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    CIRCULAR N 3.689, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2013

    Regulamenta, no mbito do Banco Central do Brasil,as disposies sobre o capital estrangeiro no Pas esobre o capital brasileiro no exterior.

    A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sesso realizada em 12 dedezembro de 2013, com base no disposto nos arts. 10 e 11 da Lei n 4.595, de 31 de dezembro de1964, no art. 65, 2, da Lei n 9.069, de 29 de junho de 1995, no Decreto n 55.762, de 17 defevereiro de 1965, no Decreto n 93.872, de 23 de dezembro de 1986, no art. 16, inciso III, daResoluo n 2.901, de 31 de outubro de 2001, no art. 6 da Resoluo n 3.312, de 31 de agostode 2005, no art. 38 da Resoluo n 3.568, de 29 de maio de 2008, no art. 10 da Resoluo n

    3.844, de 23 de maro de 2010, nos arts. 2, 2, e 11 da Resoluo n 3.854, de 27 de maio de2010, e no art. 4 da Resoluo n 4.033, de 30 de novembro de 2011, tendo em vista o dispostona Lei n 4.131, de 3 de setembro de 1962, e na Medida Provisria n 2.224, de 4 de setembro de2001,

    R E S O L V E :

    TTULO ICAPITAIS BRASILEIROS NO EXTERIOR

    CAPTULO I

    DISPOSIES GERAISArt. 1 As instituies financeiras e demais instituies autorizadas a funcionar

    pelo Banco Central do Brasil, autorizadas a operar no mercado de cmbio, podem dar curso, pormeio de banco autorizado a operar no mercado de cmbio, a transferncias para o exterior emmoeda nacional e em moeda estrangeira de interesse de pessoas fsicas ou jurdicas residentes,domiciliadas ou com sede no Pas, devendo, para aplicao nas modalidades tratadas neste ttulo,observar as disposies especficas de cada captulo.

    Pargrafo nico. Aplica-se s transferncias referidas nocaput,adicionalmente, oseguinte:

    I - as transferncias financeiras relativas s aplicaes no exterior por instituiesfinanceiras e demais instituies autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devemobservar a regulamentao especfica;

    II - os fundos de investimento podem efetuar transferncias do e para o exteriorrelacionadas s suas aplicaes fora do Pas, obedecida a regulamentao editada pela Comissode Valores Mobilirios (CVM) e as regras cambiais editadas pelo Banco Central do Brasil;

    III - as transferncias financeiras relativas a aplicaes no exterior por entidadesde previdncia complementar devem observar a regulamentao especfica.

    Art. 2 Os pagamentos e recebimentos referentes s operaes de que trata estettulo, quando em moeda nacional, devem ser efetuados mediante movimentao em conta

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    corrente, no Pas, titulada por pessoa fsica ou jurdica, residente, domiciliada ou com sede noexterior, mantida e movimentada nos termos da legislao e regulamentao em vigor.

    Art. 3 As pessoas fsicas e jurdicas residentes, domiciliadas ou com sede noBrasil, que possuam valores de qualquer natureza, ativos em moeda, bens e direitos fora doterritrio nacional, devem declar-los ao Banco Central do Brasil, na forma, periodicidade econdies por ele estabelecidas.

    Art. 4 facultada a reaplicao, inclusive em outros ativos, de recursostransferidos a ttulo de aplicaes, assim como os rendimentos auferidos no exterior, desde queobservadas as finalidades permitidas na regulamentao pertinente.

    Art. 5 Sem prejuzo da regulamentao em vigor sobre a matria, os investidores

    residentes, domiciliados ou com sede no Pas devem manter os documentos que amparem asremessas efetuadas, devidamente revestidos das formalidades legais e com perfeita identificaode todos os signatrios, disposio do Banco Central do Brasil pelo prazo de cinco anos.

    Art. 6 As operaes de que trata este ttulo devem ser realizadas com base emdocumentos que comprovem a legalidade e a fundamentao econmica da operao, bem comoa observncia dos aspectos tributrios aplicveis, cabendo instituio interveniente verificar ofiel cumprimento dessas condies, mantendo a respectiva documentao em arquivo no dossida operao, na forma da regulamentao em vigor.

    CAPTULO II

    DISPONIBILIDADES NO EXTERIORArt. 7 As instituies financeiras e demais instituies autorizadas a funcionar

    pelo Banco Central do Brasil, autorizadas a operar no mercado de cmbio, podem dar curso, pormeio de banco autorizado a operar no mercado de cmbio, a transferncias ao exterior por pessoafsica ou jurdica, residente, domiciliada ou com sede no Pas, para constituio dedisponibilidade no exterior.

    Art. 8 Para os fins das disposies deste captulo, disponibilidade no exterior a manuteno por pessoa fsica ou jurdica, residente, domiciliada ou com sede no Pas, derecursos em conta mantida em seu prprio nome em instituio financeira no exterior.

    Pargrafo nico. Quando da realizao de transferncias destinadas constituiode disponibilidades no exterior, deve ser informado no campo Outras especificaes docontrato de cmbio o nmero da conta e o nome da instituio depositria no exterior.

    Art. 9 A parcela dos recursos em moeda estrangeira mantida no exterior relativaaos recebimentos de exportaes brasileiras de mercadorias e de servios, realizadas por pessoasfsicas ou jurdicas, somente pode ser utilizada para a realizao de investimento, aplicaofinanceira ou pagamento de obrigao prprios do exportador, vedada a realizao deemprstimo ou mtuo de qualquer natureza.

    Art. 10. Podem ser objeto de aplicao no exterior as disponibilidades em moedaestrangeira dos bancos autorizados a operar no mercado de cmbio, assim consideradas:

    I - a posio prpria de cmbio da instituio;

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    II - os saldos observados nas contas-correntes em moeda estrangeira no Pas,abertas e movimentadas em conformidade com a legislao e regulamentao em vigor; e

    III - outros recursos em moeda estrangeira em conta no exterior da prpriainstituio, inclusive os recebidos em pagamento de exportaes brasileiras.

