cidadania enfocando os valores morais e Éticos … · aplicada perante os alunos, como base o seu...

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CIDADANIA ENFOCANDO OS VALORES MORAIS E ÉTICOS Lindaci Ferreira Pinto 1 Orientadora: Claudia Madruga Cunha Universidade Federal do Paraná Secretaria do Estado da Educação Programa de Desenvolvimento Educacional -PDE RESUMO O presente artigo tem por objetivo, a pesquisa dos conteúdos referentes à moral, ética e à cidadania trabalhada na área do conhecimento da disciplina de História no Ensino Médio. Procurando identificar o arcabouço fundador dos assuntos sugeridos e relacionar à moral, a ética e a cidadania, na construção do conhecimento histórico, bem como no saber histórico, observando a prática de discussões e a metodologia aplicada perante os alunos, como base o seu entendimento sobre a moral, a ética e cidadania, visando à preparação destes educandos para o futuro. A ética e a cidadania trazem em seus conceitos, uma área de discussão de caráter jurídico- político-moral. A apreciação destes assuntos deve ser feita dentro da sociedade, em sua totalidade histórico-filosófica, pois, cada sociedade possui seus conceitos sobre o assunto. A cidadania é concebida pelos direitos civis, sociais e políticos. A ética e a moral estão relacionadas ao aglomerado de princípios e valores de caráter universal que norteiam as relações humanas. É por estas questões que o cidadão deve ser preparado inicialmente dentro da escola, a praticar a moral, a ética e a cidadania que transporta o individuo para uma sociedade de caráter igualitário. O ensino através da escola tem um espaço privilegiado nesse cenário, pois, é por meio da escola que torna possível a preparação do educando para exercer suas funções através da intervenção social. O papel do educador é de produzir no educando, uma consciência histórico-crítica que possibilite o exercício da cidadania essencial para a sustentabilidade da sociedade. Palavras chaves: Ética, Moral, Cidadania, Conhecimento, Ensino, Educando. ABSTRACT This article aims to search for content related to ethics and moral citizenship worked in the area of knowledge of the discipline of history in high school. Looking Identify the founder of the framework and suggested issues relating to morals, ethics and citizenship, historical knowledge, as well as historical knowledge, noting the practice of discussion and methodology before the students based on their understanding of 1 Bacharel e Licenciatura em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná PUC. Especialização em: História do Brasil Ensino e Historiografia pelas Faculdades Integradas "Espírita" do Paraná.

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CIDADANIA ENFOCANDO OS VALORES MORAIS E ÉTICOS

Lindaci Ferreira Pinto1

Orientadora: Claudia Madruga Cunha

Universidade Federal do Paraná

Secretaria do Estado da Educação

Programa de Desenvolvimento

Educacional -PDE

RESUMO

O presente artigo tem por objetivo, a pesquisa dos conteúdos referentes à moral, ética e à cidadania trabalhada na área do conhecimento da disciplina de História no Ensino Médio. Procurando identificar o arcabouço fundador dos assuntos sugeridos e relacionar à moral, a ética e a cidadania, na construção do conhecimento histórico, bem como no saber histórico, observando a prática de discussões e a metodologia aplicada perante os alunos, como base o seu entendimento sobre a moral, a ética e cidadania, visando à preparação destes educandos para o futuro. A ética e a cidadania trazem em seus conceitos, uma área de discussão de caráter jurídico-político-moral. A apreciação destes assuntos deve ser feita dentro da sociedade, em sua totalidade histórico-filosófica, pois, cada sociedade possui seus conceitos sobre o assunto. A cidadania é concebida pelos direitos civis, sociais e políticos. A ética e a moral estão relacionadas ao aglomerado de princípios e valores de caráter universal que norteiam as relações humanas. É por estas questões que o cidadão deve ser preparado inicialmente dentro da escola, a praticar a moral, a ética e a cidadania que transporta o individuo para uma sociedade de caráter igualitário. O ensino através da escola tem um espaço privilegiado nesse cenário, pois, é por meio da escola que torna possível a preparação do educando para exercer suas funções através da intervenção social. O papel do educador é de produzir no educando, uma consciência histórico-crítica que possibilite o exercício da cidadania essencial para a sustentabilidade da sociedade. Palavras chaves : Ética, Moral, Cidadania, Conhecimento, Ensino, Educando.

ABSTRACT

This article aims to search for content related to ethics and moral citizenship worked in the area of knowledge of the discipline of history in high school. Looking Identify the founder of the framework and suggested issues relating to morals, ethics and citizenship, historical knowledge, as well as historical knowledge, noting the practice of discussion and methodology before the students based on their understanding of

1 Bacharel e Licenciatura em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná PUC. Especialização em: História do Brasil Ensino e Historiografia pelas Faculdades Integradas "Espírita" do Paraná.

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moral , ethics and citizenship in order to prepare these students for the future. Ethics and citizenship bring in their concepts, a discussion area of a legal, political and moral. The assessment of these matters must be made within society as a whole historical-philosophical, because each company has its concepts on the subject. Citizenship is designed for civil rights, social and political. Ethics and morals are related to the cluster of principles and universal values that guide human relationships. It is the issues that people must be initially prepared in the school, to practice moral, ethics and citizenship, which carry the individual to an egalitarian society. Education through school is a privileged place in this scenario, therefore, is through the school that makes it possible to prepare the student to perform their functions through social intervention. The educator's role is to produce in the student a critical historical consciousness that enables the exercise of citizenship essential to the sustainability of society. Key-words : Ethics, Moral, Citizenship, knowledge, Education, Educating.

