ciclos econÔmicos regionais no brasil de 1985 a … · ciclos econÔmicos regionais no brasil de...

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R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, 10(1): 115-138, jan./mar. 2006 CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A 2002 UMA INTRODUÇÃO * Alexandre B. Cunha ** Leonardo Puccini Moreira *** RESUMO Este artigo estuda as propriedades do componente cíclico do produto interno bruto per capita das unidades federativas (UFs) do Brasil no período 1985- 2002. Observou-se que as UFs tiveram, em média, ciclos mais voláteis e menos persistentes do que o ciclo do país. Verificou-se também que não houve uma pro- pensão para que as diversas UFs experimentassem recessões e expansões em datas coincidentes. Palavras-chave: ciclos de negócios regionais no Brasil; regularidades empíricas Código JEL: E32, R19 BRAZILIAN REGIONAL BUSINESS CYCLES FROM 1985 TO 2002: AN INTRODUCTION ABSTRACT We study the business cycle component of the per capita gross domes- tic product of the Brazilian states during the period 1985-2002. In average, the sta- tes had cycles more volatile and less persistent than the Brazilian cycle. The cyclical phases usually were not temporally coincident across states. Key words: Brazilian regional business cycles; empirical regularities * Artigo recebido em 17 de fevereiro de 2005 e aprovado em 16 de janeiro de 2006. Dois pareceristas anônimos forneceram comentários valiosos. Desnecessário dizer que os autores são os únicos res- ponsáveis por algum erro remanescente. O primeiro autor agradece o apoio financeiro do CNPq. ** Professor adjunto das Faculdades IBMEC/RJ, e-mail: [email protected]. *** Mestre em Economia pelas Faculdades IBMEC/RJ, e-mail: [email protected].

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115A. B. Cunha e L. P. Moreira – Ciclos econômicos regionais no Brasil...

R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, 10(1): 115-138, jan./mar. 2006

CICLOS ECONÔMICOS REGIONAISNO BRASIL DE 1985 A 2002

UMA INTRODUÇÃO*

Alexandre B. Cunha**

Leonardo Puccini Moreira***

RESUMO Esteartigoestudaaspropriedadesdocomponentecíclicodoprodutointernobrutoper capitadasunidadesfederativas(ufs)doBrasilnoperíodo1985-2002.Observou-sequeasufstiveram,emmédia,ciclosmaisvoláteisemenospersistentesdoqueociclodopaís.Verificou-setambémquenãohouveumapro-pensãoparaqueasdiversasufsexperimentassemrecessõeseexpansõesemdatascoincidentes.

Palavras-chave:ciclosdenegóciosregionaisnoBrasil;regularidadesempíricas

Código jel:E32,R19

BRAZILIAN REGIONAL BUSINESS CYCLES FROM 1985 TO 2002:

AN INTRODUCTION

ABSTRACT Westudythebusinesscyclecomponentoftheper capitagrossdomes-ticproductoftheBrazilianstatesduringtheperiod1985-2002.Inaverage,thesta-teshadcyclesmorevolatileandlesspersistentthantheBraziliancycle.Thecyclicalphasesusuallywerenottemporallycoincidentacrossstates.

Key words:Brazilianregionalbusinesscycles;empiricalregularities

* Artigorecebidoem17defevereirode2005eaprovadoem16dejaneirode2006.Doispareceristasanônimosforneceramcomentáriosvaliosos.Desnecessáriodizerqueosautoressãoosúnicosres-ponsáveisporalgumerroremanescente.Oprimeiroautoragradeceoapoiofinanceirodocnpq.

** ProfessoradjuntodasFaculdadesibmec/rj,e-mail:[email protected].

*** MestreemEconomiapelasFaculdadesibmec/rj,e-mail:[email protected].

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116 R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, 10(1): 115-138, jan./mar. 2006

INTRODUÇÃO

ConformemencionadoporKydlandePrescott(1990)eLucas(1983),os

primeiros40anosdoséculoxxtestemunharamumagrandeatividadede

pesquisanaáreadecicloseconômicos.OclássicolivroMeasuring Business

Cycles,deBurnseMitchell(1946),étalvezamelhorevidênciadoesforço

realizadopelosprimeirosestudiososdosciclosdenegócios.

Aspesquisasdosmacroeconomistasdaprimeirametadedoséculopas-

sadotinhamdoisgrandesobjetivos.Oprimeiroconsistiaemdocumentar

aspropriedadesestatísticasdasflutuaçõescíclicas.Osegundoeraconciliar

essaspropriedadescomateoriaeconômicaentãoexistente.

ArevoluçãoqueseseguiuàpublicaçãodaTeoria GeraldeKeynes(1936)

determinouoabandonodaagendadepesquisadescritanosparágrafosan-

teriores.Osesforçosempíricoseteóricosnaáreademacroeconomiaforam

alocadosparaoproblemadadeterminaçãodoníveldeprodutoerenda

agregadoemumdadoinstante.

Noensaio“Timetobuildandaggregatefluctuations”,KydlandePrescott

(1982)adotarammétodosnuméricospararesolverummodelodeequilí-

briogeraldinâmicoeestocástico.Emseguida,elesconfrontaramosatribu-

tosestatísticosdassériesgeradaspelomodelocomsériesequivalentesdo

mundoreal.

