chave de serpentes sul americanas

Upload: mateus

Post on 27-Feb-2018

225 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    1/36

    1

    CHAVE PARA DETERMINAO DE GNEROS DE SERPENTESSUL-AMERICANAS

    Hebert FERRAREZZI1

    Amanda Elisa Geraldes MONTEIRO1,2

    A realizao de trabalhos cientficos em diversas reas da biologia depende da

    identificao correta dos espcimes utilizados. Do mesmo modo, a incluso de um exemplar em

    coleo cientfica, requer a sua determinao (Martins, 1994). Existem diversas formas de

    identificao, mas nenhuma delas isenta da possibilidade de erro e muitas vezes difcil

    abranger todas as variaes individuais. Uma das formas mais adequadas de identificar um

    espcime, seja ele vegetal ou animal, a consulta a um especialista do grupo. Outros modos de

    identificao incluem consultas a colees de referncia ou a bibliografia especializada, como

    descries e revises taxonmicas. A determinao depender da capacidade do interessado em

    observar corretamente os caracteres e/ou qualidade da coleo ou literatura consultada (Martins,

    1994). Porm, todos esses mtodos podem, em muitas situaes, ser dispendiosos ou de difcil

    realizao.

    A utilizao de chaves de identificao um procedimento largamente empregado para a

    identificao de espcimes (Almeida et al., 1998). O objetivo dessas chaves segregar os

    caracteres de modo que, por uma srie de escolhas alternativas, permita o caminho seguro para a

    identificao de um determinado txon (Mayr, Usinger & Linsley, 1953 apud Papavero &

    Martins, 1994). H alguns inconvenientes neste mtodo como: (1) desatualizao, devido a

    txons descritos ou sinonimizados posteriormente publicao da chave, mudanas na

    1Laboratrio de Herpetologia, Instituto Butantan, So Paulo2Instituto de Biocincias, Universidade de So Paulo.

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    2/36

    2

    classificao; (2) deficincia de informaes para a confeco da chave, originando chaves com

    falhas ou que no abrangem as variaes dos txons abordados; (3) erros de observao, tanto

    daquele confeccionou a chave quanto do consulente; (4) utilizao de caracteres restritos a

    algumas fases do desenvolvimento ontogentico ou a um dos sexos e (5) utilizao de estruturas

    anatmicas internas, que requerem disseco, preparao especial ou equipamentos sofisticados.

    Por outro lado, este procedimento de identificao tem sido muito empregado e permite muitas

    vezes determinar um espcime com segurana, mesmo por pessoas menos experientes em

    taxonomia.

    Entre os diversos tipos de chaves, as dicotmicas so as mais utilizadas. Estas chaves se

    baseiam em caracteres diagnsticos que permitem a distino entre os txons ou grupos de

    txons, oferecendo ao consulente duas opes (Almeida et al.,1998). Em cada opo oferecida

    h caracteres diagnsticos que, quando comparados com o exemplar que se deseja identificar,

    leva a outro conjunto de duas opes, e assim por diante, at o nome da categoria a que se refere

    o exemplar (Almeida et al.,1998).

    Uma chave dicotmica feita normalmente com caracteres morfolgicos e de fcil

    visualizao. Podem ser feitas chaves para determinao de todos os nveis taxonmicos, bem

    como chaves com objetivos especficos, como por exemplo para determinao de animais

    peonhentos, danosos agricultura, plantas medicinais, txicas etc. As chaves de identificao

    alm de serem importantes ferramentas na identificao de espcimes, tambm so muito

    importantes na formao de estudantes que estejam iniciando seu aprendizado em taxonomia e

    morfologia de determinado grupo, j que este um mtodo de fcil utilizao. Os princpios

    lgicos das chaves dicotmicas e bases para sua interpretao e manufatura podem ser

    encontrados em Abe & Papavero (1994). Voss (1952) apresenta uma reviso histrica sobre

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    3/36

    3

    chaves de identificao e Papavero & Martins (1994) apresentam vrios exemplos de chaves

    utilizadas em biologia.

    Existem diversas chaves de identificao de serpentes, a maioria restrita a determinados

    grupos taxonmicos (e.g., Dixon,1989; Dixon et. al., 1993), chaves regionais (e.g., Vanzolini et

    al., 1980; Cei, 1986) e chaves de serpentes de interesse mdico (e.g., Campbell & Lamar, 1989;

    Grantsau, 1991). Entretanto, duas merecem destaque, por serem chaves abrangentes e de grande

    influncia no desenvolvimento dos estudos herpetolgicos na regio neotropical: a chave de

    Boulenger (1893-1896), a qual foi amplamente utilizada at meados do sculo XX e a chave de

    Peters & Orejas-Miranda (1970), que substituiu a primeira ao longo dos ltimos trinta anos.

    Porm, essas duas chaves, apesar de sua importncia at os dias atuais, apresentam-se muito

    desatualizadas para a maioria dos grupos de serpentes. A desatualizao destas chaves deve-se ao

    grande nmero de trabalhos na rea de taxonomia e sistemtica de serpentes realizados nas

    ltimas dcadas, que ocasionou inmeras alteraes de classificao devido a descries de

    novas espcies e gneros, sinonimizaes, revalidaes e combinaes de txons em quase todos

    os nveis de abrangncia (e.g., Silva, 1999; Gutberlet & Campbell, 2001). Deste modo, muitas

    vezes a identificao segura de uma serpente da regio neotropical s possvel mediante a

    consulta exaustiva de inmeros trabalhos de sistemtica e taxonomia, tornando-se praticamente

    impossvel de ser realizada por um leigo.

    As chave de identificao de gneros de Serpentes apresentada a seguir, orinalmente

    elaborada por um de ns (HF), foi posteriormente testada, revisada, ilustrada e aprimorada em

    uma formatao mais didtica (AGM).

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    4/36

    4

    CHAVE PARA DETERMINAO DAS FAMLIAS DE SERPENTESDO NOVO MUNDO

    1. Escamas ventrais indiferenciadas das dorsais; cauda extremamente curta e to grossa quanto acabea (boca pequena e de posio relativamente ventral)......SCOLECOPHIDIA......2

    Escamas ventrais diferenciadas em placas, pelo menos duas vezes mais largas que as escamasdorsais (ou se indiferenciadas, ento a cauda em forma de remo); cauda mais delgada que acabea..............................................................................ALETHINOPHIDIA......4

    2. Com mais de 14 fileiras de escamas ao redor do corpo; maxilar com dentes.........................3

    Com 14 fileiras de escamas ao redor do corpo; maxilar desprovido dedentes...................................................................................................... LEPTOTYPHLOPIDAE

    3. Um par de pr-frontais distintas das nasais ou com cabea revestida por escamas pequenas;mandbula com dentes................................................................................ANOMALEPIDIDAE

    Pr-frontais ausentes; nasal posterior estendida dorsalmente, contatando a frontal; mandbuladesprovida de dentes.......................................................................TYPHLOPIDAE

    4. Olho aparente (no recoberto), situado entre vrias placas ou escamas; ventrais muito mais largasque escamas dorsais; boca grande........................................MACROSTOMATA............5

    Olho reduzido e recoberto, situado no centro de uma nica escama; ventrais apenas duas vezesmais largas que escamas dorsais.....................................ANILIOIDEA............ANILIIDAE

    5. Sem occipital mediana grande aprofundada entre as parietais e contatando a frontal; premaxilarsem dentes.............................................................................................................6

    Occipital mediana grande aprofundada entre as parietais e contatando a frontal; premaxilar comdentes........................................................................................................ LOXOCEMIDAE

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    5/36

    5

    6. Fosseta loreal ausente; dentio no solenoglifodonte ..........................................................7

    Fosseta loreal presente; dentio solenoglifodonte........................VIPERIDAE(CROTALINAE)

    7. Cauda prensil e/ou com vestgios de cintura plvica, espores ltero-cloacais presentes(desenvolvidos principalmente em machos); subcaudais inteiras...........................................8

    Cauda no prensil; vestgios de cintura plvica completamente ausentes; subcaudais geralmentedivididas (ou se todas inteiras ento com a rostral modificada).........................10

    8. Dorso da cabea coberto por placas grandes simtricas, ou se por numerosas escamas pequenas,ento escamas dorsais quilhadas; fileiras dorsais 19-33; comprimento total menor que 80cm em

    adultos (menor que 30cm em jovens com cicatriz umbilical)..........................9Dorso da cabea coberto por numerosas escamas pequenas, ou se por placas simtricas, entofileiras dorsais 30-95 e comprimento total maior que 45cm (eventualmente 35-45cm em filhotescom cicatriz umbilical)..............................................................................BOIDAE

    9. Pr-frontais e internasais pares e distintas entre si; rim uniformemente liso; processo coronidereduzido......................................................................................TROPIDOPHEIDAE

    Uma nica placa grande (pr-frontal) entre a rostral e a frontal ou internasal nica e pr-frontalpar; rim multilobulado; processo coronide alto.............................UNGALIOPHEIDAE

    10. Proteroglifodonte, maxilar curto; loreal ausente; olho diminuto; colorao geralmente padro-coral (eventualmente apenas preta com anis brancos ou manchas vermelhas ventrais) ou entocom a cauda achatada (em forma de remo); [sulco espermticocentrpeto]................................................................................................................. ELAPIDAE

    Dentio aglifodonte ou opistoglifodonte, maxilar alongado portando pelo menos alguns dentesslidos anteriores; colorao variada (se padro-coral, ento geralmente com loreal e/ou dimetrodo olho maior que sua distncia da boca)....................................COLUBRIDAE

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    6/36

    6

    SCOLECOPHIDIA

    ANOMALEPIDIDAERegio Neotropical (Amrica do Sul e Sul da Amrica Central).