1. Introdução

O artigo desenvolvido possui o intuito de evidenciar a prática da educação,

por meio da disciplina de história, visando à possibilidade de resgatar princípios

morais e éticos. A metodologia adotada é base para o estímulo da discussão e

análise sobre os aspectos que norteiam o assunto cidadania, valores morais e a

ética.

Para maioria dos alunos do 3º ano do ensino médio do Colégio Homero

Baptista de Barros na cidade de Curitiba-Pr, a disciplina História é vista como uma

disciplina não presente no cotidiano. Esta ausência deve ser interpretada com muita

atenção, na busca de alternativas para a reversão desta visão. A idéia é valorizar

para os alunos esta disciplina, que trata não somente do registro escrito da História

ou memória constituída pela própria humanidade, algo que se dá por meio da

escrita do seu próprio passado, mas, também, remete a um entendimento da ciência

da História.

Os direitos Humanos e Cidadania podem ser apreendidos e assimilados

através do resgate histórico, ou seja, por meio da Disciplina de História. No ensino

deste conteúdo pode se desenvolver um trabalho com maior ênfase nestes temas,

proporcioando informações e orientações úteis aos educandos.

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Portanto, há necessidade de um melhor entendimento do papel exercido pela

escola e por outras instâncias sociais no esclarecimento daquilo que, ao longo do

tempo, tem sido considerado fundamental na formação das novas gerações.

A inovação na atualidade é o referencial para qualquer área. Na escola

destacada essa demanda se mostra como uma necessidade dos docentes de

adaptações a novas regras, pois o momento pede novos métodos para a

aprendizagem de História e de qualquer outra disciplina, balizados pelo

relacionamento entre a obra didática e a novas mudanças curriculares.

NADAI, (1993), enfatiza o caso brasileiro e sua análise é embasa uma crítica

contextualizada no início da década de 80. Destaca que o ensino de História escolar

no Brasil sustentou o patriotismo e o nacionalismo nos regimes autoritários. Nesse

período, o desempenho da História escolar não esta relacionado ao aprendizado do

aluno, mas ligado à ideologia política dominante, inabilitando este estudo para o

desenvolvimento do senso político ou histórico dos alunos.

Mediante a consolidação do regime democrático no Brasil após 1984, foi

necessário repensar os objetivos da educação, e, em especial, da educação da

disciplina de história proporcionada pela Escola.

Do ponto de vista da regulação, inúmeras sugestões foram apresentadas

durante a assembléia nacional da constituinte de 1987/19882. O texto constitucional

de 1988, no artigo 205, apresenta vocábulos, “preparo para o exercício da

cidadania” (BRASIL, 1988) e os princípios Curriculares Nacionais para o ensino

médio (PCNs: BRASIL, 1997 e 1998), igualmente adotam tal objetivo. Entretanto, o

que significa “preparar para o exercício da cidadania”?.

Quando se pensa que a educação é o fator fundamental para o

desenvovimento humano, se afere que o conhecimento do desenvolvimento

cognitivo3, emocional e afetivo do ser humano, não está apenas atrelado a tarefa da

2 Como fonte para observar tais propostas sugere-se: BRASIL. ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE. Diário da Assembléia Nacional Constituinte (Diário da ANC). Brasília, 1987/88, diversos números. 3 Cognitivo : é tudo aquilo que as pessoas sabem sobre si mesmas e sobre o ambiente que as rodeia. O sistema cognitivo de cada pessoa envolve os seus valores pessoais e é influenciado por um ambiente físico e social, por sua estrutura fisiológica, por seus processos fisiológicos, por suas necessidades e por suas experiências anteriores.

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familia. A educação escolar reparte esta tarefa através da suas instituições de

ensino, onde todos os processos interativos pode ser atribuidos a construção do ser

humano.

Educar com o foco na cidadania é tarefa imprescindível para o atendimento

das necessidades da formação intelectual e transmissão formal dos saberes da

cultura. Deve-se a isso que a formação do caráter é o maior sustentáculo da

sociedade, sendo considerada como elemento chave de formação do ser humano,

em meio a outras instâncias, tais como: crescimento econômico, saúde e educação

continuada, para a construção e o exercício da cidadania e da orientação de valores

para a sociedade.

Uma escola democrática visa o aprendizado para a democracia, pois nela é

necessário um maior comprometimento de todas as instâncias da sociedade em

favor de uma educação que paute por valores democráticos. Principalmente agindo

sobre os que derivam das famílias, base ainda da sociedade, que vinculam a maior

preponderância na formação da mentalidade e atitudes dos indivíduos em todas as

faixas etárias existentes. Ora não são somente os educandos, mas também os

educadores que como pais, adultos em geral, precisam estar em sintonia com os

processos democráticos.