OensaiodeKydlandePrescott(1982)deuorigemaumavastaliteratura

sobreciclodenegócios.AconcessãodoPrêmioNobeldeEconomiade2004

àquelesdoispesquisadoreséumtestemunhodoimpactode“Timetobuild

andaggregatefluctuations”sobreateoriamacroeconômica.

Diversosestudossobrecicloseconômicosforamelaboradosapósapubli-

caçãode“Timetobuildandaggregatefluctuations”.Surpreendentemente,

partedastécnicasedasabordagensutilizadasemdiversosdessestrabalhos

éfundamentadanostrabalhosdesenvolvidospelosestudiososdaprimeira

metadedoséculoxx.Defato,umaimportantelinhadepesquisanaáreade

ciclodenegóciosconsistenadocumentaçãoderegularidadesempíricas.

Váriosestudossobreciclosdenegóciostêmcomobjetivoúnicoaidenti-

ficaçãodaspropriedadesestatísticasdevariáveismacroeconômicasselecio-

nadas.Porexemplo,BackuseKehoe(1992)estudaramascaracterísticasde

variáveiscomoProdutoNacionalBruto(pib)einvestimentodedezpaíses

desenvolvidosnoperíodo1850-1986.BaxtereStockman(1989)investiga-

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117A. B. Cunha e L. P. Moreira – Ciclos econômicos regionais no Brasil...

ram,combaseemumaamostrade49países,arelaçãoentreregimecam-

bialeavolatilidadedealgumasvariáveismacroeconômicas.Ambler,Cardia

eZimmermann(2004)estimaramascorrelaçõesentrediversassériesma-

croeconômicasde20países.

Aexemplodostrabalhosmencionadosnoúltimoparágrafo,esteensaio

temcomoobjetivodocumentaralgumasregularidadesempíricasdosciclos

denegóciosnoBrasil.Maisespecificamente,estudaremosaspropriedades

cíclicasdaatividadeeconômicanoDistritoFederal(df)enosestadosbra-

sileirosduranteoperíodo1985-2002.

Chegamosaváriasconclusõesnesteensaio.OEstadodeSãoPauloteve

ciclosmaisvoláteisecompersistênciasimilaraosciclosbrasileiros.Acorre-

laçãolinearentreSãoPauloeopaísfoielevada.Conseqüentemente,aquele

estadoapresentoufasescíclicas(i.e.,recessõeseexpansões)perfeitamente

coincidentescomasdaeconomianacional.

AsconclusõesreferentesaSãoPaulonãopodemsergeneralizadas.Ou

seja,umaunidadefederativa(uf)qualquernãonecessariamenteapresen-

touciclosfortementecorrelacionadoscomosciclosdaeconomiabrasileira.

Adicionalmente,excetoporSãoPaulo,nenhumauftevefasescíclicasper-

feitamentesincronizadascomasdoBrasil.

Demaneirageral,pode-sedizerqueasufsbrasileirasapresentaramci-

closmaisvoláteisemenospersistentesqueoBrasil.Relativamenteaoses-

tadosnorte-americanos,osciclosdenegóciosdosestadosbrasileirosforam

poucocorrelacionadosentresi.

Osresultadosdesteestudosugeremqueasufsbrasileiraspossuemciclos

denegóciosaltamenteheterogêneos.Taisconclusõesestãoemconsonância

comasdeAraújo(2004).Esseautorverificouqueossetoresindustriaisdas

regiõesSuleNordesterespondemachoquesdepolíticamonetáriadeforma

bastanteassimétrica.

Orestantedestetextoestáorganizadodaseguinteforma:naseção1dis-

cutem-seabasededadosutilizadaeamensuraçãodoscicloseconômicosde

cadauf.Naseção2sãoanalisadasalgumaspropriedadesbásicasdosciclos

econômicosregionaisnoBrasil.Naseção3éestudadaaevoluçãodecada

ufpelasfasesdociclodenegócios.Naseção4apresentam-seasconside-

raçõesfinais.Noanexosãoapresentadosdiversosgráficosqueilustramo

comportamentodopibper capitadoBrasiledecadaumadasufs.

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118 R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, 10(1): 115-138, jan./mar. 2006

1. MENSURANDO OS CICLOS ECONÔMICOS

ConformedestacadoporChristianoeFitzgerald(1998),paraquesepos-

samensurarqualqueraspectodoscicloseconômicos,doiselementossão

indispensáveis.Oprimeiroéumamedidaxdaatividadeeconômica.Ose-

gundoéumadefiniçãoprecisadocomponentecíclicoxCdavariávelx.Esta

seçãodetalhaosprocedimentosadotadosnestetextoparaaobtençãoda-

quelesdoiselementos.

1.1 Mensurando a atividade econômica regional

Opibper capitaéumamedidatradicionaldaatividadeeconômicadeuma

nação.Logo,énaturalqueseadoteopibper capitaestadualaosemensurar

aatividadeeconômicadasunidadesfederativasdoBrasil.

Afontebásicadosdadosutilizadosnesteensaioforamasinformações

disponíveisemibge(2004).Essabasededadospermiteelaborarumasérie

anualdepib(acustodefator)per capitaparacadaumadasunidadesfede-

rativasdoBrasilparaoperíodo1985-2002.

Obviamente,assériesdepibper capitaforamtodasmensuradasapreços

constantes.E,conformeépadrãonaliteraturarelacionada,elaspassaram

porumatransformaçãologarítmica.