    CHAVE PARA DETERMINAO DOS GNEROS

    1. Cabea coberta por placas grandes, pr-frontais e frontal distintas........................................2

    Cabea coberta por escamas pequenas indiferenciadas das escamas do corpo, pr-frontais efrontal indistintas (Fig. 5D)..................................................................................TYPHLOPHIS

    2. Rostral separada da frontal pelas pr-frontais, que se contatam dorsalmente.........................3

    Rostral em contato com frontal, separando as pr-frontais (Fig. 5C).................LIOTYPHLOPS

    3. Pr-frontais em curto contato atrs da rostral e amplamente separados por ela anteriormente;frontal ciclide, curta e larga (Fig. 5B).................................HELMINTHOPHIS

    Pr-frontais em longo contato atrs da rostral, separados apenas na extremidade anterior; frontalgrande, aproximadamente to longa quanto larga (Fig. 5A)....................ANOMALEPIS

    LEPTOTYPHLOPIDAE2 gneros. Amricas, frica, ndia e oeste da sia.nico gnero ocorrente nas Amricas:LEPTOTYPHLOPSFitzinger, 1843.

    TYPHLOPIDAE6 gneros. Pantropical (Amricas, frica, ndia, Eursia e Austrlia).2 gneros (um deles recentemente introduzido pelo homem) ocorrentes no continente americano.

    CHAVE PARA DETERMINAO DOS GNEROS DO NOVO MUNDO

    1. Pr-ocular separada da nasal anterior (Fig. 6B).......................................................TYPHLOPS

    Pr-ocular em contato com a nasal anterior...........................................RHAMPHOTYPHLOPS 3

    3R. braminusrecentemente introduzida na Amrica (Mxico, Guatemala, Flrida, Hawai).

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    7/36

    7

    ALETHINOPHIDIA

    ANILIOIDEA: ANILIIDAE1 gnero, 1 espcie. Florestas equatoriais do norte da Amrica do Sul, a leste do Andes.GneroANILIUSOken, 1816.ANILIUS SCYTALE

    MACROSTOMATA

    LOXOCEMIDEA: LOXOCEMIDAE1 gnero e 1 espcie. Amrica Central.GneroLOXOCEMUSCope, 1861.LOXOCEMUS BICOLOR

    BOIDAECosmopolita, diversificada principalmente nos trpicos.

    CHAVE PARA DETERMINAO DOS GNEROS DO NOVO MUNDO

    1. Cabea bem distinta do pescoo; cauda prensil; usualmente mais de 50 subcaudais; (regioNeotropical)................................................................................BOINAE................................2

    Cabea indistinta do pescoo; cauda no ou ligeiramente prensil; menos de 50 subcaudais;

    (regio Nertica)........................................................................ERYCINAE..............CHARINA4

    2. Ventrais muito largas, ocupando quase toda a superfcie ventral; olhos e narinas dispostoslateralmente............................................................................................................................. 3

    Ventrais no muito largas, no ocupando toda a superfcie ventral; olhos e narinas voltados paracima, dispostos dorso-lateralmente; [nasais em contato medio-dorsal nofocinho]....................................................................................................................EUNECTES

    3. Com fossetas labiais; dorso da cabea com algumas placas na regio anterior, maiores que as

    escamas da regio posterior; dentes anteriores distintamente maiores que osposteriores...............................................................................................................................4

    Sem fossetas labiais; dorso da cabea inteiramente revestido por escamas pequenas; dentesanteriores no muito maiores que posteriores....................................................................BOA

    4IncluindoLichanura

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    8/36

    8

    4. Fossetas labiais rasas; supralabiais em contato com olho; uma nica placa entre a nasal posteriore a pr-ocular; supra-ocular grande presente...........................................EPICRATES

    Fossetas labiais profundas; sub-oculares presentes; mais de uma loreal entre a nasal posterior e apr-ocular; regio supra-ocular coberta por vrias escamas pequenas................................................................................................................................................... CORALLUS

    UNGALIOPHIIDAESul do Mxico at Noroeste da Colmbia.

    CHAVE PARA DETERMINAO DOS GNEROS

    1. Pr-frontal nica; internasais separadas pelo contato da rostral com a pr-frontal; nasal dividida,com narina situada na nasal anterior; (dorsais em 21-25 fileiras).......UNGALIOPHIS

    Pr-frontal par; internasal nica; nasal inteira, com narina central...........................EXILIBOA

    TROPIDOPHIIDAERegio Neotropical e Antilhas.

    CHAVE PARA DETERMINAO DOS GNEROS

    1. Escamas dorsais rugosas e fortemente quilhadas; dorso da cabea revestido inteiramente porescamas pequenas; rostral dividida em vrias placas pequenas; nasal inteira; (dorsais em 29-31fileiras).................................................................................................. TRACHYBOA

    Escamas dorsais lisas ou fracamente quilhadas; parietais grandes distintas; internasais e pr-frontais separadas e em pares; loreal geralmente ausente; nasal dividida; (dorsais em 21-29fileiras)...................................................................................................... TROPIDOPHIS

    ELAPIDAEAmricas, frica, Sul da sia at Sul da Austrlia, Ilhas do ndico e Pacfico Tropical.

    CHAVE PARA DETERMINAO DOS GNEROS DO NOVO MUNDO

    1. Cauda normal (subcilndrica); terrestres ou fossoriais.........................ELAPINAE...................2

    Cauda achatada lateralmente, em forma de remo; marinhos..................................................4

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    9/36

    9

    2. Sinfisial separada da mentoniana pelo contato do primeiro par de infralabiais; coloraousualmente com anis vermelhos pretos e brancos, completos ao redor do corpo (eventualmentepreta com anis claros estreitos)....................................................................3

    Sinfisial em contato com mentonianas anteriores, separando o primeiro par de infralabiais;colorao preta com grandes manchas claras (ou vermelhas) ventrais.......LEPTOMICRURUS 5

    3. Apenas dentes de veneno nos maxilares, sem dentes slidos posteriores; cabea geralmente comfaixas ou manchas claras; espcies neotropicais com anis vermelhos geralmente mais largos queos pretos.................................................................................................MICRURUS

    Com pelo menos um dente slido, posterior ao dente de veneno, no maxilar; cabea toda preta(exceto posteriormente); anis pretos e brancos muito largos, os pretos mais largos que osvermelhos................................................................................................MICRUROIDES

    4. Ventrais bem mais largas e diferenciadas das escamas dorsais; narinas dispostas lateralmente;colorao com faixas transversais pretas e brancas.........................................................................................................................................LATICAUDINAE............LATICAUDA

    Ventrais indiferenciadas das escamas dorsais; narinas dispostas dorsalmente; colorao amarela(ventre) e preta (dorso).........................................HYDROPHEINAE...............PELAMIS

    VIPERIDAE:CROTALINAECosmopolita (exceto Austrlia)

    CHAVE PARA DETERMINAO DOS GNEROS DO NOVO MUNDO

    1. Creptculo caudal (chocalho) ou boto presente....................................................................2

    Creptculo caudal (chocalho) ausente....................................................................................3

    2. Dorso da cabea coberto por nove placas grandes simtricas, parietais presentes....................................................................................................................................................SISTRURUS

    Dorso da cabea revestido por numerosas escamas (e apenas algumas placas anteriores), parietais

    ausentes...................................................................................................... CROTALUS

    3. Dorso da cabea revestido por numerosas escamas (ou por placas irregulares, as parietaisausentes ou reduzidas e fragmentadas medialmente).............................................................4

    5Atualmente tem sido tratada pela maioria dos autores como sinnimo deMicrurus.

