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FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ECONOMIA CICLOS ECONÔMICOS NO BRASIL: ANTES E APÓS O REAL ALEXANDRE DA SILVA RAMOS ORIENTADOR: ALEXANDRE BARROS DA CUNHA Rio de Janeiro, 07 de novembro de 2005

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FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMECPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EMADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA

DDIISSSSEERRTTAAÇÇÃÃOO DDEE MMEESSTTRRAADDOOPPRROOFFIISSSSIIOONNAALLIIZZAANNTTEE EEMM EECCOONNOOMMIIAA

CICLOS ECONÔMICOS NO BRASIL:ANTES E APÓS O REAL

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Rio de Janeiro, 07 de novembro de 2005

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CICLOS ECONÔMICOS NO BRASILANTES E APÓS O REAL

ALEXANDRE DA SILVA RAMOS

Dissertação apresentada ao curso deMestrado Profissionalizante em Economiacomo requisito parcial para obtenção doGrau de Mestre em Economia.Área de Concentração: Macroeconomia

ORIENTADOR: ALEXANDRE BARROS DA CUNHA

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2006.

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CICLOS ECONÔMICOS NO BRASILANTES E APÓS O REAL

ALEXANDRE DA SILVA RAMOS

Dissertação apresentada ao curso deMestrado Profissionalizante em Economiacomo requisito parcial para obtenção doGrau de Mestre em Economia.Área de Concentração: Macroeconomia

Avaliação:

BANCA EXAMINADORA:

_____________________________________________________

Professor ALEXANDRE BARROS DA CUNHA (Orientador)Instituição: IBMEC-RJ

_____________________________________________________

Professor FERNANDO AUGUSTO ADEODATO VELOSOInstituição: IBMEC-RJ

_____________________________________________________

Professor FERNANDO DE HOLANDA BARBOSAInstituição: EPGE-FGV

Rio de Janeiro, 07 de novembro de 2005.

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FICHA CATALOGRÁFICA

Entrar em contato com a biblioteca no 14º andar,ou através do e-mail: [email protected]

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v

Aos meus filhos

João Pedro, Gabriel e Lucas

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vi

Agradeço aos meus pais e amigos da

Coordenação de Contas Nacionais � IBGE, pelo

apoio nos momentos mais difíceis.

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RESUMO

O objetivo principal desta dissertação consiste em avaliar as mudanças na

volatilidade econômica brasileira nos anos que antecederam e sucederam a introdução do

Plano Real; bem como, secundariamente, para o pós-Real, nos dois regimes cambiais

empregados: crawling bands e flexível.

Constatou-se que no período anterior ao Real, a atividade econômica apresentou

maior volatilidade e autocorrelação do que no período posterior, bem como uma trajetória

anticíclica em relação ao nível de preços; diferentemente do pós-Real que registrou uma

performance procíclica. Além disso, a cronologia obtida para os ciclos econômicos,

particularmente para as regras de datação referentes ao conceito �clássico�, aponta para

recessões mais freqüentes e prolongadas no pré-Real.

A Indústria e o Comércio correspondem aos setores com maior grau de co-

movimento com a atividade econômica agregada; logo os que mais refletem os efeitos das

expansões e recessões da economia nacional.

Quanto aos impactos reais que o grau de incerteza, representado pela volatilidade

(variância) condicionada, exerce sobre a taxa de crescimento e a inflação, somente a hipótese

de Devereux, que sugere uma relação positiva entre taxa de inflação e nível de incerteza da

atividade econômica, foi verificada para a economia brasileira no período que antecedeu a

introdução do Plano Real.

Palavras Chave: ciclo econômico, componente cíclico, co-movimento, variância condicional

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viii

ABSTRACT

The main objective of this dissertation consists of evaluating the changes in

Brazilian economic volatility in the periods that the introduction of the Real Plan precedes

and occurs; as well as, for pos-Real, in the two exchange rate regimes used: crawling bands

and flexible.

An evidence in the previous period to the Real was that output presented greater

volatility and autocorrelation than in the posterior period, as well as a countercyclical pattern

in relation to the level of prices; differently of pos-Real that registered procyclical one.

Moreover, the chronology gotten for the business cycles, particularly for the referring dating

rules to "the classic" concept, it points with respect to more frequent and long contractions in

pre-Real.

The Industry and the Commerce correspond to the sectors with higher degree of

comovement with the added economic activity; therefore the ones that more reflect the

effects of the expansions and contractions of the national economy.

In relation to the real impacts that the uncertainty degree, represented for conditional

volatility (variance), has been exerted on the growth rate and the inflation, only the hypothesis

of Devereux, that it suggests a positive relation between inflation rate and level of uncertainty

of the economic activity, was verified for the Brazilian economy, especially in the period that

preceded the introduction of the Real Plan.

Key Words: business cycles, growth cycle, comovement, conditional variance.

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ix

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Logaritmo Natural do PIB a preços de mercado, Agropecuária, Indústria e

Serviços. Séries Trimestrais Dessazonalizadas...........................................................................5

FIGURA 2: Variação Logarítmica do IGP�DI dessazonalizado (inflação

trimestral)....................................................................................................................................7

FIGURA 3: Flutuação dos Componentes Cíclicos do PIB Trimestral conforme filtro........13

FIGURA 4: Esboço Teórico do Procedimento ABCD: Anas & Ferrara

(2002)........................................................................................................................................24

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: Pesos simétricos da aplicação do filtro Baxter King para o PIB trimestral �

matriz w(1,a) �..........................................................................................................................14

TABELA 2: Co-movimento das Flutuações Cíclicas do PIB brasileiro...................................18

TABELA 3: Volatilidade Relativa............................................................................................19

TABELA 4: Taxas de Crescimento Médio Anualizadas..........................................................21

TABELA 5: Recessões e Expansões � Ciclos Econômicos e de Crescimento.........................29

TABELA 6: Pico a Vale, segundo Chauvet & Silva (2004).....................................................30

TABELA 7: Grau de Coincidência. Referência: Chauvet & Silva (2004)...............................31

TABELA 8: Pontos de Inflexão Falsos e Perdidos...................................................................33

TABELA 9: Pontos de Inflexão Falsos e Perdidos � Canova (1999).......................................33

TABELA 10: Freqüência e Duração Média (em trimestres) dos Ciclos..................................35

TABELA 11: Desvio Padrão das Flutuações Cíclicas..............................................................37

TABELA 12: Teste F de igualdade entre as variâncias pré e pós Real e Crise Cambial

99...............................................................................................................................................38

TABELA 13: Autocorrelação dos Componentes Cíclicos do PIB trimestral...........................39

TABELA 14: Correlação Cíclica: Nível de Preços (t-i) e Atividade Econômica (t)................41

TABELA 15: GARCH (1,1) por Cunha et al. (2004)...............................................................46

TABELA 16: Modelo GARCH (1,1) para a taxa de crescimento do PIB...............................47

TABELA 17: Modelo GARCH (1,1) para a taxa de inflação..................................................50

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xi

SUMÁRIO

RESUMO..................................................................................................................................vii

ABSTRACT............................................................................................................................viii

LISTA DE FIGURAS................................................................................................................ix

LISTA DE TABELAS................................................................................................................x

I � INTRODUÇÃO.....................................................................................................................1

II � SÉRIES E METODOLOGIA UTILIZADAS......................................................................4

II.1: PIB Trimestral.........................................................................................................4

II.2: Índice de Preço........................................................................................................6

II.3: Componentes Cíclicos.............................................................................................8

II.4: Procedimentos de Filtragem....................................................................................9

II.4.1: Tendência Linear......................................................................................9

II.4.2: Diferenciação.........................................................................................10

II.4.3: Hodrick-Prescott (filtro HP)...................................................................11

II.4.4: Baxter King (filtro BK)..........................................................................12

III - CO-MOVIMENTOS DOS CICLOS ECONÔMICOS NO BRASIL................................15

IV � PONTOS DE INFLEXÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA..........................................22

V � PROPRIEDADES CÍCLICAS ANTES E APÓS O REAL E SOB REGIMES CAMBIAIS

DE CRAWLING BANDS E FLEXÍVEL...................................................................................35

V.1: Propriedades Cíclicas da Atividade Econômica...................................................36

V.2: Propriedades Cíclicas dos Preços..........................................................................41

VI � OS EFEITOS REAIS DAS INCERTEZAS RELATIVAS ÀS TAXAS DE

CRESCIMENTO ECONÔMICO E DA INFLAÇÃO..............................................................42

VI.1: Hipótese de Fischer Black...................................................................................44

VI.2: Hipótese de Cukierman-Meltzer..........................................................................48

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VI.3: Hipótese de Devereux..........................................................................................49

VI.4: Hipótese de Friedman..........................................................................................51

VII � CONCLUSÃO.................................................................................................................51

VIII � REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS.............................................................................54

IX � APÊNDICE.......................................................................................................................58

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I – INTRODUÇÃO

Nos últimos 25 anos, o Brasil vivenciou, por inúmeras vezes, eventos de natureza

política e econômica que o credenciam a um dos melhores casos para estudo quanto à

volatilidade e oscilação do desempenho de sua atividade produtiva. Dada esta singularidade, a

análise do comportamento dos chamados ciclos econômicos (ou de negócios) no Brasil encabeça

o escopo desta dissertação.

Após as Crises do Petróleo na década de 70 e a conseqüente recessão no início dos anos

80, a economia brasileira passou a sofrer sucessivos choques em função das políticas adotadas

como resposta às crises que a atingiam. Desequilíbrios no balanço de pagamentos, estagnação

econômica e um processo de hiperinflação, que se acelerava a cada tentativa de controle a partir

de planos econômicos mal sucedidos, caracterizaram esta primeira fase que se encerra em 1994

com a implantação do Plano Real.

Como destacado por Baer (2003), com a inflação sob controle, pelo menos em relação

aos níveis anteriormente observados, crises externas como a mexicana em 1995, a asiática em

1997, a russa em 1998 e a conseqüente maxi-desvalorização cambial em 1999, bem como fatores

internos de ordem estrutural (apagão de 2001) e política (2002) ameaçaram, ao longo do período,

a estabilidade conquistada com o Plano Real. Reformas como a fiscal, a tributária, a trabalhista e

a da previdência passam a compor a pauta da agenda de um plano visando o crescimento

sustentado, a fim de minimizar as fragilidades estruturais internas e vulnerabilidade a crises

externas.

Neste contexto, buscar-se-á apresentar e avaliar as propriedades relativas aos ciclos

econômicos no Brasil antes e após a introdução do Real, bem como para o período posterior ao

plano, para as duas fases de regime cambial adotado: banda ajustável � crawling bands � em um

primeiro momento, e flexível em um segundo momento, conforme procedimentos adotados em

estudos nacionais e internacionais a respeito dos fatores que possam explicar as variações no

padrão de comportamento da economia nacional.

Estratificar a amostra nos sub-períodos propostos acima tem como objetivo avaliar os

impactos sobre a volatilidade econômica sob regimes monetários e cambiais distintos, visto que,

como plano de estabilização, o Real constitui uma ruptura no modelo de gestão de política

monetária no Brasil, onde no período que o antecede apontava-se como causa da inflação a sua

inércia. Como destacado por Simonsen (1995), em relação ao Cruzado e, também, aos demais

planos econômicos que o sucederam no período pré-Real, �o governo deixou que a expansão

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monetária corresse à solta e que o déficit público se aprofundasse, já que, no diagnóstico oficial,

a inflação pouco tinha a ver com o nível da demanda�.

Com a introdução do Real, o controle fiscal passa a constituir uma das preocupações

centrais das autoridades governamentais, implementando reformas como as privatizações de

empresas estatais e a quebra de monopólios públicos. Em relação à política monetária, destaca-se

como evidência de mudança em sua gestão a partir do Real, o controle da expansão da base

monetária acompanhada da queda da inflação e de sua inércia, como conseqüências da maior

austeridade em sua gestão e o fim da indexação, presente em planos anteriores.

A primeira fase do período posterior à implantação do Real foi gerenciada sob o regime

cambial de crawling bands, que consistia em estabelecer intervalos de flutuação para a cotação

da moeda americana, reajustados periodicamente. Com os efeitos das crises asiática e russa, a

política cambial não resiste e no inicio de 1999, após as eleições, adota-se a política de câmbio

flexível.

Estruturamos da seguinte forma a dissertação com as conclusões das respectivas seções:

após esta introdução, apresentaremos as séries e fontes utilizadas para a atividade econômica e

nível de preços, além dos quatro procedimentos de filtragem aplicados � tendência linear,

primeira diferença, Hodrick-Prescott e Baxter-King. Esta variedade de filtros é motivada por

Canova (1999), que relativizou os resultados da análise dos ciclos econômicos face o emprego de

doze procedimentos de filtragem distintos, sendo quatro deles aqui utilizados.

Na seção seguinte, revisamos o estudo de Christiano & Fitzgerald (1998), que

computam para a economia americana o grau de co-movimento dos seus setores produtivos em

relação à atividade econômica agregada; conceito que visa medir a correlação entre os

componentes cíclicos de um determinado setor em relação ao total da economia. Reproduziremos

os exercícios destes autores para a economia brasileira, constatando que, aqui também, os setores

da Indústria e Comércio correspondem àqueles com o maior grau de co-movimento; logo, os

setores mais sensíveis a choques e políticas de âmbito macroeconômico. De outra forma, a

Indústria e o Comércio constituem os termômetros do nível de atividade agregada, ou seja,

correspondem àqueles setores que impulsionam as fases de expansão e recessão da economia.

Christiano & Fitzgerald (1998) registram também a volatilidade relativa dos setores

produtivos da economia americana, que corresponde à razão entre as variâncias dos componentes

cíclicos do setor produtivo e da atividade econômica agregada. Para os dados da economia

brasileira, obteve-se, também, uma maior volatilidade do setor Indústria em relação ao setor de

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Serviços; no entanto, a volatilidade relativa da indústria brasileira mostrou-se menor do que a

americana, ao contrário do setor de Serviços.

Vale destacar a maior volatilidade do setor de Comunicações no pós-Real, que coincide

com o seu período de privatizações, particularmente da telefonia; refletindo, possivelmente, os

efeitos do maior grau de concorrência e riscos incorridos por seus players após a queda do

monopólio e regulação do setor.

Na seqüência, apresentaremos os pontos de inflexão � turning points � para a economia

brasileira nos últimos 25 anos, conforme critérios não-paramétricos e conceitos utilizados na

literatura acadêmica, particularmente os demonstrados por Anas & Ferrara (2002), totalizando 10

regras de datação � dating rules.

Assim como Canova (1999) usou a cronologia do NBER e do Departamento de

Comércio dos Estados Unidos como referências para os resultados da aplicação de duas regras de

datação e doze filtros para os dados da economia americana, utilizamos a cronologia obtida para

a economia brasileira de Chauvet & Silva (2004) como referência para confrontar com os

resultados aqui encontrados, onde foi detectado um razoável grau de coincidência entre os pontos

de inflexão (picos e vales) deste trabalho com aqueles indicados pela nossa referência.

Para as duas regras de datação aqui utilizadas referentes ao conceito de ciclo econômico

clássico, bem como para a cronologia de Chauvet & Silva (2004), verifica-se que, para o período

que antecede a introdução do Real, a freqüência e a duração média das recessões são superiores

àquelas observadas para o período posterior ao plano.

Na seqüência, apresentaremos as propriedades cíclicas da economia brasileira quanto à

sua volatilidade (desvio padrão) e autocorrelação para o total da amostra e sub-amostras

propostas: antes e após o Plano Real e antes e após a Crise Cambial de 1999 para o período do

pós-Real. Apesar das questões apontadas por Canova (1999), e aqui constatadas, quanto aos

diferentes resultados face o uso de distintos procedimentos de filtragem, a volatilidade cíclica da

economia brasileira difere de forma significativa entre o pré e o pós-Real, o que não se verifica

entre as fases sob regime cambial crawling bands e flexível.

Como será apresentado, o período que antecede o Plano Real (1980:01 � 1994:02)

apresenta uma taxa de crescimento média anualizada do PIB um ponto percentual inferior ao

período seguinte (1994:03 � 2004:04). A taxa média do IGP-DI para o primeiro período é mais

de dez vezes superior àquela referente ao segundo. Corroborando com estas evidências, constata-

se uma anticiclicidade entre os componentes cíclicos dos níveis de preço e da atividade

econômica no período anterior ao Real, e uma prociclicidade no período posterior ao Plano,

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ratificando o diagnóstico daqueles que definem a inflação brasileira, quanto à sua origem atual,

como sendo de Demanda.

Quanto ao regime cambial, pode-se dizer que a atividade econômica não apresentou

diferenças significativas em seu comportamento em relação às duas políticas adotadas, não

somente quanto à volatilidade cíclica, mas também em relação às taxas de crescimento e de

inflação, apesar da discussão acadêmica, conforme Calvo (1999).

Complementando a seção anterior, testaremos algumas hipóteses discutidas na literatura

acadêmica quanto ao impacto real exercido pela volatilidade (variância) condicional - medida

representativa de incerteza - do crescimento econômico e da inflação sobre suas respectivas

performances. Destacamos, primeiramente, a hipótese de Fischer Black1 (1987) apud Cunha et al.

(2005), que sugere a existência de uma relação positiva entre a taxa de crescimento e a sua

volatilidade. Como em Cunha et al. (2005), também aqui, não será observada esta relação para a

economia brasileira. A segunda hipótese testada será a de Cukierman-Meltzer que sentencia uma

relação positiva entre a taxa de inflação e sua volatilidade condicional, também não verificada

para a economia brasileira no período analisado. A hipótese de Devereux sugere uma relação

positiva entre o grau de incerteza do crescimento econômico e a taxa de inflação, que foi

verificada para a economia brasileira, particularmente, no período anterior ao Plano Real. A

última hipótese testada, atribuída a Friedman por Bredin & Fountas (2005), que dita uma relação

negativa entre a incerteza da taxa de inflação e o crescimento econômico, também não foi

verificada para a economia brasileira, mesmo no pré �Real.

Por fim, destacaremos os principais objetivos e conclusões deste trabalho.

II – SÉRIES E METODOLOGIA UTILIZADAS

Apresentaremos nesta seção as séries e as respectivas fontes de informação utilizadas na

dissertação, bem como as considerações relevantes referentes ao tratamento dado a cada uma

delas em função dos procedimentos de remoção dos componentes de tendência e sazonalidade.

II. 1: PIB trimestral:

Para os propósitos deste trabalho, foram utilizadas as séries do logaritmo natural dos

índices encadeados dessazonalizados do Produto Interno Bruto trimestral a preços de mercado,

1 BLACK, F. Business cycles and equilibrium. New York: Blackwell, 1987. 192p.

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bem como dos setores (Agropecuária, Indústria e Serviços) e subsetores produtivos (Indústria de

Transformação, Construção Civil, Administração Publica, etc.), disponibilizadas no IPEADATA,

a partir do primeiro trimestre de 1980 (início da série) até o quarto trimestre de 2004.

FIGURA 1

Logaritmo Natural do PIB a preço de mercado, Agropecuária, Indústria e Serviços.

Séries Trimestrais Dessazonalizadas

Pelo gráfico no canto superior esquerdo da Figura 1, observa-se a trajetória percorrida

pela economia brasileira nos últimos 25 anos, com maior instabilidade na década de 80, onde nos

primeiros anos verificam-se os efeitos da recessão mundial sobre o nível da atividade,

apresentando a partir de 1983-84 um ciclo de recuperação, interrompido no final da década, e

mantendo-se estagnada, praticamente, até 1993.

Com a expectativa do lançamento das diretrizes de um novo plano de estabilização

monetária, concretizada com o lançamento da Unidade Real de Valor (URV) em março de 1994,

4.2

4.4

4.6

4.8

5.0

5.2

1980 1985 1990 1995 2000

LOGPIBPM

4.2

4.4

4.6

4.8

5.0

5.2

1980 1985 1990 1995 2000

LOGAGRO

4.2

4.4

4.6

4.8

5.0

5.2

1980 1985 1990 1995 2000

LOGIND

4.2

4.4

4.6

4.8

5.0

5.2

1980 1985 1990 1995 2000

LOGSERV

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convertida em moeda (Real) em 1º de julho do mesmo ano, inicia-se uma fase de evolução da

economia de forma mais �consistente� e menos instável.

Observando, ainda, a Figura 1, no maior nível de segmentação da atividade econômica,

a Agropecuária parece demonstrar maior autonomia em relação às demais; diferentemente da

Indústria e Serviços que apresentam trajetórias, embora com volatilidades distintas, mais

próximas do total da economia. Como estas últimas absorvem fatia considerável do PIB (em

torno dos 90%), é natural que o desempenho destas determine o comportamento geral da

economia brasileira.

Vale ressaltar que as séries dessazonalizadas do PIB trimestral e dos três setores

produtivos no nível mais agregado (Agropecuária, Indústria e Serviços) são divulgadas pela

Coordenação de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

sendo geradas pelo método X-12 ARIMA2. Quanto àquelas referentes aos subsetores produtivos

(Indústria de Transformação, Construção Civil, Administração Pública...), em função de sua

interrupção por parte do IBGE a partir do 1º trimestre de 2002, o IPEA encarregou-se de calcular,

por sua vez, a partir do X-11, as respectivas séries dessazonalizadas.

II. 2: Índice de Preço:

A fim de computar mais adiante os efeitos da inflação sobre a volatilidade da taxa de

crescimento da economia brasileira a partir de um modelo de variância condicional, utilizaremos

a variação logarítmica do Índice Geral de Preços � Disponibilidade Interna da FGV, como

medida de inflação, também disponível no IPEADATA. Como a periodicidade do mesmo é

mensal, admitimos como base fixa a média dos três primeiros meses de 1980 igual a 100 e a

partir da média dos meses que compõem os trimestres seguintes, geramos uma série do IGP-DI

trimestral.

A fim de compatibilizar o IGP-DI trimestral que construímos com a série

dessazonalizada do PIB, removemos o seu componente sazonal pelo método da razão da média

móvel3. Observando a Figura 2, vê-se claramente a mudança de patamar e volatilidade da taxa de

inflação trimestral a partir de 1994 com a implantação do Real. A média anualizada da taxa de

2 Ver metodologia em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/srmtrimestrais.pdf3 Ver SPIEGEL, M. R. Estatística. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1994. 660p.

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inflação4 medida pelo IGP-DI para o período que antecede o Real (178,98%) corresponde a mais

de 10 vezes àquela registrada para o período posterior (13,69%).

A trajetória da taxa de inflação para o período que cobre o primeiro trimestre de 1980

até o segundo de 1994 reflete os efeitos provocados pelos planos econômicos que antecederam o

Real. Em um primeiro momento, o lançamento de um novo plano interrompe o processo de

aceleração no aumento do nível de preços; porém, pouco depois, inicia-se novamente a �escalada

inflacionária�, particularmente, naqueles períodos em que se esperava o anúncio de um novo

pacote de medidas face o fracasso do antecessor. Assim, foi no início de 1986 com o Cruzado,

meados de 1987 com o Plano Bresser, 1989 com o Plano Verão e 1990 e 1991 com os Planos

Collor I e II, respectivamente, bem como o próprio Plano Real, onde neste, finalmente, obtém-se

êxito.

FIGURA 2

Variação Logarítmica do IGP�DI dessazonalizado (inflação trimestral)

-0,10,10,30,50,70,91,11,31,51,7

1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004

A Figura A29 no Apêndice apresenta as trajetórias da taxa de variação logarítmica

trimestral da base monetária (papel moeda emitido e reservas bancárias) e a inflação trimestral

(IGP-DI sem ajuste sazonal). Como se observa, ambas evoluem de forma muito similar.

Considerando a Teoria Quantitativa da Moeda (clássica), em que as variações na base monetária

repercutem proporcionalmente no nível de preços, temos para o total da amostra (1980-2004) que

4 A média anualizada foi obtida a partir da média da variação logarítmica do índice IGP-DI trimestral, construído neste trabalho,multiplicada por 4.

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8

as taxas anualizadas da variação média da base monetária e da inflação correspondem,

respectivamente, a 110,42% e 108,86%. Especificamente para o período sob regime cambial

flexível, essas taxas correspondem a 13,32% e 13,29%, respectivamente.

Ressalta-se, também, o coeficiente de correlação entre estas duas medidas, bem como o

de autocorrelação da inflação nas sub-amostras aqui consideradas. A correlação entre a inflação e

a variação na base monetária no pré-Real indica um coeficiente de 0,69 contra 0,77 para o pós-

Real. A autocorrelação da inflação cai de 0,68 no primeiro período para 0,31 no seguinte. Tais

resultados sinalizam que o êxito do Real no controle da inflação deve-se, em parte, à austeridade

como foi implantado e conduzido o novo modelo de gestão da política monetária e ao fim da

indexação, presente em planos anteriores, conforme queda no nível de autocorrelação.

No período pós-Real, a fase correspondente àquela cuja política monetária pautava-se

sob a chamada �âncora cambial� (1994:03 � 1998:04) apresenta uma taxa de inflação (14,23%)

ligeiramente superior à fase posterior (1999:01 � 2004:04), sob regime de metas inflacionárias

(13,29%). A não ser pelos seus efeitos colaterais: reduções abruptas no nível de reservas cambiais

para a manutenção e viabilidade do controle da taxa de câmbio na primeira fase e o aumento do

estoque da dívida pública em função das altas taxas de juros na segunda fase (ver Figuras A30 e

A31 no Apêndice), não se observam diferenças significativas quanto aos resultados de ambas as

políticas em termos de inflação.

II. 3: Componentes Cíclicos:

Os componentes cíclicos (cyt) das séries aqui utilizadas correspondem aos desvios do

logaritmo natural da serie original (yt) em relação às respectivas tendências (Tyt):

cyt = yt - Tyt (1)

Para simplificarmos, desconsideramos aqui os componentes irregulares e,

particularmente, sazonais, presentes nas séries temporais com periodicidade inferior a um ano

(mensal, trimestral...), pelo fato de estarmos operando com séries dessazonalizadas.

O componente cíclico cyt corresponde ao que se convencionou denominar como hiato do

produto, ou seja, a diferença entre o PIB observado e o �potencial�, que, por sua vez,

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9

corresponderia ao componente de tendência Tyt. Para o cômputo do co-movimento dos setores

produtivos em relação ao PIB, que será apresentado em seção específica, faz-se necessário obter

também para estes as respectivas séries dos componentes cíclicos, ou seja, os �hiatos� dos setores

produtivos.

Apresentaremos a seguir, de forma sucinta, as técnicas utilizadas neste trabalho e que,

usualmente, são aplicadas para obtenção da série dos componentes cíclicos.

II.4: Procedimentos de Filtragem:

Canova (1999) relativizou os resultados e conclusões quanto ao estudo dos ciclos

econômicos em função do procedimento utilizado para remoção do componente determinístico

(tendência) das séries temporais. Desta forma, verificaremos tais efeitos sob quatro dos mais

usuais procedimentos de filtragem: Hodrick-Prescott (HP), tendência linear, primeira diferença e

Baxter King (BK) para as séries dessazonalizadas do PIB trimestral, bem como dos respectivos

setores produtivos. As observações de Canova serão verificadas posteriormente quando forem

apresentadas as coincidências ou não dos pontos de inflexão nos quatro procedimentos, bem

como as propriedades cíclicas da economia brasileira no total da amostra e sub-amostras de nossa

dissertação.

II.4.1: Tendência Linear

A remoção do componente determinístico de uma série macroeconômica através da

Tendência Linear requer uma regressão simples por mínimos quadrados ordinários, como a

representada em (2), a fim de traçar uma reta que, por definição, minimize a soma dos quadrados

dos desvios da série observada em relação a esta reta, como apresentado em (3):

yt = α + β t + ℮t (2)

n n

Σ ℮2t = Σ ( yt - α - β t) 2 (3)

t=1 t=1

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10

Onde:

yt - LOGARITMO NATURAL do índice encadeado trimestral dessazonalizado do

setor produtivo y ou PIB.

α - constante estimada (coeficiente linear).

β - coeficiente angular da reta.

℮t - ruído branco ou resíduo da regressão.

II.4.2: Diferenciação

Para o procedimento da diferenciação (primeira diferença), a tendência consiste na

variação média logarítmica da série, que, aproximadamente, corresponde à taxa média de

crescimento da mesma no período (1980:01 � 2004:004), sendo igual a 0.5234% ao trimestre

para o PIB.

Assim, de forma simplificada, temos o seguinte processo determinístico:

yt = y1980:1 + 0.005234t + Σ ℮ t (4)

Onde:

yt - LOGARITMO NATURAL do setor produtivo ou PIB trimestral dessazonalizado

no trimestre t.

Σ ℮t - somatório dos desvios acumulados até o trimestre t.

Rearrumando a equação (4), temos:

yt - y1980:1 = 0.005234t + Σ ℮t (5)

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Dividindo (5), obtida acima, por t, temos a variação média logarítmica do setor

produtivo ou PIB trimestral:__ __ ∆yt = 0.005234 + ℮t (6)

Conforme Enders (2004), espera-se que a média dos resíduos seja igual a zero, ou seja,

E[℮t]=0. O processo embutido à série da taxa de crescimento do PIB real trimestral

dessazonalizado corresponde a um passeio aleatório com desvio igual a 0.005259 (randon walk

with drift). Para os nossos propósitos, a seqüência {℮t} consistirá na série estacionária dos

componentes cíclicos obtida a partir do procedimento de filtragem da diferenciação, como

ilustrado no segundo gráfico (no canto superior direito) da Figura 3.

II.4.3: Hodrick-Prescott (filtro HP)

Aplicar o filtro HP a uma série macroeconômica yt, a fim de se obter o componente de

tendência Tyt,, consiste em solucionar o seguinte problema de minimização:

N N-1

min [ Σ (yt � Tyt)2 + λ Σ ((Tyt+1 � Tyt) � (Tyt � Tyt-1))2 ], λ > 0 (7) Tyt t=1 t=2

Para a amostra utilizada neste trabalho, o t = 1 corresponde ao primeiro trimestre de

1980 e o N, o quarto trimestre de 2004. O parâmetro λ visa calibrar a taxa de aceleração da

tendência que se está extraindo. Quanto maior o seu valor, mais suave (mais linear) será a sua

trajetória. Quanto menor, mais próximo da série original será a trajetória da tendência. Para séries

temporais de periodicidade trimestral convencionou-se atribuir como tal o valor de 1600.

