círculos de controle da qualidade (ccq) como fonte de crescimento das pessoas e da empresa
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8/14/2019 Crculos de Controle da Qualidade (CCQ) como fonte de crescimento das pessoas e da empresa
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHO
CENTRO DE CINCIAIS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE ADMINISTRAO
ROBERTA FABIANA DE MATOS CAMPOS
CRCULOS DE CONTROLE DA QUALIDADE (CCQ) COMO FONTE DE
CRESCIMENTO DAS PESSOAS E DA EMPRESA:
Um Estudo de Caso
So Lus
2006
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ROBERTA FABIANA DE MATOS CAMPOS
CRCULOS DE CONTROLE DA QUALIDADE (CCQ) COMO FONTE DE
CRESCIMENTO DAS PESSOAS E DA EMPRESA:
Um Estudo de Caso
Monografia apresentada ao Curso deAdministrao da Universidade Estadual doMaranho, para obteno do grau de Bacharel emAdministrao.
Orientador: Prof. Ms. Gerisval Alves Pessoa
So Lus
2006
2
Campos, Roberta Fabiana de Matos
Crculos de controle da qualidade (CCQ) como fonte
de crescimento das pessoas e da empresa: um estudo de caso/ Roberta
Fabiana de Matos Campos. - So Lus, 2006.
00f.
Monografia (Bacharel em Administrao)
Universidade Estadual do Maranho, 2006.
1./Qualidade. 2. CCQ. 3. Campos, Roberta Fabianade Matos. I. Ttulo.
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ROBERTA FABIANA DE MATOS CAMPOS
CRCULOS DE CONTROLE DA QUALIDADE (CCQ) COMO FONTE DE
CRESCIMENTO DAS PESSOAS E DA EMPRESA:
Um Estudo de Caso
Monografia apresentada ao Curso deAdministrao da Universidade Estadual doMaranho, para obteno do grau de Bacharel emAdministrao.
Apresentada em ....../....../......
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________
Prof. Ms. Gerisval Alves Pessoa (Orientador)
____________________________________________
Prof. Antonio Jos Dias Graa (1 Examinador)
____________________________________________
Prof. Jos Ribeiro da Silva Filho (2 Examinador)
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A todos os participantes de Crculos de
Controle da Qualidade, minha fonte de inspirao.
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AGRADECIMENTOS
Acima de tudo a Deus, pelo seu infinito amor, pela vida e pela
capacidade de aprender que me deu.
A toda minha famlia: minha me Luiza, pelo seu amor, companheirismo
e dedicao nos momentos de construo deste; meus avs Herculano e Enesita,
pelo seu imenso amor e por me proporcionarem todos os subsdios para chegar at
a formao universitria; minhas tias, tios, primas e primas, pelo amor, apoio,
confiana e credibilidade que em mim depositaram. Ao meu namorado, pelo amor,
compreenso e carinho.
A todos da Clula de Controle e Qualidade da GEPON, pela orientao e
por contriburem para minha formao profissional. A todos os empregados da
CVRD, em especial todos os circulistas, que direta e indiretamente contriburam para
a realizao do trabalho. E aos amigos que conquistei na empresa.
Ao meu orientador pelo acompanhamento feito durante a realizao
deste. A todos os professores e funcionrios da Universidade Estadual do Maranho
(UEMA). A todos os amigos que conquistei durante esta caminhada de quatro anos e
meio. Em especial, aos amigos que compartilharam comigo nesses ltimos meses
do mesmo objetivo a concluso deste trabalho.
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O resultado do trabalho de cada serhumano deve significar muito para suavida.
(Vicente Falconi Campos)
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RESUMO
Influncia dos Crculos de Controle da Qualidade (CCQ) para o crescimento do ser
humano e das empresas. Apresenta-se a importncia das solues de problemas
em equipes para o controle da qualidade, melhoria dos processos e resultados. Alm
do uso da criatividade para melhorias no ambiente de trabalho e na qualidade de
vida das pessoas. Verifica-se o desenvolvimento do potencial humano por meio da
aprendizagem no mtodo de anlise e de soluo de problemas, feito pelo mtodo
PDCA e pelas ferramentas da qualidade. Uma investigao da prtica do CCQ na
Gerncia Geral de Operaes Porturias (GEPON) da Companhia Vale do Rio Doce
em So Lus, relata as melhorias implantadas e os resultados, tangveis e
intangveis, agregados s pessoas e a empresa que aderiram ao movimento.
Palavras-chave: Qualidade, CCQ, crescimento, mtodo de solues de problemas,
resultados.
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ABSTRACT
Quality Control Circles (QCC) for the growthy of the human being and the
companies. It is presented the importance of the problems solutions into groups for
the quality control, improvement of processes and results. As well as, the use of the
criativity for the improvings in the work environment and in the quality of life at
people. It is verified the development of the human potential through the learning in
the analisys and problems solutions methods, that is made through the PDCA
method and the quality skills. An investigation of QCC practices in the General
Managment of Harbor Operations (Gerncia Geral de Operaes Porturias -
GEPON) at Companhia Vale do Rio Doce in So Luis, it shows the improvements
that were adopted and the tangible and intagible results added to the people and the
company whom joined to this program.
Keywords: Quality, Quality Control Circles, Growthy, problems solutions method,
results.
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LISTA DE ILUSTRAES
Figura 1 - Ciclo PDCA de controle de processos.................................. 33
Figura 2 - Escolha do problema Matriz GUT...................................... 35
Figura 3 - Exemplo de Estratificao...,................................................ 35
Figura 4 Verificao de Ocorrncias de Atraso de Pagamento ........ 36
Figura 5 Diagrama de Pareto ............................................................ 36
Figura 6 Diagrama de Causa e Efeito .............................................. 37
Figura 7 - Organograma GEPON.......................................................... 41
Grfico 1 - Nmero de Grupos de CCQ GEPON.................................. 48
Quadro 1 - ndice de Participao em CCQ GEPON............................ 48
Grfico 2 - ndice de Realizao de Reunies...................................... 49
Quadro 2 - ndice de Produtividade dos Grupos.................................. 50
Quadro 3 - Nmero de Trabalhos Implantados por Grupo 2004.......... 50
Quadro 4 - Nmero de trabalhos Implantados por Grupo 2005........... 51
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LISTA DE SIGLAS
CCQ Crculos de Controle da Qualidade
CVRD Companhia Vale do Rio Doce
EFC Estrada de Ferro Carajs
GAPEN Gerncia de Operaes de Cargas Gerais
GAPON - Gerncia de Operaes Porturias
GAPUN Gerncia de Manuteno do Porto
GEPON Gerncia Geral de Operaes Porturias
GQT Gesto da Qualidade Total
GUT Gravidade, Urgncia e Tendncia
INDG Instituto Nacional de Desenvolvimento Gerencial
JUSE Unio dos Cientistas e Engenheiros japoneses
PDCA Plan, Do, Check, Action
PDE Plano de Desenvolvimento do Empregado
SSO Segurana e Sade Ocupacional
TPPM Terminal Porturio de Ponta da Madeira
TQC Total Quality Control(Controle da Qualidade Total)
UBQ Unio brasileira para a qualidade
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SUMRIO
LISTA DE ILUSTRAES ......................................................................... 8
LISTA DE SIGLAS ...................................................................................... 9
1 INTRODUO ........................................................................................... 12
1.1 Relevncia do Trabalho ........................................................................... 13
1.2 Objetivo do Trabalho ................................................................................ 14
1.3 Procedimentos Metodolgicos ............................................................... 14
1.4 Estrutura do Trabalho............................................................................... 14
2 DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS E EMPRESAS .............................. 16
3 CONTROLE DA QUALIDADE TOTAL ...................................................... 18
4 CRCULOS DE CONTROLE DA QUALIDADE (CCQ) .............................. 21
4.1 Origem do CCQ ......................................................................................... 21
4.2 CCQ no Brasil ........................................................................................... 24
4.3 O Conceito de CCQ .................................................................................. 26
4.4 Objetivos do CCQ ..................................................................................... 28
4.5 Composio dos Grupos de CCQ ........................................................... 30
5 ANLISE E SOLUO DE PROBLEMAS PELO CCQ ............................ 31
5.1 O Mtodo PDCA ........................................................................................ 31
5.2 As Ferramentas da Qualidade ................................................................. 34
6 ESTUDO DE CASO ................................................................................... 40
6.1 Caracterizao da Empresa ..................................................................... 40
6.2 O Programa CCQ da CVRD ...................................................................... 42
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6.3 Anlise do Desempenho dos Grupos de CCQ ...................................... 47
6.3.1 Itens de Controle ........................................................................................ 47
6.3.2 Aplicao do Mtodo e das Ferramentas ................................................... 52
6.3.3 Educao e Treinamento ........................................................................... 54
6.3.4 Convenes de CCQ .................................................................................. 55
6.3.5 Trabalhos Sociais ....................................................................................... 57
6.4 Anlise do CCQ no Desenvolvimento das Pessoas e da Empresa ..... 58
6.4.1 O Crescimento do Ser Humano por meio do CCQ ..................................... 59
6.4.2 O Crescimento da Empresa por meio do CCQ .......................................... 61
7 CONCLUSO ............................................................................................ 63
REFERNCIAS...........................................................................................
66
ANEXOS ..................................................................................................... 68
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1 INTRODUO
O capital intelectual est ganhando cada vez mais espao nas empresas,
a tendncia que alm dos ativos tangveis que agrega, ele passe a valer mais
tambm pelo valor intangvel agregado. Nesse contexto, a produtividade do
conhecimento passa a ser um dos recursos mais importantes para o
desenvolvimento das pessoas e das empresas.