Umparêntesesefaznecessárioparaqueseexpliciteotratamentodadoa

GoiáseTocantins.Em1989,oantigoEstadodeGoiásfoidesmembradona-

quelasduasufs.Asinformaçõesdisponibilizadaspeloibgenãopermitem

quesecriemsériesindividuaisparaessesdoisnovosestadosparaoperíodo

1985-1988.Optou-seentãopormanterasinformaçõesagregadas.Assim

sendo,aunidadefederativaGoiásdestetrabalhocorrespondeaoantigoes-

tadocomomesmonome.

1.2 Mensurando o componente cíclico da atividade econômica

Asériedepibper capitaxtpodeserdecompostaemcomponentesdeten-

dênciaxTtedecicloxt

C.Asérieoriginaleosseuscomponentessatisfazem

aigualdadext = xtT + xt

C.Umamaneiraintuitivadeseinterpretartalde-

composiçãoconsisteemassociar,respectivamente,ostermos xtT e– xt

C aos

conceitosproduto potencialehiato do produtoencontradosemtextosintro-

dutóriosdemacroeconomia.

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119A. B. Cunha e L. P. Moreira – Ciclos econômicos regionais no Brasil...

Hádiversasformasdeseefetuaradecomposiçãodiscutidanoparágrafo

anterior.Ouseja,háváriasmaneirasdesefiltraremosdados.Nestetraba-

lho,adotou-seofiltroHodrick-Prescott(hp).Seguindooprocedimento

usualparadadoscomperiodicidadeanual,selecionou-seovalor100parao

parâmetrodesuavizaçãoλ.1

Oprincipalfatordeterminantedaadoçãodofiltrohpfoiasuapopula-

ridade.Ofiltroemquestãotemsidoadotadoemdiversostrabalhosempí-

ricos,comoBackuseKehoe(1992),ElleryeGomes(2005),Ellery,Gomese

Sachsida(2002)eHesseShin(1998).Defato,asuautilizaçãoétãoampla

queRavneUhlig(1997)afirmamque“(...)itappearsmostlikelythatthe

hp-filterwillremainthestandardmethodfordetrendingintheoretically

orientedworkforalongtimetocome”.2

Encontram-senoapêndiceumpardegráficosparaoBrasileumpar

paracadaumadassuasunidadesfederativas.Oprimeirográficoemcada

parcontémaevoluçãodologaritmonaturaldoPIBper capita(linhacheia)

edatendênciageradapelofiltrohp(linhapontilhada)noperíodo1985-

2002.Osegundográficoilustraatrajetóriadocomponentecícliconomes-

moperíodo.

2. PROPRIEDADES BÁSICAS DOS CICLOS REGIONAIS NO BRASIL

Sejaocomponentecíclicodeumasériegenéricaxt.Dentrediversaspro-

priedadesestatísticasde xtC ,aliteraturadeciclosdenegócioscomumente

enfatizaasuavolatilidade,asuapersistênciaeoseugraudeco-movimento3

comalgumaoutrasérie.

Avolatilidadede xtC correspondeàmagnitudedassuasoscilações.

Elausualmenteémensuradapelodesvio-padrãode xtC .Observequecomoxt

estámensuradonaescalalogarítmica,écomummultiplicarodesvio-padrão

por100paraqueavolatilidadesejamensuradaempontospercentuais.

Apersistênciadasérie xtC dizrespeitoàsuaautocorrelaçãoserial.Tradi-

cionalmente,essapropriedadeéquantificadapelocoeficientedecorrelação

linearentre xtC e xt

C –1.

Oco-movimentoentreduassériescorrespondeaograudesincronismo

nassuasoscilações.Umamaneiranaturaldesemensuraresteatributoéo

coeficientedecorrelaçãoentreassériesemquestão.Paraosfinsdesteensaio,

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120 R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, 10(1): 115-138, jan./mar. 2006

umdosco-movimentosrelevanteséaqueleexistenteentrecadaunidadeda

federaçãoeaeconomiabrasileira.

Encontram-senatabela1asestatísticasdevolatilidadeepersistência

dosciclosdenegóciosdosdiversosestadosbrasileiros,dodfedoBrasil.

Éapresentadotambémograudeco-movimentodecadaunidadefederativa

comopaís.Aslinhasreferentesàscincoregiõesnacionaiscontêmasmédias

aritméticassimplesdessasáreas.Apenúltimalinhacontémasmédiasdas

diversasunidadesdafederação.

AvolatilidadedoEstadodeSãoPaulofoiaproximadamente40%su-

perioràbrasileira.Apersistênciafoivirtualmenteidêntica.Ograudeco-

movimentocomoBrasilfoibastanteelevado(0,98).Essesachadossugerem

umaaltasimilaridadedosciclosdenegóciosnoBrasileemSãoPaulo.Tal

pontoserádiscutidonovamentenapróximaseção.

AsimilaridadedosciclosdenegóciosdeSãoPauloedoBrasiléabsolu-

tamentecompreensível.Opibdaqueleestadoé,porlargamargem,omaior

dentretodasasunidadesfederativas.Em1985,opibpaulistacorrespondiaa

36%dopibdopaís.Apesardemenor,em2002talestatísticaaindaeraigual

a33%.Tendoemvistaamagnitudedaeconomiapaulista,énaturalqueas

suasoscilaçõescíclicasrepercutamdeformaclaranaatividadeeconômica

dopaís.