Existe na literatura acadêmica uma discussão em relação a este parâmetro. Ravn e Uhlig

(1997) apresentam como os ajustes no λ repercutem nos resultados e análises dos ciclos

econômicos. Os autores acima citam que Hodrick e Prescott interpretam este parâmetro como �a

divisão da variância do componente cíclico pela variância da aceleração do componente de

tendência se as médias do componente cíclico e da segunda diferença do componente de

tendência sejam iguais a zero, normalmente distribuídos� 5.

5 Tradução livre.

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Em função disso, os criadores do filtro padronizaram o parâmetro em 1600 para as séries

trimestrais por considerarem que um desvio de até 5% em relação a tendência seria razoável

como, também, 0,125% na variação do componente de tendência; daí, temos (52 / 0,1252) =

1600.

Considera-se o filtro HP como do tipo high pass por permitir passar (não reter), na

construção da trajetória da linha de tendência Tyt, os componentes de maior freqüência, inclusive

os irregulares, que formarão a série cíclica.

O gráfico no canto esquerdo inferior da Figura 3 ilustra o comentário anterior. Como

apresentado anteriormente na expressão (1), o componente cíclico é obtido pela diferença entre a

série observada e a tendência traçada, ou seja, o componente irregular não é expurgado, pelo

menos totalmente; daí a trajetória instável e oscilante do componente cíclico que se observa.

II.4.4: Baxter King (filtro BK)

O filtro Baxter King, apresentado em 1995 pelos autores que dão nome ao

procedimento, corresponde a uma aproximação do chamado filtro band pass ideal que só se

aplicaria a séries com infinitas observações.

Diferentemente do filtro HP, que objetiva extrair inicialmente, como apresentado em (7),

o componente de tendência, o filtro BK visa reter o componente cíclico cyt de uma série temporal

yt aplicando o conceito de média móvel central, como demonstrado a seguir:

z+1 z+1

cyt = Σ w(1,a) yt+1-a + Σ w(1,a) yt+a-1 t = z+1, ..., N-z (8) a=1 a=2

Onde:

z � ordem da média móvel centrada.

w(1,a) � matriz 1 x (z +1) dos pesos simétricos da média móvel centrada.

a � aésima posição na matriz (vetor linha) anterior.

N � número de observações da amostra.

Para séries trimestrais, padronizou-se o uso para z em 12 trimestres, ou seja, centrada em

06 anos. Como se observa pelo gráfico no canto direito inferior da Figura 3, a definição da ordem

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da média móvel implicará a perda de z observações nos extremos da amostra. Logo, para este

filtro, a série dos componentes cíclicos cobre o período entre o primeiro trimestre de 1983 e

quarto trimestre de 2001.

Este procedimento de filtragem busca minimizar as diferenças entre os pesos do filtro

aproximado, que compõem a matriz w(1,a) acima, daqueles que compõem o filtro ideal, o

denominado filtro BP (band pass) ideal.

FIGURA 3

Flutuação dos Componentes Cíclicos do PIB trimestral conforme filtro

Uma série temporal yt corresponde à soma de 04 componentes periódicos � tendência,

cíclico, sazonal e irregular � com freqüências distintas. Freqüência corresponde inversamente ao

número de períodos (no caso, trimestres) em um intervalo de tempo definido como ciclo. Em

outras palavras, quanto maior (menor) a oscilação (�picos� e �vales�) de um componente nesta

faixa de tempo, maior (menor) a sua freqüência.

-.12

-.08

-.04

.00

.04

.08

.12

1980 1985 1990 1995 2000

CICLOLINEARPIBPM

-.08

-.06

-.04

-.02

.00

.02

.04

.06

1980 1985 1990 1995 2000

CICLODLOGPIBPM

-.08

-.06

-.04

-.02

.00

.02

.04

.06

1980 1985 1990 1995 2000

CICLOHPPIBPM

-.06

-.04

-.02

.00

.02

.04

.06

1980 1985 1990 1995 2000

CICLOBKPIBPM

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Ao componente de tendência, por exemplo, atribui-se uma baixa freqüência; daí a sua

evolução mais suave (ou linear) ao longo do tempo. Em relação ao componente irregular, ao

contrário, considera-se que sua freqüência seja alta; conseqüentemente, uma trajetória mais

instável, com maior oscilação.

A partir da série original, o filtro BK extrai a seqüência de componentes cíclicos que

flutue em um faixa de freqüência pré-determinada, ou seja, define-se o número mínimo e máximo

de trimestres de um ciclo. Convencionou-se utilizar como limites mínimo e máximo deste

intervalo, respectivamente, 06 e 32 trimestres; logo, os ciclos econômicos construídos a partir

deste filtro terão duração mínima de 1,5 (um ano e meio) e máxima de 08 (oito) anos.

Nas palavras de seus criadores, a aplicação do filtro tem como objetivo �eliminar os

componentes de movimento muito lento (�tendência�) e os de freqüência muito alta

(�irregulares�), retendo os intermediários (cíclico)�.

Como os pesos da média móvel são simétricos, a matriz w(1,a) exibe apenas os valores

para um dos lados, conforme apresentado a seguir para as séries trimestrais:

TABELA 1: Pesos simétricos da aplicação do filtro Baxter King para séries trimestrais

� matriz w(1,a) �Defasagem eAntecedênciade a períodos

0 +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 +8 +9 +10 +11 +12

peso 0,278 0,220 0,084 -0,052 -0,118 -0,101 -0,042 0,002 0,002 -0,028 -0,050 -0,042 -0,012

As alternativas de uso quanto aos procedimentos de filtragem apresentados acima

ilustram os tipos de componentes que influenciam na trajetória da linha de tendência:

determinístico, de caráter permanente, ou estocástico, choque temporário.

As oscilações observadas na trajetória da linha de tendência, em função da presença do

componente estocástico, representam mudanças no Longo Prazo para a economia em função de

transformações nas condições conjunturais de curto prazo.

Canova (1999) destaca que os filtros HP e BK, usados pelos pesquisadores nos modelos

de Ciclos Reais de Negócios � RBC (Real Business Cycles), capturam a essência daquilo que a

comunidade acadêmica aceita como flutuações do ciclo de negócio.

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III – CO-MOVIMENTOS DOS CICLOS ECONÔMICOS NO BRASIL

Por co-movimento entende-se o sincronismo no ritmo de produção da maioria dos

setores produtivos em uma economia. Uma definição dada à expressão foi apresentada por

Christiano & Fitzgerald (1998) citando o National Bureau of Economic Research (NBER) ao

estabelecer como recessão o período de �queda persistente na produção total, renda, emprego e

comércio, durando, normalmente, de seis meses a um ano, e marcado por contrações

generalizadas em vários setores da economia�6. O NBER, tradicionalmente, estabelece as datas

de início e fim dos ciclos econômicos nos Estados Unidos.

Christiano & Fitzgerald (1998) salientam a preocupação atual de muitos economistas

sobre a compreensão dos fatores que expliquem a persistência das expansões e recessões da

atividade econômica agregada. Os autores demonstram insatisfação com as teorias até então

apresentadas quanto às explicações do co-movimento dos setores produtivos em relação à

atividade econômica agregada, alegando não existir, ainda, uma resposta esclarecedora para o

fenômeno, mas sim, um �puzzle� para a questão.

No entanto, Christiano & Fitzgerald (1998) computaram para a economia americana o

co-movimento de seus setores produtivos. Para tal, utilizaram como medida da atividade

econômica destes setores as respectivas séries mensais de horas trabalhadas7. Como medida da

atividade econômica agregada, foi utilizada a série mensal do total de horas trabalhadas, embora

nesta não estejam incluídos os setores Governo e Agropecuária.

Na verdade, a medida de co-movimento apresentada pelos autores corresponde ao R2 da

regressão entre o componente cíclico do setor produtivo (csetor,t ) que se deseja avaliar em relação

aos componentes cíclicos do PIB contemporâneo (cPIB,t), do PIB anterior (cPIB,t-1) e do PIB

posterior (cPIB,t+1), como na equação (9) a seguir:

csetor,t = α.cPIB,t-1 + β.cPIB,t + γ.cPIB,t+1 + ε t (9)

Por definição, o R2 de uma regressão corresponde ao quadrado da correlação das

variáveis dependente e independente(s) inseridas na equação. A introdução dos componentes

cíclicos do PIB com uma defasagem e uma antecedência na regressão se explica, segundo os

6 Tradução livre.7 As séries utilizadas pelos autores são provenientes da base de dados do DRI Basis Economics. Os dados são mensais edessazonalizados, cobrindo o período que compreende o primeiro trimestre de 1964 até o terceiro trimestre de 1995.

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autores, como uma forma de garantir que a medida de co-movimento dos setores produtivos não

seja prejudicada por um descasamento de apenas um mês entre este e a atividade econômica

agregada.

Com esta medida de co-movimento, verifica-se como a flutuação cíclica daquele setor

comporta-se em relação ao conjunto da economia. Mais do que isso: a partir do grau de co-

movimento de um determinado setor produtivo, pode-se inferir como este reagirá a políticas de

âmbito macroeconômico no curto prazo. Assim, intui-se que setores com alto grau de co-

movimento são mais sensíveis às políticas públicas convencionais, como as de natureza

monetária e fiscal. Por outro lado, setores que apresentam baixo grau de co-movimento

demandam, para efeito de estímulo, políticas setoriais específicas que sejam compatíveis com

suas peculiaridades.

Convém lembrar que, como apresentado no quarto item da seção II deste trabalho

através da expressão (1), a extração dos componentes cíclicos obtém-se pelo desvio das séries

originais e sua tendência de longo prazo.

O procedimento de filtragem utilizada por Christiano & Fitzgerald (1998), sendo

batizado com o nome de seus criadores, é semelhante ao de Baxter-King, ou seja, um tipo de

filtro band pass. Da mesma forma que o filtro BK, a construção deste filtro baseia-se numa

versão �ideal� de infinitas observações, onde a extração dos componentes cíclicos cyt é obtida por

média móvel centrada com pesos simétricos Bj, como segue:

cyt = B0yt + B1(yt+1 + yt-1) + B2(yt+2 + yt-2) + ...., (10)

Onde: _Bj = B-j = sen(jω) - sen(jω) j = 1, 2, ...

πj _B0 = ω - ω

π _ω e ω correspondem, respectivamente, a freqüência máxima e mínima de oscilação do

componente cíclico definido como 2π/m. Para séries mensais, os autores definiram o m como

igual a 24 meses para o primeiro e 96 para o segundo.

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No entanto, como não operamos com amostras infinitas, a aplicação deste procedimento

deve ser adaptada para amostras finitas, onde o peso simétrico da média móvel centrada para

extração dos componentes cíclicos tem a sua ordem definida de forma a minimizar, como no

filtro BK, a diferença entre os pesos Bj da versão ideal e da versão com finitas observações,

como segue:

^ ^ ^ ^ ^cyt = B0yt + B1(yt+1 + yt-1) + B2(yt+2 + yt-2) +...+ Bk(yt+k + yt-k) (11)

^min E (cyt - cyt)2 (12)

, j=0, 1,...k

A Tabela 2 registra para o total da amostra e sub-amostras, o co-movimento dos setores

produtivos na economia brasileira nos quatro filtros utilizados, bem como, para fins de

comparação, os resultados obtidos por Christiano & Fitzgerald para os mesmos setores na

economia americana.

Deve-se atentar para as diferenças metodológicas e os índices utilizados entre ambos os

trabalhos. Nesta dissertação, utilizamos índices trimestrais dessazonalizados do PIB e do Valor

Adicionado dos setores produtivos filtrados por procedimentos diferentes daquele utilizado pelos

autores, que empregaram como representativo da atividade econômica agregada (PIB) e dos

setores produtivos as respectivas séries mensais de horas trabalhadas.

Embora Christiano & Fitzgerald (1998) não tenham computado o co-movimento da

Agropecuária, Administração Pública e Comunicação, observa-se pela Tabela 2 que no Brasil o

comportamento cíclico destes setores, para o total da amostra, apresenta um movimento

independente da economia como um todo, bem como as Instituições Financeiras. Contrariamente,

os setores industriais registram os maiores graus de co-movimento com a atividade econômica

agregada.

O grau de co-movimento pode ser interpretado como um indicador de quão influente é

um setor produtivo para o ciclo econômico da atividade agregada; ou seja, quanto maior esta

medida, maior é a sua capacidade de direcionar ou guiar os rumos daquela economia. Para o caso

brasileiro, assim como o americano, a Indústria e o Comércio ditam o ritmo de expansão ou

recessão de suas respectivas economias.

^Bj

^Bj

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TABELA 2: Co-movimento das Flutuações Cíclicas do PIB brasileiro

Amostra Completa(1980:01 � 2004:04)

Pré Real(1980:01 � 1994:02)

Pós Real(1994:03 � 2004:04)

Christiano

&

SETORESTend

Linear

Dif. HP BK Tend

Linear

Dif. HP BK Tend

Linear

Dif. HP BK Fitzgerald

AGROPECUÁRIA 0,00 0,01 0,00 0,00 0,01 0,03 0,01 0,00 0,30 0,22 0,10 0,11 -

INDÚSTRIA 0,93 0,86 0,93 0,95 0,96 0,88 0,95 0,96 0,64 0,77 0,84 0,86 0,99

Construção Civil 0,66 0,66 0,69 0,81 0,72 0,69 0,72 0,89 0,28 0,63 0,51 0,49 0,88

Extração Mineral 0,17 0,04 0,12 0,01 0,22 0,04 0,15 -0,01 -0,08 0,12 0,03 0,08 0,38

Ind. Transformação 0,88 0,82 0,92 0,95 0,95 0,86 0,93 0,96 0,44 0,63 0,86 0,91 0,97

Serv. Ind. Util. Púb. 0,19 0,21 0,25 0,17 0,21 0,28 0,44 0,40 0,39 0,19 0,08 -0,18 0,95*

SERVICOS 0,40 0,78 0,82 0,80 0,41 0,80 0,87 0,85 -0,31 0,73 0,56 0,67 0,93

Adm. Pública 0,01 0,01 0,01 0,07 -0,08 -0,06 -0,05 -0,18 -0,06 0,12 0,30 0,38 -

Comércio 0,76 0,76 0,84 0,86 0,79 0,79 0,87 0,89 0,78 0,71 0,89 0,95 0,87

Comunicação 0,05 0,04 0,08 0,19 0,06 0,09 0,20 0,39 0,26 0,19 0,09 0,22 -

Inst. Financeiras 0,03 0,07 0,03 0,15 -0,03 0,08 0,01 -0,03 0,02 0,25 0,18 0,36 0,48

Transporte 0,50 0,35 0,58 0,71 0,58 0,34 0,64 0,78 0,53 0,42 0,40 0,65 0,95*

Outros Serviços 0,43 0,25 0,65 0,72 0,46 0,24 0,71 0,76 0,47 0,41 0,51 0,52 0,49Obs.: * Transportation and public utilities � Christiano & Fitzgerald (1998)

Corroborando com a análise setorial, a Tabela 3 apresenta, para os quatro filtros e

amostras propostas, a volatilidade relativa dos setores produtivos em relação ao PIB total no

Brasil, sendo medido pela razão entre as variâncias dos componentes cíclicos daquele setor e do

PIB. Quando superior a um, o respectivo setor apresenta proporcionalmente maior volatilidade do

que a atividade econômica agregada; quando inferior, o raciocínio é oposto. Christiano &

Fitzgerald (1998) também computaram para a economia americana a volatilidade relativa de seus

setores produtivos.

A combinação do grau de co-movimento e da volatilidade relativa do setor sinaliza o

grau de risco que o setor incorre ou a que está exposto, tendo como parâmetro a volatilidade da

atividade econômica agregada.

A Agropecuária, para o total da amostra, consiste no setor que apresenta a maior

independência em relação ao conjunto da economia, como se observa pelo seu baixo grau de co-

movimento. Particularmente no pós Real, quando o setor apresentou suas maiores taxas de

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crescimento, conforme Tabela 4, o seu grau de risco (volatilidade relativa) aumentou em função

das condições em que passou operar, principalmente, as do mercado externo a partir da

flexibilização do regime cambial, cujos efeitos da oscilação na taxa de câmbio verificada no

período recaíram sobre as exportações das commodities agrícolas.

TABELA 3: Volatilidade Relativa

Amostra Completa(1980:01 � 2004:04)

Pré Real(1980:01 � 1994:02)

Pós Real(1994:03 � 2004:04)

Christiano

&

SETORESTend.

Linear

Dif. HP BK Tend.

Linear

Dif. HP BK Tend

Linear

Dif. HP BK Fitzgerald

AGROPECUÁRIA 1,34 5,39 2,05 1,68 1,05 5,10 1,98 1,81 4,77 6,60 2,63 1,57 -

INDÚSTRIA 2,53 3,73 2,74 2,61 2,53 3,93 2,73 2,59 2,52 2,93 2,94 3,15 3,91

Construção Civil 4,76 7,28 4,85 5,03 4,30 7,69 4,84 5,11 8,39 5,64 5,25 4,60 6,75

Extração Mineral 7,69 4,18 3,17 2,78 7,76 2,73 3,08 3,03 5,45 10,08 4,04 2,00 5,46

Ind. Transformação 2,82 4,43 3,15 2,87 2,69 4,46 3,04 2,74 4,47 4,29 3,89 4,23 3,92

Serv. Ind. Util. Púb. 3,33 1,41 1,08 0,95 2,11 0,88 0,59 0,54 17,04 3,51 3,85 3,56 0,87*

SERVICOS 0,96 0,34 0,38 0,39 0,95 0,36 0,40 0,44 0,54 0,24 0,25 0,29 0,25

Adm. Pública 0,09 0,04 0,02 0,02 0,07 0,01 0,01 0,01 0,17 0,13 0,07 0,05 -

Comércio 2,25 2,93 2,31 2,20 1,75 2,86 1,92 1,72 5,66 3,22 4,22 4,03 0,65/0,36**

Comunicação 3,90 1,81 1,57 1,68 1,40 1,06 0,74 1,02 31,87 4,59 6,24 5,35 -

Inst. Financ. 6,37 1,82 1,21 1,59 5,47 1,62 0,97 1,12 10,66 2,69 2,63 3,56 0,35

Transporte 1,67 3,07 1,46 1,12 1,17 2,91 1,28 0,99 7,46 3,80 2,48 1,99 0,87*

Outros Serviços 1,17 0,50 0,59 0,57 0,94 0,38 0,56 0,58 3,81 0,97 0,85 0,58 0,19Obs.: * Transportation and public utilities e **0.65: Comércio Atacadista e 0.36: Comércio Varejista

A Indústria, por sua vez, apresenta o maior grau de co-movimento com a atividade

econômica agregada, influenciada pela performance da Indústria de Transformação, não

registrando grandes mudanças entre os dois períodos. Para o total da amostra, com exceção da

primeira diferença, a volatilidade relativa do setor é superior a da Agropecuária e dos Serviços,

sinalizando-o como o setor mais afetado nas fases de expansão ou recessão da economia

brasileira.

Christiano & Fitzgerald (1998) também registram um alto grau de co-movimento do

setor industrial americano. Esta coincidência revela que as indústrias americana e brasileira,

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20

embora não correspondam aos setores com a maior fatia no PIB de suas economias,

caracterizam-nas como tais, ou seja, economias industriais desenvolvida e em desenvolvimento,

respectivamente.

Observando a Tabela 2, a Extrativa Mineral e os Serviços Industrias de Utilidade

Pública são os subsetores industriais que apresentam as maiores diferenças em relação aos

resultados de Christiano & Fitzgerald (1998) quanto ao grau de co-movimento, sendo que neste

último os autores o apresentam junto com Transportes, dificultando a comparação. Em relação a

Extrativa Mineral, apesar da diferença, o grau de co-movimento deste setor na economia

americana também não é expressivo.

Em média, para o total da amostra, a volatilidade relativa dos subsetores industriais é

inferior aos resultados da indústria americana apresentados por Christiano & Fitzgerald (1998),

embora no caso da economia brasileira, a indústria e os seus subsetores apresentem as maiores

volatilidades. Deve-se ressaltar que esta superioridade da indústria nacional quanto à volatilidade

relativa só é possível por estarmos computando-a a partir das séries dessazonalizadas, pois a

Agropecuária, antes de expurgamos o componente sazonal da série, em função de suas

características, tende a apresentar a maior variância dentre todos os setores.

Dentre os subsetores industriais, o destaque negativo é a Construção Civil. Embora o

IBGE não tenha disponibilizado séries trimestrais para os agregados do PIB pela ótica da

Demanda desde 1980, mas somente a partir de 1991, sabe-se que as edificações representam uma

parcela significativa na Formação Bruta de Capital Fixo, influenciando a taxa de investimento da

economia brasileira.

Pode-se observar pela Tabela 4 que a Construção Civil, no período Pós Real, apenas

recuperou o que se perdeu no período anterior ao Plano. O período sob vigência da âncora

cambial propiciou a sua maior taxa de crescimento ao longo de toda a amostra.

Positivamente, destacam-se os subsetores industriais da Extrativa Mineral e Serviços

Industriais de Utilidade Pública. Ambos apresentam as maiores taxas de crescimento no Pós-

Real, antes da crise cambial de 99. Possivelmente, em função da sobrevalorização da taxa de

câmbio neste período, como pode ser visto na Figura A34 no Apêndice, as condições de

investimento a partir da importação de equipamentos e tecnologias externas favoreceram tal

crescimento, particularmente no setor petrolífero, bem como, a partir do processo de privatização,

no setor de extração de minério. No pós Real, especificamente os Serviços Industriais de

Utilidade Pública, onde se encontra o setor energético, pela Figura A1 no Apêndice, pode se

observar no respectivo gráfico (LOGSIUP) a recessão verificada no ano de 2001 por conta do

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racionamento de energia, o �apagão�. A maioria das dez primeiras tabelas do Apêndice, que

registram os pontos de inflexão dos setores produtivos conforme regra de datação, aponta para os

trimestres de 2001 como um período recessivo.

TABELA 4: Taxas de Crescimento Médio Anualizadas8

AmostraCompleta

PréReal

PósReal

Pré CriseCambial

Pós CriseCambial

PIB 2,1% 1,7% 2,7% 2,7% 2,6%

AGROPECUÁRIA 3,2% 2,6% 4,0% 2,7% 4,9%

INDÚSTRIA 1,2% 0,5% 2,3% 1,9% 2,5%

Construção Civil -0,3% -1,4% 1,3% 3,7% -0,5%

Extração Mineral 4,8% 5,1% 4,4% 5,4% 3,6%

Ind. Transformação 1,3% 0,4% 2,4% 0,6% 3,8%

Serv. Ind. Util. Púb. 4,6% 5,3% 3,5% 5,7% 1,9%

SERVICOS 2,2% 2,4% 2,1% 1,9% 2,3%

Comércio 1,4% 0,8% 2,2% 1,7% 2,6%

Comunicação 10,9% 12,5% 8,7% 12,0% 6,2%

Adm. Pública 1,7% 2,0% 1,4% 1,4% 1,3%

Inst. Financeiras 1,3% 1,5% 1,0% -1,0% 2,5%

Transporte 2,5% 2,5% 2,6% 2,6% 2,7%

Outros Serviços 3,4% 3,8% 2,9% 2,8% 2,9%

O setor de Serviços, que absorve a maior parcela do PIB, registra, em geral, um alto grau

de co-movimento, embora não tão expressivo como a Indústria. Sua volatilidade relativa é a

menor dos três setores produtivos, sempre inferior a um, compensando as da Agropecuária e da

Indústria. A taxa média de crescimento do setor para o total da amostra é, praticamente, igual ao

do PIB, mantendo a sua participação estável.

O subsetor que mais se destacou nos últimos 25 anos foi o da Comunicação, registrando

taxa média de crescimento mais de cinco vezes superior ao da economia. Pela Tabela 4, observa-

se que posteriormente a crise cambial de 99 o setor desacelerou, reduzindo o ritmo de expansão

que até então apresentava. A presença do Estado no setor ao longo do período, seja como

monopolizador nos serviços de correspondência através dos Correios, nas estatais do sistema

8 Da mesma forma que a taxa de inflação, multiplicou-se por 4 a média da variação logarítmica do PIB trimestral dessazonalizado.

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Telebrás ou como regulador nas telecomunicações após as privatizações, poderia justificar o seu

modesto grau de co-movimento, além das altas taxas de crescimento no período pré-Real. A

maior volatilidade do setor no pós Real, que coincide com o período de privatizações nas

telecomunicações, pode ser reflexo do maior grau de concorrência no setor, que implicaria em

maiores riscos incorridos para os agentes deste mercado.

Se considerarmos que o setor de Administração Pública, conforme metodologia utilizada

pela Coordenação de Contas Nacionais � IBGE9, evolui-se em maior parte pela taxa de

crescimento populacional trimestralizada geometricamente, não surpreende o seu baixo grau de

co-movimento e volatilidade relativa.

Os subsetores do Comércio, Instituições Financeiras e Transportes apresentam altas

volatilidades, sendo que, para os quatro filtros, este indicador se apresenta maior no período pós-

Real, como antes verificado para o subsetor de Comunicação. Além dos possíveis motivos

específicos apontados para aquele subsetor, poderiam também explicar tal fenômeno,

particularmente para as Instituições Financeiras, a redução drástica no nível das taxas de inflação,

que exigiu dos seus agentes maior competitividade e, conseqüentemente, exposição a maiores

riscos.

Diferentemente do Comércio e dos Transportes, que pelas suas características

constituem bons termômetros da atividade econômica agregada, o subsetor das Instituições

Financeiras apresenta baixo grau de co-movimento. Embora ainda modestos, verificou-se um

aumento no patamar desta medida para o período do pós-Real nos quatro filtros.

IV – PONTOS DE INFLEXÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA

Nos Estados Unidos, tradicionalmente, o NBER (National Bureau Economic Research),

através do Business Cycle Dating Bureau�s Committee, sinaliza a fase do ciclo vigente para a

economia americana, a partir de indicadores antecedentes e coincidentes de produção industrial,

emprego, renda real e vendas.

No Brasil, esta tradição não foi ainda incorporada por nenhuma instituição, privada ou

pública. Existem, sim, trabalhos acadêmicos, como Cunha et al. (2005); Chauvet & Silva (2004);

Duarte et al. (2004) e Ellery et al. (2002), que aplicam a indicadores e séries estatísticas, a partir

9 Para maiores detalhes, ver em www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/srmtrimestrais.pdf.

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de procedimentos paramétricos e não-paramétricos10, critérios que definem as fases do ciclo

econômico brasileiro no período de tempo sob estudo nos respectivos trabalhos.

No Brasil, na ausência desta instituição, utilizamos neste trabalho como referência

Chauvet & Silva (2004) por serem citados por outros autores, como Duarte et al. (2004).

Nesta seção, a partir de diferentes regras de datação � dating rules � e conceituação,

buscaremos, através do logaritmo natural da série trimestral dessazonalizada do PIB, identificar a

partir de procedimentos não-paramétricos, os pontos de inflexão � turning points � da economia

brasileira nos últimos 25 anos e estabelecer as suas fases de expansão e recessão. Com isto,

comparar os resultados aqui obtidos com os de Chauvet & Silva (2004) e buscar compreender,

mediante os fatos históricos, as causas de tais inflexões.

Uma outra proposta para esta seção consiste em verificar os impactos sobre a análise dos

ciclos econômicos da aplicação de diferentes procedimentos de filtragem, regras de datação e

conceituação, conforme Canova (1999) e Anas & Ferrara (2002).

Anas & Ferrara (2002) atentam para a generalização que usualmente se faz com o termo

�ciclo econômico� referindo-se como flutuações econômicas ou flutuações das séries em nível.

Os autores lembram que na literatura acadêmica raramente distinguem-se os termos �ciclo

econômico clássico� e �ciclo de crescimento�. A partir do que eles denominam como

procedimento ABCD, Anas & Ferrara (2002) esclarecem estas diferenças conceituais.

Estudar �ciclos econômicos� consiste em analisar as séries em nível (yt); enquanto �ciclo

de crescimento�, os desvios em relação a sua tendência (cyt). A Figura 4 ilustra graficamente o

procedimento ABCD, exibindo um esboço teórico de uma série em nível e de seus componentes

cíclicos (desvios em relação à tendência).

O intervalo compreendido entre B e C corresponde ao período de recessão no conceito

de �ciclo econômico�, onde o primeiro ponto representa o pico de uma fase anterior de expansão

e o último, o vale. Como se observa neste conceito, por tratar a série em nível, a fase recessiva de

um ciclo cobre o período de tempo onde a atividade econômica apresenta quedas sucessivas,

sendo interrompida quando retoma, novamente, sua trajetória de crescimento.

O �ciclo de crescimento�, por tratar dos componentes cíclicos da série temporal, terá

como sua fase recessiva o intervalo de tempo compreendido entre os pontos A e D na Figura 4.

Podemos constatar que o pico neste conceito refere-se ao momento em que o componente cíclico

10 Procedimentos paramétricos, conforme Anas & Ferrara (2002), correspondem àqueles que aplicam modelos estatísticos sobreindicadores coincidentes previamente selecionados, como os Cadeia de Markov, Logit e Probit. Os não-paramétricoscorrespondem à utilização de algoritmos mais simples que os paramétricos, verificados a partir de uma visualização gráfica.

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atinge o ponto máximo de sua trajetória ascendente, invertendo-a e iniciando um percurso

descendente.

