cinturao negro revista portugues 308 março parte 2 2016

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A revista internacional de Artes Marciais, desportos de combate e defesa pessoal. Download grátis. Edição Online 308 - Março - Parte 2. Ano XXV

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX,

osimilares) e aimpressão das capas segueasmaisrestritas exigências de qualidade(tipo depapele impressão). Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • DVD/TAOWS3REF.: • DVD/TAOWS3

O que acontece quando duas pessoas praticam Chi-Sao? Qual é o sentido da sua prática e quais osobjectivos? Neste 3º DVD, "Chi Sao desde a base até onível avançado", Sifu Salvador Sánchez aborda oaspecto talvez mais importante do sistema Wing Chun,

o Chi-Sao, a própria alma do sistema, que lhedota de umas características

completamente diferentes dos outros,e proporciona grandes virtudes ao

praticante. Este trabalho trataalguns aspectos em princípio

muito básicos, mas queconforme vamosaprofundando neles, nosparecem surpreendentes. Éum rasgo muito claro dacultura tradicionalchinesa, o que é muitoóbvio à primeira vista,encerra uma segunda outerceira leitura, que decerteza modificará anossa maneira de ver, a

prática e a compreensão. Analizamos como praticar

o Chi Sao mediante osnossos “drills” de trabalho e

como aplicar esses drills, essahabilidade, em um sparring,

vinculando alguns conceitos, talveznão tão ligados ao Kung Fu tradicional,

tais como bio-mecânica, estruturas,conhecimentos de física, etc..., a fim de obter

melhores resultados na prática.

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quilo que se ajusta à sua própria naturezatem tendência a persistir, aquilo que age emcontra da sua essência, acabaprematuramente.

Os seres vivos enfrentamos um ventoconstante, uma oposição permanente e

sustentada, durante a nossa passagem pela existência, éo vento da vida. Castaneda denominava isto “atombadora” e dizia que todos os seres vivos, de umamaneira contínua e indiscriminada, éramos atacados porbolas de “fogo” lançadas contra as nossas bolhas deenergia. Quando encontravam uma fissura, com umbatimento sempre persistente insistiam até partirem abolha. Assim viam a morte os videntes da sua estirpe. Aimagem, inquietante, no entanto parece-me muitodescritiva.

O vento da vida, rachado às vezes, tormentoso outras,nos desafia constantemente como indivíduos, questionandoa nossa visão de nós mesmos, dos nossos desejos eobjectivos. Configurar a nossa estrutura frente ao dito vento,é adoptar uma posição perante a própria vida.

Manter as nossas velas ao vento em plena empestadeé tão estúpido como as manter arriadas com um bomvento de popa. Nem todos somos o mesmo tipo de veleiro;os nossos aparelhos não têm a mesma capacidade oufortaleza, a nossa quilha não tem o mesmo calado, masafinal todos podemos decidir quando despregar ou nãodespregar velas, todos podemos dirigir conscientemente oleme. Isso é a liberdade e não outra coisa.

Quando os seres vivos vivemos consoante a nossanatureza, estamos de uma maneira natural adoptando eadaptando a melhor das posições frente aos ventos davida. Quando de maneira artificial teimamos em outraestrutura ou posição que não é a própria, a fricção crescedevido à obstrução criada perante os ventos dosacontecimentos, o que nos conduzirá antes cedo quetarde, à calamidade.

O ousado empenho Prometeico do ser humano,afastou-o de maneira contínua da sua natureza animal.Comer da árvore do bem e do mal foi o primeiro acto detal caminho. Entretanto, estava na nossa natureza essapossibilidade: Catalogar o mundo, compreende-lo atravésda análise e finalmente, submete-lo à visão do raciocínio.Seguimos um caminho possível, empurrados pelosventos da vida: Mais consciência, maior complexidade.Para a frente, para cima, assim vinha imposto pelaevolução.

Anteontem descíamos da árvore, para nos erguermosem duas patas; hoje construímos a sociedade dainformação. Passou muito pouco tempo quando visto deum ponto de vista biológico. As mudanças evolutivas embiologia, requerem de muito mais tempo paraamadurecer. Partindo do momento em que o HomoSapiens aparece, não existem diferenças destacáveisentre a nossa estrutura e a dos nossos primeirosantepassados. Parece que simplesmente nos temosdedicado a explorar as possibilidades de uma estruturacom um potencial muito maior do que nunca teríamos

imaginado: o cérebro humano. As grandes mudançasposteriores tiveram lugar muito mais no âmbito da culturaque no da biologia.

Toda cultura é baseada no tabu. Quando já definido oque é mau, por descarte resta o que é bom. O mundodivide-se então em sombras e luzes. Foi uma grandeferramenta para nos ajudar a sobreviver e prosperar, masa sua aparição cedo começou a criar contradições entre anossa natureza biológica e a nossa função individual. Noessencial continuamos sendo mamíferos, com um“software” do mesmo instalado no nosso computadorcentral, mas fazendo funções de outra coisa. Eis aqui abase fundamental do desconcerto, a dor e a perplexidadedo humano. Nunca nos temos sentimos confortáveisnesse fato à medida, um brinde dos requerimentos daevolução. A nossa nova condição de “civilizados” nosdotou de magníficas conexões sinápticas e de montanhasde novas habilidades, em detrimento, claro está, deoutras. Como nos encanta glorificar-nos, temos adoradoo bezerro de ouro com teimosa obcecação. Os polegaresque nos fizeram o que somos, servem agora para brincarcom a Playstation. Entretanto, procuramos, semacharmos, uma definição que nos tire do mundo animal,que parece mal e nos veste pouco. Uma pretensão quenão é mais do que um risco feito na areia do deserto,risco que repetidamente o vento da vida se encarrega deapagar. Na dita empresa, chegamos a sequenciar osgenes das espécies e definir estruturalmente onde estáessa linha divisória, mas resultou ser tão infinitesimal queainda não acordamos do susto. No aspecto funcionalainda nem sequer conseguimos marcá-la. Um científicojaponês, umas poucas semanas atrás, acabou com outrodos mitos humanos, o do “habilidoso” Homo Sapiens,fazendo um teste com computadores, a um grupo dejovens universitários japoneses que perderamamplamente, frente a um grupo de chimpanzés. Oresultado foi que estes tinham uma maior velocidade eretentiva apontando as séries alfanuméricas em um ecrã.Que fiasco! Nem Citius, nem altius, nem fortius! E aindapor cima nem somos mais habilidosos! Por se fossepouco, hoje em dia para sobreviver por conta própria nanatureza, temos menos opções que o Maradona jogandoao “basquet ball”. Desperdiçamos e fizemos mau uso docapital genético? É o futebol tudo o que podemos esperarde eras de evolução da vida na Terra?

Eu sinto muito apreço pelo que é humano,parafraseando Groucho Marx, apesar de que seja umclube onde tenham sido admitidos personagens como eu,mas acima de tudo, e claro está, precisamente porpertencer a ele. Temos medrado como percevejos e nostornamos a autêntica praga do Planeta, mas não deixo deme admirar das conquistas de alguns dos meus irmãosgenéticos. Unos poucos realmente fizeram grandescoisas, apesar de que a maioria esteja, e tenha estado,sem chegar à marca, sem dar os mínimos para realmenteser considerado membro de tão raro clube. Assim agrandes rasgos e olhando para a história em conjunto,somos nojentos. Poucas luzes em um panorama de

"O homem inventou deus, por medo, então, o problema não é deus, é o medo". (U.P. Krishnamurti)

A

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profunda escuridão. Vivemos afundados no medo e inventamosdeuses à medida. Consequentemente, como diz U. P. Krishnamurti, oproblema não reside nos deuses, reside no medo.

Aproar, seja qual for o teu destino, enfrentando os ventos da vida.Como não temer o desconhecido? Tememos as mudanças de umainformação meteorológica que em qualquer momento nos pode trazera tempestade. Tememos e com razão, posto que a fortaleza de carácter eos conhecimentos, a nossa única ocasião em tais soçobras, estão aoalcance de muito poucos, e por que até os mais espertos, hábeis e destrosnaufragaram alguma vez. O que é tourear? Perguntaram ao Mestre Rafael “elGalho” e ele disse: “Eu não sei. Pensei que Joselito sabia… e um touro omatou, em Sevilha”.

Nada há de antinatural no medo, só a loucura ou a inconsciência nospermitiriam prescindir dele. A valentia é a única resposta, não comocontrária ao medo, mas como uma força própria, um motor emsi mesmo que nos empurra de maneira inconsciente,procurando uma ardentemente desejada meta, a maiorparte das vezes levados por forças difíceis de explicar. Omedo não se destrói ou combate, da mesma maneiraque não podemos combater o palpitar do coração; éum prato que vem com o menu da vida; o maisque podemos fazer é administrar a nossa reacçãoperante ele, reeducar o nosso instinto, mas nãoanulá-lo.

Quanto mais próxima à sua naturezaessencial seja a forma que adoptemos frenteaos ventos da vida, melhor. Situar-se de ladoperante um furacão é de sábios, não decovardes. Essa coisa de ir desafiantes naproa, fica muito bem nas fitas; na vida real osbarcos são dirigidos da ponte mando.

Aproximam-se tempos difíceis,tormentas e furacões diversos açoitarão anossa singradura. Não há porto de abrigono meio do mar oceano da vida e vejoalguns que ainda por aí andam comtodas as velas ao vento. Entretantoresta-nos treinar, ser equilibrados, estarmais fortes, firmes em corpo ecarácter, que tempos virão para pôrà prova as nossas capacidades.Os ventos da vida, de certeza,certeza, em algum momentoaçoitarão o nosso rumo e então,só então tudo o que treinamosadquirirá o seu verdadeirosentido. Na singradura do vossoviver eu lhes desejo boatravessia. Não direi bom tempo,que este certamente mudará emqualquer momento, mas simsabedoria e fortaleza para dispordo lema, para saber quandoestender e quando arriar as velas e seé possível, gozem de tudo isso comintensidade, honrando assim o melhor dopotencial humano, gozando do milagre doviver.

https://www.facebook.com/alfredo.tucci.5

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Grandes Campeões

Directo e claro, Tito me perguntou:“Queres que faça o que se faz em todosos vídeos?”, espetou-me ele de repente,antes de começar a gravar. Surpreendido pela pergunta,

respondi: “Quero que compartilhes oque quiseres ensinar, ninguém melhordo que tu sabe o que interessa aosestudantes de grappling”. O resultado é este: Dois trabalhos

“avançadíssimos” de trabalho técnico, nasmais variadas posições, tanto em defesacomo em ataque.Não se enganem, quando dizemos

avançado, é avançado! Se o leitornão tiver um bom nível emgrappling, as técnicas quevai ver superá-lo-ão. Oscomentários sobejam,porque falamos de umnível muito, mesmomuito avançado! Quemrealmente souber lernos movimentos deTITO, provavelmenteficara espantado comcriatividade das suascombinações e acimade tudo, pelafaci l idade esuavidade com queas desenvolve.Caro leitor, se oseu nível não é

suficiente, de certo necessita outrotipo de vídeo, vídeos com explicaçõespasso por passo, que faremos maisadiante. Por agora, assombrem-se dotalento, da criatividade, a Mestriadeste homem..., surpreendentecampeão, excelente lutador, magníficoprofessor.

Alfredo Tucci

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Grandes Campeões

“As pessoas sãolivres de escolher

que querem. Sem dúvida,quanta maisgraduação,teoricamentesupomos maisqualidade,

pero não é coisaque eu acredite se

um problema, todo a gente temalguma coisa para ensinar, nem que seja

pouco.”