No entanto, o conhecimento s ser produtivo para as empresas se for
aplicado para gerar melhores resultados, melhorar os processos e agregar valor
para as partes interessadas. A produtividade do conhecimento passou a ser ento,
um desafio organizacional.
Estando os resultados diretamente relacionados com o desempenho dos
processos e sendo as pessoas quelas que mais contribuem para seu desempenho,
as empresas entenderam que a chave para o sucesso est principalmente nos
empregados que trabalham na linha de frente da produo. Para que as empresas
possam tornar-se mais competitivas necessrio ento, trabalhar dois focos: a
gesto das pessoas e gesto dos processos.
Uma forma de gerenciar as pessoas para um melhor desempenho
consiste em utilizar o mximo do seu potencial criativo, que pode ser desenvolvido
individualmente ou em equipe. Atualmente, as empresas esto priorizando o
trabalho em equipe como alternativa para a melhoria dos resultados.
Surge ento uma modalidade de trabalho em equipe denominada
Crculos de Controle da Qualidade (CCQ), que transformam as empresas em
ambientes de aprendizagem pelo uso da criatividade grupal para a soluo de
problemas no seu ambiente de trabalho. Estes crculos tm como objetivos o
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crescimento das pessoas pela elevao do conhecimento, alm da melhoria do
ambiente, dos processos e da cidadania.
1.1 Relevncia do Trabalho
O CCQ est pautado na lgica que as melhores solues vm de quem
conhece de perto o problema. Sendo ento os empregados, as pessoas mais
indicadas a proporem inovaes ou solues a problemas que geram desperdcio de
recursos, condies inseguras, agresses ao meio ambiente e afetam a produo.
Trata-se de uma excelente oportunidade de participao do empregado na gesto
da empresa.
Com o intuito de tornar os profissionais aptos para manter a qualidade do
processo produtivo em que atuam, os empregados so capacitados no mtodo de
soluo de problemas, em ferramentas de controle da qualidade e em tcnicas
comportamentais. O CCQ defende a idia de que a qualidade comea com a
educao e o ensino est sempre aliado prtica.
As idias dos empregados na soluo de problemas esto sendo cada
vez mais valorizadas, pois por meio de muitas delas que vrias empresas esto
conseguindo resolver questes internas. Produzir mais e melhor com menor custono apenas objetivo dos empresrios, mas sim uma imposio do mercado, sob
pena de seus produtos no serem competitivos.
A escolha do objeto de pesquisa pode ser resumida, na relevncia da
soluo de problemas em equipe como uma estratgia de crescimento para as
empresas, as pessoas e a sociedade; no efeito transformador do CCQ; e por ser ele
um movimento social para formao do empregado da era do conhecimento.
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1.2 Objetivo do Trabalho
Este trabalho tem o objetivo de fazer uma investigao da prtica do CCQ
na Gerncia Geral de Operaes Porturias da Companhia Vale do Rio Doce, em
So Lus, sob a perspectiva do crescimento do ser humano por meio de solues de
problemas em equipe. Verifica-se a consistncia das solues propostas, o valor
agregado s pessoas e a empresa, e a utilizao do mtodo cientfico por meio do
PDCA.
1.3Procedimentos Metodolgicos
A metodologia adotada neste trabalho o Estudo de Caso acompanhado
pela tcnica de pesquisa Observador-Participante. Tem objetivo exploratrio, pois
visa fazer uma investigao sobre o CCQ e sua influncia no desenvolvimento das
pessoas e da empresa por meio das solues de problemas.
Este trabalho concentra-se na anlise da prtica do CCQ na empresa,
tanto via registros como por via do dilogo direto com os circulistas. Exigindo-se uma
abordagem qualitativa para anlise do ambiente, cuja prtica e o discurso de sua
utilizao adequada s podem ser assimilados por meio da interao direta com osgrupos de CCQ, e no por meio da literatura acadmica sobre o assunto.
1.4 Estrutura do trabalho
O captulo introdutrio do trabalho apresenta a relevncia do tema
abordado, bem como seu objetivo e a metodologia adotada.
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O segundo captulo aborda sobre o desenvolvimento do potencial humano
por meio da educao e treinamento, e o conseqente desenvolvimento das
empresas.
Os captulos trs e quatro apresentam, respectivamente, um estudo feito
sobre a teoria do Controle da Qualidade Total e sobre a origem, evoluo, conceito e
objetivos dos Crculos de Controle da Qualidade.
No captulo cinco desenvolvem-se conceitos sobre o mtodo PDCA e as
ferramentas da qualidade, com o objetivo de explanar o mtodo utilizado pelo CCQ
na anlise e soluo de problemas.
Como complementao da parte terica, mostra-se no sexto captulo, a
anlise documental realizada sobre o Programa CCQ na empresa, por meio de
consulta a registros e atividades de CCQ. Apresenta-se tambm a anlise qualitativa
do ambiente em que se desenvolve o programa, feito por meio da interao direta
com os circulistas e eventos de CCQ.
E para finalizar, conclui-se com algumas consideraes sobre o CCQ no
crescimento das pessoas e da empresa, e sugerem-se melhorias para o programa
da empresa investigada.
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2 DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS E EMPRESAS
As empresas esto impondo um novo e diferente padro de
comportamento das pessoas, um comportamento criativo e inovador. Criatividade
significa proporcionar uma diferente abordagem ou uma soluo para um problema.
E inovao consiste no processo de criar novas idias e coloc-las em prtica
(CHIAVENATO, 1999).
Por isso as empresas precisam utilizar todas as vantagens da
participao e envolvimento das pessoas para estimular a criatividade individual e
grupal, criando ambientes de trabalho que estimulem o surgimento de novas idias,
assegurando a sua implantao nos processos de trabalho e tirando vantagem de
seu valor agregado.
S sobreviveram ou se tornaro lideres de mercado as empresas que
considerarem o trabalho no apenas a utilizao da mo-de-obra, mas acima de
tudo o desenvolvimento do potencial humano. Surge ento, a necessidade de
desenvolver nas empresas uma cultura que tenha a pessoas como fator crtico de
sucesso.
O desenvolvimento do potencial humano, do seu conhecimento e suas
habilidades, com autodisciplina decorrente da autonomia e da responsabilidade,passa a ser um importante desafio para os gestores. E a conseqncia disso a
maior competitividade da empresa e maior empregabilidade para seus empregados.
Conforme Chiavenato (1999, p. 323), desenvolvimento o conjunto de
experincias organizadas de aprendizagem proporcionadas pela organizao para
oferecer a oportunidade de melhoria do desempenho e/ou do crescimento humano.
As pessoas podem ser desenvolvidas nas empresas por meio de treinamentos,
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educao, rotao de cargos, aprendizagem prtica, cursos e seminrios, estudos
de casos, dentre outros.
O treinamento um meio de desenvolver competncias nas pessoas para
que elas se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, a fim de contribuir para
os objetivos organizacionais. Uma fonte de vantagens ao permitir que as pessoas
contribuam efetivamente para os resultados do negcio, uma forma de agregar valor
s pessoas e empresa.
A educao est mais diretamente ligada ao processo de
desenvolvimento das pessoas, e significa exteriorizar as potencialidades do ser
humano. Desenvolver pessoas no representa apenas dar-lhes informao para que
aprendam novos conhecimentos e se tornem mais eficientes naquilo que fazem,
mas, sobretudo dar-lhes a formao bsica para que aprendam novas atitudes,
idias e conceitos e que modifiquem seus hbitos e comportamentos para se
tornarem mais eficazes.
Na educao o desenvolvimento est mais focado no crescimento
pessoal do empregado. Ela envolve atividades de desenvolvimento pessoal que
esto relacionadas com os processos de formao da personalidade e da melhoria
da capacidade de compreender e interpretar o conhecimento - fator necessrio para
a sobrevivncia das pessoas, da sociedade e das empresas, j que estas aprendempor meio de pessoas.
As organizaes que aprendem devem ser capazes de gerenciar a
mudana a seu favor e criar contnua vantagem competitiva. E somente o
desenvolvimento do potencial humano cria essa condio.
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3 CONTROLE DA QUALIDADE TOTAL
As empresas buscam desenvolver um sistema de qualidade que garanta
a sua sobrevivncia. Uma alternativa o sistema gerencial Total Quality Control
(Controle da Qualidade Total).
O Controle da Qualidade Total (TQC) ou Company Wide Quality Control
(Contole da Qualidade por Toda Empresa) foi inicialmente utilizado pelo Dr. Armand
V. Feigenbaum em 1957. Depois, em 1968, foi introduzido e aperfeioado no Japo
por Kaoru Ishikawa.
O movimento do TQC teve contribuio de vrias fontes: a Administrao
Cientfica de Taylor, o controle estatstico do processo e as teorias humansticas de
Maslow. Mas a contribuio maior veio de Feigenbaum, Deming, Juran e Ishikawa.
Feigenbaum integrou mltiplas funes dentro do processo da qualidade
e delineou a qualidade dentro de novos produtos. Deming utilizou mtodos
estatsticos de maneira sistemtica. Juran procurou mostrar que a mo-de-obra no
era suficiente no controle da qualidade, sendo que os problemas de qualidade
tambm eram de responsabilidade da administrao. E Ishikawa responsvel pela
organizao deste conhecimento de forma sistemtica. Seu enfoque tambm para
os fatores humanos e a participao de todos os membros da empresa paraobteno da qualidade (ROSSATO, 1996, p. 26).
Para Ishikawa (1993 apud ROSSATO, 1996, p. 24) Praticar um bom
controle de qualidade desenvolver, projetar, produzir e comercializar um produto
de qualidade que mais econmico, mais til e sempre satisfatrio para o
consumidor.
