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Instituto Superior de Transportes e Comunicações
Cálculo de Engrenagens Cilíndricas de Dentes Helicoidais
Órgãos de Máquinas – Aula 3 3⁰ Ano
Eng⁰ Eulices Mabasso
Tópicos
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1. Conceitos gerais Transmissões por engrenagens cilíndricas de dentes
helicoidais
2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais
3. Esforços actuantes nas transmissões helicoidais
4. Resistência das engrenagens helicoidais
5. Dimensionamento de engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais
6. Cálculo cinemático
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1. Conceitos gerais
Engrenagens cilíndricas de dentes inclinados, ou helicoidais, são construídas com
dentes que não são alinhados com a direção axial dos elementos de transmissão.
São utilizadas quando é necessário construir reduções que ocupem menor espaço
axial e que gerem menor ruído.
A primeira característica vem do fato de que a largura efetiva dos dentes é maior
do que a de engrenagens cilíndricas de dentes retos e a segunda é devida ao
engrenamento gradual dos dentes.
Engrenagens de dentes inclinados geram esforços axiais, já que o contato ocorre em um plano inclinado em relação ao eixo dos elementos.
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1. Conceitos gerais
Para suportar esses esforços deve-se
prever a utilização de mancais de escora
ou mancais radiais, como os rolamentos
de contato angular.
Uma providência de projeto bastante
comum é a montagem de uma redução
com dois pares de engrenagens, cada
conjunto gerando esforços axiais em uma
direção.
Com engrenagens semelhantes, os
esforços axiais resultantes serão mínimos.
A figura 2 mostra esse tipo de montagem.
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1. Conceitos gerais
A fabricação dos
dentes é similar
à fabricação de
dentes de rodas
dentadas com
dentes rectos.
Por isso, o perfil
dos dentes na
secção normal n-
n é similar ao
perfil de dentes
rectos.
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais
Um esquema dos dentes e das variáveis
envolvidas no estudo das engrenagens
helicoidais é mostrado na figura 1.
Nessa figura, 𝛽 é o ângulo de hélice,
que define a inclinação dos dentes em
relação ao eixo das engrenagens; 𝑝 é o
passo; 𝑝𝑛 é o passo normal ou
ortogonal; 𝑝𝑎 é o passo axial e 𝑏 é a
largura da engrenagem.
A variável 𝑏,, não mostrada, é utilizada
para a largura efetiva dos dentes, que
em engrenagens helicoidais depende do
ângulo de hélice.
Fig 1. Vista Superior de uma Engrenagem Helicoidal mostrando as designações mais importantes
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais
A figura 1 também mostra os planos RR
e NN. O primeiro é o plano perpendicular
ao eixo da engrenagem e o segundo é
perpendicular aos dentes. A visão dos
dentes em cada plano é diferente.
A figura 2 mostra os dentes em ambos os planos. Nessa figura, 𝜙𝑛 é o ângulo
de pressão normal ou ortogonal e 𝜙 é o
ângulo de pressão. Pode-se notar que os
ângulos são diferentes. Fig 1. Vista Superior de uma Engrenagem Helicoidal
mostrando as designações mais importantes
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais
O ângulo normal é o que
realmente está no plano de
rolamento e é normalizado.
Embora o perfil dos dentes
deva ser evolvental nesse
plano, dificuldades de
fabricação impedem que
isso ocorra.
Pequenas diferenças são
levadas em conta no
dimensionamento através
da modificação dos fatores
geométricos.
Fig 2. Visualização dos Dentes de Engrenagens Helicoidais. À esquerda, corte no Plano NN da figura 1; à direita, corte no Plano RR
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais
Com as figuras 1 e 2 é possível descrever as relações entre as diversas variáveis. Assim, o passo
normal pode ser calculado por:
1. Passo tangencial 𝑝𝑡 = 𝑝𝑛/𝑐𝑜𝑠𝛽
2. módulo tangencial 𝑚𝑡 = 𝑚𝑛/𝑐𝑜𝑠𝛽
3. Diâmetro primitivo d = 𝑚𝑡 ∙ 𝑧 = 𝑚𝑛 ∙ 𝑧/𝑐𝑜𝑠𝛽
Os índices "n" e "t" designam "normal" e "tangencial", respectivamente. A resistência dos dentes
é determinada para dimensões e forma na secção normal. A forma do dente na secção normal
permite idealizar uma roda dentada com dentes rectos equivalente à roda dentada com dentes
helicoidais.