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Tito Beltrán, a fluidez do BJJ

Suavidade, fluidez, eficácia... ARTE! São algumasdas palavras que se podem utilizar para definir osolo.Durante a entrevista, o Mestre Tito Beltrán nos

fala dos seus inícios, dos seus projectos maisimediatos, ou seja, nos fala do puro BJJ.

Cinturão Negro: Tito, emprimeiro lugar, os nossosagradecimentos pornos conceder esta

Grappling

o r o

a er m

Texto: Ricardo Diez Sanchis Fotos: © Affredo Tucc

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Grandes Campeões

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entrevista. A primeira pergunta é quaseobrigatória. Qual foi o teu primeiro contacto como BJJ?

T.B.: O meu primeiro contacto com o Brazilian JiuJitsu foi em Outubro de 1997, quando Robín Gracie

chegou à Espanha, logo no primeiro dia queveio, já treinamos com ele. Anteriormente eujá estava fazendo MMA, onde já metíamosalguma coisa de chão.

C.N.: Desde esse primeiro dia emque vestes o quimono, até hoje, como

avalias a evolução do BJJ no nossopais?T.B.: Isto mudou muito, dantes éramos

quatro e agora somos quatrocentos mil! Mudoumuito! Agora, praticamente tens Brazilian em todolado, escolas de qualidade, cada vez vão surgindomais lutadores, gente nova, gente que já estáconsagrada, que já tem um nível alto. Há bonslutadores na Espanha, muito bons!

C.N.: Visto de fora, como simples espectador,temos a sensação que há gente ensinando BJJ

com pouca graduação e isso, me parece queacaba prejudicando a própria arte. O que pensasdisto que está acontecendo no nosso país?

T.B.: As pessoas são livres de escolher o quequiserem. Sem dúvida, quanta mais graduação,teoricamente se supõe mais qualidade, mas não écoisa que eu pense que seja um problema. Toda agente tem alguma coisa a ensinar, nem que sejapouco.

C.N.: Acontece em outros países? T.B.: Realmente, não sei. Desconheço o que se

passa com outros países, mas penso queactualmente, o Brazilian está muito estendido e hámuita gente graduada em todo lugar, se em algumlugar por desgraça não há um faixa preta, há umcinto roxo ou castanho a dar aulas, o que não estánada mal.

C.N.: Tito, tu acumulas um palmarésimpressionante! Podes lembrar-nos os títulosmais importantes?

T.B.: Assim de repente, me lembro que com aIBJJF, ganhei duas vezes o Open de Roma, Madrid

Grappling

“Se seu nível não é suficiente, vai necessitar deoutros vídeos. Vídeos com explicações passo porpasso, o que havemos de fazer mais adiante. Por agora, aprecie o talento, a criatividade, a

Mestria deste homem..., surpreendente campião...,excelente lutador, magnífico professor”

Alfredo Tucci

“Não se enganem, quando dizemos avançado, éavançado! Se o leitor não tiver um bom nível emgrappling. as técnicas que vai ver, vão superá-lo!”

Alfredo Tucci

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Grandes Campeões

Tenho mais de 100 combate e só umas poucas

derrotas...

Suavidade, fluidez, eficácia... ARTE, são algumas daspalavras que se poderiam utilizar para definir o

Mestre Tito Beltrán realizando as técnicas de chão.

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uma vez, em Munich, Zurich e Copenhague, em todos estesganhei no meu peso e no absoluto. Depois ganhei doisCampeonatos da Europa sem quimono (peso e absoluto), umCampeonato da Europa de Brazilian Jiu Jitsu (peso e absoluto) edepois, o Campeonato do Mundo de Grappling na minhacategoria de peso. Anteriormente ganhara quatro Copas Gracie,cinco Copas Behring, dois UGC (Ultimate Grappling Challenger)consecutivos, que é uma competição sem limite de tempo naAlemanha, onde só é premiada a finalização. Ganhei os Open deParis, Suíça, Vittel; o Campeonato de Espanha (FELODA) no meupeso e o absoluto. Ganhei o Open Internacional Gracie, nas selectivasde ADCC ganhei em duas categorias, peso e absoluta. Não sei, são muitas… Tenho mais de 800 lutas com apenas

31 derrotas.

C.N.: De todas essas ocasiões, de qual te lembrascom mais carinho?

T.B.: De todas nos lembramos com carinho, mastalvez o Campeonato da Europa do ano passado,foi para mim especial, porque tive um problema desaúde que me manteve hospitalizado treze dias eisso me impediu viajar ao Mundial. Já me tinhampago tudo e acabei sem poder ir. Finalmente luteino Campeonato da Europa contra quem foiCampeão do Mundo no mundial ao qual eu nãopude assistir, e o finalizei. Para mim, isso foiespecial, porque foi bastante importante o meuproblema de saúde e até pensei numa possívelretirada ou coisa semelhante. Me assustaram umpouco os médicos e para mim, isso foi muitoespecial. Depois, me obrigaram a lutar noabsoluto, o que eu não queria, porque saírarecentemente do hospital. Mas afinal, tambémganhei na semifinal e na final, por finalização, oque para mim foi sumamente importante.

C.N.: Tens lutado em eventos de BJJ,Grappling e MMA. Como avalias essasexperiências?

T.B.: Lutar é para mim sumamenteimportante. Como competidor que sou, meencanta e é coisa que necessito, que me

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faz sentir vivo, que me faz superar medos, me faz crescer e oseu valor para mim é p máximo… e espero que dure...

C.N.: Como Mestre, a criação das academias Crazy,sem dúvida são mais uma responsabilidade, posto que onome destas academias está intimamente ligado ao teu.Quantas há actualmente na Espanha e como conseguescontrolar que o BJJ de cada uma delas seja óptimo?

T.B.: Há academias Crazy em Valência, Castellón,Alicante, Barcelona, Madrid, Sevilla, Ibiza, Mallorca, LaCoruña, Astúrias, León e Málaga. Cada escola tem seupróprio instrutor em que confio; em algumas são faixaspretas, em outras são instrutores com menosgraduação e o que faço com eles é queorganizarmos seminários duas vezes por ano etambém qualquer tipo de conselho ouesclarecimento que me seja feito. Masbasicamente, durante os seminários, vou eu ouvêm eles treinar comigo.

C.N.: Um belo dia, fizeste as malas evais para o Brasil, para beber das fontesoriginais da tua arte. Como foi essaexperiência?

Grandes Campeões

“Lutar é para mimsumamente

importante, como competidor quesou. É coisa que me

encanta, que necessito,que me faz sentir vivo,

faz-me superarmedos…”

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T.B.: Sim, peguei numa mala e para lá fui treinarintensamente, durante 26 dias. O Brasil é um lugarl indo, muito cur ioso. Os seus t re inos são muitodiferentes dos daqui, no sentido de que há muita maisqualidade de treino porque logicamente, levam maistempo, há muitos mais faixas pretas nas aulas. Ostreinos são muito duros. Os treinos da competição sãomuito, mas mesmo muito duros e por isso nos fazemver um pouco da essência.

Actualmente há equipas muito boas e lugares ondetreinar com uma qualidade impressionante, ma é um factoque todos os campeões estão instalados lá fora. Podes iraos E.U.A, ou mesmo na Europa. Na Espanha já háginásios com uma qualidade semelhante ao que se podeencontrar por aí, mas ainda temos que crescer mais naEspanha e conforme crescer, isto será mais parecido. Maso Brasil tem um papel especial, é como ir fazer Muay Thaina Tailândia, onde realmente se pode praticar em qualquer

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“Brasil tem algo de especial. É como ir fazer Muay Thai naTail[andia quando realmente sepode fazer e, qualquer lugar”

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lugar. Mas sim, é especial treinar com Carlson Gracie, de la Riva, etc.. Emqualquer escola, é bom...

C.N.: Qual o conselho para aqueles mais jovens, que gostariam deseguir pelo caminho por ti marcado?

T.B.: Treinar, treinar e treinar... Esse é o segredo para chegar a todolado, treinar! Dedicação, disciplina, respeito e força de vontade, força,força, muita vontade...

C.N.: Quais são teus próximos objectivos?T.B.: Em Março temos o Europeu e o Open de Roma e vou fazer os dois.

Depois vou ser operado porque tenho muitas dores nas costas e não possotreinar em condições. Se Deus quiser, gostaria de fazer os dois mundiais, odo Brazilian e o de Grappling.

C.N.: Contas com algum patrocinador para estas aventuras?T.B.: Tenho sorte e conto com bastante gente que me dá apoio, caso contrário

tudo isto seria impossível. São eles: Nutridik, Growbarato, Hard Wolf, HoplitasGuerreiros, D�Angelo Tatto, ADOG Gym, Tarracosbull Internacional, Values e

Premier Service.

C.N.: Desejas dizer mais alguma coisa?T.B.: Sim. Quero agradecer a Alfredo Tucci e à

Revista “Cinturão Negro” pela oportunidade detrabalhar com eles. E uma coisa importante:Que continuemos trabalhando juntosna Espanha, pela união e o JiuJitsu Brasilleiro. Esta seria aminha petição. Aproveito a ocasião

para dizer que querodedicar tudo aquiloque faço ao meufilho Yan Beltrán

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“Treinar, treinar e treinar... Esse é o segredopara chegar a todo lado, treinar! Dedicação,

disciplina, respeito e força de vontade, muita força, muita vontade...”

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“Quando dizemosavançado é a sério!

Trabalhos excepcionais,uma demonstração detécnicas com soluções

novas frente asituações de

chão”

“Series de técnicasagrupadas nasmais variadassituações de

defesa e ataque degrappling”

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osimilares) e aimpressão das capas segueasmaisrestritas exigências de qualidade(tipo depapele impressão). Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • DVD/VIET6REF.: • DVD/VIET6

O Vovinam Integral é simplesmente voltar ao Fundador. Ameta do Fundador era clara e abertamente declarada:“Adquirir técnicas eficazes, assimilar as essências destastécnicas e transformá-las em técnicas de Vovinam”. Esteconceito está vigente anda hoje e é OBRIGATÓRIO para

todos os mestres de Vovinam no mundo. O Vovinam é assim um conceito de

investigação, para alcançar um estilosuperiormente eficaz. No entanto,

actualmente 90% dos professores deVovinam esquecem isto e se

inclinam perante um programademasiadamente carregado,

demasiadamente fixo,demasiadamente estético epor vezes, completamenteineficaz para numerosastécnicas.

O Vovinam integral é,simplesmente, voltar aencontrar a essênciaoriginal da arte de MestreNguyen Loc. Para isso,temos os princípios, as

técnicas de base e só temosque voltar a trabalhar a

forma eficaz de cada técnica,assim como aplicar o princípio

fundador. Neste DVD, pela mão do Mestre

Patrick Levet, estudamos osfundamentos do Vovinam Integral, as

ameaças e ataques com faca, contra-ataques integrais e a defesa frente a Dam

Thang (punho directo), Dam Moc (gancho), Dam Lao(soco azabaia), assim como as chaves básicas de perna.