Este trabalho que foca o ensino da história dentro da escola, possui um

papel desafiador quando trata da preparação de jovens para o futuro. Esta

preparação visa às exigências impostas da atual sociedade moderna, hoje

globalizada. O ensino da cidadania mostra nessa demanda como principal alicerce

para uma educação critica da história, visando destacar valores e práticas como

princípios sociais e valores morais e éticos. Os valores humanos são a principal

riqueza em uma sociedade correta. O valor qualifica a ação humana, presente no

âmago de cada ser pessoa.

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2. História da Educação e Ensino da História

A história da Educação foi unificada como matéria formadora de natureza

disciplinar, mais no intuíto de despertar os valores humanos à prática educacional.

Assim a “História da Educação foi moldada para ser útil, para oferecer

justificativas para a atualidade e não para interpretar ou reinterpretar os artifícios

históricos específicos da educação Brasileira”. (WARDE, 1990).

A educação como outros aspectos na vida sociedade, foi marcada pelos

princípios do cristianismo, porém um cristianismo que foi sendo reatualizado de

diferentes formas ao correr da idade média. (LE GOFF ,1993).

Quando a Educação no Brasil se respaldada pela lei 9.394 de 20 de

dezembro de 1996 (LDB), aponta os princípios e fins da Educação Nacional, no Art.

2º. Na década passada esta lei distingue que a educação é dever da família e do

Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana.

Diz, ainda, que o ensino escolar tem por finalidade o pleno desenvolvimento

do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o

trabalho.

Na generalização desta lei não se diz como se darão os processos de

ensinar e aprender tais valores, embora eles estejam implicitados. O que está sub-

entendido nisso é parte de uma ação que vem dos grupos constitutivos da

sociedade, onde um processo de responsabilidade de sua manutenção e da sua

perpetuação, impõe uma transposição às novas gerações, das maneiras culturais de

ser, estar e agir, propostos como necessários à convivência e a sincronia do cidadão

ao meio. Ora, em se tratando de um processo de sociabilização, a propria educação

pode ser exercida nos mais variados formatos e espaços de convívio social, seja

para a adequação do indivíduo na sociedade ou adequação do indivíduo no grupo

ou nos grupos desta.

Nesse sentido, educação é, especialmente o ensino da história, produz ações

que emergem de algo muito próximo a um juízo de socialização e endoculturação,

embora não se resumam exclusivamente a estes. A prática da educação formal da

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história, aplicada nos espaços escolarizados, quer sejam da Educação Infantil à Pós

Graduação, pode ser aplicada de mesma forma intencional, com objetivos

determinados, em situações escolares igualmente formais.

Tudo leva a considerar que é na especificidade de uma educação formal da

história exercida na escola, que se define o papel desta disciplina na Educação

Escolar. No caso específico da educação da história, aqui cabe destacar a utilização

de recursos técnicos e tecnológicos e de instrumentos e ferramentas que, em uma

determinada comunidade, visam um exercicio de ética e de cidadania, com intuito de

conduzir a uma preparação de estudantes e educadores para o futuro.

Todo ensino é uma metodologia de transmissão, de conhecimentos

empregados pelos seres humanos, para instruir e educar seus semelhantes. A

prática do ensino da história, feita de diferentes formas, aponta que algumas práticas

se dão de maneira formal, informal ou não-formal. O ensino formal da história é

praticado com respaldo no recorte de um conteúdo determinado que aponta para

uma formalização e certificação profissional que visam a hegemonia da história, o

que parece engessar o processo.

O ensino informal da história está atrelado ao processo de socialização do

individuo na sociedade, durante toda a sua existência, muitas vezes até mesmo de

forma não intencional. O ensino não-formal da história, trata-se de ensino que é

praticado e aplicado de forma intencional. Este último, na maioria das situações,

está relacionado aos processos de desenvolvimento de cidadãos, caracterizando-se

por uma consciência política das relações sociais de poder, praticadas por

movimentos populares, associações, grêmios, etc.

Optando por esse último, pode se dizer como Brandão (1999), “que para

estas categorias de educação os limites não são muito rígidos, possuem uma

permeabilidade condizente. Pois, uma vez que se é humano está se aprendendo

constantemente, dia-a-dia por diferentes vias e agentes sociais”.

Noutro aspecto a propria LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação,

aprovada em 1996, trouxe um grande avanço no sistema de educação de nosso

país. Esta lei visa tornar a escola como um espaço de participação social,

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valorizando a democracia, o respeito, a pluralidade cultural e a formação do cidadão.

A escola ganhou vida e mais significado para os estudantes.

Enfim, todo esse contexto mostra um conjunto de coisas em que, (....)

desenvolvimento humano comunga uma visão comum com os direitos humanos e

“o objetivo é a liberdade humana”. (Relatório de Desenvolvimento Humano, 2001,

PNUD). Nesse mesmo documento se conclui que, “É dever da família, da sociedade

e do Estado, assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o

direito à vida, à saúde, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à

dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de

colocá-los a salvo de toda e qualquer forma de negligência, discriminação,

exploração, violência, crueldade e opressão”. (TOMAZI, 1993).

