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CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL CLAUDIO BARTHOLOMEU GARRETT ALZHEIMER: Alterações Neuropsicológicas São Paulo 2019

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CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO-

COMPORTAMENTAL

CLAUDIO BARTHOLOMEU GARRETT

ALZHEIMER: Alterações Neuropsicológicas

São Paulo

2019

CLAUDIO BARTHOLOMEU GARRETT

ALZHEIMER: Alterações Neuropsicológicas

Trabalho de conclusão de curso Lato Sensu

Área de concentração: Neuropsicologia

Orientadora: Profa. Dra. Renata Trigueirinho

Alarcon

São Paulo

2019

Fica autorizada a reprodução e divulgação deste trabalho, desde que citada a fonte.

GARRETT, CLAUDIO BARTHOLOMEU

ALZHEIMER: Alterações Neuropsicológicas

Claudio Bartholomeu Garrett, Renata Trigueirinho Alarcon – São Paulo, 2019.

35f. + CD-ROM

Trabalho de conclusão de curso (especialização) - Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC).

Orientadora: Profª. Drª. Renata Trigueirinho Alarcon

1 Neuropsicologia, 2. Alzheimer. I. Garrett, Claudio Bartholomeu. II. Alarcon, Renata Trigueirinho.

Claudio Bartholomeu Garrett

ALZHEIMER: Alterações Neuropsicológicas

Monografia apresentada ao Centro de Estudos em

Terapia Cognitivo-Comportamental como parte das

exigências para obtenção do título de Especialista

em Neuropsicologia

BANCA EXAMINADORA

Parecer: ____________________________________________________________

Prof. _____________________________________________________

Parecer: ____________________________________________________________

Prof. _____________________________________________________

São Paulo, ___ de ___________ de 2019

Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.

(Carl Jung)

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus e ao Universo de poder exercer a mais bela das profissões,

“Psicologia”, e agora a oportunidade de me especializar em “Neuropsicologia”, vou

honrar com todo meu amor, conhecimento, ética e comprometimento.

A orientadora Prof.ª. Drª. Renata T. Alarcon, pelo incentivo e por me passar

seus conhecimentos contribuindo para meu crescimento profissional e intelectual.

Aos meus colegas de curso que compartilharam comigo essa linda jornada.

Agradeço todo apoio recebido pelos meus familiares.

Ao Centro de Estudos em Terapia Cognitivo Comportamental (CETCC) e a

todos os professores que ao repassarem seus conhecimentos valiosos, fazendo com

que o meu desenvolvimento fosse o melhor possível, tornando um privilégio de ser

aluno do Curso de Pós-Graduação/Especialização em Neuropsicologia, muito

obrigado.

RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo o estudo das alterações neuropsicológicas da Doença de Alzheimer (DA), assim como ressaltar a função e a importância do profissional psicólogo no tratamento e acompanhamento de pacientes com esta patologia. A metodologia utilizada foi revisão bibliográfica e documental descritiva, com abordagem qualitativa. A busca de artigos foi realizada nas bases de dados Scielo; Lilacs, Bireme, com descritores em português e em inglês. Conclusão: A avaliação neuropsicológica é o exame das funções cognitivas do indivíduo, como orientação, memória, linguagem, atenção, raciocínio, através de procedimentos e testes padronizados. Ela pode ser utilizada na identificação de declínio cognitivo no idoso, avaliação dos prejuízos de áreas cerebrais em alterações neurológicas. O aumento significativo e a evidência notória dos dados estatísticos e descritivos sobre o acréscimo da população idosa e, o aumento da expectativa de vida da população nesta faixa etária, concomitantemente o aumento associado das doenças neurodegenerativas, em que a Doença de Alzheimer vem se destacando consideravelmente, ocasionando alterações cognitivas e neuropsicológicas, resultando em déficit progressivo e limitações. Palavras-chave: Doença de Alzheimer; Neuropsicologia; Demência; Tratamento;

Idoso.

ABSTRACT

This research aimed to study the neuropsychological alterations of Alzheimer's Disease (AD), as well as to emphasize the role and importance of the professional psychologist in the treatment and follow-up of patients with this pathology. The methodology used was a descriptive bibliographical and descriptive review, with a qualitative approach. The search for articles was carried out in the Scielo databases; Lilacs, Bireme, with descriptors in Portuguese and English. Conclusion: The neuropsychological evaluation is the examination of the individual's cognitive functions, such as orientation, memory, language, attention, reasoning, through standardized procedures and tests. It can be used in the identification of cognitive decline in the elderly, evaluation of the damage of brain areas in neurological alterations. The significant increase and notorious evidence of statistical and descriptive data on the diseases, in which Alzheimer's Disease has been highlighting considerably, causing cognitive and neuropsychological alterations, resulting in progressive deficit and limitations increase in the elderly population and the increase in the life expectancy of the population in this age group, concomitantly the associated increase of neurodegenerative. Keywords: Alzheimer's disease; Neuropsychology; Insanity; Treatment; Old man.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 8

2 OBJETIVO ..................................................................................................... 10

2.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 10

2.2 Objetivo Especifico ..................................................................................... 10

3 METODOLOGIA ............................................................................................ 11

4 RESULTADOS .............................................................................................. 12

4.1 Doença de Alzheimer (DA) ......................................................................... 12

4.2 Avaliação neuropsicológica na Doença de Alzheimer ................................ 15

4.3 Alterações cognitivas e funcionais na doença de Alzheimer ...................... 21

4.4 A neuropsicologia e o tratamento da doença de Alzheimer ....................... 24

4.5 Tratamento psicossociais ........................................................................... 25

4.6 Terapia Comportamental ............................................................................ 26

5 DISCUSSÃO....................................................................................................28

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 29

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 30

8

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho de Conclusão de Curso tem como tema “A Doença de

Alzheimer: Alterações Neuropsicológicas”. A doença de Alzheimer (DA) é

caracterizada pela desordem neurodegenerativa progressiva, com início insidioso,

evoluindo gradualmente com declínio contínuo de múltiplas funções

cognitivas, comprometendo a cognição, a emoção, o comportamento, o desempenho

funcional, e o vínculo sociofamiliar dos idosos. A Doença de Alzheimer é a principal

causa de demência entre os idosos (ÀVILA, 2003).

