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Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)

Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: [email protected] / www.twitter.com/pauloandreck

CLIPPING – 12/05/2014 Acesse: www.cncafe.com.br

Em meio à volatilidade, café segue em alta Valor Econômico 12/05/2014 Carine Ferreira

As incertezas sobre os prejuízos provocados pela seca à safra brasileira de café que começou a ser colhida neste mês (2014/15) voltaram a impulsionar os preços da commodity em abril. O índice composto do produto da Organização Internacional do Café (OIC) atingiu US$ 1,7058 por libra-peso, 3,4% mais que em março e maior média mensal em mais de dois anos, de acordo com relatório mensal divulgado pela entidade. O índice da OIC é formado pelas cotações médias de quatro grupos de preços de produtos - cafés suaves colombianos, outros suaves, naturais brasileiros e robustas. Os três grupos de café arábica que formam o índice da OIC (suaves colombianos, outros suaves e naturais brasileiros) tiveram em abril aumentos de 4,5%, 4,4% e 4,2%, respectivamente, os maiores níveis em mais de dois anos. Já o preço mensal do grupo dos robustas ficou praticamente inalterado no mês passado ante março. A OIC acrescenta que todos os indicadores de preços do café tiveram oscilação recorde em abril, na comparação com março. A volatilidade é ainda maior por um fator adicional: a perspectiva de um déficit global de abastecimento de café diante de incertezas sobre as produções, não somente do Brasil, mas de outros importantes players em virtude das previsões de efeitos do fenômeno climático El Niño. O Centro de Previsão do Clima dos EUA estima que a probabilidade de ocorrência do El Niño até meados deste ano é superior a 50%, diz a OIC no relatório. O fenômeno climático pode ter outros efeitos adversos, como chuvas durante a colheita brasileira, já prejudicada pela seca e pelas altas temperaturas no início deste ano, fase importante de desenvolvimento dos grãos. No Vietnã e na Indonésia, em contrapartida, existe a possibilidade de redução de chuvas, o que poderá ter um efeito negativo sobre a produção da espécie robusta, enquanto na Colômbia, um "moderado" El Niño poderia ajudar a cultura, afirma a OIC.

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Todas essas previsões contribuem para mais volatilidade do mercado. Na semana passada, os preços do café arábica na bolsa de Nova York recuaram 10,4% diante da percepção do mercado de que a quebra da safra brasileira poderá não ser tão grande quanto se imaginava inicialmente, dizem analistas. Na sexta-feira, os contratos para julho registraram queda de 5,93% (1.160 pontos), a US$ 1,839 por libra-peso. (Colaborou Camila Souza Ramos). Leia mais em: http://www.valor.com.br/agro/3543792/em-meio-volatilidade-cafe-segue-em-alta#ixzz31VXLS1ET Café: receita com grão verde cai 4,5% até abril de 2014 Agência Estado 12/05/2014

A receita cambial com exportação de café verde apresentou queda de 4,5% nos primeiros quatro meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2013. O faturamento alcançou US$ 1,611 bilhão, ante US$ 1,687 bilhão, conforme relatório da Secretaria de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, com base em números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O volume embarcado no período teve aumento de 17,35%, para 634.099 toneladas ante

540.340 t no primeiro quadrimestre de 2013. O preço médio de exportação teve queda de 18,63% no período, de US$ 3.123/t para US$ 2.541/t. A receita cambial foi negativa para apenas 1 entre os 15 principais destinos do café brasileiro: Japão (-25,68%). Em contrapartida, foi significativa a alta no faturamento para México (3.920%), Eslovênia (99,91%), Turquia (61,32%) e Canadá (59,03%). O principal comprador de café verde brasileiro no período, em volume, foi a Alemanha, que apresentou elevação de 73,52% ante o mesmo período de 2013, superando os Estados Unidos, que ficou em segundo (74,42%). Entre os 15 principais compradores, o volume embarcado aumentou para todos os destinos, com exceção de Japão (-12,28%). Receita com café solúvel recua 21% no acumulado do ano até abril Agência Estado 12/05/2014

A receita cambial com exportação de café solúvel apresentou queda de 21,26% nos primeiros quatro meses do ano, em relação ao mesmo período de 2013. Os industriais faturaram US$ 175,715 milhões, em comparação com US$ 223,158 milhões no mesmo período do ano passado, conforme relatório da Secretaria de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, com base em números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria

e Comércio Exterior. O País exportou no período 24.222 toneladas de solúvel, com queda de 7,83% em relação a 2013 (26.279 t). O preço médio da tonelada ficou em US$ 7.254/t, ante US$ 8.492/t em 2013, representando queda de 14,57%. Conforme o relatório, os Estados Unidos foram o principal do destino do café processado brasileiro no período, com diminuição de 23,19% em termos de receita sobre 2013. Entre os 15 principais destinos do café processado brasileiro, apenas 5 tiveram elevação em receita no período: Chile (228,63%), Cingapura (15,43%), Hungria (10,83%), Malásia (3,12%) e Canadá (0,55%). Em contrapartida, houve expressiva queda da receita para Argentina (-69,20%), Reino Unido (-38,37%) e Ucrânia (-35,11%).