3. O Papel do Ensino da História na Formação do Cid adão

Por meio do contexto acima, pode-se dizer que o papel do ensino da história

é ajudar os estudantes a se tornarem cidadãos preparados pelos diretos humanos e

pela cidadania, formando cidadãos comprometidos com causas sociais, morais,

cívicas e éticas. A escola recebe desta forma a função de incubadora de cidadãos e

possuindo um papel precioso e indispensável para a formação educacional de seres

humanos. Para Nunes (1989, p. 36), não há “dúvida de que cabe a escola um lugar

de destaque no alargamento das condições de exercício da cidadania e o domínio

da 'norma culta' (no plano da linguagem) e dos conhecimentos, hábitos e

comportamentos mais valorizados socialmente (dos quais, uma boa parcela é

veiculada pela escola.”

O ensino da história dentro da escola se vê desafiado a ser um instrumento

da sociedade para a promoção do exercício da cidadania, fundamentada nas idéias

de igualdade, liberdade, solidariedade, democracia, justiça social, felicidade

humana, e no trabalho como fonte de riqueza, dignidade e bem-estar universais.

Já em Piaget (1978), autor que se dedicou a pensar os processos de

alfabetização, a educação dada na escola mostra os seguintes propósitos:

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O pleno desenvolvimento do ser humano e seu aperfeiçoamento, a formação de cidadãos capazes de compreender criticamente a realidade social e conscientes dos seus direitos e responsabilidades, desenvolvendo-lhes os valores éticos e o aprendizado de participação; o preparo do cidadão para o exercício da cidadania, a compreensão e o exercício do trabalho, mediante acesso a cultura, ao conhecimento humanístico, científico, tecnológico e artístico e ao desporto; a produção e difusão do saber e do conhecimento; a valorização e a promoção da vida; a preparação do cidadão para efetiva participação política.

Se a escola tem a responsabilidade de ser um ambiente formador de

cidadãos, a história dentro dela não se redime de tratar seus professores como

cidadãos formadores de novos cidadãos.

A função do professor é preparar os jovens através do passado, por meio dos

fatos históricos a serem cidadãos do futuro. Nisso se mostra a necessidade de se

preparar os estudantes não apenas para o futuro, mas sim para a vida. O professor

também assume a postura que não se limita apenas a transmitir o conhecimento do

já aconteceu, mas também possui a incumbência de despertar o senso político dos

alunos e que os direitos sociais são direitos da liberdade das necessidades e, ao

mesmo tempo direitos de promoção destas.

O processo de ensinar a viver em comunidade na sociedade propriamente

dita condiz com uma “ educação preocupada com a transmissão dos valores morais

na formação da cidadania pode perfeitamente ser aplica em qualquer escola, na

medida em que o corpo docente esteja sensibilizado para uma ação conjunta”

(MARTINELLI, 1993).

Historicamente, construímos o conceito de que a história na escola tem uma

dupla função, de um lado manter e reproduzir a própria sociedade, e de outro, ajudar

a modificar a realidade através da educação. Assim, essa disciplina acaba por

assumir no ambiente escolar um caráter político, uma prática histórica e social, em

que o sujeito é o agente de sua própria educação.

Segundo Libâneo (1998), a escola precisa assumir o pressuposto sócio-

interacionista como norteador das ações desencadeadas no seu interior. De modo

análogo o ensino da história antecipa este pressuposto que concebe o homem como

sujeito único, irrepetível, constituído pelo passado, através das relações de

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mediação que estabelece o mundo, o ambiente, a sociedade. Como construtor da

história, o homem elabora ferramentas para transformar o mundo físico e simbólico.

Por sua vez, a escola ainda tem o desígnio do fortalecimento das lutas

sociais, a conquista da cidadania depende, cada vez mais, de ampliar o número de

pessoas que possam participar das decisões primordiais relacionadas aos seus

interesses. A escola e nela o ensino da história, possuem o compromisso de reduzir

a distância entre a ciência cada vez mais complexa e a cultura de base produzida no

cotidiano em que é provida a escolarização. Junto a isto tem, também, o

compromisso de ajudar os alunos a tornarem-se sujeitos pensantes, capazes de

desenvolver habilidades que propiciem a compreensão e a transformação da

realidade, de maneira crítica.

Diante dos desafios depositados à escola pelas exigências das

transformações sociais, ela precisa oferecer serviços de qualidade, de modo que

seus participantes agreguem melhores e mais efetivas condições de exercício da

liberdade política e intelectual.

Cabe aos professores de história promover a formação cultural básica,

assentada no desenvolvimento de capacidades cognitivas e operativas. Trata-se

assim, de capacitar os estudantes desta disciplina a selecionar informações,

principalmente, a internalizar instrumentos cognitivos, saber pensar de modo

reflexivo.

Voltado para a participação coletiva, o ensino da história dentro da escola

visa à participação popular e vê na educação dos processos históricos a

possibilidade de uma formação para o desenvolvimento do ser humano, para a

produção de novos conhecimentos e experiências.

Fechando mais esse item, o ensino da história pode contribuir para uma

escola cidadã que visa democratizar e construir de maneira participativa um plano

de educação e qualidade social, que transforme o cidadão. Seja até mesmo

libertador, tornando o ambiente da escola, um laboratório de práticas do

aprendizado, por meio da conquista de direitos, pela formação de cidadãos

historicamente autônomos, críticos e criativos. Nisso se inclui cidadãos plenos,

coligados pelos valores éticos, direcionados à construção de um projeto social

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solidário, que possuam a prática da justiça, da liberdade; o respeito humano nas

afinidades fraternas entre seres e entre os próprios seres humanos, e, ainda uma

convivência coesiva com a natureza, considerada essa o centro das precauções.