    1 As aplicaes de que trata o caput devem limitar-se s seguintesmodalidades:

    I - ttulos de emisso do governo brasileiro;

    II - ttulos de dvida soberana emitidos por governos estrangeiros;

    III - ttulos de emisso ou de responsabilidade de instituio financeira; e

    IV - depsitos a prazo em instituio financeira.

    2 Nas aplicaes tratadas neste artigo, os bancos devem gerenciaradequadamente os ativos, a liquidez e os riscos associados s operaes, bem como cumprir seuscompromissos e atender ao interesse dos clientes.

    CAPTULO IIIINVESTIMENTOS BRASILEIROS NO EXTERIOR

    Seo I

    Investimento Direto

    Art. 11. Para os fins do disposto nesta seo, considera-se investimento brasileirodireto no exterior a participao, direta ou indireta, por parte de pessoa fsica ou jurdica,residente, domiciliada ou com sede no Pas, em empresa constituda fora do Brasil.

    Art. 12. As instituies financeiras e demais instituies autorizadas a funcionarpelo Banco Central do Brasil, autorizadas a operar no mercado de cmbio, podem dar curso, pormeio de banco autorizado a operar no mercado de cmbio, a transferncias de recursos para finsde instalao de dependncias fora do Pas e participao societria, direta ou indireta, noexterior, de interesse de instituio autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil,

    observada a regulamentao especfica sobre o assunto.

    Art. 13. Quando da realizao de investimentos por meio de confernciainternacional de aes ou outros ativos, ser exigida a realizao de operaes simultneas decmbio relativas ao ingresso de investimento externo no Pas e sada de investimento brasileiro

    para o exterior, realizadas sem emisso de ordens de pagamento com liquidao pronta esimultnea em um mesmo banco.

    1 Entende-se por conferncia internacional de aes ou outros ativos aintegralizao de capital de empresa brasileira efetuada por pessoa fsica ou jurdica, residente,domiciliada ou com sede no exterior, mediante dao ou permuta de participao societria

    detida em empresa estrangeira, sediada no exterior, ou a integralizao de capital de empresaestrangeira, sediada no exterior, realizada mediante dao ou permuta, por pessoa fsica ou

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    jurdica, residente, domiciliada ou com sede no Pas, de participao societria detida emempresa brasileira.

    2 Nos casos previstos no 1 no so admitidas operaes que possamcaracterizar participaes recprocas entre as empresas nacional e estrangeira.

    3 O valor das operaes simultneas de cmbio relativas confernciainternacional de aes ou outros ativos tem como limite o valor do laudo de avaliao dos ativosa serem conferidos, elaborado por empresa reconhecida pela CVM, apurado com utilizao domesmo mtodo e de forma recproca.

    Art. 14. Alm da documentao que comprove a legalidade e a fundamentaoeconmica da operao, as pessoas jurdicas que efetuem remessas com vistas a constituir

    investimento direto no exterior em instituio financeira devem apresentar instituiointerveniente declarao de que no exercem atividade financeira no Pas, no so controladaspor instituio autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil, e que no detm o controledireto ou indireto de instituio integrante do Sistema Financeiro Nacional, cujos investimentosno exterior devem obedecer aos critrios previstos em regulamentao especfica.

    Seo II

    Investimento em Portflio

    Art. 15. As transferncias do e para o exterior em moeda nacional ou estrangeira,relativas a investimento no exterior, por parte de fundos de investimento, devem obedecer aos

    limites e demais normas prescritos pela CVM no exerccio de suas atribuies.CAPTULO IV

    HEDGE

    Art. 16. Este captulo dispe sobre operaes de proteo (hedge) negociadas, noexterior, em bolsas ou em mercado de balco com instituies financeiras, na forma daResoluo n 3.312, de 31 de agosto de 2005.

    Art. 17. Cabe ao banco interveniente na operao de cmbio celebrada para finsde pagamento ou recebimento de valores decorrentes de obrigaes e direitos relacionadas

    operao de hedge observar os parmetros vigentes no mercado internacional para operaessemelhantes e assegurar-se da legalidade e da legitimidade da operao mediante avaliao:

    I - da documentao apresentada pelo cliente; ou

    II - da qualificao do cliente quanto a seu perfil, desempenho e capacidadefinanceira.

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    TTULO IICAPITAIS ESTRANGEIROS NO PAS

    CAPTULO IDISPOSIES GERAIS

    Art. 18. Este ttulo trata das normas e dos procedimentos relativos ao registro decapitais estrangeiros no Pas, de acordo com a Resoluo n 3.844, de 23 de maro de 2010,ingressado ou existente no Pas, em moeda ou em bens, e s movimentaes financeiras com oexterior dele decorrentes, relativos s operaes de:

    I - investimento estrangeiro direto;

    II - crdito externo, incluindo arrendamento mercantil financeiro externo(leasing), emprstimo externo, captado de forma direta ou por meio da colocao de ttulos,recebimento antecipado de exportao e financiamento externo;

    III - royalties, servios tcnicos e assemelhados, arrendamento mercantiloperacional externo, aluguel e afretamento;

    IV - garantias prestadas por organismos internacionais em operaes internas decrdito; e

    V - capital em moeda nacionalLei n 11.371, de 28 de novembro de 2006.

    Art. 19. O registro de que trata este ttulo efetuado de forma declaratria e pormeio eletrnico nos mdulos correspondentes do Registro Declaratrio Eletrnico (RDE), noSistema de Informaes Banco Central (Sisbacen), na moeda estrangeira em que os recursosefetivamente ingressaram no Pas ou, nas situaes previstas na legislao em vigor, em moedanacional.

    Art. 20. O nmero do RDE e a atualizao das informaes constantes do registroconstituem requisitos para qualquer movimentao de recursos com o exterior.

    Art. 21. So condies precedentes ao registro nos mdulos do RDE:

    I - o credenciamento no Sisbacen, conforme instrues contidas na pgina doBanco Central do Brasil na internet (www.bcb.gov.br); e

    II - a prestao de informaes das partes, residentes e no residentes, envolvidasna operao e de seus representantes, no Cadastro de Pessoas Fsicas e Jurdicas CapitaisInternacionais (Cademp), mediante utilizao das transaes PEMP500 e PEMP600 do Sisbacen,conforme instrues contidas no Cademp Manual do Declarante, disponvel emwww.bcb.gov.br Cmbio e Capitais Estrangeiros Manuais.