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O principal comprador de café solúvel brasileiro no período, em volume, foram os Estados Unidos, que apresentaram redução de 9,34% ante igual período de 2013. Em termos porcentuais, além dos EUA, houve aumento significativo no volume vendido para Chile (421,17%) e Hungria (23,51%). Em contrapartida, houve queda em volume para 9 destinos, com destaque para: Argentina (-67,57%), Reino Unido (-44,71%) e Arábia Saudita (-25,07%). Café: receita cambial com torrado e moído até abril diminui 28% Agência Estado 12/05/2014

A receita cambial com exportação brasileira de café torrado e moído registrou queda de 27,90% nos primeiros quatro meses do ano, em relação ao mesmo mês do ano passado. Os industriais faturaram US$ 3,592 milhões, em comparação com US$ 4,982 milhões em igual período de 2013, conforme relatório divulgado pela Secretaria de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, com base em números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O País exportou no período 444 toneladas do produto, volume 11,90% menor em relação ao ano anterior (504 t). O preço médio da tonelada no período ficou em US$ 8.090/t, ante US$ 9.885/t, representando diminuição de 18,16%. Segundo o relatório, os Estados Unidos foram o principal destino do café processado brasileiro, com redução de 47,63%, em termos de receita. O segundo principal mercado foi a França, cuja receita aumentou 8.984%, seguido de Japão, mais 133,95%). 11ª Edição do Concurso de Qualidade dos Cafés de Mi nas está com inscrições abertas Agência Minas 12/05/2014 A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), está recebendo amostras de café, nos escritórios, até 19 de setembro, para a 11ª edição do Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas. O evento é aberto à participação de cafeicultores de municípios mineiros, produtores da café da espécie Coffea arabica L., safra 2014, tipo 2 para melhor. A regra é para ficar de acordo com a tabela oficial brasileira de classificação de bebida apenas mole ou superior. Os interessados podem se inscrever e concorrer nas categorias Café Natural ou Café Cereja Descascados, Despolpados ou Desmuciliados. De acordo o regulamento do concurso, os grãos de café deverão ter passado por peneiras 16 ou acima, com vazamento de até 5% e umidade máxima de 11,5%. Outra exigência é que a lavoura de origem da amostra seja georrefereciada. Cada cafeicultor poderá concorrer com apenas uma amostra em cada modalidade das respectivas categorias. Todas as amostras inscritas no concurso passarão por análises físicas e sensoriais, realizadas por provadores especialiazados em cafés especiais, nos meses de setembro, outubro e novembro, sendo que a primeira etapa terá caráter eliminatório. Na solenidade de encerramento, prevista para 27 de novembro deste ano, serão ofertadas as seguintes premiações: homenagem aos cafeicultores com os melhores cafés produzidos com sustentabilidade, baseado na certificação oficial do Estado, o Certifica Minas Café; diploma aos primeiros colocados em cada categoria, nas quatro regiões cafeeiras (Cerrado Mineiro, Matas das Minas, Chapadas de Minas e Sul de Minas); e a entrega de certificado aos cafeicultores finalistas. Uma novidade nessa 11ª edição é o local do encerramento. A partir de agora o concurso vai contemplar a cada ano uma das quatro regiões produtoras de café, segundo o gerente da regional