Portanto, a escola é um lugar privilegiado de toda esta formação, porque

trabalha com o conhecimento e o ensino, com valores, atitudes e formação de

hábitos para o desenvolvimento do ser humano.

4. Direitos Humanos e Direitos Sociais como Instrum entos no Ensino da

História

Tomando a constituição de 1988 que elegeu um conjunto de valores éticos,

considerados fundamentais para a vida nacional, a maior parte dos quais se

proclama no reconhecimento dos direitos humanos, se os toma aqui para abordar o

conteudo de história. O valor da dignidade é considerado absoluto, visto inexistir no

texto constitucional qualquer hipótese que este possa ser restringido.

Pode-se utilizar a história no ensino medio para trabalhar os demais valores

conexos a ela, e os que podem sofrer exceções em uma situação sólida, quando a

intensidade de um é relativa em confronto com a do outro, que também deve ser

prudente. Os direitos sociais estão inseridos no âmbito dos direitos e garantias

fundamentais, ao lado dos direitos individuais e coletivos, da nacionalidade e dos

direitos políticos. Todos são tematizações possíveis no processo do ensino da uma

história que aponta para o “como” as garantias individuais se inserem basicamente,

nos direitos da personalidade; para o “como” os direitos sociais asseguram aos

indivíduos os benefícios e serviços instituídos pelo Estado.

A inserção desses direitos no testo da Lei fundamental resultado de um longo

“processo histórico” de luta da humanidade pela conquista, não somente das

liberdades individuais, mas também dos direitos coletivos. A ideia é trazer partes

deste processo como ferramenta para a sala-de-aula.

Ora a eficiência dos direitos humanos está sujeita ao desenvolvimento da

concepção da humanidade, coisa que numa aula de história pode ser alcançada, se

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cada indivíduo em sua particularidade, a compreender como uma consciência que a

ela adere e como responsabilidade que a ela concerne. A história traduzida numa

idéia de construção de uma comunidade, que engloba a totalidade dos seres

humanos e permita a possibilidade de ação de cada um de seus membros ou grupo,

leva a averiguação da natureza política aí imbutida, aquela que todos se sujeitam

como condição da vida pública.

Em suma, o direito fundamental de cada indivíduo, antes de qualquer dos

direitos conjugados pela Declaração, é o de ter direitos, isto é, pode se apreender

através do ensino da história. Seu conteúdo pode apontar para a pertença de uma

comunidade preparada e capaz de assegurar seus próprios direitos. Esses direitos,

antes tidos todos como imanentes ao homem e, por isso, inalienáveis tornaran-se

impróprios, porque excluídos da vida política, se tornam alienáveis e contigentes,

talvez pela descrença mesma de uma comunidade escolar que trabalha a

concepção de individuo e acaba por lhe deixar excluído daquilo que a ele ensina.

Entretanto, não há dúvidas de que a fonte e o fundamento dos direitos

humanos é a idéia de humanidade históricamente construída. Não uma humanidade

idealizada abstratamente, mas o conceito que a afirma é que se compõe de

individuos concretos, em sua singularidade e diferenças socias.

Um ensino de história que aponte para a eficácia dos direitos humanos

depende, por isso, do desenvolvimento da concepção da humanidade, onde sua

compreensão envolva cada índividuo em particular, com a consciência e a

responsabilidade de a ele concernir o que aqui se desafia. Levando em

consideração que na atualidade, diante da crescente internacionalização das

culturas, se evidencia que as pessoas não se reunem mais em decorrência da

unidade nacional, mas de princípios, que fazem direito ao título de cidadãos de um

país.

Portanto, os conceitos de Direitos Humanos, Humanismo, Cidadania,

Cibercidania e Cidadania Global como resultado de lutas e práticas sociais da

humanidade, a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU estão

embasados nos direitos humanos e direitos sociais, por meio da Constituição

Federal Brasileira de 1988.

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5. Cidadania, dos Valores Morais e da Ética

O ensino da cidadania é instigado por uma série de contradições que se

apresentam na sociedade brasileira, fruto das relações sociais que envolvem o

Estado e o indivíduo, seja pelas políticas sociais ou pelos movimentos sociais

originados pelas transformações sociais do dia-a-dia. O conceito de cidadania é

consideravelmente vasto e envolve muitas dimensões entre o aporte individual e

coletivo do mesmo conteúdo. Tematizar a cidadania individual implica a liberdade e

a autonomia do cidadão, num princípio de mercado, que configura o livre jogo da

competição, que vem sendo controlado pelo Estado.

Numa outra adequação o conceito de cidadania também pode ser entendido

como o direito ao voto e a interação na política, ou também, remeter a parte ativa do

dia-a-dia do cidadão, seja na sua singularidade e como também na sua coletividade.

Logo a concepção de cidadania, aquela que se ensina na escola,

especialmente, no ensino de história é numa pré- conceituação do Estado, cardada

de princípios que, se embasam nas idéias de liberdade, de igualdade e de

fraternidade. Tais idéias se traduzem em ideais quando a própria organização

política, o contexto social, a histórica da sociedade brasileira, os apresenta como

impraticáveis, pelas grandes desigualdades e mazelas sociais existentes.

