brasileiro
são extremamente favoráveis para os
aerogeradores mais altos, que chegam a 250
metros de altura considerando as estruturas
completas e as pás. A proximidade com a linha
do Equador cria ventos estáveis e unidirecionais.
Assim, o fator de capacidade (termo técnico para
a produção efetiva da usina em relação à sua
capacidade instalada) na região muitas vezes
ultrapassa os 50%. Na Europa, essa faixa
costuma ficar abaixo de 30%.
As empresas relatam que, ajudadas pelos "bons
ventos", as novas turbinas já têm encontrado
boa aceitação no mercado. A dinamarquesa
Vestas anunciou em outubro do ano passado que
começaria a produzir em sua fábrica no Ceará
novos aerogeradores com 4,2 megawatts (MW)
de potência, mais que o dobro das fabricadas até
então, de 2 MW. "O casamento da nossa turbina
com a condição brasileira foi tão bom que quando
completamos sete meses [do anúncio] já
tínhamos assinado mil MW em contratos", disse
Rogério Zampronha, presidente da Vestas no
Brasil.
Como a demanda dos leilões de geração depende
de uma perspectiva de crescimento da economia,
a expansão da fonte eólica tem se baseado mais
em projetos voltados para o mercado livre desde
o último ano. Os empreendimentos, porém, não
representam consumo "novo" de energia, mas
um movimento generalizado na indústria que
busca trocar fontes convencionais de energia por
fontes renováveis. "A troca da matriz vai dar uma
movimentada boa na éolica. Mas sabemos que o
Brasil vai precisar de nova energia no futuro, e
energia em larga escala viabilizada no curto
prazo é só a eólica", disse David Lobo, diretor
comercial e porta-voz da Nordex no Brasil. A
fabricante está trabalhando com novas turbinas
de 5,1 MW a 5,5 MW.
"Independentemente do crescimento da
demanda em leilões, vemos uma atividade
importante no mercado livre, na qual
consumidores querem cada vez mais energia
renovável", disse Julio Friedmann, líder comercial
Data: 25/06/2019
46
Grupo de Comunicação
de eólica onshore da GE Renewable Energy na
América Latina. O Brasil será um dos primeiros
mercados a receber uma turbina de 5,3 MW. "É
um mercado muito desenvolvido e sofisticado e
capaz de prover sempre boa visibilidade para
investimentos em eólica", completou o executivo
da GE.
Segundo Zampronha, a tecnologia para turbinas
de maior porte já existe, mas é mais comum seu
uso em parques eólicos offshore. "Não há
limitação tecnológica para turbinas de 6 MW, 7
MW, porque elas já existem", disse. A logística,
porém, é um obstáculo importante. "Levar uma
turbina do Ceará para o interior da Bahia é como
transportar de um país a outro. O desafio é
grande porque as condições de transporte são
complexas", apontou Zampronha.
Outro desafio é a adaptação da cadeia de
suprimento local. As fabricantes têm trabalhando
para dar apoio aos parceiros para que se
adequem às exigências tecnológicas dos novos
equipamentos. "As novas máquinas são
tecnologicamente mais sofisticadas e já fica mais
difícil encontrar fornecedores na indústria que
consigam dar conta da complexidade", disse o
presidente da Vestas.
https://www.valor.com.br/empresas/6318317/tu
rbinas-gigantes-ganham-mercado-de-geracao-
eolica
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Data: 25/06/2019
47
Grupo de Comunicação
Debênture de infraestrutura terá nova
isenção
Por Rodrigo Polito | Do Rio
O governo federal estuda implementar mudanças
nas regras das debêntures de infraestrutura.
Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio
Gomes de Freitas, a principal alteração é
estender para investidores pessoa jurídica e
estrangeiros os benefícios de isenção de Imposto
de Renda para os investidores pessoa física que
compram o papel.
"Essa isenção hoje pega só a pessoa física. A
ideia é trazer essa isenção também a pessoa
jurídica e também para o estrangeiro", afirmou o
ministro a jornalistas, após participar de café da
manhã com empresários, promovido pelo grupo
Lide, no Rio. "O ganho de capital do [investidor]
estrangeiro hoje já não é tributado. A ideia é
também não tributar esse ganho com
debêntures".
