classificação das articulações(final)

7/28/2019 Classificao das articulaes(final)

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Docente: Elisabete Nave Leal

Discentes: Ana Pinto

Ana Rita Oliveira

Bruna Santos

Catarina Fernandes

Abril 2010

Classificao das Articulaes

Escola Superior de Tecnologia da Sade de Lisboa

Estudos do Movimento Humano 2009/2010

Curso de Fisioterapia 1Ano- 2 Semestre


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Classificao das Articulaes Fisioterapia-1ano

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ndice

Pg.

1. Introduo......... 32. Articulaes

2.1 Anatomia .... 42.2 Fisiologia 5

3. Mobilidade vs Estabilidade Articular.. 64. Absoro de Choques 85. Suporte de Peso. 96. Classificao Funcional. 107. Classificao Estrutural. 11

7.1 Fibrosas .... 117.2 Cartilagneas 137.3 Sinoviais . 14

7.3.1 No Axiais 167.3.2 Mono-Axiais 167.3.3 Bi-Axiais. 187.3.4 Multi-axiais.. 21

8. Discos e Meniscos Articulares. 239. Concluso.. 2510.Bibliografia... 26


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1.Introduo

No mbito da disciplina de Estudos do Movimento Humano, foi-nos proposto a

realizao de um trabalho cujo tema Classificao das Articulaes

As articulaes so regies do corpo humano onde os ossos se ligam uns aos

outros, tendo uma grande importncia para o normal desenvolvimento da vida do

Homem. Os msculos puxam os ossos, fazendo com que o corpo se mova, mas este

movimento exigido ao esqueleto no pode dar-se se no existirem articulaes.

As articulaes so, normalmente, consideradas mveis, mas nem sempre

esse o caso. Algumas apenas permitem movimentos bastante limitados, podendo

mesmo chegar a ser imveis. Assim, as articulaes podem ser classificadas de forma

funcional, ou seja, segundo o seu grau de movimento. Uma outra forma de classific-

las tendo em conta o tipo de tecido mole que liga os ossos, sendo esta uma

classificao estrutural.

Temos, portanto, como principais objectivos constatar a importncia que asarticulaes tm na mobilidade e estabilidade do indivduo, classificar e compreender

as diferentes articulaes e apreender como esta temtica to importante para ns,

como futuros profissionais de sade.


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Fig.1 Exemplo de uma articulao

sinovial.

2.Articulaes

2.1. Anatomia de uma ArticulaoArticulao a conexo entre duas ou mais peas esquelticas (ossos ou

cartilagens), atravs de tecidos moles. Essas unies no

s colocam as peas do esqueleto em contacto, como,

tambm, permitem que o crescimento sseo ocorra e

que certas partes do esqueleto mudem de forma

durante o parto. Para alm do referido, levam a que

partes do corpo se movimentem em resposta

contraco muscular.

Embora apresentem considerveis variaes entre

elas, as articulaes possuem certos aspectos

estruturais e funcionais em comum, que permitem

classific-las.

Uma das principais caractersticas de uma articulao tpica do nosso corpo

(articulaes sinoviais), a existncia de um espao entre os dois ossos, espao este

que contm lquido e delimitado por uma cpsula. Outra caracterstica prende-se

com o facto de os dois ossos estarem unidos por ligamentos e msculos que

atravessam a articulao. Apesar de podermos fazer uma descrio geral de uma

articulao, necessrio referir que no existe uma articulao tpica no nosso corpo,

pois cada uma apresenta componentes especficos.

Relativamente complexidade de organizao, quando apenas dois ossos entram

em contacto numa articulao diz-se que ela simples (por exemplo, a articulao do

ombro, que envolve o mero e a omoplata); quando trs ou mais ossos participam na

articulao ela denominada composta (por exemplo, a articulao do cotovelo

envolve trs ossos: mero, cbito e rdio).


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Fig.2 As articulaes, os msculos

e os ligamentos so responsveis

pelo movimento.

