cinÉtica da condutibilidade . lÓnica no … · encontram submetidos à acção de um campo...
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FERNANDO CARVALHO BARREIRA
CINÉTICA DA CONDUTIBILIDADE .
l Ó N I C A N O N I T R O B E N Z E N O
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências da Universidade de Lishoa para a obtenção do título de professor agregado
\ X
L I S B O A
19 6 4 '
Prefacio
A parte experimental deste trabalho foi realizada em
Londres, durante uma estadia como «research fellow»
no Departamento de Química do Imperial College of
Science and Technology. Durante essa estadia estive
integrado no grupo dirigido pelo Dr. G. J. Hills, a quem
quero agradecer o interesse que sempre manifestou pelo
trabalho e as utilíssimas sugestões que fez durante a
sua discussão.
O estágio no Imperial College foi possível graças a.uma
bolsa concedida pelo Instituto de Alta Cultura^ ao qual,
por isso, manifesto o meu agradecimento, que, muito em
'particular, se dirige ao Ex."^ Senhor Prof. Eng. A. Her
culano de Carvalho, presidente da Comissão de Estudos
da Energia Nuclear, por cuja iniciativa tal bolsa foi
concedida.
Aos Ex.*^^ Srs. Profs. A, Pereira Forjaz e K. Jacobsohn
fiquei devendo, o que agradeço, a autorização para me
ausentar do serviço docente. Ao Ex.*"° Sr. Prof. K, Ja
cobsohn quero ainda exprimir o meu reconhecimento
pelo amistoso incitamento, com que me distipguiu, para
que efectivasse este estágio num laboratorio estrangeiro
e pelo interesse com que o acompanhou.
A todos aqueles que, de qualquer forma, contribuíram
também para que a estadia, em Inglaterra fosse possível
deixo aqui expressa a minha gratidão.
Por último^ quero manifestar o meu. reconhecimento à
, Sr."^ D. Maria Palmira Álvares e ao Sr. João Casaca
pela preciosa ajuda que me deram na preparação do
original e ao Dr. Manuel Laranjeira pela revisão que
• efectuou.
\
Glossário dos símbolos mais frequentemente usados
^ coeficiente do termo em c na equação de Jones e Dole, A dóbro da freqüência da oscilação de nma partícula
numa célula de líquido, A pré-expoente da equação de An-hejiius. ^ « a diâmetro médio dos iões. a constante da célula. | l coeficiente do termo em c'na equação de Jones e Dole. c concentração molar, D coeficiente de difusão. Ey energia de activação aparente a volume constante. Ep energia de activação aparente a pressão constante. BQ carga do electrão. F Faraday. A variação dà energia livre de Gibbs associada à efecti-
vação de um salto entre duas posições de equilíbrio; energia livre de activação (por mol),
A H*f, variação da entalpia associada a um salto entre duas posições de equilíbrio; calor de activação (por mol).
h constante de Planck. J freqüência dos saltos do ião de célula para célula. K condutibilidade específica.
k coeficiente do termo em c' ' na equação de Onsager. k, 1 freqüência cora que o ião salta a barreira de potencial, k constante de Boltzmann. L distância entre duas posições de equilíbrio adjacentes
no líquido. m massa do ião. N número de Avogadro. ,P pressão. Q energia necessária para que o ião possa sair da célula
onde se encontra (por mol)* R resistência das soluções. R constante dos gases, f raio dos iões. A^Õ variação da entropia associada a um salto entre duas
posições de equilíbrio; entropia de activação (por mol). T temperatura absoluta.
U energia interna. A Uo variação da energia interna associada a um salto entre
duas posições de equilíbrio (por mol). « mobilidade dos iões; velocidade adquirida quando se
encontram submetidos à acção de um campo eléctrico de intensidade igual à unidade.
u" mobilidade absoluta dos iões; velocidade adquirida pelos iões sob a acção de uma força de módulo igual à unidade.
V volume, volume molar.
A F* volume de activação; variação do volume molar associada ao salto de uma posição de equilíbrio para a seguinte,
i" módulo da velocidade com que os iões se deslocam no líquido; por razões de simplificação, no texto, refere-se simplesmente por velocidade,
ii" trabalho executado pelo campo eléctrico no transporte de um ião de uma posição de equilíbrio à seguinte.
X intensidade do campo eléctrico. / tempo, z valência do ião. a grau de dissociação. a' coeficiente de dilatação térmica dos líquidos, p' coeficiente de compressibilidade dos líquidos, e constante dieléctrica. 7] viscosidade. X quantidade proporcional à força iónica. A condutibilidade equivalente molar. * A" condutibilidade equivalente molar limite (a diluição
infinita). X condutibilidade equivalente iónica.
condutibilidade equivalente iónica limite (a diluição infinita).
/ÒU\ Tz pressão interna nos líquidos; | j .
0 fluidez da solução. 6° fluidez do solvente.
Cinética da condutibilidade iónica
no nitrobenzeno
\—INTRODUÇÃO
Entre as propriedades das soluções eleclrolíticas, a con
dutibilidade tem figurado sempre como uma das de
maior importância no que respeita ao fornecimento
de dados tendentes ao estabelecimento de um modelo
que descreva, de forma satisfatória, o comportamento
dessas soluções. Foi a existência da condutibilidade
electrolítica que conduziu ARRHENIUS à teoria iónica
das soluções.
A enorme precisão com que a condutibilidade pode ser
determinada experimentalmente é outro argumento a
favor da sua utilização como propriedade de interesse
fundamental para o estudo das soluções electrolíticas.
Outros fenómenos de transporte, tais como a viscosi
dade, difusão própria e transporte de calor, são também
susceptíveis de fornecer dados igualmente úteis para
o estabelecimento de um modelo descritivo das soluções
dos electrólitos, mas a precisão com que podem ser
avaliados quantitativamente é muito inferior àquela
que caracteriza -as determinações de condutibilidade,
colocando-os, portanto, em lugar secundário em re
lação a esta.
São muito numerosos os trabalhos que têm sido publi
cados sobre o estudo da condutibilidade dos electrólitos.
Uns contêm um numeroso reportório de dados expe
rimentais, outros ocupam-se, por seu lado, da inter
pretação e previsão teórica.
Note-se, no entanto, que esses trabalhos são, na sua
maior parte, orientados para o estudo da variação da
condutibilidade equivalente com a concentração.
A teoria de DEBYE HÜCKEL ONSAGER, tratando do pro
blema da interacção dqs iões em solução, forneceu uma
previsão teórica da variação da condutibilidade equi
valente com a concentração, que é válida, pelo menos.
em soluções diluídas. As modificações posteriores que
lhe foram introduzidas não são mais que ajustamentos
tendentes a conduzir a uma melhor concordância com
os resultados experimentais.
Coin recurso à teoria original ou às suas modificações
subsequentes, podem extrapolar-se os valores da con
dutibilidade equivalente, obtidos com soluções diluídas,
para o caso ideal da diluição infinita, em que se supõe
que um ião está situado num contínuo, constituído
pelo solvente, não se manifestando, portanto, quaisquer
acções de carácter interiónico.
O conhecimento dos números de transporte, de acordo
com a hipótese de KOHLRAUSCH da independência da
migração iónica, permite separar em duas parcelas adi
tivas a condutibilidade equivalente, correspondendo uma
ao transporte de cargas pelos aniões e a outra ao trans
porte pelos catiões.
Comparado com o desenvolvimento que tomaram as
teorias que tratam do efeito interiónico e com o número
de trabalhos experimentais realizados com o objectivo
de as verificar, é muito reduzida a atenção que, até
à data, foi dedicada, à interpretação da condutibilidade
equivalente iónica límite e à sua tradução em função
de outros parâmetros característicos das soluções.
A teoria hidrodinâmica, fazendo uso da lei de STOKES
e assimilando o ião a uma esfera rígida que se move
de forma contínua no solvente, é incapaz de interpretar
os resultados experimentais e ' com mais dificuldade
ainda de os prever.
O rigor com que a teoria cinética dos líquidos permite
descrever as suas propriedades ^eyou a admitir que,
igualmente, a condutibilidade electrolítica podia ser des
crita por um modelo semelhante. Têm sido feitas ten
tativas neste Sentido, usando, de maneira geral, os pro-
cessos da teoria dos estados de transição.
Os resultados a que -se chega, pela aplicação destes
modelos, traduzem-se por equações em que a condu
tibilidade iónica equivalente limite é expressa em função
de parâmetros característicos dos líquidos. Acontece,
porém, que alguns desses parâmetros não podem ser
determinados independentemente da condutibilidade e
assim a verificação experimental directa das equações
obtidas não é possível. Somente podemos comparar
as variações da condutibilidade em função da variação
de factores externos com os valores das derivadas
correspondentes que podem ser calculadas a partir
dessas equações. '
Entre os factores externos, que podem alterar a con
dutibilidade, figuram a pressão e a temperatura. A va
riação com a temperatura a pressão constante permite
o cálculo da energia de activação isobárica, enquanto
que a isocórica resultará do estudo da variação com
a temperatura, a volume, constante. O coeficiente de
pressão para a condutibilidade permite' o cálculo dos
volumes de activação. Estes três parâmetros são carac
terísticos dos líquidos em causa.
N o presente trabalho pretende fazer-se uma análise
crítica das teorias hidrodinâmica e cinética da condu
tibilidade iónica, procurando mostrar que os dados
experimentais obtidos não se ajustam às conclusões da
primeira mas podem ser interpretados pela segunda.
A distinção entre as energias de activação a pressão
e a volume constante foi outro dos problemas que pro
curámos estudar experimentalmente. Estas duas gran
dezas, que se referem ao processo isobárico e isocórico,
respectivamente, são diferentes na medida em que a
primeira é constituída pela segunda e por uma'outra
parcela, correspondente à energia necessária para a for
mação das lacunas para onde os iões, se hão-de des
locar.
Estudaraín-se de forma sistemática soluções num sol
vente orgânico (nitrobenzeno) de sais de tetralquilamó-
nio, tendo variado a extensão da cadeia hidrocarbo-
nada. Os factores externos que se fizeram variar foram
a pressão e a temperatura.
A escolha do nitrobenzeno como solvente foi ditada
pelo valor da sua constante dieléctrica, relativamente
elevada. A água, com constante dieléctrica mais ele
vada, não foi usada porque a sua estrutura particular
dá origem a que os valores que nela se determinam
tenham caraéterísticas difíceis de generalizar.
As dimensões elevadas dos iões picrato e tetralqui-
lamónio estão na base da escolha dos sais que em
pregámos.
2—CONDUTIBILIDADE ELECTROLÍTICA
2.1 Teoria hidrodinámica da condutibilidade
O modelo mais simples que se pode usar, para des
crever o movimento dos iões em solução, consiste em
tratá-los como esferas rígidas que se movem num meio
viscoso contínuo.
Quando um campo eléctrico actúa sobre os iões, estes
começam a mover-se por acção da força de módulo
zXb^ e simultaneamente começa a manifestar-se a
resistência ao movimento oposta pelo meio viscoso.
Este modelo não entra em linha de conta com o mo
vimento browniano.
Se forem satisfeitas as condições de aplicação da lei
de STOKES (1), isto é:
(i) o movimento ser regular
(ii) não haver escorregamento na superfície da esfera
Oii) o movimento do ião, por acção do campo eléc
trico aplicado, ser dominante no meio ambiente,
a resistência será dada pelo produto Ó T n i r f V .
A equação do movimento será:
dv 6 7t 7] í-f V (2.1)
onde não foram consideradas quaisquer interacções
entre os iões. A equação é, portanto, válida a diluição
infinita. Da sua integração resulta
Zi Cq X
6Tzy] ri l—e
/ (2.2)
Ao fim de certo intervalo de tempo, que, em princípio,
se supõe ser muito pequeno, a exponencial torna-se
praticamente nula, ficando simplesmente
v = Zi eo X
6 r.7]r¡ (2.3)
Se atendermos a que a mobilidade absoluta h - de um
ião é dada pela sua velocidade num meio viscoso quando
actuado por uma força unitária, teremos
1 (2.4)
As relações X^= Fu¡ G Ui = ujzie^, em conjunto com
(2.4), conduzem a
N 6 : r (2.5)
Para um dado ião o produto T] é urna constante,
admitindo que o respectivo raio é independente da
temperatura, pressão e natureza do solvente. É ainda
necessário decidir sobre o valor da viscosidade a usar
em (2.5). A viscosidade macroscópica do solvente puro
será naturalmente diferente do valor local na. zona
próxima do ião. Por outro lado, é presumível que a
viscosidade das soluções, extrapolada para diluição in
finita, seja diferente da do solvpnte puro, em virtude
das interacções que têm lugar entre os ¡oes e as mo
léculas do solvente.
A afirmação contida na equação (2.5), quanto à cons
tância do produto v] X", constitui o enunciado da regra
de WALDEN (2), que foi. apresentada como conclusão
empírica.
A verificação desta regra está longe de ser confirmada,
de forma geral, pelos resultados experimentais, se bem
que existam séries de observações em que a constância
do produto 7)X° é uma realidade.
Além das condições atrás referidas para a aplicação
da lei de STOKES, de que depende a dedução desta con
clusão, uma outra deve ser mencionada e que consiste
em pressupor que os iões têm dimensões muito supe
riores às moléculas do solvente onde se movem.. Seria
assim de esperar que iÕes de grandes dimensões se •
comportassem em bom acordo com a regra de W A L D E N .
KRAUS (3) apresenta resultados relativos aos iões pi
crato e tetraetüamônio, que são de dimensões suficien
temente grandes para poderem satisfazer a esta última
condição de aplicação da lei de STOKES e mesmo para
eles o produto iiX; está longe de ser constante, quando
se comparam os resultados obtidos a diluição infinita
nos seguintes solventes: água, piridina, ácido cianídrico,
nitrobenzeno, acetona e diclorometano. A variação é no
máximo representada por um factor 2.
Para estes iões de grandes dimensões, a constância do
produto não se verifica melhor que para outros iões
de muito menores dimensões. Os dados figurados no
mesmo trabalho, relativos aos iões Br" e Na"^ apre
sentam um comportamento que não é muito diferente.
Foram estudadas soluções nos mesmos solventes e
ainda no amoníaco. Para o Br, onde a variação é mais
acentuada, o factor que a representa não ultrapassa 2,7.
Parece, portanto, não residir na pequena dimensão dos
iões a única dificuldade da. aplicação da leí de STOKES
ao nosso problema e, portanto, da validade das con
clusões que dela derivam.
Os resultados condensados por O W E N (4), incluindo
nove iões (aniÕes e catiões), mostram que na água a
tendência é para o produto 7]X| diminuir, à medida que
a temperatura aumenta, ao contrário do que seria de pre
ver se a equação (2.5) fosse rigorosamente válida. Uma
possível explicação para o facto de o produto vjX? dimi
nuir com o aumento de temperatura reside na hipótese
de o raio que figura em (2.5) não ser o raio do ião mas
sim o da sua camada de solvatação. O aumento do grau
de solvatação, com a. temperatura, explicaria a variação
mencionada. Esta justificação parece pouco plausível,
embora fosse adoptada por SUTRA (5, 6, 7), que, tendo
encontrado graus de hidratação fraccionarios, os ex
plica pela mistura de dois estados corres^ndentes a
valores inteiros, cuja proporção varia com a tempe
ratura.
Entre os iões para os quais o produto vjX? está tabulado
no trabalho d& O W E N , em função da tamperatura, o
Zi*^ tem um comportamento singular, porquanto lhe
corresponde um valor constante para o produto v]Xj
quando a temperatura varia de 5 a 55°C. Esta cir
cunstância pode admitir-se que deriva duma coinci
dência fortuita ou do cancelamento mútuo de factores
opostos, pois não há qualquer circunstância particular
inerente aos iões Li'*' que possa justificar tal com
portamento.
Estes factos não" têm, no entanto, impedido que a ex
pressão (2.5) esteja na base da determinação de números
de transporte pela extrapolação de dados experimentais
de uns solventes para outros. WALDEN e BIRR (8) calcula
ram a condutibilidade limite do ião picrato em soluções
não aquosas à custa 'dos valores determinados na água,
admitindo a constância do produto v;X°. Igualmente
PRUE e SI |ERRINGTON (9) usaranj repetidamente a cons
tância do produto vjX" para extrapolar a outros sol
ventes os resultados obtidos na dimetilformamida.
A não concordância entre o valgr do raio obtido por
(2.5) (raio de STOKES) e o raio cristalográfico dos íões
tem sido muitas vezes justificada com recurso ao facto
de os iões se encontrarem solvat^dos em solução e,
portanto, o raio de STOKES ser o raio da camada de sol
vatação e não o do ião livre dela.
Assim (?), a concordância de valores entre o raio de
STOKES e o cristalográfico para os aniões e a diferença
encontrada para os catiões, nas soluções em dimetilfor-
mamida, foÍ explicada por PRUE e SHERRINGTON como
sendo devida à ausência e presença, respectivamente,
de solvatação. Estes autores encontram uma concor
dância apreciável (excepção feita ao perclorato de litio
e ao iodeto de potássio) entre a soma dos raios de
STOKES e o parâmetro a (diâmetro médio de colisão
dos iões em solução), que é interpretada como sendo
devida ao facto de os catiões reterem a sua camada de
solvatação, enquanto se movem no solvente. Os dados
referidos nesse trabalho, dizendo respeito a outros
solventes, apresentam a mesma tendência geral5í.^cepção
feita à água, o que é justificado pela estrutura parti
cular desta.
Segundo esta mesma linha de pensamento, U L I C H (10)
já muito anteriormente se tinha proposto calcular os
números de íiidratação dos iões, partindo da validade
de (2.5), onde seria o raio do complexo solvatado.
O conhecimento, por processos independentes, do raio
cristalográfico permitia calcular, em conjugação com
o raio de STOKES, o volume da camada de solvatação.
BOCKRIS (11) fez notar que, para iões de tamanho médio,
tais como is:+, Mb'^, 0 + , C/", Sr e C/Og", na
água, os valores encontrados para o raio de STOKES são
inferiores aos do raio cristalográfico, o que, evidente
mente, é absurdo. Explica este resultado, admitindo que
iões muito pequenos se mantêm na solução sem per
turbar a estrutura da água, ao passo que os de grandes
dimensões têm unia densidade superficial de cargas
muito pequena, a qual, pelo seu baixo valor, não causa
também perturbação na estrutura do solvente. Nos iões
de dimensões intermédias não ocorre nenhuma destas
circunstâncias e daí as anomalias verificadas. Ê pro
posto pelo mesmo autor, para resolver esta dificuldade,
que se tomem os números de solvatação no metanol
como sendo iguais aos que se obtêm na água, pois
neste solvente as anomalias apontadas não estão pre
sentes.
Esta mesma dificuldade já havia sido notada por outros
autores (5), que a explicaram como conseqüência simul
tânea dos efeitos de o ião não ser «molhado» pelo
solvente e da acção que os iÕes exercem sobre as
moléculas do solvente, provocando alterações na sua
estrutura. A tais iões deram o nome de anti-stokes.
O fenómeno foí verificado na água e noutros sol
ventes.
RoDiNSON e STOKES (12) notam que, para iões de grandes
dimensões e baixa densidade superficial de- carga ou
com densidade superficial de carga suficientemente
grande para se formarem entidades solvatadas firmes,
os coeficientes de temperatura da mobilidade iónica
e da viscosidade da água são tais que a lei de
STOKES é válida, com a condição de o coeficiente nu
mérico que figura na sua expressão ser diferente de
ÔTT e função do raio iónico.
A equação (2.5) deveria escrever-se
(2.6)
onde / é \ima função de r .
Admitiram que os iÕes de tetralquilamónío satisfazem
às condições requeridas e calcularam para eles o valor
do coeficiente / , quando o solvente é a água, a partir
do conhecimento do raio de STOKES e do raio crista
lográfico.
O factor de correcçãd / diminui à medida que aumenta
o raio iónico, tomando-se praticamente igual a 1
a partir do ião tetra-«-amiIamónio, a' que corres
ponde um raio de 5,3 A. Concluem daqui que a lei
de STOKES é aplicável com o factor 6 TI, para iões com
raio superior a 5 A.
Esta correcção é empírica e o valor de / não pode ser
extrapolado para valores de inferiores a 3,5 A, que
é o raio cristalográfico do ião tetrametilamónio, limi
tando-se muito, portanto, a sua aplicabilidade em
virtude de a maior parte dos iões terem raios menores.
Não nos parece válida a extrapolação destas conclusões
para solventes não aquosos, cujos comportamento e
estrutura são muito diferentes dos da água.
O tratamento de ROBINSON e STOKES não é, na essência,
diferente do apresentado por DARMOIS (13), que atri
buiu as diferenças encontradas entre os raios de STOKES
e cristalográfico ao facto de os iÕes muito pequenos não
serem molhados pelo solvente (condição (ii) de apli
cação da lei de STOKES), dando-se um verdadeiro esca-
pamehto através da sua estrutura. Para os iões muito
pequenos teria que se adicionar ao raio de STOKES um
termo aditivo da forma / ( r ) , para obter o raio crista
lográfico. Este termo diminuiria à medida que r crescia,
até se anular.
Outra causa que, no entender de DARMOIS, pode jus
tificar a diferença entre o raio cristalográfico é o de
STOKES provém da modificação da estrutura do solvente
na vizinhança dos iões, por acção do campo superficial
destes, que pode não ser suficiente para levar à solva
tação, mas que pode chegar para provocar uma acumu
lação anormal de moléculas de solvente nas vizinhanças
dos iões. Tratando-se dos efeitos de um campo super-
10
ficial, o termo que lhe corresponde será da forma Bjr^.
À distância a da superfície do ião terá o valor Bj(r+à)^.
Assim, ficará
r-r,=f(r)~BKr-^af ( 2 . 7 )
Os resultados experimentais apresentados por DARMOIS
estão em acordo razoável com (2 .7 ) , obtendo-se dife
rentes séries de curvas para os iões positivos e nega
tivos, visto estes orientarem de forma diferente os
dipolos do solvente.
BoRN (14) admitiu que a passagem dos iões pelos di
polos da água os orienta, criando-se uma resistência
áo movimento, que corresponde ao aumento aparente
do raio dos iões. Esta teoria foi fortemente criticada
por WALDEN e U L I C H ( 1 5 ) e DARMOIS mostrou que a
expressão a que chegou BORN, para traduzir este efeito,
não se ajusta aos resultados experimentais senão para
iões monovalentes.
SUTRA ( 5 , 6, 7 ) considera a existência de um efeito de
mudança de coordenação da água junto aos iões, de
origem electrostática, e chega para o raio de STOKES
a uma expressão análoga à de DARMOIS, onde intervém
o cubo do raio cristalográfico, em lugar do quadrado.
Relaciona ainda a constante B com a carga do electrão,
o momento dipolar do solvente e a sua constante die
léctrica.
B
7" ( 2 . 8 )
Recentemente, Fuoss ( 1 6 ) retomou a idéia da existência
de acções electrostáticas entre os campos dos iões e os
dipolos do solvente nas vizinhanças.
Os dados experimentais apresentados por Fuoss para
justificar o seu tratamento mostram mais uma vez que
o produto 7) X° não é constante e, além disso, que não
existe correlação entre a variação da viscosidade e do
produto vj-Xj, quando para um dado electrólito se mo
difica a composição do solvente.
Da análise dos dados experimentais usados por Fuoss
uma única conclusão sobressai, traduzindo-se pelo facto
de o produto vj Xj variar sempre no mesmo sentido da
constante dieléctrica do solvente, ao modificar-se a
composição deste. O mesmo não acontece com a vis
cosidade. Fuoss conclui, daqui, da existência de inter
ferência de fenómenos electrostáticos no modelo hidro
dinámico, a qual fora omitida em todos os tratamentos
anteriores. Nestas condições, a constante dieléctrica do
meio deve figurar explicitamente na equação (2 .5 ) . Tudo
se resume em usar, em vez da viscosidade macroscó
pica do solvente, o seu valor local. Como se assinalou,
anteriormente, a viscosidade macroscópica não apre
senta correlação directa com a constante dieléctrica,
ou seja que não é afectada pelos fenómenos electros
táticos que têm lugar a curta distância dos iões.
Fuoss admite que em torno de um ião estacionario
a distribuição dos dipolos do solvente tem uma simetria
esférica que desapareceria se a carga do ião se anulasse
num dado instante. Voltaria a formar-se a distribuição
ocasional, regida pelos campos criados pelos dipolos
do solvente. Considera-se que em torno do ião há
uma «atmosfera de solvente», semelhante à «atmosfera
iónica».
A relaxação que teria lugar no solvente pela aniqui-
lação das cargas dos iões não seria instantânea, visto
haver viscosidade. É necessário um certo ^tervalo de
tempo finito para os dipolos tomarem as suas novas
posições.
Quando o ião se move, tem lugar um fenómeno aná
logo, isto é, a «atmosfera de solvente» leva tempo para
se relaxar atrás do ião e para se reformar na sua frente.
Cria-se assim um campo electrostático que se opõe ao
movimento do iãò, o que equivale a um aumento local
da viscosidade.
O incremento a fazer na viscosidade macroscópica para
obter o seu valor local será, em conseqüência da sua
origem electrostática, uma função da constante die
léctrica do meio.
Para o estabelecimento de relações quantitativas in-
troduz-se o valor r^, do raio do ião quando colocado
num meio de constante dieléctrica infinita, onde os
efeitos electrostáticos não teriam lugar. Os argumentos
indicados por Fuoss jusfificam que o incremento local
da viscosidade seja proporcional à viscosidade ma
croscópica, inversamente proporcional à constante die
léctrica "disolvente e que a .sua expressão contenha
um termo em r^.
Escrevendo duas equações análogas a ( 2 . 5 ) , uma con
tendo o raio do ião, determinado experimentalmente
e a outra a viscosidade macroscópica e o raio r^,
obtém Fuoss
/•i = / - ^4 -5e \ i ( 2 . 9 )
onde B é uma constante. O estabelecimento desta ex
pressão envolve uma série de aproximações.
Os resultados experimentais apresentados por Fuoss
mostram-se em bom acordo com'a equação ( 2 . 9 ) , que
1-1
foi verificada para soluções em solventes de compo
sição variável. As curvas que traduzem a variação do
produto r^z em função da constante dieléctrica são
rectas dentro do rigor experimental (17).-O efeito de
relaxação com origem ^os dipolos do solvente pode
ser influenciado pela existência de pontes de hidrogénio
estabelecidas entre as moléculas do solvente (18).
Este tratamento, embora confirmado pelos dados expe
rimentais apresentados, não parece completo, porquanto
se faz uma correcção à viscosidade macroscópica mas
continua a usar-se o valor,da constante dieléctrica ma
croscópica do solvente, em vez do seu valor local, que
é presumivelmente diferente. Por outro lado, nenhuma
referência é feita ao fenómeno da solvatação.
As correcções de CUNNINGHAM (19) e de M I L I K A N (20,21),
que se traduzem em escrever a expressão que dá a re
sistência do fluido ao movimento sob as formas
6r.rirv=F[ 1-J- —+ A + r r~
r r
(2.10)
(2.11)
não são capazes de traduzir as observações experi
mentais.
As dificuldades de diferente tipo, que se apresentam
ao tentar pôr de acordo o modelo hidrodinámico com
a experiência, deram origem a correcções que se tra
duzem pelas equações (2.Q e (2.9). Em qualquer delas
os conceitos fundamentais não se encontram modi
ficados.
PoLissAR (22) fez uma crítica geral ao modelo hidrodi
námico e mostrou que mesmo os princípios funda
mentais devem ser abandonados.
A equação (2.2) exprime que o ião tem um período
de aceleração inicial, antes de atingir a velocidade cons
tante característica do regime estacionário. A conduti
bilidade electrolítica determinada dependeria, portanto,
da frequência do campo eléctrico alternado usado na
sua determinação.
U L I C H (23) estimou esse período de aceleração em 10~" s,
muito inferior ao período da corrente alternada que
correntemente se usa nestas determinações. A existência
de períodos de aceleração não constituiria ainda incom
patibilidade de monta para a aceitação do modelo
hidrodinámico.
Retomando a equação (2.2) e atribuindo, às quanti
dades que figuram na exponencial, valores que corres
pondam a uma situação média, podemos calcular o
valor do período de aceleração e comparar entre si
os percursos dos iões nesse intervalo de tempo, quando
existe resistência ao movimento criada pelo meio vis
coso e quando esta está ausente.
Sejam 7)=«0,01 poise, r f = 3 Â e o valor correspon
dente à massa iónica 100. Nestas condições, o ião leva
6,7xl0""s para atingir 90% da sua velocidade
final. Este resultado concorda com a estimativa de
U L I C H . Se a força de fricção representada pelo termo
6in]r v em (2.1) estivesse ausente, o ião atingiria nesse
intervalo de tempo uma velocidade 2,303 vezes superior
à velocidade final dada por (2.2). A força de fricção
faria reduzir em 6,7x10"^* s a velocidade do ião a
39 % da velocidade que teria se ela não existisse. Se
arbitrarmos para o ião uma velocidade igual a 1 X 10~
cm s~\ num campo eléctrico de intensidade 1 Vcm~*,
ele teria nesse intervalo de tempo um percurso de
6,7x10-" cm.
A distância entre as partículas num líquido é da ordem
de 10-" cm. Assim, um ião, percorrendo uma distância
10' vezes menor que este livre percurso médio, teria
a sua velocidade reduzida a 39 % do valor que apre
sentava se não existisse fricção. Para POLISSAR este facto
constitui uma crítica importante aos princípios funda
mentais em que se baseia o modelo hidrodinámico.
Esta dificuldade pode, de certo modo, ser resolvida pelo
tratamento de Fuoss, que entra em linha de conta com
as acções electrostáticas capazes de justificar este efeito.
Parece crítica mais séria o facto de o modelo não
considerar o movimento browniano. O movimento do
ião por acção do campo eléctrico aplicado deverá
preferentemente ser encarado como uma perturbação
do movimento browniano, e não como um efeito pri
mário, que só se pode admitir num modelo hiper-
simplificado e, portanto, incapaz de traduzir a rea
lidade.
As condições indicadas para a aplicabilidade da lei de
STOKES no cálculo das Torças de fricção também
muito dificilmente se podem considerar cumpridas.
A existência de movimento browniano é contrária às
condições (i) e (ii). Com os valores médios arbitrados
anteriormente, pode calcular-se que só um em cada
5x10^ movimentos do ião é efectivo na direcção do
campo eléctrico. A condição (iü) está, portanto, longe
de ser verificada. A própria existência do movimento
browniano opõe-se à condição ( í ) . Quanto à condição
(ii), não podemos decidir seguramente; no entanto, é de
presumir que não seja também cumprida.
12
o acordo com alguns dados experimentais não pode
servir para justificar a teoria que, em muitos casos,
está também em perfeito desacordo com eles, como
indicámos. É ainda difícil fazer com que este modelo
se ajuste às ideias actuais sobre o estado líquido.
2.2 Teorias cinéticas da condutibilidade
O rigor com que a teoria cinética dos líquidos descreve
as respectivas propriedades leva a prever que a con
dutibilidade electrolítica das soluções, que está presente
em fase Uquida, possa, igualmente, ser tratada por um
modelo cinético, capaz de a representar melhor que o
modelo hidrodinámico a que atrás nos referimos.
Um modelo estrutural foí usado por EYRING e col. ( 2 4 )
na aplicação da teoria absoluta das velocidades de
reacção aos fenómenos de transporte nos líquidos,
O movimento browniano é encarado como a resultante
de uma série de transições entre diferentes posições na
estrutura, passando-se em cada uma dessas transições
por estados activados. Recentemente ( 2 5 ) acrescentaram
a esta ideia básica uma descrição mais pormenorizada
da estrutura dos líquidos. Admitem que eles contêm
lacunas de tamanho molecular e que uma molécula, ao
deslocar-se para ocupar uma dessas lacunas, adquire
propriedades análogas às de uma molécula gasosa. Cada
par molécula-lacuna corresponde a um estado sólido
degenerado. O líquido é, na realidade, encarado como
sendo constituído por uma fracção de moléculas aná
logas às de um sólido e outra fracção análogas às de
um gás. As expressões deduzidas a partir desta teoria,
para descrever os fenómenos de transporte, contêm um
número apreciável de parâmetros que não podem, ser
determinados de forma independente, o que as torna
de difícil verificação experimental.
As primeiras tentativas da aplicação da teoria cinética
devem-se a LINDEMANN ( 2 6 ) e MAGNUS ( 2 7 ) , cujas con
clusões são de interesse limitado, porquanto os resul
tados quantitativos a que chegam não estão de acordo
com a experiência. Nomeadamente, conduzem a va
lores completamente incorrectos para o coeficiente de
temperatura da condutibilidade equivalente.
As ideias fundamentais são análogas nas duas teorias,
razão por que as podemos referir em conjunto.
Ambos supõem que os iÕes se movem numa trajectória
em ziguezague, na ausência de qualquer campo aplicado.
A presença de um campo eléctrico dá origem a uma
componente do movimento na sua direcção que se
soma aos vectores representativos de cada um dos
percursos livres. /
As considerações complementares de LINDEMANN con
duzem a uma mobilidade que é proporcional ao Hvre
percurso médio e inversamente proporcional à raiz
quadrada da temperatura. Por seu lado, MAGNUS é
conduzido a uma mobilidade que é proporcional à
raiz quadrada do livre percurso médio.
POLISSAR ( 2 2 ) desenvolveu uma teoria bastante mais
correcta e completa, aproximando-se de um modelo ci
nético da migração iónica pela descrição dos líquidos
segundo as idéias de FKENKEL ( 2 8 ) , o qual supõe que
as partículas dum líquido não se movem umas atrás
das outras, mas que oscilam em torno de uma posição
de equilíbrio, saltando pouco freqüentemente de uma
dessas posições para outra.
Nos líquidos, cada molécula está contida numa célula
formada por cerca de 12 outras moléculas, da qual se
não pode escapar, a menos que possua uma energia de
activação da ordem das 5 kcal mol"" .
Os dados experimentais permitem calcular como sendo
de 6,5 a 12 % dos respectivos diâmetros a ordem de
grandeza das distâncias entre as superfícies de duas
moléculas adjacentes. Em tais condições uma molécula
ou ião terá que possuir uma energia superior ao valor
médio para que possa sair da célula onde se encontra
e ir tomar o lugar de um dos vizinhos.
Esta descrição básica dos líquidos permitiu a POLISSAR
calcular a freqüência dös saltos de uma posição de
equilíbrio para outra, depois de ter introduzido as se
guintes hipóteses:
(i) quando a partícula central mudar rapidamente de
posição, de tal forma que troque, pelo menos, metade
das suas moléculas vizinhas, considera-se que houve
um salto para outra célula. O salto pode resultar da
troca de posição com uma das que consütuem a parede
da célula, da ocupação de uma lacuna vaga ou de se
ter escapado entre duas das moléculas da parede da
célula.
(ii) os saltos a longa distância são muito raros e a dis
tância média percorrida em cada salto é da ordem de
grandeza da média das distâncias entre as moléculas.
Para calcular a frequência dos saltos assim, definidos,
fixemo-nos primeiro sobre uma úi ica partícula. O seu
deslocamento vectorial ao fim de n saltos será dado por
onde Lp é o vector representativa do salto p.
(2.12)
1 3
Fazendo o produto interno dé ambos os membros de
(2.12), por si mesmo, vem
/ > = ! . . . «
í>=l...n (2.13)
onde representa o deàlocamento no salto q.
Se se repetir este raciocinio m vezes, ou seja, se forem
consideradas m partículas do líquido, obter-se-ão outras
tantas equações análogas "á (2.13). ^ N ,
Se m for um número suficientemente grande, a soma
dos primeiros membros de todas as equações análogas
a (2.13), dividida por m, dá-nos a média dos quadrados
dos deslocamentos ao fim de n saltos (sf). A soma dos
m segundos membros, dividida por m, é igual a nL^
sendo a média dos quadrados dos deslocamentos de
célula para célula. Os termos da forma anulam-se
para um grande número de partículas, em virtude de o
cosseno do ângulo formado pelos'dois vectores ter igual
probabilidade de ser positivo ou negativo, desde que
se admita que os saltos são independentes entre si.
