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1 Grupo de Comunicação e Marketing CLIPPING 17 de maio 2016 GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING

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Grupo de Comunicação e Marketing

CLIPPING 17 de maio 2016

GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING

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Grupo de Comunicação e Marketing

SUMÁRIO

CITADAS ..................................................................................................................................... 4

MPF quer que empresa chinesa cuide de patrimônio em hidrelétricas ................................................... 4

MPF vai acompanhar transição de usinas para empresa chinesa .......................................................... 5

CANAL ENERGIA ......................................................................................................................... 6

Jucá admite que não será possível entregar balanço da Eletrobras à SEC no dia 18 ............................... 6

Ministro Coelho Filho confirma participação no Enase ......................................................................... 7

Aneel convoca agentes para discutir revisão do modelo do setor elétrico .............................................. 8

GSF ainda não está equacionado no ACL .......................................................................................... 9

Falta de transmissão ainda provoca desperdício de geração eólica no NE e consumidor paga a conta ..... 11

Setor de energia elétrica tem prejuízo de R$ 1,9 bilhão no primeiro trimestre ..................................... 13

AES Eletropaulo estima impacto de até R$ 375 mi este ano com a sobrecontratação ........................... 14

Ministro Coelho Filho conquista o apoio de associações após reunião no MME ...................................... 15

São Paulo receberá evento sobre a estrutura do setor ...................................................................... 16

OUTROS VEÍCULOS ................................................................................................................... 17

Gás natural amplia competitividade ante eletricidade e óleo, indica pesquisa ...................................... 17

“Resolução da ANP é bem-vinda, mas efeito não será imediato” ........................................................ 19

ANP assina contratos de concessão de áreas inativas com acumulações marginais .............................. 21

Opep prevê que oferta de petróleo pode ficar menor que a demanda em 2017.................................... 22

Delegados apelam à mobilização para implementar acordo climático de Paris ..................................... 23

Alemanha produz tanta energia renovável que chegou a pagar para os cidadãos consumirem ............... 24

Estudo poderá impulsionar desenvolvimento de variedade específica para 2G e bioeletricidade ............. 25

Ministro do Meio Ambiente diz que não se compromete com retomada da Samarco ............................. 26

Eletrobras, um impacto de R$ 15 bilhões ........................................................................................ 27

Americano cria forno que assa, cozinha e frita apenas com o calor do sol ........................................... 29

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................. 30

Painel ........................................................................................................................................ 30

Após forte chuva, SP tem bairros sem energia e vias bloqueadas por árvores ..................................... 32

Governo Temer sonda ex-ministro Pedro Parente para presidir Petrobras ........................................... 34

Mercado Aberto: EXPECTATIVAS DO SETOR DE BENS DE CAPITAL .................................................... 35

Sobra de diesel preocupa Petrobras e pode levar à redução de preços ............................................... 36

Japoneses sofrem revés em disputa com CSN na Usiminas ............................................................... 37

ESTADÃO .................................................................................................................................. 38

Tempestade derruba 177 árvores, deixa 1 morto, 8 feridos e bairros sem luz em SP ........................... 38

Eletrobrás não vai cumprir prazo da SEC, diz Jucá ........................................................................... 40

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................. 41

Por que renováveis não são suficientes .......................................................................................... 41

Venda de ativos da Eletrobras pode acelerar com Temer .................................................................. 43

Eletrobras contraria Jucá sobre impacto da Nyse nas dívidas ............................................................ 44

Elétricas sofrem com queda no consumo e nos preços ..................................................................... 45

MPE entra em nova fase, longe da Petrobras .................................................................................. 47

Delcídio: Dilma sabia de Pasadena e não assumiu suas responsabilidades .......................................... 49

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Grupo de Comunicação e Marketing

Bolsas de NY fecham em alta, puxadas por ações de energia e tecnologia .......................................... 51

CSN derruba liminar da Nippon Steel ............................................................................................. 52

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CITADAS

4

Grupo de Comunicação e Marketing

CITADAS Data: 17/05/2016

Veículo: Correio do Estado

MPF quer que empresa chinesa cuide de patrimônio em hidrelétricas

A transição do comando das usinas

hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira será

acompanhada pelo Ministério Público Federal

de Três Lagoas. O inquérito foi instaurado

para averiguar se a China Tree Gorges Brasil

Energia Ltda assumirá integralmente as

obrigações e projetos ambientais conduzidos

hoje pela Companhia Energética de São

Paulo (CESP).

As duas produtoras de energia ficam no Rio

Paraná, divisa entre Mato Grosso do Sul e São

Paulo. São 180 dias para que o comando

integral passe de uma empresa para a outra.

O contrato de concessão foi assinado em 5 de

janeiro deste ano.

"O MPF solicitou dados às empresas e foi

informado que a concessão está em fase de

Operação Assistida, em que cabe à Rio Paraná

S.A., controlada pela CTG, apenas observar a

operação, colher dados e estruturar a

companhia, para que, ao término do período

de transição, possa assumir as operações sem

causar problemas na continuidade da

prestação do serviço de geração de energia",

informou nota do órgão público federal.

Segundo os procuradores federais que

acompanham o caso, a Rio Paraná S.A,

montada para gerir as usinas, informou que

não tem responsabilidade operacional nos 180

dias de transição.

Na primeira reunião técnica, realizada em 29

de fevereiro, a CESP entregou relatório à nova

administradora sobre suas obrigações em

projetos ecológicos, além de atender às

licenças ambientais.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos

Recursos Naturais Renováveis (Ibama)

informou que em 21 de março, a chinesa

ainda não havia procurado o órgão para

solicitar a mudança na titularidade dos

processos administrativos das UHE de Jupiá e

Ilha Solteira. A pedido do Ministério Público

Federal, o Ibama notificou a CTG para que

realize a transição.

PATRIMÔNIO SOB AMEAÇA

Na região de Três Lagoas há 333 sítios

arqueológicos e em pesquisa coordenada pelos

arqueólogos Emília Kashimoto e Gilson

Martins, da Universidade Federal de Mato

Grosso do Sul (UFMS), foram coletados 80 mil

amostras com valor histórico.

Esse material é composto por pontas de lança,

fragmentos de cerâmica, urnas funerárias,

algumas datadas de 7 mil anos. "Os estudos

antropológicos revelaram que a área foi

habitada por caçadores coletores pré-

históricos e povos indígenas", informou nota

do MPF.

Parte dessa área histórica foi inundada na

época da construção das usinas, na década de

1970. Na época, não havia estudo de impacto

ambiental. Destruição das margens do rio e da

represa e erosão podem tornar esse

patrimônio inacessível.

Houve termo de ajustamento de conduta

proposto pelo Ministério Público Federal em

2001, mas a CESP não cumpriu o acordo, que

compreendia sítios arqueológicos na usina

Porto Primavera. Por isso, houve judicialização

da questão.

Entre janeiro de 2004 e dezembro de 2005

houve trabalhos para tentar salvar esse

patrimônio. Também em 2005, o MPF

recomendou prorrogação dessa ação por mais

dois anos e Jupiá e Ilha Solteira fossem

inclusas, o que não foi acatado.

Há decisão liminar de abril de 2006 para

retomada de estudos, a CESP só cumpriu

determinação a partir de setembro de 2007,

mas houve interrupção em outubro de 2009.

ESTRUTURA

A usina hidrelétrica de Ilha Solteira, que fica

entre o município paulista de mesmo nome e

Selvíria (MS), é a maior do estado vizinho e a

terceira em capacidade no Brasil.

Em conjunto com a Jupiá, que fica entre

Andradina, Castilho (ambas em SP) e Três

Lagoas, essas geradoras foram o sexto maior

complexo hidrelétrico do mundo.

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CITADAS

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Campo Grande News

Data: 17/05/2016

MPF vai acompanhar transição de

usinas para empresa chinesa

Com o objetivo de garantir que não haja

interrupção nas obrigações e projetos ambientais

assumidos pela atual concessionária, CESP

(Companhia Energética de São Paulo), e a

CTG (China Three Gorges Brasil Energia Ltda), a

futura administradora das usinas, o MPF/MS

(Ministério Público Federal em Mato Grosso do

Sul) instaurou inquérito para acompanhar a

transição entre as empresas concessionárias que

administram as UHE (Usinas Hidrelétricas de

Energia) Ilha Solteira e Engenheiro Souza Dias

(conhecida como Jupiá), localizadas no Rio

Paraná, na divisa dos Estados de São Paulo e

Mato Grosso do Sul.

A duração do período de transição será de 180

dias, contados da assinatura do contrato de

concessão, que ocorreu em 5 de janeiro de

2016.

Como primeira medida, o MPF solicitou dados às

empresas e foi informado que a concessão está

em fase de operação assistida, em que cabe à

Rio Paraná S.A., controlada pela CTG, apenas

observar a operação, colher dados e estruturar a

companhia, para que, ao término do período de

transição, possa assumir as operações sem

causar problemas na continuidade da prestação

do serviço de geração de energia.

Conforme a assessoria do MPF/MS, a Rio Paraná

informou não ter responsabilidade sobre a

gestão e operação neste período. Em 29 de

fevereiro de 2016 ocorreu a primeira reunião

técnica entre as equipes de meio ambiente da

CESP e da CTG e, de acordo com o relatório da

CESP, além das obrigações ambientais previstas

nos licenciamentos, a empresa paulista mantém

outros projetos ecológicos.

Já o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis),

oficialmente encarregado pela fiscalização

ambiental, informou em 21 de março de 2016

que a CTG ainda não havia procurado o Instituto

para solicitar a mudança da titularidade dos

processos administrativos das UHEs Jupiá e Ilha

Solteira. A condução dos processos está sendo

efetuada pela CESP.

Motivado pelo questionamento do MPF/MS, o

Ibama notificou a CTG para iniciar o processo da

transição no cadastro do Instituto.

Segundo dados da CESP, a Usina Hidrelétrica

Ilha Solteira, entre os municípios de Ilha Solteira

(SP) e Selvíria (MS), é a maior usina do Estado

de São Paulo e terceira maior do Brasil, e junto

com a Usina de Jupiá, entre Andradina (SP),

Castilho (SP) e Três Lagoas (MS), compõem o

sexto maior complexo hidrelétrico do mundo.

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Data: 17/05/2016

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Grupo de Comunicação e Marketing

CANAL ENERGIA

Jucá admite que não será possível entregar balanço da Eletrobras à SEC no dia 18

Estatal pode sofrer punições se não

entregar à SEC balanço auditado de 2014

no prazo estipulado

Sueli Montenegro

O ministro do Planejamento, Romero Jucá,

admitiu nesta segunda-feira, 16 de maio, que

a Eletrobras não vai conseguir apresentar até

o próximo dia 18 o balanço auditado de 2014

à Securities and Exchange Commission (a

comissão de valores mobiliários dos Estados

Unidos), mas o governo ainda terá um prazo

até o descredenciamento da estatal da Bolsa

de Valores de Nova Iorque para tentar

resolver a questão. “Até o dia 18 não dá para

reverter, mas entre o dia 18 e a questão final

do descredenciamento há um prazo que em

tese poderão ser tomadas providências que

podem equilibrar a questão. Nós vamos nos

focar na busca de soluções”, afirmou, ao sair

de reunião no Ministério de Minas e Energia.

Para evitar consequências mais graves para a

estatal, o governo vai pressionar a KPMG,

responsável por auditar o balanço, e o

escritório Hogan Lovells para que apresse a

conclusão das investigações quanto ao

possível dano às contas da estatal, provocado

pelas irregularidades apontadas na Operação

Lava Jato. “É que uma possibilidade de dano

por parte de alguma irregularidade não está

mensurada e a KPMG se recursa a assinar o

balanço. Então, nós temos que ter rapidez da

KPMG e da empresa que faz a investigação,

que foi indicada pela KPMG, exatamente para

que isso possa ser feito rapidamente e essa

falta possa ser sanada”, disse. Questionado se

vai ter pressão, Jucá respondeu: “vai haver

cobrança.”

Ao chegar para a reunião com o ministro de

Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e o

presidente da Eletrobras, José da Costa

Carvalho Neto, Jucá admitiu que a situação da

Eletrobras pode afetar a meta de déficit fiscal,

que o governo pretende apresentar ao

Congresso Nacional ainda esta semana. O

receio é de que o atraso na apresentação do

balanço amplie ainda mais o déficit de 2016,

por conta do impacto não mensurado de uma

eventual penalidade à estatal. O prazo dado

pela SEC vence no próximo dia 18, e a

Eletrobras pode ser obrigada a pagar de uma

só vez um valor que, no limite, pode chegar a

R$ 40 bilhões, além de ter suspensa a

negociação de seus papéis na Bolsa de Nova

Iorque.

A sugestão do ministro do Planejamento ao

ministro da Fazenda, Henrique Meireles, e de

que seja feita já uma atualização de meta,

sem levar em conta a possibilidade de

aplicação de penalidades à Eletrobras, mas

com ressalvas para a eventualidade de que o

Tesouro tenha que bancar prejuizos. “A ideia é

a gente compatibilizar e ter um número

realista no que diz respeito aos impactos da

renegociação da divida dos estados, na

questão da perda de arrecadação e de outros

impactos que estão sendo medidos em nível

de andamento do orçamento.”

Questionado sobre o valor do déficit, que já é

estimado em R$120 bilhões, o ministro disse

que o governo ainda está avaliando varias

questões. “Uma delas é essa da Eletrobras,

que pode gerar um impacto inesperado nas

contas públicas”, disse Jucá. Sobre de quanto

seria o impacto, ele respondeu: “Varia. É

prematuro falar sobre isso. Nós vamos

primeiro ouvir a Eletrobras e verificar que

bonds estariam sujeitos a esse tipo de

resgate.”

Além disso, acrescentou, há também um

impacto que não esta definido na proposta

anterior dos ministérios do Planejamento e da

Fazenda, que é a questão da divida dos

estados, da aplicação de juro simples ou

composto. “O STF deu prazo para um

entendimento, e nós vamos discutir essa

modelagem com os estados e tentar resolver

isso rapidamente. É também uma da

incógnitas no que diz respeito a essa questão

do déficit público.”

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Data: 17/05/2016

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Grupo de Comunicação e Marketing

Ministro Coelho Filho confirma participação no Enase

Evento, que contará com as principais

autoridades do setor, começa na próxima

quarta-feira, 18, no Rio de Janeiro

O ministro de Minas e Energia Fernando

Coelho Filho confirmou nesta segunda-feira,

16 de maio, a sua participação na 13ª edição

do Encontro Nacional dos Agentes do Setor

Elétrico, que começa na próxima quarta-feira,

18, no Rio de Janeiro. O Enase, que vai até a

quinta-feira, 19, contará com as principais

autoridades do setor, incluindo Luiz Eduardo

Barata, que toma possa como diretor-geral do

Operador Nacional do Sistema Elétrico na

terça-feira, 17. Também estão confirmados o

presidente do conselho de administração da

CCEE, Rui Altieri, e o diretor-geral da Aneel,

Romeu Rufino.

O ministro tomou posse na última terça-feira,

12, e se reuniu com lideranças do setor

elétrico no domingo, 15. Na reunião, o

ministro já tinha demonstrado sua intenção de

comparecer ao principal evento do setor

elétrico, o que foi confirmado a organização

nesta segunda-feira, 16. O ministro deve

anunciar sua equipe ministerial ainda nesta

semana. O Enase é copromovido pelo Grupo

CanalEnergia com 19 associações do setor.

Para mais informações acesse:

www.enase.com.br

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Data: 17/05/2016

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Grupo de Comunicação e Marketing

Aneel convoca agentes para discutir revisão do modelo do setor elétrico

Agência pretende enfrentar temas

complexos como o modelo de

financiamento do setor apoiado nas

distribuídas

Wagner Freire

A Agência Nacional de Energia Elétrica vai

convocar os agentes do setor elétrico para

debater mudanças complexas no modelo

setorial vigente. Entre elas, está o desafio de

pensar uma forma alternativa de

financiamento do setor elétrico - hoje apoiado

fundamentalmente nos contratos firmados

com as distribuidoras. O tema está na pauta

da reunião de diretoria da agência desta terça-

feira, 17 de maio. A ideia é abrir um P&D

Estratégico para o recebimento de propostas

intitulado "Aprimoramento do Modelo do Setor

Elétrico Brasileiro".

O atual modelo do setor elétrico desenhado

em 2003, o qual seguia as seguintes

premissas: garantir a segurança de

suprimento de energia elétrica, promover a

modicidade tarifária por meio de contratação

eficiente de energia para os consumidores

regulados e prover a inserção social da

energia elétrica. Após 13 anos de vigência,

avanços tecnológicos e vários remendos

regulatórios, vislumbram-se um estudo

profundo do modelo para corrigir de forma

eficiente os rumos do setor. A revisão do

modelo partiu das associações que represam

os mais diversos agendes do setor elétrico,

encabeçado pela Abradee e Abiape.

"A revolução pela qual vem passando o SEB

tem exigido também, por parte dos

consumidores e de toda a sociedade brasileira,

respostas rápidas e contundentes aos desafios

do setor, o que requer aprimoramentos no

processo decisório e no seu modelo de

funcionamento", diz o trecho da nota técnica

redigida pela Superintendência de Pesquisa e

Desenvolvimento da Aneel.

Para a Aneel, é preciso criar mecanismos para

evitar situações como o GSF, na qual

geradores de governo travaram uma longa

disputa (inclusive judicial) para evitar

prejuízos causados pela escassez de chuva dos

últimos anos. A agência pretende enfrentar

temas como: qual é a matriz energética mais

apropriada para o país diante da redução do

nível de regularização dos reservatórios ou

qual o modelo adequado para contratação do

suprimento de gás para a geração térmica na

base.

