ciênc. vet. tróp., recife-pe, v.18 n 3 - setembro/dezembro 2015 1rcvt.org.br/volume18_3/rcv_tart...

6
1 Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro 2015

Upload: others

Post on 19-Nov-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro 2015 1rcvt.org.br/volume18_3/RCV_Tart 5.pdf · 2016. 9. 14. · Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro

1Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro 2015

Page 2: Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro 2015 1rcvt.org.br/volume18_3/RCV_Tart 5.pdf · 2016. 9. 14. · Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro

38 Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro 2015

Edivaldo Rosas dos SANTOS JUNIOR 1, *, Paula Barbosa TORRES 2, OSÓRIO Leite de Souza de Bezerra NUNES 2, Edilma Ramos COELHO 2, Gustavo Ferraz Nogueira Pinheiro de BARROS 2

COMPARAÇÃO ENTRE O USO DO EFEITO MACHO ASSOCIADO OU NÃO AO USO DE PROGESTÁGENO NO DESEMPENHO RE-PRODUTIVO DE OVELHAS DESLANADAS CRIADAS NO MUNICIPIO DE SERRA TA-LHADA – PEComparisonBetween theuseofMaleEffectAssociatedornot With Progesterone on Reproductive Performance of Ewes Created in Serra Talhada - PE

RESUMO Este trabalho teve como objetivo comparar o uso do efeito macho as-sociado ou não ao uso de progestágeno sobre o desempenho reprodutivo de ovelhas deslanadas cíclicas sem cria ao pé criadas em regime semi-intensivo no Município de Serra Talhada em Pernambuco. Foram utilizadas fêmeas plurípa-ras SRD (n=20) com idade entre 24 a 72 meses e um reprodutor da raça Santa Inês com idade de 18 meses. As fêmeas foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos. No Grupo I (n=10), colocadas junto ao reprodutor, para terem seu estro sincronizado somente pelo efeito macho. No Grupo II (n=10), as fêmeas foram previamente submetidas ao uso de 0,33g de progesterona carreados por um dispositivo vaginal durante 11 dias e depois expostas ao efeito macho pelo reprodutor no mesmo piquete e ao mesmo tempo que o GI. Os dados de estro e prenhez foram avaliados pelo teste do Qui-quadrado ao nível de significância de 5%. Após uma estação de monta de 45 dias, a taxa de estro no GI foi de 70%, com 30% das fêmeas apresentando um segundo e terceiro estro. No GII, a taxa de estro foi de 50% com apenas 10% apresentando um segundo estro. A taxa de prenhez no GI foi de 90% e no GII foi de 100%, não havendo diferença sig-nificativa nas taxas de estro e prenhez entre os grupos testados (P>0,05). Esses dados permitem concluir que o efeito macho como mecanismo sincronizador de estro pode ser utilizado sem a necessidade de progestágenos.

1Médico Veterinário – Doutor pela UFRPE, Professor Adjun-to da UFS/Campus do Sertão; 2Discente de graduação- UFR-PE/UAST; *[email protected]

PA L AV R A S - C H AV E Acupuntura, canina, discopatia, reabilitação.

ABSTRACT

This study aimed to compare the use of the male effect associated or not with progesterone on the reproductive performance of cyclical ewes. A total of 20 pluriparous females aged between 24 and 72 months and one breeder aged 18 months were used. The females were randomized into two groups. In Group I (n = 10), placed next to the male to have their estrus synchronized only by the male effect. Group II (n = 10), the females were previously submitted to the use of progesterone 0.33g adduced by a vaginal device for 11 days and then exposed to the male in the same area at the same time as the GI. Data were analyzed by

Edivaldo Rosas dos SANTOS JUNIOR 1, *, Paula Barbosa TORRES 2, OSÓRIO Leite de Souza de Bezerra NUNES 2, Edilma Ramos COELHO 2, Gustavo Ferraz Nogueira Pinheiro de BARROS 2

Page 3: Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro 2015 1rcvt.org.br/volume18_3/RCV_Tart 5.pdf · 2016. 9. 14. · Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro

39Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro 2015

Edivaldo Rosas dos SANTOS JUNIOR 1, *, Paula Barbosa TORRES 2, OSÓRIO Leite de Souza de Bezerra NUNES 2, Edilma Ramos COELHO 2, Gustavo Ferraz Nogueira Pinheiro de BARROS 2

chi-square test at a significance level of 5%. After 45 days of mating season, the estrus rate in GI was 70%, with 30% of females showing a second and third es-trus. In GII, the estrus rate was 50% with only 10% having a second estrus. The pregnancy rate in GI was 90% and was 100% in GII , with no significant diffe-rence between estrus and pregnancy rates in both groups (P> 0.05). These data support the conclusion that the male effect as an estrus synchronizer mechanism may be used without need for progesterone.