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    10/36

    10

    Dorso da cabea coberto por nove placas grandes simtricas (parietais presentes, em contatomedial)...............................................................................................................AGKISTRODON

    4. Subcaudais distais em uma ou duas fileiras; escamas caudais no eriadas; escamas dorsais noturberculares..................................................................................................................... 5

    Subcaudais distais divididas em 4-5 fileiras; escamas da extremidade caudal eriadas; escamasdorsais tuberculares.....................................................................................LACHESIS

    5. Supra-ocular normal, apndice supra-ocular ausente ou formado por vrias escamassupraciliares............................................................................................................................. 6

    Supra-ocular modificada em espinho longo ou achatado (s vezes com escamas adjacenteselevadas)................................................................................................................ OPHRYACUS

    6. Cauda fortemente prensil, com a extremidade curvada ventralmente; corpo comprimidolateralmente, geralmente delgado; (hbito arborcola)............................................................7

    Cauda no prensil (ou apenas ligeiramente); corpo no comprimido lateralmente; (geralmentehbito terrestre)...................................................................................................8

    7. Espinho terminal caudal curto e rombudo (Fig. 16A); [subcaudais simples].............BOTHRIECHIS

    Espinho terminal caudal alongado (Fig. 16B); subcaudais geralmente mistas ou divididas..................................................................................................................................BOTHRIOPSIS 6

    8. Subcaudais todas ou predominantemente simples..................................................................9

    Subcaudais todas ou predominantemente divididas..............................................................12

    9. Dorso da cabea recoberto por numerosas escamas pequenas..............................................10

    Dorso da cabea com algumas placas grandes (pelo menos anteriormente)...................................................................................................................................................... CERROPHIDIUM

    10. Mentoniana separada da pr-ventral por quatro ou mais gulares; sem linha clara vertebral

    ............................................................................................................................................... 11Mentoniana separada da pr-ventral por duas a trs gulares; com uma linha claravertebral...............................................................................................................PORTHIDIUM

    6Alguns autores consideram sinnimo deBothrops.

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    11/36

    11

    11. Focinho normal; escamas supraceflicas distintamente quilhadas; subcaudais 22-40...........................................................................................................................................ATROPOIDES

    Focinho pontudo e elevado; escamas supraceflicas lisas ou fracamente quilhadas; subcaudais38-57...........................................................................................BOTHROCOPHIAS

    12. Quilhas dorsais tuberculadas; intersupraoculares lisas ou quilhadas; distncia inter-ocular igual largura do crnio ao nvel da extremidade anterior dos supratemporais.......................................................................................................................BOTHROCOPHIAS

    Dorsais fortemente quilhadas, mas no tuberculares; intersupraoculares geralmente quilhadas;distncia interocular menor que a largura do crnio ao nvel da extremidade anterior dossupratemporais.....................................................................................BOTHROPS

    COLUBRIDAECosmopolita

    CHAVE PARA DETERMINAO DOS GNEROS SUL AMERICANOS

    1. Internasal nica; narinas (e usualmente olhos) voltadas para o dorso da cabea [nasalsemidividida, fossetas apicais ausentes, cabea pouco distinta do pescoo, olho pequeno amoderado, aquticos]..............................................HYDROPSINI.............................................2

    Internasal par (eventualmente ausentes, fundidas com pr-frontais); narinas geralmente situadaslateralmente............................................................................................................... 4

    2. Escamas dorsais lisas em 15 ou 17 fileiras; loreal ausente.....................................................3

    Escamas dorsais usualmente quilhadas em 19 a 27 fileiras; loreal presente [com reduo posteriorde fileiras dorsais]......................................................................................HELICOPS

    3. Colorao com faixas longitudinais; temporais 1+2; dentio isodonte, sem diastema.............................................................................................................................PSEUDOERYX

    Colorao com barras ou anis claros e escuros; temporais 1+1; dentio heterodonte, comdiastema posterior......................................................................................................HYDROPS

    4. Segunda (+3a) supralabial em contato com olho; olho diminuto; fossoriais [loreal ausente; nasalinteira; temporais 1+1 ou menos; dorsais em 15 (raramente 17) fileiras, sem redues e semfossetas apicais; cabea indistinta do pescoo; cauda curta (usualmente grossa ou rombuda);dentio opistoglifodonte com 3-5+2]; geralmente mais de 5 escamas em contato ao redor doespinho terminal caudal................................ELAPOMORPHINI................5

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    12/36

    12

    Segunda supralabial separada do olho; geralmente menos de 5 escamas em contato ao redor doespinho terminal caudal .....................................................................................................7

    5. Um par de pr-frontais (fundidas ou no com internasais).....................................................6

    Uma nica pr-frontal.............................................................................................PHALOTRIS

    6. Duas ps-oculares; internasais presentes; temporais anteriores presentes, separando a parietal dassupralabiais; formula temporal 1 + 1 + 2....................................ELAPOMORPHUS

    Uma nica ps-ocular; internais ausentes, fundidas com pr-frontais; temporal anterior ausente;frmula temporal 0+0-1+1..................................................................APOSTOLEPIS 7

    7. Pr-frontal nica, em trs placas ou em numerosas escamas pequenas; escamas geralmenteestriadas ou rugosas (freqentemente quilhadas); hipapfises robustas presentes em vrtebras

    posteriores; espinho neural e/ou zigapfises vertebrais geralmente expandidos [fossetas apicaisausentes]....................................................................................................... 8

    Pr-frontal par; escamas dorsais geralmente no estriadas nem rugosas; hipapfises ausentes emvrtebras posteriores.........................................................................................13

    8. Pr-frontal nica ou em numerosas escamas pequenas; duas ou nenhuma supralabial em contatocom olho....................................................................NOTHOPSINI.............................9

    Pr-frontal em trs placas; uma nica supralabial em contato com olho.......TRETANORHINUS

    9. Dorso da cabea revestido por placas grandes e simtricas, sem escamas pequenas; temporais1+2, 7-9 supralabiais, duas em contato com olho; dorsais em 17-23 fileiras.......10

    Dorso da cabea com algumas placas e numerosas escamas pequenas, especialmente na regiopr-frontal; regio temporal coberta por numerosas escamas; mais de 10 supralabiais; sub-oculares presentes; dorsais em 27-31 fileiras.............................NOTHOPSIS

    10. Pupila circular; dentio aglifodonte; escamas dorsais quilhadas, em 19 a 23 fileiras; mais de 80subcaudais................................................................................................................... 11

    Pupila elptica; dentio opistoglifodonte; escamas dorsais lisas, em 17 fileiras; menos de 50

    subcaudais.......................................................................................................XENOPHOLIS

    11. Loreal presente; nasal inteira; mais de 143 ventrais; mais de 98 subcaudais.......................12

    Loreal ausente; nasal dividida; 138-140 ventrais, 90-97 subcaudais..............EMMOCLIOPHIS

    7IncluindoParapostolepis

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    13/36

    13

    12. Escamas da fileira vertebral biquilhadas e maiores que as paravertebrais; mais de 180 ventrais[dorsais em 19 fileiras]......................................................................DIAPHOROLEPIS

    Escamas da fileira vertebral uniquilhadas e indiferenciadas das paravertebrais; menos de 170ventrais...............................................................................................................SYNOPHIS

    13. Escamas dorsais em nmero par de fileiras, fileira vertebral ausente.........COLUBRINI........14

    Escamas dorsais em nmero impar de fileiras, fileira vertebral presente.............................15

    14. Dorsais em 10 a 12 fileiras; dentes maxilares 24-45..............................................CHIRONIUS

    Dorsais em 16 a 20 fileiras; dentes maxilares 18-23.................................................SPILOTES

    15. Corpo deprimido dorso-ventralmente; escamas dorsais dispostas em fileiras oblquas; [escamasdorsais em 19-21, dentio aglifodonte, com 6-14 dentes maxilares mais um par de presaslaminares extremamente grandes; hemipnis espinulado e discado apicalmente]......................................................................................................................... 16

    Corpo cilndrico; escamas dorsais dispostas em fileiras longitudinais regulares, pelo menos naporo posterior do corpo (ou se ligeiramente oblquas, ento corpo comprimido lateralmente)......................................................................................................................... 17

    16. Dentes maxilares 10-14+2; 8 supralabiais; hemipnis bilobado (s vezes profundamente, mas nodividido)......................................................................................................XENODON

