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CINEMA DE PORTUGAL

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CINEMA DE PORTUGAL

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INTRODUÇÃO

Cinema de Portugal, ou cinema português, refere-se essencialmente a filmes realizados por autores portugueses. São em princípio considerados também portugueses alguns filmes de autores estrangeiros com participação financeira nacional.

 O início do cinema português tem lugar com a exibição das primeiras curtas-metragens amadoras de um empresário da cidade do Porto, Aurélio Paz dos Reis

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A ficção cinematográfica portuguesa nasce em 1907, uns bons onze anos depois das primeiras obras do género terem sido criadas por Georges Méliès, em França. É uma curta-metragem filmada pelo fotógrafo lisboeta João Freire Correia e realizada por Lino Ferreira, O Rapto de uma Actriz. Com este filme, tem início o primeiro Ciclo de Lisboa.

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OS ANOS ‘70

Diretores começou a fazer filmes no estilo do cinema direto e aborda questões que não puderam ser rastreados, até então, a câmera.

Manoel de Oliveira torna-se famoso com filmes de pura ficção, por exemplo, O Passado e O Presente, em 1971, o primeiro filme com o Centro Português de Cinema. Antonio de Macedo é o seguiente cineasta que traz renome internacional com seu filme A Promessa, 1972, sendo o terceiro filme português na competição seleccionada no Festival de Cannes.

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Manoel de Oliveira de nome completo Manoel Cândido Pinto de Oliveira é um cineasta português e, actualmente, o mais velho do mundo em actividade.

Em 1963, O Acto da Primavera (segunda docuficção portuguesa) marcou uma nova fase do seu percurso. Com este filme, praticamente ao mesmo tempo que António Campos, iniciou Oliveira em Portugal a prática da antropologia visual no cinema.

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Manoel de Oliveira insiste em dizer que só cria filmes pelo gozo de os fazer, independente da reacção dos críticos. Apesar dos múltiplos condecorações em alguns dos festivais mais prestigiados do mundo, tais como o Festival de Cannes, Festival de Veneza ou o Festival de Montreal, leva uma vida retirada e longe das luzes da ribalta.

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JOÃO CÉSAR MONTEIRO

João César Monteiro Santos (Figueira da Foz, 2 de Fevereiro de 1939 — Lisboa, 3 de Fevereiro de 2003) foi um cineasta português. Integrou o grupo de jovens realizadores que se lançaram no movimento do Novo Cinema.

É dos poucos cineastas associados ao movimento do novo cinema que não prossegue estudos universitários. A propósito, o seu alter-ego, no filme Fragmentos de um Filme Esmola (1973), explica-se assim: «A escola é a retrete cultural do opressor».

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Século XXI

Anos 2000/10Traços gerais A primeira década do século é caracterizada por uma

primeira fase (2000 a 2005) em que predominam filmes de autor, se acentuam tendências experimentais, se aposta em motivos ousados, em que se desvela injustiças sociais, filmes que revelam alguma inquietação pelo evoluir da situação que afecta o país e as mentalidades.

A situação altera-se radicalmente com o aparecimento, a partir de 2005, de filmes comerciais cujo público-alvo são as audiências habituais das telenovelas, quem se habituou a gostar de histórias cor-de-rosa, a seguir intrigas escabrosas ou fait divers mediáticos, a assistir ao folhetim diário da vida de figuras públicas que os jornais ou televisões. Em suma: a televisão invade o cinema.

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Prevalência dos autores: 2000 a 2005a entrada no século

O século tem entrada animada. O início é marcado por uma derradeira irreverência do João César Monteiro, mal parado nos seus devaneios autobiográficos, e pouco tempo depois pelo seu desaparecimento (Fevereiro de 2003). A Branca de Neve, que ele deixou sem imagem, ficaria a negro. Pelos caminhos de um negro imaginário, mas com imagem bem ao vivo, prosseguirá o cinema português – sempre muito fechado em casa, agora um bocadinho mais visto por fora – na tradição realista e no retrato social. Retrato, no caso de José Álvaro Morais, de um país «que agarra as pessoas com tanta força ao mesmo tempo que lhes dá vontade de fugir» (Quaresma (filme) - Festival de Cannes, Quinzena dos Realizadores, 2003).

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JOÃO CÉSAR MONTEIRO

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João Pedro Rodrigues, cineasta radical, cruel no que exibe (O Fantasma - 2000), provoca à sua maneira ao abordar a obsessão e o fetiche na homossexualidade masculina e o seu filme, em certos dos nossos meios e nalgumas salas lá de fora, torna-se objecto de culto. Influenciada por Pedro Costa, a jovem Cláudia Tomaz, explorando também o tema da marginalidade e da toxicodependência, obtém com a sua primeira longa-metragem Noites (2000), «um filme só pele e osso», o Prémio Melhor Filme da Semana da Crítica no Festival de Veneza. O começo do século é visto em film noir.