Os sintomas são frequentemente acompanhados por distúrbios

comportamentais, como agressividade, alucinações, hiperatividade, irritabilidade e

depressão. Transtornos do humor afetam uma porcentagem considerável de

indivíduos que desenvolvem doença de Alzheimer, em algum ponto da evolução da

síndrome demencial. Sintomas depressivos são observados em até 40-50% dos

pacientes, enquanto transtornos depressivos acometem em torno de 10- 20% dos

casos. Outros sintomas, como a apatia, a lentificação (da marcha ou do discurso), a

dificuldade de concentração, a perda de peso, a insônia e a agitação podem ocorrer

como parte da síndrome demencial (GATTAZ, 2004).

A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2012), ressalta que em 2015 o

número de idosos com mais de 60 anos no Brasil era de aproximadamente 23

milhões e estima-se que estes números possam atingir 65 milhões de pessoas nesta

faixa etária até 2050.

Estudos divulgam que a população idosa mundial em 2015 era de

aproximadamente 900 milhões, e segundo estimativa da OMS em 2050

possivelmente será contabilizado 2 bilhões de idosos, tornando as doenças crônicas

um desafio para saúde pública global. A OMS ressalta que em 2012, foi constatado

cerca de 35 milhões de pessoas com demência no mundo, afirma ainda que estes

dados estatísticos poderão duplicar em 2030, e segundo a Associação Brasileira de

Alzheimer triplicar até 2050 (115 milhões) (OMS, 2015).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE, 2016) afirma que no

Brasil, o número de pessoas com a patologia atinge cerca de 1,2 milhão, em torno

de 100 mil novos eventos anualmente. E alerta que estes dados poderiam ser

9

maiores se houvesse um criterioso estudo, pois acredita-se que a DA é sub

diagnosticada no país.

Segundo Gonçalves (2012) a prevalência mundial da DA aumenta

consideravelmente com a idade, desta forma o autor afirma que está patologia

acomete com maior incidência indivíduos do sexo feminino, ou seja, o índice de

ocorrências advertem um crescimento de 0,6% no sexo masculino e 0,8% no sexo

feminino, aos 65 anos de idade a incidência atinge em torno de 36% no sexo

masculino e 41% no sexo feminino.

Corrata, et al. (2010) afirma que, a cada 68 segundos, uma pessoa

desenvolve DA na América, ressalta também que em 2050, esta mesma quantidade

de eventos acontecerá em 33 segundos.

As principais alterações neuropsicológicas da DA são: - Mudanças da

personalidade, sendo a mais comum a passividade e desligamento (os pacientes

apresentam redução da responsividade, da iniciativa, perda do entusiasmo,

diminuição da energia e diminuição do afeto); - Delírios (afetando 30 a 50% dos

pacientes). Os delírios não têm correlação com a gravidade da demência ou com

aspectos específicos da disfunção intelectual (AZAMBULA, 2007).

Considerando a importância deste construto para a saúde mental dos adultos

mais velhos, a ascensão desta população no cenário brasileiro e os estudos restritos

evidenciados, o presente estudo objetivou investigar as alterações neuropsicológicas

da Doença de Alzheimer (DA), assim como ressaltar a função e a importância do

profissional psicólogo no tratamento e acompanhamento de pacientes com esta

patologia, visto que a Neuropsicologia habilita com competência o profissional a

executar a avaliação das funções cerebrais e de personalidade por meio de testes

que analisam o funcionamento das funções da memória, linguagem, atenção,

percepção e a aplicar métodos estratégicos que possam colaborar com a qualidade

de vida do paciente .

10

2 OBJETIVO 2.1 OBJETIVO GERAL

Esse trabalho teve como objetivo explanar as alterações neuropsicológicas da

Doença de Alzheimer (DA) assim como as contribuições que a neuropsicologia pode

proporcionar aos portadores desta patologia.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

- Identificar as alterações neuropsicológicas na Doença de Alzheimer;

- Descrever a função e a importância do neuropsicólogo no tratamento da Doença

de Alzheimer;

- Analisar as contribuições da neuropsicologia para o paciente portador da Doença

de Alzheimer.

11

3 METODOLOGIA

O presente trabalho é um estudo bibliográfico descritivo e documental de

natureza qualitativa. O processo de formulação do trabalho se deu mediante a busca

de literaturas científicas encontradas no Portal de Pesquisa da Biblioteca Virtual de

Saúde (BVS), compilando publicações na base de dados da Literatura Latino-

americanas e do Caribe (LILACS), periódicos, livros, revistas, teses e dissertações

inerentes ao tema, no período de 2002 a 2017. Foram utilizadas as seguintes

palavras-chave: Alzheimer's disease; Neuropsychology; Old man, Doença de

Alzheimer; Neuropsicologia; Demência; Tratamento; Idoso.

Critérios de inclusão: Artigos publicados a partir de 2002, nos idiomas

inglês, português, com os descritores: Alzheimer; Neuropsicologia. Foram excluídos

artigos que não referenciavam no título, no resumo ou no texto o assunto abordado

nesta revisão; bem como os estudos que não apresentaram aspectos que

contribuíssem com o objetivo desta pesquisa; estudos abordando outras patologias

no campo da Neuropsicologia; publicações que antecederam o ano de 2002.

12

4 RESULTADOS 4.1 DOENÇA DE ALZHEIMER (DA)

O envelhecimento desponta modificações no indivíduo acarretando alterações

psicológicas, sociais, em seu condicionamento físicos e neuropsicológicos. Tendo

alta incidência no idoso, a depressão e as demências, o que podem provocar déficits

de cognição, de memória, linguagem, funções executivas, além de gnosias e

praxias, interferindo na autonomia, no desempenho social ou profissional do

indivíduo. Assim, evidencia-se a importância de estudos sobre esta temática.

A Doença de Alzheimer (DA) trata-se uma de síndrome, de caráter crônico,

neurodegenerativa com aspecto clínico e patológico associada à faixa etária,

qualificada por demência progressiva, causa declínio cognitivo, caracterizado por,

disfunções da fala, lentidão de raciocínio, em que o comprometimento da memória é

a queixa de maior validade preditiva, aumentando em quatro vezes o risco da

evolução demencial, quando comparados a pessoas sem queixa de memória, visto

que o acometimento cerebral é resultante da perda de neurônios da substância

cinzenta (TRENTINI, 2009).

Compromete conhecimento, conduta, raciocínio, comportamento e

competência de efetivar atividades diárias, onde a doença de Alzheimer é o agente

mais comum de demência e, provavelmente, contribui para até 70% dos casos

(OMS, 2012).

Para Caramelli, (2006) a incidência alcança um percentual de 13,8 por 1.000

de pessoas anualmente, sendo estimada uma das maiores agentes de morbidade

entre idosos, enquanto os resultados estatísticos apontam prevalência entre 1 a 2%

nos indivíduos entre 60 e 65 anos, 20% entre 80 e 90 anos, e 50% a partir dos 90

anos (CARAMELLI, 2006).

