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CIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA – FERBASA E SUAS CONTROLADAS RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de dezembro de 2004 e de 2003 e parecer dos auditores independentes

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CIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA – FERBASAE SUAS CONTROLADAS

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASEm 31 de dezembro de 2004 e de 2003e parecer dos auditores independentes

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Considerações iniciais:

O crescimento da atividade econômica nacional ao longo de 2004 teve suporte expressivo da conjunturainternacional e dos ajustes macroeconômicos efetuados pelo governo ao longo de 2003.

A forte demanda mundial de aço, garantiu incremento de 5,8% da produção brasileira alcançando 32.900mil toneladas em 2004, enquanto que a de aço inoxidável nacional, praticamente se manteve estável emrelação ao ano anterior, com produção total da ordem de 500 mil toneladas.

Comparativamente, o Brasil representa apenas 3,16 % de toda produção mundial de aço bruto que, em2004, superou a barreira de um milhão de toneladas anuais, exatas 1.041 mil toneladas, aumento daordem de 8,5% sobre 2003. Novamente a China foi o destaque, produzindo 270 mil toneladas, 23% maiordo que o ano anterior, mantendo ainda importações complementares.

Neste momento de produção acelerada, aumentos de preços de vários tipos de commodities sãoperfeitamente suportados, notadamente àquelas em que há déficit de oferta, como é o caso das ferro ligas,que finalizaram o ano positivamente. Especificamente, as ligas de cromo e silício 75% tiveram aumentode preços no mercado internacional da ordem de 40% e 25% respectivamente.

A FERBASA, dentro de sua política comercial acompanha os ciclos de preços do mercado internacional,preservando a competitividade de seus clientes de forma global, nos mercados interno e externo seminterrupção de abastecimento.

A política de investimentos segue firme. Em 2004 foram investidos R$ 75 milhões, e a projeção para otriênio 2005/2007 soma R$ 224 milhões, com ênfase nas atividades de mineração, metalurgia, meioambiente e reflorestamento, tudo compatível com a trajetória de expansão da siderurgia brasileira, comdestaque para a de aços especiais.

A FERBASA se destaca pela liderança na produção das ligas de ferro cromo alto e baixo carbono desde1961, e ligas de silício 75% de alta pureza desde 1995. Sua produção total em 2004 atingiu as 242 miltoneladas. Dentro do contexto nacional do setor de ferro ligas, a FERBASA participa com 22% de todaprodução.

O setor de ferro ligas e silício metálico nacional exerce função preponderante para o país, não só pela suaindispensável fonte supridora de insumos para a industria siderúrgica, como também, pela contribuiçãomarcante á balança comercial, exportando cerca de 50% de sua produção anual, excedente da demandainterna.

A receita líquida de vendas da Ferbasa alcançou R$ 478.132 mil em 2004, registrando acréscimo de32,21% em relação a 2003.

Não obstante o aumento de custo pela pressão crescente da carga tributária e encargos setoriais nastarifas públicas, o balanço da FERBASA encerrou o exercício de 2004 com lucro líquido de R$ 95.720mil, aumento de 20,47% sobre o ano anterior.

Produção e vendas.

Produção total de 242.651 mil toneladas, 5,08% a mais que em 2003, atingindo 94% da capacidadeinstalada atual.

O aumento da demanda de Ferro Cromo Baixo Carbono exigiu maior produção, o que não ocorria nosúltimos exercícios. Parte da capacidade ociosa dos fornos de Ferro Cromo Alto Carbono foi utilizada parafabricação de Ferro Silício 75% atendendo também ao aumento da demanda interna.

O volume total de vendas alcançou 209.330 mil toneladas, praticamente igual ao do ano anterior.

2

A redução do volume de venda no Ferro Cromo Alto Carbono foi compensada com o aumento de FerroCromo Baixo Carbono.

A queda nas vendas do Ferro Cromo Alto Carbono é justificada pela mudança do mix da linha deprodução do aço inoxidável plano que reduziu a série 3XX, que leva mais níquel e cromo, pela série4XX (elimina o níquel e reduz o percentual de cromo por tonelada de inox). Os nossos clientes explicamque o mercado consumidor passou a exigir um produto mais atrativo, mais barato, fugindo da pressãooscilante do preço do níquel. Essa tendência pode se prolongar por mais dois anos, até que a oferta deníquel supere a demanda, segundo os especialistas.

A Receita Operacional Bruta foi de R$ 609.491 mil, 38% superior ao exercício de 2003, sendo que omercado interno representa cerca de 88% do faturamento bruto anual.

As exportações totalizaram 27.734 toneladas, com incremento de 77% em relação ao exercício anterior,alcançando um faturamento de US$ 25.643 mil, correspondendo a 15,6% do faturamento líquido. AFERBASA passou a exportar toda a produção da Silbasa em 2004 (13.989 t), resultando na diminuição deimpostos geradores de custo. Como conseqüência, houve uma redução na venda de FeSi75 (hot metal )de 33,55% no mercado interno.

Produção, venda, consumo e estoque, do período 2002/2003/2004 (t):

1. Produção

2004 2003 2002Ferro Cromo Alto Carbono 158.222 160.816 118.701Ferro Cromo Baixo Carbono 19.054 10.441 10.522Ferro Silício Cromo 11.560 8.307 4.474Ferro Silício 75% 53.815 51.351 49.833Total 242.651 230.915 183.530

2. Vendas

a) Mercado Interno 2004 2003 2002Ferro Cromo Alto Carbono 140.386 146.349 109.931Ferro Cromo Baixo Carbono 16.741 11.402 9.842Ferro Silício Cromo 168 513 379Ferro Silício 75% 24.301 36.572 33.759Total 181.596 194.836 153.911

b) Mercado Externo 2004 2003 2002Ferro Cromo Alto Carbono 50 160Ferro Silício 75% 27.684 15.675 15.052Total 27.734 15.675 15.212Total (MI + ME) 209.330 210.511 169.123

VENDAS

10.00050.00090.000

130.000170.000210.000

2002 2003 2004

MI ME

3

3. Consumo Próprio

2004 2003 2002Ferro Cromo Alto Carbono 6.762 5.098 2.692Ferro Silício Cromo 12.688 6.761 6.870Ferro Silício 75% 337 171 53Total 19.787 12.030 9.615

4. Estoques

2004 2003 2002Ferro Cromo Alto Carbono 32.553 21.529 12.160Ferro Cromo Baixo Carbono 2.396 83 1.045Ferr Silício Cromo 176 1.471 438Ferro Silício 75% 3.282 1.789 2.857Total 38.407 24.872 16.500

RESULTADO – INDICADORES (Controladora)

O lucro bruto do exercício foi de R$ 179.155 mil, aumento de 27,47% comparando a 2003.

O efeito da valorização cambial, em cerca de 5% em 2004 e os aumentos das despesas operacionaisindiretas, dentre eles a carga adicional de impostos cumulativos, encargos setoriais sobre a energiaelétrica e as penalidades portuária (demourage), etc., influenciaram na redução do resultado operacional,antes do lucro financeiro, totalizando R$ 145.115 mil, superando em 22% o exercício de 2003.

O resultado da atividade financeira oriunda da aplicação de caixa, consolidado ao longo dos anos,contribuiu positivamente com o equivalente a R$10.265 mil para o resultado da atividade operacional.

Ressaltamos o nosso propósito de concentrar esforços na qualidade da atividade gerencial e de recursospara investimentos em melhorias dos setores produtivos que se traduzam em aumento de produtividade,redução de custo e aprimoramento da mão de obra.