FIGURA 4

Esboço Teórico do Procedimento ABCD: Anas & Ferrara (2002)

Projetando o ponto A na série em nível, verificamos que este é o momento em que a

atividade econômica registra uma taxa de crescimento igual à de sua tendência de longo prazo,

como pode ser observado pela reta que tangência este ponto. Para ser elegível ao ponto B, as

seguintes condições devem ser observadas:

• Condição de primeira ordem: y�(t) =0

• Condição de segunda ordem: y��(t) < 0

As fases recessivas no �ciclo econômico� tendem a ter durações mais curtas e serem

menos freqüentes do que as do �ciclo de crescimento�, mesmo quando a periodicidade da série

seja trimestral com o componente sazonal removido, pois o componente de tendência inibe

sucessivas quedas no nível da atividade econômica, o que corresponderia a uma �fragilidade�

neste conceito, visto que basta a economia apresentar taxas positivas de crescimento, mesmo

abaixo de sua tendência de longo prazo, para não registrar fases recessivas. Como se verificou,

Procedimento ABCD

A

B Série em nível

Tendência

Desvio da Tendência

Ciclo Econômico

Clássico

Ciclo do Crescimento

C

D

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por exemplo, no setor Administração Pública ao aplicar tal regra (ver Tabelas A1, A2 e A24 no

Apêndice) para identificação dos respectivos ciclos; onde não foi possível estabelecer nenhum

ponto de inflexão ao longo da amostra.

Uma das formas para compensar tal �fragilidade�, embora não utilizada neste trabalho,

seria computar o nível da atividade econômica trimestral per capita. O crescimento vegetativo da

população paralelamente ao do PIB ajustaria esta análise, como Cunha et al. (2005), que

analisaram as propriedades da volatilidade econômica brasileira, utilizando a série anual do PIB

per capita, embora no conceito de ciclo de crescimento.

Antes, no entanto, de apresentarem as regras de datação, Anas & Ferrara (2002) listam

algumas recomendações que deveriam ser observadas na identificação dos pontos de inflexão:

1. Descartar os outliers;

2. Excluir os movimentos irregulares da série;

3. Determinar os potenciais pontos de inflexão;

4. Proceder de forma a garantir a alternância entre um pico e um vale;

5. Estabelecer regras de censura � censoring rules � que satisfaçam critérios pré-determinados

pertinentes à duração e amplitude das fases e do ciclo. Neste ponto, convencionou-se definir

como duração mínima de uma fase o intervalo de tempo de seis meses (dois trimestres) e do

ciclo completo (de um pico a outro pico ou de um vale a outro vale), quinze meses (cinco

trimestres).

6. Na presença de uma seqüência com mais de um mesmo ponto de inflexão, admitir como tal o

último deles, ou seja, ao aplicar uma regra de datação em que se observa dois ou mais picos,

por exemplo, sem nenhum vale entre os mesmos, considerar como pico o último.

7. Rejeitar os pontos de inflexão há menos de seis meses (dois trimestres) do início ou do fim da

série.

Esclarecidos os conceitos e listadas as recomendações acima, Anas & Ferrara (2002)

apresentam três procedimentos não-paramétricos de regras de datação, particularmente, para

séries trimestrais, sob a ótica do conceito de �ciclo econômico�, a fim de selecionar os potenciais

pontos de inflexão; ou seja, avaliam o comportamento da atividade econômica em nível (yt).

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1ª. Regra: Segundo Anas & Ferrara (2002), o algoritmo a seguir foi atribuído a Arthur Okun,

sendo um dos mais conhecidos e utilizados na detecção de pontos de inflexão. Em função da

indicação de sucessivos pontos de inflexão que esta regra produz, não o utilizaremos nesta

dissertação, embora as regras de censura eliminem tal problema.

• O trimestre t será classificado como pico quando:

! yt > yt+1 > yt+2

• O trimestre t será classificado como vale quando:

! yt < yt+1 < yt+2

2ª. Regra: A segunda regra de datação apresentada, segundo os autores, pode ser encontrada em

Wecker (1979) e Pagan (1997). Difere da primeira pelo fato de comparar, também, o nível atual

(contemporâneo) com o do período anterior. Assim, o seu algoritmo é definido da seguinte

forma:

• O trimestre t será classificado como pico quando:

! yt-1 < yt > yt+1 > yt+2

• O trimestre t será classificado como vale quando:

! yt-1 > yt < yt+1 < yt+2

3ª. Regra: Esta regra de datação é atribuída por Anas & Ferrara (2002) a Bry & Boschan11

(1971), que emprestam o nome à regra. Quando aplicada a séries trimestrais é denominada como

Bry and Boschan Quaterly (BBQ). É usualmente utilizada em trabalhos acadêmicos, como

Harding (2002) que a empregou para obtenção dos ciclos econômicos da Austrália. O algoritmo

segue abaixo:

11 Bry G.; Boschan C. Cyclical analysis of time series: Selected procedures and computer programs. NBER, Technical Paper,n.20, 1971.

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• O trimestre t será classificado como pico quando:

! yt-2 < yt-1 < yt > yt+1 > yt+2

• O trimestre t será classificado como vale quando:

! yt-2 > yt-1 > yt < yt+1 < yt+2

Para séries mensais, aplica-se como parâmetro para os algoritmos do BBQ acima, 05

meses de defasagem (t -5) e antecedência (t+5).

As duas próximas regras de datação exploram o conceito de �ciclo de crescimento�, ou

seja, avaliam o comportamento dos componentes cíclicos da atividade econômica (cyt), e serão

aplicadas aos quatro procedimentos de filtragem propostos.

4ª. Regra: A partir do esboço teórico do procedimento ABCD, ilustrado na Figura 4, Anas &

Ferrara (2002), como apresentado anteriormente, caracterizam e definem graficamente os pontos

de inflexão neste conceito: o ponto A como pico e o D como vale. Embora os autores não

explicitem tal condição como necessária ou obrigatória, os picos e vales localizam-se acima e

abaixo, respectivamente, da linha de tendência. Logo, o algoritmo utilizado para esta regra de

datação, que denominamos, simplesmente, de ABCD, segue a seguinte definição:

• O trimestre t será classificado como pico quando:

! cyt-1 < cyt > cyt+1 e cyt > 0

• O trimestre t será classificado como vale quando:

! cyt-1 > cyt < cyt+1 e cyt < 0

5ª. Regra: Esta regra de datação foi uma das duas apresentadas por Canova (1999) quando o autor

avaliou os impactos quanto às propriedades dos ciclos econômicos mediante o uso de doze

diferentes procedimentos de filtragem:

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• O trimestre t será classificado como pico quando:

! cyt-2 < cyt-1 < cyt > cyt+1

• O trimestre t será classificado como vale quando:

! cyt-2 > cyt-1 > cyt < cyt+1

Aqui não se faz a exigência apresentada na regra anterior quanto ao sinal positivo

(negativo) do componente cíclico para a definição do ponto de inflexão como pico (vale). No

entanto, exige a persistência no movimento cíclico em, pelo menos, dois trimestres para definir o

ponto de inflexão como tal.

Desta forma, totalizamos dez regras de datação para cada um dos trimestres da nossa

amostra: a segunda (W&P) e a terceira (BBQ) regras apresentadas por Anas & Ferrara (2002)

para identificação dos pontos de inflexão no conceito de �ciclo econômico clássico� e a quarta

(ABCD) e quinta (Canova), no conceito de �ciclo de crescimento�. Estas duas últimas são

aplicadas aos quatro filtros utilizados nesta dissertação.

Com exceção das duas primeiras recomendações de Anas & Ferrara (2002) listadas

anteriormente, os demais itens de censura foram aplicados, gerando o resultado apresentado na

Tabela 5, onde são estabelecidos os pontos de inflexão e as sucessivas fases de expansão e

recessão dos ciclos econômicos e de crescimento no Brasil obtidos a partir das regras de datação.

Os trimestres marcados com o sinal positivo (negativo) constituem os períodos em expansão

(recessão), sendo que o último período de uma seqüência de sinais positivos (negativos)

representam o pico (vale) daquela fase, observando que para o filtro Baxter King, como já

esclarecido antes, para os três primeiros e os três últimos anos da amostra não são computados os

respectivos desvios em relação à tendência.

Cabe antes da leitura da Tabela 5, identificar através da legenda a seguir, a quais regras

de datação se refere o seu cabeçalho:

! BBQ � Bry and Boschan Quaterly.

! W&P � segunda regra apresentada por Anas & Ferrara (2002) no conceito de ciclo

econômico clássico, atribuída a Wecker (1979) e Pagan (1997).

! ABCD filtro � aplicado ao respectivo filtro, como apresentado por Anas & Ferrara

(2002) no esboço teórico do procedimento ABCD (4ª. Regra).

! Canova filtro � regra de datação utilizada por Canova. 5ª. Regra apresentada.

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TABELA 5: Recessões e Expansões � Ciclos Econômicos e de Crescimento

Período BBQ W&PABCDlinear

Canovalinear

ABCD1ª dif.

Canova1ª dif.

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

Chauvet&Silva

1T1980 + - + + + + + + n.d. n.d. +2T1980 + - + + + + + + n.d. n.d. -3T1980 + + + + + + + + n.d. n.d. -4T1980 + + + + + + + + n.d. n.d. -1T1981 - - - - - - - - n.d. n.d. -2T1981 - - - - - - - - n.d. n.d. -3T1981 - - - - - - - - n.d. n.d. -4T1981 - - - - - - - - n.d. n.d. +1T1982 + + + + + + + + n.d. n.d. +2T1982 + + + + + + + + n.d. n.d. +3T1982 + + - - - - - - n.d. n.d. +4T1982 - - - - - - - - n.d. n.d. -1T1983 - - - - - - - - - - -2T1983 + + + + + + + + - - +3T1983 + + + + + + + + - - +4T1983 + + + + + + + + + + +1T1984 + + + + + + + + + + +2T1984 + + + + + + + + + + +3T1984 + + + + + + + + + + +4T1984 + + + + + + + + + + +1T1985 + + + + + + + + + + +2T1985 + + + + + + + + + + +3T1985 + + + + + + + + + + +4T1985 + + + + + + + + + + +1T1986 + + + + + + + + + + +2T1986 + + + + + + + + + + +3T1986 + + + + + + + + + + +4T1986 + + + + + + + + + + +1T1987 + + + + + + + + - - +2T1987 + + - - - - - - - - -3T1987 + + - - - - - - - - -4T1987 + + - - - - - - - - +1T1988 + + - - - - - - - - +2T1988 - - - - - - - - - - +3T1988 - - - - - - - - - - -4T1988 - - - - - - - - - - -1T1989 + + + + + + + + + + -2T1989 + + + + + + + + + + +3T1989 - - - - - - - - + + +4T1989 - - - - - - - - - - +1T1990 - - - - - - - - - - -2T1990 - - - - - - - - - - -3T1990 - - - - - - - - - - -4T1990 - - - - - - - - - - -1T1991 - - - - - - - - + + -2T1991 + + + + + + + + + + -3T1991 + + + + + + + + + + +4T1991 - - - - - - - - - -1T1992 - - - - - - - - - - -2T1992 - - - - - - - - - - -3T1992 - - - - - - - - - - +4T1992 + + + + + + + + + + +1T1993 + + + + + + + + + + +2T1993 + + + + + + + + + + +3T1993 + + - - - - - - - - +4T1993 + + - - - - - - - - +1T1994 + + + + + + + + - - +2T1994 + + + + + + + + + + +3T1994 + + + + + + + + + + +4T1994 + + + + + + + + + + +1T1995 + + - - - - - - + + +2T1995 - - - - - - - - - - -3T1995 - - - - - - - - - - -4T1995 + + + + + + + + - - +1T1996 + + + + + + + + - - +2T1996 + + + + + + + + + + +3T1996 + + + + + + + + + + +4T1996 - - - - - - - - + + +1T1997 - - - - - - - - - - +2T1997 + + - - - - - - - - +3T1997 + + - - - - - - - - +4T1997 + + - - - - - - - - +1T1998 + + - - - - - - - - -2T1998 + + - - - - - - - - -3T1998 + - - - - - - - - - -4T1998 + - - - - - - - - - -1T1999 + + + + + + + + - - +2T1999 + + + + + + + + - - +3T1999 + + + + + + + + + + +4T1999 + + + + + + + + + + +1T2000 + + + + + + + + + + +2T2000 + + + + + + + + + + +3T2000 + + + + + + + + + + +4T2000 + + + + + + + + + + +1T2001 + + + + + + + + - - +2T2001 - - - - - - - - - - +3T2001 - - - - - - - - - - +4T2001 - - - - - - - - - - +1T2002 + + + + + + + + n.d. n.d. +2T2002 + + + + + + + + n.d. n.d. +3T2002 + + + + + + + + n.d. n.d. +4T2002 + + + + + + + + n.d. n.d. +1T2003 + + - - - - - - n.d. n.d. n.d.2T2003 + + - - - - - - n.d. n.d. n.d.3T2003 + + - - - - - - n.d. n.d. n.d.4T2003 + + + + + + + + n.d. n.d. n.d.1T2004 + + + + + + + + n.d. n.d. n.d.2T2004 + + + + + + + + n.d. n.d. n.d.3T2004 + + + + + + + + n.d. n.d. n.d.4T2004 + + - - - - - - n.d. n.d. n.d.

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No Apêndice deste trabalho são apresentados nas dez primeiras Tabelas, para efeito de

análise setorial, os resultados da aplicação destes procedimentos para todos os setores produtivos,

sendo identificados os trimestres recessivos e expansivos com os respectivos pontos de inflexão.

Em Chauvet & Silva (2004), temos um exemplo de utilização de procedimentos

paramétricos como forma de estabelecer uma cronologia para os períodos de expansão e recessão

da economia brasileira através do modelo de fator dinâmico com mudança de Markov12. Para tal,

os autores selecionam indicadores antecedentes mensais, compondo uma variável latente, a fim

de prever os movimentos futuros da atividade econômica.

Embora não esteja no escopo desta dissertação discutir ou apresentar os procedimentos

paramétricos citados anteriormente, a seleção dos indicadores antecedentes e coincidentes para

aplicação nos respectivos modelos requer a execução de alguns testes estatísticos prévios.

Na Tabela 2 da seção III foi apresentado o grau de co-movimento dos setores produtivos

em relação à atividade econômica agregada, onde foi constatado um alto nível de correlação com

o PIB nos setores da Indústria e Comércio. Este resultado sinaliza que indicadores industriais,

como produção física e horas trabalhadas, bem como os de venda real no varejo e atacado,

constituem bons termômetros da economia brasileira, assim como nos Estados Unidos na

metodologia utilizada pelo NBER, que também utilizam tais indicadores.

Chauvet & Silva (2004) registraram para o período posterior a 1980, conforme Tabela 6,

as respectivas fases recessivas e os respectivos eventos de natureza econômica que possam

explicá-los.

TABELA 6: Pico a Vale, segundo Chauvet & Silva (2004)

PERÍODO EVENTOSFevereiro 1980 - Setembro 1981 Recessão MundialOutubro 1982 - Marco 1983 Crise Financeira e Recessão MundialAbril 1987 - Setembro 1987 Plano BresserJulho 1988 - Fevereiro 1989 Políticas de ajustamentoJaneiro de 1990 - Junho de 1991 Planos Collor e Recessão MundialDezembro 1991 - Maio 1992 Políticas de Ajustes CollorMaio 1995 - Outubro 1995 Crise do MéxicoNovembro 1997 - Dezembro 1998 Crise Asiática e Russa, desaceleração mundial e

Crise Cambial Brasileira

A cronologia estabelecida por estes autores delimita-se pelos meses que compõem a sua

amostra. Com o intuito de compatibilizar a comparação entre aquele trabalho e esta dissertação,

12 Para maiores detalhes, ver Indicadores Antecedentes de Recessões Brasileiras (2004) de Chauvet & Silva.

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elaboramos, de forma simplificada, um �tradutor� que converta o ponto de inflexão apontado

pelos autores ao trimestre do calendário civil aqui utilizado. O resultado desta conversão

encontra-se na última coluna da Tabela 5.

O critério aqui utilizado baseia-se no senso de que para definir um trimestre como

expansivo ou recessivo, deve-se levar em consideração como a maioria dos meses que o

compõem (pelo menos, dois meses) está classificada. Vale ressaltar que a amostra de Chauvet &

Silva (2004) encerra-se em 2002. Embora as regras de censura não permitam estabelecer um

ponto de inflexão no inicio ou fim da série, aqui se deve registrar que a amostra utilizada pelos

autores data de 1975; daí o motivo pelo qual o primeiro trimestre de 1980 está identificado como

pico, segundo a conversão que efetuamos sobre a cronologia de Chauvet & Silva (2004).

Assim sendo, admitimos que o mês apontado como ponto de inflexão (pico ou vale) na

Tabela 6 seja vinculado ao respectivo trimestre do calendário civil se o mês imediatamente

anterior se situar no mesmo trimestre. Exemplificando: a última recessão identificada pelos

autores tem o seu inicio em dezembro de 1997, visto que novembro corresponde ao pico da fase

expansiva anterior; logo, o mês anterior a este (outubro) situa-se no mesmo trimestre que o ponto

de inflexão (novembro); isto justifica o estabelecimento do quarto trimestre de 1997 como o fim

da fase de expansão, ou seja, o pico, e o primeiro trimestre de 1998 como o início da recessão.

A única exceção à regra foi o penúltimo período apontado na Tabela 6, que por se

encontrar no limite da duração mínima de uma fase (06 meses), exigiu-nos uma intervenção

pontual, pois se assim não o fosse, de acordo com os critérios deste �tradutor�, teríamos somente

um trimestre compondo a fase recessiva, o que desrespeitaria as regras de censura apresentadas

anteriormente.

TABELA 7: Grau de Coincidência. Referência: Chauvet & Silva (2004)

Coincidência BBQ W&PABCDlinear

Canovalinear

ABCD1ª.dif

Canova1ª. dif

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

Recessões 57% 68% 86% 79% 39% 39% 79% 79% 81% 81%Expansões 83% 81% 59% 69% 55% 52% 69% 69% 62% 56%

Tendo como referência o período comum aos dois trabalhos (1980 a 2002),

confrontamos a cronologia estabelecida nesta dissertação, pelos procedimentos utilizados, com

aquela apresentada por Chauvet & Silva (2004). Pela Tabela 7, verifica-se razoável grau de

coincidência entre ambos os estudos quanto à classificação e identificação das fases dos ciclos

econômicos.

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Para as duas regras de datação referentes ao ciclo econômico clássico (BBQ e W&P),

constata-se que o grau de coincidência é maior para as fases de expansão. Nas demais regras,

para uso no conceito de ciclo de crescimento, esta constatação é inversa, com exceção do filtro da

primeira diferença.

Canova (1999) identificou os pontos de inflexão da economia americana através da

série13 dessazonalizada do PIB trimestral para o período compreendido entre o terceiro trimestre

de 1955 e o primeiro de 1990, a partir de doze procedimentos de filtragem em duas regras de

datação (sendo uma delas aqui também aplicada), e comparou-os àqueles divulgados pelo NBER

e Departamento de Comércio dos Estados Unidos (DOC), classificando-os, conforme a situação

como falsos alarmes ou perdidos � missing points.

Canova define como falso alarme o seu ponto de inflexão em que o NBER e o DOC não

tenham classificado nenhum como tal dentro de um intervalo de três trimestres (+ 03) em torno

do definido por ele. Exemplificando a partir de nossos resultados: todas as regras de datação

estabeleceram como pico o terceiro trimestre de 1996, com exceção do filtro Baxter King, que

assim o definiu no trimestre seguinte. No entanto, o pico mais próximo deste estabelecido por

Chauvet & Silva (2004), nossa referência, encontrava-se há, pelo menos, cinco trimestres (quarto

trimestre de 1997). Logo, o terceiro e o quarto (BK) trimestres de 1996 foram classificados como

falsos alarmes.

Como um ponto de inflexão perdido, Canova (1999) define como sendo aquele

estabelecido pelo NBER ou DOC, onde não se localiza um definido por ele como tal dentro de

um intervalo de três trimestres (+ 03) de antecedência ou defasagem ao da referência.

Novamente, exemplificando: Chauvet & Silva (2004) estabelecem como vale, a partir do nosso

�tradutor�, o quarto trimestre de 1998; porém, para a regra de datação BBQ, este constitui um

ponto perdido, não localizado, visto que, o vale mais próximo estabelecido por esta regra data do

primeiro trimestre de 1997, quase dois anos de distância.

A Tabela 8, conforme as definições apresentadas anteriormente por Canova (1999),

exibe a aplicação destes conceitos na comparação entre as cronologias estabelecidas nesta

dissertação e o trabalho de Chauvet & Silva (2004). A Tabela 9 traz os resultados da comparação

entre Canova (1999) e a cronologia estabelecida pelo NBER e o DOC, somente para a regra de

datação (5ª. Regra) e os filtros comuns a esta dissertação.

13 Os dados usados por Canova (1999) são provenientes do Citibase Tape.

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Como se pode observar pelas Tabelas 8 e 9, a cronologia aqui estabelecida, em geral,

obtém mais êxito na comparação com seu benchmark do que os apresentados por Canova (1999).

Basta confrontar os níveis de falsos alarmes apontados nas respectivas tabelas. Aqui, o percentual

de falsos alarmes é, em geral, inferior aos registrados por Canova (1999).

TABELA 8: Pontos de Inflexão Falsos e Perdidos.

Classificação BBQ W&PABCDlinear

Canovalinear

ABCD1a. dif

Canova1a. dif

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

Falsos 13 14% 13% 13% 13% 13% 13% 13% 29% 29%Perdidos 29 14% 29% 29% 29% 29% 29% 29% 40% 40%

Picos Antecipados 60 50% 80% 80% 80% 80% 80% 80% 60% 60%Coincidente 40 33% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 40% 40%Defasados 0% 17% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%Falsos 25 20% 18% 18% 29% 29% 20% 18% 13% 14%Perdidos 25 13% 13% 13% 13% 13% 13% 13% 14% 14%

Vales Antecipados 33 29% 29% 29% 29% 29% 29% 29% 33% 33%Coincidente 33 43% 43% 43% 43% 43% 43% 43% 0% 0%Defasados 33 29% 29% 29% 29% 29% 29% 29% 67% 67%

Também é visível que os picos estabelecidos por Chauvet & Silva (2004), quando

detectados, são, na maioria das vezes, antecipados pelos procedimentos aqui utilizados, bem

como em Canova (1999) quando utiliza o NBER como referência.

TABELA 9: Pontos de Inflexão Falsos e Perdidos � Canova (1999)

ClassificaçãoCanovalinear

Canova1a. dif.

CanovaHP

CanovaBK

NBER como referênciaFalsos 44% 89% 45% 50%Perdidos 29% 86% 14% 14%

Picos Antecipados 60% 0% 83% 83%Coincidentes 20% 100% 17% 17%Defasados 20% 0% 0% 0%Falsos 50% 90% 45% 50%Perdidos 29% 86% 14% 29%

Vales Antecipados 60% 100% 50% 60%Coincidentes 40% 0% 50% 40%Defasados 0% 0% 0% 0%

DOC como referênciaFalsos 33% 44% 45% 40%Perdidos 14% 29% 0% 0%

Picos Antecipados 17% 80% 29% 29%Coincidentes 33% 20% 29% 29%Defasados 50% 0% 42% 42%Falsos 50% 80% 45% 50%Perdidos 38% 75% 25% 38%

Vales Antecipados 20% 50% 33% 40%Coincidentes 60% 50% 50% 40%Defasados 20% 0% 17% 20%

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O mesmo não se pode dizer quanto aos vales, que não apresentam nenhuma tendência

em antecipar, coincidir ou atrasar os pontos de inflexão de sua referência, quando detectados.

Em se tratando da economia americana, que dispõe do NBER como referência em

estabelecer a cronologia de seus ciclos, apresentar procedimentos alternativos de detecção de

pontos de inflexão com altos percentuais de falsos alarmes pode ser um sinal de que as regas de

datação e os procedimentos utilizados pelo pesquisador sejam inadequados. Pelos resultados

apresentados por Canova (1999), definitivamente, o filtro da primeira diferença não constitui um

bom procedimento, pois não encontra e nem é encontrado pelas referências.

Como mencionado anteriormente, utilizamos neste trabalho como referência Chauvet &

Silva (2004). Apesar das diferenças metodológicas entre os dois trabalhos e os diferentes

procedimentos aqui aplicados, alguns resultados são unânimes quanto à identificação das fases

recessivas e expansivas. Pela Tabela 5, podemos observar que os anos de 1981, 1988, 1998 e os

períodos compreendidos entre o segundo semestre de 1989 e o primeiro trimestre de 1991, entre

o segundo e o quarto trimestre de 2001, entre o primeiro e o terceiro trimestre de 2003 são

aqueles que, em geral, foram identificados como recessivos, com poucas exceções. Aliás, as

regras referentes ao conceito de ciclo de crescimento indicam o início de uma recessão no último

trimestre da amostra (quarto trimestre de 2004).

Quanto às expansões, podemos afirmar o mesmo em relação ao triênio 1984-86, o biênio

1999-2000 e os anos de 1994 e 2002, bem como os períodos compreendidos entre o quarto

trimestre de 1995 e o terceiro de 1996 e entre o quarto trimestre de 2003 e o terceiro de 2004.

A Tabela 10 ilustra as características de cada uma das regras de datação utilizadas neste

trabalho e os de Chauvet & Silva (2004) quanto à freqüência e duração média das fases

recessivas e expansivas na amostra. Como apontado anteriormente, pelo conceito de �ciclo

econômico clássico� identifica-se menor freqüência de períodos recessivos do que os �ciclos de

crescimento�, como pode ser visto no caso das regras BBQ e W&P, com menos de 1/3 do total da

amostra em recessão.

Quanto às regras de datação baseadas no conceito de ciclo de crescimento, a distribuição

dos trimestres entre períodos recessivos e expansivos apresenta uma equiparação entre ambas as

fases. Isto se entende pelo fato de que os componentes cíclicos cyt, por constituírem os resíduos

ou desvios da série original em relação a sua tendência, devem, teoricamente, apresentar média

próxima a zero.

Comparando os resultados das sub-amostras, verifica-se que a freqüência de trimestres

recessivos é inferior no pós-Real para as regras de datação BBQ, W&P e Chauvet & Silva

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(2004). Nas demais regras, pelos motivos citados no parágrafo anterior, não se pode apontar uma

tendência quanto à freqüência das fases dos ciclos.

TABELA 10: Freqüência e Duração Média (em trimestres) dos Ciclos.

PeríodoRecessões

XExpansões BBQ W&P

ABCDlinear

Canovalinear

ABCD1a. Dif.

Canova1ª. Dif.

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

Chauvet& Silva

PercentualRecessões 27% 31% 54% 46% 44% 46% 46% 46% 50% 54% 30%

TotalPercentualExpansões 73% 69% 46% 54% 56% 54% 54% 54% 50% 46% 70%

AmostraDuração

Recessões 3,38 3,10 7,71 4,18 3,67 4,18 4,60 4,18 5,43 5,13 3,50Duração

Expansões 8,11 6,90 6,57 4,91 4,67 4,91 5,40 4,91 6,33 5,00 7,11PercentualRecessões 37% 41% 54% 46% 43% 43% 46% 46% 48% 48% 41%

PréPercentualExpansões 63% 59% 46% 54% 57% 57% 54% 54% 52% 52% 59%

RealDuração

Recessões 4,00 3,67 9,67 5,00 3,29 3,83 5,00 5,00 5,00 5,00 4,40Duração

Expansões 5,67 5,33 6,25 4,83 4,43 5,17 4,83 4,83 5,50 5,50 4,57PercentualRecessões 15% 20% 54% 46% 46% 50% 46% 46% 53% 62% 16%

PósPercentualExpansões 85% 80% 46% 54% 54% 50% 54% 54% 47% 38% 84%

RealDuração

Recessões 2,33 2,25 6,25 3,50 4,20 4,60 4,20 3,50 6,00 5,25 2,00Duração

Expansões 13,00 9,25 7,00 5,00 5,00 4,60 6,25 5,00 8,00 4,33 16,00

Em relação à duração média, com exceção dos filtros da primeira diferença e Baxter

King, no pré-Real as fases recessivas duram mais tempo do que no pós-Real. Para os períodos em

expansão no pós-Real, com exceção da regra de Canova aplicada aos filtros da primeira diferença

e Baxter King, verifica-se maior durabilidade desta fase do que a registrada para o período

anterior.

V – PROPRIEDADES CÍCLICAS ANTES E APÓS O REAL E SOBREGIMES CAMBIAIS DE CRAWLING BANDS E FLEXÍVEL.

Em matéria de gestão de política monetária no Brasil nos últimos 25 anos, dois

episódios são marcantes: a introdução do Plano Real em meados de 1994 e a crise cambial no

final de 1998 que encerrou no início de 1999 o regime da âncora cambial.

O propósito, nesta seção, consiste em analisar as flutuações cíclicas da atividade

econômica no Brasil e, de forma acessória, do nível de preços, antes e após o plano de

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estabilização monetária, bem como, para o período posterior à sua implantação, avaliar os

impactos sobre o comportamento cíclico da atividade econômica e da inflação na primeira fase,

sob um regime cambial de crawling bands, e a seguinte, sob regime de câmbio flexível e metas

de inflação; ou seja, secundariamente, verificar as mudanças no padrão da volatilidade da

economia brasileira na presença ou ausência de uma política cambial ativa do Banco Central.

Como destacado por Cardoso & Helwege (1993) e Baer (2003), o debate entre as visões

(neo) estruturalista e monetarista no Brasil quanto as causas e soluções para as questões da

hiperinflação e estagnação econômica nos anos 80 e 90 repercutem ainda hoje.

No momento em que se discute o papel da autoridade monetária quanto aos impactos e

efeitos de sua gestão sobre a economia, seja no estabelecimento do nível da taxa de juros ou na

interferência ou não no mercado de câmbio, definir a introdução do Plano Real como o ponto de

corte nesta análise, constitui uma tendência natural para o período que estudamos; não somente

por posicionar-se numa faixa mediana da amostra, mas por evidenciar, conforme Figura 2, uma

mudança na visão da gestão da política monetária brasileira, que rompeu com o padrão anterior

da trajetória do nível de preços.