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O Controle da Qualidade Total definido por Campos, V. (1992, p. 15)
como, o controle exercido por todas as pessoas para satisfao de todas as
pessoas. Ou seja, todos setores, reas, pessoas, elementos que tiverem alguma
participao direta ou indireta na produo sero igualmente responsveis pela
qualidade (PALADINI, 2000).
Na era da qualidade total, a qualidade no diz respeito apenas ao produto
ou servio, ela um problema de todos os empregados e abrange todos os
aspectos da operao da empresa. A qualidade uma questo sistmica.
Garantindo-se a qualidade do sistema, garante-se a qualidade total (PESSOA,
2004).
importante focar a qualidade em primeiro lugar, levantar as causas dos
problemas por meio de mtodos estatsticos e gerar idias. Com o controle de
qualidade a empresa visa eliminar todas as imperfeies existentes no sistema e no
processo de produo, devendo ser uma atividade permanente com o envolvimento
de todos na participao efetiva em programas de melhoria da qualidade, desde os
gerentes at os empregados do cho de fbrica (ROSSATO, 1996).
Conforme Paladini (2000), o objetivo do controle de qualidade buscar
melhorias no produto ou servio, nas atividades, na viso do trabalho e na
produtividade, sendo que a melhoria contnua est intimamente ligada obteno demelhores nveis de qualidade. Um programa que funciona bem dificilmente deixar
de trazer benefcios para a empresa.
O TQC regido por princpios bsicos, dentre eles destacam-se:
a.Produzir e fornecer produtos e/ou servios que atendam concretamente snecessidades dos clientes (na verdade o que todos ns produzimos asatisfao das necessidades humanas).b.Garantir a sobrevivncia da empresa atravs do lucro contnuo adquirido
pelo domnio da qualidade (quanto maior a qualidade maior aprodutividade).
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c.Identificar o problema mais crtico e solucion-lo pela mais alta prioridade(para isto necessrio conhecer o mtodo que permite estabelecer estasprioridades e o mtodo que permite solucionar os problemas) [...]. j.Respeitar os empregados como serem humanos independentes.[...](CAMPOS, V., 1992, p. 15).
Oliveira (2004, apud PESSOA, 2004, p. 13) afirma que para o
desenvolvimento e implantao da qualidade total com sucesso nas empresas,
necessrio o desenvolvimento de princpios, tais como:
-Total satisfao dos clientes;-Gerncia participativa;-Desenvolvimento de recursos humanos;-Constncia de propsitos;-Aperfeioamento contnuo do sistema;-Gesto e controle de processos;-Disseminao de informaes;-Delegao;-Assistncia tcnica;-Gesto de interfaces com agentes externos;-Garantia da qualidade.
Essa abordagem gerencial de controle da qualidade total conjuga
mtodos que se disseminados a todas as pessoas da empresa desenvolve um clima
que conduz satisfao pelo trabalho. Esses mtodos gerenciais so baseadosessencialmente em um programa de educao e treinamento centrado nas pessoas,
criando condies para que os empregados tenham orgulho de sua empresa e um
forte desejo de lutar pelo seu futuro diante de quaisquer dificuldades (CAMPOS, V.,
1992, p. 149).
A motivao pelo trabalho, a educao e o treinamento so a base do
crescimento do ser humano e devem ser utilizados para a sobrevivncia da
empresa, por meio do desenvolvimento das habilidades. O TQC possui programas
que promovem este crescimento, dentre eles, os Crculos de Controle da Qualidade
(CCQ).
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4 CRCULOS DE CONTROLE DA QUALIDADE (CCQ)
4.1 Origem do CCQ
Os Crculos de Controle da Qualidade (CCQ) tiveram origem no Japo
aps a Segunda Guerra Mundial e sua evoluo teve estreita ligao com o
movimento de controle da qualidade no pas.
Os japoneses, em um esforo de reerguimento da indstria nacional,
buscaram desenvolver uma mentalidade voltada para a qualidade por meio da
conscientizao da populao para a existncia de um padro de qualidade em
nveis internacionais.
Um grande programa de treinamento foi desenvolvido, no s em
tcnicas de controle da qualidade, mas tambm de aprimoramento profissional dos
empregados, habilitando-os ao melhor uso da tecnologia especfica de sua
atividade.
Os primeiros trabalhos relacionados ao sistema de gerenciamento pela
qualidade foram conduzidos pelos estudiosos americanos Edwards Deming e J. M.
Juran. O Dr. Deming introduziu a aplicao da estatstica ao controle da qualidade. A
prtica de seus ensinamentos eliminou o que chamavam no Japo de patrimniolquido negativo - a marca Made in Japan no tinha boa aceitao por sua baixa
qualidade. Em 1954, o Dr. Joseph M. Juran desenvolveu a qualidade centrada no
cliente e conseguiu envolver a alta e mdia gerncia japonesa no mtodo de gesto
pela qualidade, com uso intensivo da estatstica (CHAVES, 1998).
Diversos mecanismos destinados a incentivar o aumento da produtividade
e os nveis de qualidade foram desenvolvidos pelo governo japons com apoio das
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inteligncia do empregado, permitindo que a qualidade passasse a ser de cima para
baixo, de baixo para cima e em todo o ciclo do produto ou servio.
Dentro da perspectiva de estender o controle da qualidade a todos os
nveis da produo, foi criado o peridico Gemba to QC, em abril de 1962, em uma
linguagem e preo acessveis aos empregados em geral, com o contedo voltado
para a educao, treinamento e implementao da metodologia de Controle da
Qualidade (CQ) e capacitao dos supervisores da linha de frente da produo na
sistemtica de controle da qualidade (CAMPOS, F., 2004, p. 19).
Tais procedimentos convergiram ao objetivo real: a criao de um grupo,
tendo como lder o supervisor ou encarregado da rea, e a participao dos
empregados, a fim de estudar o peridico e aplicar o conhecimento no Controle da
Qualidade na rea, dando a este o nome de CCQ.
Em 1970, devido a algumas anomalias registradas por causa do grande
nmero existente de CCQs, procurou-se por meio da publicao do livrete CCQ
Koryo Princpios Gerais do CCQ, acertar a sua filosofia bsica (CAMPOS, F., p.
17).
Em relao transferncia do CCQ a outros pases, acreditava-se que
isso s seria possvel por meio de modificaes significativas, fato este no
confirmado devido ao grande sucesso obtido na implementao do mesmo emdiversos pases.
Atualmente, um grande nmero de pases, inclusive o Brasil, utiliza os
princpios do movimento do CCQ, buscando a melhoria de seus resultados e da
qualidade de seus produtos.
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4.2 CCQ no Brasil
Conforme Chaves (1998, p. 32) o Brasil foi um dos primeiros pases,
juntamente com a Coria e a Tailndia, a aderirem ao CCQ depois de sua origem no
Japo. Chegou ao pas em 1971 pelas organizaes Johnson & Johnson,
Volkswagen e Embraer. Na Johnson & Johnson o movimento foi iniciado nos setores
de qualidade e produo, como conseqncia da necessidade de um programa
motivacional de apoio qualidade.
O CCQ teve bastante sucesso no Brasil com a formao de uma rede de
organizaes para a sua implementao, as Associaes de CCQ, lideradas pela
Unio Brasileira de Crculos de Controle da Qualidade (UBCCQ). O movimento teve
ainda maior impulso em 1986, quando o Prof. Ishikawa esteve no pas, chegando a
atingir mais de mil organizaes. Entretanto, com a extino da maioria destas
Associaes, o CCQ teve suas atividades enfraquecidas e at mesmo interrompidas
em algumas empresas.
Empresas no Brasil introduziram o CCQ a fim de resolver problemas
especficos, sem se preocuparem com uma abordagem sistmica de acordo com
objetivos da gesto empresarial. Este fato resultou, no final dos anos 80, com o
aparecimento de relatos sobre o fracasso do CCQ nessas empresas.Segundo avaliao do Instituto Nacional de Desenvolvimento Gerencial
(apud CAMPOS, F., 2004, p. 38), o desgaste do CCQ no Brasil foi atribudo a alguns
fatores como: isolamento do programa, desvinculado das estratgias empresariais;
resistncia das gerncias intermedirias, pois acreditavam ser uma ameaa sua
autoridade; e, tambm, devido resistncia por parte dos sindicatos que
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consideravam o CCQ uma estratgia capitalista que enfraquecia a sua influncia
junto aos trabalhadores.
No incio da dcada de 90, algumas empresas resolvem investir no CCQ,
mesmo com o desgaste sofrido pelo programa no final da dcada de 80, o que pode
ser justificado pelo momento que atravessavam as empresas brasileiras, as quais
buscavam meios de capacitar e comprometer seus empregados na resoluo de
problemas a fim de propiciar melhorias de qualidade, produtividade e
competitividade em um mercado globalizado.
A Fundao Christiano Ottoni (FCO) constituiu, em 1993, um grupo com o
objetivo de estudar a situao do CCQ no Brasil e propor um plano para orientar a
sua implantao nas organizaes. Plano este que comeou a ser implantado a
partir de 1994.
Em 1998, a equipe de qualidade da FCO fundou o Instituto Nacional de
Desenvolvimento Gerencial (INDG) que continuou a difundir o CCQ no Brasil,
porm, com algumas alteraes na metodologia devido s mudanas no cenrio e
avanos da gesto. Os Professores Vicente Falconi Campos e Jos Martins de
Godoy, em contato com a JUSE e estudando o modelo japons, conseguiram
processar um modelo adequado s necessidades das organizaes do Brasil, a
Gesto pela Qualidade Total - GQT (CHAVES, 1998, p. 50).Atualmente, o movimento tem sido promovido continuamente pela Unio
Brasileira para a Qualidade (UBQ) e pelo INDG. Verifica-se, na reintroduo do CCQ
no Brasil, uma forte tendncia de tratar o programa dentro de uma concepo
sistmica e organizada de gesto a partir da integrao de meta e mtodo
(CAMPOS, F. 2004, p. 40).
