o jornal batista – domingo, 29/05/16

Missões Nacionais

Notícias do Brasil Batista

Missões Mundiais

JBB

ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 22 Domingo, 29.05.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Cidade de Santos – SP recebe os Batistas brasileiros pela segunda vez

Páginas 08 e 09

Gramado - RS sedia 1o Acampamento para Filhos de Missionários

Página 07

Ação Social: Conheça o Projeto

“Meu Primeiro Direito” Página 10

JMM leva esperança a vítimas de terremoto

no EquadorPágina 11

Conferência para líderes e pastores de jovens

2016; saiba mais!Página 13

2 o jornal batista – domingo, 29/05/16 reflexão

E D I T O R I A L

Cidade de Santos – SP recebe os Batistas brasileiros pela segunda vez

Com esta edição con-cluímos as informa-ções sobre a 96ª Assembleia da Con-

venção Batista Brasileira. Sob o tema “Transformados pelo Poder do Reino de Deus”, mais uma vez os Batistas brasileiros se reuniram em uma Assembleia anual desta feita na cidade de Santos, no litoral paulista, pela segunda vez, já que em 1934 a cidade foi hospedeira da 21ª Assem-bleia da Convenção. Foram dias de muitas atividades, de muita edificação, de con-graçamento, de encontros e alguns desencontros, novas amizades e de importantes decisões.

Como o evento aconteceu em período do ano diferente do que vinha acontecendo nos últimos anos, havia muita expectativa de como seria

esta assembleia. As últimas vezes em que aconteceu em período diferente do início do ano foi em julho de 2000, na cidade de Manaus – AM, e a outra foi em outubro de 1982, em Salvador - BA. No entanto, a presença dos mensageiros em Santos foi significativa e, até mesmo, superou as expectativas mais otimistas. A Convenção Ba-tista do estado de São Paulo, sob a liderança do pastor Genilvado Andrade de Souza e pastor Valdo Romão não poupou esforços para receber bem a todos os Batistas que ali chegaram. Praticamente todas as reuniões acontece-ram no Mendes Convention Center, localizado no Centro da cidade e de fácil acesso.

As atividades tiveram iní-cio na quarta-feira, dia 13 de abril, com realização dos

congressos e assembleias das organizações auxiliares, como já informando nas edições anteriores. Todos os orado-res concentraram suas pala-vras no tema do ano de uma maneira muito dinâmica e edificante, ofertando aos par-ticipantes uma ampla e inspi-radora visão da nossa respon-sabilidade como súditos do Reino de Deus. A música, a cargo da Associação dos Mú-sicos Batistas do Brasil, levou os convencionais a se envol-verem na ação de adoração e louvor com muita reverência e entusiasmo que contagiou a todos. As deliberações e decisões dos relatórios foram acompanhados com participa-ção de todos com definições que nos desafiam a maiores avanços na tarefa de evange-lização do nosso país e até os confins da terra.

A presença dos Batistas brasi-leiros em Santos ficou marcada pela ação de entregar aos mora-dores da cidade um exemplar do Evangelho de João, bem como a lançamento da Cam-panha de prevenção ao uso de drogas, o Movimento Viver, sob a responsabilidade da Junta de Missões Nacionais. Estamos conscientes de que a presença dos Batistas em Santos mudou a vida de muitas pessoas que foram alcançadas com a Pala-vra do Senhor. Agora, vamos orar para que as Igrejas da ci-dade e adjacências possam in-tegrar estes novos convertidos na vida cristã como discípulos transformados pelo poder do Reino de Deus.

Sócrates Oliveira de Souza,diretor executivo da

Convenção Batista Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:jornalbatista@batistas.comColaborações:editor@batistas.comAssinaturas:assinaturaojb@batistas.com

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

3o jornal batista – domingo, 29/05/16reflexão

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

Quando pensa -mos em Reino de Deus e o rei-no dos homens

entendemos que há uma grande distância. Os ho-mens, por conta própria, estabelecem os seus reinos. Lembro da atitude do povo de Israel que pediu ao profe-ta Samuel um rei. As nações

Ser BatistaDercio de Souza Bezerra

Ser BatistaNunca será semelhante a ter um nome numa lista

Por mais que isto especifique uma escolha biblicista De estar ligado na terra por uma conquista De ter o nome escrito no livro do Avalista

Que ao nos dar vida, por Sua morte, reconquista-nos

Ser BatistaNunca será semelhante a ter um nome legalista

Por ser herdeiro de uma saga historicista Mas por professar uma fé explícita implícita

Que não nega que a razão liberalista Pode causar mal humor ao que é conservacionista

Ser Batista

Nunca será semelhante a ter um nome denominacionalista Por mais fervor que pareça para alguns por isso não insista

Senão será visto como racionalista Ao ser considerado um reducionista

Podendo ser dicotomista, tricotomista e não integralista

Ser BatistaNunca será semelhante a ter um nome irrealista

Mas que a salvação requer o ser altruísta Pois as obras demonstram um caminhar continuísta Que por ser justificado deve buscar ao ser realista

De que o Ide sem pão em nada difere do ser imperialista

pagãs possuíam um reino humano, enquanto o povo de Israel era governado pelo próprio Deus. Era o regi-me Teocrático, o povo era guiado, guardado, protegido e dirigido por Deus. Mas desprezaram o governo de Deus e exigiram um governo humano, Deus atendeu à solicitação do povo, e eles pagaram caro pelo desejo de abrir mão do governo divino.

O homem distanciou-se de Deus após a queda no Éden e, a partir de então, está sempre querendo reinar, dominar e exercer influência. Enquanto o Reino de Deus é um reino de paz, harmonia, bondade, mansidão, o dos homens é um reino de intri-gas, disputas, inveja, egoísmo e muita guerra.

Paulo, escrevendo aos Ro-manos, no capítulo 14, verso 27 diz: “Porquanto o Reino

de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.27). “Quando a Bíblia fala de Reino de Deus, não é es-pecificamente um lugar, mas governo. O Reino de Deus se refere ao governo espiritual de Deus, e não um governo terreno” - Eva Souza da Silva Evangelista.

Jesus foi perseguido quan-do esteve entre nós porque alguns líderes achavam que

Ele tinha vindo para iniciar um governo terreno.

Precisamos entender esta grande verdade, Deus quer reinar em nossas vidas, Ele deseja o melhor para nós. Ele deseja governar nossa vida por completo.

O Reino de Deus chegou, e para desfrutar a partir daqui, da terra, deste Reino, basta abrir mão dos desejos car-nais, desejos egoístas e deixar Deus agir em nós.

O Reino de Deus e o reino dos homens

Cirene Furtado Serpa, Igreja Batista Boa Esperança – Parnaíba - PI

Quando o povo Batista se reúneEm solene e santa AssembleiaO Amor do Pai plenamente nos uneE vai-se escrevendo nossa epopeia

O passado de embates desafiaA guardar intacta a identidade,A cumprir a missão no dia a dia,A guardar a fé com integridade

Como povo da Bíblia conhecido,E defensor da plena liberdade,No pretérito, muito perseguidoPor pregar e viver só a verdadeira

Precisamos erguer a nossa luzPara afastar as trevas, a escuridãoE proclamar, sem demora: Só Deus é a Única Esperança para a Nação.

Povo Batista

4 o jornal batista – domingo, 29/05/16 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

O direito de ter pressa

“Apressa-Te em meu auxí-lio, Senhor, minha salva-ção” (Sl 38.22).

A capac idade hu -mana de ignorar a Deus é a matéria prima do pecado,

da separação, do errar o alvo. O conteúdo do Salmo 38 descreve detalhadamen-te o estado de enfermidade da alma e do corpo, quando a vida se separa do Senhor. Seu final, por isso, é um apelo dramático e ansioso pela libertação. “Apressa--Te em meu auxílio, Senhor, minha salvação” (Sl 38.22).

Nossa vida é um cam-po constante de angústia. Ora quando lutamos contra Deus. Ora quando lutamos contra o mundo. Nossa

angústia aumenta quando os esforçamos em compre-ender e, quase sempre, não temos respostas lógicas. Nossa angústia, então, para nossa ansiedade. Nossa sensibilidade e nosso sofri-mento consciente clamam por libertação e por trans-cendência espiritual.

O clamor do poeta Davi é o nosso clamor. “Apressa--Te em meu auxílio” revela nossa ansiedade. E revela, também, a fonte de nossa libertação: “Senhor, minha salvação”. Tenho o direito de ter pressa, ansioso por libertação. Graças a Deus, porém, tenho a liberdade de usar minha dependên-cia do Senhor, que sempre está disponível para me restaurar.

Juvenal Mariano de Oliveira Netto, membro da Primeiro Igreja Batista em São Pedro da Aldeia - RJ

No Brasil, costu-mam-se definir “Igreja” de for-ma equivocada,

talvez por não conhecerem a origem da palavra e aca-bam tomando como base os costumes e as tradições. É muito comum ouvir a se-guinte expressão por parte de religiosos, praticantes ou não: “Eu vou à Igreja hoje”. A expressão correta deve-ria ser: “Eu vou ao Templo hoje”. Por quê? A palavra grega no Novo Testamento para Igreja é “Ekklesia”, que significa “Uma assembleia ou comunidade de chama-dos para fora” ou ainda, “Assembleia dos santos” (At 11.22; 13.1; I Co 14.19,35; Rm 16.5; Ef 5.32). Não se deve confundir a constru-ção, os templos, com a Igre-ja. Os templos são cons-truídos com a finalidade de reunir a Igreja, definida como um grupo de pessoas com o intuito de adorar a Deus e serví-lO com seus dons e talentos.