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da Emater-MG de Lavras, Marcos Fabri, também coordenador do concurso. “Decidimos que, neste ano, será em Patos de Minas, no Cerrado mineiro, mas a cada ano a solenidade de encerramento vai ocorrer em regiões cafeeiras distintas. Ou seja, será itinerante”, revela. O Concurso dos Cafés de Minas é uma iniciativa do Governo de Minas, realizada por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Emater-MG, em parceria com o Instituto Federal de Tecnologia do Sul de Minas e Universidade Federal de Lavras (Ufla). A classificação fisica e sensorial das amostras será realizada na Ufla e no Centro de Excelência do Café, em Machado, ambos no Sul de Minas. Maior produção do país tem certificação – Considerado o maior produtor nacional de café, o estado de Minas Gerais tem mais de um milhão de hectares plantado do grão, sendo responsável por mais de 50% da safra brasileira. A primeira estimativa de produção do Estado em 2014, divulgada em janeiro, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mostra um valor entre 25 a 27 milhões de sacas de café, sendo a região Sul a maior produtora com estimativa de 13,73 milhões de sacas. Levantamento da Seapa aponta que o café é o principal produto de exportação do agronegócio mineiro, sendo vendido para mais de 60 países do mundo. Reconhecendo o valor desse produto para a economia estadual, o Governo de Minas vem incentivando o setor, com o Certifica Minas, que certifica propriedades cafeeiras, qualificando as para as exigências do comércio mundial. A Emater-MG atua no programa, orientando os cafeicultores para as adequações nas propriedades. Em 2013 o Certifica Minas fechou com 1.643 propriedades certificadas em 236 municípios. A expectativa para este ano é que o programa atinja o mesmo número, segundo o gestor do programa na empresa, Julian Carvalho. Preço e qualidade – Sobre a situação atual dos preços do café no mercado e a qualidade dos grãos desta safra 2014, o gerente Fabri, considera o impacto da falta de chuva, nos primeiros quatro meses do ano. “O café teve aumento de até 100% em relação ano ano de 2013, e este aumento teve a ver com a estiagem prolongada que atingiu as principais regiões cafeeiras do Brasil nos meses de janeiro a abril”, prejudicando a qualidade física e devendo afetar a qualidade sensorial do café desta safra”, avalia. Soluções para diluir impacto vão além da biotecnolo gia Valor Econômico 12/05/2014

Sergio Adeodato

Secas e enchentes mais intensas e frequentes; mudanças na vazão dos rios; fragmentação da floresta e declínio da biodiversidade; aumento do nível do mar; maior ocorrência de temperaturas extremas, altas e baixas. A comunidade científica tem hoje mais certezas do que dúvidas sobre os riscos associados às mudanças climáticas globais em diferentes setores. "A produção agrícola saiu na frente", ressalta o pesquisador Eduardo Assad (à esq. Foto: Luis Ushirobira/Valor), ao mostrar uma bola de cristal que enfeita estante da sala, no Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Embrapa, em Campinas (SP). "Ela ajuda a descobrir o que acontecerá com o mundo", brinca o cientista, para quem o desafio envolve tecnologia e questões de competitividade, "mas no campo da adaptação agrícola o Brasil ocupa posição de destaque no mundo". No corredor vizinho, o cientista Hilton Silveira Pinto (à dir. Foto: Luis Ushirobira/Valor), da Universidade de Campinas (Unicamp), parceiro de Assad nas pesquisas, expõe nas paredes da sala pôsteres de nuvens negras com raios, ao lado de uma vasta coleção de credenciais dos eventos sobre aquecimento global que frequenta mundo afora. "É possível desenvolver cultivares tolerantes à temperatura elevada e à deficiência hídrica, bem como sistemas de produção mais eficientes", afirma Silveira, autor do primeiro zoneamento agrícola de riscos climáticos para suporte