Chaves (2003, p. 1) relata que:
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At a dcada de 80, as empresas eram configuradas na hierarquia e naobedincia. Em 20 anos houve muitas mudanas. Segundo dados daConfederao Nacional da Indstria (CNI), o desempenho Brasileiro 20vezes superior e a produtividade mdia das companhias cresce 8% ao ano.Apesar deste avano as margens so menores e isto faz com que todos
funcionrios da empresa, independente da funo que ocupem, tenham quese juntar para produzir os melhores resultados se quiserem competir comconcorrentes internacionais.
Com base em dados estatsticos fornecido pelo INDG (apud CAMPOS, F.,
2004, p. 40):
[...] at maio de 2003 havia, no Brasil, 101 empresas adotando o CCQ sobsua orientao, com um total de 8.276 crculos, perfazendo um total de53.641 circulistas. A ttulo de comparao quanto ao crescimento domovimento, em 1996 havia 19.250 circulistas e 2.962 crculos o que mostra
a sua aceitao pelas empresas do nosso pas.
Os dados do INDG(2005), revelam que atualmente os CCQs esto
presentes em 17 estados do Brasil e em grandes empresas como Sadia, Votorantin,
Gerdau, Usiminas, Embraco, Albrs, CVRD, MBR, Minerao Caraba, Liasa,
Multibrs, WEG, Penalty, Politeno, CMN, Acesita e Ambev.
4.3 O Conceito de CCQ
Segundo Chaves (1998, p. 38), Crculo de Controle da Qualidade (CCQ)
definido como:
Pequeno grupo formado por pessoas da mesma rea que desenvolvemvoluntariamente atividades de controle da qualidade. Este grupo atua
continuamente com a participao total de cada membro como parte daGQT.
Para a Unio Brasileira para a Qualidade (2005), CCQ definido como:
So pequenos grupos de 5 a 10 componentes, de preferncia voluntrios,que atuam no mesmo setor de trabalho ou setores afins e que se renemregularmente, pelo menos uma vez a cada 15 dias, com a finalidade deaprender, discutir e praticar a Mtodo de Anlise e Soluo de Problemas(MASP) e Tcnicas de Controle da Qualidade, no local de trabalho, embusca de habilitao de todos para a realizao de auto controle e tornarpossvel assumir a responsabilidade pela Qualidade do que cada um produzou realiza, ou seja, o Controle Total da Qualidade.
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Ou seja, CCQ um grupo formado por empregados de uma mesma rea
que, por meio do trabalho em equipe, utilizam os mtodos do controle da qualidade
para solucionar problemas e garantir o cumprimento de padres operacionais. Eles
analisam os problemas, sugerem, implantam e acompanham as solues. So
grupos que constantemente buscam a melhoria da qualidade, da produtividade, dos
produtos, dos insumos, dos processos, das condies ambientais, da segurana e
demais atividades em seu trabalho.
Conforme os conceitos citados acima, o grupo deve ser pequeno, pois
quanto maior o nmero de pessoas mais difcil sua participao efetiva. Entretanto,
grupos com um nmero muito reduzido de participantes, no so recomendveis,
pois h carncia na troca de informaes e contribuies.
A formao por pessoas da mesma rea pelo fato dos participantes
poderem identificar problemas e propor solues dentro do seu nvel de autonomia,
garantindo com isso a implantao mais rpida das solues, o que impacta na
elevao da motivao dos grupos. Com o amadurecimento, os grupos podero
trabalhar de forma interdisciplinar.
A voluntariedade caracterstica fundamental em um grupo de CCQ -
consiste na participao espontnea, favorecendo o mximo uso da criatividade de
cada pessoa e o respeito s caractersticas individuais. Os grupos devem decidir porlivre e espontnea vontade se reunirem para a resoluo de problemas.
Inicialmente, a participao no espontnea, mas ela deve ser despertada pelo
lder do grupo e estimulada at atingir um estgio de maturidade que favorea a
espontaneidade.
O controle da qualidade exercido pelos grupos significa a gesto sobre as
aes tomadas para melhoria dos resultados, corrigindo as falhas e evitando-as.
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necessrio que cada empregado realize o controle de cada etapa do processo e
tenham a capacidade de coletar e analisar dados numricos, a fim de ter
conhecimento do que foi, e do que deve ser produzido.
A continuidade outro fator determinante do CCQ, as melhorias devem
ser contnuas. A cada novo problema identificado, o grupo evolui e cresce, tornando-
os cada vez mais eficazes.
4.4 Objetivos do CCQ
So objetivos do CCQ:
a) propiciar o crescimento das pessoas, estimulando a mxima
utilizao do seu potencial. O CCQ bem aplicado procura
potencializar a capacidade intelectual individual, por meio do uso de
metodologias e elevao do moral. Atendendo as necessidades do ser
humano, o CCQ proporcionar a aquisio de novos conhecimentos,
estimulando o uso da capacidade por meio de trabalhos de maior
complexidade;
b) respeitar a natureza humana e gerar um ambiente onde haja
satisfao. O CCQ deve ser visto como uma forma de promover odesenvolvimento saudvel atravs das atividades voluntrias e do
prprio trabalho, enaltecendo o respeito ao ser humano e evitando a
sua alienao, a depresso da personalidade e a sua robotizao;
Criar um ambiente saudvel, onde haja satisfao, de suma
importncia para obteno de resultados realmente eficazes. O salrio
compensador apenas no basta, necessrio criar um ambiente
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salutar de convivncia acompanhado por uma efetiva assistncia
social;
c) contribuir para o fortalecimento das empresas e desenvolvimento
da sociedade. Sendo o CCQ um meio para agregar valor ao ser
humano, o ambiente no qual se insere afetado pelo seu crescimento.
Os empregados no se limitam s empresas, eles crescem tambm
como cidados e passam a compartilhar o que aprenderam com as
comunidades.
Para a UBQ (2005) o CCQ tem como funo, a multiplicao de
conhecimentos e a criao do hbito de utilizao das ferramentas bsicas de
controle da qualidade e do mtodo de anlise e soluo de problemas.
O CCQ tem como objetivo aprimorar tudo o que cerca seu trabalho,
contribuindo definitivamente para seu crescimento pessoal, crescimento da empresa
e melhoria da qualidade dos produtos e servios do pas. Ou seja, pode ser
expresso como sendo o desenvolvimento de uma conscincia de qualidade para
uma permanente busca da qualidade total das empresas. Este objetivo
direcionado para as pessoas, pois atravs delas que a qualidade total ser obtida.
O movimento fundamenta-se, conforme Ishikawa (1980, apud CAMPOS,
F., 2004, p. 27) no: Autodesenvolvimento; Liberdade; Atividade de grupo;Participao coletiva; Aplicao de tcnicas de controle da qualidade; Atividade
enraizada no trabalho; Implementao e perpetuao do CCQ; Desenvolvimento
mtuo; Criatividade; e Conscientizao em relao qualidade.
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4.5 Composio dos Grupos de CCQ
Os empregados so estimulados pelos gestores a formarem grupos de
CCQ, e aps terem conhecimento dos princpios do programa, registram o Crculo
dando ao grupo um nome.
Os Crculos so compostos por:
a. um lder, com a funo de estimular a participao; promover a
integrao da equipe; conduzir as reunies de forma produtiva; e
buscar apoio dos gestores;
b. um secretrio, que tem por funo convocar os membros para as
reunies; manter atualizado o arquivo dos registros; elaborar
cronograma de reunies; substituir o lder em sua ausncia; registrar
os assuntos tratados nas reunies;
c. circulistas, demais participantes do grupo e tm por funo participar
do desenvolvimento dos trabalhos; contribuir para o crescimento do
grupo; participar das reunies.
Com sua estrutura formada, o grupo se rene no mnimo uma vez por
ms para analisar problemas, definir solues, coletar resultados e disseminar o
programa.
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5 ANLISE E SOLUO DE PROBLEMAS PELO CCQ
5.1 O Mtodo PDCA
A utilizao de um mtodo estruturado e de tcnicas estatsticas para
identificao, anlise e controle da qualidade torna-se essencial para o
gerenciamento do processo.
Segundo Campos, V. (2004, p. 75, grifo do autor):
A. Gerenciar o ato de buscar as causas (meios) da impossibilidade de seatingir uma meta (fim), estabelecer contramedidas, montar um plano deao, atuar e padronizar em caso de sucesso. B. O mtodo para a prticado gerenciamento o PDCA.
O grande objetivo do gerenciamento do processo a delegao de
responsabilidade sobre os resultados, ou seja, o controle deve ser feito por todos na
empresa (empregados, supervisores e prestadores de servio).Voc responsvel
pelos resultados do processo perante as pessoas (CAMPOS, 2004, p. 90, grifo do
autor). Um mtodo de controle que pode ser feito por todos para manter ou melhorar
os resultados no gerenciamento dos processos o Ciclo PDCA. .
O Ciclo PCDA ou Ciclo de Deming embora apresentado primeiramente
por Walter A. Shewhart em 1939, Deming promoveu o PDCA como principal meio
para atingir o efetivo controle do processo (ROSSI, 2005, p. 9) - um mtodo
cientfico de resolver problemas utilizado pelos Crculos de Controle da Qualidade.
O ciclo compreende quatro grandes fases do ingls Plan, Do, Checke
Action ou, em portugus, Planejar, Executar, Verificar e Ao Corretiva - e est
associado a ferramentas apropriadas para a sua aplicao.
