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Ciro Alvarenga
Lívia Goia de Araújo Rossi
CSNU
Conflitos no Paquistão
Apresentação
Caros Delegados,
Com muita satisfação gostaríamos de lhes desejar as boas-vindas ao
Conselho de Segurança das Nações Unidas desta segunda edição da SiAn.
Primeiramente, apresentaremos a mesa diretora deste comitê.
Nós, Ciro Martins Alvarenga e Lívia Goia de Araujo Rossi, ambos alunos
do segundo ano do Ensino Médio, do Anglo Cassiano Ricardo - moderaremos
as discussões deste encontro do CSNU.
Nossa experiência com simulações nos despertou profundo
interesse pelos trabalhos da ONU, devido as suas ações em prol do
bem-estar da população e da defesa aos direitos humanos.
O tema abordado por este comitê foi escolhido devido ao grande
impacto que tais conflitos vem causando no mundo atual. Eles são fonte de
inúmeros problemas econômicos, políticos e sociais com o envolvimento de
diversos Estados e guerrilhas.
Gostaríamos de agradecer a todos que trabalharam arduamente para
possibilitar a realização desta Simulação e desejar a todos os Senhores
Delegados um ótimo trabalho a fim de mudar a situação presente nessa região.
O destino do mundo está nas suas mãos.
Atenciosamente,
Lívia Goia de Araujo Rossi Diretora
Ciro Martins Alvarenga Diretor
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Sobre o CSNU
A Carta das Nações Unidas determina que seus membros deverão
procurar resolver seus conflitos de maneira pacífica, sem pôr em perigo a ordem
e a paz mundial, podendo a qualquer tempo colocar em pauta no Conselho de
Segurança suas divergências. Assim sendo, pode-se dizer que o CS é um órgão
político, permanente e que sua principal finalidade é de manter a paz e a
segurança internacionais, sendo que, de acordo com a própria Carta, os
membros da organização deverão sempre acatar as decisões do Conselho, o que
não ocorre com a decisão dos demais órgãos que somente fazem
recomendações.
Como já dito, o Conselho buscará sempre manter a paz e a ordem
mundial. Para isso, procede, primeiramente, com a recomendação de um acordo
pacífico podendo empreender investigações e por meio destas tentar a
intermediação do conflito, estabelecendo os princípios do acordo, através de
representantes especiais nomeados pelo secretário geral.
Contudo, caso não seja possível evitar o conflito entre as nações, o CS
tentará incessantemente propor o cessar fogo imediato, propondo diretrizes
para tal, sendo até possível a designação de uma força de paz para a região do
conflito.
O comitê pode, para fazer cumprir suas decisões, tomar medidas
drásticas, que vão desde os embargos econômicos até o uso da força formado
por uma coalizão militar integrado por seus membros, o que seria o último caso.
Em suma, de acordo com a Carta das Nações Unidas, as funções do
Conselho de Segurança são as seguintes:
Manter a paz e a segurança internacionais conforme os propósitos e
princípios das Nações Unidas;
Investigar toda e qualquer situação que possa ensejar conflito internacional;
Recomendar métodos de ajustes de tais controvérsias, e condições para
acordo;
Elaborar planos para o estabelecimento de um sistema que regula os
armamentos;
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Determinar se existe uma ameaça à paz ou um gesto de agressão e
recomendar que medidas devem ser adotas;
Impor aos seus membros que adotem sanções, que não o uso da força, para
deter a agressão;
Empreender ação militar contra um agressor;
Recomendar o ingresso de novos membros;
Exercer funções de administração fiduciária das Nações Unidas em zonas
estratégicas;
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Recomendar para Assembléia Geral a designação do Secretário Geral, e
junto com a Assembléia, eleger os magistrados para a Corte Internacional de
Justiça.
Salienta-se que não há a necessidade de o Conselho de Segurança se
reunir na sede da ONU, podendo, entretanto, se reunir em qualquer outro ponto
do planeta, como achar conveniente.
Vale dizer que cada país membros do Conselho terá direito a um só voto,
e que serão aceitas as resoluções do Conselho que tiverem um total mínimo de
09 (nove) votos sendo necessário dentre estes o dos cinco membros permanente
obrigatoriamente, onde que na abstenção de qualquer um destes a medida
certamente estará prejudicada, isto se dá em razão destes membros possuírem o
poder de veto no Conselho, adquirido desde a assinatura da Carta.