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ao crédito rural, realizado no país, na década de 1990. A dupla de cientistas trabalha há mais de oito anos com as condições de adaptação da agricultura a um novo cenário climático. A estratégia foi reunir cérebros e integrar as equipes em um único prédio de laboratórios, no campus da Unicamp. Há economistas, agrobiologistas, fisiologistas florestais, estatísticos e uma gama de novos profissionais demandados frente à questão do clima. No laboratório de modelagem ambiental, 240 computadores armazenam os dados dos cenários desenhados para 43 espécies cultivadas. Em entrevista ao Valor, os dois pesquisadores aprofundam o debate sobre as reais consequências do aquecimento global na agricultura, indo além do alerta sobre a situação do país, publicado neste ano pelo relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. O último estudo computacional realizado por Assad e Silveira, a partir de recentes dados climáticos e de produção, está pronto para ser divulgado pelo Banco Mundial. A nova conta do prejuízo à agricultura causado por alterações da temperatura e da chuva confirma a estimativa anterior, anunciada em 2008, de uma perda de pelo menos R$ 7,5 bilhões em 2020. Valor : A mudança do clima já começou de fato a preocupar o agronegócio no Brasil, atividade responsável por 30% do PIB? Como o mapa da agricultura pode ser afetado? Eduardo Assad : Sim, o clima virou insumo. O debate começou a tomar corpo em 1988, na Universidade de São Paulo, onde foi realizado o primeiro workshop sobre o tema. Na época, havia muitas dúvidas. Nós mesmos dizíamos que nenhuma mudança estava ocorrendo, até descobrir que olhávamos para o lado errado, apenas para as chuvas. Mudamos de opinião quando descobrimos uma elevação acentuada da temperatura, desde a década de 1960. No ano 2000 começamos a fazer modelagem de cenários, simulando o que aconteceria com a produção de café, no melhor e pior dos casos, a partir de três níveis de aumento da temperatura previstos nos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Pela primeira vez, descobrimos um impacto concreto, ao prever o futuro deslocamento do café para regiões mais frias. Os métodos de análise evoluíram e em 2010 aplicamos o modelo do Hadley Centre para toda a agricultura brasileira, gerando o trabalho conhecido como "A Nova Geografia da Produção". Hilton Silveira Pinto : Sim, o mapa mudará. O Brasil é visto como um "hotspot" de aumento de temperatura, especialmente no Nordeste, onde a mandioca sofrerá sérios problemas. Fizemos nova análise do cenário futuro para dez culturas agrícolas, incorporamos produtividade e área plantada, além de dados sobre o comportamento extremo da temperatura e das chuvas, na previsão mínima e máxima, a cada década, até 2050. O objetivo foi definir o balanço hídrico das plantas, ou seja, quanto de água precisam para florescer e produzir. Assad : Importante lembrar que cada vegetal se comporta de maneira diferente. A cana-de-açúcar não deverá ter problemas, porque ganhará espaço no Sul, mas devemos perder até 24% da soja em 2020, no cenário mais pessimista, se nada for feito. Projeções indicam que ela terá mais chances no Centro-Oeste, desde que cultivada em sistema de plantio direto, devido à redução da água. Também o milho sofre impactos do clima: na última década, foram perdidos 38 milhões de hectares por ano, US$ 5 bilhões de prejuízo. Valor : Setor produtivo e governo têm incorporado o alerta como algo real ou ainda predomina uma certa resistência? Qual a avaliação sobre o atual ritmo da adaptação? Assad : Acho que caiu a ficha. Tínhamos previsto perdas de R$ 7,5 bilhões para 2020. Só na última safra, de 2013, o prejuízo do agronegócio brasileiro devido a problemas climáticos atingiu R$ 10 bilhões. A recente onda de calor é exemplo dos eventos extremos previstos no nosso cenário e algumas culturas não estão adaptadas a isso. Já estamos perdendo 2,5% do PIB agrícola devido ao aquecimento global. E o ritmo da adaptação é muito lento, apesar do plano de baixo carbono já existente para o setor, com financiamento de R$ 6 bilhões neste ano. Os discursos no governo federal são conflitantes. Tivemos quatro ministros da Agricultura em quatro anos. Silveira : Infelizmente, os políticos não entendem que existe mudança climática. Fomos criticados após os estudos prevendo o deslocamento do café de São Paulo para outras regiões. Valor : Que espaço existe para oportunidades de negócio, nesse horizonte de riscos e perdas? Assad : Há um campo aberto ao melhoramento genético para novos cultivares, resistentes à maior temperatura e à deficiência hídrica. A Embrapa está para lançar uma soja adaptada à redução de chuvas. A região de Varginha (MG) brevemente ganhará uma variedade de café tolerante. Já