"Não se pode deixar de mencionar o modelo

de financiamento da expansão do setor,

focado, essencialmente, no segmento da

distribuição - em última instância, o fiador de

toda a cadeia. Deve-se pensar em novas

formas de financiamento para reduzir a

dependência financeira desse segmento e

viabilizar outros mecanismos de expansão da

matriz elétrica brasileira.", diz a Aneel.

Entre outros possíveis temas ou aspectos

relevantes nessa discussão estão a falta de

liquidez do mercado livre, a qualidade do

fornecimento de energia elétrica, a eficiência

energética no uso final e em toda a cadeia de

suprimento, a redução do custo global de

operação e expansão do setor elétrico e a

atração de investimentos que promovam o

desenvolvimento equilibrado e sustentável do

setor.

"Tendo em vista o exposto acima e outros

aspectos inerentes ao tema, considera-se

oportuno e relevante refletir sobre o modelo

atual do SEB e fazer uma ampla discussão

com os agentes, especialistas no assunto e

demais partes interessadas sobre possíveis

aprimoramentos no modelo vigente. Espera-

se, com isso, um estudo aprofundado,

imparcial e sistemático do assunto e a

proposição de mecanismos legais, regulatórios

e institucionais para solucionar problemas

vigentes e preparar o setor para os desafios

futuros", conclui a Aneel.

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Data: 17/05/2016

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Grupo de Comunicação e Marketing

GSF ainda não está equacionado no ACL

Executivo prevê ainda grandes desafios

para os geradores hidrelétricos nos

próximos anos

Carolina Medeiros

Apesar da maioria das empresas terem

aderido a proposta de repactuação do GSF no

mercado regulado, o mesmo não aconteceu no

Ambiente de Contratação Livre. Flávio Neiva,

presidente da Associação Brasileira das

Empresas Geradoras de Energia Elétrica,

afirma que a regulamentação sobre o tema

não foi bem aceita pelo ACL, o que ainda pode

gerar discussões e prosseguimento da

judicialização da questão.

Neiva prevê ainda grandes desafios para os

geradores hidrelétricos nos próximos anos

devido a demandas regulatórios,

socioambientais e legais sempre crescentes.

Ele diz ainda, no que se refere à expansão da

oferta, que o quadro de penalizações,

retratado nas limitações de excludentes de

responsabilidade, tem contribuído para reduzir

a atratividade dos investimentos do setor. O

executivo participará do 13º Encontro Nacional

dos Agentes do Setor Elétrico (Enase),

marcado para os dias 18 e 19 de maio, no Rio

de Janeiro. A Abrage e outras 18 associações

do setor são copromotoras do Enase junto

com o Grupo CanalEnergia. Confira abaixo a

entrevista concedida por Flávio Neiva à

Agência CanalEnergia.

Agência CanalEnergia - Após a repactuação do

GSF, a Abrage acredita que os problemas

relacionados ao tema foram completamente

sanados?

Flávio Neiva - A regulamentação do assunto

atinente aos contratos realizados no ambiente

livre não foi bem aceita pelas empresas, as

quais optaram por não aderir nesse ambiente,

o que ainda pode ensejar discussões sobre

esse tema específico e prosseguir na

judicialização da questão.

Paralelamente, a Abrage aguarda o

desenvolvimento dos trabalhos de

regulamentação do art. 2º da Lei 13.203/15,

em andamento no âmbito da Aneel, que trata

do equacionamento dos riscos não

hidrológicos, tendo já realizado reunião com a

agência com o objetivo de apresentar suas

considerações sobre o tema. A associação

entende que a conclusão desse trabalho é uma

importante etapa para o equacionamento da

questão do GSF.

Agência CanalEnergia - Todos os segmentos

do setor vêm enfrentando dificuldades nos

últimos tempos. A Abrage avalia que é

necessário rever o modelo do setor elétrico ou

alguns ajustes já seriam suficientes?

Flávio Neiva - Nos últimos anos o setor

elétrico passou por situações extremas (crise

hídrica, despacho elevado de térmicas,

elevadas exposições negativas, etc) que

ensejaram profundas alterações estruturais

promovidas por diversos instrumentos

regulatórios - MP 579/12, MP 688/15,

Resolução CNPE 03/13, Regras de

Sazonalização, PLD Máx e Min, CVaR, Portaria

455/12, Conta ACR, dentre outros.

Essas alterações foram processadas

isoladamente, sequencialmente ou não, e

provocaram múltiplos impactos nos agentes

do setor, especialmente na área de geração,

comprometendo a previsibilidade, o equilíbrio

econômico-financeiro e a estabilidade

regulatória. Dessa forma, o atual modelo do

setor não se mostra mais capaz de comportar

todas essas alterações regulatórias e também

as estruturais na matriz, sendo que os

recentes problemas vivenciados sinalizam a

necessidade de revisão de seus princípios

básicos, de modo a se evitar a crescente

judicialização que, infelizmente, se instalou no

setor.

Agência CanalEnergia - Quais são as

principais dificuldades para os geradores

hidrelétricos nos próximos anos?

Flávio Neiva - De uma forma geral, os

geradores hidrelétricos enfrentarão grandes

desafios decorrentes das demandas

regulatórias, socioambientais, legais, etc.,

sempre crescentes. As mudanças regulatórias

podem continuar a conduzir o setor a uma

crescente judicialização das questões

comerciais, fato esse que afeta muito a

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Data: 17/05/2016

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Grupo de Comunicação e Marketing

atratividade dos investimentos no setor

elétrico.

No que diz respeito à expansão da oferta, o

quadro de penalizações, retratado nas

limitações de excludentes de responsabilidade

(greves, questões indígenas, Ministério

Público, socioambientais, etc), tem contribuído

para reduzir a atratividade de novos

empreendimentos e até mesmo inviabilizar

grandes projetos em construção.

Ao mesmo tempo, as empresas cotistas, que

aderiram à MP 579/12, enfrentam dificuldades

para operar as usinas com os valores de GAG

estabelecidos à época da adesão ao novo

modelo de concessão. Além disso, a

metodologia implantada para permitir a

realização dos investimentos necessários nos

ativos dessas concessões precisa ser

adequada ao modelo implantado por ocasião

do Leilão 12/2015, advindo da MP 688/15.

Agência CanalEnergia - O Ministério de Minas

e Energia está revendo a garantia física das

hidrelétricas. A Abrage tem alguma estimativa

de qual será essa revisão? Existe algum

estudo que aponte para o percentual médio de

redução ou acréscimo da garantia física?

Flávio Neiva - A Abrage contribuiu com os

trabalhos para o desenvolvimento da

metodologia de revisão das Garantias Físicas

das usinas, participando de diversas reuniões

sobre o tema e enviando contribuições ao

MME, que deverá publicar brevemente os

resultados desse trabalho. Tendo em vista que

a metodologia final não foi divulgada pelo

MME, a associação não realizou estudos para

estimar as possíveis alterações desses valores

e aguarda a sua divulgação pelo ministério nos

próximos dias. Os novos valores de Garantia

Física vigorarão a partir de 2017.

Agência CanalEnergia - A inclusão de

máquinas adicionais nas hidrelétricas tem sido

apontada como uma solução para a geração

de ponta. As empresas e a Abrage têm

realizado estudos nesse sentido? Quais as

soluções para cobrir a ponta atualmente?

Flávio Neiva - A Abrage encaminhou em 2012

ao MME e ANEEL propostas para inclusão de

máquinas nas usinas já preparadas para

recebê-las. A Associação entende que há

necessidade de que haja a devida

regulamentação do poder concedente para a

realização dessa expansão, para que as

empresas se sintam motivadas a desenvolver

os respectivos projetos.

Para as concessões prorrogadas que

possuem esse potencial, o MME e a EPE

definirão sobre a execução das obras para

permitir essas ampliações, devendo o gerador

ser remunerado via tarifa. Todavia, com a

redução do consumo e a entrada de novos

empreendimentos de geração, os problemas

de atendimento à demanda máxima do SIN

parecem estar superados no curto prazo.

Assim, o MME e a ANEEL terão um prazo

adequado para planejar soluções definitivas

para essa questão.

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Data: 17/05/2016

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Grupo de Comunicação e Marketing

Falta de transmissão ainda provoca desperdício de geração eólica no NE e

consumidor paga a conta

Aneel e TCU busca medidas para ressarcir

consumidores por prejuízos causados

pelos atrasos nas obras das linhas

Wagner Freire

A falta de sistemas de transmissão ainda

provoca desperdício da geração eólica no

Nordeste e o consumidor é quem está

pagando a conta. A reportagem apurou que

ainda existem 13 parques eólicos prontos, ou

323 MW, impossibilitados de entregar energia

à rede por conta da falta de linhas. Os

empreendimentos estão localizados nos

estados da Bahia, Ceará e Rio Grande do

Norte. Muitas dessas usinas deveriam estar

produzindo desde 2013.

Não é de hoje que o setor tem convivido com

esse tipo de situação, que começou ainda em

2012 quando 622 MW em parques eólicos

ficaram prontos antes da construção das

linhas. A situação se agravou no ano seguinte

e o setor chegou a ter 2.000 MW em usinas

paradas. Como a culpa não era dos geradores,

a Agência Nacional de Energia Elétrica

precisou garantir o pagamento das receitas

previstas em contratos. Criou-se a figura das

usinas “aptas a operarem”. Dessa forma, o

consumidor tem pago por uma energia que

não está sendo entregue.

Licitados nos leilões de energia de reserva de

2010, 2011 e 2013, além de dois projetos que

fazem parte do A-5 de 2011, os

empreendimentos monitorados pela

reportagem são das empresas Enel Green

Power (149,5 MW), Voltalia (108 MW) e Alupar

(40,5 MW). Com exceção dos projetos da

Alupar, a previsão é que todas essas usinas

estejam conectadas até o final desse ano, isso

se a transmissora responsável, a Chesf,

cumprir os cronogramas previstos para junho

e setembro deste ano. Ocorre que esses dados

são alterados todo mês, na sua maioria,

postergando ainda mais a entrega das linhas.

Quanto aos motivos dos atrasos, são questões

da própria concessionária, nenhum impeditivo

extraordinário que tenha paralisado a obra. As

concessionárias justificam em muitos casos

demora em obter as licenças ambientais e

autorizações necessárias. Estão em obras as

ICGs Morro do Chapéu II (230 kV/BA),

Ibiapina II (69 kV/CE) e Touros (69 kV/RN).

Em nota, a Chesf informou que "todas as

obras citadas são prioritárias para a empresa,

que está trabalhando para entregá-las no

menor prazo possível."

No caso da ICG Aracati III (138 kV/CE), que

estava programada para escoar os projetos da

Alupar a partir deste ano, no relatório de

fiscalização da Aneel, por exemplo, está que a

obra ficaria pronta no mês passado, o que não

ocorreu. Essa obra, inclusive, não tem mais

previsão de quanto ficará pronta, uma vez que

o contrato de concessão, concedido à

Braxenergy, está em vias de ser cassado pela

agência reguladora.

"A Aneel contratou num leilão um agente que

simplesmente não fez nenhum projeto. Nós

avisamos várias vezes..." disse José Luiz de

Godoy, diretor de Relações com Investidores e

Financeiro da Alupar. "Esse é um ponto que a

Aneel precisa avaliar melhor... Essa questão

das garantias do leilão precisa melhorar para

evitar isso, porque o desconto que a gente

pode ter dado no leilão é ridículo em relação

ao custo que [o consumidor] vai ter de pagar

pelos nossos parques eólicos durante não sei

quanto tempo... Essa linha pode ser feita, mas

pode demorar dois, três, até quatro anos. Isso

[o custo para o consumidor] vai ser muito

maior que o próprio custo da linha", disse o

executivo à Agência CanalEnergia durante

teleconferência com analistas de mercado

nesta sexta-feira, 13 de maio.

Com as sobras de energia das distribuidoras,

há situação hoje não é tão grave como antes

em relação ao atendimento da demanda.

Porém, trata-se de um investimento

importante que poderia contribuir

principalmente para o abastecimento da

região Nordeste, onde os reservatórios

marcam 31,85% da capacidade de

armazenamento. A falta de chuvas regulares

tem comprometido o desempenho da geração

hidrelétrica no submercado Nordeste nos

últimos anos, exigindo do Operador Nacional

do Sistema Elétrico e da Agências Nacional de

Águas manobras operativas para garantir o

funcionamento das usinas e o uso múltiplo da

água naquelas bacias hidrográficas. A região

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Data: 17/05/2016

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Grupo de Comunicação e Marketing

só não passou por um período de

racionamento de energia no ano passado por

conta das usinas eólicas. Contudo, a fonte

poderia estar contribuindo mais se não

houvesse sistemáticos atrasos nas obras de

transmissão, impedindo que vários parques

eólicos entreguem energia dentro do

planejado.

Compensação - Tramita na Câmara dos

Deputados um processo que pretende cobrar

R$ 929,5 milhões da Chesf como

compensação aos consumidores brasileiros por

26 novos parques eólicos que estavam prontos

em 2013, mas não podiam entregar esta

energia. O relatório final da investigação,

realizada pelo Tribunal de Contas da União, foi

aprovado no dia 4 de maio pela Comissão de

Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

Além disso, a reportagem apurou que a

Agência Nacional de Energia Elétrica ingressou

no ano passado com uma ação civil pública

contra à Chesf buscando ressarcimento aos

consumidores dos valores desembolsados para

pagar usinas eólicas impedidas de operar em

virtude do atraso nas obras de transmissão. O

processo está na mão do juiz Francisco Renato

Codevila Pinheiro Filho, da 15ª Vara Federal

de Brasília. Com relação ao processo da Aneel,

a Chesf disse que já apresentou recurso.

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Data: 17/05/2016

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Setor de energia elétrica tem prejuízo de R$ 1,9 bilhão no primeiro trimestre

Eletrobras lidera o ranking dos piores

resultados, segundo levantamento da

Economática

Carolina Medeiros

O setor de energia elétrica é o que apresentou

maior prejuízo no primeiro trimestre de 2016

entre os 25 setores analisados pela

Economática, com um rombo de R$ 1,9 bilhão.

A Eletrobras é a empresa com o maior

prejuízo no período, com R$ 3,89 bilhões. No

ano de 2015, a empresa tinha registrado lucro

de R$ 1,25 bilhão. Já a Petrobras é a empresa

com maior queda de resultado entre 2016 e

2015. Neste ano, a empresa registrou prejuízo

de R$ 1,24 bilhão, contra um lucro de R$ 5,33

bilhões em 2015, recuo de R$ 6,57 bilhões.

Na lista dos maiores prejuízos entre as

empresas de capital aberto no trimestre ainda

figuram a Renova em sexto lugar, com

prejuízo de R$ 435,7 milhões; a CPFL

Renováveis, em 13º lugar, com resultado

negativo de R$ 107,769 milhões; e a Eneva

em 16º lugar, com prejuízo de R$ 93,8

milhões. Entre as 20 empresas mais

lucrativas, segundo a Economática, não figura

nenhuma empresa do setor elétrico.

O lucro líquido das 300 empresas de capital

aberto brasileiras soma R$ 23,16 bilhões no

primeiro trimestre de 2016, valor inferior em

33,99% com relação ao mesmo período de

2015, quando a amostra fechou com R$ 35,09

bilhões. O setor bancário continua sendo o

setor com maior lucratividade. No primeiro

trimestre de 2016, 21 bancos de capital aberto

fecharam com R$ 14,3 bilhões de lucro contra

R$ 17,87 bilhões do mesmo período de 2015,

queda de R$ 3,57 bilhões ou 19,98%.

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Data: 17/05/2016

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AES Eletropaulo estima impacto de até R$ 375 mi este ano com a

sobrecontratação

Distribuidora paulista está com 116% da

demanda sob acordos e atribui situação

ao A-1 de 2015 mesmo com a queda no

consumo

Mauricio Godoi

A AES Eletropaulo revisou as projeções com a

sobrecontratação de energia para o ano de

2016. Em Fato Relevante publicado no site da

Comissão de Valores Mobiliários, a companhia

informou que a nova estimativa de impacto

financeiro sobre o resultado operacional é de

valores entre R$ 320 milhões e R$ 375

milhões. A empresa destaca que esses

montantes consideram o nível de contratação

médio de aproximadamente 116%, reflexo da

contratação compulsória do limite mínimo do

A-1 de 2015, mesmo tendo havido redução de

mercado em 2015 na casa de 4,7% e a

migração de clientes do mercado cativo para o

livre neste ano.

Esse nível de sobrecontratação está quatro

pontos porcentuais acima do patamar indicado

pelo presidente da AES Brasil, Julian Nebreda,

no final de abril, em evento realizado pela

empresa. Na oportunidade o executivo recém

chegado ao Brasil afirmou que a distribuidora

estaria com 112% de sua demanda atendida.

No comunicado, a empresa destaca que

acredita em uma solução para a mitigação

total desse impacto em seu resultado e que,

nesse sentido, atua junto às autoridades para

resolver o problema. Nebreda acrescentou em

abril que há urgência em se resolver essa

questão, bem como, alterações devem ser

tomadas para que as distribuidoras possam se

adequar a períodos de retração da demanda

por energia.

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Data: 17/05/2016

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Ministro Coelho Filho conquista o apoio de associações após reunião no

MME

Temas setoriais foram apresentados por

representantes de associações

empresariais no último domingo, 15.

Agentes presentes destacam grande

empatia e apoio ao novo ministro

Sueli Montenegro

A decisão do ministro de Minas e Energia,

Fernando Coelho Filho, de receber

representantes de associações empresariais do

setor elétrico para um primeiro encontro no

último domingo, 15 de maio, causou boa

impressão entre os participantes. “A opinião

de todos é que foi muito positivo” avaliou o

coordenador do Fórum das Associações do

Setor Elétrico e presidente da Associação

Brasileira dos Investidores em Autoprodução

de Energia, Mário Menel.