Avolatilidademédiadosestadosfoiligeiramentesuperioràverificada

noBrasil.ComexceçãodaCentro-Oeste,todasasregiõesapresentaram

umavolatilidademédiasuperioràbrasileira.Contudo,asestatísticasindi-

viduaisdecadaestadonãoindicamqueexistaumapropensãoparaqueas

unidadesfederativasdeumadadaregiãopossuamcicloseconômicosmais

voláteisqueosciclosdoBrasil.

Apersistênciamédiaobservadanasunidadesfederativasfoiexpressiva-

menteinferioràdoBrasil.ApenasAmazonas,RondôniaeSãoPaulotive-

ramciclosmaispersistentesdoqueopaís.

AsregiõesSudesteeSulapresentaramgrausdeco-movimentocomo

Brasilmaioresdoqueasdemaisregiões.Tendoemvistaqueaquelasduas

regiõessãoasmaisricase,conseqüentemente,asquetêmmaiorparticipa-

çãonopibnacional,talconclusãonãochegaasersurpreendente.Contudo,

abaixacorrelaçãodealgunsestadosdoNorteedoNordestecomaecono-

miabrasileiramereceserrealçada.NocasodoAcreedeAlagoas,ocoefi-

cientedecorrelaçãofoinegativo.

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121A. B. Cunha e L. P. Moreira – Ciclos econômicos regionais no Brasil...

Tabela 1: Estatísticas descritivas dos ciclos regionais

UFVolatilidade Persistência co-movimento

com o BrasilAbsoluta Rel. Brasil Absoluta Rel. Brasil

Norte 4,02 1,54 0,47 0,73 0,34

Acre 1,73 0,66 0,30 0,46 –0,40

Amapá 2,40 0,92 0,51 0,79 0,43

Amazonas 8,91 3,41 0,74 1,16 0,77

Pará 3,51 1,35 0,36 0,56 0,25

Rondônia 4,81 1,84 0,68 1,06 0,50

Roraima 2,78 1,06 0,24 0,37 0,49

Nordeste 2,66 1,02 0,17 0,27 0,59

Alagoas 2,53 0,97 –0,20 –0,32 –0,10

Bahia 2,60 0,99 0,33 0,51 0,71

Ceará 1,83 0,70 –0,17 –0,27 0,33

Maranhão 4,02 1,54 0,07 0,11 0,60

Paraíba 2,91 1,12 0,16 0,25 0,54

Pernambuco 2,56 0,98 0,39 0,60 0,88

Piauí 2,04 0,78 0,22 0,35 0,76

Rio Grande do Norte 3,03 1,16 0,49 0,76 0,80

Sergipe 2,43 0,93 0,26 0,41 0,75

Centro-Oeste 1,85 0,71 0,28 0,43 0,61

Distrito Federal 1,30 0,50 0,28 0,44 0,74

Goiás 1,93 0,74 0,33 0,52 0,75

Mato Grosso 2,64 1,01 0,38 0,60 0,34

Mato Grosso do Sul 1,54 0,59 0,10 0,16 0,59

Sudeste 2,77 1,06 0,42 0,65 0,76

Espírito Santo 2,15 0,82 0,19 0,30 0,47

Minas Gerais 2,96 1,13 0,41 0,64 0,86

Rio de Janeiro 2,29 0,87 0,39 0,61 0,75

São Paulo 3,69 1,41 0,67 1,04 0,98

Sul 3,29 1,26 0,40 0,62 0,74

Paraná 3,31 1,27 0,26 0,40 0,71

Rio Grande do Sul 4,03 1,54 0,45 0,69 0,61

Santa Catarina 2,52 0,96 0,50 0,78 0,91

Média nacional 2,94 1,13 0,32 0,50 0,58

Brasil 2,61 1,00 0,64 1,00 1,00

Fonte: Cálculo dos autores.

Alémdoco-movimentodecadaunidadefederativacomaeconomiana-

cional,háinteresseemsemensuraroco-movimentoentreosestados.En-

contram-senatabela2ascorrelaçõesdoscomponentescíclicosdaatividade

econômicaentreasdiversasufs.

Amédiadascorrelaçõesapresentadasnatabela2éiguala0,35.Para

quesetenhaumamelhorcompreensãodosignificadodessacifra,elaserá

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122 R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, 10(1): 115-138, jan./mar. 2006

Tab

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710,

710,

740,

200,

220,

230,

60

SP–0

,36

0,43

0,86

0,11

0,49

0,39

-0,1

10,

710,

300,

520,

570,

860,

790,

790,

720,

710,

650,

260,

590,

460,

840,

70

PR–0

,68

0,00

0,42

0,42

0,00

0,40

-0,0

60,

170,

170,

530,

220,

630,

520,

610,

410,

500,

550,

090,

59-0

,05

0,83

0,58

0,65

RS–0

,28

0,54

0,20

0,30

0,62

0,32

-0,0

70,

510,

000,

27-0

,01

0,46

0,32

0,17

0,31

0,24

0,51

0,82

0,54

0,49

0,34

0,24

0,53

0,40

SC–0

,32

0,53

0,64

0,25

0,55

0,46

0,01

0,68

0,25

0,56

0,44

0,86

0,60

0,70

0,72

0,65

0,64

0,35

0,53

0,47

0,72

0,65

0,90

0,53

0,62

méd

ia

0,35

d

esvi

o pa

drão

0,

31

Font

e: C

álcu

lo d

os a

utor

es.