Muitas pessoas hoje vi-vem perambulando de tem-

plo em templo em busca de uma Igreja perfeita e, pior, templos pertencen-tes à mesma denominação e convenção. Elas jamais encontrarão tal Igreja, pois não existem pessoas per-feitas, a única diferença de um cristão autêntico, para aqueles que não profes-sam nenhuma fé, é que o cristão não vive dominado pelo pecado (I João 3.9). O grande problema das pes-soas que buscam a Igreja perfeita é que elas mesmas têm consciência de que não o são, mas querem a todo custo buscar a perfeição no próximo.

Já que não existe nenhu-ma Igreja perfeita, então se pode afirmar que não há parâmetros a serem obser-vados na escolha da Igreja a congregar? Em hipótese alguma, o fato de ter afir-mado isso não quer dizer que se deve adentrar em qualquer porta com uma placa denominacional para congregar sem fazer uma profunda avaliação. Quais seriam então os critérios a serem observados na esco-lha desta Igreja a frequentar e a servir ao Senhor?

A primeira coisa a fazer é buscar insistentemente ao Senhor, pedindo discer-

nimento e orientação em relação a esta escolha, pois o cristão é servo e o servo sempre obedecerá ao seu Senhor (Efésios. 6.6). Um grande equívoco é buscar uma Igreja que atenda as nossas necessidades e que melhor nos sirva.

A segunda coisa a fazer é procurar identificar se o líder espiritual desta Igreja possui realmente chamado Ministerial (Jeremias 3.15). Primeiro devem-se conhe-cer as principais funções de um ministro do Evan-gelho. O líder espiritual tem a responsabilidade, dentre muitas outras, a de amar e cuidar das ovelhas, tratando as suas feridas e retirando os seus carrapi-chos, alimentando-as com alimento espiritual sólido que vai fortificá-la cada vez mais no exercício de sua fé, orientando-a a fim de que esteja apta a chegar ao céu. Certificar-se de que este líder possui formação teoló-gica confiável, não que isto sirva como parâmetro para identificá-lo como ministro ou não, mas a preparação é essencial para lhe dar su-porte e poder exercer bem o seu ministério. Ainda que ele possua um chamado, como ensinará e orientar as

suas ovelhas, se ele mesmo não conhecer profunda-mente a Bíblia.

A tercei ra coisa a ob-servar é se esta Igreja tem como regra de fé e prática a Bíblia Sagrada (II Timóteo 3.14-17; Tiago 1.22). Ve-rificar se esta Igreja segue a doutrina dos apóstolos (Atos 2.42).

É muito comum também as pessoas afirmarem que estão nesta ou naquela Igre-ja porque se sentem bem, porém este não deve ser o ponto mais importante a ser observado, pois o que deve ser levado em consideração primeiramente é se este cris-tão ali está frutificando ou não, se está exercendo o seu ministério, pois para isto é que todos foram chamados.

Portanto, se alguém se encontra insatisfeito com a sua Igreja ou não está congregando em lugar ne-nhum, lembre-se que ja-mais encontrará uma per-fei ta, porém observe os critérios descritos acima, pois eles serão cruciais para você congregar e poder desenvolver o seu minis-tério, estando pronto para o arrebatamento da Igreja, que está cada vez mais pró-ximo.

Conclui-se citando o que a Bíblia diz em relação ao congregar: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima”. (Hb 10.25).

Onde encontrar a Igreja perfeita?

5o jornal batista – domingo, 29/05/16reflexão

Ebenézer Soares Ferreira Diretor-geral do Seminário

Teológico Batista de Niterói – RJ

DIFICULDADES BÍBLICAS E OUTROS ASSUNTOS

Rosa Sant Anna Paiola, ministra da Ação Social da Primeira Igreja Batista de Mauá – SP

Não há como negar que a nossa so-ciedade está cada vez mais exposta

às causas injustas, aos sofri-mentos do homem, no que consiste aos direitos básicos a serem providos por uma sociedade justa e igualitária. É visível o aumento da deses-

Jeferson Rodolfo Cristianini, pastor, colaborador de OJB

Uma das dificul-dades do cresci-mento da Igreja evangélica no Bra-

sil foi o nascimento de um grupo que se decepcionaram com modelos eclesiásticos e lideranças autoritárias e desleais, emergiu uma nova categoria de cristãos, os “sem Igreja”. É um povo que diz que ama a Deus e confessa Jesus Cristo como Senhor e Salvador, e são guiados pelo Espírito Santo, mas que não querem vínculo institucional com uma Igreja local. Há muitas pessoas desprezando as Igrejas locais. O secularis-mo e o ativismo social estão sequestrando as pessoas das atividades e relacionamento eclesiástica para os prazeres da cultura do entretenimento. A pressão da agenda contem-porânea não contempla os re-lacionamentos comunitários.

A Igreja é a comunidade dos remidos comprados pelo sangue redentor de Jesus ver-tido na cruz. A Igreja como comunidade moldada a partir da cruz é a comunidade dos filhos de Deus forjada para relacionamentos duradouros a fim de alcançar os incrédulos. O povo de Deus no Novo Testamento é o povo que fora chamado “Do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho” (Cl

perança em dias melhores. O aumento da violência, o desemprego, saúde básica precária, educação de má qualidade, entre outras situa-ções, e coloca uma parcela da sociedade em sofrimento perene; pessoas que Deus ama e quer vê-las viver com dignidade. Dentre muitos grupos expostos ao sofrimen-to, podemos citar alguns: Mulheres vítimas de vio-lência doméstica, menores em situação de risco social,

1.13). Das trevas para luz. É o povo que recebe o nome de “Raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusividade de Deus” que tem o propósito de “proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a maravilhosa luz” (I Pe 2.9). Essa comunidade de filhos (as) de Deus deve viver junto, como povo de Deus. A unidade e coesão do povo de Deus revelam os valores e atributos de Deus. A comu-nhão de Deus visualizada no relacionamento da trindade - Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo - deve ser visto na comunhão dos filhos de Deus na vida comunitária.

“Não deixemos de congre-gar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admo-estações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hb 10.25). O autor do livro aos Hebreus, já sofria com o povo que se dizia cristão, que dizia que amava a Jesus e não amava a Sua igreja. São pes-soas que amam o noivo Jesus e não amam a noiva Igreja. O autor relata que alguns irmãos deixavam de congregar e fa-ziam disso um hábito. Deixar de congregar é um péssimo hábito que precisa ser com-batido. Aqueles que vivem à sombra da cruz amam estar junto como comunidade cris-tã. Valorize a igreja, que é a comunidade da cruz.

Ame sua Igreja. Lute por ela!

idosos em situação de aban-dono, situação carcerária ine-ficaz, escassez de alimentos, o drama dos refugiados, e assim por diante.

Comemoramos há poucas semanas o Dia Batista da Ação Social, e perguntamos o que a comunidade dos salvos tem com isso? Tem muito! Jesus disse: “Ele será conhe-cido pelas ao nosso redor se fizermos o que Ele fez” (Jo 13.35). Em todo o ministério terreno, Jesus pregou a justiça

como forma de amor. Temos direitos iguais porque temos o mesmo Criador. A opressão ao pobre e injustiçado é um ultraje ao Criador, de acordo com Provérbios 14.31.

A Igreja dos nossos dias deve estar engajada nesse mi-nistério que busca demons-trar o Amor de Deus através do servir. Uma Igreja mobi-lizada para o serviço reflete aqui na terra as intenções plenas de Deus que é cuidar através do amor e da justiça.

Que nosso amor pelos que sofrem vá muito além do conforto dos bancos de nossa Igreja, nos tornando imbatí-veis no servir uma sociedade carente de justiça.

Fica para nossa reflexão a frase de John Wesley: “Faça todo o bem que puder, com todos os recursos que houver disponíveis, de todas as for-mas que puder, em todos os lugares que puder, sempre que puder, a todas as pessoas que puder, enquanto você puder”.

Paulo declara: “De outra maneira, que farão os que se ba-tizam pelos mortos?

Se absolutamente os mortos não são ressuscitados, co-mamos e bebamos, porque amanhã morreremos” (I Co 15.29).

Há várias interpretações desse texto sobre o que signi-fica “batismo pelos mortos”. Apresentarei algumas delas e, em seguida, me deterei mais naquela que me parece ser a mais razoável.

1. Batismo vicário - Quan-do uma pessoa morria crente, porém não tivera tempo de se batizar, algum amigo se oferecia para ser batizado em seu lugar. Essa hipótese é apoiada por comentado-res como Meyer, Alford, De Wette, Neander, Stanley, Schaff. Conquanto pareça razoável, não a aceitamos porque esse costume de “ba-tismo vicário” só começou a ser praticado no segundo século, por seitas heréticas.

2. Batismo junto dos mor-tos - Batizava-se o neocon-

verso no cemitério, junto das sepulturas dos mártires. A finalidade era impregnar o batizando do grande amor à Causa de Cristo. Esta opinião também é inaceitável, pois nos cemitérios não havia batistério.

3. Batismo “in articulo mortis” - Isto é, a pessoa se convertia quase na hora da morte e, porque queria pertencer à Igreja militante, deixava-se batizar na cama, quase na hora da morte. Não há prova desse costume no tempo de Paulo.