Segundo o ministro, no primeiro semestre deste
ano foram registrados R$ 2,3 bilhões em emissão
de debêntures do tipo. Os papéis são referentes
a empreendimentos com previsão de
investimentos de R$ 5 bilhões.
Questionado sobre a expectativa do governo em
relação à emissão de debêntures de
infraestrutura para 2019 como um todo, o
ministro preferiu não arriscar um número. Ele, no
entanto, disse que o desempenho da economia
brasileira no segundo semestre será melhor do
que na primeira metade do ano. "Todos os
indicadores estão apontando para isso",
completou.
Segundo Freitas, o BNDES tem tido participação
importante na compra de debêntures de
infraestrutura e em estruturação de projetos. O
ministro criticou a atuação do banco em
governos passados. Para ele, um "grande
problema do passado" foi que a concessão de
financiamentos não seguiu a "matemática", mas
a "ideologia". Esse tipo de financiamento
subsidiado, explicou, funcionou como "muletas"
para empreendimentos que não eram viáveis do
ponto de vista econômico-financeiro.
Para uma plateia de executivos, advogados e
representantes de entidades ligadas à
infraestrutura, o ministro disse que o processo de
licenciamento ambiental ainda precisa ser
melhorado no Brasil. Segundo ele, o
licenciamento precisa ser "mais técnico e menos
ideológico". Uma solução nesse sentido, contou
Freitas, está em discussão no Congresso, por
meio de um projeto de lei que traz diretrizes para
o licenciamento ambiental.
Com relação ao setor de óleo e gás, o ministro
afirmou que o governo prevê arrecadar R$ 106
bilhões com os dois leilões de áreas do pré-sal
previstos para este ano: a 6ª Rodada do Pré-sal
e o leilão dos excedentes da cessão onerosa. Os
dois certames têm potencial de investimentos da
ordem de R$ 1 trilhão ao longo do período de
concessão dos projetos, acrescentou ele.
Ainda no setor, também está prevista para este
ano a 16ª Rodada de áreas convencionais de
exploração e produção de petróleo e gás natural
da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP).
No segmento de aviação, Freitas contou que há
três ou quatro empresas estrangeiras
interessadas em investir no setor no Brasil,
depois da abertura do mercado para o capital
estrangeiro. "Isso [abertura] vai impulsionar o
mercado de aviação." Com relação aos
aeroportos, ele destacou que um grupo de 22
aeroportos será leiloado em outubro. Outro
grupo, também de 22 aeroportos, incluindo
Santos Dumont e Congonhas, deve ser leiloado
em 2021 ou 2022. A ideia é separar os
aeroportos do Rio e de São Paulo em lotes
diferentes, para aumentar a atratividade do
leilão.
https://www.valor.com.br/financas/6318035/deb
enture-de-infraestrutura-tera-nova-isencao
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Data: 25/06/2019
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Grupo de Comunicação
Não retroceder no meio ambiente
Por Ricardo Esturaro e Marco Antonio da Costa
Sabino
O Brasil enfrentou muitas crises econômicas em
sua história e Octávio Bulhões, ex-ministro da
Fazenda na década de 60, sempre dizia: "apesar
de tudo, o Brasil é maior do que o buraco". Se
Bulhões estivesse vivo hoje poderia rever sua
celebre frase, ao menos no que toca a dois
problemas ambientais: saneamento básico e
descarte do lixo.
É sabido que o meio ambiente possui extensa
proteção legal nos ordenamentos dos variados
países. Basicamente, os regimes jurídicos
contemporâneos da tutela do meio ambiente
contam com as constituições (i.e., Brasil, África
do Sul, Índia, Nigéria) e a regulação
infraconstitucional ativa, demandando ações do
Estado (i.e., Estados Unidos) ou passiva,
proibindo certas condutas (estratégia end of the
tube).
Contudo, mesmo a previsão constitucional não é
suficiente para efetivar a tutela ambiental: há um
gap de implementação nos quatro países já
mencionados e, no Brasil, há, ainda, o perigo de
retrocesso, como a MP 884, que dispensa prazo
para proprietários de terras realizarem o
Cadastro Ambiental Rural (CAR). No País, em que
50% da população não tem acesso a políticas de
saneamento básico (IBGE, 2018) - direito
humano consagrado pela ONU -, meio ambiente
é assunto de primeira e última hora.