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existem cultivares de milho mais resistentes, embora menos produtivas. Silveira : Nessa área, temos posição confortável no mundo, mas falta muito para estarmos adaptados aos impactos do clima. É necessário R$ 1 milhão por ano para o melhoramento genético de cada planta de cultivo comercial. No Brasil, existem 800 delas. No entanto, a solução vai além da biotecnologia. Não basta desenvolver novas plantas, mas investir em melhores sistemas de produção, como plantio direto e sistemas agroflorestais, dentro do conceito da "agricultura de baixo carbono". Há um problema grave: a baixa produtividade e a dificuldade de acesso a técnicas eficientes são reinantes. Para reduzir impactos, é preciso ensinar o povo a plantar direito. A agricultura familiar produz 70% do que comemos, com produtividade reduzida a um terço da que poderia ser. Temos condição de triplicar a atual produção de arroz, feijão, milho e mandioca sem instalar novos cultivos. Valor : Uma crítica comum é a falta dados regionais, com decisões tomadas com base em referências internacionais, nem sempre aplicáveis à realidade do país. Como a questão evoluiu? Silveira : Os dados nacionais existiam, mas não tínhamos acesso a eles. Avançamos bastante no diagnóstico brasileiro quando o Instituto Nacional de Meteorologia, após pressões do governo, liberou as informações para nossas pesquisas. Em 2010, fizemos simulações com esses dados e alguns dos 21 modelos globais do IPCC. E descobrimos que as estimativas anteriores, a partir de referências internacionais, eram até otimistas. Valor : Em que medida as incertezas sobre o clima, muitas vezes justificativa para a inércia de investimentos em mudanças produtivas, estão sendo resolvidas? Assad : A incerteza sobre aumento da temperatura, maior em 2007, caiu para menos de 5% de margem de erro, em 2010. Mas a chuva continua sendo uma grande dúvida. Porém, os atuais modelos internacionais já incluem dados sobre a relação oceano-atmosfera, com melhora nas indicações sobre precipitação. De todo jeito, temos total segurança no alerta que fazemos há dez anos: atenção para os eventos extremos, para as chuvas irregulares e possível redução de oferta de água. A escassez que ocorre hoje em São Paulo não é novidade para a gente. Isso já foi dito e redito: o volume das chuvas não vai mudar. Não importa saber quanto cairá de água, mas como. Silveira : Uma lacuna importante, ainda não resolvida, é o efeito da alteração climática na disseminação de pragas. A banana, por exemplo, tem chance de migrar para Santa Catarina, mas pode levar junto uma doença, a Sigatoka Negra. Os americanos estão apavorados com as perdas por pragas, porque as condições de clima estão mudando por lá, e eles têm um período muito curto de plantio. Valor : Quais as frentes urgentes de ação? Mitigação? Pesquisa? Assad : O Ministério da Agricultura precisa retomar o zoneamento agrícola de risco climático para a liberação de crédito rural. O trabalho foi interrompido há dois anos, mesmo diante dos impactos da mudança no clima. É prejudicial quebrar a série de dados. Em função da maior temperatura, ao longo do tempo regiões antes de baixo risco se tornam mais vulneráveis ao insucesso da safra. Silveira : De imediato, é necessário transferir tecnologia para o campo. Acumulamos conhecimento científico e sabemos o grau de vulnerabilidade e fragilidade do sistema agrícola. Estamos bem nisso. Mas falta disseminar os avanços para quem precisa, mediante a extensão rural, como faziam os mais de 4 mil escritórios da Emater na década de 1990. O desafio climático precisa resgatar políticas abandonadas ao longo do tempo. Sem isso, daqui a vinte anos, com a temperatura mais quente, pequenos produtores não saberão o que fazer. Como resultado, aumentará o êxodo para as cidades. Mudança na cultura Valor Econômico 12/05/2014

Karla Dutkievicz

O mapa da agricultura vai mudar. Dentro de poucas décadas, a localização das diferentes culturas estará muito diferente do que é hoje por conta das condições climáticas. A migração de culturas já é visível em regiões do Brasil, segundo os especialistas. Em São Paulo, por exemplo, o cultivo do café diminuiu 36% entre 1998 e 2008. A plantação de seringueiras no Estado cresceu em 67% no mesmo período.