4. Batismo de padecimen-to - Cristo dissera: “Com um batismo tenho que ser bati-zado” e dissera aos discípu-los que eles também teriam de ser assim batizados. Esta hipótese é também incon-sistente, pois não há nexo com o batismo referido por Paulo.

5. Batismo de corpos mor-tos - O grande comentarista B. H. Caroll explica: “Quan-do fomos batizados em Jesus,

pela sua morte fomos batiza-dos, isto é, fizemos profis-são de fé de que havíamos sido mortos para o pecado e, sendo mortos para o pe-cado, fomos simbolicamente sepultados e levantados para andar em novidade de vida”. Em outras palavras: Por que havemos de manter a orde-nança do batismo, se não há ressurreição entre os mortos? Que deveriam fazer os que são batizados pelos mortos, se os mortos não ressusci-tam? De que utilidade é a ordenança?

Paulo argumenta: Quando batizo alguém é porque ele crê na ressurreição, e, nessa fé, ele é batizado mostrando que morreu para o mundo e ressuscitou para viver em no-vidade de vida. É como expli-ca Crisóstomo: “Confessada essa fé com os outros, baixa-mos à fonte daquelas águas sagradas. Agora, lembrando--se disso, Paulo diz: ‘Se não há ressurreição, como dizem alguns, por que se batizam pelos mortos, a saber, pelos corpos mortos?’ ”. Esta é a opinião mais aceita.

Batismo pelos mortos

Comunidade da cruz

Ação Social

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 29/05/16 reflexão

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

Retorno a 1967. Na-quele ano eu ainda não tinha entendi-mento das coisas. Era

novo demais. Não sabia o que era fé e nem Evangelho. Eu tinha pouco mais de três anos quando esses fatos ocorreram. Meus pais sempre iam ao anti-go Cine Bandeirantes, aqui em Presidente Venceslau, na Rua Princesa Isabel. Nós moráva-mos na Vila Sumaré, perto do Asilo. Enquanto iam assistir a filmes à noite, eu e um irmão éramos deixados aos cuidados de vovó, que morava a uns 50 metros de casa, no mesmo quarteirão. Meus pais me con-tavam sempre sobre os dramas a que assistiam. Eram eles: “Doutor Jivago”, “Terra em Transe”, “O Bandido da Luz Vermelha”, “Ao Mestre com carinho”, “Romeu e Julieta”, etc. Em uma reapresentação especial na cidade, ele viu um dos que mais gostou: “O pagador de Promessas”, com Leonardo Villar e Glória Me-nezes.

Na noite que passou o fil-me, escrito e dirigido pelo saudoso Anselmo Duarte, chovia muito. Quando meus pais foram nos buscar na casa da minha avó, eu e meu irmão retornamos carrega-dos, embrulhados em um co-bertor. Voltei nos braços da minha mãe, debaixo de um guarda-chuva. Ver os pingos d’água ofuscados pela luz dos postes sendo transpor-tado no colo, aquecido no meio de uma coberta, é algo inesquecível. Hoje, enquanto escrevo estas linhas, minha mãe encontra-se muito en-ferma. Moléstia terrível. A mulher daqueles idos dias já não existe mais. Porém, suas boas ações se eternizaram em mim. Pergunto a todos: Quais virtudes cada um de nós deixará para as outras gerações? Qual é a moral? O que você faz hoje espiri-tualmente que ficará para os filhos? Que sentimentos fica-rão mobilizados para sempre na memória deles?

Muita gente tem se preo-cupado com a herança e não com o legado a ser deixado

para suas crianças. Será que somos dignos o suficiente para deixar dignidade? Será que servimos de exemplo, principalmente para os fi-lhos? Tenho um amigo que diz assim: “Devemos agra-decer do fundo do coração agora se os nossos filhos não derem trabalho para à polícia ou à sociedade de alguma forma. Isso já é e será um grande feito. Muita gente tem perdido os filhos para os excêntricos modismos, para as drogas e para os ví-cios. Sintam-se gratos aqueles que conseguirem deixar seus rebentos longe disso”. Com-pactuo com essas palavras, acrescentando que mães e pais que ainda conseguirem encaminhá-los no caminho do Mestre, ganharão grandes galardões do Criador. É muito bom pensar nos filhos pelo lado econômico, pelo dinhei-ro. Mas, o mais importante é apresentar aos filhos o que realmente tem valor. Preste atenção: Em todas as áreas, ninguém é insubstituível. Mas, há pessoas que fazem toda diferença, fazem falta.

Os deveres do esposo para com a esposa

Herança ou legado para os filhos?

Se você é um marido que deseja fazer feliz sua esposa e agradar a Deus, preste atenção

nas recomendações abaixo.

1 – Ame sua esposa verda-deiramente

O apóstolo Paulo, inte-ressado no bem-estar dos casais, fez uma recomenda-ção muito séria aos maridos, especialmente aos maridos cristãos (Efésios 5.25-28). Como os maridos cristãos podem verificar que estão amando de fato suas esposas? Paulo dá algumas dicas:

Em primeiro lugar, um ma-rido ama sua esposa quando se dá por inteiro ao casamen-to. Foi isso que Cristo fez por nós. Em segundo lugar, um marido está amando de fato sua esposa, quando procura sua santificação (Efésios 5.26-27). Um marido cristão, por

exemplo, não leva pornogra-fia para o leito conjugal, não ínsita sua esposa a se afastar de Deus.

Em terceiro lugar, um ma-rido ama sua esposa quando procura o seu bem-estar em todos os aspectos: Físico, emocional, social e espiritual (Efésios 5.29).

2 – Marido, priorize, nas suas relações sociais, o seu casamento

Esse é um dever importante. Foi por isso que Paulo escre-veu Efésios 5.31. Lembre, marido: Depois do seu rela-cionamento com Deus, o rela-cionamento mais importante não que com sua mãe, pai e amigo, é com sua esposa.

3 – Marido, lidere sua es-posa em amor

O apóstolo Paulo afirma que o marido é o cabeça da mulher

(Efésios 5.23). Embora seja um texto rejeitado por muitos hoje, é bíblico. Liderar a espo-sa em amor significa que os maridos não serão, de forma alguma, déspotas, tiranos..

4 – Marido, viva com en-tendimento com sua esposa

Foi isso que o apóstolo Pedro, que era casado, reco-mendou em I Pedro 3.7. Para um marido viver com enten-dimento com sua esposa é preciso compreendê-la como pessoa, como mulher.

5 – Marido, valorize sua esposa

O apóstolo Pedro usa a ex-pressão “com honra” (I Pedro 3.7). Você, sabe, marido, o que é honrar? Honrar é valorizar, enaltecer. Um marido que ama a esposa está sempre expressan-do a si mesma, perante os filhos, parentes e amigos, o quanto

ela é importante. Está sempre a cobrindo de elogios. Sempre enaltecendo os seus feitos.

6 – Marido, trate sua espo-sa com delicadeza

É o apóstolo Paulo quem diz mais uma vez aos maridos que não devem tratar suas esposas com amargura (Colossenses 3.19). Não tratar com amargu-ra significa ser cortês, bondoso e gentil. Suas palavras e gestos devem proporcionar à esposa o sentimento de que é amada. Você, marido cristão, se dirige à sua esposa com delicadeza ou é áspero em suas palavras? Você é um cavalheiro para com sua esposa?

Paulo escreveu essas pala-vras porque no seu tempo, na cultura grega, a mulher era tra-tada sem nenhum respeito ou consideração. O cristianismo veio impor uma nova conduta no relacionamento conjugal.

7 – Marido, satisfaça sua esposa sexualmente

Leia o que Paulo escreveu em I Coríntios 7.3. O que o apóstolo quis dizer quando usou a expressão “deveres conjugais”? Isso mesmo. A ideia é de que o marido não deve ser egoísta quando se trata de prazer sexual. Um marido que deseja obedecer as recomendações bíblicas está atento e procura, dentro dos limites do respeito e da ética cristã da sexualidade, satisfazer a mulher sexualmente.

8 – Marido, agrade sua esposaSe você se casou, saiba que

um dos deveres do marido é agradar à esposa (I Coríntios 7.32-33). Caso contrário, então permanecesse solteiro. Agora que está casado, procure agra-dar a Deus, em primeiro lugar. Um das maneiras de agradá-Lo é agradando sua esposa.

Na sua casa, dentro do lar, se você se ausentar aqueles que ficam, sentirão verda-deiramente a sua falta? Com que valores e como você será lembrado? Você realmente sabe o quem tem valor na vida? Você sabe o real valor das coisas.

Eu ouvi esta narrativa ou-tro dia, emuma pregação. Reconto da minha maneira, esperando que haja o mes-mo impacto que gerou no meu coração. Max Lucado, escritor e pastor americano, diz em um dos seus livros algo que parece elucidar essa dúvida. Observando a vida cotidiana, relembrou que há pouco tempo nos Estados Unidos aconteceu algo inu-sitado. Dois sujeitos invadi-ram, durante a madrugada, uma grande loja de departa-mentos, um shopping na sua cidade. Entraram pelo telha-do, desceram por uma corda e ficaram lá por pelos menos quatro horas. As câmeras de segurança observaram suas ações durante esse tempo, mas o alarme não disparou. Os dois meliantes viram tan-

tas coisas boas naquela loja e tomaram uma decisão: Não levaram nada. No tempo que tiveram, fizeram uma remar-cação de preços interessante. As etiquetas foram trocadas. Os preços das coisas foram invertidos. Em uma motoci-cleta colocaram o preço de um relógio de pulso. Um telefone celular ganhou o preço de uma panela de pres-são. Uma geladeira recebeu o preço de uma batedeira de bolos. Trocaram o preço de uma câmera fotográfica mo-derna por uma caneta social. Enfim, o que tinha valores tidos como “altos”, foram rebaixados. No outro dia, cedinho, muitas pessoas e até os meliantes que invadiram o lugar de madrugada compra-ram muitose produtos.