A reunião foi de apresentação do ministro aos

agentes, quando lideranças de diferentes

segmentos do setor anunciaram, em linhas

gerais, algumas de suas preocupações. Menel,

por exemplo, lembrou que há problemas

urgentes a serem enfrentados, como a

sobrecontratação de energia das

distribuidoras; a questão do excludente de

responsabilidade da hidrelétrica de Belo

Monte; a guerra de ações judiciais do setor; o

mau funcionamento do mercado, que tem a

inadimplência mensal de mais de R$ 1 bilhão

na Câmara de Comercialização de Energia

Elétrica, ainda em consequência dos débitos

do risco hidrológico (GSF).

O presidente da Associação Brasileira dos

Produtores Independentes de Energia Elétrica,

Guilherme Velho, disse que o ministro se

mostrou uma pessoa que valoriza a inovação,

está disposta a ouvir os agentes, tem

consciência da complexidade e sabe das

implicações que cada decisão tem para o

setor. O executivo apresentou durante o

encontro um elenco de temas para discussão,

definidos pela Apine.

Ele inclui as sobras de energia no mercado; a

questão das garantias de recebíveis dos

investidores; a migração de consumidores

para o mercado livre; a contratação da

expansão num ambiente em que há um

número crescente de consumidores que se

tornaram livres; a geração distribuída; os

atrasos nas obras de transmissão; a

necessidade de licença prévia pra esses

empreendimentos e a regulamentação da

atenuação dos custos do GSF, prevista na Lei

13.203.

Para o presidente da Associação dos Grandes

Consumidores Industriais de Energia e de

Consumidores Livres, Paulo Pedrosa, o

ministro conseguiu na reunião ganhar a

torcida do setor. “Ele, de certa forma,

reconheceu que o setor elétrico é um grande

case do Brasil”, disse Pedrosa. O executivo

destacou que hoje o consumidor e o Tesouro

estão esgotados. O presidente executivo da

Associação Brasileira de Comercializadores de

Energia, Reginaldo Medeiros, relatou que a

reunião foi dinâmica, porque foram dados até

dez minutos para que cada associação

apresentasse suas prioridades. Ele contou que

a equipe que o ministro deve anunciar até a

próxima quarta-feira, 18, deve ser composta

por gente do mercado.

O conselheiro da Associação Brasileira de

Geração de Energia Limpa Luiz Otávio Koblitz

observou que esta não foi uma transição

normal de governo, mas o setor teve sorte

com o ministro escolhido para o MME. “Meu

entendimento é que o mercado vai se

surpreender muito positivamente com ele ao

longo dos próximos meses”, completou

Koblitz. Segundo ele, os participantes saíram

motivados da reunião.

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Data: 17/05/2016

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Grupo de Comunicação e Marketing

São Paulo receberá evento sobre a estrutura do setor

Light sediará o II Workshop de Eficiência

Energética no Rio de Janeiro

Com o objetivo de entender os princípios do

funcionamento do setor elétrico brasileiro e

detalhar o ambiente regulatório, o evento

Estrutura e Funcionamento do Setor de

Energia Elétrica, chega à cidade de São Paulo.

Visando os profissionais atuantes no setor

elétrico em seus diversos segmentos, o evento

acontecerá no dia 16 de junho.

A sede da Light será palco para o II Workshop

de Eficiência Energética no Rio de Janeiro. O

evento que tem como objetivo apresentar e

debater sobre aspectos relacionados à

eficiência energética no Brasil, está sendo

promovido pela Fundação Coge e acontecerá

no dia 16 de agosto.

Diariamente, o Portal CanalEnergia informa

sobre as realizações do setor elétrico. Para

mais informações sobre datas desses e de

outros eventos, além de acompanhar os

cronogramas dos principais acontecimentos,

como leilões e audiências públicas, acesse a

Agenda do CanalEnergia Corporativo.

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OUTROS VEÍCULOS Data: 17/05/2016

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OUTROS VEÍCULOS Veículo: Conteúdo Estadão

Gás natural amplia competitividade

ante eletricidade e óleo, indica pesquisa

O gás natural está mais competitivo do que a

energia elétrica em todas as regiões do País e

também é mais vantajoso do que o óleo

combustível para as indústrias com consumo

acima de 50 mil metros cúbicos (m³), segundo

levantamento da Associação Brasileira de

Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado

(Abegás), obtido com exclusividade pelo

Broadcast, serviço em tempo real da Agência

Estado. E a competitividade tende a aumentar

mais em diversos estados, tendo em vista que

algumas distribuidoras ainda não passaram

por reajuste das tarifas de gás.

“O momento que estamos vivendo agora é em

função da queda do barril do petróleo, que é

uma das variáveis que compõem o preço do

gás. Isso está provocando uma redução de

custo, que está na ordem de 5% a 6%”,

explica o presidente executivo da Abegás,

Augusto Salomon.

No segmento residencial, o gás natural é

competitivo em todas as regiões, com

destaque para o Centro-Oeste, onde o preço

do gás natural para clientes de alto consumo é

57,5% inferior ao valor da tarifa de energia

elétrica, seguido pelo Sul, com uma diferença

de 56,9%, pelo Nordeste (-44%) e pelo

Sudeste (-34,6%). Já para clientes

residenciais de baixo consumo, a menor

variação é no Sudeste (-7,5%) e a maior, no

Sul (-43,7%).

No caso do Sudeste, Salomon salienta que os

dados ainda não consideram o reajuste das

distribuidoras do Rio de Janeiro, realizado em

maio, e também de São Paulo, onde ainda

devem ser anunciados. A entidade aponta,

ainda, que mesmo uma diferença menor já

sinaliza para os consumidores que é mais

vantajoso utilizar o aquecedor a gás,

substituindo o chuveiro elétrico.

No segmento comercial, a diferença de preços

é ainda maior. O Nordeste é a região onde o

energético é mais competitivo, já que o preço

do gás está 73,1% inferior ao da energia

elétrica na classe de consumo de 50 mil m³

por mês. Na outra ponta, a menor economia

fica com consumidores comerciais do Sudeste

com demanda de 500 m³/mês, que mesmo

assim têm custo 38,3% inferior com o gás em

relação à eletricidade.

Na classe industrial, o comparativo foi feito

com o óleo combustível, uma vez que,

conforme a Abegás, de um modo geral, a

indústria não utiliza energia elétrica para gerar

vapor, mas apenas de forma pontual, para

força mecânica – em empilhadeiras por

exemplo. No segmento, o gás natural é

competitivo para consumidores acima de 50

mil m³/mês em todas as regiões. A maior

vantagem é para os consumidores da classe

de 1 milhão de m³/mês no Centro-Oeste, que

possuem uma tarifa de gás 46,3% menor do

que o preço do óleo A1. Já no Sudeste, a

diferença varia de uma redução mínima de

0,1% a 27,4%, dependendo do volume de

consumo.

Salomon lamenta o fato de a queda do preço e

a consequente melhora da competitividade do

gás vir em um momento de retração

econômica, que dificulta que as distribuidoras

se beneficiem do bom momento de preço. “Na

medida em que começa a ter uma queda do

preço do gás, conseguimos ser mais

competitivos em outros segmentos e

desenvolver outros mercados. Infelizmente

isso acontece em um momento de crise”,

disse. Somente nos dois primeiros meses

deste ano, o consumo de gás natural pelas

indústrias recuou 13,81%, em decorrência da

redução da atividade industrial.

Propostas

“Por mais que o gás seja mais competitivo que

a energia elétrica, o problema hoje é que o

consumo caiu e, consequentemente, o

consumo de gás caiu. Há uma paralisação

clara da indústria, mas isso vai mudar e, em

mudando, a estrutura para a expansão tem

que estar pronta”, diz o dirigente.

Salomon afirma que o setor pretende levar ao

governo “atual ou ao próximo que estiver lá”

uma proposta para destravar o setor, que

inclui alterações nas áreas regulatória e

tributária. “É uma agenda complexa, mas os

preços hoje mostram que estamos altamente

competitivos. A grande questão é como

criamos esse ambiente de incentivo à indústria

para que se possa colocar no mercado mais

gás”.

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OUTROS VEÍCULOS Data: 17/05/2016

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Grupo de Comunicação e Marketing

Embora animados com a perspectiva de uma

nova dinâmica de mercado que decorrerá da

esperada venda de ativos de gás pela

Petrobras, hoje monopolista no fornecimento e

transporte de gás, e do potencial fim da

obrigatoriedade da estatal ser operadora única

do pré-sal, os agentes observam que as

regras atuais não respondem às novas

necessidades e geram insegurança nos

potenciais investidores. “Estamos preocupados

com esse modelo pós Petrobras”, revela

Salomon. A Abegás está contratando uma

consultoria para estudar as alternativas de

mercado e contribuir com a discussão sobre

um eventual ajuste das regras.

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OUTROS VEÍCULOS Data: 17/05/2016

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Veículo: Brasil Energia

“Resolução da ANP é bem-vinda, mas efeito não será imediato”

Sete anos após a publicação da Lei do Gás, de

2009, a ANP concluiu a regulamentação de

duas prerrogativas para o mercado de gás

natural: o livre acesso aos gasodutos e a troca

operacional — o famoso swap de gás. A

Resolução nº 11/2016, publicada em 28 de

março de 2016, prevê que “o acesso de

terceiros à infraestrutura de transporte

existente deve ser ofertado e concedido

sempre que possível, de modo a permitir a

efetiva competição nas atividades de produção

e comercialização de gás natural”. Para

entender como a resolução vai funcionar na

prática, a Brasil Energia conversou com a

consultora Sylvie D’Apote, sócia-diretora da

Prysma E&T, com mais de 20 anos de

experência no mercado de gás do Brasil e de

toda a América Latina.

A regulamentação do livre acesso aos

gasodutos e do swap de gás vai gerar

mudanças práticas no mercado brasileiro de

gás natural?

O que há de mais importante nessa

regulamentação é a troca operacional, o swap,

que já estava prevista na Lei do Gás de 2009,

mas era impossível colocá-la em prática sem

as regras publicadas. Agora temos as regras,

mas alguns detalhes ainda precisam ser

resolvidos, como a oferta. Para fazer o swap,

precisamos ter oferta de gás natural de mais

de uma empresa e proveniente de diferentes

pontos, o que não temos hoje.

Sozinha, a Petrobras faz troca operacional o

tempo todo, porque ela tem gás entrando em

vários pontos do país. Mas como é dentro da

mesma empresa, não entra na

regulamentação. Quando vários players estão

injetando gás no sistema, as regras do swap

se tornam necessárias para que distribuidoras

e clientes livres possam negociar livremente.

Esse é um modelo de transporte não-clássico,

em que o fluxo contratual não acompanha o

fluxo físico, como de costume. A resolução da

ANP é muito bem-vinda, mas o efeito não será

imediato, porque ainda não temos uma

diversidade de provedores e carregadores de

gás natural.

O swap dá espaço para operações em que o

fornecedor e o consumidor de gás natural

estejam em estados diferentes. A aplicação de

impostos, como o ICMS, pode ser um

problema nesses casos?

Um dos grandes problemas do Brasil é o

tratamento fiscal do gás. Hoje, o energético é

precificado de acordo com sua movimentação

física, o que vai ser um problema para a

maioria dos contratos de troca operacional.

Imagine a seguinte situação: um cliente de

São Paulo assina um contrato com a Petrobras

para receber gás, que seria proveniente de um

terminal de regaseficação no Rio de Janeiro.

Mas, por uma questão de fluxo do sistema, faz

mais sentido que esse gás venha da Bolívia,

pelo Gasbol. Faz-se então uma operação de

swap. Nesse caso, temos um problema de

ICMS. Quem vai pagar? Quem vai receber?

Essa falta de clareza traz dificuldades para

esse modelo de negócios.

Como isso poderia ser resolvido?

Temos uma resolução simples no caso do

setor de energia elétrica. O tratamento fiscal

dado para a energia é bem mais simples, pois

não se pensa em movimentação de elétrons.

Com o gás natural, o planejamento ainda tem

como base o fluxo físico. Quando os sistemas

de transporte e distribuição são mais

complexos, ramificados, com vários pontos de

conexão, o swap se torna naturalmente

comum. É uma forma mais eficiente de utilizar

a infraestrutura.

A resolução também cria a figura do

carregador, representando o agente

interessado em fazer movimentação de gás

natural, mas que não pode ser o dono do

gasoduto. No Brasil, a Petrobras controla

diversos elos dessa cadeia. Como a resolução

vai funcionar nesse caso?

Hoje, o sistema todo de transporte é operado

pela Petrobras, que é a dona dos gasodutos,

mas é também a gestora. O que faremos uma

vez que vários operadores entram no

mercado? Mesmo com a venda das

subsidiárias de transporte da Petrobras,

saberemos quem será o novo dono, mas não

quem serão os operadores. Como é que se

gerencia um sistema de dutos operado por

várias entidades?

Isso não pode mais estar nas mãos da

Petrobras. Os consultores e empresários estão

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OUTROS VEÍCULOS Data: 17/05/2016

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olhando para modelos de outros países e, em

quase todos, há um operador independente do

sistema, que não necessariamente é o dono

de todos os dutos, podem ser vários. Mas o

gestor do sistema vai fazer o “despacho”,

usando a linguagem elétrica, vai monitorar os

fluxos. É também a instituição responsável por

verificar a segurança do sistema, garantindo

que todos os clientes estão sendo abastecidos

e, assim, dar sinais de possíveis congestões.

Precisamos dessa figura.

Outra questão é o tratamento do gás natural.

Como novos produtores vão conseguir injetar

gás na rede de diferentes pontos se todas as

UPGNs instaladas são da Petrobras?

Para isso, não temos uma solução. Hoje, a

ANP só permite que o gás seja injetado na

rede de transporte se estiver dentro de certas

especificações. Então, se o produtor tiver gás

rico, com muitos líquidos, vai precisar tratá-lo.

O problema na verdade é a oferta de unidades

de processamento de gás natural (UPGNs),

porque hoje só temos as unidades que

atendem à produção da Petrobras. Mas isso

não seria responsabilidade do operador

nacional, que, em outros países, só gerencia o

gás depois que ele entra na rede de

transporte.

A senhora comentou que a troca operacional é

mais utilizada quando há muitos produtores no

mercado, mas é possível que a própria

resolução impulsione a entrada de novos

players?

A regulamentação do livre acesso e do swap é

uma pecinha de um quebra-cabeça que

precisa ser colocado de pé para impulsionar a

liberdade do mercado. É necessária, mas não

é suficiente. Existem várias outras peças. O

que fazer para aumentar o número de agentes

do lado da oferta e da demanda? Flexibilizar o

acesso de clientes livres, por exemplo, que

ainda está muito restrito aos estados de São

Paulo e Rio de Janeiro que têm muitas

indústrias e clientes de grande porte.

Já do lado da oferta, o caso da Argentina é

interessante, onde os produtores de gás

natural foram impedidos de comercializar seus

volumes para o produtor dominante. Assim, os

produtores independentes se viram na

obrigação de vender gás para o mercado. No

Brasil, a Petrobras comercializa todo o gás que

chega ao mercado, com exceção do Maranhão,

apesar de não ser a única produtora.

Nem a própria Petrobras tem mais condições

de arcar com uma operação desse tamanho. A

proibição da integração vertical, que impede

que o carregador seja também o dono do

gasoduto, também é uma peça importante

para esse quebra-cabeça, e já foi

regulamentada. Várias pecinhas estão sendo

colocadas na mesa, então precisamos agora

que algumas empresas comecem a produzir.

Quem está nessa linha de frente?

No pré-sal, a BG tem participação em Lula e

Sapinhoá, mas fez um acordo para vender o

gás produzido para a Petrobras. Existem

também outros campos, com reservas de gás,

onde esse acordo ainda não foi feito, como é o

caso daqueles com participação da Repsol.

Mas o mercado de gás no geral tem olhado

com bastante interesse para o que vai

acontecer na descoberta de Pão de Açúcar, na

Bacia de Campos.

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OUTROS VEÍCULOS Data: 17/05/2016

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Veículo: ANP

ANP assina contratos de concessão de áreas inativas com acumulações

marginais

Diretor Waldyr Barroso assina contratos de

concessão de áreas inativas com acumulações

marginais, em nome da ANP.

A ANP promoveu, no último dia 12 de maio, a

assinatura de oito contratos de concessão para

as atividades de reabilitação e produção de

petróleo e gás natural em áreas inativas com

acumulações marginais. As áreas foram

licitadas no dia 10 de dezembro de 2015, na

13ª Rodada de Licitações – Etapa de

Acumulações Marginais.

Os contratos assinados foram relativos às

áreas de São João, Alto Alegre, Iraí, Bela

Vista, Riacho Sesmaria, Paramirim do

Vencimento, Lagoa do Doutor e Barra Bonita.

Os bônus de assinatura dos oito contratos

totalizaram R$ 3.965.201,00.

Estiveram presentes na cerimônia o diretor-

geral substituto da ANP, Waldyr Barroso, o

superintendente de Promoções de Licitações,

Marcelo Castilho, e a superintendente-adjunta

da área, Heloisa Borges, que assinaram os

contratos em nome da ANP junto com os

representantes das empresas signatárias.

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OUTROS VEÍCULOS Data: 17/05/2016

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Veículo: The Wall Streat Journal

Opep prevê que oferta de petróleo pode ficar menor que a demanda em

2017

Uma contração na produção dos Estados

Unidos e cortes massivos nos investimentos

em novos projetos vão reduzir o excesso de

petróleo no mercado mundial ao longo deste

ano, previu a Organização dos Países

Exportadores de Petróleo na sexta-feira,

acrescentando que o recuo potencialmente

derrubará a oferta de petróleo em todo o

mundo para um nível menor que a demanda

em 2017.

A Opep prevê que mudanças na produção de

países que não integram o cartel vão ajudar a

reequilibrar um mercado global de petróleo

que já viu os preços caírem mais de 50%

desde 2014, embora a Opep tenha se negado

a reduzir sua própria produção.