K E Y W O R D S Biotech, estrus, small ruminants, pregnancy, reproduction

INTRODUÇÃO

A exploração comercial de pequenos rumi-nantes domésticos pode contribuir para o desen-volvimento socioeconômico do país, desde que realizada de forma racional. A ovinocultura é uma das mais importantes atividades econômicas do Semiárido nordestino (SILVA et al., 2010), apre-sentando cerca de 57,22% do rebanho nacional, com Pernambuco sendo o terceiro maior produtor da região Nordeste, com um total de 1.830.640 ca-beças (IBGE, 2013). Apesar do grande rebanho, os índices de produtividade e rentabilidade mostram que o Semiárido brasileiro tem muito a avançar nesse segmento, sendo necessárias práticas de ma-nejo que favoreçam o melhor desempenho destes animais (VOLTOLINI et al., 2009). Nesta região a maioria dos rebanhos é explorada basicamente em sistemas extensivos com pouco ou nenhum acom-panhamento técnico, que atrelado ao baixo nível de tecnologia empregado resulta em baixos índices reprodutivos e elevada mortalidade em todas as fa-ses da criação, prejudicando de forma significativa a produtividade do setor (FREITAS et al., 2005). Uma alternativa de manejo reprodutivo é a bioestimulação sexual nos pequenos ruminantes, que pode ser ativada pelo efeito macho, consistin-do na reação fisiológica da manifestação do estro, em resposta à presença de um macho mediada por feromônios que promovem reações específicas e alterações endócrinas e comportamentais nas fê-meas (THIMONIER et al., 2000; REKWOT et al., 2001). A utilização dessa estratégia de manejo re-produtivo deve permitir que o produtor estabeleça metas que orientem a comercialização pela padro-nização e regularidade da produção (SIMPLÍCIO et al., 2001). A associação do efeito macho, com o

tratamento prévio das fêmeas com progesterona ou progestágeno, reduz a incidência de ciclos curtos e aumenta a porcentagem de fêmeas em estro e a fer-tilidade ao primeiro estro, comparado com o efeito macho isolado (CHEMINEAU, 1985). Segundo Umberger et al. (1994), a associa-ção do efeito macho a tratamentos progestagênicos de sincronização em ovelhas anovulatórias, foi tão eficaz na indução das ovulações como os tratamen-tos associando gonadotrofinas. Sendo assim, este trabalho objetivou comparar o uso do efeito macho associado ou não ao método de sincronização de estro a base de progesterona sobre o desempenho reprodutivo de ovelhas cíclicas sem cria ao pé no Semiárido pernambucano.

Material e Métodos

A pesquisa foi realizada no Município de Serra Talhada-PE, localizado no Sertão do Pajeú, com altitude de 444 m, clima Semiárido, vegeta-ção predominante de Caatinga, temperatura média anual de 25,20 ºC e precipitação pluviométrica mé-dia de 642,10 mm. O sistema de criação da propriedade é o se-mi-intensivo, com os animais soltos pela manhã, retornando ao aprisco no final da tarde. O mane-jo sanitário consistiu em limpeza das instalações semanalmente, vacinação contra clostridiose e vermifugação seguindo os critérios do método Fa-macha. A base alimentar dos animais consistiu em vegetação de Caatinga, ocorrendo predominância de algumas espécies forrageiras, como o moleque duro (Cordia leucocephala, Moric.), malva bran-ca (Sida carpinifolia, L.f.), marmeleiro (Cynodia vulgaris, L.), jurema preta (Mimosa nigra, Hub.), faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus, M. Arg.), vagem de Algaroba (Prosopis juliflora, S.w.), além

Page 4: Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro 2015 1rcvt.org.br/volume18_3/RCV_Tart 5.pdf · 2016. 9. 14. · Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro

40 Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro 2015

Edivaldo Rosas dos SANTOS JUNIOR 1, *, Paula Barbosa TORRES 2, OSÓRIO Leite de Souza de Bezerra NUNES 2, Edilma Ramos COELHO 2, Gustavo Ferraz Nogueira Pinheiro de BARROS 2

de sal mineral e água ad libitum. Foram utilizadas fêmeas deslanadas plurí-paras SRD sem cria ao pé com idade entre 24 a 72 meses, submetidas a exame ginecológico com auxílio de aparelho ultrassom e transdutor linear endoretal eletrônico 75L50EAV para avaliar as condições fisiológicas e determinar as matrizes va-zias a serem utilizadas na pesquisa, identificadas por meio de colar com numeração. Antes de iniciar a estação de monta, o reprodutor da raça Santa Inês com idade de 18 meses foi submetido a exame an-drológico e mantido fora do contato visual, olfati-vo e auditivo das fêmeas por 15 dias para estimular o efeito macho, permanecendo em piquetes de Ca-atinga. As fêmeas foram distribuídas aleatoria-mente em dois grupos. No Grupo I (n=10), colo-cadas junto ao reprodutor, para terem seu estro sin-cronizado somente pelo efeito macho. No Grupo II (n=10), as fêmeas foram previamente submetidas ao uso de 0,33g de progesterona carreados por um dispositivo vaginal durante 11 dias e depois expos-tas ao efeito macho pelo reprodutor no mesmo pi-quete e ao mesmo tempo que o GI. O reprodutor foi marcado com mistura de tinta xadrez e graxa 4:2 todos os dias na região do esterno, para identificação das fêmeas cobertas, sendo a cor da tinta modificada após 20 dias do início da estação de monta de 45 dias, para iden-

tificar aquelas que repetiram estro. Os lotes foram observados às 6:00 e às 16:00 horas todos os dias durante a estação de monta. As fêmeas encontradas marcadas pela tinta do reprodutor tinham seu nú-mero anotado, permanecendo no lote sob o mesmo manejo. Após 45 dias da data da última cobertura foi realizado um novo exame com o aparelho de ultrassom para diagnóstico de prenhez. Os resulta-dos de estro e prenhez foram avaliados através do teste de Qui- quadrado para a comparação entre as proporções com nível de significância de 5%. Este experimento faz parte do projeto aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA), sob a licença 030/2014 emitida no dia 17/02/2014 no processo número 23082.002064/2014.

Resultados

Nas fêmeas do GI a taxa de manifestação de estro foi de 70% (7/10), com 30% das fêmeas apresentando um segundo e terceiro estro. No GII, a taxa de estro foi de 50% (5/10) com apenas 10% apresentando um segundo estro (Figura 01). Não houve diferença significativa entre os grupos testa-dos (P>0,05). As manifestações de estro em ambos os grupos apresentaram pico do 6º ao 10º dia após a exposição ao macho, com repetições ocorrendo em intervalos de 15 a 20 dias.

Figura 01. Manifestação e repetição de estro utilizando efeito macho em comparação ao uso de progsterona.

Page 5: Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro 2015 1rcvt.org.br/volume18_3/RCV_Tart 5.pdf · 2016. 9. 14. · Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro

41Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro 2015

Edivaldo Rosas dos SANTOS JUNIOR 1, *, Paula Barbosa TORRES 2, OSÓRIO Leite de Souza de Bezerra NUNES 2, Edilma Ramos COELHO 2, Gustavo Ferraz Nogueira Pinheiro de BARROS 2

Discussão

A concentração de estro foi nos primeiros dias após a introdução do reprodutor, pois o con-tato direto com o macho induz em poucos minutos um aumento na frequência de pulsos do hormônio luteinizante (LH) resultando em pico pré-ovulató-rio e ovulação nos próximos dias (ALVAREZ et al., 2007) principalmente em fêmeas pluríparas, já que um dos fatores que influenciam na resposta ao efeito macho é a experiência sexual adquirida (GE-LEZ & FABRE-NYS, 2004). Os índices de estro encontrados nesse es-tudo demonstram assim que mesmo em condições inadequadas os ovinos conseguem manter bons índices reprodutivos, e podem ser submetidos à estação de monta. A ocorrência de repetição do es-tro pode ser justificada pela formação de um corpo lúteo de má qualidade, produzindo uma quantidade insuficiente de progesterona, sendo incapaz de im-pedir a síntese de prostaglandina pelo endométrio provocando a luteólise e assim a ocorrência de um novo estro (CHEMINEAU et al., 2006). A diferença entre a taxa de estro e a de pre-nhez pode ser justificada pelo fato do reprodutor ser

A taxa de prenhez no GI foi de 90% (9/10)e de 100% no GII (10/10), não existindo diferença significativa entre os grupos testados (P>0,05) (Figura 02).