    Dentes maxilares 6-7+2; usualmente 7 supralabiais e 3 ps-oculares (incluindo uma ps-subocular); hemipnis completamente dividido................................................WAGLEROPHIS

    17. Rostral (mesmo que eventualmente modificada) no quilhada dorsalmente; internasais emcontato medial; mais de 7 dentes maxilares (usualmente mais de 10)..................................18

    Rostral modificada (trihedral, com borda horizontal e ponta aguda revirada para cima), comquilha mdio-dorsal separando internasais (e em contato com pr-frontais); dentes maxilares 4-5+2 [dentes posteriores extremamente grandes e laminares; hemipnis espinulado e discadoapicalmente]........................................................................LYSTROPHIS

    18. Escamas dorsais em 21 ou 23 fileiras e pupila circular........................................................19

    Escamas dorsais em nmero diferente de 21-23 fileiras (geralmente

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    14/36

    14

    Colorao dorsal padro-coral..........................................................................LAMPROPELTIS

    20. Escamas dorsais dispostas em fileiras longitudinais regulares.............................................21

    Escamas dorsais dispostas em fileiras oblquas na parte anterior do corpo [anal inteira, escamas

    dorsais quilhadas].......................................................................................PSEUSTES

    21. Fossetas apicais presentes; temporais usualmente 2+3; dentio opistoglifodonte..............22

    Fossetas apicais ausentes; temporais 1+2; dentio aglifodonte....................LIOHETEROPHIS

    22. Colorao com blocos ou manchas dorsais; corpo algo comprimido lateralmente; escamascaudais distais eriadas (pelo menos em jovens); hemipnis dividido, bicaliculado, sem clices naface assulcada e com sulco espermtico centrfugo.........................TROPIDODRYAS

    Colorao uniforme ou lineada; corpo cilndrico; escamas caudais lisas distalmente; hemipnisbilobado, semicapitado, com clices grandes estendendo pela assulcada e sulco espermticocentrolinear [escamas dorsais lisas].................................................PHILODRYAS

    23. Placa anal inteira...................................................................................................................24

    Placa anal dividida................................................................................................................43

    24. Escamas no lanceoladas; focinho curto; internasais e pr-frontais relativamente largos....25

    Escamas estreitas e lanceoladas; focinho usualmente longo ou acuminado; internasais e pr-

    frontais mais longos que largos; subcaudais165-190 (loreal freqentementeausente)...............................................................................................................XENOXYBELIS

    25. Pr-ocular usualmente ausente (pr-frontal em contato com o olho) ou restrita borda orbitalspero-anterior, permitindo contato da loreal com o olho, ou ento sem sulco mentoniano;usualmente sem reduo posterior no nmero de fileiras de escamas dorsais; hemipnisgeralmente unicapitado e apenas ligeiramente bilobado [pupila elptica ou subelptica, fossetasapicais geralmente ausentes, dentio maxilar isodonte e semdiastema]............................................................................................D IPSADINI...................26

    Pr-ocular presente, separando a pr-frontal do olho; hemipnis no unicapitado [sulco

    mentoniano presente, usualmente com reduo posterior no nmero de fileiras de escamasdorsais (exceto quando com 15 fileiras)]..............................................................................31

    26. Escamas dorsais em menos de 19 fileiras, no estriadas, usualmente lisas e sem fossetasapicais.................................................................................................................................... 27

    Escamas dorsais em 19-21 fileiras, estriadas, quilhadas e com fossetas apicais.............NINIA

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    15/36

    15

    27. Dois ou mais pares de mentonianas; olho moderado a grande, de dimetro igual ou maior que suadistncia da boca, corpo no cilndrico, com cabea bem distinta do pescoo e cauda afilada;pupila elptica; 11-26 dentes maxilares..........................................................28

    Um nico par de mentonianas ou com 2opar reduzido; olho reduzido, de dimetro menor que suadistncia da boca; corpo cilndrico, com cabea indistinta do pescoo e cauda curta; pupilaredonda ou subelptica; 5-13 dentes maxilares..........................................................30

    28. Sulco mentoniano ausente; nenhuma supralabial em contato com ambas ps-ocular e temporalposterior.................................................................................................................29

    Sulco mentoniano presente, geralmente distinto; a supralabial sob temporal anterior maior e emcontato com ps-ocular e temporal posterior.........................................................SIBON

    29. Corpo cilndrico ou pouco comprimido lateralmente; fileira de escamas vertebrais iguais oupouco mais largas que as paravertebrais; olhos de tamanho moderado, inaparentes em vistaventral; terceira supralabial em contato com o olho; apenas um par de infralabiais em contatoatrs da sinfisial; cabea moderadamente distinta do pescoo.........SIBYNOMORPHUS

    Corpo fortemente comprimido lateralmente; fileiras de escamas vertebrais distintamentedilatadas, muito maiores que as paravertebrais; pr-ocular(es) presente(s); olhos muito grandes,aparentes inclusive em vista ventral; terceira supralabial separada do olho; freqentemente commais de um par de infralabiais em contato atrs da sinfisial; cabea extremamente distinta dopescoo.................................................................................DIPSAS

    30. Escamas dorsais lisas; [temporal anterior presente, separando supralabial da parietal] (usualmenteduas ps-oculares)...............................................................................ATRACTUS

    Escamas dorsais quilhadas, pelo menos na poro posterior do corpo; temporal anteriorusualmente ausente, permitindo contato da supralabial com parietal; uma nica ps-ocular; supra-ocular muito reduzida; [6 supralabiais]............................................................GEOPHIS

    31. Sub-oculares ausentes...........................................................................................................32

    Sub-oculares presentes [porte grande e robusto; hemipnis semicapitado; dorsais em 19fileiras]..........................................................................................................HYDRODYNASTES

    32. Pupila circular; dentio aglifodonte e isodonte, com mais de 16 dentes maxilares; hemipniscom sulco espermtico simples [e no capitado]...............COLUBRINAE.............33

    Pupila elptica vertical; dentio opistoglifodonte (ou se eventualmente aglifodonte, ento comdois dentes ps-diastemais laminares muito grandes); com 7-15+2 dentes maxilares; hemipniscom sulco espermtico bifurcado........................................................................35

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    16/36

    16

    33. Escamas dorsais lisas; menos de 105 subcaudais; nmero de subcaudais muito menor que o deventrais............................................................................................................................. 34

    Escamas dorsais quilhadas; mais de 105 subcaudais; nmero de subcaudais aproxima-se do deventrais......................................................................................................DENDROPHIDION

    34. Mentonianas anteriores iguais ou mais longas que as posteriores; mais de 180 ventrais; menos de90 subcaudais.....................................................................................DRYMARCHON

    Mentonianas anteriores distintamente mais curtas que as posteriores; menos de 180 ventrais; maisde 90 subcaudais..........................................................................DRYMOLUBER

    35. Nasal dividida; temporais freqentemente 2+3; pr-ocular restrita lateralmente, no seestendendo dorsalmente; supra-ocular pouco reduzida; mais de 43 subcaudais; hemipnisbicapitado, sem espinhos na face assulcada..................................PSEUDOBOINI..................36

    Nasal inteira; temporais 1+2; pr-ocular estende-se dorsalmente at o nvel da supra-ocular, que bem reduzida; menos de 44 subcaudais; hemipnis no capitado, com espinhos ao redor docorpo; (frontal muito larga e triangular)................................................XENOPHOLIS

    36. Escamas dorsais em 17 a 29 fileiras, com reduo posterior; 7 a 9 supralabiais; dentesmaxilares10-17, seguidos por dois dentes posteriores sulcados, no laminares...................37

    Escamas dorsais em 15 fileiras, sem reduo posterior; usualmente 6 supralabiais; dentesmaxilares 7-10, seguidos por dois dentes grandes e laminares, no sulcados; (lorealausente)..............................................................................................................DREPANOIDES

    37. Escamas dorsais em 17 a 19 fileiras; 7-8 supralabiais..........................................................38

    Escamas dorsais em 25 a 29 fileiras; 9 supralabiais [escamas da fileira vertebral maiores que asparavertebrais, subcaudais mistas]..........................................................RHACHIDELUS

    38. Rostral normal (arredondada) ou algo proeminente, sem borda horizontal, nem revirada paracima............................................................................................................................... 39

    Rostral espatulada, com borda horizontal e ponta aguda revirada para cima; [frontal larga etriangular pelo menos na extremidade distal].........................................................PHIMOPHIS