    Art. 22. As informaes cadastrais dos titulares de registros e de seusrepresentantes devem ser mantidas atualizadas no sistema Cademp, diretamente pelo usurio ou

    por meio de solicitao ao Departamento Econmico do Banco Central do Brasil (Depec).

    http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_5/pre/normativos/busca/normativo.asp?tipo=res&ano=2010&numero=3844http://www.bcb.gov.br/http://www.bcb.gov.br/http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_5/pre/normativos/busca/normativo.asp?tipo=res&ano=2010&numero=3844
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    CAPTULO IIINVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO

    Seo I

    Disposies gerais

    Art. 23. Este captulo dispe sobre o registro do investimento estrangeiro diretono Pas, em moeda nacional ou estrangeira, efetuado de forma declaratria e por meio eletrnicono Banco Central do Brasil, com base no Regulamento Anexo I Resoluo n 3.844,de 2010.

    Art. 24. O registro deve ser precedido de autorizao do Departamento deOrganizao do Sistema Financeiro do Banco Central do Brasil (Deorf) para investimento nocapital social de instituies financeiras e demais instituies por ele autorizadas a funcionar.

    Art. 25. As disposies deste captulo no se aplicam aos investimentos, nosmercados financeiro e de capitais, de pessoas fsicas e jurdicas, de fundos e de outras entidadesde investimento coletivo com residncia, domiclio ou sede no exterior, cujo registro, realizadode forma declaratria e eletrnica, segue o disposto em regulamentao especfica, devendo serregistrado no mdulo Portflio do RDE.

    Art. 26. So condies precedentes ao registro no mdulo IED do RDE:

    I - o credenciamento no Sisbacen, conforme instrues contidas na pgina doBanco Central do Brasil na internet (www.bcb.gov.br); e

    II - a prestao de informaes, da empresa receptora, do investidor estrangeiro ede seus representantes, no Cadastro de Pessoas Fsicas e Jurdicas Capitais Internacionais(Cademp), mediante utilizao das transaes PEMP500 e PEMP600 do Sisbacen, conformeinstrues contidas no Cademp - Manual do Declarante, disponvel em www.bcb.gov.br Cmbio e Capitais Estrangeiros Manuais.

    Art. 27. O registro efetuado na transao PRDE600 do Sisbacen, sendoatribudo nmero RDE-IED, identificador nico para cada par constitudo por investidorestrangeiro e pela respectiva empresa receptora no Pas, sob o qual so declarados: oinvestimento inicial, suas mutaes, atualizao das contas do patrimnio lquido da empresa

    receptora e destinaes subsequentes, conforme instrues contidas no RDE-IED Manual doDeclarante, disponvel emwww.bcb.gov.br Cmbio e Capitais Estrangeiros Manuais.

    Art. 28. As converses de haveres em investimento estrangeiro direto e astransferncias de outras modalidades de aplicao do capital estrangeiro no Brasil para amodalidade objeto deste captulo e vice-versa sujeitam-se realizao de operaes simultneasde cmbio ou de transferncias internacionais em reais, sem movimentao financeira dosrecursos, independentemente de prvia autorizao do Banco Central do Brasil.

    Art. 29. Para qualquer movimentao financeira com o exterior, o nmero RDE-IED deve constar do contrato de cmbio ou do registro da movimentao em contas de

    domiciliado no exterior.

    http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_5/pre/normativos/busca/normativo.asp?tipo=res&ano=2010&numero=3844http://www.bcb.gov.br/http://www.bcb.gov.br/http://www.bcb.gov.br/http://www.bcb.gov.br/http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_5/pre/normativos/busca/normativo.asp?tipo=res&ano=2010&numero=3844
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    Art. 30. obrigatrio o registro, no mdulo IED do RDE, de todos os eventossocietrios ou contratuais que alterem os termos da participao societria de investidor

    estrangeiro.

    Art. 31. O registro de que trata este captulo apresentado no extrato consolidadode investimento do mdulo IED do RDE, no qual as participaes registradas sero consignadasde forma apartada, em telas especficas, de acordo com a base legal do registro.

    Art. 32. O pagamento, com recursos mantidos no exterior, de lucros e dividendos,de juros sobre o capital prprio e de retorno de capital no elide a obrigao da empresa de fazeros registros correspondentes no mdulo IED do RDE, indicando, inclusive, a destinao dosrecursos para recebimento no exterior.

    Seo IIRegistro de investimento

    Art. 33. Devem ser registrados no item investimento do mdulo IED do RDE aparticipao de investidor no residente no capital social de empresa receptora, integralizada ouadquirida na forma da legislao em vigor, bem como o capital destacado de empresa estrangeiraautorizada a operar no Brasil, com valores oriundos de:

    I - ingresso de moeda e de bens no Pas;

    II - converso em investimento;

    III - permuta de participao societria;

    IV - conferncia de quotas ou de aes;

    V - rendimentos auferidos por investidor no residente em empresas receptoras; e

    VI - alienao a nacionais, reduo de capital para restituio a scio ou acervolquido resultante de liquidao de empresa receptora.

    Art. 34. Tambm registrado no item investimento do mdulo IED do RDE,mediante declarao, o capital estrangeiro investido em empresa no Pas, ainda no registrado e

    no sujeito a outra forma de registro no Banco Central do Brasil, na forma do disposto nocaptulo IV deste ttulo.

    Subseo I

    Investimento em moeda e em bens

    Art. 35. O registro do investimento em moeda realizado tendo por base oingresso de recursos no Pas mediante operao de cmbio ou de transferncia internacional emreais na forma do disposto na Circular n 3.691, de 16 de dezembro de 2013.

    Art. 36. O investimento estrangeiro direto por meio de conferncia de bem,

    tangvel ou intangvel, caracteriza-se pela capitalizao do valor correspondente a bens depropriedade de no residentes, importados sem obrigatoriedade de pagamento, objeto de registrono mdulo Registro de Operaes Financeiras (ROF), sendo o registro desse investimento

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    efetuado na moeda constante do ROF correspondente, conformecaptulo III, seo II, subseoV deste ttulo.