Ao longo desta seção, buscar-se-á subsidiar as respostas a estas questões de forma

objetiva, comparando as propriedades cíclicas das sub-amostras propostas � antes e após o Real,

antes e após a Crise Cambial de 1999 � testando estatisticamente a significância das possíveis

diferenças.

V.1: Propriedades Cíclicas da Atividade Econômica:

Para avaliar as propriedades das flutuações do PIB trimestral nos últimos 25 anos,

utilizamos as séries dos componentes cíclicos obtidos pelos quatro procedimentos de filtragem

citados anteriormente, dividindo a amostra (1980:01 � 2004:04) em dois períodos: antes

(1980:01-1994:02) e após a introdução (1994:03-2004:04) do Plano Real; sendo este último,

ainda, segmentado em duas fases: antes (1994:03-1998:04) e depois (1999:01-2004:04) da crise

cambial de 1999.

O primeiro corte proposto acima � antes e após o Real � tem como objetivo avaliar o

impacto sobre a volatilidade e persistência cíclicas da atividade econômica sob dois ambientes e

políticas monetárias distintos. Embora o tamanho das amostras possa comprometer a análise, o

segundo corte � antes e depois da crise cambial de 1999 no pós-Real � visa verificar os impactos

sobre o comportamento cíclico da economia brasileira sob dois regimes cambiais distintos, apesar

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de ambos focarem o controle da inflação por vias alternativas. A opção pela política cambial

como instrumento monetário na primeira fase é largamente discutida na literatura acadêmica;

debate este ampliado pelas experiências latino-americanas, como México e Argentina, conforme

Calvo (1999).

Como verificar-se-á, os resultados apresentados nas Tabelas 11, 12 e 13 constituem uma

das evidências quanto às questões levantadas por Canova (1999) em relação ao uso de diferentes

procedimentos de filtragem e seus impactos no estudo e análise dos ciclos econômicos,

particularmente, quanto às propriedades cíclicas das séries, como volatilidade e persistência.

Canova (1999) demonstrou com a série trimestral dessazonalizada do PNB americano14,

a partir de doze diferentes procedimentos de filtragem � dentre eles, os quatro aqui apresentados

� que os resultados e conclusões dos estudos dos ciclos econômicos podem ser afetados em

função do tipo de filtro utilizado.

Na Tabela 11, pode-se observar o desvio padrão das flutuações cíclicas nos quatro

filtros, para o total da amostra, bem como para as sub-amostras citadas. Independentemente do

procedimento de filtragem, os quatro registram maior volatilidade (desvio padrão) dos

componentes cíclicos do PIB no período que antecede o Plano Real do que naquele posterior a

sua introdução, sendo praticamente duas vezes superior nos filtros HP, BK e primeira diferença e

mais de 2,5 vezes pela tendência linear. Pela Figura 3, mesmo visualmente, já se poderia

constatar esta evidência.

TABELA 11: Desvio Padrão das Flutuações Cíclicas

FiltrosPeríodo Tendência

Linear

1ª Diferença HP BK

Amostra Completa (1980 � 2004) 0,0398 0,0203 0,02760 0,0246Antes do Real 0,0497 0,0239 0,0331 0,0284Após o Real 0,0178 0,0139 0,0167 0,0150Antes da Crise Cambial 1999 0,0163 0,0191 0,0180 0,0145Após a Crise Cambial 1999 0,0126 0,0087 0,0126 0,0133

14 As séries utilizadas por Canova são provenientes da base de dados do Citibase Tape. Os dados são trimestrais edessazonalizados a preços de 1982, cobrindo o período que compreende o terceiro trimestre de 1955 até o primeiro trimestre de1991. Canova usou o logaritmo das séries.

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No pós-Real, a fase sob regime de âncora cambial apresenta volatilidade ligeiramente

maior do que aquela sob metas inflacionárias para os filtros HP, BK e tendência linear, e mais de

duas vezes superior pela primeira diferença.

Para o total da amostra, os dois últimos (HP e BK) filtros na Tabela 11 registram

volatilidades, relativamente, próximas. O primeiro (tendência linear) apresenta volatilidade quase

duas vezes superior ao segundo (1ª diferença) e 1,5 vez em relação ao dois últimos.

A fim de nos certificarmos quanto à significância das diferenças das volatilidades das

flutuações cíclicas para os períodos que antecederam e sucederam a implantação do Plano Real,

bem como a crise cambial de 1999 nos pós-Real, realizamos o teste F de igualdade entre as

variâncias destas flutuações dos períodos mencionados para os quatro filtros utilizados, conforme

Tabela 12.

TABELA 12: Teste F de igualdade entre as variâncias pré e pós Real e Crise Cambial 99

FiltrosTendência Linear 1ª Diferença HP BK

Pré x Pós Estatística F 7,8024 2,9574 3,9595 3,5901REAL p-valor 0,0000 0,0002 0,0000 0,0001

Pré x Pós Estatística F 1,6635 4,8282 2,0352 1,1839Crise Cambial 99 p-valor 0,2851 0,0016 0,1370 0,7309

Como se observa, as variâncias (volatilidades) nos quatro filtros são significativamente

diferentes antes e depois do Real. Com exceção do procedimento da primeira diferença, o mesmo

não se pode afirmar em relação aos trimestres do pós-Real que antecederam e sucederam a crise

cambial de 1999, visto que para os filtros HP, BK e tendência linear, não se rejeitou a hipótese

nula de igualdade entre as variâncias do dois períodos no teste F.

Convém lembrar que para este último teste, o tamanho das sub-amostras é relativamente

pequeno, sendo 18 trimestres para o período pré-crise cambial e 24 para o subseqüente. No caso

do filtro Baxter-King, para a última fase (pós-crise cambial), em função de suas características,

perde-se os três últimos anos (12 trimestres), ou seja, a metade dos trimestres que compõem esta

fase.

Quanto ao grau de persistência das flutuações cíclicas, verifica-se a partir da Tabela 13

que para os filtros HP, BK e tendência linear há um forte processo de transferência para o período

subseqüente (inércia) dos efeitos oriundos da expansão ou recessão de períodos antecedentes, o

que não se verifica para o filtro da primeira diferença.

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Analisando a partir da estratificação proposta, verifica-se que para todos os filtros, com

exceção da primeira diferença, a autocorrelação dos componentes cíclicos é ligeiramente superior

no primeiro período (pré-Real) de nossa amostra. Especificamente para o período pós-Real,

observa-se que a autocorrelação registra maiores valores para a fase posterior a crise cambial de

99.

TABELA 13: Autocorrelação dos Componentes Cíclicos do PIB trimestral

FiltrosPeríodo Tendência

Linear

1ª Diferença HP BK

Amostra Completa (1980 � 2004) 0,859 0,135 0,743 0,887Antes do Real 0,868 0,108 0,751 0,901Após o Real 0,737 0,243 0,695 0,810Antes da Crise Cambial 1999 0,317 0,220 0,441 0,690Após a Crise Cambial 1999 0,738 0,312 0,675 0,794

Apesar da constatação dos problemas registrados por Canova (1999) quanto ao uso de

diferentes filtros, algumas conclusões são incontestáveis. Os resultados relacionados ao período

que antecede o Real refletem que políticas monetárias expansionistas não são garantia de

sustentabilidade do crescimento da atividade econômica, como alertado por Cunha & Araújo

(2003), haja vista a maior instabilidade dos ciclos econômicos, as altas taxas de inflação e as

reduzidas taxas de crescimento do PIB registrados para o período.

Contrapondo-se a estes resultados, para o período posterior ao Real, verificam-se

maiores taxas de crescimento vinculadas a menores taxas de inflação e volatilidade cíclica da

economia brasileira, sinalizando que as mudanças implantadas na condução da política

monetária, se não produziram resultados expressivos quanto ao crescimento econômico,

obtiveram, no entanto, êxito no controle da inflação e minimizaram, aparentemente, o grau de

incerteza que se reflete na significativa redução do desvio padrão dos componentes cíclicos.

Na próxima seção, a partir de instrumentos mais adequados, verificaremos e testaremos

estas evidências, particularmente quanto à influência da volatilidade econômica e da inflação

sobre as decisões reais dos agentes.

A maior autocorrelação dos componentes cíclicos no pré-Real demonstra um caráter

mais duradouro e permanente de suas fases de expansão e recessão do que no período posterior,

refletindo uma maior inércia nos choques de demanda durante este período.

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A adoção no pós-Real de uma política cambial �fixa� até o início de 1999 ou flexível

com metas inflacionarias a partir deste ano, como pilares da política monetária do Banco Central,

não surtiram efeitos diferenciados quanto ao crescimento (vide Tabela 4) nem quanto à

volatilidade cíclica da economia brasileira ou mesmo nas taxas de inflação.

Porém, quanto à durabilidade de seus efeitos cíclicos, de acordo com a Tabela 13, o

período sob regime de câmbio flexível e metas inflacionárias tem apresentado uma maior

autocorrelação do que aquele sob regime de bandas cambiais.

Baxter & Stockman (1989) utilizaram séries macroeconômicas de 44 países (23 deles da

OECD e 21 não membros da OECD) � produto, consumo, gastos do governo, comércio

internacional � a fim de avaliar mudanças na volatilidade destas variáveis, medida pelos filtros da

primeira diferença e tendência linear, sob dois regimes cambiais. Para tal, definiu como ponto de

corte o fim do sistema de fixação cambial de Bretton Woods, por volta dos anos da primeira crise

do petróleo (1971-73).

Por não dispor, na época, da série trimestral do PIB de todos os países, utilizou as

respectivas séries da produção industrial como uma proxy. Para quatorze países da OECD,

primeiramente analisados � EUA, França, Canadá, Itália, Holanda, Irlanda, Luxemburgo,

Yugoslávia, Finlândia, Grécia, Japão, Espanha, Grã-Bretanha e Suécia � a maioria apresentou

maior volatilidade no período de câmbio flexível e maiores taxas de crescimento sob regime de

câmbio fixo.

Calvo (1999) apresenta como uma das fragilidades do sistema de câmbio fixo � pegged

� a vulnerabilidade a qual se expõe um país por conta das variações abruptas no crédito bancário

internacional acarretando perda de reservas, como pode ser verificado na Figura A30 do

Apêndice, onde posteriormente a implantação do Real, inicialmente sob o regime de bandas

cambiais, o nível de reservas sofre fortes quedas logo após a explosão de uma crise externa, como

a Mexicana (1995), a Asiática (1997) e a Russa (1998), que culminou com a maxi-desvalorização

em 1999, dando fim ao regime. Este contexto poderia justificar uma maior desconfiança por parte

dos agentes quanto à sustentabilidade da política cambial, afetando decisões de curto prazo.

Uma possível interpretação para uma maior inércia dos componentes cíclicos na fase de

câmbio flexível e de metas inflacionárias seria o fato de que a transparência exigida por esta

política e a conseqüente credibilidade conquistada pelo Banco Central junto aos mercados, vide

Minella et al. (2002), mesmo com a mudança de governo, propiciaram um ambiente favorável à

decisões de consumo e investimento mais duradouras e permanentes que as da fase anterior.

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V.2: Propriedades Cíclicas dos Preços:

Kydland e Prescott (1990) contra-argumentam uma crença na literatura acadêmica

americana que apontava para uma prociclicidade do nível de preços em relação ao nível da

atividade econômica. Os autores, a partir das séries trimestrais do PNB americano e seu deflator

implícito15, compreendidas entre o período de 1954 e 1989, mostram que, desde a Guerra da

Coréia, o nível de preços apresenta claramente uma trajetória anticíclica, conforme Tabela 14.

TABELA 14: Correlação Cíclica: Nível de Preços (t-i) e Atividade Econômica (t)Correlação dos componentes cíclicos: Nível de Preços x PIB

Desv.Pad. (%)

preço(t-5)

preço(t-4)

preço(t-3)

preço(t-2)

preço(t-1)

preço(t)

preço(t+1)

preço(t+2)

preço(t+3)

preço(t+4)

preço(t+5)

Kydlan & Prescott 0,89 -0,50 -0,61 -0,68 -0,69 -0,64 -0,55 -0,43 -0,31 -0,17 -0,04 0,09Brasil (Tend.Li )

303,21 -0,02 -0,03 -0,04 -0,05 -0,07 -0,07 -0,08 -0,08 -0,09 -0,10 -0,11Total Brasil (1a. Dif.) 31,69 0,04 0,00 0,07 0,13 -0,19 -0,11 0,03 0,06 0,06 -0,06 -0,10

Amostra Brasil (HP) 49,27 0,13 0,13 0,13 0,09 -0,02 -0,05 -0,04 -0,06 -0,12 -0,22 -0,31

Brasil (BK) 61,07 0,11 0,12 0,10 0,05 0,01 -0,02 -0,04 -0,06 -0,11 -0,18 -0,27Brasil (Tend. 236,36 -0,55 -0,52 -0,48 -0,45 -0,43 -0,39 -0,36 -0,33 -0,30 -0,28 -0,26

Pré Brasil (1a. Dif.) 31,64 0,06 -0,06 0,01 0,08 -0,34 -0,12 0,11 0,15 0,14 -0,02 -0,10Real Brasil (HP) 51,27 0,00 -0,07 -0,11 -0,18 -0,29 -0,24 -0,15 -0,12 -0,14 -0,25 -0,35

Brasil (BK) 60,60 -0,03 -0,13 -0,26 -0,35 -0,35 -0,29 -0,26 -0,20 -0,19 -0,26 -0,38Brasil (Tend. 379,12 0,56 0,52 0,54 0,58 0,62 0,59 0,61 0,64 0,65 0,66 0,64

Pós Real Brasil (1a. Dif.) 5,32 0,16 -0,13 -0,23 -0,06 0,32 0,33 0,04 0,16 0,15 -0,23 -0,16Amostra Brasil (HP) 46,51 0,26 0,17 0,26 0,43 0,54 0,48 0,45 0,40 0,30 0,16 0,03

Brasil (BK) 55,19 0,04 0,05 0,23 0,45 0,56 0,53 0,48 0,46 0,47 0,50 0,50

A fim de verificar tal evidência para a economia brasileira, simulamos o mesmo

exercício com o PIB e o IGP-DI trimestrais apresentados anteriormente, onde constatamos que

para o total da amostra, ou seja, entre 1980 e 2004, nenhum tipo de correlação cíclica entre o

nível de preços e a atividade econômica foi observado para a economia brasileira nos quatro

procedimentos de filtragem, mesmo no filtro HP, que foi o que os autores utilizaram. O máximo

que se pode sentenciar é a presença de uma �leve anticiclicidade�.

No entanto, analisando separadamente as duas sub-amostras, pré e pós Real, observamos

dois quadros totalmente adversos. No primeiro período, os resultados de Kydland e Prescott se

confirmam. No período seguinte à implantação do Plano, verifica-se uma forte prociclicidade no

nível de preços.

15 Kydland e Prescott utilizaram também o índice de preço ao consumidor, obtendo o mesmo resultado que o deflator implícito.

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Lembrando que tais medidas de correlação foram calculadas a partir das séries dos

respectivos componentes cíclicos obtidos de acordo com a expressão (1), apresentada

anteriormente. Como as séries originais do PIB e do IGP-DI estão na forma logarítmica, o desvio

padrão, exibido na Tabela 14, se expressa em termos percentuais. Independentemente do período,

a volatilidade dos preços no Brasil é significativamente superior à americana. Além disso,

Kydland e Prescott (1990) utilizaram as séries do PNB e seu deflator implícito e aqui foram

aplicadas a do PIB e a do IGP-DI como uma proxy.

Diferenças e ponderações à parte, de maneira geral, poderíamos afirmar que na

economia brasileira a volatilidade do nível de preços, nos últimos 25 anos, não exerceu grandes

influências na trajetória dos ciclos econômicos. Porém, esta insensibilidade recíproca entre os

preços e a atividade econômica, na verdade, representa um contrabalanço entre os dois períodos

que compõem a amostra.

O resultado encontrado para os anos 80 e início dos 90 faz jus a denominação dada a

este período como �a Década Perdida�, caracterizada pela �estagflação� � estagnação econômica

e altas taxas de inflação; daí a razão, em parte, para a anticiclicidade dos preços e atividade

econômica.

Em relação ao período seguinte, posterior a implantação do Plano Real, a prociclicidade

do nível de preços com os ciclos econômicos corrobora com o diagnóstico apontado pelo Banco

Central quanto às causas da inflação no Brasil, caracterizada como de Demanda; justificando,

portanto, a �ortodoxia� ou conservadorismo na gestão de sua política monetária. Pela Figura A32

no Apêndice, verifica-se que neste período um dos componentes da Demanda que mais

pressionam a economia doméstica é o mercado externo, via exportações, particularmente, na fase

sob gestão de câmbio flexível e metas de inflação, a partir de 1999.

VI – OS EFEITOS REAIS DAS INCERTEZAS RELATIVAS ÀS TAXAS DECRESCIMENTO ECONÔMICO E DA INFLAÇÃO.

Nesta seção, analisaremos e testaremos para a economia brasileira, a partir das séries

trimestrais dessazonalizadas do PIB e do IGP-DI, os impactos que a volatilidade das variações

logarítmicas destas séries, ou seja, da taxa de crescimento econômico e inflação, provocam em si

mesmas, bem como reciprocamente. Na verdade, o que se deseja verificar é se e quanto o grau de

incerteza do crescimento econômico e da inflação influencia na trajetória de ambas as variáveis;

especialmente, se a introdução do Plano Real influenciou estas relações.

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Na literatura acadêmica, usualmente, os macroeconomistas que estudam o assunto

utilizam para tal finalidade o modelo de variância condicional GARCH-M16, como Bredin &

Fountas (2005) e Lanteri (2003), muito empregado também em Finanças, por relevar a

expectativa de risco, ou grau de incerteza, do retorno de um ativo para o curto período em que o

investidor deseja retê-lo; situação onde não interessa conhecer a variância incondicional, de

longo prazo.

A hipótese de homocedasticidade, ou seja, a constância da variância do termo aleatório

(εt) de uma equação estimada pelas regressões tradicionais lineares, como os mínimos quadrados

ordinários, na maioria das vezes, não se verifica para as variáveis macroeconômicas por

apresentarem mudanças no padrão de volatilidade ao longo do tempo.

Os modelos GARCH (p,q), como apresentados por Enders (2004), constituem uma

generalização elaborada por Bollerslev17 (1986) daquilo que foi introduzido por Engle18 (1982).

Em linhas gerais, são construídos a partir da regressão simultânea de duas especificações por

máximo likelihood sob a hipótese de que os erros são condicionais e normalmente distribuídos;

sendo a primeira equação, denominada de equação média, aquela cuja variável dependente

corresponde a de interesse (por exemplo, o retorno de um ativo), tendo como um de seus

parâmetros a variância condicional estimada pela segunda, como demonstrado a seguir:

Equação média: yt = γ0 + γ1xt + γ2σ2y,t + ε t (13)

p q

Equação da variância condicional: σ2y,t = ω + βj ∑σ2

y,t-j + ∑αiε2t-i (14)

j=1 i=1

Sendo:

yt : variável dependente.

xt: variável exógena.

σ2y,t: variância da variável de interesse (dependente) projetada para o período corrente

(t) a partir de informações passadas, ou seja, até t-1.

16 Sigla, em inglês, que abrevia a expressão Generalized Autoregressive Conditional Heteroscedasticity. No caso específico, aintrodução da letra M na sigla indica que a variância condicional da variável dependente será introduzida na equação média.17 Bollerslev, T. Generalized Autoregressive Conditional Heteroscedasticity. Journal of Econometrics, v.31, p.307-327, 1986.18 Engle, R. F. Autoregressive Conditional Heteroscedasticity with Estimates of the Variance of United Kingdom Inflation.Econometrica, v.50, p.987-1007, 1982.

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p: ordem dos termos GARCH (σ2y,t)

q: ordem dos termos ARCH (ε t).

A primeira delas é denominado como média, pois E[yt] = γ0 + γ1yt�1 + γ2σ2y,t ; logo a

média do quadrado dos desvios - εt - em relação a esta equação média, por definição, será a

variância. Condicional por ser estimada, ainda não observada, para o período corrente a partir de

informações anteriores, inclusive por outras não especificadas na equação (14).

Bredin & Fountas (2005) fazem uso de uma versão mais sofisticada do modelo de

variância condicional apresentada acima através de uma metodologia econométrica denominada

como modelo VARMA19 GARCH-M, que consiste em estimar simultaneamente as equações

médias da taxa de crescimento econômico e inflação, bem como as respectivas equações de

variância condicional.

Este procedimento foi aplicado por Bredin & Fountas (2005) para os países que

compõem o G7 sobre os respectivos dados mensais compreendidos entre os anos de 1957 e 2003,

disponíveis pelo Fundo Monetário Internacional, referentes à produção industrial e índices de

preço ao consumidor ou produtor, como proxies, respectivamente, da atividade econômica e nível

de preços, a fim de testar e verificar as quatro hipóteses apresentadas a seguir.

De forma mais simplificada, utilizaremos para a economia brasileira em nossas

regressões as respectivas séries da variância condicional da taxa de crescimento e da inflação ao

longo dos 25 anos de nossa amostra (ver Figuras A5 e A11) geradas a partir dos modelos 01

exibidos nas Tabelas 16 e 17, os mais básicos.

VI.1: Hipótese de Fischer Black:

Como citado por Bredin & Fountas (2005), não parece haver um consenso quanto à

hipótese de Fischer Black20, que, no entanto, sugere a existência de uma correlação positiva entre

a taxa de crescimento da atividade econômica e sua volatilidade, onde os investidores, a fim de

incorrerem em maiores riscos, exigirão maiores taxas de retorno da economia no processo de

tomada de decisão quanto ao uso das tecnologias disponíveis.

19 VARMA, em inglês, Vector Regressive Moving Average.20 Cf. nota 1.

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Segundo, ainda, a interpretação destes autores, uma visão alternativa que justificaria tal

relação seria a de que maior variabilidade (incerteza) da renda conduziria os agentes a maiores

taxas de poupança por precaução (Sandmo, 1970)21. Este aumento na poupança, de acordo com a

teoria neoclássica do crescimento apresentada por Solow22 (1956), elevaria a taxa de crescimento

econômico de equilíbrio23.

Bredin & Fountas (2005) concluíram, a partir de um modelo multivariado GARCH-M e

dos dados mensais de produção industrial e índices de preço ao consumidor ou produtor, que a

maioria dos países do G7 apresentou tal relação como positiva, corroborando com Black.

No Entanto, um dos países que não apresentou tal relação foi o Japão, pois Fountas et al.

(2004), a partir da aplicação de três diferentes especificações de modelos GARCH - Bollerslev�s,

Taylor/Schwert�s e Nelson�s EGARCH � sobre os dados trimestrais desta economia entre os anos

de 1961 e 2000 obtiveram coeficientes não-significativos.

Lanteri (2003), por sua vez, utilizando os dados trimestrais das últimas 03 (três) décadas

da economia argentina, verificou a existência desta relação com sinal positivo. Cunha et al.

(2005) construíram, a partir de sua série anual (1850 � 2000) do PIB per capita brasileiro, um

modelo GARCH (1,1) composto pelas seguintes equações:

Equação média: ∆yt = γ0 + γ1∆yt�1 + γ2σy,t + ε t

Equação da variância condicional: σy,t = ω + α.ε2t-1 + β.σ2

y,t-1

Sendo:

∆yt : variação logarítmica do PIB, ou seja, sua taxa de crescimento no período t.

σy,t : desvio padrão condicionado da variação logarítmica do PIB, ou seja, a volatilidade

da taxa de crescimento econômico.

σ2y,t-1: variância condicional projetada no período anterior para a taxa de crescimento do

PIB a partir do conjunto de informações disponível até t-2.

21 Sandmo, A. The effect of uncertainty on saving decision. Review of Economic Studies, v.37, n.3, p.353-360, 1970.22 SOLOW, R. A contribution to the theory of economic growth. Quarterly Journal of Economics, v.70, n.1, p.65-94, 1956.23 Na verdade, pelo modelo de Solow, um aumento no nível da poupança conduzirá a economia a um novo patamar de Y/N(produto per capita) e K/N (capital per capita), que ocasionará, no curto prazo, em um aumento na taxa de crescimento doproduto até que se atinjam os novos níveis de equilíbrio (break even investment) do produto e do capital. No longo prazo, a taxade poupança não afeta a taxa de crescimento do produto.

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Como expresso nos resultados da Tabela 15, os autores não verificaram a existência de

tal relação para a economia brasileira, conforme coeficiente γ2:

A partir das séries trimestrais aqui disponíveis, estimamos no mesmo formato que os

autores acima algumas versões do modelo GARCH (1,1) para a taxa de crescimento econômico,

destacando as seis mais representativas, apresentadas na Tabela 16.

TABELA 15: GARCH (1,1) por Cunha et al. (2005)

Parâmetros Estimativa Desvio Padrão Estatística Zγ0 0,0621 0,0319 1,9452γ1 0,1677 0,0863 1,9411γ2 -0,9859 0.6863 -1,4364ω 0,0002 0,0001 1,2941α 0,1035 0,0568 1,8199β 0,8214 0,0777 1,9328

Da mesma forma que em Cunha et al. (2005), a volatilidade da taxa de crescimento

nesta regressão compreende os desvios ao quadrado da variação logarítmica da série do PIB em

relação a sua variação média.

Em relação ao modelo dos autores, introduzimos outras variáveis; dentre elas, duas

dummies, a primeira que iguala a 1 (um) no período do pré-Real (1980:01 a 1994:02) e a zero no

pós-Real (1994:3 a 2004:4), denominada de dummypré-Real; e a segunda, inversamente, iguala a

zero a fase do pré-Real e iguala a 1 (um) o período posterior, dummypós-Real. Desta forma,

verificaremos o impacto que a volatilidade econômica tem sobre a sua taxa de crescimento em

dois ambientes de gestão de política monetária distintos.

Aqui, também, não foi observada a hipótese de Fischer Black. Aliás, mesmo quando

significativo, por introdução das dummies na equação média, o coeficiente estimado para o

componente GARCH - σdlogpib,t - registra sinal negativo. Isto reflete que quanto maior o grau de

incerteza em relação à taxa de crescimento da economia brasileira, menor ela será.

Ozer & Norrbin (2005) argumentam que países mais dependentes de produtos primários

(agropecuária e extração mineral) apresentam maior variabilidade de seu PIB em função da alta

volatilidade dos preços de suas comoditties. Esta hipótese é construída pelos autores a partir de

uma combinação entre aquelas defendidas por Ramey & Ramey24 (1995), que sugerem relação

24 Ramey, G.; Ramey, V. A. Cross-country evidence on the link between volatility and growth. American Economic Review, v.85, n.5, p.1138-1151, 1995.

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negativa entre a taxa de crescimento e sua volatilidade, e Sachs & Warner25 (1995), que apontam

que países com maior dotação de recursos naturais apresentam menores taxas de crescimento.

Para o caso do Brasil, como a Agropecuária e a Extrativa Mineral, em comparação com os

demais setores da Indústria e Serviços, absorvem uma fatia pequena do PIB, a justificativa de

Ozer e Norrbin não se aplicaria, embora o complexo agro-industrial tenha adquirido uma

dimensão expressiva na economia brasileira nos últimos anos, particularmente, em função da

composição de seus produtos (carnes, farelo e óleo de soja, suco de laranja...) na pauta de

exportações. No entanto, como vimos em seções anteriores na Tabela 2, o grau de co-movimento

destes setores, especialmente Agropecuária, é muito baixo em relação às flutuações cíclicas do

PIB.

TABELA 16: Modelo GARCH (1,1) para a taxa de crescimento do PIB

Variável Dependente: Taxa de Crescimento do PIB (dlogpib)

Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6

Equação MédiaVariáveis

Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z

Constante 0,012 1,745 0,016 2,434 0,021 2,994 0,012 1,654 0,018 2,738 0,018 2,492

dlogpib (t-1) 0,290 1,908 0,208 1,674 0,208 1,674 0,293 1,889 0,243 2,265 0,273 2,169

σdlogpib,t -0,350 -0,917 -0,688 -1,883 -0,688 -1,882 -0,371 -0,964 -0,685 -1,701 -0,741 -1,661

dummypreReal - - 0,006 1,475 - - - - - - - -

dummypósRea l - - - - -0,006 -1,475 - - - - - -

dlogigpdi (t-1) - - - - - - 0,003 0,672 - - - -

dummypreRea l*σdlogigpdi,t - - - - - - - - 0,015 0,514 - -

dummypósRea l*σdlogigpdi,t - - - - - - - - 0,061 1,481 - -

σdlogigpdi,t - - - - - - - - - - 0,036 1,183

Equação Variância CondicionalVariáveisCoef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z

Constante 0,000 1,813 0,000 2,689 0,000 2,689 0,000 1,779 0,000 2,516 0,000 2,053

ε2t-1 0,446 2,099 0,734 2,935 0,734 2,934 0,459 2,182 0,693 2,989 0,621 2,696

σ2dlogpib,t-1 0,341 1,414 0,121 0,719 0,121 0,719 0,350 1,499 0,079 0,400 0,184 0,767

Bredin & Fountas (2005) mostram que esta relação negativa entre a taxa de crescimento

e sua volatilidade já era observada por Keynes26 (1936), que alega que as empresas ao estimar o

retorno de seus investimentos levam em consideração as flutuações da economia; quanto maior

25 Sachs. J.; Warner, A. M. Natural Resource Abundance and Economic Growth. NBER working paper, n.5398, Cambridge, MA,1995. Revisado em 1997, publicado em Leading Issues in Economics Development, Oxford: Oxford University Press, 2000.26 KEYNES, J. M. The General Theory of employment, interest, and money, London: Macmillan, 1936.

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estas últimas, maior a percepção de risco dos seus projetos, logo, menor a demanda por

investimentos e menor a taxa de crescimento econômico.