Devido, prevalência alta de demência em idosos e como implicação a

incapacidades, a precocidade no diagnóstico é fundamental, sendo necessário ser

fundamentado em dados clínicos e na exceção de outras demências por meio de

exames laboratoriais, abrangendo os procedimentos de neuroimagem estrutural e

funcional, só podendo, ser confirmado por exames neuropatológicos (CARAMELLI;

BARBOSA, 2002).

13

A etapa final da doença de Alzheimer é bastante crítica. Já não há

correspondência cerebral com os sistemas motores e os fatores cognitivos mais

elementares não obedecem nem as informações mais simples, o que faz com que o

paciente se torna dependente em tempo integral de seus cuidadores e familiares

(SAYEG, 2008).

4.1.1 Alterações neurobiológicas na doença de Alzheimer

Segundo Kandell, (2000) o diagnóstico definitivo de DA é realizado com bases

clínicas e é possível observar alterações neurobiológicas, ou seja, achados

confirmados por análises anatomopatológicos (placas senis, emaranhados

neurofibrilares, redução da densidade sináptica, principalmente na formação

hipocampal e corticóides de associação).

4.1.2 Alterações cognitivas e funcionais na doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer causa atraso cognitivo, caracterizado por dano de

memória, disfunções da fala, demora de raciocínio, onde o comprometimento da

memória é a queixa de maior validade preditiva, aumentando em quatro vezes o

risco de desenvolvimento de demência, quando comparados a uma pessoa sem

queixa de memória (TRENTINI, 2009).

Além do comprometimento da memória, acontece também distorções na

linguagem, agnosia, praxia e funções executivas, comprometendo as atividades e

interferindo nas atividades diária e, no funcionamento social e ocupacional do

indivíduo (APA, 2006; BRASIL 2006; TAYLOR 2010).

O exame físico visa identificar déficits neurológicos focais, como paresias e

parestesias, sinais de hidrocefalia, como alteração de marcha e incontinência

urinária, alterações na motricidade, lentificação e tremores, sugestivos de

parkinsonismo, sinais de hipotiroidismo, entre outras alterações consistentes com os

diagnósticos diferenciais mais comuns com a demência do tipo Alzheimer, assim

como um criteriosos exame psíquico (CARAMELLI, AREZA-FEGYVERES, 2007).

Contudo, sendo a doença de Alzheimer evolutiva e extremamente

incapacitante e, com medidas terapêuticas dispendiosas, não sendo possível

reverter seu processo de evolução, apenas retardá-lo em alguns pacientes, por

tempo limitado, faz-se indispensável assistência interdisciplinar nos diferentes

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estágios da doença, no sentido de distinguir as alterações fisiológicas do

envelhecimento normal, denominadas “senescência”, daquelas do envelhecimento

patológico ou senilidade (SANTOS, 2006, TOLEDO, 2007).

Em decorrência degeneração neural, danos cognitivos em aspectos

funcionais, psicomotores e comportamentais são facilmente observáveis. Nesta

etapa, os fatores básicos de higiene, não são motivos de preocupação para o

portador de demência (incontinência urinária, fecal), por último, perde-se um dos

mais preciosos símbolos da expressão humana: o sorriso. Na fase final que as

disfunções apráxicas são recorrentes (GIL, 2005).

As apraxias são desordens que impossibilitam a execução de alguns gestos e

o manuseio de alguns objetos, isso acontece mediante um dano no sistema nervoso

em função do processo neurodegenerativo. As apraxias mais comuns na doença de

Alzheimer são a apraxia ideatória e a apraxia no vestir (dificuldade ou incapacidade

de vestir-se). O hemisfério direito é lesionado e, por este motivo os dados visuais e

espaciais, para esta ação são prejudicadas. Enquanto a apraxia ideatória estão

correlacionados às lesões da porção posterior do hemisfério esquerdo do cérebro,

em especial, lesões estas que acometem a área têmporo-parietal, acarretando

limitações no manejo de determinados itens (GIL, 2005).

Portanto os lapsos de memória, exibidos como sinais prodrômicos da

demência, os mais versados e que acabam por distinguir as principais desordens

motivados pela DA em todas as suas etapas. A memória representa a formação da

nossa identidade do indivíduo, capaz de registrar várias aprendizagens e aspectos

do passado, a memória é uma faculdade cognitiva dotada de um complexo

mecanismo que abrange o arquivo e a recuperação de conhecimentos (CARDOSO,

2017).

As disfunções comuns na demência de Alzheimer, a acessibilidade às

informações processadas no decorrer de toda a vida fica diminuído e, geralmente

totalmente inacessível.

Há quatro tipos de amnésia frequentes na doença de Alzheimer: amnésia

retrógrada, amnésia de evocação, ecmnésia e amnésia por dissolução do estoque

mnésico (GIL, 2005).

A amnésia retrógrada agride as memórias armazenadas em momentos

anteriores ao da manifestação da doença, pode permanecer por dias ou por anos.

15

No caso da doença de Alzheimer, o indivíduo se esquece das memórias atuais em

função das memórias antigas (GIL, 2005).

Na amnésia de evocação, os nomes dos objetos ou das pessoas não são

lembrados o indivíduo conhece as características de um objeto e, pode defini-las,

mais não é capaz evocar o nome do item (CASAL, 2013).

Na ecmnésia, o paciente tem a presentificação do passado por meio da visão

de fragmentos já ocorridos. (DALGALARRONDO, 2008).

Na doença de Alzheimer, algumas lembranças podem se perder por completo.

É o que incide com o indivíduo acometido pela amnésia por dissolução do estoque

mnésico. Sua aptidão de reconhecimento se esgota e, as memórias que antes

correspondiam a um gradiente temporal, são danificadas. (GIL, 2005).

Portanto, a doença de Alzheimer caracteriza-se por déficits graduais e perdas

cognitivas e funcionais que se dividem em fase inicial, intermediária, final e terminal,

e obedecem a um gradiente temporal, de modo que suas disfunções incidem de

forma heterogênea para cada paciente. A psicoterapia e a reabilitação

neuropsicológica (métodos terapêuticos para a DA) oferecidos pela Psicologia.