2.2. Fisiologia de uma articulao

As articulaes tm como principal funopermitiro movimento, e no cri-lo.

Quem cria o movimento a contraco dos msculos, que atravessa uma

articulao.

Adicionalmente, para evitar que os ossos de uma articulao se movimentem de

uma forma excessivamente afastada, existem os ligamentos e cpsulas articulares que

ligam os ossos, limitando, deste modo, o movimento da articulao.

Em suma:

- As articulaespermitem o movimento;

- Os msculos criam o movimento;

- Os ligamentos/cpsulas das articulaes limitam o movimento.

O movimento das articulaes ocorre, primariamente, por meio da contraco

muscular. No entanto, mais correcto afirmar que a contraco muscular cria uma

fora sobre os ossos de uma articulao, podendo esta criar movimento na articulao,

mas atravs da sua contraco muscular tambm pode parar ou modificar o

movimento.


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3.Mobilidade Articular Vs Estabilidade Articular

Todas as articulaes do corpo encontram um equilbrio entre mobilidade e

estabilidade. Isto , uma articulao mvel, mas tambm tem de ser suficientemente

estvel para manter a sua integridade estrutural (de modo a no se deslocar).

Por conseguinte, quanto mais mvel for uma articulao, menos estvel -

estabilidade e mobilidade tm-se, ento, como conceitos antagnicos.

Uma articulao com menor estabilidade tem maior probabilidade de leses.

Por outro lado, uma articulao com menor mobilidade tem menos capacidade de se

mover.

Este equilbrio entre os dois conceitos determinado atravs de trs grandes

factores:

- A forma dos ossos de uma articulao;

- O complexo ligamento/cpsula de uma articulao;

- Os msculos de uma articulao.

Cada uma das articulaes do corpo apresenta uma posio em que se

encontra mais estvel posio closed-packed (fechada). Esta resulta da

combinao da posio dos ossos, que se adaptam o mais correctamente possvel edos ligamentos, que se encontram mais esticados. So estes dois factores que

permitem uma posio que limita o movimento e, consequentemente, aumenta a

estabilidade.

A posio open-packed (aberta) de uma articulao o contrrio da posio

fechada, ou seja, o encaixe das superfcies articulares dos ossos pobre e os

ligamentos so flcidos, originando uma maior mobilidade e consequentemente uma

menor estabilidade articular.


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Dado que os msculos cruzam as articulaes (ligam-se aos ossos das

articulaes por meio dos seus tendes), fcil de observar que quanto mais

volumosos estes forem, maior ser a estabilidade proporcionada a estas. Tambm se a

tenso basal dos msculos que atravessam uma articulao for elevada, vai levar a que

fiquem mais comprimidos e, consequentemente, leva a um aumento da estabilidade,

reduzindo a mobilidade, proporcionalmente.


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Fig.3 Presena de lquido sinovial

que ajuda na absoro de choques.

Fig.4

As articulaes vertebraistm um papel fundamental na

absoro de choques que o corpo

humano sofre.

4.Articulaes e Absoro de choques

Para alm de permitirem o movimento, as articulaes tambm tm funo de

absoro de choques.

Muitas articulaes apresentam, simultaneamente, tecidos moles, situados

entre os ossos de uma articulao e uma cpsula articular que contm fludo, sendo

este til para absorver as ondas de choque, pois

funciona como amortecedor.

Todas as articulaes tm a capacidade de absorver choques, contudo as

articulaes vertebrais e do membro inferior so as mais importantes, dado que so

locais onde se sente mais a fora quando se corre, salta ou caminha.


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Fig.5 o tornozelo que suporta

todo o peso do nosso corpo.

5.Articulaes de suporte de peso

Tal como o nome indica, estas articulaes suportam o peso do corpo.