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais
A forma do dente na secção normal permite idealizar uma roda dentada com dentes rectos
equivalente à roda dentada com dentes helicoidais:
Fig 3. Roda virtual, equivalente a uma engrenagem helicoidal e seu respectivo
diâmetro, dv
A secção da roda dentada normal ao eixo do dente
é uma elipse com semieixos c = r e e = r/cos β ,
onde r = d/2. Para engrenamento, a segunda roda
situa-se numa posição correspondente ao eixo
menor da elipse, à distância c = d/2 = r. Esta é a
posição real. O raio de curvatura da elipse no eixo
menor (da geometria da elipse) é:
𝑟𝑣 = 𝑒2/𝑐 4
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais
A forma do dente na secção normal permite idealizar uma roda dentada com dentes rectos
equivalente à roda dentada com dentes helicoidais:
Fig 3. Roda virtual, equivalente a uma engrenagem helicoidal e seu respectivo
diâmetro, dv
O raio 𝑟𝑣 é o raio da roda dentada cilíndrica com
dentes rectos equivalente ou virtual. De modo
similar, pode-se determinar um diâmetro da roda
cilíndrica com dentes rectos equivalente à roda
cilíndrica com dentes helicoidais por:
𝑑𝑣 = 𝑑/𝑐𝑜𝑠2𝛽 4
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais
O aumento dos parâmetros equivalentes (𝑑𝑣 e 𝑧𝑣) com o aumento do ângulo β resulta no
aumento da resistência das transmissões com dentes helicoidais relativamente a transmissões
com dentes rectos.
Para efeitos de cálculo projectivo, este aumento de resistência relativa resulta na redução das
dimensões da transmissão.
A redução de ruídos e menores exigências de comprimento da linha de movimentação (ou do
grau de recobrimento aparente) devidas à inclinação dos dentes, contribuem para a
popularidade do uso de rodas dentadas com dentes inclinados, apesar do inconveniente de
gerar forças parasitas na direcção axial das rodas dentadas.
Por exemplo, para 𝛽 = 20𝑜 𝑑𝑣 = 1,13 ∙ 𝑑 e 𝑧𝑣 = 1,2 ∙ 𝑧 5
𝑧𝑣 =𝑑𝑣
𝑚𝑛=
𝑑
𝑚𝑛∙𝑐𝑜𝑠2𝛽
= 𝑚𝑡 ∙𝑧
𝑚𝑡∙𝑐𝑜𝑠3𝛽
𝑧𝑣 =𝑧
𝑐𝑜𝑠3𝛽4
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais2.1. Multiparidade e suavidade de funcionamento
Enquanto que os dentes rectos engrenam
instantaneamente ao longo de todo o seu comprimento,
nas engrenagens com dentes inclinados o engrenamento
é progressivo do ponto 1 ao ponto 2 (fig. 4).
As posições das linhas de contacto são mostradas na fig.
5. As linhas de contacto não estão dispostas sob ângulo o
β mas sob o βb, que é um parâmetro referente à
superfície de base, mas para fins práticos considera-se
que βb ≈ β .
Fig 4. Inclinação dos dentes em engrenagens com dentes
helicoidais
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais2.1. Multiparidade e suavidade de funcionamento
Durante a rotação das engrenagens, as linhas de
contacto deslocam-se na direcção indicada pela seta.
Para o instante da observação patente na figura 5, há
três pares de dentes em engrenamento: 1, 2 e 3. O par
2 engrena ao longo de toda a extensão do dente, mas
os pares 1 e 3 engrenam parcialmente. Quando o par 3
sai do engrenamento no ponto 3' os pares 1 e 2
continuam em engrenamento nos pontos 1' e 2',
respectivamente.
Fig 5. Multiparidade em engrenagens com dentes
helicoidais
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais2.1. Multiparidade e suavidade de funcionamento
Por isso, as rodas dentadas com dentes inclinados não
têm zonas em que só há um par de dentes em
engrenamento, diferentemente das rodas com dentes
rectos. Isto reduz os choques e ruídos, resultando
numa maior capacidade de carga (devida à redução de
cargas dinâmicas e outros efeitos) e suavidade de
funcionamento. Nas transmissões com dentes
inclinados há um mínimo de 2 pares de dentes em
engrenamento.