    39. Subcaudais divididas.............................................................................................................40

    Subcaudais inteiras................................................................................................PSEUDOBOA

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    17/36

    17

    40. Corpo moderadamente longo e cilndrico; cabea pouco ou moderadamente distinta do pescoo;cauda moderadamente longa, usualmente com menos de 100 subcaudais; dentes maxilares emandibulares sub-iguais ou decrescendo gradualmente em tamanho...............41

    Corpo alongado, delgado e comprimido lateralmente; cabea muito distinta do pescoo delgado,olhos saltados; cauda longa e delgada, com mais de 100 subcaudais; dentes maxilares

    anteriores bem mais longos que os posteriores, dentes mandibulares anteriores extremamentegrandes e diferenciados dos posteriores.........................................SIPHLOPHIS

    41. Colorao dorsal vermelha uniforme com cabea preta e colar nucal branco (em jovens),escurecendo at totalmente preta uniforme (em adultos); focinho curto e largo; usualmente 3ae 4asupralabiais em contato com olho; dentes mandibulares sub-iguais em tamanho.....42

    Colorao padro-coral, raramente uniformemente, e sem mudana ontogentica; focinhorelativamente alongado e algo afilado; usualmente 4a e 5a supralabiais em contato com o olho;dentes mandibulares decrescendo gradualmente em tamanho posteriormente............................................................................................................................................... OXYRHOPUS

    42. Regio posterior do ventre e subcaudais pretas em adultos; hemipnis com espinhos intrasulcaresaumentados ausentes.............................................................................BOIRUNA

    Regio ventral clara posteriormente em adultos; hemipnis com espinhos intrasulcaresaumentados presentes....................................................................................................CLELIA

    43. Mucosa oral preta ou cinza escuro; nasal semidividida ou inteira; pupila subelptica [dentioopistoglifodonte, com 1-8+2 dentes maxilares, os posteriores extremamente grandes (nolaminares)]........................................................TACHYMENINI........................44

    Mucosa oral clara; nasal dividida; normalmente pupila circular..........................................46

    44. Supralabiais 8, 4ae 5aem contato com olho................................................PSEUDOTOMODON

    Supralabiais 7, 3ae 4aem contato com olho.........................................................................45

    45. Escamas dorsais em 15 fileiras.................................................................CALAMODONTOPHIS

    Escamas dorsais em 17 fileiras.................................................................................TOMODON

    46. Loreal ausente [dorsais em 15 ou 17 fileiras].........................COLUBRINAE.........................47

    Loreal presente......................................................................................................................50

    47. Olho pequeno a moderado; cabea indistinta do pescoo; cauda relativamente curta; fossetasapicais ausentes.........................................................SONORINI...............................48

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    18/36

    18

    Olho grande (maior que sua distncia boca); cabea bem distinta do pescoo; cauda bastantealongada; fossetas apicais presentes [pr-frontal em contato com supralabiais]....49

    48. Nasal distinta da internasal; rostral no proeminente, dorsais em 15 fileiras...........TANTILLA

    Nasal anterior fusionada com internasal; rostral algo proeminente; dorsais em 17fileiras...................................................................................................................STENORHINA

    49. Aglifodonte; focinho pouco alongado, no acuminado; escamas no muito mais longas quelargas; internasais e pr-frontais relativamente largos............................................LEPTOPHIS

    Opistoglifodonte; focinho extremamente longo e acuminado; escamas estreitas (muito maislongas que largas); internasais e pr-frontais mais longos que largos [loreal ausente, subcaudais140-190, hemipnis e sulco espermtico simples] (usualmente 6a supralabial em contato comolho)...................................................................................................... OXYBELIS

    50. Pupila elptica vertical [fossetas apicais presentes; olho grande].........................................51

    Pupila circular ou subelptica................................................................................................55

    51. Olho grande e globoso; cabea muito distinta do pescoo delgado; corpo pelo menos um poucocomprimido lateralmente; nasal dividida [hemipnis simples, com sulco espermticosimples]................................................................................................................................. 52

    Olho normal (no globoso), corpo cilndrico, pescoo no muito delgado; nasal geralmentesemidividida; sulco espermtico bifurcado...........................................................................54

    52. Colorao com blocos dorso-laterais ou faixas transversais (no padro-coral); escamas dorsaislisas; ventrais arredondadas......................................................................................53

    Colorao padro-coral (vermelha com anis pretos); escamas dorsais quilhadas; ventraisanguladas ou quilhadas lateralmente.............................................................RHINOBOTHRIUM

    53. Corpo moderadamente alongado e pouco comprimido; escamas da fileira vertebral no oulevemente diferenciadas das paravertebrais; escamas dorsais em 19 a 23 fileiras; menos de 100subcaudais......................................................................................................LEPTODEIRA

    Corpo muito alongado e extremamente comprimido lateralmente; escamas da fileira vertebralextremamente diferenciadas das paravertebrais; escamas dorsais em 15 ou 17 fileiras; mais de100 subcaudais.............................................................................IMANTODES

    54. Dentes mandibulares anteriores bem mais longos que os seguintes....................TACHYMENIS

    Dentes mandibulares sub-iguais.................................................................THAMNODYNASTES

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    19/36

    19

    55. Nmero de subcaudais (>130) aproxima-se ou ultrapassa o de ventrais; [escamas dorsais em 15fileiras]....................................................................................................................... 56

    Nmero de subcaudais muito menor que o de ventrais.........................................................57

    56. Escamas da fileira vertebral maiores que as paravertebrais; nasal inteira; fossetas apicaisausentes; escamas dorsais lisas; com 22-26 dentes maxilares; hemipnis bilobado com sulcoespermtico bifurcado.................................................................................CERCOPHIS8

    Escamas da fileira vertebral indiferenciadas das paravertebrais; nasal dividida; uma fosseta apicalpresente; fileiras paravertebral e vertebral quilhadas anteriormente; com 33-36 dentes maxilares;ambos hemipnis e sulco espermtico simples.....................................LEPTOPHIS

    57. Placa pr-subocular ausente..................................................................................................58

    Placa pr-subocular presente (ou com duas pr-oculares); [fossetas apicais nicas]...............................MASTICOPHIS

    58. Temporal anterior dupla (temporais 2+2-3)..........................................................................59

    Temporal anterior nica (temporais 1+2).............................................................................65

    59. Menos de 65 subcaudais; pupila subelptica; dentio opistoglifodonte, heterodonte, comdiastema; hemipnis pelo menos ligeiramente bilobado [sulco espermticobifurcado]..........................................................................TACHYMENINI.............................60

    Mais de 65 subcaudais; pupila circular; dentio aglifodonte (geralmente isodonte e/ou semdiastema posterior); hemipnis simples................................................................................61

    60. Escamas dorsais lisas; 13-15+2 dentes maxilares...............................................GOMESOPHIS

    Escamas dorsais fortemente quilhadas; 17-20+2 dentes maxilares......................PTYCHOPHIS

    61. Rostral normal, relativamente curta e arredondada, no proeminente; colorao no padro-coral....................................................................................................................................... 62

    Rostral modificada, extremamente larga e proeminente; colorao padro-coral, com trades deanis pretos...............................................................................................SIMOPHIS

    62. Escamas dorsais lisas............................................................................................................63

    Escamas dorsais quilhadas.....................................................................................DRYMOBIUS

    8Igual a Uromacerina

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    20/36

    20

    63. Duas temporais anteriores; hemipnis assimtrico, com sulco espermtico simples tendendo paraum dos lados do rgo, e ornamentao de espinhos uniforme ao redor......................64

    Uma temporal anterior; sulco espermtico bifurcado, ornamentao de espinhos geralmente nouniforme ao redor do hemipnis (com duas sries de espinhos maiores e/ou uma faixalongitudinal nua na face assulcada); (linha preta pontilhada ventro-lateral geralmentepresente)..........................................................................................................ECHINANTHERA

    64. 3a supralabial separada do olho; subcaudais >80; (temporais 2+2-3) .............MASTIGODRYAS

    3a a 5asupralabiais contactando olho; subcaudais

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    21/36

    21

    71. Supralabiais 8, pelo menos 4a. e 5a. em contato com olho; colorao lineada; dentioaglifodonte; hemipnis simples e caliculado; mais de 60 subcaudais...................................78

    Supralabiais 7, 3a e 4aem contato com olho; colorao padro-coral (vermelha com anis pretos ebrancos completos ao redor do corpo); dentio usualmente opistoglifodonte; hemipnis bilobadoe discado; menos de 60 subcaudais............................ERYTHROLAMPRUS