    1 O registro do investimento de que trata ocaputdeve ser efetuado no prazode trinta dias, contados da data do desembarao aduaneiro do bem tangvel.

    2 O valor da contrapartida em moeda nacional, nos casos de que trata ocaput calculado mediante aplicao da taxa cambial mdia disponvel na opo 5 da transaoPTAX800 do Sisbacen, vlida para o dia do respectivo fato contbil.

    Subseo II

    Converso em investimento

    Art. 37. Considera-se converso em investimento estrangeiro direto, para os finsdesta subseo, a operao pela qual direitos e crditos passveis de gerar transfernciasfinanceiras para o exterior, assim como bens pertencentes a no residentes, so utilizados paraaquisio ou integralizao de participao em empresa no Pas.

    Art. 38. No registro das converses de que trata esta subseo, devem serobservadas as seguintes etapas:

    I - baixa, no mdulo ROF do RDE, do valor a ser convertido, nos casos deoperaes registradas;

    II - operaes simultneas de cmbio, sem expedio de ordem de pagamento doou para o exterior ou lanamentos simultneos de transferncia internacional de reais, medianteutilizao de cdigos de natureza correspondentes ao valor a ser convertido e ao investimentoestrangeiro direto, bem como de cdigo de grupo especfico; e

    III - incluso, no mdulo IED do RDE, da operao correspondente.

    Subseo III

    Rendimentos auferidos por investidor no residente em empresas receptoras no Pas

    Art. 39. So registradas no item investimento do mdulo IED do RDE ascapitalizaes e as aquisies com utilizao de rendimentos auferidos e no capitalizados porinvestidor no residente em empresas receptoras no Pas, oriundos de distribuio de lucros oude pagamento de juros sobre capital prprio.

    1 O registro da reaplicao desses rendimentos em qualquer empresa no Pasdeve ser precedido pela realizao de lanamento, com essa destinao, no registro de origemdos rendimentos auferidos.

    2 O valor da contrapartida em moeda estrangeira do registro de que trata esteartigo calculado mediante aplicao da taxa cambial mdia disponvel na opo 5 da transaoPTAX800 do Sisbacen, vlida para o dia da integralizao do capital ou da aquisio de

    participao.

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    Subseo IV

    Alienao a nacionais, reduo de capital para restituio a scio ou acervo lquido

    resultante de liquidao de empresa receptora

    Art. 40. So registradas no item investimento do mdulo IED do RDE ascapitalizaes e aquisies com utilizao de recursos oriundos de alienao a nacionais, dereduo de capital para restituio a scio ou de acervo lquido resultante de liquidao deempresa receptora.

    1 O registro da reaplicao desses recursos em qualquer empresa no Pas deveser precedido pela realizao de lanamento, com essa destinao, no registro de origem doseventos de que trata ocaput.

    2 O valor da contrapartida em moeda estrangeira do registro de que trata esteartigo calculado mediante aplicao da taxa cambial mdia disponvel na opo 5 da transaoPTAX800 do Sisbacen, vlida para o dia da integralizao do capital ou da aquisio de

    participao.

    Seo III

    Registro de reinvestimento

    Art. 41. So registradas no item reinvestimento do mdulo IED do RDE ascapitalizaes de lucros, de dividendos, de juros sobre o capital prprio e de reservas de lucrosna empresa receptora em que foram produzidos.

    1 A capitalizao das reservas de capital e de reavaliao no altera o valor doregistro, refletindo apenas na participao do investidor.

    2 O registro do reinvestimento efetuado na moeda do pas para o qualpoderiam ter sido remetidos os rendimentos, ou em reais, no que diz respeito parcela doinvestimento registrada em moeda nacional.

    3 O valor da contrapartida em moeda estrangeira calculado medianteaplicao da taxa cambial mdia disponvel na opo 5 da transao PTAX800 do Sisbacen,vlida para o dia da capitalizao de lucros, de juros sobre o capital prprio e de reservas de

    lucros.Seo IV

    Reorganizao Societria, permuta e conferncia de aes ou de quotas

    Art. 42. Para os fins desta seo, entende-se por:

    I - reorganizao societria: a fuso, incorporao ou ciso de empresas no Pas,na qual pelo menos uma delas conte com participao de capital estrangeiro registrado no BancoCentral do Brasil;

    II - permuta de aes ou de quotas no Pas: a troca de participaes societrias emempresas brasileiras, sendo ao menos uma receptora de investimento estrangeiro diretoregistrado no Banco Central do Brasil, realizada entre investidores residente e no residente, ouentre investidores no residentes;

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    III - conferncia de aes ou de quotas no Pas: a dao de aes ou de quotasintegralizadas do capital de uma empresa no Pas, detidas pelo investidor no residente, para

    integralizao de capital por ele subscrito em outra empresa receptora no Pas.

    Art. 43. O registro de fuso, incorporao ou ciso de que trata esta seo deveser efetuado observando-se as disposies da legislao societria.

    Art. 44. No registro de incorporao, as reservas de lucros e os lucrosacumulados, constantes do balano patrimonial da empresa incorporada, levantado para fins daincorporao, so consignados no item reinvestimento dos respectivos registros no RDE-IED daempresa incorporadora.

    Pargrafo nico. O valor do reinvestimento de cada investidor estrangeiro de que

    trata ocaputdeve, para fins de registro, ser proporcional ao capital social integralizado de cadascio estrangeiro na empresa incorporada, observado o 3 do art. 41.

    Art. 45. O registro da conferncia e da permuta de aes ou de quotas, no Pas,envolvendo investimentos estrangeiros registrados no mdulo IED do RDE, implicatransferncia dos valores registrados na proporo das participaes societrias transacionadas.

    Seo V

    Remessas ao exterior de lucros e dividendo, de juros sobre o capital prprio e de retorno de

    capital

    Art. 46. Esta seo dispe sobre o registro, no mdulo IED do RDE, das remessasao exterior de lucros e dividendos, de juros sobre capital prprio e de retorno de capital, relativasa investimento estrangeiro no Pas.

    Art. 47. A remessa a investidor estrangeiro de lucros, dividendos e juros sobrecapital prprio deve ser precedida do registro das respectivas distribuies no mdulo IED doRDE.