O Brasil tem de diminuir o buraco que impede
que a regulação do saneamento e do descarte do
lixo seja implementada
Contrariando a máxima de Bulhões, parece que o
buraco para a implementação das leis é maior do
que o Brasil. Poucos são aqueles que conhecem a
existência das Leis 11.445/07 e 12.305, (Política
Nacional de Resíduos Sólidos, PNRS).
A Lei nº 11.445/07 estabeleceu as diretrizes
gerais para o saneamento básico. O objetivo era
alçar o país a um novo patamar no
abastecimento de água, tratamento do esgoto,
limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e
drenagem de águas pluviais urbanas. A lei definiu
como metas a universalização do abastecimento
de água até 2023 e o atendimento de 92% da
população com rede de esgoto até 2033.
Infelizmente, estas metas não devem ser
atingidas e o pior é o que o país deixa de usufruir
os benefícios de uma boa infraestrutura básica de
saneamento, com prejuízo à vida, ao
desenvolvimento e ao próprio meio ambiente
(que o digam os surtos de doenças provocadas
pelo aedes aegypit, para ficar apenas nos últimos
anos).
A PNRS tramitou por quase 20 anos no
Congresso. Ela é um marco por tratar da
responsabilidade compartilhada de sociedade,
empresas Estado na gestão de resíduos sólidos
(qualquer material, substância, objeto ou bem
descartado que precisa ser tratado ou reciclado -
como latas, garrafas e sacolas plásticas). Fixou,
também, procedimentos para a separação do lixo
pela população onde houver coleta seletiva.
Sinalizou a hipótese de logística reversa, e,
também - e pode parecer incrível que uma lei
venha tratar desse tema - vetou a importação de
qualquer tipo de lixo. Um dos pontos mais
importantes para tirar o Brasil de um padrão
medieval do tratamento dos resíduos sólidos,
proibiu a criação de "lixões", estabelecendo prazo
para que os depósitos existentes sejam extintos.
Contudo, como muita coisa no Brasil, tal prazo,
vencido em 2014, foi prorrogado para 2019 e,
agora, o Congresso discute nova prorrogação. O
Brasil paroquial é maior que o Brasil que
queremos: pesquisa do WWF, baseada em dados
do Banco Mundial, indicou que entre os 15 países
que mais geram lixo plástico no mundo, o Brasil
é o que menos recicla.
A União Europeia vem liderando a agenda global
com regulações e leis de vanguarda nas questões
relacionadas ao meio ambiente. Dessa vez, a UE
trata de frente o problema do descarte do
plástico. Desde 1950 foram produzidas 6,3
bilhões de toneladas de plástico no mundo,
porém apenas 9% foi reciclado e 12% foi
incinerado.
Nesse contexto, a UE banirá uma série de
produtos plásticos a partir de 2021. A medida
proíbe o uso de plásticos descartáveis quando
houver alternativas de outros materiais no
mercado e, caso não existam, viabiliza a redução
de seu consumo em nível nacional, aumentando
a exigência em sua produção e rotulagem e
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criando novas obrigações para os produtores em
relação à gestão e limpeza de resíduos.
A proposta também fixa o objetivo de reciclar
90% das garrafas PET até 2029, além de obrigar
que sua composição se constitua de 25% de
material reciclado até 2025 e 30% até 2030. O
texto ainda força produtores a arcarem com os
custos de limpeza, coleta e reciclagem desses
artigos. No Brasil, algumas prefeituras já
decretaram o fim do uso do canudo de plástico.
O Brasil tem de diminuir o buraco que impede
que a regulação do saneamento e do descarte do
lixo seja implementada. As gerações futuras
clamam para que esta conta, ou buraco, não
fique maior que o próprio Brasil ou o planeta.
Não vale brincar com a vida digna dos nossos
filhos e netos.
Ricardo Esturaro e Marco Antonio da Costa
Sabino são, respectivamente, administrador de
empresas (FGV) com MBA na Thunderbird (USA),
sócio da Esturaro Consultoria e Associados; sócio
de Mannrich e Vasconcelos Advogados e
professor da FIA, Ibmec, Fipecafi e Dom Cabral.
Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do
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