(2.14)
Se designarmos por j a frequência dos saltos de célula
para célula, a média dos quadrados dos deslocamentos,
num intervalo de tempo /, é dada por
N o referencial escolhido será
(2.15)
(2.16)
que para um movimento completamente desordenado
se transforma em
5f = 3Xf (2.17)
Igualando os segundos membros de (2.15) e (2.17), .fica
EINSTEIN (29) estabeleceu a relação
14
(2.18)
(2.19)
onde D representa o coeficiente de difusão e que se
apHca desde que o movimento seja completamente de
sordenado. Igualando os segundos membros de (2.18)
e (2.19) vem
J = 6D
(2.20)
equação que permite calcular a frequência dos saltos
de célula para célula, em função do coeficiente de
difusão.
A experiência mostra que a variação do coeficiente
de difusão com a temperatura é muito superior à do
parâmetro I?, o que significa que / varia apreciavel
mente com a temperatura. Nestas condições, tal va
riação pode ser expressa por uma equação de ARRHENIUS
(2.21)
onde Ô é a energia de activação por mole, necessária
para que a molécula possa sair através das paredes
da célula q  é o dobro da freqüência da oscilação
dentro da célula. O termo exponencial corresponde à
fracção das colisões em que a energia é suficiente para
se verificar uma das condições necessárias para definir
um salto.
Suponhamos agora que ao movimento desordenado
que temos estado a considerar se sobrepõe o efeito de
um campo eléctrico orientado na direcção do eixo
dos X. Do ponto de vista energético, o efeito da apli
cação do campo é muito pequeno, comparado com a
energia de activação necessária para ter lugar um salto
de célula para célula. A acção do campo traduz-se só
em baixar, ligeiramente, a barreira de potencial para
os iões que se movem na direcção e sentido do campo
eléctrico aplicado e aumentá-la para os que se movem
em sentido contrário. Essa diferença de energia é dada
por XzGf,L¡2. A distância entre a posição média do
ião e o máximo da barreira de potencial é fixada em
Ljl por razões de simetria.
POLISSAR introduz no seu modelo a condição de os saltos
se darem igualmente nas direcções x^ytz, com o que
teremos, como expressões que traduzem a freqüência
dos saltos no sentido e direcção do campo eléctrico
apUcado e no oposto, respectivamente
(2.22)
RT (2.23)
A diferença entre (y^.^) e dá a frequência
efectiva no sentido do campo aplicado. Tomando só o
primeiro termo do desenvolvimento das exponenciais,
essa diferença é dada por
1 jzepXL
6 kT (2.24)
Multiplicando a frequência efectiva dos saltos, na
direcção e sentido do campo, pelo percurso médio,
obtemos a velocidade efectiva
tencial, na ausência de um campo eléctrico, é dada
por (24)
AGÎ
(2.27)
onde AG^ é a energia livre de activação do processo, ou
seja a diferença da energia livre entre o estado de acti
vação e o inicial.
Como a energia livre de activação é diminuída na
direcção e sentido do campo da quantidade yw e
aumentada no sentido oposto de (1 — o número
de iões, que se deslocam por acção do campo eléc
trico na mesma direcção e sentido, por unidade de
tempo e de área, é dado por
v= -6kr
(2.25)
Se o campo aplicado tiver a intensidade igual à unidade,
a velocidade obtida é a mobilidade u do ião. Aten
dendo à relação X = FH e substituindo em (2.25) o valor
de j dado por (2.21), teremos
6 kT (2.26)
Equações formalmente análogas podem ser obtidas pela
teoria dos estados de transição.
A aplicação desta teoriafoi feita por STEARN CEYKING (30),
supondo que, além, do campo eléctrico orientador, existe
também um gradíante de concentrações. Como este
factor não interessa ao nosso problema, vamo-nos re
ferir, seguidamente, a uma forma modificada do trata
mento de STEARN e EYRING, omitindo todas as conse
qüências da variação de concentração.
Admitem estes autores, como ídeia básica, que existe
uma série de posições de equilíbrio e que a passagem
da unidade móvel, o ião, de uma a outra requer uma
certa energia de activação que é medida pela diferença
de energia livre entre o estado inicial e o estado de
activação. A aplicação do campo eléctrico traduz-se
pelo aumento da energia livre do estado inicial na
quantidade yw. O factor w representa o trabalho ne
cessário para mover o ião de uma posição de equilíbrio
a outra e o factor y a fracção que actúa entre o estado
inicial e o de transição. De forma análoga, a energia
livre no estado final é diminuída da quantidade (1—y)»'.
A freqüência com que um ião salta a barreira de po-
(j+)=NLck,e yw kT (2.28)
sendo L a distância que separa duas posições de equi
líbrio e c a concentração.
Em sentido contrário o fluxo de loes é, de forma seme
lhante, dado por
(L-Yl'g
( y _ ) = NIc/c,e, (2.29)
O fluxo efectivo, na direcção e sentido do campo apli
cado, virá dado pela diferença
yw . k r
t l - Y ¡ ^ k r (2.30)
Admitindo que yw^kT, podemos tomar só o primeiro
termo do desenvolvimento das exponenciais, com o
que (2.30) se reduz a
' kT (2.31)
O trabalho w é executado pelo campo eléctrico apli
cado, no transporte do ião de uma posição de equi
líbrio à seguinte e, por conseqüência, virá dado por
w — ze„XL (2.32)
\ Substituindo este valor em (2.31), taremos para ex
pressão do fluxo efectivo
y = kT ,
(2.33)
15
o fluxo efectivo pode tanib'ém ser calculado a partir
da definição da mobilidade iónica
(2.34)
Igualando os segundos membros de (2.33) e (2.34)
ficará
u = kT
(2.35)
como X" = HF vem, finalmente, atendendo a^(2.27)
X'' = RT (2.36)
Outra aplicação da teoría dos estados de transição foÍ
feita por BOCKRIS et al. (31), que generalizaram a iões
quaisquer o tratamento de STBARN. e E Y R I N G para os
protões (32).
Mais uma vez é admitido que, na ausência de um
campo eléctrico, os iões têm um movimento desorde
nado, o qual toma predominância na direcção do campo
eléctrico quando este ê aplicado à solução.
Segundo EYRING (33), quando a energia de activação de
um processo é modificada pela intervenção ,de efeitos
externos (aqui o campo eléctrico aplicado), teremos,
para a freqüência com que a partícula salta a barreira
de potencial, em lugar de (2.27), a expressão
kr ~ —— e
( A C * - A G , e x t )
(2.37)
que implicitamente já foi usada no tratamento ante
rior. AG^çj.^ corresponde à variação da energia livre
provocada pelo efeito externo.
BOCKRIS supõe que a modificação introduzida na energia
de activação por efeito da presença do campo eléctrico
se divide em duas parcelas iguais. Uma, diminuindo
AG^ no sentido do campo aplicado, a outra, aumentan-
do-a da mesma quantidade, para o transporte em sen
tido contrário. Tudo equivale a fazer igual a 1/2 o '
factor Y que figura em (2.28) e (2.29).
Como, em geral, a direcção do campo não coincidirá
com a do deslocamento do ião, em lugar do parâ
metro L teremos de usar o produto L cos O, no cálculo
do trabalho realizado pelo campo eléctrico, onde 6 é o
ângulo formado pelas direcções do campo e do deslo
camento.
Para um campo eléctrico de intensidade igual à tíni-
dade será
zcoNLcosO (2.38)
Substituindo em (2.37) AG^e^ t pelo seu valor, dado
pela última equação, teremos
A C *
kr - ~ ecose 2Rr (2.39)
Atendendo a (2.27), fica
(2.40)
A mobilidade do ião é igual ao produto da frequên
cia com que salta a barreira de potencial, sob a acção
do campo eléctrico de intensidade igual à unidade,
pelo respectivo deslocamento.
1/ = /c¡ L cos O ^ I , cos e cos e ^2.41)
O processo total inclui, como possíveis direcções de des
locamento, todas as direcções do espaço. Nestas con
dições, em vez da mobilidade u calculada por (2.41),
deverá considerar-se uma mobilidade média resultante
da média dos efeitos em todas as direcções.
Esta é dada por
II =
Ar.zJ-^^e^^^^^^^cosOsenOrfO
(2.42)'
sen6ííÔ
Como g é pequeno, podemos tomar só o primeiro
termo do desenvolvimento da exponencial, com o que
(2.42) se transforma em
kg lJ ( c o s 0+g cos^ 0) d cos O
(2.43)
í/cos o
que resolvido dá
(2.44)
16
Substituindo pelo seu valor, tem-se
6 " h ' ^ ^ (2 .45 )
Usando os resultados da teoria dos estados de trarir
sição, PoDOLSKY parte da equação
Nh (2 .47)
donde se tira, finalmente.
2 17
X" = i . Z^ F -6 h
(2 .46)
Recentemente, BOCKRIS et ai. ( 3 4 ) fizeram outra aplica
ção deste método, tendo chegado a um resultado for
malmente análogo, onde, em lugar do factor numérico
1/6, aparece 1/3. Esta diferença resulta do facto de,
neste último tratamento, ter sido empregado um pro
cesso para calcular a média, análogo ao que foi men
cionado, que cobre todo o espaço, e simultaneamente
ter sido considerado o movimento dos iões no sentido
do campo eléctrico aplicado e no sentido oposto. Sem
dúvida que esta simultaneidade corresponde a uma
repetição no cálculo, porquanto a média é computada
incluindo todas as direcções do espaço e assim não
se pode partir da adição dos efeitos correspondentes
aos dois sentidos de cada uma delas.
Outro modelo, apoiado ainda na teoria dos estados
de transição, foi apresentado por PÔDOLSKY (35) , que
tratou conjuntamente os processos de transporte em
soluções electrolíticas que correspondem à viscosidade,
difusão própria e mobilidade iónica. Os seus raciocínios
estão particularmente dirigidos pará soluções aquosas,
porquanto se apoiam na existência de uma estrutura
do solvente que é perturbada pela presença de subs
tâncias dissolvidas. Nos solventes não aquosos a exis-^
tência de estrutura não é tão pronunciada; no entanto,
não parece haver impedimento sério que obste a uma
generalização que inclua as soluções nestes, aplicando
sempre a idéia fundamental de tratar a solução como
.resultando do solvente, perturbado pela presença das
substâncias dissolvidas.
Tal como anteriormente, e isto é factor comum que
diferencia todos estes modelos do hidrodinámico,. é
admitido que existe um movimento desordenado, carac
terizado pela energia livre de activação AG* e que
consiste na troca de posições entre diferentes lugares
na estrutura. A mobilidade iónica resulta de uma acção
orientadora sobre este movimento desordenado.
acrescentando que no sistema não perturbado a energia
livre de activação é a mesma para os três processos de
transporte mencionados. Esta equação, tal como está
escrita, corresponde só às partículas do solvente, que se
admite serem todas caracterizadas pela mesma energia
livre de activação e cuja distribuição na estrutura pode
ser descrita por um único parâmetro.
Para o cálculo da energia livre de activação que deve
figurar em (2 .47) , quando, em vez do solvente, se tem
uma solução, admite-se que os iões podem ser tratados
como moléculas de solvente modificadas. Cada ião da
espécie / é suposto ter mteracção com ;Í¿ moléculas do
solvente. Para cada uma destas moléculas a energia
livre de activação passará a ter o seu valor modificado
pelo efeito da perturbação resultante da ínteracção. Será
igual a AG^ — Fora da esfera de Ínteracção AG^
mantém o seu valor inalterado. Analogamente, a energia
livre de activação de um ião, molécula modificada, será
AGÒ—ni Pi, onde p¡ é a. perturbação causada por cada
molécula de solvente com que a ínteracção tem lugar.
Em face da reciprocidade das interacções ião-solventc
e solvente-ião, é de esperar que haja uma relação de
proporcionalidade entre p,- e . A razão r = P¡/S^ não
deverá depender da espécie iónica. A expressão final da
energia livre de activação para os iões será A G ^ — " ' Í ^ Í •
Como já foi mencionado, este tratamento aplíca-se aos
três processos de transporte referidos. O cálculo das,
energias livres de activação perturbadas é feito com
recurso à equação de JONES e DOLE ( 3 6 ) .
= l + âicy''-t-^c (2 .48 )
onde 0 representa o inverso da viscosidade da solução
e 0° do solvente. A constante corresponde aos efeitos
interiónicos e a constante ^ à ínteracção entre os iões
e as moléculas do solvente. Para sojuções relativamente
concentradas o termo em c é dominante, tanto mais
que, em geral, | 1 < | ë I • Temos, nestas condições.
I N S T I T U T O O B . E C N Q M Q I A A.TÙ>UKCA
(2 .49 )
17
Escrevendo duas equações análogas a (2.47) para o
inverso da viscosidade do solvente puro e da solução
e dividindo-as ordenadamente, obtém-se
0 _ j _ ^ _ ( l - ! - r ) « í 8 í c K
0" Rr (2.50)
se, de acordo com (2.37), se utilizar para os iÕes
a energia livre de activação perturbada AG*—r/í,-S¡.
Igualando os segundos membros de (2.49) e (2.50)
teremos
gRr S, = - (2.51)
Fazendo intervir em (2.47) o factor de perturbação,
segundo (2.37) fica
Nh
[AGÍ—rn¡5i)
RT • (2.52)
Tomando a forma logarítmica desta equação e subs
tituindo nela tt^ S¿ pelo seu valor, dado por (2.51),
será
lny.° = ln Nh Rr ( H - r ) K ,
^ (2.53)
o que significa que o logaritmo da condufibilidade
equivalente .-iónica é uma função linear de §, repre
sentada por uma recta cuja incfinação é independente
da natureza Mas espécies em solução. Os resultados
experimentais apresentados por PODOLSKY confirmam
esta conclusão, o que na realidade traduz uma confir
mação da justeza do modelo baseado na teoria dos
estados de transição.
A aplicação do modelo cinético da condutibilidade
electrolítica conduziu-nos a um grupo de três equações
formalmente análogas, (2,26), (2.36) e (2.46). A quan
tidade Q que figura em (2.26) foi definida como uma
energia de activação e pode ser facilmente identificada
com AG*. A é um factor de frequência que pode ser
igualado a kr/h. Os parâmetros e não diferem
essencialmente. A única diferença importante consiste
no factor .1/6 que está omisso em (2.36).
A confirmação èxperimeiital directa_ destas equações
não é possível, porquanto todas elas envolvem quan
tidades que não podem ser determinadas independen
temente.
A derivação, em ordem à temperatura, a pressão cons
tante, da forma logarítmica de (2.46) conduz a
ÒT )p~ \ ÒT Rr^ (2.54)
O primeiro termo do segundo membro pode ser cal
culado a partir do coeficiente de dilatação do solvente,
visto
/ d/nL\ 1 / dlnV
3 \ dT Jp 3
Assim (2.54) pode tomar a forma
á/nX" \ 2
(2.55)
ah: = R r 2 dT
(2.56)
A equação (2.46) pode, por seu lado, ser escrita na
forma
6 h
ÄS:
RT (2.57)
onde L pode ser calculado a partir das propriedades
do solvente e AH^ por (2,56). Ficam, de qualquer
forma, por determinar independentemente X" e àS*,
Na confirmação das expressões deduzidas por considera
ções teóricas através dos resultados da experiencia, temos
de nos contentar com a comparação entre variações
previstas e encontradas. A maneira de fazer essa com
paração é através das derivadas da forma logarítmica
das equações (2.26), (2.36) ou (2.46), onde não figura
o coeficiente numérico.
Isto não impede que afirmemos que a solução correcta
deve incluir o factor 1/6. Não está presente em (2.36)
porque, ao escrever-se (2.28) e (2.29), se admitiu impli
citamente que o ião só se pode mover nos dois sentidos
de urna direcção. Esta asserção não é verdadeira, por
quanto ele possui completa liberdade de acção, não
havendo qualquer razão para supor que são sistemàti-,
camente nulas as componentes do movimento em duas
das direcções de referência.
2.3 Variação com a concentração
A primeira tentativa feita no sentido de traduzir quan
titativamente a variação da condutibilidade equivalente.
1 8
com a concentração, deve-se a ARRHENIUS (37), que
propôs um método para a determinação do grau de
dissociação baseado na equação
A a —
A *
Implicitamente se admite que a condutibilidade diminui
quando a concentração aumenta, por ter diminuído o
número de iões, em conformidade com a variação do
grau de dissociação.
A , aceitação desta equação envolve também a aceitação
da hipótese de que as mobilidades iónicas não são alte
radas quando a concentração se modifica.
Este conjunto de factos foi aceite durante muito tempo
em consequência do acordo muito razoável que se
verificava entre os valores do grau de dissociação de
terminados, utilizando esta equação e aqueles que se
encontram pela aplicação de expressões que traduzem
os fenómenos coligativos.
Por outro lado, as propriedades termodinâmicas das
soluções aquosas dos electrólitos fortes são perfeita
mente descritas pela teoria de DEBYE HÜCKEL (38),
admitindo que eles se encontram completamente dis
sociados em solução. Mesmo nas situações em que
tal condição é verificada, a experiência mostra que a
condutibifidade equivalente aumenta quando se procede
a novas diluições, o que, segundo as ideias de ARRHENIUS,
teria de ser acompanhado por um aumento do grau
de dissociação.
A concordância destes factos só seria possível se se
postulasse que, com o aumento da concentração, o
número de iÕes interessados no transporte de cargas
eléctricas diminuía. É muito mais fácil de aceitar, pelo
contrário, em oposição ao que foi admitido por A R
RHENIUS, que não podemos pôr de parte as interacções
iónicas, as quais, naturalmente, se manifestam do ponto
de vista quantitativo como sendo função da concen
tração. Estas interacções podem ser agrupadas em doís
efeitos: o electroforético e o de relaxação.
(i) Efeito electroforético — Nas soluções cada ião pode
ser considerado como estando rodeado por uma atmos
fera iónica distribuída com simetria radial centrada no
centro do ião, considerado esférico. Esta atmosfera
iónica aparece como consequência das atracções e re
pulsões electrostáticas que tendem a produzir um ligeiro
incremento na concentração de aniões em torno de um
catião e vice-versa. Este conceito de atmosfera iónica
não corresponde a uma reaUdade estática, mas sim a
uma média estatística da posição dos iões, em relação
ao tempo.
Quando um ião se move num meio viscoso, tende a
arrastar consigo a solução que se encontra na sua
vizinhança e, consequentemente, os iões que se encon
tram próximos terão, por seu lado, de se mover não
num meio estacionario, mas sim num meio que se
desloca ou no mesmo sentido ou em sentido oposto,
consoante o sinal das respectivas cargas. A velocidade
do meio terá de se adicionar algébricamente à do
ião. Este efeito é, evidentemente, dependente da con
centração e anular-se-á quando se atingir a diluição
infinita.
Consideremos uma solução que contenha só duas es
pécies iónicas e vamos calcular o acréscimo (positivo
ou negativo) na velocidade de um determinado ião pdf
efeito do movimento dos outros presentes, simulta
neamente, na solução. *
Numa camada esférica de raio p, centrada no ião e de
espessura í/p, a resultante das forças que actuam é
dada por
í/F=(c;/i+4/2-i-c^/^)47rp2í/p (2.58)
onde Cj e Cg são as concentrações locais dos catiões
e aniões e a concentração das moléculas do solvente
que se supõe ser uniforme, /i,/^^ /A são as forças que
actuam, respectivamente, nos catiões, aniões e molé
culas do solvente.
Se não considerarmos os movimentos globais da so
lução, que não interessam ao nosso problema, podemos
introduzir a condição de ser nula a resultante das
forças que actuam nas diferentes espécies consideradas
na solução, ou seja que as forças que actuam nos iões
serão compensadas pelas que actuam nas moléculas do
solvente
(2.59)
onde Cj e C2 representam as concentrações médias das
duas espécies iónicas;
Eliminando entre as duas equações (2.58) e (2.59),
vem ^^
dF = [(c; - cO/ i -f (4 ~ c^M ^^P'^'P (2-60)
Admitindo que a leí de STOKES é aplicável, podemos
calcular a velocidade com que o ião se move por efeito
1 9
desta resultante de forças. Será
í/Avi ^ — [(c'l • • çi) / i + (cs - c^)/^] pdp (2.61) 3ï]
O efeito total sobre ò ião considerado obter-se-á in
tegrando os efeitos correspondentes a todas as camadas
esféricas com raios compreendidos entre a (distância
mínima entre os centros de dois iões em contacto)
e infinito.
^ V i = — - / [ ( C i " C i ) / i + ( C 2 - C 2 ) / 2 ] p í / p (2.62) 3^ Ja
Identificando a distribuição dos iões na solução com
uma distribuição de BOLTZMAN (39), dada pela equação
c,-= c,e kT
Substituindo no segundo membro de (2.64) e (2.65) os
valores de e dados por (2.67) e (2.68), teremos
—Ct = — A . Y 1
,(2.69)
1
4 w 2 eur) Z 2 ( z 2 - z i ) \ k r
(2.70)
Atendendo a que o valor do potencial ^ é dado pela
teoría de DEBYE HÜCKEL (38) por
e l-f-ra p (2.71)
(2.63) g tendo presente (2.62), a expressão final de Av^ será
—potencial no ponto Considerado)
vem
^2 ^2 —
H k r
Z2 eo<^
k r
(2.64)
(2.65)
desde que se tome só o primeiro termo do desenvolvi
mento da e^íponencial. O termo de 2.^ ordem anula-se,
posteriormente, no desenvolvimento do cálculo para
electrólitos simétricos.
É útil exprimir a concentração através da quantidade
•A que se define por
. . 2 = -'^r.el(ciz¡ + C2zt)
ekr (2.66)
Atendendo à condição de neutralidade de carga eléc
trica e utilizando a equação (2.66) teremos:
Cl = - 1
4T:O^ \ ekr J .Ziizi—Z^
2 0
(2.67)
(2.68)
OTO] a" i-i-yuíyZi—Zzj e-^Pí/p (2.72)
que, uma vez efectuada a integração indicada, conduz a
Av, = L . ^ / i ) (2.73) 6Tn] 1-fxa aizi—Zz)
Adiante especificaremos a natureza das forças fi ^ fz-
(ii) Efeito de relaxação — Admitimos até agora que,
à volta de um ião particular, a atmosfera iónica tem
simetria esférica. Se o ião se encontrar em movimento,
a respectiva atmosfera iónica tende a mover-se com ele
e o seu ajustamento às novas situações decorrentes do
movimento não será instantâneo, dando lugar ao apa
recimento duma assimetria que, enquanto duraro movi
mento dos iões, tenderá a diminuir-lhe a velocidade.
O efeito é puramente eléctrico e, como tal, indepen
dente da viscosidade do meio.
As forças exteriores que actuam uo íão podem ser
representadas pela acção de um campo eléctrico de
intensidade X, a que se adiciona o campo devido ao
efeito, de relaxação, de intensidade A X actuando em
sentido contrário. ONSAGER (40) obteve a relação seguinte
para,a intensidade dos, dois campos, no caso de um só
electrólito, na dedução da qual foram introduzidas
várias aproximações
AX
X
^1 2
com
1-
3ekr 1 + / ?
Zi + Z2 Z^ y^l-r- Zi ^2
(2.74)
(2.75)
onde X¡ representa a condutibilidade equivalente iónica,
a diluição infinita, do ião Í.
A totalidade das forças eléctricas que actuam no ião
é dada por
( X + A r ) z i e „ (2.76)
que lhe produzem a velocidade
(2.77)
onde é a mobilidade absoluta do ião.
A diluição infinita, o efeito de relaxação não existe
e teremos, portanto
Vi = Zi e« u\ X (2.78)
Combinando as duas expressões e substituindo (1+AX/X)
pelo seu valor dado por (2.74), vem
V, = - V, 1 + .-Z1Z2 Co
(2.79)
(iii) Combinação dos dois efeitos'— Na equação (2.58)
podemos agora especificar a natureza das forças e f¿
como sendo as resultantes das forças que actuam sobre
os iões por efeito do campo externo de intensidade X
e do de relaxação de intensidade A X Como a segunda
é presumivelmente muito menor que a primeira, po
demos desprezá-la em face desta, ficando
A = Xz,e^ (2.80)
/ 2 = X z 2 e „ (2.81)
Substituindo na expressão de Av^, vem
Av, = 1 xa ^1
6m¡ 1 + x a a e^X (2.82)
Para encontrar a velocidade total do Íão temos de
somar as duas parcelas e Avi
= v[ 4- Avi - Zi e„ ÍÍJ (X+. AX) •
1 xa Zi
670] l-;-xa a
(2.83)
e, em virtude de ser dado por (2.78), ficará
1 xa 1 «^(X-h AX)-
ÓJtv] 1 -|-xa a
~Ü[X
X (2.84)
Como as velocidades y-^ e são obtidas com a mesma
intensidade de campo exterior, pode a sua relação ser
substituída pela relação das respectivas condutibilidades
equivalentes iónicas
= 1 + -AX 1. xa
- f f
1, 1
X } 6rcv) l-J-xfl a ii\
A mobiUdade absoluta u\ é dada (41) por
(2.85)
"1 = ^1
(2.86)
com o que, finalmentCj resulta
AX 1
X ÔJTV] 1-rxa N (2.87)
Para soluções muito diluídas podemos introduzir a
aproximação 1 tí- xa =^ 1. Substituindo AXjX pelo seu
valor dado em (2.74), encontramos
x,=.x5- X? I ^ ' " ^ / 3Ekr i + v ^
1 Zl
670] N (2.88)
Se atendermos a que para electrolitos simétricos
4Tue: (2.89)
21
obtém-se, como expressão final.
ii / 2" ""2
^1 + / c (2.90)
Para os aniões ter-se-á, paralelamente.
Xg- - x^- -
21
\/c (2.91)
e para a condutibilidade equivalente molar, no caso de
electrólitos mono-monovalentes, obtém-se, por soma
A = A"—v'2 5,802X 10 o , 58,32
(2.92)
onde as constantes foram substituídas pelos respectivos
valores.
(iv) Aplicação a soluções mais concentradas—As equa
ções (2.90) e (2.91) e aquelas que delas derivam foram
estabelecidas com a introdução de uma série de apro
ximações que restringem o seu uso para soluções de
concentração acima de 10"" mol l"^.
Dessas aproximações, a primeira consiste em ter usado
só o primeiro termo do desenvolvimento em série da
exponencial que traduz a distribuição iónica. Para os
electrólitos simétricos, na realidade, esse desenvolvi
mento é levado até aos termos de 2.^ ordem, mas
estes anulam-se no prosseguimento do cálculo. STOKES
(41) estudou a convergência destas séries e verificou
que, para electrólitos mono-monovalentes, a conver
gência é bastante satisfatória, tendo tomado só o
primeiro termo, no caso de soluções aquosas. Para
soluções não aquosas a convergência é, em geral,
menos satisfatória, porquanto a constante dieléctrica
do solvente é, na maior parte.dos^casos, bastante in
ferior à da água e esta quantidade aparece em deno
minador no expoente, em (2.63). COATES e T A Y L O R (42)
mediram a variação de A com para 38 sais em ácido
cianídrico líquido e verificaram que ela é linean Mas
para os sais com iões de grandes dimensões a incli
nação das curvas limites pode diferir das previstas
pela teoria de ONSAGER até 30%. Este exemplo é
particularmente significativo em face da elevada cons
tante dieléctrica do ácido cianídrico líquido.
O produto Jtrt foi duas vezes tomado como igual a zero.
A expressão de AX/X devida a ONSAGER, que apresen
támos, foi deduzida, com a introdução desta hipótese.
N o cálculo final do efeito electroforético voltámos a
fazer uso dela. Na reahdade, isto corresponde rigoro
samente a considerar os iões como pontuais ou a di
luição infinita, caso em que qualquer dos efeitos não
está presente. Portanto ela é tanto mais verdadeira
quanto menores forem as dimensões dos iões ou mais
diluída for a solução.
N o cálculo das forças que dão origem à componente
da velocidade, correspondente ao efeito electroforético,
foi unicamente considerada a acção do campo eléctrico
exterior e desprezado o efeito de relaxação, ou seja
não se considerou a acção, de segunda ordem, de um
dos efeitos sobre o outro.
Inúmeras determinações experimentais têm sido reali
zadas no sentido de estudar a diminuição da condu
tibilidade equivalente por efeito do aumento da con
centração das soluções e são conformes em mostrar
que, a partir de concentrações da ordem de 10"" mol l~\
é necessária a introdução de novos termos na equação
de ONSAGER para que ela possa traduzir os resultados
experimentais.
SHEDLOVSKY (43) verificou, empíricamente, que para
soluções mais concentradas de electrólitos fortes a
quantidade A ' definida por
A ' - A ' ^ - ^ ^
" 1—0\í'T (2.93)
é uma função linear da concentração, o que é incom
patível com a equação de ONSAGER. O e O são os coefi
cientes correspondentes aos efeitos de relaxação e elec
troforético na equação de ONSAGER. Nalguns dos sis
temas estudados por este autor a lei linear não traduz
a realidade experimental, mas 'a" ela se ajusta uma ex
pressão semelhante, com a introdução de novos termos
Á-\-a\^c
1—OVç ~ r -^X^-^-Bc-^Dclo^c—Ec^ (2.94)
22
A falta de linearidade na variação de A ' , definida por
(2.93), com c, foi verificada também por GORDON para,
os halogenetos alcalinos, em metanol (44 ,45 ) , e por PRUE
e SHERRINGTON para o perclorato de cérío (9),
Estas conclusões experimentais mostram bem a, neces
sidade de se limitarem as aproximações a introduzir
na dedução de equações do tipo da de ONSAGER OU de
até rever as hipóteses formuladas no seu estabeleci
mento, sempre que se queira prever ou descrever quan
titativamente a variação da condutibilidade com a. con
centração, em soluções relativamente concentradas.
N o estudo do efeito de relaxação, FALKENHAGEN e col.
( 4 6 ) não introduziram a condição de o ião se assimilar
a uma carga pontual, mas sim a uma esfera, e encon
traram a expressão seguinte, mais complicada do que
a que utilizámos e à qual se pode reduzir, se o ião for
considerado como pontual
X 3ekr 1-hvY
' (1 -t-xa) [1 (2 .95 )
No estabelecimento desta equação foi introduzido, como
condição de fronteira, o facto de a componente normal
do movimento relativo dos dois iões se anular na su
perfície de contacto destes, que são tratados como
esferas rígidas.
O uso desta equação em lugar da de ONSAGER que
empregámos no nosso cálculo, e da expressão com
pleta para as forças / j e permite obter como forma
final para a equação que relaciona a variação da con
dutibilidade com a. concentração
A = A " — ( e A - ^ + o ) / ^ - ! - {aBo+Qa+l/lQlI\aBO)c—
—2,^0^ a BOac'' (2 .96)
onde O e ti são os coeficientes numéricos dos termos
correspondentes ao efeito de relaxação e electroforé
tico e B é dado por x = A forma desta equação
fornece certa justificação à equação empírica de SHED
LOVSKY ( 2 . 9 4 ) .
Recentemente Fuoss e ONSAGER (47, 48, 4 9 ) retomaram
o assunto, partindo das concepções básicas de ONSAGER.
Introduzindo agora um raio iónico médio a/2 e admi
tindo que o raio iónico influencia a distribuição de
cargas, chegaram à expressão final
A = A"—Sc' ' -^Jc-rEc log c (2 .97)
onde o coeficiente S do termo c'* é o mesmo da equação
de ONSAGER. J G E têm uma expressão analítica bas
tante complicada que envolve a temperatura absoluta,
a, constante dieléctrica, a viscosidade do solvente e a
valência de cada ião e podem ser calculados a partir
de 4 funções auxiliares.
A comparação directa desta equação com os dados
da experiência é bastante difícil em função da com
plexidade analítfca que envolve, N o entanto, a validade
da forma da equação foi confirmada num trabalho de
ACCASCINA, K A Y e KRAUS ( 5 0 ) para soluções em sol
ventes de baixa constante dieléctrica. PRUE e SHER
RINGTON ( 9 ) encontram boa concordância com esta
equação para os sais estudados em dimetilformamida.
2.4 Variação com a temperatura 1
A condutibilidade aumenta com a temperatura, seja
qual for a concentração das soluções. Também a va
riação da condutibilidade com a concentração é afec
tada pela temperatura. Admitindo que essa variação
pode ser traduzida pela. equação de ONSAGER (2 .90 )
e ( 2 . 9 1 ) ou por qualquer d ^ modificações teóricas ou
empíricas que têm sido propostas, vê-se, claramente,
a razão da influência da temperatura, pois os coefi
cientes que afectam as diferentes potências da concen
tração contêm, explicitamente, a temperatura e aínda
a viscosidade e a constante, dieléctrica que dela são
dependentes, bem assim como a. condutibifidade equi
valente limite, que, depende também da. temperatura.
BARNARTT ( 5 1 ) obteve uma. equação que traduz, a va
riação da condutibilidade específica com a temperatura,
válida até certo limite da concentração, à qual chegou,
através de um certo número de aproximações desti
nadas a tornar mais simples* a respectiva expressão
matemática,,
A utilidg^e de tgl equação parece muito limitada, por
quanto ela^não exprime o coeficiente de temperatura
da condutibilidade unicamente em função de parâ
metros da solução. Na sua expressão está incluída
também a variação da condutibilidade equivalente limite
com a temperatura, a qual não é conhecida a priori..
A.sua determinação experimentaLimplica,uma avaUação
da condutibilidade equivalente de soluções de. diferentes
concentrações, dentro do-intervalo de temperaturas que
se pretende estudar, c daí o coeficiente procurado para
a condufibilidade específica podia ser deduzido direc
tamente.
23.
o modelo de PoDOLSKy (35), "a que atrás fizemos refe
rência, permite considerar a variação da condutibilidade
equivalente com a temperatura.
Pode escrever-se para o inverso da viscosidade do
solvente urna equação análoga a (2.47), baseada em
considerações paralelas>^ que será da forma
(2.98)
onde /cjj é um factor de frequência que contém parâ
metros caracterizantes da' estrutura do l í q u i d a
Dividindo ordenadamente (2.52), por (2.98) vem:
como os resultados apresentados por PODOLSKY O mos
tram.
A variação da condutibilidade com a temperatura pode
ser considerada a pressão ou a volume constante. Os
resultados experimentáis, apresentados por PODOLSKY,
referem-se sempre à pressão constante de 1 atmosfera.
Em face das incongruências de base do modelo hidro
dinámico, não parece previsível que a variação, estudada
a Tolume constante, conduza a valores nulos da de
rivada, tal como a regra de W A L D E N exige.
Podemos traduzir, de maneira, geral, a variação da
condutibilidade equivalente e da fluidez com a tem
peratura pelas equações
RT (2.99)
Derivando, em ordem à temperatura, a forma loga
rítmica desta equação, obtém-se
dT + <l-\-T)V^ dT (2.100)
onde se fez a substituição do produto ?t{ B ¡ pelo seu valor,
^ ( r / ( l + r ) K J dado por (2.51), e se desprezou o termo ¿1
dT
que, presumivelmente, é muito pequeno.
O primeiro termo que figura no segundo membro de
(2.100) não é nulo, porquanto em /rjf estão implícitos
parâmetros ÔÈ espaçamento característicos da estrutura
do líquido, os quais, evidentemente, dependem da
temperatura. PODOLSKY admite que esse termo deve ser
. . , . . . . multo mferior ao que contem a derivada "Visto os
parâmetros de espaçamento da estrutura líquida serem
menos sensíveis às variações de temperatura que a
quantidade que está relacionada com a ínteracção
entre os iões e as moléculas do solvente.
3/n(X''/0'') O modelo hidrodmâmico exige que a derivada — J T ~ ~ '
seja nula para que se mantenha a constância traduzida
pela regra de W A L D E N . A anulação da derivada poderá
resultar dum cancelamento mútuo dos dois termos que
figuram no- segundo membro de (2.100) ou de, na
hipótese de o pri'meiro se reduzir praticamente a O,
támliém o segundo se anular. Esta última circunstância
está longe de ser verificada experimentalmente, tal
, A ' ' = A , e (2.101)
(2.102)
onde .E^ e E^ não são necessariamente independentes
da temperatura.