Mais uma vez, so as articulaes dos membros inferiores e da coluna vertebral

que so as principais responsveis pelo suporte do peso do corpo, ou seja, para alm

de permitirem a existncia de movimento e absorverem os choques a que estamos

sujeitos aquando do movimento, so capazes de suportar as partes do corpo que se

encontram acima delas. Logo, estas articulaes vo acabar por ser as mais estveis e

menos mveis, devido ao peso a que se encontram sujeitas.

O peso que as articulaes suportam aumenta medida que vamos avanando

em direco ao tornozelo e ao p. Por exemplo, as

articulaes do tornozelo tm de suportar todo o peso do

corpo, enquanto as articulaes da coluna lombar apenas

tm de suster o peso da cabea, pescoo, tronco e

membros superiores.

As nicas articulaes que no suportam qualquer tipo de peso so as dos

membros superiores.


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Fig.6

Suturas.

7.Classificao das articulaes por estrutura

So classificadas quanto ao tipo de tecido mole que liga os ossos entre si.

Dividem-se em:

Articulaes sem cavidade articular, que englobam:

Articulaes fibrosas, que unem os dois ossos atravs de um tecido fibrosoconjuntivo denso.

Funcionalmente, consideram-se sinartroses, visto que permitem pouco ou

nenhum movimento.

Com base na sua estrutura, a diviso faz-se em:

Suturas; Sindesmoses; Gonfoses.

Suturas:

As suturas s se encontram no crnio, sendo que raramente so lisas.

Na primeira infncia, existem movimentos,

essencialmente, para facilitar a sada do beb

durante o parto.

No estado adulto, existe pouco ou nenhum

movimento. No entanto, as suturas podem tornar-se

sinostoses, isto , a articulao funde-se num s

osso.


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Fig.7 Sindesmose membrana

interssea entre a tbia e o perneo.

Fig.8 Gonfose

Sindesmoses:

uma articulao onde os ossos esto mais afastados do que numa sutura,

pelo que so unidos por um ligamento ou uma membrana fibrosa.

Devido flexibilidade dos ligamentos, as sindesmoses permitem que

haja pouco movimento.

Exemplos de sindesmoses: membrana interssea que mantm o rdio e

o cbito unidos e a membrana interssea entre a tbia e o perneo.

Gonfoses:

Esta articulao consiste no encaixe em cavidades de duas componentes

sseas, sendo que s existem entre os dentes e os seus alvolos da mandbula e

maxilares.

Os ligamentos periodontais permitem o movimento dos dentes na primeira

infncia, mas no estado adulto apenas deixam que haja um dar de si , durante a

mastigao.


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Fig.9 Snfise pbica

Fig.10 Sincondrose

cartilagens esterno-costais

Articulaes cartilagneas, em que os dois ossos esto ligados porfibrocartilagem, ou por cartilagem hialina.

Estas articulaes permitem que haja movimento moderado, pelo que so

consideradas anfiartroses.

Estruturalmente, existem dois tipos de articulaes cartilagneas:

Snfises; Sincondroses.

Snfises:

A snfise uma fibrocartilagem em forma de disco que une os corpos de duas

superfcies planas adjacentes, sendo que os

discos podem ser bastante espessos.

Estas articulaes so semi-mveis, ou

seja, permitem um movimento moderado.

Exemplos de snfises: articulao do disco

intervertebral da coluna e a snfise pbica da

plvis.

Sincondroses:

Nesta articulao, o que une os ossos uma cartilagem

hialina.

A maioria das sincondroses d origem a sinostoses.

Exemplos de sincondroses: cartilagem costas, entre as

costelas e o esterno e a placa de crescimento (disco ou placa


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Fig.11 Articulao Sinovial e

seus com onentes.

epifisria) de um osso em crescimento.

Articulaes com cavidade articular, que englobam: Articulaes sinoviais, estruturalmente so as articulaes mais complexas

e conhecidos do corpo humano.

Componentes de uma articulao sinovial:

Nesta articulao, os ossos mantm-se unidos por uma cpsula articular, que

contm uma cavidade articular. No entanto, a cpsula apresenta duas camadas, uma

camada fibrosa exterior e uma membrana

sinovial interior.