O ciclo PDCA, tambm chamado QC STORY(verso original no Japo)
utilizado para eliminar os desvios quando se pretende Manter a Qualidade,
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assegurando os resultados do processo, ou quando pretender Melhorar a
Qualidade redirecionando o processo e implantando melhorias. Isto tudo dentro de
uma perspectiva de planejamento da qualidade onde se estabelecem padres e
procura-se manter ou melhorar (CAMPOS, F., 2004).
A primeira fase do ciclo (Plan) corresponde a definio da meta a ser
atingida e o mtodo para alcan-la. Nesta fase so utilizadas ferramentas para
identificao, observao e anlise do problema. Para ento, ser traado um plano
de ao (planejamento) para sua resoluo e atingimento da meta.
A segunda fase (Do) compreende a execuo do que foi planejado e
depois a coleta de dados. As pessoas so treinadas para que a execuo das
tarefas seja exatamente como prevista no plano.
Em seguida, a terceira fase, a verificao (Check) dos resultados. A partir
dos dados coletados na execuo, compara-se o resultado alcanado com a meta
planejada.
Na quarta e ltima fase (action), caso a meta tenha sido atingida, as
aes que levaram a esses resultados podem tornar-se referncia (padro) e so
implantados meios para manter os bons resultados. Caso no tenha sido atingida,
so tomadas aes corretivas, agindo sobre as causas do no-atingimento das
metas de modo a definir novos meios que levem a obter bons resultados noprocesso. E aps uma reflexo sobre todo o processo (concluso) roda-se
novamente o PDCA.
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A
(ACT)P(PLAN)
D(DO)
C(CHECK)
DEFINIR AS
METAS DEFINIROS MTODOS
QUE PERMITIROATINGIR AS METAS
PROPOSTAS
EDUCAR ETREINAR
EXECUTARA TAREFA(COLETARDADOS)
ATUARCORRETAMENTE
VERIFICAR OSRESULTADOS DATAREFA EXECUTADA
A(ACT)
P(PLAN)
D(DO)
C(CHECK)
DEFINIR AS
METAS
DEFINIR AS
METAS DEFINIROS MTODOS
QUE PERMITIROATINGIR AS METAS
PROPOSTAS
DEFINIROS MTODOS
QUE PERMITIROATINGIR AS METAS
PROPOSTAS
EDUCAR ETREINAREDUCAR ETREINAR
EXECUTARA TAREFA(COLETARDADOS)
EXECUTARA TAREFA(COLETARDADOS)
ATUARCORRETAMENTEATUARCORRETAMENTE
VERIFICAR OSRESULTADOS DATAREFA EXECUTADA
VERIFICAR OSRESULTADOS DATAREFA EXECUTADA
Fonte: Campos, V. (1992, p. 30)Figura 1: Ciclo PDCA de controle de processos.
Na aplicao da metodologia determinados elementos so de extrema
relevncia, pois contribuem para a efetividade do processo, tais como: os dados e as
informaes obtidas; as ferramentas usadas em cada etapa; o mtodo estruturado,
de forma lgica e disciplinada; e o trabalho em equipe, estabelecendo uma boa
comunicao e participao de todas as pessoas envolvidas no grupo.
Para cada problema identificado e priorizado, pode-se estabelecer um
projeto com anlises e solues, visando atingir a causa e solucionar o problema no
prazo estabelecido.
Cada etapa funciona para o empregado como construo de uma nova
fase do conhecimento dos problemas e da rea onde atua diretamente. Com a
aplicabilidade deste mtodo o empregado obtm um nvel de crescimento
considervel, uma vez que caminha para o alcance da eficincia profissional.
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5.2 As Ferramentas da Qualidade
As ferramentas so recursos utilizados para identificar e melhorar a
qualidade dos produtos, servios e processos. No so utilizadas unicamente para
solucionar problemas, elas podem tambm fazer parte de um processo de
planejamento para alcanar objetivos.
A utilizao das ferramentas da qualidade visa, segundo Oliveira (1995,
apud ROSSATO, 1996, p. 35):
a- Facilitar a visualizao e entendimento dos problemas;b- Sintetizar o conhecimento e as concluses;c- Desenvolver a criatividade;d- Permitir o conhecimento do processo;e- Fornecer elementos para o monitoramento dos processos.
Na etapa de planejamento do ciclo (P) as ferramentas utilizadas para a
identificao do problema so:
a) Brainstorming (tempestade de idias) - ferramenta que visa desinibir
os participantes para que dem o maior nmero possvel de idias,
encorajando o pensamento criativo de todos. Primeiro, as pessoas
sugerem, sem anlise ou crtica, depois realizada a anlise das
sugestes apresentadas. Com esta ferramenta feito o levantamento
dos problemas.
b) Matriz de Priorizao ferramenta que auxilia na escolha do problema
a ser resolvido a partir daqueles que foram identificados atravs do
brainstorming. Utilizada para tomada de deciso, a matriz consiste em
uma tabela onde esto listados os problemas que sero pontuados de
acordo com critrios tidos como prioritrios;
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Problema Gravidade Urgncia Tendncia Pontos
Dificuldade de limpeza nos equipamentos
rotativos da T-154 4 5 80
Acionamento de giro das mquinas de
ptio sem proteo 4 4 4 64
Danos nos componentes de translao
das mquinas de ptio4 5 5 100
Acmulo de resduo de material nas
estruturas TR314-014 4 5 80
Danos estruturais nas escadas de
acesso aos acionamentos do
transportador 315-05
5 5 5 125
Fonte: Pessoa, G. (2006)
Figura 2: Escolha do Problema Matriz GUT
Para a observao do problema so utilizadas as ferramentas de:
c) Estratificao consiste em agrupar os dados em subgrupos com
base em fatores definidos. Desdobrar os dados referentes a um tema
qualquer em categorias que o compem. Ou seja, dividir o todo em
partes facilitando a observao individual das mesmas. Como
exemplo, estratificar um tipo de defeito por operador, por mquina;
Fonte: Pessoa, G. (2006)Figura 3: Exemplo de Estratificao
d) Folha de Verificao utilizada para organizar o processo de coleta e
registro de dados, visando otimizar a posterior anlise dos dados
obtidos. Roteiro com todos os itens a serem verificados em relao a
um determinado problema;
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Estratificado por cor
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Fonte: Pessoa, G. (2006)Figura 4: Verificao de Ocorrncias de Atraso de Pagamento
e) Diagrama de Pareto representa a ordem prioritria dos dados
apurados na fase de coleta de dados. Prioriza a ao que trar melhor
resultado, mostrando a ordem de importncia, e a contribuio de
cada item para o efeito total.
Fonte: Pessoa, G. (2006)Figura 5: Diagrama de Pareto
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5
3
5
8
7
0
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400
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8082,99092,9
NF
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Cob
.Ind
evida
Prob
.Setor
Tesou
raria
NFEr
rada
Rec
.deCaixa
Outros
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15080
50 5020
Atra
sosdepagamentos
Porc
entagema
cumulada
0
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h) Teste dos Porqus: permite comprovar as causas mais provveis para
a gerao do problema. Para cada hiptese de causa deve-se fazer o
teste dos porqus at se chegar causa fundamental;
i) Teste de Hipteses: matriz que busca validar ou no as hipteses da
relao causa e efeito, que geralmente baseada na experincia do
grupo ou na simulao.
No Plano de Ao, primeiramente feito um outro brainstorming onde so
levantadas as possveis solues, depois analisada a viabilidade de cada soluo
proposta, para ento, compor-se um plano de ao com cronograma e oramento:
j) Diagrama de Viabilidade: busca avaliar e priorizar as propostas de
soluo e eliminao das causas dos problemas;
k) 5W2H (what, who, where, when, why, how e how much) em
portugus o que, quem, onde, quando, por que, como e quanto esta
ferramenta utilizada na elaborao dos planos. Permite a
elaborao detalhada da proposta de soluo.
As demais fases (Do, Check, Action) consistem na execuo do plano,
acompanhamento da implantao, na verificao e em eventuais ajustes no plano
proposto.
Existem ainda outras ferramentas utilizadas no mtodo de anlise esoluo de problemas: Diagrama de Disperso, Cartas de Controle, Relatrio de 3
Geraes, Diagrama de rvore, Fluxograma, itens de controle, dentre outras.
Os instrumentos so simples e de fcil utilizao pelos circulistas e devem
ser usados na medida em que se mostram necessrios, no havendo necessidades
de se usar todos os instrumentos na elaborao de um trabalho. dada ao
empregado a possibilidade de opinar, interferir e aprimorar os processos existentes.
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A utilizao do mtodo e suas ferramentas no pode ser encaradas de
forma dogmtica, engessadas, ou seja, a sua aplicao dever adequar-se a
complexidade e caractersticas de cada problema.
por meio do mtodo PDCA e das ferramentas que os grupos aprendem
a organizar os fatos e dados, desde a identificao do problema at sua concluso.
Para o efetivo uso do mtodo e das ferramentas a ele associadas, faz-se necessrio
treinamento e compreenso dos mesmos.
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6 O ESTUDO DE CASO
6.1 Caracterizao da Empresa
A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) foi criada pelo Governo Federal
em 1 de junho de 1942 e privatizada em 7 de maio de 1997, quando o Consrcio
Brasil, liderado pela Companhia Siderrgica Nacional (CSN), adquiriu 41,73% das
aes ordinrias do Governo Federal. Ao longo de sua histria, a Vale expandiu sua
atuao do Sudeste para as regies Nordeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil,
diversificando o portiflio de produtos minerais e consolidando a prestao de
servios logsticos (COMPANHIA VALE DO RIO DOCE, 2005).
A CVRD a maior empresa de minerao diversificada das Amricas.
Lder mundial no mercado de minrio de ferro e pelotas a Vale comercializa seus
produtos para indstrias siderrgicas do mundo inteiro, alm de ser a maior
prestadora de servios de logstica do Brasil.