4.2 AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NA DOENÇA DE ALZHEIMER

A avaliação neuropsicológica, segundo Rozenthal (2004), é análise cerebral

com a finalidade de evidenciar e minudenciar as decorrências de lesões ou

disfunções cerebrais sobre o comportamento e a cognição do indivíduo. O uso de

avaliações neuropsicológicas tem apresentado eficiência tanto na consignação como

na comprovação de diagnóstico. Os testes neuropsicológicos aplicados indicam a

ocorrência de distúrbios cognitivos enquanto outros exames clínicos (raios X da

cabeça, ressonância magnética) nada apontam anormalidades. Através de

avaliações cognitivas delineadas, as demências em estados iniciais, podem ser

evidenciados e distinguidos em seus indícios anormalidade na atuação de alguns

dos testes (HOGAN, 2006).

Dados fornecidos pelo paciente, assim como outras fontes, não devem ser

desprezados, visto que são de grande utilidade para estabelecer o perfil completo e

fidedigno (HOGAN, 2006). No decorrer da avaliação, a observação do desempenho

e a conduta do paciente mediante aos testes, é possível observar aspectos positivos

e negativos do paciente, tais como limitações ou mesmo deficiências, como as

16

auditivas ou visuais. Estes achados são fundamentais, uma vez que colaboram para

o direcionamento de estimulações e reabilitação a serem adotadas (ROZENTHAL,

2003).

Na avaliação neuropsicológica utiliza-se de recursos de testes em bateria fixa

ou flexível.

- Bateria fixa: emprega o mesmo teste e diferentes pacientes examinados,

com a finalidade comparativa.

- Bateria flexível: permite ao neuropsicólogo eleger os testes que julgar mais

adequados de acordo com o paciente, são seguidas para melhor se adequar o

instrumento ao motivo da avaliação (HOGAN, 2006).

Em pacientes demenciados, a triagem cognitiva e comportamental e testes

neuropsicológicos peculiares têm sido agregados para quantificar o grau de declínio

cognitivo, especialmente nos eventos precoces, quando os distúrbios funcionais e

comportamentais ainda estão ausentes. A avaliação neuropsicológica ajuda na

distinção primária entre demência, comprometimento cognitivo leve, distúrbios

psiquiátricos (por ex. depressão) e outras síndromes neuropsicológicas focais, tais

como amnésia, apraxia, agnosia, etc (Green, 2000); é útil, ainda, no rastreamento de

indivíduos com maior probabilidade de apresentar demência (ROZENTHAL, 2004).

Para Charchat et al., (2005), demência deve ser diagnosticada por avaliação

clínica, documentada por exames de triagem e confirmada por testes

neuropsicológicos.

A avaliação objetiva do funcionamento cognitivo e do desempenho em

atividades da vida diária torna-se eficaz para seu diagnóstico sindrômico

(CARAMELLI; BARBOSA, 2002).

Conforme Hototian et al. (2006) resultados dos testes de avaliação

neuropsicológica, acompadrados aos encontrados de neuroimagem, têm sido

incluídos nos critérios diagnósticos atuais das demências. O mesmo conceito é

confirmado por Lopes et al. (2006), ao assegurarem que testes neuropsicológicos

que avaliam memória e outras funções cognitivas, como atenção, linguagem e

pensamento, podem ser válidos para identificar indivíduos com risco acrescido de

evoluir com histórico de demência.

A avaliação neuropsicológica tem função de investigar as relações entre

cérebro e comportamento, principalmente, das disfunções cognitivas associadas aos

distúrbios do Sistema Nervoso Central, visto que o indivíduo possa desenvolver

17

doenças neurais, além de consentir uma distinção sindrômica entre depressão e

demência, em idosos que exibem queixas de memória (SPREEN; STRAUSS, 2006).

A avaliação é realizada por testes que aferem a conduta, cognição,

funcionalidade que, por sua vez, beneficiam a detecção do diagnóstico precoce,

assim como a estimativa da evolução, prognóstico, delineamento de programas de

reabilitação cognitiva e acompanhamento do tratamento farmacológico e

psicossocial (AZAMBUJA, 2007, HAMDAN, 2009).

Para a avaliação do comprometimento funcional dos idosos com DA que

apresentam episódios depressivos, têm sido utilizadas a Escala Barthel e a Escala

Pfeffer de Atividades de Vida Diária (mensuram a capacidade de execução de

atividades básicas e instrumentais da vida diária) (TRENTINI, 2009).

Ainda, para avaliação das funções cognitivas, têm sido preconizados o Mini

Exame do Estado Mental – MEEM (Folstein, 1975 adaptado por Brucki et al, 2003),

considerado o instrumento de rastreio cognitivo mais utilizado no mundo (Bertolucci,

2004) e a escala de avaliação da gravidade da demência, Clinical Dementia Rating -

CDR, uma vez ambas têm como objetivo avaliar a cognição e a influência das

perdas cognitivas na capacidade de realizar adequadamente as atividades de vida

diária (HUGHES et al., 1982).

Teste do Desenho do relógio (TDR) também é utilizado para avaliação da

disfunção do lobo parietal. O resultado desta avaliação pode ser interpretado de

forma quantitativa (instrumento neuropsicométrico simples, de fácil execução, para

avaliação de diversas funções neuropsiquiátricas). Estudos que avaliaram o TDR

para a função da praxia construcional em pacientes com lesões focais no lobo

parietal demonstraram que pacientes constroem diferentes relógios para

comprometimento no lobo direito ou esquerdo. Nos pacientes com doença de

Alzheimer o teste sugere presença de comprometimento bilateral (SCANLAN et al.,

2002).

Em relação à avaliação dos sintomas depressivos e neuropsiquiátricos, têm

sido usadas escalas, como a Escala Cornell de Depressão em Demência – ECDD

(Alexopoulus, 1998) e o Inventário Neuropsiquiátrico - NPI (Cummings et al., 2004),

usuais para quantificar os sintomas depressivos e neuropsiquiátricos, que conforme

o conceito de Forlenza (2000), são instrumentos que detectarem depressão na

doença de Alzheimer. São aplicados ao paciente e seu cuidador.

18

Os testes neuropsicológicos podem ser aplicados isoladamente ou em grupo.

Neles estão inclusos: entrevistas, exame físico, avaliação do aspecto emocional e

social do paciente, avaliam ainda a cognição e comportamento do indivíduo. Os

testes podem ser padronizados (combinados pelos mesmos testes) ou flexíveis

(combinados por testes sobrepostos mediante a necessidade). Podem ser aplicados

em exame para verificação de alterações de origem cerebrais, ou em planos de

reabilitação e políticas preventivas em saúde mental, visto que estabelece o aspecto

cognitivo basal antes, durante e depois de tratamentos, e contribuem como o

diagnóstico diferencial em condições que envolvam dano cognitivo (LENT, 2002).