A membrana sinovial segrega o lquido

sinovial para o interior da cavidade articular,

que tambm se designa por cavidade sinovial.

As superfcies articulares dos ossos esto

cobertas por uma fina camada de cartilagem

hialina, denominada cartilagem articular.

As articulaes sinoviais so consideradas

diartroses, pois existe uma cavidade articular que lhes permitem um elevado grau de

movimento.

Ligamentos:

Os ligamentos so uma estrutura fibrosa, constituda por fibras de colagnio,

que une uma estrutura do corpo a outra, definido como uma insero de um osso a

outro osso. Deste modo, os ligamentos cruzam uma articulao inserindo os ossos

junto da mesma.


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Com a evoluo, os espessamentos da camada fibrosa externa so formados

por cpsula articular. Por outro lado, alguns ligamentos tornaram-se independentes da

cpsula fibrosa, enquanto outros nunca se separam, sendo definidos como

espessamentos da cpsula fibrosa.

frequente a utilizao do termo complexo ligamento/cpsula articular, para

designar em conjunto os ligamentos e a cpsula articular, podendo, raramente, existir

dentro da cavidade articular, designando-se por intra-articulares.

A principal funo de um ligamento limitar o movimento da articulao.

Msculos:

O msculo uma estrutura de tecido mole que especializada em contrair,

para poder mover um ou ambos os ossos e criar movimento na articulao.

Atravs dos tendes, o msculo une os dois ossos de uma articulao,

cruzando-a, sendo estes na maioria extra-articulares.

Classificao das articulaes sinoviais:

Existem duas classificaes destas articulaes.

A primeira feita de acordo com as superfcies articulares.

Artrodias ou Anfiartroses Superfcie plana.

Efipiartroses Superfcie em forma de sela.

Trocleartroses - Superfcie em roldana.

Trocartroses Superfcie cilndrica.

Enartroses Superfcie esfrica.

Condilartroses Superfcie elptica.


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Fig.12 Superfcies articulares de

uma articulao no axial (planas).

A segunda classificao faz-se com base nos eixos de movimento que existem

em cada articulao.

Articulaes no-axiaisAs articulaes no-axiais apenas possibilitam o movimento num plano, nunca

executando um movimento em torno de um eixo, ou seja, apenas permitem

movimentos de deslizamento ou de toro, visto que as superfcies articulares dos

ossos que tm este tipo de articulao so planas ou ligeiramente curvas.

Por este motivo, este tipo de articulao , tambm, designada de articulao de

deslizamento, articulao irregular, articulao plana ou ainda artrodia.

So exemplos de artrodias, as articulaes entre as apfises articulares das

vrtebras da coluna, que se movem uma em relao outra

por deslizamento, bem como as articulaes procrpicas e

mesocrpicas (articulaes entre os ossos da primeira fileira

do carpo ou do procarpo e articulaes entre os ossos dasegunda fileira do carpo ou do mesocarpo,

respectivamente).

Articulaes sinoviais mono-axiaisUma articulao mono-axial permite o movimento volta de um eixo e num

plano.

Existem dois tipos destas articulaes:

Trocleartrose; Trocartroses.


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Fig.13- Superfcies articulares de uma

Trocleartrose articulao do

cotovelo.

Trocleartroses (articulao sob a forma de eixo Articulao em

dobradia, articulao em roldana):

Como o prprio nome indica, a articulao tem uma estrutura e funo

semelhantes dobradia de uma porta. Deste modo, a superfcie de um osso tem a

forma de uma roldana que se articula com

uma superfcie que apresenta uma crista

mediana e duas vertentes laterais.