Page 9: CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A … · CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A 2002 UMA INTRODUÇÃO* Alexandre B. Cunha** Leonardo Puccini Moreira*** RESUMO

123A. B. Cunha e L. P. Moreira – Ciclos econômicos regionais no Brasil...

comparadaaestatísticasequivalentesobtidasemoutrosestudos.Ocorres-

pondentevalorobservadoporHesseShin(1998)para19estadosnorte-

americanosnoperíodo1978-1992éde0,75.Jáparaosdezpaísesindustria-

lizadosestudadosporBackuseKehoe(1992),aequivalenteestatísticapara

operíodo1950-1986éde0,26.

Ograudeco-movimentoentreasunidadesfederativasbrasileirasébai-

xo.Eleestámaispróximodaqueleobservadoempaísesqueseguiampolí-

ticaseconômicaspossivelmenteheterogêneasdoqueodosestadosnorte-

americanos.Pode-seconcluirqueoDistritoFederaleosestadosbrasileiros

possuemcicloseconômicoscombaixograudeintegração.

Kouparitsas(2001)estudouoscicloseconômicos,noperíodo1970-1995,

de22paísesdesenvolvidose46paísesemdesenvolvimento.Eleobservou

queasflutuaçõescíclicasdoprimeirogrupodenaçõeseramtransmitidas

paraosegundopelosfluxosdecomércio.

Seadistânciageográficaforumaproxyrazoávelparaoscustosdetrans-

porteeessesforemrelevantesparaadeterminaçãodocomérciointeresta-

dual,estadoslimítrofesdevempossuirfluxoscomerciaisrelativamentemais

intensos.Suponhaagoraqueummecanismosemelhanteaoapontadopor

Kouparitsas(2001)influencieosestadosbrasileiros.Logo,estadoslimítro-

festenderiamaapresentarumgraudeco-movimentomaiordoqueoob-

servadoentreestadosdistantes.Contudo,osdadosdatabela2mostramque

talvisãonãoénecessariamentecorreta.

Atítulodeexemplo,considereSantaCatarina.Osseusgrausdeco-mo-

vimentocomRioGrandedoSulePernambucosãorespectivamenteiguais

a0,62e0,86.Similarmente,ascorrelaçõesdeSãoPaulocomAmazonase

Pernambucosãomaioresdoqueaquelascomseusestadoscontíguos(Para-

ná,MatoGrossodoSul,MinasGeraiseRiodeJaneiro).Aevidênciasugere

queosfluxosdecomércionãoconstituemoprincipalfatordeterminante

dosco-movimentosdasunidadesfederativasdoBrasil.

Conformemencionadoanteriormente,oEstadodeSãoPaulopossuio

maiorpibdentreasufsbrasileiras.Assimsendo,essauféumacandidata

naturaladesempenharopapeldefontedasoscilaçõescíclicas.

ComoobjetivodeseverificarseumcicloiniciadoemSãoPauloposte-

riormentesepropagaparaorestodopaís,computou-seoco-movimento

contemporâneoedefasadodasufscomoEstadodeSãoPaulo.Osresulta-

Page 10: CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A … · CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A 2002 UMA INTRODUÇÃO* Alexandre B. Cunha** Leonardo Puccini Moreira*** RESUMO

124 R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, 10(1): 115-138, jan./mar. 2006

dossãoapresentadosnatabela3.Assimcomonatabela1,aslinhasreferen-

tesàsregiõesnacionaiscontêmmédiasaritméticassimples.

Paraamaiorpartedasufs,acorrelaçãocontemporâneaémaiorque

ascorrelaçõesdefasadas.Adicionalmente,acorrelaçãotendeadecrescerà

medidaqueseaumentaograudedefasagem.Issosugerequeumeventual

impactodeumchoquecíclicoemSãoPaulosobreorestodopaísatinge

oseupiconomomentodasuarealizaçãoesedissipadeformagradualao

longodotempo.

Tabela 3: Correlação das UFs com São Paulo

UF SP t SP t-1 SP t-2

Norte 0,32 0,06 –0,13

Acre –0,36 –0,46 –0,08

Amapá 0,43 –0,19 –0,51

Amazonas 0,86 0,72 0,32

Pará 0,11 –0,01 0,01

Rondônia 0,49 0,05 –0,43

Roraima 0,39 0,26 –0,08

Nordeste 0,57 0,41 0,20

Alagoas –0,11 –0,08 –0,28

Bahia 0,71 0,43 0,33

Ceará 0,30 0,21 0,11

Maranhão 0,52 0,32 0,20

Paraíba 0,57 0,48 0,23

Pernambuco 0,86 0,51 0,11

Piauí 0,79 0,48 0,17

Rio Grande do Norte 0,79 0,80 0,41

Sergipe 0,72 0,50 0,47

Centro-Oeste 0,55 0,29 –0,14

Distrito federal 0,71 0,59 0,48

Goiás 0,65 0,43 0,26

Mato Grosso 0,26 –0,20 –0,56

Mato Grosso do Sul 0,59 0,35 –0,13

Sudeste 0,75 0,52 0,22

Espírito Santo 0,46 0,02 –0,20

Minas Gerais 0,84 0,74 0,29

Rio de Janeiro 0,70 0,66 0,56

São Paulo 1,00 0,67 0,21

Sul 0,69 0,36 –0,07

Paraná 0,65 0,64 0,19

Rio Grande do Sul 0,53 -0,01 –0,45

Santa Catarina 0,90 0,45 0,04

média nacional 0,55 0,32 0,06

Fonte: Cálculo dos autores.