A Opep informou em um relatório mensal que

a produção de países não ligados à

organização vai cair em 740 mil barris por dia

do nível de 2015, para 56,4 milhões de barris

por dia neste ano, 10 mil barris a menos que o

previsto pela Opep anteriormente. A maior

parte do declínio será resultado dos esforços

das petrolíferas dos EUA para cortar a

produção, que passou a dar prejuízos com o

desabamento dos preços do petróleo.

"Fora dos EUA, temos visto sinais consistentes

de declínio na produção de países que não

integram a Opep, o que provavelmente deve

deixar o mercado global de petróleo com um

déficit líquido em 2017", informou a Opep.

A previsão da Opep é de que a produção

americana este ano cairá em 431 mil barris

por dia em relação a 2015, para 13,56 milhões

de barris por dia. O resto do recuo na

produção previsto em países fora da Opep virá

de uma redução nos investimentos e atrasos

de produção na China, México, Reino Unido,

Cazaquistão e Colômbia.

No geral, empresas de petróleo em todo o

mundo devem cortar seus investimentos em

exploração e avaliação durante 2016, 2017 e

2018, para US$ 40 bilhões por ano, metade do

gasto médio anual de 2012 a 2014, informou

o cartel.

A redução da produção de países que não

integram a Opep está amortecendo o efeito do

aumento da produção de membros da

organização. Uma reunião entre os países em

abril para discutir um congelamento da

produção terminou frustrada depois que a

Arábia Saudita informou que só iria limitar sua

produção se o Irã o fizesse também, de

acordo com autoridades da Arábia Saudita e

de outros países envolvidos nas negociações.

O Irã, que em janeiro foi liberado das duras

sanções internacionais que impediam o país de

vender petróleo, não aceitou limites de

produção. Sua produção de petróleo em abril

foi de 3,45 milhões de barris por dia — um

salto de 198 mil barris diários ante o mês

anterior, informou a Opep. Isso representou

todo o aumento da produção do cartel de

março. A produção total da Opep em abril

subiu 188 mil barris por dia ante o mês

anterior, para 32,44 milhões de barris.

A Opep disse que essa produção mais elevada

será absorvida por um aumento da demanda

mundial de petróleo. Ela prevê que a demanda

aumentará em 1,2 milhão de barris por dia em

relação ao ano passado, para 94,18 milhões

de barris por dia em 2016.

Como resultado, o mercado começou a nivelar

o excesso de petróleo, mostram os dados da

Opep. O excesso de oferta global de petróleo

foi reduzido para 950 mil barris por dia, com

base em números de produção da Opep em

abril, em comparação com um excesso de

produção de 2,13 milhões de barris por dia em

2015.

A notícia foi divulgada depois de a Agência

Internacional de Energia anunciar, na quinta-

feira, que o excesso mundial de petróleo havia

começado a diminuir. As reservas de petróleo

em todo o mundo devem cair para 200 mil

barris por dia nos últimos seis meses do ano,

em comparação com 1,3 milhão de barris no

primeiro semestre, informou a IEA. A agência

havia previsto anteriormente que a oferta

excederia a demanda a uma média de 1,5

milhão de barris por dia nos primeiros seis

meses de 2016.

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OUTROS VEÍCULOS Data: 17/05/2016

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Revista Isto É Dinheiro

Delegados apelam à mobilização para implementar acordo climático de

Paris

Delegados de 195 países se reuniram nesta

segunda-feira em Bonn, no oeste da

Alemanha, para começar a concretizar o

ambicioso pacto sobre o clima, ainda

incompleto, que foi aprovado em dezembro na

COP21 de Paris, para frear o aquecimento

global.

"A fase de negociação ficou para atrás,

estamos entrando em uma fase de

colaboração. O mundo inteiro está unido no

seu compromisso", declarou a encarregada da

ONU sobre o clima, a costa-riquenha

Christiana Figueres, ao abrir esta sessão que

vai durar até 26 de maio.

O acordo de Paris "nos dá um curso, é uma

alavanca extraordinária", afirmou a presidente

da COP21 e ministra francesa do Meio

Ambiente, Ségolène Royal.

Em 12 de dezembro, a comunidade

internacional adotou em Paris o primeiro

acordo universal que obriga todos os Estados

a agirem contra o aquecimento global, para

limitar um aumento dos termômetros a menos

de 2°C, ou inclusive de 1,5°C, em relação ao

nível de antes da revolução industrial.

O acordo implica também em que o mundo

deve deixar de produzir grande parte das

energias fósseis e apoiar a evolução

energética dos países em desenvolvimento.

O texto não detalha, porém, os mecanismos

de monitoramento de ações e de

financiamento prometidos.

Além disso, os compromissos nacionais

atualmente vigentes para reduzir as emissões

de gases do efeito estufa permitem apenas

conter a elevação da temperatura abaixo de

3°C, o que implica reavaliar essas promessas.

Mas o tempo é curto. Os efeitos do

desequilíbrio climático já são visíveis: ondas

de calor, secas, aumento do nível do mar,

derretimento de geleiras.

Em Bonn, a sede da Convenção das Nações

Unidas sobre as Mudanças do Clima, 3.000

delegados analisarão essas questões durante a

reunião - a única prevista antes da COP22 em

Marrakesh, em novembro.

Os países em desenvolvimento, entre os quais

estão alguns dos mais vulneráveis às

alterações climáticas, reiteraram a importância

de agir urgentemente, alertando sobre os

riscos de não fazê-lo.

"O trabalho não foi concluído em Paris. Ele

apenas começou", resumiu Tosi Mpanu-

Mpanu, representante dos países menos

desenvolvidos, exigindo que a questão do

apoio às políticas climáticas nos países em

desenvolvimento seja prioridade.

Thoriq Ibrahim, representante das Ilhas

Maldivas e presidente do grupo de 44

pequenos Estados insulares, ressaltou que não

é possível "encontrar uma resposta para o

desregramento climático sem uma assistência

adequada" dos países ricos.

"A única questão é saber se iremos nos unir

rapidamente e vigorosamente para evitar o

desastre", indicou.

Na mesma linha, o chamado ´Grupo dos 77 +

China´ (134 países em desenvolvimento e

emergentes) também salientou a importância

de agir antes de 2020, data de entrada em

vigor do acordo, se o mundo quiser cumprir os

seus objetivos.

Um total de 177 Estados já assinaram o

acordo de Paris e, na segunda-feira, foram

feitos vários apelos para que o pacto seja

ratificado rapidamente para reforçar este

impulso político.

As más notícias climáticas recentes - os

desaparecimentos de ilhas na Oceania, um

enorme incêndio no Canadá, corais em

extinção na Austrália - e as ameaças de ONGs

de bloquear minas e usinas em vários países

aumentam a pressão sobre os governos para

agir.

Além disso, o último mês de abril bateu um

recorde mundial de calor, segundo a

administração atmosférica dos Estados Unidos

(NOAA).

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OUTROS VEÍCULOS Data: 17/05/2016

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: TecNoblog

Alemanha produz tanta energia renovável que chegou a pagar para os

cidadãos consumirem

Devido a interessantes subsídios do governo,

a Alemanha produz muita energia sustentável,

com painéis solares e geradores eólicos. A

união de muito vento, sol, água e biomassa

fez do último fim de semana praticamente o

Capitão Planeta da geração de energia.

Isso porque, no domingo (8), essas

tecnologias estavam dando conta de nada

menos que 87% de toda a energia requerida

pelo país. O aumento de oferta fez com que,

por algumas horas, os preços da eletricidade

ficassem negativos. Isso significa que

moradores das regiões atendidas por essas

plantas de fato pouparam dinheiro com cada

watt consumido.

Claro que o governo alemão não vai enviar um

cheque para cada morador que fez uso de

energia sustentável naquele espaço de tempo.

O que acontece é que existe um mercado de

compra e venda de energia, quase como o

mercado de ações. Quando a oferta é alta, os

preços caem, podendo ficar negativos,

reduzindo assim a conta de eletricidade do

consumidor final. Tudo isso por causa de uma

variação climática. Nada mau poder

economizar uns trocados dessa forma, certo?

E a tendência é que isso continue acontecendo

por lá. Christoph Podewils, porta-voz da

empresa de energia Agora, diz: "Nós

produzimos uma grande fatia de energia

renovável todo ano. Esse sistema se adaptou

muito bem ao ocorrido. Esse dia mostrou

novamente que um sistema com grandes

quantidades de energia renovável funciona

muito bem."

Sendo otimista, dá para esperar que isso se

torne realidade no Brasil também.

Principalmente com projetos como uma

termoelétrica de biocombustíveis na Bahia,

alimentada por queima de capim, ou com

gaseificação da cana de açucar, resíduos da

agropecuária. A primeira fábrica de painéis

solares se instalou no Brasil em maio, na

cidade de Campinas (SP), com apoio do

governo.

Portanto, existe uma grande perspectiva de

introdução dessa fonte de energia solar na

matriz brasileira. A estimativa é que haja uma

redução de quase 50% do custo de

investimento até 2020. "De 2020 a 2050

haverá uma outra queda de 50% dos custos",

afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa

Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, ao

jornal Valor Econômico.

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OUTROS VEÍCULOS Data: 17/05/2016

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Veículo: Única

Estudo poderá impulsionar desenvolvimento de variedade

específica para 2G e bioeletricidade

Um trabalho apresentado pela Fundação de

Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

(Fapesp) identificou genes-alvos para

melhoramento da cana-energia, variedade

com menor teor de sacarose (açúcar) e maior

quantidade de fibra e de matéria orgânica

(biomassa), ideal para a produção de etanol

de segunda geração (2G) ou bioeletricidade. O

consultor de Emissões e Tecnologia da União

da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA),

Alfred Szwarc, lembra que a pesquisa

divulgada pela instituição paulista, cujos

resultados foram publicados na edição de maio

da revista Plant Molecular Biology, também

poderá acelerar o desenvolvimento de novas

espécies voltadas para a fabricação tradicional

do açúcar e biocombustível de primeira

geração (1G).

“A diversificação das variedades representa o

futuro do setor sucroenergético. Neste

sentido, o estudo da Fapesp é muito

importante. Mapear rotas bioquímicas da

planta poderá ajudar na concepção de

diferentes tipos de cana, conforme o interesse

do produtor. Seja para ele produzir etanol 1G

e açúcar, 2G e energia elétrica ou até mesmo

novos materiais”, afirma Szwarc.

Iniciado em 2008, o estudo publicado em

forma de artigo – “Co-expression network

analysis reveals transcription factors

associated to cell wall biosynthesis in

sugarcane” – na revista Plant Molecular

Biology, teve a participação de inúmeros

pesquisadores dos Institutos de Química (IQ)

e de Biociências (IB) da Universidade de São

Paulo (USP). Também colaboraram

especialistas dos departamentos de Biologia

Vegetal e de Fitotecnia da Universidade

Federal de Viçosa (UFV), do Centro de

Ciências Agrárias da Universidade Federal de

São Carlos (UFSCar) e do Instituto Nacional de

Ciência e Tecnologia (INCT) do Bioetanol.

Os cientistas brasileiros conseguiram isolar 18

genes ligados à produção de compostos

químicos na cana, como a lignina, por

exemplo, responsável pela rigidez da planta e

importante para a obtenção de bioeletricidade

por possuir um alto poder calorífico. Em

entrevista à Agência Fapesp, a coordenadora

do projeto, Glaucia Mendes Souza, explicou

que os genes identificados estão diretamente

associados à regulação do metabolismo da

parede celular da cana. O mais promissor

deles denomina-se ScMYB52. “Agora já temos

alvos para fazer análises mais aplicadas e

verificar se, ao focar nesses genes, é possível

alterar a composição de fibras e de sacarose”,

afirmou.

Cana-energia

Apelidada de “supercana”, a variedade pode

atingir até seis metros de altura (quatro a

mais do que a convencional) e apresentar

enorme ganho de produtividade em relação à

planta tradicional, rendendo, no mínimo, duas

vezes mais toneladas por ha, isso no primeiro

corte. Melhoramentos genéticos realizados nos

últimos sete anos por instituições de pesquisa

do setor sucroenergético transformaram a

cana-energia na sensação do momento entre

as plantas sucroenergéticas destinada à

fabricação de etanol celulósico e

bioeletricidade.

Para se chegar à espécie, pesquisadores do

Centro de Cana do Instituto Agronômico de

Campinas (IAC), Centro de Tecnologia

Canavieira (CTC) e do Ridesa fizeram uma

série de cruzamentos entre canas “selvagens”

e tradicionais. A expectativa é que cana-

energia chegue ao mercado nos próximos três

anos, a depender também do desenvolvimento

ou adaptação de equipamentos agrícolas e

industriais para processá-la.

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OUTROS VEÍCULOS Data: 17/05/2016

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Veículo: Reuters

Ministro do Meio Ambiente diz que não se compromete com retomada da

Samarco

(Reuters) - O novo ministro do Meio Ambiente,

Sarney Filho (PV-MA), visitou Mariana (MG)

nesta segunda-feira, onde uma barragem da

mineradora Samarco se rompeu no ano

passado, e afirmou que não apoiará o retorno

das atividades da empresa enquanto não

houver certeza de que a tragédia se encerrou.

Após sobrevoar áreas atingidas pela tragédia

ambiental em novembro, considerada a pior

da história do Brasil, o ministro se disse

"enormemente preocupado".

Para Sarney Filho, há indícios de que novos

volumes de lama permanecem a caminho dos

rios.

"Eu não me sinto à vontade para participar de

nenhum ato ainda que possa concorrer para

facilitamento para a volta das atividades",

afirmou Sarney Filho, depois de se reunir com

o prefeito de Mariana, Duarte Júnior (PPS).

No encontro, o ministro se recusou a assinar

um termo de conformidade onde a cidade de

Mariana permite que a empresa volte a

operar, assim que conseguir as licenças

necessárias.

"Enquanto não tiver certeza, enquanto não

tiver convicção de que a tragédia está

encerrada e de que novas providências de

segurança serão tomadas, eu não vou entrar

nesse assunto."

Sarney Filho frisou que o ministério fará um

"pente fino" para checar se as ações que estão

sendo tomadas pela Samarco estão corretas

ou se precisam passar por alguma correção.

Em 5 de novembro, o rompimento da

barragem da Samarco, uma joint venture da

Vale com a BHP Billiton, despejou milhões de

metros cúbicos de lama em diversas

comunidades e deixou 19 mortos.

Os rejeitos de mineração atingiram ainda o Rio

Doce e percorreu diversas cidades até atingir

o mar capixaba.

MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO

Segundo Sarney Filho, a tragédia mostrou a

necessidade de uma reforma na legislação

para a indústria de mineração.

"Hoje a legislação da atividade minerária é

voltada para privilegiar a atividade sem dar

garantias socioambientais", afirmou o

ministro, que coordenou até a semana

passada a Comissão Externa da Câmara dos

Deputados criada para acompanhar as

providências adotadas após a tragédia.

O relatório da comissão inclui o projeto de lei

5263/16, que institui o Código de Mineração

Brasileiro.

O ministro defendeu ainda a necessidade de

reformas no Departamento Nacional de

Produção Mineral (DNPM).

"Nós vamos recomendar que tenha mais

investimentos, vamos defender que esses

investimentos existam. Não é possível que o

DNPM continue da maneira que está, é um

órgão sem estrutura frente às enormes

responsabilidades que ele tem", concluiu.

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OUTROS VEÍCULOS Data: 17/05/2016

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Veículo: O Globo

Eletrobras, um impacto de R$ 15 bilhões

Possível resgate de papéis da estatal nos

EUA, por atraso no balanço, faz governo

rever projeções de déficit

A dificuldade da Eletrobras para mensurar as

perdas com corrupção em seu balanço contábil

deve elevar o déficit nas contas públicas em

R$ 15 bilhões. A estatal tem até amanhã para

apresentar seus números auditados nos

Estados Unidos e já admitiu que dificilmente

conseguirá cumprir o prazo. Sem isso, poderá

ser forçada a resgatar todos os títulos

negociados nos EUA. Segundo técnicos, a

despesa chegará a R$ 15 bilhões. -BRASÍLIA E

RIO- Uma dívida bilionária da Eletrobras se

tornou um problema adicional para as contas

públicas de 2016. O ministro do Planejamento,

Romero Jucá, informou ontem que esse

passivo pode acabar tendo de ser incluído no

resultado fiscal, aumentando o rombo previsto

para o ano. Segundo ele, no cenário mais

pessimista, o impacto seria de R$ 40 bilhões.

Os técnicos da área econômica, no entanto,

acreditam que o número mais provável seja

em torno de R$ 15 bilhões. Caso isso ocorra, o

déficit primário do governo central (que

abrange os números do Tesouro, da

Previdência e do Banco Central) vai superar as

previsões mais pessimistas até agora, que

apontam um rombo de R$ 125 bilhões.

— Estamos avaliando algumas questões. Uma

delas é a Eletrobras poder gerar um impacto

inesperado nas contas públicas. Em

estimativas mais pessimistas, ele pode chegar

a R$ 40 bilhões — disse Jucá, ao chegar

ontem a uma reunião para tratar do assunto

com o ministro de Minas e Energia, Fernando

Coelho Filho.

A Eletrobras precisa publicar seu balanço até

18 de maio, ou seja, amanhã, nos Estados

Unidos. No entanto, até agora, a empresa de

auditoria KPMG não assinou o balanço, que

tem pendências, em função da dificuldade da

Eletrobras de mensurar as perdas decorrentes

do esquema de corrupção revelado pela

Operação Lava-Jato. Se o problema não for

resolvido, a empresa pode ser obrigada a

resgatar os recibos de ações (ADRs)

negociados no mercado americano. Isso teria

impacto para o Tesouro.