Quando a loja percebeu, havia perdido uma boa quan-tia em dinheiro. Veja: Isso também acontece nas nossas vidas. Foi isso que o diabo fez com os sentimentos, com as coisas, com tudo que nos rodeia. Inverteu os valores! Que Deus nos ajude a marcar essa narrativa no coração.

7o jornal batista – domingo, 29/05/16missões nacionais

Neste mês em que damos ênfase às famílias, Missões Nacionais promo-

ve o Primeiro Acampamento para Filhos de Missionários, realizado em Gramado - RS, no início do mês de maio. Os filhos dos nossos missioná-rios dividiram experiências, ouviram a Palavra de Deus em estudos direcionados a sua realidade. “Vivenciar o que pregamos para todo o Brasil: Multiplicar discípu-los e alcançar a todos com o Evangelho. Essa missão e visão precisa começar em nosso lar. No lar missioná-rio, o cônjuge e os filhos são alvos do Amor de Deus. E precisam ser cuidados no Amor de Cristo. Quando Deus te chamou para o mi-nistério, ele tinha em mente sua família”, afirma o pastor Sandro Pereira, coordenador do Departamento de Cuida-do Integral do Missionário da JMN.

As preletoras foram Cyn-thia Refosco (CIM Missões Nacionais) e Haniele Lau-r indo (GENAS). Os pais missionários também esti-veram no Acampamento e receberam estudos direcio-nados.

A ideia de criar um acam-pamento direcionado à famí-lia missionária surgiu a partir

de um desafio regional que o pastor Walter Azevedo, conjuntamente com os mis-sionários locais, compreen-

dendo a necessidade de seu campo e abraçando a Visão de Cuidar dos que Cuidam. Mobilizaram missionários, Igrejas e parceiros para que de uma forma abençoadora e simples os Filhos dos Mis-sionários pudessem ter um encontro com o foco neles. “Precisamos investir tempo de qualidade aos nossos fi-lhos, para que estes tenham o prazer de servir ao Senhor Jesus, na obra missionária”, ressaltou o pastor Walter Azevedo, que coordenou o evento.

O pastor Sandro conta que não é algo difícil criar um evento como este e reafirma a necessidade de “cuidar dos que cuidam”. “Em uma Igreja Local em sua região ou em um dos campos (projetos) missionários de sua Região; parceiros locais mobilizados na alimentação e hospeda-gem; é possível reunir filhos e pais missionários em um fim de semana. Que o Se-nhor multiplique em cada coração missionário: A visão de cuidar integralmente da equipe de Missões Nacionais multiplicando a visão na de-nominação Batista e a Missão de desenvolver pessoas aptas e saudáveis para a multipli-cação de discípulos. Todos somos cuidadores!”, conclui o pastor Pereira.

No início do mês de maio, a família do missionário Regis Vieira, que atua

no norte do estado de Goiás, teve um dia de festa. Vários irmãos da frente missionária Comunidade Batista Verdade e Vida de Goianésia, foram à cidade de Alto Horizonte - GO para participar de um treinamento ministrado pelo próprio missionário. Eles promoveram um Kids Games Brasil na cidade, e contaram com a presença de 40 crian-ças, das quais 20 entregaram suas vidas para Jesus. “É ma-ravilhoso quando vemos a Igreja do Senhor caindo na graça do povo. Foram dois dias de alegria e missão, fo-ram dias de salvação. Glória a Deus por tudo que Ele tem feito aqui em nossa região.

Vamos continuar avançan-do”, conta o missionário.

Além deste trabalho pontu-al, o pastor Regis treina, todas as segundas, Taekwondo para crianças da comunidade de Alto Horizonte. “É mara-vilhoso esse momento que o Senhor nos concede de com-partilhar a Palavra dEle com essas crianças e adolescentes do bairro. Todas as segundas reunimos essa garotada para treinar Taekwondo e trans-mitir a Palavra do Senhor para elas. A partir desse mês iremos ter esse encontro duas vezes por semana onde tere-mos 30 minutos exclusivos para o estudo da Palavra de Deus”, relata o missionário.

Seja um parceiro desta obra missionária no estado de Goiás. Acesse nosso site e saiba mais. www.missoesnacionais.org.br

Cuidando dos que cuidamPrimeiro Acampamento para Filhos de Missionários

foi realizado em Gramado - RS

Missionário de Missões Nacionais

leva a Palavra redentora de Jesus ao norte do estado

de Goiás

Missionário Régis Vieira com alunos do Taekwondo

Pais missionários no Primeiro Acampamento para Filhos de Missionários

Filhos dos Missionários presentes no Acampamento com Haniele Laurindo

Participantes do Primeiro Acampamento para Filhos de Missionários

8 o jornal batista – domingo, 29/05/16 notícias do brasil batista

Paloma Furtado, jornalista, secretária de Redação de OJB

Após 17 anos, o es-tado de São Paulo foi novamente es-colhido para sediar

a Assembleia anual dos Ba-tistas brasileiros. Esta é a 13ª edição do evento no estado; a 12º foi realizada em 1999, em Serra Negra-SP. E em 2016, a cidade que recebeu a 96ª Assembleia da Con-venção Batista Brasileira foi Santos, no litoral paulista. É a segunda vez que o municí-pio sediou o evento, sendo a primeira em 1934.

Sob o tema “Transforma-dos pelo poder do Reino de Deus”, a CBB 2016 foi realizada entre os dias 13 e 19 de abril, e o local selecio-nado para as reuniões foi o Mendes Convenction Center, espaço amplo, de fácil acesso e especializado em receber reuniões de grande porte. Décima maior cidade do es-tado de São Paulo, e palco da inauguração do Brasil, Santos abriu as portas para 1564 ins-critos para a CBB 2016. Além dos mensageiros - como são chamados os participantes -, a Assembleia também contou com convidados e ouvintes, totalizando um público de 18 mil pessoas, ao longo dos cinco dias de celebração, segundo a organização do evento. Hoje, no Brasil, os Batistas já somam 1.682.278 membros, 8.691 Igrejas e 4.905 Congregações filiadas à CBB. Para Paulo Alexandre Barbosa, prefeito de Santos, a presença do povo Batista no município é de suma impor-tância para a cidade, princi-palmente neste tempo difícil

que o Brasil tem enfrentado. “Santos é a terra da carida-

de e liberdade. Nosso porto foi porta de entrada para mui-tos imigrantes que construí-ram nossa história. E nossa ci-dade sente-se muito honrada em receber este evento, que discute temas tão relevantes para este momento que te-mos vivido. Aqui os valores não são apensas debatidos, mas vividos através do povo Batista. Isso para nós é moti-vo de honra. Agradecemos a escolha do evento para a nos-sa cidade”, declara o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa.

Os dois primeiros dias da CBB 2016 - 13 e 14 - foram destinados às reuniões das Organizações e os Congres-sos pré-convencional, quan-do são discutidos temas espe-cíficos, reformulam as agen-das, compartilham o trabalho que tem sido desenvolvido, e elegem a nova diretoria. Nes-te ano foram eleitas as direto-rias da Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico (ABIBET), Ordem de Pastores Batistas do Brasil (OPBB), União Fe-minina Missionária Batista do Brasil (UFMBB) e União de Esposas de Pastores Batis-tas do Brasil (UEPBB). Com organização da Associação Nacional de Escolas Batistas (ANEB), Santos também se-diou o Congresso Internacio-nal de Educadores, Líderes e Empresários, que contou com a presença de grandes repre-sentantes, como o doutor em psicanálise e um dos autores mais lidos no mundo na últi-ma década, Augusto Cury; e Daltan Dellagnol, procurador do Ministério Público Federal e conhecido mundialmente

por coordenar a Operação Lava-Jato.

Além do Mendes Conven-tion Center, outros locais também receberam ativida-des, como a Primeira Igre-ja Batista de São Vicente, o Hotel Parque Balneário e o Teatro Braz Cubas. Na ocasião, também foram re-alizados o 32º Congresso da Associação dos Músicos Batistas do Brasil (AMBB), que formou um grande coro para apresentação no Teatro Coliseu, encantando a todos os presentes; a 17ª Assem-bleia dos e Diáconos Batistas do Brasil (ADBB), que elegeu novo Conselho Executivo; a 93ª Assembleia da União Fe-minina Missionária Batista do Brasil (UFMBB), que além de eleger nova diretoria, agre-gou mais de 1800 mulheres vindas de diversos lugares do país; e o “Juventude, Fé e Teologia”, um projeto da Juventude Batista Brasileira (JBB), que visa debater temas relevantes para a sociedade, e que este ano, em parce-ria com a Junta de Missões Mundiais (JMM), levou a todos a refletirem sobre os Refugiados.