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O alerta foi feito por Hilton Silveira Pinto, professor de meteorologia agrícola do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade de Campinas (Unicamp). "As culturas agrícolas vêm migrando ao longo do tempo em razão das mudanças climáticas", afirmou o pesquisador no seminário Impacto das Mudanças Climáticas no Agronegócio Brasileiro, realizado pelo Valor com o apoio da Bayer CropScience em São Paulo na última quinta-feira. "E esses não são cenários. São dados observados." Para Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa e professor da FGV-GVAgro, o verão deste ano foi emblemático no sentido de comprovar as mudanças no clima projetadas pelas pesquisas. A temperatura média do período foi mais alta do que a média histórica, e o comportamento das chuvas, atípico. A população convive com a redução do nível dos reservatórios de água, como o do sistema Cantareira. "Diziam que éramos pessimistas, quando alertamos sobre o risco desses acontecimentos em 2011", diz Assad. Fernando Bertolucci, gerente geral de tecnologia da Fibria, considera que a discussão sobre a existência ou não do aquecimento global não se justifica mais. "Os dados não deixam dúvidas quanto ao fato de que há mudanças climáticas importantes em curso. O aquecimento da Terra é inequívoco e vem se intensificando", afirmou Bertolucci em um dos painéis do seminário. Eduardo Estrada, presidente da Bayer CropScience para Brasil e América Latina, afirma que o tema entrou definitivamente na agenda da empresa: "O clima está entre as maiores preocupações do produtor agropecuário hoje no Brasil". É uma referência ao que ele ouve dos clientes e ao Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro). O índice foi lançado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) em fevereiro e aponta a mudança no clima como preocupação importante para 46% dos respondentes. O impacto dos eventos extremos e da mudança no comportamento das chuvas têm afetado inclusive as plantas consideradas mais resilientes. Um exemplo foi o que aconteceu com a cana-de-açúcar em regiões do Nordeste. O diretor agrícola do grupo pernambucano Petribu, Luiz Sales, conta que a produção de açúcar da última safra não cresceu, apesar de a empresa ter colhido 400 mil toneladas de cana a mais que a penúltima safra. "Produzimos praticamente a mesma quantidade de açúcar porque perdemos cerca de 10 quilos de ATR [Açúcar Total Recuperável] por tonelada de cana dada a seca e o regime de chuvas que a região viveu na última safra", afirmou Sales, um dos convidados do seminário. Se a degradação de clima e solo continuar no atual ritmo, os impactos negativos tendem a se acumular no país, segundo os dados de um relatório do Banco Mundial apresentados por Hilton Pinto, do Cepagri. A produção de milho pode cair para 45,78 milhões de toneladas na safra 2020/2021 em vez de crescer para 65,5 milhões de toneladas. A produção de soja ficaria em 53,28 milhões de toneladas, em vez dos 86,5 milhões previstos. As projeções consideram a manutenção das atuais condições, sem a realização de quaisquer ações de adaptação, mitigação ou do uso de novas tecnologias. Outro estudo, feito por Pinto e Assad, aponta que não agir contra o impacto das mudanças climáticas provocará a redução de 2,5% ao ano do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Outros estudiosos percebem impactos, mas não tão grandes. "A gente não espera uma queda na produção agrícola, mas sim um crescimento menor do que o possível caso as mudanças no clima não ocorressem", disse o painelista André Nassar, diretor-geral da consultoria Agroicone. Em sua apresentação, ele afirmou que uma das consequências para a possível desaceleração no crescimento é o aumento dos preços relativos. "Ainda não sabemos como o mercado internacional vai reagir. Se produção global tiver o mesmo desempenho, o Brasil não perderá competitividade. Essa é a alternativa em que mais acredito", afirmou Nassar. "A maioria dos cenários começa a ser convergente quanto à existência dos riscos. A incerteza é quanto à amplitude desses riscos", afirmou Alexandre Gross, gestor de projetos do programa de política e economia ambiental do Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVCes) da FGV. "Mas não saber o tamanho do problema não justifica esperar. A incerteza nunca pode ser uma justificativa para a inação."

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Neste contexto, Gross afirma que o conceito de medidas chamadas "no regrets" (sem arrependimento, em inglês) vem ganhando prioridade no mundo. São soluções que serão positivas independentemente do cenário que vier a se confirmar no futuro. Gross dá como exemplo a opção de um agricultor plantar espécies mais resistentes à falta de água. Essa decisão, diz o pesquisador, vai se mostrar acertada em qualquer situação, seja numa situação de severa escassez hídrica ou não. Márcio Nappo, diretor de sustentabilidade da JBS afirma que sente falta de uma maior discussão sobre medidas de adaptação. "O que me parece é que o debate tem priorizado mais a questão da mitigação do que a de adaptação." Nappo acredita que se adaptar às novas condições do clima pode ser mais pragmático do que o esforço para mitigar os danos causados pela nova situação do clima. "Uma pastagem bem feita reduz a emissão e, dependendo do manejo, pode passar a ser sequestradora de carbono", afirmou Nappo, relatando o trabalho feito pela JBS com os pecuaristas fornecedores da empresa. Ele diz que discutir ações de adaptação das condições de produção - como a recuperação de pastagens degradadas pelas queimadas - pode ser mais eficiente do que discorrer exclusivamente sobre atividades de mitigação - como o combate ao desmatamento. Para Gross, da FGV, as duas discussões são urgentes e relevantes. "No entanto, têm características diferentes", diz. "Por gerar bem público e estar inserida em uma governança global do clima, a mitigação possui uma pauta governamental forte. Já na adaptação, o governo é mais o guardião da equidade entre os agentes e da eficiência geral das ações, e o setor produtivo é o agente da ação e quem se beneficia dessa mudança", diz o pesquisador. Os resultados da mitigação no Brasil são eloquentes. Em sua apresentação, Tatiana Trevisan, gerente de sustentabilidade do Walmart no Brasil, lembrou que a emissão de gases de feito estufa (GEE) pelo Brasil foi muito menor que a global. Entre 1990 e 2012, o país registrou um aumento de 7%. No mesmo período, as emissões globais cresceram 37%. "O Brasil evoluiu muito", afirma Paulo Barreto, pesquisador sênior do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Como ações para mitigar a emissão, Barreto cita a criação de áreas de preservação e a efetivação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), entre várias outras ações. Leia mais em: http://www.valor.com.br/agro/3543612/mudanca-na-cultura#ixzz31VYRyMAo Avanço rápido dos transgênicos ainda provoca debate Valor Econômico 12/05/2014 Paulo Vasconcellos