    72. Escamas dorsais com fossetas apicais [maxilar com diastema acentuado]...........................73

    Escamas dorsais sem fossetas apicais...................................................................................74

    73. Cauda alongada, com mais de 85 subcaudais; canthus rostralis obtuso; dentio geralmenteopistoglifodonte; hemipnis caliculado distalmente, sem discos apicais.............PHILODRYAS

    Cauda moderada, com menos de 80 subcaudais; canthus rostralis arredondado; dentioaglifodonte; hemipnis espinulado distalmente, com discos apicais...........................LIOPHIS

    74. Dentes maxilares voltados para trs, os posteriores pouco maiores que os anteriores, separadospor diastema curto................................................................................................75

    Dentes maxilares anteriores (6-12) direcionados para dentro; dentes posteriores extremamentegrandes e laminares; separados por longo diastema......................UMBRIVAGA

    75. Cabea pouco ou indistinta do pescoo; dentio opistoglifodonte, com menos de 15 dentesmaxilares............................................................................................................................... 76

    Focinho arredondado ou achatado, no proeminente; cabea pelo menos um pouco distinta do

    pescoo; dentio aglifodonte, com mais de 15 dentes maxilares (e diastema relativamente curto);dentes mandibulares anteriores pouco mais longos ou indiferenciados da srie seguinte................................................................................................................... 77

    76. Supralabiais 8-9 (4a-5a em contato com olho); focinho no proeminente; dentes mandibularessub-iguais....................................................................................CONIOPHANES

    Supralabiais 7 (3a-4a em contato com olho); focinho algo proeminente; dentes mandibularesanteriores bem maiores e diferenciados da srie seguinte [dorsais em 17 fileiras]..................................................................................................................................................DITAXODON

    77. Extremidade da cauda e espinho terminal normalmente afilados; (3a supralabial usualmente emcontato com o olho).........................................................................................................78

    Extremidade da cauda pouco afilada, com espinho terminal nitidamente aculeado [ventrais 170-215, subcaudais 45-85, hemipnis profundamente bilobado].........................PSOMOPHIS

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    22/36

    22

    78. Geralmente 7 supralabiais, 3a-4a-5a ou 3a-4a em contato com olho; hemipnis profundamentebilobado, bicaliculado e sem discos apicais [ventrais 145-175, subcaudais 50-76].................................................................................................................SAPHENOPHIS

    Supralabiais 8, 4a-5a em contato com olho (a 3a sempre separada); hemipnis bilobado,distalmente espinulado e com discos apicais...............................................................LIOPHIS

    Ilustraes complementares

    As figuras seguintes ilustram um conjunto de termos referentes a estruturas e folidose da

    cabea em Colubridae (Figs. 1, 2 e 3), Scolecophidia (Figs. 5 e 6), Boidae (Figs. 7 e 8) e

    Viperidae (Figs. 9 e 10), e do corpo (Figs. 11 e 13) e cauda em serpentes (Fig. 14) em geral.

    occipitalmediana

    parietal supra-ocular

    internasal

    occipitallateral

    frontal pr-frontal

    rostral

    temporalposterior

    ocular

    Figura 1: Vista dorsal esquemtica da cabea de um Colubridae, mostrando as placasceflicas.

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    23/36

    23

    Figura 3: Vista ventral esquemtica da cabea de um Colubridae, mostrando as placasceflicas.

    infralabial

    sinfisial

    gulares mentonianaspr-ventraisventral sulco mentoniano

    nasalanterior

    nasalposterior

    internasal

    pr-frontalparietal ps-oculares pr-ocular lorealtemporalanterior

    supra-oculartemporaisposteriores

    supralabiaisinfralabiais

    sinfisial

    rostral

    ocular

    Figura 2: Vista lateral esquemtica da cabea de um Colubridae, mostrando as placasceflicas.

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    24/36

    24

    ocular

    A

    nasalposterior

    lorealpr-frontal

    B

    pr-ocular pr-frontalocular nasal

    Figura 4:Vista lateral esquemtica da cabea de um Colubridae. A. mostrando a ausnciada placa pr-ocular; B.mostrando a ausncia da placa loreal.

    A

    frontal pr-frontal rostralocular nasalposterior

    B

    frontal pr-frontal rostralocular

    Figura 5: Vista dorsal esquemtica da cabea dos gneros de Anomalepididae. A.nomalepissp.; B.Helmintophissp.; C.Liotyphlopssp.; D.Typhlophissp.. Modificado de

    Peters & Orejas-Miranda, 1970.

    C

    frontal pr-frontal rostralocular nasalposterior

    rostralocular

    D

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    25/36

    25

    Figura 6:Esquema da cabea de Typhlopssp. A.vista dorsal; B. vista lateral. Modificadode Peters & Orejas-Miranda, 1970.

    A

    frontal rostralocular nasalposterior

    B

    nasalanterior

    nasalposterior

    pr-ocularocular rostral

    Figura 7: Vista dorsal esquemtica da cabea de um Boidae, mostrando as placasceflicas, sendo a regio anterior coberta placas grandes e simtricas e a posterior pornumerosas escamas.

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    26/36

    26

    Figura 9:Vista dorsal esquemtica da cabea de um Viperidae, mostrando cabea cobertapor numerosas escamas quilhadas.

    Figura 8:Vista lateral esquemtica da cabea de um Boidae, com fossetas labiais rasas.

    fosseta labialsub-oculares

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    27/36

    27

    12

    43

    5 67

    1213

    89

    1011

    34

    5

    1514

    67

    89

    1011

    1213

    1415

    1312

    11109

    ventralfileira vertebral

    fileira paravertebralfileira paraventral

    fileiras laterais

    Figura 11:Vista das escamas dorsais, em esquema, mostrando trs modos de contagemdas fileiras de escamas.

    Figura 10: Vista lateral esquemtica da cabea de um Crotalinae, mostrando a fossetaloreal.

    fosseta loreal

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    28/36

    28

    Figura 13: Detalhes das escamas dorsais, mostrando ornamentaes. A. com 1 fossetaapical; B.com 2 fossetas apicais; C.quilhada; D.estriada; E.rugosa; F.tuberculada.

    A

    D

    B

    E

    C

    F

    Figura 12:Vista das escamas dorsais, em esquema, mostrando escamas oblquas.

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    29/36

    29

    Figura 16: Vista lateral esquemtica da cauda de Viperidae. A.Bothriechis sp.; B.Bothriopsis sp. Modificado de Campbell & Lamar, 2004.

    A B

    espinhoterminal

    espinhoterminal

    Figura 14:Vista ventral esquemtica na regio da cauda. A. mostrando a placa anal e assubcaudais inteiras; B.mostrando a placa anal e as subcaudais divididas.

    B

    ventral subcaudaisanal espinhoterminal

    A

    ventral subcaudaisanal espinhoterminal

    Figura 15:Vista lateral esquemtica do creptculo caudal. A.boto terminal no filhote; B.chocalho no adulto.

    A B

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    30/36

    30

    Aglifodonte: tipo de dentio em quetodos os dentes da srie maxilar soslidos (no sulcados nem caniculados).Este termo mais apropriado do queglifo.

    Alvolo:cavidade de insero dental.

    Anal: placa ventral localizada sobre acloaca. Pode ser inteira ou dividida (Fig.14B).

    Bicaliculado: hemipnis com duas reasde clices descontinuas entre lobos.

    Clice: ornamentao apical do

    hemipenis em forma de taas diminutas,cujas bordas unidas determinam padroreticulado ou alveolar (caliculado).

    Capitado: hemipnis com a poroapical distinta do corpo do rgo,usualmente por um sulco transversal,delimitando a rea de ornamentaoapical. Pode ser unicapitado,semicapitado (quando as duas bordas dosulco transversal no se encontram) oubicapitado.

    Creptculo caudal: apndice caudal deformado por segmentos queratinizadosfrouxamente articulados, que produz somde chocalho quando agitado (Fig. 15B).Filhotes, antes da primeira muda,possuem apenas um segmento, chamadoboto (Fig. 15A).

    Diastema: espao entre uma srie dedentes. um espao verdadeiro (oalvolo est ausente).

    Diminuto:olho de dimetro muito menorque sua distncia boca.

    Discos apicais: estrutura circularachatada no pice do hemipnis.

    Escama: estrutura epidrmica (unidade)queratinizada que reveste o corpo (Fig.11), e trocada junto com ostratum

    corneum durante a muda. Normalmentese dispem imbricadas, revestindo odorso e as laterais do corpo. Pode sediferenciar em placa ou espinho.