Exemplos de troclartroses:

- articulao do cotovelo (mero-

antebraquial). A articulao tem como

superfcies articulares a trclea umeral, na

extremidade inferior do mero, que se vai articular com a grande cavidade sigmoideia

do cbito, que apresenta uma forma cncava. Como uma articulao mono-axial, os

nicos movimentos realizados so os de flexo e extenso, que ocorrem volta de um

eixo mdio-lateral e num plano sagital.

- articulao do tornozelo (tbio-trsica). No tornozelo, as superfcies articulares

so a trclea astragaliana, na face superior deste, sendo a superfcie de encaixe

formada pelas extremidades inferior da tbia e do perneo. Tal como no exemplo

anterior, os movimentos realizados so de dorsi flexo e flexo plantar (extenso), no

eixo e plano acima referidos.

Trocartroses (Articulao pivot ou Articulao cilndrica):

Esta articulao tem uma estrutura e funo semelhantes a um puxador de

porta, sendo que uma superfcie tem a forma de um anel e a outra possui uma forma

que lhe permite rodar esse anel.


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Fig.14- Superfcies articulares de uma

Trocartrose articulao rdio-cubital

proximal.

Exemplos de trocartroses:

- articulao rdio-cubital proximal do antebrao. A cabea do rdio tem a

forma de um anel que se articula com a pequena cavidade sigmoideia do cbito,

mantendo-se no local atravs do ligamento anular. O movimento exercido faz-se volta

de um eixo vertical e num plano transversal,

pelo que os seus movimentos so de rotao

medial e lateral da cabea do rdio, ou seja,

movimentos de supinao e pronao.

- articulao atlido-axoideia. Esta

articulao tem como superfcie articulareso atlas, em forma de anel e a apfise

odontide do xis, que se mantm ligadas

pelo ligamento transverso. Os movimentos

que ocorrem so os de rotao para a esquerda e para a direita, no eixo e plano

referidos anteriormente.

Bi-axiaisPelo contrrio, as articulaes bi-axiais possibilitam quatro movimentos

diferentes, pois estes so realizados volta de dois eixos em dois planos, ou seja,

apresentam 2 graus de liberdade.

Como j foi referido anteriormente, as articulaes sinoviais tambm so

classificadas de acordo com as superfcies articulares dos ossos intervenientes,

existindo deste modo dois tipos de articulaes bi-axiais:

Condilartroses; Trocleartroses.

Condilartroses (Articulao em elipse):

So, tambm, conhecidas como articulaes em elipse, visto que as superfciesarticulares tm uma forma elptica. Uma superfcie cncava, tendo como nome na


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Fig.15 e 16- Movimentos de extenso-flexo e aduo-abduo.

maior parte dos casos cavidade glenoideia e a outra que se articula convexa, sendo,

tambm, na maior parte dos casos chamada de cndilo.

Exemplos de condilartroses:

- articulao rdio-prcarpica ou articulao do punho, cujo cndilo formado por

vrios ossos do carpo, sendo eles, a face superior do escafide, do semilunar e do

piramidal, e a cavidade glenoideia constituda pela extremidade inferior do rdio e

pelo ligamento triangular. Os movimentos que realiza so de flexo (movimento que

aproxima a palma da mo da face anterior do antebrao) e extenso (movimento que

aproxima o dorso da mo da face posterior do antebrao), volta de um eixo mdio-

lateral ou transversal, no plano sagital. Existem, tambm, movimentos de abduo e

aduo (movimentos que afastam e aproximam a mo da linha mdia,

respectivamente), volta de um eixo ntero-posterior no plano frontal.

- articulao metacrpico-falngica, onde o cndilo formado pela extremidade

inferior do metacrpico e a cavidade glenoideia formada pela extremidade superior

da I falange, cujos movimentos realizados so os mesmos da articulao anterior,

segundo os mesmos eixos e planos.


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Fig.17- Superfcies articulares de uma Efipiartrose.

Fig.18- Movimento de aduo-abduo.