Mostra-se pela história que o juízo da cidadania sempre esteve intimamente

vinculado à noção dos direitos humanos. Principalmente quando se aponta para os

direitos políticos, que possibilitam o cidadão a intervir na direção dos negócios

públicos do Estado, compartilhando de modo direto ou indireto na formação do

governo e na sua respectiva administração; ou seja, implica o votar (direto) e outras

formas como o concorrer a cargo público (indireto).

Esta intima relação entre cidadania e democracia leva que na atualidade este

conceito se utilize quase todos os dias, ainda que possua vários sentidos.

Entretanto, hoje significa o direito de viver decentemente, também sendo

definida como o direito de ter uma idéia e poder expressá-la.

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Um cidadão que exerce seu direito de cidadania necessita ter uma educação

direcionada para este objetivo, e por estes motivos que os aspectos sobre a

cidadania, moral e ética foram trabalhados no 3° an o do ensino médio, nas aulas de

história do Colégio Homero Baptista de Barros, a fim de instruir os futuros cidadãos

a exercerem seus devidos direitos desde cedo.

O Direito Moral aliado ao ensino de história aponta para um agrupamento de

regras do convívio numa sociedade. Ambos podem se considerados como campo de

ampla aplicação, proporcionalmente maior do que o campo do Direito. As regras

Morais nem sempre são regras jurídicas, pois o campo da Moral é mais vasto.

Apenas as semelhanças existentes entre ambas, é que as duas são

maneiras de controle social.

Historicamente vinculadas às ações humanas a ética é uma característica

inerente a prática dos valores; por esta razão é um elemento vital na produção da

realidade social. Todo homem possui um senso ético, uma espécie de “consciência

moral”, estando constantemente avaliado e julgando suas ações para saber se são

boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.

Aproximar a ética, que é a parte do ensino da filosofia que define a natureza

da vida correta, para dentro do ensino da história mostra que ela pode operar outras

áreas do conhecimento, flexibilizando conteúdos da antropologia, da própria história,

da psicanálise e da sociologia, dentre outros, úteis para se analisar os aportes da

moral em outras áreas de conhecimento.

Permite uma discussão em torno da moral e da moralidade. Além, de a ética

definir as teorias do bem e do mal, também pode trabalhar numa sala-de-aula de

história a responsabilidade do ato moral.

A este comportamento prático-moral, que já se encontra na formas mais primitivas de comunidade, sucede posteriormente, muitos milênios depois – a reflexão sobre ele. Os homens não só agem moralmente (isto é enfrentam determinados problemas nas suas relações mútuas, toam decisões e realizam certos atos para resolvê-los e, ao mesmo tempo, julgam ou avaliam de uma ou de outra maneira estas decisões e estes atos), mas refletem sobre esse comportamento prático e tomam como objeto da sua reflexão e de pensamento. Dá-se assim a passagem do plano da prática moral para o da teoria moral; ou, em outras palavras, da moral efetiva, vivida, para a moral reflexa. Quando se verifica esta

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passagem, que coincide com os inícios do pensamento filosófico, já estamos propriamente na esfera dos problemas teórico-morais ou éticos. (VÁZQUEZ, 1995, p.15).

Mostra que a história enquanto ciência que trata do homem e da sociedade

se envolve com problemas morais e éticos, com problemas práticos, que aparecem

nas relações apresentadas como passadas ou presentes. Traduzidas nas

concepções reais, efetivas que se constroem entre indivíduos e afetam uma

comunidade inteira.

Logo cada pessoa deve ser capaz de decidir sobre o que é ou não é ético,

com base nas suas próprias convicções e na sua própria concepção sobre o bem e

o mal. Assim sendo, o que é ético para uma cultura pode não ser para outra.

Daí a necessidade do contexto e da história para se conhecer o fenômeno moral.

Não existem verdades absolutas ou exatas em matéria de ética. Por isto exige-se do

ser humano uma reflexão permanente sobre atos, atitudes e condutas.

6. Considerações finais

O desenvolvimento da conscientização da cidadania, valores morais e

éticos, especialmente, a didática aplicada no Colégio Homero Baptista de Barros

para os alunos do 3° ano do ensino médio, visa inst igar uma didática aplicada de

maneira inovadora, no sentido mais científico, empírico e prático.

A didática utilizada em sala de aula em favor da orientação e do ensino foi

propor metodologias referentes à temática da cidadania, visando valores morais

éticos no ensino médio nas escolas.

O trabalho desenvolvido com os educandos procurou enfocar a

conscientização de: a) práticas de reflexão sobre à auto- estima ressaltando as

diferenças individuais; b) reconhecer que através da identidade legal passamos a

fazer parte da sociedade para requerer direitos; c) conhecer e discutir os vários

direitos incentivando a interiorização dos educandos; d) incentivar a integração com

os demais educandos e a comunidade; e) promover o debate identificando os casos

de exclusão encontrados na comunidade e quais seriam suas causas; f) clarificar o

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valor justiça diferenciando-o de vingança; g) desenvolver conhecimento, informação,

cumprimento de regras e objetivos visando os interesses comuns, h) listar quais

seriam os direitos e deveres em casa e na escola, observando se esses direitos

estão escritos e como foram elaborados; i) trabalhar a solidariedade através das

atitudes de cooperação, de atenção, as necessidades do outro e disposição para

construção dos interesses coletivos; j) relacionar os conflitos com a responsabilidade

de cada um, l) estimular a reflexão sobre as condições míninas necessárias para se

ter saúde; m) perceber que os valores éticos estão relacionados entre si; n)

proporcionar a participação dos educandos para que atuem na promoção e defesa

de seus direitos junto aos órgãos competentes fiscalizando a ação de políticos e

governos.