As equações (2.101) e (2.102) podem ser escritas em
forma logarítmica
//lA" = hiAj^ : RT
RT
(2.103)
(2.104)
A constância do produto A ° obriga a que seja satis
feita a seguinte condição
Eá- - E InA'>+!nyf-=hAi- • InA^-h ~^ - = c" (2.105)
R r
a qual é verificada se E^—-^A"^* qualquer
razão que faça prever a verificação de tal condição,
quer a pressão quer a volume constante.
Já dissemos que a equação (2.46) não pode ser com
provada de forma directa, por via experimental, mas
a variação da condutibilidade equivalente com a tem
peratura pode ser comparada com a respectiva derivada
que dela se deduz. Não se encontram publicados re
sultados sistemáticos em número suficiente que per
mitam fazer esta análise à luz das condições expressas
por (2.56). ,-
14
Acresce ainda o facto de a maior parte dos dados pu
blicados se referirem a soluções aquosas. A estrutura
particular do solvente não permite, de forma alguma,
a generalização das conclusões obtidas. Seriam as so
luções em solventes orgânicos muito mais úteis sob
este aspecto se o desconhecimento dos números de
iransporte, em soluções orgânicas, não impedisse o
desdobramento das condutibilidades moleculares nas
duas parcelas iónicas. Desta forma uma verificação
completa da teoria não é possível.
Grande número de determinações em soluções aquosas
foram analisadas por O W E N (4), incluindo nove iões,
no intervalo de 5 a 55°C. O conhecimento dos números
de transporte permitiu calcular a condutibilidade iónica
límite.
As energias de activação aparentes, calculadas pela
equação (2.101), à pressão de 1 atmosfera, decrescem
à- medida que a temperatura aumenta. As curvas obtidas
sugerem que essa variação se vai tornando menos acen
tuada quando a temperatura sobe, o que foi inter
pretado (52) como sendo o resultado do progressivo
desaparecimento da estrutura característica da água.
O movimento dos iões seria mais fácil num solvente
menos estruturado.
Os trabalhos mais antigos que se relacionam com o
estudo da variação da condutibifidade de soluções em
solventes orgânicos, com a temperatura, foram resu
midos por OGSTON (53), em 1936. Estão incluídos nesta
revisão, além dos trabalhos do próprio autor, em
metanol e- etanol (4 a 2500, os de W A L D E N (54, 55),
que uüfizou estes dois álcoois e acetona entre O e 50'=C,
e os de M A R T I N (56, 57), que usou o benzonitrilo como
solvente.
Em todas as determinações experimentais a que estes
trabalhos se referem foram usadas soluções de con
centração elevada, não sendo possível a extrapolação
para diluição infinita. Assim, o efeito interiónico não
pode ser eliminado, o que impede a comparação com
a teoria,
STERN e MARTELL (58) utilizaram a variação da condu
tibilidade equivalente com a temperatura, com o objec
tivo de calcular funções termodinâmicas a partir da
modificação da constante de equilíbrio da formação de
pares de iões e verificar as respectivas correlações com
as forças operantes nas soluções electrolíticas. Empre
garam soluções de sais de tetralquilamónío em clo
retos de eUleno e propileno e em dicloroetano, no
intervalo de 5,7 a 35oC. As condutibilidades equiva
lente foram extrapoladas para diluição infinita. Os
resultados não se mostraram suficientes para a estru
turação de uma teoria da interacção ião solvente, mas
revelaram uma série de regularidades no que respeita
aos solventes e à extensão da cadeia hidrocarbonada
dos iões, O estudo das constantes de equilíbrio da
formação de pares de íões, em função da temperatura,
já havia sido anteriormente realizado, entre —33 e
95°C, para soluções de nitrato c picrato de tetra-n-buti-
lamónio em anisol (59), mas não foi utilizado para
a interpretação de qualquer mecanismo, através do
cálculo de funções termodinâmicas.
SEARS et al. (60) ocuparam-se da determinação da con
dutibilidade do brometo de lítio em metanol, a baixas
temperaturas (—50 a 20oC). Representando graficamente
o logaritmo da condutibilidade equivalente, em função
do inverso da temperatura absoluta, obtiveram linhas
que se aproximam muito de rectas e que como tal
foram tomadas. A inclinação destas rectas é indepen
dente da concentração das soluções, inclifidos os va
lores extrapolados para diluição infinita. Uma obser
vação cuidadosa dos gráficos revela a existência de
uma curvatura sístemáfica, que se opõe à constância
da energia de activação.
Para a elaboração dos gráficos log A - - l / r foram
usados, directamente, os dados experimentais, não tendo
sido tomada em conta a variação da concentração com
a temperatura. Tal aproximação, se bem que de pequena
monta, não é legítima, pois o volume é factor de capital
importância nos líquidos, por estar directamente figado
com os parâmetros característicos da estrutura.
SEARS (61) estudou também a, condutibilidade do Uo-
cianato de potássio e do iodeto de tetra-n-butilamónio
em acetona, de —50 a 25°C. A orientação seguida
neste segundo trabalho é análoga à do anterior e as
conclusões paralelas. Tendo usado dois sais diferentes,
verificou que a energia de activação calculada é inde
pendente da natureza destes e que coincide ainda com
a que, no mesmo intervalo de temperatura, obtém para
a fluidez.*^sta regularidade, que uma análise cuidadosa
dos resultados mostra não ser verdadeira,-confirmaria
a regra de W A L D E N . Pode, apesar de tudo, concluir-se,
de forma aproximada, que, para estes dois processos
de transporte, a energia de activação aparente, a pressão
constante, é fundamentalmente ^ma propriedade do
solvente.
Difícil de interpretar é o facto singular de a energia de
activação, que rigorosamente se pod& calcular dos re
sultados de SEARS, ser crescente com a temperatura
para o tíocianato de potássio.
25
Soluções em etanol de cloretos de cádmio e magnésio
foram estudadas por GOLEEN e DAWSON (62) entre
— 70 e 20°C. Deste trabalho pode salientar-se a não
verificação da regra de W A L D E N , pois o produto vjA"
não é constante, nem sequer monótono. Tem um má
ximo a 0"C. A falta de cpnstância do produto de W A L D E N
é, igualmente, verificada num trabalho de D A W S O N et al.
(63), que empregaram soluções de halogenetos alcalinos
em metilcetamida, de 30 a 60*C. O decréscimo
do produto T\>í' com a temperatura é explicado pelas
pequenas dimensões dos iões, em relação às moléculas
do solvente. Estar-se-ia .em presença de iÕe^«anti-
-stokes». Conclusões semelhantes se encontram noutro
trabalho de D A W S O N (64), onde, como solventes, foram
usadas amidas A'^alquilsubstituídas, ' *
FRENCH e SINGER (65, 66) empregaram sais de tetral
quilamónío dissolvidos em ésteres ftálicos (entre 25
e AS'^C) com o objectivo de obter soluções em que as
dimensões dos iões e das moléculas do solvente fossem
semelhantes. Os resultados são interpretados à luz da
teoria hidrodinâmica, que, no entanto, não pode ex
plicar o facto de o produto v]X aumentar com as di
mensões das moléculas do solvente. •
BRUMMER e -HiLLS (67) estudaram, recentemente e de
forma sistemática, soluções de diferentes sais em metanol
e nitrobenzeno, entre 20 e 60°C. Embora os seus resul
tados não estejam extrapolados para diluição infinita,
as soluções empregadas tinham concentrações suficien
temente baixas para que pudesse ter sido feita uma
análise comparativa com a teoria. Desta anáUse res
salta, entre outras consequências, o facto de a energia de
activação, a ípressão constante, ser função da tempe
ratura, ao contrário da energia calculada, a volume
constante, que dela é independente.
Destes trabalhos a que nos referimos, que não contêm
um conjunto sistemático de dados, só podemos con
cluir da não constância da energia de activação, a
pressão constante, e da incapacidade da teoria hidro
dinâmica para interpretar a variação da condutibilidade
equivalente com a temperatura.
2.5 Efeito da pressão
Tal como acontece com a temperatura, as modificações
da pressão a que as soluções se encontram sujeitas
provocam alterações na sua condutibilidade. Ao mo
dificar-se a pressão variam os parâmetros de espaça
mento do líquido e, como consequência, as condições
em que os processos de transporte têm lugar. Entre
eles figura a condutibilidade electrolítica.
A variação não é tão sistemática como com a tem
peratura. A condutibilidade decresce com o aumento
de pressão, excepção feita às soluções aquosas, a tem
peraturas baixas, para as quais a condutibilidade equi
valente aumenta com a pressão, até cerca de 1000 atm,
diminuindo depois. Acima de 60°C a condutibilidade
equivalente varia sempre no sentido inverso da pressão'.
Este comportamento parUcular das soluções aquosas
deve-se à estrutura do solvente, que é destruída pelo
aumento de pressão e que a temperatura elevada se
encontra já fortemente atenuada. A mobilidade dos iões
aumenta à medida que a água se vai tornando menos
estruturada.
O tratamento de BARNARTT (51), que referimos em 2.4,
coriio pretendendo traduzir a variação da -condutibi
lidade com a temperatura, pode ser reproduzido de
forma paralela para a variação com a pressão. Têm
cabimento observações análogas àquelas que fizemos
como crítica da equação obtida. Também o tratamento
de PODOLSKY (35) pode ser aplicado à variação com
a pressão, obtendo-se resultados formalmente análogos.
De forma paralela, a anulação da derivada dP
é exigida pela teoria hidrodinâmica. Com as aproxima
ções anteriormente indicadas, a anulação desta derivada
corresponderia à constância do coeficiente § da equação
de JONES e DOLE (36). Não existem dados experimentais
que permitam confirmar ou que contradigam tal inva
riância. N o entanto; parece difícil aceitar, a priori,
a independência do coeficiente í3, da pressão, visto estar-
relacionado com a interacção entre os iões e as molé--
cuias do, solvente.
Não existem sequer dados experimentais em número
suficiente para confirmar ou pôr em causa a regra de
WALDEN, de forma directa, quando se processam mo
dificações de pressão. Os dados obtidos em soluções
aquosas, que são os mais numerosos, não servem para
tirar conclusões de carácter geral, em virtude da estru
tura própria do solvente que dá origem às particula
ridades atrás referidas. Em solventes não aquosos são
muito poucas as determinações realizadas e não são
conhecidos os números de transporte, a pressões dife
rentes da atmosférica. Na maior parte dos casos, os
estudos foram feitos a uma única concentração ou,
pelo menos, a um número de concentrações insufi
ciente para se obter a extrapolação para diluição
infinita, o que impede a verificação directa de qual-
26
quer teoria do efeito da pressão sobre a condutibili
dade.
BucHANAN ( 6 8 ) e STRAUSS ( 6 9 ) mediram a condutibilidade
equivalente de um certo número de soluções electrolí
ticas em água e metanol, até 12000 atm. Usaram um
número de concentrações suficiente para permitir a ex
trapolação para diluição infinita. Os resultados em
metanol revelam um acentuado paralelismo entre os
efeitos da pressão na viscosidade e na condutibifidade,
que não é, no entanto, suficiente para confirmar a
regra de W A L B E N .
ELLIS (70 , 71 , 7 2 ) estudou o efeito da pressão até
3 000 atm na condutibilidade de soluções de ácidos e
sais em água e em misturas de água e etanol. As suas
determinações foram na maior parte efectuadas a 25°C.
De entre as conclusões do seu estudo ressalta o facto
de o efeito da pressão sobre a condufibilidade equiva
lente não ser praticamente afectado pela concentração,
em soluções aquosas. Pelo contrário, quando usou •
misturas de água e etanol, teve oportunidade de veri
ficar que a concentração das soluções influenciava o
coeficiente de pressão para a condufibilidade. A con
centração das soluções foi variada o suficiente para
poder fazer extrapolações para diluição infinita.
BRUMMER ( 7 3 ) determinou o coeficiente de pressão da
condutibifidade equivalente de soluções de vários sais
' em água, metanol e nitrobenzeno. As concentrações
que empregou não foram em número suficiente para
permiUr a extrapolação para diluição infinita, mas foram
suficientemente baixas para que o efeito interiónico não
seja tão importante que possa modificar as conclusões
a que chegou. Nas soluções em solventes orgânicos
teve oportunidade de verificar que os logaritmos das
razões entre as condutibilidades equivalentes à pressão
P Q à. pressão atmosférica são uma função linear de P,
para todas as temperaturas estudadas, entre 2 0 e 60°C.
O efeito da pressão nuo se manifesta só no valor da
condutibifidade equivalente, mas também na maneira
como ela varia com a concentração. Na análise desta
variação devemos considerar separadamente os elec
trólitos fortes e os fracos. Para os primeiros o efeito
da pressão aparece através da. variação da viscosidade
c da constante dieléctrica, ambas aumentando com a
pressão, e da conduUbifidade equivalente limite, que
diminui quando a pressão aumenta. Como consequência,
o coeficiente do termo em c'* na equação de ONSAGER
diminui à medida que a pressão aumenta.
Para os electrólitos fracos, a este efeito se sobrepõe
um outro: o grau de dissociação aumenta com a pressão
e, desta forma, o electrólito vai-se tornando mais forte.
Embora não confirmado experimentalmente de forma
completa, é legíUmo supor que todos os electrólitos
se podem comportar como fortes quando sujeitos a
pressões suficientemente altas. Determinações experi
mentais realizadas em soluções aquosas e em solventes
orgânicos ( 7 4 ) mostram que, efectivamente, a força dos
electrólitos aumenta sempre com a pressão.
O interesse fundamental do estudo do coeficiente de
pressão para a condutibilidade reside na análise da
equação (2 .46) , no que respeita à derivada de em
ordem à pressão, a temperatura constante.
Derivando a forma logarítmica de (2 .46) , em ordem
à pressão, a temperatura constante, obtém-se:
- 2 dlnL\
1p~)
1 /ÒAGl
•í? (2.106)
O volume de activação, AV', que representa a diferença
entre os volumes molares do sistema no estado de
activação e no estado inicial, é dado por:
AV*^ dP
(2.107)
De (2 .106) e (2 .107) tira-se, facilmente
3 .
/ òlnV
RT
se atendermos a (2 .55) .
O volume de activação está mais .directamente ligado
à estrutura dos líquidos que a condufibilidade equi
valente e, portanto, o seu cálculo, a partir da variação
da condutibilidade equivalente com a pressão, permite
a descriçãq^deste processo de, transporte em, termos de
um parâmetro fundamental.
O volume de activação pode ser decomposto em duas
parcelas AV^ e AJ/^ (75 ) . A, primeira diz, respeito à
modificação do volume molecular quando se passa do
estado inicial ao complexo de transição e a .segunda
à- variação do volume do solvente necessária para
acomodar o complexo de transição. % de admitir que
para os processos de transporte. AK^' seja muito inferior
a AVl, a não ser que exista uma forte solvatação e
sejam as moléculas -da envoltura que sofram essa va,-
riação de volume.
27
2.6 Energia de activação a pressão e a volume constante Nessas condições, pode escrever-se
A variação da condutibilidade equivalente com a tem
peratura pode ser considerada a pressão ou a volume
constante.
É de admitir, a priori, que seja o processo i*:ocórico
o mais susceptível de fornecer dados de maior alcance
para a interpretação do, mecanismo da condutibilidade
iónica e sua expressão em função de características fun
damentais do líquido.'Quando a temperatura é variada,
a volume constante, nãg se modificam os p^âmetros
de espaçamento do líquido, sendo só alterada a energia
cinética das moléculas ou iões. A pressão constante,
as alterações de temperatura íêm como consequência,
além da variação da energia cinética, a modificação
dos parâmetros de espaçamento.
As energias de activação aparentes a pressão e a volume
constante são definidas, para a condutibilidade equi
valente limite, pelas equações
E^=-RT^
ÒT
èT
(2.109)
(2.110)
ARRHENIUS (76) admitiu que as grandezas Ep e E^r eram
independentes da temperatura. Fazendo a integração
das equações (2.109) e (2.110), de acordo com esta
hipótese, obtêm-se relações lineares entre o logaritmo
da conduti^lidade equivalente limite e o inverso da
temperatura absoluta.
Não é necessário aceitar tal condição para estabelecer
uma relação entre Ey e De resto, há um certo número
de factos experimentais que evidenciam a "variação
da energia de activação isóbara com a temperatura.
Para a interpretação da condutibilidade iónica, pelo
menos do ponto de vista formal, o problema funda
mental consiste em estabelecer o número e a natureza
dos parâmetros independentes em função dos quais a
condutibilidade equivalente limite deve ser expressa.
Este problema é comum a toda a cinética das reacções
em solução.
Não havendo quaisquer razões que obriguem a pensar
de forma contrária, pode admifir-se que duas variáveis
são em número suficiente. Por analogia com tantos
outros problemas da química física, a escolha dessas
duas variáveis recai fàcümente na pressão e tempe
ratura.
Mas nada impede que se considere também a condu
tibilidade equivalente Ifmife como podendo ser ex
pressa em função do volume e da temperatura. Nestas
condições, seria
d¡nM>=.{.:^^ \ dV+í^il^^ dT (2.112) dv It \
Como ambas as equações são válidas para qualquer
variação de .A", podemos eliminar dlnh" entre elas:
dT p
Dividindo por dT e fixando-nos na condição de vo
lume constante, obtém-se
dT
dlnA"
dT Jp'
+ dlnÁ." \ / dP
dp dT y (2.114)
Tendo em atenção que
fica
dT ) y - \ dT jp V ) t
dV\ l/dV
dT J\dP (2.116)
Como os coeficientes de dilatação e de compressibili
dade são definidos, respectivamente, por
, 1 fdV
e por
y\dTjp
1 / dv\
(2.117)
(2.118)
28
vem, finalmente, se atendermos a (2.109) e (2 .110) ,
Ey^Ep + RT^ — fi
Tendo presente a equação de estado
(2 .119)
du
dv T
dP
dT — P (2 .120)
e a definição de pressão interna, nos líquidos
du' dv (2 .121)
obtém-se, fazendo as necessárias substituições em (2.114) ,
Ey=Ep+(P'{-%)RT í dliiA." \
\ '): (2 .122)
que é outra relação, tal como (2.119) , entre as energias
de activação aparentes a pressão e a volume constante.
No estabelecimento das equações (2 .119) e (2 .122) não
foram utilizados mais que,os conceitos gerais da ter
modinâmica clássica, sem se ter feito intervir qualquer
condição relacionada com o mecanismo da conduti
bilidade electrolítica. Podemos conjugar estas relações
com os resultados obtidos no estudo do mecanismo
cinético. A derivação em ordem à pressão da forma
logarítmica de (2 .46) permitiu estabelecer a equação
(2.108) , da qual nos servimos para traduzir, em função
de outras quantidades, a derivada de //jA" em ordem
à pressão, a qual figura em (2 .122) .
Fazendo as substituições convenientes, obtém-se:
£ p - £ ^ ^ ( P + :r)AJ/*
àhiV
àP (2 .123)
Esta úUima equação põe claramente em evidência a
diferença entre as duas energias de activação e que
uma delas é muito mais complexa que a outra.
O último termo do segundo membro de (2 .123) é,
presumivelmente, muito inferior aos outros, pelo que
a sua importância é restrita. O produto TTAF* traduz
a variação da energia interna do sistema em conse
quência da variação de volume A V* que sofre ao passar
do estado inicial ao estado de activação. Como o ião
se pode considerar praticamente incompressível, teremos
de atribuir esta variação ao solvente. Paralelamente,
PAV* corresponde ao trabalho realizado pelo sistema
contra a pressão exterior, quando tem lugar a variação
de volume A V*. Nos líquidos, a pressão interna é muito
elevada e, assim, o termo mais importante é o que
corresponde ao produto TTAK*.
Deste modo, as energias de activação a pressão e vo
lume constante serão necessariamente diferentes, estando
a segunda contida na primeira. O elevado valor da
pressão interna nos líquidos justifica, amplamente, a
necessidade de se fazerem determinações da energia de
activação isócora, pois o valor encontrado a pressão
constante será bastante diferente.
O critério da distinção entre as duas energias de acti
vação foi aplicado por NEWTIT e WASSERMANN ( 7 7 ) no
estudo da cinética da dímerização do ciclopentadíeno,
tendo verificado que Ey e Ep, determinadas"íío intervalo
de 1 a 300 atm, diferem aprecíàvelinente, tanto mais
quanto mais baixa é a pressão. Constataram ainda que,
enquanto a energia de activação e o pré-expoente da
equação integrada de ARRHENIUS variam apreciavelmente,
a pressão constante, o mesmo não acontece a volume
constante. Daqui concluíram da vantagem do estudo
destas reacções em condições isócoras para que as
quantidades derivadas 'possam ter mais fácil expressão
em termos de parâmetros fundamentais dos líquidos.
JoBLiNG e LAWRENCE ( 7 8 ) mostraram, por considerações
teóricas, que não se deve esperar uma relação linear,
entre o logaritmo da fluidez e o inverso da temperatura
absoluta, a pressão constante, mas que essa relação é
previsível a volume constante. Para justificar estas con
siderações basearam-se na equação de ANDRADE ( 7 9 ) e
nos resultados da teoria dos estados de transição,
aplicada, à viscosidade ( 8 0 ) . As determinações experi
mentais efectuadas confirmam estas previsões, mos
trando ^mda que são muito diferentes entre, si as ener
gias de ^ ivação determinadas^ a volume e a pressão
constante. Ey apresenta-se como sendo muito sensível
às variações de volume do sistema, traduzÍndo-se essa
dependência pela relação ;
Ev--{V^bf
(2 .124)
onde b é uma constante para cada líquido,
COLLINS ( 8 1 ) também verificou que no modelo cinético
29.
da viscosidade a energia de activação isócora é a quan
tidade que desempenha papel importante e não Ep,
tanto mais que a energia de activação deduzida do
coeficiente isobárico de temperatura é inconsistente com
o mecanismo do processo de transporte. Para vários
líquidos simples observou que os resultados experi
mentais estão de acordo com as expressões que "esta
beleceu por via teórica. A difusão é outro processo
de transporte que perdeste autor é citado como con
duzindo a- conclusões análogas.
O mecanismo da viscosidade foi também estudado por
BoNDi ( 8 2 ) à luz da teoria dos estados de^ansição,
o qual verificou que a energia interessada se deve
considerar dividida em duas parcelas, uma dizendo
respeito à formação de lacunas e a outra ao trans
porte para as lacunas-já formadas. N o processo isócoro
o número de lacunas é suposto manter-se constante
e daí o menor valor da respectiva energia de activação.
Também M A C K E N Z I E ( 8 3 ) chegou a conclusões análogas,
num estudo experimental da viscosidade. Verificou que
a energia de activação a volume constante varia com
o volume de forma muito sensível, o que, em sua opi
nião, limita a utfiidade da determinação. Não nos
parece razão suficiente para tal, tanto mais que 'no
estudo de processos de transporte é este fenómeno
que interessa sobremaneira, e não a formação de lacunas
que o precede. A variação com o volume do sistema
não pôde ser analisada de forma muito completa,
tendo M A C K E N Z I E encontrado a relação
£ : ^ = l o g ^ + B
(2 .125)
onde A Q B são constantes características de cada
líquido e a. razão entre o volume molar nas condi
ções da experiência e à temperatura de fusão (à pressão
de 1 atm). Esta relação é bastante diferente da apresen
tada por JoBLiNG e LAWRENCE, (2 .124) .
Se bem que a viscosidade seja um processo de trans
porte com fortes analogias com a condutibilidade e
todos estes trabalhos nos dêem indicações que f a c i l
mente podem ser aplicadas à condutibilidade, é parti
cularmente interessante citar o trabalho de BOCKRIS et
al. ( 8 4 ) , que apficaram considerações análogas ao estudo
da condutibilidade em sais fundidos, dividindo a energia
em duas parcelas, uma correspondente à formação de
lacunas e outra às deslocações. Não apresentam resul
tados a volume constante por terem trabalhado só à
pressão de 1 atm.
3'-PARTE EXPERIMENTAL
A = A " — A / c ' ( 3 . 1 )
e através dela a condutibilidade equivalente para qual
quer valor da concentração, até ao limite indicado.
Na segunda fase determinou-se o efeito da pressão
sobre a resistência destas soluções, contidas numa de
terminada célula de condutibilidade. As determinações
experimentais foram realizadas às temperaturas atrás
indicadas. Como adiante se verá, podemos admitir que
a constante da célula não varia com a pressão apli
cada e, portanto, o quociente das resistências determi
nadas a uma pressão P e à pressão atmosférica é igual
ao quociente das respectivas resistividades e recíproco
do das condutibilidades específicas. Designaremos este
quociente por coeficiente de pressão para a resistên
cia (RpIR^).
Os intervalos de pressão estudados foram, para os
picratos de tetramefil, tetraefil e tetra-n-propilamónio,
der 1 a 700 atm e para o picrato de tetra-n-butiIamónÍo
de 1 a 2 0 0 0 atm.-
Atendendo a que
A -
K= R
temos, facilmente,
4 . -^i C l A n = A , y - ^ ^
RnC
( 3 . 2 )
( 3 . 3 )
( 3 . 4 )
pt.p
30
3.1 Descrição geral do método experimental
A determinação da condufibilidade equivalente das so
luções de sais de tetralquilamónío em nitrobenzeno,
em função da pressão, a diferentes temperaturas, foi
realizada em duas fases. Na primeira trabalhou-se
à pressão de 1 atm, obtendo valores absolutos da
condutibüidade equivalente às temperaturas de 20,
25, 30, 40, 50, 60 e lO^C. Tara cada sal ufilizaram-se,
pelo menos, 4 concentrações. Como se tivesse verificado
que, para estas soluções, a variação da condutibifidade
equivalente é linear com a raíz quadrada da concen
tração, dentro do intervalo de concentrações estudado
(até cerca de 10"^ mol T^) , os resultados experimentais
obtidos permitiram calcular os coeficientes da equação
limite de ONSAGER,
onde os índices I e P indentificam valores às pressões
de 1 e /* atm.
Com os resultados absolutos das determinações a L atm
e com os valores do coeficiente de pressão para a re
sistencia podemos determinar a condufibilidade equi
valente em função da pressão, desde que seja conhecida
também a compressibifidade das soluções.
A determinação da condutibilidade equivalente à pressão
de uma atmosfera fez-se com os cuidados e técnica
habituais, acrescidos simplesmente das precauções par
ticulares que é necessário tomar para que a. solução
orgânica não seja contaminada pelo vapor de água
atmosférico.
As soluções cuja conduUbifidade se ia medir eram trans
feridas para a célula dentro duma caixa seca. A célula
era tapada com tampas esmeriladas e transportada para
o termostato, à temperatura de 20''C. Começava-se por
esta temperatura, "próxima da do ambiente, para evitar o
efeito de SORET (85). O termóstato usado era um tanque
com cerca de 200 1 de óleo onde a temperatura se ma
tinha constante, de 20 a 10°C, a menos de 0,01«C.
A regulação de temperatura efectuava-se com um regu
lador de tolueno,
Uma vez afingido o equilíbrio térmico, procedia-se à
leitura da resistência. A solução era agitada dentro da
célula e voltava a equilibrar-se a ponte. As alterações
não eram em geral, superiores a 1 parte em 10 000.
Fazia-se nova determinação da resistência, passados
10 minutos, agitando de novo a solução dentro da célula.
Tomava-se como resistência da solução na célula o
valor que se tinha mantido sem variações sistemáticas
ou superiores a 1 em 10 000, em 4 leituras, espaçadas
de 10 minutos e seguidas de agitação.
Alterava-se a temperatura do termóstato para o valor
seguinte (no sentido crescente) e procedía-se à deter
minação da. resistência pela mesma forma. Uma vez
atingidos os 70°C, baixava-se lentamente a temperatura
do tanque até 25°C, para confirmar o valor anterior
mente encontrado a esta temperatura. As diferenças
não ultrapassavam 0,01 %.
Esta verificação foi considerada necessária por se tra
balhar a temperaturas relativamente altas, às quais a
alteração química das soluções, evaporação do solvente
(com deposição por condensação na parte superior da
célula) e contaminação pelo vidro e eléctrodos podiam
ter liígar de forma apreciável.
Cada.^conjunto de determinações era verificado através
duma repetição com nova quantidade de solução.
Pára a determinação do coeficiente de pressão as so
luções eram igualmente transferidas para as células,
deniro da caixa seca. O enchimento efectuava-se com
uma seringa hipodérmica, dado o reduzido diâmetro
da haste da célula por onde entrava a solução.
A eliminação das últimas bolhas de ar era por vezes
difícil, só sendo conseguida à custa de agitação e su
cessivas adições de solução.
As células, uma vez cheias, eram invertidas e colocadas
sobre o recipiente inferior com mercúrio. Até esta fase
todas as operações eram efectuadas na caixa seca, pois
só quando a haste inferior da célula mergulha no mer
cúrio a solução fica ao abrigo do contacto com o ar
atmosférico.
A célula, era ligeiramente aquecida antes de ser inver
tida sobre o recipiente com mercúrio. A o arrefecer,
uma pequena quantidade de mercúrio entrava para a
haste da célula, ficando assim à vista a superfície de
separação entre as duas fases. Qualquer bolha de ar
seria facilmente detectada, tanto mais que,.4nestas con
dições, as bolhas têm tendência para subir para o
corpo da célula.
Com o seu vaso de mercúrio em posição, a célula era
transferida para o suporte fixado à tampa do vaso
de pressão. Esta era colocada em posição no vaso
e atarraxada, ficando automaticamente as células no
interior. O vaso de pressão encontrava-se já previa
mente cheio com óleo. Se o enchimento se fizesse depois
de fechado ficaria uma grande quantidade de ar no seu
interior, que tenderia a dissolver-se com o aumento de
pressão, alterando-se assim os valores fixados.
A vedação completa era conseguida, atarraxando a
tampa fortemente, com auxífio duma chave.-
O vaso de pressão encontravarse permanentemente colo
cado no termostato, onde era suportado por uma ar
mação de ferro.
Uma vez colocadas^ as células no vaso de pressão e
fechado este; o conjunto era deixado durante 12 horas
para se afingir o equlfibrio térmico.
As deterftiiíiações de resistência-íniciaram-se pelo equi
líbrio da ponte com o sistema à pressão atmosférica,
aumentando depois a pressão e efectuando leituras da
resistência e da pressão a intervalos de cerca de 50 atm
(100 quando trabalhámos até 2 000 atm). Cada vez que
se alterava a pressão era necessário esperar cerca de
35 minutos, antes de fazer a leifüra do manómetro e
da resistência para deixar que o calor de compressão se
dissipasse e o equilíbrio de temperatura se restabele
cesse, A constância da resistência era confirmada por
outra leitura passados 10 minutos.
I N Í 3 T I T U T O OCT ENISFsaiA A T C ^ M Í T A
31
Uma vez completado o ciclo ascendente, procedia-se
a leituras de resistência e pressão num ciclo descen
dente, que terminava com uma nova leitura da resis
tência à pressão de 1 atm. Este valor, em geral, não
coincidia com o obtido inicialmente, não diferindo, no
entanto, em mais de "0,1 %. Os coeficientes de pressão,
calculados nos ciclos ascendente e descendente, com
referência aos respectivos valores da resistência à pressão
de 1 atm, não diferiam em mais de 0,01 %.
Procedeu-se da forma indicada para cada uma das
temperaturas atrás mencionadas.
Cada série de valores foi confirmada com agil ização
de nova quantidade de solução.
Quer nas determinações efectuadas, a 1 atm quer a
outras pressões, não foi julgado necessário fazer a
correcção do solvente aos valores lidos das resistências,
apesar das baixas concentrações empregadas. As con
dutibilidades específicas das soluções foram da ordem
de 10"^ 0~^ cm"^ e a do solvente 10"^" O"^ cm~ . O erro
cometido ao omitir esta correcção é muito inferior
à precisão geral do método. -
O óleo empregado no termóstato e no interior do vaso
de pressão tem uma resistência específica de vários
MOcm.
3.2 — Purificação do nitrobenzeno
Na purificação do nitrobenzeno para estudos de con
dutibilidade há que atender a duas impurezas princi
pais: a águ^e outros materiais iónicos dissolvidos que
fazem aumentar a condutibilidade específica do dissol-
ventci A água deve ser eliminada, não só por a sua
condutibilidade específica ser muito mais elevada que
a do nitrobenzeno mas também por facilitar a disso
ciação de outras substâncias electrolíticas dissolvidas
(a constante dieléctrica da água tem valor muito supe
rior à do nitrobenzeno). Os sais de tetralquilamónío
são relativamente solúveis na água, o que, naturalmente,
agrava o problema.
O coeficiente de partição entre a água e o nitrobenzeno
tem um valor próximo da unidade para o picrato de
tetrametilamónio (86 ) .
FELICI ( 8 7 ) , partindo do princípio de que a conduti
bilidade específica aparente deste solvente, da ordem
de 10"'' 0~^ cnr\ conseguida pelos processos ordinários
de purificação, não pode ser jusfificada pelo grau de
ionização espontânea que permite aceitar a teoria iónica
da cinefica das reacções orgânicas, tentou o uso de
resinas trocadoras de iões para eliminar o material
electrolítico estranho, conseguindo assim obter conduti
bilidades específicas da ordem de 10"^'^ 0~^ cm~^
Condufibilidades específicas da mesma ordem de gran-,
deza foram conseguidas por T A Y L O R e KRAUS ( 8 8 ) e
WrrscHONKE e KRAUS ( 8 9 ) , uUIizando um processo de
purificação que se baseia fundamentalmente no uso
da alumina como adsorvente, depois de destilações e
lavagens com álcalis e ácidos. CHESHKO et al. ( 9 0 ) es
tudaram a natureza das impurezas que acompanham
o nitrobenzeno e demonstraram, usando processos es-
pectrofotométricos e cromatográficos (com detecção das
zonas por determinação de constantes dieléctricas) que
essas substâncias são, essencialmente, o ácido pícrlco
e os orto- e para-nltrofenóis. Estes últimos são ori
ginados por processos oxidativos que têm lugar durante
a preparação do nitrobenzeno e não podem ser separa
dos'por desfilação, em virtude da similitude de pontos
de ebulição.
Estes autores procuraram purificar o nitrobenzeno por
um processo cromato gráfico, empregando vários adsor-
ventes e compostos que reagem com as impurezas. N o
produto purificado determinaram uma condutibilidade
especifica da ordem de 10"^ O"^ cm~^, valor muito mais
elevado que os atrás citados. A alumina é, entre os
materiais ensaiados, um dos .que se apresentam como
mais eficientes na purificação por adsorção. WHITE ( 9 1 )
refere uma condufibilidade da ordem de 10"!^ cm""
conseguida depois de congelação fraccionada que se
seguiu a destilações e lavagem com álcalis.
N o nosso trabalho, parfimos de nitrobenzeno AnalaR
que foi seco sobre cloreto de cálcio, durante 5 dias,
no mínimo. Redesfilou-se muito lentamente à pressão
de 2 mm de mercúrio, mantendo a temperatura o mais
baixo possível. O balão colector do aparelho de des
tilação encontrava-se dentro duma caixa seca, onde o
dissolvente era manipulado a partir dessa fase.
Na caixa seca passava permanentemente uma corrente
de azoto em que se eliminava previamente o anidrído
carbónico com soda cáustica, o oxigénio com cobre
a SOO C e a água com «molecular sieves».
A esta destilação seguia-se a passagem através duma
coluna cromatográfica, com alumina, de 2 0 cm de
altura e 3 cm de diâmetro. Secou-se previamente a
alumina ao ar a SSO'C.
Depois da passagem dos primeiros 50 ml de nitro
benzeno através da coluna era possível observar a
formação de um anel amarelo a cerca de 0,5 cm da
extremidade superior, possivelmente, contendo nitrofe-
3 2
nóis, que CHESHKO (90) verificou depositarem-se nas
primeiras porções da coluna.
Depois destas purificações o nitrobenzeno apresentava-
-se como um líquido de coloração amarelo-páfida.