Presente em 13 estados brasileiros e em quatro continentes, seu produto
explorado em trs sistemas integrados, cada um formado por mina, ferrovia, usina
de pelotizao e terminal martimo.
Um dos sistemas o Sistema Norte, que compreende os Estados doMaranho e Par, composto por uma mina situada em Carajs, no municpio de
Parauapebas (PA) maior jazida de minrio de ferro j existente no Brasil; pela
ferrovia Estrada de Ferro Carajs (EFC), por onde o material proveniente da mina
transportado at o Maranho; por uma Usina de pelotizao situada em So Lus-
MA; e pelo Terminal Porturio de Ponta da Madeira (TPPM), onde os materias
procedentes de Carajs so estocados.
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Localizado na Ilha de So Lus, na Baa de So Marcos, Ponta da
Madeira um dos poucos Terminais Porturios no mundo capacitados a carregar
navios com at 420 mil toneladas de porte bruto.
Responsvel pelas operaes de descarga e embarque executadas no
TPPM, a Gerncia Geral de Operaes Porturias (GEPON) possui em sua
estrutura 308 empregados, distribudos em trs gerncias de rea: Gerncia de
Operaes Porturias (GAPON), Gerncia de Manuteno do Porto (GAPUN) e
Gerncia de Operaes de Cargas Gerais (GAPEN).
A gerncia geral possui ainda em sua estrutura uma coordenao de
qualidade, a Clula de Controle e Qualidade, que atua como facilitadora
disseminando, implantando, implementando e desenvolvendo os Programas
Participativos na GEPON, dentre os quais est o CCQ objeto de estudo.
Fonte: Companhia Vale do Rio Doce (2005)
Figura 7: Organograma GEPON
42
GEPONGerncia Geral de
Operaes Porturias
Coordenao deEstudos de Capacidade e
Processos
Coordenao de GestoIntegrada (Econmica,Contratos e Materiais)
Coordenao deQualidade, Segurana e
Meio Ambiente)
GAPON
Gerncia de OperaesPorturias
GAPUN
Gerncia de Manuteno
GAPEN
Gerncia de OperaesCargas Gerais
GEPONGerncia Geral de
Operaes Porturias
Coordenao deEstudos de Capacidade e
Processos
Coordenao de GestoIntegrada (Econmica,Contratos e Materiais)
Coordenao deQualidade, Segurana e
Meio Ambiente)
GAPON
Gerncia de OperaesPorturias
GAPUN
Gerncia de Manuteno
GAPEN
Gerncia de OperaesCargas Gerais
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Atividades de grupos voluntrios e autnomos, constitudopreferencialmente por no mnimo 3 e no mximo 7 participantes de umamesma rea de trabalho ou reas afins, com o objetivo de promover ocrescimento do ser humano, atravs da participao na soluo deproblemas atuais e potenciais, de forma contnua.
Nota-se que a definio de CCQ apresentada no regulamento est
alinhada ao conceito definido por Chaves e pela UBQ, ao ratificar a voluntariedade,
a formao de pequenos grupos, a similaridade de reas de trabalho e a resoluo
de problemas. E ainda ressalta como objetivo a promoo do crescimento do ser
humano atravs das atividades de CCQ.
Pontos principais abordados no regulamento do Programa CCQ da
CVRD:
a) definio de responsabilidades para todos na organizao (diretor,
gerentes, supervisores, coordenadores, ncleo de recursos humanos,
comunicao, lder, secretrio e circulistas) com relao ao Programa;
b) metodologia de treinamento - promoo peridica de cursos bsicos
para os participantes (Formao de lder, Trabalho em equipe,
Conceitos bsicos de CCQ, Tcnicas de apresentao, Como conduzir
reunies eficazes, Ferramentas da qualidade e Noes de anlise de
custos x benefcios);
c) metodologia de formao dos grupos - aps a disseminao do
Programa em toda a rea, a gerncia, apoiada pela coordenao do
Programa, incentiva a formao dos grupos, os quais so formalmente
registrados. O grupo de CCQ composto por um lder, um secretrio e
circulistas;
d) funcionamento dos grupos - as atividades dos grupos devero ser
realizadas dentro do horrio de trabalho ou no horrio em que for mais
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apropriado para o grupo, sendo estes horrios previamente acordados
com o gerente ou supervisor da rea (Anexo A);
e) metodologia utilizada para resoluo de problemas, o Ciclo PDCA;
f) formas de reconhecimento - apresentaes internas dos grupos em
reunies colegiadas, a visitantes, em convenes das reas ou em
feiras de CCQ paralelas s convenes; apresentaes externas em
convenes promovidas por rgos e/ou entidades externas;
divulgao dos trabalhos em peridicos da empresa de circulao
regional e nacional;
g) formas de premiao - medalha de reconhecimento para os
circulistas; trofu ou placa para o Grupo de CCQ destaque por
categoria; visitas tcnicas; brindes;
h) convenes - anualmente so realizadas as convenes das
gerncias, gerncias gerais e do departamento, onde so
apresentados os melhores trabalhos das categorias Qualidade e
Produtividade; Inovao e Criatividade; Meio Ambiente; e Segurana
do Trabalho e Sade Ocupacional (SSO). O critrio para participao
dos grupos nas convenes sero os destaques por categoria das
convenes de nvel inferior. Dessa forma, os grupos destaques nasConvenes das Gerncias participaro das Convenes das
Gerncias Gerais e assim por diante;
i) critrios para avaliao dos trabalhos - todos os trabalhos so
avaliados por uma banca examinadora composta de no mnimo trs
membros, seguindo critrios de avaliao padronizados (Anexo B)
referentes ao uso da metodologia (peso 40%), das ferramentas (peso
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10%), dos resultados especficos de cada categoria (peso 40%) e da
apresentao (peso 10%).;
j) divulgao dos resultados - as atividades dos grupos de CCQ e os
resultados obtidos so extensivamente divulgados atravs dos
veculos institucionais existentes como Jornal da Vale (mensal),
vale@informar (dirio), intranet CVRD;
k) monitoramento do programa - a coordenao do CCQ avalia
periodicamente a implementao do Programa. Eventuais desvios tm
suas causas identificadas e aes corretivas so estabelecidas e
implementadas. A coordenao tambm define e implementa aes de
melhoria do Programa, para garantir a manuteno e a evoluo ao
longo do tempo, e compartilhar informaes com as demais reas
onde o CCQ est atuando;
l) resultados esperados - fortalecimento do trabalho em equipe;
aumento da satisfao dos empregados; melhoria de processos,
aumento de produtividade e reduo de custos; motivao para o
trabalho e crescimento do ser humano; melhoria do clima no ambiente
de trabalho.
O gerenciamento do Programa CCQ na Vale medido por itens decontrole definidos a seguir:
a) ndice de Participao em CCQ mede o nvel de comprometimento
dos empregados no Programa. obtido pela diviso simples do
nmero de circulistas da gerncia pelo seu efetivo;
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b) ndice de Produtividade dos Grupos mede a eficcia e o nvel de
atividade dos grupos de CCQ e da gerncia. obtido pelo nmero de
trabalhos implantados dividido pelo nmero de grupos;
c) ndice de Realizao de Reunies mede o nvel de atividade dos
grupos de CCQ. obtido pela diviso simples do nmero de reunies
realizadas pelo nmero de reunies programadas pelos grupos;
Alm do Programa de CCQ voltado para melhorias no ambiente de
trabalho, observar-se tambm na empresa o desenvolvimento do chamado CCQ
Social, onde grupos de CCQ desenvolvem trabalhos voluntrios voltados para temas
bsicos como Educao, Sade, Meio ambiente, Saneamento bsico e Segurana,
com o objetivo de melhoria da qualidade de vida das comunidades.
Como o Programa de CCQ, o CCQ Social tambm possui algumas regras
para seu cumprimento, por exemplo, os tipos de trabalhos realizados (no so
aceitos trabalhos relacionados a partidos polticos, entidades religiosas, causas
pessoais e outros); a liberao dos circulistas dentro do expediente para
desenvolvimento das atividades; a conduta dos circulistas e as formas de
reconhecimento dos trabalhos sociais (apresentaes internas e externas; cartas,
placas ou trofus de reconhecimento por trabalhos relevantes; divulgao dos
trabalhos em veculos institucionais).Para ampliar o reconhecimento no Programa CCQ, a GEPON
desenvolveu o Trofu Grupo do Ano com o objetivo de reconhecer os grupos
destaques no Programa adotando como critrios: nmero de reunies realizadas;
participao dos circulistas nas reunies; implantao de trabalhos; participao em
conveno; desenvolvimento de Trabalho Social; e demais Prmios conquistados.
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O Trofu Grupo do Ano faz parte de um projeto mais amplo de
reconhecimento desenvolvido pela gerncia Projeto de Reconhecimento GEPON,
de forma a incentivar a participao nos programas corporativos, valorizar os
empregados e equipes destaques, dar visibilidade s aes de reconhecimento,
desenvolver o prazer em trabalhar, a cultura de aprendizado e fortalecer o trabalho
em equipe.
6.3 Anlise do Desempenho dos Grupos de CCQ na GEPON
Para efeito de avaliao do desempenho dos grupos de CCQ na GEPON,
foram analisados, numa abordagem quantitativa, registros dos grupos de CCQ,
registros de reunies, registros de trabalhos implantados, alm de todo
acompanhamento feito pelos facilitadores; e numa abordagem qualitativa, a
interao direta com os circulistas e participao nas reunies e em convenes.