Fig 5. Multiparidade em engrenagens com dentes
helicoidais
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais2.1. Multiparidade e suavidade de funcionamento
As transmissões com dentes inclinados podem funcionar
com 𝜀𝛼 < 1 desde que o recobrimento axial se verifique:
𝑏𝑤 <𝑝𝑏𝑡
𝑡𝑔𝛽(fig. 5). O grau de recobrimento (ou
coeficiente de sobreposição axial) é:
Fig 5. Multiparidade em engrenagens com dentes
helicoidais
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais2.1. Multiparidade e suavidade de funcionamento
É de recomendar a escolha de 𝜀𝛽 ≥ 1,1. É particularmente benéfico escolher
um valor 𝜀𝛽 = 2 𝑜𝑢 3 (número inteiro), para depois calcular o valor de 𝛽 a
posteriori.
Para dentes inclinados, a carga distribui-se por todas as linhas de contacto
agregadas nos pares 1, 2 e 3 (fig. 5). A carga específica diminui com o aumento
do somatório do comprimento das linhas de contacto 𝑙Σ. Considerando o grau
de recobrimento aparente (ou razão de transmissão frontal) 𝜀𝛼, da figura 5,
tem-se:
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais2.1. Multiparidade e suavidade de funcionamento
Pode-se depreender que 𝜀𝛽 aumenta com o aumento de β, mas este aumento
acarreta o inconveniente de aumentar as forças axiais. Por isso, o ângulo β é
limitado:
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais2.1. Multiparidade e suavidade de funcionamento
Nas transmissões por dentes inclinados a linha de contacto não é paralela ao
eixo da roda. Não só se inclina no sentido do ângulo β como também se inclina
num ângulo λ relativamente à linha da crista dos dentes e ocupa uma faixa de
alturas no flanco do dente. (fig. 6). O ângulo λ é proporcional ao ângulo β .
A distribuição da carga q ao longo da linha de contacto não é uniforme, pois a
linha de contacto em cada dente inclinado é ligeiramente arqueada, devido à
inclinação do dente. A carga é máxima a meio da linha.
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais2.1. Multiparidade e suavidade de funcionamento
O uso de dentes inclinados permite o
emprego de materiais mais duros e
mais resistentes. Em geral, o uso de
dentes inclinados aumenta a
capacidade de carga da transmissão
em 25... 30%, em comparação com
a de dentes rectos.Fig 6. Inlcinação das linhas de
contacto em engrenagens com dentes helicoidais
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2. Características geométricas das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais2.2. Coeficiente de sobreposição frontal ou tangencial
Para transmissões por engrenagens com dentes inclinados, sem
deslocamento do perfil, o coeficiente de sobreposição frontal ou tangencial ou
de face é dado por:
Se bem que se recomenda 𝜀𝛼 ≥ 1,4 (1,2 em casos extremos) para dentes
rectos, para dentes inclinados aceita-se 𝜀𝛼 ≥ 1 .
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3. Esforços actuantes nas transmissões helicoidais
Conforme já mencionado, o contato entre os dentes ocorre no plano
inclinado NN. Assim, a força de contato F, que é normal à superfície de
ambos os dentes, também deve estar nesse plano.
Devido à essa inclinação, três componentes de força são geradas. As
componentes radial (Fr) e axial (Fa) não causam torque nos eixos de
transmissão. A primeira causa flexão e a segunda apenas tensão axial.
Embora sejam importantes no dimensionamento da transmissão com um
todo (eixos, engrenagens, selos, mancais, ..) aparecem apenas
indiretamente nos cálculos das tensões nos dentes.
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3. Esforços actuantes nas transmissões helicoidais
De fato, uma vez que os ângulos de
hélice e pressão para um conjunto de
redução são fixos e definem a relação
entre as forças, o efeito de cada uma
pode ser incluído na força tangencial
(Ft), que é a que define o torque que
está sendo transmitido.
A figura 7 permite determinar as
relações entre as forças. Nessa figura
é mostrada uma vista superior da
engrenagem helicoidal e os dentes nos
planos RR e NN. Fig 7. Esquema para a
determinação das relações entre as Forças em Engrenagens Helicoidais
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3. Esforços actuantes nas transmissões helicoidais
A força tangencial pode ser obtida a partir dos dados de entrada do problema.
Normalmente esses dados são a potência (ou torque) e a rotação da fonte de
acionamento (motor).
Para calcular a força é necessário que se conheça o raio da engrenagem, que não
está disponível no início de um projeto.
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3. Esforços actuantes nas transmissões helicoidais
A força tangencial pode ser obtida a partir dos dados de entrada do problema.
Normalmente esses dados são a potência (ou torque) e a rotação da fonte de
acionamento (motor).
Para calcular a força é necessário que se conheça o raio da engrenagem, que não
está disponível no início de um projeto.