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125A. B. Cunha e L. P. Moreira – Ciclos econômicos regionais no Brasil...

Encerra-seestaseçãocomumbrevesumáriodasconclusõesnelaobtidas.

Emmédia,asufsapresentaramoscilaçõesmaisvoláteisemenospersisten-

tesqueopaís.RelativamenteaosEstadosUnidos,ograudeco-movimento

entreosestadosbrasileirosébaixo.

3. EXPANSÕES, RECESSÕES E PONTOS DE INFLEXÃO

Umaeconomiaestáemexpansãonadatatquandoháumcrescimentono

componentecíclicodopibper capita,ouseja,xtC – xt

C –1

>0.Similarmente,

umaeconomiaseencontraemrecessãonadatatquandoxtC – x Ct–1

≤0.Hou-

veumponto de inflexãonadatat–1quandoaeconomiaestavaemrecessão

(expansão)emt–1eestáemexpansão(recessão)emt.Ouseja,umponto

deinflexãocorrespondeaumamudançadefasenociclodenegócios.4

Apresenta-senatabela4umadescriçãodetalhadadaevoluçãodasfases

docicloeconômicoemcadaumadasunidadesfederativasdoBrasil.

Umaimportanteconclusãoobtidadatabelaacimaéaperfeitacoinci-

dênciadasfasesdoEstadodeSãoPaulocomasdoBrasil.Contudo,exceto

porSãoPaulo,nenhumaoutraufapresentoufasescíclicasperfeitamente

sincronizadascomasdaeconomianacional.

ODistritoFederaleosestadosbrasileirosapresentaramcronologiasde

recessõeseexpansõesconsideravelmentedistintasduranteoperíodoestu-

dado.Porexemplo,nãoépossívelidentificarumanonointervalo1986-

2002noqualasunidadesfederativasestivessemtodasemrecessãooutodas

emexpansão.Tambémnãoépossívelidentificarumpardeufsquetenham

apresentadoamesmaevoluçãoaolongodasfasesdociclodenegócios.

Keynes(1936)tornoulugar-comumentreoseconomistasaidéiadeque

umgovernodeveimplementarpolíticasmacroeconômicasanticíclicas.Tal

propostateveuminegávelimpactonaciênciaeconômica.Recentemente,

Lucas(2003)discutiuosimpactosdasoscilaçõescíclicassobreobem-estar

social.Woodford(2003)argumentaqueaestabilizaçãodadiferençaentre

produtoefetivoepotencialdeveserumadasmetasdapolíticaeconômica.5

Asconclusõesobtidasnestaseçãoapontamparaumdesafioadicional

paraospolicy makersbrasileiros.Parailustraresseponto,considereoanode

1999.TantooBrasilcomooEstadodeSãoPauloestavamnosegundoano

deumarecessão.Seexistisseoobjetivodeseimplementarumapolíticaan-

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126 R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, 10(1): 115-138, jan./mar. 2006

Tabela 4: Fases dos ciclos econômicos

UF

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

Acre – – + – + + – + – + + – + + + + +

Amapá + – – – – + – + + – + + – – + + +

Amazonas + – + – – – – + + + + + – – + – –

Pará + + + – + – + + – – – + – + + + +

Rondônia + – + – – – + + + + + – – + + + +

Roraima + + + – – + + + – + + – – + + + +

Alagoas + + – + + + + – + – – + + – + – –

Bahia + – + – – – + + + – + + – – + – –

Ceará + – + – – + – – + – + + – – + – +

Maranhão + – + – – + – + + – + + – + + + +

Paraíba + – + – + + – – + + + + – + + – +

Pernambuco + + – + – + – + + + – + – – + – +

Piauí + – + – – + – + + – + – – + + – –

Rio Grande do Norte + + – – – + – – + + – + – – + – –

Sergipe + – + – – – – + + – + + – – + – +

Distrito Federal + – + – + – – + + + – + – + + – –

Goiás + + + – – + – + – – + + – – + + +

Mato Grosso + – + – – – + + + – – – + + + – +

Mato Grosso do Sul – + + – – + – + – + – + – – – + –

Espírito Santo + – + – – + – – + – + – – – + – +

Minas Gerais – + – – – + – + + + + + – – + – –

Rio de Janeiro + – + + – + – + + + + – + – + – +

São Paulo + + – – – – – + + + + + – – + – –

Paraná – + – – – – – + + – + – + – + + –

Rio Grande do Sul + + – – – – + + + – – + – + + + –

Santa Catarina + + – – – + + + – + + + – + + + –

Brasil + + – – – – – + + + + + – – + – –

Obs.: “+” e “−” denotam, respectivamente, expansão e recessãoFonte: Cálculo dos autores.

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127A. B. Cunha e L. P. Moreira – Ciclos econômicos regionais no Brasil...

ticíclica,aquelaobservaçãodeterminariaqualpolíticaemquestãodeveria

serexpansionista.Contudo,algunsestados(comoMatoGrosso,ParáeRio

GrandedoSul)estavamemexpansãonaqueleano.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Adocumentaçãodosfatosestilizadosdosciclosdenegóciostemsidoo

alvodediversosensaios.Estetrabalhoseinserenessalinhadeinvestigação.