Essa anlise foi realizada com base nos dados do perodo de 2004 a
2005, apresentando os seguintes resultados:
6.3.1 Itens de Controle
ndice de Participao em CCQ
Nota-se uma evoluo do nmero de grupos da gerncia. Em 2004, a
GEPON apresentou um nmero de grupos de CCQ equivalente a 28 grupos, com a
criao de 7 novos grupos e 1 desativado no ano. Em 2005 este total passou para
31Grupos, com a criao de mais 5 grupos e a desativao de 1.
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Nmero de Grupos de CCQ GEPON
0
5
10
15
20
2530
35
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2004
2005
Fonte: Companhia Vale do Rio Doce (2005)Grfico 1: Nmero de Grupos de CCQ GEPON
Apesar do nmero maior de grupos em 2005, houve uma reduo no
ndice de Participao em CCQ que passou de 70% para 67%, devido aumento do
efetivo. Entretanto, segundo Chaves (2000, apud ARAJO, 2002, p. 61) um ndice
de participao de 40% do efetivo no CCQ j tem sido considerado bom em virtude
da dificuldade que os empregados tm de se adaptar a trabalhar em equipe.
GEPON 2004 2005Efetivo 257 308
No. de Circulistas 180 206ndice de participao 70% 67%
Fonte: Companhia Vale do Rio Doce (2005)Quadro 1: ndice de Participao em CCQ GEPON
O nmero de membros por grupos de CCQ varia de 4 a 9 circulistas.
Apesar do regulamento do Programa prever o nmero de participantes de 3 a 7, os
grupos no so proibidos de terem um nmero acima de membros.
Para Queiroga (2005) a empresa que consegue ter uma forte adeso de
seus funcionrios aos Grupos de CCQ pode ter certeza que conta com uma equipe
motivada.
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ndice de Realizao em Reunies
Analisando o controle de reunies da gerncia, em 2004, 35% das
reunies previstas no ano foram realizadas e em 2005, o ndice anual foi de 43%.
Observa-se que em 2004 apenas 9 dos 28 grupos realizaram acima de
50% das reunies programadas (Anexo C) e em 2005, apenas 13 dos 31 grupos
(Anexo D).
Abaixo, grfico com o ndice de reunies realizadas por ms durante os
anos de 2004 e 2005:
ndice de Realizao de Reunies
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Meses
P
ercentual
2004
2005
Fonte: Companhia Vale do Rio Doce (2005)Grfico 2: ndice de Realizao de Reunies GEPON
A previso de reunies por grupo uma por ms. O acompanhamento
deste ndice realizado pelo controle de ata de reunio ou relatrio mensal
recebidos pelos facilitadores, que por meio tambm deste controle, fazem o
acompanhamento da freqncia dos circulistas nas reunies.
ndice de Produtividade dos Grupos
Em 2004, o ndice de produtividade foi de 189%, sendo 53 o nmero de
trabalhos. No ano de 2005, com relao ao nmero de trabalhos de CCQ
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implantados no ano, foram desenvolvidas 68 melhorias, equivalente a 234% de
ndice de produtividade.
GEPON 2004 2005No. De trabalhos implantados 53 68No. De Grupos 28 31ndice de Produtividade dos Grupos 189% 219%
Fonte: Companhia Vale do Rio Doce (2005)Quadro 2: ndice de Produtividade dos Grupos
Apesar desse ndice estar bastante elevado, se faz necessrio uma
anlise mais detalhada deste nmero. As 53 melhorias propostas em 2004 foram
geradas por 24 dos 28 grupos existentes.
GruposNmero deTrabalhos
Deciso 10Desafios 6Mover 5TOP 5Oceanutica 4Absoluto 3
Ousados 2Idias 2Outros* 16
*Grupos que apresentaram 1 trabalho
Fonte: Companhia Vale do Rio Doce (2005)Quadro 3: Nmero de Trabalhos Implantados por Grupo 2004
E em 2005, os 68 trabalhos so oriundos da contribuio de 18 grupos,
sendo que 40% deles exatamente 27 trabalhos - foram desenvolvidas por apenas
um grupo de CCQ.
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GruposNmero deTrabalhos
Active Supply 27Asa 10World 6Deciso 5Mover 4Super 2TOP 2Fora e Energia 2Outros* 10
*Grupos que apresentaram 1 trabalho
Fonte: Companhia Vale do Rio Doce (2005)Quadro 4: Nmero de Trabalhos Implantados por Grupo 2005
Apesar do nmero de melhorias ser maior no ano de 2005, no ano
anterior houve a contribuio de um nmero maior de grupos. Observa-se que em
2004 os trabalhos esto distribudos de forma mais igualitria entre os grupos, se
comparado a 2005.
Dos 53 trabalhos implantados em 2004, 21 foram trabalhos selecionados
para apresentao na Conveno de CCQ GEPON 2004. Estes trabalhos
apresentam todo um estudo e anlise do problema com o uso do mtodo PDCA e
das ferramentas da qualidade. Os outros 32 trabalhos que no foram selecionados
para a Conveno e os trabalhos de 2005 esto registrados na Matriz Resumida do
PDCA (Anexo E) formulrio para registro do trabalho.
Percebe-se com o preenchimento desta matriz, a preocupao de alguns
grupos em apresentarem o maior nmero possvel de trabalhos, sem dar maior
importncia qualidade dos trabalhos e ao nvel de aprendizagem adquirido no seu
desenvolvimento. Tal atitude pode ser justificada pela motivao de serem
reconhecidos no projeto Trofu Grupo do Ano, que apresenta como um dos itens
de avaliao o nmero de trabalhos implantados.
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Fazendo uma anlise geral dos dados coletados acima, apesar do ndice
de participao em CCQ ser considerado bom, nem todos os grupos tm uma
atuao efetiva na gerncia. Mas, aos grupos que realmente aderiram ao movimento
percebe-se uma significante contribuio para resoluo de problemas da rea de
acordo com o ndice de produtividade. Nmero de grupos de CCQ atuantes e
nmero de projetos implantados por grupo constituem-se importantes indicadores do
moral (QUEIROGA, 2005).
Independente das melhorias serem de pequeno, mdio ou grande
impacto, ressalta-se o esforo do circulista em colaborar para o alcance das metas,
gerando resultados e agregando valor empresa e aprendizado para si prprio.
6.3.2 Aplicao do Mtodo e Ferramentas
Ao investigar o uso do mtodo e das ferramentas no desenvolvimento dos
21 trabalhos apresentados na Conveno GEPON 20041, percebe-se que os
circulistas possuem o conhecimento sobre a metodologia, adquirido principalmente
pela experincia no desenvolvimento de trabalhos, pois, conforme Campos F.
(2004), o conhecimento, entendimento e a correta aplicao das ferramentas e do
mtodo ocorrem com a prtica constante e com o tempo de experincia nomovimento.
Os grupos, na anlise e resoluo dos problemas, aplicam todos os
passos do mtodo PDCA e comumente as ferramentas mais utilizadas so:
Brainstorming, Matriz GUT (Gravidade, Urgncia, Tendncia), Diagrama de Causa e
Efeito, Teste de Hiptese, Teste dos Por Qus, Diagrama de Viabilidade, Plano de
1 Conveno realizada em 2005, referente aos trabalhos implantados em 2004. A Conveno GEPON2005 ainda ser realizada em 2006.
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trabalho em equipe; a satisfao por ter alcanado a meta e superado desafios; e o
conhecimento adquirido na resoluo de problemas.
Em conversa direta com 20 grupos, eles ressaltaram a importncia do
mtodo PDCA e das ferramentas no desenvolvimento dos projetos. Apesar de terem
o conhecimento sobre os processos e seus problemas, reconhecem que a
metodologia serve como um norte, um meio (mtodo) para a detalhada anlise e
resoluo destes.
No entanto, no dia-a-dia da rotina de trabalho, eles identificam e resolvem
problemas fazendo uso da metodologia meio que instintivamente, ou seja, de uma
forma no sistemtica, resultando em algumas interpretaes incorretas,
principalmente no que se refere identificao do real problema os grupos
geralmente apresentam dificuldade em distinguir causa e problema.
O reconhecimento, por parte dos empregados, de crescimento na
resoluo de problemas por meio do mtodo e suas ferramentas unnime. Os
circulistas agem como verdadeiros cientistas na medida em que eles pesquisam,
estudam e praticam a metodologia. E o CCQ estimula o desenvolvimento dos
participantes quanto capacitao na resoluo de problemas, fazendo com que
eles procurem problemas cada vez mais desafiadores.
6.3.3 Educao e Treinamento
A habilidade de solucionar problemas entende-se por problema o
resultado indesejado de um processo requer muito treinamento e educao.
Os facilitadores, na elaborao do Plano de Desenvolvimento do
Empregado (PDE), solicitam anualmente treinamentos voltados para os Grupos de
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CCQ. Sendo geralmente oferecidos treinamentos sobre o PDCA e as Sete
Ferramentas da Qualidade, alm de terem disponibilizado pela empresa cursos on-
line - Conduzindo Reunies, Fazendo Apresentaes e Solucionando Problemas.
Para Conveno da Diretoria, realizada em 2005, eles passaram ainda
por um treinamento para tcnicas de apresentao teatral, desenvolvendo a
criatividade dos grupos para as apresentaes.
Quando da necessidade de treinamentos em CCQ os empregados
contam com apoio dos supervisores e gerentes para a sua realizao, liberando-os
das atividades para a realizao dos treinamentos.
Segundo Chaves (2003), o investimento inicial da empresa em consultoria
e cursos internos recuperado em at um ano. Algumas empresas conseguem, no
mesmo prazo, um retorno financeiro de at cinco vezes em relao ao montante
aplicado.
6.3.4 Convenes de CCQ
A Conveno a oportunidade dos grupos de apresentarem seus
trabalhos e serem reconhecidos. Trata-se de um importante ponto de apoio ao
desenvolvimento das atividades dos Crculos, estratgia fundamental para ocontinuo progresso do movimento.