Programação da CBB 2016 seguiu do dia 15 a 19 no

Mendes Convention Center As celebrações da CBB

2016 começaram, efetiva-mente, na sexta, dia 15. Além da diretoria da Convenção Batista Brasileira e da Con-venção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), do orador oficial, pastor Roberto Amo-rim de Menezes e do Presi-dente Emérito da CBB, pastor doutor Ebenézer Soares Fer-reira; algumas autoridades também foram convidadas

a compor a mesa, como o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin; Paulo Alexandre Barbosa, prefeito de Santos; e Eustázio Alves Pereira Filho, vice--prefeito de Santos. O diretor Executivo da CBESP, pastor Valdo Romão, apresentou as autoridades e visitantes que acompanharam o governador e o prefeito: A prefeita do município do Guarajá, Maria Antonieta de Brito; o depu-tado Estadual de São Paulo, doutor Marcos Damásio; o deputado Estadual de São Paulo, Paulo Corrêa Junior; a secretária de Educação do município do Guarajá, Prisci-la Bonini; e o ouvidor Públi-co do município de Santos, doutor Flávio Jordão.

Geraldo Alckmin, ao pro-ferir sua saudação com um dado histórico importante so-bre o começo da obra Batista, com o destaque para o fato de que os imigrantes norte--americanos desembarcaram no Porto de Santos por volta de 1870 e então organiza-ram a primeira igreja Batista no Brasil, em Santa Bárbara D´Oeste, SP, e dali foram organizadas outras Igrejas pelo estado de São Paulo e todo o Brasil, afirmou a im-portância de colocar Deus na frente em tudo o que for feito, e enfatizou a relevância do temor a Ele. “Feliz é a ci-dade, o estado, a Nação cujo Deus é o Senhor”, declarou Geraldo Alckmin. O presi-dente da CBESP, pastor Ge-nivaldo Andrade de Souza, foi convidado a interceder pelas autoridades presentes, pela Nação brasileira e pelo povo de Deus representado pelos mensageiros das Igrejas Batistas. O pastor Vanderlei

Batista Marins, presidente da CBB, afirmou que mesmo em meio ao caos que o país tem vivido, a soberania de Deus continua presente.

“Motivados pelo poder do Reino de Deus é que deve-mos prosseguir. Conscientes de que é pelo Reino de Deus que devemos seguir. Mas, sobretudo, certos de que o Reino do Senhor não é nos-so, mas de Deus. A Igreja do Senhor não entra em crise por que não está pautada no poder humano, mas no Poder de Deus, e esse poder não entra em crise”, conclui o presidente.

No dia 16 foi realizada a Noite Missionária, quando os momentos de oração mar-caram o encontro. O culto começou com um coral for-mado por 60 colaboradores, pastores e missionários das duas agências da Convenção Batista Brasileira. O culto emocionou os presentes com o testemunho de missioná-rios do Brasil e do mundo, e contou com a participa-ção das crianças do Projeto Novos Sonhos, da Junta de Missões Nacionais. Um dos temas tratados foi a respeito dos Refugiados, assunto que foi abordado pelo missioná-rio Caleb Mubarak (pseudô-nimo), que serve aos povos árabes no Oriente Médio e Norte da África com sua esposa Rebeca há mais de 10 anos.

“O povo Batista ama mis-sões. O povo Batista respira missões. A Noite Missionária é uma bênção. Ela nos esti-mula avançarmos mais ainda. Louvo a Deus pela Noite Missionária de 2016! Graças a Deus pelos missionários de Missões Mundiais e de

Batistas brasileiros marcam presença na CBB 2016 em Santos, no litoral paulistaA 96a Assembleia da Convenção Batista brasileira aconteceu nos dias 13 a 19 de abril no Mendes Convention Center

9o jornal batista – domingo, 29/05/16notícias do brasil batista

Missões Nacionais. Estamos unidos em um só propósito: Fazer discípulos no Brasil, até os confins da Terra. Que noi-te inesquecível de testemu-nhos, de pessoas se dispondo a investir, a orar, a também ir aos campos pregar o Evange-lho de Cristo Jesus. Batistas brasileiros, estamos juntos, na multiplicação de discí-pulos. Não podemos recuar. Temos que avançar sempre, unidos, na total dependência do Senhor”, complementa pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais.

Na noite do dia 17 foi reali-zado o culto evangelístico da Junta de Missões Nacionais. E um dos momentos mais mar-cantes foi o batismo. Pastor Fernando Brandão contou aos presentes a história do pastor Wellington Amorim, que saiu da cracolândia de São Paulo e foi recuperado no Projeto Cristolândia. Na ocasião, pastor Wellington realizou o seu primeiro batis-mo, um homem recuperado também pela Cristolândia. No total, foram realizados mais de 70 batismos, na parte externa do Mendes Conven-tion Center.

O culto do dia 18 foi cheio de surpresas, com a presença de uma banda e pianista que contagiaram e levaram todos à adoração, assim como a dupla Eduardo e Silvana. Ou-tro ponto foi o momento da mensagem ministrada pelo pastor Carlos Trindade, do Rio Grande do Sul. O pastor, ao abordar a tema proposto para 2016, contou o testemu-nho de um homem que foi resgatado das drogas através da iniciativa de um servo de Deus. Ao terminar, surpreen-

deu a todos dizendo que este era o próprio testemunho. A plenária, em lágrimas, pôde glorificar ao Senhor pela vida e ministério do pastor Carlos Trindade, que tem atuado incessantemente para ganhar o Sul do Brasil para Cristo.

“Não tenha por pouco aquilo que Deus colocou em suas mãos. Não tenha por pouco o seu chamado. Não tenha medo, tome a iniciativa, comece por você. A iniciativa fecha a porta do medo e abre as portas das oportunidades e realizações. Tem gente que, pela sua ini-ciativa, através da sua vida, vai voltar a viver”, encoraja o pastor Carlos Trindade.

O encerramento da CBB 2016, no dia 19, foi repleto de emoção e gratidão. Foi uma noite completamente festiva, a começar pela par-ticipação musical do Coral da AMBB e da ênfase do culto voltado para a bondade de Deus. Após os cânticos, pedidos de oração, mensa-gem ministrada pelo pastor Carlos W. Marques da Silva, da Primeira Igreja Batista de Ourinhos-SP, e agradeci-mentos, foi lançado o vídeo e convite para a 97ª Assem-bleia da Convenção Batista Brasileira, que será realizada em Belém-PA, nos dias 18 a 23 de abril de 2017.

“A expectativa para a CBB 2017 é a melhor possível. Nós temos uma máxima em Belém: Chegou no Pará, pa-rou. Tomou açaí, ficou. Você não pode deixar de tomar nosso açaí, comer o pato no tucupi, e se alegrar com o povo do Pará. Estamos pre-parando uma grande festa para você e sua família. Vem pra Belém você também!”,

convida pastor David Riker, diretor do Seminário Teoló-gico Batista Equatorial.

Caminhada do Movimento Viver e Reforma de escola em Santos-SP

Por meio da Junta de Mis-sões Nacionais, os Batistas brasileiros foram às ruas de Santos - SP proclamar que o Brasil pode ser livre das dro-gas. A Caminhada foi o ponto de partida do Movimento Viver que, coordenado pela Gerência de Ação Social da JMN, visa fortalecer a identi-dade de jovens e adolescen-tes dentro e fora das Igrejas quanto à prevenção do uso de drogas. Além dos mensa-geiros da CBB 2016, missio-nários, voluntários da Trans Santos, alunos da Cristolân-dia também participaram, declantando que nada além do sangue de Jesus poderia libertar àqueles que vivem presos às drogas.

E através de uma emocio-nante cerimônia, no dia 18 Missões Nacionais entregou à comunidade santista, a Es-cola Martins Fontes, reforma-da por 15 alunos do Projeto Cristolândia. O projeto faz parte das atividades terapêu-ticas e de ressocialização desenvolvida com os alunos da unidade paulista da Cris-tolândia, e tem feito a dife-rença no município. “Mãos que um dia destruíram, hoje reconstroem”.

Homenagens Durante a 96ª Assembleia

da CBB alguns nomes foram carinhosamente lembrados e homenageados, como por exemplo, o pastor Ebenézer Soares Ferreira, pelos 90 anos de vida e serviço, sua contri-

buição à denominação e a doação de parte do acervo de sua biblioteca para o Seminá-rio Teológico Batista do Sul do Brasil. Foram realizadas também homenagens póstu-mas ao pastor David Malta Nascimento, que faleceu no dia 07 de junho de 2015 e que também prestou rele-vantes serviços à causa do Evangelho por meio da de-nominação Batista no Brasil, e ao cantor Luiz de Carvalho, que morreu em 2015 aos 90 anos e sempre alegrava as celebrações das Assembleias com seu dom musical. A filha, Priscila de Figueiredo, prestou uma homenagem ao pai, junto à mãe, cantando, e emocionante a todos, com o dom que herdou do pai.

AgradecimentosPastor Vanderlei Marins,

presidente da Convenção Batista Brasileira, agradece e louva a Deus pela participa-ção de todos na 96ª Assem-bleia da CBB.

“Louvamos a Deus por essa magnífica festa em San-tos, no litoral paulista. Foi uma Assembleia marcada pela aproximação das pes-soas, pelo companheiris-mo, pela cordialidade. Os assuntos foram tratados e aprovados. Damos graças a Deus porque pudemos con-cluir com alegria e gratidão ao Senhor, e também ao seu povo, principalmente aos que lá estiveram e deram de si para que fizéssemos o melhor. Agradecemos, de forma carinhosa, aos Batistas do estado de São Paulo, reco-nhecendo o trabalho, a dedi-cação e o empenho. Fizeram bonito para Glória de Jesus. À liderança Batista brasileira,

o nosso reconhecimento e gratidão. Agradecemos de forma ampla àqueles que se fizeram presentes, celebra-ram, vibraram com a gente, e deram sentido a esta cele-bração pelo nome bendito de Jesus Cristo. Agora convoco todos os Batistas brasileiros a irmos em 2017 no Pará, e fa-zermos bonito para Glória de Jesus. Muito obrigado! Que a obra dos Batistas continue para a nossa alegria, e para a Glória de Deus. Que Ele vos abençoe!”, declara pastor Vanderlei Marins, presidente da CBB.

Pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor Executivo da CBB, também agradeceu a todos os Batistas brasileiros que participaram e oraram pela realização da Assem-bleia 2016, que aconteceu na cidade de Santos – SP.

“Batistas brasileiros, muito obrigado! Essa é, talvez, a única expressão que possa ser verbalizada. Muito obri-gado pela 96ª Assembleia da CBB. Obrigado aos que esti-veram presente em Santos, aos que participaram através das nossas mídias sociais, a nossa gratidão ao nosso Deus! Podermos nos reunir em Santos e deixar nossa marca, a marca do Reino de Deus através das nossas atitudes, pela demonstração do amor de Deus. Estamos felizes porque fomos mais do que vencedores em Cris-to Jesus. Nossa gratidão a todos os Batistas brasileiros por essa ação evangeliza-dora, ação da proclamação do Reino de Deus. Vamos continuar trabalhando para que esse Reino cresça no Brasil e no mundo”, enfatiza pastor Sócrates.

Batistas brasileiros marcam presença na CBB 2016 em Santos, no litoral paulistaA 96a Assembleia da Convenção Batista brasileira aconteceu nos dias 13 a 19 de abril no Mendes Convention Center

Fotos: Sélio Moraes

10 o jornal batista – domingo, 29/05/16 notícias do brasil batista

Remy Damasceno, coordenador do Departamento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira

O mesmo cenário, percepções dis-tintas. Em um, a alma geme, ao

vislumbrar a intensa preca-riedade de alimentos, afetos, higiene, dignidade. Mas, em outro, há uma alegre esperança ao ver irmãos, de Igrejas e Organizações distintas, unidos sob o mes-mo propósito de glorificar a Deus abençoando pessoas.

No prédio abandonado do IBGE, na comunidade da Mangueira, moram dezenas de famílias sob condições precárias, absolutamente indignas. Não há políticas públicas incidindo no local (Não há fornecimento de água, esgotamento sanitá-rio, recolhimento de lixo), as salas transformadas em moradias estão deterioradas, há incidência do tráfico de drogas, crianças brincam em meio ao lixo, a renda familiar perpetua a miséria.

A única ação realizada em benefício da comunidade é promovida pelos missio-nários Wagner e Eliana, da Junta de Missões Nacionais (JMN). Em suas precárias ins-talações, fornecem educação e alimentação para mais de uma centena de crianças, ensinando-as, com palavras e atos, sobre o amor que Jesus tem pelas pessoas.

Nessa realidade, no dia 07 de maio foi realizada uma ação do Projeto “Meu Pri-meiro Direito”, que constitui um esforço para combater o subregistro de crianças e adolescentes. O Projeto é cooordenado pela parceria envolvendo o Departamen-to de Ação Social (DAS) da Convenção Batista Brasilei-ra, o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Visão Mundial (VM) e os Médicos de Cristo (MDC). E contou com o apoio do Movimento Paz e Proteção, ligado ao Unicef; da Juventude Batista Brasileira (JBB); da JMN e de Igrejas. A cobertura fotográ-fica foi da Agência Visível.

Foram realizados atendi-mentos médicos e odonto-lógicos, recreação infantil

e um censo. Com os da-dos, será possível verificar a condição documental das crianças e adolescentes, bem como qualificar as próximas ações. Como acredita Paula Peixoto, assistente social e membro do CFM, “A ação integrada realizada pelas organizações proporcionou que compreendêssemos as reais necessidades e, com isso, obtermos ações asserti-vas nessa comunidade”.

Em meio a tantas marcas do pecado estampadas na pobreza extrema, foi visível a alegria ao presenciarmos o mover de Deus unindo tantos parceiros. Welinton Pereira da Silva, pastor Me-todista e assessor Sênior de Relações Institucionais da Visão Mundial, entende que “O mutirão solidário que re-alizamos na comunidade da Mangueira/IBGE no sábado, parceria entre a CBB, CFM, MDC e VM, com apoio do Movimento Paz e Proteção, ligado ao Unicef, foi uma experiência muito impac-tante, especialmente para os voluntários de diversas Igre-jas que estiveram presentes. Apesar da grande miséria e pobreza, conhecer a força da Igreja solidária é um alento em tempos em que a vida humana não vale nada para os poderes públicos. Creio que esta foi a primeira de muitas outras ações que de-monstram a força da Igreja e a força de Organizações que se juntam para fazer o bem comum”.

A Igreja de Cristo precisa se unir para amar em pala-vras e atos as crianças do nosso país. Muitas delas são alvo de violências físicas e sexuais, sem oportunidade de frequentar boas esco-las, sem alimentação ne-cessária, sem carinho, sem ensinamento da verdade do Evangelho. Como bem pontuaram os missionários Eliana e Wagner, “O Senhor nos deu o privilégio de fazer parte da sua família (Igreja) e o que temos feito para que outros também tenhas esse privilégio? Fugimos com desculpas, paramos, nada fazemos. Precisamos voltar ao princípio. E qual seria este princípio? “Ensina a criança no caminho em que deve andar” (Pv 6.22).

Meu Primeiro DireitoFotos: Agência Visível

11o jornal batista – domingo, 29/05/16missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

A população do Equa-dor ainda vive as duras consequên-cias do terremoto

de 7,8 graus na escala Richter que atingiu o litoral norte do país no dia 16 de abril. As necessidades são muitas, e a Convenção Batista do Equa-dor e a coordenação do PEPE (programa socioeducativo) na América do Sul pedem aos batistas brasileiros que par-ticipem da campanha Ajude Agora – Equador, organizada por Missões Mundiais para levantar recursos financeiros que possam levar ajuda hu-manitária a muitos desabriga-dos. Duas unidades do PEPE também foram atingidas pelo terremoto; por conta disso, dezenas de crianças estão sem aulas. Graças ao Pai, não houve registro de feridos.

Segundo a Secretaria de Gestão de Riscos do Equador, o número de mortos por cau-sa deste terremoto já passa dos 660 e ainda há cerca

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

As Escrituras dizem em Provérbios 16.9 que “O homem faz planos, mas o Se-

nhor lhe guia os passos”. Na África do Sul, foi isso o que aconteceu com a ango-lana Paula. Ela seguiu para o país para um tratamento sem nunca imaginar que a mensagem do Evangelho de Cristo cruzaria seu caminho e, mais do que isso, mudaria completamente a sua vida.

Foi o que a própria Paula disse em sua pública profis-são de fé antes do batismo na Igreja em Joanesburgo liderada por nossos missioná-rios Joel e Lúcia Martiniano. Destacou o poder transfor-mador da Palavra depois que reconheceu o senhorio de Jesus sobre sua vida.

“Comecei a frequentar esta Igreja em maio de 2015. An-tes disso, eu achava que co-

de 30 mil pessoas que estão em abrigos temporários. Os dados apontam ainda que 40 pessoas permanecem desapa-recidas e 27.732 receberam atendimento médico, 4.605 delas por ferimentos.

Os principais locais atin-gidos foram as cidades de Pedernales, Bahía de Cara-quez, Manta e outros locais da província de Manabí, a mais atingida pelo terremoto, ao reportar, até agora, 645 mortos, 33 desaparecidos e 24.117 desabrigados.

Nossas missionárias que atuam no Equador, Joseane Lima e Marta do Carmo, es-tão no Brasil para um período de promoção pelas Igrejas e não veem a hora de retornar aos seus respectivos campos e levar ajuda aos que ainda sofrem por conta deste ter-remoto.

O pastor Ruy Oliveira Jr., coordenador dos nossos mis-sionários nas Américas, conta que duas unidades do PEPE sofreram prejuízos.

“Fui informado pela coor-denadora do PEPE no Equa-

nhecia a Jesus, mas não. Co-mecei a me interessar ainda mais pela Palavra, a vir aos cultos, a ouvir a pregação. Então, no dia 24 de janeiro deste ano, Jesus me tocou e houve uma mudança na minha vida. Encontrei paz e a mim mesma. Deixei de pen-sar que eu era a pessoa mais infeliz do mundo, a mais des-graçada”, contou. “Eu aceitei a Jesus na minha vida como meu Senhor e Salvador. E por aceitar a Jesus, hoje eu sou uma pessoa muito feliz, sou uma pessoa mudada. Viver

dor, Angélica, que uma uni-dade que se encontra em Tonsupa teve seus móveis e materiais roubados logo após o terremoto. Em Portoviejo, a Igreja onde funcionava uma unidade do PEPE está com sua estrutura comprometida. Estas unidades estão sem condições de retomarem suas atividades. Graças a Deus, nossos alunos e missionários--educadores não sofreram ferimentos”, diz o pastor Ruy.

Ele relata ainda que a Con-venção Batista do Equador

com Deus é maravilhoso”, completou Paula, exultante.

E ao explicar por que tomou a decisão de se batizar em cumprimento ao que Cristo ordenou, Paula destacou o crescimento que teve no co-nhecimento da Palavra, graças aos encontros de estudo bíbli-co que teve com o casal Joel e Lúcia Martiniano. E contou como foi esse processo.