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O Japão e as Artes de Guerra

Ao longo da história percebemos que os contos, em sua maioria, se diferem da realidadequando esta nos é apresentada.Talvez, a maioria das fábulas se dê pela visão específica dos historiadores e não por uma

visão negligente dos factos. Cabe-nos entender que a história tem a função de retratar eexemplificar da maneira que lhe cabe e não retratar com exactidão uma época distante aqual não temos acesso por meio científico a um embasamento “in loco.” O romantismo e a boa intenção dos historiadores nos retratam a nobreza da época e suas

formas sociais. A realidade das formas e a sua utilização estão além da ideia simplesmentemencionada - podemos ver isto mesmo, hoje em dia. Os acontecimentos mundiaismostrados pela televisão, jamais conseguem retratar com imagens e textos a dor sentida poraqueles que presenciam os factos. O mesmo se dá com a história e pesquisas. Muitas dastécnicas treinadas dentro das formas apresentadas nas escolas tradicionais, correspondemàs realidades existentes para o período em que as necessidades locais ditavam a melhormaneira de se resolver uma situação.Podemos analisar isso através do viés da tradição Samurai. Por mais que as formas de

guerra tenham sido devastadoras para a época, as técnicas desenvolvidas correspondiam àsformas apresentadas pelos inimigos. Ou seja, seria difícil hoje em dia, com espadas e lançasa polícia local combater acções terroristas e traficantes armados com armas modernas. É umpensamento lógico e racional. Assim, é um facto que as escolas tradicionais zelam pela conservação histórica de suas

técnicas, alimentadas pelo romantismo e paixão pelas artes de guerra. A realidade, seja elaactual ou antiga, responde pelo factor verdade e não nos permite sonhar através deste facto.A realidade é expressa pelos acontecimentos que são vigentes a todos e não porsuposições. Os sonhos nos permitem viajar, a verdade nos traz de volta à realidade!No entanto, os dois pontos são importantes, quando bem entendidos e trabalhados.

Compreende-se, observando em profundidade, que o clássico e o moderno não seencontram dentro das realidades combativas actuais deste século XXI. A bomba atómica é

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um forte exemplo desta separação, mas em nossos sonhos,caminharão sempre juntos. Seja através da adaptação àmodernidade, seja pela conservação..., passado epresente se tornam unom... Todavia, coerentes em cadaposicionamento.

Explico melhor dentro da história:

Os japoneses começaram a se organizar como umpovo guerreiro na Era Kamakura. Porém, a EraKamakura, liderada por samurais, caracterizou-sepelo surgimento de novas tendências religiosas epela intensa busca de apoio espiritual, levandoo Budismo até o povo. Até a Era Heian (794-1192), essa forma de religião era praticadaquase que exclusivamente pelos nobres.Com a popularização da crença Budista,entretanto surgiram várias seitasdenominadas “Novo Budismo deKamakura”. O aparecimento de novasseitas foi impulsionado pela ideia dofim do mundo (mapp� shis�) que seespalhou em fins da Era Heian, provocadapela instabilidade social – consequência daguerra entre os clãs Taira e Minamoto –, amiséria e as calamidades.Os monges Eisai (1141-1215) e Douguen

(1200-1253) estudaram na China (Dinastia

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Sung) a seita Zen, que prega a meditação para atingir o Nirvana equando voltaram ao Japão, fundaram respectivamente as seitasRinzai-sh� e S�t�-sh�. Shinran (1173-1262), discípulo do monge H�nen (1133-1212),

fundou a seita J�do-shinsh� e na época do ataque dos mongóis, omonge Nichiren (1222-1282) fundou a seita Nichiren-sh�, quepregava a salvação da alma e do país. Todas essas novas seitastêm em comum a simplicidade e a ausência de prática ascéticarigorosa, tornando possível a qualquer pessoa o seu exercício, paraencontrar a salvação da alma humana. Quando Yoshimitsu, o terceiro Shogun do clã Ashikaga, instalou-

se em Kyoto, no início da Era Muromachi, o Japão conheceu relativapaz e prosperidade, quebrados pela Revolta de Onin, que promoveu osurgimento dos sengoku daimi�, literalmente, os senhores feudais dospaíses em guerra, que conquistaram o poder através da força, levandoo Japão a mais de cem anos de intermináveis batalhas.

A Revolta de Onin (1467-1477)

A sucessão ao trono do Shogun (supremo comandante dossamurais) foi o motivo da Revolta de Onin. Hino Tomiko (1440-1496), esposa do oitavo Shogun, Ashikaga

Yoshimasa (1436-1490), queria que seu filho Yoshihisa (1465-1489) fosse o ocupante do trono. Para isso, ela pediu ajuda aoShugo Daimi� (comandante da segurança nacional) YamanaMochitoyo, mais tarde, monge S�zen (1404-1473).

No entanto, Yoshimasa já havia designado seu irmãoYoshimi (1439~1491) como seu sucessor, já que seu filhoprimogénito havia falecido ainda criança e o casal nãotinha filhos havia mais de dez anos. Porém, logo apósYoshimi ser designado sucessor, Tomiko engravidoue deu à luz um menino. Yoshimasa pediu ajuda aHosokawa Katsumoto (1430~1473) – até entãoKanrei (espécie de primeiro-ministro) – paramanter seu irmão como sucessor. Esteconflito serviu como pretexto para queos dois grandes senhores feudaismedissem forças pela conquistade maiores poderes.

Bugei

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O saldo da Revolta de Onin, para Kyoto foi péssimo, pois a cidade ficou emcinzas. Os dois líderes, Sôzen e Katsumoto, morreram por motivo de doença.Hino Tomiko, porém, enriqueceu durante a guerra, emprestando dinheiro aossenhores feudais, mediante cobrança de juros. Além disso, a vontade daesposa de Yoshimasa prevaleceu, e seu filho Yoshihisa tornou-se o9ºShogun do clã Ashikaga.

Hino Tomiko (1440-1496)

Filha de nobres, Tomiko casou-se com o Shogun AshikagaYoshimasa aos 16 anos. Yoshimasa, então com 21 anos, já tinha váriasconcubinas e filhos. Tomiko é conhecida como uma das vilãs da históriado Japão, por ter causado a Revolta de Onin, facto que levou oarquipélago a uma guerra de mais de cem anos, até a unificação dopaís, conseguida por Oda Nobunaga e Toyotomi Hideyoshi. A esposa de Yoshimasa não só foi uma das principais

responsáveis pelo incidente de Onin, como também praticouagiotagem com daimiôs que vinham a Kyoto participar da revolta, ecriou o imposto de trânsito para pessoas e produtos que entravamna capital. O imposto, uma medida abusiva, foi abandonado apósa rebelião de camponeses, transportadores e comerciantes.Apesar de sua fama e de suas atitudes polémicas, Tomiko foi

uma mulher forte e culta, que com sua fortuna sustentou aarte que floresceu nessa era e que perdura até os diasactuais. Embora tenha tido participação marcante nocenário político japonês, como mulher, Tomiko foi muitoinfeliz. Seu casamento não foi bem-sucedido etambém não teve sorte com os fi lhos. Seuprimogénito faleceu ainda criança; o segundo filho,

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Bugei

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Yoshihisa, não foi bom nem como filho nem como político; mesmo comtodos os esforços que Tomiko empreendeu para torná-lo Shogun. O terceirofilho, a quem ela amou e no qual depositou grandes esperanças, faleceu aos 16anos. Yoshihisa, com quem Tomiko não tinha boas relações, faleceu aos 25 anos.Aos 56 anos, Tomiko faleceu, seis anos após a morte de seu marido Yoshimasa, edepois de participar da sucessão do décimo Shogun, Yoshiki, filho de Yoshimi.

Sengoku-jidaiA era do país em guerra (1467~1573)

Enquanto os senhores feudais (shugo daimi�) lutavam em Kyoto, seus vassalos, queficaram nos seus feudos, usurparam o poder, dando início a uma guerra entre os maisfortes, para tentar a conquista do domínio do Japão suplantando seus superiores,ou traindo os amigos e parentes para adquirir mais poder e terras. Esses novosascendentes eram chamados sengoku daimi�. Eles construíam castelos no altoda montanha, onde poderiam ter boa visibilidade em caso de ataque inimigo,mas normalmente moravam em casarões construídos na parte plana, no sopéda montanha, em torno do qual surgiram cidades. Dentre esses sengoku daimi�, destaca-se Oda , de Owari (província de Aichi),

um grande e frio estrategista, que destruiu um a um os seus inimigos, chegandoao cúmulo de mandar incendiar o Templo Enryaku-ji, por seus monges teremdesobedecido suas ordens. Em 1573, Nobunaga expulsou o décimo quinto Shogun, Ashikaga Yoshiaki

(1537~1597), de Kyoto, encerrando dessa forma a Era Muromachi. Como podemos ver, quando comparado a outras culturas e dinastias, o

Japão demorou a desenvolver suas formas especificas de guerra e talcomo, organizá-las. Assim compreendemos que se o Bujutsu é de factomilenar, como afirmado por alguns, se faz necessária uma reflexão a

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Bugei

“Não podemoscomparar o Japão àÍndia, que possui

registos de práticascorporais de no

mínimo 13.000 anos.Sejamos realistas ebusquemos elucidaras verdades contidas

na história”

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respeito de uma expressão por força da linguagem ou,literalmente, um período histórico. Não podemos comparar oJapão à Índia, que possui registos de práticas corporais deno mínimo 13.000 anos. Sejamos realistas e busquemoselucidar as verdades contidas na história. Cada cultura desenvolveu suas habilidades de guerra

segundo sua realidade histórica. Não teríamos comoafirmar hoje, qual o resultado de um confronto entreguerreiros vindos de países e épocas diferentes. Teriamque lidar sempre com vantagens e desvantagens!Vista com a verdadeira visão, a forma não é

simplesmente forma, pois a forma depende da mente. E amente não é simplesmente mente, pois a mente dependeda forma. Mente e forma criam e negam uma à outra.Aquilo que existe em relação àquilo que não existe. Eaquilo que não existe não existe em relação àquilo queexiste. Isso é visão verdadeira. Por meios de tal visãonada é visto e nada é não visto. Tal visão alcançatotalmente as dez direcções sem ver: porque nada évisto; porque não ver é ver; porque ver é não ver. O queos mortais veêm são ilusões. A visão verdadeira édesprendida de ver. E meio a uma batalha, real ouimaginária, a mente e o mundo são opostos, e avisão nasce onde elas se encontram. Quando amente não se revolve internamente, o mundo nãodesponta exteriormente. Quando o mundo e amente estão ambos transparentes, essa é averdadeira visão. E tal entendimento é overdadeiro entendimento.

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“Muitas dastécnicas treinadasdentro das formasapresentadas nas

escolas tradicionais,correspondem às

realidadesexistentes para operíodo em que asnecessidades locaisditavam a melhormaneira de seresolver umasituação”

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Avi Nardia e Carlos Newton

A equipa ANA (Avi Nardia Academia) equipainternacional dirigido pelo sacerdote Padre BobMaslanka e o guarda-costas e gestor da equipa AndySkiba, viajaram até a Polónia para ensinar na Academiada Polícia oficial, em Gdansk, e na CAPAP, a unidadeanti-terrorista da Polícia. O equipa também seapresentou em um clube da Luta Livre local e no clubede MMA do Campeão de UFC, Joanna Jedrzejczyk.

Na equipa da ANA também estava o famosocampeão do UFC e graduado pela Academia da Políciacanadense, Carlos "Ronin" Newton, para ensinar MMAe técnicas de combate.

Outro membro da equipa da ANA, Eyal Goldstein (deIsrael) ensinou KAPAP Krav Maga, técnicas de faca etreino táctico.

O Mestre sérvio de armas da ANA, Zeljko Vuj�i�,ensinou o uso de armas de fogo e treino de transiçãode armas, que vai desde a posição de segurança atéas armas em funcionamento.

A equipa, sob a direcção de Avi Nardia, também tevea honra ser convidada pelo presidente polaco LechWaisa, a quem ofereceram o livro “Kapap israelita KravMaga”, da autoria de Avi Nardia.