Estes encontros de CCQ desenvolvem a autoconfiana nos circulistas,
que compartilham prazer e orgulho ao relatar as metas alcanadas pelo esforo
cooperativo entre os membros.
Em uma competio saudvel os grupos melhoram sua performance de
apresentao a cada conveno. Avanos so observados no manejo do mtodo, na
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liderana do grupo, nas tcnicas de apresentao, na criatividade, na inovao, na
capacidade de gerao de idias. notrio o aperfeioamento dos vencedores da
conveno da gerncia para concorrerem conveno da diretoria, com recursos
mais avanados e aplicao da metodologia bem mais intensa.
A participao em convenes faz com que todos tenham um
entendimento mais amplo das atividades de CCQ. Alm do domnio na metodologia,
diferencial dos grupos vencedores a capacidade dos circulistas em criar tcnicas
de apresentao para chamar ateno e possibilitar um maior entendimento do
problema (e de todo o projeto) pela platia e pelos avaliadores. Ou seja, os grupos
possuem a capacidade de apresentarem os projetos de forma clara e objetiva.
Eles utilizam recursos didticos, fazem animaes, encenaes,
compem, cantam, danam, tudo para tornar a apresentao mais criativa, atrativa e
principalmente compreensvel j que os trabalhos so referentes a problemas
tcnicos, especficos de quem atua ou conhece o processo. Tanto os recursos
utilizados quanto a metodologia de soluo de problemas expressam uma
impressionante criatividade dos grupos.
A exposio dos trabalhos mostra a competncia dos circulistas e o
autodesenvolvimento alcanado pela experincia obtida com o tempo de
convivncia nas convenes internas e externas.A conveno o pice do CCQ, relatam os circulistas. a oportunidade
do empregado aparecer, do grupo mostrar seu trabalho e trocar experincias.
De fato o reconhecimento um dos maiores estmulos aos grupos de
CCQ. A motivao deles est diretamente relacionada ao feedback que recebem dos
supervisores e gerentes. Nota-se que aps o evento h uma maior motivao ou
crescimento do grupo, elevando o moral e auto-estima dos circulistas.
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problemas sociais, as idias dos grupos de CCQ conseguem ao menos minimizar
efeitos da misria e contribuem para o aumento da qualidade de vida dos
beneficiados.
Dos 15 trabalhos socias desenvolvidos, no perodo de 2004 a 2005 pelos
grupos de CCQ da GEPON, nota-se a satisfao dos empregados em contriburem
para a melhoria da qualidade de vida da comunidade no que tange sade,
educao, meio ambiente, saneamento bsico e segurana.
Os circulistas conduzem os trabalhos conforme a filosofia e metodologia
do CCQ Social na empresa. A realizao ou desenvolvimento dos trabalhos
registrado por meio de observaes antes e depois, com fotos e emisso do relatrio
final para a gerncia (Anexo F).
Trabalhos dessa intensidade contribuem para o crescimento do
empregado ao promover o sentimento de cidadania e de responsabilidade pelo
crescimento econmico e social de seu pas; a sua auto-realizao; a satisfao em
fazer o bem comum; e o aprendizado coletivo caracterstico da prtica de CCQ.
6.4 Anlise do CCQ no Crescimento das Pessoas e da Empresa
Esta etapa da pesquisa concentra-se na anlise dos resultados gerados e
valores agregados ao empregado e empresa por meio do CCQ, contribuindo para
o crescimento de ambos.
Para efeito de investigao foram analisados os ganhos dos trabalhos de
CCQ apresentados em conveno e feita uma anlise qualitativa do ambiente ao
qual se desenvolve o CCQ.
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Para uma melhor visualizao da grandiosidade das idias desenvolvidas
pelos grupos, os anexos G, H, I e J apresentam um resumo dos trabalhos destaques
da Conveno GEPON 2004 nas quatro categorias.
6.4.1 O Crescimento do Ser Humano por meio do CCQ
Com base na anlise dos trabalhos, no contado direto com os circulistas,
na avaliao qualitativa do ambiente por meio, principalmente, do acompanhamento
em reunies e da participao nas convenes, identifica-se que o CCQ proporciona
o crescimento do empregado medida em que:
a) desenvolve o profissional alm do depoimento dos circulistas que
reconhecem o crescimento por meio do CCQ, observa-se o aumento
na aprendizagem do empregado ao receber constantes treinamentos;
a ampliao da capacidade ou potencial humano no desenvolvimento
de pesquisas e estudos; uma melhor execuo de suas tarefas ao
conhecer mais sobres os processos da empresa; ao formar lderes e
dar a oportunidades de crescimento na empresa confirmado pelos
dados de atualmente 40% dos lideres e supervisores da GEPON
serem ex-circulistas (Dados GEPON, 2005); e ao melhorar osprocessos, gerar mudanas, dar resultados e crescer com a empresa;
b) realiza a satisfao pessoal por meio da satisfao em contribuir
para o alcance das metas da empresa e participar ativamente
influenciando nas decises; ter seu esforo reconhecido; superar
desafios; desenvolver o sentimento de cidadania e de
responsabilidade pelo crescimento da empresa; elevando o moral dos
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empregados; no contato com os circulistas percebe-se a satisfao em
ter desenvolvido um trabalho ainda no idealizado e por gerar
mudanas; alm de estimular o seu potencial humano.
c) melhora o ambiente de trabalho - melhora as prticas de trabalho
com a reduo das dificuldades, riscos, esforos para executar as
suas tarefas; utiliza-se a criatividade para desenvolver um ambiente de
trabalho sadio e ativo;
d) melhora o relacionamento humano - ao estabelecer o trabalho em
equipe o empregado conhece melhor o seu colega de trabalho e
mantm inclusive dilogos com supervisores e gerentes; troca
experincias entre os grupos e as diversas reas durante as
convenes; e melhora a comunicao entre as pessoas da empresa;
e) amplia a capacidade de administrar elevando as habilidades de
todas a pessoas para que formulem e resolvam problemas; as tcnicas
que se aprende, permitem tomadas de deciso convictas, racionais e
eficazes, com base cientifica no s na realizao dos trabalhos, como
na execuo e racionalizao das tarefas e entendimento dos
processos.
O CCQ demonstrou, ao longo de toda pesquisa terica e prtica, ser umprograma voltado para o crescimento do ser humano por meio da soluo de
problemas em equipes. Nota-se que a aprendizagem nas tcnicas de solues de
problemas contribuem significativamente para a melhoria da qualidade do emprego
e da qualidade de vida das pessoas.
Outra vantagem para o empregado que medida que ele se torna mais
produtivo, o lucro da empresa aumenta e a sua participao nos resultados tambm.
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6.4.2 Crescimento da Empresa por meio do CCQ
Por meio da anlise dos trabalhos de CCQ, so benefcios gerados
empresa e que proporcionam seu crescimento:
a) a melhoria contnua dos processos, gerando melhores resultados;
b) a reduo de custos, com a eliminao do desperdcio, racionalizao
das tarefas e eliminao do custo com mo-de-obra (hora extra) por
reduo das paradas no sistema e retrabalhos;
c) aumento da vida til de mquinas e equipamentos;
d) aumento da produtividade por meio da racionalizao dos recursos;
e) melhoria na qualidade dos servios;
f) aumento da segurana no trabalho e reduo de no-conformidades;
g) melhoria no ambiente de trabalho, com a reduo do esforo e
dificuldades na realizao de tarefas;
h) prestgio da empresa perante a sociedade com a realizao dos
trabalhos sociais;
i) quadro de empregados capacitados, competentes e conscientes;
j) empregados motivados e aptos a manter o controle da qualidade;
k) melhoria do relacionamento interpessoal e da comunicao naempresa;
l) criao de um ambiente participativo, para expor idias, sugestes e
contribuies dos empregados.
Nos trabalhos desenvolvidos, os ganhos gerados para a empresa que
mais se destacam so a reduo de custos, aumento da segurana no trabalho e
reduo de paradas no sistema (aumento da produtividade).
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7 CONCLUSO
Diante do exposto com a investigao realizada, constatou-se que o CCQ
realmente um programa participativo que contribuiu efetivamente para o
crescimento pessoal do empregado e da empresa.
Os empregados aprendem a fazer do seu trabalho um meio para gerao
da riqueza prpria - o conhecimento, que utilizado para o crescimento da empresa
e, principalmente, para seu prprio crescimento.
Para a empresa, o CCQ proporciona uma contribuio efetiva no seu
desempenho que, alm dos ganhos tangveis, se beneficiam por ter empregados
mais comprometidos, com conhecimento e autonomia para intervir conscientemente
no processo produtivo do qual fazem parte.
As equipes, formadas por empregados, provocam mudanas, alterando a
cultura das organizaes e comprovam que as pessoas podem se sentir felizes ao
mesmo tempo em que trazem resultados. O CCQ representa uma grande mudana
na maneira de preparar as pessoas para a vida produtiva e social.
Um ponto positivo observado na empresa investigada o incentivo dado
pelos supervisores e gerentes para a participao dos empregados no programa,
contrariando o sentimento de ameaa ao poder e hierarquia. Vale ressaltar queembora modifique as relaes de trabalho, o CCQ no proporciona mudanas na
hierarquia, mas desenvolve lderes, o que proporciona a oportunidade de
crescimento na carreira - conseqncia da ampliao do conhecimento.
Outro ponto que merece destaque o fato do mtodo de avaliao dos
trabalhos utilizado pela empresa no contemplar a anlise do crescimento do ser
humano a partir do CCQ. Deve-se ter cuidado com a idia do CCQ ser um
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instrumento de soluo de problemas, para que o objetivo de crescimento do ser
humano por meio da capacitao ao uso dos mtodos de controle da qualidade no
seja de