Efipiartroses (Articulao em sela):

Estas articulaes so, tambm, designadas por articulao em sela, ou seja, as

superfcies articulares so semelhantes s selas dos cavalos, apresentando uma

parte cncava e outra convexa, conseguindo encaixar-se uma na outra.

Exemplos de articulaes deste tipo:

- *articulao meso-metacrpica do polegar, em que o I metacrpico se articula

com o trapzio.

Ao contrrio das condilartroses, as efipiartroses executam movimentos de flexo e

extenso, volta de um eixo ntero-posterior no plano frontal e abduo e aduo

volta de um eixo transversal ou mdio lateral no plano sagital.

- articulao esterno-condro-clavicular, onde o esterno se articula com a clavcula

e com a primeira cartilagem costal.


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Fig.19- Superfcies articulares de uma enartrose

articulao coxo-femoral .

*Esta articulao, tambm pode ser considerada multi-axial uma vez que

tambm consegue realizar o movimento de rotao em torno de um terceiro eixo e

terceiro plano. No entanto, esta articulao difere de todas as outras multi-axiais, uma

vez que este movimento no possvel execut-lo de forma isolada, apenas em

conjunto com outros.

Multi-AxiaisPor fim, existem as articulaes multi-axiais que permitem todos os

movimentos no espao, apresentam trs graus de liberdade, ou seja, os movimentos

so realizados volta de trs planos e trs eixos.

Dos vrios tipos de articulaes sinoviais existentes, apenas um considerado

multi-axial.

Enartroses

Enartroses (Articulao em esfera):

As enartroses so articulaes em esfera, isto , uma das superfcies articulares

que constitui a articulao tem a forma de uma esfera e a outra consiste numa

cavidade cncava que concorda com a esfera e permite o encaixe.

Exemplos de enartroses: articulao da anca ou coxo-femoral e articulao do

ombro ou escpulo-umeral.

Na primeira a cabea do fmur, que

corresponde a 2/3 de uma esfera, articula-se com o

acetbulo do osso ilaco, que, como j foi referido,

tem uma forma cncava.

A flexo e extenso so alguns dos movimentos

desta articulao, sendo estes feitos em

torno de um eixo transversal ou mdio-

lateral, no plano sagital. J a abduo e aduo so realizados em torno de um eixo


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Fig.20- Rotao interna e externa.

ntero-posterior, no plano frontal. Finalmente, os movimentos de rotao para dentro

e para fora so realizados volta de um eixo vertical no plano transversal. Todos estes

eixos passam pelo centro da cabea do fmur.

Na segunda articulao, de forma semelhante articulao coxo-femoral, existe a

cabea do mero, a qual representa 1/3 de uma esfera, que se articula com a cavidade

glenoideia da omoplata que tem uma estrutura cncava. Realiza todos os movimentos

que a articulao anterior, sempre em torno dos mesmos eixos, sendo que neste caso

os eixos passam pelo centro da cabea do mero, como j seria de prever.

Em todas articulaes, independentemente do seu grau de liberdade, os

movimentos so limitados pelos ligamentos da articulao, bem como pela cpsula

articular quando ela existe.


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8.Discos e Meniscos Interarticulares

Existem determinadas articulaes cujas superfcies articulares no concordam, isto

, as duas superfcies no se conseguem articular. Por exemplo, se existir uma

superfcie articular que tenha a forma de um cndilo (forma convexa), do outro lado

tem de existir uma superfcie com uma forma cncava, para que seja possvel a

existncia de um encaixe. No entanto, isso nem sempre acontece, da ser necessrio a

presena de uma estrutura interarticular entre as duas superfcies.

So estruturas compostas por fibrocartilagem e tm como principais funes:

Permitir a concordncia das superfcies articulares; Absoro e distribuio de cargas; Proteco da periferia da articulao, limitando, fisiologicamente, o

deslizamento de um osso em relao ao outro;

Evitar o contacto directo entre as partes sseas;

Garantem todos os movimentos da articulao, uma vez que existe um melhorencaixe dos ossos.