Indicadores – FERBASA

2004 2003 2002Endividamento (%) 19,10 18,23 22,79Liquidez corrente (R$) 4,28 5,16 4,25Margem Líquida (%) 20,02 21,97 18,4Lucro EBITDA (R$ mil.) 160.569 129.239 70.726Margem EBITDA (% ) 33,58 35,74 29,98Lucro por ação (lote de 1.000) 86,74 72,00 39,33

EBITDA (% )

0

10

20

30

40

2002 2003 2004

EBITDA (% )

4

Destinação do Lucro

Do lucro líquido do exercício, abatidas as provisões para o imposto de renda, CSLL, gratificações dosfuncionários e constituição para reserva legal a diretoria executiva está propondo à Assembléia GeralOrdinária destinar R$ 24.248.260,00 (vinte e quatro milhões duzentos e quarenta e oito mil e duzentos esessenta reais) para distribuição aos acionistas, dividendos de 26,67% do lucro liquido ajustado, sendoR$ 20,60 por lote de mil ações ordinárias e R$ 22,66 por lote de mil ações preferenciais.

Investimentos

Do orçamento de capital do exercício findo em 2003, o Conselho de Administração aprovou a parceladestinada para investimento no triênio 2004/2006 no valor de R$ 160.758 mil, e deste montante, foramrealizados o equivalente de R$ 75.766 mil ao longo do ano em curso, sendo assim distribuído por setor:

Metarlurgia - (24%) Reforma e ampliação da capacidade instalada do forno III (de 12MW para 15MW),upgrade na potência do forno VII passando de 3,0 MW para 4,5 MW, modernização do sistema deabastecimento da fábrica de ferro cromo, aquisição de novos transformadores para atender o incrementode capacidade instalada, aquisição de escavadeira hidráulica de esteira e pá carregadeira de altaprodutividade dentre outros equipamentos móveis, construção e manutenção de edificações, etc.

Com referência ao novo forno de Ferro Silício 75 - forno XII as obras de construção civil e infra-estruturaestão em andamento juntamente com fabricação do forno. Até o final de 2004, considerando tanto a partemetalúrgica, reflorestamento e mineração tinham sido alocados cerca de 25% do orçamento total.

Mineração – (34%) Implantação do novo sistema de comunicação na mina subterrânea via fibra ótica,construção de novas unidades habitacionais e área de infra-estrutura operacional, modernização e comprade equipamentos novos da usina de concentração e seleção mecanizada de minério de cromo.Desenvolvimento de rampas e galerias subterrâneas para atender o programa de aumento de produção

Lucro Líquido (R$)

10.00020.00030.00040.00050.00060.00070.00080.00090.000

100.000

2002 2003 2004

Lucro Líquido (R$)

Valor Adicionado = R$ 267.546

juros e aluguéis 2,43

Impostos, taxas e contribuições

44,72%

Pessoal e encargos 17,08%

Lucros ret idos 26,71

Dividendos 9,06%

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previsto na mina Ipueira VI adicional de 10.000 toneladas de minério lump por mês, a partir de 2006.Pesquisa com furos de sonda a diamante, abertura de chaminés de ventilação de três metros de diâmetro,aquisição de jumbo de perfuração vertical à lavra, e outro para abertura de galerias, carregadeirarebaixada LHD, conjunto de jateamento mecanizado de total segurança, ventiladores, banco decapacitores e transformadores de 1500kV, dentre outros equipamentos necessários ao melhor desempenhodas atividades.

Reflorestamento – (31%) Implantação de 4880 hectares de florestas novas utilizando a tecnologia desubsolagem profunda e mudas de clones de alta produtividade, manutenção de 7.177 hectares de florestasplantadas a partir do ano 2000, reforma das diversas carvoarias, manutenção e conservação de 270 km deestrada tronco ao longo dos trinta e sete mil hectares de área bruta existente, aquisição de 6.383 hectaresde terra bruta para atender ao incremento de consumo de carvão vegetal que juntamente com o novoforno XII alcançará a produção de 500mil metros cúbicos de carvão por ano.

Recursos Humanos – (3,5%) Treinamento e cursos para aprimoramento de maioria dos funcionários,urbanização das áreas no interior e exterior da fábrica, ampliação do prédio administrativo-anexo, reformae modernização do refeitório, ampliação do parque de estacionamento de visitantes, modernização dafrota de veículos passeio, modernização das máquinas e sistemas de informática hardware e softwareincluindo sistema cluster, etc.

Meio Ambiente e outros – (7,5%) Prosseguimento na instalação do filtro de manga do forno XI,conclusão de toda obra civil necessária a implantação dos outros três filtros de manga da fábrica de FerroSilício 75, pavimentação e drenagem da fabrica II, construção de um novo lavador de gases inoxidávelpara retenção de particulado do forno III, aquisição de novos equipamentos necessários ao monitoramentoambiental e treinamento interno, desenvolvimento em pesquisa tecnológica de agregados que possamutilizar os resíduos sólidos gerados das escórias, aquisição de máquina de porte necessário ao incrementoda expedição dos produtos vendidos e equipamentos de medição e análise de laboratório.

Ação Social

Durante o ano de 2004 a FERBASA manteve 3.806 empregos diretos e indiretos, tendo gerado mais 628novos postos de trabalho. Investiu na qualidade de vida e na promoção do bem-estar dos seus empregadose dependentes, aplicando R$ 4.821 mil em benefícios sociais, englobando assistência médico-hospitalar,alimentação e lazer, dentre outros.

Foram empregadas 98.549 (noventa oito mil quinhentos quarenta nove horas) em programas detreinamento e desenvolvimento de pessoal, criando oportunidade de aprimoramento aos seustrabalhadores.

O ano foi marcado por novos impulsos nas áreas de saúde, medicina, segurança e meio ambiente, atravésda contratação de um inovador sistema de gestão, que disponibilizará recursos mais sofisticados voltadosà melhoria da conscientização e integridade física e moral dos empregados e demais envolvidos.

A educação dos jovens e crianças do campo mereceu especial atenção, levando a empresa a se solidarizare firmar convênio com a Fundação José Carvalho, parceria que visa proporcionar novas perspectivas aessa população. O programa mantém escolas rurais que adotam sistema periodizado e de alternância, evêm alcançando seus objetivos – adequar o sistema educacional às peculiaridades regionais; valorizar ohomem do campo a partir das suas reais possibilidades e, mediante um esforço comum e inteligente,melhorar a qualidade de vida do ambiente, da comunidade e da família. Os investimentos nesse projetoforam da ordem de R$ 2.100.000,00 (dois milhões e cem mil reais), conforme programa deresponsabilidade social previsto no estatuto.

Como vem fazendo nos anos anteriores, em 2004 a Ferbasa deu continuidade ao programa de formaçãoprofissionalizante nas áreas de mecânica e elétrica, proporcionando aos jovens da comunidade nãosomente a capacitação técnica, focando também disciplinas como educação ambiental, segurança notrabalho, relações interpessoais e cidadania. Posteriormente esse alunos são direcionados para estágioremunerado custeado pela empresa, o que oportuniza à maioria a chance do primeiro emprego.Destacamos ainda, a atuação contínua da Fundação José Carvalho, nosso acionista majoritário, que desde1975 vem aplicando recursos através dos projetos específicos nas áreas educacional e assistencial,

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atendendo a um número de aproximadamente 4 mil crianças, da zona rural em sua maioria, com todos osbenefícios gratuitos.

Campanhas de educação ambiental foram desenvolvidas, voltadas também para público externo, visandoa conscientização da comunidade.

Perspectivas e considerações.

Há uma expectativa positiva, da indústria e outros setores, de que a economia brasileira continuecrescendo em 2005, porém em menor intensidade. Também, as informações internacionais são de queteremos mais um ano de bom desempenho da economia dos principais países industrializados ao lado daChina e seus vizinhos asiáticos.