Quando Paula nasceu, ela foi batizada com poucos meses de vida na Igreja Católica, o que a fez pensar, em um primeiro momento, que não precisava

tem mobilizado Igrejas das regiões mais atingidas através de voluntários de diversas áreas profissionais. Eles atu-am no atendimento a desa-brigados que se encontram em acampamentos e também com pessoas que permane-cem em suas casas, porém não contam com os serviços básicos de infraestrutura. Alimentos e medicamentos básicos também são distri-buídos por estes voluntários.

Durante o encontro dos líderes da União Batista Lati-

descer às águas. Foi quando aconteceu o culto na casa de um membro da Igreja e o pas-tor Joel chamou as pessoas que tinham dado o nome para o batismo. E chamou também a Paula, que perguntou sobre tudo isso ao missionário, que por sua vez lhe explicou tudo.

“Fui para a oração, mas de-pois dos encontros de estudo bíblico com o pastor Joel e a irmã Lúcia, eu percebi que, para sermos batizados, nós temos que ter entendimento, discernimento, conscientes dos nossos pecados. Temos que nos arrepender e aceitar a Jesus na nossa vida como único Se-nhor e Salvador”, disse Paula.

“Quando eu nasci, foi no dia 15 de janeiro e fui batiza-da no dia 16 de junho. Pou-cos meses de vida, eu nem sabia quem eu era. Então, de onde eu ia buscar entendi-mento para aceitar a Jesus na minha vida e me arrepender dos meus pecados? Às vezes, Deus põe os seus servos na

no-Americana, o pastor Ruy teve a oportunidade de con-versar pessoalmente com o presidente da Convenção Batista do Equador, pastor Milton Bustos, que definiu como principais prioridades de ajuda às vítimas: Apoio financeiro, apoio para o re-torno de nossas missionárias que se encontram em perío-do de promoção no Brasil e reforço voluntário.

ParticipeColabore com mais esta

ação de apoio àqueles que precisam de esperança para reconstruir suas vidas. Par-ticipe da Campanha Ajude Agora – Equador com uma oferta mínima no valor de R$ 25,00. Entre em contato por WhatsApp nos telefones 98216-7960, 98884-5414, 98055-1818, 98368-9999 (todos com DDD 21), pelo e--mail centraldeatendimento@jmm.org.br ou através dos telefones 2122-1900/2730-6800 (cidades com DDD 21) e 0800-709-1900 (demais localidades).

nossa vida para nos abrir os olhos e mostrar aquilo para o qual estamos cegos e não con-seguimos enxergar”, afirmou Paula, batizada com outras três pessoas no mesmo dia pelo pastor Joel Martiniano.

Histórias como a de Pau-la inspiram cada vez nossos missionários a continuarem levando a Mensagem da es-perança às pessoas. Com sua oração e oferta, você pode ajudar a que cada vez mais Paulas possam ser alcançadas pelo Evangelho e terem suas vidas transformadas para me-lhor. Entre em contato com Missões Mundiais para saber como se envolver ainda mais com o que Deus está fazen-do no campo. Escreva para centraldeatendimento@jmm.org.br ou ligue para 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades), nos dias úteis, das 7h às 19h (horário de Brasília). Venha conosco levar esperança às nações!

Missões Mundiais leva esperança a vítimas de terremoto no Equador

Testemunho de esperança

Paula foi batizada pelo missionário Joel Martiniano, na África do Sul

12 o jornal batista – domingo, 29/05/16 notícias do brasil batista

Tiago Monteiro, Jornalismo da Convenção Batista Carioca

Alinhamento das ações estratégicas da Con-venção Batista Cario-ca e celebração pelas

bênçãos concedidas por Deus à denominação. Foi nesse con-texto que a liderança carioca se reuniu, nos dias 10 a 13 de maio, para mais uma Assem-bleia anual que, dentre outras definições, teve por objetivo a eleição de sua diretoria.

Cerca de 130 Igrejas foram representadas na 112ª As-sembleia da CBC. Aprovaram relatórios, ponderaram ações e, de maneira especial, foram responsáveis pela reeleição histórica de seus líderes. A decisão, proposta e aprovada pela plenária, foi influencia-da pela excelência da gestão no último ano. Portanto, a lista de nomes permaneceu:

Presidente: Pastor Dejalmir da Cunha Waldhelm – IB Central em Bonsucesso

1º vice-presidente: Pastor João Luiz Sá Melo – PIB Vila da Penha

2° vice-presidente: Nancy Gonçalves Dusilek – IB Ita-curuçá

3° vice-presidente: Pastor Nelson Taylor Filho – IBE do Engenho Novo

1° secretário: Pastor David Curty – SIB de Inhaúma

2ª secretária: Lucia Helena da Silva – PIB Copacabana

3ª secretária: Ilazy Ildefon-so de Oliveira – PIB do Rio de Janeiro

Sobre o momento ímpar da reeleição, o pastor Dejalmir

declarou: “Não me lembro disso já ter acontecido na história da Convenção Batista Carioca. Então louvo a Deus pela confiança dos irmãos. Tenho aprendido a crescer com essa equipe maravilhosa. É uma das melhores diretorias com as quais eu trabalhei até hoje. Louvo a Deus por isso e sinto que Ele está confirman-do o que temos feito”. O vice--presidente, pastor João Luiz Sá Melo, também comentou sobre o assunto e mostrou sua gratidão pelo que tem aprendido ao lado de irmãos tão comprometidos com a Obra de Deus. “Estar com esses irmãos aqui tem sido um tempo de muito aprendizado. Nossas reuniões têm sido leves, com muito respeito e alegria. Sempre tive muito re-ceio de aceitar qualquer tipo de cargo na Convenção, mas tenho tranquilidade de falar que tem sido um tempo de muita benção na minha vida”.

A 112ª Assembleia contou com a presença de persona-gens importantes, tais como o secretário-executivo da Convenção Batista Brasileira, pastor Sócrates Oliveira de Souza; o gerente de Missões da Convenção Batista Mi-neira, pastor Vanuir Torres, que agradeceu o envio de caravanas cariocas para a assistência aos desabrigados de Barra Longa - MG; o di-retor executivo de Missões Nacionais, pastor Fernando Brandão; o representante de Missões Mundiais, pastor An-tonio Galvão; e o deputado federal Arolde de Oliveira. Destaque também para os solistas e grupos musicais que abrilhantaram as noites

de celebração, tais como os jovens da Igreja Batista Rio da Prata e o Coral Feminino da Associação Oeste Cario-ca. Como pregadores, foram convidados os pastores Luiz Sayão e Walter Jr., que mi-nistraram aos convencionais palavras de edificação.

Pastor Sócrates, represen-tando a Convenção Batista Brasileira (CBB), agradeceu a participação dos cariocas no avanço do Evangelho e ressaltou a importância da par-ticipação de todos nas ações missionárias que acontecerão no período da Olimpíada: “A nossa gratidão a essa conven-ção por sua participação efe-tiva, não apenas em aspectos financeiros de contribuição, mas em envio de obreiros que têm ajudado definitivamente as ações da CBB. Entendemos que somos transformados pelo poder do Reino e queremos que todos da cidade do Rio de Janeiro sejam transformados também. Estamos diante de um grande desafio: A Olim-píada, e precisamos alcançar muitas pessoas”.

Noite MissionáriaComo de costume, a Cam-

panha de Missões Rio teve seu pontapé inicial com a noite missionária na Assem-bleia da CBC. “Cristo em mim, esperança para o Rio” traz o desafio financeiro de 800 mil reais, mas o departa-mento missionário necessita também de muitos voluntá-rios para alcançar a meta de levar o Evangelho às unida-des do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase). Anile Bastos, re-presentando o Degase Rio,

falou sobre a importância da parceria fechada com a CBC para que as unidades do es-tado recebam capelães evan-gélicos com projetos voltados para esporte, cultura e lazer.

“São 27 unidades que aten-dem medidas socioeducati-vas no estado. Esses jovens estão ali porque não apenas não souberam fazer escolhas, mas porque não tiveram es-colhas a serem feitas; porque em muitos momentos o po-der público falhou, não tive-ram quem estendesse a mão. Já vi muitos jovens serem mudados porque temos par-ceiros, mas vi também serem transformados porque temos parceiros como a CBC, que levam o Evangelho. Podemos mudar o futuro de alguém, mas só Jesus transforma”, disse Anile, desafiando às Igrejas a continuarem inves-tindo em missões urbanas.

O departamento de Mis-sões também apresentou seus novos missionários. Juan Gonçalves e Cristina Sant’Ana atuarão na capela-nia socioeducativa; Amariz Braz soma ao corpo de cape-lães que assistem enlutados; e Laércio Oliveira entra agora como missionário efetivo aos encarcerados.

Ação SocialA Junta de Ação Social ca-

rioca teve uma importante participação na programação, levando à plenária crianças e idosos assistidos pelas ofertas das Igrejas cariocas. O dire-tor executivo, pastor Everton William, lembrou o cresci-mento das ações da Jasc e mostrou a visão da instituição em trabalhar em parceria. “A

Jasc era apenas o Lar Batista do Ancião. Hoje é também es-porte e cultura, oferece cursos de capacitação em situações emergenciais, tem a Madru-gada do Carinho, a Casa de Lázaro com a Primeira Igreja Batista de Campo Grande. Nosso desejo é ajudar as Igre-jas para que elas implantem seus trabalhos e prossigam gerenciando estes projetos na nossa cidade”, disse Everton. Sobre a visibilidade da Jasc, que poderia ser uma preocu-pação para alguns, ele con-cluiu: “Eu e minha equipe não nos preocupamos em colocar o selo da Jasc em todos os lu-gares, mas nos preocupamos com a implantação do Reino na cidade”.