Pela acção da- luz esta coloração passa a amarelo-acas-
tanhada. Restitui-se a cor inicial com nova passagem
pela coluna de alumina. O dissolvente era usado ime
diatamente, ou guardado em frascos escuros. As solu
ções com ele preparadas também eram guardadas ao
abrigo da luz.
A eficiência de cada um destes tratamentos foi con
trolada por determinações de condutibilidade. Na ta
bela 3.1 figuram os valores obfidos.
T A B E L A 3.1
Condutibilidade-
específica
c m - i
Nitrobenzeno AnalaR 2,34 X 10"^
Nitrobenzeno redesfilado... i,23 X lO- **
Nitrobenzeno passado pela
coluna de alumina 2,05 x 10" ^
As condutibilidades específicas encontradas nas diferentes
porções de solvente tratado pelo método descrito eram
consistentemente análogas às figuradas na tabela 3.1.
3.3 Preparação e purificação dos sais
Os picratos de tetralquilamónío foram todos pre
parados por neutralização dos respectivos hidróxidos,
com ácido pícrico, em meio aquoso: Os sais precipitam
por a sua solubífidade na água ser relativamente baixa.
Usámos soluções dos hidróxidos a 10 %, B. D. H. para
a preparação dos sais de tetrametil, tetraefil, e tetra-n-
-propilamónio e Eastman Kodak, para o tetra-n-butil.
Empregámos ácido pícrico AnalaR.
Às soluções dos hidróxidos adicionámos ácido pícrico,
agitando constantemente, até reacção ligeiramente ácida.
O meio foi, em seguida, tornado alcalino pela adição
de uma gota da solução de hidróxido. Deixou-se em
repouso durante 12 horas. A garantia de que todo o
ácido pícrico tinha reagido era-nos dada pelo carácter
ainda alcalino da solução, ao'fim deste intervalo de tempo.
É preferível ter um figeiro excesso de hidróxido a ter
de ácido pícrico, visto ser aquele muito mais solúvel.
O sal precipitado foi separado por filtração e purificado
como se segue:
(i) Picrato de tetrametilamónio
Duas recristalizações em água de condutibifidade se
guidas de duas dissoluções em acetona e precipitação
com benzeno seco. Secagem ao ar a lOO^C, durante
24 h, e no vácuo, com anidrído fosfórico, durante 2 dias.
(ii) Picrato de tetraetüamônio
Duas recristalizações com água de condutibilidade, se
guidas de outras duas cora álcool etílico. Seco ao ar
a 1500C, durante 24 h.
(iii) Picrato de tetra-n-propilamónio
Três recristalizações com água de condutibüidade. Seco
ao ar a 100°C, durante 24 h.
Os métodos de preparação e purificação, antes indi
cados, são, com ligeiras modificações, os empregados
por W A L D E N et al. (92).
(iv) Picrato de tetra-n-butilamónio
HIRSCH e Fuoss (93) empregaram a recrístajjzação com
álcool etUico adicionado de 10 % de água. A operação
tem baixo rendimento, dada a apreciável solubilidade
do sal no solvente. Preferimos a dissolução do picrato
em metanol, precipitando da solução metanólica com
água de- condufibifidade. A operação foi reafizada três
vezes.
O sal foi seco no vácuo a lOO^C, durante 24 h.
Até à utilização, os sais foram conservados no vácuo
com sífica gel.
Como critério de pureza preferimos, à determinação
dos pontos de fusão, um critério baseado em medidas
de condutibilidade. Prepararam-se, no mínimo, 4 solu
ções de cada um dos diferentes saís (de concentrações
entre 10"^ e 10"^ mol I'J) em nitrobenzeno e determi
nou-se a respectiva condutibilidade equivalente a 25°C
e a 1 atm. Tomou-se como critério de pureza o facto de
a condutibilidade equivalente variar linearmente com
a raiz quadrada da concentração. A experiência mos
trou que a contaminação com pequenas quantidades
de. ácido " p^crico era suficiente-para transformar essa
dependência linear noutra, representada por uma finha
com curvatura apreciável.
3.4 Outros reagentes utilizados
(i) Água — Na preparação das solqções aquosas de
cloreto de potássio usámos água destilada passada
através de uma coluna de resina mista aniónica e ca-
tiónica <tBiodeminrolit». A condutibilidade específica
desta água oscila entre 1 e 2 x 10"^ 0"^ cm"^.
33
(ii) Cloreto de potássio—^Partimos do reagente AnalaR,
que foi 4 vezes recristalizado em água de condutibili
dade e seco a J5C*C ao ar, durante 24 h, antes de ser
utilizado.
(iii) Mercúrio — Nos vasos que fecham as células de
condutibilidade de alta pressão usámos mercúrio tri-
destilado.
3.5 Preparação das soluções
As soluções aquosas de cloreto de potássio foram prepa
radas volumétricamente, num termóstato a 25 ± 0,1°C.
Estas soluções destinavam-se à determinação da cons
tante das células. A respectiva condutibilidade espe
cifica foi calculada, usando a equação (94)
K = (149,93 c— 96,65 c + 58,74 é log c -f
4-198,4 c2)LCR3 (3.5)
As soluções dos sais de tetralquilamónío em nitro
benzeno foram preparadas por pesagem e calculada a
concentração em moles por litro, admiündo que a
densidade da solução é igual à do dissolvente à mesma
temperatura. O erro cometido com esta aproximação
não é importante, pois a concentração mais elevada
que se empregou foí de 4 x 10"^ mol 1""
A densidade do nitrobenzeno a diferentes temperaturas
foi calculada pela equação ( 9 5 )
í / , = 1,22300—0,98721 t 10 -3—0,09944 / V L O " * ( 3 . 6 )
Os resultados deste cálculo concordam com os va
lores determinados por Kuss ( 9 6 ) e por GIBSON e
LOEFFLER ( 9 7 ) .
A solução mais concentrada foí preparada pela dis
solução da quantidade de sal que corresponde à con
centração prevista e as outras a partir desta por di
luições sucessivas.
Trabalhou-se sempre no interior da caixa seca, onde
B O M B A
L I G A Ç Ã O
X P O N T E
3.1 — Esquema da instalação de alta pressão
34
eram manipulados os sais e o solvente, para evitar a.
contaminação com a humidade. Quando era necessário
proceder a pesagens de sólidos ou líquidos, estes eram
transportados para a balança e pesados em vasos fecha
dos. Todas as pesagens foram corrigidas para o vácuo.
3.6 Material de alta pressão
Utilizámos duas instalações de alta pressão, uma di
mensionada até 1.000 e outra até 3 000 atm. Por razões
j 3 cm
3.2 — Vaso de pressão usado até, 1 000 atm
de segurança e para evitar hísteresis nos manómetros
a primeira foi utilizada só até cerca de 750 atm e a
segunda até cerca de 2 000.
Na fig. 3.1 representam-se esquemáticamente as res
pectivas montagens. A pressão era gerada na. bomba
e transmitida ao vaso por. tubos, possuindo o circuito
uma válvula que permitia isolar o vaso e o manó
metro da parte restante.
O vaso destinado a conter as células de condutibili
dade e uma grande parte da tubagem encontravam-se
mergulhados no óleo do termóstato. Nas figs. 3.2 e
3.3 estam figurados os esquemas dos vasos de pressão
utilizados, respectivamente até 750 e 2 000 atm. São
ambos de aço e foram projectados e construídos no
Imperial College (Londres) — Department of Chemical
Engineering. O primeiro foi trabalhado a partir dum
bloco de aço e o segundo dum tubo. Neste último o
fundo é formado por uma tampa roscada. Como se
vê, pela comparação das figuras, a espessura da parede
do vaso usado para pressões mais altas é muito menor
e mais próxima da unidade a relação entre os raios
interior e exterior. Isto deve-se à diferente natureza
dos materiais empregados.
Ambos os vasos são fechados com tampas roscadas,
trabalhadas em aço ligeiramente diferente do do corpo
da bomba, para evitar que as duas peças soldem por
efeito da pressão. -f*
A vedação entre o corpo da bomba e a tampa faz-se
por meio de anéis de neopreno de secção circular,
que são suportados por anéis de cobre de secção muito
menor (não figurados nos desenhos). O conjunto dos
anéis não é ajustado, sendo do típo autovedante.
Nas tampas existem orifícios cónicos onde se alojam
eléctrodos de invar, também cónicos, eléctricamente
isolados com peças de alumina. Estes eléctrodos servem
para. fazer o contacto eléctrico com o exterior, nomear
damente os contactos entre as células e a ponte de
resistências.
A experiência mostrou, que, apesar de se ter procedido
a um cuidadoso pufimento das superfícies dos eléctrodos,
dos isoladores e dos orifícios, a vedação deixava de
ser efectiva quando o conjunto era submetido a varia
ções de temperatura ou pressão, devido a fractura dos
isoladores de alumina. Este defeito foi. remediado, in
tercalando, nas superfícies de contacto metal alumina,
uma fina película de borracha de sllicona polimerizada
in loco. E&ta película actua como lubrificante, permir
tindo uma reversibilidade de movimentos quando se
alteram as condições de pressão ou temperatura.
Fixada à tampa do vaso encontra-se uma haste metá-
fica, com molas de bronze fosfórico, desfinada a su
portar as células e os vasos com o mercúrio que faz
a transmissão da pressão ao l iquid contido nas células
e o separa do óleo exterior.
N o vaso empregado até 750 atm só era possível alojar
uma célula. N o outro podiam colocar-se 3, estando
um dos electrodos ligado a um ponto comum e o outro
35
independente. Para se efectuarem as medidas, cada cé
lula era seleccionada através do contacto independente,
por meio de um interruptor de mercúrio.
A determinação da pressão fez-se com manómetros
tipo BouRDON, um até 1 000 e o outro até 3000 atm.
O primeiro estava graduado de 20 em 20 atm e outro
a intervalos de 50. Com divisões auxiliares era possível
parafuso, entra num tubo de aço macio, fazendo-se
assim a vedação.
A pressão era gerada com uma bomba manual, fun
cionando por deslocamento de óleo (Blackhavvk tipo
P228). A ligação entre os diferentes elementos da ins
talação era feita com tubo metálico.
3.7 Células de condutibilidade
AÇO
AÇO
INOXIDÁVEL
6 cn
3.3 - - Vaso de pressão usado até 3 000 atm
ler, tío primeiro, a pressão com uma precisão de ± 2 atm
e no segundo de ± 5 atm. Ambos foram calibrados
com um manómetro de cilindro livre e esta calibração
foi usada para corrigir todas as leituras.
O zero e a calibração dos manómetros não dependem
da temperatura ambiente, que variou ligeiramente du
rante as experiências.
A válvula que isola o vaso de pressão e o manómetro
da restante instalação é do tipo agulha. Possui uma
agulha central de aço inoxidável, que, por meio dum
Usámos três tipos de células de condutibilidade. Um
para o solvente, outro para as soluções à pressão de
1 atm e o terceiro para á determinação do quociente
Hp/Ri, em função da pressão.
(i) Tratando-se dum solvente muito pouco condutor,
a determinação da respectiva condutibilidade especifica
tinha de ser feita com uma célula com eléctrodos de
grande área, colocados a pequena distância.
Tentámos empregar uma célula com dois eléctrodos cilín
dricos, de níquel coberto de negro de platina, coaxiais,
à distância de 3 mm. Teve esta célula de ser abandonada
por as leituras da resistência variarem com o tempo.
Substituímos os eléctrodos de níquel por outros com
a mesma forma geométrica, mas formados por finas
películas de platina depositada sobre o vidro. As' pa
redes da célula forneciam o suporte para os eléctrodos.
A película de platina forma-se sobre o vidro, pintando
este com uma solução coloidal deste metal em óleo,
que, uma vez aquecida, liberta o solvente, ficando só
3.4 - - Célula de condutibilidade usada com líqui
dos muito pouco condutores, à pressão de 1 atm
36
o depósito metálico. A aderência da película ao vidro
depende fortemente do seu estado de limpeza. Conse
guimos bons resultados limpando o vi^ro por fervura,
durante uma hora, em mistura cromo-sulfúrica, seguida
de lavagem com água quente. Sobre a película deposi
ta-se o negro de platina, por electrólisç duma solução
de ácido cloroplatínico, contendo traço^ de acetato de
chumbo, utilizando uma densidade de cqrrente bastante
inferior à que se emprega para os eléctrodos metá
licos maciços.
É importante que a libertação de gases seja só ligeira
mente perceptível. Se os gases se libertarem abundan
temente, a película desprende-se do vidro. Nestas con
dições a deposição do negro de platina leva cerca de
10 horas. Os eléctrodos assim preparados não se des
prendem do vidro quando se faz a Hmpeza da célula
com mistura cromo-sulfúrica e se tratam com vapor de
água a lOO^C.
A forma da célula está esquematizada na fig. 3.4. A
distância entre os eléctrodos era de 2 mm, o diâmetro
exterior 5 cm e a altura 14 cm. A célula tem uma
constante igual a 1,432 x 10"* cm'^
O efeito de polarização foí estudado, fazendo-se deter
minações da resistência a 1000 e 4000 cs"^. A diferença
era inferior a 0,1 %. Todas as medidas da condutibi
lidade do solvente foram efectuadas a 25°C e a 1 000 cs"* .
(ii) A condutibifidade equivalente das soluções de sais
de tetralquilamónío, à pressão de 1 atm, foi deter
minada, utilizando uma célula esférica com eléctrodos
circulares de platina.
Os eléctrodos foram «platinados» com uma densidade
de corrente de 5 m A cm"" , durante 10 minutos, com
inversão do sentido da corrente em cada 1/2 minuto.
Obtém-se, desta forma, um depósito uniforme e de pe
quena densidade, condições em que é mais efectivo ( 9 8 ) .
O efeito da polarização foi estudado, fazendo determi
nações da resistência a 1 e 4 Kcs-^. As diferenças não
ultrapassam 0,01 %. Todas as medidas foram extrapola
das para a frequência infinita pelo método de JONES e
CHRISTIAN ( 9 9 ) . Em face do valor da correcção, não pare
ceu necessário utilizar equações do 2.° grau, que possi
velmente traduzem melhor a realidade (100).
A constante da célula foi determinada com soluções
de cloreto de potássio, de concentração cerca de
lO"^ mol tendo sido efectuada a correcção corres
pondente à condufibUidade da água. O valor encon
trado, confirmado por várias determinações, foi
5,153x10-^ cnj-i a 25°C.
A célula foi utilizada a diferentes temperaturas, entre
20 e 70°C. A constante da célula a temperaturas dife
rentes de 25°C foi calculada, seguindo o método des
crito por ROBINSON e STOKES (101). Tomando para
coeficientes de dilatação Unear do vidro e da platina,
respectivamente, os valores 3,6 x IO"** e 9 X IO"**
grau Cr\ obtém-se para o coeficiente de temperatura
da constante da célula o valor — 1,5 X 10"^ grau C"^.
N o intervalo de 50°C em que utilizámos a célula, a
respectiva constante varia de 0,075 %. Os erros intro
duzidos pelas aproximações no cálculo desta correcção
não alteram a precisão das medidas, em face do seu
valor absoluto.
Soluções contidas na célula, durante 24 h não apre
sentam variações de resistência superiores a 0,005 %,
não sendo, portanto, importantes nem a adsorção nem
a dissolução do vidro.
(iii) A variação da condutibilidade com a pressão foi
determinada de forma relativa, sendo os resultados
traduzidos pelo quociente J?p/J?i, em função da pressão.
Nestas circunstâncias não tivemos necessidade de nos
preocupar com a determinação da constante da célula,
visto interessarem só valores relativos.
Usámos células de vidro Fjrex, com eléctrodos cir
culares de plafina, do tipo já usado por BRUMMER e
HiLLS (67). N o esquema da fig. 3.1 encontram-se as
células representadas dentro do vaso de pressão e na
fig. 3.5 a fotografia duma delas.
O corpo da célula é continuado por uma haste tubular
de vidro que mergulha num recipiente com mercúrio,
o qual fecha a célula, separando a solução do óleo,
sem impedir a transmissão da pressão.
3.5 — Célula de condutibilidade usada em determinações a alta pressão
37
Para evitar alterações-apreciáveis na constante da cé
lula, pela modificação da posição do .mercúrio quando
a'solução se comprime ou expande, dispõe-se abaixo
dos eléctrodos um diafragma com um orifício, ficando
a célula praticamente limitada à porção acima deste
septo.
Os eléctrodos foram «platinados» de forma análoga aos
da célula usada à pressão de 1 atm. O efeito de pola
rização era da mesma ordem; verificámos que o quo
ciente i?p/i?i é independente da frequência, razão por
que as leituras não Jbram corrigidas para a frequência
infinita. As determinações foram feitas a ^ÜOO cs~^.
A variação da constante das células com a temperatura
não dá, neste caso, lugar a qualquer^ correcção, visto
as resistências e J? serem determinadas à mesma
temperatura.
Outro tanto não acontece com a pressão. Para células
de Te/Ion, H A M A N N (102) indica uma variação de 6%,
de 1; a 12 000 atm, incluindo a contracção de 2 % do
Te/Ion a 5 000 atm.
O vidro é menos deformável, sendo, portanto, de
admitir que a alteração da constante das células seja
muito menor. N o nosso trabalho empregámos pressões
até 2 000 atm, o que, por outro lado, toma menos
importantes as deformações das células. Se admitirmos
que o coeficiente volumétrico de compressão da platina
é igual ao do vidro e se tomarmos para este o valor
— 3,1 X 10"^ atm""i (103), ufilizando o mesmo método
que empregámos para calcular a variação da constante
da 'célula com a temperatura, teremos:
2 000 = a, 1-1-3,1X10-«X2X,103
(3.7)
ou seja que ao variar a pressão de 1 a 2 000 atm a
constante da célula varia de 0,2 %. Esta variação é da
mesma ordem de grandeza da encontrada por ZISMAN
(104) em células de quartzo.
Este cálculo permitiu-nos pôr de parte a correcção,
pois que, sendo ela no máximo de 0,2 %, iguala-se à
precisão com que se efectuam as leituras da pressão
nos manómetros.
Igualmente não se fez qualquer correcção correspon
dente à variação da condutibilidade do solvente com
a pressão, vísto esta ser cerca de 10 vezes inferior
à das soluções.
H A M M A N (102) refere que a solubilidade do vidro na
água é muito aumentada por efeito da pressão. Tal
efeito não foi detectado no nhrobenzeno às pressões
a que trabalhámos; soluções diluídas, manfidas nas
células à pressão de 2000 atm, durante 12 horas, não
apresentaram variações sistemáficas da condutibifidade.
Esta experiência serviu também para provar que os
eléctrodos cobertos de negro de plafina não introdu
ziam erros por efeito da adsorção da substância dis
solvida.
N o vaso onde era possível colocar três células fez-se
um ensaio de consistência interna, colocando nas três
a mesma solução e determinando o quociente JtpIRi,
para diferentes valores da pressão. As diferenças não
ultrapassavam 0,005 % e não eram sistemáticas.
3.8 Ponte de resistências
A .ponte utilizada na medida das resistências foi do
tipo KOHLRAUSCH convencional. O respectivo esquema
encontra-se na fig. 3.6.
3.6 — Esquema da ponte de resistencias
Os quatro lados da ponte são constituídos por duas
resistências de proporção, e R2, pela resistência
medidora R^ e pela célula; esta pode- ser substituida
pela resistência R^, usando o interruptor S.
As resistências Rx e R2 estão montadas em conjunto
(Sullivan ratio arm 0,05 % grade) e foram sempre
38
mantidas com valores iguais, da ordem de grandeza
da resistência a medir; assim se conseguem as con
dições de maior sensibilidade na ponte.
A resistência Ji^ é constituída por uma caixa com seis
décadas (Sullivan non reactive resistance 0,1 % grade).
Estabelecido o equilíbrio na ponte, por meio da resis
tência i?3, substitui-se a célula pela. resistência. e
procura-se o valor desta que restituí o equilíbrio. A
leitura final do valor da resistência faz-se, portanto,
através de Rg^, que é uma caixa idénfica à que reafiza
a resistência R^, simplesmente de maior precisão ( 0 , 0 5 % ) .
Em paralelo com R^ encontra-se um condensador C
para compensar a capacidade associada com a célula,
ou quaisquer outras contidas no circuito.
A alimentação da ponte é feita por um gerador (Advance
"A. F. generator Jl) que produz um sinal sinusoidal cuja
frequência, pode ser variada até 4 000 cs'^ A detecção
faz-se com um oscilógrafo. O sinal à saída da ponte
é amplificado com um amplificador de transistores de
3 andares. Antes deste encontra-se um filtro para eli
minar os parasitas de frequência 50 cs
A ponte está separada do gerador e do detector por
dois transformadores bfindados de razão 1:1.
O secundário do transformador de entrada tem o ponto
médio figado à terra, actuando como terra de WAGNER,
com a condição de R^ e R^ serem sempre iguais. Nestas
condições o sinal no detector não só é mínimo, no
equilíbrio, mas também nulo.
Todas as ligações são efectuadas com fio bfindado,
estando todas as bfindagens ligadas entre si e à terra.
A ponte é apreciavelmente independente da frequência.
As leituras a 1 e 4 Kcs"^ não diferem em mais que
0,001 %. Quando se modifica a resistência tem de se
alterar a capacidade do condensador C para restabe
lecer o equilíbrio.
3.9 Compressibilidade do solvente, e soluções
O cálculo das condufibilidades equivalentes através da
equação ( 3 . 4 ) impfica o conhecimento da compressibi
lidade das soluções que aparece sob a forma do quo
ciente C j / C p .
Igualmente é necessário o conhecimento dessa compres
sibifidade, quando pretendemos apficar o princípio do
volume constante, no cálculo das pressões a que as
soluções devem ser submetidas, de forma a manter-se
constante o volume específico, quando se dá um au
mento de temperatura.
N ã o se encontram na Uteratura,- nem foram por nós
determinadas, essas compressibílidades.
ROSEN (105) propôs um método que permite determiitar
a compressibilidade das soluções dos electróütos em
função das compressibílidades dos diferentes compo
nentes. Também não nos foi possível apficar este mé
todo. Outro tanto sucedeu em relação à equação
apresentada por MIKHAILOV et al. ( 106) , em virtude de
desconhecermos a compressibifidade dos sais.
Em todos os cálculos usámos a aproximação que con
siste em admitir que a compressibilidade das soluções
não difere apreciavelmente da do solvente.
Os dados de PERMAN e U R R Y (107) para o cloreto de
potássio A'/3 mostram que a relação entre as compres
sibílidades da solução e do solvente é igual a 0,965,
sendo sensivelmente independente da temperatura no
intervalo de 30 a SO' C. Podemos admifir que, no caso
de solventes orgânicos, essa relação seja, ainda, mais pró
xima da unidade, em virtude de estes possuírem menos
estrutura a ser alterada por efeito dos electrólitos dis
solvidos. As soluções que empregámos são muito mais
diluídas, o que reforça a legitimidade da hipótese.
Para o cálculo da compressibilidade, do nitrobenzeno,
a diferentes temperaturas, usámos os dados de GmsoN
e EoEFFLER ( 9 7 ) que são apresentados sob a forma da
equação de TAET (108)
A F ^ , 5 - f P = Clog ( 3 . 8 )
onde A K é a variação de volume causado pela variação
da pressão de P^, a P e K„ o volume inicial à pressão
PQ . Be C são parâmetros, o primeiro função da tem
peratura e o segundo independente.
Os valores desses parâmetros são;
C = 0,21591
20 25 30 40 50 60 70
Batm 1 ^ , 7 1840,9 1793,8 1701,5 1612,0 1525,2 1441,0
As densidades do nhrobenzeno em função da pressão
e da temperatura, calculadas desta forma, não diferem
dos valores tabulados por Kuss (96 ) .
A— RESULTADOS \
4.1 Condutibilidades equivalentes à pressão de 1. atm
As condutibilidades equivalentes determinadas à pressão
atmosférica, e às temperaturas de 20, 25, 30, 40, 50,
39
60 e 70°C, com soluções de diferentes concentrações,
encontram-se agrupadas nas tabelas 4.1a, 4.IIa, 4.IIIa
e 4.IVa, para os 4 sais estudados.
Nas figs. 4.1 a 4.4 estão esses mesmos resultados repre
sentados graficamente, em função da raiz quadrada da
concentração, para asNliferentes temperaturas.
Cada uma das isotérmicas, representando a variação
da condutibilidade equivalente em função da raiz qua
drada da concentração fòi estudada analiticamente pelo
TABELA 4.1a
X C O N D U T I B I L I D A D E S E Q U I V A L E N T E S A D I F E R E N T E S
T E M P E R A T U R A S :E C O N C E N T R A Ç Õ E S ( O - i cm^ moV^
P I C R A T O D E T E T R A M E T I L A M Ó N T O
TEMP. 20O 25' 30 50» 60» 70"
Conc.x 12,21 12,16 12,11 12,01 11,91 11,81 11,71
A 27,40 '30,04 32,71 38,31 44,16 50,21 56,54
Conc.x 4,117 4,100 4,083 4, 049 4,015 3,982 3,948 XlO-^mol 1-
A '28,48 31,36 34,14 40,02 46,15 52.54 59,08
Concx 1,345 1,342 1,337 1,326 1,315 .1,304 .1,293 X 10-^mol 1-1
A 29,61 32,39 35,27 41,32 47,59 53,88 60,51
ConcX 0,4238 0,4220 0,4203 0,4168 0,4133 0,4099 0,4064 X lO-^mol
,A 30,04 32,97 35,89 42,06 48,39 54,71 6l,58
TABELA 4.1b
C O N S T A N T E S T > A E Q U A Ç Ã O D E O N S A G E R
P I C R A T O D E T E T R A M E T I L A M Ó N I O
20" 25« 30» 40» 50» 60» 70»
A" 30,62 33,59 .36,55 42,85 49,31 55,73 62,62
¡íe 94,63 103,60 112,30 113,41 150,94 160,29 178,04
kr 63,5 70,9 77,2 92,0 108,0 126,8 147,4
kE — k-r^ % 48,9 46,1 45,4 45,0 39,3 26,4 20,7 kr
método dos mínimos quadrados, supondo que se iden
tifica com uma Unha recta, como é previsto pela teoria
de ONSAGER. Os coeficientes numéricos determinados
são, respectivamente para o termo de ordem O e para
o termo de ordem 1, a condutibilidade equivalente
limite e o simétrico da constante k da equação de
ONSAGER.
Os valores de A", assim calculados, figuram nas ta
belas 4.Jb, 4.IIb, 4.IIlb e 4.IVb, onde se encontram
também registados os simétricos dos coeficientes do
termo em \^ (k¿).
Calculados, com recurso às equações estabelecidas, os
valores de A correspondentes às concentrações das so
luções estudadas, verifica-se que os desvios entre os
valores calculados e os experimentais afectam, em geral.
VIXIO' MOL'* r'a
4.1 — Condutibilidade equivalente de soluções de picrato de tetrametilamónio à pressão de 1 atm
O 5.° algarismo significativo, que se encontra fora do
rigor experimental que pode ser atribuído aos nossos
resultados. Por outro lado, os desvios não se distribuem
de forma a evidenciar qualquer curvatura sistemática
que invalide a sujeição dos dados experimentais a uma
lei linear.
A última observação concorda com a validade da lei
de ONSAGER na forma linear, sem necessidade de se
introduzirem outros termos (47, 48, 49) para a sua
aplicação às soluções estudadas, até ao limite de
concentrações empregado.
O coeficiente do termo em / c pode ser calculado a
40
TABELA 4.IIa
T1ÎMP. 20" 25" 30» 40» ' 50» OC» 70"
Conc.x 12,72
X 10-*mol 1-1
12,66 12,61 12,51 12,40 12,30 12,19
A 27,08 29,77 32,51 38,08 43,87 49,84 55,99
Concx 4,218
X I0*mol 1-1
4,200 4,183 4,148 4,113 4,079 4,044
A 28,18 30,89 33,64 39,41 45,43 51,65 58,20
Concx
X 10''mol 1-Ï
1,057 1,048 1,039 1,030
A 40,46 46,62 52,98 59,73
Concx 1,275
X 10-*mol
1,270 1,265 1,254 1,244 1,233 1,223
A 28,86 31,60 34,46 40,39 46,53 52,88 59,72
Concx 0,3439 0,3425 0,3411 0,3382
XlO-»mol
A. 29,27 32,14 34,98 41,06
Cone X
XlO-*mol 1-1
0,3002 0,2976 0,2952 0,2927
A 41,05 48,17 54,03 60,37
TABELA 4.11fa
C O N S T A N T E S D A E Q U A Ç Ã O D E O N S A G E R
P I C R A T O D E T E T R A E T I L A M Ó N I O
TEWl'. 20"
A»
25" 30" 40" 50" CO" 70»
29,69 32,54 35,41 41,50 47,73 54,50 61,31
k-E 73,41 78,57 82.79 98,27 110,51 135,76 152,20
kr 62,8 70,1, 76,3 91,0 107,0 125,7 146,2
— — ~ % 16,9 12,1 12,1 8,0 3,2 8,0 4,1
partir da equação (2.92) que resulta da teoria de O N
SAGER.
Comparámos os valores de h obtidos experimental
mente com os calculados teoricamente.. A viscosidade
do nitrobenzeno, a diferentes temperaturas, foi tomada
de valores tabulados (109) e a constante dieléctrica
calculada a partir dos dados seguintes (.110):
£20= 35,7 ± 0 , 3 4 = —0.18 (c.g.s.e.) (4.1)
Nas tabelas 4.1b, 4.IIb, 4.IUb e 4.LVb, sob a designação
Ht> registam-se os valores calculados. Para mais fácil
Î65-1
<50-
55-
50-
45-
40-
35-
Î0-
4.2—CòiidutibiUdade equivalente de soluções de
picrato de. tetraetüamônio à pressão de. 1 atm
comparação com osvalores experimentais, fizeram-se figu
rar nas mesmas tabelas as quantidades (JCE—kr)jkj.y. 100.
Estes de^os são bem diferentes de O, o que significa
que, embora a forma linear: da equação de ONSAGER
traduza os nossos resultados, os coeficientes do terma
em v'c não são os que resultam do desenvolvimento
da teoria.
Se para o picrato de tetraetüamônio os desvios podem,
ser atribuídos a erros experímentí^^, especialmente para
temperaturas elevadas, onde não ultrapassam, os 10 %,
já, o mesmo se. não pode dizer para os outros sais,
pois atingem os 20 % para os picratos de tetra-nrpropil
e tetra-n-butilamónio e chegam a 40 % para o picrato
de tetrametílamónio.
41
C O N D U T I B I L I D A D E S E Q U I V A L E N T E S A D I F E R E N T E S
T E M P E R A T U R A S E C O N C E N T R A Ç Õ E S ( O " ! CM" moV^)
P I C R A T O D E T E T R A E T I L A M Ó N I O
TABELA M.IIIa
CONDUTIBILIDADES EQUIVALENTES A XHFpRENTES
TEMPERATURAS E CONCENTRAÇÕES (O'^ cm' mol'*)
PICRATO DE TETRA-n-PROPILAMÓNIO
TEMP. 20" 25» \ 30» 40» 50» 60» 70»
ConcX 12.67 12,62 12,57 12,46 12,36 12,26 12,15
X l O - W l I-i
A 24,84 27,23 29,72 34,80 40,12 45,15 51,04
Concx 3,881 3,865 3,849 3,799 3,785 3,754 3,722
X 10-imol 1-1 -
A 25,88 28,38 30,96 36,50 41,93 47,76 53,78
Concx 1,373 1,367 1,362 1,162 ' 0 3 9 1,328 1.317
X 10-*niol 1-1
A 26,58 29,15 31,75 37,26 42,97 49,03 55,22
Concx 0,5093 0,5072 0,5051 0,5009 0,4967 0,4926 0,4884
X 10-í'mol 1-1
A 26,93 29,79 32,37 37,77 43,62 50,13 56,01
TABELA 4.IIIb
CONSTANTES D A EQUAÇÃO DE ONSAGER
PICRATO DE TETRA-n-PROPILAMÓNIO
TEMP. 20» 25» 30° 40» 50° 60" 70"
-A" 27,34 30,25 32,90 38,50 44,43 51,19 57,25
kj¡ 69,45 87,39 92,22 104,39 123,78 174,16 178,32
fcr 61,0 68,4 74,3 88,5 104,2 122,8 142,4
—k-i % 13,9 -27,7 24,0 17,9 18,8 41,8 25,2
Não devemos atribuir tais divergências à impureza dos
sais, pois já vimos anteriormente que a presença de
quantidades mínimas de ácido pícrico era suficiente
para que a variação da condutibilidade equivalente com
a raiz quadrada da concentração deixasse de ser tra
duzida por uma lei linear, apresentando até curvatura
apreciável. Não parece aceitável que outras impurezas
se encontrem presentes e, se se encontrassem, seria
natural que afectassem igualmente a finearidade.
As determinações efectuadas com soluções dos mesmos
sais, em nitrobenzeno, a 2 5 ° C por T A Y L O R e KTIAUS (88)
confirmam, duma maneira geral, os nossos resultados
a essa temperatura.
Os valores de A" encontrados por nós são sistemàfica-
mente mais elevados (respectivamente 0,6, 0,4, 2,2 e
1,5% para os quatro sais, considerados na ordem
crescente da massa molecular), podendo contribuir para
isso dois factores : (i) condutibilidades equivalentes mais
altas por diferença na determinação das constantes das
células; (íi) as rectas apresentam maiores incfinações.
4.3 — Condutibüidade equivalente de soluções de
picrato de tetra-n-propilamónio ã pressão de 1 atm
Os desvios entre os valores teóricos e experimentais
de k são TIO mesmo sentido e da mesma ordem de
grandeza, para os quatro sais.
4.2 Variação da condutibilidade equivalente em função
da pressão a temperatura constante
Os coeficientes de pressão para a resistência iRpjR^
foram determinados para soluções de diferentes con
centrações dos quatro sais às temperaturas de 20, 25,
30, 40, 50, 60 e 70oC. Encontram-se tabulados no
Apêndice.
Nas figs 4.5 a 4.8 representam-se 4 séries de isotérmicas,
uma para cada sal, cobrindo todas as temperaturas.
Procurou-se escolher concentrações semelhantes.
As isotérmicas para as outras concentrações têm a
4 2
mesma forma, razão por que não se representam. Os
valores de J?p/i?i não variam apreciavelmente com a
concentração.
Não é conhecida, nem foi possível estabelecer, baseada
em considerações teóricas, qualquer relação analíticí^
rigorosa que traduza a variação da quantidade ÜpjJii
com a pressão. Nestas circunstâncias, para se efec-
TABELA 4.1Va
CONDUTIBILIDADES EQUIVALENTES A DIFERENTES TEMPERATURAS E CONCENTRAÇÕES (O"! cm^ mol"')
PICRATO DE TETRA-n-BUTILAMÓNIO
TEMP. 20» 25» 30" 40» 50» 00» 70»
Conc.x 12,67 12,62 12,57 12,47 12,36 12,26 12,15 X 10-*mol 1-1
A 23,39 25,66 27,97 32,83 37,80 43.03 48,47
Concx 3,156 3,143 3,130 3,104 3,078 3,052 3,026
X 10-*mol 1-1
A 24,55 26,94 29,39 34,50 39,90 45,51 51,32
Concx 1,185 1,180 1,176 1,166 1,156 1,146 1,137
X 10- mol 1-1
A 25,11 27,57 30,06 35,30 40.81 46,60 52,57
Concx 0.2219 0.2210 0,2201 0,2182 0.2164 0.2146 0,2128
X 10-*niol 1-1
A 25,61 28,10 30.69 36,09 41,77 47,78 53,84
TABELA 4.IVb
CONSTANTES D A EQUAÇÃO DE ONSAGER
PICRATO DE TETRA-n-BÜTILAMÓNIO
TEMI». 20» 25» 30« io» 50» eo» 70»
A " 25,90 28,43 31,02 36,48 42,25 48,33 54,50
ks 71,47 79,03 87,05 105,07 Í27,90 153,88 175,00
kr 59,94 66,89 '72,81 86,89 102,34 120.27 139,86
kE~kx
kr % 19,2 18,1 19,5 20,9 25,0 27,9 25,12
tuarem as necessárias interpolações foram os resultados
tratados pelo método dos mínimos quadrados, admi
tindo que podem ser traduzidos por uma equação
polinomial do 3.° grau em F. Equações de grau supe
rior ajustam-se ainda melhor aos resultados experimen
tais; no entanto, o número de coeficientes numéricos,
cujo ajustamento se procura, aumenta muito e, em lugar
de curvas médias regulares, essas pofinomiais passam
a descrever os pontos experimentais com tal pormenor
que incluem todos os erros que os afectam. As equações
do 2.° grau não se ajustam à realidade experimental.