Apesar de serem estas estruturas que permitem a concordncia entre algumas

superfcies articulares, elas nunca esto ligadas s mesmas, mas sim ao tecido mole

adjacente da cpsula ou superfcie articular do osso adjacente.

Estas estruturas interarticulares, podem ter duas designaes diferentes de acordocom a forma que apresentam:

Disco articular Tm a forma de anel Menisco articular Tm uma forma de crescente


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Fig.21- Menisco articular (rompido).

Fig.22- Disco articular da articulao

tmporo-mandibular.

Menisco articular apenas existe um em todo

o corpo humano, que est situado na

articulao do joelho. Esta no apresenta

apenas um mas dois meniscos, um externo e

outro interno ou um lateral e outro medial.

A articulao necessita destes meniscos uma

vez que a concavidade das cavidades

glenoideias da tbia muito pouco acentuada,

ao contrrio do que acontece com os cndilos

femorais que tm uma convexidade muito

acentuada.

Em relao aos discos articulares j

existem mais articulaes que

necessitam da sua presena, como

o caso da articulao tmporo-mandibular, em que o cndilo da

mandbula fortemente convexo e a

superfcie articular do temporal ,

simultaneamente, cncava e convexa.

Este disco apresenta duas faces, uma ntero-

superior, que se aplica ao cndilo do temporal e

uma pstero-inferior, que se aplica ao cndilo do maxilar inferior, restabelecendo a

concordncia entre as duas superfcies.

Alm da articulao tmporo-mandibular tambm a articulao acrmio-clavicular

e a articulao esterno-condro-clavicular apresentam disco articular.


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9.ConclusoAps uma abordagem detalhada do tema Articulaes, conseguimos atingir os

objectivos a que nos propusemos no incio do trabalho.

Deste modo, conseguimos consolidar conhecimentos tericos e prticos acerca das

articulaes.

Sabemos agora, que at o mais simples dos nossos movimentos se deve

existncia de um sistema articular complexo e equilibrado em dois conceitos

fundamentais: estabilidade e mobilidade. Ou seja, estrutural e funcionalmente, as

articulaes do nosso corpo tendem a manter estes dois conceitos em medidas ideais,para que o Homem esteja apto a suportar o peso de todas as suas estruturas

anatmicas ao mesmo tempo que capaz de se mover e realizar as mais variadas

tarefas que lhe so propostas no seu quotidiano.

Alm da importncia prtica das articulaes, sabemos tambm que estas diferem

anatmica e fisiologicamente de parte do corpo para parte do corpo e, por isso

mesmo, vo sofrer designaes diferentes.

Como vimos, estruturalmente podem ser fibrosas, cartilagneas ou sinoviais e

funcionalmente distinguem-se entre sinartroses, anfiartroses e diartroses.

O espao articular, o fludo nele contido e a prpria constituio do tecido

permitem articulao resistir a choques, funcionando como amortecedores do

nosso sistema esqueltico.

Reflectindo e transpondo isto para a nossa futura profisso, conclumos que

importante estarmos conscientes da necessidade de um conhecimento profundo

acerca das articulaes, visto que leses ou deficincias na mobilidade destas iro ser

as patologias mais frequentes com que nos iremos deparar enquanto Fisioterapeutas.


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Classificao das Articulaes Fisioterapia-1ano10. BibliografiaLivro:

Pina, J. A. Esperana;Anatomia da Locomoo; Lidel; 3Edio,1999

Miranda, Edalton; Bases de Anatomia e de Cinesiologia; Sprint; 2edio;2000

Yokochi, Rohen; Anatomia Humana, Atlas fotogrfico de anatomia sistmica e

regional; Editora Manole LTDA; 2Edio; 1989

Seeley, Rod R.; Stephens, Trent D.; Tate, Philip;Anatomia & Fisiologia; Lusocincia; 6

edio; 2005

http://www.cdtatm.com.br/html/atm.html

http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=409

classificação das articulações(final)

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