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Na passagem de 2001 para 2002, a obra de Manoel de Oliveira é tema para uma retrospectiva no Centro Georges Pompidou, em Paris, com a presença do realizador, de ilustres personalidades portuguesas, com particular pompa e circunstância, só quebradas pelo sempre juvenil atrevimento do velho Jean Rouch, cujos amores errantes lhe deixaram na alma imagens fortes de Portugal. Nessa errância, por amor também, dois anos volvidos, soltará ele de vez a sua alma em África, terra de cinema, que O Gotejar da Luz (Fernando Vendrell - 2001) levaria ao Festival de Berlim (2002). No mesmo festival mas ano seguinte, também Joaquim Sapinho marcaria a sua presença com a sua aguardada segunda longa-metragem Mulher Polícia (2003). Em 2003, Ricardo Costa, arriscando por paragens menos urbanas, marca presença com uma docuficção nos Novos Territórios do Festival de Veneza (Brumas - 2003).

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O grande público é agora mais escasso para o cinema português, não é o mesmo de há vinte anos. O sonho de distribuir filmes no Brasil esvai-se mal se percebe que por lá não seriam melhor as coisas. A Selva (2002) de Leonel Vieira não responde às expectativas. O Delfim de Fernando Lopes fica abaixo do esperado. Afoita-se outra vez Leonel Vieira e dá Um Tiro no Escuro (2005). O Fascínio (2003) de José Fonseca e Costa fica aquém do previsto. O mesmo sucederá em idênticas tentativas. Tipificando pelo lado do teatro como faz Oliveira, João Botelho tenta a comédia em estilo de revista. Rodeada de personagens típicas da nação, A Mulher que Acreditava ser Presidente dos Estados Unidos – 2003) também lá não chega.

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a encruzilhada

Misturam-se géneros e linguagens, o vídeo e a televisão entram em força no reino do cinema. A meio de uma década com o país em crise vê-se o cinema português numa encruzilhada. Cria-se novos modelos de financiamento para o salvar, a par dos que são atribuídos pelo Ministério da Cultura a fundo perdido e surge o controverso FICA (Fundo de Investimento para o Cinema e Audiovisual), em que são aplicados capitais geridos por uma entidade bancária, com retorno em prazo alargado.

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Prevalência do comércio: 2005 a 2010sinais de mudança

Na segunda fase da década, – no mesmo ano em que, com Stanley Donen, Manoel de Oliveira, em consagração coincidente com a proximidade do seu centenário (2008), é homenageado com um "Leão de Ouro" (o segundo) pela sua carreira, também no Festival de Veneza (2004), onde no ano anterior fora exibido Um Filme Falado – por cá, mas noutro registo, dá que falar O Crime do Padre Amaro, de Carlos Coelho da Silva, que se apresenta em estilo de telenovela bem temperada, versão cinematográfica de uma série da SIC.

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Sucede algo de parecido com o Filme da Treta (2006), de José Sacramento, no humor rasteiro de Luís de Carvalho e Castro, montagem de sketches de uma série de televisão adaptada a cinema. Ambos os filmes atingem recordes de bilheteira, o primeiro quase alcança os quatrocentos mil espectadores e o segundo fica perto dos trezentos mil. Estamos perante os primeiros sinais de séria mudança. Esta transbordante maré acabará por submergir vários dos filmes de autor (e não só) que então se estreiam. Certos escapam, graças aos temas que abordam : uma filha perdida na cidade de Lisboa, (Alice - 2005), de Marco Martins, primeira obra levada ao Festival de Cannes, a morte dramática na mesma conturbada cidade de um jovem de sexualidade ambígua e a falsa gravidez de uma namorada traída (Odete, novo filme de João Pedro Rodrigues, também com presença em Cannes).

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Dez anos depois de ter sido filmado, estreia o documentário Diários da Bósnia de Joaquim Sapinho, filme que ilustra um grave conflito internacional da época. Propenso ao folhetim e sempre teatral na paródia, ilustrando bem a seu modo a força do destino, João Botelho volta às luzes da ribalta no Festival de Veneza: O Fatalista.

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Filmes de 2012

TABU

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“Tabu”, a terceira e premiada longa-metragem do realizador Miguel Gomes, é uma co-produção entre Portugal, França, Alemanha e Brasil, uma saga a preto e branco, sobre um amor passado em África, e conta no elenco com Ana Moreira, Laura Soveral, Teresa Madruga e Carlotto Cota, entre outros.