Segundo Jucá, a Eletrobras não conseguirá

apresentar seu balanço até o dia 18, mas

ainda haverá um prazo para que o problema

seja resolvido antes que o resgate das ADRs

seja feito. Em teleconferência com analistas, o

diretor financeiro da estatal, Armando Casado

de Araújo, admitiu que o risco de a empresa

não publicar o balanço na data prevista é

“elevado”. De acordo com a agência de

notícias Reuters, Araújo disse que é preciso

avançar mais nas investigações internas sobre

o assunto.

MOODY’S VÊ RISCO DE R$ 10 BILHÕES

Segundo Araújo, o mais provável, se o

documento não for entregue, é que a

Securities and Exchange Commission (SEC, o

órgão regulador do mercado americano)

suspenda a negociação das ações da

Eletrobras e inicie um processo para

deslistagem da companhia na Bolsa de Nova

York. Nesse caso, a estatal envidará esforços

para entregar o balanço antes que o processo

de deslistagem seja concluído, explicou o

diretor.

Araújo ressaltou ainda que não há qualquer

cláusula de vencimento antecipado associada

à não entrega do balanço à SEC ou à

deslistagem da Eletrobras na Bolsa de Nova

York.

Segundo José Soares, analista da Moody’s,

embora a dívida consolidada da Eletrobras

seja de aproximadamente R$ 46 bilhões,

apenas cerca de R$ 10 bilhões estão em

títulos emitidos pela controladora. Este é o

montante que estaria exposto a uma eventual

obrigação de pagamento antecipado.

— Só esse montante está em bonds e,

portanto, sob risco. Da dívida total, uma fatia

de 60% está nas mãos de bancos públicos,

como BNDES e Caixa. É pouco provável que

esses bancos exijam pagamento antecipado.

Além disso, a Eletrobras foi muito clara ao

afirmar hoje (ontem) que não há nenhum

covenant (clásula) nos títulos que preveja

antecipação de dívida em caso de ela não

apresentar o documento à SEC — explicou.

Soares lembrou que a situação financeira

dramática da Eletrobras hoje foi provocada,

sobretudo, pela medida provisória (MP) 579,

de 2012, que, em troca da renovação das

concessões do setor elétrico, impôs queda nas

tarifas de energia.

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OUTROS VEÍCULOS Data: 17/05/2016

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— A Eletrobras foi a única empresa do

segmento de geração que aceitou. Com isso,

perdeu entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões por

ano em receitas. Na transmissão, o preço do

megawatthora foi reduzido de R$ 90 para R$

30. Foi um mau negócio, um erro — afirmou o

analista.

Outro problema para a Eletrobras é a

determinação da Agência Nacional de Energia

Elétrica (Aneel) para que ela devolva entre R$

3,4 bilhões e R$ 7 bilhões — a depender dos

juros a serem aplicados, o que ainda não foi

decidido — ao Fundo da Reserva Global de

Reversão (RGR). Para Soares, a companhia

não tem condições de quitar esse valor de

uma só vez. Por isso, ele acredita que, em vez

de emitir dívida para quitar esses débitos, a

Eletrobras irá negociar com a Aneel para que a

amortização leve dez anos.

Mas a companhia pode receber um alívio no

seu caixa nos próximos anos em indenizações

referentes a investimentos não amortizados

em linhas de transmissão antes de maio de

2000. A Eletrobras estima um montante de R$

32 bilhões.

Qualquer que seja a solução do governo para

tirar a Eletrobras da crise , como uma

capitalização, a conta chegará, em algum

momento, ao consumidor. Esta é a avaliação

de analistas do setor.

— A situação da Eletrobras é a crônica de uma

morte anunciada. Não se poderia usar capital

da companhia para financiar uma redução

artificial de tarifas. E essa conta vai chegar ao

consumidor ou ao contribuinte — afirmou o

diretor executivo da Safira Energia, Mikio

Kawai Jr., referindo-se à redução dos preços

de energia em 2012.

Nivalde J. de Castro, coordenador do Grupo de

Estudos do Setor Elétrico (Gesel) do Instituto

de Economia da UFRJ, lembra ainda a forte

seca do ano passado, que fez com que a

estatal fosse obrigada a comprar energia no

mercado de curto prazo a preços elevados

para honrar seus contratos, e o envolvimento

nas investigações da Operação Lava-Jato, por

conta das obras de Belo Monte e da usina

nuclear de Angra 3. Outro fator que contribui

para os resultados negativos da Eletrobras são

as distribuidoras da Região Norte, que

representam elevados prejuízos à estatal.

— A Eletrobras tende a perder seu papel como

instrumento de política energética do governo,

com o fim das grandes obras. E acredito que,

por estar precisando de recursos, o governo

vai privatizar muitos desses projetos que tem

atualmente — disse Nivalde de Castro.

VOTAÇÃO PODE OCORRER AINDA ESTA

SEMANA As equipes dos ministérios da

Fazenda e do Planejamento já têm em mãos

cálculos que apontam que somente a

frustração nas receitas por causa da recessão

econômica já chega a R$ 115 bilhões. A meta

fiscal do governo central em vigor hoje é de

um superávit de R$ 24 bilhões. Assim, a

frustração nas receitas já faria com que esse

número se convertesse num déficit de R$ 91

bilhões. A esse valor teria de ser somada uma

perda de R$ 10 bilhões decorrente da decisão

do Supremo Tribunal Federal (STF) de permitir

que 11 estados calculem suas dívidas com a

União por juros simples por 60 dias. Agora, a

conta pode ter ainda o passivo da Eletrobras.

Jucá informou que o governo vai incluir na

proposta de alteração da meta fiscal uma

ressalva informando que um eventual passivo

da Eletrobras pode aumentar o rombo das

contas públicas de 2016. Segundo o ministro,

no entanto, o valor ainda não foi quantificado

e, por isso, não haverá um número fechado a

ser incluído no projeto de lei que está no

Congresso para votação.

Também se discute incluir uma frustração de

receitas com a recriação da CPMF, que não

deve se concretizar este ano, e que daria um

reforço de R$ 10,1 bilhões ao caixa. Outra

possível frustração viria da repatriação, que

pode não resultar nos R$ 35 bilhões esperados

este ano.

Os técnicos explicam que o que está sendo

avaliado agora é se o governo vai pedir ao

Congresso que aprove uma alteração da meta

que preveja todas as possíveis frustrações de

receitas e despesas potenciais no ano, a fim

de dar um sinal realista ao mercado. Segundo

Jucá, a votação precisa ocorrer até a próxima

semana. É provável que ela ocorra amanhã.

Sem a meta alterada, a equipe econômica terá

de fazer um corte de despesas superior a R$

30 bilhões. Como já foi feito um

contingenciamento de R$ 44,6 bilhões este

ano, a tesourada chegaria a quase R$ 75

bilhões, levando à paralisação da máquina

pública. Voltar ao Sumário

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OUTROS VEÍCULOS Data: 17/05/2016

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Pensamento Verde

Americano cria forno que assa,

cozinha e frita apenas com o calor do sol

Um inventor norte-americano tem tudo para

revolucionar a relação entre a indústria

culinária e os seus novos padrões de

sustentabilidade. Trata-se da criação do

GoSun, nome dado ao forno desenvolvido por

Patrick Sherwin que descarta completamente

o uso de qualquer combustível fóssil ou fonte

de energia não-renovável para fritar, cozinhar

ou assar alimentos.

O novo forno solar chega com o objetivo de

oferecer uma solução não somente para o

planeta, mas, sobretudo, para os seus

usuários – contemplados por um equipamento

incrivelmente prático, versátil e funcional.

Projetado para captar o máximo de energia

solar, o GoSun precisa apenas de alguns

minutinhos com a Grande Estrela para

abastecer sua bateria interna e preparar as

melhores refeições.

Com características semelhantes com as de

um simples forno comum, o GoSun se destaca

como um equipamento portátil, podendo ser

utilizado facilmente e transportado para

qualquer lugar – sem sofrer alterações em

seus níveis de desempenho.

Contando com um design arrojado em formato

de tubo, o forno solar esquenta os alimentos

em um recipiente de vidro à vácuo com um

pouco mais de 12 centímetros de diâmetro,

onde pode alcançar a impressionante marca

de 205°C. Já disponível para compra em todo

território norte-americano, o equipamento,

que não gera despesas, pode ser adquirido a

partir de 279 dólares.

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Data: 17/05/2016

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Grupo de Comunicação e Marketing

FOLHA DE S. PAULO Painel

Resistência à CPMF faz Meirelles apostar em

aumento da Cide como 'plano B'

Sai CPMF, entra Cide Ainda sem saber ao certo

o tamanho do buraco nas contas públicas, o

ministro Henrique Meirelles (Fazenda) já trabalha

com um plano B caso seja inevitável uma fonte

extra de arrecadação. Em vez da controvertida

CPMF, já criticada no passado pelo presidente

interino Michel Temer, haveria um aumento da

alíquota da Cide, contribuição sobre os

combustíveis. A medida é mais palatável entre

parlamentares e vista pelo próprio Temer como

um “remédio menos amargo”.

Cobertor curto A incerteza sobre as contas

surpreendeu o ministro do Planejamento, Romero

Jucá, que assumiu a pasta achando que teria

aproximadamente R$ 20 bilhões advindos da

repatriação de recursos no exterior. Achou

somente R$ 4 bilhões.

Gato escaldado O futuro presidente do Banco

Central receberá a missão de reforçar a diretoria

de fiscalização. A ideia é apertar o cerco sobre os

bancos estatais, como BB e Caixa, para evitar

práticas como as pedaladas, que derrubaram

Dilma Rousseff.

Coisa nova Meirelles fala em criar duas novas

secretarias, uma para cuidar da reforma da

previdência e outra para tocar políticas fiscais de

longo prazo. Marcos Mendes e Mansueto Almeida,

cotados para outros cargos na Fazenda, estão no

páreo.

Quero falar Delcídio do Amaral vai fazer ajustes

na delação premiada. A decisão de complementar

a peça foi tomada antes da cassação de seu

mandato pelo Senado.

Campo minado A disputa pelas lideranças do

governo na Câmara e no Senado pode render

sequelas graves ao Planalto. Fora do ministério, a

tropa de choque do impeachment não aceitará

ser preterida mais uma vez.

Prazo Aliados receberam sinais da equipe de

Temer de que o fim da autonomia de algumas

áreas, como o Desenvolvimento Agrário, poderia

ser revisto após o julgamento definitivo do

impeachment.

Truco A insatisfação com a configuração final fez

com que Paulinho da Força cobrasse de Temer

nesta segunda a antecipação do acordo.

Vamos conversar Bruno Araújo, novo ministro

das Cidades, decidiu suspender empenhos de

cerca de R$ 300 milhões realizados nos últimos

dias. Os gastos devem passar por reavaliação

interna.

Voltei para ficar O nome de Gustavo do Vale

circulava nesta segunda como um dos favoritos

para pilotar o BB, onde já foi diretor. Ele já

trabalhou diretamente com Meirelles como

diretor do BC.

Esse cara sou eu Gilberto Occhi, que assumirá

a Caixa, atua como presidente de fato há três

semanas. Já se reuniu com vices do banco. Só

não procurou a ainda presidente Miriam Belchior.

Móveis e utensílios Disposto a garantir sua

vaga no Ministério do Turismo, Henrique Alves

plantou-se no Jaburu com tanto afinco que

recebeu o apelido de “castiçal”.

Estocolmo José Antunes Sobrinho, sócio da

Engevix, tenta desatar sua delação premiada.

Para garantir proximidade com a Justiça, preferiu

cumprir prisão domiciliar em Curitiba em vez de

Florianópolis, onde mora.

Calma lá De um figurão do Ministério Público

Federal, sobre as ideias do ministro Alexandre de

Moraes. “Ele ainda precisa sair de SP, que é

grande, mas não é o Brasil”.

Assim não A defesa de Eduardo Cunha vai à CCJ

da Câmara caso o relatório de seu processo no

Conselho de Ética inclua o recebimento de

recursos indevidos. “Não dá para fazer acusação

nova porque não conseguiu provar a original”, diz

Marcelo Nobre.

Já foi Para dar celeridade à ação do

impeachment, a comissão no Senado prefere não

apresentar suas próprias testemunhas. A

possibilidade deve ser tratada com Ricardo

Lewandowski nesta terça.

TIROTEIO

Sem mulheres, sem negros, sem pobres, sem

diversidade. O governo Temer é a volta ao

passado. Um longínquo passado.

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Data: 17/05/2016

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DA SENADORA GLEISI HOFFMANN (PT-PR), ex-

ministra da Casa Civil de Dilma Rousseff, sobre a

nova composição da Esplanada dos Ministérios.

CONTRAPONTO

Me escapuliu

Em 2010, Michel Temer pediu que suas

secretárias ligassem para “Padilha”, o Eliseu, seu

correligionário. Mas elas telefonaram para

Alexandre Padilha, então ministro da articulação

política de Lula.

— Padilha, sei que o PT não vai gostar, mas eu

vou ao RS para fortalecer vocês. Posso tirar foto

até com candidatos que não apoiarem Dilma e a

mim — prometeu.

— Michel, está falando com o Padilha certo? —

indagou o petista. Temer tomou um susto e

pediu segredo.

— Padilha, você entende essas coisas, né? Vamos

deixar isso entre nós. Vou pedir às secretarias

para tomarem mais mais cuidado da próxima

vez.

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Data: 17/05/2016

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Após forte chuva, SP tem bairros sem energia e vias bloqueadas por árvores

SANDRA CAPOMACCIO COLABORAÇÃO PARA A

FOLHA

São Paulo amanheceu nesta terça-feira (17) com

semáforos quebrados, bairros sem energia

elétrica e diversas ruas, avenidas e calçadas

bloqueadas por árvores que caíram durante a

forte chuva que atingiu a cidade no final da tarde

desta segunda (16).

Os bombeiros informaram que ao menos 177

árvores caíram durante o temporal na região

metropolitana de São Paulo, sendo 148 apenas

na capital paulista.

A Eletropaulo informou que os moradores de

parte dos bairros da zona sul e oeste de São

Paulo, principalmente Pompéia, Lapa e

Parelheiros, estão sem energia elétrica devido às

quedas de árvores na rede elétrica. A

concessionária disse que uma força-tarefa foi

montada para restabelecer a energia elétrica e

reconstruir a rede danificada pelas quedas de

árvores.

Na região central, uma das áreas também

afetadas com bastantes quedas de árvores, a

Eletropaulo informou que não houve corte de

energia porque a rede elétrica é subterrânea. A

concessionária também informou que trabalha

para restabelecer a energia elétrica em Embu-

Guaçu (Grande SP), município que também foi

atingido pelo forte temporal.

Chuva provoca estragos em SP

SEMÁFOROS APAGADOS

A madrugada foi de muito trabalho para as

equipes de limpeza da prefeitura para remover os

estragos causados. Por volta das 6h, o cenário na

região central ainda era de muita sujeira, com

árvores e troncos caídos.

Vários semáforos permaneciam desligados nas

principais avenidas da capital paulista na manhã

desta terça (17). Contudo, a CET (Companhia de

Engenharia de Tráfego) não soube informar

quanto dos 6.318 semáforos apresentavam

algum tipo de falha. Segundo a companhia, o site

que verifica o funcionamento dos semáforos está

fora do ar.

Equipes da CET permanecem nas vias para

restabelecer os equipamentos desligados. Na

região central, havia semáforos com problemas

na rua Bento Freitas e nos cruzamentos da

Marquês de Itu com a Dr. Cesário Mota Jr. e do

largo do Arouche com a Rêgo Freitas. Os

semáforos também estavam apagados em todo o

entorno do terminal Parque Dom Pedro 2º.

Na avenida Ipiranga, a faixa da direita, no

sentido rua da Consolação, equipes tentavam

restabelecer a linha de trólebus que foi

derrubada pelas árvores em um trecho de três

quarteirões.

Por volta das 6h, o acesso ao terminal Bandeira

permanecia interrompido em função da queda de

uma árvore, assim como a avenida Dr. Arnaldo,

com pelo menos três pontos de interdição: na

altura do nº 2017, com bloqueio total, no nº

2444, com bloqueio no sentido Consolação, e no

cruzamento com a Cardeal Arcoverde, bloqueio

total no sentido Sumaré. Em um dos acessos ao

metrô São Bento, várias árvores e troncos

interrompiam o acesso de pedestres.

TEMPORAL

A chuva foi ocasionada pela passagem de uma

frente fria pela região metropolitana. No largo da

Concórdia (Brás), uma árvore caiu em cima de

algumas barracas de lanche e matou uma

funcionária de uma barraca de açaí, de 22 anos,

e feriu mais seis pessoas.

Na rua Boa Vista, na Sé, parte do telhado de um

prédio caiu sobre a fiação da linha de trólebus e

os fios entraram em curto circuito. "Era um vento

muito forte e chuva com granizo. Começou a

voar parte dos telhados dos prédios. Aí uma

placa do telhado caiu na fiação do trólebus e deu

curto circuito. O cabo estourou e ficou

chicoteando no asfalto. Eu corri porque não sou

besta", diz Fernando Pereira, 53, auxiliar de táxi.

Os bombeiros informaram que duas pessoas

foram feridas neste acidente.

Na avenida Prof. Alfonso Bovero, em Perdizes, as

árvores desabaram sobre uma pizzaria e

lanchonete na esquina com a av. Dr. Arnaldo e

deixaram mais dois feridos. Um deles é um

homem de 42 anos, que sofreu trauma no

pescoço. Ele foi encaminhado consciente ao

Hospital das Clínicas.

Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de

Emergências), da prefeitura, os ventos desta

segunda (16) atingiram 60 km/h e as chuvas são

de rápido deslocamento. A tendência é de tempo

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Data: 17/05/2016

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chuvoso ainda nesta terça-feira (17), com baixas

temperaturas. A mínima prevista é de 16ºC e a

máxima, de 19ºC. O vento deve aumentar a

sensação de frio. O tempo melhora a partir desta

quarta-feira (18), mas as temperaturas devem

continuar baixas, com mínima de 14ºC na

madrugada.