Sebastián Dziuba�ski é o encarregado de coordenare consolidar o Kapap israelita e o Krav Maga naPolónia.

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • DVD/YANTI-1REF.: • DVD/YANTI-1

O Mestre Shaolin Shi Yanti é monge da 34ª geraçãodo Templo Shaolin de Songshan e discípulo directodo Venerável Abade Shi Yong Xin. Neste primeiro trabalho para Budo International, elenos apresenta Luohan Shibashou, uma das formas

básicas de mão nua mais antigas erepresentativas do Templo Shaolin.

Segundo o livro “Shaolin Quan Pu”,na Dinastia Sui, os monges

guerreiros de Shaolindesenvolveram uma série demovimentos simples,escolhidos de acordo comas “18 Estátuas deLuohan”, daquí o nome deLuohan Shi Ba Shou (18mãos de Luohan). Oestilo deste Taolu éespecial e em seusmovimentos contínuos,se apreciam nitidamentecombinações demovimentos reais eirreais, de defesa e contra-

ataque, e grande variedadede movimentos ocultos. As

principais técnicas de mãoneste Taolu, são as de palma e

sua aprendizagem exige uma muitoboa agilidade e coordenação, assim

como o domínio das posições Xubu,Dingbu, Gongbu e Mabu, e suas características.

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Grandes Mestres

gçë¨=d~Öç«=ïïïKÄìÇçáåíÉêå~íáçå~äKÅçãcçíçëW=

qÉñíç=ÉåíêÉîáëí~W=

O Tai Chi é um dos esti los Chineses maispraticados no mundo. Devido à aparentesimplicidade de sua execução e a seus benefíciospara a saúde, rapidamente se estendeuamplamente no Ocidente. No entanto, não sãopoucos os mal-entendidos resultantesde todo este processo e nos últimosanos, uma tendência revisionista temvindo inquietar aqueles quepensavam que “aquilo era tudo”.

De entre as personalidades maisesclarecedoras neste processo, oGrão Mestre Fu Sheng Yuan temsido, sem dúvida, uma das maisactivas luzes, como herdeiro queé da tradição de Tai Chi maisestendida no planeta, o estiloYang.

Não é a primeira vez que oGrão Mestre Fu visita as nossaspáginas e a nossa capa, masesta foi a primeira ocasião emque veio acompanhado por seufilho e herdeiro. Devia aosamantes do Tai Chi e aosleitores de Cinturão Negrouma terceira entrega de seus vídeos acerca da formaYang e nesta ocasião gravamos finalmente esta terceiraparte da forma e as suas aplicações, fechando assim ocírculo de um trabalho que f ica para gozo eaprendizagem dos estudantes, tanto como para os anaisda história.

Aproveitamos a ocasião de tão destacável motivo, parao entrevistar, entrevista esta realizada por José Gago, aqual resultou muito interessante e que sem dúvidaalguma será polémica entre os estudiosos da matéria.

Alfredo Tucci

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C.N.: Muita gente pensa que o Yang Taiji é só uma ginástica relaxante e para idosos. Qual omotivo disto ter acontecido?Grão Mestre Fu: O Taiji Quan é uma arte marcial de primeiro ordem, Yang Luchan foi chamado

Yang Budi (Yang o invencível).Como a Comissão de Desportos do Governo Chinês, em 1956 criou uma forma simplificada de

24 exercícios para a saúde, a qual se fez muito popular, por isso se pensa assim.Muitos professores e estudantes só conhecem esse trabalho simplificado pela comissão de

Desportos, dirigido à saúde e à relaxação, e esta é a ideia que do Taiji forjaram para si.Este extremo chegou a ser tão exagerado que numa ocasião, com motivo de uma viagem de meu

pai o Grão Mestre Fu Zhong Wen à Austrália, foi realizado em um salão do hotel um evento onde FuZhong Wen recebia os mestres de Taiji, apreciava e dava a sua opinião acerca do seu trabalho.

Quando foi a vez de um professor carente deenergia e com aspecto doentio, ele fazia osmovimentos tão lentos e relaxados, comas mãos e os dedos curvados,

posições altas como flutuandoetc., que meu pai nem sabiaque havia de lhe dizer.

Perante a insistência doprofessor para que lhedesse a sua opinião, FuZhong Wen disse:

“Estás a molhar os pés.Se pegares numa

mangueira para regar eapertares a saída, a água sai

com pressão e energia para chegar longe, mas senão apertares a boca da mangueira, a água saisem pressão vai molhar-te os pés. O teu Taiji só éYin, não tem energia.

C.N.: Fu Zhong Wen não participou nacriação da forma simplificada de 24 exercícios?G.M.Fu: Sim, nos início meu pai formou parte da

comissão. Ele queria abrir o Taiji a toda a gente,esse foi o encargo por ele recebido de Yang ChenFu e por esse motivo, em 1944 criou a associaçãoYong Nian, mas não percebia por que oencarregado pelo governo Li Tien Yi, mestre de BaGua, não só queria reduzir a forma para a fazer

Tai Chi

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Grandes Mestres

“O Taijiquan éum sistemataoista que

busca aharmonia e o

equilíbrio; não podemagoar o

corpo”

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popular, como também modificar os movimentos,alterando assim a técnica correcta das 8

energias e os 10 princípios, tornando-o ummovimento muito estético e relaxante, mas sem

fundamento marcial. Não podendo fazer valer a sua oposição a essas

mudanças, abandonou a comissão e não quisparticipar no trabalho. No entanto,teve que entregar os livros doestilo, para a comissão ter abase para criar a nova forma.

C.N.: Se não se cumpriremos 10 princípios, estamosfazendo Taiji?G.M.Fu: Em um tratado

escrito por WangZhong Yue, na épocada dinastia Ming, diz-se que sempre setêm de cumprir

os 10 princípios.Meu pai, após

mais de 80 anos deprática diária, dizia que lhe

parecia que ainda não cumpria os 10 princípios emtodos os exercícios.

Cumprir os 10 princípios é muito difícil, masquando treinas deves de procurar essa perfeição.

Quando sistematicamente modificas osexercícios, os alteras e dás aos princípios outra

explicação diferente da original, para queencaixe com a tua versão, já não

estás fazendo Taiji Quan; serámelhor ou será pior, mas estásfazendo outra coisa.

C.N.: Agora está surgindomuita procura de Taijimarcial. A que julga que istoseja devido?G.M.Fu: Devido a

actualmente haver maiscontacto com a China, é maisfácil ter acesso à informação.Muito se escreve acerca doTaij i , da história de YangLuchan e seus descendentese como se fizeram famosos naChina – por que no Século XIX,

Tai Chi

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Grandes Mestres

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Tai Chi

“Poderão estar muito fortes, ter muitaflexibilidade, levantar a perna lentamente até ficar

vertical, mover-se lentamente, mas se nãocompreendem a execução correcta dos 13

movimentos e os 10 princípios, não fazem Taiji Quan”

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Grandes Mestres

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quando ainda havia desafios à morte, ninguém os podia vencer. Então, aspessoas perguntam como é possível essa eficácia com estes exercícios tãorelaxados que parecem uma ginástica para a terceira idade? Isto estádespertando a curiosidade e o desejo de descobrir esse poder interno do Taiji.

C.N.: Esta curiosidade por conhecer o Taijiquan é boa para a suadifusão?

G.M.Fu: Sem dúvida, mas comoem todas as coisas, há um Ying eum Yang. Muitos “mestres”, tantoorientais como ocidentais, aproveitama procura existente para apresentar asua versão e “fazerem caixa”. O queensinam está longe do original, maschamam-no Yang Taiji, aproveitandopara a própria promoção arepercussão que está tendo o nome.Não se pode ensinar o que não seconhece e se o modificam, que ochamem com seu próprio nome, nãocom o nome da família Yang.

C.N.: As aplicações de exercícios deYang Taiji Quan que estão sendopublicadas, são correctas?G.M.Fu: A maioria das que tenho visto em

vários livros e revistas, não são correctas.

C.N.: Porquê?G.M.Fu: Por que os professores aprenderam o

Taiji simplificado para a saúde e desconhecem aautêntica aplicação dos 13 movimentos, como semanifestam e combinam em cada exercício, oângulo biomecânico correcto etc., então, pelasimilitude dos exercícios, o que fazem é extrapolar asaplicações dos estilos externos e utilizá-las no Taiji.Poderão estar muito fortes, ter muita flexibilidade,levantar a perna lentamente até ficar vertical, mover-se

Tai Chi

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lentamente, mas se não compreendem a execução correcta dos 13 movimentos e os 10 princípios,não fazem Taiji Quan.

Têm bom Kung Fu físico, mas não percebem o autêntico Taiji Quan.

C.N.: Cada exercício da Forma contém mais de uma energia?G.M.Fu: Sim, cada exercício tem a combinação de várias energias e mudanças de direcção. Por

exemplo: “tocar o alaúde” é a combinação de 4, peng, li, chay e lie.

C.N.: Então, “tocar o alaúde” não é uma luxação?G.M.Fu: Não. É a combinação de várias das energias consoante a reacção ou

aplicação da força do atacante, que pode ter como resultado uma luxação.Numa aplicação real, as energias poderão ser diferentes das ditas,

dependendo da reacção do atacante. O Taijiquan não tem técnicasestabelecidas.

C.N.: No Taijiquan não há agarres? G.M.Fu: Não, o Taiji não é Qinna. O Taiji usa a

força do contrário adaptando-se a ela edesfeiteando-a com a aplicação das 8

energias e as 5 direcções. É um sistemacompleto em si mesmo, não utiliza técnicas

de agarrar e projectar similares ao Shuai Jiaoou o Qinna. O Taiji Quan utiliza seu próprio método e não

tem nada a ver com as aplicações comuns dos estilos externos.

C.N.: Há professores que directamente ensinam o TuiShou por que as pessoas querem fazer uma coisa maisprática e aplicável que a forma. O que pensa disto?G.M.Fu: Que cometem um erro. O Taiji é um sistema

taoista completo e integral, para a saúde e a defesa. OTaiji é Ying Yan, e este conceito impregna todas asfacetas do Taijiquan, as partes, (técnicas da forma etc.)e o todo, (o conjunto do sistema). A forma éfundamental para fortalecer o interior. Querer correr é irdevagar, ir devagar é correr.

C.N.: Pode explicar-nos isto um pouco mais?G.M.Fu: Se não tiveres dinheiro no banco, não

podes usar o cartão de crédito. Para um bom taoistaisto deveria ser suficiente explicação, mas explicareium pouco mais.

O Taijiquan é um sistema taoista, busca a harmonia, oequilíbrio, não pode magoar o corpo.

Primeiro trabalha o fortalecimento físico com a forma, emespecial as pernas; a forma cria padrões de movimentoespecíficos, em base às 13 energias ou movimentos, melhora aprópria percepção de si mesmo, as capacidades psicomotoras,etc., nutre e aumenta o Qi, harmoniza e fortalece corpo e mente.

Primeiro é preciso meter os lucros na conta do banco, para depoisusar o cartão e gastar o dinheiro acumulado.

A fase seguinte pertence ao Tui Shou e ao Fa Jin, exercícios deexplosão para exteriorizar a energia. Estes exercícios consomem o Qie magoam o corpo, gastam o saldo acumulado. Se queremos

Tai Chi

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Grandes Mestres

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continuar uma correcta progressão sem magoar anossa saúde, de novo se tem nutrir o Qi e

harmonizar o corpo, essa faceta pertence àforma. O ciclo Ying Yan esta presente no tudo e nas

partes no Yang Taijiquan.Fazer primeiro o Tui Shou não é bom para asaúde nem para a aplicação marcial, pois o

padrão de movimentos específicos nãoserá correcto, nem para Fa jin nem parao Tiu Shou.