VI.2: Hipótese de Cukierman-Meltzer:

Cukierman & Meltzer27 (1986) apud Bredin & Fountas (2005), empregam um modelo

Barro-Gordon onde os agentes deparam-se com um cenário de incerteza quanto à taxa de inflação

em que a autoridade monetária, com o propósito de surpreender os agentes e propiciar algum

ganho no nível da atividade econômica, aplica uma política monetária expansionista, que gera um

efeito positivo sobre a inflação; ou seja, a hipótese de Cukierman-Meltzer define uma relação

positiva entre a taxa de inflação e sua incerteza.

Contrariamente, Holland28 apud Bredin & Fountas (2005), apresenta um contra-

argumento, baseado na sua hipótese de �FED Estabilizador29�, que alega que a incerteza quanto à

inflação aumenta a partir do aumento da própria inflação e que, por isso, o Banco Central tende a

contrair a base monetária a fim de reduzir as incertezas em relação às variações do nível de

preços e os efeitos negativos sobre a riqueza.

A Tabela 17 apresenta 06 (cinco) estimações de modelo GARCH (1,1) para a taxa de

inflação trimestral brasileira a partir do IGP-DI trimestral utilizado nesta dissertação.

Observando os resultados apresentados, constata-se o alto grau de inércia que a inflação

apresenta na economia brasileira, como constatado por Araújo & Santos (2005), registrando no

modelo 05, por exemplo, um coeficiente significativo, onde a inflação contemporânea carrega

mais de 90% daquela observada no período anterior. No entanto, pelo modelo 03, com a

introdução da dummy pós-real, a inércia inflacionária reduz-se expressivamente, como já

mencionado.

Entre os modelos 01 e 03, a introdução das dummies revela o que já foi verificado

anteriormente quanto aos diferentes níveis de inflação nos períodos do pré e pós Real. O primeiro

período registra um coeficiente linear (a constante mais a dummy) de mais de 10% de inflação

trimestral do que no período posterior, de apenas 1%.

27 CUKIERMAN, A.; MELTZER, A. A theory of ambiguity, credibility, and inflation under discretion and asymmetricinformation. Econometrica, v.54, n.5, p.1099-1128, 1986.28 HOLLAND, S. Inflation and uncertainty: Tests for temporal ordering. Journal of Money, Credit, and Banking, v.27, n.3, p.827-837, 1995.29 Em inglês, �stabilising Fed hypothesis�.

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Quanto ao coeficiente da variância condicional da inflação, observa-se em todos os

modelos baixos níveis de significância, com exceção do modelo 05 que valida a hipótese do

�FED Estabilizador�. Logo, pelo modelo 05 da Tabela 17, poderia se concluir que o Banco

Central do Brasil apresenta o comportamento �conservador� sugerido pela hipótese de Holland,

embora, deve-se registrar que dos seis modelos estimados, somente este apresentou coeficiente

significativo e, neste caso, com sinal negativo.

VI.3: Hipótese de Devereux:

Bredin & Fountas (2005) expõem, sucintamente, a hipótese apresentada por Devereux30

(1989) que sugere uma relação positiva entre a incerteza quanto ao nível da atividade econômica

e a taxa de inflação, indicando que quanto maior o nível de incerteza em relação à economia

menor a capacidade ótima de indexação salarial, induzindo a autoridade monetária a surpreender

os agentes com maior inflação de modo a obter efeitos reais mais vantajosos.

Cukierman & Gerlach31 apud Bredin & Fountas (2005) também alegam, como extensão

desta hipótese, que, embora os policymakers visem à taxa natural de desemprego, na presença de

maior incerteza quanto ao nível da atividade econômica, as autoridades monetárias tendem a ser

mais tolerantes à inflação quando o nível de emprego encontra-se abaixo de seu nível normal.

Contrapondo o argumento anterior, Bredin & Fountas (2005) citam o chamado �efeito

Taylor� que sinaliza para uma correlação negativa entre a inflação e a variabilidade do nível da

atividade econômica. Baseado nesta visão teórica, uma maior percepção de risco quanto ao

crescimento econômico reduz a incerteza quanto à taxa de inflação, conseqüentemente,

produzindo menores variações do nível de preços, de acordo com a hipótese de Cukierman-

Meltzer apresentada anteriormente.

Os modelos 05 e 06 da Tabela 17, por sua vez, introduzem na equação média da inflação

a variância condicional da taxa de crescimento econômico, gerada pelo modelo 01 da Tabela 16.

O primeiro deles combina a incerteza em relação à economia com as variáveis dummies, ou seja,

propõe verificar se a percepção de risco da atividade econômica para os períodos do pré e pós

30 DEVEREUX, M. A positive theory of inflation and inflation variance. Economic Inquiry, v.27, n.1, p.105-116, 1989.31 CUKIERMAN, A.; GERLACH, S. The inflation bias revisited: theory and some international evidence. The ManchesterSchool, v.71, n.5, p.541-565, 2003.

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Real influencia (ou influenciava) o nível da taxa de inflação de forma distinta. O segundo

desconsidera tais impactos, sendo estimado sem as dummies.

Como pode se observar, todos os coeficientes estimados para as variáveis inseridas na

equação média são estatisticamente significativos no modelo 05, com exceção daquele referente à

combinação entre a dummypósReal e o desvio padrão condicional da taxa de crescimento

econômico. Com estes resultados, o período anterior à implantação do Plano Real constitui uma

forte evidência da hipótese de Devereux, dado o sinal positivo e a magnitude do coeficiente

observado; traduzindo que, naquele período, um ponto percentual de incerteza na taxa de

crescimento do PIB, ou seja, uma previsão por parte dos agentes quanto a expansão da atividade

econômica entre 2% e 0% (tendo 1% como o centro da estimativa), correspondia a uma inflação

na ordem de 100%.

TABELA 17: Modelo GARCH (1,1) para a taxa de inflação

Variável Dependente: Taxa de Inflação (dlogigpdi)

Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 Modelo 6

Equação MédiaVariáveis

Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. zConstante 0,007 0,573 0,010 0,887 0,116 5,510 0,010 0,778 0,104 5,333 -0,011 -0,638dlogigpdi(-1) 0,786 11,91 0,784 14,998 0,292 2,385 0,795 11,568 0,915 34,105 0,808 12,733

σdlogigpdi,t 0,046 0,161 -0,075 -0,468 0,239 1,297 0,027 0,094 -1,020 -8,167 -0,145 -0,495dummypreReal - - 0,104 5,192 - - - - - - - -

dummyposReal - - - - -0,110 -4,820 - - - - - -

dlogpib(-1) - - - - - - -0,367 -0,806 - - - -

dummypreReal *σdlogpib,t - - - - - - - - 100,60 3,600 - -

dummyposReal *σdlogpib,t - - - - - - - - -40,453 -0,495 - -

σdlogpib,t - - - - - - - - - - 108,90 2,649

Equação Variância CondicionalVariáveisCoef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z Coef. z

Constante 0,000 0,960 0,000 0,804 0,000 1,629 0,000 0,949 0,005 3,248 0,000 0,973

ε2t-1 0,710 2,337 1,378 3,674 0,979 3,301 0,771 2,449 0,927 4,521 0,651 2,565

σ2dlogigpdi, t-1 0,493 4,530 0,267 3,414 0,333 4,948 0,466 4,321 -0,011 -1,46E+99 0,495 4,983

Esta constatação é valida também no modelo 06 que descarta os impactos da mudança

de gestão da política monetária a partir do Real. Assim sendo, a hipótese de Devereux não é

rejeitada, independentemente da fase. Logo, a inflação tende a ser maior quanto mais incerta for a

taxa de crescimento da economia brasileira.

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VI.4: Hipótese de Friedman:

A última hipótese a ser apresentada corresponde àquela atribuída a Friedman32, segundo

Bredin & Fountas (2005), que indica uma relação negativa entre a incerteza quanto à taxa de

inflação e a taxa de crescimento econômico. Esta conclusão é demonstrada por Friedman em

duas partes. Em um primeiro instante, um aumento da taxa de inflação pode induzir a autoridade

monetária a uma resposta equivocada, conduzindo a um estado de maior incerteza quanto à taxas

futuras de inflação, o que distorceria a eficácia do mecanismo de preços quanto à alocação

eficiente dos recursos, gerando efeitos negativos sobre o nível de atividade econômica.

Os modelos 05 e 06 da Tabela 16 registram os resultados para a economia brasileira,

onde foi introduzido o desvio padrão condicional da variação logarítmica do IGP-DI na equação

média, a fim de verificarmos os efeitos da incerteza em relação a taxa de inflação sobre o

crescimento econômico. Embora positivos, contrariando Friedman, os coeficientes estimados

para a variância condicional da inflação não se mostraram estatisticamente significativos.

Das Figuras A17 a A28 no Apêndice, podem ser encontrados os testes residuais dos

doze modelos apresentados nas Tabelas 16 e 17 quanto à volatilidade das taxas de crescimento e

inflação. Nestes, são apresentados os correlogramas dos resíduos padronizados e dos resíduos ao

quadrado com os respectivos testes de hipótese quanto à presença de correlação serial, a partir da

estatística Q de Ljung-Box. Pelo primeiro teste (correlograma dos resíduos padronizados),

verifica-se a adequação da especificação da equação média, donde se espera que as estatísticas Q

não sejam significativas, ou seja, que não sejam rejeitadas a hipótese nula de que os coeficientes

estimados sejam iguais a zero. O segundo correlograma verificará a especificação da equação

condicional do modelo GARCH, onde, da mesma forma que o primeiro, espera-se que a

estatística Q não seja significativa.

VII – CONCLUSÃO

A introdução do Plano Real em meados de 1994 rompe com o modelo de gestão da

política monetária vigente até aquele momento, caracterizada pela ausência de controle sobre o

nível do meio circulante (base monetária) e fiscal. Esta ruptura impacta não somente sobre o

32 FRIEDMAN, M. Nobel lecture: Inflation and Unemployment. Journal of Political Economy, v.85, n.3, p.451-472,1977.

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comportamento dos preços, que é evidenciada com a queda e controle das taxas inflacionárias,

como também sobre a volatilidade da atividade econômica.

Neste contexto, baseou-se o principal objetivo deste trabalho: verificar e avaliar as

mudanças no padrão de comportamento da economia brasileira antes e após a introdução do

plano de estabilização. Secundariamente, analisar também, para o período pós-Real, a ocorrência

desta mudança comportamental sob os dois regimes cambiais utilizados: crawling bands e

flexível.

Como foi verificada, a volatilidade (instabilidade) econômica no pré-Real é

significativamente superior àquela observada no pós-Real. Quanto ao regime cambial, apesar da

extensa discussão acadêmica, não se verificou significativa diferença entre a volatilidade cíclica,

as taxas de crescimento econômico e a inflação, embora o período sob metas inflacionárias - a

segunda fase � tenha apresentado um maior grau de autocorrelação dos componentes cíclicos da

atividade econômica.

Um outro propósito foi verificar, conforme Christiano & Fitzgerald (1998), os setores

produtivos que �ditam� o ritmo de expansão econômica através da medida de co-movimento,

sugerida pelos autores, bem como aqueles setores que apresentam as maiores volatilidades

relativas. A Indústria e o Comércio apresentaram os maiores graus de co-movimento na

economia brasileira, credenciando-os aos setores mais sensíveis à políticas de âmbito

macroeconômico, seja de natureza fiscal e/ou monetária, principalmente, se levarmos em

consideração que correspondem, também, aos setores com as maiores volatilidades relativas.

Estabelecer uma cronologia para os ciclos econômicos no Brasil nos últimos 25 anos a

partir de diferentes regras de datação, conceitos e procedimentos de filtragem correspondeu,

também, a um dos exercícios realizados nesta dissertação, tendo como referência Chauvet &

Silva (2004). Particularmente para as regras de datação aqui aplicadas sob o conceito de �ciclo

econômico clássico� � BBQ e W&P � bem como a cronologia apresentada por Chauvet & Silva

(2004), registraram para as recessões no período pré-Real freqüência e duração média maiores do

que aquelas apresentadas no pós-Real.

As diferentes regras de datação e conceituação geraram distintas cronologias na

identificação dos pontos de inflexão da economia brasileira. Porém, períodos críticos, como o

início dos anos 80 e 90, bem como os notoriamente expansivos biênio 99-2000 e o ano de 2002

foram, quase unanimemente, identificados por todos os critérios. Na verdade, independentemente

de quem ou qual instituição possa assumir a função de estabelecer e divulgar os pontos de

inflexão para a economia brasileira, recomenda-se, pelos resultados aqui apresentados, aplicar

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mais de um procedimento. O NBER muitas vezes, de forma cautelosa, aguarda transcorrer alguns

meses para se certificar quanto à natureza daquele ponto de inflexão, para, então, divulgá-lo.

Avaliaram-se, também, as propriedades cíclicas dos níveis de preço e da atividade

econômica brasileira. Quanto aos preços, verificou-se uma anticiclicidade em relação à atividade

econômica no pré-Real, como Kydland e Prescott observaram para a economia americana entre

os anos de 1954 e 1989; enquanto no pós-Real, uma prociclicidade. Em relação à atividade

econômica, constataram-se os impactos provocados sobre a análise dos ciclos econômicos,

conforme Canova (1999), em função da utilização de quatro procedimentos de filtragem, como

pôde ser visto quando computados a volatilidade e a autocorrelação cíclicas para as sub-amostras

propostas.

Para finalizar, com exceção da hipótese de Devereux, as demais hipóteses quanto à

influência real do nível de incerteza, representada pela volatilidade condicionada, sobre as taxas

de crescimento e de inflação não foram verificadas de forma significativa para a economia

brasileira, como já constatado por Cunha et al. (2005) em relação àquela atribuída a Fischer

Black, que sugere uma relação positiva entre a taxa de crescimento da economia e sua

volatilidade. Aliás, como já citado por Bredin & Fountas (2005), definitivamente, não existe um

consenso quanto a esta hipótese, dada a divergência de resultados apresentados em vários

trabalhos acadêmicos.

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IX - APÊNDICE:

TABELA A1: PONTOS DE INFLEXÃO: BBQTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 + - + + - - + + - n.d. n.d. + - +2trim1980 + - + + - - + + - n.d. n.d. + - +3trim1980 + - + + - - + + - n.d. n.d. + - +4trim1980 + + + + - - + - - n.d. n.d. + - -1trim1981 - + - + - - + - - n.d. n.d. + - -2trim1981 - + - + - - + - - n.d. n.d. + - -3trim1981 - + - + - - + - - n.d. n.d. + - -4trim1981 - + - + - - + - - n.d. n.d. + - +1trim1982 + + + + - + + + + n.d. n.d. + + +2trim1982 + + + + - + + + + n.d. n.d. + + +3trim1982 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +4trim1982 - + + - - + + - - n.d. n.d. + + -1trim1983 - + + - - + + - - n.d. n.d. + + -2trim1983 + + + - - + + - - n.d. n.d. + + -3trim1983 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +4trim1983 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +1trim1984 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +2trim1984 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +3trim1984 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +4trim1984 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +1trim1985 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +2trim1985 + + + - - + + + + n.d. n.d. + + +3trim1985 + + + + - + + + + n.d. n.d. + + +4trim1985 + - + + - + + + + n.d. n.d. + + +1trim1986 + - + + - + + + + n.d. n.d. + + +2trim1986 + - + + - + + + + n.d. n.d. - + +3trim1986 + - + + - + + + + n.d. n.d. - + +4trim1986 + + + + - + + + + n.d. n.d. - + +1trim1987 + + + + - + + + + n.d. n.d. - + +2trim1987 + + - + + - + + - n.d. n.d. - - +3trim1987 + + - + + - + + - n.d. n.d. - - +4trim1987 + + - + + - + + - n.d. n.d. - + +1trim1988 + + - + + - + + - n.d. n.d. - + +2trim1988 - + - - - - + + - n.d. n.d. - + +3trim1988 - + - - - - - - - n.d. n.d. + + +4trim1988 - + - - - - - - - n.d. n.d. + + +1trim1989 + + - - + + - + + n.d. n.d. + + +2trim1989 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +3trim1989 - - + + + + + + + n.d. n.d. - + +4trim1989 - - - - + - + + + n.d. n.d. - - +1trim1990 - - - - + - + - - n.d. n.d. - - +2trim1990 - - - - + - + - - n.d. n.d. - - +3trim1990 - - - - + - + + + n.d. n.d. - - +4trim1990 - - - - + - + + + n.d. n.d. - - +1trim1991 - + - - + - + + + n.d. n.d. - - +2trim1991 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim1991 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +4trim1991 - + - - + - + - + n.d. n.d. - + -1trim1992 - + - + + - + - + n.d. n.d. - + -2trim1992 - - - + + - + - + n.d. n.d. - + +3trim1992 - - + + + + + - + n.d. n.d. - + +4trim1992 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +1trim1993 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +2trim1993 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +3trim1993 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +4trim1993 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +1trim1994 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +2trim1994 + + + + - + + + + n.d. n.d. - + +3trim1994 + + + + - + + + + n.d. n.d. - + +4trim1994 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +1trim1995 + + + - + + + + + n.d. n.d. - + +2trim1995 - + - - + - + - + n.d. n.d. - - +3trim1995 - + - - + - + - + n.d. n.d. - - +4trim1995 + - + + + + + + + n.d. n.d. - + +1trim1996 + - + + + + + + + n.d. n.d. - + +2trim1996 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +3trim1996 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +4trim1996 - + + + + + + + + n.d. n.d. - + -1trim1997 - - + + + + + + + n.d. n.d. - + -2trim1997 + - + + + + + + + n.d. n.d. - + +3trim1997 + + + + + + + + + n.d. n.d. - - +4trim1997 + + - + + - + + - n.d. n.d. - - +1trim1998 + + - + + - + + - n.d. n.d. - - +2trim1998 + + - + + - + + - n.d. n.d. - - +3trim1998 + + - + + - + + - n.d. n.d. - - +4trim1998 + + - + + - - + - n.d. n.d. - - -1trim1999 + + - + - - - + + n.d. n.d. - - -2trim1999 + + + + - + + + + n.d. n.d. + - +3trim1999 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +4trim1999 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +1trim2000 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + +2trim2000 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim2000 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + +4trim2000 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +1trim2001 + + + + - + - + - n.d. n.d. + + +2trim2001 - + - + - - - + - n.d. n.d. + + -3trim2001 - + - + + - - + - n.d. n.d. + + -4trim2001 - + - + + - - + - n.d. n.d. + + -1trim2002 + + + + + + + + - n.d. n.d. + + +2trim2002 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim2002 + + + + - + + + + n.d. n.d. + + +4trim2002 + + + + - + + + - n.d. n.d. + - +1trim2003 + + - + + + - + - n.d. n.d. + - +2trim2003 + + - + + + - + - n.d. n.d. + + +3trim2003 + + + + + + + + - n.d. n.d. + + +4trim2003 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +1trim2004 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +2trim2004 + + + + + + + + + n.d. n.d. + - +3trim2004 + + + + + + + + + n.d. n.d. + - +4trim2004 + + + + + + + + + n.d. n.d. + - +

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TABELA A2: PONTOS DE INFLEXÃO: W&PTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 - - - - - + - + + n.d. n.d. + + +2trim1980 - - - - - + - + + n.d. n.d. + + +3trim1980 + - + - - + - + + n.d. n.d. + + +4trim1980 + + + - - + - - + n.d. n.d. + + -1trim1981 - + - - - - - - - n.d. n.d. + + -2trim1981 - + - - - - - - - n.d. n.d. + - -3trim1981 - - - + + - + - - n.d. n.d. + - -4trim1981 - - - + + - + - - n.d. n.d. + - +1trim1982 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + +2trim1982 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim1982 + - - - + + + + + n.d. n.d. + + +4trim1982 - - - - + - + - - n.d. n.d. + + -1trim1983 - - - - + - + - - n.d. n.d. + + -2trim1983 + + - - + - + - - n.d. n.d. + + -3trim1983 + + - - + - + + + n.d. n.d. + +4trim1983 + + + - + + + + + n.d. n.d. + + -1trim1984 + + + - + + + + + n.d. n.d. + + -2trim1984 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + -3trim1984 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + -4trim1984 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + -1trim1985 + + + - + + + + + n.d. n.d. + + -2trim1985 + + + - + + + + + n.d. n.d. + + -3trim1985 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + -4trim1985 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + -1trim1986 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + -2trim1986 + - + + + + + + + n.d. n.d. - + -3trim1986 + - + + - + + + + n.d. n.d. - + -4trim1986 + + + + - + + + + n.d. n.d. - + -1trim1987 + + + + - + + + + n.d. n.d. - + -2trim1987 + + - - + - + + - n.d. n.d. + - +3trim1987 + + - - + - + + - n.d. n.d. + - +4trim1987 + + - - + - + + - n.d. n.d. - + +1trim1988 + + - - + - + + - n.d. n.d. - + +2trim1988 - - - - - - + + - n.d. n.d. - + +3trim1988 - - - - - - - - - n.d. n.d. + + +4trim1988 - - - - - - - - - n.d. n.d. + - +1trim1989 + + - - + - + + n.d. n.d. + - +2trim1989 + + + + - + + + + n.d. n.d. - - +3trim1989 - - + + - + + + + n.d. n.d. - - +4trim1989 - - - - - - + + + n.d. n.d. - - +1trim1990 - - - - - - + - - n.d. n.d. - - +2trim1990 - - - - - - + - - n.d. n.d. - - -3trim1990 - - - - + - + + + n.d. n.d. - - -4trim1990 - - - - + - + + + n.d. n.d. - - -1trim1991 - + - - + - + + + n.d. n.d. - - -2trim1991 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim1991 + + + + + + + + - n.d. n.d. + + +4trim1991 - + - - + - + - + n.d. n.d. - + -1trim1992 - + - - - - - - + n.d. n.d. - + -2trim1992 - - - - - - - - - n.d. n.d. - - +3trim1992 - - + - - + - - - n.d. n.d. - - +4trim1992 + + + - - + - + + n.d. n.d. - - +1trim1993 + + + + - + + + + n.d. n.d. - + +2trim1993 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +3trim1993 + + + + + + + + + n.d. n.d. - - +4trim1993 + + + + + + + + + n.d. n.d. - - +1trim1994 + + + + + + + + + n.d. n.d. - - +2trim1994 + + + + + + + + + n.d. n.d. - - +3trim1994 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +4trim1994 + + + + + + + + + n.d. n.d. - + +1trim1995 + + + - + + + + + n.d. n.d. - + +2trim1995 - + - - + - + - - n.d. n.d. - - +3trim1995 - + - - + - + - - n.d. n.d. - - +4trim1995 + - + + + + + + - n.d. n.d. - + +1trim1996 + - + + + + + + - n.d. n.d. - + +2trim1996 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim1996 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +4trim1996 - + + + + + + + + n.d. n.d. + + -1trim1997 - - + + + + + + + n.d. n.d. + + -2trim1997 + - + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim1997 + + + + + + + + + n.d. n.d. + - +4trim1997 + + - + + - + + - n.d. n.d. + - +1trim1998 + + - + + - + + - n.d. n.d. + - +2trim1998 + + - + + - + + - n.d. n.d. + - +3trim1998 - - - - + - + + - n.d. n.d. - - +4trim1998 - - - - + - - + - n.d. n.d. - - -1trim1999 + + - - - - - + + n.d. n.d. - - -2trim1999 + + + + - + + + n.d. n.d. + - +3trim1999 + + + - + - + + + n.d. n.d. + + +4trim1999 + + + - + - + + + n.d. n.d. + + +1trim2000 + - + - + - + + + n.d. n.d. + + +2trim2000 + - + + + - + + + n.d. n.d. + + +3trim2000 + - + + + - + + + n.d. n.d. + + +4trim2000 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +1trim2001 + + + + - + - + - n.d. n.d. + + +2trim2001 - + - - - - - + - n.d. n.d. - + +3trim2001 - + - - + - - + - n.d. n.d. - + +4trim2001 - + - - + - - + - n.d. n.d. + + +1trim2002 + + + + + + + + - n.d. n.d. + + +2trim2002 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +3trim2002 + + + + - + + + + n.d. n.d. + + +4trim2002 + + + + - + + + - n.d. n.d. + - +1trim2003 + + - - + + - + - n.d. n.d. + - -2trim2003 + - - - + + - + - n.d. n.d. + + -3trim2003 + - + - + + + + - n.d. n.d. + + +4trim2003 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +1trim2004 + + + + + + + + + n.d. n.d. + + +2trim2004 + + + + + + + + + n.d. n.d. + - +3trim2004 + + + + + + + + + n.d. n.d. + - +4trim2004 + + + - - + + + + n.d. n.d. + - -

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TABELA A3: PONTOS DE INFLEXÃO: CANOVA TENDÊNCIA LINEARTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 + - + + + - + + - + + + + +2trim1980 + - + + + - + + - + + + + +3trim1980 + - + + + - + + - + + + + +4trim1980 + + + + - - + - - + + + - -1trim1981 - + - + - - + - - + + + - -2trim1981 - + - - - - - - - + + + - -3trim1981 - - - - - - - - - + + + - -4trim1981 - - - - - - + - - + + + - -1trim1982 + + + - + + + + + + + + + -2trim1982 + + + - + + + + + + + + + -3trim1982 - + - - + - + - + + + + - -4trim1982 - + - - + - - - - - + + - -1trim1983 - - - - + - - - - - + + - -2trim1983 + - + + + + + - - - + + - -3trim1983 + - + + + + + - - - + + + -4trim1983 + - + + + + + + + - + + + +1trim1984 + - + + + + + + + + + + + +2trim1984 + - + + + + + + + + + + + +3trim1984 + - + + + + + + + + + + + +4trim1984 + + + + + + + + + + + + + +1trim1985 + + + - + + + + + + + + + +2trim1985 + + + - + + + + + + + + + +3trim1985 + + + + + + + + + - + + + +4trim1985 + - + + - + + + + - + + + +1trim1986 + - + + - + + + - + + + + +2trim1986 + - + - - + + + - + + - + +3trim1986 + - + - - + + + + + + - + +4trim1986 + + + - - + + + + + + + + -1trim1987 + + + - - + - - + - + + + -2trim1987 - + - - - - - - - - + + - +3trim1987 - + - - - - - - - - + + - +4trim1987 - - - + + - + + - - + - - +1trim1988 - - - + + - + + - - + - - -2trim1988 - - - - - - + - - + + - - -3trim1988 - - - - - - - - - + - + - -4trim1988 - - - - - - - - - + - + - -1trim1989 + + - - + + - + + + + + - -2trim1989 + + + + + + + + + + + - - -3trim1989 - - + + + + + + + + + - - +4trim1989 - - - - - - - + + - + - - +1trim1990 - - - - - - - - - - + - - +2trim1990 - - - - - - - - - - + - - -3trim1990 - - - - - + - + - + - - - -4trim1990 - - - - - + - + - + - - - +1trim1991 - + - - - + - + - + - - - +2trim1991 + + + + - + - + - + + + + +3trim1991 + + + + - + - + - - + + + +4trim1991 - + - - - - - - - - + - - -1trim1992 - + - - - - - - - - + - - -2trim1992 - - - - - - - - - - + - - +3trim1992 - - + + - + - - - - + - - +4trim1992 + + + + - + - + + - + - - +1trim1993 + + + + - + + + + - + - + +2trim1993 + + + + + + + + + + - - + +3trim1993 - + - + + - - - - + - - + +4trim1993 - + - + + - - - - + - - + +1trim1994 + + + + + + - - + + - - + +2trim1994 + + + + - + + - + + - - + +3trim1994 + + + + - + + + + + - - + +4trim1994 + + + + - + + + + + - - + +1trim1995 + + + - + + + - + + - - + +2trim1995 - + - - + - - - - + - - - -3trim1995 - + - - + - - - - + - - - -4trim1995 + - + + + + + + + + - + - +1trim1996 + - + + + + + + + - - + - +2trim1996 + + + + - + + + + - + + - +3trim1996 + + + + - + + + + - + + - +4trim1996 - + + + + + + + + - + + - -1trim1997 - - + + + + + - + - + - - -2trim1997 - - + + + + + - + - + - - +3trim1997 - + + + + + + - + - - - - +4trim1997 - + - + + - + - - - - - - +1trim1998 - + - - + - - - - - - - - -2trim1998 - + - - + - - - - - + - - -3trim1998 - + - - - - - - - + + - - -4trim1998 - + - - - - - - - + + - - -1trim1999 - + - - - - - + + - + - - -2trim1999 + + + + - + + + + - + + - +3trim1999 + + + + - + + + + - + + + +4trim1999 + + + + + + + + + + + + + +1trim2000 + - + + + + + + + + + + - +2trim2000 + - + + + + + + + + - - - -3trim2000 + - + + + + + + + + - - - -4trim2000 + + + - + + + + + - - - + -1trim2001 + + + - - + - - - - - - + -2trim2001 - + - - - - - - - - - - + -3trim2001 - + - - - - - - - - + - + -4trim2001 - + - - - - - - - - + + + -1trim2002 + + + + + + + - - + + + + -2trim2002 + + + + + + + - + + - + - -3trim2002 + + - - - + - - + + - + - -4trim2002 + - - - - + - - - + - + - -1trim2003 - - - - - - - - - - - + - -2trim2003 - - - - + - - - - - - - + -3trim2003 - - + - + - + - - - - - + +4trim2003 + + + + + + + + + + - + + +1trim2004 + + + + - + + + + + + + + +2trim2004 + - + + + + + + + + + + - +3trim2004 + + + + + + + + + + + + - +4trim2004 - - - - - - - - - - - - + -