    Art. 48. A remessa a investidor estrangeiro referente a retorno de investimentopor reduo de capital para restituio a scio, ou por alienao a nacionais, deve ser precedidado respectivo registro no mdulo IED do RDE.

    CAPTULO IIIOPERAES FINANCEIRAS

    Seo I

    Disposies gerais

    Art. 49. O registro do capital estrangeiro de que trata este captulo deve serefetuado no mdulo ROF do RDE do Sisbacen, compreendendo as situaes tratadas nas seesespecficas.

    Art. 50. So condies precedentes ao registro no mdulo ROF do RDE:

    I - o credenciamento no Sisbacen, conforme instrues contidas na pgina doBanco Central do Brasil na internet (www.bcb.gov.br); e

    http://www.bcb.gov.br/http://www.bcb.gov.br/
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    II - a prestao de informaes das pessoas fsicas ou jurdicas envolvidas naoperao no Cadastro de Pessoas Fsicas e Jurdicas Capitais Internacionais (Cademp),

    mediante utilizao das transaes PEMP500 e PEMP600 do Sisbacen, conforme instruescontidas no Cademp - Manual do Declarante, disponvel em www.bcb.gov.br Cmbio eCapitais Estrangeiros Manuais.

    Art. 51. O registro de cada operao no mdulo ROF do RDE deve serprovidenciado, com anterioridade ao ingresso dos recursos financeiros, ao desembaraoaduaneiro ou prestao dos servios no Pas, pelo tomador ou por seu representante, por meiodas seguintes transaes do Sisbacen, conforme instrues contidas no RDE-ROF Manual doDeclarante, disponvel em www.bcb.gov.br Cmbio e Capitais Estrangeiros Manuais:

    I - PCEX370, quando realizado pelo tomador ou por seu representante, podendo a

    referida transao ser tambm acessada por meio da Rede Serpro, caso em que necessrioprvio cadastramento junto Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB);

    II - PCEX570, quando realizado pela rede bancria, por solicitao e em nome dotomador.

    Art. 52. O nmero do RDE-ROF, na situao concludo, e a atualizao dasinformaes constantes do registro constituem requisitos para qualquer movimentao derecursos com o exterior.

    Art. 53. Aps o ingresso dos recursos, o desembarao aduaneiro ou a prestao

    do servio, o tomador deve efetuar o registro do esquema de pagamento no mdulo ROF doRDE, indispensvel para a efetivao das remessas de principal e de juros ou para a realizaodos embarques de mercadorias, conforme o caso.

    Art. 54. As operaes devem ser registradas na moeda e nas condiescontratadas, devendo ser providenciados registros distintos para operaes que envolvamdiferentes moedas ou diferentes condies financeiras, os quais devem ser vinculados entre si.

    Art. 55. Uma vez ocorrido o ingresso de recursos, o desembarao aduaneiro ou aprestao do servio, as alteraes de data de vencimento e de condies financeiras (renovao,refinanciamento ou renegociao) e de devedor (assuno) so de responsabilidade do tomador

    original, que dever efetiv-las no mdulo ROF do RDE, por meio de modalidade prpria, dandobaixa no registro original e constituindo novo registro.

    Art. 56. facultada a liquidao antecipada de obrigaes externas relativas soperaes de que trata este captulo.

    Art. 57. O prazo de validade de cada ROF de sessenta dias corridos, aps oqual, no havendo ingresso de bens, de recursos ou contratao de servios, serautomaticamente cancelado, exceto nos casos especficos previstos neste captulo.

    Art. 58. A transferncia de recursos para o exterior para pagamento, por terceiros,

    de valores devidos em operao registrada depende de autorizao do Depec, sendo facultada aocorresponsvel ou a terceiro indicado em sentena judicial exclusivamente nos casos em que severifique:

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    Circular n 3.689, de 16 de dezembro de 2013 Pgina 12 de 20

    I - concordata ou falncia do importador, desde que o corresponsvel seja pessoafsica ou jurdica estabelecida no Pas;

    II - inadimplncia do importador junto ao banco que concedeu carta de crditopara a operao;

    III - sentena judicial determinando o pagamento, no Pas, a terceiros.

    Art. 59. O registro no mdulo ROF do RDE no elide a obrigatoriedade documprimento dos demais requisitos legais exigidos para a modalidade da operao contratada.

    Art. 60. O pagamento de obrigao externa relativa operao de que trata estecaptulo, efetuado diretamente no exterior, deve ser registrado no mdulo ROF do RDE, por

    meio de evento especfico de baixa.Seo II

    Crditos externos

    Art. 61. Esta seo dispe sobre o registro de operaes de crdito externoconcedido a pessoa fsica ou jurdica, residente, domiciliada ou com sede no Pas por pessoafsica ou jurdica, residente, domiciliada ou com sede no exterior, com base no RegulamentoAnexo II Resoluon 3.844,de 2010, nas seguintes modalidades:

    I - emprstimo externo, inclusive mediante emisso de ttulos;

    II - recebimento antecipado de exportao, com prazo de pagamento superior a360 (trezentos e sessenta) dias;

    III - financiamento externo, com prazo de pagamento superior a 360 (trezentos esessenta) dias;

    IV - arrendamento mercantil financeiro externo (leasing), com prazo depagamento superior a 360 (trezentos e sessenta) dias.

    Art. 62. Estaseo dispe, tambm, sobre o registro de importao de bens, semobrigatoriedade de pagamento a no residente no Pas, destinados integralizao de capital de

    empresas brasileiras.

    Art. 63. Para efetuar o registro e obter o respectivo nmero RDE-ROF, necessrio informar:

    I - todos os titulares da operao (devedor, credores, agentes, garantidores);

    II - as condies financeiras e o prazo de pagamento do principal, dos juros e dosencargos;

    III - a manifestao do credor ou do arrendador sobre as condies da operao,

    bem como do garantidor, se houver;

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    Circular n 3.689, de 16 de dezembro de 2013 Pgina 13 de 20

    IV - demais requisitos solicitados quando do registro da operao no mdulo ROFdo RDE.

    Art. 64. livre a contratao e a renegociao de operaes de crdito externoem qualquer moeda, excetuadas as operaes cujos tomadores ou garantidores sejam rgos ouentidades da administrao federal, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios, que devemser previamente credenciados pelo Depec, na forma da regulamentao especfica.