N o Apêndice tabularam-se também os valores dos coefi
cientes que caracterizam cada uma das isotérmicas.
Para o picrato de tetraetüamônio a equação polino
mial ensaiada foi log RjRp = a b P + cP'^ + dP^;
com os outros sais procedeu-se com equações da
forma RpIR^ = a -f ÓP + cP^ + dP^.
O quadrado dos desvies entre os valores experimentais
e os obtidos através das equações oscilam entre 1 e
4 X 10-' e o respectivo somatório entre 2 e 6 x 10"* .
As condutibilidades equivalentes foram calculadas a
A.A^Condutibilidade equivalente de soluções de
picrato de tetra-n-butitamónio à pressão de 1 atm
intervalos certos de 100 atm, para cada temperatura.
Utilizaram-se os valores interpolados analiticamente nas
isotérmicas Rp¡Ri em função da^pressão, registando a
concentração que as soluções efectivamente têm a essas
pressões e temperaturas. As condutibiUdades equiva
lentes resultantes foram tratadas pelo método dos mí
nimos quadrados para se calcularem as condutibilidades
equivalentes fimites e os valores-da constante k da
43
t,50Q-
1,400-
%350A
1,300-
I^SOA
1,200-\
1,150-
i,iooA
1,050-
Potm
4.5 — Isotérmicas resistência-pressão. Picrato de íetrametilamônfo, (^^=^ .12,16 10 mol l ^
44
Í,550A
í500-\
1,450-\
1/fOO-
Í25ÍH
t200-\
V50-\
VOCh\
100 200 300 400 500 600
4.6 — Isotérmicas resistência-pressão. Picrato de tetraetilamónlp, =• 12,12-^ 10~^ mol''l~^
PQtm
45
X350A
t300-\
t250i
1.2CXH
P50A
VOOA
PQtm
4.7 — Isotérmicas resistência-pressão. Picrato de tetra-n-propilamônio, c^^ = 12,62 X10 ~^ mol 1"^
46
m 300 1^ m 300 1100 WO 3500 1700 1300 Patm
4.8 — Isotérmicas resistência-pressão. Picrato de telra-n-butitamónio, (?^ — 14,13 X 10"^ mol l"^
47.
equação de ONSAGER, admitindo que esta lei continua
a ser válida a pressões superiores à atmosférica.
Nas tabelas 4.V a 4.VIU (a e b) estão registados os
valores de A" e /c e nas figs. 4.9 a4.12 representam-se
gráficamente os valores de A** em função da pressão,
para as diferentes tèhiperaturas.
Os desvios entre os valores experimentais e os cal
culados através das equações obtidas são da ordem
de grandeza dos encontrados à pressão atmosférica,
não se registando também qualquer curvatura siste
mática. A lei é igualmente válida a estas pressões.
O conteúdo das tabelas 4.V a 4.VIII ha^ta-nos a
calcular o valor da condufibilidade equivalente de
soluções de qualquer dos quatro sais .às pressões e tem
peraturas indicadas, dentro do intervalo de concen
trações estudado. Efectuou-se esse cálculo, para as
concentrações 1, 4,9 e 16 ><: 10~ mol 1~ , para estudar
a variação com a concentração dum certo número de
grandezas termodinâmicas a que adiante nos referi
remos. Para a aplicação do princípio do volume cons
tante necessitámos conhecer os .valores de A para outras
4.10—Isotérmicas condittibiÍidade equivaîeme ümite-pressão. Picrato de tetraetüamônio
pressões, diferentes das tabuladas e assim as isotérmi
cas condutibilidade equivalente-pressão foram também
tratadas pelo método dos mínimos quadrados, idenfi-
ficando-as com equações polinomiais do 3.° grau. Aplí
ca-se à escolha do grau destas equações as considera
ções atrás referidas.
TABELA 4.Va
CONDUTIBILIDADES EQUIVALENTES LIMITES PICRATO DE TETRAMETILAMÓNIO
20» 25" 30" 40" .IO" 60» 70»
4.9 — Isotérmicas condutibilidade equivalente limite-pressão. Picrato de tetrametilamónio
1 100 200 300 400 500 600 700
30,62 28,77 27,00 25,31 23,75 22,29 20,93 19,68
33,59 31,62 29,70 27.89 26,23 24,67 23,22 21,89
36,55 34,41 32,38 30,48 28,71 27,06 25,51 24,08
42,85 40,42 38,11 35,99 33,98 32,12 30,37 28,68
49,31 46,63 44,04 41,64 39.41 37,34 35,41 33,61
55,73 52,76 49,95 47.32 44,86 42.58
62,62 59,32 56,21 53,32 50,66 48,17
40,47 45,83 38,44 43,66
48
TABELA 4.Vb
p \ T atm \
20» 25" 30" 400 50" 60" 70"
1 94,63 103,60 112,30 133,41 150,94 160,29 178,04 100 89,59 97,95 105,38 122,63 141,24 151,45 167,68 200 83,67 91,42 98,40 113,87 131,41 141,88 157,01 300 77,41 84,76 91,75 107,54 122,80 132,44 147,29 400 . 71,75 78,55 85,54 100.76 115,06 123,62 138,24 500 66,47 72,95 79,87 94,40 107,98 115,80 129,76 600 61,78 67,85 74,63 88,21 101,42 108,98 121,40 700 57,59 63,46 69,86 79,21 95,32 103,20 113,60
O cálculo da derivada ÒP
a partir destas equa
ções foi tentado, mas teve de ser abandonado, por se
ter chegado a resultados que não variam monótona
mente com a pressão, o que carece de lógica, em face
50-
45-
*0-
35-
30-
25-
20-
4.11 —Isotérmicas condutibiUdade equivalente
limite-pressão. Picrato de tetra-n-propilamónio
da forma das isotérmicas. Mais tarde nos referiremos
ao método usado.
O uso de equações polinomiais foi mais uma vez im
posto pela falta de uma equação com base teórica que
relacione a condutibiUdade equivalente com a pressão.
A equação deduzida por BARNARTT ( 5 1 ) , além de con
ter várias aproximações, faz depender o cálculo de
~ - \ do conhecimento de í dP Jj. \ ÒP
caso particular da primeira.
As condutibilidades equivalentes calculadas para as
concentrações atrás referidas, em toda a gama de
pressões empregadas, fornecem uma maneira de estudar
a influência da concentração na variação da conduti
bilidade equivalente com a pressão.
Utilizámos a função
que e um
A (4.2)
TABELA 4.Vla
CONDUTIBILIDADES EQUIVALENTES LIMITES
PICRATO DE TETRAETILAMÓNIO
atm \ ^ 20" 25" 30" 40" 50° 70"
1 29,69 32,54 35,41 41,50 47,73 54,50 61,31
100 27,88 30,67 33,28 39,20 45,06 51,41 57,94
200 26.12 28,82 31,34 36,92 42,51 48,65 54,87
300 24,50 27,08 29,50 34,83 40,20 46,05 52,01
400 22,95 25;45 27,77 32,87 38,03 43,63 49,39
500 27,57 23,94 26,17 31,04 36,05 41,37 46,92
600 20,25 22,52 24,67 29,34 34.35 39,25 44,63
700 19,03 21,21 23,25 27,74 32,66 37,28 42,49
TABELA 4.VIb
VALORES D A CONSTANTE k
D A EQUAÇÃO DE ONSAGER
" ^ R A T O DE TETRAETILAMÓNIO
20" 25" 30" 40" 50" 60" 70"
L 73,42 78,57 82,79 98,27 110,5 135,8 152,2
100 67,57 75,16 77,30 93,73 98,71 119,9 138,1
200 64,05 72,09 72,19 87,19^ 92,46 113,0 129.4
300 60,71 68,10 67,78 81,56 ^87,03 105,8 121,0
400 58,33 63,71 63,60 75,75 81,92 99,62 113,4
500 52,85 59,56 59,70 70,34 79,49 93,33 106,4
600 49,21, 55,32 55,90 65,36 77,68 87,52 99,98
700 45,89 51,75 51,52 60,92 75,38 82,20 94,28
49
VALORES D A CONSTANTE k
D A EQUAÇÃO DE ONSAGER
PICRATO DE TETRAMETILAMÓNIO
4.12 — Isotérmicas condutibilidade equivalente
limite-pressão. Picrato de tetra-n-butilamónio
que é de fácil representação. Na fig. 4.13 faz-se a repre
sentação de V _em função da pressão para as quatro
concentrações indicadas, com dados relativos ao pi
crato de tetra-n-butilamónio, por ser o sal que foi es
tudado num maior intervalo de pressões.
As curvas sobem rapidamente de início, tendo depois
um máximo mais ou menos acentuado, decrescendo
em. seguida, muito lentamente.
TABELA 4.VlIa
CONDUTIBILIDADES EQUIVALENTES LIMITES
PICRATO DE TETRA-n-PROPILAMÓNTO
r \ T
atm \ 20° 25° 30° 40° 50° 60» 70°
I 27,34 "30,25 32,90 38,50 44,43 51,19 .57,25 100 25,63 28,41 31,12 36,29 41,92 48,38 54,11
200 24,02 26,66 29,11 34.18 39,59 45,32 51,22
300 22,51 25,02 -27,38 ,32,22 37,39 43,27 48,53 400 21,09 23,49 25,75 30,40 35,36 41,01 46,05 500 19,79 22,07 24,24 28,70 33,48 38,90 43.74
600 18,57 20,76 22,82 27.13 31,72 36,93 41,59 700 17,43 19,56 21,47 25,67 30,10 35,09 39,58
TABELA 4.Vllb
atm \ 20» 25° 30° 40» 50° 60° 70°
1 69,45 87,39 92,22 104,4 123,8 174,2 178,3 100 64,85 82.23 88.89 98,40 114,2 166.3 167,8 200 60.52 77,18 83,50 91,65 108.2 152,9 157.5 300 56,50 71,64 77,47 85,42 101,7 144,4 147,9 400 52,74 65,99 71,18 79.73 95,85 136,8 138,8 500 49,09 61,01 65,48 74.75 90,48 129,5 130 5 600 45.62 56.73 60,69 70,31 85,38 122,6 123,8 700 42,20 53,45 55,00 66,65 80,69 115,6 116,1
TABELA 4.VIlIa
CONDUTIBILIDAÜES EQUIVALENTES LIMITES
PICRATO DE TETRA-n-BUTILÁMÓNIO
atm \ 20° 25° 30° 40» 50° 60» 70°
1 25.90 28,43 31,02 36,48 42.25 48,33 54.50
100 24.13 26,63 29,08 34,31 39,78 45.52 51,36 200 22,57 24,91 27,29 32,36 37,55 42,98 48,54 300 21,16 23,41 25,64 30,55 35,44 40,63 45,93 400 19.86 21,94 24,16 28,80 33,48 38,46 43,55 500 18,87 20,62 22,70 27,32 31,67 36,46 41,34
600 17.51 19,40 21,24 25,60 29,98 34,60 39,29 700 16,68 18.26 20,14 24,14 28,40 32,86 37,38 800 17,18 18,99 22,79 26,92 31,24 35,60
.900 16,18 17,92 21,52 25,53 29,72 33.93 1 000 16,93 20,34 24,23 28,28 32,36 1 100 15,98 19.24 23,0Í 26,94 30,87
1 200 15,12 18,22 21,87 25,67 29.48
1 300 17,27 20,79 24,45 28.17
1 400 16,39 19,77 23,33 26,92
1 500 .15.59 18,82 22,26 25.74 1 600 14,80 17,91 21,24 24,62
1 700 17,07 20,27 23,55 1 800 16,26 19,35 22,54
1 900 15,50 18,48 21,58 2 000 14,79 17,66 20,67
Substituindo A" pelo seu valor, dado pela equação de
ONSAGER, e derivando y em ordem a P, temos:
\dp)
s/7 r, (ÒA^j
Aí Aí L \ dP - A l
íòki dp
(4.3)
50
VALORES D A CONSTANTE k
D A EQUAÇÃO DE ONSAGER
PICRATO ,T>E TETRA-n-PROPILAMÓNIO
4.13—Efeiío da concentração na variação da condutibilidade equivalente com a pressão
í. c = I X 10"^ mol l'^ 2. 4 X 10~^ moir^
3. c^9xl0~i moll'í 4. c = 16x IQ-^ mol /"^
51
TABELA 4.VIHb
atm \ ^ 20» 25» 80» 40» 50» 60» 70»
! 71,47 79,03 • 87,05 105,1 127,9 123,8 175,0 100 65.09 73,18 83,33 98,31 117,0 142,4 161,3 200 60,21 67,90 77,52 99,08 112,2 132.7 149,9 300 56,25 62,71 72,27 87,88 104,8 124.1 139,9 400 52,81 58,75 "69.91 82,07 97,93 l í b 131,0 500 50,20 56,03 62,88 79,22 91,60 110,1 123,0 600 46,52 51,12 56,87 70,61 85.64 102,8 115,9 700 44,03 47,74 54.92 65,30 -80,19 96.97 109,4 800 44,54 51,54 60,43 75,18 91,48 103,3 900 41,57 48,43 55,93 70,52 86,47 97,81
1 000 45,59 51,95 66,23 82,26 92,68 1 100 42,88 ' 48,42 62,30 77,38 87,78 1 200 40,47 45,29 58,69 73,27 83,43 1 300 42,55 55,35 68,91 79,26 1 400 40,18 .52,32 65,79 75,27 1 500 •33,63 49,55 62.35 71,53 1 600 36,43 46,96 59,14 67.99 1 700 44,61 56,04 64,58 1 800 42,44 53,16 61.37 1900 40,44 50,40 58.33 2 000 38,59 47,82 55.40
O conteúdo das tabelas 4.VIIIa e 4.VIIIb mostra que:
(i) AS = - ~ / c a .
(n) para altas pressões y j ~ 2
(iii) para baixas pressões > ídA]
àP , variando
a primeira muito mais rápidamente.
A conjugação destes três factos justifica o comporta
mento das curvas da fig. 4.13.
5— ANÁLISE NUMÉRICA DOS RESULTADOS
5.1 Energia de activação a pressão constante
A condutibilidade equivalente molar A traduz a capa
cidade global dd sal em solução para o transporte de
cargas eléctricas, sendo a resultante da adição dos
termos correspondentes ao transporte de cargas efec
tuado pelos aniõfes e pelos catiões. Estes processos são
bem individualizados no senfido de não resultarem da
adição de quaisquer outros.
Temos pois que
(5.2)
TABELA 5.1a
E N E R G I A DE A C T I V A Ç Ã O A PRESSÃO CONSTANTE (cal mofi)
PICRATO DE TETRAMETILAMÓNIO c = 0
atm \ 20» 25» 30» 40» 50» 60» 70»
1 3 163 3 119 3 067 2 937 2 770 2 564 2 317 100 3 193 3 150 3 099 2971 2 806 2 601 2 356 200 3 251 3 205 3 151 3 015 2 841 2 626 2 369 300 3 323 3 273 3 214 3 066 2 878 2 647 2 372 400 3 390 3 337 3 274 3 118 2 920 2 679 2 391 -500 3 466 3 409 3 341 3 174 2 964 2 708 2 404 600 3 541 3 479 3 408 3 231 3 010 2 741 2422 700 3 598 3 536 3 463 3 283 3 058 2 785 2460
TABELA 5.1b
E N E R G I A DE A C T I V A Ç Ã O •A PRESSÃO CONSTANTE (cat mol-i)
PICRATO DE TETRAMETILAMÓNIO c= 16x10-* mol
atm \ ^ 20° 25» 30° 50° 60° 70»
1 3 151 3 117 3 076 2 970 2 829 2 653 2439 100 3 234 3 193 3143 3 019 2 857 2 657 2415 200 3 289 3 246 3 195 3 065 2 897 2 689 2439 300 3 348 3 284 3 249 3 113 2938 2 722 2462 400 ' 3 402_ 3 36I 3 311 3 185 •3"02Õ 2 414 2 567 500 ^476' 3 426 3 365 3 218 3 029 2 796 2 518 600 3 548 3 496 3 433 3 277 3 079 2 836 2 545 700 3 627 3 569 3 502 3 335 3 123 2 865 2 557
A energia de activação a pressão constante {E^ para
a condutibilidade equivalente é definida por
òlnA \ (5.1)
onde X~ e X" são as condutibilidades equivalentes
iónicas. Desta relação conclui-se, facilmente, que a con
dição
lnA=In2-\-ln 7r= }n2-\-ln (5.3)
52
VALORES DA CONSTANTE k DA EQUAÇÃO DE ONSAGER
PICRATO DE TETRA-n-BUTILAMÓNIO
só se veriííca quando =.'K^', ou seja quando os
números de transporte de ambas as espécies iónicas
se igualam entre si com o valor 0,5. Só neste caso
teremos
Ep=E~p=Ef ( 5 . 4 )
onde Ep e £p são as energias de activação corres
pondentes ao transporte iónico de cargas eléctricas.
As grandezas Ep e Ep' são as que se apresentam com
maior significado para a interpretação da cinética dos
iões em solução por se referirem a cada um dos pro
cessos que efectivamente se realizam, e não à sua resul
tante. A. energia de activação do processo resultante,
definida como grandeza termodinâmica, só em cir
cunstâncias particulares (igualdade de números de trans
porte) é igual às energias de activação de cada um dos
componentes.
O desdobramento de A em cada uma, das suas par
celas X~ e X"*" implica o conhecimento dos números
de transporte, cuja determinação não efectuamos e que
não se encontram na literatura para os nossos sais,
nas condições experimentais empregadas. Todos os re
sultados serão apresentados para os sais, e não para
os iões separadamente. As determinações de T A Y L O R e
KRAUS ( 8 8 ) levam-nos a admitir que os números de
transporte não são efectivamente iguais a 0,5. As ener
gias de activação calculadas não serão, portanto, iguais
às que correspondem aos processos iónicos.
A diferença de dimensões entre o anião comum em
todas as nossas experiências e os vários catiões usados
não é muito grande, o que nos permite supor que, se
os números de transporte não são iguais a 0,5, também
não serão muito diferentes. Esta hipótese é confirmada
pelos valores numéricos apresentados no referido tra
balho de T A Y L O R e KRAUS, que podem ser extrapolados
para outras temperaturas e pressões sem alterações sen
síveis, pois o transporte de cargas pelos aniões e catiões
é afectado de forma paralela pela temperatura e pres
são (111) .
A utfiização dos resultados da avaliação das energias
de activação na interpretação da cinética da conduti
bifidade iónica e na comparação com as teí^ias válidas
da estrutura dos líquidos tem particular significado
quando se efimína o efeito interiónico, empregando
os valores obtidos a diluição infinita.
Viu-se, no capítulo anterior, que o efeito da pressão
sobre a resistência das soluções ou sobre a respectiva
condutibifidade equivalente não é muito afectado pela
700 atm
3 -L --T
5.1—Energia de activação a pressão constante. Picrato de tetrametilamónio
53
TABELA 5.11a TABELA 5.nb
E N E R G I A D E A C T I V A Ç Ã O A PRESSÃO CONSTANTE (cal mol-^)
PICRATO DE TETRAETILAMÓNIO c = 0
\
E N E R G I A D E A C T I V A Ç Ã O A PRESSÃO CONSTANTE (cal moV^)
PICRATO DE TETRAETILAMÓNIO c=16XlO-* mol I"!
20° 25° 30° 40° 50° 60° 70° P \ X 20» 25° 30° 40° 50» 60° 70° atm \ ^ atm ^
..l- 3 002 2 990 '•2971 2 916 2 834 2 723 2 583 1 3 241 3 188 3 126 2 973 2 780 2 545 2 265
100 3 168 3 136 3 095 2 990 2 851 2 677 2 464 100 3236 3 193 3 142 3 013 2 847 2 641 2 395
200 3 239 3 201 3 155 3 036 2 882 2 690 2 457 200 3 316 3 271 3217 3 080 2 905 2 690 2 441
300 3 304 3 261 ^-211 3 081 2915 2 ^ 2 460 300 3 444 3 380 3 307 3 128 2 904 2 632 2311
400 3 398 3 347 3 288 3,139 2951 2 718 2 441 400 3 489 3 433 3 369 3 207 3 003 2 753 2 456
500 3 443 3 393 3 334 3 186 .2 997 2 764 2 487 500 3 579 3 509 3 429 3 233 2 989 2 695 2 348
600 , 3 523 3 502 3 405 3 247_ 3 047 2 801 2 454 600 3 652 3 579 3 495 3 292 3 041 2 737 2 378
700 3 578 3 523 3 459 3299' 3 097 2 849 2 552 700 3 727 3 650 3 561 3 348 3 083 2 764 2 389
variação da concentração. O efeito interiónico não é,
pois, muito importante. A mesma conclusão está im
plícita nos resultados de ELLIS (70).
Utilizando a equação de ONSAGER podemos determinar,
de forma rigorosa, a influência do efeito interiónico
sobre a energia de activação a pressão constante.
Escrevendo esta equação sob a forma logarítmica, temos
tf ¡nK=ln{K°~k\/c) (5.5)
Atendendo à equação de definição da energia de acti
vação (5.1) e derivando em ordem à temperatura, a
700 alm
3 4
1 . í ícxi^ mo? l ^
5:2—Energia de activação a pressão constante. Picrato de tetraetüamônio
54
pressão constante, a equação (5.5), vem
Y ííA" \ í dk\ Ep 1
ou
Ep 1
A" V A:
/ dk
\
ÒT
k
(5.6)
ÒT (5.7)
desenvolvendo
os termos de ordem superior a 1 em c, teremos
-1
1 - j em série e desprezando
Ep
RT^
I
A" ! \ Ò.T IP
dk \
dT /-Pj dT jp A
• ( )A : \ ^
/p A ÒT (5.8)
Tendo em atenção que para a diluição infinita, será
E%
Rr
òinA"
~~ÒT (5.9)
vem
RT^ RT^
( òk
\dT
•t- k-El
RT^
' I - Ar • (5.10)
Nos sistemas por nós estudados a concentração foi
sempre muito inferior à unidade. Assim, na expressão
figurada, no úlfimo parênteses, podemos desprezar c
em função de /c- (/c/A" não é muito diferente da uni
dade), concluindo por uma relação linear para traduzir
a variação de Ep com / c .
Adiante apresentar-se-ão resultados que confirmam a
vafidade desta equação.
As derivadas — | foram calculadas pelo método
dos mínimos quadrados, para todas as pressões e temr
peraturas que se encontram, figuradas nas tabelas do
TABELA S.Ilia
E N E R G I A D E A C T I V A Ç Ã O
A PRESSÃO CONSTANTE (cal raol'i)
PICRATO DE TETRA-n-PROPILAMÓNIO c = O
atm 20° 25° 30» iO» 50» 00" 70»
1 3 266 3 221 3 168 3 033 2 861 2 648 2 393 100 3 403 3 336 3 259 3 072 2 839 2 557 2 225 200 3 394 3 337 3 269 3 101 2 890 2 633 2 329 300 3 457 3 399 3 331 3 163 2952 2 694 2 389 400 3 520 3 459 3 389 3 216 2 998 2 733 2 418 500 3 585 3 522 3 449 3 270 3 045 2 773 2448 600 3 652 3 588 3 512 3 328 3 097 2 816 2 483 700 3 704 3 642 3 568 3 388 3 161 2 885 2 557
TABELA. 5.nib
E N E R G I A D E A C T I V A Ç Ã O A PRESSÃO CONSTANTE (cal mofi)
PICRATO DE TETRA-n-PROPILA M Ó N I O c = 1 6 x l 0 - * mol 1-1
20° 25» 30» 40» 50° 60» 70°
1
100 200 300 400 500 600 700
3 112 3 212 3 202 3 274 3 371 3 463 3 537 3 621
3 075 3 161 3 161 3 232 3 319 3 403 3 472 3 551
3 029 3 101 3 111 3 181 3 258 3 333 3 397 3 470
2 914
2 952
2 765
2 764
2 986" 2 825
3 052 2 887 3 106 3 160 3 215 3 272
2913 2 945
2 987
3 026
2 578 2 534. 2 624 2 682 2 677 2 682 2 710 2 729
2 353 2 260 2 384 2434 2 396 2 370 2 382 2 379
capítulo anterior. Fez-se uso da equação
l o g A = í i f è T-\:c. T^ (5.U)
que se ajusta, satisfatoriamente aos valores experimen
tais. Os desvios entre os valores experimentais e os
calculados são inferiores aos erros experimentais e não
se apresentam com qualquer tendência sistemática.
Os resultados calculados para as energias de activação
a pressão constante encontraní^se nas tabelas 5.1a,
5.IIa, 5.IIIa e 5.1Va para a diluiçãq infinita e nas ta
belas 5.1b, 5.IIb, 5.nib e 5.IVb para a concentração
16 X' IO*-* mol l"-* . Nas figs. 5.1 a 5.4, nas secções a
e b, figuram-se os gráficos da variação da energia de
activação a pressão constante, em função da tempe-
55
700 atm
2 í -i 10 mot ^ I
5.3 — Energia de activação a pressão constante. Picrato de tetra-n-propilamónio
ratura, para diferentes pressões, relativamente a cada
um dos sais. Para os três primeiros, em que õ intervalo
de pressões foi só de 1 a 700 atm, fez-se a represen
tação gráfica a intervalos de 100 atm, para o picrato
de tetra-n-butilamónio usaram-se intervalos maiores,
para não sobrecarregar as figuras.
Todas as curvas apresentam tendências gerais comuns.
A energia áÈ activação, a pressão constante, diminui
TABELA S.lVa
E N E R G I A D E A C T I V A Ç Ã O A PRESSÃO CONSTANTE (cal moV^)
PICRATO DE TETRA-n-BUTILAMÓNIO c = 0
com O aumento de temperatura, acentuando-se a incli
nação das curvas à medida que a temperatura aumenta.
A energia de activação é crescente com a pressão,
sendo essa variação mais importante a temperaturas
baixas. À medida que a temperatura aumenta, as curvas
tendem a confundir-se, convergindo para um valor
independente da pressão.
TABELA S.IVb
E N E R G I A D E A C T I V A Ç Ã O A PRESSÃO CONSTANTE (cal mol"^)
PICRATO DE TETRA-n-BUTILA M Ó N I O c = 16x 10-* mol H
afm \ . 20° 25" 30° 40° 50° co° 70°
atm \ 20° 25» 30° 40° 60» 60° 70»
1 3 202 3 173 3 137 3 041 2913 2 750 2 550 1 3 172 3.132 3 083 2 960 2 801 2 603 2 366
100 3 318 3 276 3 226 3 098 2 933 2 728 2 481 100 3196 3 158 3 112 2 994 2 841 2 650 2 419 200 3 388 3 341 3 286 3 147 2968 2 748 2 483 200 3 220 3 189 3 151 3 050 2915 2 745 2 536
300 3 448 3 399 3 339 3 191 3 003 2 770 2 492 300 3 317 3 284 3 235 3 111 2 949 2 748 2 505
400 3 499 3 447 3 385 3 231 3 036 2 796 2 509 400 3 346 3 309 3 263 3 146 2 992 2 799 2 566
600 3 549 3 506 3 454 3 322 3 150 2 936 2 677 600 3 453 3 419 3 377 3 265 3 118 2931 2 704 900 3 666 3 612 3 476 3 298 3 077 2 809 900 3 583 3 534 3 407 3 241 3 034 2 782
1200 3 695 3 600 3 469 3 300 3 090 1 200 3 732 3 595 3 416 3 193 2922
1 600 3 928 3 743 3 423 3 227 1 600 3 765 3 615 3 524 3 186 2 OOO 3 891 3 693 3 451 2 000 3 744 3 660 3 512
56
N o sentido crescente do raio iónico dos catiões tem
lugar um aumento da energia de activação. Quando
o raio iónico aumenta, é de presumir que seja necessária
mais energia para se criarem novas posições dispo
níveis para o movimento do íão.
Nas secções c das figs. 5.1 a 5.4 representa-se grafica
mente a variação da energia de activação com a raiz
quadrada da concentração, para um valor parficular
da pressão. Estas curvas são típicas relativamente ao
efeito interiónico.
A. variação é linear, tal como foi previsto ao analisar
a equação (5.10). A comparação directa entre essa
equação e os resultados experimentais é difícil, em vir
tude da complexidade dos coeficientes que nela figuram.
Para o picrato de tetrametilamónio as rectas têm incli
nação positiva para todas as temperaturas, ao passo
que para o sal de tetra-n-propilamónio a inclinação
é sempre negativa. As curvas correspondentes ao picrato
de tetraetfiamónio são crescentes, com o aumento da
raiz quadrada de c, a temperaturas baixas e decres
centes a, temperaturas elevadas, verificando-se o con
trário para os resultados correspondentes ao sal de
tetra-Urbutilamónio.
Interessa particularmente assinalar que estas variações,
dada a sua regularidade, não podem ser atribuídas a
erros experimentais e que são pouco importantes, oü
seja que o efeito interiónico não altera apreciavelmente
as energias de activação a pressão constante.
5.2 Energia de activação a volume constante
A energia de activação a volume constante {Ey) é defi
nida para a condutibilidade equivalente pela relação
E^^RT^ l ÒlnA \
àT jy (5.12)
As considerações atrás efectuadas, quanto ao signi
ficado da grandeza Ep q à. sua utifidade na interpre
tação da teoria estrutural dos fiquidos, apficam-se para
lelamente às energias de activação a volume constante.
Também esta grandeza não se refere a um processo
primário. É igual às energias de activação a volume
constante das condutibfiidades iónicas, somente quando
£o cal inol
400 alm
340O-
1 1 2S 30
Jcx70^ mots fi"
5.4 — Energia de activação a pressão constante. Picrato de. tetra-n-butüamónio -
57
cal mol ISOO-
• c=tS'tO mal I
too Sí K2 m I f^ml mol
5.5 — Energía de activação a volume
constante. Picrato de tetrametilamónio
In A com 1/Tera traduzida gráficamente por uma recta.
Para as diferentes temperaturas em que fizemos deter
minações experimentais, calculamos as pressões a que
o nitrobenzeno deve ser submetido para que o volume
molecular se mantenha igual a valores previamente
fixados. Usaram-se os dados da compressibilidade, já
referidos. Os valores encontrados foram utfiizados para
todas as soluções, admifindo que a respectiva com
pressibifidade é igual à do solvente puro.
A gama de pressões empregada introduz uma limitação
nos valores que se podem arbitrar ao volume mole
cular.
Para os sais cujas soluções foram submetidas a pressões
só' até 700 atm os valores fixados situam-se entre 99,5
e 105,8 ml mol"^ e vão desde 98 até 105,8 ml mol-^
quando a gama de pressões foi estendida até 2 000 atm.
As isóbaras correspondentes aos valores extremos contêm
só três pontos; portanto, o rigor com que foram deter
minadas as energias de activação respectivas é muito
menor que para as isóbaras caracterizadas por volumes
moleculares médios, que são definidas por seis ou sete
pontos experimentais.
Recorrendo às polinomiais do 3." grau atrás referidas.
os números de transporte dos aniões e catiões são
iguais entre si e a 0,5.
N o caso dos sais por nós empregados, os números de
transporte não devem afastar-se muito de 0,5 e, assim,
as quantidades globais obtidas não se afastarão muito
das iónicas e as conclusões que delas poderemos tirar
não serão muito diferentes das que se devem aplicar
à estruturação das teorias do estado líquido.
A expressão deduzida para traduzir a resultante do
efeito interiónico é absolutamente paralela àquela que
encontrámos para a energia de activação a pressão
constante, sendo igualmente válidas todas as conclu
sões que dela se derivaram.
A integração da equação (5.12) conduz a
£y eat moi
( 9 0 0 -
A = A e R r (5.13)
desde que se suponha ser Ey independente da tempe
ratura.
Foi esta equação de ARRHENIUS que utilizámos para
o cálculo das energias de activação a volume constante
depois de termos constatado que a variação isócora de
o e=0
_ l 1 1 1 _ 1 , P-
03 100 JOl 103 103 104 105 1C6
5.6 • — Energia de activação a volume
constante, Picrato de tetraetüamônio
58
interpolámos os valores de A que correspondem às
pressões calculadas, para cada uma das isócoras.
Finalmente, os valores numéricos da energía de acti
vação resultaram da aplicação do método dos mínimos
quadrados à equação (5.13) , que foi trabalhada para
a diluição infinita e para as "concentrações 1, 4 , 9 e
16 X 10"* mol 1"^ Na tabela 5.V figuram-se. os resul
tados para as duas concentrações extremas, no res
peitante aos 4 sais. Nas figs. 5.5 a 5.8 representa-se
gráficamente a variação da energía de activação a
volume constante, em função do volume molecular,
também para as duas concentrações extremas. A va
riação com a concentração encontra-se expressa gráfi
camente na fig. 5.9, para três dos volumes moleculares.
Quer umas quer outras são absolutamente típicas e
representativas de todos os casos estudados.
As energias de activação a volume constante são muito
mais baixas que as respectivas energias de activação
a pressão constante, quando se comparam valores obti-
TABELA 5.V
E N E R G I A D E A C T I V A Ç Ã O A VOLUME CONSTANTE (cal mol-^)
cal mol ISOO-
—r-»2
—R-UM
- I — —¡— m
—R-IOS •í
^ mi mot
5.7—Energia de activação a volume constante. Picrato de tetra-n-propiÍamónio
MeiNPi íiPftN'Pi KButNPi
mlmoH c=0 c=lfl e=0 í = 1 6 i;=0 c=10 í=0 • 16 X10-* X1Û-* X10-* XlO-'
98,000 1843 1 742 98,400 1 799 1696 98,800 1 717 1 660 99,243 1 653 1 606 99,621 1840 1905 1 876 1901 2 097 1 665 1 592 1 556
100,030 1 628 I 684 1 599 1 796 1 725 1 643 1 546 1 512 100,445 1 557 I 626 1 558 1 733 1 665 I 554 I 502 1 465 100,910 1 444 1 534 1430 1 553 1 480 1477 1 450 1414 101,350 1374 1445 1 390 1451 1 389 1 394 1403 1366 101,826 1325 1 393 1309 1386 I 336 1 341 1 347 1 3U 102,312 1 243 1 327 1 212 1297 I 309 I 217 1284 1 250 102,735 1 171 1 272 1 190 1 228 1219 1 170 1228 1 214 103,161 1 123 1 221 1 149" 1 176 1 192 1 105 1 179 l 141 104,025 1021 1 156 1076 1090 1 125 976 1095 1 052 104.903 942 1088 1 024 1019 1 053 917 1009 993 105,799 947 1013 917 1020 783. 1 110 905 967
dos com soluções de densidades semelhantes. O pro
cesso a volume constante inclui, unicamente, a energia
necessária para que o ião se desloque para uma lacuna
já preparada, ao passo que, a pressão constante, de
vemos adicionar a esta parcela a correspondente à for
mação da dita lacuna.
O efeito interiónico traduz-se quantitativamente por
um comportamento que concorda com a variação
linear prevista. Para os picratos de tetrametil e tetraetü
amônio a energia de activação é crescente com o aumento
da concentração, ao passo que para os outros dois sais
é decrescente.