O setor siderúrgico nacional projeta crescimento ainda maior em 2005, algo em torno de 7% na produçãode aço bruto, em função do aumento de demanda interna. Acreditamos também que a produção de açoinoxidável supere o nível de crescimento diminuto de 2004, pela mesma razão.

Do lado do suprimento de ferro ligas, o cenário segue a mesma trajetória do ano passado quando se refereàs ligas de cromo, com déficit na oferta em relação à demanda, mantendo o nível de preço atual, superiorà média histórica, e uma tendência de excedente na produção mundial de Ferro Silício 75, pressionando opreço.

Todo cenário favorável de curto prazo não garante lucro crescente e constante, pelo contrário, preocupa-nos a alta no custo de produção induzida pelas principais matérias primas, os custos indiretos inerentes àdeficiência de infra-estrutura e logística nacional, o câmbio valorizado que não só tira a competitividadena exportação como também reduz fortemente o faturamento das empresas que têm seus preços balizadosnas cotações internacionais. Haja vista o efeito negativo das altas taxas de juros e impostos que afetam ademanda por produtos e a capacidade de financiamento de novos investimentos, adiando cada dia mais ocrescimento sustentado do mercado interno.

É de se esperar que o governo federal tome decisões imediatas que induzam ao investimento nosprincipais gargalos de infra-estrutura, sem perder o momento de credibilidade política conquistada,atraindo investidores internacionais de longo prazo como parceiros.

Evidenciamos a importância vital de investir na modernização e ampliação da produção com recursospróprios, valorizando a mão de obra através de treinamento qualitativo, respeitando e equacionando osproblemas causados ao meio ambiente e partilhando ativamente na melhoria da qualidade da educação elazer local, extensiva à população carente da zona rural. Sem esquecer de priorizar a segurança, atitudeética e moral em todos os níveis hierárquicos da empresa, e o respeito aos nossos acionistas, e, àconvicção da nossa responsabilidade social.

Destacamos que a política em relação aos auditores independentes, na prestação de serviços nãorelacionados à auditoria externa, se substancia nos princípios que preservam a independência do auditor.Esses princípios estabelecem que:

• auditor não deve auditar seu próprio trabalho;• auditor não deve exercer funções gerenciais;• auditor não deve advogar para seu próprio cliente.

Em atendimento à instrução 308/99 da CVM, em 2004 a FERBASA contratou os serviços de auditoresindependentes da Deloitte, Touche & Tohmatsu.

Por fim agradecemos a dedicação dos nossos funcionários pelo trabalho em equipe, a confiança dosnossos clientes e o apoio dos órgãos federais, estaduais, municipais e entidades de classe.

Pojuca, 4 de fevereiro de 2005.A Diretoria

Companhia deFerro Ligasda Bahia -FERBASAe ControladasDemonstrações FinanceirasReferentes aos Exercícios Findosem 31 de Dezembro de 2004 e de 2003 eParecer dos Auditores Independentes

Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos Acionistas, Conselheiros e Diretores daCompanhia de Ferro Ligas da Bahia - FERBASAPojuca – BA

1. Examinamos os balanços patrimoniais da COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA -FERBASA, controladora e consolidado, levantados em 31 de dezembro de 2004 e asrespectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido (controladora) edas origens e aplicações de recursos correspondentes ao exercício findo naquela data,elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a deexpressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria ecompreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, ovolume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Companhia econtroladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros quesuportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) avaliação das práticas e dasestimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia econtroladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representamadequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira daCOMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA, controladora e consolidado,em 31 de dezembro de 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimôniolíquido (controladora) e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes ao exercíciofindo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4. Adicionalmente, examinamos as demonstrações dos fluxos de caixa, controladora econsolidado, correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004, aplicando osmesmos procedimentos descritos no parágrafo 2. Essas demonstrações, não são requeridaspela legislação societária brasileira e foram elaboradas para propiciar informações adicionais.Em nossa opinião, essas demonstrações estão adequadamente apresentadas, em todos osaspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

2

5. As demonstrações financeiras referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2003,apresentadas para fins de comparação, foram examinadas por outros auditores independentes,que emitiram parecer de auditoria em 18 de fevereiro de 2004, sem ressalvas.

Salvador, 4 de fevereiro de 2005.

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU José Luiz Santos Vaz Sampaio Auditores Independentes Contador CRC- n° 2SP 011.609/O-8-F “BA” CRC – BA n°015.640/O

COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA E CONTROLADAS

BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003

2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE CIRCULANTECaixa e bancos 6.824 8.281 6.871 9.993 Fornecedores 24.840 14.281 22.452 12.151 Títulos e valores mobiliários 88.557 89.465 109.484 107.573 Financiamentos 1.334 Contas a receber de clientes - líquidas 82.616 83.567 80.072 81.117 Salários e encargos sociais 9.476 8.451 9.476 8.451 Estoques 158.093 82.902 158.162 83.166 Impostos e contribuições sociais 19.081 6.914 20.631 8.110 Impostos a recuperar 2.878 1.637 4.604 4.245 Dividendos propostos 24.248 20.128 24.295 20.201 Imposto de renda e contribuição social diferidos 4.108 4.108 Provisão para contingências 2.142 1.398 2.194 1.398 Adiantamento a fornecedores 1.444 3.645 1.446 3.645 Outras contas a pagar 1.057 1.256 1.121 1.013 Despesas antecipadas 435 213 435 616 Total do circulante 80.844 52.428 80.169 52.658 Outras contas a receber 870 715 642 213Total do circulante 345.825 270.425 365.824 290.568

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZOSociedades controladas 226 405 Sociedades controladas 625 625 Impostos a recuperar 1.691 855 9.675 7.380 Impostos e contribuições sociais 4.729 10.637 4.815 13.416 Depósitos judiciais 5.170 10.892 5.362 13.584 Total do exigível a longo prazo 5.354 11.262 4.815 13.416 Outros créditos 286 212 298 158 Total do realizável a longo prazo 7.373 12.364 15.335 21.122

PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA 3.538 3.439 PERMANENTEInvestimentos: PATRIMÔNIO LÍQUIDO Sociedades controladas 30.560 28.743 Capital social 280.041 217.296 280.041 217.296 Outros 78 78 139 138 Reserva de capital 30.424 25.989 30.424 25.989 Total dos investimentos 30.638 28.821 139 138 Reservas de lucros 140.807 106.026 140.807 106.026 Imobilizado 153.606 101.363 158.455 105.506 Ações em tesouraria (28) (28) (28) (28) Diferido 13 42 Prejuízos acumulados (1.420) Total do permanente 184.244 130.184 158.607 105.686 Total do patrimônio líquido 451.244 349.283 451.244 347.863

TOTAL 537.442 412.973 539.766 417.376 TOTAL 537.442 412.973 539.766 417.376

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Controladora Consolidado Controladora Consolidado

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COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003

2004 2003 2004 2003R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

RECEITA OPERACIONAL BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOSMercado Interno 534.457 411.194 534.457 383.777 Mercado Externo 75.034 30.413 75.111 58.416 Total 609.491 441.607 609.568 442.193 DEDUÇÕES DE VENDAS E SERVIÇOS (131.359) (79.984) (131.359) (79.014) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 478.132 361.623 478.209 363.179 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS E SERVIÇOS PRESTADOS (vide nota explicativa nº 19) (298.977) (221.085) (297.976) (223.529) LUCRO BRUTO 179.155 140.538 180.233 139.650

RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAISCom vendas (3.366) (2.189) (3.371) (2.722) Gerais e administrativas (24.712) (19.011) (25.166) (19.249) Honorários dos administradores (2.365) (1.856) (2.379) (1.866) Receitas financeiras 14.610 15.461 17.680 19.430 Despesas financeiras (4.345) (2.099) (4.639) (3.226) Resultado de equivalência patrimonial 2.617 1.048 Outras (despesas) receitas operacionais - líquidas (vide nota explicativa nº 17) (6.214) 372 (3.753) 4.346 Total (23.775) (8.274) (21.628) (3.287)

LUCRO OPERACIONAL 155.380 132.264 158.605 136.363

(DESPESAS) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS - LÍQUIDAS (vide nota explicativa nº 18) (5.042) (6.804) (5.200) (9.743)

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA ECONTRIBUIÇÃO SOCIAL 150.338 125.460 153.405 126.620

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (vide nota explicativa nº 15)

ISENÇÃO E REDUÇÃO (30.424) (25.989) (30.424) (25.989) CORRENTE (23.082) (15.335) (24.524) (16.211) DIFERIDO 4.108 - 4.108

LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS 100.940 84.136 102.565 84.420

PARTICIPAÇÕES NOS LUCROS DE ADMINISTRADORES E FUNCIONÁRIOS (vide nota explicativa nº 16)

Administradores (1.720) (1.500) (1.720) (1.500) Empregados (3.500) (3.180) (3.500) (3.180)

LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES DOS MINORITÁRIOS 95.720 79.456 97.345 79.740

PARTICIPAÇÕES DOS MINORITÁRIOS (205) (312)

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 95.720 79.456 97.140 79.428

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO POR LOTE DE MIL AÇÕES DO CAPITAL SOCIAL - R$ 86,74 72,00

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADORA)PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003

Reserva decapital

Isenção/redução de

Capital imoposto de Para Ações em Lucrossocial renda Legal investimentos tesourária acumulados TotalR$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 187.415 13.074 6.542 56.931 (28) 263.934

Capitalização de reservas 29.881 (13.074) (16.807)Constituição de reserva de isenção/redução de imposto de renda 25.989 25.989Dividendos prescritos 32 32Lucro líquido do exercício 79.456 79.456Destinação do lucro: Formação de Reservas 3.973 55.387 (59.360) Dividendos propostos (R$ 17,10 por lote de mil ações ordinárias e R$ 18,81 por lote de mil ações preferenciais) (20.128) (20.128)SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 217.296 25.989 10.515 95.511 (28) 349.283

Capitalização de reservas 62.745 (25.989) (36.756) Constituição de reserva de isenção/redução de imposto de renda 30.424 30.424Dividendos prescritos 65 65Lucro líquido do exercício 95.720 95.720Destinação do lucro: Formação de Reservas 4.785 66.752 (71.537) Dividendos propostos (R$ 20,60 por lote de mil ações ordinárias e R$ 22,66 por lote de mil ações preferenciais) (24.248) (24.248)

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 280.041 30.424 15.300 125.507 (28) 451.244

Reservas de lucros

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DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOSPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003

2004 2003 2004 2003R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

ORIGENS DOS RECURSOSDas operações:

Lucro líquido do exercício 95.720 79.456 97.140 79.428Mais (menos) itens que não afetam o capital circulante líquido:Depreciações, amortizações e exaustões 18.071 10.226 18.714 12.812Equivalência patrimonial (2.617) (1.048)Valor residual de ativo permanente baixado 5.652 7.639 5.517 11.697Incentivos fiscais do imposto de renda 30.424 25.989 30.424 25.989Reversão de impostos e contribuições sociais, líquida (1.958) (2.487)Realização de lucros entre controladora e controladas (1.392)Reversão de provisão para perda Eletrobrás (43) (43)Participação dos minoritários 205 312

Total das operações 147.207 120.304 150.565 127.751De terceiros:

Diminuição do realizável a longo prazo 6.261 3.190 9.033 3.719Aumento no exigível a longo prazo 90 90Dividendos prescritos 65 32 65 32

De controladas Dividendos propostos a receber 609 679

Total das origens 154.232 124.205 159.753 131.502

APLICAÇÕES DE RECURSOSAcréscimo nos investimentos 9 1Acréscimo no imobilizado 75.766 36.756 75.759 36.911Acréscimo no realizável a longo prazo 1.227 1.823 2.300 8.155Diminuição do exigível a longo prazo 5.998 8.750Transferência do ativo circulante para o realizável a longo prazo 903Dividendos propostos 24.248 20.128 24.295 20.201Total das aplicações 107.248 58.707 112.008 65.267

AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 46.984 65.498 47.745 66.235

REPRESENTADO POR:Ativo circulante:

No final do exercício 345.825 270.425 365.824 290.568No início do exercício 270.425 199.436 290.568 218.909Aumento 75.400 70.989 75.256 71.659

Passivo circulante:No final do exercício 80.844 52.428 80.169 52.658No início do exercício 52.428 46.937 52.658 47.234Aumento 28.416 5.491 27.511 5.424

AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 46.984 65.498 47.745 66.235

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA (Informação adicional)PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003

2004 2003 2004 2003R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Fluxo de caixa proveniente das operaçõesLucro líquido do exercício 95.720 79.456 97.140 79.428 Ajustes para reconciliar o lucro líquido do exercício com

recursos provenientes de atividades operacionais:Depreciações, amortizações e exaustões 18.071 10.226 18.714 12.812 Equivalência patrimonial (2.617) (1.048) Valor residual de ativo permanente baixado 5.652 7.639 5.517 11.697 Incentivos fiscais do imposto de renda 30.424 25.989 30.424 25.989 Reversão de impostos e contribuições sociais, líquida (1.958) (2.487) Realização de lucros entre controladora e controladas (1.392) Reversão de provisão para perda Eletrobrás (43) (43) Participação minoritária 205 312 Total 147.207 120.304 150.565 127.751

(Aumento) Diminuição nos ativosContas a receber de clientes 951 (17.758) 1.045 (13.351) Estoques (75.191) (28.914) (74.996) (29.252) Outros ativos 1.217 10.202 3.271 6.345 Diminuição (73.023) (36.470) (70.680) (36.258)

Aumento (Diminuição) nos passivosFornecedores 10.559 3.418 10.301 2.752 Impostos a recolher 12.167 386 12.521 1.148 Salários e encargos sociais 1.025 2.432 1.025 2.366 Outros passivos (5.178) 1.470 (7.644) (191) Aumento 18.573 7.706 16.203 6.075

Recursos líquidos provenientes das atividades operacionais 92.757 91.540 96.088 97.568

Fluxo de caixa utilizado nas atividades de investimentos Partes relacionadas 179 Investimentos (9) (1) Imobilizado (75.766) (36.756) (75.759) (36.911) Dividendos recebidos 679 801

Recursos líquidos utilizados nas atividades de investimento (74.917) (35.955) (75.760) (36.911)

Fluxo de caixa utilizado nas atividades de financiamentoEmpréstimos e financiamentos - instituições financeiras 26.451 (10.762) 26.451 (9.950)Pagamentos a instituições financeiras (26.772) (28.106)Dividendos pagos (19.884) (10.870) (19.884) (10.870)

Recursos líquidos aplicado nas atividades de financiamento (20.205) (21.632) (21.539) (20.820)

(Diminuição) Aumento no caixa e equivalentes (2.365) 33.953 (1.211) 39.837 Disponibilidades no início do exercício 97.746 63.793 117.566 77.729 Disponibilidades no final do exercício 95.381 97.746 116.355 117.566

Pagamentos efetuados durante o ano:Juros 256 187 269 238

Imposto de renda e contribuição social 14.346 11.898 14.708 12.156

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003

1. CONTEXTO OPERACIONAL

A Companhia de Ferro Ligas da Bahia – FERBASA, está localizada em Pojuca e as empresas sobseu controle acionário têm por objetivo social a siderurgia e a metalurgia, a indústria e o comérciode ferro-ligas, a exploração, por conta própria ou em regime de associação com outras empresas,de jazidas minerais, incluindo pesquisa, lavra, beneficiamento e transporte, o comércio, aimportação e exportação de substâncias minerais, o reflorestamento e atividades correlatas,podendo ainda participar do capital de outras sociedades, como acionista ou quotista.