    Espinho: hemipnis com espinhoscalcificados (duros) ao redor do corpo dorgo.

    Espinho terminal:ltima escama caudal(Fig. 14), que pode modificar-se em

    longo espinho (Fig. 16).Espinulos: hemipnis com micro-espinhos ao redor do corpo do rgo(espinulado).

    Estriada: escama com finos sulcosparalelos longitudinais (Fig. 13D).

    Fileiras dorsais: refere-se ao nmero defileiras longitudinais de escamas dorsais(Fig. 11). Exceto quando explicitado,refere-se a contagem do meio do corpo.

    As fileiras podem estar dispostasregularmente (escamas de tamanhoaproximadamente semelhantes eeqidistantes entre si)(Fig. 11) ouobliquamente (escamas menoresvertebralmente, que vo aumentando detamanho em direo ao ventre, e sedispem oblquas entre si)(Fig. 12).

    Fosseta apical: depresso rasa nasuperfcie externa e distal uma escama, naqual a cutcula mais fina e

    caracteristicamente refletora a luz. Podeestar ausente, ser nica (Fig. 13A) ou emmaior nmero (Fig. 13B).

    Fosseta labial: fenda (sulco) na margemou no centro das placas labiais dealgumas serpentes (Fig. 8), formando

    GLOSSRIO

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    31/36

    31

    uma srie. rgo sensorialtermorreceptor.

    Fosseta loreal:cavidade na regio loreal(entre o olho e a narina) presente nosCrotalinae (Fig. 10). rgo sensorial

    termorreceptor.Frontal: placa ceflica dorsal nica egrande entre as supra-oculares (Fig. 1).

    Gulares: escamas localizadas entre asplacas infralabiais e mentonianas (Fig. 3).

    Infralabial:placa do lbio inferior (Figs.2 e 3). A fileira de infralabiais inicia-se apartir da placa sinfisial e termina no oralrictus, normalmente, coberta pela ltimasupralabial.

    Internasal: placa ceflica dorsalposterior a rostral e entre as placas nasais(Fig. 1 e 2). Pode ser ausente, nica oupar.

    Isodonte: tipo de dentio com dentesno diferenciados em forma e tamanho aolongo da serie.

    Hemipnis: rgo (par) copuladormasculino dos Squamata. membranosoe fica alojado internamente na base dacauda, sendo evertido no momento dacpula. Pode ser: simples(essencialmentecilndrico, porm pode ser muitomodificado e assimtrico); bilobado (sedividido at metade do rgo); oudividido (se mais da metade do rgo dividida). assimtrico quando um dosrgos no a imagem espelho do outro.

    Heterodonte: tipo de dentio comdentes diferenciados em forma e tamanho

    ao longo da srie, geralmente osposteriores (opistomegadonte).

    Hipapfise: processo mdio-ventral dasvrtebras em forma de quilha. Podemestar ausentes, ou variavelmentedesenvolvidas na poro anterior ou aolongo de todo o corpo.

    Loreal: placa ceflica lateral, localizadaentre as placas nasal e pr-ocular (Fig. 2).Na ausncia desta placa haver apenas apr-ocular entre a nasal e o olho (nestecaso, a pr-ocular isola o olho da pr-

    frontal)(Fig. 4B).Mentoniana: placas (pares) ou escamasbordeando o sulco mentoniano,circundada pelas sinfisial, infralabiais egulares (Fig. 3). Podem existir um oumais pares diferenciados.

    Nasal: placa ceflica par que contm anarina. dita inteira quando a narina selocaliza inteiramente contida dentro daplaca (Fig. 4B); dividida quando anarina se localiza numa sutura entre duasplacas (neste caso entre a placa nasalanterior e posterior)(Fig. 4A) e semidividida quando a sutura chega at anarina e no a ultrapassa.

    Occipitais: escamas ou placas entre aborda posterior das parietais e a primeirafileira transversal de dorsais (Fig. 1). Aslaterais contatam a temporal posterior e aborda pstero-lateral da parietal; amediana insere-se entre as extremidades

    posteriores do par de parietais.Ocular: placa modifica em lente, sob aqual se localiza o olho (Fig. 2).

    Opistoglifodonte: tipo de dentio emque os ltimos dentes da srie maxilar sosulcados (geralmente em sua faceanterior). Este termo mais apropriadodo que opistglifo.

    Oral rictus:ngulo bucal.

    Paravertebral: fileira(s) longitudinal(is)de escamas dorsais ao lado da fileiravertebral (Fig. 11).

    Padro-coral: padro de coloraoconstitudo por conjuntos de anis oufaixas transversais vermelhas, pretas ebrancas ou amarelas ao longo do corpo;

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    32/36

    32

    as pretas arranjadas em mnades, dadesou trades.

    Parietal: placa ceflica dorsal par,localizada posterior placa frontal (Fig.1).

    Placa:escama diferenciada em tamanho eforma, normalmente na regio ceflica eventral.

    Ps-ocular: placa ceflica lateral,localizada posteriormente a cada olho(Fig. 2). Pode ser nica ou estar em maiornmero.

    Prensil: cauda curvada ventralmente naextremidade distal, fazendo com que elase prenda a objetos fortemente.

    Pr-frontal: placa ceflica dorsallocalizada imediatamente anterior placafrontal (Fig. 1). Geralmente par ou nica.Na ausncia da placa pr-ocular, a pr-frontal entra em contato com o olho (Fig.4A).

    Pr-ocular: placa ceflica lateral,localizada anteriormente a cada olho (Fig.2). Pode ser nica ou estar em maiornmero. Na ausncia desta placa, a placa

    pr-frontal entra em contato com o olho(Fig. 4A).

    Pr-subocular: pequena placa emposio antero-inferior borda ocular,entre a pr-ocular, supralabial e a ocular.

    Pr-ventral: placas mais largas quelongas entre as gulares e primeira ventral(excluindo a primeira fileira longitudinalde escamas dorsais em ambos oslados)(Fig. 3).

    Proteroglifodonte: tipo de dentio naqual um par de presas canaliculadas seencontram em posio anterior nomaxilar , que fixo. caracterstica dafamlia Elapidae, e em diversos delesexistem dentes slidos posteriores spresas canaliculadas. Este termo maisapropriado do que proterglifo.

    Quilha: ornamento crneo em forma decrista longitudinal mediana de umaescama (Fig. 13C). Sinnimo de carena.

    Reduo de fileiras:refere-se a alteraodo nmero de fileiras longitudinais de

    escamas dorsais ao longo do corpo, dopescoo cloaca. Para verificar seocorrem redues, usualmente so feitastrs contagens (Fig. 11): a uma cabea dedistncia da nuca, no meio do corpo e auma cabea de distncia anterior cloaca.

    Rostral: placa nica localizada na bordaoral anterior superior (Figs. 1 e 2).

    Rugosa: escama com pregas ou rugaslongitudinais grosseiras (superfcie

    irregular)(Fig. 13E).Sinfisial:placa nica localizada na bordaoral anterior inferior (Figs. 2 e 3).

    Solenoglifodonte: tipo de dentio naqual um par de presas tubulares seencontram em posio anterior na boca, eso os nicos dentes do maxilar, que extremamente curto e mvel. caracterstica da famlia Viperidae. Estetermo mais apropriado do que

    solenglifo.Stratum corneum: camada mais externae queratinizada da epiderme, que revestetodo o corpo, possuindo unidadesdefinidas e destacveis, denominadasescamas. Essa camada perdida durante amuda, quando uma nova camada jestiver formada abaixo.

    Subcaudal: srie longitudinal de placasrevestindo a superfcie ventral da cauda. dita inteira (ou simples) quando emapenas uma srie (Fig. 14A) e divididaquando em duas (Fig. 14B). dita mistase apresentar as duas formas.

    Sub-ocular: fileira de escamas que isolao olho das supralabiais. Pode estarausente ou presente.

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    33/36

    33

    Sulco espermtico: sulco no hemipnisque conduz o esperma da cloaca domacho para a da fmea. Sua presenadefine a face sulcada, que externaquando o hemipnis est evertido. Pode

    ser simples ou bifurcado, indepedente daforma ou bilobao do hemipnis. Via deregra, cada ramo do sulco percorre umlobo do orgo. dito centrpeto quandoos ramos convergem e percorrem a faceinterna dos lobos, centrfugo quando osramos divergem e percorrem a face lateraldos lobos, e centrolinear quando os ramospercorrem a mesma face (sulcada) doslobos.

    Sulco mentoniano: sulco profundo

    localizado entre os pares de mentonianas(Fig. 3), proporcionando o afastamentoentre as hemimandibulas durante aingesto.