O filme foi distinguido em fevreiro, no festival de cinema de Berlim, com o prémio Alfred Bauer para a Inovação e com o prémio especial da crítica. Em março, conquistou o prémio Lady Harimaguada de Prata no Festival de Las Palmas, em Espanha.

Em «Tabu», Miguel Gomes trabalhou a ideia da memória, «a memória de coisas extintas, a memória de alguém que morre e de uma sociedade que também já se extinguiu», (contou Miguel Gomes à Agência Lusa)

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O filme conta a história de Aurora, em duas partes marcadas por fortes contrastes (velhice/juventude, monotonia/aventura, cidade/selva).A primeira parte do filme, intitulada «Paraíso Perdido», é passada em Lisboa, relata uma vida banal de três personagens - a idosa Aurora (Laura Soveral), a sua empregada africana, Santa (Isabel Cardoso), e Pilar (Teresa Madruga), uma vizinha empenhada em causas sociais -, e termina com a morte de Aurora.

Na segunda parte, que dá pelo nome de «Paraíso», vemos então a jovem Aurora (Ana Moreira), filha de um colono português em África, dona de uma fazenda, mulher casada que trai o marido com o baterista de uma banda, cometer um assassínio, no auge da tragédia amorosa.

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DURANTE ESTA SEGUNDA PARTE, OS ATORES NÃO FALAM, OUVINDO-SE APENAS O NARRADOR E A BANDA SONORA, EM JEITO DE HOMENAGEM DE MIGUEL GOMES AO CINEMA MUDO, PRINCIPALMENTE A UM DOS SEUS GRANDES MESTRES, O ALEMÃO FRIEDRICH WILHELM MURNAU.

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RAFA

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A curta-metragem “Rafa”, de João Salaviza venceu o Urso de Ouro, no festival de Berlim. O realizador português também já conquistou a Palma de Ouro, no festival de Cannes, com a curta-metragem “Arena“.

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A nova curta-metragem do jovem realizador português, de 27 anos, conta a história de um adolescente que se aventura do interior da sua casa do subúrbio para visitar a mãe numa prisão de Lisboa.

João Salaviza considera Rafa como o terceiro capítulo de uma espécie de trilogia iniciada com “Arena”, em 2009, e continuada com “Cerro Negro”, no ano passado.

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O ator John Malkovich interpreta em Portugal, o último filme de cineasta Raul Ruiz

O que têm em comum os realizadores Raul Ruiz e Manoel de Oliveira? O sentido de humor, uma visão singular do mundo como John Malkovich, que esteve hoje em Lisboa para falar do trabalho com os dois cineastas.

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O actor John Malkovich e o produtor Paulo Branco ontem, na Fnac do Chiado, em Lisboa

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Raul Ruiz

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Após o desaparecimento de franco- chileno diretor no verão passado em Paris, Português produtor de filme Paulo Branco anunciou planos para realizar este filme sobre a invasão napoleônica a Portugal. O projeto foi retomado no ano passado, a viúva do cineasta, Valeria Sarmiento.

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"É difícil, mas deve fazer o filme para ele", disse Valeria Sarmiento.

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O ator não gosta de comparar a técnica de Ruiz com a de Valeria Sarmiento, que assumiu a realização de "As Linhas de Torres Vedras", mas encontrou em ambos a mesma "tranqulidade e sentido de humor".

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"Eu era capaz de trabalhar com ele [Raul Ruiz] vezes e vezes sem conta. Os atores adoravam-no porque ela gostava de atores. Porque há realizadores que não gostam de atores. Ele tinha muito bom gosto na representação", disse John Malkovich, que recordou ter conhecido Raul Ruiz em Paris, através de Paulo Branco.

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Para Malkovich, Raul Ruiz foi "o pensador mais independente" que conheceu no cinema e partilhava com Manoel de Oliveira uma "visão única e singular" sobre o mundo.

Também com o produtor Paulo Branco, John Malkovich rodou alguns filmes com Manoel de Oliveira, nomeadamente "O Convento" (1995) e "Um Filme Falado" (2003).

"Se eu vivesse até aos 104 anos não ficaria surpreendido que ele estivesse a filmar, porque há qualquer coisa de estranho", brincou Malkovich, a propósito da boa forma física e longevidade de Manoel de Oliveira, recordando alguns episódios de rodagens.

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O ator disse que o cinema ainda faz sentido: "Realizadores como Oliveira e Ruiz ajudam-nos a fingir que a vida é bela"

John Malkovich

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