A partir de novembro de 1997, as controladas Indústria de Minérios Damacal Ltda., MineraçãoVale do Jacurici S.A., REFLORA - Reflorestadora e Agrícola S.A. e Cia. de Mineração Serra daJacobina - SERJANA, e a partir de janeiro de 2004, a Silício de Alta Pureza da Bahia S.A. –Silbasa arrendaram as suas principais atividades à controladora FERBASA, objetivando a reduçãoda carga tributária.

Dado o nível atual da produção a Companhia detem minério de cromita suficientes para fazerfrente as suas necessidades durante os próximos trinta anos.

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAISCRITÉRIOS CONTÁBEIS

Foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as disposiçõescomplementares da CVM – Comissão de Valores Mobiliários e consoante os seguintescritérios contábeis:

Títulos e valores mobiliários

As aplicações financeiras estão registradas ao custo, acrescidas dos rendimentos auferidosaté a data do balanço, que não supera o valor de mercado.

Contas a receber de clientes

São demonstradas ao valor de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e asvariações monetárias e cambiais auferidos até a data do balanço, ajustados por provisão paraperda, se necessária.

Estoques

São avaliados ao custo médio de aquisição ou de fabricação, inferiores ao valor de mercado.O custo dos estoques está baseado nos princípios do custo médio e incluem gastos incorridosna aquisição, transportes e armazenagens dos estoques. No caso de estoques de produtosacabados, o custo inclui parte das despesas gerais de fabricação, baseadas na capacidadenormal de operação.

Materiais para manutenção e outros são registrados com base no custo de aquisição ebaixadas como custo da produção por ocasião do consumo ou obsolescência.

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Investimentos

Os investimentos em sociedades controladas são avaliados pelo método da equivalênciapatrimonial. Os demais investimentos são registrados ao custo, ajustado por provisão paraperda, se necessária.

Imobilizado

É registrado pelo custo de aquisição ou construção, deduzido da depreciação calculada pelométodo linear e exaustão pela taxa correspondente à relação entre o volume de madeiravendida e de minério exaurido e o volume total previsto.

Passivo circulante e exigível a longo prazo

São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável,dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos até a data do balanço.

Imposto de renda e contribuição social

Através do Parecer nº 524/98 – SESIT – PJ, da Secretaria da Receita Federal, a Companhiaobteve, em 22 de maio de 1998, reconhecimento da prorrogação do incentivo da redução de50% do imposto de renda (IRPJ) devido até 31 de dezembro de 2010.

Adicionalmente, a Companhia obteve Portaria DAI/ITE - 0195/2000 de 10 de novembro de2000 da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), concedendo aisenção de imposto de renda de pessoa jurídica e adicionais restituíveis, sobre toda aprodução que exceder a 28.400 toneladas/ano até o limite de 271.200 toneladas/ano, peloprazo de 10 anos, aplicável retroativamente ao ano-calendário de 1997.

A parcela correspondente aos incentivos é reconhecida em uma reserva de capital nopatrimônio líquido que pode ser usada para aumentar o capital social ou absorver prejuízosacumulados.

As provisões para imposto de renda (fora da redução) e contribuição social foramconstituídas às alíquotas de 15% (quinze por cento), mais adicional de 10% (dez por cento),e 9% (nove por cento), respectivamente, sobre o lucro contábil, ajustado pelas adições eexclusões admitidas, para a controladora e consolidado.

Os impostos e contribuições diferidas provenientes de diferenças temporárias, sãoreconhecidos de acordo com a Instrução CVM nº 371/02 e Deliberação 273/98, com base nohistórico de rentabilidade e análise de recuperação futura desses créditos.

Reconhecimento da receita

O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil decompetência do exercício. A receita de venda de produtos é reconhecida no resultadoquando todos os riscos e benefícios inerentes ao produto são transferidos para o comprador.Uma receita não é reconhecida se há incerteza significativa na sua realização.

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Uso de estimativas

A preparação das demonstrações financeiras requer que a administração efetue estimativas eadote premissas, no seu melhor julgamento, que afetam os montantes apresentados de ativose passivos, assim como os valores de receitas, custos e despesas. Os valores reais podem serdiferentes daqueles estimados.

Lucro líquido por mil ações

Está calculado com base no número de ações existentes na data do levantamento do balançopatrimonial, menos as ações em tesouraria.

3. PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as normasestabelecidas pela Instrução n° 247, de 27 de março de 1996, da Comissão de ValoresMobiliários – CVM e incluem a Companhia de Ferro Ligas da Bahia – Ferbasa e suasControladas, que foram consolidadas conforme abaixo:

2004 2003ControladasMineração Vale do Jacurici 99,99 99,99Reflora - Reflorestadora e Agrícola S.A. 99,92 99,92Cia de Mineração Serra da Jacobina - Serjana 99,96 99,96Cromita do Brasil S.A. 99,89 99,89Armisa Arditti Minários S.A. 100,00 100,00 Indústria de Minérios Damacal Ltda 100,00 100,00 Mineração Santa Efigênia Ltda (*) 99,55 Mineração Vasa Barris Ltda (*) 99,55 Vale do Macururê Ltda (*) 98,50 Mineração Vale do Pacuí Ltda (*) 97,50 Silício de Alta Pureza da Bahia S.A. - Silbasa 51,00 51,00 Sociedades em conta de participação: Camassari (*) 100,00 Ribeiro I 85,07 85,07 Vila Ninice (*) 84,06

Pontes I 80,18 80,18 Limoeiro II (*) 64,46

Participação %

(*) Estes investimentos foram baixados no ano de 2004.

• Os saldos ativos e passivos, as receitas e despesas entre as empresas consolidadas, bemcomo a participação da controladora no patrimônio líquido das controladas forameliminados;

• Eliminação dos lucros não realizados entre as companhias; e

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• A participação de terceiros no patrimônio líquido e resultado da Companhia está destacadarespectivamente nos balanços patrimoniais e nas demonstrações de resultado.

A conciliação entre o patrimônio líquido e o resultado da controladora FERBASA e opatrimônio líquido e o resultado consolidado pode ser demonstrada como segue:

2004 2003 2004 2003R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Demonstrações financeiras controladora 451.244 349.283 95.720 79.456Lucro (não realizado) realizado decorrente de venda de ativo referentes a:

imobilizado (1.392) 1.392estoques (28) 28 (28)

Demonstrações financeiras consolidadas 451.244 347.863 97.140 79.428

Patrimônio líquido do exercícioLucro líquido

4. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

Refere-se a aplicações financeiras substancialmente representadas por títulos de renda fixa,cujo rendimento tem correspondido a aproximadamente 100% da variação dos Certificados deDepósito Interbancários - CDI.

5. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES

2004 2003 2004 2003R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Mercado interno 75.001 75.892 75.001 76.152Mercado externo 5.071 3.395 5.071 4.965Coligadas e controladas 2.544 4.280 Total 82.616 83.567 80.072 81.117

Controladora Consolidado

O principal cliente da Companhia é a Acesita S.A., que representa aproximadamente em 2004e 2003 64% do total do contas a receber no final do exercício.