Em estudos de credibilidade de uma ferramenta para coletar informações

como testes cognitivos „‟é considerado confiabilidade e precisão ao obter resultados

constantes e replicações”. Nestas replicações, denominadas de retestes, busca-se

ao conservar as mesmas condições de aplicação, em que necessitam ser estimadas

as variáveis que intervêm no desempenho do teste, exemplo: o ambiente, a

privacidade, intervalo de tempo e o examinador (TRENTINI, 2009).

Para estudar esta função no ELSA-Brasil1 estão sendo usados os seguintes

testes: Memória da lista de palavras, testes de Fluência verbal semântica e

fonêmica, Evocação da lista de palavras, Reconhecimento da lista de palavras e

Teste de trilhas. Com exceção do teste de Fluência verbal fonêmica, todos fazem

parte da bateria de testes neuropsicológicos do Consortium to Establish a Registry

for Alzheimer’s Disease (CERAD). Estes testes são amplamente utilizados em

estudos com idosos (BERTOLUCCI et al., 2004).

1 – O Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA), pesquisa multicêntrica e

multidisciplinar, com financiamento da FINEP/MCT e do DECIT/MS, que tem por meta identificar

determinantes da incidência de doenças crônicas, principalmente as cardiovasculares e o diabetes. A

linha de base do estudo foi concluída em 18/12/2010, composta por 15.102 servidores públicos. O

estudo da cognição em adultos e idosos é uma das linhas de investigação no ELSA-Brasil e tem por

objetivos principais criar e manter coorte para estimar prevalência, incidência e história natural do

comprometimento cognitivo. A vantagem do estudo longitudinal é permitir estabelecer comparações

dos resultados dos testes da mesma pessoa em momentos diferentes. Isto é importante, pois existem

controvérsias entre estudos transversais que indicam declínio da capacidade cognitiva durante o

envelhecimento e longitudinais que revelam estabilidade ou melhora do desempenho cognitivo ao

longo do tempo (Silva et al.;2011).

19

No ELSA, a coorte estudada é composta desde adultos jovens, pessoas

acima de 35 anos de idade, até idosos com idade máxima de 74 anos (SILVA,

2011).

O CERAD foi criado em 1986 por uma concessão do Instituto Nacional do

Envelhecimento dos Estados Unidos para desenvolver medidas padronizadas,

válidas, confiáveis e de fácil aplicação voltadas ao diagnóstico e acompanhamento

de pacientes com doença de Alzheimer. A bateria do CERAD é composta de uma

bateria de avaliação clínica e outra neuropsicológica (GIL, 2002; REYS, 2006).

A bateria neuropsicológica tem sido usada, de forma integral ou parcial, em

diversos estudos em diferentes países, incluindo os EUA, Colômbia, Índia, China,

Sudeste da Ásia, América Latina e Caribenhos e na África (GIL, 2002).

Gil (2002) relata ainda que esta bateria inclui testes de memória (fixação,

evocação e reconhecimento), linguagem (nomeação e fluência verbal categórica),

praxia (cópia de desenhos geométricos), função executiva (Teste das trilhas), além

de um teste geral (Mini exame do Estado Mental).

A confiabilidade teste-reteste, com intervalo de um mês entre as aplicações

da bateria neuropsicológica do CERAD foi inicialmente medida por Morris e

colaboradores (1989) em estudo realizado com indivíduos com idade igual ou

superior a 50 anos, com e sem demência, e encontraram, de forma geral, medidas

confiáveis nos escores dos testes. A maioria dos estudos tem por interesse a

validação, com determinação de níveis de sensibilidade, especificidade e

determinação de pontos de corte para discriminação para demência, mas poucos

estudos que mediram a confiabilidade teste-reteste. A adequação da bateria

neuropsicológica do CERAD para uso no Brasil foi concretizada em estudo dirigido

por Bertolucci et al; (2004).

Segundo Lent (2002), os testes para avaliação da memória procuram avaliar a

função complexa do sistema nervoso, buscam informações ou percepções, para que

possam ser posteriormente empregadas. A recepção, o armazenamento e a

liberação da informação são atributos que se relacionam a adaptação do indivíduo

ao meio ambiente.

A memória de curto prazo armazena as tarefas executadas dentro de um

espaço de tempo, conhecida também de memória de trabalho (atividades cognitivas

como: compreender; raciocinar; armazenar informação por um breve período)

(LENT, 2002).

20

Outra parte do teste de memória, chamada Evocação, avalia a memória tardia

e mensura a aptidão de retenção dos vocábulos mencionados antes e após o

espaço de tempo, a e realização de atividade distraidora. Com um ponto de corte

idêntico a três para discernimento entre pacientes com e sem demência, foi

percebida sensibilidade entre 74,2% e 75% e especificidade entre 75% e 82,4%

(Portuguez, 2002).

Segundo Santos; Santana, (2015) o teste de Fluência Verbal averígua a

existência do dano da memória semântica e nas estratégias de busca, pertinentes à

função executiva.

Segundo Assis et al. (2015) o questionário de atividades funcionais (Pfeffer) é

o instrumento busca a detecção de algum comprometimento nas atividades do dia-a-

dia, aplicada pelo familiar do paciente.

A Escala de Depressão Geriátrica (EDG) é um instrumento muito usado para

o rastreamento de depressão em idosos, visto que há diversos estudos que apontam

medidas válidas e confiáveis (PARADELA et al., 2005).

Conforme Wechsler (2004) é possível fazer associação de testes, por

exemplo: o subteste “Span de Dígitos” da Escala de Inteligência de Adultos de

Wechsler (WAIS), teste da reprodução visual de figuras da escala de memória de

Wechsler. O emprego da bateria WAIS é indicado em alguns casos, com o objetivo

primordial de avaliar a memorização e a inteligência do indivíduo com DA, aferindo o

nível de degradação de base de capacidade cognitiva pré-mórbida (WECHSLER,

2004).

Para Vieira (2002) a Escala Wechsler de Inteligência para Adultos (WAIS) é

um instrumento flexível considerado padrão-ouro de avaliação intelectual. Na sua

versão mais atualizada, foram inseridas alterações estruturais significantes (os

parâmetros de faixa etária, e inserção de três novos subtestes), são eles: funções

executivas, linguagem e memória.

Os parâmetros psicométricos correspondentes adquiridos em sua validação

evidenciaram que a WAIS-III foi normatizada e pode ser indicada na avaliação de

habilidades cognitivas de adultos brasileiros, sendo amplamente aplicado em

avaliação neuropsicológica (DONNELL et al., 2007).