A inter-relação da energia de activação a volume cons
tante, com grandezas fundamentais do solvente, tem
significado importante na estruturação da teoria dos
líquidos. Os gráficos das figs. 5.5 a 5.8 mostram que
a energia de activação não é uma função linear do
volume molecular, mas, pelo contrário, a fig. 5.10 põe
em evid^^ia que, dentro dos erros experimentais, é
uma função fincar de ou seja que a energia de
activação a. volume constante está finearmente rela
cionada com o recíproco da distância intermolecular
no solvente, aumentando quando esta diminuí. Esta
conclusão está incluída nas observações de BRUMMER
e HiLLS ( 6 7 ) . A relação \
^ (K—6)2 ^
encontrada por JOBLING e LAWRENCE ( 7 8 ) para a vis
cosidade não se ajusta aos nossos resultados.
59
105
if„m( mol 5.8 — Energia de activação a volume constante. Picrato de tetra-n-butilamónio
Ao variar o catião nos diferentes sais não se regista
uma modificação sensível na energia de activação, o
que nos leva a concluir tratar-se de uma propriedade
fundamentalmente dependente do solvente. Outrossim
se conclui da sobreposição mais ou menos perfeita das
linhas que representam a variação de Ey com V~^^',
para a diluição infinita. Pelo contrário, a energia de
activação a pressão constante, é apreciavelmente sen
sível às dimensões dos catiões. Esta última quantidade
inclui a primeira e mais uma parcela respeitante à for
mação das lacunas capazes de receberem os íões, a
qual naturalmente depende das dimensões destes.
A .conclusão de que a energia de acfivação a volume
constante é, essencialmente, uma propriedade do sol
vente reforça a hipótese anteriormente feita de que
Ey=^Ey, na medida em que a natureza dos iões
pouco altera estas quantidades.
A circunstância de a energia de activação a volume
constante aumentar quando o volume molecular diminui
mostra que é necessária mais energia para o ião ir
ocupar uma posição disponível quando o sistema é
mais condensado.
UCRATO DE TET!iAMrTILAMiÍMrO PICSATO DL TETIA-ln.PII0PTUMDNTO
-I \f^=tOpSO mi mol
^ eel mol
leoo-PKMlTO OE TETH*ETIL*MÁM(0
y^,ftHHO ml mot
V^=102^^ ml rnoi
PICHATO DE TETRA-n.BUTILAHDNRO
^s^!l ml mol
% = loqsto ml moi!
Y^=¡l02;Sl2ml mal
1 ./ ^xicr mol^ i"^
5.9— Variação da energia de activação a volume constante com a concentração
'fcxl\
60
E BCMTO •lIETUMLriH.llCÍHlO E ricu7o DE iiTiuriiiHâNio 9 PICRATO DI T£TRA.p,FIIOILA>fÓNJ0 O FICILATO DE TE71A'.>«JTILtHCÍNIO
5.10 — Variação da energia de activação com a potência JjJ do volume molar
5.3 Linearidade das isóbaras e isócoras
Foi assinalado por JOBLING e LAWRENCE (78) que, no
respeitante à viscosidade, a energia de activação a
pressão constante é função da temperatura, ao passo
que a respectiva energia de activação a volume cons
tante se apresenta como sendo, unicamente, função do
volume. Os resultados, apresentados em 5.1, confirmam,
quanto à energia de activação a pressão constante,
a. variação com a temperatura. Os valores encontrados
a 70''C são iguais a. cerca de 2/3 dos valores respectivos
a 2(i°C, diferença que não pode ser atribuida a erros
TABELA 5.VI
DESVIOS D A LINEARIDADE NAS ISÓBARAS
ATM CA'- ,
T E M P E R A T U R A S
30° 40° ÕO" 60° 70"
1 2 898 -f-1,33 4-0,07 —0,30 —0,83 —0,41 —0,13 -|-0,85 400 3 052 -¡-1.27 —0,32 —0,51 —1,20 —0,58 —0,06 -¡-0.99 700 3 207 - f 1,42 —0,22 —0,46 —1,16 —1,52 4-0,24 -¡-1.27
experimentais ou a desvios introduzidos pelo método
de cálculo.
A avaliação das energias de activação a volume cons
tante foi feita, como se indicou em 5.2, utilizando a
equação de ARRHENIUS, que resulta da integração da
equação diferencial de definição, supondo Ey indepen
dente da temperatura.
Para confirmar, pelo mesmo método, as observações
de JoBLiNG e LAWRENCE e para comparar entre si as
variações das grandezas Ey e Ep com a temperatura,
foram os dados experimentais tratados pelo método
dos mínimos quadrados, admiUndo o seu ajustamento
às equações
Ey In A R / = A , , —
/ / I A O — A ,
R T
Ep RT
(5.15)
(5.16)
Na tabela 5.VI índicam-se, para o picrato de tetraetíl-
amónio, a diluição infinita, os desvios entre os valores
experimentais e' os calculados, para três isóbaras, supos
tas satisfazerem à equação (5.16).
Os desvios encontrados para seis isócoras, que se
admite serem traduzidas pela equação (5.15), estão
figurados na tabela 5.VII para o mesmo sal e concen
tração.
Todos os desvios foram representados pela expressão:
A = 100 A C A L — A •OBS
AOBS
(5.17)
Os exemplos que se apresentam nas tabelas 5.VI e
5.VII são perfeitamente típicos e traduzem o compor
tamento geral encontrado, quando se variou quer a
^ TABELA, 5.VII
V DESVIOS D A LINEARIDADE NAS ISÓCORAS
ML MOL"'
T E M P E R A T U R A S
20" 25° 30° 40° 50° 60° 70°
100,910 -|-0,44 -0,41 O —0,2b, 101,350 —0,22 —0,34 -{-0,02 —0,07 4-0,07 102,312 —0,02 4-0,07 4-0,20 —0,30 —0,10 -[-0,09 102,735 4-0,18 4-0,09 —0,43 4-0,03 -¡-0,09 -[-0,08 103,161 4-0,21 —0,34 4-0,11 -(-0,02 -{-0,05 104,025 —0,05 -fO,09 —0,07 —0,02
61
natureza do sal quer'a 'concentração. As conclusões
que a partir deles se podem formular têm pois carácter
perfeitamente geral.
Há desvios sistemáticos da linearidade nas isóbaras,
no sentido de Ep decrescer com o aumento de tempe
ratura. Estes desvios, ^lém de serem sistemáticos, ul
trapassam em valor absoluto o erro que se pode imputar
ao método experimental, ao passo que nas isócoras os
desvios não são sistemáticos e em valor absoluto são
muito menores, francamente dentro dos erros experi
mentais, j
Confirma-se assim ser Ey uma grandeza independente
da temperatura, como foÍ observado por 'JOBLING e
LAWRENCE ( 7 8 ) para a viscosidade.e-por BRUMMER e
HiLLS (67), por medidas de condutibilidade, para outros
sistemas.
A validade da aplicação da equação de ARRHENIUS no
cálculo da energia de activação, a volume constante,
está assim justificada.
calculado desde que se fundamente uma 'relação entre
At/¡ e P, através de A .
A teoria dos estados de transição permifiu estabelecer,
para o transporte de cargas por cada ião, em diluição
infinita, a equação (2.46), que pode ser escrita na
forma
în-K'> = lnWînL-RT
(5.19)
com Ç = _ 1 zeoF\
6 h / •
Derivando em ordem à pressão, a temperatura cons
tante, obtém-se:
dm" = 2
òlnL
Rr ÒP (5.20)
ou
5.4 Volume de activação
O volume de activação, AV*, é definido pela relação
ÒAG' AP'* -=
ÒP
2 /dlnV
^ ) t ~ 3 \ ÒP RT ÒP (5.21)
Recorrendo a esta relação entre as derivadas em ordem
(5tl8) ^ pressão e à definição de volume de activação (5.18),
temos
e representa a diferença entre os volumes molares do
sistema no estado inicial e no de transição. Pode ser AV: = --RT
^òlrík" Lv ^P J T
2 lòlnV\ •
~~Í\òT)r
se 100 10Í 103 KM 105 m 99 W m 102 103 XM 105 106
(5.22)
Ij ml moí"' 5.11 — Volume de activação. Picrato de tetrametilamónio
62
Os volumes de activação correspondentes ao transporte
iónico de cargas eléctricas são as quantidades funda
mentais para as quais a teoria se estabeleceu, a di
luição infinita. A separação da contribuição de cada
um dos iões não foi feita, por não se terem determinado
TABELA 5.VIIIa
V O L U M E D E A C T I V A Ç Ã O (ml mol') P I C R A T O D E T E T R A M E T I L A M Ó N I O c = 0
atm \ 21)» 25" SO" 40° 50° 60° 70°
t 16,83 16,41 16,07 15,64 15,22 14,97 14,66
100 16,16 15,79 15,50 15,13 14,78 14,57 14,42
200 15,50 15,19 14,95 14.65 14,36 14,19 14,07
300 14,89 14,62 14.42 14,19 13,94 13,82 13,73
400 14,31 14,09 13,93 13,74 13,55 13,46 13,40
500 13,76 13,58 13,45 13,32 13,17 13,11 13,07 600 13,24 13,11 13.01 12,92 12,80 12,77 12,76
700 12,78 12,65 12,58 12,53 12,45 12,45 12,46
OS números de transporte, mas, tal como anteriormente
se viu, estes não devem ser muito diferentes de 0,5
e, assim, as quantidades determinadas, usando a con
dutibiUdade equivalente molecular, são pouco diferentes
das que corresponderiam aos volumes de activação obti
dos através das condutibilidades equivalentes iónicas.
TABELA 5.VIllb
20° 25° 30° 40° 50° 60° 70°
1
100
200
300
400
500
600
700
16,51 16,04
15,79 15,40
15,14 14,81
14,53 14,25
13,95 13,72
13,41 13,22
12,89 12,75
12,43 12,31
15,73
15,13
14,58
14,07
13,57
13,11
12,66
12,26
15,22
14,70
14,22
13,77
13,34
12,92
12.53
12,17
14,90 14,62
14,44 -14,21
14,02 13,83
13,61
13,22
12,86
12,48
12,15
13,47
13,11
12,77
12,44
12,14
14,26
13,90
13,56
13,24
12,92
12,61
12,32
12,04
Os cálculos foram, consequentemente, baseados na re
lação
-.-Pt d In A òínV
1F/T (5.23)
Os resultados adiante apresentados legitimam, de certa
maneira, o significado que lhes é atribuído.
Outra aproximação introduzida nos nossos cálculos
consiste em ter considerado que a compressibilidade
das soluções é igual à do solvente e ter tomado o valor
de P "* ° nitrobenzeno como correspondendo
5.12—Volume de activação. Picrato de tetraetilamónio
1 J
63
V O L U M E D E A C T I V A Ç Ã O (ml mor^)
P I C R A T O D E T E T R A M E T I L A M Ó N I O c = I6x 10* m o U '
a todas as soluções. "Esta aproximação já foi discutida
anteriormente.
O efeito interiónico no volume de activação pode ser
estimado como sendo pouco importante, visto as iso
térmicas condutibilidade equivalente-pressão não serem
grandemente afectadas^ pela concentração e as outras
TABELA S.IXa
VOLUME DE ACTIVAÇÃO (ml mol'*) PICRATO DE TETRAETILAMÓNIO c"H(^
20O 25" ao" 40" 0° 60" 70" atm
I 17,25 16,72 16,56 15.82 15,17 15,17 14,93
100 16,53 16,07 16,17 15,30 14,73 14,76 14,56
200 15,84 15,45 15,39 14,80 14,30 14,13 14,20
300 15,19 14,86 14,85 14,32 13,89 13,97 13,85 400 14,58 14,30 14,33 13,87 13,49 13,60 13,51 500 14,01 13,77 13,84 13,43 13,11 13,24 13,19 600 13,47 13,27 13,38 13,02 12,75 12,90 12,87 700 12,95 12,80 12,93 12,62 .12,40 12,56 12,56
grandezas que intervém no cálculo de AK* serem ou
terem sido tomadas como independentes da concen
tração.
Seja AF* o volume de activação calculado para uma
TABELA 5.IXb
atm \ ^ 20" 250 30" 40" 50" 60" 70"
1 17,01 16,22 15,73 15,59 15,17 15,07 14,84
100 16,30 15,59 15,17 15,08 14,73 14,66 14,48 200 15,61 14,99 14,63 14,59 14,29 14,27 14,12 300 14,97 14,43 14,11 14,12 13.87 13,88 13,77 400 14,37 13,90 13,63 13,67 13,47 13,51 13,43 500 13,80 13,39 13,16 13,24 13,09 13,15 13,12
600 13,27 12,91 12,72 12,83 12,72 12,80 12,78
700 12,77 12,46 12,30 12,44 12.37 12,47 12,46
solução de concentração c
dltiA AF, ^ — R T
2 /dlnV
•3 \ dP
usando a relação de ONSAGER, temos
d¡n{K;' — k\/c) A F V ^ — R T
ÒP
2 /èlnV\ '
^ \ ^ P J r
(5.24)
(5.25)
1 mí mal
5.13 — Volume de activação. Picrato de tetra'n-propilamónio
T 4
64
VOLUME DE ACTIVAÇÃO (ml mol-i) PICRATO DE TETRAETILAMÓNIO c= l6x l0 -* mol
Calculando as derivadas e desprezando os termos de
ordem superior a 1 em c, no desenvolvimento de
( 1 — A ; / 3 ' / A ^ ) - i vem:
RT
1 /'ÒA'»
A° \ ÒP Jj. 3 \ ÒP y j.
A '
k / ÒA"
A " V ÒP
2 ^ ÒlnV
òk
ÒP T / T
Jf_ / ÒM \ k^/òk
A " ' \ ÒP Jr A" [òPy-r c | (5.26)
ou
Av:^Av: RT
A"
ÒAo
ÒP Jj. A"
òk_
ÒP ,T (5.27)
O volume de activação varia linearmente com
desde que se despreze Ac/A" em comparação com / c , na
expressão incluída no último parênteses.
^ foi feito gràfica-r
O cálculo das derivadas ÒP
mente a partir da representação de 1/logA em função
de P, que se traduz por linhas rectas.
Nas tabelas 5.VIH a 5.X1 apresentam-se os valores
obtidos para os volumes de activação e nas figs. 5.11
a 5.14 representa-se a sua variação em função do vo
lume molecular.
Para os três sais em que o intervalo de pressões em
pregado foi somente de O a 700 atm, correspondendo
TABELA 5.Xa
1 100 200 ' 300 400 50Q 600 700
20°
17,16 16,41. 15,71 15,06 14,44 13,86 13,32 12,80
25°
16,85 16,17 15,52 14,91 14,34 13,80 13,28 12,80
30° 40° 50° 60° 70°
16,78 15,91 15,62 15,23 15,17 16,13 15,37 15,14 14,81 14,78 15,51 14,86 14,68 14,40 14,40 14,93 14,36 14,23 14,01 14,03 14,38 13,89 13,81 13,63 13,68 13,86 13,45 13,40 13,26 13,33 13,36 13,02 13,01 12,92 13,00 12,90 12,61 12,63 12,56 12,68
T A B E L A 5.Xb
VOLUME DE ACTIVAÇÃO (ml fiioli) PICRATO DE TETRA-n-PROPILA M Ó N I O c = 16 X 10-* mol
p \ Ï atm \ .
20° 25° 30° 40° 50° 60° 70°
1 17,12 16,45 16,31 15,67 15,44 14,96 14,77 100 16,36 15,78 15,68 15,13 14,95 14,54 14,39 200 15,65 15,14 15,08 14,61 14,49 14,13 14,02 300 14,97 14,54 14,51 14,12 14,04 13,73 13,66 400 14,34 13,97 13,97 13.65 13,61 13,35 13,31 500 13,75 13,43 13,46 13,21 13,20 12,99 12,97 600 13,19 12,93 12,97 12,78 12,81 12,63 12,64 700 12,66 12,50 12,52 12,37 12,43 12,29 12,33
5.14— Volume de activação. Picrato de tetra-n-butilamónio
65
VOLUME DE ACTIVAÇÃO (ml mol'*) PICRATO DE TETRA-n-PROPlLAMÓNIO c = O
a uma variação do volume' molecular entre .99,5 e
106,5 ml mol"^, o volume de activação varia linear
mente com o volume molecular, para todas as concen
trações. As linhas que se figuraram relativas às con
centrações extremad são típicas e por isso não pareceu
necessário incluir os gráficos correspondentes às con
centrações intermédias. Para o picrato de tetra-n-buti
lamónio, em que o volume molecular foi variado de
97 até 106,5 ml mol"-^,-aparece uma ligeira curvatura
sístemáfica.
Se determinarmos a inclinação das rectas que melhor
se ajustam aos valores experimentais, verificasse, para
cada sal, que essas inclinações satisfazem à relação
s = (5.28)
As rectas correspondentes às diferentes temperaturas»
extrapoladas para volumes moleculares baixos, são todas
convergentes para o ponto 96 ml mol~^, que corres
ponde ao volume molecular do nitrobenzeno sólido
à temperatura de fusão, à pressão de 1 atm. Esta con-
TABELA 5.XIa
VOLUME DE ACTIVAÇÃO (ml moV^)
;PICRATO DE TETRA-n-BUTILAMÓNIO c = O
P \ T atm \
20° 25' 30° 40° 50° 60° 70°
I *• 16,70
17,07 17,15 17,28 17,01 16,38 15,31
200 15,67 16,09 16,27 16,42 16,27 15.71 14,73
400 14,73 15,17 15,36 15,63 15,54 15,07 14,18
600 13,82 14,28 14,46 14,84 14,48 14,45 13,65
800 13,41 13,68 14,06 14,17 13,86 13,14
1 000 12,89 13,31 13,5t 13,29 12.65
1 200 12,13 12,59 12,87 12,73 12,16
1400 11,91 12,25 12,19 11,89
1 600 11,27 11,65 11,65 11,23
I 800 11,07 11,13 10,78
2 000 10,51 10,62 10,34
vergência é verificada para a diluição infinita e para
as soluções de diferente concentração.
O volume de activação diminui muito sensivelmente
•quando a temperatura aumenta. Quando o ião possuí
maior energia cinética, as perturbações causadas no
sistema pela passagem do ião do estado inicial ao de
TABELA 5.Xlb
p \ T 20° 25° 30° 40° 50° f.0° 70° atm
I 15,97 15.98 16.19 16.35 16,59 15,95 15,06
200 14,98 15,05 15,28 15,57 15,83 15,30 14,50
400 14,05 14,17 14,42 '14.87 15,14 14,61 13,96
600 13,15 13,32 13,60 14,11 14,45 14,06 13,44
800 12,49 12,83 13,38 13,79 13,48 12,93
1 000 12,06 12,67 13,14 12,90 12,43
1 200 11,57 11,98 12.51 12,36 11.95
1400 11,31 11,90 11,81 11.48
1 600 10,68 11,30 11,29 11.02
1 800 • 10,72 10,77 10,57
2000 10,15 10,26 10.13
activação são menos importantes. Ao aumentar o raio
dos iões de cada sal, cresce o volume de activação,
sendo, no entanto, essa variação pouco importante, mas
no sentido em que seria de prever.
As figs. 5.1 Ic a 5.14c representam a variação do volume
de activação com a raiz quadrada da concentração
para um valor particular da temperatura. Como se
concluiu da análise da equação (5.27), essa variação é
traduzida por linhas que podem ser consideradas como
rectas dentro do rigor experimental. A sua inclinação
é pequena, revelando uma vez mais a pouca impor
tância do efeito interiónico. Para as outras tempera
turas as conclusões a tirar são análogas.
Esta é a única das grandezas, cuja variação com a
concentração estudámos, que sistematicamente decresce
quando a concentração aumenta.
5.5 Entropia de activação relativa
Não podemos proceder a uma verificação directa da
equação (2.57), pois AS* não pode ser determinado
independentemente de X". É, no entanto, possível deter
minar diferenças de entropia de activação. Se definirmos
um estado de referência, podemos designar por entropia
de activação relativa a diferença das entropias de acti
vação entre o estado considerado e o estado de refe
rência.
Utilizámos para origem o estado definido pelas con
dições / ^ 25°C e P = 1 atm.
66
VOLUME DE ACTIVAÇÃO (ml mol'^)
PICRATO DE TETRA-n-BUTIL
A M Ó N I O c = 16 X 10- mol 1-1
Para o processo a volume constante, podemos, por
analogia com (2.57), escrever:
6 h (5.29)
sera
3
Ay-lnQ.%-
298,16 (5.37)
que no caso particular do estado de referência toma
a forma
„ , 1 F (5.30)
Subtraindo, ordenadamente, a forma logarítmica das
duas equações (5.29) e (5.30), vem
V In — — 7 - = — In — r - +
r i O l l 1 r / l ' (X")
25 '25
A í 7 ' \ i
Rr 25
AUl\ /àS^\ /AS'\l
se atendermos a que
(5.32)
Derivando em ordem a T, a volume constante, a forma
logarítmica da equação (2.46), obtém-se
1 t \RT^J V (5.33)
Se atendermos a que
Ev^{^u:)y (5.34)
substituindo em (5.31), somos conduzidos a
Como
2 F
//2 —-3 ^5
Ín\^=Ay
( f)25 298,16
Ev
RT
(5.35)
(5.36)
onde (£'p-)25 e a energia de activação, a volume cons
tante, correspondente à isócora que contém o estado
de referência.
Os nossos resultados da condutibilidade equivalente
não foram desdobrados nas condutibilidades equiva
lentes iónicas e por Isso a equação supra não foi ulili-
T A B E L A 5.XI1
ENTROPIA DE ACTIVAÇÃO RELATIVA (cal mofi grau"^)
^ m ml mol"'
Eh NPi NPi
^ m ml mol"' c«0
10-* c.=0 c=10x'
10-»
98,000 +0.687 +0,438
98,400 -fO,668 +0,413
98,800 4-0,534
+0,417
99,243 4-0,461 4-0,371 99,621 + 1,484 + 1,440 +0,375
4-0,319 100,030 +0,662 + 1,205 +0,344- -4 0,288 100,445
4-0,650 - f I,UO + 0 , 3 M
4-0,248 100,910 4-0,350 4-0,637
-^0,271 4-0,203
101,350 + 0,330 4-0,411 4-0,230 4-0,158
101,826 4-0,182
+0,313 4-0,169
- f 0,097
102,312 +0,020 4-0,134
+0,085 4-0,015 102,735 — 0,002 — 0,007
4-0,005 — 0,001
103,161 — 0,036 — 0,065 — 0,058 — 0,13L
104,025 — 0,092 — 0,225 — 0,140 — 0,238
104,903 — 0,090 — 0,372 — 0,231 — 0,264
105,799 — 0,256 — 0,388 — 0,855
zada, m^s sim outra, formalmente análoga, em que
intervém os^ valores globais.
As limitações anteriormente referidas são igualmente
aplicáveis.
O efeito interiónico manifestar-se-á. também na com
putação da entropia de activação relativa, na medida
em que afecta várias das grande^s que intervém em
(5.37).
A enorme sensibilidade da entropia de activação rela
tiva a pequenas variações no valor do pré-expoente Ay
faz diminuir, de forma apreciável, o rigor com que
aquela grandeza pode ser determioada.
67
Na tabela 5.XII figuram-se oã, valores obtidos para os
picratos de tetraetil e de tetra*n-butiIamónio para dilui
ção infinita e para a concentração 16 X IO"* mol 1" .
Na lig. 5.15 estão representados em função do volume
molecular.
Não se encontrou qualquer tendência geral ao variar
o raio dos catiões, razão por que não pareceu neces
sário sobrecarregar a figura com os resultados corres
pondentes aos outros sais.
A análise conjunta de todos os resultados obtidos for-
nCRAfO DC ICTR'lETlUkHOfjrO
PICMTODE IITíA-n-DtJTIllM^O
lf„ml mol
5.15—Entropia de activação relativa
nece; unicamente, duas conclusões. A entropia de acti
vação relativa decresce sempre que o volume molecular
aumenta. O efeito interiónico não pode ser desprezado,
porquanto as diferenças entre os valores calculados
para as duas concentrações extremas são apreciáveis,
embora a forma geral das curvas não se altere.
6 —DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
Os resultados directos das experiências representam uma
medida da variação da condutibüidade equivalente de
soluções de quatro picratos de tetralquilamónío em
nitrobenzeno, em função da concentração, pressão e
temperatura. Nos catiões empregados a extensão das
cadeias carbonadas ligadas ao átomo de azoto variou
de um, no radical mefilo, a quatro átomos de carbono,
no radical n-butilo. Desta forma outro factor foi in
cluído no estudo da condutibifidade, a dimensão dos
catiões.
O desconhecimento dos números de.transporte impediu
que se tenham separado as condufibifidades nas duas
parcelas, aniónica e catióníca, o que, sem dúvida, con
duziria a uma análise mais perfeita. Supomos, no
entanto, que esta circunstância não invafidará as con
clusões a que seremos conduzidos, em virtude de se
ter mantido sempre o mesmo anião e do carácter aditivo
da condutibilidade equivalente, em relação às duas par
celas iónicas. N o que respeita ao estudo da variação da
condutibilidade equivalente com as dimensões iónicas,
todas as nossas conclusões serão válidas desde que nos,
limitemos às variações de sal para sal, pois a circuns
tância de o artião ser sempre o mesmo implica que essas
variações sejam as que correspondem aos catiões em
causa.
As quanfidades derivadas, que representam ou que
dependem da variação da condutibilidade com a pressão
e com a temperatura, isto é, energias, volumes e en
tropias de activação, não são aditivos, ao contrário da
condutibilidade. Como anteriormente se víu, não nos
devemos encontrar em condições que se afastem apre
ciavelmente daquelas em que os valores molares se
identificam com os iónicos, razão por que toda a
análise numérica foi realizada sobre a condutibifidade
equivalente molar e sobre os resultados dessa análise
incidirá a nossa discussão.
Além das razões a priori, anteriormente referidas, com
as quais pretendemos justificar a vafidade dos resultados
obtidos através do estudo da variação da condutibili
dade equivalente com a pressão e temperatura, podemos
agora apresentar outra razão a posteriori que reforça
tal vafidade. JOBLING e LAWRENCE ( 7 8 ) deduziram que,
de modo geral, a energia de activação a volume cons
tante para os processos de transporte nos líquidos é
uma quantidade independente da temperatura e tiveram
oportunidade de demonstrar experimentalmente que
assim era no caso da viscosidade. Já BRUMMER e HILLS
( 6 7 ) , usando a condutibilidade equivalente molar, obfi-
veram o mesmo resultado, isto é, verificaram que a
energia de activação a volume constante é independente
da temperatura. Os nossos resultados, cobrindo uma
muito maior gama de concentrações e de sais, estão
perfeitamente de acordo com as previsões de JOBLING
e LAWRENCE. A perfeita linearidade das isócoras é dos
resultados mais salientes da análise efectuada, o que
68
demonstra que a energia de activação a volume cons
tante, calculada através da condutibilidade equivalente
molar, tem as mesmas propriedades que os respectivos
valores iónicos,
Todas as quantidades derivadas adquirem, evidente
mente, maior significado quando são calculadas a
partir da condutibilidade equivalente limite, eliminan-
do-se assim a interferência do efeito interiónico. A ex
trapolação dos valores obtidos às diferentes concen
trações terá de ser condicionada à lei de variação da
condutibifidade equivalente com a concentração.
O tratamento teórico de ONSAGER, resumidamente ex
posto em 2.3, conduz a uma relação linear entre
a condutibilidade equivalente e a raiz quadrada da
concentração. Esta relação simples pode deixar de ser
verificada, por duas razões: a existência de associação
iónica, que implica a introdução do grau de dissociação
na equação de ONSAGER, e o facto de o coeficiente obtido
para o termo c^' não ser correcto. Este coeficiente
resulta da avafiação dos efeitos electroforéfico e de
relaxação. No primeiro supõe-se válida a lei de STOKES
e na expressão quantitativa do segundo foram intro
duzidas varias aproximações que podem ter alterado
profundamente o resultado.
Quando haja razões para aceitar que a associação
iónica está, presente, a variação da condutibilidade
equivalente com a raiz quadrada da concentração deixa
de ser traduzida por uma lei linear, passando a ser
válida a expressão
( 6 . 1 ) A - « ( A " —/c\/ac:
Na resolução desta equação podem ser empregados os
métodos de Fuoss ( 1 1 2 ) e de SHEDLOVSKY (113) , que
permitem encontrar o valor da condutibiUdade equi
valente fimite.
Nos electrólitos onde não tem lugar a formação de
pares de iões, a dificuldade pode surgir no ajustamento
dos coeficientes resultantes do cálculo dos efeitos elec
troforético e de relaxação. A forma linear da relação
entre a condufibilidade equivalente e a raiz quadrada
da concentração muitas vezes não é afectada, simples
mente o coeficiente angular da recta é diferente do
previsto.
O exame dos resultados obtidos por nós, quer à pressão
atmosférica quer a pressões mais elevadas, conduz à
validade de uma relação empírica linear entre a condu
tibifidade equivalente e a raiz quadrada da concen
tração, que se justifica a sí própria quando os resultados
são examinados pelo método dos mínimos quadrados
e nenhuma curvatura sistemática é observada. Os va
lores experimentais distribuem-se de forma ocasional,
de um e outro lado da Unha de regressão. A inclinação
das rectas afasta-se, e por vezes de forma apreciável,
do valor previsto pela teoria de ONSAGER. Esta diferença,
que, de resto, já foí observada noutros casos ( 4 2 ) ,
aparece sempre no mesmo senfido. As inclinações en
contradas experimentalmente são sempre superiores às
previstas pela teoria.
Dado que o nosso objecfivo neste trabalho consiste,
principalmente, no estudo dos coeficientes de tempe
ratura e pressão da condufibifidade equivalente e das
quantidades que deles derivam, .ou sejam as energias,
volumes e entropias de activação, é suficiente utilizar
uma relação entre a condutíbfiidade equivalente e a
concentração que se ajuste aos resultados experimentais,
obtendo-se através dela a condutibifidad^ equivalente
limite, por extrapolação e por cálculo a condutibiUdade
a valores fixados da concentração.
O número de concentrações estudado não foi, de resto,
suficiente para. que nele se possa apoiar toda uma dis
cussão do problema da dependência da condutibilidade
equivalente da concentração.
O facto de os resultados serem anallficamente consisten
tes com uma relação Unear entre a condufibiUdade equi
valente e a raiz quadrada da concentração é uma prova
de que uma relação desta forma pode ser ufilizada,
embora o coeficiente angular das rectas seja, por vezes,
apreciavelmente diferente do previsto por ONSAGER. Não
deixando nunca de ter em vista que o nosso objectivo
principal reside na avafiação dos coeficientes de pressão
e temperatura da condutibilidade equivalente, outra
verificação da validade da aproximação foi efectuada,
desta vez, usando esses próprios coeficientes. Compa
raram-se, para a' diluição infinita, os coeficientes de
temperatura e pressão obtidos pela extrapolação linear
com os ^ue resultariam se ti yesse lugar a formação
de pares de iões caracterizada por constantes, nume
ricamente iguais a 10~^ e 10~*. A extrapolação Hnear
corresponde, evidentemente, a uma constante com valor
infinito.
A representação gráfica dos valores experimentais,
quando artificialmente se lhe introduz a associação
iónica, caracterizada pela constante'IO"*, não pode de
forma alguma ser confundida com a que se obteve
directamente da experiência, dado que apresenta uma
curvatura extremamente pronunciada. Quando se faz
intervir a constante 10^^, embora-se note uma curva-
69
tura claramente visível, o coeficiente de temperatura
não varia mais que 2 % e o de pressão 2,5 %. A pre
cisão intrínseca dos resultados, particularmente a pres
sões elevadas, não permite garantir para os valores
encontrados desvíos muito inferiores a estes.
Quando se estudou â<. variação, com a concentração,
das energias e volumes de activação, obteve-se uma
concordância perfeita entre os valores experimentais
e a lei deduzida, partifido da hipótese de que a con
dutibilidade equivalente é uma função linear da raiz
quadrada da concentração, o que constituí outro argu
mento em favor da vafidade do método empregado na
obtenção das condufibfiidades equivalentes a diluição
infinita.
A condutibilidade equivalente decresce à medida que
aumenta o raio do catião. A mobilidade iónica diminui
em virtude da maior dificuldade que os iões encontram
para se moverem quando as suas dimensões aumentam.
Esta observação é válida, como característica perma
nente, em todo o intervalo de pressões e temperaturas
em que se trabalhou.
Deixando de parte a imediata interpretação que resulta,
para esta observação, do tratamento hidrodinámico,
onde a condufibifidade equivalente aparece, em igual
dade de outros factores, variando na razão inversa
do raio iónico (equação 2.5), podemos servir-nos do
modelo cinefico, mais correcto, para a explicar. A di
luição-infinita, a solução é encarada como sendo cons
tituída por um contínuo discreto molecular (o solvente)
onde um imico ião se encontra. Este pode ser consi
derado, na ausência do campo eléctrico, como uma
molécula degenerada, compartilhando, portanto, de
todas as vicissitudes das moléculas do solvente. O ião
está incluído na sua célula, cujas paredes são consti
tuídas pelas moléculas vizinhas e dentro da qual executa
oscÍlaçÕes7 com certa frequência, que é caracterisfica
das moléculas do solvente. Em determinadas ocasiões
adquire a energia necessária para abrir uma saída nas
paredes da célula, que não é rígida, em virtude das
oscilações das moléculas que a constituem e assim se
moverá para uma nova posição.
Tudo isto se passa na ausência do campo eléctrico e
aparece como uma forma de movimento browniano.
Quando se faz actuar o campo eléctrico, a este movi
mento desordenado sobrepÕe-se uma acção orientadora,
que o não altera fundamentalmente e que resulta
da sobreposição permanente de uma componente na
dii-ecção do campo. Como o movimento browniano
tem, em média, uma resultante nula, o efeiío desta
componente eléctrica traduz-se no movimento do ião
na direcção do campo. A diluição finita, o modelo não
se modifica nos seus fundamentos, simplesmente é
complicado pela presença das acções interiónicas.
Em igualdade de outros factores, o deslocamento dos
ioes'será tanto mais fácil quanto menores forem as suas
dimensões, porquanto é necessária uma abertura menor
nas paredes da célula para que ele passe para a nova
posição. De acordo com o modelo, as componentes
das deslocações introduzidas pela acção do campo eléc
trico são multo menos importantes que as respeitantes
ao movimento browniano e é necessário que este tenha
lugar para que a acção do campo eléctrico se mani
feste, porquanto ela, por si própria, não pode provocar
o movimento dos iões.
O modelo cinefico aparece largamente esclarecido quando
se consideram os aspectos energéticos e a variação de
volume associados à passagem do estado iniciai ao de
activação, o qual pode ser visualizado como correspon
dendo ao ião a forçar a estrutura liquida de modo a
poder sair da célula onde se encontra.
Os coeficientes de temperatura e de pressão da condu
tibüidade equivalente permitem calcular as energias e
volumes de activação que interessam para esta análise.
As energias de activação podem ser consideradas a
pressão e a volume constante.
Dois factos ressaltam imediatamente da análise dos
resultados obtidos no cálculo destas duas quantidades.
O primeiro é a grande diferença entre os valores nu
méricos e o segundo a independência da energia de
activação a volume constante da temperatura, ao passo
que a mesma quantidade, calculada a pressão cons
tante, apresenta uma dependência acentuada.
A energia de activação a pressão constante é igual a
cerca de 3/2 do valor correspondente a volume cons
tante, desde que se comparem sistemas com a mesma
densidade. Vimos que as duas quantidades são neces
sariamente diferentes (equação 2.123) e que a energia
de activação isobárica deve ser a maior, pois é de prever
que o termo subtractivo seja, em valor absoluto, muito
menor que o aditivo. O primeiro está relacionado com
a compressibilidade do líquido, ao passo que o segundo
representa o trabalho realizado contra a pressão exte
rior e a pressão interna do líquido, por efeito da va
riação de volume que tem lugar quando o sistema passa
do estado inicial ao de transição. Das duas partes que
consfituem esta parcela energética, a mais importante
é a que corresponde ao trabalho realizado contra a
pressão interna, que nos líquidos tem valor elevado.