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6. ESTOQUES

2004 2003 2004 2003R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Produtos acabados 55.638 26.560 55.638 26.493Matérias-primas 70.269 24.850 70.323 25.140Minérios de cromo 17.234 15.379 17.234 15.379Materiais para manutenção e outros 14.196 14.334 14.204 14.375Materiais em trânsito 164 1.364 164 1.364Importações em andamento 592 415 599 415Total 158.093 82.902 158.162 83.166

Controladora Consolidado

7. IMPOSTOS A RECUPERAR – Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo

Descrição 2004 2003 2004 2003R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

IPI a recuperar 7.497 6.941 Imposto de renda a recuperar 2.200 1.581 3.133 2.532 Contribuição social sobre o lucro 190 777 520 ICMS a recuperar 1.769 900 1.922 1.109 Outros 410 11 950 523 Total 4.569 2.492 14.279 11.625 Ativo circulante (2.878) (1.637) (4.604) (4.245)Realizável a longo prazo 1.691 855 9.675 7.380

Controladora Consolidado

IPI a recuperar

Controladora

A FERBASA ajuizou Ação Ordinária contra a União em 1987 para reconhecimento do direitoao Crédito Prêmio do IPI, conforme Decreto Lei 491/69 e Decreto 64.833/69. A ação foijulgada procedente em 17 de fevereiro de 1988, sendo a decisão reapreciada pelo TribunalRegional Federal, passando em julgado em 2 de outubro de 1995, insusceptível de recursoquanto ao seu mérito. A execução foi requerida em novembro de 1996, transitando emjulgado em setembro de 2001. A FERBASA concluiu a compensação do referido créditotributário no exercício de 2003, quando do pagamento de tributos e contribuições federais,conforme previsto na legislação fiscal.

Consolidado

Com a utilização do crédito presumido de IPI, regulado nos termos da Lei no 10.276/2001 eda Instrução Normativa da SRF no 69/2001, a controlada Silbasa apurou créditos em 2004 nomontante de R$ 1.073 mil (2003, R$ 4.015 mil), registrado no resultado do exercício comooutras receitas operacionais. Os referidos créditos foram calculados no mês de janeiro de

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2004, para fins de desoneração do custo produtivo, através do ressarcimento da COFINSincidentes nas aquisições de insumos utilizados nos produtos destinados à exportação. O saldoem 31 de dezembro de 2004 monta R$ 7.497 mil (2003, 6.941 mil).

8. DEPÓSITOS JUDICIAIS

Refere-se a depósitos sobre processos cíveis, fiscais, trabalhistas e questionamentos quanto alegalidade e constitucionalidade de determinados tributos. Os valores estão demonstrados aseguir:

2004 2003 2004 2003R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Programa de Integração Social - PIS 1.084 1.076 1.097 1.076Contribuição sobre o faturamento - COFINS 2.897 2.897 2.971 3.827INSS - Instituto Nacional da Seguridade Social (autônomos e diretores) 1.939 1.993Salário Educação 634 634 634 634CFEM - Compensação Financeira sobre a

Extração de Minerais 3.662 5.265Outros 555 684 660 789Total 5.170 10.892 5.362 13.584

Controladora Consolidado

Os principais depósitos judiciais estão correspondidos por provisão na rubrica de impostos econtribuições sociais, no exigível a longo prazo, nos casos em que seus assessores jurídicos,internos e externos, consideram remotas as possibilidades de êxito, quanto aos processos emque se defende, ou enquanto a companhia não tem assegurado o seu direito relacionado aosquestionamentos antes referidos, em valores considerados suficientes para cobrir eventuaisdesfechos desfavoráveis.

PIS - Leis n° 2445 e 2449/88

A ação foi ajuizada visando a declaração do direito da Companhia de não recolher o PIS combase nos Decretos-Leis n° 2445 e 2449/88, já declarados inconstitucionais, bem como de terrestituído os valores que foram pagos a maior a título da citada contribuição. Tendo em vista aprocedência da ação, foi requerida a Execução da mesma, tendo sido apresentada planilhacom a discriminação dos valores a serem restituídos. A União Federal opôs Embargos àExecução e, ao julgá-los, o juiz homologou o laudo pericial, fixando o montante de R$ 3.262mil, atualizado até agosto de 2003, sendo R$ 2.346 mil controladora e R$ 3.262 mil,consolidado.

A União Federal interpôs recurso de apelação e os autos encontram-se no Tribunal RegionalFederal 1ª Região, aguardando julgamento do referido recurso.

Os valores depositados em juízo montam R$ 1.084 mil, controladora, R$ 1.097 mil,consolidado, (2003, R$ 1.076 mil, controladora e consolidado).

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COFINS - Leis nos 7787/89, 7894/89, 8147/90

A Companhia e suas controladas impetraram Mandado de Segurança para que sejareconhecido o direito das mesmas de proceder à compensação das parcelas pagas a maior atítulo de FINSOCIAL com parcelas vencidas ou vincendas da COFINS, não se submetendo àsordens emanadas pela Instrução Normativa n° 67/92 (insconstitucionalidade das Leis nos

7787/89, 7894/89, 8147/90, que majoraram a alíquota do FINSOCIAL). Este processo obtevedecisão favorável em todas as instâncias e está atualmente no Supremo Tribunal Federal,aguardando julgamento de Agravo de Instrumento interposto pela União Federal.

Os valores depositados em juízo montam R$ 2.897 mil, controladora, R$ 2.971 mil,consolidado, (2003, R$ 2.897 mil, controladora e R$ 3.827 mil, consolidado).

INSS – Instituto Nacional da Seguridade Social

O referido processo foi arquivado e os depósitos no montante de R$ 1.939 mil, controladora eR$ 1.993 consolidado foram convertidos em renda para a União.

CFEM – Compensação Financeira sobre a Extração de Minerais

Em 23 de março de 2004 o Recurso Extraordinário movido pela Companhia, cujo objeto era oquestionamento da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM,foi inadmitido pelo Superior Tribunal Federal e os autos foram remitidos à Seção Judiciáriado Distrito Federal. Assim, tendo em vista o trânsito em julgado em decisão desfavorável aCompanhia, os valores depositados judicialmente no montante de R$ 4.334 mil, foramrevertidos em contra-partida a provisão constituída no passivo exigível a longo prazo.

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9. INVESTIMENTOS

Informações sobre as investidas:

Ações ou quotas possuídasParticipação Patrimônio Lucro

Ordinárias no capital Capital líquido (prejuízo)Ano 2004 Data-base ou quotas Preferenciais integralizado social ajustado do exercício

% R$ mil R$ mil R$ mil

Silício de Alta Pureza da Bahia S.A. - Silbasa 31/Dez 4.172 51,00 4.172 7.141 414 Mineração Vale do Jacurici S.A. 31/Dez 8.439 8.437 99,99 20.742 22.389 2.352 Cia de Mineração Serra da Jacobina S.A. - Serjana 31/Dez 5.209 99,96 6.382 1.940 5 Reflora - Reflorestadora e Agrícola S.A. 31/Dez 2.597 99,92 3.448 1.850 181

Ano 2003

Silício de Alta Pureza da Bahia S.A. - Silbasa 31/Dez 4.172 51,00 4.172 6.892 628 Mineração Vale do Jacurici S.A. 31/Dez 8.439 8.437 99,99 20.742 20.765 816 Cia de Mineração Serra da Jacobina S.A. - Serjana 31/Dez 5.209 99,96 6.382 1.935 112 Reflora - Reflorestadora e Agrícola S.A. 31/Dez 2.597 99,92 3.448 1.702 (259)

(Em milhares)

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Movimentação dos investimentos:

Silício de Alta Mineração Reflora Cia de MineraçãoPureza da Bahia Vale do Reflorestadora e Serra da Jacobina