Oseuobjetivoconsistiuem identificaras regularidadesempíricasdos

ciclosdenegóciosdecadaunidadefederativa(uf)doBrasilnoperíodo

1985-2002.

Emmédia,asufsbrasileirasapresentaramcicloscomvolatilidadeapro-

ximadamente13%superioraosciclosdopibper capitabrasileiro.Osciclos

dasufssãomenospersistentesdoqueociclonacional.

Aspropriedadesdosciclosdenegóciosbrasileirosforamcomparadas

àevidênciaexistentepara19estadosnorte-americanos.Observou-seque

ograudeco-movimentodasufsbrasileiraséexpressivamenteinferiorao

observadonosEstadosUnidos.

SãoPauloapresentouciclosmaisvoláteisqueoBrasil.Contudo,osseus

ciclostiverampersistênciasimilaraosdopaíseexibiramumaltograude

co-movimentocomosciclosnacionais.Adicionalmente,asrecessõeseex-

pansõesdeSãoPauloedoBrasilestiveramperfeitamentesincronizadasno

tempo.

AsemelhançaentreosciclosdeSãoPauloedopaísnãofoiobservada

paraasdemaisufs.Observou-seumaexpressivadiferençanacronologia

dasrecessõeseexpansõesregionais.Asdiversasufsnãotiverampontosde

inflexãocoincidentescomaeconomianacional.

Aprincipalevidênciaqueemergedestetrabalhoéaheterogeneidadedos

ciclosdenegóciosnasdiversasunidadesfederativasdopaís.Assimsendo,

umaeventualformulaçãodepolíticasmacroeconômicasanticíclicasdeveria

levaressefatoemconsideração.

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128 R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, 10(1): 115-138, jan./mar. 2006

ANEXO

Gráfico 1PIB per capita do Brasil:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,15

0,10

0,05

0,00

-0,05

Gráfico 2PIB per capita do Brasil:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,06

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

-0,06

Gráfico 3PIB per capita do Acre:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,02

0,00

-0,02

-0,04

-0,06

-0,08

-0,10

Gráfico 4PIB per capita do Acre:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

Gráfico 5PIB per capita do Amapá:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,02

0,00

-0,02

-0,04

-0,06

-0,08

-0,10

-0,12

Gráfico 6PIB per capita do Amapá:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,05

0,03

0,01

-0,01

-0,03

-0,05

Page 15: CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A … · CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A 2002 UMA INTRODUÇÃO* Alexandre B. Cunha** Leonardo Puccini Moreira*** RESUMO

129A. B. Cunha e L. P. Moreira – Ciclos econômicos regionais no Brasil...

Gráfico 7PIB per capita do Amazonas:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,74

0,54

0,34

0,14

-0,06

Gráfico 8PIB per capita do Amazonas:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,08

-0,02

-0,12

-0,22

Gráfico 9PIB per capita do Pará:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,22

0,17

0,12

0,07

0,02

-0,03

Gráfico 10PIB per capita do Pará:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,05

0,00

-0,05

-0,10

Gráfico 11PIB per capita de Rondônia:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,04

-0,06

-0,16

-0,26

Gráfico 12PIB per capita de Rondônia:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,05

0,00

-0,05

-0,10

Page 16: CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A … · CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A 2002 UMA INTRODUÇÃO* Alexandre B. Cunha** Leonardo Puccini Moreira*** RESUMO

130 R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, 10(1): 115-138, jan./mar. 2006

Gráfico 13PIB per capita de Roraima:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,05

0,00

-0,05

-0,10

Gráfico 14PIB per capita de Roraima:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,08

0,06

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

Gráfico 15PIB per capita de Alagoas:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,15

0,10

0,05

0,00

-0,05

Gráfico 16PIB per capita de Alagoas:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,06

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

-0,06

Gráfico 17PIB per capita da Bahia:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,12

0,07

0,02

-0,03

-0,08

Gráfico 18PIB per capita da Bahia:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,06

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

-0,06

Page 17: CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A … · CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A 2002 UMA INTRODUÇÃO* Alexandre B. Cunha** Leonardo Puccini Moreira*** RESUMO

131A. B. Cunha e L. P. Moreira – Ciclos econômicos regionais no Brasil...

Gráfico 19PIB per capita do Ceará:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,30

0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0,00

Gráfico 20PIB per capita do Ceará:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,05

0,03

0,01

-0,01

-0,03

Gráfico 21PIB per capita do Maranhão:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,30

0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0,00

Gráfico 22PIB per capita do Maranhão:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,05

0,00

-0,05

-0,10

Gráfico 23PIB per capita da Paraíba:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,35

0,30

0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0,00

Gráfico 24PIB per capita da Paraíba:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

-0,06

-0,08

-0,10

Page 18: CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A … · CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A 2002 UMA INTRODUÇÃO* Alexandre B. Cunha** Leonardo Puccini Moreira*** RESUMO

132 R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, 10(1): 115-138, jan./mar. 2006

Gráfico 25PIB per capita de Pernambuco:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,10

0,06

0,02

-0,02

-0,06

Gráfico 26PIB per capita de Pernambuco:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,08

0,06

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

-0,06

Gráfico 27PIB per capita do Piauí:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,35

0,30

0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0,00

Gráfico 28PIB per capita do Piauí:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

-0,06

Gráfico 29PIB per capita do Rio Grande do Norte:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,35

0,30

0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0,00

Gráfico 30PIB per capita do Rio Grande do Norte:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,06

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

-0,06

-0,08

Page 19: CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A … · CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A 2002 UMA INTRODUÇÃO* Alexandre B. Cunha** Leonardo Puccini Moreira*** RESUMO

133A. B. Cunha e L. P. Moreira – Ciclos econômicos regionais no Brasil...