As sementes transgênicas, um dos trunfos mais controversos no desafio brasileiro de aumentar a produção de alimentos sem a ampliação da fronteira agrícola e com maior capacidade de resistência às mudanças climáticas, devem ocupar 40,2 milhões de hectares de área plantada no país na safra 2013/2014. Só a cultura da soja (foto: Valor Econômico) deve chegar a 27 milhões de hectares, comparados aos 2,2 milhões de hectares plantados com sementes geneticamente modificadas em 2003,

quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 10.688, que alterou a Lei 8.974, de 1995, para permitir a comercialização da safra produzida com a introdução ilegal nas lavouras do Rio Grande do Sul da soja geneticamente modificada RoundUp Ready, desenvolvida pela Monsanto. O levantamento, da Consultoria Céleres, joga mais combustível no debate entre os defensores e adversários da tecnologia. "A resistência aos transgênicos é fruto de desinformação", diz José Roberto Perez, da Embrapa Cerrados. "Os transgênicos têm evoluído. Eles aumentam a produtividade e reduzem o uso de agrotóxicos na lavoura", afirma Leonardo Machado, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). "A experiência de dez anos com transgênicos mostra que nada foi alterado no quadro da

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fome mundial", diz o agrônomo Gabriel Fernandez, assessor-técnico da ONG Agricultura Familiar e Agroecologia (AS-PTA), que desde 1983 atua para o fortalecimento da agricultura familiar e a promoção do desenvolvimento rural sustentável no Brasil. O Brasil ocupa ao lado dos Estados Unidos a liderança mundial da produção de soja transgênica. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), 88% das 81,3 milhões de toneladas de soja produzidas na safra 2012/2013 eram compostas por grãos geneticamente modificados. A força dos transgênicos se estende também a outras importantes commodities do país, como o milho e o algodão. Na safra 2013/2014, também chegarão às mesas dos brasileiros em um dos ícones do hábito alimentar nacional: o feijão, com o plantio de uma modalidade resistente ao vírus do mosaico dourado do feijoeiro desenvolvida pela Embrapa. Embaladas pela expansão da agricultura brasileira e pelos números positivos do agronegócio, as empresas que atuam no segmento de produção de sementes transgênicas buscam cada vez mais oferecer novas variedades aos produtores. A Santa Helena lançou no fim do ano passado, depois de três anos de testes, dois híbridos transgênicos de milho para a safrinha do Mato Grosso que prometem alta produtividade e boa adaptação às condições de plantio. Já a Monsanto pôs no mercado do Sul do país a tecnologia VT PRO 3 RIB, a primeira voltada à proteção da raiz do milho contra a diabrótica speciosa (larva alfinete). O produto também atuaria contra as principais pragas aéreas que atacam as folhas e as espigas. A semente não é tudo. O descuido do agricultor com o manejo adequado da lavoura, na confiança de que a variedade modificada geneticamente seria garantia de resistência contra qualquer praga, já provocou muito prejuízo. De acordo com os especialistas, a redução na quantidade de inseticida aplicado nas plantações pode provocar um aumento de pragas secundárias que não afetavam à cultura. Foi assim que a helicoverpa zea, mais conhecida como lagarta da espiga do milho, que invadiu também as lavouras de soja e algodão, causou prejuízos estimados em R$ 2 bilhões em apenas na última safra. Somente no Oeste da Bahia, onde é maior a incidência da praga, as perdas chegaram a R$ 1 bilhão, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Os prejuízos incluem o aumento dos gastos com inseticidas para controle da praga e as perdas de produtividade. Pelo menos uma das promessas alardeadas pelos defensores das sementes transgênicas, a redução no uso dos agrotóxicos na agricultura, não se confirmou. Dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag) apontam que os produtores rurais brasileiros estão usando mais defensivos em suas lavouras. As vendas de agrotóxicos aumentaram mais de 72% entre 2006 e 2012 - de 480,1 mil para 826,7 mil toneladas. No mesmo período, a área cultivada com grãos, fibras, café e cana-de-açúcar cresceu menos de 19%, de 68,8 milhões para 81,7 milhões de hectares, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O consumo médio de agrotóxicos, que era pouco superior a 7 quilos por hectare, em 2005, passou a 10,1 quilos em 2011. "As empresas que lideram o mercado tiraram de circulação as sementes convencionais ao mesmo tempo em que elevaram o custo do plantio com o aumento do preço das sementes transgênicas sem que houvesse redução no uso de agrotóxicos. Desde 2008, o Brasil é o país que mais usa agrotóxico", diz Gabriel Fernandez, da AS-PTA. "A chegada dos transgênicos provocou a capitalização da agricultura e a adoção de novas tecnologias, mas o manejo integrado de pragas continua sendo indispensável porque é o que permite o controle de problemas com bio-pesticidas ou menores quantidades de agrotóxicos. O importante é que o melhoramento genético preserve o equivalente substancial da semente tradicional e que mesmo a lavoura com transgênicos seja permanentemente monitorada para se evitar que os insetos fiquem tolerantes aos componentes da semente", afirma José Perez, da Embrapa. Leia mais em: http://www.valor.com.br/agro/3543604/avanco-rapido-dos-transgenicos-ainda-provoca-debate#ixzz31VYrriOr