Segundo Banhato (2007), o Teste de Trilhas é um instrumento que avalia as

funções executivas (funções psíquicas essenciais responsáveis pela produção de

respostas adequadas do comportamento) em distintos contextos, incluindo a

21

formulação de julgamentos, motivação, planejamento, análise, manipulação de

conhecimentos adquiridos e flexibilidade mental.

O Teste de Trilhas acessa a capacidade de manutenção da aliciação mental, o

rastreamento visual, a treinamento motor e a memória operacional. Incide ainda em

conectar letras na ordem e sequência que surgem no alfabeto (trilhas A); ou

números (alfanuméricos), 1-A-2-B. Geralmente os idosos são mais lentos na

elaboração das provas propostas nas partes A e B deste teste, porém, quando não

se avalia o fator tempo, há melhor possibilidade de avaliação dos componentes

cognitivos de planejamento, organização, atenção, e memória (MAGILA;

CARAMELLI, 2000).

Outro fator que influencia a resolução desse teste é a educação,

notadamente na parte B (TOMBAUGH, 2004).

O Teste de Trilhas, como o Mini Mental, é elemento da bateria do Consortium

to Establish a Registry for Alzheimer’s Disease (CERAD), que é preconizado pelo

Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento, da Academia

Brasileira de Neurologia, para avaliação cognitiva em casos de suspeitas de doença

de Alzheimer, “a principal causa das demências” (NITRINI et al., 2005).

No estudo inicial de padronização, a bateria foi aplicada em 354 indivíduos

com provável demência de Alzheimer e escore no Mini exame do Estado Mental

variando entre 10 e 24, de forma que foram excluídos casos muito leves ou muito

severos. O desempenho do grupo foi comparado ao de 278 controles, pareados por

idade e nível socioeconômico. Os resultados mostraram coeficientes de

confiabilidade entre examinadores satisfatórios para todos os testes (BERTOLUCCI

et al., 1994).

4.3 ALTERAÇÕES COGNITIVAS E FUNCIONAIS NA DOENÇA DE ALZHEIMER

A doença de Alzheimer causa atraso cognitivo, caracterizado por dano de

memória, disfunções da fala, demora de raciocínio, onde o comprometimento da

memória é a queixa de maior validade preditiva, aumentando em quatro vezes o

risco de desenvolvimento de demência, quando comparados a uma pessoa sem

queixa de memória (TRENTINI, 2009).

Além do comprometimento da memória, acontece também distorções na

linguagem, agnosia, praxia e funções executivas, comprometendo as atividades e

22

interferindo nas atividades diária e, no funcionamento social e ocupacional do

indivíduo (APA, 2006; BRASIL 2006; TAYLOR 2010).

O exame físico visa identificar déficits neurológicos focais, como paresias e

parestesias, sinais de hidrocefalia, como alteração de marcha e incontinência

urinária, alterações na motricidade, lentificação e tremores, sugestivos de

parkinsonismo, sinais de hipotiroidismo, entre outras alterações consistentes com os

diagnósticos diferenciais mais comuns com a demência do tipo Alzheimer, assim

como um criteriosos exame psíquico (CARAMELLI, AREZA-FEGYVERES, 2007).

Quanto às alterações neuropsiquiátricas na DA, ocorrem psicose, alterações

do humor e do sono, agitação psicomotora e agressividade, com frequência entre 50

a 80% dos casos (Cummings, 2004) que, ao avaliarem 362 pacientes com demência

na comunidade, encontram presença de sintomas neuropsiquiátricos, em 75% dos

casos. Tais alterações, por sua vez, causam grande desgaste aos cuidadores, além

de sentimento de ineficácia, desamparo, fragilidade e ausência de perspectiva de

futuro (CUMMINGS, 2004).

Contudo, sendo a doença de Alzheimer evolutiva e extremamente

incapacitante e, com medidas terapêuticas dispendiosas, não sendo possível

reverter seu processo de evolução, apenas retardá-lo em alguns pacientes, por

tempo limitado, faz-se indispensável assistência interdisciplinar nos diferentes

estágios da doença, no sentido de distinguir as alterações fisiológicas do

envelhecimento normal, denominadas “senescência”, daquelas do envelhecimento

patológico ou senilidade (SANTOS, 2006, TOLEDO, 2007).

Em decorrência degeneração neural, danos cognitivos em aspectos

funcionais, psicomotores e comportamentais são facilmente observáveis. Nesta

etapa, os fatores básicos de higiene, não são motivos de preocupação para o

portador de demência (incontinência urinária, fecal), por último, perde-se um dos

mais preciosos símbolos da expressão humana: o sorriso. Na fase final que as

disfunções apráxicas são recorrentes (GIL, 2005).

As apraxias são desordens que impossibilitam a execução de alguns gestos e

o manuseio de alguns objetos, isso acontece mediante um dano no sistema nervoso

em função do processo neurodegenerativo. As apraxias mais comuns na doença de

Alzheimer são a apraxia ideatória e a apraxia no vestir (dificuldade ou incapacidade

de vestir-se). O hemisfério direito é lesionado e, por este motivo os dados visuais e

espaciais, para esta ação são prejudicadas. Enquanto a apraxia ideatória estão

23

correlacionados às lesões da porção posterior do hemisfério esquerdo do cérebro,

em especial, lesões estas que acometem a área têmporo-parietal, acarretando

limitações no manejo de determinados itens (GIL, 2005).

Portanto os lapsos de memória, exibidos como sinais prodrômicos da

demência, os mais versados e que acabam por distinguir as principais desordens

motivados pela DA em todas as suas etapas. A memória representa a formação da

nossa identidade do indivíduo, capaz de registrar várias aprendizagens e aspectos

do passado, a memória é uma faculdade cognitiva dotada de um complexo

mecanismo que abrange o arquivo e a recuperação de conhecimentos (CARDOSO,

2017).

As disfunções comuns na demência de Alzheimer, a acessibilidade às

informações processadas no decorrer de toda a vida fica diminuído e, geralmente

totalmente inacessível.

Há quatro tipos de amnésia frequentes na doença de Alzheimer: amnésia

retrógrada, amnésia de evocação, ecmnésia e amnésia por dissolução do estoque

mnésico (GIL, 2005).

A amnésia retrógrada agride as memórias armazenadas em momentos

anteriores ao da manifestação da doença, pode permanecer por dias ou por anos.

No caso da doença de Alzheimer, o indivíduo se esquece das memórias atuais em

função das memórias antigas (GIL, 2005).