Histórico
Com o fim do império colonial britânico em meados de 1947, os ingleses se
depararam com inúmeros conflitos religiosos entre islâmicos, siques e hindus
naquela região (hoje composta por Bangladesh, Índia e Paquistão). O
Paquistão, que era composto por duas porções (a oriental e a ocidental), foi
dividido em Bangladesh e no Paquistão atual, o que acarretou na divisão das
duas populações de maioria muçulmana da região. A região da caxemira foi
dividida de tal forma que a região da caxemira tivesse sua população de
maioria muçulmana dividida entre Paquistão e Índia.
Desde então, o Paquistão passou por governos civis e militares que
sempre confrontavam entre si e possuíam um grande esquema de corrupção.
Foi durante esses anos, na década de 80, que Paquistão e EUA, se juntaram
para combater, no Afeganistão, o governo soviético. O país teve de refugiar
muitos afegãos em seu território, o que faz até hoje devido ao antigo domínio
taleban no território afegão.
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Passaram-se os anos e não houve melhora da situação. O país desde o
final da década de 90 é governado por militares, tem economia atrasada e
conflitos étnicos preocupantes com risco de confrontos nucleares.
Caxemira
A Caxemira é uma região montanhosa situada no
extremo norte da Índia Britânica, tem uma importantíssima
posição estratégica entre o Afeganistão e o Tibete (que a
China conquistaria em 1951); além disso, como fica muito
perto do Tadjiquistão (então parte da União Soviética),
ganhava especial relevância no contexto da Guerra Fria.
Grande parte da população da região é muçulmana e quer
a anexação ao Paquistão.
Os enfrentamentos costumam se intensificar nos
meses de verão. Nessa época, com o derretimento da
neve em porções da cordilheira do Himalaia, os
separatistas islâmicos têm mais facilidade para se infiltrar
na Caxemira indiana, vindos de solo paquistanês.
Nas lutas entre os grupos que envolvem os dois Exércitos e guerrilheiros
pró-Paquistão, desde 1989, mais de 40 mil pessoas já morreram. Segundo o
governo indiano, esses grupos recebem o apoio financeiro do Paquistão, que
diz apenas ampará-los politicamente.
A rivalidade levou a uma corrida armamentista que culminou com a
entrada de Índia e Paquistão, em 1998, no clube dos países detentores de
armas nucleares. Ambos desenvolveram ao máximo sua infra-estrutura militar.
Desde então, as hostilidades na Caxemira passaram a ser acompanhadas com
mais atenção pela comunidade internacional.
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Arsenal Paquistanês
O Paquistão mantém um temível arsenal nuclear, formado por um
estoque de cerca de 60 ogivas e bombas de diversos tipos. É um recurso
dissuasivo contra o inimigo clássico, a vizinha Índia, que pode mobilizar seus
próprios 70 artefatos atômicos. Ambos os países realizaram testes de campo
no final da década de 90. Essa capacidade de destruição preocupa os
governos americano e britânico.
Os Estados Unidos estão confiantes na segurança do arsenal nuclear
paquistanês, dizendo que esta tudo sobre controle e confiante de que não cairá
nas mãos dos extremistas.
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Al Qaeda
A Al Qaeda, ou Frente Internacional pelo Jihad contra os Judeus e
Cruzados (como prefere ser chamada), é um grupo islâmico radical e terrorista
surgido no final da década de 80 com influências de Sayyd Qutib, um dos mais
influentes teóricos islamitas que influenciou a maioria dos movimentos radicais
islâmicos do oriente médio.
O movimento é o mais influente em seu ramo e possui diversos
seguidores. Com várias ramificações no mundo e com alianças como
movimentos como o taleban, é famoso por seus mais diversos atentados
terroristas. Seus integrantes protestam contra o imperialismo americano.
Sua estrutura é desconhecida pelas nações, assim aterrorizando os
governos ocidentais e principalmente o governo americano. O grupo ganha
cada vez mais força no território paquistanês.
Taleban
O Taleban é um movimento islâmico e político da etnia afegane pashtu e
que tem como principal objetivo a recuperação do território afegão, que
governou de 1996 até 2001, ano da intervenção americana no país. Hoje atua
no Afeganistão e em áreas na fronteira com o Paquistão.
O grupo tem origem após o golpe de estado de 1978, quando os
comunistas entraram no poder. Ele era formado por vários lideres religiosos
que eram apoiados pelos americanos, que queriam a retirada do governo
comunista na região. Os talebans, que eram da oposição, conseguiram a
retirada dos soviéticos do país durante uma guerra civil que ocorreu entre
diversos líderes afegãos.