70
Evidentemente que, quando a transição se processa
isocòricamente, todos estes termos estão ausentes. Por
outras palavras, a energia de activação a volume cons
tante corresponde ao processo de translação e a outra
(a pressão constante) inclui também a fracção da energia
necessária para que tenham lugar as inerentes modi
ficações de volume,
Para lodos os sais e para todas as condições estudadas
estes factos foram verificados de forma sistemática.
A volume constante, quando se modifica a temperatura,
só a energia cinética das moléculas é alterada, ao passo
que, a pressão constante, ao modificar-se a temperatura,
não só se altera a energia cinética das partículas como
também os parâmetros intermoleculares, caracterizantes
da estrutura líquida, sofrem alterações. Nestas condi
ções, é natural que o excesso de energia que o ião
necessita para forçar a passagem através das paredes
da célula seja diferente quando se varia a temperatura
e, por consequência, as distâncias intermoleculares.
Quando a temperatura aumenta, essa energia diminui,
em conformidade com este modelo, o que se ajusta
perfeitamente aos resuUados experimentais obtidos. O
modelo é ainda confirmado pela maneira segundo a
qual tem lugar a variação da energia de activação iso
bárica com a pressão. Quando a pressão aumenta, o
sistema torna-se mais denso e daí o ter necessidade de
mais energia em excesso para que o processo de trans-
lação tenha lugar. Esta diferenciação atenua-se à me
dida que a temperatura aumenta, o que é natural, visto
que, em relação à densidade, a temperatura e a pressão
actuam em sentidos contrários.
N o que respeita à energia de activação a volume cons
tante, verificarse, experimentalmente, que, sendo ela inde
pendente da temperatura, é, por outro lado, extrema
mente sensível ao volume. Com o modelo proposto
somos conduzidos à mesma conclusão, na medida em
que a energia de activação a volume constante deverá
diminuir de forma sensível quando o líquido se torna
menos denso. O ião vai necessitando cada vez de menos
energia para vencer a barreira de potencial que se lhe
oferece na sua passagem de uma posição de equilíbrio
à seguinte. Esta variação com o volume é bastante
apreciável, pois, enquanto o volume molar dos sistemas
estudados varia de cerca de 6 %, a energia^ de activação
sofre modificações de 50 %. Deverá, no entanto, ter-se
presente que no processo está interessada só uma fracção
do volume total, o volume livre, aquele que no modelo
estrutural de EYRING corresponde às moléculas gasosas.
A o afirmar que o volume molecular varia somente de
6%, não podemos fazer qualquer referência sobre a
variação real que incidiu rio volume livre, o qual cons
titui a fracção que realmente interessa.
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6,1 — Energia de aaivação a pressão constante para a condutibilidade equivalente limite e pitra a fluidez
11
vergência de todas as linhas, que a representam, para
um ponto que corresponde ao volume de cerca de
96 ml mol"-*, que se não afasta muito do volume
molecular do" nitrobenzeno sólido à temperatura de
fusão.
Quando o líquido se Vai tornando mais denso, o volume
de activação vai diminuindo, tendendo para um valor
comum, que é o que corresponde ao estado imedia
tamente anterior à suâ solidificação.
As relações empíricas, atrás citadas, permitem escrever
a seguinte expressão, que as engloba,
X aV
(6.3)
De acordo com ela, haverá-uma temperatura r = 6
para a qual o volume de acfivação é infinito, ou seja
que, praticamente, deixam de ter lugar fenómenos de
transporte. Esta temperatura pode, muito facilmente,
ser identificada com a temperatura de fusão. Quando
a temperatura se torna infinita, o volume de activação
reduz-se ao seu valor mínimo, que corresponde ao do
ponto de convergência das rectas.
Retomando a equação (2.123) e derivando ambos os
membros em ordem ao volume, mantendo constante
a energia total, correspondente ao processo de trans
lação, teremos
— ^ âV jE
/ ^ ( P + T T )
\ dv
ídàV* ,
Ep 3
í dT\
ydVj Ep
\ dv Ep (6.4)
A condição de se manter constante a energia total,
envolvida no processo de translação, traduz-se pela
não variância da energia de activação a pressão cons
tante, que a representa. N o segundo membro da equação
podemos desprezar todos os termos além do primeiro,
pois estão relacionados com a dilatação térmica ou
compressibUidade do liquido e serão, naturalmente,
muito menos importantes que aquele que as não
contém. Da equação (6.4) se conclui que a varia
ção da energia de activação isócora e do volume
de activação, com o volume, se darão em sentidos
opostos. Este facto foi largamente demonstrado na
anáfise numérica que fizemos, respeitanfe a estas quan
tidades.
O 'modelo proposto permite interpretar estes factos.
Com efeito, à medida que o sistema se torna mais
denso, vai aumentando a parcela correspondente à
energia necessária para vencer a barreira de potencial,
representada pela saída da célula onde o ião se en
contra, e vai diminuindo a variação de volume que ele
provoca, quando se move para a nova posição.
As energias e volumes de activação dependem de ma
neiras diferentes do raio dos cafiões de cada um dos
sais. Quer a energia de activação a pressão constante
quer o volume de activação variam de forma apre
ciável com o raio do cafião. Pelo contrário, a energia
de activação a volume constante é muito pouco sen
sível. A energia necessária para que o ião passe através
das paredes da célula, onde está contido, é essencial
mente uma propriedade do solvente, ao passo que a
variação de volume, que tem lugar, depende do ião
que se desloca. A parcela energéfiça, que corresponde
a essa variação de volume, é traduzida pelo seu valor
multiplicado pela soma das pressões interna e externa.
Ela é a responsável pela variação observada na energia
total Ep. Os catiões empregados têm raios que variam
de 3,5 a 4,9 Â, o que é suficiente para que tais obser
vações tenham significado.
Igualmente analisámos o efeito da variação da con
centração nas energias de activação e no volume.
Fez-se a representação gráfica dessa variação, usando
como variável independente a raiz quadrada da con
centração, visto as equações (5.10) e (5.27) preverem
que a referida variação seja linear sempre que se
possam desprezar os termos em c e de ordem supe
rior. Esta condição verifica-se quando a concentração
é suficientemente baixa, o que teve lugar em todas
as nossas experiências.
As variações são efectivamente lineares, confirmando
a validade de todas as hipóteses feitas, inclusivamente
da forma da equação de ONSAGER que foí utilizada
no estabelecimento das equações (5.10) e (5.27).
N o caso da energia é difícil prever o sinal do coefi
ciente de pois o seu cálculo, com os dados
experimentais, mostra que é muito aproximadamente
nulo.
As rectas obtidas apresentam inclinações positivas e
negativas,, embora sempre de muito pequeno valor
74
absoluto. As variações são sistemáticas, o que abona
a validade dos próprios resultados.
A variação das energias e volumes de activação com
a concentração está ligada às interacções ião-ião e
ião-solvente, que podem ser visualizadas como actuando
em sentidos contrários, se tivermos presente que, quando
um ião se desloca de uma para outra posição de equi
librio, tem de adquirir a energia necessária para atra
vessar as paredes da célula onde está contido, provo
cando a correspondente variação de volume. A energia
necessária será tanto maior quanto mais fortemente o
ião interactuar com os outros e tanto menor quanto
mais importantes forem as interacções ião-solvente. É de
prever que o primeiro efeito esteja ausente ou seja muito
pouco importante no que se refere à variação do volume
de activação. Estes dois efeitos aparecem claramente no
coeficiente de c''s através de Ey ou de A e da de
rivada do coeficiente k da equação de ONSAGER em
ordem à temperatura e pressão. Como o valor relativo
dos dois termos é muito semelhante, pequenas dife
renças de sal para sal fazem com que haja predomi
nância de um ou outro.
A última das quantidades calculadas foi aquela a que
chamámos de entropia relativa de activação. O rigor
que se pode atribuir aos valores tabulados não é extre
mamente grande, dado que nele entram um grande
número de quantidades, envolvendo derivadas, as
quais possuem um rigor inferior às quantidades
primitivas.
Tivemos de recorrer a esta quantidade, e não directa
mente à entropia de activação, porque na equação
(2.29), que podia ser utilizada para o seu cálculo, figura
o parâmetro L, que não pode ser avaliado; simplesmente
podemos conhecer as suas variações através das va
riações de volume do sistema. Por isso se recorreu
à fixação de um estado de referência, cuja escolha é
arbitrária.
A entropia relativa de activação é uma quantidade
dependente do volume molar mas independente da
temperatura. A equação (5.37) com que foi calculada
a entropia relativa de activação não contém qualquer
quantidade que, a volume constante, seja dependente
da temperatura. Isto está impficito na equação dedu
zida para a condutibifidade equivalente, usando o mo
delo cinético. Retomando essa equação fundamental,
temos, a volume constante,
6 h
A S ; At; ; R R (6.5)
que, derivada, em ordem à temperatura, na forma lo
garítmica, a volume constante, dá:
R ^ àT )
1 / ^Au: \ Au:
RT [ dT ),r RT^ (6.6)
como
vem
ÒT
Rr2
1 /d^u:
(6.7)
dT (6.8)
Experimentalmente, ficou bem confirmado que a energía
de activação, a volume constante, é independente da
temperatura, acontecendo o mesmo, portanto, à en
tropia relativa.
A entropia de activação relativa varia aprecíàvelmente
com o volume, decrescendo quando este cresce. Todas
as parcelas energéticas em que a variação da energia
livre se decompõe diminuem quando diminui a den
sidade do líquido. Em todos os aspectos o movimento
dos iões se encontra facilitado quando a densidade
dos sistemas diminui.
Desta discussão geral resulta que a escolha do modelo
cinético, como sendo capaz de traduzir o mecanismo
da mobifidade iónica, parece justificada. As quantidades
derivadas puderaTn' ser analisadas à luz destes con
ceitos e até à luz de uma estrutura significativa das
soluções, que os completa. Resulta, como facto notável
desta análise, a necessidade'de separar a energia total
em duas parcelas, uma correspondendo ao vencimento
da barreira oposta pelas moléculas do solvente e a
outra correspondendo ao trabalho realizado contra a
pressão interna do sistema e contra a pressão exterior.
A primeira parcela é notavelmente independente da
temperatura.
O efeito interiónico não apareceu a influenciar muito
estas quantidades, pelo que as conclusões obtidas, com
soluções diluídas, não se afastam muito das que se
podem tirar a diluição infinita. ,
75
umario
I. Procedemos à revisão das diferentes teorias que se encon
tram na literatura e que têm sido propostas para interpretar,
de maneira geral, a condutibilidade equivalente limite, em função
das características fundamentais das soluções (Cap. 2). Nessa
revisão foi dada particular atenção às teorias hidrodinâmica
(2.1) e cinética (2.2). Nesta última a condutibilidade iónica
é considerada como sendo o resultado de uma série de saltos
entre sucessivas posições de equilíbrio, passando-se em cada
um desses saltos através de um, estado de activação, A . teoria
hidrodinâmica não entra em linha de conta com o movimento
browniano, ao passo que a teoria cinética encara a mobilidade
iónica como sendo o resultado da sobreposição ao movimento
browniano, do efeito do campo eléctrico aplicado. Contra a
aceitação da teoria hidrodinâmica apresenta-se'ainda, do ponto
de vista experimental, a faita de verificação da regra de WALDEN
(2.1). Assim, a análise sistemática do fundamento de cada uma
das teorias, que efectuámos, levou-nos a adoptar a cinética
como hipótese de trabalho para o íratamento dos resultados
experimentais obtidos e sua discussão (2.2).
Ii; A influência da concentração (efeito interiónico) (2.3), da
temperatura (2.4) e da pressão (2.5) sobre a condutibilidade
equivalente foram consideradas, em face dos conhecimentos
experimentais e analisadas teoricamente em função do modelo
adoptado.
O efeito da variação da concentração foi, por nós, tratado se
gundo as ideias clássicas de ONSAGER, que sofreram, no entanto,
ligeiras modificações, de acordo com as pequenas alterações de
origem teórica ou experimental que lhe foram posteriormente
introduzidas. Em toda a discussão, admitiu-se que os electró
litos estão totalmente dissociados. As modificações à teoria,
originadas pela formação de pares de iões, não foram por nós
consideradas, visto que todos os electrólitos empregados na
parte experimental do presente trabalho se comportaram como
completamente dissociados.
Faz-se especial referência à escassez dos dados experimentais
que se encontram na literatura, relativos aos efeitos da tem
peratura e da pressão sobre a condutibilidade equivalente de
soluções não aquosas e, igualmente, ao facto de as interpretações
teóricas não serem suficientes para a previsão quantitativa da
queles efeitos. Baseando-nos na teoria cinética adoptada, dedu
zimos expressões analíticas relativas a estes efeitos (2.4, 2.5
e 2.6) que podiam ser susceptíveis de verificação experimentai
no presente trabalho, embora não possam ser relacionadas
ainda, com características fundamentais da solução.
IIL Faz*se a distinção — que demonstramos ser da maior, im
portância— entre as energias de activação a pressão e a volume
constante (2.6). Mostra-se que a primeira é uma grandeza muito
mais complexa, correspondendo â energia total envolvida no
processo translacional, ao passo que a energia de activação
isocórica representa só a energia necessária para o salto, e não
a parcela correspondente à criação da nova posição de equi
líbrio. Deduz-se que a diferença entre as duas energias é, à parte
lermos de menor importância, representada pelo trabalho pro
duzido pelo sistema contra as pressões interna e externa, como
consequência da variação de volume que tem lugar durante
a translação.
IV. Na parte experimental (Cap. 3) descreve-se a determinação
da condutibilidade equivalente de soluções, convenientemente
escolhidas, em função da concentração, pressão e temperatura.
Usaram-se^*içgluções em nitrobenzeno de quatro picratos de
tetralquilamónío, variando-se o número de átomos de carbono
da cadeia hidrocarbonada. Os resultados experimentais obtidos
com aqueles sais foram extrapolados para diluição infinita e os
coeficientes de pressão e temperatura foram calculados para
diferentes concentrações (Cap, 4).
V. Com esses dados experimentais calculámos as seguintes
grandezas: energia de activação a pressão, constante (5.1) e a
volume constante (5.2), volume de activação (5.4) e entropia
dé activação relativa (5,5). Todas estas grandezas foram deter
minadas para diferentes concentrações e encontram*se expressas
em função do volume molar ou do par de variáveis tempera-
tura-pressão.
77
A o ê ndi ice
Nas tabelas seguintes figuram os resultados das deter
minações experimentais do coeficiente.de pressão para
a resistência, e os coeficientes numéricos das equações
polinomiais que traduzem a variação desse coeficiente
com a pressão.
Nas tabelas a encontram-se os coeficientes de pressão
e nas b os coeficientes das equações pofinomiais.
Na elaboração das tabelas usaram-se as seguintes nor
mas:
a) Temperaturas em graus centígrados
b) Pressões em atmosferas. Os valores indicados são
as pressões reais, isto é, as fidas no manómetro mais
1 atm.
c) Cx é a concentração em mol 1 ^ das soluções, à pressão
de 1 atm.
d) a, 6, c, e c/ são os coeficientes das equações polino
miais do 3.0 grau
log RJRp = a + bP-rcP^
usada para o picrato de tetraetilamónio e
RpIR^ =a4-bP-t' cP^ + dP^
usada para os restantes sais.
c) As quantidades negativas ou nulas que figuram entre
parênteses nas tabelas a seguir aos coeficientes, são
os expoentes das potências de 10 por que esses coefi
cientes devem ser multiplicados.
81
(Zl-'iZm'L OSIE'I (IT-) ¿MO'E— (U-)¿66£'S— (ZH gKO'ö" {ZH 898^'!— (11") ¿OIE't- P
(8 -) 2^69*5 (8 -) 092£'3 (¿ ") OZtVl iL ") SifrS'l (¿ -) ¿669*1 a 0 6T¿9'[ (¿ ") SZÍfr'l ^
(t- -) ¿ZgS'fr (fr -) 9I£6'f (f -) 2¿¿6'f (f -) 961'1'S (fr -) OIIFR'S (t- O ¿SOi'S (f -) T0¿6'S 9
(I -) ¿£66*6 (I -) Or66'6 (I ") 0166*6 (l -) 0¿¿6*6 (I -) 0966*6 (í -) 9166*6 (l -) ¿166*6 »
(-Ol>!U'n='a »-0lXT8'TI='s ..OIXTO'TT=*a T-0I>íI0'5T='3 ,-01X xi'si^'s t.0IX9í'ST='J R-Ot X Ts'si^^a
oOi o09 o09 oOf oOS üS3 "OS
qi viaavx
Z\L \zz^'^ ZZL 6¿£f't 0I¿ oget-'i ZH ¿20S'I 82¿
£98E;I 6ZL frSSE'L 9^9 Of¿£'l Sf9 8£6£'I m t'9Z1'*I 6*9 S91'f*I ¿S9
z\n'\ tfr9 ¿ZK'I 6Z9 £09E*I 829 IO¿£'I ¿19 SiOf'l 629 921*1 ¿19
¿frZ£'L ÎZ9 Z96S'I 0¿0£'I EfS 983£'I zss ETSE'I OSS ¿UE'I 09S
6S82*T ' 6^5 ^^¿S'L ¿OS 006Z'T 6IS ¿ZO£T SIS £SE£*R 62S frlfrE*! T2S
£IS 08E2'T 8ft' S6t'2'l ' m n9Z'\ OSf 8282*1 SSf TT62'I OSf
mz'\ ót't' ISIZ'I m QLZVl Slf lEEZ-'T SOf 62SZ'I .. m-. .6692*1 EZf,' sm*i 6VL
Z\\Z'\ ólfr ££81*1 TSE Z\6V\ ÏS£ £002* T IS£ 8EI2'I ESE ££22*I 9S£ 16£f'l LZ9
9LLV\ 0S£ S¿ERI t-OE 0S9I'I 60E _ 61¿l'L 90E £161*1 I2E £fr6I*I £T£ ffS¿£'l 9fS
SSZX'I TS2 0631*1 ISS Et-El*! ESZ lOH'l OSS 8811*1 ES2 ESS 1*1 SS2 S20£'l £St'
¿OOI'I t'OZ ZSOl'T £12 oniT Z\Z ESOl'T Z6l 80Zl'I 902 liZl'l 012 S6f2*I I8E.
Í9¿0'I U¿0*T £Sl ¿6¿0'l fSI ¿S¿0'I in ¿680*1 ¿SI 0f60'l 8SI £S6Í*I fOE
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«Oi ü09 o09 oOf oOE o95 ^ oOS
n viaaví
oiMPwvTiiawvHxaL aa oxvHOíd
PICRATO DE TETRAMETILAMÓNIO
TABELA Ila
20» 30" 40» 50" 60" 70»
4,117X10* C l - 4,100X10-' 4,083 X-1Ü-* 4,049X10-* 4,015X10-' "1= 3,082X10-' c ,=3 ,943X10- '
p P p P P P K p / f i | P fip/B.
1. 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000
85 1,0507 58 1,0311 58 1.0306 55 1,0281 53 1,0267 53 1,0261 61 1,0294
157 1,0962 117 1,0682 120 1,0682 113 1,0616 117 1,0607 m 1,0581 U5 1,0574
237 1,1494 153 1,0920 154 1,0901 153 1.0861 151 1.0815 153 1.0796 152 1,0765
309 1,1997 223 1,1363 218 1,1292 217 1,1210 213 1,1159 210 1,1106 •
222 1,1121,
384 1,2549 257 1.1570 253 1,1518 253 1.1438 352 1,1377 252 1,1315 254 1.1284
457 1,3086 316 1,1971 323 1,1968 318 1,1815 317 1,1737 319 1,1672 335 1,1723
527 1,3648 352 1,2234 350 1,2163 350 1,2041. 350 1,1948 350 1,1857 353 1,1817
597 1,4171 416 1,2679 430 1,2697 418 1,2452 418 1.2339 414 1,2224 421 ' 1,2190
657 1,4708 449 1,2903 450 1,2852 453 1,2701 449 • 1,2543 449 1,2421 453 1,2367
726 1,5292 514 1,3409 489 1,3090 512 1,3048 513 1,2940 517 1,2814 522 1,2747
547 1,3664 561 1,3617 552 1,3347 550 1,3164 549 1,3013 546 1,2889
587 1,3856 615 1,4027 616 1,3774 611 1,3552 6.14 1,3403 610 1,3256
646 1.4455 646 1,4291 644 1,4018 643 1,3793 643 1,3604 644 1,3460
722 1,5045 715 1,4815 726 1.4572 719 1.4275 720 1,4065 720 1,3895
TABELA, Ilb
20» 25" 30" 40" 50» 60" 70"
c ,=4,117>í l0- ' Ci=4,100>:10-' C ,-4,083X10-* Ci= 4,049x10-* = 4,015x10-* £,"=3,982x10-* c , - 3 , 9 4 8 x l 0 - *
a 9,9915 (- 1)
b 5,9183 C- 4)
c 1,8117 (- 7)
d 1,3476 (-11)
9,9813 (- 1)
5,9069 (- 4)
1,0733 (- 7)
6,3512 (-11)
9,9821 (- 1)
5,7657 (- 4 )
1,0606 (- 7)
1,6100 (-11)
9,9900 (. 1)
5,4387 (- 4)
9.6254 (- 8)
3,5336 (-11)
9.9909 (- 1)
5,2661 C- 4)
7,9665 (- 8)
2,4842 (-11)
9,9951 (-^1)
5,1117 (- 4 ) -
4,5718 C- 8)
4,3265 (-11)
9,9954 (- I )
4,9204 (- 4)
6,8341 (- 8)
1,8004 (-12)
83
PICRATO DE TETRAMETILAMÓNIO
T A B E L A JLLA
20" \
25" 30" 40" 50" 60" 70»
CL=1,345X10-* 1,342 X10-* a,337xio-* •1,326 X10-* 1,315X10-* 1,304 k 10-* '1,293x10-*
P p P Rp/Jíl P P lipin. P - R p / K , P
1 1,0000 1 1,0000 1 X
1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000
81 1,0468 68 1,0370 69 1,0367 64 1,0312 64 .1,0304 57 1,0260 56 1,0247
113 1,0675 122 1,0693 125 1,0707 116 1,0623 118 1,0607 113 1,0555 114 1,0544
211 1,1333 157 1,0926 156 1,0905 153 1,0828 144 .1,0748 155 1,0788 151 1,0749
273 1,1732 229 1,1379 •
2Í0 1,1225 214 1,1186 218 1,1159 201 1.1022 .206 1,1022
320 1,2073 255 1,1558 257 1,1531 256 1,1439 252 1,1360 250 1,1297 253 1,1270
414 1,2752 330 1,2052 320 1,1919 317 1,1800 324 1,1758 303 1.1575 304 1,1532
465 1,3153 350 1,2218 363 1,2225 350 1,2026 350 1,1933 349 1,1853 350 1,1795
523 1,3589 422 1,2698 424 1,2628 410 1,2402 421 1,2342 408 1,2175 413 1,2125
613 1,4317 453 1,2951 450 1,2838 451 1,2671 449 1,2537 449 .1,2416 452 1,2347
657 1,4706 525 1,3467 513 1,3256 506 1,3029 510 1,2900 512 1,2780 507 1,2662
726 1,5301 550 1,3678 553 1,3573 552 1,3342 549 1.3151 550 1.3016 550 1.2895
629 1,4265 630 1,4114 614 1,3754 610 1.3528 609 1,3366 616 1,3269
650 1,4480 652 1,4323 649 1,4036 647 1.3799 643 1.3589 640 1.3428
â- 722 1,5018 730 1,4905 722 1,4542 728 1.4318 720 1,4060 732 1.3960
T A B E L A I l lb
20» 25" 30" 40" 50" 60" 70»
CI=l,345xl0-* c^=l,342X10-* C,=1.837X10-* R, =1,326x10-* CL'=•1,315x10-* CI«l,304xi0-* CI=1.293xl0-*
a 9.9860'(- I) 9.9896 (- ,1) 9,9902 (- 1) 9,9853 (- 1) 9,9875 (- 1) 9,9899 (- 1) 9.9855 (- 1)
b 5,9503 C- 4) 5.5444 (- 4) 5,5146 (- 4) 5,2773 (- 4) 5,0787 (- 4) 4,8627 (- 4) 4,8734 (- 4)
c 1,7142 (- 7) 2,4304 (- 7) 1,8000 (- 7) 1.5622 (- 7) 1,3883 (- 7) 1,4741 (- 7) 7,6704 (- 8)
d 2,2952 (-11) — 6,2166 (-11) — 1,7343 (-11) — 1,7957 (-11) — 2.6086 (-11) — 5,2131 (-11) 1,0384 (-11)
84
PICRATO DE TETRAMETILAMÓNIO
TABELA-IVa
20" • 25» 30" 40" 50" ao» 70»
l),4233xlD-' 0.4220X10-' c ,=0,4203xlO-* 0,4168X10-* 0,4133x10:* 0,4099x10-' c i = 0 , 4 0 6 4 x l 0 - '
p lipjH, P P R p / 7 í i P KpjR, P RpJR. P Rp/Ri P Rpllix
1 1,0000 1 1,0000 1. 1,0000 1. 1,0000 L 1,0000 1 1,0000 1 1,0000
1L7 1,0676 63 1,0370 119. 1,0672 64 1,0328 _62 1,0292 '56 1,0263 :5o 1,0234
161 1,0995 I I I 1.0635 154 1,0893 103 1.0555 124 1,0645 123 , 1,0615 103 1,0502
206 1,1282 157 1,0940 206 1,1208 .154 1,0845 153 1,0816 15a 1,0777 153 1,0769
309 1,1985 213 1,1290 255 1,1515 203 1,1137 205 1,1099 21.7 1,1106 203 1,1021
361. 1,2388 255 1,1569 317 1,1919 261 1,1479 251 1,1363 249 1,1300 1,1277
417 1,2790 309 1,193L 363 1,2238 308 1,1759 309 1,1691. 309 1,1615 306 1.1577
517 1,3552 353 1,2238 423 1,2633 354 1,2059 349 1,1944 343 1,181.4 350 1,1807
557 1,3880 407 1,2598 450 1,2845 418 1,2470 413 1,2315 424 1,2272 417 1,2150
623 1,4405 453 1,2967 516 1,3307 453 1,2693 455 1,2585- 450 1,2429 449 1,2347
740 1,5441 506 1,3337 552 1,3565 514 1,3103 513 ' 1,2943 518 1,2824 511 1,2691
550 1,3691 611 1,4003 551 1,3350 545 1,3171 547 1,3003 550 1,2910
609 1,4133 646 1,4289 613 1,3769 614 ],358J 609 1,3380 618 1,3291
647 1,4462 713 1,4803 647 1,4029 645 1,3804 646 1,3617 643 1,3462
721 1,5043 718 1,4534 723 1,4319 726 1,4088 703 1,3811
TABELA IVb
20» ,25" 30» 40» Ss.fi0" ^0' 70"
CI=0,4238xl0- ' c,=0,4220x10-* í i = 0 , 4 2 0 3 x l 0 - * CI-^ 0,4168X10-* C,=0,4133,x 10-* • C , -0,40S9X10-* c , -O ,4064x lO-*
a 9,9847 (- 1)
6 5,9119 C- 4)
9,9868 (- 1)
5.6970 (- 4)
9,9935 ( . 1)
5,5403 (- 4)
.9,9894 (- 1)
, 5,3439 (- 4)
.9,9847 (- l )
5,1948 í- 4}
9,9897 (...1)
4,9880 (-^4)
9,9896 (- l )
5,0158 (- 4)
c 1,8604 7) 1,9567 C- 7) 1,7373 (- 7)
d 1,3429 (-11) —1,6957 (-11) —6,4732 (-12)
1,4002 (- 7) 1,1544 (- 7) 1,0747 (-. 7) 3,3190 (- 8)
.4.1999 (-12) —6,9090 (-12) —2,1520 (-11) 3.7549 (-11)
35
Cn-) gioe'i
(8 -) snz'í—
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o03
viaavx
oiNpi^vmavuiaji acr OXV^M
PICRATO DE TETRAETILAMÓNIO
TABELA Via
20» 25» 30» 40» 50» 60» 70»
4,2X8 XXO-* 4,200X10-* 4,183 X10-* 4,148X10-' CL - 4,113X10-* 4,079x10-* CL = 4,044x10-*
p P P RpjR, P P • R p / « i P RpjR, P
1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000
93 1,0556 63 1,0345 124 1,0734 109 1,0623 116 1,0597 58 1,0279 53 1.0252
206 1,1324 103 1,0618 165 1,0989 153 1,0841 151 1,0801 105 1,0543 101 1.0503
248 1,1602 156 1,0945 206 1,1253 206 1,1194 203 1,1103 156 1,0799 151 1,0762
302 1,1972 198 1,1206 309 1,1909 251 1,1430 253 1.1370 206 1.1084 202 1,1034
407 1,2773 253 1,1577 363 1,2263 304 1,1790 311 1,1713 253 1,3322 25'i 1,1291
509 1,3545 319 1,2025 414 1,2626 351 1,2047 351 1,1948 300 1,1572 303 1,1571.
557 1,3914 351 1,2246 515 1,3337 415 1,2481 411 1,2321 349 1,1864 349 1,1818
611 1,4366 415 1,2701, 555 1,3616 453 1,2705 449 1,2558 413 1,2230 413 1,2175
733 1,5429 449 1,2960 617 1,4090 529 1,3247 510 1,2940 449 1,2448 447 1,2367
519 1,3483 647 1,4359 549 1,3355 547 1,3179 506 1.2301 508 1,2721
552 1,3720 720 1,4908 601, 1,3717 626 1,3692 549 1,3040 547 1,2916
605 1,4145 648 1,4066 643 1,3820 607 1,3405 603 1.3245
644 1.4482. 728 1,4648 707 1,4235, 647 1,3672 643 1,3497
713 í,5032 743 1,4270 735 1,4044
TABELA Vlb
20» 25" 30» 40» 50» 60" 70"
c, = 4,218J< 10-* CL = 4,200X10-* CL - 4,183X10-* CL = . 4,148X10-* CL « 4,113X10-* c, - 4,079X10-* CL -= 4,044X10-* «
a "2,0941, C- 3) —1,1926 (- 3) 5,4473 (- 4) 5,4473 (- 4) — 9,0907 (- 4) — 1.8384 (- 4) — 8,0916 (- 4)
b 2,7877 C- 4) 2,6132 (- 4) 2,3405 (- 4) 2,3405 C- 4) 2.2873 (- 4) 2.1683^ t 4) 2,2181 (- 4)
c — 4,4238 C- 8) — 2,3948 (- 8) — 1,1190 (- 8) — 1,1190 (- 8) —1,5218 (- 8) — 9,0787 (- 9) — 3,7164 C- 8)
d 2,4923 (-11) 1,1711 (-11) 1,8748 (-12) 1.8748 (-12) 1,1533 (-12) — 3,2421 (-12) 1,3401 (-11)
87
PICRATO DE TETRAETILAMÓNIO
TABELA Vila
20» 250 30" 40» 50» 60» 70"
1,275X10-' 1,270X10-' CL-— 1,265X10-* c, •= 1.254x10-* c, « 1.244 X10-' c, = 1,233X10-' c, = 1,223X10-'
p P P Rp/Ri P J fp /J í i P J?p/J?i P Rp/Ri P R p / R .
1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 I 1,0000 1 1,0000
107 1,0658 60 1,0329 111- - 1,0649 76 1,0397 74 1,0367 59 1,0273 59 1,0286
158 1,0970 103 1.0613 158 1,0909 111 1,0609 156 1,0598 106 1,0549 119 1,0588
203 1,1297 159 1,0950 203 1,1214 158 1,0877 205 1,0830 154 1,0795 155 1,0792
257 1,1644 209 1.1289 255 1,1519 209 1,1193 253 1,1149- 201 1,1057 207 1,1073
315 1,2060 255 1,1574 312 1,1907 254 1,1458 307 1,1386 251 1,1327 251 1,1309
356 1,2340 307 1,1937 353 1,2176 306 1,1787 352 1.1732 299 1,1579 313 1,1620
407 1.2764 352 1,2250 404 1,2550 350 1,2073 403 1,1976 349 1,1880 349 1,1842
452 1,3094 401 1,2600 457 . 1.2898 415 1,2471 452 1,2303 403 1,2207 417 1,2184
509 1,3545 452 1,2981 510 1,3304 450 1,2722 503 1,2590 452 . 1,2475 447 1,2395-
552 1,3881 502 1.3346 555 1,3608 504 1,3085 552 1,2910 509 1,2837 512 1,2754
609 1,4360 550 1,3728 611 1,4053 552 1,3404 609 1,3224 550 1,3072 546 1,2959
650 1,4730 609 1,4182 647 1,4352 604 1,3777 646 1,3617 613 1,3461 606 1,3313
737 1,5471 648 1.4525 717- 1,4885 647 1.4124 750 1,3868 646 1,3687 646 1.3568
719 1,5080 739 1,4773 1,4569 733 1.4227 741 1,4131
TABELA Vllb
20- 25» 80» 40» 50" 60" 70"
c, = 1,275X10-* 1,270X10-' CL = 1,265X10-' c, = = 1,254X10-* CL - 1,244x10-* c, = 1,233X10-' c, = 1,223X10-'
a 4,9825 (- 4) —'7,8238 í- 4) 5,8838 (- 4) —1,2215 (- 3) —1,3984 (- 3) —3,0191 (- 4) —6,6940 (- 4)
b "2,5068 (- 4) :2.5389 (- 4) 2,3638 (- 4) 2,4292 (- 4) 2,4151 (- 4) 2,1645 (- 4) 2,2079 (- 4)
c ,7085 í- 8) —5,9118 (-11) 1.9874 (- 8) —2,1443 (- 8) —4.8718 (- 8) —3,9305 (- 9) —3,0651 (- 8)
rf —2,5812 (-11) --8,2332 (-12) —2,0085 (-11) 7.8158 (-12) 2,6938 (-11) —7,2960 (-12) 1,0601 (-11)
ÇICRATO DE TETRAETILAMÓNIO
TABELA VlIIa
20" 25» 30» 40" 50" CO" - 70»
0,3439X10-* 0,3425x10-*- 0,3411 X10-* 0,3382x10-* 0,3354 X10-* 0,3326 X10-* c, = 0,3298x10-*
p P P P P P RpjRi P
1, 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1.0000
113 1.0657 104 1.0563 59 1,0298 59 1,0302 53 1,0281 52 1.0264 55 1,0273
208 1,1321 153 1.0853 121 1,0695 126 1,0702 113 1,0589 109 1.0555 102 1.0546
302 1,1951 205 1,1218 158 1,0920 158 1,0887 153 1,0848 153 1,0817 157 1,0812
354 1,2327 255 1,1493 212 1,1263 216 1,1214 213 1,1146 204 1,1066" 214 1,1087
418 1,2799 312 1,189& 257 1,1530 252 1,1460 251' 1,1400 253 1,1359 252 1,1317
515 1,3543 355 1,2178 315 1,1909 311 1,1803 307 1,1699 306 1,1626 284 1,1482
558 1.3886 413 1,2619 353 1,2173 351 1,2076 353 1,1999 354 1.1936 303 1,1607
619 1,4385 453 1.2890 418 1,2613 419 1,2485 412 1,2323 413 1,2238 346 1,1838
649 1,4688 5íS 1,3360 454 1,2875 449 1,2723 449 1,2596 453 1,2513 410 1,2160
740 1,5449 553 1,3625 519 1,3341 514 1,3120 512 " 1,2956" 512 1,2855 " 448 1,2389
609 1,4095 543 1,3527 553 1,3403 547 1,3214 548 1,3084 457 1,2436
644 1,4388 622 1,4117 614 1,3823 618 1,3630 603 1,3391 508 1,2723
721 1,5001 646 1,4329 645 1,4077 647 1,3891 644 1,3699 546 1,2953
719 1,4881 729 1,4669 726 1,4415 719 1.4150 609 1,3305
644 1,3541
721 1,3987
TABELA VlIIb
20» 25" 30» 40» 60» 60» 70"
Cl = 0,3439x10-* = 0,3425X10-* c, ^ 0,3411x10-* CI.=í 0,3382X10-* Í I = 0,3354 X10-* c, = 0,332&X10-* CL = 0,3298X10-*
a —3.194.. 3) -^1,9321 (- 3) — 1,7437 C- 3) — 7,8864 (- 4) — 3,9293 (- 4) — 1,7317 (^4 ) 2,5472 (- 4)
b 2,8104 {- 4) 2,4686 (- 4) 2,5517 (- 4) 2,3634 (- 4) 2,3213 (- 4) 2,2137 (- 4)- 2,1805 C- 4)
c —5,5257 (- 8) 4,1397 (- 9) — 2,9066 í- 8) — 4,8380 ( . 9) — 2_,8824 (- 8) — 1.7715 (- 8) — 2,9247 (- 8)
d 3.6465 (-11) — 4,9170 C-12) 1,6756 (-11) — 6.3994 (-12) 1,5392 (-11) 2.0014 (-12) 9,4453 C-12)
PICRATO DE TETRA-n-PROPILAMÓNIO
TABELA IXa
\ 20» 25» 30» 40» 50» 60» 70»
CL •= < 12,C7 X10-' c, = 16,62X10-* •=1 = 12,57x10-' CL = 12,46x10-' c, = 12,36x10-* c, « 12,26x10-' 12,15X10-*
p Rp/K. P P J í p / « . P Ííp/Jf, P P J?p/^I P « p / « .