Foram aplicados questionamentos como instrumento na demonstração dos

resultados da implementação da unidade temática, onde participaram trinta alunos

da 3ª série do ensino médio do Colégio Homero Baptista de Barros na cidade de

Curitiba. O questionário apresentado resultou nos dados sequenciais a seguir.

Com relação às respostas questionadas observou-se que, a maioria tinha

dificuldades de entender o que é ser cidadão, dentro de um contexto de direitos e,

também, de deveres. Portanto, viver a cidadania deve ser uma prática cotidiana

incentivada pela escola que tem como um dos seus objetivos a formação do

indivíduo.

Com relação aos direitos dos educandos se reconhece que as situações

mais urgentes são os direitos sociais; já que há muito tempo vem sendo tratado com

indiferença pelo Estado. Faz-se necessário desta forma preparar o jovem para que

se torne participativo, crítico. Interessado pelas causas sociais no sentido de diminuir

as condições de desigualdades “gritantes” no mundo globalizado.

Há a consciência de que os valores devem ser trabalhados de maneira

dinâmica atrelados aos conteúdos desenvolvidos para que proporcione uma

mudança de atitude, postura perante as situações do cotidiano como a violência, o

desrespeito e o individualismo.

16

O reconhecimento de que as atividades trabalhadas, apresentaram uma

melhor qualidade na aprendizagem dos conteúdos relacionados, à vivência de cada

um oportunizou um espaço de reflexão e de liberdade de expressão.

A maioria dos educandos da 3ª série do ensino médio do Colégio Homero

Baptista de Barros, foi bastante receptível a metodologia e as atividades

desenvolvidas. A interação dos alunos nas discussões dos assuntos abordados na

metodologia da prática e raciocínio intelectual foi muito satisfatória.

A aplicação da conscientização da cidadania, da moral e da ética deveria

entrar na grade curricular do ensino médio, como disciplina indispensável para a

formação destes jovens cidadãos, disciplina esta que muitas vezes são aplicadas

apenas nas universidades, prevalecendo uma lacuna de conhecimentos entre os

jovens do ensino médio e os acadêmicos.

O ensino da história na segundo grau, como um processo de ensinar e

aprender é o caminho para desenvolver o pensamento crítico no indivíduo, fazendo

com que ele atue ativamente na sociedade, contribuindo para a ampliação da

cidadania, da aplicação da moral e a utilização da ética, em diversos e diferentes

campos de sua vida.

A escola tem a responsabilidade de ser um ambiente formador de cidadãos,

devendo fornecer todos os conhecimentos ao educando.

Logo, a disciplina de história possui o papel de aliar-se a uma educação que

deseja ser fator fundamental de desenvovimento humano. O conhecimento do

desenvolvimento cogntitivo, emocional e afetivo do ser humano, não está apenas

atrelado a tarefa da familia. Mas, também da educação de uma história crítica,

interativa dentro da escola, que se conjuga com processos socializadores

naturalmente atribuidos ao ser humano.

Educar a cidadania através da história, por meio da escola, pode ser um

instrumento da sociedade para a sociedade. Uma ferramenta que promove o

exercício da cidadania, fundamentada nas idéias de igualdade, liberdade,

solidariedade, democracia, justiça social, realização humana, e no trabalho como

fonte de riqueza e dignidade como cidadão.

17

Num contexto de reformas que atuam sobre precariedades advindas da

história, a educação no Brasil passa por mudanças, nas quais processos se

modificam sob alterações históricas, políticas, econômicas e tecnológicas. Desta

maneira, é necessário analisar o contexto da contemporaneidade, balizado por

densas transformações institucionais que se refletem tanto no concreto como na

subjetividade humana.

Os seres humanos se recriam, constantemente, por mediação da influência

mútua ou de relações uns com os outros, o que lhes atribuem à sensação de

unidade, de grupo, despertando diferentes valores, sentimentos e possibilidades de

desenvolvimento.

A experiência do programa de conscientização sobre a cidadania, valor

moral e ético, aplicado no ensino médio, somente veio evidenciar que para os alunos

em questão, estes assuntos são totalmente alheios ao seu conhecimento.

A prática e a metodologia aplicada para a conscientização da cidadania, da

moral e da ética, na ensino da história pode ser visto como uma metodologia

inovadora. Uma vez que busca a interação dos alunos, assim como o despertar da

curiosidade do assunto trabalhado em sala de aula, permitindo o envolvimento de

todos os alunos, na prática de discussões e do entendimento sobre o que se refere à

cidadania a moral e a ética, obteve-se um respaldo muito significativo e positivo

pelos educandos.