    Art. 65. Para fins do disposto nas alneas a e b do art. 1 da Resoluo n2.515, de 29 de junho de 1998:

    I - os recursos devem ser direcionados para o refinanciamento de obrigaesfinanceiras prprias j contratadas, com preferncia para as de maior custo e de menor prazo e,

    enquanto no utilizados na liquidao de tais compromissos, devem permanecer em contavinculada, a ser aberta em instituio financeira federal que cuidar para que somente ocorra aliberao para a finalidade de que se trata; e

    II - o montante total das obrigaes contradas para a finalidade de que trata oinciso anterior deve ser objeto de provisionamento, por meio de depsito mensal em contavinculada, a ser aberta em instituio financeira federal, de forma a garantir o pagamento do

    principal e dos juros do emprstimo externo, dividido pelo nmero de meses abrangido peloprazo total de pagamento.

    Art. 66. O registro das operaes de que trata o art. 1 da Resoluo n 2.515, de

    1998, somente ser concludo aps a incluso, no mdulo ROF do RDE, dos seguintes eventos:I - manifestao da Secretaria do Tesouro Nacional (STN);

    II - credenciamento pelo Banco Central do Brasil;

    III - despacho do Ministro da Fazenda para operaes em que a Repblica figurecomo devedora ou garantidora;

    IV - resoluo do Senado Federal, se for o caso.

    Art. 67. O crdito externo captado por pessoas jurdicas no Pas, ainda noregistrado e no sujeito a outra forma de registro no Banco Central do Brasil, deve ser registradona forma do disposto nocaptulo IV deste ttulo.

    Subseo I

    Emprstimo externo

    Art. 68. Esta subseo dispe sobre o registro, no mdulo ROF do RDE, dasoperaes de emprstimo externo captado de forma direta ou mediante emisso de ttulos nomercado internacional, independentemente do prazo da operao.

    Art. 69. No caso de emprstimo externo promovido por entidade do setor pblico

    mediante a emisso de ttulos no mercado internacional, deve o emissor providenciar a obtenode autorizao da STN, nos termos da legislao em vigor, previamente ao incio de negociaescom entidades financeiras no exterior.

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    Circular n 3.689, de 16 de dezembro de 2013 Pgina 14 de 20

    1 Obtida a autorizao da STN para emisso dos ttulos, nos termos docaput,o emissor deve registrar a operao no mdulo ROF do RDE para credenciamento pelo Banco

    Central do Brasil, na forma doart. 64.

    2 vedado ao emissor outorgar mandato ao agente vencedor da licitaoanteriormente ao credenciamento pelo Banco Central do Brasil.

    Art. 70. Aps concludo o ROF, ainda que previamente ao registro do esquemade pagamento, podem ser realizadas remessas para o exterior a ttulo de pagamento de encargosacessrios.

    Subseo II

    Recebimento antecipado de exportao, com prazo de pagamento superior a 360 (trezentos

    e sessenta) dias

    Art. 71. Esta subseo dispe sobre o registro, no mdulo ROF do RDE, dasoperaes de recebimento antecipado de exportao de mercadorias ou de servios, comanterioridade superior a 360 (trezentos e sessenta) dias em relao data do embarque damercadoria ou da prestao do servio.

    Art. 72. Para o registro da operao de que trata esta subseo, necessrio oefetivo ingresso dos recursos no Pas.

    Art. 73. As antecipaes de recursos a exportadores brasileiros, para a finalidade

    prevista nestasubseo,podem ser efetuadas pelo importador ou por qualquer pessoa jurdica noexterior, inclusive instituies financeiras.

    Art. 74. O ingresso de que trata esta subseo pode se dar por transfernciainternacional em reais, a includas as ordens de pagamento oriundas do exterior em moedanacional, ou por contratao de cmbio liquidado anteriormente ao embarque da mercadoria ouda prestao do servio.

    Art. 75. Devem-se observar as seguintes sistemticas, a depender da forma deingresso dos recursos no Pas:

    I - contratao de operao de cmbio: a operao deve ser celebrada paraliquidao pronta, com utilizao do contrato de cmbio de compra de exportao, cdigo degrupo 52, informando-se o nmero do ROF no campo apropriado;

    II - transferncia internacional em reais, includas as ordens de pagamento emmoeda nacional: a operao deve ser realizada mediante indicao do cdigo de grupo 52 na telade registro, informando-se o nmero do ROF no campo apropriado; e

    III - liquidao antecipada e no prazo regulamentar de contrato de cmbio deexportao contratado para liquidao futura, classificado nos grupos 50 e 51: a operao deveser realizada mediante ajuste para o cdigo de grupo 52, informando-se o nmero do ROF nocampo apropriado.

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    Circular n 3.689, de 16 de dezembro de 2013 Pgina 15 de 20

    Art. 76. Aps concludo o ROF, ainda que previamente ao registro do esquemade pagamento, podem ser realizadas remessas para o exterior a ttulo de pagamento de encargos

    acessrios.

    Subseo III

    Financiamento externo

    Art. 77. Esta subseo dispe sobre o registro, no mdulo ROF do RDE, deoperao de financiamento externo com prazo de pagamento superior a 360 (trezentos esessenta) dias, ou seu refinanciamento ao importador, de bem tangvel ou intangvel:

    I - diretamente pelo fornecedor ou por outro financiador no exterior;

    II - por bancos autorizados a operar no mercado de cmbio brasileiro, comrecursos oriundos de linhas de crditos obtidas no exterior.

    Art. 78. Estasubseo dispe tambm sobre o registro, no mdulo ROF do RDE,das operaes de financiamento ou refinanciamento, por no residente, relativas a:

    I - aluguel, inclusive arrendamento mercantil simples externo e afretamento;

    II - fornecimento de tecnologia;

    III - servios de assistncia tcnica;

    IV - licena de uso/cesso de marca;

    V - licena de explorao/cesso de patente;

    VI - franquia;

    VII - demais modalidades, alm das elencadas nos incisos II a VI deste artigo, quevierem a ser averbadas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI);

    VIII - servios tcnicos complementares e/ou despesas vinculadas s operaesenunciadas nos incisos II a V deste artigo no sujeitos a averbao pelo INPI.