    Supralabial:placa ou srie de placas dolbio superior (Fig. 2). Inicia-se a partirda rostral e termina, normalmente,abruptamente no oral rictus, onde bordeada por escamas indiferenciadasmenores.

    Supra-ocular: placa ceflica par, cadauma localizada sobre o olho (Figs. 1 e 2).

    Temporal:escamas ou placas localizadasaps as placas ps-oculares, limitadas

    superiormente pela placa parietal einferiormente pelas placas supralabiais(Fig. 2). Normalmente existem duasseries transversais (anterior e posterior).

    Tuberculada: escama verrucosa comprotuberncias (Fig. 13F).

    Ventral: srie longitudinal de placaslargas imbricadas revestindo a superfcieventral do corpo, limitada anteriormentepelas pr-ventrais (e gulares)(Fig. 3) eposteriormente pela placa anal (Fig. 14).

    A primeira ventral a primeira placa emcontato com a primeira fileiralongitudinal de escamas dorsais emambos os lados.

    Vertebral: fileira longitudinal deescamas dorsais ao longo da linha mdio-dorsal do corpo (Fig. 11). A presenadesta fileira confere uma contagem mparde fileiras longitudinais dorsais.

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    34/36

    34

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ABE J.M. & N. PAPAVERO, 1994. Teoria Intuitiva dos Conjuntos. Makron Books.

    ALMEIDA, L.M.; C.S. RIBEIRO-COSTA & L. MARINONI, 1998. Manual de Coleta,Conservao, Montagem e Identificao de Insetos. Holos Editora.

    BOULENGER, G.A., 1893-1896. Catalogue of Snakes in the British Museum (NaturalHistory). 3 volumes. London: Trustees of the British Museum

    CAMPBELL, J.A. & W.W. LAMAR, 1989. The Venomous Reptiles of Latin America.Comstock Publishing Associates.

    CAMPBELL, J.A. & W.W. LAMAR, 1992. The taxonomic status of miscellaneousNeotropical viperids, with the description of a new genus. Occasional Papers of the

    Museum, Texas Tech Univ. 153:1-31CAMPBELL, J.A. & W.W. LAMAR, 2004. The Venomous Reptiles of the Western

    Hemisphere. Vols. I e II. Cornell Univ. Press, Ithaca.

    CEI, J.M., 1986.Reptiles del Centro, Centro-Oeste y Sur de la ArgentinaHerpetofaunade las Zonas ridas y Semiridas. Museo Regionale di Scienze Naturale.

    DI-BERNARDO, M., 1992. Revalidation of the Genus EchinantheraCope, 1984, and itsConceptual Amplification (Serpentes, Colubridae). Com Mus. Cinc. PUCRS, sr.zool.5:225-256

    DIXON, J.R., 1989. A Key and Checklist to the Neotropical Snake Genus Liophis withCountry Lists and Maps. Smithsonian Herpet. Inf. Service. 79.

    DIXON, J. R., J. A. WIEST AND J. M. CEI, 1993. Revision of the tropical snakeChironius Fitzinger (Serpentes, Colubridae). Mus. Reg. Sc. Nat. Mon. 13:1-279.

    FERRAREZZI, H., 1993. Sistemtica Filogentica de Elapomorphus, Phalotris eApostolepis (Serepentes, Colubridae, Xenodontinae). So Paulo [Dissert. Mest, Inst.Bioc., USP; 277p.]

    FERRAREZZI, H., 1994a. Uma Sinopse dos Gneros e Classificao das Serpentes(Squamata): I. Scolecophidia e Alethinophidia No Colubrdeos.Herp. Brasil, 1:69-80

    FERRAREZZI, H., 1994b. Uma Sinopse dos Gneros e Classificao das Serpentes(Squamata): I. Famlia Colubridae.Herp. Brasil, 1:81-91

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    35/36

    35

    FERRAREZZI, H., 1994c. Notas Sobre o Gnero Phalotris com Reviso do Grupo nasutuse Descrio de Trs Novas Espcies (Serpentes, Colubridae, Xenodontinae). Mem.Inst. Butantan, 55(1):21-38

    GRANTSAU, R., 1991. As Cobras Venenosas do Brasil. Mercedes-Benz do Brasil, So

    Paulo.GUTBERLET, R.L. & J.A. CAMPBELL, J.A., 2001. Generic recognition for a neglected

    lineage of South American pitvipers (Squamata: Viperidae: Crotalinae), with thedescription of a new species from the Colombian Choc.Am. Mus. Nov.3316:1-15.

    HILLIS, D.M., 1990. A New Species of the Xenodontine Colubrid Snake Genus Synophisfrom Ecuador and the Phylogeny of the Genera Synophis and Emmochliophis. Occ.Pap. Mus. Nat. Hist. Univ. Kansas, 135:1-9.

    MACHADO, S.R., 1993. A New Genus of Amazonian Vine Snake (Xenodontinae:

    Alsophiini).Acta Biol. Leopoldensia, 15(2):99-108.

    MARTINS, U., 1994. 1. A Coleo Taxonmica, p. 19-43. In: PAPAVERO, N. (Org.)Fundamentos Prticos de Taxonomia Zoolgica: Colees, Bibliografia,Nomenclatura(2Ed.) So Paulo, Editora Unesp, FAPESP.

    MYERS, C.W.,1973. A New Genus for Andean Snakes Related toLiophis boursieriand aNew Species (Colubridae).Am. Mus. Nov., (2522):1-37.

    MYERS, C.W.; CADLE, J.E., 1994. A New Genus for South American Snakes Related toRahdinaea obtusaCope (Colubridae) and Resurretion of TaeniophallusCope for the

    Rhadinaea brevirostrisGroup.Am. Mus. Nov.,3102:1-32

    PAPAVERO, N. & U. MARTINS, 1994. 4. Itens da Publicao Taxonmica, p. 84-88. In:PAPAVERO, N. (Org.) Fundamentos Prticos de Taxonomia Zoolgica: Colees,Bibliografia, Nomenclatura(2Ed.) So Paulo, Editora Unesp, FAPESP.

    PETERS, J.A & B. OREJAS-MIRANDA, 1970. Catalogue of the Neotropical Squamata,Part I. Snakes. Smithsonian Institution Press.

    ROMANO, S.A.R.W.L. & A.R. HOGE, 1972. Nota sobre Xenodon e Ophis, SerpentesColubridae.Mem. Inst. Butantan, 36:209-214.

    SAVAGE, J.M. & B.I. CROTHER, 1989. The status of Pliocercus and Urotheca(Serpentes: Colubridae), with a review of included species of coral snakes mimics.Zool. J. Lin. Soc., 95:335-371.

    SILVA JR., N.J. & J.W. SITES JR., 1999. Revision of the Micrurus frontalis Complex(Serpentes:Elapidae).Herpet. Monog.13:142-194.

  • 7/25/2019 Chave de Serpentes Sul Americanas

    36/36

    THOMAS, R.A. & J.R. DIXON, 1977. A new systematic arrangement for Philodryas serra(Schelegel) and Philodryas pseudoserraAmaral (Serpentes: Colubridae). Texas Mem.Mus. Publ., (27):1-20.

    THOMAS, R.A. & R. FERNANDES, 1996. The systematic status of Platyinion lividum

    Amaral, 1923 (Serpentes: Colubridae: Xenodontinae).Herpetologica, 52(2):271-275VANZOLINI, P.E.; A.M.M. RAMOS-COSTA & L.J. VITT, 1980. Rpteis das Caatingas.

    Academia Brasileira de Cincias.

    VOSS, E.G., 1952. The history of keys and phylogenetic trees in systematic biology. J.Scient. Labs. Denison Univ.43:1-25.

    WERMAN, S.D., 1992. Phyllogenetic relationships of Central and South Americanpitvipers of the genus Bothrops (sensu latu): cladistic analyses of biochemical andanatomical characteres. Pp. 21-40. In: Campbell, J.A. & E.D. Brodie Jr. Biology ofPitvipers. Selva, Tyler, Texas.

    ZAHER, H., 1994. Les Tropidopheoidea (Serpentes; Alethinophidia) sont-ils rellementmonophyltiques? Arguments em faveur de leur polyphyltisme. C.R. Acad. Sci. Paris,317:471-478.

    ZAHER, H., 1996. A new genus and species of Pseudoboine Snake, with a revision of thegenus Clelia(Serpentes, Xenodontinae).Bol. Mus. Reg. Sci. Nat. Torino14: 289-337.