Gráfico 31PIB per capita de Sergipe:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,11

0,09

0,07

0,05

0,03

0,01

-0,01

Gráfico 32PIB per capita de Sergipe:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,06

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

Gráfico 33PIB per capita do Distrito Federal:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,08

0,06

0,04

0,02

0,00

-0,02

Gráfico 34PIB per capita do Distrito Federal:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,03

0,02

0,01

0,00

-0,01

-0,02

-0,03

Gráfico 35PIB per capita de Goiás:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,20

0,15

0,10

0,05

0,00

Gráfico 36PIB per capita de Goiás:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,06

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

Page 20: CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A … · CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A 2002 UMA INTRODUÇÃO* Alexandre B. Cunha** Leonardo Puccini Moreira*** RESUMO

134 R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, 10(1): 115-138, jan./mar. 2006

Gráfico 37PIB per capita de Mato Grosso:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,80

0,60

0,40

0,20

0,00

Gráfico 38PIB per capita de Mato Grosso:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,06

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

-0,06

Gráfico 39PIB per capita de Mato Grosso do Sul:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,35

0,25

0,15

0,05

-0,05

Gráfico 40PIB per capita de Mato Grosso do Sul:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,02

0,01

0,00

-0,01

-0,02

-0,03

Gráfico 41PIB per capita do Espírito Santo:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,15

0,10

0,05

0,00

-0,05

-0,10

Gráfico 42PIB per capita do Espírito Santo:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

-0,06

Page 21: CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A … · CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A 2002 UMA INTRODUÇÃO* Alexandre B. Cunha** Leonardo Puccini Moreira*** RESUMO

135A. B. Cunha e L. P. Moreira – Ciclos econômicos regionais no Brasil...

Gráfico 43PIB per capita de Minas Gerais:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,18

0,13

0,08

0,03

-0,02

Gráfico 44PIB per capita de Minas Gerais:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,08

0,06

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

-0,06

Gráfico 45PIB per capita do Rio de Janeiro:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,09

0,07

0,05

0,03

0,01

-0,01

-0,03

Gráfico 46PIB per capita do Rio de Janeiro:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

-0,06

Gráfico 47PIB per capita de São Paulo:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,06

0,01

-0,04

-0,09

-0,14

Gráfico 48PIB per capita de São Paulo:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,05

0,00

-0,05

-0,10

Page 22: CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A … · CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A 2002 UMA INTRODUÇÃO* Alexandre B. Cunha** Leonardo Puccini Moreira*** RESUMO

136 R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, 10(1): 115-138, jan./mar. 2006

Gráfico 49PIB per capita do Paraná:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,50

0,40

0,30

0,20

0,10

0,00

Gráfico 50PIB per capita do Paraná:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,07

0,02

-0,03

-0,08

Gráfico 51PIB per capita do Rio Grande do Sul:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,14

0,10

0,06

0,02

-0,02

-0,06

-0,10

Gráfico 52PIB per capita do Rio Grande do Sul:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,08

0,03

-0,02

-0,07

-0,12

Gráfico 53PIB per capita de Santa Catarina:

efetivo e tendência

1985 1990 1995 2000

0,30

0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0,00

Gráfico 54PIB per capita de Santa Catarina:

componente cíclico

1985 1990 1995 2000

0,06

0,04

0,02

0,00

-0,02

-0,04

Page 23: CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A … · CICLOS ECONÔMICOS REGIONAIS NO BRASIL DE 1985 A 2002 UMA INTRODUÇÃO* Alexandre B. Cunha** Leonardo Puccini Moreira*** RESUMO

137A. B. Cunha e L. P. Moreira – Ciclos econômicos regionais no Brasil...

NOTAS

1. Aanáliserealizadanestetrabalhotambémfoiefetuadacomosfiltrosdeprimeiradife-

rençaehpcomovalor400paraoparâmetroλ.Osresultadosqualitativos–ouseja,

heterogeneidadedoscicloseassincronismotemporaldasrecessõeseexpansões–se

mostraramrobustosàtécnicadefiltragem.

2. AspropriedadesdofiltrohpsãoestudadasporHodrickePrescott(1997)eRavneUhlig

(1997).Sugere-seaoleitorinteressadonaspropriedadesdeoutrosfiltrosqueconsulte

Canova(1999).

3. Utilizou-senesteensaioaexpressãoco-movimentocomooequivalenteemportuguês

paraotermocomovementdalínguainglesa.

4. Canova(1999)forneceumtratamentodetalhadodoproblemadeidentificaçãodasfases

edospontosdeinflexãodosciclosdenegócios.

5. ValeressaltarqueLucas(2003)argumentadeformaexplícitaquenãonecessariamente

édesejável,sobopontodevistadobem-estarsocial,eliminartodasasflutuaçõescícli-

cas.AanáliseemWoodford(2003)levaàmesmaconclusão.Obviamente,adiscussão

dessepontofogeaoescopodopresentetrabalho.

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