    Art. 79. Cada desembolso da linha de crdito no exterior representa uma operaode crdito distinta, a qual deve ser registrada no mdulo ROF do RDE pelo banco titularautorizado, na qualidade de devedor, de forma individualizada por importador.

    Art. 80. As operaes de que trata estasubseo devem ser registradas na moedado domiclio ou da sede do titular no residente no Pas, na moeda de procedncia dos bens oudo financiamento, ou ainda em outra moeda, conforme acordado entre as partes.

    Art. 81. Aps concludo o ROF, ainda que previamente ao registro do esquemade pagamento, podem ser realizadas remessas ao exterior a ttulo de:

    I - valor antecipado, pago anteriormente ao embarque da mercadoria;

    II - valor vista, pago por ocasio de desembarao da mercadoria;

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    Circular n 3.689, de 16 de dezembro de 2013 Pgina 16 de 20

    III - juros devidos no perodo de carncia;

    IV - encargos acessrios.

    Art. 82. O registro de importao de bens intangveis que, pelas normas da RFB,no estejam sujeitos a Declarao de Importao (DI), depende da existncia de fatura comerciale de termo de entrega e aceitao, a serem includos no mdulo ROF do RDE.

    Art. 83. O registro de financiamento de importao de tecnologia ou franquia e deservios correlatos depende do registro da operao na modalidade de que trata asubseo II daseo IV deste captulo,bem como do respectivo esquema de pagamento.

    Art. 84. Para registrar o esquema de pagamento, alm da DI desembaraada ou do

    comprovante da prestao do servio, ou do contrato de cmbio ou da transferncia internacionalem reais comprovando o ingresso de recursos, so requeridas pelo sistema informaes sobre:

    I - data e especificaes do contrato assinado ou outro documento formal em queconstem as condies financeiras da operao;

    II - dados de eventos especficos para cada modalidade de operao.

    Art. 85. As operaes originalmente contratadas com prazo de pagamento inferiora 360 (trezentos e sessenta) dias e que, ao serem refinanciadas, atinjam prazo de pagamentosuperior a 360 (trezentos e sessenta) dias devem ser registradas no mdulo ROF do RDE, naforma desta subseo, anteriormente retificao da DI.

    Subseo IV

    Arrendamento mercantil financeiro externo (leasing)

    Art. 86. Esta subseo dispe sobre o registro, no mdulo ROF do RDE, dasoperaes de arrendamento mercantil financeiro externo (leasing financeiro), com prazo de

    pagamento superior a 360 (trezentos e sessenta) dias, e de suas renegociaes, entre entidadedomiciliada no exterior e a arrendatria do bem no Pas.

    Art. 87. Aps concludo o ROF, ainda que previamente ao registro do esquemade pagamento, podem ser realizadas remessas para o exterior de valores referentes ao depsito degarantia e a encargos acessrios.

    Art. 88. Para registrar o esquema de pagamento, alm da DI desembaraada ou,no caso de sale-lease-back, do contrato de cmbio ou da transferncia internacional em reaiscomprovando o ingresso de recursos, so requeridas pelo sistema informaes sobre:

    I - data e especificaes do contrato assinado ou outro documento formal em queconstem as condies financeiras da operao; e

    II - dados de eventos especficos para cada modalidade de operao.

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    Circular n 3.689, de 16 de dezembro de 2013 Pgina 17 de 20

    Subseo V

    Importao de bens, sem obrigatoriedade de pagamento a no residente, destinados

    integralizao de capital

    Art. 89. Esta subseo dispe sobre o registro, no mdulo ROF do RDE, dasoperaes de importao de bens sem obrigatoriedade de pagamento a no residente, destinados integralizao de capital de empresas brasileiras.

    Art. 90. A importao de bens de que trata esta subseo inicialmente registradano mdulo ROF do RDE e, posteriormente, no mdulo IED do RDE, como investimentoestrangeiro direto, na forma docaptulo II, seo II, subseo I, deste ttulo.

    Art. 91. O registro no mdulo ROF do RDE deve ser efetuado na modalidade

    prpria e com vinculao a DI desembaraada, quando for o caso, ou mediante fatura oudocumento equivalente que caracterize a importao de bem intangvel.

    Art. 92. No caracteriza bem intangvel, para os fins do registro de que trata estasubseo, a transferncia de tecnologia sujeita a averbao do INPI, tratada nocaptulo III, seoIV, subseo I deste ttulo.

    Seo III

    Garantias prestadas por organismos internacionais

    Art. 93. Estaseo dispe sobre o registro das garantias prestadas em operaes

    de crdito, realizadas no Brasil, entre pessoas jurdicas domiciliadas ou com sede no Pas, pororganismos internacionais de que o Brasil participe, que deve ser efetuado de forma declaratriae por meio eletrnico no Banco Central do Brasil, com base no Regulamento Anexo IV Resoluon 3.844,de 2010.

    Art. 94. As garantias devem ser registradas pelo devedor da operao de crditointerno por ocasio da assinatura do contrato de prestao da garantia, devendo constar doregistro:

    I - os titulares da operao de garantia e da operao de crdito garantida;

    II - o valor em moeda nacional e as condies financeiras e de prazo da parcela daoperao de crdito no Brasil amparada pela garantia;

    III - as taxas e comisses decorrentes da garantia obtida no exterior; e

    IV - demais requisitos solicitados nas telas do ROF.

    Art. 95. As remessas ao exterior, a ttulo de pagamento de taxas e comissesdecorrentes da garantia, podem ser feitas pelo devedor ou pelo credor da operao de crditointerna.

    Art. 96. A cada ingresso de recursos no Pas, o devedor da operao de crdito

    interno deve informar, no respectivo ROF, a data de vencimento a que corresponde o ingresso.

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    Art. 97. Para os fins desta seo, considera-se beneficirio dos recursos queingressarem no Pas para cumprimento da garantia o credor da operao interna que, na data da

    transferncia pelo garantidor externo, esteja devidamente identificado no ROF.

    Art. 98. Aplicam-se s operaes de que trata esta seo, no que couber, asdisposies e procedimentos constantes destecaptulo.