C.N.: Qual o motivo de não terensinado o Taiji Marcial?G.M.Fu: Eu ensino Taiji Marcial, mas

para resistir o treino do Taijiquan marcialé preciso começar muito jovem.

O trabalho de fortalecimentoleva anos e a maioria daspessoas não têm o temponecessário ou a

perseverança.Começa do interior e são

horas de trabalho diário. Senão fizeres a 1ª fase de acumulação

de Qi, não podes gastar, ou a longo prazo, acabas pordebil itar seriamente a tua saúde. As pessoasnormalmente não passam desta 1ª fase, mas paraquem persiste e continua avançando, não hásegredos. Alguns professores na Europa já estãonessa 2ª etapa.

Quando Yang Luchan aprendeu na casa de ChenChang Xing, viajou em três ocasiões e treinou 6 anosde cada vez. Só na terceira ocasião, após 12 anosinsistindo na prática, Chen Chang Xing começou aensinar-lhe pessoalmente todo o sistema.

Finalizada esta terceira etapa, Chen Chang Xingdespediu-o e disse-lhe: Já te passei todo o meuconhecimento de Mien Quan, agora ninguém se podecomparar contigo. Se combateres contra um homem de metalou de água não o poderás vencer, mas nenhum homemnascido de mulher poderá vencer-te.

Quando tens uma coisa tão importante, só a partilhas deuma maneira ampla com as pessoas que mostram um bomcoração, isto era fundamental na época de Yang Luchan eagora continua a ser.

Por alguma razão o Yang Taijiquan tem 4 princípios, diligência,perseverança, respeito e sinceridade.

C.N.: De onde vem a crença generalizada de que o YangTaijiquan provém do estilo da família Chen?G.M.Fu: Duas pessoas escreveram acerca da história do Taiji nos

anos 60, Giu Luxin de Shangai, e Tão Jao de Beijing.Giu Luxin publicou em Jong Kog um livro sobre o estilo da família

Chen. Foi à aldeia, perguntou e deram-lhe essa versão, mas nãoperguntou à família Yang, e o que ele conta não é correcto.

Tai Chi

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Grandes Mestres

“Quando Yang Luchanaprendeu na casa de Chen

Chang Xing, viajou emtrês ocasiões e treinou 6

anos de cada vez. Só na terceira ocasião,após 12 anos insistindona prática, Chen Chang

Xing começou a ensinar-lhe pessoalmente

todo o sistema”

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C.N.: De onde é proveniente o Taijiquan?G.M.Fu: No ano 1800, aproximadamente, um forasteirochegou à aldeia Chen, em Chen Jia Gou, e observou Chen

Chang Xing treinando com seus alunos o estilo de suafamília, o Pao Chui (Punho de canhão). Chan Fa, que era onome do desconhecido, observava-os e de vez emquando largava umas risotas. Chang Xing estava a ficarincomodado e aproximando-se do forasteiro indagou omotivo dele rir, então Chan Fa perguntou se essesexercícios que estavam realizando eram uma artemarcial, Chang Xing respondeu que certamente oeram, então aquele desconhecido disse que o queestava fazendo era muito duro e que não era bompara o combate.

Isto provocou que Chen Chang Xing desafiasse odesconhecido para combater. Chan Fa projectou-ovárias vezes com suma facilidade, percebendo a suainferioridade, Chen deixou de atacar e pediu a ChanFa que ficasse na aldeia e fosse seu mestre.

Chan Fa disse que dali a um ano, mais ou menosna mesma época, voltaria para lhe ensinar o seu estilo,Mien Chuan (punho de algodão ou os 13 movimentos)

mas primeiro Chan teria de cumprir umas condições:deixar de praticar aqueles exercícios Pao Chui tão

duros, e fazer grandes montes de tijolos e ramos, paramudar de actividade e relaxar-se; só assim seria seu

mestre.Chen Chang Xing aceitou e dali a um ano, quando Chan Fa

voltou e viu os montes de tijolos, troncos, etc., ficou ecomeçou a ensinar-lhe Mien Quan, agora conhecido como Taiji

Quan.O Mien Quan não vem do estilo da família Chen. O Pao Chui é um

grande estilo de Wushu que merece todo o nosso respeito, mas não é aorigem do Taiji Quan.

Nos anos 30, Yang Cheng Fu escreveu dois livros, neles só se fala do TaijiQuan, não era necessário denominá-lo estilo Yang, por que só existia umTaiji, o da família Yang.

C.N.: Yang Chen Fu modificou alguma coisa na forma ou no sistemade Taijiquan? G.M.Fu: Não, ele repetia nas aulas e escreveu em seus livros que não se

podia modificar nada do sistema, visto que se seus antepassados, queforam melhores lutadores que ele e chamados “os invencíveis” nãomodificaram nada, quem havia de ter autoridade para mudar alguma coisa?

Quando Yang Cheng Fu ensinou em Shangai, os pontapés, que na forma

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se faziam rápidas, começou a faze-los lentos, por que nessa época já se ensinava oTaiji só para a saúde; mas isso não é uma mudança que interfira em nada no sistema,a essência e o espírito são os mesmos, pois o trabalho de Fajin sempre foi feitoseparado da forma. Entretanto, a Fu Zhong Wen e a outros discípulos mais velhosera-lhes ensinada a parte marcial.

C.N.: Há quem diga que a forma é recente, que dantes só se faziam os 13movimentos em técnicas soltas. É isto certo?G.M.Fu: Meu pai casou com Zou Kuei Cheng, neta de Yang Chien Hou, eu sou

tetraneto de Yang Chien Hou, pelas minhas veias corre sangue da família Yang. Meupai estudou com Yang Chenfu até a sua morte em 1936, acompanhava-o em todas assuas viagens, era ele que fazia as demonstrações e respondia nos desafios e YangChen Fu nunca teve de se levantar da cadeira para o ajudar. Como um filho, tomouconta dos assuntos de Yang Chen Fu em vida de seu mestre e também após seufalecimento, organizando para ele um grande funeral, assegurando o bem-estar dasua viúva e ensinando Taiji a seus filhos.

Praticou Yang Taijiquan durante 81 anos, de 1913, com 10 anos, até falecer aos 91anos, em 1994, e no entanto parece que todos sabem melhor que nós a história dafamília, o que era e o que não era.

A forma é fundamental no sistema. É ela que nutre o Qi, é ela que fortalece a baseprincipal que são as pernas, que guarda os padrões técnicos, etc.; a forma sempre aíesteve.

C.N.: Diz-se que houve 2 formas diferentes, uma curta e outra comprida. Foiassim?G.M.Fu: Conforme a morfologia de cada um, podemos ver os movimentos mais

curtos ou mais compridos, etc., mas nunca se modificou nada da essência das 13energias ou Mien Chuan. Só há uma forma.

Cada um escreve o que bem entende e se alguém preferir fazer caso a essescomentários em vez de fazer caso à família, que temos dedicado a nossa vida aconservar este conhecimento e a transmiti-lo de geração em geração, pois é lá comeles.

O meu pai dizia, a família Yang tem só esta forma. É como o ténis, todos jogam comuma raquete e uma bola e os golpes são os mesmos, mas cada um joga diferente.Depende do Kung Fu (tempo e trabalho), da prática e capacidades de cada um.

Grandes Mestres

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Tai Chi

“A serpente direita para baixo”. O GM Fu muda o peso para trás, à sua perna direita. Com o braço esquerdo realiza (peng) rejeitarpara cima, para deter o ataque. Se o golpe de punho viesse mais baixo, se faria peng descendente como na forma. O braço esquerdodo GM Fu, desvia para o exterior o ataque, ao mesmo tempo que muda o peso para diante. Com o braço direito faz (lie) separar e(Chay) puxar com o esquerdo, ao mesmo tempo que bate com o joelho. Com o movimento (lie) do braço direito lança o atacante parao chão, a vários metros de distância. No há nenhuma projecção por cima do ombro, metendo a mão entre as pernas do atacante,como se diz vulgarmente. Isso seria uma projecção de Shuai Jiao.

(Chou) Técnica de cotovelo:Master Fu faz (peng) rejeitar com o braço direito e em vez de girar para o exterior, se gira para o interior, afasta o braço atacante com

sua mão esquerda e realiza (Chou) cotovelada direita. Não é uma simples cotovelada; como se pode apreciar nas imagens, a energiaque parte das pernas com a mudança do peso, despede o atacante a vários metros.

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Grandes Mestres

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • DVD/SERAK-1REF.: • DVD/SERAK-1

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odas as noites sonhava que quando acordasse, estaria em outro lugar fazendorealidade o meu sonho. Sonhar que ao acordar não seria para entrar na Mina, eraao que eu me agarrava e sabia que não podia largar isso, mas o despertador nãotinha piedade e às cinco da manhã, acabava a magia e eu voltava à realidade, apisar terra firme, e mais um dia, repetia a mim mesmo em frente do espelho “Não te

KEYSI E O VALOR DOS NOSSOS TROPE�˝ES

"Não temos de derribar os nossos sonhos, temos de derribar as barreiras que nosimpedem faze-los realidade!"

Se me tivessem perguntado o que queria ser eu quandocrescesse, teria respondido: “não sei o que quero ser, mas sei que omeu destino, sempre estará unido às minas de Utrilhas”.Sinceramente, soñar é muito importante, mas não basta sonhar, háum longo caminho a fazer, o caminho da vida para no final damesma, sentirmos orgulho de quem somos e onde chegamos,dentro de um código de honra, sem excepções.

T

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rendas!” Depois de trabalhar nas minas de carvão

durante sete anos e sonhar a cada dia comum destino diferente e por vezes sentirorgulho da minha origem, como todo filhode mineiro, o meu desejo era ter a idadepara entrar nas minas. Nascemos com ocarvão nas veias, com 14 anos lá estavaeu junto de outros filhos de mineiros, sesurgiu o nosso “anjo da guarda”, o senhor“Toco”! Com este homem aprendemos asobreviver nas profundidades da terra,graças a todos os seus conselhos. Era o nosso primeiro dia e chegara o

momento de pormos a máscara desegurança na cara e a bateria de luz àcintura, com um grosso cinto em pele,ajustar o capacete à nossa cabeça, ajustara lâmpada no capacete e começar aencaminhar-nos para a boca da mina. Foio meu primeiro dia de sete anos detrabalho no interior da mina. Sinceramente,acabas por te adaptar e deixas de pensarno que queres ser na vida, em quem és,onde vais e porque fazemos o queestamos a fazer... Hoje olho para trás epassou um longo período de tempo. Eumudei em muitos aspectos, mas nadamudou em mim acerca de quem sou e deonde venho. Nasci mineiro e sempre sereimineiro.