Na amnésia de evocação, os nomes dos objetos ou das pessoas não são

lembrados o indivíduo conhece as características de um objeto e, pode defini-las,

mais não é capaz evocar o nome do item (CASAL, 2013).

Na ecmnésia, o paciente tem a presentificação do passado por meio da visão

de fragmentos já ocorridos. (DALGALARRONDO, 2008).

Na doença de Alzheimer, algumas lembranças podem se perder por completo.

É o que incide com o indivíduo acometido pela amnésia por dissolução do estoque

mnésico. Sua aptidão de reconhecimento se esgota e, as memórias que antes

correspondiam a um gradiente temporal, são danificadas. (GIL, 2005).

Portanto, a doença de Alzheimer caracteriza-se por déficits graduais e perdas

cognitivas e funcionais que se dividem em fase inicial, intermediária, final e terminal,

e obedecem a um gradiente temporal, de modo que suas disfunções incidem de

forma heterogênea para cada paciente. A psicoterapia e a reabilitação

neuropsicológica (métodos terapêuticos para a DA) oferecidos pela Psicologia.

24

4.4 A NEUROPSICOLOGIA E O TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER

A princípio, a DA necessita de importante atuação do profissional para o

diagnóstico, por meio neuropsicológico analítico e avaliativo, assim como do

histórico clínico do paciente. Avaliar o nível situaciacional do estágio do

comprometimento em que o paciente se encontra também é uma função do

neuropsicólogo (ÁVILA, 2003).

A neuropsicologia contribui com a escolha das técnicas a serem aplicadas

com a finalidade de estimular a atividade cerebral do paciente com o objetivo de

lentificar a dano da memória, assim como assessorar e educar o paciente, familiares

e/ou cuidadores estratégias para lidar com a doença, oferecendo uma condição de

vida melhor ao paciente (BOTTINO et. al.,2002).

Referente a farmacologia, a neuropsicologia atua na constatação da eficiência

medicamentosa, nos resultados obtidos no decorrer tratamento, possibilitando desta

forma analisar a eficiência não do tratamento (ABRISQUETA-GOMEZ, 2004).

Bons resultados vem sendo constatados, referente a neuropsicologia tem com

o emprego da reabilitação neuropsicológica (RN), que segundo Mc Lellan (1991,

apud Ávila, 2003, p. 140) “A RN é um procedimento ativo que tem a proposta de visa

habilitar indivíduos com déficits cognitivos motivados por lesão ou doença, para que

essas contraiam um nível adequado funcionamento social, físico e psíquico” (pág.

140).

A RN agrega vários aspectos: modificações físicas e cognitivas, ambiente em

que vivem e a história de vida desses pacientes, trabalha ainda somente com os

familiares e/ou cuidadores que convivem com paciente (ÁVILA, 2003).

Abrisqueta-Gomez, (2004) afirma que acolhimento familiar é eficaz para o

tratamento. Bottino et al., (2002) expõem que os procedimentos mais empregados

na RN são: os métodos repetitivos e treinamento, táticas de aprendizagem e

estratégias de compensação. Os processos repetitivos e treinamento são exercícios

de memória, que tem como desígnio harmonizar a evolução do funcionamento

mnéstico, e, estabelecimento do uso competente da memória. Essas técnicas são

usadas com pacientes nas fases iniciais da DA, visto que o principal déficit cognitivo

acontece na memória de curto prazo (BOTTINO et. al.,2002).

As táticas de aprendizagem buscam aprimorar os métodos de obtenção,

armazenamento e recuperação dos dados aprendidos. Esses métodos exercitam a

25

memória a longo prazo, nessa etapa da doença o paciente já se encontra com

dificuldades não só de adquirir e registrar novas memórias, mas também de

readquirir memórias antigas (Bottino et. al., 2002).

As estratégias compensatórias buscam ministrar, recursos exteriores que o

amparem na realização de atividades. Usa-se como recursos: anotações em

agendas, cartazes, bloco de notas, dentre outros (Bottino et. al., 2002).

Segundo Bottino et. al., (2002), essas técnicas proporcionam vários

obstáculos, visto que os portadores de DA respondem a elas de maneiras diversas,

isto é, alguns apresentam melhoras expressivas, outros não exibem respostas ou

atividades alguma. Ainda com esses entraves, de modo geral os resultados

despontam que essas práticas podem fornecer benfeitorias no tratamento e na

desaceleração da melhora da doença.

Três exemplos de terapia exclusivas, usadas no tratamento da DA para

estimular não exclusivamente à atividade cerebral, e sim motivação do portador de

DA, e seus familiares e/ou cuidadores:

- A terapia de orientação para a realidade (OR) exibe ao paciente, subsídios

realistas do modo organizado e contínuo (excitações ado meio ambiente que

induzem a orientação do paciente).

-Terapia de reminiscência que estimula a recuperação de memórias da

juventude do paciente (uso de fotos, músicas, figuras).

- Lidar harmoniosamente com suas emoções, e dificuldades em cuidar dos

doentes (propiciar-lhe qualidades necessárias para uma boa qualidade de vida

(BOTTINO et. al., 2002).

4.5 TRATAMENTOS PSICOSSOCIAIS

As medidas psicossociais tem com o objetivo de avaliar as atividades do dia-

a-dia, propiciando subsídios para automanutenção física, higienizar-se, vestir-se,

alimentar-se. Em seguida devem ser analisadas as atividades instrumentais da vida

diária, como comunicação, fazer compras, organização residencial, locomoção. A

melhor pessoa para descrever o comportamento do paciente é o “cuidador”.

Quando o cuidador é o cônjuge ou qualquer outro componente da família, a

sobrecarga emocional pode ocasionar transtornos significativos devido ao estresse,

assim como doenças físicas, visto que este cuidador depressão, insónias, perda de

peso, abuso de álcool e de medicamentos psicotrópicos, abuso físico e verbal do

26

paciente. Por este motivo, é muito importância o cuidado psicológico desta, como

método profilático pessoa com estas pessoas, para que também elas não adoeçam

física e emocionalmente.

4.6 TERAPIA COMPORTAMENTAL

O paciente com Doença de Alzheimer pode desenvolver uma ampla

variedade de transtornos comportamentais, que abrangem depressão, agitação,

alucinação, delírios, ansiedade, violência, insónia, perambulação, que podem

ocasionar angústia para os familiares ou para quem presta cuidados a este paciente.

As abordagens não farmacológicas precisam ser buscadas antes da terapia

medicamentosa, e as alternativas podem ser a inserção de atividades simples, que

ocupem o tempo e tragam satisfação e bem-estar (ALCHIERI, 2004).