X 1 1,0000 I 1,0000 1 1,0000 I 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000
.99 1,0595 99 1,0570 69 1,0371 87 1,0477 95 1.0498 92 1,0476 103 1,0531
109 1,0673 125 1,0752 121 1,0694 t44 1,0808 137 1,0726 159 1,0825 203 1,1053
219 1,1410 200 Í,Í227 161 1,0953 198 1,1122 193 1,1057 193 1,1026 253 1,1318
.223 1,1444 224 1,1405 218 ],1431 260 1,1492 249 1,1360 244 1,1293 305 1,1588
317 1,2091 306 1,1945 278 1,1697 286 1,1654 292 1,1624 297 1,1598 351 1,1847
413 1,2825 332 1,2118 318 1,1952 353 1,2081 346 1,1938 347 1,1864 409 1,2151
436 1,2977 416 1,2723 372 1,2336 393 1,2328 392 1,2237 376 1,2062 453 1,2427
505 1,3533 423 1,2780 416 1,2644 459 1,2769 449 1,2578 419 1,2325 523 1,2808
509 1,3561 516 1,3481 486 1,3143 493 1,3004 479 1,2795 460 1,2554 641 1,3498
608 1,4377 529 1.3577 511 1,3334 553 1,3397 544 1,3171 519 1,2912 737 1,4080
626 1,4519 619 1,4278 612 ],3928 593 1,3683 591 1,3505 574 1,3243
699 1.5159 641 1,4324 616 J,4I16 665 1,4199 650 1,3879 663 1,3807
750 1,5619 720 I.5I20 713 1.4888 689 1.4380 686 1,4131 687 1,3957
749 1,4825 749 1,4557 761 1,4450
TABELA IXb
20« 25» 30' 40« 60" 60« 70«
Cl •= 12,67x10-* = . 16,62 X10-' = 12,57 X 10-» CL = 12,46X10-' c, ^ 12,36X10-' 12,26X10" CL = 12,15X10-*
a 9,9883 C- 1) 9,9780-(- 1) 9,9646 (- 1) 9,9938 (- 1) 9,9938 (- 1) 9.9951 (- 1) 9,9972 (- 1)
b 6,0991 C- 4) 6,1601 (- 4) 6,3429 (--4) 5,1854 (- 4) 5,1854 (- 4) 5,0985 (- 4) 5,1079 (- 4)
c 1,6732 (- 7) 7,3323 (- 8) — 6,0115 (- 8) 1,4331 (- 9) 1,4331 (- 7) 1,0225 (- 7) 3,2793 (- 8)
d 2,6569 (-11) 7,6523 (-11) 1,8631 (-10) — 3,0105 (-11) — 3,0105 (-11) — 5,2198 (-12) 3,5139 (-11)
90
PICRATO DE TETRA-n-PROPILAMÓNIO
TABELA Xa
20» 25« 30» 40» 50» 60» 70» 3,881X10"* 3,365X10-' 3,849 X10-' 3,799 X10-' 3,785X10-* Cl = 3,754X10'' 3,722X10"
p P P P P RpjRi P RpfR, P
1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 I 1.0000 1 1.0000 1 1,0000 1 1,0000
53 1,0305 66 1,0373 64 1,0354 101 1,0571 100 1,0522 75 1.0379 67 1,0343
107 1,0661 113 1.0694 133 1,0777 143 1.0806 139 1,0739 130 1,0675 121 1,0614
155 1,0979 156 1,0962 166 1,0993 210 1,1211 212 1,1153 203 1,1072 165 1,0854
212 1,1363 222 1,1401 219 1,1323 256 1,1500 260 1,1430 259 1,1385 222 1,1145
253 1,1649 261 1,1648 260 1,1584 309 1,1807 327 1,1827 306 1,1647 ^58 1,1352
309 1,2033 309 1,1989. 301 1,1856 353 1,2117 370 1,2096 350 1,1901 315 1,1633
352 1,2362 350 1,2275 357 1,2234 412 1,2461 431 1,2518 429 1,2357 353 1,1881
409 1,2778 405 1,2684 429 1,2742 457 1,2802 469 1,2721 464 1,2574 409 1,2175
453 1,3126 450 1,3019 477 1,3101 521 1,3217 5.19 1,3042 510 1,2842 459 1.2480
519 1.3659 518 1,3545 531 1,3473 560 1,3523 560 1,3380 553 1,3132 510 1,2760
553 1,3928 550 1,3781 583 1,3893 613 1,3853 623 1.3714 612 1,3539 559 1,3051
630 1,4583 607 1,4235 630 1,4251 660 1,4254 672 1,4064 667 1,3853 616 1,3371
651 1,4779 663 1,4718 686 1,4694 733 1,4745 725 1,4421 729 1,4223 677 1,3769
737 1,5492 737 1,5329 740 1,5128 741 1,4154
TABELA Xb
20" 25" 30» 40» 50» 60» 70"
í i = 3,881X10-* = 3,865X10-' c, = 3,849x10-* =• 3,799x10"* 3,785x10-* = 3,74x10-* c, 3,722x10-*
a 9,9931 C- 1) 9,9901 (- I ) 9,9911 (- 1) 9,9991 (- 1) 9,9936 (- 1) 9,9987 (- 1) 9,9973 (- 1)
b 5,9626 C- 4) 5,9358 (- 4) 5.7013 (- 4) 5,4473 (- 4) 4,9864 (- 4) 4,9501 4) 5,0403 (- 4)
c 2,2501 C- 7) 1,7070 (- 7) 1,6484 (- 7) 1,4808 (- 7) 2,3418 ( - 7) 1,6956 (- 7) 6,7679 (- 8)
íí —2,6047 (-11) 1,0187 (-11) 4.4706 (-12) —7,0934 (-12) —1.1231 (-10) —7.0053 (-11) 1,2593 (-11)
91
;PICRATO DE TETRA-n-PROPILAMÓNIO
T A B E L A . X L A
2 0 " \ 250 SC» 40" 5 0 » 6 0 » 7 0 »
1 1 , 3 7 3 x 1 0 - * = 1 ,367 X . 1 0 - * E, = 1 , 3 6 2 X l O - ' 1 , 8 5 0 x 1 0 - * 1 , 3 3 9 x 1 0 - * 1 , 3 2 8 X 1 0 - * 1 , 3 1 7 , X 1 0 - *
p P P R p ¡ R y P R p f R , P JipfRi P P R p j R ,
I 1,0000 1 LOOOO 1 1,0000 *•
1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000
.64 1,0377 65 1,0389 76 ^ 1,0431 64 1.0365' 59 1.0301 59 1,0308 59 1,0297
117 1,0714 116 1,0697 123 1,0717 117 1,0648 109 l,-0596 101 1,0535 107 1,0558
157 1,0995 160 1,1007 169 1,1012 159 1,0925 152 1,0840 158 1,0845 158 1,0827
209 1,1341 216 1,1355 203 1,1225 200 1.1158 204 1,1137 209 1,1129 218 1,1145
263 1,1718 262 1,1671 257 1,1580 259 1,1519 253 1,1416 257 1.1387 257 1,1352
313 1,2072 313 1,1998 309 1,1900 310 1.1832 302 1,1706 318 1,1739 318 1.1681
354 1,2386 357 1,2338 354 1,2239 359 1.2166 352 1,2007 353 1.1950 355 1,1908
409 1,2786 419 1,2768 412 1,2616 411 1,2490 402 1,2319 410 1.2287 417 1,2235
455 1,3165 457 1,3075 458 1,2962 463 1,2862 453 1,2643 453 1,2541 458 1,2488
519 1,3651 523 1,3547 520 1,3396 512 1,3187 509 1,3004 509 1,2887 510 1,2799
557 1,3979 553 1,3833 564 1,3753 558 1.3509 559 1,3323 559 1,3182 560 1,3083
618 1,4465 613 1,4246 618 1,4127 619 1,3909 609 1,3652 613 1,3523 610 1,3377
660 1,4855 653 1,4644 663 1,4545 652 1.4184 659 1,3994 657 1,3817 679 1,3806
730 l,5478j. 719 1,5138 733 1,5093 724 1,4707 735 1,4533 742 1,4368 752 1,4263
T A B E L A X L B
2 0 ' ' 2 5 » 3 0 » 4 0 » 5 0 » oo» 7 0 "
1 . 3 7 3 X 1 0 - * = 1 , 3 6 7 X 1 0 - * ^ 1 , 3 6 2 X 1 0 - * CL -' 1 , 3 5 0 x 1 0 - * c, -! 1 , 3 3 9 x 1 0 - * c, 1 , 3 2 8 X 1 0 - * c, = : 1 , 3 1 7 X 1 0 - *
a ! ?.9859 (- 1) 5,9971 (- 1) 9,9882 (- 1) 9,9964 (- 1) 9,9896 (- 1) 9,9957 (- 1) 9,9950 (- 1)
b 1 6,1105 (- 4) 5,9006 (- 4) 5,8324 (- 4) 5,5430 (- 4) 5,4425 (- 4) 5,2471 (- 4) 5,1343 (- 4)
c 1,7204 (- 7) 1,7933 (- 7) 1,1368 (- 7) 1,3403 (- 7) 7.2326 (- 8) 7,2542 (- 8) 5,5883 (- 8)
ã : 2,8174 (-11) — 3,7932 (-12) 5,6405 (-11) — 2,1911 (-12) 3.7555 (-11) 1,9488 (-11) 2,1304 (-11)
9 2
PICRATO DE TETRA-n-PROPILAMÓNIO
T A B E L A X l l a
20» 25» 30» 40» 50» 60» 70»
c, = 0,50D3 X 1 0 - ' c, = 0,5072X10'' c, = 0,á051 X10-' c, = 0,6009X10-' c, = 0,4907X10-' c, = 0,4920X10-* CL = t J , i884xl0-*
P KpJR, P P P P P « p / J Í . P ^ p / J Í .
1 1,0000 • 1 1,0000 1 1,0000 1 1.0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1.0000
131 • 1,0815 53 1,0302 65 1,0354 60 1,0301 64 1,0317 58 1,0287 58 1,0291
231 1,1506 113 1,0683 119 - 1,0688 119 1.0661 129 1,0696 122 1,0648 106 1,0547
323 1,2146 157 1,0946 159 1,0935 159 1,0906 161 1.0876 166 1,0880 158 1,0820
401 1,2739 220 1,1368 219 1,1309 209 1,1170 204 1,1114 220 1,1165 206 1,1071
463 1,3206 253 1,1596 260 1,1581 256 1,1484 256 1,1427 257 1,1384 252 1,1327
556 1,3957 312 1.1988 310 1.1912 303 1.1749 302 1,1664 310 1,1662 316 1.1645
603 1,4360 357 1,2294 352 1,2201 357 1,2120 353 1,2024 351 1,1929 351 1,1873
659 1,4857 413 1,2706 423 1,2688 403 1,2397 405 1,2297 413 1,2257 413 1,2186
731 1,5496 450 1,3006 450 1,2891 450 1.2761 454 1,2655 453 1,2528 457 1,2465
509 1,3436 '504 1,3279 521 1,3178 510 1,2956 502 1,2777 518 1,2788
544 1,3715 553 1,3638 560 1,3492 557 1,3312 550 1,3122 553 1,3034
613 1,4233 623 1,4151 617 1,3837 615 1,3630 615 1,3480 619 1,3379
650 1,4567 649 1,4388 650 1,4146 655 1,3976 "659 1,3817 656 1,3649
718 1,5099 712 1,4886 730 1,4694 728 1,4413 730 1,4241 722 1,4016
T A B E L A X l l b
25» 30» 40» V . ÕO" ^ '60» 70»
c, = 0,5093X10-' c, = 0,5072X10-' CL • 0,5051x10-' c, = 0,5009X10-' c, = 0 , 4 9 0 7 x 1 0 - * CL = 0,4026X10-* c, = 0,4884X10-'
a 9,9717 (- 1) 9,9950 (- 1) 9,9867 (- 1) 9,9878 C- 11 9,9910 (- 1) 9,9929 (- 1) 9,9968 (- 1)
b 6,1469 (- 4) 5.7710 (- 4) 5,7058 (- 4) 5.4217 (- 4) 5,2268 (- 4) 5,2044 K 4 ) 5,0960 C- 4)
c 1,4683 (- 7) 2,1260 (- 7) 1,5993 (- 7) 1,5404 (- 7) 1.4420 (- 7) 6,3920 (- 8) 5,1991 (- 8)
d 5,8697 (-11) — 3,4965 C-U) 5,4426 (-12) — 1.7967 (-11) — 3,5222 (-11) 3.0344 (-11) 2,1027 (-11)
93
PICRATO DE TÉTRA-n-BUTILAMÓNIO
TABELA X l I I a
20" \
25" 80» 40» 50» 60" 70"
CL = 30,51X10-* c, ^ 36,36x10-' c, =• 36,21x10-' c, = 35,91 X10-* c, = 35,61X10-' c, = 35,31X10-* c, = 35,01X10-'
P RpjRy P RpjRy P Rp\Rx P E p / K , P RpjR, P RpfRi P R p / K ,
1
3Í5
1,0000
1,2113
1
317
^ 1,0000
1.2055
1
314
• 1.0000
X 1,1957
1
312
1,0000
1.1860
1
322
1,0000
1,1816
1
307
1,0000
1,1646
1
314
1,0000
1,1647
395 1,2667 388 1,2525 421 1,2691 425 1,2545 423 1,2408 428 1,2337 435 1,2293
435 i;2981 435 1,2884 522 1,3426 529 1.3255 524 1,3041 539 1.3015 534 1,2849
489 1,3410 492 1,3288 630 1,4237 625 1,3907 625 1,3746 635 1,3603 625 1.3358
537 1.378! 520 1,3529 712 1,4845 738 1,4740 732 1,4398 732 1,4155 729 1,3969
582 1,4198 595 1,4088 737 1,5049 840 1,5497 838 1,5095 838 1.4868 826 1,4532
620 1,4459 633 1,4465 836 1,5835 935 1,6264 924 1,5801 934 1.5535 941 1,5311
688 1,5102 683 1,4837 923 1,6618 1034 1,7155 1 081 1,7043 1042 1.6382 1035 1,6004
739 1,5510 737 1,5234 985 1,7229 1 137 1,8014 I 144 1,7506 1 116 1,6866 1 126 1,6561
789 1,5690 1035 1,7760 1 241 1,8922 1228 1,8199 1243 1.7792 1 228 1.7244
838 1,6118 1 144 1,8785 1 339 1.9857 I 339 1,9150 1 329 1,8483 1349 1,8166
891 1,6634 1 197 1,9248 1430 2,0820 I 430 2,0026 1440 1,9438 1 438 1.8882
931 1,7000 1 536 .2.1844 1531 2,0878 1 549 2.0302 1 544 1,9618
1 628 .2.2852 1 643 2,1938 1 637 2.1083 1637 2,0366
& I 744
1 852
1941
2 043
2.2948
2,4135
2.5140
2,6335
1749
1880
1992
2,2052
2,3400
2,4475
1741
1 845
1911
2042
2,1223
2,2124
2.2749
2.3934
TABELA X l I I b
20" 25» 30" 40" 50" 60» 70»
CL " 86,51X10-« = 36,36X10-' = 36,21X10-' CI = 35,91X10-' ='35,61X10-' e, = 35,31x10-* c, =.35,01X10-*
a 9,9952 C- 1) 9,9932 C- 1) 9,9967 (- 1) 1,0003 ( 0) 9,9897 (- 1) 9.9921 (- 1) .1,0003 ( 0)
b 6.1448 C- 4) 6,0476 C- 4) 5,9196 ( . 4) 5.4991' C- 4) 5.3941 (- 4) 5,1815 (- 4) 4,9544 (- 4)
c 1,5169 C- 7) 1,2061 (- 7) Í ,8463 (- 8) 1,0725 (- 7) 7,0911 (- 8) 6,3803 C- 8) 5,9145 (- 8)
d 4,0362 C-Il) 3,9713 (-11) 5,5314 (-11) 2.4430 (-11) 2,7355 (-11) 2,0629 (-11) .1,5707 (-11)
94
P I C R X T O d e T E T R A - n - B U T I L A M Ó N I O
TABELA XlVa
20» 25» 30» 40» 50» 60» ' 70»
14,19 X I O " 14,13X10-' 14,07 X10-' = 13,95 X10" c, = 13,84 X 1 0 " 13,72x10-* 13,61X10-*
p P R p / R . P P ' RpjRi p RpjR, P RpjRi P- RpjR,
l 1,0000 1 1,0000 I 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000
315' 1,2149 321 1,2133 322 1,2060 320 1.1943 326" 1.1892 316" 1,1758 308 1,1653
413 1,2899 385 1,2568 428 1,2774 420 1,2581 435 1,2548 428 1,2394 423 1.2286
444 1,3115 438 1,2956 533 1,3569 540 1,3409 535 1,3192 514 1,2909 532 1,2923
521 1,3712 469 1,3192 637 1,4395 632 1,4089 643 1,3929 637 1.3709 641 1,3594
555 1,3964 532 1,3707 725 1,5048 739 1,4814 737 1,4498 731 1,4269 745 1.4173
605 1,4431 590 1,4142 834 1,5967 830 1,5489 838 1,5248 838 1,4962 1,4486
633 1,4603 644 1,4595 934 1,6856 924 1.6278 935 1,5995 931 1,5615 904 1,5177
696 1,5244 686 1,4932 1030 1.7849 1 035 1,7334 1 032 1,6817 1 032 1,6428 1023 1,6058
732 1,5554 735 1,5358 1 131 1,8781 1 139 1.8154 I 136" 1.7611 1 142 1,7170 1 131 1,6754
782 1,5731 1 192 1.9292 1 213 1,9085 1 236 1.8381 1223 1,7782 1 210 1,7272
836 1,6207 1 346 2,0075 1 344 .1,9348 1 314 1.8499 1 375 1,8509
879 1,6626 1 437 2,1066 1 443 2,0319 1 443 1,9639 1450 1,9159
931 1,7151 1 541 2,2171 1 546 •2,,Í208 1 530 2,0310 1 541 1,9787
1649 2,3293 1 645 2,2177 1647 2,1327 1637 2.0551
1788 2.3724 1 743 2,2190 1757 2.1550
1 943 2,5451 1886 2,3688 1 815 2.2095
2 046 2,6615 f944 2.4273 1943 2.3297
• 2 139 2,7728 2 042 215258 2 002 2,3781
TABELA XlVb
20» 25» 30» 40» 50" 60» 70"
CL = 14,19X10-' CL = 14,13X10" CL = 14,07X10-' c, = 13,95x10" CI = .13,84x10-* CI = 13,72x10"* CI = 13,61x10-*
a 9,9919 (- 1)
b 7,0003 C- 4)
c —1,1654 (- 7)
d 2.7242 (-10)
9,9925 (- 1)
6,3106 C- 4)
8,1465 (- 8)
6,8485 (-11)
9,9995 (- 1)
5,8343 (- 4)
1,5213 (- 7)
1.3619 (-11)
1,0014 ( 0)
5,4722 (- 4)
1,3784 (- 7)
1,1703 (-11)
9,9985 (- 1)
5,4870 (- 4)
7,4552 (- 8)
2,6510 (-11)
9,9931^- 1)
5,3628 (- 4)
5,1406 (- 8)
•2,5615 (-11)
9,9978 (- 1)
5,1791 (- 4)
4,7490 (- 8)
1,9020 (-11)
95
PICRATO'DE TETRA-n-BUTILAMÓNIO
T A B E L A X V A
20» 25» 30» •40» 50» 60» 70»
9,673 X10-' C, Ö 0,633 X10-* C, •= • 9,593X10-* 9,513x10" Ci'= 9,435X10-* «1 = 9,355X10-* 9,276X10-'
p P p / E i P RpfRi P P p / R . F E p / P , P E p / K , P RpJR, , p RpjR,
1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 I 1,0000 1 1,0000
315 1,2154 317 ^ 1,2087 314 1,Ï990 312 1.1895 322 1,1853 307 1.1679 314 1,1680
395 1,2694 388 1,2569 421 1,2735 425 1,2596 423 1.2458 428 1,2387 435 1,2343
435 1,3037 435 1,2916 522 1,3483 529 1,33'22 524 1,3108 539 1,3081 534 1.2913 ,
489 1,3449 492 1,3343 630 1,4309 625 1.3990 625 1,3829 635 1,3685 625 1,3435
537 1,3854 520 1,3590 712 1,4926 738 1.4842 732 1,4503 732 1,4292 729 1,4062
582 1,4250 595 1.4157 737 1,5132 840 1,5616 838 1,5222 838 1,4981 826 1,4641
620 1,4521 633 1,4545 836 1,5933 935 1.6401 924 1.5951 934 1,5667 941 1,5440
688 1,5169 683 1,4920 923 1,6729 1 034 1,7313 1 081 1,7231 1 042 1,6537 1035 1,6154
739 1,5585 737 1,5328 985 1,7350 1137 1,8189 1 144 1.7708 1 116 1,7035 1126 1,6728
789 1,5791 1035 1,7892 1 241 1,9117 1228 1,8422 1 243 1,7989 1 228 1,7433
838 1,6229 1 144 1,8902 1 339 2,0073 1 339 1.9404 1 329 1,8702 1349 1,8373
89! 1,6751 I 197 1,9406 1 430 2,1064 1 430 2,0310 1 440 1,9684 1 438 1,9110
931 1,7127 1 536 2,2113 1 531 2.1139 1 549 2,0569 1 544 1,9868
1 628 2,3149 1 643 2,2224 1637 2,1371 1 637 .2,0643
1 744 2.3257 1 749 2,2366 1741 2,1522
1 852 2,4475 1 880 2,3763 1 845 2,2452
1 941 2,5510 1992 2,48_61 1911 2,3104
2 043 2,6741 2 042 2,4319
T A B E L A X V B
20» 25» 30» 40» 50" 60" 70» 1= 0,673i<10-' FFJ = 0,633X10-* C, = 9,593X10-* CL = 9,513X10-* C, = 9,435X10'* C, = 9,355X10-' C, 0,276X10-*
a 9,9953 (- 1) 9,9934 (- 1) 9,9967 (- 1) 1,0002 ( 0) 1,1523 ( 0) 9,9919 C- 1) 1,0002 C 0)
b 6,2800 (- 4) 6,0988 (- 4) 6,0071 (- 4) 5,6157" C- 4) 5,5909 ( . 4) 5,2735 C- 4) 5,0598 C- 4)
c 1,4153 (- 7) I,3537.(- 7) ' 9,3796 (- 8) ,1,0931 (- 7) — 1,6631 C- 7) 6,9634 C- 8) 6,2287 C- 8)
d 4,7666 (-11) 3.3507 (-11) 5,3225 C - U ) 2,5634 (-11) 1,3009 C-10) 2,0241 C - U ) 1.6191 (-11)
96
PICRATO DE TETRA-n-BUTlLAMÓNIO
TABELA XVIa
30" iO» 50" CO' 70"
C, = 4,5oaxio-*
R, = 4,400X10-' 4,171X10-* C, -
p 4,433X10-* Í , =
4,31)7x10-* C, = 4,360 X10-* C, 4,322 X10-*
p P Kp ¡H, P
C, -
p Rp¡R, P RpjR, P RpjRi P Rp /Ri,
1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000
315 1,2163 321 1,2150 322 1,2081 320 1.1961 326 1,1909 316 1,1776 308 1,1666
413 1,2924 385 1,2568 428 1,2804 420 1,2605 435 1,2573 428 1,2418 423 1,2305
444 1,3135 438 1,2978 533 1,3607 540 1,3441 536 1,3224 514 1,2937 532 1,2950
521 1,3740 469 1,3192 637 1,4438 632 1,4127 643 1,3969 637 1,3749 641 1,3630
555 1,3990 532 1,3733 725 1,5103 739 l,48b2 737 1,4545 731 1,4314 745 1,4217
605 1,4461 590 1,4142 834 1,6030 830 1,5544 838 1,5305 838 1,5017 7 ^ 1,4535
633 1,4634 644 1,4627 934 1,6926 924 1,6344 935 1,6060 931 1,5680 904 1,5236
696 1,5280 686 1,4932 1 030 1,7931 1.035 1,7410 l 032 1,6895 1 032 1,6506 1 023 1,6130
732 1,5590 735 1,5397 1 131 1.8877 1 139 1,8239 1 136 1,7698 1 142 1,7257 1 131 1.6841
782 1,5770 1 192 1,9393 1 213 1,9179 1 236 1.8477 1 223 1,7880 1 210 1,7371
836 1,6251 1 346 2,0181 1 344 1,9457 1 314 1,8606" 1 375 1,8621.
879 1,6674 1 437 2,1181 1 443 2,0438 I 443 1,9765 1 450 1,9279
931 1,7201 l 541 2,2299 1 546 2,1335 * 1 530 2,0444 I 541 1,9920
1 649 2,3435 1 645 2,2315 1 647 2,1472 I 637 2,0711
1 788 2,3872 1 743 2.2348 1 757 2,1707
1 852 2,4567 1 886 2,3853 1 815 2,2252
1 943 2.5622 1 944 2,4458 1 943 2,3464
2 046 2,6801 2 042 2.5452 2 002 2,3955
2 139 2,7923
TABELA XVlb
20° 25" 30" 40" 50" 00" 70"
C, =. 4,503X10-* C, = 4,4á9 X 10-' CL = 4,471X10-* = . 4,433 X.10-' C, 4,397X10-' C, = 4,300X10-' c¡ = 4,322X10-'
(j 9,9917 (- 1)
b 7,0478 C- 4)
a —1,1525 C- 7)
<Í 2,7109 (-10)
9,9933 í- 1)
6,3604 (- 4)
6,8913 (- 8)
8,3057 (-11)
9,9993 (- 1)
5,9042 (- 4)
1,5111 (- 7)
1,5581 (-11)
' 1,0018 ( 0)
5,5074 (- 4)
1,3741 (- 7)
1,3917 (-11)
9,9978 C- 1)
• 5,5329 (- 4)
7,7784 (- 8)
2,5989 (-11)
9,9940'(- 1)
5,3940 (- 4)
5,6526 (- 8)
2,4605 (-Í1)
1,0000 ( 0)
5,1762 C- 4)
5,7601 (- 8)
1,6171 (-11)
97
P I C R A T O D E T E T R A - J I - B U T T L A M Ó N I O
T A B E L A XVUa
- 20" 25° 30° 40° 50» eo" 70"
1,924X10-* c, = 1.91(1x10-* C, = l.ODft X10-' CL = 1.892x10-' C, >= 1,877x10-* i.seiyio-* .= 1,815X10-*
p Rp jR, P - RpIR. P P RpjR, P RpjR, P Rp jR, P RpjR.
1
315
1,0000
1,2173
1
321
1,0000
1,2160
1 322
1,0000
1,2099
I
320
1,0000
1,1963
1
326
1,0000
1,1910
1
316
1,0000
1.1785
1
308
1,0000
1.1691
413 1,2931 385 1,2608 428 1,2831 420 1,2612 435 1,2577 428 1,2429 423 1,2325
444 1,3150 438 ],2992 533* 1.3643 540 1,3448 536 1,3237 514 1,2947 532 1,2972
521 1,3754 469 1.3235 637 1,4482 632 1.4137 643 1,3981 637 1,3761 641 1,3652
555 1,4013 532 1.3753 725 1,5152 739 1.4878 737 .1,4559 731 1,4333 745 1,4240
605 1,4480 590 1,4174 834 1.6085 830 1,5568 838 1,5314 838 1,5039 799 1,4561
633 1,4653 644 1.4653 934 1.6985 924 1.6367 935 1,6074 931 1,5702 904 1,5257
696 1,5307 686 1,4978 1 030 1.8000 1 035 1,7442 1 032 1,6920 1 032 1.6532 1 023 1,6148
732 1,5615 735 1,5425 " 1 131 1.8959 1 139 1,8281 1 136 1.7728 1 142 1,7290 1 131 1,6870
782 1,5786 1 192 1,9479 1 213 1,9229 1236 1.8517 1 223 1.7917 1 210 1,7434
836 1,6381 1 346 2,0241 1 344 1.9509 1 314 1,8648 1 375 1,8657
879 1,6693 1 437 2.1252 1 443 2,0504 1 443 1,9822 1 450 1,9319
931 1,7226 1 541 2,2390 1 546 2,1416 1 530 2,0511 1 541 1,9989
1 649 2,3540 1 645
1788_
1 852
2.2412
2,4017
2,4720
1 647
1 743
1 886
2,1557
2,2448
2,4015
1 637
I 757
1 815
2.0787
2,1796
2,2373
1943 2,5789 1 944 2,4630 1 943 2,3590
2046
2 139
2,6984
2,8120
2 042 2,5647 2 002 2,4084
Tabela X V I I b
20° 25» 30' 40» 50" ISO» 70"
•1,924X10-* C, =• l , O t « X I O - ' FI = 1,908x10-* C, = 1,892 x I O ' * C, = 1,877.x IO' ' = 1,861 x IO"* f, — 1,845 x IFL'*
a 9,9918 (- 1) .9,9924 (- 1) .9,9985 (- 1) 1,0124 (- 1) 1,0002 ( 0) 9,9912 (- I ) 1,0005 ( 0)
b 7,0726 f- 4) 6,4419 (- 4) 5,9778 (- 4) 4,0347 (- 4) 5,5128 (- 4) 5,4545 (- 4) 5,2355 (- 4)
c —1.1570 C- 7) 6.6630 (- 8) 1,4866 {- 7) 4,0677 (- 7) 8,0409 (- 8) 4.6309 (- 8) 5,0240 (- 8)
il 2.7411 C-10) 7.8738 (-11) 1,7572 (-11) —9.3086 (-11) 2,7299 (-11) 3,0302 (-11) 2,0053 (-11)
98
P I C R A T O D E T E T R A - n - B U T I L A M Ó N I O
T A B E L A X V I I I a
20° 25° 30° 40° 50° 60° 70°
0,4050X10-* 0,4032x10-* U,4015xl0-* 0,3982 X 10-* 0,3949 X10-' 0,3910x10-* H = 0,3882x10-'
p Rp /A\ P P P Rp jR, P RpjR, P RpjRx P RpjRx
1 1,0000 1. 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000 1 1,0000
315 1,2189 317 1,2090 314 1,1983 312 1,1896 322 1,1859 307 1,1745 314 1,1755
395 1,2656 388 1,2593 421 1,2717 425 1,2598 423 1,2461 428 1,2470 435 1,2451
435 1,3074 435 1,2929 522 1,3454 , 529 1,3330 524 1,3107 539 1,3152 534 1,3038
489 1,3415 492 1,3363 630 1,4281 625 1,4000 625 1,3823 635 1,3756 625 1,3560
537 1,4887 520 1,3606 712 1,4887 738 1,4850 732 1,4526 732 1,4361 729 1,4186
582 1,4223 595 1,4175 737 1,5099 840 1,5638 838 1,5271 838 1,5047 8f6' 1,4770
620 1,4510 633 1,4575 836 1,5894 935 1,6427 924 1,6023 934 1,5745 941 1,5587
688 1,5137 683 1,4946 923 1,6686 1 034 1,7348 1 081 1,7323 1 042 1,6625 1 035 1,6307
739 1,5563 737 1,5372 985 1,7305 1 137 1,8236 1 144 1,7824 1 U 6 1,7122 1 126 1,6888
789 1,5826 1 035 1,7846 1 241 1,9163 1 228 1,8564 1 243 1,8107 1 228 1,7598
838 1,6283 1 144 1,8853 1 339 2,0125 1 339 1,9628 1 329 1,8848 1 349 1,8537
891 1,6786 1 197 1,9352 1430 2,1136 1 430 2,0542 1 440 1,9820 1.438 1,9288
931 1,7177 1 536 2,2200 1 531 2,1199 1 549 2,0669 1 544 2,0061
1 628 2,3262 1 643 2,2286 1 637 2,1475 l 637 2,0857
1 744 2,3327 i 749 2,2473 1741. 2,1729
1 852 2,4534 1 880 2,3869 1 845 2,2666
1 841 2,5581 1 992 2,5016 1,911 2,3369
2 043 2,6857 2 042 2,4603
T A B E L A X V I l I b
-20° 25° 30° 40» 50° 00° 70°
c, ^ : 0,4050 X10-* = 0,4032 X,10-* c, = 0,4015X,10-* = 0,3982X10-' c, = = 0,3949x10-* CL = •- 0,3916X10-* CL = 0,3882 X10-*
a 9,9957 C- 1) 9,9935 ( - 1) 9,9979 ( - 1) 1,0000 ( 0) 9,9761 ( - 1) 1,0002% 0) 1,0007 ( 0 )
b 6,4954 ( - 4) 6,0961 ( - 4) 5,9757 ( - 4) 5,6310 ( - 4) 5,4194 ( - 4 ) 5,4289 ( - 4 ) 5,3878 ( - 4 )
c, 7,4675 C- 8) 1,4600 ( - 7) i í,9197 ( - 8) 1,0800 ( - 7) 1,0867 ( - 7) 5,9836 ( - 8) 3,5405 ( - 8)
d 9,2252 (-11) 2,8361 (-11) 5,6206 (-11) 2,8370 (-11) 1,3523 (-11) 2,2860 (-11) 2,4779 (-11)
99
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102
índice
Prefácio 5
Glossário dos símbolos mais frequentemente
usados - - 6
Cap. 1 — INTRODUÇAO 7
Cap. 2 — CONDUTIBILIDADE ELECTROLÍTICA 8
2.1—Teoria hidrodinámica da condutibilidade 8
2.2 — Teorías cinéticas da comlulibilidade 13
2.3 — Variação com a concentração 18
2.4 — Variação com a temperatura 23
2.5 — Efeito da pressão 26
2.6 — Energia de activação a pressão o a vo
lume constante 28
Cap. 3 — PARTE EXPERIMENTAL 30
3.1 —Descrição geral do método experimental 30
3.2 — Purificação do nitrobenzeno 32
3.3 — Preparação e purificação dos sais 33
3.4 — Outros reagentes utilizados 34
3.5 — Píeparação das soluções 34
3.6 — Material dc alta pressão 35
3-7 — Células de condutibilidade 36
3.8 — Ponte de resistências 38
3.9—Compressibilidade do solvente e soluções 39
Cap, 4 — RESULTADOS 39'
4.1—Condutibilidades equivalentes à pressão
dc 1 atm 39
4.2 — Variação da condutibilidade equivalente
em função da pressão a temperatura
constante 4 2
Cap. 5 — A N A L I S E NUMÉRICA DOS RESULTADOS 52
5.1 — Energia de activação a pressão constante 52
5 . 2 - - Energia de activação a volume constante D7
5.3 —• Linearidade das isóbaras e isócoras 61
5.4 — Volume de activação 62
5.5 — Entropia dc activação relativa 66
Cap. 6 — DISCUSSÃO E CONCLUSÕES 68
Sumário 77
Abstract 79
Apêndice 81
Bibliografia' 101
103