PREVENÇÃO

Segundo a Secretaria de Coordenação das

Subprefeituras, 13 equipes novas foram

contratadas no Plano Intensivo de Manejo

Arbóreo (Pima), instituído em agosto de 2015

com foco no período de chuvas. "Essas equipes

reforçam as ações de poda e remoção de árvores

em oito subprefeituras onde o problema é mais

sensível (Sé, Pinheiros, Vila Mariana, Santo

Amaro, Ipiranga, Butantã, Lapa e Mooca)", diz a

secretaria, em nota.

Ainda de acordo com o órgão, 62% das quedas

registradas nos últimos dois anos foram

registrados nessas regiões. A nota informa que

"o objetivo é reduzir riscos de acidentes graves

provocados por queda de árvores" como os

acidentes desta segunda.

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Data: 17/05/2016

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Governo Temer sonda ex-ministro Pedro Parente para presidir Petrobras

VALDO CRUZ EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA

O presidente interino Michel Temer busca um

nome para comandar a Petrobras. O mais cotado

dentro no momento é o ex-ministro da Casa Civil

Pedro Parente.

Na avaliação de assessores de Temer, o futuro

presidente da estatal, que passa pela pior crise

de sua história, precisa ser um profissional

experimentado na recuperação de empresas e na

reorganização de estruturas.

Pedro Parente tem ainda a qualificação de ter

servido ao governo de Fernando Henrique

Cardoso, o que seria mais uma ponte com o

PSDB, partido considerado vital por Temer para

ajudar a aprovar suas medidas no Congresso

para superar a crise.

O presidente interino já decidiu trocar o atual

presidente da petroleira, Aldemir Bendine, o que

deve ser feito nas próximas semanas. Ele pode,

porém, manter na estatal o diretor de Finanças,

Ivan Monteiro, profissional elogiado pelo mercado

financeiro pelo trabalho de reestruturação da

dívida da empresa.

BANCOS PÚBLICOS

Seguindo na montagem da equipe do presidente

peemedebista, o ministro Henrique Meirelles

(Fazenda) anuncia nesta terça (17), antes da

abertura dos mercados, seus secretários e

presidentes de bancos públicos.

O nome mais esperado é o do futuro presidente

do Banco Central –é dado como praticamente

certo o nome do economista-chefe do Itaú, Ilan

Goldfajn.

No Banco do Brasil, o mais cotado é Antonio

Gustavo Matos do Vale, que já foi vice-presidente

da instituição financeira no governo FHC, diretor

do Banco Cenral no governo Lula e é presidente

da Infraero desde o início do governo Dilma

Rousseff.

Também havia a possibilidade de manter,

provisoriamente, do atual presidente do BB,

Alexandre Abreu.

A Caixa fica com Gilberto Occhi (PP), funcionário

de carreira do banco. Ele ocupava até abril deste

ano o cargo de ministro da Integração Nacional

de Dilma.

FAZENDA

Em sua equipe dentro da Fazenda, Meirelles já

confirmou Tarcísio Godoy como seu secretário-

executivo. Na lista dos que serão anunciados está

Carlos Hamilton, ex-diretor do BC, que pode ser

o novo secretário do Tesouro.

Além dele, o economista Mansueto de Almeida,

colaborador do programa de governo do

candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves,

deve integrar a equipe de Henrique Meirelles.

O atual secretário da Receita Federal, Jorge

Rachid, deve permanecer no posto. Isaac Sidney

Menezes Ferreira, procurador do Banco Central,

pode ser o novo procurador da Fazenda Nacional.

Outro nome dado como certo no time de

Meirelles é o do consultor Marcos Mendes, que

trabalha no Senado. Ele é economista,

especializado em contas públicas.

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Data: 17/05/2016

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Mercado Aberto: EXPECTATIVAS DO SETOR DE BENS DE CAPITAL

Após enfrentar queda em seu faturamento pelo

terceiro ano consecutivo, o setor de máquinas e

equipamentos agora espera uma definição das

diretrizes do novo marco regulatório para o setor

de mineração.

A perspectiva é que as regras para exploração

mineral exijam participação mínima de

equipamentos de fabricação nacional.

"Se uma empresa de fora vem aqui para explorar

os recursos naturais, pode, em contrapartida,

ajudar a gerar mais empregos no país", diz

Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq

(associação das empresas do setor).

O texto, lembra ele, ainda está em análise na

Câmara. "Essa definição pode gerar bilhões de

reais em empregos e impostos no país. Vamos a

Brasília para conversar nesta semana."

O QUE O SETOR QUER

Demandas das fabricantes de bens de capital

> Marco regulatório da mineração

> Reforma tributária do PIS/Confins

> Terceirização mais ampla

R$ 80,4 bilhões

foi o faturamento da indústria em 2015

R$ 583,3 milhões

foram as exportações do setor em fevereiro

7.800

é o número de associados de segmentos da

indústria de máquinas e equipamentos

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Data: 17/05/2016

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Sobra de diesel preocupa Petrobras e pode levar à redução de preços

NICOLA PAMPLONA DO RIO

O crescimento das importações de diesel por

empresas privadas preocupa o conselho de

administração da Petrobras e pode levar a

empresa a rever o preço do combustível, que

está 46% mais caro do que no mercado

internacional.

De acordo com dados do balanço divulgado na

última quinta-feira (12), a estatal produziu uma

média de 824 mil barris por dia no primeiro

trimestre deste ano, mas só vendeu no mercado

brasileiro 798 mil barris por dia.

No período, o consumo brasileiro foi de 896 mil

barris de diesel por dia, de acordo com dados da

ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis). Isto é, empresas privadas

importaram 98 mil barris por dia, o equivalente a

11% das vendas.

As importações são feitas por distribuidoras

privadas como Ipiranga e Raízen, além de

companhias regionais, que garantem melhores

margens de lucro em vez de pagar preços mais

altos à Petrobras.

"Se todo mundo ficar importando, a Petrobras

não vai ter mais como vender", disse o professor

da Coppe Segen Estefen, que ocupa uma vaga no

conselho da estatal, em evento nesta segunda

(16) no Rio.

Segundo ele, a empresa entende que o limite

para a manutenção do patamar atual de preços é

sua capacidade de escoamento da produção

própria de combustíveis.

Estefen disse que, em um primeiro momento, a

Petrobras analisa alternativas para melhorar suas

margens de transporte e logística, chegando aos

principais mercados importadores do norte e

nordeste com preços mais competitivos.

Mas destacou que a companhia deve "ficar mais

atenta" com os impactos dos altos preços em

suas vendas. "É uma preocupação."

A concorrência com empresas privadas foi

agravada pela retração do consumo interno de

diesel, que caiu 6,1% no primeiro trimestre,

diante da economia fraca e do desligamento de

usinas térmicas.

No período, parte da sobra de diesel foi

exportada a preços mais baixos do que o

praticado no mercado interno.

Em entrevista para detalhar o balanço, o diretor

de abastecimento da Petrobras, Jorge Celestino,

disse que a companhia aproveitou

"oportunidades" para colocar o produto no

mercado externo.

A estatal vem praticando preços mais altos com o

objetivo de recuperar os prejuízos causados pela

política de subsídios praticada no início da

década, que contribuiu para que a empresa

atingisse uma dívida de R$ 450 bilhões.

A preocupação com o desempenho das vendas

gerou rumores de redução dos preços no início

de abril, negados pela direção da companhia.

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Data: 17/05/2016

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Japoneses sofrem revés em disputa com CSN na Usiminas

JULIO WIZIACK DE SÃO PAULO

A Nippon Steel, um dos principais acionistas da

siderúrgica Usiminas, sofreu um revés na Justiça

de Minas Gerais, onde tinha conseguido reverter

decisão do Cade (Conselho Administrativo de

Defesa Econômica) que dias antes determinara a

posse de conselheiros independentes para a

companhia indicados pela CSN, sócia minoritária.

Nesta segunda (16), a juíza Patricia Santos Firmo

obrigou a Usiminas a cumprir a decisão do Cade.

Na decisão, a magistrada afirmou ter sido

"induzida a erro" por um e-mail que sugeria, à

primeira vista, falta de independência do futuro

conselheiro Gesner Oliveira.

Em sua ação, a Nippon tinha dito que o

conselheiro estaria atuando supostamente em

nome da CSN junto à Usiminas. Apresentou,

como evidência, imagens de um e-mail entre

uma pessoa próxima a Oliveira e o advogado da

CSN, Daniel Douek.

A mensagem, contudo, omitiu os destinatários

em cópia, transmitindo a impressão de que

Oliveira estava atuando na surdina pela CSN.

Para explicar a omissão, os advogados da Nippon

disseram que "houve um erro técnico" na captura

da imagem da mensagem, que deixou fora

"acidentalmente" os destinatários.

A Folha apurou que Gesner Oliveira trocou

mensagens com o representante jurídico da

Usiminas e também com Nippon e Ternium, em

busca de informações sobre a companhia para o

pleno exercício de seu mandato como

conselheiro. É o que ele afirma nos autos.

ANTECEDENTES

Nippon e Ternium tentam, há meses, impedir que

a CSN tenha representantes no conselho de

administração da companhia, sob o argumento

de conflito de interesse.

A CSN conseguiu no Cade autorização para

indicar conselheiros independentes e eles

atuariam sob a supervisão do órgão na defesa

dos interesses da Usiminas.

Concorrente e sócia da siderúrgica, a CSN é

contrária à proposta de aumento de capital de R$

1 bilhão defendido pela Nippon e pela Ternium,

que, na prática, diminuiria a participação da CSN

e dos demais minoritários.

"A CSN acredita na necessidade dos conselheiros

independentes e se comprometeu a respeitar [a

decisão do Cade]", disse Paulo Caffarelli, diretor-

executivo da companhia. "A gente fica

consternado com o uso indevido de um e-mail

que induziu a juíza a erro."

Em nota, a Usiminas disse que, no processo,

"apontará, de forma clara, alguns pontos

levantados errônea e intencionalmente pela

CSN". Procurada, a Nippon não havia se

pronunciado até a conclusão desta edição.

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ESTADÃO Tempestade derruba 177 árvores, deixa

1 morto, 8 feridos e bairros sem luz em SP

Uma tempestade com rajadas de vento de mais

de 50 km/h deixou nesta segunda-feira, 16, uma

pessoa morta e pelo menos oito feridas em São

Paulo. No Largo da Concórdia, na região central

da capital, a queda de uma árvore matou uma

mulher e feriu um homem e uma criança. O

Corpo de Bombeiros registrou, ao todo, a queda

de 177 árvores durante a tarde e a noite. Havia

registros de falta de luz nos Distritos de

Parelheiros e Grajaú, no extremo sul, e em

bairros da zona oeste.

A menina de 2 anos, atingida no Largo da

Concórdia, foi levada para o Pronto-Socorro da

Santa Casa. Segundo os bombeiros, a criança

sofreu intervenção intensa, de mais de uma hora,

para recuperar sinais vitais. Às 21 horas, seu

quadro era grave. Outro ferido no local foi um

homem de 42 anos, socorrido pelos bombeiros,

cuja situação clínica não foi divulgada.

No Viaduto do Chá, na região central, a queda de

uma estrutura de vidro causou ferimentos leves

em duas pessoas. O desabamento de um telhado

na Rua Boa Vista, também no centro, deixou

mais dois feridos leves.

Por volta das 21 horas, cinco horas após a

chegada da chuva, o cenário na região das

Avenidas Professor Alfonso Bovero e Doutor

Arnaldo, na zona oeste, era de destruição. Em

um raio de 200 metros, cinco árvores estavam

no chão. Quase toda a área estava sem luz, com

exceção da Paróquia Nossa Senhora do Rosário

de Fátima, que tem gerador. Nem por isso, o

padre deixou de sentir os estragos. “Ouvi um

barulho e a fiação elétrica arrebentando. O fio de

alta tensão queimou e clareou até o quarto onde

durmo”, contou José Maria Botelho, de 47 anos.

Os moradores caminhavam com lanternas para

conferir danos. “Em 30, 40 segundos, veio um

vento muito forte que parecia um tornado. Na

hora não dava para enxergar nem um metro

adiante”, contou o comerciante Antonio Nunes,

de 51 anos.

Susto. O gerente da padaria Real, João Pereira

dos Santos, de 45 anos, disse que, se a ventania

tivesse acontecido em um dia de maior

movimento no estabelecimento, os danos

poderiam ter sido ainda maiores. A marquise do

local desabou. “Acho que nem foi nem um

minuto e caiu tudo. Dois clientes ficaram

feridos”, diz. Uma banca de jornal na frente da

padaria desabou por causa do vento.

Perto dali, na Avenida Sumaré, uma árvore caiu

sobre a pista na altura do 1.180. Diarista de um

apartamento, Maria Eugênia da Silva, de 39

anos, tinha acabado de sair do trabalho. “Foi um

susto. A Prefeitura deveria cuidar melhor dessas

árvores. Toda chuva mais forte acontece isso”,

criticou.

Em Perdizes, na zona oeste, a farmacêutica

Luciana Souza, de 33 anos, chegava em seu

apartamento pouco antes das 18h quando a

rajada de vento começou, acompanhada de

chuva. “Tive de subir sete andares de escada

porque a luz acabou. Quando cheguei ao

apartamento, o quarto e a sala estavam

alagados. Tinha deixado as janelas fechadas,

mas acho que o vento foi tão forte que abriu

frestas, por onde a água entrou. Cheguei a

pensar em tornado”, diz. A farmacêutica entrou

em contato com a Eletropaulo e foi informada

que a energia só seria restabelecida às 6 horas

desta terça-feira, 17.

Houve também chuva de granizo em diferentes

áreas da capital. Segundo o Centro de

Gerenciamento de Emergências (CGE), apesar do

vento intenso, as chuvas foram rápidas e não

causaram pontos de alagamento na cidade.

O CGE registrou 12 rajadas de ventos entre a

madrugada e a tarde de ontem, com velocidades

variando de 30,5 km/h a 57,4 km/h. Nessa

velocidade final, as rajadas são capazes de

derrubar grandes árvores e destelhar casas, de

acordo com a Escala Beaufort de classificação de

ventos.

O vendaval foi registrado nos Aeroportos de

Congonhas (zona sul), Campo de Marte (zona

norte) e Cumbica (Guarulhos), além dos bairros

de Santana (zona norte), Lapa (zona oeste) e

Vila Mariana (zona sul).

“Quando há a aproximação de uma frente fria, os

ventos ficam mais fortes por causa das

diferenças de pressão e temperatura. Mas

percebemos que a ocorrência de rajadas foi

maior do que o normal”, afirmou o técnico em

meteorologia do CGE Adilson Nazário.

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Data: 17/05/2016

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Instabilidade e ciclone ampliam fenômeno

De acordo com os meteorologistas da

Climatempo, as fortes pancadas de chuva e as

rajadas de vento que causaram estragos na

cidade de São Paulo foram provocadas por uma

linha de instabilidade que se formou, no início do

dia, na divisa entre São Paulo e Paraná,

chegando à região da capital por volta das 16

horas.

Outro fator que contribuiu para aumentar a

intensidade dos ventos foi o deslocamento, pelo

litoral da Região Sul, de um ciclone extratropical

considerado forte e de grande extensão.

Uma hora depois, às 17 horas, uma chuva rápida

acompanhada de ventos muito fortes já

provocava queda de energia e prejuízos materiais

em diversas áreas da capital.

Uma linha de instabilidade, segundo a

Climatempo, é um conjunto de nuvens densas,

do tipo cúmulos-nimbos – cuja extensão vertical

é maior que 15 quilômetros e se desloca de

forma interligada, aumentando a intensidade dos

temporais e potencializando os ventos. “É comum

termos ventania e chuva forte na passagem

desse tipo de sistema”, informou a Climatempo,

logo antes do temporal.

Além disso, depois de um domingo ensolarado,

uma frente fria atingiu ontem o território

paulista, deixando o tempo encoberto e

provocando pancadas de chuva em todas as

regiões do Estado. Uma frente com ar polar deve

avançar ainda esta semana pelo Sudeste.

Ressaca. De acordo com a Climatempo, o

fenômeno também influenciou o clima no litoral

do Sudeste, aumentando a possibilidade de

ressacas e colaborando para o aumento da

intensidade dos ventos.

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Data: 17/05/2016

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Eletrobrás não vai cumprir prazo da SEC, diz Jucá

O ministro do Planejamento, Romero Jucá,

admitiu ontem que a Eletrobrás não vai conseguir

entregar no prazo a documentação referente ao

balanço de 2014 para as autoridades americanas.

Ainda assim, a estatal e o governo vão

pressionar a consultoria independente que

analisa as contas da empresa a terminar o

trabalho o mais rápido possível.

Essa indefinição fará com que a equipe

econômica apresente uma proposta de nova

meta fiscal com possibilidade de abatimento de

um eventual rombo da empresa. A conta a ser

coberta pelo Tesouro Nacional pode chegar a R$

40 bilhões.

Depois de reunião ontem com a diretoria da

Eletrobrás no Ministério de Minas e Energia, o

ministro do Planejamento, Romero Jucá, disse

que o governo vai pressionar a KPMG a assinar,

sem ressalvas, o balanço da empresa referente

ao ano de 2014. Ele já admitiu que será

impossível que isso aconteça até amanhã, prazo

limite imposto pela SEC (órgão regulador do

mercado de capitais nos Estados Unidos).

Representantes da companhia estiveram em

Nova York na tentativa de estender esse prazo

pela terceira vez. Se não houver acordo com a

SEC, as ações passarão a ser negociadas apenas

no mercado de balcão, a preços muito menores,

e a companhia estaria sujeita a mais ações

judiciais por parte dos investidores.

Para piorar, os credores poderão cobrar

antecipadamente o pagamento de dívidas.