Silbasa Jacurici S.A. Agrícola S.A. Serjana Outros TotalR$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Saldos em 31 de dezembro de 2002 3.270 20.246 1.956 1.823 1.079 28.374

Dividendos (76) (412) - (191) (679)

Equivalência patrimonial 325 841 (262) 112 32 1.048

Saldos em 31 de dezembro de 2003 3.519 20.675 1.694 1.935 920 28.743

Dividendos (51) (558) - (609)

Equivalência patrimonial 174 2.265 153 4 21 2.617

Adição 7 2 9

Baixas (200) (200)

Saldos em 31 de dezembro de 2004 3.642 22.389 1.849 1.939 741 30.560

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10. IMOBILIZADO

Taxasanuais de

depreciação2004 2003 2004 2003

R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil %Terrenos 6.151 6.056 7.345 7.147 Edificações 28.211 25.080 32.529 29.398 4%Máquinas e equipamentos 86.367 65.283 94.751 73.747 10%Veículos e tratores 25.567 19.958 35.811 30.716 20%Móveis e utensílios 2.324 1.748 2.388 1.811 10%Informática 2.864 1.942 2.900 1.942 20%Jazidas 3.507 4.496 3.507 4.496 ( * )Reflorestamento 27.728 16.162 27.735 14.866 ( * )Outras imobilizações 93 471 214 471 10%Imobilizações em andamento 46.690 25.883 46.690 26.148 Subtotal 229.502 167.079 253.870 190.742 Depreciações e exaustões acumuladas (75.896) (65.716) (95.415) (85.236) Total 153.606 101.363 158.455 105.506

Controladora Consolidado

(*) Na base proporcional dos cortes efetuados (reflorestamento) e minérios exauridos (jazidas).

A Companhia registrou baixas, contra o resultado não operacional, de parte de reservas florestaisem decorrência da impossibilidade de replantio para corte em diversas áreas de reflorestamento,no montante de R$ 2.485 mil (2003, R$ 4.380 mil).

Adicionalmente, as demonstrações financeiras consolidadas contemplam, além das baixaspor perda de parte das reservas florestais citadas acima, aproximadamente R$ 3.010 mil(2003, R$ 5.000 mil), baixas referentes a máquinas, equipamentos, instalações e edificaçõesda Companhia e suas controladas decorrentes de desgastes naturais.

Os valores registrados na rubrica de obras em andamento referem-se a projetos que estãosendo desenvolvidos nas áreas de mineração, metalurgia e reflorestamento.

11. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS

2004 2003 2004 2003R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Fiscais 657 707 Cíveis 484 393 484 393 Trabalhistas 1.001 1.005 1.003 1.005 Total 2.142 1.398 2.194 1.398

Controladora Consolidado

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Autos de Infração e Notificações Fiscais

• Tributos Federais – IR/PIS/COFINS

A controladora Companhia de Ferro Ligas da Bahia – Ferbasa, responde administrativamente,a autos de infração lavrados pela Delegacia da Receita Federal de Camaçari relativos aquestionamentos sobre as declarações de PIS e COFINS dos anos base 1998 e 2000 e erros nopreenchimento da DIPJ de 1999. A administração baseada na opinião dos seus assessoresjurídicos constituiu provisão para fazer face às perdas consideradas como prováveis nomontante de R$ 386 mil.

• Auto de Infração do ICMS

A Companhia está se defendendo de auto de infração de ICMS relativo a aproveitamento decréditos sobre materiais para os quais o Fisco Estadual entende não estar ligado diretamente àprodução. A administração constituiu provisão para fazer face as perdas consideradas comoprováveis no montante de R$ 271 mil, para o qual efetuou depósito judicial no montante deR$ 91 mil.

Ações Indenizatórias

• Processos trabalhistas e cíveis

A Companhia e sua controlada Silício de Alta Pureza da Bahia – Silbasa possuem processosjudiciais decorrentes de reclamações formuladas por ex-empregados e de reparação de danos eperdas materiais e morais. Baseada na opinião de seus assessores jurídicos, a administraçãomantém registrada a provisão para fazer face às perdas no montante deR$ 1.485 mil,controladora e R$ 1.487 mil consolidado (2003, R$ 1.398 mil controladora e consolidado).

12. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social

O capital subscrito e integralizado está representado em 31 de dezembro de 2004 e de 2003 por1.104.000 mil ações nominativas sem valor nominal, sendo 368.000 mil ações ordinárias, dasquais 500 mil estão em tesouraria e, 736.000 mil ações preferenciais.

A Companhia pode, por deliberação em Assembléia Geral, promover o aumento das diversasespécies e classes existentes, sem guardar proporção com as demais ou criar uma nova classe deações preferenciais, observando o limite de 2/3 do total das ações emitidas para as açõespreferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrições quanto a tal direito.

A Assembléia Geral Ordinária realizada em 2 de abril de 2004 aprovou aumento de capital, semmodificação do número de ações, no montante de R$ 62.745 mil, sendo R$ 25.989 milproveniente da Reserva de Isenção de Imposto de Renda (Lei 4.239/63) e R$ 36.756 mil daReserva de Retenção de Lucros, passando o capital social para R$ 280.041 mil.

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Ações em Tesouraria

O objetivo da aquisição dessas ações refere-se ao reembolso dos acionistas dissidentes e estãorepresentadas por 500 mil ações ordinárias. O custo médio de aquisição foi de R$ 0,06 por ação evalor de mercado destas ações, considerando o preço médio de cotação em bolsa de valores é deR$ 386,12 por lote de mil ações, em 30 de dezembro de 2004.

Direito das ações

As ações ordinárias só poderão pertencer a brasileiros ou pessoas jurídicas com a totalidade docapital social pertencente a brasileiros.

As ações preferenciais não têm direito a voto e têm garantia estatutária de pagamento dedividendos 10% superiores àqueles pagos aos possuidores de ações ordinárias e prioridade noreembolso de capital.

Apropriação do lucro

De acordo com o estatuto social, as importâncias apropriadas às reservas de lucro, sãodeterminados como segue:

• Reserva legal

A reserva legal é constituída com a destinação de 5% do lucro do exercício, até alcançar20% do capital social, e sua utilização está restrita à compensação de prejuízos, apósterem sido absorvidos os saldos de lucros acumulados e das demais reservas de lucros, eao aumento do capital social a qualquer momento a critério da Companhia.

• Dividendos

Aos acionistas é garantido dividendo mínimo obrigatório de 25% sobre o lucro líquido doexercício, ajustado nos termos da Lei das Sociedades por Ações.

• Reserva para a realização de investimentos

Os lucros, após a apropriação da reserva legal e atribuição dos dividendos a seremdistribuídos aos acionistas, são transferidos para a conta de reserva para a realização deinvestimentos, a ser realizada de acordo com o orçamento de capital da Companhia.

O orçamento de capital da Companhia, com a justificativa de retenção de lucros para areserva para investimentos propostos para o exercício de 2004, incluindo as fontes derecursos e aplicações de capital, estará sendo submetido pelos órgãos da administração àAssembléia Geral Ordinária que deliberará sobre o balanço do exercício. O saldoreferente a apropriação da reserva para investimentos do exercício de 2003 foi aprovadona Assembléia Geral Ordinária de 2 de abril de 2004.

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Dividendos propostos

2004 2003R$ mil R$ mil

Lucro líquido do exercício 95.720 79.456 (-) Reserva legal (4.785) (3.973) Lucro líquido ajustado 90.935 75.483 Dividendos propostos 24.248 20.128 Percentagem sobre o lucro líquido do exercício ajustado 26,67 26,67

Os dividendos foram atribuídos às ações ordinárias e preferenciais, nos montantes deR$ 7.570 mil(R$ 20,60 por lote de mil ações) e de R$ 16.678 mil (R$ 22,66 por lote de milações) (2003, R$ 6.284 mil e R$ 13.844 mil), respectivamente.

13. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os principais riscos de mercado a que a Companhia está exposta na condução das suasatividades são:

• Risco de crédito

O risco surge da possibilidade de a Companhia vir a incorrer em perdas resultantes dadificuldade de recebimento e concentração de valores faturados a seus clientes. Parareduzir esse tipo de risco e para auxiliar no gerenciamento do risco de inadimplência, aCompanhia vem monitorando as contas a receber de clientes.

• Risco de taxa de câmbio

As transações comerciais de venda da Companhia para o mercado externo representam12% controladora e consolidado do total das vendas no exercício. Os valores dessastransações são baseados nas cotações do dólar, os quais podem gerar ganhos ou perdas.

• Valor de mercado dos instrumentos financeiros

Para determinar o valor estimado de mercado dos instrumentos financeiros, foramutilizadas as informações disponíveis e metodologias de avaliação própria. As estimativasnão indicam, necessariamente, que tais instrumentos possam ser operados no mercadodiferentemente das taxas utilizadas. O uso de diferentes informações de mercado e/oumetodologias de avaliação poderão ter um efeito relevante no montante do valor estimadode mercado. A Companhia tem como política não ficar exposta aos riscos de mercado,evitando assumir posições expostas a flutuações e operando apenas instrumentos que lhepermitam o controle desses riscos.

14. SEGUROS

Face à natureza de sua atividade, à distribuição das florestas em diversas áreas distintas e àsmedidas preventivas adotadas contra incêndio e outros riscos, é política da companhiacontratar cobertura de seguros apenas para os bens do ativo imobilizado sujeito a riscos e

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por montantes considerados suficientes para fazer face à eventuais perdas. Não é prática daCompanhia contratar seguros para a totalidade dos investimentos florestais.

Em 31 de dezembro de 2004, a companhia e suas controladas possuíam cobertura de segurocontra incêndio do imobilizado no valor de R$ 53.759 mil (2003, R$ 34.758 mil).

15. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Os valores do imposto de renda e contribuição social que afetaram o resultado do exercíciosão demonstrados como segue:

Controladora Consolidado Controladora ConsolidadoR$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Lucro contábil antes do imposto de renda e e contribuição social, menos participação estatutária 145.118 148.185 120.780 121.940

Alíquota combinada do imposto de renda e contribuição social 34% 34% 34% 34%

Imposto de renda e contribuição social (49.340) (50.383) (41.065) (41.460)às alíquotas da legislação

Diferenças permanentes:Resultado de equivalência patrimonial 890 356

Outros (948) (457) (615) (740)Imposto de renda e contribuição social no resultado (49.398) (50.840) (41.324) (42.200)

2004 2003

Da parcela correspondente ao imposto de renda, R$ 30.424 mil (2003, R$ 25.989 mil) foramincorporados à reserva de incentivos fiscais e R$ 9.108 mil (2003, R$ 4.462 mil) registradoem conta de imposto a pagar, no passivo circulante. A contribuição social montaR$ 13.974 mil (2003, R$ 10.873 mil).

Os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos registrados no ativo circulante R$4.108 mil são decorrentes de diferenças temporárias.

Estudos técnicos de viabilidade, aprovados pela Administração da Companhia, indicam aplena recuperação dos valores dos impostos diferidos reconhecidos como definido pelaInstrução CVM nº 371.

Os estudos técnicos acima mencionados, correspondem às melhores estimativas daAdministração sobre a evolução futura da Companhia e do mercado que a mesma opera.

Com relação aos créditos constituídos estima-se que os mesmos serão realizados no exercício de2005.

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16. PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS

O estatuto social da Companhia estabelece que o resultado do exercício, depois de deduzidosos prejuízos acumulados e a provisão do imposto de renda, serão deduzidos:

• Até 10% para distribuição aos empregados, a critério da Diretoria Executiva, e obedecidaas normas estabelecidas pela Companhia sobre o assunto, e

• Até 10% do saldo resultante para gratificação aos administradores.

As normas estabelecidas pela Companhia para o valor da participação nos lucros paradistribuição aos empregados e no Acordo Coletivo de Participação dos Lucros/Resultados,sendo que, para o exercício de 2004 o resumo das condições negociadas são:

• A participação nos lucros corresponderá ao número de meses trabalhados no exercício de2004.

• Farão jus à participação nos lucros todos os funcionários que contarem com 01 a 03 anosno final do exercício, no atual contrato, e que estiverem na empresa na data do efetivopagamento da distribuição.

• Os funcionários com 03 ( três) anos de serviços completados até 31 de dezembro de2004, ou com tempo superior, receberão 3,5 (três e meio) salários .

• Os funcionários com 02(dois) anos de serviços completados até 31 de dezembro de 2004,receberão 01(um) salário.

• Os funcionários com 01 (um) ano completado até 31 de dezembro de 2004, receberão ½(meio) salário.

17. OUTRAS RECEITAS(DESPESAS) OPERACIONAIS - LÍQUIDAS

2004 2003 2004 2003R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Constituições de provisões (1.279) (1.943) (1.472) (1.943)Demurrage na importação de coque (3.039) (3.039)Impostos, taxas e contribuições (2.795) (1.266) (2.795) (1.266)Realização de lucros entre controladora

e controladas 1.392Crédito presumido de IPI 454 265 1.527 4.280Outras 445 3.316 634 3.275Total (6.214) 372 (3.753) 4.346

Controladora Consolidado

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18. RECEITAS(DESPESAS) NÃO OPERACIONAIS – LÍQUIDAS

2004 2003 2004 2003R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Valor residual dos ativos permanetes baixados (5.652) (7.639) (5.712) (11.697) Outras 610 835 512 1.954

Total (5.042) (6.804) (5.200) (9.743)

Controladora Consolidado

19. RESOLUÇÃO N° 268/04 DA ANEEL

A Resolução n° 268/04 da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica de 24 denovembro de 2004 autorizou a CHESF – Companhia Hidrelétrica do São Francisco a cobraros valores da Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens de “Parcela A” –CVA para o período de novembro de 2002 a outubro de 2004, cujo valor atualizado em 31de dezembro de 2004 e devido pela Companhia no montante de R$ 8.131 mil foi registradonas rubricas de fornecedores (balanço patrimonial) e custo das vendas (demonstração doresultado).

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20. SALDOS E TRANSAÇÕES COM ACIONISTAS E PARTES RELACIONAS

CONTROLADORA

TRANSAÇÕES SALDOS

Realizável a Exigível a

Longo Prazo longo prazo

Despesas Contas a

Compras de Custos com gerais e receber de Dividendos Contratos Dividendos Contratos

produtos arrendamento administrativas clientes a receber de mútuos (1) Fornecedores Propostos de mútuos (1)

R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

AcionistasFundação José Carvalho 1.959 11.781

ControladasSilício de Alta Pureza da Bahia S.A. - SilbasaSilício de Alta Pureza da Bahia S.A. - Silbasa 81 720 51 2.544Mineração Vale do Jacurici S.A. 960 1.270 558Cia de Mineração Serra da Jacobina S.A. - Serjana 415 625Reflora - Reflorestadora e Agrícola S.A. 22 156 703 226

Total em 31 de dezembro de 2004 103 1.836 1.959 2.388 609 226 2.544 11.781 625

Total em 31 de dezembro de 2003 27.417 2.967 4.280 679 405 2.147 9.779 625

(1) Sobre os saldos de mútuo não incidem encargos financeiros, bem como, inexistem contratos com a formalização dos mesmos.

Ativo Circulante Passivo Circulante