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TABELA A4: PONTOS DE INFLEXÃO: CICLO DE CRESCIMENTO TENDÊNCIA LINEARTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 + - + + - + - + + - + + + +2trim1980 + - + + - + - + + - + + + +3trim1980 + - + + - + - + + - + + + +4trim1980 + + + + - + - - + - + + - -1trim1981 - + - + - - - - - + + + - -2trim1981 - + - - - - - - - + + + - -3trim1981 - - - - - - - - - + + + - -4trim1981 - - - - - - - - - + + + - -1trim1982 - - - - + - - - + + + + - -2trim1982 - - - - + - + - + + + + - -3trim1982 - + - - + - + - + + + + - -4trim1982 - + - - + - + - - + + + - -1trim1983 - - - - + - + - - + + + - -2trim1983 + - - - + - + - - + + + - -3trim1983 + - - - + - + - - + + + - -4trim1983 + - + - + + + + + + + + - +1trim1984 + - + - + + + + + + + + + +2trim1984 + - + + + + + + + + + + + +3trim1984 + - + + + + + + + + + + + +4trim1984 + + + + + + + + + + + + + +1trim1985 + + + + + + + + + + + + + +2trim1985 + + + + + + + + + + + + + +3trim1985 + + + + + + + + + - + + + +4trim1985 + - + + - + + + + - + + + +1trim1986 + - + + - + + + + + + + + +2trim1986 + - + + - + + + + + + - + +3trim1986 + - + + - + + + + + + - + +4trim1986 + + + + - + + + + + + - + +1trim1987 + + + + - + - + + - + - + +2trim1987 - + - - - - - + - - + - - +3trim1987 - + - - - - - + - - + - - +4trim1987 - - - - - - - + - - + - - +1trim1988 - - - - - - - + - - + - - -2trim1988 - - - - - - - + - - + - - -3trim1988 - - - - - - - + - - + - - -4trim1988 - - - - - - - + - + + - - -1trim1989 - + - - - - - + + + + - - -2trim1989 - + - + - - - + + + + - - -3trim1989 - - - + - - - + + + + - - -4trim1989 - - - - - - - + + + + - - -1trim1990 - - - - - - - - - + + - - -2trim1990 - - - - - - - - - + + - - -3trim1990 - - - - - + - - - + + - - -4trim1990 - - - - - + - - - + + - - -1trim1991 - + - - - + - - - + + - - -2trim1991 + + + + - + - - - + + + + +3trim1991 + + + + - + - - - + + + + +4trim1991 - + - - - + - - - + + - - +1trim1992 - + - - - + - - - + + - - +2trim1992 - - - - - + - - - + + - - +3trim1992 - - + + - + - - - + + - - +4trim1992 + + + + - + - - + + + - - +1trim1993 + + + + - + + - + + + - + +2trim1993 + + + + - + + - + + - - + +3trim1993 + + + + - + + - + + - - - +4trim1993 + + + + - + + - + + - - - +1trim1994 + + + + - + + - + + - - - +2trim1994 + + + + - + + - + + - - - +3trim1994 + + + + - + + + + + - - + +4trim1994 + + + + - + + + + + - - + +1trim1995 + + + - - + + - + + - - + +2trim1995 - + - - - - + - - + - - - -3trim1995 - + - - + - + - - + - - - -4trim1995 + - + + + + + + - + - - - -1trim1996 + - + + + + + + - - - - - -2trim1996 + + + + + + + + - - - + - -3trim1996 + + + + + + + + - - - + - -4trim1996 - + + + + - + + - - - + - -1trim1997 - - + + + - + - - - - + - -2trim1997 - - + + + - + - - - - + - -3trim1997 - - + + + - + - - - - + - -4trim1997 - - - + + - + - - - - + - -1trim1998 - - - + + - - - - - - + - -2trim1998 - + - + + - - - - - + + - -3trim1998 - + - - + - - - - + + + - -4trim1998 - + - - + - - - - + + + - -1trim1999 - + - - + - - - + - + + - -2trim1999 - + + - + + - - + - + + - +3trim1999 - + + - + + - - + - + + - +4trim1999 + + + - + + - - + + + + - +1trim2000 + - + - + + - - + + + + - +2trim2000 + - + - + + - - + + - + - -3trim2000 + - + - + + - - + + - + - -4trim2000 + + + - + + - - + - - + - -1trim2001 + + + - - + - - - - - + - -2trim2001 - + - - - - - - - - - - - -3trim2001 - + - - - - - - - - - - - -4trim2001 - + - - - - - - - - - + - -1trim2002 - + + + + + + - - - - + - -2trim2002 - + + + + + - - - - - + - -3trim2002 - + + + - + - - - + - + - -4trim2002 - + + + - + - - - - - + - -1trim2003 - + - - - - - - - - - + - -2trim2003 - + - - + - - - - - - - + -3trim2003 - + + - + - - - - - - - - +4trim2003 + + + + + + + + + + - + + +1trim2004 + + + + - + + + + + - + + +2trim2004 + - + + + + + + + + - + + +3trim2004 + + + + + + + + + + + + + +4trim2004 - - - - - - - - - - + - - -

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TABELA A5: PONTOS DE INFLEXÃO: CANOVA PRIMEIRA DIFERENÇATrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 + - + + + + + - + - - - + -2trim1980 + - + + + + + - + - - - + -3trim1980 + - + + + + + - + - - - + -4trim1980 + + + + + + + - + - + - + -1trim1981 - + - + + - - - - - + - + +2trim1981 - + - + + - - - - - - - + +3trim1981 + + + + + + + + + - - - + +4trim1981 + + + + + + + + + - - - + +1trim1982 + + + + + + + + + - - - + +2trim1982 - + + + - + + - - - - + + -3trim1982 - + - - - - + - - - - + - -4trim1982 - + - - + - + - - - - + - -1trim1983 - - + + + + + - - - - + - -2trim1983 + - + + + + + + + - - + - +3trim1983 + - + + + + + + + - - + - +4trim1983 + - + + - + + + + - - - - +1trim1984 + - + + - + + + + - - - - +2trim1984 - - + + - + - - + - - - - -3trim1984 - - + + - + - - + - - + - -4trim1984 - + + + - + - - + - - + - +1trim1985 - + + + - + - - + - - - - +2trim1985 - - + + + + - - - - - - - +3trim1985 - - + + + + - - - - - - - +4trim1985 - - + + + + - - - - - - - +1trim1986 - - + - + + - - - - + - - +2trim1986 + + + - + + - - + - + - - -3trim1986 + + + - + + - - + - + - - -4trim1986 - + - - + - - - - - + + - -1trim1987 - + - - + - - - - - + + - -2trim1987 - + - - + - - - - + + + - +3trim1987 - - - - + - + - - + + + + +4trim1987 + - + + + + + - + + + + + +1trim1988 + - + + + + + - + + + + + +2trim1988 + - + + + + - - + + + + + +3trim1988 + - + + + + - - + + + + + +4trim1988 + - + + + + - - + + + + + +1trim1989 + - + - + + - + + + + + + +2trim1989 + - + - + + + + + + + + + +3trim1989 - - - - - - + - - + + + - +4trim1989 - + - - - - + - - - + + - +1trim1990 - + - + + - + - - - + + - -2trim1990 - + - + + - + - - - + - - -3trim1990 + - + + + + + + + - + - - -4trim1990 + - + + + + + + + - + - - +1trim1991 + - + + + + - + + - + - - +2trim1991 + - + + + + - + + - + - + +3trim1991 + - + - + + - + + - + - + +4trim1991 + + + - + + - + + + - - + -1trim1992 + + + - + + - + + + - - + -2trim1992 + - + + + + - + + + + + + +3trim1992 + - + + + + + + + + + + + +4trim1992 + - - - + + + + + + + + + +1trim1993 + - - - + + + + + + + + + +2trim1993 - - - - + - + + - + - + + +3trim1993 - - - - + - - - - - - - + +4trim1993 - - + + - + - - - - - - + +1trim1994 + - + + - + - + + + - - + +2trim1994 + - + + - + - + + + + - + +3trim1994 + - + + - + - + + + + - + +4trim1994 + - + + + + - - + + + - + +1trim1995 - - - - + - - - - + + - - -2trim1995 - + - - - - - - - - + - - -3trim1995 - + + - - + + - - - + + + -4trim1995 + - + + - + + + + - - + + +1trim1996 + - + + - + + + + - - - + +2trim1996 + - + - - + - + + + - - + +3trim1996 + - + - - + - + + + - - + +4trim1996 - - + - - + - - - + - - + +1trim1997 - - + - - + - - - + - - + +2trim1997 - - + - - + - - - + - + + +3trim1997 - + - - - - - - - + - + - -4trim1997 - + - - - - - - - + - - - -1trim1998 - - - - + - - - - + - - - -2trim1998 + - - - + - - + - + + - - +3trim1998 + - - - + - - + - + + - - +4trim1998 + - - - + - - + - - + - - +1trim1999 + - + - + + - + + - + + + +2trim1999 + - + - + + + + + - + + + +3trim1999 - - - - + - + + + - + - + -4trim1999 - - - - + - + + + + + - + -1trim2000 - - - - + - + + + + + - - +2trim2000 - - - - + - + - + - - - - +3trim2000 - + - - + - + - + - - + - +4trim2000 + + - - + - + - + - - + - +1trim2001 + + - - - - - - - - - + - +2trim2001 + + - - - - - - - - - + - +3trim2001 + + - - - + - - + - - + - +4trim2001 + + + + - + + + + - - + + +1trim2002 + + + + - + + + + - - + + +2trim2002 - + + + - - + - + - - - - +3trim2002 - + + - - - - - - - - - - +4trim2002 - - + - + - - - - - - - - +1trim2003 - - + - + - - - + - - - - -2trim2003 + - + - + + - + + + + - - -3trim2003 + - + + + + + + + + + - - +4trim2003 + + - + + + + + + + + - - +1trim2004 + + - - - + + + - + + - - +2trim2004 - - - - - - + - - - - - - +3trim2004 - - + - - - + - - - - - - -4trim2004 - - + - - - - - + - - + + -

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TABELA A6: PONTOS DE INFLEXÃO: CICLO DE CRESCIMENTO PRIMEIRA DIFERENÇATrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 + - + + + + + - + + + + + -2trim1980 + - + + + + + - + + + + + -3trim1980 + - + + + + + - + + + + + -4trim1980 + + + + - + + - + + + + - -1trim1981 - + - + - - - - - + + + - +2trim1981 - + - + - - - - - - - - - +3trim1981 + - + + + + + + + - - - + +4trim1981 + - + + + + + + + - - - + +1trim1982 + - + + + + + + + + - - + +2trim1982 - - + + - + + - - + - + + -3trim1982 - + - - - - - - - + - + - -4trim1982 - + - - + - - - - - - + - -1trim1983 - - + + + + - - - - - + - -2trim1983 + - + + + + + + + + - + - +3trim1983 + - + + + + + + + + - + - +4trim1983 + - + + + + + + + + - + - +1trim1984 + + + + + + + + + + - + - +2trim1984 - + + + - + - - + - - + - +3trim1984 - + + + - - - - - - - + + +4trim1984 + + + + - - - - - - - + + +1trim1985 + + - + - - - - - - - + + +2trim1985 + - - + - - - - - - - + + +3trim1985 + - + + - + - - + - - - - +4trim1985 - - + + - + - - + - - - - +1trim1986 - - + - - + - - + + - - - +2trim1986 - + + - - + - - + + - - - -3trim1986 - + + - - + - - + + - - - -4trim1986 - + - - + - - - - - - + - -1trim1987 - + - - + - - - - - - + - -2trim1987 - + - - + - - - - + - + - +3trim1987 - - - - + - + - - + - - + +4trim1987 + - + + + + + + + + + - + +1trim1988 + + + + + + + + + + + - + +2trim1988 + + + + - + - + + + + - - +3trim1988 + + + + - + - + + + + + - -4trim1988 + + + + - + - + + + + + - -1trim1989 + + + + + + - + + - + + + -2trim1989 + - + + + + + + + - + + + -3trim1989 - - - - - - + - - - + + - +4trim1989 - + - - - - + - - - + + - +1trim1990 - + - - - - + - - - + + - -2trim1990 - + - - - - + - - - + - - -3trim1990 + - + + - + + + + + - - - -4trim1990 + - + + - + + + + + - - - +1trim1991 + - + + - + + + + + - - - +2trim1991 + - + + - + + + + - + + + +3trim1991 - - - - - - - - - - + + + +4trim1991 - + - - + - - - - - + + + -1trim1992 + + + - + + - - + - + + + -2trim1992 + - + + + + - - + + + + + +3trim1992 + - + + + + + + + + + + + +4trim1992 + - + + + + + + + + + + + +1trim1993 + - + + + + + + + + + + + +2trim1993 - - - - + - + + - + - + - -3trim1993 - - - - + - - - - - - - - -4trim1993 - - + + - + - - - - - - - +1trim1994 + + + + - + - + + + - - - +2trim1994 + + + + - + + + + + + - - +3trim1994 + + + + - + + + + + + - + +4trim1994 + - + + + + + - + + + - + +1trim1995 - - - - + - - - - + + - - -2trim1995 - + - - + - - - - - + - - -3trim1995 - + + - + + + - - - + + + -4trim1995 + + + + - + + + + - - + + +1trim1996 + + + + - + + + + - - + + +2trim1996 + + + - - + - + + + - + + +3trim1996 + + + - - + - + + + - - + +4trim1996 - + - - + - - - - - - - + +1trim1997 - - - - + - - - - - - - + +2trim1997 - - - - + - - - - - - + + +3trim1997 - - - - - - + - - - - + - -4trim1997 - - - - - - + - - - - + - -1trim1998 - - - - + - + - - - - + - -2trim1998 + + - - + - + + - + + + + +3trim1998 + + - - + - + + - + + - + +4trim1998 + + - - + - - + - - + - + +1trim1999 + + + - - + - + + - + + + +2trim1999 + - + + - + + - + - - + + +3trim1999 + - + + + + + - + - - + + +4trim1999 + - + + + + + - + + - + + +1trim2000 - - - + + - + - + + - - - +2trim2000 - - - + + - + - + - - - - -3trim2000 - + - - + - + - + - - - - -4trim2000 + + - - + - + - + - + - + -1trim2001 + + - - - - - - - + + + + -2trim2001 + + - - - - - - - + + + + -3trim2001 + + - - - + - - + + + + + -4trim2001 + + + + - + + + + + + + + +1trim2002 + + + + - + + + + + + + + +2trim2002 - + - + - + + - + - + - - +3trim2002 - + - + - + - - - - + - - +4trim2002 - - - + + + - - - - - - - +1trim2003 - - - - + - - - - - - - - -2trim2003 + - + - + + - + - + + - + -3trim2003 + - + + + + + + + + + + + +4trim2003 + + + + + + + + + + + + + +1trim2004 + + + + - + + + - + + + + +2trim2004 - - + + - - + - - - - - - +3trim2004 - - + + - - + - - - - - - -4trim2004 - - - - - - - - - - - - + -

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TABELA A7: PONTOS DE INFLEXÃO: CANOVA HPTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 + - + + + + + + + - + - + +2trim1980 + - + + + + + + + - + - + +3trim1980 + - + + + + + + + - + - + +4trim1980 + + + + - + + - + - + - - -1trim1981 - + - + - - + - - - + - - -2trim1981 - + - + - - - - - - - - - -3trim1981 - - - + - - - - - - - - - -4trim1981 - - - + - - - - - - - - - +1trim1982 + + + + - + - + + - - - + +2trim1982 + + + + - + + + + - - - + +3trim1982 - + - - - + + - + - - - - -4trim1982 - + - - + - - - - - - - - -1trim1983 - - - - + - - - - - - - - -2trim1983 + - + + + + - - - - - - - -3trim1983 + - + + + + - - - - - + + -4trim1983 + - + + + + - - + - - + + +1trim1984 + - + + + + + + + - - + + +2trim1984 + - + + + + + + + - - + + +3trim1984 + - + + + + + + + - + + + +4trim1984 + + + + + + + + + - + + + +1trim1985 + + + - + + + + + + + + + +2trim1985 + + + - + + + + + + + + + +3trim1985 + + + + + + + + + + + + + +4trim1985 + - + + - + + + + + + + + +1trim1986 + - + + - + + + - + + - + +2trim1986 + - + - - + + + - + + - + +3trim1986 + - + - - + + + + + - - + -4trim1986 + + + - - + + + + + - + + -1trim1987 + + + - - + - - + - - + + -2trim1987 - + - - - - - - - - - + - +3trim1987 - + - - + - - - - - - + - +4trim1987 - - - + + - + + - - - + - +1trim1988 - - - + + - + + - - + + - -2trim1988 - - - - - - + - - + + + - -3trim1988 - - - - - - - - - + + + - -4trim1988 - - - - - - - - - + + + - -1trim1989 + + - - + + - + + + + + - -2trim1989 + + + + + + + + + + + - - -3trim1989 - - + + + + + + + + - - - +4trim1989 - - - - - - + + + - - - - +1trim1990 - - - - - - + - - - - - - +2trim1990 - - - - - - + - - - - - - -3trim1990 - - + - - + + + + + - - - -4trim1990 - - + - - + + + + + - + - +1trim1991 - + + - - + + + + + - + - +2trim1991 + + + + - + + + + + + + + +3trim1991 + + + + - + + + + - + + + +4trim1991 - + - - - - - - + - + - - -1trim1992 - + - - - - - - + - + - - -2trim1992 - - - - - - - - + - + + - +3trim1992 - - + + - + + - + - + + - +4trim1992 + + + + + + + + + - + + - +1trim1993 + + + + + + + + + - + + + +2trim1993 + + + + + + + + + + - + + +3trim1993 - + - + + - - - - + - - + +4trim1993 - + - + + - - - - + - - + +1trim1994 + + + + + + - - + + - + + +2trim1994 + + + + - + + + + + - + + +3trim1994 + + + + - + + + + + - + + +4trim1994 + + + + - + + + + + - + + +1trim1995 - + + - + + + + + + - - + +2trim1995 - + - - + - - - - + - - - -3trim1995 - + - - + - - - - + - - - -4trim1995 + - + + + + + + + + - + - +1trim1996 + - + + + + + + + - - + - +2trim1996 + + + + - + + + + - + + - +3trim1996 + + + + - + - + + - + + - +4trim1996 - + + + + + - + + - + + - -1trim1997 - - + + + + + - + - + - - -2trim1997 - - + + + + + - + - + - - +3trim1997 - + + + + + + - + - - - - +4trim1997 - + - - - - + - - - - - - +1trim1998 - + - - - - - - - - - - - +2trim1998 - + - - - - - - - - + - - +3trim1998 - + - - - - - - - + + - - +4trim1998 - + - - - - - - - + + - - -1trim1999 + + - - - - - + + + + - - -2trim1999 + + + + - + + + + - + + - +3trim1999 + + + + - + + + + - + + + +4trim1999 + + + + + + + + + + + + + +1trim2000 + - + + + + + + + + + + - +2trim2000 + - + + + + + + + + - - - +3trim2000 + - + + + + + + + + - - - +4trim2000 + - + + + + + + + - - - + +1trim2001 + + + + - + - + - - - - + -2trim2001 - + - - - - - - - - - - + -3trim2001 - + - - - - - - - - + - + -4trim2001 - + - - - - - - - - + - + -1trim2002 + + + + + + + - - + + - + -2trim2002 + + + + + + + - + + - - - -3trim2002 + + - + - + + - + + - - - -4trim2002 + - - + - + + - - + - - - -1trim2003 - - - - - - - - - - - - - -2trim2003 - - - - + - - - - - + - + -3trim2003 - - + + + - + - - - - - + +4trim2003 + + + + + + + + + + + + + +1trim2004 + + + + - + + + + + + + + +2trim2004 + - + + + + + + + + + + - +3trim2004 + + + + + + + + + + + + - +4trim2004 - - - - - - - - - - - - + -

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TABELA A8: PONTOS DE INFLEXÃO: CICLO DE CRESCIMENTO HPTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 + - + - + + + + + - - - + +2trim1980 + - + - + + + + + - - - + +3trim1980 + - + + + + + + + - - - + +4trim1980 + + + + - + + - + - + - + -1trim1981 - + - + - - + - - - + + + -2trim1981 - + - + - - - - - - - + - -3trim1981 - - - + - - - - - - - + - -4trim1981 - - - + - - - - - - - - - -1trim1982 + - + + - + - + + + - - + -2trim1982 + - + + - + - + + + - - + -3trim1982 - + - - - + - - + + - - - -4trim1982 - + - - + - - - - - - - - -1trim1983 - - - - + - - - - - - - - -2trim1983 + - - - + - + - - - - - - -3trim1983 + - - - + - + - - - - + - -4trim1983 + - + - + + + - + - - + - +1trim1984 + - + - + + + + + - - + + +2trim1984 + - + + + + + + + - - + + +3trim1984 + - + + + + + + + - + + + +4trim1984 + + + + + + + + + - + + + +1trim1985 + + + + + + + + + + + + + +2trim1985 + + + + + + + + + + + + + +3trim1985 + + + + + + - + + + + + + +4trim1985 + - + + - + - + + + + + + +1trim1986 + - + + - + - + + + + - + +2trim1986 + - + + - + + + + + + - + +3trim1986 + - + + - + + + + + + - + -4trim1986 + + + + - + + + + + + - + -1trim1987 + + + + - + - - + - + - + -2trim1987 - + - - - - - - - - + + - +3trim1987 - + - - + - - - - - - + - +4trim1987 - - - - + - + - - - - + - +1trim1988 - - - - + - + - - - - + - -2trim1988 - - - - - - + - - - - + - -3trim1988 - - - - - - - - - - - + - -4trim1988 - - - - - - - - - + - + - -1trim1989 + + - - + + - + + + + + - -2trim1989 + + + + + + + + + + + + - -3trim1989 - - + + + + + + + + + + - -4trim1989 - - - - + - + + + - + + - -1trim1990 - - - - + - + - - - + + - -2trim1990 - - - - - - - - - - + - - -3trim1990 - - + - - + - + + + - - - -4trim1990 - - + - - + - + + + - - - -1trim1991 - + + - - + - + + + - - - -2trim1991 + + + + - + + + + + + + + +3trim1991 + + + + - + + + - - + + + +4trim1991 - + - - - - - - - - + - - -1trim1992 - + - - - - - - - - + - - -2trim1992 - - - - - - - - - - + - - -3trim1992 - - + + - + - - - - + - - -4trim1992 + + + + - + - + + - + - - -1trim1993 + + + + - + + + + - + + + +2trim1993 + + + + + + + + + + - + + +3trim1993 + + + + + - + + + + - - - +4trim1993 + + + + + - + + + + - + - +1trim1994 + + + + + + + + + + - + - +2trim1994 + + + + - + + + + + - + - +3trim1994 + + + + - + + + + + - + + +4trim1994 + + + + - + + + + + - + + +1trim1995 - + + - - + + + + + - + + +2trim1995 - + - - - - - - - + - + - -3trim1995 - + - - + - - - - + - + - -4trim1995 - - + + + + + + - + - + + +1trim1996 - - + + + + + + - - - + + +2trim1996 + - + + - + + + - - + + + +3trim1996 + - + + - + + + - - + + + +4trim1996 - - + + + - + + - - + + + -1trim1997 - - + + + - + - - - + - + -2trim1997 - - + + + - + - - - + - + +3trim1997 - + + + + - + - - - + - - +4trim1997 - + - - - - + - - - + - - +1trim1998 - - - - - - - - - - + - - +2trim1998 - - - - - - - - - - + - - +3trim1998 - - - - - - - - - + + - - +4trim1998 - - - - - - - - - + + - - -1trim1999 + + - - - - - + + + + - - -2trim1999 + + + + - + + + + - + + - +3trim1999 + + + + - + + + + - + + + +4trim1999 + + + + + + + + + + + + + +1trim2000 + - + + + + + + + + + + - +2trim2000 + - + + + + + + + + - - - +3trim2000 + - + + + + + + + + - - - +4trim2000 + - + + + + + + + + - - + +1trim2001 + + + + - + - + - + - - + +2trim2001 - + - - - - - - - + - - + +3trim2001 - + - - - - - - - + + - + -4trim2001 - + - - - - - - - + + - + -1trim2002 + + + + + + + + - + + + + -2trim2002 + + + + + + + + + + + + - -3trim2002 + + + + - + + + + + + + - -4trim2002 + - + + - + + - - + - - - -1trim2003 - - - - - - - - - - - - - -2trim2003 - - - - + - - - - - + - + -3trim2003 - - + + + - + - - - + - + +4trim2003 + + + + + - + + + + + + + +1trim2004 + + + + - + + + + + + + + +2trim2004 + - + + + + + + + + - + - +3trim2004 + + + + + + + + + + + + - +4trim2004 - - - - - - - - - - - - + -

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TABELA A9: PONTOS DE INFLEXÃO: CANOVA BKTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim1983 - - - - + - - - - - + - - -2trim1983 - - - - + - - - - - + - - -3trim1983 - - - - + - - - - - + - - -4trim1983 + - + + + + + + + - + + - +1trim1984 + - + + + + + + + - + + - +2trim1984 + - + + + + + + + - + + - +3trim1984 + + + - + + + + + + + + - +4trim1984 + + + - - + + + + + + + + -1trim1985 + + + + - + + + + + + + + -2trim1985 + + + + + + - + + + + + + +3trim1985 + + + + + + - + + + + + + +4trim1985 + - + + + + - + + + + + + +1trim1986 + - + + - + + + + + + - + +2trim1986 + - + + - + + + + + + - + +3trim1986 + - + + - + + + + + + - + -4trim1986 + + - - - + - - + + + - + -1trim1987 - + - - - - - - - - + - - -2trim1987 - + - - + - - - - - + + - -3trim1987 - + - - + - - - - - - + - +4trim1987 - - - - + - + - - - - + - +1trim1988 - - - - - - + - - - + + + +2trim1988 - - - - - - + - - - + + + -3trim1988 - - - - - - - - - + + + - -4trim1988 - + - - - + - - + + - + - -1trim1989 + + + + + + - + + + - + - -2trim1989 + - + + + + + + + + - + + +3trim1989 + - + + + + + + + + + + + +4trim1989 - - + + + - + + - - + + + +1trim1990 - - - - + - - - - - - - - -2trim1990 - - - - - - - - - - - - - -3trim1990 - - - - - - - - - - - - - -4trim1990 - + - - - + + - + + - - - -1trim1991 + + + + - + + + + + - + + +2trim1991 + + + + - + + + + + + + + +3trim1991 + + + + - + + + - + + + + +4trim1991 - + - - - - - - - - + + + +1trim1992 - + - - - - - - - - + - - -2trim1992 - - - - - - - - - - + - - -3trim1992 - - - - - + - - + - + - - -4trim1992 + - + + - + + + + - + + + +1trim1993 + - + + - + + + + + + + + +2trim1993 + - + + + + + + + + + + + +3trim1993 - + - - + - + - - - - - - -4trim1993 - + - - + - - - - - - - - -1trim1994 - + - - + - - - - - - - - +2trim1994 + + + + + + - + + + - + + +3trim1994 + + + + - + + + + + - + + +4trim1994 + + + + - + + + + + - - + +1trim1995 + + - - - - + - + + - - + -2trim1995 - + - - + - + - - + - - + -3trim1995 - + - - + - - - - + - - - -4trim1995 - + - - + - - - - + - - - -1trim1996 - + + + + + + + - - - + - -2trim1996 + + + + - + + + + - + + + +3trim1996 + - + + - + + + + - + + + +4trim1996 + - + + + + - + + - + + + -1trim1997 - - + + + + - - + - + + + -2trim1997 - - - + + - + - - - - - + -3trim1997 - - - + + - + - - - - - - -4trim1997 - - - + + - + - - - - - - +1trim1998 - + - + + - + - - - - - - +2trim1998 - + - - + - - - - + + - - +3trim1998 - + - - + - - - - + + - - -4trim1998 - + - - - - - - - + + - - -1trim1999 - + - - - - - - - + + - - -2trim1999 - + - - - - - + + - + + + -3trim1999 + + + - - + - + + - + + + +4trim1999 + + + + - + - + + - + + + +1trim2000 + - + + + + + + + + - + + +2trim2000 + - + + + + + + + + - + + +3trim2000 + - + + + + + + + + - + - +4trim2000 + - + + + + + + + + - - - +1trim2001 - + - - - - - - - - - - - -2trim2001 - + - - - - - - - - - - + -3trim2001 - + - - - - - - - - + - + -4trim2001 - + - - + - - - - + + - + -1trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.

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TABELA A10: PONTOS DE INFLEXÃO: CICLO DE CRESCIMENTO BKTrimestre PIB AGRO IND. C. CIVIL EXT MIN IND. TRANSF. SIUP SERVIÇOS COMERC COMUNIC ADM. PUB. INST. FIN. TRANSP. OUTROS SERV.1trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim1980 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim1981 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim1982 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim1983 - + - - + - - - - - + - - -2trim1983 - + - - + - - - - - + - - -3trim1983 - - - - + - - - - - + - - -4trim1983 + - + + + + + + + - + + - +1trim1984 + - + + + + + + + - + + - +2trim1984 + - + + + + + + + - + + - +3trim1984 + + + + + + + + + + + + - +4trim1984 + + + + + + + + + + + + + +1trim1985 + + + + + + + + + + + + + +2trim1985 + + + + + + + + + + + + + +3trim1985 + + + + + + + + + + + + + +4trim1985 + - + + + + + + + + + + + +1trim1986 + - + + - + + + + + + - + +2trim1986 + - + + - + + + + + + - + +3trim1986 + - + + - + + + + + + - + -4trim1986 + + - - - + - - + + + - + -1trim1987 - + - - - - - - - - + - - -2trim1987 - + - - + - - - - - + + - -3trim1987 - + - - + - - - - - + + - -4trim1987 - - - - + - - - - - + + - -1trim1988 - - - - - - - - - - + + - -2trim1988 - - - - - - - - - - + + - -3trim1988 - - - - - - - - - + + + - -4trim1988 - - - - - + - - + + - + - -1trim1989 + - + + + + - + + + - + - -2trim1989 + - + + + + + + + + - + - -3trim1989 + - + + + + + + + + - + - -4trim1989 - - + + + - + + - - - + - -1trim1990 - - - - + - - - - - - - - -2trim1990 - - - - - - - - - - - - - -3trim1990 - - - - - - - - - - - - - -4trim1990 - + - - - + + - + + - - - -1trim1991 + + + + - + + + + + - + + +2trim1991 + + + + - + + + + + + + + +3trim1991 + + + + - + + + - + + + + +4trim1991 - + - - - - - - - - + + + +1trim1992 - + - - - - - - - - + - - -2trim1992 - - - - - - - - - - + - - -3trim1992 - - - - - + - - + - + - - -4trim1992 + - + + - + + + + - + + - +1trim1993 + - + + - + + + + - + + - +2trim1993 + - + + + + + + + - + + - +3trim1993 + + + + + - + - + - - - - +4trim1993 + + + + + - + - + - - - - +1trim1994 + + + + + - + - + - - - - +2trim1994 + + + + + + + + + + - - + +3trim1994 + + + + - + + + + + - - + +4trim1994 + + + + - + + + + + - - + +1trim1995 + + - - - - + - + + - - + -2trim1995 - + - - + - + - - + - - + -3trim1995 - + - - + - + - - + - - + -4trim1995 - + - - + - + - - + - - + -1trim1996 - + + + + + + + - - - + + -2trim1996 + + + + + + + + - - + + + +3trim1996 + - + + + + + + - - + + + +4trim1996 + - + + + + + + - - + + + -1trim1997 - - + + + + + - - - + + + -2trim1997 - - - + + - + - - - + - + -3trim1997 - - - + + - + - - - + - - -4trim1997 - - - + + - + - - - + - - +1trim1998 - + - + + - + - - - + - - +2trim1998 - + - - + - + - - + + - - +3trim1998 - + - - + - + - - + + - - -4trim1998 - + - - - - + - - + + - - -1trim1999 - + - - - - + - - + + - - -2trim1999 - + - - - - + + + - + + + -3trim1999 + + + - - + + + + - + + + +4trim1999 + + + + - + + + + - + + + +1trim2000 + - + + + + + + + + - + + +2trim2000 + - + + + + + + + + - + + +3trim2000 + - + + + + + + + + - + - +4trim2000 + - + + + + + + + + - - - +1trim2001 - + - - - - - - - - - - - -2trim2001 - + - - - - - - - - - - + -3trim2001 - + - - - - - - - - + - + -4trim2001 - + - - - - - - - - + - + -1trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim2002 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim2003 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.1trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.2trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.3trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.4trim2004 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.

