cinemática
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Relatório de experimento sobre cinemática.TRANSCRIPT
EDSON OLIVEIRA DA SILVA
MARIANA MORENA RAMOS
MAYSA SAYURI KAWAMOTO
WEMERSON RODRIGUES CAIXÊTA
FÍSICA EXPERIMENTAL I
- CINEMÁTICA -
Orientador: Prof. Rodolpho Carvalho Leite
Formosa, 11 de Outubro de 2013.
1. Resumo
Muitos estudantes pensam que a aceleração de um corpo qualquer é
apenas o resultado de uma operação aritmética de divisão entre a variação
da velocidade observada e a variação do tempo que o objeto observado gasta
para percorrer determinado percurso, mas esse conceito é muito mais amplo
e está relacionado a outros, como interpretação de equações e de gráficos do
mais variados modelos. Por exemplo, será que o corpo observado está a uma
aceleração constante em todo o período? Caso não, qual seria a variação da
aceleração em cada um dos instantes observados?
Nesse trabalho serão abordados apenas os aspectos mais diretos e as
técnicas de laboratório mais comuns envolvidas na determinação da
aceleração de um corpo. Em três diferentes observações, foram colhidos
valores como os de velocidade e de tempo de um objeto ao passar por cada
um dos sensores que compõem o aparelho utilizado, mas vale a pena buscar
um detalhamento mais profundo sobre o conceito de aceleração.
Os experimentos propostos apresentam baixo risco e consistem na
determinação da aceleração a partir de dados colhidos ao se observar um
equipamento composto por rodas, roldanas e sensores. O mesmo
experimento trabalha a capacidade do aluno em analisar determinados dados
para que, por eles, cheguem a outros até então desconhecidos.
Para execução do experimento, foram desprezados a massa e o atrito
do objeto observado.
Obteve-se, através do método gráfico, o valor de aproximadamente
1,25m/s² para a aceleração utilizando-se da tangente do gráfico dos valores
da velocidade (m/s) e do tempo (s). Em outro gráfico, utilizando-se dos
valores da posição e do tempo, obteve-se 1,73 m/s² como valor aproximado
para a aceleração do corpo.
2. Objetivo
Identificar, através da observação do movimento de um corpo, os valores de
velocidade e de tempo de percurso para o cálculo da aceleração do mesmo corpo e
de sua posição em cada momento observado, expressando de forma adequada os
resultados obtidos, incluindo os desvios das medidas e os erros propagados. Para
cumprir com o objetivo, a massa e o atrito do objeto observado, foram desprezados.
3. Introdução
Na Física, a medida de qualquer grandeza sempre é realizada no âmbito das
limitações do próprio processo de medida e também dos instrumentos empregados.
A aceleração é a taxa de variação da velocidade em relação a um determinado
tempo, ou seja, é a rapidez com que a velocidade de um corpo varia e pode ser
calculada como sendo (a= ΔV/ Δt) (1). Portanto, para medir a aceleração de um
corpo qualquer, é preciso conhecer a sua velocidade e o tempo do percurso.
A Aceleração é uma grandeza vetorial que como tal possui módulo, direção e
sentido. No Sistema Internacional de Unidades (SI) a unidade de aceleração é o
metro por segundo ao quadrado (m/s2).
A aceleração de um corpo é uma característica importante a ser observada ao
se analisar determinado tipo de movimento, visto que no movimento conhecido
como retilíneo uniforme (MRU) a velocidade é sempre constante, sendo assim, esse
tipo de movimento não possui aceleração, ou melhor, sua aceleração é nula (a =
0m/s²). Porém, no movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV), como o
próprio nome diz, a velocidade varia de forma uniforme em todos os instantes do
movimento.
Um outro método para se calcular a aceleração de um corpo, é o método
gráfico, Nele, obtém-se o valor da aceleração a partir da determinação da tangente
da reta formada a partir dos valores da velocidade e do tempo, conforme figura 1, ou
ainda pela tangente do gráfico construído a partir dos valores obtidos da posição em
função do tempo observado ao quadrado (2xS/t²) (2).
Figura 1: Aceleração como tangente do gráfico Velocidade X Tempo.
O gráfico representa uma função polinomial do primeiro grau, do tipo y=ax+b
(3), onde y corresponde à velocidade e x ao tempo.O coeficiente angular, termo a da
equação 3, é a tangente do ângulo de inclinação da reta e representa a aceleração.
4. Procedimento Experimental
4.1. Materiais
Cronômetro de rolagem;
Objeto móvel para observação;
4.2. Métodos
Primeiramente, os sensores foram igualmente distanciados (10cm) e, em
seguida, um objeto ligado a um bloco foi movido através do percurso de marcação
do cronômetro utilizado.
Para que a aceleração fosse calculada, colheram-se informações de
velocidade e de tempo, medidas por um cronômetro e que a partir das quais se
calculou variação de posição e aceleração do objeto observado. O processo foi
repetido três vezes, para que o erro de marcação fosse o menor possível.
5. Resultados e Discussões
5.1. Valores Observados
As tabelas 1,2 e 3 apresentadas a seguir mostram a velocidade e o tempo,
assim como a média dos valores, o desvio padrão e a variância dos mesmos
colhidas conforme procedimento apresentado no item 4.2.