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Produção de café da Colômbia supera 11,3 milhões de sacas CaféPoint 12/05/2014

A produção registrada de café na Colômbia cresceu 32% nos últimos doze meses (maio de 2013 a abril de 2014) e superou as 11,3 milhões de sacas de 60 quilos em comparação com 8,5 milhões de sacas colhidas no mesmo período anterior, resultado das melhores condições de estado dos cafezais colombianos. Nos primeiros quatro meses desse ano (janeiro a abril), a colheita cafeeira da Colômbia

cresceu em 15% e ficou em 3,5 milhões de sacas, 456 mil sacas a mais que as 3,1 milhões de sacas produzidas no mesmo período do ano anterior. Entretanto, em abril passado, a produção de café superou as 832 mil sacas, volume inferior em 14% com relação à colheita do mesmo mês de 2013. O aumento da produção e a recuperação dos preços internacionais de café geraram um aumento significativo no valor da colheita, dinamizando assim as receitas dos habitantes de 590 municípios colombianos. Entre dezembro de 2013 e abril de 2014, o preço interno do café passou de 393 mil pesos (US$ 206,40) por carga de 125 quilos para 827 mil pesos (US$ 434,34), o que equivale a um aumento de 110%. Os maiores preços e a maior produção cafeeira permitiram que o valor da colheita dos primeiros quatro meses do ano subisse para 1.346 bilhões de pesos (US$ 706,93 milhões), 23% a mais que o registrado no mesmo período de 2013, de 1.095 bilhões de pesos (US$ 575,1 milhões). Da perspectiva do emprego rural, o crescimento observado na produção nos últimos doze meses de 2,8 milhões de sacas gerou cerca de 188 mil empregos diretos a mais no setor cafeeiro. Exportações – Assim como na produção, as exportações de café da Colômbia também reportaram uma alta significativa. Durante os últimos doze meses (maio de 2013 a abril de 2014), as exportações superaram as 10,5 milhões de sacas, 35% a mais que as 7,8 milhões de sacas exportadas no mesmo período do ano anterior. Nos primeiros quatro meses do ano, as exportações de café da Colômbia foram superiores em 886 mil sacas ou 31% às do mesmo período do ano anterior e chegaram a 3,7 milhões de sacas, produto que atenderá a crescente demanda internacional por cafés de alta qualidade como o colombiano. Em abril, as vendas externas cresceram em 20%, chegando a 824 mil sacas versus 686 mil sacas exportadas durante o quarto mês de 2013. O valor das exportações de café da Colômbia também vem aumentando graças à maior produção, os maiores preços e o aumento das vendas de café com valor agregado. Nos últimos doze meses, o valor das exportações de café cresceu em 10% e ficou em US$ 2,292 bilhões frente aos US$ 2,086 bilhões recebidos no mesmo período do ano anterior. Entretanto, em abril, o valor das exportações cresceu em 51%, passando de US$ 162 milhões para US$ 244 milhões. As informações são do site http://www.federaciondecafeteros.org.