As escolas devem inserir em suas grades curriculares esta disciplina, como

elemento indispensável para a preparação humana, para o desenvolvimento destes

jovens cidadãos, usufruírem de boas práticas com relação à cidadania.

Assim, entende-se que a educação para a cidadania ativa, deve ter início já

na formação básica proporcionando ao educando o conhecimento de forma a ajudá-

lo enquanto cidadão ativo.

18

7. Referências Bibliográficas

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. 33ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1999. Brasil Liberdade e Democracia. Disponível em < http://brasillivreedemocrata.blogspot.com/2009_06_01_archive.html> Acesso em 06/12/09. CHAUI, Marilena. Convite a Filosofia. 12 ª ed. São Paulo: Ática, 2000. DIMENSTEIN, Gilberto. O Cidadão de Papel. A infância, a adolescência e os direitos humanos no Brasil. 3º ed. São Paulo, SP: Ed. Ática, 1993. LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e Pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 1998. MARTINELLI, Anita. Relações Humanas na Escola . 1ª ed. Curitiba: CETEPAR, 1993. NADAI, Elza. O ensino de História no Brasil: trajetória e perspectiva. In: Revista Brasileira de História . v.13, nº 25/26, pp.-. São Paulo, set-92/ago-93. NIETZSCHE, Friedrich. Obras Incompletas. Coleção os Pensadores . São Paulo. Editora Victor Civita, 1983. NUNES, Clarice et al. Escola e Cidadania: aprendizado e reflexão. Salvador: Oea UFBA EGBA, 1989. PEREIRA, A.P. Potyara. Necessidades humanas. Subsídios à crítica dos mínimos sociais. 1ª ed. São Paulo: Cortez, 2000. PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi. História da cidadania. 4ª ed. São Paulo: Contexto, 2008. Questões éticas da Humanidade . Disponível em < www.dhnet.org.br/.../ac/1/1_codigos_etica.gif >Acesso em 04/12/09. Relatório de Desenvolvimento Humano, 2001, PNUD (Human Development Report, 2001, UNDP) Disponível em< hdr.undp.org/en/reports/global/hdr2001/ - 15k> Acesso em 06/12/09. SIMÕES, Carlos. Curso de Direito do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2007. TOMAZI, Nelson Dácio. Iniciação a Sociologia. 1ª ed. São Paulo: Atual, 1993. VÁZQUEZ, Adolfo Sanches. Ética. 15ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995, p. 15.

19

7. Anexos

Questionamentos desenvolvidos em sala de aula.

1. Discussão sobre conceitos de cidadania o aluno c onsidera que tem agido

como cidadão no que se refere a direitos e deveres

11,36%

33,35%

29,20%

15,31%

10,88%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

AGINDO COMO CIDADÃO COM O DIREITOS E DEVERES

SIM

NÃO

PARCIALMENTE

À DIREITOS

À DEVERES

Gráfico 1 – Agindo como cidadão com direitos e deveres

Fonte : dados do autor

2. Opinião, como cidadão, quais direitos estão send o desrespeitados em

nosso país

38,23%

16,41%

12,16%

18,32%

14,88%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

DIREITOS DESRESPEITADOS EM NOSSO PAÍS

SEGURANÇA

SAÚDE

EMPREGO

EDUCAÇÃO

MORADIA

20

Gráfico 2 – Direitos Desrespeitados em nosso país

Fonte : dados do autor

3. O Dever

35,43%

28,63%

13,48%12,07%

10,39%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

O QUE É CONSIDERADO DEVER

RESPEITAR AS LEIS

CUIDAR DO MEIO AMBIENTE

PARTICIPAR E AUXILIAR

RESPEITAR AS DIFERENÇAS

FISCALIZAR AÇÕES

Gráfico 3 – O que é considerado dever

Fonte : dados do autor

4. Os valores que precisam ser mais desenvolvidos n o âmbito escolar para

uma melhor convivência entre todos os membros

46,78%

19,81%

14,53%

10,29%8,59%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

45,00%

50,00%

PARA MELHOR CONVIVÊNCIA NO ÂMBITO ESCOLAR

ATITUDE DE PAZ

RESPEITO

TOLERÂNCIA

COMUNICAÇÃO

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

21

Gráfico 4 – O que é considerado dever

Fonte : dados do autor

5. A opinião aprender sobre cidadania e valores mor ais dentro da disciplina de

História contribuiu de maneira positiva para a form ação como cidadão

97,56%

2,44% 0,00%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

90,00%

100,00%

APRENZIDADO DA CIDADANIA DENTRO DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA COMO MANEIRA POSITIVA PARA FORMAÇÃO DO

CIDADÃO

SIM

PARCIALMENTE

NÃO

Gráfico 5– Aprendizado da Cidadania dentro da Disciplina de História como

maneira positiva para a formação do cidadão

Fonte : dados do autor

Com relação às respostas questionadas observou-se que todos os educandos

da 3ª série do ensino médio do Colégio Homero Baptista de Barros, foram muito

receptíveis diante da metodologia aplicada, e as atividades desenvolvidas, para a

conscientização da cidadania, dos valores morais e éticos, tanto que nas pesquisas

realizadas o aprendizado pela cidadania apresentou um índice de 97,56% conforme

gráfico 5, das pesquisas realizadas.