Após anos da saída dos soviéticos, um partido islâmico que era
considerado um pouco liberal e não satisfazia os interesses do taleban
governou o país até 1996, quando houve a entrada do governo deste no poder.
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O governo taleban durou aproximadamente cinco anos no país e foi
marcado pela sua grande intolerância religiosa. Mesmo após a sua retirada, o
grupo ainda possui grande influência no país e nas regiões próximas. Seu
grande objetivo é recuperar a área que já lhe foi atribuída e expulsar os
considerados invasores da região (americanos e enviados da OTAN).
Atualmente, não se sabe muito ao certo, mas acredita-se que o grande
sustento do Taleban e da Al Qaeda seja o tráfico de drogas.
Paquistão e Afeganistão
O governo paquistanês já possuiu relações bem melhores com o
governo do Afeganistão. Atualmente, tais países estão sempre se confrontando
e declarando ameaças que abalam a estrutura política mundial.
O Paquistão é considerado a chave fundamental do ocidente para o
combate da Al Qaeda e do Taleban. Alem de tentar assegurar sua fronteira
noroeste, divisa com o território afegão, a nação é responsável pela diminuição
de conflitos com a república indiana, com a qual disputa o território da
Caxemira.
Por outro lado, a nação paquistanesa é ao mesmo tempo acusada de
negligências no controle fronteiriço ao atirar em helicópteros americanos, que
atacavam os grupos radicais na fronteira noroeste com o Afeganistão.
Posicionamento de Blocos
EUA Prometeram ajuda econômica ao Paquistão na luta contra os
extremistas. O atual presidente declarou que investirá em até um bilhão de
dólares no país por cinco anos de acordo com o empenho do exército
paquistanês.
Além de investimentos no setor econômico, serão enviados mais de
4000 militares para o Afeganistão para uma nova estratégia de combate aos
refúgios terroristas.
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Rússia A Federação Russa se posicionou a favor de manter contatos
entre o governo do Afeganistão e o Taleban desde que sejam moderados,
assim como os americanos disseram.
Os russos temem que o taleban cresça e domine Estados vizinhos que
se situam perto da Rússia, muitos dos quais passam o petróleo e gás natural
que vão para a Europa. Além disso, a região da Chechênia (de maioria
muçulmana dentro dum país quase inteiramente ortodoxo) possui movimentos
separatistas, o que facilita a influência dos grupos citados anteriormente.
China Pequim é atualmente a maior investidora no Afeganistão. Com
uma posição extremamente perto dos conflitos que ocorrem na região, a China
acompanha de perto a situação sempre investindo no país para o seu melhor
desenvolvimento e para a sua reconstrução.
Assim como a Rússia, a nação chinesa teme que Estados limítrofes em
tal região ganhe influência do governo taleban e influenciem a sua minoria
muçulmana.
Reino Unido e França Ambos os países já receberam ameaças
de inúmeros terroristas e possuem tropas nos locais que estão ocorrendo os
conflitos, assim como no Vale do Swat. Os radicais disseram a França em um
vídeo que se esta não retirar as suas tropas do Afeganistão, Paris seria
atacada.
Tópicos importantes:
Fronteiras
Grupos extremistas
Narcoterrorismo
Armas Nucleares
Intervenções militares
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Instrução para DPOs
O Documento de Posição Oficial é um texto dissertativo que deverá
responder às seguintes perguntas:
* Seu país sofre com grupos extremistas em seu território?
* Quais as medidas tomadas pelo seu país quanto ao terrorismo em geral?
* Seu país ratificou tratados internacionais relativos ao combate ao
terrorismo?
* Seu país tem uma atuação efetiva quanto ao terrorismo no norte do
Paquistão?
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Bibliografia
*Revista Veja Edição 2212-ano 42- nº 19
13 de Maio de 2009
Referências
* http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,entenda-a-relacao-do-
paquistao-com-india-e-afeganistao,290580,0.htm
*http://blog.estadao.com.br/blog/guterman/?title=o_flerte_de_obama_com_o_tal
eban&more=1&c=1&tb=1&pb=1&cat=710
*http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/04/07/relacao+paquistao+eua+deve+t
er+respeito+diz+ministro+paquistanes+5398936.html
* http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1370798
* http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE54N01820090524
Filmografia
A Caminho de Kandahar
O Caçador de Pipas
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