    Art. 99. O pagamento de obrigao externa relativa operao de que trata estaseo,efetuado diretamente no exterior, deve ser registrado no mdulo ROF do RDE, por meiode evento especfico de baixa.

    Seo IV

    Royalties, servios tcnicos e assemelhados, arrendamento mercantil operacional externo,

    aluguel e afretamento

    Art. 100. Estaseo dispe sobre o registro no Banco Central do Brasil, com baseno Regulamento Anexo III Resoluo n 3.844, de 2010, dos seguintes contratos, quandorealizados entre pessoa fsica ou jurdica residente, domiciliada ou com sede no Pas e pessoafsica ou jurdica residente, domiciliada ou com sede no exterior:

    I - uso ou cesso de patentes, de marcas de indstria ou de comrcio,fornecimento de tecnologia ou outros contratos da mesma espcie, para efeito de transfernciasfinanceiras ao exterior a ttulo de pagamento de royalties;

    II - prestao de servios tcnicos e assemelhados;III - arrendamento mercantil operacional externo com prazo superior a 360

    (trezentos e sessenta) dias;

    IV - aluguel, inclusive arrendamento mercantil simples externo, e afretamento,com prazo superior a 360 (trezentos e sessenta) dias.

    Subseo I

    Royalties, servios tcnicos e assemelhados

    Art. 101. Esta subseo dispe sobre o registro, no mdulo ROF do RDE, dasoperaes contratadas entre pessoa fsica ou jurdica residente, domiciliada ou com sede no Pas,e pessoa fsica ou jurdica residente, domiciliada ou com sede no exterior, relativas a:

    I - licena de uso ou cesso de marca;

    II - licena de explorao ou cesso de patente;

    III - fornecimento de tecnologia;

    IV - servios de assistncia tcnica;

    V - demais modalidades que vierem a ser averbadas pelo INPI; e

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    VI - servios tcnicos complementares e as despesas vinculadas s operaesenunciadas nos incisos I a V deste artigo no sujeitos a averbao pelo INPI.

    Art. 102. As operaes de que trata esta subseo so direcionadasautomaticamente para anlise do INPI, de cuja aprovao depende o registro do esquema de

    pagamento, o qual constitui condio para a efetivao das remessas ao exterior.

    Pargrafo nico. Para se efetuar o registro e obter o respectivo nmero RDE-ROF, necessrio informar:

    I - todos os titulares da operao (cessionrio, cedente ou assemelhados);

    II - valor, prazo e condies de pagamento; e

    III - demais requisitos solicitados quando do registro da operao no mdulo ROFdo RDE.

    Subseo II

    Arrendamento mercantil operacional externo, aluguel e afretamento

    Art. 103. Esta subseo dispe sobre o registro, no mdulo ROF do RDE, dasoperaes contratadas entre pessoa fsica ou jurdica residente, domiciliada ou com sede no Pase pessoa fsica ou jurdica residente, domiciliada ou com sede no exterior, relativas aarrendamento mercantil operacional externo, aluguel de equipamentos, inclusive arrendamentomercantil simples externo, e afretamento, com prazo superior a 360 (trezentos e sessenta) dias,

    bem como de suas prorrogaes.

    Art. 104. Para se efetuar o registro e obter o respectivo nmero RDE-ROF, necessrio informar:

    I - todos os titulares da operao (arrendatrio, arrendador ou assemelhados);

    II - valor, prazo e condies de pagamento; e

    III - demais requisitos solicitados quando do registro da operao no mdulo ROFdo RDE.

    Pargrafo nico. Aps concludo o registro, ainda que previamente ao registro doesquema de pagamento, podem ser realizadas remessas para o exterior de valores referentes aodepsito de garantia e a encargos acessrios.

    Art. 105. As operaes originalmente contratadas com prazo de pagamentoinferior a 360 (trezentos e sessenta) dias e que, ao serem renegociadas, atinjam prazo de

    pagamento superior a 360 (trezentos e sessenta) dias devem ser registradas no ROF, na formadesta subseo, anteriormente retificao da DI.

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    CAPTULO IVCAPITAL EM MOEDA NACIONALLEI N 11.371, DE 2006

    Art. 106. Este captulo dispe sobre o registro no Banco Central do Brasil, emmoeda nacional, do capital estrangeiro de que trata o art. 5 daLei n 11.371,de 2006, efetuadode forma declaratria e por meio eletrnico, com base no Regulamento Anexo V Resoluon3.844,de 2010.

    Pargrafo nico. Incluem-se no capital estrangeiro de que trata o caput osinvestimentos e crditos externos, bem como outros recursos decorrentes desses capitais,

    produzidos ao amparo da legislao aplicvel.

    Art. 107. No caso de investimento em instituio financeira, em outras

    instituies autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e em sociedade administradorade consrcios, o registro deve ser precedido de manifestao do Deorf.

    Art. 108. As instrues para o declarante efetuar o registro no sistema estoconsignadas no tpico Capital em moeda nacional -Lei n 11.371,de 2006, disponvel na pginado Banco Central do Brasil na internet (www.bcb.gov.br), na seo Cmbio e capitaisestrangeiros - Manuais - Manuais do registro Declaratrio Eletrnico - RDE-IED - Manual dodeclarante e RDE-ROF - Manual do Declarante.

    TTULO IIIDISPOSIES FINAIS

    Art. 109. Esta Circular entra em vigor em 3 de fevereiro de 2014.

    Luiz Edson FeltrimDiretor de Regulao, substituto

    Este texto no substitui o publicado no DOU de 17/12/2013, Seo 1, p. 36-39, e no Sisbacen.

    https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11371.htmhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_5/pre/normativos/busca/normativo.asp?tipo=res&ano=2010&numero=3844http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_5/pre/normativos/busca/normativo.asp?tipo=res&ano=2010&numero=3844https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11371.htmhttp://www.bcb.gov.br/http://www.bcb.gov.br/https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11371.htmhttp://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_5/pre/normativos/busca/normativo.asp?tipo=res&ano=2010&numero=3844http://localhost/var/www/apps/conversion/tmp/scratch_5/pre/normativos/busca/normativo.asp?tipo=res&ano=2010&numero=3844https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11371.htm