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3. Esforços actuantes nas transmissões helicoidais
Para determinar as forças
que actuam nas engrenagens
angulares (espinha de peixe,
bihelicoidais, dois pares de
engrenagens), usa-se o
mesmo metódo (fórmulas 8 ),
sendo que para rodas
dentadas com dentes
angulares (fig. 8.b) a força
axial resultante é nula. Fig 8. Forças nas engrenagens com
dentes helicoidais
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4. Resistência das engrenagens helicoidais
Da mesma forma que para engrenagens cilíndricas de dentes retos, as tensões
relevantes para o dimensionamento dos dentes são geradas pela força a ser
transmitida.
A figura 6 mostra um modelo foto-elástico de um dente em contato com outro de
um material metálico. Por essa técnica é possível visualizar as linhas de
deformação (ou tensão) geradas pelos esforços.
A diminuição do espaçamento dessas linhas significa uma maior concentração
de tensões.
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4. Resistência das engrenagens helicoidais
Observando a figura é
possível identificar a raiz
do dente e o ponto de
contato entre os dentes
como os pontos de maior
tensão, conforme já visto
no estudo de engrenagens
de dentes retos.
Fig 9. Tensões nas engrenagens com dentes helicoidais
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4. Resistência das engrenagens helicoidais4.1. Cálculo da resistência à fadiga por contacto
A resistência ao contacto é verificada utilizando a fórmula de Hertz. Porém, a carga
específica é dada pela expressão:
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4. Resistência das engrenagens helicoidais4.1. Cálculo da resistência à fadiga por contacto
e substituindo dw1 por dv1 pela expressão obtida na fórmula: 𝑑𝑣 =𝑑
𝑐𝑜𝑠2𝛽
obtém-se a seguinte fórmula para o raio reduzido de curvatura das engrenagens
helicoidais:
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4. Resistência das engrenagens helicoidais4.1. Cálculo da resistência à fadiga por contacto
Comparando a fórmula para a relação 𝑞
𝜌𝑟𝑒𝑑em dentes rectos 9)) e dentes
helicoidais conclui-se que:
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4. Resistência das engrenagens helicoidais4.1. Cálculo da resistência à fadiga por contacto
O valor de 𝐾𝐻𝛼 é, geralmente, apenas um pouco superior a 1 e 𝜀𝛼 é quase
sempre maior que 𝐾𝐻𝛼, pelo que 𝑍𝐻𝛽 é menor que 1. Isto significa que os dentes
helicoidais sofrem menores tensões que os rectos. Por isso 𝑍𝐻𝛽 é chamado
“coeficiente de aumento da resistência dos dentes helicoidais às tensões de
contacto”. Usando o novo coeficiente, temos a seguinte fórmula: KHv ≈ 1,0
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𝐾𝐻 = 𝐾𝐻𝛽 ∙ 𝐾𝐻𝑉
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4. Resistência das engrenagens helicoidais4.1. Cálculo da resistência à fadiga por contacto
Os valores dos coeficientes de irregularidade da carga no engrenamento 𝐾𝐻𝛼 são aproximados
e são dados na tabela 1.
Em princípio, os dentes helicoidais são engrenados de tal forma que há pelo menos dois pares
de dentes em engrenamento em qualquer instante. Por isso as sobrecargas devidas a
irregularidades de fabricação são pequenas.
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4. Resistência das engrenagens helicoidais4.1. Cálculo da resistência à fadiga por contacto
Os valores dos coeficientes de irregularidade da carga no engrenamento 𝐾𝐻𝛼são aproximados e são dados na tabela 1.
Uma vez que no início do cálculo projectivo não são conhecidos muitos dos
parâmetros geométricos, arbitram-se valores aproximados de forma a simplificar
o procedimento. O efeito das aproximações pode ser corrigido em cálculos
testadores. Assim, assumindo os seguintes valores aproximados: 𝜀𝛼 = 1,5 e
β = 12𝑜, o valor de 𝑍𝐻𝛽 fica aproximadamente igual a 0,85 e as fórmulas para
o cálculo do diâmetro e da distância interaxial ficam:
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4. Resistência das engrenagens helicoidais4.1. Cálculo da resistência à fadiga por contacto
Osnúmeros
das curvas Correspondemàs transmissões
Esquematizadasacima.
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4. Resistência das engrenagens helicoidais4.2. Cálculo da resistência dos dentes à fadiga por flexão
Este cálculo é feito por analogia às transmissões cilíndricas com dentes rectos.