Figura 02. Taxa de estro e prenhez em ovelhas (N=20) com estação de monta de 45 dias, em Serra Talhada-PE.

puro da raça e assim sofrer com o estresse térmico calórico, deitando constantemente e procurando abrigo do sol. Este comportamento do macho aca-bou retirando a mistura de tinta usada para mar-car as fêmeas cobertas e assim, um número maior de fêmeas foi coberto em relação às fêmeas que apareceram marcadas, chamando a atenção para o fato de que a tinta no reprodutor deve ser alvo de atenção sendo reposta sempre que necessário. Re-sultados semelhantes foram encontrados por GO-DFREY et al. (1997), ao compararem tratamentos com progesterona e prostaglandinas obtendo taxas de prenhez de 100% e 86%, respectivamente.

Considerações Finais

Com base nos resultados obtidos, podemos concluir que o efeito macho como mecanismo sin-cronizador de estro pode ser utilizado sem a neces-sidade de progestágenos.

ReferênciaBibliográfica

SILVA, N.V.D. et al. Alimentação de ovinos em re-giões semiáridas do Brasil. Acta Veterinaria Brasi-

Page 6: Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro 2015 1rcvt.org.br/volume18_3/RCV_Tart 5.pdf · 2016. 9. 14. · Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro

42 Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.18 n 3 - setembro/dezembro 2015

Edivaldo Rosas dos SANTOS JUNIOR 1, *, Paula Barbosa TORRES 2, OSÓRIO Leite de Souza de Bezerra NUNES 2, Edilma Ramos COELHO 2, Gustavo Ferraz Nogueira Pinheiro de BARROS 2

lica, v.4, n.4, p.233-241, 2010.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica, 2013. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=pe&tema=pecua-ria2013;http://cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=260875&idtema=135&se-arch=pernambuco|lagoa-grande|pecuaria-2013,. Acessado em 07/08/15;

VOLTOLINI, T.V. et al. Fontes proteicas no su-plemento concentrado de ovinos em pastejo. Acta Scientiarum. Animal Sciences, v. 31, n. 1, p. 61-67, 2009.

FREITAS, J.V.F. et al. Manejo Reprodutivo de Ca-prinos e Ovinos: Do campus para o campo. Tec-nologia para produção de ovinos e caprinos. 1ª ed. Fortaleza: Gráfica Nacional, 2005. p.241-263.

THIMONIER, J.; COGNIE, Y.; LASSOUED, N. L´effet male chez les ovins: une technique actualle de maltrix de la reproduction. Revista Científica de produção Animal, v.13, p.223-231, 2000.

REKWOT, P.I. et al. The role of pheromones and biostimulation in animal reproduction. Animal Re-production Science, v. 65, n. 3-4, p.157-170, 2001.

SIMPLÍCIO, A.A. et al. Manejo reprodutivo de ca-prinos e ovinos de corte em regiões tropicais. Em-brapa Caprinos, 47p., 2001 (Documento, 35).

CHEMINEAU, P., Effects of a progestagen on bu-ck-induced short ovarian cycles in the creole meat goat. Animal Reproduction Science, v.9, n. 1, p. 87-94, 1985.

UMBERGER, S.H.; JABBAR, G. E.; LEWIS, G.S. Seasonally anovulatory ewes fail to respond to progestogen treatment in the absence of gonado-tropin stimulation. Theriogenology, v.42, p.1329- 1336, 1994.

ALVAREZ, L. et al. Social rank and response to the “male effect” in the Australian Cashmere goat. Animal Reproduction Science. n.102, v3-4, p.258-266, 2007.

GELEZ, H.; FABRE-NYS, C. The male-effect in sheep and gotas: a review of the respective roles of the two olfactory systems. Hormones and Beha-vior. n.46, p.257-271, 2004

CHEMINEAU, P. et al. Male-induced short oes-trous and ovarian cycles and sheep and goats: a working hypothesis. Reproduction Nutrition De-velopment, v.46, p.417-429, 2006.

GODFREY, R. W.; GRAY, M. L.; COLLINS, J. R. A comparison of two methods of oestrous synchro-nization of hair sheep in the tropics, Animal Repro-duction Science, v. 47, p. 99-106, 1997.