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TABELA A11: Propriedades dos Ciclos Econômicos Setoriais – Filtro Tendência Linear.

TENDÊNCIA LINEAR Períodos AmostraCompleta

PréReal

PósReal

Pré CriseCambial

Pós CriseCambial

AGROPECUÁRIA Desvio Padrão 0,04609 0,05085 0,03887 0,03713 0,03247Autocorrelação 0,47882 0,43851 0,57725 0,16644 0,73583

INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,06321 0,07916 0,02825 0,03142 0,02430Autocorrelação 0,80717 0,82003 0,65461 0,54979 0,69761

CONST. CIVIL Desvio Padrão 0,08674 0,10316 0,05156 0,05893 0,04546Autocorrelação 0,79846 0,78830 0,80018 0,80050 0,80310

EXT. MINERAL Desvio Padrão 0,11032 0,13859 0,04155 0,03172 0,04209Autocorrelação 0,92950 0,95932 0,42719 0,05538 0,38481

INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,06684 0,08156 0,03766 0,03573 0,03876 TRANSFORMAÇÃO Autocorrelação 0,79378 0,80755 0,69764 0,43901 0,81833 SIUP Desvio Padrão 0,07259 0,07217 0,07351 0,01979 0,07077

Autocorrelação 0,94441 0,95133 0,93609 0,81025 0,89113SERVIÇOS Desvio Padrão 0,03886 0,04855 0,01303 0,01169 0,01039

Autocorrelação 0,95468 0,95689 0,86640 0,70626 0,89241 COMERCIO Desvio Padrão 0,05969 0,06588 0,04235 0,03579 0,02558

Autocorrelação 0,83062 0,80937 0,83399 0,48179 0,77471 COMUNICAÇÃO Desvio Padrão 0,07857 0,05876 0,10050 0,05214 0,10025

Autocorrelação 0,93769 0,91146 0,95643 0,78608 0,96900 ADM. PÚBLICA Desvio Padrão 0,01178 0,01334 0,00742 0,00358 0,00858

Autocorrelação 0,94531 0,98783 0,74241 0,77214 0,70254 INST. FINANC. Desvio Padrão 0,10041 0,11632 0,05812 0,03922 0,04165

Autocorrelação 0,96232 0,96612 0,91995 0,70990 0,91101 TRANSPORTES Desvio Padrão 0,05139 0,05372 0,04862 0,03280 0,01575

Autocorrelação 0,76342 0,71588 0,84624 0,28774 0,22831 OUTROS Desvio Padrão 0,04301 0,04812 0,03476 0,01999 0,02730 SERVIÇOS Autocorrelação 0,94470 0,95334 0,92103 0,69982 0,88968

TABELA A12: Propriedades dos Ciclos Econômicos Setoriais – Filtro Primeira Diferença

PRIMEIRA DIFERENÇA Períodos AmostraCompleta

PréReal

PósReal

Pré CriseCambial

Pós CriseCambial

AGROPECUÁRIA Desvio Padrão 0,04702 0,05410 0,03577 0,04799 0,02375Autocorrelação -0,21400 -0,15840 -0,39443 -0,46526 -0,18728

INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,03910 0,04745 0,02382 0,03042 0,01806Autocorrelação -0,01207 -0,05841 0,21291 0,24833 0,11196

CONST. CIVIL Desvio Padrão 0,05466 0,06640 0,03308 0,03762 0,02922Autocorrelação -0,08663 -0,15578 0,29566 0,32563 0,18969

EXT. MINERAL Desvio Padrão 0,04139 0,03957 0,04420 0,04234 0,04635Autocorrelação -0,22914 -0,08856 -0,38557 -0,62216 -0,24284

INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,04262 0,05058 0,02885 0,03673 0,02141 TRANSFORMAÇÃO Autocorrelação -0,05923 -0,07780 -0,00487 0,07694 -0,24973 SIUP Desvio Padrão 0,02406 0,02250 0,02607 0,01171 0,03271

Autocorrelação 0,09446 -0,09460 0,27238 -0,08254 0,26999SERVIÇOS Desvio Padrão 0,01175 0,01437 0,00689 0,00905 0,00485

Autocorrelação 0,21878 0,21583 0,25480 0,25042 0,35101 COMERCIO Desvio Padrão 0,03467 0,04051 0,02498 0,03308 0,01736

Autocorrelação 0,00072 -0,08164 0,27714 0,37562 0,28123 COMUNICAÇÃO Desvio Padrão 0,02725 0,02467 0,02984 0,03384 0,02543

Autocorrelação 0,05647 -0,11960 0,16804 0,02378 0,24211 ADM. PÚBLICA Desvio Padrão 0,00380 0,00234 0,00506 0,00224 0,00648

Autocorrelação -0,31935 0,41279 -0,54118 0,04963 -0,60166 INST. FINANC. Desvio Padrão 0,02735 0,03044 0,02284 0,02938 0,01607

Autocorrelação 0,10751 0,14095 0,02466 0,10569 -0,30601 TRANSPORTES Desvio Padrão 0,03551 0,04082 0,02716 0,03555 0,01950

Autocorrelação -0,33706 -0,41908 -0,05914 -0,03101 -0,18617 OUTROS Desvio Padrão 0,01434 0,01481 0,01374 0,01524 0,01283 SERVIÇOS Autocorrelação 0,18435 0,36775 -0,10217 -0,09663 -0,14370

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69

TABELA A13: Propriedades dos Ciclos Econômicos Setoriais – Filtro Hodrick Prescott.

HODRICK PRESCOTT PeríodosAmostra

CompletaPréReal

PósReal

Pré CriseCambial

Pós CriseCambial

AGROPECUÁRIA Desvio Padrão 0,03953 0,04673 0,02704 0,03613 0,01840Autocorrelação 0,30251 0,34266 0,14444 0,12090 0,22165

INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,04570 0,05481 0,02858 0,03074 0,02230Autocorrelação 0,64977 0,64428 0,66950 0,52913 0,65135

CONST. CIVIL Desvio Padrão 0,06073 0,07295 0,03822 0,04183 0,03341Autocorrelação 0,61140 0,60351 0,65021 0,62693 0,63315

EXT. MINERAL Desvio Padrão 0,04916 0,05820 0,03353 0,02633 0,03850Autocorrelação 0,66826 0,79693 0,12815 -0,31054 0,27357

INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,04901 0,05788 0,03292 0,03668 0,02442 TRANSFORMAÇÃO Autocorrelação 0,63811 0,63750 0,62851 0,48193 0,55084 SIUP Desvio Padrão 0,02867 0,02554 0,03272 0,01573 0,04111

Autocorrelação 0,67031 0,63860 0,69143 0,70130 0,69058SERVIÇOS Desvio Padrão 0,01690 0,02111 0,00837 0,00946 0,00766

Autocorrelação 0,78452 0,79857 0,69302 0,58475 0,80229 COMERCIO Desvio Padrão 0,04193 0,04601 0,03427 0,03692 0,02531

Autocorrelação 0,67389 0,63052 0,75514 0,59368 0,75462 COMUNICAÇÃO Desvio Padrão 0,03462 0,02849 0,04168 0,04556 0,03952

Autocorrelação 0,71846 0,63424 0,76497 0,72642 0,81161 ADM. PÚBLICA Desvio Padrão 0,00366 0,00308 0,00426 0,00213 0,00454

Autocorrelação 0,49431 0,75379 0,30193 0,44101 0,01207 INST. FINANC. Desvio Padrão 0,03035 0,03261 0,02703 0,03729 0,01505

Autocorrelação 0,65199 0,64350 0,66057 0,69850 0,38929 TRANSPORTES Desvio Padrão 0,03332 0,03756 0,02628 0,02767 0,01987

Autocorrelação 0,44926 0,42332 0,47862 0,06420 0,48503 OUTROS Desvio Padrão 0,02127 0,02475 0,01536 0,01476 0,01594 SERVIÇOS Autocorrelação 0,79381 0,84572 0,60687 0,47769 0,67096

TABELA A14: Propriedades dos Ciclos Econômicos Setoriais – Filtro Baxter King.

BAXTER KING PeríodosAmostra

CompletaPréReal

PósReal

Pré CriseCambial

Pós CriseCambial

AGROPECUÁRIA Desvio Padrão 0,03181 0,03821 0,01875 0,02173 0,01395Autocorrelação 0,82513 0,81390 0,89835 0,93425 0,77294

INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,03967 0,04571 0,02660 0,02581 0,02265Autocorrelação 0,88174 0,89422 0,83096 0,77760 0,83464

CONST. CIVIL Desvio Padrão 0,05507 0,06417 0,03213 0,03566 0,02656Autocorrelação 0,87590 0,88072 0,81982 0,83387 0,78045

EXT. MINERAL Desvio Padrão 0,04092 0,04945 0,02120 0,01089 0,03163Autocorrelação 0,91253 0,92741 0,78552 0,91570 0,77275

INDÚSTRIA Desvio Padrão 0,04160 0,04698 0,03081 0,03004 0,02319 TRANSFORMAÇÃO Autocorrelação 0,88296 0,89228 0,86027 0,79097 0,88774 SIUP Desvio Padrão 0,02397 0,02079 0,02826 0,01104 0,04376

Autocorrelação 0,84322 0,85569 0,83499 0,91630 0,86171SERVIÇOS Desvio Padrão 0,01540 0,01877 0,00809 0,00818 0,00807

Autocorrelação 0,90896 0,92128 0,82888 0,76673 0,92114 COMERCIO Desvio Padrão 0,03640 0,03728 0,03008 0,02974 0,02334

Autocorrelação 0,89725 0,89961 0,88120 0,82527 0,90492 COMUNICAÇÃO Desvio Padrão 0,03183 0,02874 0,03465 0,04027 0,02558

Autocorrelação 0,88434 0,87162 0,88544 0,89388 0,85342 ADM. PÚBLICA Desvio Padrão 0,00307 0,00269 0,00322 0,00172 0,00297

Autocorrelação 0,91953 0,90399 0,91886 0,75492 0,88377 INST. FINANC. Desvio Padrão 0,03093 0,03010 0,02825 0,03428 0,01444

Autocorrelação 0,88252 0,87434 0,85700 0,85017 0,86788 TRANSPORTES Desvio Padrão 0,02598 0,02829 0,02113 0,01727 0,01293

Autocorrelação 0,91183 0,91389 0,90281 0,78022 0,82546 OUTROS Desvio Padrão 0,01853 0,02154 0,01144 0,01094 0,01254 SERVIÇOS Autocorrelação 0,92465 0,93137 0,89208 0,88666 0,90740

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70

TABELA A15: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Agropecuária (em trimestres)

Período

RecessõesX

ExpansõesBBQ W&P ABCD

linearCanovalinear

ABCD1a. Dif.

Canova1ª. Dif.

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

% de Recessões 22% 36% 44% 43% 47% 61% 53% 44% 50% 46%Total % de Expansões 78% 64% 56% 57% 53% 39% 47% 56% 50% 54%

Amostra Duração das Recessões 2,75 3,27 4,40 3,91 3,92 6,78 4,82 4,00 10,33 8,43Duração das Expansões 11,1 6,40 5,09 4,75 4,42 4,33 3,92 4,67 6,33 6,83

% de Recessões 26% 43% 53% 50% 53% 64% 53% 50% 54% 54%Pré % de Expansões 74% 57% 47% 50% 47% 36% 47% 50% 46% 46%Real Duração das Recessões 3,75 4,17 4,43 4,14 3,88 7,40 4,43 4,14 9,25 7,40

Duração das Expansões 14,3 6,60 4,50 4,83 3,86 4,20 4,50 4,83 5,25 5,25% de Recessões 17% 26% 31% 33% 38% 57% 52% 36% 43% 33%

Pós % de Expansões 83% 74% 69% 67% 62% 43% 48% 64% 57% 67%Real Duração das Recessões 1,75 2,20 4,33 3,50 4,00 6,00 5,50 3,75 6,50 5,00

Duração das Expansões 8,75 6,20 5,80 4,67 5,20 4,50 3,33 4,50 8,50 10,00

TABELA A16: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Indústria (em trimestres)

Período

RecessõesX

ExpansõesBBQ W&P ABCD

linearCanovalinear

ABCD1a. Dif.

Canova1ª. Dif.

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

% de Recessões 34% 41% 43% 41% 41% 36% 37% 39% 49% 53%Total % de Expansões 66% 59% 57% 59% 59% 64% 63% 61% 51% 47%

Amostra Duração das Recessões 4,25 4,10 6,14 4,10 3,73 4,00 4,11 3,90 10,17 8,00Duração das Expansões 8,25 6,56 7,13 5,36 4,92 7,11 6,30 5,55 6,50 5,14

% de Recessões 36% 48% 52% 45% 31% 28% 40% 40% 43% 50%Pré % de Expansões 64% 52% 48% 55% 69% 72% 60% 60% 57% 50%Real Duração das Recessões 5,25 4,67 10,00 4,33 2,57 3,20 4,60 3,83 8,00 7,00

Duração das Expansões 9,25 6,00 9,33 5,33 5,71 8,40 7,00 5,83 8,67 5,75% de Recessões 31% 31% 31% 36% 55% 48% 33% 38% 57% 57%

Pós % de Expansões 69% 69% 69% 64% 45% 52% 67% 62% 43% 43%Real Duração das Recessões 3,25 3,25 3,25 3,75 5,75 5,00 3,50 4,00 8,50 5,67

Duração das Expansões 7,25 7,25 5,80 5,40 3,80 5,50 5,60 5,20 4,33 4,33

TABELA A17: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Const. Civil (em trimestres)

Período

RecessõesX

ExpansõesBBQ W&P ABCD

linearCanovalinear

ABCD1a. Dif.

Canova1ª. Dif.

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

% de Recessões 26% 50% 50% 48% 41% 53% 41% 39% 45% 51%Total % de Expansões 74% 50% 50% 52% 59% 47% 59% 61% 55% 49%

Amostra Duração das Recessões 4,33 4,55 7,14 4,80 4,56 6,63 4,56 3,90 9,67 7,00Duração das Expansões 10,5 5,00 6,25 4,73 5,90 5,22 6,56 5,55 7,00 4,63

% de Recessões 40% 59% 50% 50% 31% 34% 45% 41% 43% 54%Pré % de Expansões 60% 41% 50% 50% 69% 66% 55% 59% 57% 46%Real Duração das Recessões 7,67 5,67 7,25 4,83 3,60 4,00 5,20 4,00 8,00 6,17

Duração das Expansões 8,75 4,80 7,25 4,83 8,00 7,60 8,00 5,67 8,67 4,20% de Recessões 7% 38% 50% 45% 55% 79% 36% 36% 47% 47%

Pós % de Expansões 93% 62% 50% 55% 45% 21% 64% 64% 53% 53%Real Duração das Recessões 1,00 3,20 7,00 4,75 5,75 11,00 3,75 3,75 7,00 4,67

Duração das Expansões 13,0 5,20 5,25 4,60 3,80 2,25 5,40 5,40 5,33 5,33

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TABELA A18: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Ext. Mineral (em trimestres)

Período

RecessõesX

ExpansõesBBQ W&P ABCD

linearCanovalinear

ABCD1a. Dif.

Canova1ª. Dif.

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

% de Recessões 40% 30% 58% 51% 50% 36% 56% 54% 43% 47%Total % de Expansões 60% 70% 42% 49% 50% 64% 44% 46% 57% 53%

Amostra Duração das Recessões 6,67 4,29 14,50 5,67 5,00 6,00 6,22 6,00 11,40 7,50Duração das Expansões 12,0 10,00 8,40 4,45 4,55 9,14 4,00 4,18 7,17 5,00

% de Recessões 57% 40% 74% 53% 52% 22% 53% 53% 46% 50%Pré % de Expansões 43% 60% 26% 47% 48% 78% 47% 47% 54% 50%Real Duração das Recessões 16,5 5,75 43,00 7,75 6,00 4,33 7,75 7,75 11,00 8,75

Duração das Expansões 12,5 11,67 15,00 5,40 4,67 11,25 5,40 5,40 6,25 4,60% de Recessões 17% 17% 36% 48% 48% 55% 60% 55% 40% 43%

Pós % de Expansões 83% 83% 64% 52% 52% 45% 40% 45% 60% 57%Real Duração das Recessões 1,75 2,33 5,00 4,00 4,00 7,67 5,00 4,60 6,00 3,25

Duração das Expansões 11,6 8,75 6,75 3,67 4,40 6,33 2,83 3,17 9,00 5,67

TABELA A19: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Ind. Transf. (em trimestres)

Período

RecessõesX

ExpansõesBBQ W&P ABCD

linearCanovalinear

ABCD1a. Dif.

Canova1ª. Dif.

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

% de Recessões 35% 41% 47% 45% 45% 30% 42% 40% 49% 49%Total % de Expansões 65% 59% 53% 55% 55% 70% 58% 60% 51% 51%

Amostra Duração das Recessões 5,00 5,13 7,83 4,50 4,50 3,33 4,20 4,00 8,71 7,63Duração das Expansões 10,8 7,38 7,57 5,50 4,58 7,00 5,27 5,45 5,57 5,57

% de Recessões 41% 41% 41% 45% 34% 24% 40% 36% 43% 43%Pré % de Expansões 59% 59% 59% 55% 66% 76% 60% 64% 57% 57%Real Duração das Recessões 6,00 4,80 12,00 4,33 2,86 2,80 3,83 3,50 6,40 6,40

Duração das Expansões 11,3 6,80 17,00 6,40 5,43 8,80 5,83 6,17 6,50 6,50% de Recessões 26% 40% 55% 45% 60% 38% 45% 45% 57% 57%

Pós % de Expansões 74% 60% 45% 55% 40% 62% 55% 55% 43% 43%Real Duração das Recessões 3,67 5,67 5,75 4,75 8,33 4,00 4,75 4,75 8,50 5,67

Duração das Expansões 10,3 8,33 3,80 4,60 3,40 5,20 4,60 4,60 4,33 4,33

TABELA A20: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: SIUP (em trimestres)

Período

RecessõesX

ExpansõesBBQ W&P ABCD

linearCanovalinear

ABCD1a. Dif.

Canova1ª. Dif.

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

% de Recessões 11% 21% 49% 42% 46% 53% 39% 36% 32% 50%Total % de Expansões 89% 79% 51% 58% 54% 47% 61% 64% 68% 50%

Amostra Duração das Recessões 2,75 3,50 12,25 4,20 4,18 6,63 3,90 3,27 12,00 5,64Duração das Expansões 22,2 15,80 17,00 5,27 4,50 5,22 5,55 5,33 13,00 3,80

% de Recessões 5% 22% 57% 45% 50% 50% 45% 36% 43% 50%Pré % de Expansões 95% 78% 43% 55% 50% 50% 55% 64% 57% 50%Real Duração das Recessões 3,00 4,33 16,50 4,33 4,83 7,25 4,33 3,50 8,00 5,00

Duração das Expansões 55,0 22,50 25,00 5,33 4,83 5,80 5,33 6,17 8,67 3,83% de Recessões 19% 19% 38% 38% 40% 57% 31% 36% 13% 50%

Pós % de Expansões 81% 81% 62% 62% 60% 43% 69% 64% 87% 50%Real Duração das Recessões 2,67 2,67 8,00 4,00 3,40 6,00 3,25 3,00 4,00 3,75

Duração das Expansões 11,3 11,33 13,00 5,20 4,17 4,50 5,80 4,50 26,00 3,75

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TABELA A21: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Serviços (em trimestres)

Período

RecessõesX

ExpansõesBBQ W&P ABCD

linearCanovalinear

ABCD1a. Dif.

Canova1ª. Dif.

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

% de Recessões 18% 18% 60% 49% 61% 58% 43% 47% 53% 53%Total % de Expansões 82% 82% 40% 51% 39% 42% 57% 53% 47% 47%

Amostra Duração das Recessões 2,25 2,00 15,00 4,90 6,10 6,44 4,78 4,70 9,14 8,00Duração das Expansões 10,2 9,11 8,00 4,64 3,90 4,67 5,70 4,82 5,14 5,14

% de Recessões 28% 28% 52% 45% 59% 60% 43% 45% 50% 50%Pré % de Expansões 72% 72% 48% 55% 41% 40% 57% 55% 50% 50%Real Duração das Recessões 3,20 3,20 15,00 3,71 5,67 7,00 5,00 3,71 7,00 7,00

Duração das Expansões 8,40 8,40 14,00 4,57 4,80 5,75 6,60 4,57 5,75 5,75% de Recessões 5% 5% 71% 55% 64% 55% 43% 50% 57% 57%

Pós % de Expansões 95% 95% 29% 45% 36% 45% 57% 50% 43% 43%Real Duração das Recessões 0,67 0,50 15,00 7,67 6,75 5,75 4,50 7,00 8,50 5,67

Duração das Expansões 13,3 10,00 4,00 4,75 3,00 3,80 4,80 5,25 4,33 4,33

TABELA A22: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Comércio (em trimestres)

Período

RecessõesX

ExpansõesBBQ W&P ABCD

linearCanovalinear

ABCD1a. Dif.

Canova1ª. Dif.

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

% de Recessões 34% 37% 52% 50% 45% 40% 46% 37% 50% 49%Total % de Expansões 66% 63% 48% 50% 55% 60% 54% 63% 50% 51%

Amostra Duração das Recessões 4,86 4,11 8,67 5,00 4,09 3,64 5,75 3,70 12,40 7,63Duração das Expansões 11,0 6,30 6,86 5,00 4,58 5,45 6,00 5,73 7,60 5,57

% de Recessões 34% 33% 45% 59% 40% 36% 38% 36% 39% 46%Pré % de Expansões 66% 67% 55% 41% 60% 64% 62% 64% 61% 54%Real Duração das Recessões 5,00 3,80 6,50 5,67 3,29 3,50 4,40 3,50 7,50 6,60

Duração das Expansões 12,6 6,50 8,00 4,80 5,00 6,17 7,20 6,17 9,33 6,25% de Recessões 33% 43% 62% 38% 52% 45% 57% 38% 67% 53%

Pós % de Expansões 67% 57% 38% 62% 48% 55% 43% 62% 33% 47%Real Duração das Recessões 4,67 4,50 13,00 4,00 5,50 3,80 8,00 4,00 20,00 5,33

Duração das Expansões 9,33 6,00 5,33 5,20 4,00 4,60 4,50 5,20 5,00 4,67

TABELA A23: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Comunicação (em trimestres)

Período

RecessõesX

ExpansõesBBQ W&P ABCD

linearCanovalinear

ABCD1a. Dif.

Canova1ª. Dif.

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

% de Recessões - - 33% 40% 47% 62% 54% 60% 55% 51%Total % de Expansões - - 67% 60% 53% 38% 46% 40% 45% 49%

Amostra Duração das Recessões - - 4,71 4,44 3,92 10,33 6,75 7,50 11,00 7,88Duração das Expansões - - 11,17 6,00 4,08 6,33 5,75 5,00 5,67 5,29

% de Recessões - - 22% 38% 45% 67% 59% 60% 57% 52%Pré % de Expansões - - 78% 62% 55% 33% 41% 40% 43% 48%Real Duração das Recessões - - 4,33 4,40 3,71 13,00 6,80 8,75 9,50 7,20

Duração das Expansões - - 22,50 7,20 4,57 9,50 6,00 7,67 6,67 5,50% de Recessões - - 48% 43% 50% 55% 48% 60% 53% 50%

Pós % de Expansões - - 52% 57% 50% 45% 52% 40% 47% 50%Real Duração das Recessões - - 5,00 4,50 4,20 7,67 6,67 6,25 8,00 5,00

Duração das Expansões - - 5,50 4,80 3,50 4,75 5,50 3,40 4,67 5,00

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73

TABELA A24: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Adm. Pública (em trimestres)

Período

RecessõesX

ExpansõesBBQ W&P ABCD

linearCanovalinear

ABCD1a. Dif.

Canova1ª. Dif.

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

% de Recessões - - 37% 32% 54% 53% 47% 50% 36% 41%Total % de Expansões - - 63% 68% 46% 47% 53% 50% 64% 59%

Amostra Duração das Recessões - - 18,50 5,33 9,00 8,83 6,71 6,25 17,00 9,17Duração das Expansões - - 31,50 9,71 6,57 7,83 6,63 6,25 16,33 7,50

% de Recessões - - 9% 17% 57% 48% 52% 53% 30% 30%Pré % de Expansões - - 91% 83% 43% 52% 48% 47% 70% 70%Real Duração das Recessões - - 5,00 5,00 11,00 7,00 7,50 10,33 26,00 8,67

Duração das Expansões - - 53,00 16,00 8,33 10,00 7,00 6,75 16,00 8,00% de Recessões - - 76% 52% 50% 60% 40% 45% 43% 57%

Pós % de Expansões - - 24% 48% 50% 40% 60% 55% 57% 43%Real Duração das Recessões - - 32,00 5,50 7,00 12,50 5,67 3,80 6,50 5,67

Duração das Expansões - - 10,00 5,00 5,25 5,67 6,25 5,75 17,00 6,50

TABELA A25: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Inst. Financeiro (em trimestres)

Período

RecessõesX

ExpansõesBBQ W&P ABCD

linearCanovalinear

ABCD1a. Dif.

Canova1ª. Dif.

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

% de Recessões 47% 38% 47% 51% 42% 59% 46% 53% 50% 47%Total % de Expansões 53% 62% 53% 49% 58% 41% 54% 47% 50% 53%

Amostra Duração das Recessões 11,7 6,33 11,75 7,29 4,67 6,56 5,75 6,63 10,33 7,50Duração das Expansões 13,2 10,33 10,60 6,13 5,80 5,13 6,00 5,88 6,33 5,71

% de Recessões 48% 45% 53% 41% 36% 53% 45% 47% 41% 39%Pré % de Expansões 52% 55% 47% 59% 64% 47% 55% 53% 59% 61%Real Duração das Recessões 14,0 8,67 31,00 8,00 5,25 7,75 5,20 5,40 7,75 6,00

Duração das Expansões 10,0 8,00 13,50 8,50 7,40 6,75 6,40 7,75 6,75 7,00% de Recessões 45% 29% 38% 64% 50% 67% 48% 62% 63% 60%

Pós % de Expansões 55% 71% 62% 36% 50% 33% 52% 38% 37% 40%Real Duração das Recessões 9,50 4,00 5,33 6,75 4,20 5,60 6,67 8,67 9,50 6,00

Duração das Expansões 23,0 15,00 8,67 3,75 4,20 3,50 5,50 4,00 5,50 4,00

TABELA A26: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Transportes (em trimestres)

Período

RecessõesX

ExpansõesBBQ W&P ABCD

linearCanovalinear

ABCD1a. Dif.

Canova1ª. Dif.

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

% de Recessões 31% 37% 70% 56% 48% 52% 53% 56% 58% 49%Total % de Expansões 69% 63% 30% 44% 52% 48% 47% 44% 42% 51%

Amostra Duração das Recessões 5,17 4,63 11,67 7,00 4,36 8,67 5,30 7,00 13,60 6,78Duração das Expansões 11,5 7,00 5,00 5,50 4,73 8,00 4,70 5,50 8,00 4,88

% de Recessões 28% 38% 66% 52% 59% 47% 59% 52% 70% 52%Pré % de Expansões 72% 62% 34% 48% 41% 53% 41% 48% 30% 48%Real Duração das Recessões 5,33 4,40 9,50 7,50 5,67 13,50 6,80 7,50 14,67 6,00

Duração das Expansões 21,0 7,20 5,00 7,00 4,00 15,50 4,80 7,00 7,00 4,40% de Recessões 36% 36% 76% 62% 33% 60% 45% 62% 40% 43%

Pós % de Expansões 64% 64% 24% 38% 67% 40% 55% 38% 60% 57%Real Duração das Recessões 5,00 5,00 16,00 6,50 2,80 6,25 3,80 6,50 6,00 4,33

Duração das Expansões 6,75 6,75 5,00 4,00 5,60 4,25 4,60 4,00 9,00 5,67

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74

TABELA A27: Duração Média e Freqüência das Expansões e Recessões: Outros Serviços (em trimestres)

Período

RecessõesX

ExpansõesBBQ W&P ABCD

linearCanovalinear

ABCD1a. Dif.