Para compreender o Keysi, tem de sesaber de onde se vem! Trabalhar numamina ensina a trabalhar em equipa com umobjectivo, sobreviver! Não importa de ondese seja, nem a religião que se praticar, nema cor da pele, no interior da terra todossomos negros, faz com que todos sejamosiguais, podes ter discutido com alguémdurante o fim de semana, mas dentro,quando o perigo espreita um descuidopara acabar com a tua vida, nessemomento não há diferenças, não há receionem a mais mínima dúvida, todos somosum, saímos todos ou ficamos todos!Chorei muito sem saber porque o fazia:

via a mi mãe chorar e isso me fazia chorara mim, não percebia o que acontecia, masvia minha mãe muito triste. Perguntei queacontecia e a sua resposta era “nãoacontece nada”. Um dia, escutamos asereia de aviso da mina, que estávamosacostumados a escutar, mas esse era um

Keysi

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som muito especial; nesse dia descobri adiferença entre um som e outro, nesse diaacordei ao mundo real e este som emespecial, anunciava que alguma coisaacontecera no interior da mina. Percebi omotivo da minha mãe chorar e que oCavaleiro da morte andava a passear nasentranhas desta pequena povoaçãomineira. A minha mãe sempre estavaassustada, assim como todas as mães dosmeus amigos e as mulheres dos mineiros...Quem teria caído nesse dia?Ao longo da minha vida como

profissional no circulo da defesa, tenhotratado de fazer duas coisas em cadaseminário. Por um lado, transmitir a ideiade que se realmente se quiser algumacoisa na vida, com esforço e trabalho não ésuficiente, tens de acreditar no que fazes elutar por quem queres ser e por outro lado,transmitir o melhor de ti mesmo. O Keysi éo resultado de um sonho feito realidade, éa consequência de uma mente sonhadora,que eu considero uma mente criativa fortee aberta, disposta a aprender sempre e serpara sempre, um Aprendiz. Durante este período de tempo descobri

muitas coisas em mim que desconhecia.Para isso, primeiro necessitava saber quemsou e para onde vou, se esquecer emmomento algum, de onde venho.

Keysi

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Todos los DVD’s producidos por BudoInternational se realizan en soporte DVD-5, formatoMPEG-2 multiplexado (nunca VCD, DivX, osimilares), y la impresión de las carátulas sigue lasmás estrictas exigencias de calidad (tipo de papel eimpresión). Asimismo ninguno de nuestrosproductos es comercializado a través de portales desubastas online. Si este DVD no cumple estosrequisitos, y/o la carátula y la serigrafía nocoinciden con la que aquí mostramos, se trata deuna copia pirata.

REF.: • DVD/SYSWEITZEL1REF.: • DVD/SYSWEITZEL1

En este primer trabajo instruccional, Andreas Weitzel,fundador y jefe instructor de la Academia SYSTEMAWeitzel (Augsburg, Alemania) y uno de los principalesinstructores de SYSTEMA en Europa, explica losfundamentos de combate más importantes. Primero

define claramente la forma natural de caminar,centrandose en la ejecución correcta de

los pasos, para a continuación,mostrar cómo emplear este trabajoen aplicaciones de combate. Unavariedad de diferentes temas seexplican en este DVD,incluyendo: Cómodesequilibrar a un atacante;Cómo golpear y patearcorrectamente; Cómodefenderse frente aagarres, derribos, golpesy patadas. Lasexplicaciones de estevídeo son sencillas peroclaras, con el objetivo defacilitar la comprensión yel aprendizaje para todos.Durante su explicaciónAndreas siempre incluye y se

centra en los principios yfundamentos más importantes

del SYSTEMA, mostrando cómolos diferentes temas están

estrechamente vinculados entre sí.Asímismo se muestra trabajo libre y

espontáneo contra diferentes ataques de manovacía y con armas, en condiciones realistas y amáxima velocidad de ejecución. En este video Andreases asistido por Michael Hazenbeller (Rastatt) y ThomasGössler (Augsburg), dos experimentados instructoresde Systema.

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REF.: • LAT-3REF.: • LAT-3

Los grandes Maestros lo son no solo en virtud de susconocimientos, también claro está de una trayectoria y en mihumilde opinión, desde luego, de una personalidad, de un carácter.

Rene Latosa lo es y vuelve justamente a nuestras portadas,muchos años después de aquel primer encuentro,

porque reúne todas estas cualidades.Gozoso reencuentro debo añadir, pueslo fue. Corto pero sabroso y suficientepara comprender como todo lo queuno había esbozado hace años,en aquella primera ocasiónestaba ahí, maduro, firme ygentil a la vez.La razón de su viaje: Unnuevo video que verá la luzen breve. Una mañana detrabajo impecable, unagrabación fluida yagradable, para un videoque a buen seguro, harálas delicias de todos losamantes de las Artesfilipinas. El Latosa Escrima, un

estilo que un Maestroamigo de Wing Tsun definiócon elógios como “antiespectacular”, donde la

eficacia campa a sus anchas,marcando la diferencia.Contamos con la inestimable

asistencia de su alumno Sifu MarkusGoettel, al que agradecemos su gentileza

y ayuda.

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Ninguém pode pôr em dúvida que Raúl Gutierrez seja além de um Mestrereconhecido, um “coach” extraordinário. Ele é o vivo exemplo disso, pois se mantémem magnífica forma, mostrando uma idade biológica muito inferior à cronológica.Assim pois, ninguém melhor do que ele para nos ensinar técnicas de treino. Continuando com a sua série de artigos acerca dos pontapés, o Mestre Raúl

Gutiérrez analisa seguidamente, alguns exercícíos de treino doa pontapés. Em próximos números desta revista, o Mestre mostrará também outras técnicas

de treino com lastres, técnicas de braços e treinos de combate.

Treino

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Fu-Shih Kenpo Por Raúl Gutiérrez. “Yoko Geri”

Deslocamento lateral juntando as pernas direita e esquerda. Elevação do joelho epontapé lateral esquerdo. O mesmo exercício mas agora cruzando a esquerda para ganhar profundidade epotência de impacto. Realizar os mesmos deslocamentos com a direita. três ou quatrorepetições em séries de 12, 14, 16, 18 ou mais, consoante a própria capacidade.O mesmo exercício se realiza retrocedendo esquerda à direita, escapando de umataque e depois pontapeando com a mesma esquerda. Realizar séries a ambos oslados.

Treino

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A Coluna de Raúl Gutiérrez

“Ura Mawashi Geri”

4º) Deslocamento lateral juntando a direita à esquerda, elevação aberta do joelho e pontapé da esquerda em ganchode revês (Hook Kick ou Ura Mawashi Geri). O mesmo exercício mas agora juntando a esquerda com a direita epontapeando com revês em rotação com direita. Três ou quatro repetições em séries de 12, 14, 16, 18 ou mais,conforma a própria capacidade.O mesmo exercício se realiza retrocedendo a esquerda à direita, escapando de um ataque e depois pontapeando coma mesma esquerda. Realizar séries a ambos lados.

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“Combinações”

5º) Desde a guarda frontal, executamos pontapé frontal à direita (Mae Geri Chudan), giramos agora as ancas paraaplicar pontapé circular alto com a mesma perna, (Mawashi Geri Jodan). Recolhemos a perna para executar pontapélateral (Yoko-Geri Jodan). O mesmo exercício mas agora pelo lado contrário. Três ou quatro repetições em séries de 12, 14, 16, 18 ou mais,conforme a própria capacidade.Infinitas Combinações se podem realizar a partir do domínio e combinações diversas destes apenas três pontapés:frontal, lateral, circular…

Treino

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A Coluna de Raúl Gutiérrez

“Combinações”

6º) Desde a posição do Cavaleiro (Kiba Dachi), executamos pontapé circular à esquerda, à zona baixa (Gedan), depoisà zona média (Chudan), seguidamente um pouco mais alta e finalizamos com a zona alta (Jodan). Três ou quatrorepetições em séries de 12, 14, 16, 18 ou mais, conforme a própria capacidade. Continuaremos o nosso treino com diversas alturas, alternando a combinação. Por exemplo; zona baixa, alta, média,intermédia. Ou simplesmente baixa, alta. Alta baixa. Baixa, média e alta ou ao contrário, e com ambas as pernas.

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A Coluna de Raúl Gutiérrez

“Combinações”

7º) Desde a posição do Cavaleiro (Kiba Dachi), juntar esquerda para a direita, subir joelho em preparação de umpontapé lateral. Pontapé baixo em percurso contrário e executamos pontapé lateral direito. Três ou quatro repetiçõesem séries de 12, 14, 16, 18 ou mais, conforme a capacidade própria. Isto deve ser realizado com os diversos pontapés ecombinações. Quer dizer: uma vez por cada lado para equilibrar e compensar as nossas diferenças entre a habilidadee/ou limitações das nossas pernas.

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“Talvez uma das melhores representações de assuntosMarciais em Teatro”

Magnífica representação no teatro “A Rambleta” de Valência (Espanha) de “Os Shizen, o povo de Tengu”, umespectáculo audio-visual justamente integrado no ano dual Espanha-Japão, uma grande iniciativa da embaixada doJapão na Espanha e que festeja o estabelecimento de relações entre ambos países. O espectáculo criado para aocasião, formava parte também da festa pública pela graduação na escola Kaze no Ryu, de 6 novos Shidoshi, ou Joho,tal como se diz en Shizengo. Um documentário sobre esta representação, está sendo produzido com seu making off,back stage, entrevistas, etc. e que incluirá grande parte do espectáculo, para que todos os interessados na culturaShizen de todo o mundo, que não puderam assistir, possam gozar do mesmo.

“O povo de Tengu” foi pensado como uma presentação ao público da tradição Shizen, situando-a histórica eculturalmente e destacando os seus dois aspectos mais interessantes: por um lado, a sua tradição Marcial, o Bugei, epor outro lado, a sua cultura espiritual, o e-bunto.

Video Download

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Novo

“A magia, o encanto, o sabor do que é autêntico. A força de uma cultura e um povo, e seus costumes”

Seis novos Shidoshi festejaram a sua graduação de acordo com a tradição Shizen, com todas as suas cerimónias,com os ritos e as velhas danças em volta da fogueira, o tiro cerimonial e em companhia de seus seres mais queridos.Com, generosidade e abundância festejaram e honraram todos os mundos visíveis e invisíveis, à antiga maneira dopoderoso povo de Tengu, numa noite mágica e inesquecível. Quem disse que não ficavam cosas autênticas?

Festa de graduação dos novos Joho (Shidoshi) da linhagem de Kawa, escola Kaze no Ryu Ogawa Ha, dirigida porShidoshi Jordan Augusto Oliveira.

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Pelo Mestre Mark S. GridleyFotos: www.budointernational.com

praticante inquisitivo podefacilmente fazer umaprocura rápida na Internet,acerca dos "segredos daluta com pontos de pressão". Como sou um praticante

incessantemente curioso, fiz essa procurae o número de resultados foi25.600.000... Se bem é certo que haviamuitos excelentes recursos disponíveis,havia poucos que começassem com oprimeiro segredo para lutar com pontosde pressão de uma maneira efectiva.Tenho encontrado muitos estudantes queprocuram segredos, materiais avançadosou atalhos e no entanto lhes falta aprimordial importância de construir sobreos fundamentos marciais, para

desenvolver uma base para a aplicação. Tenho sido muito afortunado e estou realmente agradecido por ter recebido instruçãodaqueles que eu acredito serem alguns dos melhores e mais informados Mestres no mundo. Grande parte do meu êxito e aaprendizagem se devem directamente às oportunidades e ao caminho que têm proporcionado. Pensando acerca das últimasdécadas de estudo, encontrei coisas em comum entre esses Mestres. Me deixaram cometer erros e por vezes falhar para quepudesse abrir o coração e o pensamento às suas ensinanças e lições. Em todos os casos começaram por me ajudar a construiruma base sólida onde os seus "segredos" aumentassem. Entretanto, os fundamentos sempre foram suficientemente fortes paraestar a sós. Este é o assunto deste artigo, onde é meu objectivo incentivar os profissionais a fortalecer o seu fundamento, com afinalidade de aproveitar o princípio da redundância, da abundância...

Conforme exploramos as bases, o pensamento se torna mais comum com a ideia da construção, como coisas tais como aparte de suporte da carga de um edifício. Se bem podemos utilizar esta boa analogia, prefiro a definição utilizada pelo dicionário

Uma Base construídasobre a Abundância:Primeiro segredo para a

luta táctica eficaz, com ospontos de pressão.