As fórmulas para as tensões de flexão e para o módulo ficam modificadas com a
incorporação de um coeficiente que espelha o aumento da resistência dos
dentes à flexão, ZFβ , análogo a ZHβ , para tensões de flexão.
Porém, o coeficiente KFv para engrenagens com dentes helicoidais é baixo e
aproximadamente igual à unidade: KFv ≈ 1,5, e por isso o coeficiente fica
reduzido. 𝐾𝐹 = 𝐾𝐹𝛽 ∙ 𝐾𝐹𝑉
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4. Resistência das engrenagens helicoidais4.2. Cálculo da resistência dos dentes à fadiga por flexão
O módulo e os outros coeficientes podem ser determinados com base nas
seguintes fórmulas:
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O coeficiente YF é o coeficiente de forma do dente e é escolhido das mesmas
tabelas ou dos mesmos gráficos que para dentes rectos.
Porém, em vez do número real de dentes usa-se o número virtual, zv, que se
calcula utilizando a fórmula (5). Os valores de β e de ψm escolhem-se de
recomendações.
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4. Resistência das engrenagens helicoidais4.2. Cálculo da resistência dos dentes à fadiga por flexão
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4. Resistência das engrenagens helicoidais4.2. Cálculo da resistência dos dentes à fadiga por flexão
Valores dos módulos normalizados, em milímetros
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4. Resistência das engrenagens helicoidais4.2. Cálculo da resistência dos dentes à fadiga por flexão
Os valores comuns
de YF estão
próximos de 3,5 ... 4.
Estes valores são
aceitáveis como
valores aproximados
de YF para
engrenagens
externas, sem
modificação do perfil
do dente, isto é, sem
deslocamento.
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Exercícios1. Determinar os parâmetros geométricos, a tensão de contacto e as forças que
actuam no par de engrenagens helicoidais (ECDH), para que possa atuar com
segurança na transmissão representada na figura abaixo. O accionamento será por
meio do motor eléctrico com potência: 𝑃 = 14,7𝑘𝑊 20𝑐𝑣 𝑛 = 1140 𝑟𝑝𝑚 (𝜔 =38𝜋𝑟𝑎𝑑
𝑠)
Considere: b
𝑑= 0,25 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝛼 = 20𝑜 𝑧1 = 29, 𝑧2 = 89 𝑚𝑛 =
3𝑚𝑚, 𝛽𝑜 = 20𝑜.
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Exercícios
2. Determinar a força que actua no veio-II e verificar
se os dentes resistem ao contacto, considerar a
tensão admissível de 𝜎𝐻 = 500𝑀𝑃𝑎 e HB>350
(disposição simetrica das rodas em relação aos
apoios, transmissão geral do tipo redutor).
Considere os seguintes dados: 𝑃 = 11𝑘𝑊 15𝑐𝑣 𝑛 = 1140 𝑟𝑝𝑚)
Considere: 𝜓𝑏𝑑 = 0,4 𝛼 = 20𝑜 𝑢 = 3, 𝛽 = 20𝑜.
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Exercícios3. Um pinhão de aço de 12 dentes, módulo de 2,5 mm, fresado com um ângulo de
pressão de 18𝑜,e o ângulo de inclinação dos dentes igual à 20𝑜, gira a 1800 rpm
e acopla-se a uma engrenagem de ferro fundido de 72 dentes. Calcular a tensão
de contacto superficial critica que atuaria nos dentes se o par transmitir uma
potência de 1,5 kW, a largura do denteado é de 38 mm. Para todos materiais
HB<350.
4. Um pinhão de aço tem módulo de 4,0 mm, 20𝑜 de ângulo de pressão e o
ângulo de inclinação dos dentes igual à 18𝑜, de 32 dentes, gira a 900 rpm e
transmite 9,5 kW a uma engrenagem de 60 dentes (considerar o deslocamento
nulo). Calcular a tensão normal de flexão dos dentes do pinhão considerando a
largura do dentado de 38 mm. Para todos materiais HB<350.
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Exercícios
3. Determinar o diâmetro primitivo da roda movida de ferro fundido (o pinhão é de
aço) duma transmissão, com tensão admissível de 𝜎𝐻 = 400𝑀𝑃𝑎, HB<350
(disposição simetrica das rodas em relação aos apoios, transmissão muito
carregada e precisa). Considere os seguintes dados:
𝑃 = 60𝑘𝑊 𝑛 = 1200 𝑟𝑝𝑚)
Considere: 𝜓𝑏𝑑 = 0,8 𝛼 = 20𝑜 𝑢 = 5, 𝛽 = 20𝑜.