“Vamos atuar com a KPMG e com o governo

americano. Vamos colocar todas as questões e

apressar a investigação”, afirmou. Jucá admitiu

que a situação não é tranquila, mas ressaltou

que as providências a serem tomadas podem

resultar em uma solução nos próximos meses.

“Até o dia 18 (amanhã) não dá para resolver,

mas entre o dia 18 e a decisão final de

descredenciamento dos papéis (na Bolsa de Nova

York), em tese, pode haver como resolver”,

acrescentou.

Jucá disse que o governo vai cobrar a conclusão

das investigações pelo escritório de advocacia

internacional Hogan Lovells, contratado para

investigar os desvios na estatal, em suas

subsidiárias e nas Sociedades de Propósito

Específico (SPEs) em que participa.

“Vamos acompanhar, apressar e cobrar dos

contratados que eles concluam o processo de

investigação e a avaliação de um possível dano

por irregularidades”, afirmou. “Isso não está

mensurado, e ao não estar mensurado, a KPMG

se recusa a assinar o balanço. Então, temos que

ter rapidez da KPMG e da empresa que faz a

investigação, indicada pela KPMG, exatamente

para que isso possa ser feito rapidamente e essa

falta possa ser sanada”, acrescentou.

A dificuldade da companhia em concluir o

arquivamento do formulário 20-F, referente ao

ano de 2014, está relacionada ao fato de que a

estatal ainda está realizando investigações

internas sobre irregularidades em contratos feitos

pelas empresas que compõem o grupo.

Lava Jato. A apuração está relacionada a desvios

nas obras da Usina Nuclear Angra 3, descobertos

no âmbito da Lava Jato. A KPMG, agora, exige

informações a respeito de outras empresas e

empreendimentos nos quais a Eletrobrás tem

participações. Na semana passada, o Broadcast,

serviço em tempo real da Agência Estado,

revelou que o problema da Eletrobrás era uma

das prioridades a serem resolvidas pelo governo.

O novo ministro de Minas e Energia, Fernando

Bezerra Coelho Filho, que recebeu Jucá em seu

gabinete ontem para tratar do assunto, ainda

não se manifestou sobre o problema.

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Data: 17/05/2016

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VALOR ECONÔMICO

Por que renováveis não são suficientes

Em 22 de abril, em Nova York, nas Nações

Unidas, os líderes mundiais ratificaram o acordo

climático mundial aprovado em dezembro

passado. 195 países, do mais rico ao mais pobre,

já acordaram em limitar o aquecimento mundial

a menos de 2° C acima dos níveis pré-industriais

com o objetivo de não ultrapassar 1,5° C. Eles

também comprometeram-se a cumprir as

"planejadas contribuições determinadas em nível

nacional" (INDCs, em inglês) para, até 2030,

limitar ou reduzir as emissões de gases

geradores do efeito estufa. Essa é uma grande

conquista, mas está longe de ser suficiente.

Na realidade, mesmo se todas as metas do INDC

fossem alcançadas, o mundo ainda estaria

rumando para, em algum momento, atingir um

aquecimento de aproximadamente 2,7° C a 3,4°

C acima dos níveis pré-industriais. Para manter o

aquecimento bem abaixo dos 2° C, as emissões

em 2030 deverão ficar mais que 30% abaixo das

previstas nas INDCs.

Isso será um enorme desafio, dada a

necessidade de grandes avanços no

desenvolvimento econômico durante o mesmo

período. Antes do fim deste século, deveríamos

tentar assegurar que todos os povos do mundo -

uma população provavelmente superior a dez

bilhões nesse momento - atinjam os padrões de

vida que atualmente beneficiam apenas os 10%

mais ricos. Isso exigirá um enorme aumento no

consumo de energia. O africano médio, por

exemplo, hoje utiliza cerca de um décimo da

energia consumida pelo europeu médio. Mas em

2050 teremos de reduzir as emissões

relacionadas à energia em 70% em comparação

com os níveis registrados em 2010, e cortes

adicionais serão necessários para atingir zero de

emissões líquidas em 2060.

Os transportes rodoviário e aéreo, que dependem

quase exclusivamente dos combustíveis fósseis,

são responsáveis por 30% do consumo total de

energia. A descarbonização dessas atividades

exigirá sua eletrificação ou o uso de hidrogênio

ou biocombustíveis. Isso é factível, mas leva

tempo

O cumprimento desses objetivos exigirá tanto

uma melhoria na produtividade da energia de

pelo menos 3% ao ano e a rápida

descarbonização do suprimento de energia, com

a participação de energia sem carbono crescendo

pelo menos um ponto percentual a cada ano.

Isso implica uma enorme aceleração dos esforços

nacionais. Durante a década passada, a

produtividade da energia cresceu apenas 0,7%

ao ano e a participação da energia sem carbono

cresceu apenas 0,1 ponto percentual por ano.

Progressos notáveis já estão sendo obtidos em

uma área importante: geração de eletricidade.

Os custos da energia solar caíram 80% desde

2008. Em alguns lugares, novos contratos de

fornecimento estabeleceram preços baixíssimos,

de até US$ 0,06 por quilowatt-hora, tornando a

energia solar totalmente competitiva com carvão

e gás natural.

Entre hoje e 2030, os INDCs indicam que a

capacidade de suprimento de energia renovável

crescerá quatro vezes mais rápido do que a

capacidade dos combustíveis fósseis, sendo que

70% desses novos investimentos em energia

renovável ocorrerá nos países emergentes e em

desenvolvimento. Esse investimento precisará vir

acompanhado por um progresso acelerado nas

tecnologias de baterias ou por outras

ferramentas para casar a demanda de

eletricidade ao suprimento intermitente.

A geração de eletricidade sem produção de

carbono, embora muito importante, não é

suficiente, porque a eletricidade é responsável

por apenas 20% do consumo mundial de energia.

São necessárias mudanças mais amplas no

sistema.

Os transportes rodoviário e aéreo, que

atualmente dependem quase exclusivamente dos

combustíveis fósseis líquidos, são responsáveis

por 30% do consumo total de energia. A

descarbonização dessas atividades exigirá sua

eletrificação ou o uso de hidrogênio ou

biocombustíveis. Isso é factível, mas levará

tempo.

O aquecimento de edifícios é outra área onde são

necessárias grandes mudanças. Há

oportunidades importantes para projetar e

construir edifícios e cidades substancialmente

mais eficientes em termos energéticos. Como a

população urbana mundial deverá aumentar em

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2,5 bilhões em 2050, é vital que aproveitemos

essas oportunidades.

O uso de energia na indústria pesada, porém,

apresenta obstáculos que muitas vezes são

ignorados. Metais, produtos químicos, cimento e

plásticos são elementos construtivos vitais na

economia moderna, e envolvem processos que

não podem ser facilmente eletrificados. A

descarbonização, nesses casos, exige a aplicação

de tecnologias de captura e armazenamento de

carbono, ao passo que materiais de construção

recém-desenvolvidos poderiam reduzir a

demanda por insumos intensivos em carbono.

Perante esses desafios, os combustíveis fósseis

terão um papel nos transportes e na indústria

pesada por um bom tempo. E, mesmo na

geração de eletricidade, os INDCs das economias

emergentes implicam novos investimentos

significativos na capacidade de suprimentos de

carvão ou de gás. Tomados em conjunto, os

INDCs sugerem que em 2030 o carvão ainda

poderá ser responsável por 35% da geração

mundial de eletricidade.

Mas esse nível de geração de carvão

provavelmente será incompatível com a meta

inferior a 2° C. E tendo em vista que as usinas de

eletricidade a carvão ou a gás duram 50 anos ou

mais, esses investimentos aumentam o risco de

sustentar níveis de emissões incompatíveis com a

meta do clima ou obrigar a contabilização de

grandes baixas de ativos.

O desafio agora é encontrar um caminho

economicamente sensato que permita às

economias emergentes satisfazerem suas

necessidades energéticas e garantir que o mundo

atinja suas metas climáticas. Isso é

tecnologicamente possível. Mas exigirá a ação de

muitos atores bastante distintos.

Os governos têm um papel vital a desempenhar,

mas também o têm as atuais empresas de

energia exploradoras de combustíveis fósseis e

as novas empresas no setor que utilizem ou

estejam desenvolvendo novas tecnologias. ONGs

podem ajudar a identificar políticas necessárias e

cobrar a responsabilidade de governos e

empresas. Os consumidores individuais também

são importantes, porque seu comportamento

molda a demanda de energia.

A despeito das diversas culturas, interesses

econômicos e pontos de vista, todos esses atores

precisam participar de um debate que reconheça

as complexidades do desafio. O objetivo

compartilhado é claro: construir uma economia

com baixa geração de carbono capaz de manter

as temperaturas globais bem dentro da faixa de

2°C acima dos níveis pré-industriais, ao mesmo

tempo em que assegure prosperidade para um

mundo com dez bilhões de pessoas ou mais.

(Tradução de Sergio Blum).

Ajay Mathur, diretor-geral do Instituto de Energia

e Recursos Naturais da Índia, é co-presidente da

Comissão de Transições Energéticas.

Adair Turner, presidente do Instituto para o Novo

Pensamento Econômico, é co-presidente da

Comissão de Transições Energéticas. Copyright:

Project Syndicate, 2016.

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Data: 17/05/2016

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Venda de ativos da Eletrobras pode

acelerar com Temer

O novo governo do presidente interino Michel

Temer e a gestão do ministro de Minas e Energia,

Fernando Coelho Filho, podem acelerar a venda

de ativos da Eletrobras, segundo duas fontes

próximas ao comando da estatal. De acordo com

elas, além da estratégia já divulgada de venda

das distribuidoras, a começar pela Celg

Distribuidora (Celg D), a companhia já possui

estudos internos para venda de participações em

usinas e linhas de transmissão.

O caso da Celg D é o mais avançado. A empresa

já está incluída no Programa Nacional de

Desestatização (PND). O problema, contudo, é

que até o momento o Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e

o ministério de Minas e Energia não publicaram o

edital do leilão de privatização da distribuidora.

Com relação as outras seis distribuidoras da

Eletrobras, situadas no Norte e Nordeste, a

posição oficial do conselho de administração da

estatal é pela venda dessas empresas. Para isso,

o conselho defende que, primeiramente, seja

feito um aumento de capital nessas companhias,

em que a União faria o aporte da ordem de R$ 6

bilhões.

Com essa injeção de recursos, a ideia é que as

distribuidoras consigam se enquadrar nas

exigências da Agência Nacional de Energia

Elétrica (Aneel) para a renovação da concessão.

O objetivo é vender as empresas até o fim do

ano.

Embora estejam menos avançados, os planos de

venda de participações em sociedades de

propósito específico em projetos de geração e

transmissão pode ganhar força agilidade durante

o governo Temer. Na prática, como a Eletrobras

tem fatia minoritária nessas empresas, uma

eventual venda não necessita passar pelos

mesmos trâmites burocráticos dos processos das

distribuidoras.

Em 2015, o então ministro de Minas e Energia,

Eduardo Braga já havia afirmado sobre a

possibilidade de a Eletrobras se desfazer de

usinas e linhas de transmissão.

Ontem, o governo encaminhou ofícios à

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à

BM&FBovespa relativos a informações que

circularam no último final de semana sobre um

suposto plano de venda em massa de ativos

federais. O Valor que a iniciativa partiu do

próprio governo, que quer evitar punições pelo

vazamento de informações que influencia o

mercado.

O caso mais complicado é justamente o da

Eletrobras, que tem ações em negociação no

Brasil e nos Estados Unidos. Segundo

reportagem do jornal "O Globo", o governo está

disposto a se desfazer de centenas de

participações da estatal em empresas e

sociedades de propósito específico. "A Eletrobras

vai ter problemas com a CVM", alertou uma

autoridade que acompanha o tema.

Nos ofícios, o Ministério do Planejamento

esclarece que todas as áreas do governo

detentoras de informação que possa ser

considerada um fato relevante são previamente

orientadas sobre as consequências de seu

vazamento. Oficialmente, os integrantes do novo

governo não confirmam a intenção de vender

ativos, mas de fazer parcerias com o setor

privado.

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Eletrobras contraria Jucá sobre impacto

da Nyse nas dívidas

A Eletrobras descartou ontem a possibilidade de

antecipação de vencimento de dívidas caso as

ações da empresa deixem de ser negociadas na

bolsa de Nova York (Nyse). Segundo o diretor

Financeiro e de Relações com Investidores da

estatal, Armando Casado, todos os covenants

(cláusulas restritivas de dívida) estão

relacionadas às demonstrações financeiras no

Brasil, que estão arquivadas. A posição do

executivo contraria afirmação feita pelo ministro

do Planejamento, Orçamento e Gestão, Romero

Jucá, de que a suspensão em Nova York causaria

a antecipação de vencimento de dívidas de até

R$ 40 bilhões.

"Não temos nos contratos de bônus, onde

captamos recursos, cláusula de default. Não tem

cláusula expressa em relação a 'deslistagem' ou

vencimento de dívida. Todos os covenants que

temos estão relacionados às nossas

demonstrações financeiras as quais arquivamos

no Brasil e estão devidamente arquivadas",

disse, em teleconferência com analistas.

Casado, porém, admitiu que dificilmente

arquivará os formulários 20-F relativos a 2014 e

2015 dentro do prazo, que termina amanhã. Com

isso, a Nyse deverá suspender a negociação das

ADRs (recibo de ações) e iniciar um processo de

desligamento dos papéis na bolsa. A estratégia

da empresa é tentar arquivar o documento antes

da conclusão do processo.

A companhia ainda precisa concluir as

investigações internas sobre indícios de

corrupção para obter o parecer da KPMG,

auditora externa, para conseguir arquivar os

formulários na Securities and Exchange

Commission (SEC) e evitar a suspensão na Nyse.

Em Brasília, Jucá voltou a falar ontem em um

possível prejuízo de R$ 40 bilhões para a

governo. O ministro disse que a diretoria da

Eletrobras irá buscar, por orientação do governo,

uma saída de "médio prazo" para as divergências

com a KPMG. Jucá disse ainda que os recursos

deverão sair do orçamento da União.

Sobre a venda da Celg Distribuidora (Celg D),

Casado disse que o valor da empresa, para a

privatização, não deve ser revisto, ao contrário

do que o mercado esperava. Em abril o então

secretário-executivo do ministério de Minas e

Energia Luiz Eduardo Barata afirmou que o preço

da Celg D poderia ser revisto. O valor integral da

empresa, para efeito de leilão, é R$ 2,4 bilhões.

A Eletrobras também avalia recorrer à Justiça

contra a decisão da Agência Nacional de Energia

Elétrica (Aneel) que obriga a companhia a

devolver cerca de R$ 7 bilhões relativos ao uso

indevido da Reserva Global de Reversão (RGR).

Em relatório, a Fitch informou que o reembolso

da RGR aliado ao provável não arquivamento dos

formulários 20-F vão exercer pressão sobre os

ratings da Eletrobras.

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Elétricas sofrem com queda no consumo

e nos preços

As chuvas dos últimos meses encheram os

reservatórios das usinas e resolveram a crise

hídrica, mas não foram suficientes para irrigar os

cofres das empresas do setor elétrico.

No primeiro trimestre, as distribuidoras de

energia amargaram resultados ruins devido à

forte queda do consumo e ao problema da

sobrecontratação, que tende a piorar se não

houver uma solução por parte do governo. Em

geração, o risco hidrológico foi mitigado, mas o

menor despacho termelétrico e a redução do

preço de energia no mercado à vista

pressionaram os resultados das já combalidas

empresas.

Levantamento feito pelo Valor com os balanços

das principais companhias do setor apontou

queda de mais de 50% no lucro no período.

Considerando os resultados apurados pelas

empresas Copel, Tractebel, Light, CPFL,

Eletropaulo, AES Tietê, Cemig, Equatorial, EDP

Energias do Brasil e Celesc, houve queda de 53%

no lucro apurado no primeiro trimestre na

comparação anual, para R$ 1,44 bilhão. Os

resultados da Eletrobras foram excluídos dessa

amostra devido ao fato da estatal ter registrado,

sozinha, um prejuízo líquido de R$ 3,9 bilhões

entre janeiro e março.

Ao mesmo tempo, as distribuidoras aumentaram

as provisões para créditos de liquidação

duvidosa, para lidar com o crescimento da

inadimplência.

As distribuidoras de energia Copel, Light, CPFL,

Eletropaulo, Cemig, Equatorial, EDP, Celesc e

Eletrobras provisionaram, juntas, R$ 492 milhões

no primeiro trimestre, alta de 48,8% na

comparação anual, refletindo o aumento da

inadimplência, depois dos reajustes tarifários de

mais de 50% aplicados ano passado.

A única distribuidora dessa amostra a registrar

queda nas provisões para crédito de liquidação

duvidosa foi a Copel. Isso aconteceu, porém,

porque a estatal paranaense provisionou R$ 73

milhões nos primeiros três meses de 2015 devido

às diferenças entre os preços de energia

negociada nos contratos do mercado regulado da

hidrelétrica Colíder e o preço de energia no

mercado à vista (PLD).

Se antes os principais problemas do setor elétrico

eram relacionados à falta de chuvas, com

possibilidade de racionamento e preços de

energia nas alturas, o cenário hoje é o inverso,

com preços baixos e os problemas

macroeconômicos resultando na redução brusca

do consumo.

No segmento de distribuição, as empresas

aumentaram as ações de combate à

inadimplência e às perdas comerciais, mas esses

fatores e a redução da demanda por energia

foram os principais responsáveis pelos resultados

fracos. Segundo os dados do Operador Nacional

do Sistema Elétrico (ONS), a carga de energia no

sistema (soma de consumo e perdas) tinha

apresentado queda de 1,5% nos doze meses

encerrados no fim de abril.

Algumas distribuidoras foram mais afetadas que

outras pelo cenário, como a Eletropaulo, que teve

queda de 5,5% no consumo de seus clientes no

mercado cativo, e as distribuidoras da CPFL

Energia, que apuraram queda de 5,2% na

mesma base de comparação.