Combat Hapkido

O

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Mark S. Gridley

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Oxford, que diz ser "uma base subjacente ou princípio dealguma coisa". É assim como um praticante deve consultarsua prática de qualquer "segredo" que exige um conhecimentoprofundo do principio em que se baseia. Um exemplo simplesé o conhecimento de que a melhor maneira de activar umponto de pressão por batimento é, em primeiro lugar, começarpor aprender como bater golpear de maneira efectiva. Após aconstrução de uma base de destacada eficiência é muito másfácil aplicar os "segredos" ou conhecimentos do método,ângulo e a direcção do destino, para activar a sua eficácia.

No programa Pontos de pressão Tácticos do CombateHapkido, as nossas três regras são:

1. A abundância. Nunca se deve depender exclusivamentetendo como objectivos os pontos vitais e/ou de pressão. Sedevem de trabalhar todas as técnicas, devido à incorporação

de vários princípios, independentemente da activação dodestino.

2. Escolher sempre a economia de movimento. Por exemplo:nunca passar um objectivo para bater em outro objectivo. Aeficácia é o resultado directo da mecânica corporal adequadae da aplicação dos princípios. As Técnicas falham devido àaplicação inadequada dos princípios científ icos, comfrequência devido ao movimento ineficiente.

3. Responsabilidade. Há considerações morais e legais emcada situação. Portanto, cada um será responsável das suasacções e omissões.

É intencionado que a redundância seja a primeira regra ereforce o motivo de uma base sólida marcial ser tão importante.Na escrita profissional os autores aspiram a evitar a

Combat Hapkido

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Mark S. Gridley

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redundância no que escrevem, pois podedar lugar à repetição desnecessária ousolapando de palavras. Mas naengenharia o uso do conceito daredundância é fundamental, paraaumentar a fiabilidade de um sistema ouconstituintes. Frequentemente se fazuma cópia de segurança para a prova defalhos ou de algum tipo de erro.

A importância do nosso estudo é abase em que se utiliza o princípio daengenharia da redundância, pois que seaplica às Artes Marciais em defesaprópria. O nosso objectivo é conseguirpor três vezes uma perfeita forma evoltar para casa em segurança, evitandoo depósito da morgue, o hospital e osistema legal esmagando a ameaça cominúmeras redundâncias, que reforçamuma base sólida.

Tenho a imensa sorte de conhecermuitas pessoas mundo afora, nosseminários aos que tenho assistido ounaqueles que compartilhei ensinando.Tenho recebido perguntas acerca dasteorias energéticas ou aplicações demétodos de energia com os pontos depressão, em os combates. Gozo comestas conversas, pois é esta uma áreafascinante de estudo e que parece terum campo i l imitado. No entanto,conhecer as teorias ou os conceitosenergéticos elementares, é de poucautilidade se ainda não se aprendeu amanter as mãos ao alto, em defesaprópria. Alguns dos melhores trabalhosem que tenho exposto os meus estudos,começam coerentemente com uma basesólida sobre a qual o conhecimento sepoderia aplicar. Muitos artistas marciaisestão familiarizados com a frase dolegendário Bruce Lee... "Saber não é

suficiente, devemos aplicar o quesabemos. O facto de querer não ésuficiente, devemos fazer.”

Para aplicar o que sabemos, temos deestar em uma posição que nos permitafaze-lo. Isto é o que faz uma base sólidapara o praticante em evolução.

E uma pergunta que muitas vezes façoa mim próprio e antes de descobrir oseguinte segredo é se construi uma basesobre a qual usar o conhecimento. Umacomparação seria um estudante quetenta um doutorado em ciênciasneurológicas, mas que não tem um bomconhecimento da anatomia e dafisiologia básica. Em um cenário deauto-defesa, o conhecimento de que "aposição do gato" levantando o calcanharadiantado, pode aumentar a energiaMetal Yin, é inúti l se não se tiveraprendido a importância do equilíbrio eda interrupção do equil íbrio; ouinclusivamente mais fundamentos, porvezes tão óbvios, como manter as mãosem alto, enquanto se está sendoatacado por múltiplos atacantes.

Durante o treino incentivo os meuestudantes a se concentrarem naaprendizagem provenientes dasaplicações de "provas de pressão" econceitos. Uma característica emcomum destes treinos, depois de rever aacção, é a l ição da importância dodomínio dos conceitos básicos antes detentar aplicar os conceitos avançados.Quando se aplica um novo "segredo"podemos nós termos certeza deestarmos protegidos das lesões noprocesso, quando se pratica um sistemade redundâncias e à prova de falhos?

Durante um treino recente, com nãomenos de seis Grandes Mestres

especialistas em pontos de pressão, muitoconhecedores e com grande experiência,todos elos destacaram e demonstraram aimportância de um bom alinhamentoanatómico, para melhorar o potencialfisiológico e a eficiência do movimento,antes de nem sequer fazer menção de umponto de pressão. Esta afirmação meserviria para demonstrar que este artigoera tão necessário como qualquerdiscussão técnica sobre os "segredos".

Finalizando; espero que o leitorquestione a força dos seus fundamentose a avaliação das redundâncias dentroda formação, na medida que continueno caminho do conhecimento e daexploração dos segredos dos pontos depressão na luta.

Claro está que este artigo não podeabranger este assunto na totalidade,mas e um incentivo para aprofundar,para compreender mais plenamente estaimportante área da auto-defesa.

Em um próximo artigo vamos acomeças a entrar em mais "segredos",com maior pormenor.

Mas não precisam esperar, porquetoda esta informação se encontra àdisposição a través da série didáctica deDVDs “Pontos de Pressão Tácticos”,que se pode pedir directamente àassociação Internacional de Serviços deDefensa, cuja Web é www.dsihq.com ea Budo International, em:

www.budointernational.com. Por favor, treinem forte, vivam com

honra e mantenham-se bem.

Para obter informação de certidões,seminários, ou realizar perguntas, favorentrarem em contactado com:[email protected]

Combat Hapkido

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Mark S. Gridley

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Combat Hapkido

“Tenho encontrado numerososestudantes que procuram

“segredos”, materiaisavançados, ou atalhos,

mas que lhes falta a primordialimportância, que é construir

sobre os fundamentos marciais,para desenvolver uma base para

a aplicação”

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Ving Tsun

Foto B1

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Punho que pressiona (Fotos C1 a C4 - realizado por Judy Chan e E.F. Leung)

Em caso de que sentirmos que a força que nos chega do oponente não se acelera empurrando para a frente, nem étão potente como era de esperar, devemos pressionar para baixo o braço do oponente, com a nossa força do cotovelo,e atacar a través da linha central. O ataque e a defesa operam simultaneamente.

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Punho Lap (Fotos D1 a D5 - Realizado por Rachel Chong e Keith K.H. Lam)

Quando o oponente lança golpe directo na distância curta, podemos utilizar como asa o braço, com a volta daposição, para anular a força que vem, e desviar o braço do oponente para mais longe. O pulso da mão do protector,pode arrastar para baixo a mão do oponente com rapidez e lançar um ataque directo contra ele.

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Punho Pak (Fotos E1 a E4 – Realizado por S.F. Luk e Patrick Chan)

Tem estilos de interior e exterior, e para depois do contacto e para antes do contacto. No interior, o Punho Pak é idealpara os confrontos de estilos, para antes do contacto, enquanto que no interior, o Punho Pak se utiliza principalmentepara o ataque depois do contacto.

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Punho Tan (Fotos F1 a F4 – Realizado por C.K. Ng e K.K. Ko)

Tem estilos de interior e exterior. O punho Tan é perfeito para contra-atacar ataques concatenados do oponente,desde direcções exteriores em ambos lados. Se pode iniciar o Punho Tan directamente, ao longo da linha central. Casoo oponente por sua vez se mover para um lado ou girar o seu corpo com o ataque da sua outra mão, se pode mudar

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para o punho Tan ao exterior, para anular o seu ataque. Para maximizar a força de invalidação, o punho Tan deve iniciar-se coo uma parabólica (quer dizer, curvando-se para baixo desde o alto nível ao baixo nível).

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Pau de Seis pontos e Meio (Foto H1 - realizado por Gary S. K. Wong)

O Pau de Seis pontos e Meio consta do tiro de pau, oagarre de pau, o varrido de pau, os paus de dispersão deLeung Yi, o pau giratório e o pau apontando em diagonalpara baixo e girando e o pau diagonal. O últ imomovimento do pau, não se completou, pelo fazemos meiopasso de pau. As técnicas de pau podem fortalecerpotência em geral da cintura, o cotovelo, o ombro, a nossaparte inferior do corpo e a posição.

Facas de Bart Charm (Foto H1Realizado por Sifu Chan Kim Man)

As Facas de Cortar, de Bart Charm, têm: golpes demachado, lançamentos, cortes, punhaladas, afundamento,rotações e manipulações da espada. As Facas de BartCharm são a extensão dos braços, e as suas aplicaçõessão similares às nossas habilidades da mão, mas osmovimentos são completamente diferentes. Osmovimentos da posição e da força de rotação da cintura,são o foco das Facas de Bart Charm. (Foto B1).

Ving Tsun

Forma do Boneco de Madeira (Fotos G1 a G2 - Realizado por W. S. Chung)

As Mãos Rolantes compreendem a mão Tan e o braço de asa baixa. Se as nossas mãosestão sob o controlo do oponente, ou são arrastadas para os lados, numa posição dedesvantagem, as Mãos Rolantes podem desmontar o controlo do oponente pela força darotação. Para as Mãos Rolantes com pontapé lateral, as Mãos Rolantes podem anular opontapé que se aproxima, enquanto que o nosso pontapé lateral pode dar um passo emdirecção ao joelho da perna que equilibra o oponente.

H1

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Livros Digitais

É um dos Mestres de Aikido mais interessantes dos quetenho conhecido. Homem sereno e elegante em todos ospormenores, Nomura já fez vários DVDs com BudoInternational e um extraordinário livro, que teve grandeêxito e que agora já está acessível em formato digital. Comtal motivo, revemos o seu conteúdo com um resumo domesmo, em forma de entrevista.

Alfredo Tucci

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Aikido

“O Aikido é uma maneiraperfeita de defender-se

e permanecersaudáveis. Através dasua prática se podecultivar o sentido da

paz, o que estáligado com

relaxar a mente,relaxar o

pensamento”

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O Mestre Kazuo Nomura é entrevistado por MaletAlexandre

Cinturão Negro: Quando se iniciou no Aikido?Kazuo Nomura: Comecei no Aikido em 1969, sob a orientação do último

Bansen Tanaka Shihan. Recebi o grau de 6ºDan em 1982.

C.N.: O que é Aikido?K.N.: Aikido é uma arte marcial moderna consolidada, de elementos do antigo

Ju Jitsu japonês e criada por Morihei Ueshiba, também chamado O'Sensei.Partindo de uma arte marcial, ele a transformou em um estilo de vida (michi, do).Através da prática das técnicas, desenvolveu um fundamento mental que nosensina como viver.O’Sensei disse que a prática do Aikido e a Paz Mundial estão conectas a nível

individual. Actualmente, muitas pessoas praticam Aikido, pois está estendido portodo o mundo.

C.N.: Segundo a sua experiência, o Aikido é…?