80 anosA Igreja Batista Itacuruçá,

Igreja que hospedou a As-sembleia da CBC, realizou, na noite do dia 12, um mo-mento especial de celebração e gratidão a Deus por seu Jubileu de Carvalho. O mo-mento – de louvor e reflexão da Palavra - foi conduzido pelo pastor da Igreja, Israel Belo de Azevedo. Ao fundo, a talentosa orquestra da Igreja apresentava um repertório especial de clássicos da mú-sica cristã.

Em outra ocasião, a Igreja, bem como o pastor Israel, receberam da CBC placas de homenagem pela exce-lente recepção. A organiza-da estrutura abençoou os convencionais e favoreceu o bom andamento de toda a programação. A estes irmãos, nossas mais sinceras palavras de gratidão e louvor a Deus por suas vidas.

Diretoria reeleita e muita celebração na 112a Assembleia da CBC

Diretoria da CBC é reeleitaNovos missionários são apresentados

13o jornal batista – domingo, 29/05/16JBB

Gilciane Abreu, diretora executiva da Juventude Batista Brasileira

Desde 2010 a Ju-ventude Batista Brasileira (JBB), em parceria com

as Juventudes Estaduais, or-ganiza o “Paixão Pela Juven-tude”. A Conferência tem como objetivo contribuir para que os participantes, de diferentes regiões do Brasil, possam gerar uma mobilização nacional pela construção de ministérios de Juventudes relevantes nas Igrejas e suas comunidades. A Conferência é inspirati-va, onde consideramos o alcance, a possibilidade, a

juventude, a influência, o legado, a motivação, a capa-citação, o futuro, o retorno, a transformação, a experiên-cia, a benção e o poder de promover.

Deus confirmou o sonho que surgiu no coração de alguns líderes, fazendo que esse programa acontecesse em vários estados brasilei-ros, pois compreenderam que Juventude é um assunto relevante e fundamental para a vida da Igreja e a socie-dade.

Percebemos a necessida-de de um ar fresco quando se trata de ministério com Juventude e Adolescente que gere ressignificações necessárias em um cenário

de tantas transformações praticamente diária.

Nós, da Juventude Batista Brasileira, vemos em Jesus o grande exemplo do líder que acreditou no jovem e o colocou como instrumento do seu Reino. Os evangelhos mostram o adolescente Jesus que ensinou os mestres no templo, o menino que en-tregou todo o seu lanchinho para Jesus fazer o milagre da multiplicação e o Timóteo que, bem jovem, assumiu a liderança de uma Igreja sozinho.

Seguindo Jesus, caminha-mos em nossa missão e voca-ção com ações e programas que traduzam o Evangelho para esta geração jovem, em

um mundo contemporâneo, hipermoderno e, principal-mente, sem perder a identida-de cristã histórica. Assumimos o desafio de preparar essa geração para que se multipli-quem, engajados na tarefa de proclamar o Reino de Deus no Brasil e no mundo.

Nesses dias, vamos in-centivar e encorajar uma mobilização nacional pela construção e fortalecimento de ministérios de juventude relevantes conectados e en-gajados na Missão de Deus, na comunidade onde a Igre-ja está inserida, na agenda da vida dos adolescentes e dos jovens, no Brasil e no mundo; refletir sobre a cultura jovem global; contri-

buir para o engajamento do jovem no espaço Igreja local e aproximar necessidade de oportunidade de serviço e atuação no ministério com juventude.

Em alguns lugares os “cam-pos brancos” é a juventude da Igreja local, e a missão é para ser cumprida também nesses locais porque preci-samos de mais pastores e líderes de jovens que tenham coragem para participar des-se momento importante com seus dons e talentos pela causa da Juventude.

Acesse o site para mais in-formações sobre esse encon-tro que sempre nos encoraja na caminhada: paixaopelaju-ventude.com

Conferência para líderes e pastores de jovens 2016

14 o jornal batista – domingo, 29/05/16

Honestidade no Brasil: Utopia ou realidade?

Não repita sermão!

15o jornal batista – domingo, 29/05/16ponto de vista

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

Minha jubilação pastoral foi em março de 2011. A conv i te do

pastor Sayão, fui participar da equipe pastoral da IBNU. Vez por outra ia pregar em outra Igreja, e quando acer-tava um bom sermão (pela minha limitada opinião), re-petia em outra Igreja.

Recentemente, levei um susto. Fui ouvir minha espo-sa. Foi no domingo. Na quin-ta eu havia falado o sermão

Natanael Menezes Cruz, pastor, colaborador de OJB

Quando falo em honestidade no Brasil, penso em pessoas que têm

externando uma conduta inquestionável. Homens que não abrem mão dos valores morais, éticos e espirituais. Homens que sejam capa-zes de se sacrificar em prol do Brasil e o bem-estar dos seus cidadãos, que têm feito diferença comportamental na vida política e na vida moral. Homens que tenham o temor de Deus e façam Sua vontade. Para governar bem este país, é imprescin-dível contar com homens

em outra Igreja. Qual não foi minha surpresa quando um jovem se aproxima e diz ter ouvido meu sermão na quin-ta, na Igreja aniversariante, pela internet.

Pronto. Mudei de estraté-gia. Em cada Igreja, um novo sermão. Fiquei pensando: Será que os meus colegas de ministério já pensaram nisso?

Agora, outra surpresa. Pas-tor Sayão viajou, preguei na IBNU à noite. Dias depois fui comprar uma peça para meu carro. Uma grande loja, e o primeiro balconis-

honestos, capazes, temen-tes a Deus, confiáveis, que abominem a desonestidade, a mentira e a corrupção. Ho-mens que falem a verdade reconheçam sua finitude e procurem sair do esconde-rijo da hipocrisia e tenham vidas dignas de serem re-ferenciais para as crianças, jovens e adultos. Homens, mesmo coagidos, agredidos pelas circunstâncias deleté-rias, mantém a verdade dos fatos em evidência, doa a quem doer.

Homens que manejem bem a Palavra da Verdade, pratiquem a justiça e andem humildemente diante de Deus. Tendo homens assim na política, na justiça, na

ta que me atendeu ouviu o pedido, e perguntou: “O senhor vai bem, pastor Ma-noel?”. Levei um susto! De onde o senhor me conhece? Eu o reconheci pela voz, ouvi seu sermão domingo à noite na IBNU.

Não sei se os colegas de ministério já perceberam como a visibilidade está ati-va, e como isso representa um peso. Não se trata de sermos famosos, mas, por sermos pastores, a visibi-lidade vem acompanhada da expectativa de um bom testemunho.

educação, na família, na re-ligião, poderemos dizer: “O Brasil é um país honesto!”.

Quando a honestidade no Brasil é uma utopia? Quan-do digo utopia é porque te-nho visto e ouvido pessoas afirmarem que o país vai bem. O Brasil mergulha no poço da corrupção, que tem tornado-se uma tragédia na-cional. Está presente entre nós há muito tempo. Nossos poderes constituídos com honrosas exceções têm sido levados por esse fermento do mal. Somos um dos países que mais pagam impostos. As riquezas do país, na sua expressa realidade, vêm do pobre do trabalhador, mas,

Termino contando como, quando jovem, meu amado pastor, já no céu, viajava com mais três colegas. Excedeu na velocidade. Parado pela Polícia Rodoviária, explicou que estavam atrasados para um compromisso. Explicou que eram pastores. O policial comentou: Como assim? Um homem chamado por Deus para salvar almas, não é ca-paz nem de cuidar de vidas? Todos riram, o pastor ouviu algumas recomendações, e seguiram viagem.

O mundo está mudando. Antigamente, um deslize

infelizmente, caem nas mãos dos corruptos; com isso, o Brasil sofre por falta de saú-de, segurança, educação, desemprego. Com exceções, repito, o Brasil está nas mãos de homens amantes de si mesmo, do dinheiro e do po-der. Homens que se alimen-tam dessas realidades e aban-donam o pobre. Homens que têm levado o povo a uma utopia e não à realidade. Um povo como o nosso, na situa-ção em que se encontra, está acostumado a ser enganado. De modo que a situação que vivenciamos no Brasil, dizer--se honesto é uma utopia e não uma realidade. Então ser honesto no Brasil não é im-possível, porém, chegamos

pastoral ficava restrito ao terri tório da Associação Regional. Hoje, o lapso acontece em Roraima, Ron-dônia, Acre, e, minutos de-pois, está sendo divulgado no Rio Grande do Sul. As boas notícias, grandes vitó-rias, são noticiadas apenas no O Jornal Batista, mas as más, os escândalos, voam rapidamente. Bem, repetir sermão não traz grave pre-juízo, mas o escândalo voa rápido, e faz mais estragos igual a um foguete. Que Deus nos proteja, e nos ajude a evitá-los.

a uma situação de raridade. Foi uma realidade como essa que levou Rui Barbosa a dizer: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tan-to ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chegar a desani-mar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

Em meio a tudo isso de-vemos pensar e agir positi-vamente que a honestidade será um fator incontestável, quando a Nação aceitar o senhorio de Deus. “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que Ele escolheu para sua herança” (Sl 33.12).