A Light, que enfrenta problemas financeiros e

precisou renegociar recentemente as cláusulas

restritivas de contratos de dívida (covenants), viu

uma queda de 7,3% no consumo de energia no

primeiro trimestre, o que ajudou na queda de

99% do seu lucro líquido no período, para R$ 1,4

milhão.

A queda no consumo de energia afetou as

distribuidoras também na forma da

sobrecontratação, que está em cerca de 113% no

país, segundo dados da da Associação Brasileira

de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).

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No caso da Eletropaulo, se não houver uma

solução no sentido de flexibilizar contratos, a

sobrecontratação pode chegar a 116% no ano,

com um efeito de até R$ 370 milhões sobre o seu

Ebitda, disse a companhia.

As geradoras também enfrentaram desafios no

trimestre. Refletindo os preços mais baixos de

energia no mercado de curto prazo, a Cemig viu

queda de quase 40% no seu Ebitda de geração,

para R$ 465 milhões. A situação afetou até

mesmo a Tractebel, conhecida por gerenciar seus

contratos para mitigar esses riscos. O lucro da

companhia ficou praticamente estável em R$ 347

milhões, mas veio aquém do esperado pelo

mercado.

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MPE entra em nova fase, longe da

Petrobras

O grupo carioca de engenharia MPE está

reorganizando sua carteira de negócios depois de

ter reduzido quase a zero os contratos com a

Petrobras na esteira da Operação Lava-Jato.

Fundado há 28 anos por ex-funcionários da GE, o

grupo passou a apostar na prestação de serviços

de manutenção nas áreas de energia

(transmissão), aeroportos e transporte (metrôs e

trens urbanos) para voltar a crescer. Também

poderá vender terras de sua divisão de

agronegócio para pagar dívidas com credores.

Entre 2006 e 2013, a Petrobras ganhou

importância na carteira da MPE, chegando a

representar mais de 50% dos negócios do grupo.

Em 2014, a MPE foi citada por delatores da

Operação Lava-Jato entre empresas que

pagaram propinas em obras da área de

abastecimento da estatal. Uma das empresas do

grupo, a MPE Montagens e Projetos Especiais,

ficou impedida de contratar com a Petrobras. A

empresa também tornou-se alvo de investigação,

no âmbito da Lava-Jato, que está sendo

conduzida pela Polícia Federal, em Curitiba.

O diretor-presidente da MPE, Renato Ribeiro

Abreu, afirmou que a decisão de sair dos

contratos com a Petrobras foi tomada antes de a

estatal incluir a empresa na lista entre as

companhias impedidas de contratação.

"Chegamos a transferir contratos para outras

companhias", disse Abreu. Com a redução da

Petrobras no portfólio, o número de empregados

do grupo MPE caiu de cerca de 20 mil para 6,5

mil hoje, dos quais 1,2 mil atuam no braço de

agronegócio do grupo.

Em recente leilão de linhas de transmissão da

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a

MPE Engenharia e Serviços, holding do grupo na

área de engenharia, ganhou em consórcio o

direito de ampliar duas subestações de energia

na cidade de São Paulo. A MPE tem interesse em

projetos nas áreas de energia eólica e biomassa.

O grupo busca ainda oportunidades nas novas

concessões de aeroportos em parceria com

outros grupos. A MPE participa das obras de

ampliação do aeroporto do Galeão com a

Odebrecht. O grupo MPE também estuda

alternativas para renegociar dívidas com

credores. A dívida do grupo representa cerca de

30% a 35% da receita consolidada do grupo,

disse o diretor-presidente da MPE. Segundo

Abreu, o grupo teve prejuízos nos negócios com

a Petrobras.

Abreu reconheceu que a MPE foi citada em

delações da Lava-Jato, mas negou envolvimento

de executivos do grupo nas denúncias citadas.

Ontem, a MPE Engenharia e Serviços, a holding

de engenharia, divulgou o balanço de 2015, ano

em que a receita operacional líquida da atividade

foi reduzida à metade, em relação ao exercício de

2014. No ano passado, a receita líquida dessa

holding ficou em R$ 483,5 milhões, queda de

53% sobre os mais de R$ 1 bilhão de 2014.

No período, o prejuízo da holding de engenharia

foi de R$ 6 milhões ante um lucro consolidado de

R$ 16,6 milhões em 2014. O passivo circulante

da empresa, incluindo fornecedores,

financiamentos bancários e obrigações

trabalhistas, entre outros, chegou a R$ 272,2

milhões no ano passado. O montante representa

cerca de 56% da receita do período. Em 2014, o

passivo circulante consolidado da holding havia

sido maior, de R$ 304 milhões.

Abreu afirmou que a receita consolidada do

grupo no ano passado foi maior do que a

registrada na holding de engenharia se for

incluída a participação na EBSE, empresa

controlada, e as atividades do grupo no

agronegócio. A receita total do grupo, incluindo

as atividades do agronegócio, chegou a cerca de

R$ 700 milhões em 2015, abaixo dos dois últimos

exercícios: R$ 1,1 bilhão, em 2014 e R$ 1,45

bilhão, em 2013, comparou Abreu.

Segundo Abreu, o grupo MPE poderá vender

parte das terras que detém no Mato Grosso para

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pagar dívidas. Parte dessas terras foi arrendada

em contratos de longo prazo com o produtor Eraí

Maggi, um dos maiores produtores de soja do

Brasil. O grupo MPE também tem produção de

camarão e de tilápia na Bahia. E há cerca dois

anos comprou uma usina de produção de álcool

em Campos dos Goytacazes, no norte

fluminense.

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Delcídio: Dilma sabia de Pasadena e não

assumiu suas responsabilidades

Em entrevista na noite desta segunda-feira ao

programa Roda Viva, da TV Cultura, o ex-

senador Delcídio do Amaral disse que não havia

como a presidente Dilma Rousseff não saber da

transação de Pasadena, pela Petrobras,

considerado um negócio malfeito e prejudicial à

estatal. Na época, 2006, Dilma, ministra da Casa

Civil do governo Lula, presidia o conselho de

administração da petroleira. “Não há

possibilidade de na Petrobras se levar processo

incompleto para a diretoria. Dilma diz que eu sou

mentiroso. Acha isso esquisito. Fui líder do

governo no Senado e não deixei de cumprir nada

que me foi atribuído. A Dilma não assumiu uma

responsabilidade que era dela. A SEC [comissão

de valores americana] está investigando o caso.”

Sobre a acusação de obstrução da Justiça, disse

que o ex-presidente Lula o chamou para

“resolver a questão do [Nestor] Cerveró. “Isso

surgiu de uma conversa com Lula, preocupado

com o [José Carlos] Bumlai. Fui conversar com a

família [de Cerveró] para ver como eles estavam

passando.” Delcídio mencionou conversa que

teve com o ministro Marcelo Navarro, que foi

indicado para o Superior Tribunal de Justiça (STJ)

com a missão de trabalhar pela soltura de presos

na Lava-Jato. “Ele me disse que sabia o que tinha

que fazer e iria cumprir. O Planalto viu que a

água estava começando a bater no joelho e aí

começou a tentativa de obstrução da Justiça.”

O ex-senador diz que tem todas as provas

documentadas, gravações de encontros e

conversas que teve desde a CPI dos Correios,

“inclusive com o ex-presidente Lula e com o ex-

ministro Marcio Thomas Bastos”, e que todo esse

material virá à tona “em momento oportuno”. “E

não vai demorar.”

A respeito do pecuarista José Carlos Bumlai,

amigo do ex-presidente Lula e suspeito fazer um

empréstimo de R$ 12 milhões para o PT no banco

Schain em troca da contratação, sem licitação,

do Grupo Schahin para operação de navio-sonda

da Petrobras, Delcídio afirmou que ele já era uma

pessoa bem-sucedida, mas “se encantou com a

serpente, ficou empolgado com o poder. Os R$

12 milhões para o PT ele sabia que vinham do

frigorífico Bertim. Havia interação muito forte

entre Bumlai e Lula, não adianta negar”.

Voltando ao tema da corrupção nas estatais,

Delcídio mencionou Furnas, a quem chamou de

“joia da coroa do sistema elétrico”, pois está com

o “filé mignon” do sistema, que é a região

Sudeste. Menciona Dimas Toledo, que era da

diretoria de Planejamento, Engenharia e

Construção de Furnas em 2003 por indicação do

então governador Aécio Neves. “A influêdncia de

Dimas é notória. Quando Lula assumiu o

governo, perguntou sobre ele. Depois, Aécio

[Neves], quando governou Minas, pediu para ele

ficar. O ex-ministro José Dirceu disse que Dimas

é competente e tem liderança e que mesmo se

fosse ascensorista em Furnas iria mandar na

diretoria. Quando explodiu a CPI dos Correios, a

entrevista de Roberto Jefferson à ‘Folha” já

falava de Furnas. Não será fácil engavetar

Furnas. Não é difícil rastrear de onde vem e para

onde vai o dinheiro; o histórico que tem de

Furnas é inapelável.”

Sobre a Lava-Jato, Delcídio disse que esteve com

o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o então

ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-

MA) para falar sobre a operação, que conversou

também com o ex-presidente Lula e com Dilma

Rousseff a respeito. E foi quando, em suas

palavras, houve a tentativa fracassada de

intervenção do então ministro da Justiça, José

Eduardo Cardozo. “O foco era a indicação de

Marcelo Navarro ao STJ. Dilma tinha preocupação

se ele iria cumprir o compromisso de liberar

alguns presos na operação.”

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A respeito da participação do PMDB no esquema

na Petrobras, Delcidio afirmou que era uma

participação “proeminente” e “agora, com a

colaboração da Andrade Gutierrez, isso vai ficar

nítido”. “Me refiro a Renan, Romero Jucá, Lobão

e outros”, elencou, ao ser questionado sobre

quem se referia quando afirmou que nomes do

partido irão surgir com desenrolar das

investigações da Lava-Jato.

Delcídio chama o presidente do Senado, Renan

Calheiros, de “cangaceiro”. “ Foi esse cangaceiro

que comanda a casa que demitiu funcionários de

meu gabinete quando vazaram as conversas que

tive com o filho do Cerveró”; afirmou que no

Senado pelo menos vinte senadores estão

envolvidos na Lava-Jato e outros cinquenta

respondem a processos.

Perguntado sobre o que vê como futuro para o

PT, Lula, Dilma e o governo Temer, Delcídio acha

que Lula sairá desgastado, e será difícil para o PT

ter uma candidatura competitiva, “apesar

daquele discurso repetitivo de principal

candidato”. Disse que não pode dizer se Lula será

preso porque não é juiz, mas que “o cerco se

fechou”. “Eu alertei e todos acharam que não era

grave e entraram pelo cano”.

O ex-senado, acredita que a presidente afastada

Dilma não volta mais, pois conhece o Senado, e

que ela “não tinha mais condições políticas de

governar o país, terá de se aposentar”. Quantro

ao PT, considera o partido forte, mas que perdeu

brilho. “Tem que fazer uma revisão, mudar a

direção. O Rui Falcão [atual presidente nacional

da sigla] é uma figura bizarra, não tem condições

de presidir o partido”.

Sobre o governo Temer, avalia que administrar o

país não é fácil, “tem que estender a mão”.

Considera as nomeações de Henrique Merilles

(Fazenda) e José Serra (Relações Exteriores)

boas, mas que há ministros fraquinhos. “Temer

não tem base social nenhuma, não é fácil

comandar o país desse jeito, terá de ter

coragem”, afirmou, completando que, dada a

situação da economia, “medidas duríssimas terão

de ser tomadas”.

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Bolsas de NY fecham em alta, puxadas

por ações de energia e tecnologia

NOVA YORK - As bolsas de Nova York ganharam

um grande impulso do petróleo nesta segunda-

feira. A alta das cotações da commodity, que

atingiram a máxima em 2016, puxou para cima

os papéis de energia. Após ajustes, o Dow Jones

fechou em alta de 1% aos 17.710,71 pontos. O

S&P 500 avançou 0,98% para 2.066,66 pontos. E

o Nasdaq subiu 1,22% a 4.775,45 pontos.

Apesar da alta de hoje, as preocupações com o

crescimento da economia americana e os lucros

das corporações ainda pesam nas desconfianças

de que os ganhos podem ter vida curta, segundo

analistas.

“Trata-se de um boa confluência de eventos

aqui”, disse Brian Jacobsen, estrategista chefe de

portfólio do Wells Fargo Funds Management,

referindo-se aos ganhos com as ações de energia

e tecnologia hoje. “O resultado revela que há um

bom número de caçadores de pechinchas lá

fora”, acrescentou.

O WTI para junho subiu 3,3% hoje para US$

47,72 o barril, na máxima desde novembro. O

petróleo subiu com a percepção de queda na

produção global, após as interrupções em países

como Canadá e Nigéria. Um relatório do Goldman

Sachs avaliou que o mercado de petróleo está

enfrentando agora um déficit, com demanda

superior à oferta, devido às paralisações de

produção em alguns países.

A produção nigeriana, por exemplo, caiu para

uma mínima em muito anos após ataques

terroristas a diversos oleodutos. No Canadá, um

incêndio na região de Alberta paralisou,

preventivamente, a produção de várias

companhias, com uma baixa de 1 milhão de

barris diários nas últimas semanas.

O Goldman, que tem sido uma das mais

pessimistas casas de análise do setor de óleo e

gás, agora projeta uma subida dos preços do

petróleo para acima de US$ 50 o barril no

segundo semestre de 2016, em uma revisão para

cima das estimativas de 22 de abril, quando a

instituição previa que as cotações

permanecessem entre US$ 40 e US$ 45.

Os papéis de energia no S&P 500 subiram forte.

Williams Companies ganhou 6,4%, a FMC

Technologies avançou 4,7% e a Marathon Oil

teve alta de 4,4%.

As empresas de tecnologia também ajudaram

nas altas desta segunda-feira. O gatilho foi o

ganho de 3,7% das ações da Apple, após a

divulgação que a Berkshire Hathaway, do

megainvestidor Warren Buffett, investiu US$ 1

bilhão para aumentar a participação na

companhia de tecnologia no primeiro trimestre.

Os papéis da Apple caíram 13% na semana

passada, após a companhia ter divulgado a

primeira queda de receitas trimestrais em 13

anos.

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CSN derruba liminar da Nippon Steel

Em mais um capítulo da disputa travada com os

acionistas controladores da Usiminas e com a

própria siderúrgica mineira, ontem à tarde a

Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) obteve na

Justiça de Minas Gerais uma decisão que revogou

uma liminar concedida contra ela na semana

passada, tornando sem efeito a eleição de três

representantes que tinha indicado ao conselho da

sua concorrente - Gesner de Oliveira, Ricardo

Weiss e Wagner Mar, bem como seus respectivos

suplentes.

Os conselheiros foram eleitos em 28 de abril na

assembleia geral de acionistas (AGO) da

Usiminas. A liminar conseguida pela Nippon Steel

& Sumitomo em 11 de maio foi proferida pela

mesma juíza, Patricia Santos Firme, da 2ª Vara

Empresarial, que a reconsiderou ontem, após a

CSN recorrer. Eles foram eleitos com votos da

CSN, que havia sido autorizada pelo Conselho

Administrativo de Defesa Econômica (Cade), no

dia 27 a indicar seus representantes na Usiminas.

A CSN tem 14,1% das ações ON da Usiminas e

20,7% dos papéis PN, mas estava proibida pelo

Cade desde 2012 de participar nas decisões da

companhia.

A Nippon Steel havia alegado na ação que no e-

mail trocado entre uma pessoa próxima a Gesner

Oliveira e o advogado da CSN, Daniel Douek,

existia indícios de que não havia independência e

autonomia entre o conselheiro e a CSN. Isso

dava a entender que Oliveira seria apenas um

braço da CSN, observa a juíza em sua decisão

que reconsiderou a liminar.

"Contudo, denota-se que realmente esta

julgadora foi levada a erro, impondo a

reapreciação dos fatos e reconsideração da

decisão, sob pena de causar prejuízo à imagem e

à atuação dos requeridos", disse a juíza. Para

ela, o fato de ser acionista e ter o direito de

questionar eleições que entende possam vir a

prejudicar interesses próprios e da companhia da

qual é acionista, legitima, a princípio, o alegado

direito. Contudo, analisando o pedido de

reconsideração, denota-se a ausência do dano

potencial".

Ernesto Tzirulnik, advogado da CSN, declarou:

"As autoridades judiciárias, às quais recorrem

combinadamente a Ternium, a Nippon e a

manipulada Usiminas, numa roleta em busca de

liminares, estão sendo enganadas. Até

adulteração de e-mail está valendo". O escritório

Sérgio Bermudes, que representa a Nippon,

informou que vai recorrer da decisão da juíza.

Em nota, a Usiminas informou que "vai se

manifestar nos autos por meio de uma petição na

qual apontará, de forma clara, alguns pontos

levantados errônea e intencionalmente pela

CSN".

Em sua ação, a Nippon Steel afirmou que "a

eleição dos representantes da CSN não terá outra

consequência senão causar danos gravíssimos à

Usiminas, pondo em risco sua própria

sobrevivência". O movimento da acionista

japonesa faz parte de um esforço conjunto com a

sócia Ternium- Techint e a própria Usiminas para

impedir a presença de representantes da CSN no

conselho da siderúrgica mineira.

A reunião do conselho de administração da

Usiminas, no dia 12, foi suspensa também dia

11, por liminar proferida pela juíza federal

substituta Luciana Raquel Tolentino de Moura, do

Tribunal Regional Federal da Primeira Região do

Distrito Federal. A juíza decidiu suspender a

reunião ao julgar ação Ternium que pedia a

suspensão dos conselheiros da CSN. A

determinação vale até que seja julgado o mérito

da questão.

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