Canova1ª. Dif.

ABCDHP

CanovaHP

ABCDBK

CanovaBK

% de Recessões 16% 35% 55% 47% 39% 31% 48% 39% 54% 51%Total % de Expansões 84% 65% 45% 53% 61% 69% 52% 61% 46% 49%

Amostra Duração das Recessões 2,67 5,00 13,75 5,22 3,55 3,10 6,00 3,90 10,83 5,73Duração das Expansões 14,0 8,13 9,00 5,30 5,55 6,90 5,78 5,55 5,83 3,70

% de Recessões 16% 48% 43% 41% 40% 33% 57% 38% 52% 48%Pré % de Expansões 84% 52% 57% 59% 60% 67% 43% 62% 48% 52%Real Duração das Recessões 3,00 7,00 12,50 4,80 3,29 3,17 8,25 3,67 12,00 4,86

Duração das Expansões 16,3 7,50 16,50 6,80 5,83 7,80 6,25 6,00 11,00 4,00% de Recessões 17% 17% 71% 55% 38% 29% 36% 40% 57% 57%

Pós % de Expansões 83% 83% 29% 45% 62% 71% 64% 60% 43% 43%Real Duração das Recessões 2,33 2,33 15,00 5,75 4,00 3,00 3,75 4,25 5,67 4,25

Duração das Expansões 11,6 8,75 4,00 3,80 5,20 6,00 5,40 5,00 3,25 3,25

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75

FIGURA A1: Logaritmo Natural das Séries Dessazonalizadas do PIB Real dos Setores Produtivos.

4.4

4.5

4.6

4.7

4.8

4.9

5.0

80 85 90 95 00

LOGTRANSF

3.6

4.0

4.4

4.8

5.2

80 85 90 95 00

LOGEXTMIN

4.404.454.504.554.604.654.704.754.80

80 85 90 95 00

LOGCCIVIL

3.84.0

4.24.44.64.85.05.2

80 85 90 95 00

LOGSIUP

4.4

4.5

4.6

4.7

4.8

4.9

5.0

80 85 90 95 00

LOGCOMERCIO

3.03.54.04.55.0

5.56.06.5

80 85 90 95 00

LOGCOMUNIC

4.3

4.4

4.5

4.6

4.7

4.8

4.9

80 85 90 95 00

LOGAPU

4.2

4.3

4.4

4.5

4.6

4.7

4.8

80 85 90 95 00

LOGINSTFIN

4.24.34.44.54.64.74.84.95.0

80 85 90 95 00

LOGTRANSP

4.0

4.2

4.4

4.6

4.8

5.0

5.2

80 85 90 95 00

LOGOUTROSSERV

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76

FIGURA A2: Componentes Cíclicos dos Setores Produtivos

- Agropecuária, Indústria e Serviços

- Tendência Linear, Diferenciação, HP e BK -

-.15-.10-.05.00.05.10.15

80 85 90 95 00CICLOLINEARAGRO

-.15-.10-.05.00.05.10.15

80 85 90 95 00CICLODLOGAGRO

-.12-.08-.04.00.04.08.12

80 85 90 95 00CICLOHPAGRO

-.12

-.08

-.04

.00

.04

.08

80 85 90 95 00CICLOBKAGRO

-.15-.10-.05.00.05.10.15.20

80 85 90 95 00CICLOLINEARIND

-.20-.15-.10-.05.00.05.10.15

80 85 90 95 00CICLODLOGIND

-.15-.10-.05.00.05.10.15

80 85 90 95 00CICLOHPIND

-.12-.08-.04.00.04.08.12

80 85 90 95 00CICLOBKIND

-.12-.08-.04.00.04.08.12

80 85 90 95 00CICLOLINEARSERV

-.06-.05-.04-.03-.02-.01.00.01.02.03

80 85 90 95 00CICLODLOGSERV

-.05-.04-.03-.02-.01.00.01.02.03.04

80 85 90 95 00CICLOHPSERV

-.05-.04-.03-.02-.01.00.01.02.03.04

80 85 90 95 00CICLOBKSERV

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77

FIGURA A3: Componentes Cíclicos dos Setores Produtivos da Indústria

- Construção Civil, Extrativa Mineral, Indústria de Transformação e SIUP

- Tendência Linear, Diferenciação, HP e BK -

-.3

-.2

-.1

.0

.1

.2

80 85 90 95 00CICLOLINEARCCIVIL

-.3

-.2

-.1

.0

.1

.2

80 85 90 95 00CICLODLOGCCIVIL

-.20-.15-.10-.05.00.05.10.15

80 85 90 95 00CICLOHPCCIVIL

-.12-.08-.04.00.04.08.12

80 85 90 95 00CICLOBKCCIVIL

-.3-.2-.1.0.1.2.3

80 85 90 95 00CICLOLINEAREXTMIN

-.15-.10-.05.00.05.10.15

80 85 90 95 00CICLODLOGEXTMIN

-.15-.10-.05.00.05.10.15

80 85 90 95 00CICLOHPEXTMIN

-.12-.08-.04.00.04.08.12

80 85 90 95 00CICLOBKEXTMIN

-.20-.15-.10-.05.00.05.10.15.20

80 85 90 95 00CICLOLINEARINDTRANSF

-.20-.15-.10-.05.00.05.10.15.20

80 85 90 95 00CICLODLOGINDTRANSF

-.15-.10-.05.00.05.10.15

80 85 90 95 00CICLOHPINDTRANSF

-.12-.08-.04.00.04.08.12

80 85 90 95 00CICLOBKINDTRANSF

-.20-.15-.10-.05.00.05.10.15

80 85 90 95 00CICLOLINEARSIUP

-.16-.12-.08-.04.00.04.08

80 85 90 95 00CICLODLOGSIUP

-.12

-.08

-.04

.00

.04

.08

80 85 90 95 00CICLOHPSIUP

-.10-.08-.06-.04-.02.00.02.04.06

80 85 90 95 00CICLOBKSIUP

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78

FIGURA A4: Componentes Cíclicos dos Setores produtivos dos Serviços

- Comércio, Comunicação, Adm. Pública, Inst. Financeiras, Transporte e Outros Serviços -

- Tendência Linear, Diferenciação, HP e BK -

-.15-.10-.05.00.05.10.15

80 85 90 95 00CICLOLINEARCOMERC

-.15-.10-.05.00.05.10.15

80 85 90 95 00CICLODLOGCOMERC

-.12-.08-.04.00.04.08.12

80 85 90 95 00CICLOHPCOMERC

-.12

-.08

-.04

.00

.04

.08

80 85 90 95 00CICLOBKCOMERC

-.3

-.2

-.1

.0

.1

.2

80 85 90 95 00CICLOLINEARCOMUNIC

-.08-.06-.04-.02.00.02.04.06.08

80 85 90 95 00CICLODLOGCOMUNIC

-.12

-.08

-.04

.00

.04

.08

80 85 90 95 00CICLOHPCOMUNIC

-.06-.04-.02.00.02.04.06.08

80 85 90 95 00CICLOBKCOMUNIC

-.04-.03-.02-.01.00.01.02.03

80 85 90 95 00CICLOLINEARAPU

-.03

-.02

-.01

.00

.01

.02

80 85 90 95 00CICLODLOGAPU

-.020-.015-.010-.005.000.005.010.015

80 85 90 95 00CICLOHPAPU

-.008

-.004

.000

.004

.008

.012

80 85 90 95 00CICLOBKAPU

-.3-.2-.1.0.1.2.3

80 85 90 95 00CICLOLINEARINSTFIN

-.12-.08-.04.00.04.08.12

80 85 90 95 00CICLODLOGINSTFIN

-.12

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.04

.08

80 85 90 95 00CICLOHPINSTFIN

-.12-.08-.04.00.04.08.12

80 85 90 95 00CICLOBKINSTFIN

-.20-.15-.10-.05.00.05.10.15

80 85 90 95 00CICLOLINEARTRANSP

-.15-.10-.05.00.05.10.15

80 85 90 95 00CICLODLOGTRANSP

-.12-.08-.04.00.04.08.12

80 85 90 95 00CICLOHPTRANSP

-.06-.04-.02.00.02.04.06

80 85 90 95 00CICLOBKTRANSP

-.12

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-.04

.00

.04

.08

80 85 90 95 00CICLOLINEAROUTROSSERV

-.05-.04-.03-.02-.01.00.01.02.03.04

80 85 90 95 00CICLODLOGOUTROSSERV

-.06-.04-.02.00.02.04.06

80 85 90 95 00CICLOHPOUTROSSERV

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.00

.02

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FIGURA A5: Volatilidade do PIB – Modelo 1

FIGURA A6: Volatilidade do PIB – Modelo 2

FIGURA A7: Volatilidade do PIB – Modelo 3

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FIGURA A8: Volatilidade do PIB – Modelo 4

FIGURA A9: Volatilidade do PIB – Modelo 5

FIGURA A10: Volatilidade do PIB – Modelo 6

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1980

T1

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T2

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T1

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FIGURA A11: Volatilidade da Inflação – Modelo 1

FIGURA A12: Volatilidade da Inflação – Modelo 2

FIGURA A13: Volatilidade da Inflação – Modelo 3

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FIGURA A14: Volatilidade da Inflação – Modelo 4

FIGURA A15: Volatilidade da Inflação – Modelo 5

FIGURA A16: Volatilidade da Inflação – Modelo 6

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Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 0,5336 0,4651 1 0,0371 0,84702 6,0837 0,0477 2 21,4910 0,34103 6,0933 0,1072 3 22,0550 0,53104 12,4589 0,0142 4 93,9530 0,05205 12,5644 0,0278 5 94,0240 0,09406 16,5317 0,0112 6 94,2640 0,15107 17,5151 0,0144 7 11,6020 0,11408 17,5160 0,0252 8 12,5040 0,13009 18,8360 0,0266 9 16,8120 0,0520

10 18,9139 0,0414 10 16,8390 0,078011 19,0861 0,0596 11 20,8720 0,035012 22,9302 0,0283 12 21,6990 0,041013 22,9384 0,0424 13 21,7400 0,060014 25,7261 0,0280 14 21,8180 0,082015 26,6631 0,0316 15 24,3880 0,059016 29,3568 0,0216 16 25,8480 0,056017 29,3628 0,0313 17 26,5470 0,065018 30,0061 0,0374 18 26,5540 0,088019 31,2820 0,0376 19 27,1190 0,102020 32,7799 0,0357 20 28,5170 0,098021 33,0228 0,0460 21 29,1470 0,111022 33,8398 0,0510 22 29,6280 0,128023 34,0734 0,0641 23 31,6630 0,107024 34,1362 0,0823 24 33,3120 0,0980

Correlograma Resíduos Padronizados

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Correlograma Resíduos ao Quadrado

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 1,0429 0,3070 1 0,0008 0,97802 9,1564 0,0100 2 2,5490 0,28003 9,3119 0,0250 3 2,5873 0,46004 13,9960 0,0070 4 5,4872 0,24105 13,9960 0,0160 5 5,4890 0,35906 16,4290 0,0120 6 6,2984 0,39107 17,5580 0,0140 7 9,6979 0,20608 17,5970 0,0240 8 10,6240 0,22409 19,5330 0,0210 9 11,9150 0,2180

10 20,4110 0,0260 10 11,9730 0,287011 20,8560 0,0350 11 11,9810 0,365012 26,5410 0,0090 12 12,1770 0,432013 26,6610 0,0140 13 12,2430 0,508014 31,1540 0,0050 14 12,5700 0,561015 31,1800 0,0080 15 12,7800 0,619016 33,6780 0,0060 16 14,0250 0,597017 33,6890 0,0090 17 14,6300 0,622018 34,2270 0,0120 18 14,6470 0,686019 35,9260 0,0110 19 15,2690 0,705020 37,6320 0,0100 20 16,6910 0,673021 39,0070 0,0100 21 17,0350 0,709022 39,1820 0,0130 22 17,4810 0,736023 39,5210 0,0170 23 20,2810 0,625024 39,6460 0,0230 24 21,2650 0,6230

Correlograma Resíduos Padronizados

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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Correlograma Resíduos ao Quadrado

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FIGURA A17: Teste Residual – Volatilidade do PIB: Modelo 1

FIGURA A18: Teste Residual – Volatilidade do PIB: Modelo 2

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Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 0,4994 0,4800 1 0,0282 0,86702 6,8109 0,0330 2 2,3380 0,31103 6,8625 0,0760 3 2,4020 0,49304 13,4610 0,0090 4 10,3260 0,03505 13,5360 0,0190 5 10,3330 0,06606 17,2250 0,0080 6 10,3980 0,10907 18,1590 0,0110 7 13,2150 0,06708 18,1740 0,0200 8 13,9860 0,08209 19,6340 0,0200 9 17,9320 0,0360

10 19,7590 0,0320 10 17,9350 0,056011 19,9640 0,0460 11 21,9930 0,024012 24,2950 0,0190 12 22,5580 0,032013 24,3290 0,0280 13 22,6890 0,046014 27,3440 0,0170 14 22,7230 0,065015 28,1690 0,0210 15 25,3760 0,045016 30,9340 0,0140 16 27,2820 0,038017 30,9370 0,0200 17 27,5760 0,050018 31,4350 0,0260 18 27,6630 0,067019 32,7030 0,0260 19 28,4180 0,076020 34,2850 0,0240 20 29,6420 0,076021 34,4930 0,0320 21 29,8370 0,095022 35,3620 0,0350 22 30,1710 0,114023 35,6300 0,0450 23 32,6800 0,087024 35,7530 0,0580 24 34,0100 0,0840

Correlograma Resíduos Padronizados

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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Correlograma Resíduos ao Quadrado

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FIGURA A19: Teste Residual – Volatilidade do PIB: Modelo 3

FIGURA A20: Teste Residual – Volatilidade do PIB: Modelo 4

Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 1,0430 0,3070 1 0,0007 0,97802 9,1567 0,0100 2 2,5481 0,28003 9,3124 0,0250 3 2,5864 0,46004 13,9960 0,0070 4 5,4878 0,24105 13,9970 0,0160 5 5,4897 0,35906 16,4300 0,0120 6 6,2991 0,39107 17,5590 0,0140 7 9,6981 0,20608 17,5980 0,0240 8 10,6240 0,22409 19,5330 0,0210 9 11,9160 0,2180

10 20,4110 0,0260 10 11,9730 0,287011 20,8560 0,0350 11 11,9820 0,365012 26,5410 0,0090 12 12,1780 0,432013 26,6610 0,0140 13 12,2440 0,508014 31,1530 0,0050 14 12,5710 0,561015 31,1790 0,0080 15 12,7820 0,619016 33,6770 0,0060 16 14,0270 0,597017 33,6880 0,0090 17 14,6310 0,622018 34,2270 0,0120 18 14,6480 0,686019 35,9250 0,0110 19 15,2700 0,705020 37,6310 0,0100 20 16,6920 0,673021 39,0060 0,0100 21 17,0370 0,709022 39,1810 0,0130 22 17,4830 0,736023 39,5190 0,0170 23 20,2820 0,625024 39,6450 0,0230 24 21,2660 0,6230

Correlograma Resíduos Padronizados

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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85

Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 1,0236 0,3120 1 0,0806 0,77702 8,6449 0,0130 2 1,7512 0,41703 8,7257 0,0330 3 1,7679 0,62204 12,9880 0,0110 4 8,7693 0,06705 13,1180 0,0220 5 8,7701 0,11906 15,4070 0,0170 6 9,1445 0,16607 16,0510 0,0250 7 12,1190 0,09708 16,0880 0,0410 8 13,1220 0,10809 17,1170 0,0470 9 14,7930 0,0970

10 17,9770 0,0550 10 14,8070 0,139011 18,6690 0,0670 11 16,2690 0,131012 22,8470 0,0290 12 17,2160 0,142013 23,0500 0,0410 13 17,4610 0,179014 26,5210 0,0220 14 17,4770 0,232015 26,9840 0,0290 15 22,5090 0,095016 29,7110 0,0200 16 25,1310 0,068017 29,8140 0,0280 17 25,1320 0,092018 30,4550 0,0330 18 25,1320 0,121019 31,4750 0,0360 19 27,1930 0,100020 33,5670 0,0290 20 29,1530 0,085021 34,2300 0,0340 21 29,1990 0,109022 35,2900 0,0360 22 29,4840 0,132023 35,3160 0,0480 23 30,6860 0,131024 35,3760 0,0630 24 32,7490 0,1090

Correlograma Resíduos Padronizados

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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Correlograma Resíduos ao Quadrado

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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24

FIGURA A21: Teste Residual – Volatilidade do PIB: Modelo 5

FIGURA A22: Teste Residual – Volatilidade do PIB: Modelo 6

Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 1,2061 0,2720 1 0,0960 0,75702 8,0721 0,0180 2 1,9505 0,37703 8,3027 0,0400 3 2,0862 0,55504 13,1730 0,0100 4 9,5702 0,04805 13,1730 0,0220 5 9,6202 0,08706 15,5760 0,0160 6 9,8463 0,13107 16,8850 0,0180 7 11,9770 0,10108 16,9070 0,0310 8 12,7860 0,11909 18,2190 0,0330 9 14,5350 0,1050

10 18,7940 0,0430 10 14,5360 0,150011 19,3120 0,0560 11 16,6850 0,118012 23,0930 0,0270 12 17,8660 0,120013 23,1180 0,0400 13 17,8840 0,162014 27,3370 0,0170 14 17,8860 0,212015 28,1210 0,0210 15 21,0910 0,134016 32,3700 0,0090 16 23,2170 0,108017 32,4490 0,0130 17 23,3110 0,139018 32,7970 0,0180 18 23,3150 0,179019 34,3650 0,0170 19 24,5850 0,175020 36,0850 0,0150 20 26,1650 0,160021 36,7540 0,0180 21 26,3130 0,195022 37,5550 0,0210 22 26,5740 0,228023 37,6040 0,0280 23 28,4810 0,198024 37,6760 0,0370 24 29,5500 0,2000

Correlograma Resíduos Padronizados

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

1

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Correlograma Resíduos ao Quadrado

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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86

Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 0,8992 0,3430 1 0,6739 0,41202 15,0960 0,4700 2 0,6785 0,71203 24,0870 0,4920 3 55,1130 0,13804 61,7600 0,1860 4 55,5400 0,23505 84,6210 0,1330 5 62,1800 0,28606 90,3470 0,1720 6 63,6790 0,38307 90,4520 0,2490 7 66,8380 0,46308 92,8470 0,3190 8 67,7170 0,56109 11,5460 0,2400 9 70,0540 0,6370

10 12,0760 0,2800 10 78,0280 0,648011 12,3590 0,3370 11 82,0270 0,695012 13,2770 0,3490 12 82,5800 0,765013 14,4140 0,3450 13 19,8600 0,099014 14,4420 0,4170 14 20,6170 0,112015 14,9830 0,4530 15 20,6180 0,149016 25,3100 0,0650 16 30,3790 0,016017 25,5470 0,0830 17 31,0860 0,019018 25,6130 0,1090 18 31,1630 0,028019 25,7180 0,1380 19 31,6250 0,034020 25,8330 0,1710 20 32,4470 0,039021 26,2870 0,1960 21 33,7110 0,039022 26,9150 0,2140 22 33,9130 0,050023 27,3040 0,2430 23 35,8510 0,043024 27,5070 0,2810 24 35,9130 0,0560

Correlograma Resíduos Padronizados

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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Correlograma Resíduos ao Quadrado

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 0,9689 0,3250 1 0,6337 0,42602 1,4512 0,4840 2 0,6446 0,72403 1,4945 0,6840 3 0,6520 0,88404 5,2128 0,2660 4 1,0508 0,90205 7,7087 0,1730 5 1,1005 0,95406 8,8122 0,1840 6 1,3843 0,96707 9,2232 0,2370 7 2,3341 0,93908 9,5380 0,2990 8 2,4050 0,96609 11,5010 0,2430 9 2,4082 0,9830

10 11,6280 0,3110 10 3,7427 0,958011 11,6370 0,3920 11 3,7554 0,977012 14,0200 0,2990 12 3,9277 0,985013 14,3800 0,3480 13 14,6780 0,328014 14,8300 0,3900 14 14,6840 0,400015 16,1490 0,3720 15 15,7460 0,399016 19,1470 0,2610 16 16,0030 0,453017 19,1890 0,3180 17 16,2930 0,503018 19,2800 0,3750 18 16,4050 0,564019 19,3020 0,4380 19 16,9120 0,596020 19,3460 0,4990 20 17,2060 0,640021 20,0310 0,5190 21 17,6180 0,673022 20,0980 0,5770 22 17,6200 0,728023 22,3000 0,5020 23 17,6280 0,777024 22,3260 0,5600 24 18,0520 0,8000

Correlograma Resíduos Padronizados

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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Correlograma Resíduos ao Quadrado

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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FIGURA A23: Teste Residual – Volatilidade da Inflação: Modelo 1

FIGURA A24: Teste Residual – Volatilidade da Inflação: Modelo 2

Page 100: CICLOS ECONÔMICOS NO BRASIL: ANTES E APÓS …livros01.livrosgratis.com.br/cp007576.pdfanÆlise do comportamento dos chamados ciclos econômicos (ou de negócios) no Brasil encabeça

87

Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 4,4474 0,0350 1 0,3243 0,56902 4,6688 0,0970 2 0,3457 0,84103 4,6760 0,1970 3 0,3763 0,94504 9,5162 0,0490 4 0,4590 0,97705 11,1370 0,0490 5 0,9743 0,96506 11,1430 0,0840 6 1,0481 0,98407 11,1790 0,1310 7 1,1024 0,99308 13,0510 0,1100 8 1,6197 0,99109 15,6670 0,0740 9 6,6582 0,6730

10 15,8230 0,1050 10 6,7162 0,752011 15,8230 0,1480 11 6,8541 0,811012 15,8790 0,1970 12 6,8785 0,866013 16,5440 0,2210 13 8,1452 0,834014 16,8640 0,2630 14 9,3631 0,807015 17,4150 0,2950 15 9,4285 0,854016 25,9300 0,0550 16 15,5860 0,482017 26,1100 0,0720 17 16,1390 0,514018 26,2520 0,0940 18 16,2260 0,577019 26,5680 0,1150 19 17,0100 0,589020 27,9560 0,1100 20 17,3620 0,629021 27,9650 0,1410 21 17,4950 0,681022 28,1830 0,1700 22 17,5980 0,730023 28,2640 0,2060 23 19,8290 0,652024 29,0430 0,2190 24 20,1170 0,6900

Correlograma Resíduos Padronizados

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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Correlograma Resíduos ao Quadrado

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 0,7869 0,3750 1 0,8402 0,35902 1,7210 0,4230 2 0,8438 0,65603 2,5666 0,4630 3 4,9286 0,17704 7,0998 0,1310 4 5,0439 0,28305 9,3780 0,0950 5 5,5354 0,35406 9,7755 0,1340 6 5,6996 0,45807 9,8080 0,2000 7 6,0577 0,53308 10,2660 0,2470 8 6,0622 0,64009 12,5080 0,1860 9 6,1942 0,7200

10 12,9020 0,2290 10 6,7639 0,748011 13,1700 0,2820 11 7,0540 0,795012 14,2580 0,2850 12 7,0589 0,854013 15,1170 0,3000 13 16,4210 0,227014 15,1260 0,3700 14 16,9890 0,257015 15,7740 0,3970 15 16,9930 0,319016 24,1650 0,0860 16 26,7790 0,044017 24,3570 0,1100 17 27,7550 0,048018 24,5240 0,1390 18 27,8040 0,065019 24,7750 0,1680 19 28,2420 0,079020 24,8830 0,2060 20 29,3520 0,081021 25,0390 0,2450 21 30,4380 0,084022 25,3330 0,2810 22 30,6880 0,103023 25,6690 0,3170 23 32,7160 0,086024 26,1430 0,3460 24 32,7160 0,1100

Correlograma Resíduos Padronizados

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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Correlograma Resíduos ao Quadrado

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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FIGURA A25: Teste Residual – Volatilidade da Inflação: Modelo 3

FIGURA A26: Teste Residual – Volatilidade da Inflação: Modelo 4

Page 101: CICLOS ECONÔMICOS NO BRASIL: ANTES E APÓS …livros01.livrosgratis.com.br/cp007576.pdfanÆlise do comportamento dos chamados ciclos econômicos (ou de negócios) no Brasil encabeça

88

Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 2,8389 0,0920 1 0,0028 0,95802 2,9444 0,2290 2 2,3012 0,31603 2,9475 0,4000 3 3,2221 0,35904 4,9011 0,2980 4 4,3586 0,36005 5,3369 0,3760 5 4,3862 0,49506 5,7997 0,4460 6 5,1394 0,52607 5,9564 0,5450 7 5,6203 0,58508 5,9564 0,6520 8 5,7807 0,67209 7,1565 0,6210 9 7,0890 0,6280

10 7,1788 0,7080 10 8,6879 0,562011 7,1810 0,7840 11 9,3757 0,587012 8,9957 0,7030 12 9,4029 0,668013 9,3937 0,7430 13 22,4150 0,049014 10,9380 0,6910 14 22,4180 0,070015 11,2970 0,7310 15 23,9290 0,066016 11,5980 0,7710 16 24,0050 0,089017 11,8040 0,8120 17 24,3210 0,111018 11,8240 0,8560 18 25,4970 0,112019 11,9560 0,8870 19 25,7770 0,137020 12,0660 0,9140 20 27,0340 0,134021 13,1360 0,9040 21 27,6260 0,151022 13,2200 0,9270 22 27,6820 0,186023 14,5950 0,9090 23 27,7900 0,224024 14,8570 0,9250 24 28,8090 0,2270

Correlograma Resíduos Padronizados

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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Correlograma Resíduos ao Quadrado

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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FIGURA A27: Teste Residual – Volatilidade da Inflação: Modelo 5

FIGURA A28: Teste Residual – Volatilidade da Inflação: Modelo 6

Q-Stat Prob Q-Stat Prob1 1,0071 0,3160 1 0,8116 0,36802 1,2670 0,5310 2 0,8120 0,66603 2,1818 0,5360 3 9,9095 0,01904 5,0674 0,2800 4 9,9462 0,04105 6,9134 0,2270 5 10,8610 0,05406 7,1892 0,3040 6 10,8960 0,09207 7,5159 0,3770 7 10,9060 0,14308 7,5498 0,4790 8 11,1950 0,19109 8,1120 0,5230 9 11,3400 0,2530

10 8,3311 0,5970 10 11,7950 0,299011 8,3491 0,6820 11 11,8330 0,376012 10,0370 0,6130 12 12,1290 0,435013 10,7520 0,6320 13 19,6940 0,103014 10,8080 0,7010 14 20,5750 0,113015 10,9070 0,7590 15 21,2570 0,129016 20,2930 0,2070 16 26,3200 0,050017 20,3440 0,2570 17 27,7820 0,048018 20,9430 0,2820 18 27,8880 0,064019 21,2640 0,3220 19 29,1590 0,064020 21,3120 0,3790 20 29,1720 0,084021 21,6220 0,4220 21 30,4470 0,083022 21,6220 0,4830 22 30,4760 0,107023 22,4680 0,4920 23 33,1820 0,078024 22,5000 0,5490 24 33,1830 0,1000

Correlograma Resíduos Padronizados

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

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Correlograma Resíduos ao Quadrado

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

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89

FIGURA A29: Variação da Base Monetária x Inflação (IGP-DI)

Fonte: IPEADATA

FIGURA A30: Reservas Internacionais – Liquidez Internacional

Fonte: Banco Central do Brasil

-0,20

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

1tri1

980

2tri1

981

3tri1

982

4tri1

983

1tri1

985

2tri1

986

3tri1

987

4tri1

988

1tri1

990

2tri1

991

3tri1

992

4tri1

993

1tri1

995

2tri1

996

3tri1

997

4tri1

998

1tri2

000

2tri2

001

3tri2

002

4tri2

003

dln(M0) tri dln(IGP-DI) tri

Reservas internacionais - liquidez internacional US$(milhões)

-

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2001

2002

2003

2004

Pré Crise Cambial

Pós Crise Cambial

Pré Real

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90

FIGURA A31: Dívida Líquida do Setor Público

Dívida - total - setor público - líquida - Mensal - (% PIB)

0

10

20

30

40

50

60

70

1991

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2002

2003

2004

Âncora Cambial

Câmbio Flexível e

Metas Inflacionárias

Pré Real

Fonte: Banco Central do Brasil

FIGURA A32: Saldo da Balança Comercial

Fonte: Banco Central do Brasil

Balança comercial - (FOB) - saldo - US$(milhões)

-6000

-4000

-2000

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

1980

T1

1981

T1

1982

T1

1983

T1

1984

T1

1985

T1

1986

T1

1987

T1

1988

T1

1989

T1

1990

T1

1991

T1

1992

T1

1993

T1

1994

T1

1995

T1

1996

T1

1997

T1

1998

T1

1999

T1

2000

T1

2001

T1

2002

T1

2003

T1

2004

T1

Âncora Cambial

Câmbio Flexível e Metas de Inflação

Pré-Real

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Importações - (FOB) - Mensal - US$(milhões)

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

1980

01

1980

10

1981

07

1982

04

1983

01

1983

10

1984

07

1985

04

1986

01

1986

10

1987

07

1988

04

1989

01

1989

10

1990

07

1991

04

1992

01

1992

10

1993

07

1994

04

1995

01

1995

10

1996

07

1997

04

1998

01

1998

10

1999

07

2000

04

2001

01

2001

10

2002

07

2003

04

2004

01

2004

10

Âncora Cambial

Câmbio Flexível e Metas de Inflação

Pré - Real

Câmbio Real IPA-OG

30

40

50

60

70

80

90

100

110

1980

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2002

2003

2004

Âncora Cambial

Câmbio Flexível e

Metas InflacionáriasPré-Real

FIGURA A33: Importações

Fonte: Banco Central do Brasil

FIGURA A34: Câmbio Real

Fonte: IPEADATA

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