Tabela 1: Valores Obtidos na Primeira Observação
Sensor Tempo (s) Velocidade (m/s) Deslocamento (cm) Posição (cm)
1 0,215 0,4651 9,99965 9,99965
2 0,144 0,6944 9,99936 19,99901
3 0,111 0,9009 9,99999 29,99900
4 0,103 0,9708 9,99924 39,99824
5 0,108 0,9259 9,99972 49,99796
6 0,095 1,0526 9,9997 59,99766
Média 0,1293333 0,83495 9,99961 34,99858667
Desvio Padrão 0,0452047 0,216790855 0,000270407 18,70754609
Variância 0,0020435 0,046998275 0,000000073 349,9722806
Tabela 2: Valores Obtidos na Segunda Medição
Sensor Tempo (s) Velocidade (m/s) Deslocamento (cm) Posição (cm)
1 0,3200 0,312500000 10,00000000 10,00000
2 0,1670 0,598800000 9,999960000 19,99996
3 0,1300 0,769200000 9,999600000 29,99956
4 0,1160 0,862000000 9,999200000 39,99876
5 0,1110 0,900900000 9,999990000 49,99875
6 0,1020 0,980300000 9,999060000 59,99781
Média 0,158 0,737283333 9,999635000 34,99914
Desvio Padrão 0,0827252 0,245771824 0,000420939 18,70746484
Variância 0,0068435 0,06040379 0,000000177 349,9692407
Tabela 3: Valores Obtidos na Terceira Observação
Sensor Tempo (s) Velocidade (m/s) Deslocamento (cm) Posição (cm)
1 0,204 0,4901 9,99804 9,99804
2 0,141 0,7092 9,99972 19,99776
3 0,105 0,9523 9,99915 29,99691
4 0,096 1,0416 9,99936 39,99627
5 0,103 0,9708 9,99924 49,99551
6 0,095 1,0526 9,99970 59,99521
Média 0,124 0,869433333 9,999201667 34,99661667
Desvio Padrão 0,0426989 0,223562955 0,000615741 18,70713557
Variância 0,0018232 0,049980395 0,000000379 349,9569213
Tomando como base os valores de velocidade e de tempo das tabelas 1, 2 e 3
acima, obtiveram-se os seguintes valores médios, expressos nas tabelas 4, 5 e 6.
Tabela 4: Valores Médios para o tempo (s)
MÉDIA DO TEMPO EM CADA SENSOR (s)
T0 0,00000000
T1 0,24633333
T2 0,150666667
T3 0,115333333
T4 0,105000000
T5 0,107333333
T6 0,097333333
Tabela 5: Valores médios para a Velocidade (m/s)
MÉDIA DA VELOCIDADE EM CADA SENSOR (m/s)
V0 0,000000000
V1 0,422566667
V2 0,667466667
V3 0,874133333
V4 0,958133333
V5 0,932533333
V6 1,028500000
Tabela 6: Valores Médios para a Posição (m)
MEDIA DA POSIÇÃO EM CADA SENSOR (m)
P1 0,099992300
P2 0,199989100
P3 0,299984900
P4 0,399977567
P5 0,499974067
P6 0,599968933
Através dos valores médios da velocidade e do tempo, obtidos pela observação
do objeto e apresentados anteriormente, construiu-se o gráfico abaixo, em que a
tangente (slope) é o valor da aceleração do mesmo objeto.
Além do gráfico acima, construiu-se um outro gráfico utilizando-se dos valores
da posição em função do tempo ao quadrado (Gráfico 2: Posição X (Tempo)²) em
que a aceleração também foi calculada a partir da tangente (Slope) do gráfico.
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
Ve
locid
ad
e (
m/s
)
Tempo (s)
Velocidade
Linear Fit of Sheet1 Velocidade
Equation y = a + b*x
Weight No Weighting
Residual Sum of Squares
0,05563
Pearson's r 0,96578
Adj. R-Square 0,91927
Value Standard Error
Velocidade Intercept 0,10165 0,08193
Velocidade Slope 1,25669 0,15094
Gráfico 1: Aceleração (Velocidade X Tempo)
-0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
Esp
aço
(m
)
Tempo (s²)
Espaço
Linear Fit of Sheet1 Espaço
Equation y = a + b*x
Weight No Weighting
Residual Sum of Squares
0,01869
Pearson's r 0,99162
Adj. R-Square 0,97998
Value Standard Error
Espaço Intercept 0,08965 0,03765
Espaço Slope 1,73183 0,10089
Gráfico 2: Aceleração (Espaço X Tempo²)
6. Conclusão
Apesar de os valores obtidos apresentarem pequenas variações entre si,
conseguiu-se atingir o objetivo proposto: cálculo da aceleração a partir da
observação dos valores de velocidade e de tempo do objeto.
Nas três medições, conforme tabelas 1, 2 e 3; obteve-se um desvio padrão e
uma variância relativamente pequenos, o que indica uma considerável precisão dos
dados colhidos.
Para melhores resultados, aconselha-se o uso de instrumentos mais precisos,
além da consideração do atrito e da massa do objeto observado.
7. Bibliografia
NICOLAU; TOLEDO; RONALDO. Física Básica. São Paulo: Atual, 2009, 3ª Ed.
SAMPAIO, J. L.; CALÇADA, C.S.; Universo da Física I – Mecânica. São Paulo:
Atual, 2001.