Reestruturação cognitiva que pode ser feita tanto a nível preventivo como a

nível sintomático.

27

5 DISCUSSÃO

Barbosa e Teive (2006) ressaltam que Charcot, neurologista francês, avaliou

como característica da DP o tremor na fase inicial da doença, advertindo sua

presença no repouso, de forma unilateral, comprometendo o membro superior. Fato

importante é que seus estudos destacavam a presença de demência em alguns

casos além de outros comprometimentos relatados.

Segundo Chow; Cummings (1999), as funções executivas são referentes à

habilidade cognitiva de organizar um comportamento como solução para um

problema complexo, como aprendizado e organização de dados novos, formação de

conceitos, copiar figuras e procurar de forma sistematizada métodos de

memorização. Essas funções estão fortemente envolvidas na ativação de memórias

remotas, na independência das contingências ambientais, na modificação e

manutenção adequada de táticas, geração e uso apropriado de programações e

capacitações para introduzir a habilidade verbal para guiar o comportamento.

De acordo com Bock et al., (2001) há uma grande diferença entre a finalidade

da psicologia e os da neurologia/psiquiatria. O neurologista e o psiquiatra, possuindo

formação em medicina, visam cuidar das funções neurais por meio do diagnóstico e

da medicalização; enquanto o psicólogo tem como desígnio, na clínica, cuidar do

sofrimento mental. Daí o cuidado para que os testes psicométricos, envolvidos no

diagnóstico, ficarem presos no paradigma psiquiátrico de se realizar diagnóstico e

possível medicalização. Espera-se que o psicólogo psicométrico possa executar tais

investigações, mas visando, após o diagnóstico, proporcionar um suporte clínico ao

processo de adoecimento.

A função do neuropsicólogo se faz ainda mais relevante diante do diagnóstico

precoce da doença de Alzheimer, sobretudo no diagnóstico do Comprometimento

Cognitivo Leve (CCL), uma vez que os sintomas iniciais da DA são representados

pelos déficits cognitivos e redução da funcionalidade. Assim, o neuropsicólogo

estaria apto a identifica-los precocemente viabilizando um diagnóstico rápido e o

tratamento imediato do paciente (GONÇALVES; CARMO, 2012).

Pesquisa, publicada por Schlindwein-Zanini (2010), realizou uma avaliação

neuropsicológica abreviada constituída pelo Mini-exame do Estado Mental, o Teste

do Desenho do Relógio, o Teste de Fluência Verbal, o Questionário de Atividades

28

Funcionais (Pfeffer) e a Escala para Depressão Geriátrica (EDG), combinando

instrumentos da Neurologia com os da Psicologia.

Segundo Montiel et al. (2014) os testes do desenho do relógio (TDR) e de

fluência verbal (FV) são de simples aplicação e amplamente utilizados em

avaliações neuropsicológicas que procuram investigar síndromes demenciais em

idosos.

De acordo com Freire; Nogueira, (2017) por qual razão nenhum dos testes

aplicados pela Psicologia e que podem auxiliar no diagnóstico de Alzheimer, como o

Teste do Relógio, não foram considerados pela Academia Brasileira de Neurologia?

Entra-se em uma questão ética a ser refletida e demonstra a necessidade da

aproximação dos conselhos superiores de Psicologia e os de Neurologia acerca da

validação de testes a serem aplicados.

Caixeta; Vieira, (2007) ressalta que 30% idosos portadores da doença de

Parkinson (DP) apresentam demência, e déficits cognitivos, embora a DP também

possa acometer pacientes não demenciados. A partir da caracterização

neuropsicológica dos portadores de doença de Alzheimer, é possível a identificação

de déficits cognitivos e diagnóstico mais preciso de demência.

29

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho elaborou uma revisão de literatura abordando os

principais aspectos neuropsicológicos do idoso portador da Doença de Alzheimer,

demência, assim como a avaliação neuropsicológica.

A avaliação neuropsicológica é o exame das funções cognitivas do indivíduo,

que abrangem a orientação, memorização, linguagem, raciocínio, por meio de

processos e testes padronizados. Podendo ser utilizada para mensurar o declínio

cognitivo no idoso, estimativa dos prejuízos de campos cerebrais em alterações

neurológicas.

As principais alterações neuropsicológicas da DA são: Mudanças da

personalidade, sendo a mais comum a passividade e desligamento (os pacientes

apresentam redução da responsividade, da iniciativa, perda do entusiasmo,

diminuição da energia e diminuição do afeto); - Delírios (afetando 30 a 50% dos

pacientes). Os delírios não têm correlação com a gravidade da demência ou com

aspectos específicos da disfunção intelectual.

A reabilitação cognitiva tem ênfase nas funções cognitivas deficitárias e busca

melhorar tanto a qualidade de vida do paciente, quanto no âmbito neuropsicológico.

Infelizmente, há dificuldades essenciais na avaliação cognitiva em idosos portadores

de demência, assim como na precisão de validar estes testes e escalas ao meio

onde serão aplicados, as autoridades culturais, educativas e sociais e econômicas

influenciam abrange firmemente sobre estas ferramentas.

Independente a abordagem emitida, reabilitar doenças degenerativas é um

denominador comum. Conhecimento este que o psicoterapeuta precisará ter o

domínio e estar inserido no método, ciente das considerações sobre a relevância de

sua função e da qualidade de vida e da excelência que seu papel e a eficiência de

seu trabalho proporcionam de benefícios e qualidade de vida para o paciente e sua

família e/ou cuidador neste processo. Convém destacar, também, a importância do

interesse e da sensibilidade do profissional de saúde ao lidar com o paciente idoso,

benefícios estes, às vezes, esquecidas na vida moderna.

30

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ANEXO

Termo de Responsabilidade Autoral

Eu CLAUDIO BARTHOLOMEU GARRETT, afirmo que o presente trabalho e

suas devidas partes são de minha autoria e que fui devidamente informado da

responsabilidade autoral sobre seu conteúdo.

Responsabilizo-me pela monografia apresentada como Trabalho de

Conclusão de Curso de Especialização em Neuropsicologia, sob o título

“ALZHEIMER: Alterações Neuropsicológicas”, isentando, mediante o presente

termo, o Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC) e meu

orientador de quaisquer ônus consequentes de ações atentatórias à "Propriedade

Intelectual", por mim praticadas, assumindo, assim, as responsabilidades civis e

criminais decorrentes das ações realizadas para a confecção da monografia.

São Paulo, __________de ___________________de______.

_______________________

Assinatura do (a) Aluno (a)