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K.N.: …"O Budo do Amor e a Paz". Não se trata de lutarcom outras pessoas, mas sim de um estilo de vida com oqual posso cultivar a minha consciência. Através da prática,eu melhoro; me ensina a fixar um objectivo para aperfeiçoaro meu carácter, a minha maneira de ser. O objectivo sempreinalcançável, é ter o carácter de Deus, ter em mente aperfeição. O’Sensei disse: "O treino espiritual terminaquando morres".

C.N.: A sociedade dos nossos dias é pouco segura eviolenta. Não é então difícil aplicar o princípio do "Budodo Amor e a Paz" na nossa sociedade?

K.N.: Quando se enfrentam à questão da violência,algumas pessoas pensam que as armas são necessárias.Também há quem pense que só se deveria de evitar. Aívemos o primeiro passo no Bujitsu, passando de empregara violência, ao uso correcto da força. Na prática do Aikido,queremos passar do nível das técnicas, para o caminho Do,para evoluirmos até a próxima etapa. Através da nossaprática do Aikido, podemos encontrar a resposta para aquestão final de como nos protegermos e como nosenfrentarmos à violência.

C.N.: Qual dos principais ensinamentos de TanakaBansen Shihan tem influído na sua prática actual?

K.N.: O Aikido nos ensina tudo. Em especial, lembro-meque dizia "entra desde baixo". Abaixa as ruas ancas, chegaa ser um com o movimento de entrar desde baixo. É umatécnica que também se aplica na vida quotidiana. Existeuma dica que diz: “O arroz que amadureceucompletamente, inclina a sua cabeça”. Quer dizer quequanto mais cresce uma pessoa como ser humano, maismodesto se torna... e isto realmente, é assim.

C.N.: O que se pode conseguir através da prática doAikido?

K.N.: O Aikido é uma maneira perfeita de defender-se epermanecer saudável. Através da prática se pode cultivar osentido da paz, o que esta ligado a relaxar a mente, opensamento. As relações pessoais melhoram e surge umsentimento de gratidão por tudo o que temos em volta. Nãose trata das técnicas, mas sim da maneira de viver a vida.

C.N.: Em que difere o Aikido de outras Artes Marciais?K.N.: O Aikido é muito diferente de outras artes marciais

em várias maneiras. As técnicas não são para lutar e vencer.É um adestramento da maneira de aspirar à perfeição comoser humano. Procurar a paz e faze-lo da melhor maneirapossível, para nos melhorarmos a nós próprios, é o que fazúnico ao Aikido.

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Aikido

“O Aikido é uma maneiraperfeita de defender-se epermanecer saudável.

Através da prática se podecultivar o sentido da paz,

o que esta ligado a relaxar amente, o pensamento”

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No Aikido é importante cooperar com o parceiro de treino. Istoquer dizer que ambas pessoas devem de se concentrarem emum movimento correcto. Uke dá a sua energia a nage (tori) paraobter o máximo da técnica. Não se trata de quem é mais forte,o que se procura é aperfeiçoar o movimento. Parte deaperfeiçoar o movimento se consegue através de não oforçar, encontrando a maneira mais razoável de nosmovimentarmos, consoante a própria força.

C.N.: O que se considera um “nível alto emAikido”?

K.N.: No Aikido repetimos a frase: “Pratica umatécnica por vez”, porque temos que poder executara técnica sem pensarmos nela. Ou seja, devemospoder deixar a nossa mente livre e não nospreocuparmos pelo movimento. Podemostranscender a forma sem tratar de sermosespeciais respeito dela.Neste estado, podemos manifestar

possibilidades incontáveis. Não há limite algume esta é a origem de experimentar o Budo.

C.N.: Como funciona o Ki no Aikido?K.N.: Penso que o Ki se baseia na

consciência e na energia, chegar a serconsciente do movimento da outra pessoas emisturar-se com o seu Ki. Isto tambémsignifica misturar-se com a energia douniverso (toda a energia natural). O Ki temuma força de ligação. mesmo se o oponenteé um inimigo, se trata de desenvolver umaconsciência comum com a outra pessoa.Também se trata de reconhecer as nossasbondades.

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C.N.: Qual seria o seu conselho com respeito à prática do Aikido?K.N.: Acima de tudo, necessitamos do poder da respiração. Na prática não usamos só os

nossos músculos como uma forma mais da prática, usamos também o poder de nos relaxarmos ea visualização e a intenção. O nosso poder deve vir desde o nosso centro (tanden), devemosdeixar desceu o nosso peso e estabelecer o nosso sentido do centro. A soma das nossasconsciências pode ser libertada de uma só vez, desde o nosso tanden.

C.N.: E com relação ao adestramento com armas?K.N.: Quando começamos a treinar, o facto de usar armas tem tendência a interferir com o

processo de aprendizagem da forma e do movimento. Logo que se aprenda correctamenteo movimento, penso que a prática com armas é positiva e devemos saber usá-las. Étambém uma maneira de aprender acerca do movimento, desde um ângulo diferente.

C.N.: O que é importante para melhorar?K.N.: Não sermos vaidosos. Lembrarmo-nos de que nunca seremos perfeitos mesmo

se continuarmos com a nossa prática. Todos sempre podemos melhorar. Por outraparte, só podemos melhorar se continuarmos praticando com paciência eperseverança. Também é importante repararmos nos bons exemplos e imitá-los.E não menos importante é ser objectivos acerca da nossa própria destreza.

Reconhecermos os pontos fortes e os pontos fracos.C.N.: Qual é o seu conselho para aqueles que se iniciam na prática do

Aikido?K.N.: Ao princípio, lembrarem-se de todos os pormenores de cada

técnica, pode ser esmagador... Quando já se lembram de tudo, estão no

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Aikido

“O nosso poder deve vir donosso centro (tanden),devemos deixar abaixar o

nosso peso e estabelecermos onosso sentido do centro”

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nível um. Mas muitas pessoas têm abandonado a prática antes de chegarem a esse nível. Como artemarcial completa, o Aikido está aberto a toda a gente. devido a isto, há uma tendência de aaproximar-se e pesquisar sobre o Aikido de uma maneira superficial. Se não se tomar a sério aprática, só se estará exercitando os movimentos. Portanto, o meu conselho é tratar dedesenvolver um sentimento por cada movimento e não se preocuparem tanto pelospormenores. Ninguém o pode fazer perfeitamente desde o início, de maneira que é melhortratar de o fazer o melhor possível estando atentos a que temos à nossa volta.

C.N.: Quais são os outros níveis?K.N.: O primeiro nível é seguir os princípios das técnicas. Pode reforçar o nosso corpo

e aumentar a nossa concentração. O segundo nível é pensar e fixar objectivos para melhorar. Chegar a sermos flexíveis

e reajustarmo-nos conforme as nossas necessidades, para alcançarmos os objectivos.Chegasse a ser moderado, estável física e mentalmente, portanto, a nossa energia fluimais facilmente. O terceiro nível é praticar; em Japonês usamos a palavra "Keiko". No terceiro nível, a

nossa prática no dojo e na vida quotidiana é uma mesma. Em qualquer coisa que se fazou se pensa, somos conscientes que é parte da nossa prática. Tudo é prática,

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portanto, o nosso treino não tem forma, mas é completo. É Budo! A nossa energia se mistura com tudo. Sesentem as coisas antes de as escutarmos, as vermos, cheirá-las ou tocá-las.Resumindo brevemente: O sistema de 3 níveis pode levar-nos a 3 importantes destrezas marciais: • 1 A Solidez • 2 O controlo• 3 A sensibilidade (o adversário já está derrotado antes começar o combate).

C.N.: O que quer dizer, quando diz que o adversário já esta derrotado? Anteriormentedisse que não se trata de vencer!

K.N.: Quero dizer que o objectivo é vencer sem lutar e não ganhar lutando. O meu treino estábaseado sobre este princípio.

C.N.: Como se pratica este princípio?K.N.: Só sendo treinado por nós mesmos, sendo realmente amáveis com as outras

pessoas. Se começa pela própria família e no dojo. Então seremos mais conscientes darealidade, no espaço que temos em volta de nós.

C.N.: Obrigado, Mestre Nomura.

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • KMISS-1REF.: • KMISS-1

Em exclusiva, o DVD do Mestre Marco Morabito, acerca dadefesa pessoal com mãos nuas, e a apresentação preliminardo Krav Maga Israelita Survial System. Las técnicas e ométodo que constitui o sistema, se ilustram sem segredos,

de maneira clara, transparente e facilmentecompreensível. Uma ocasião única para nos

aproximarmos até o coração da defesaisraelita e melhorar os nossos

conhecimentos sobre a matéria. Oautor é um dos grandes

expoentes mundiais em defesapessoal e conta em seu haver

com experiência no âmbitomilitar e empresas desegurança; galardoado porvárias nações, convidado adar cursos e semináriosem todo o mundo, desde oJapão aos E.E.A., aPolónia, a Espanha, CaboVerde, Alemanha, Israel,França e Rússia, se tornouporta-voz internacional de

diferentes sistemas decombate e defesa pessoal

pouco conhecidos, ainda queextremamente efectivos.

Morabito desenvolve umapesquisa contínua, sem nunca

parar na procura incansável deadquirir novos conhecimentos e nunca

deixar de fazer perguntas. Krav MagaIsraelita Survial System não é uma disciplina o um

conjunto de regras rígidas, mas sim um método, umprocesso em evolução contínua e constante. Isto fá-loadaptável a qualquer situação e circunstância, permeável aqualquer mudança e proporciona a capacidade de fazer umestudo dos erros e da sua experiência uma oportunidadepara melhorar.

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“O que dá a beleza ao deserto é que em alguma parte,esconde um poço de água”

Antoine de Saint-Exupery

“O que sabemos é um pingo de água; o que ignoramosé o oceano”

Isaac Newton

Fluir não quer dizer ser descuidado; a água o não é. Não deixacanto sem cobrir, a tudo chega! Dizem os Asturianos que a águatem “um focinho muito fino”. Sem presa, adaptando-se àscircunstâncias, a água é a metáfora da persistência e daadaptabilidade extremas. O paradigma da mydança na forma, semtransformar a essência. O água cataliza a vida, sem ela, a terra seca e fica ermo, o fogo sem

controlador, tudo inunda e o ar, transformado em tormenta de areia, nãopode levar a fertilidade das nuves, nem a força das mudanças. Até ometal é torneado com seu uso nas forjas! A água nos conforta, nos limpa, nos abençoa. Molhados

nos rios do momento, nadamos, lutamos, naufragamos. Fluir, adaptarse às barreiras, correr para baixo, não

se opôr a nada, a água é a perfeita analogía dahumildade, da adaptação e do não conflicto. Aágua vence sem objectivo; seguindo a suanatureza, rodeia qualquer obstáculo e nosensina a como vencer, mas com sabedoria,sem desgaste, sem perder de vista oobjectivo. O que é uma rocha no caminho?O que é uma montanha? Até quando nãohá saída, ela se filtra ou se evapora. Nadadetém o seu destino.O río da vida me deixou nas minhas

margens estos textos, que hojecompartilho como livro. E digo que“deichou”, porque toda autoría équando menos confusa, pois todosdevemos àqueles nos precederam,aos que nos inspiraram e inspiram,as flutuantes nuvens doinconsciente colectivo e até, quemsabe!, os espíritus econsciencias que nos rodeiam. Não tenho nada que

ensinar, porque nada sei, peroa quem quizer escutar asminhas palavras, lhe deixoaquí sinceras reflexões,sentidas, cada día maissentidas e menos pensadas,porque o pensamento nosengana vendo o que quer vere dele aprendi a suspeitar.

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osimilares) e aimpressão das capas segueasmaisrestritas exigências de qualidade(tipo depapele impressão). Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • DVD/LARRY4REF.: • DVD/LARRY4