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Este suplemento faz parte integrante da Vida Económica nº 1467, de 9 de novembro de 2012, e não pode ser vendido separadamente CERTIFICAÇÃO Angola valoriza mais empresas formalmente angolanas LW Y]M KMZ\QÅKILI[ Renova é empresa PQXMZKMZ\QÅKILI por convicção própria China dá grandes passos XIZI I KMZ\QÅKItrW ambiental

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Este suplemento faz parte integrante da Vida Económica nº 1467, de 9 de novembro de 2012,

e não pode ser vendido separadamente

CERTIFICAÇÃO

Angola valoriza mais empresas formalmente angolanas

Renova é empresa

por convicção própria

China dá grandes passos

ambiental

sexta-feira, 9 de novembro 2012 CERTIFICAÇÃO2

exemplo”. Os ganhos que as certificações trouxeram à Renova aconteceram sobretu-do ao nível das metodologias de trabalho e credibilização do projeto em mercados onde a empresa não era conhecida e principalmente na internacionalização da atividade. “Essas certificações de-ram credibilidade às propostas de va-lor que fazíamos.”

Os mercados emergentes ain-da não têm em linha de conta a certificação no entanto, o Dire-tor de Marketing acredita que, “assim como crescem economi-

camente também crescerão breve-mente em cultura e sofisticação, sendo neste

momento os Estados e a Europa os mercados mais atentos a este aspeto”, sobretudo no que concerne ao rótulo ambiental, uma certificação que a Renova também possui. Existe todo um investimento por parte da Renova na área do ambiente, traduzida, por exemplo, numa divi-são dedicada apenas à reciclagem e que recicla 55 mil toneladas de papel neste momento, para além de utilizar paletes recicladas, por exemplo. A Renova é defensora de que todo o papel hi-giénico, sendo um produto de consumo final, deveria ser sempre fabricado a partir de papel reciclado.

A Renova Green ostenta o rótulo ecológico e “obriga a uma série de critérios apertados como a recolha de matéria-prima num raio de 400 km, por exemplo. Mas o investimento maior na área da certificação acontece ao nível das pes-soas porque é necessário explicar os processos e formar no sentido de mudar comportamentos e implementar mudanças”.

Há formação interna e os colaboradores per-cebem que “este mercado papeleiro, um “mass market”, em que a oferta é claramente superior à procura, é um mercado de oportunidades que

CERTIFICAÇÃO RE

FAZ PARTE DA CULTURA

“O investimento maior na área da certificação acontece ao nível das pessoas, porque é necessário explicar os processos e formar no sentido de mudar comportamentos e implementar mudanças”

O Suplemento Vida Económica sobre certificação foca uma empresa portuguesa multifacetada de sucesso internacional e sem estatuto de multinacional, certificada numa

panóplia impressionante de sistemas de gestão: a Renova.

Os mercados emergentes começam a despertar para a certificação e falamos de Angola e China, ambos mercados importantes para Portugal. Apesar disso, na área ambiental a China acaba de anunciar um investimento de 265 milhões de dólares num programa ambiental de diminuição da pegada de carbono até 2015. O ambiente é uma preocupação global e cada vez mais o consumidor decide em detrimento das marcas que não possuem um rótulo ecológico. Ao considerarem as informações contidas no rótulo, dando preferência a produtos certificados, os consumidores podem contribuir para a eliminação de atividades ilegais, predatórias ou de alto impacto sobre o meio ambiente.

Os selos certificadores diminuem os custos de busca por informação, influenciando o número e o peso dado a atributos considerados por um consumidor durante o processo de decisão. Logo, se um consumidor tiver informação suficiente

e confiável para diferenciar produtos de baixa qualidade dos de alta qualidade, terá uma disposição extra para pagar de sobre os produtos de alta qualidade.

Outras certificações assumem particular importância na economia global quando as compras online totalizaram nos primeiros seis meses em Portugal 1.630 milhões de euros e a Comunidade Europeia incentiva à aposta no comércio online parte das empresas. A área digital e nomeadamente os sites de compras apostam em Portugal num selo de confiança da AEPPC.

A formação para a certificação pode ser uma maneira de “olear” e tornar este processo mais rápido, havendo consultoras no mercado que podem fazer esse trabalho, como acontece com a Winning

O ambiente é uma preocupação global. Uma empresa que aposte na obtenção do rótulo ecológico conquistará mais consumidores sobretudo no futuro. A próxima geração tem preocupações ambientais incutidas desde o jardim-de-infância como mostra este desenho de um participante do concurso do United Nations Environment Program, que este ano, na 21ª edição, contou com mais de 630 mil participantes.

Certificação traz confiança nacional e internacional

DORA TRONCÃOJornalista

Luís Saramago, diretor de Marke-ting da Renova, fala de uma empre-sa portuguesa do sector papeleiro “hipercertificada”, com cinco certificações que abarcam

as várias áreas ao nível do sistema de gestão e qualidade, higiene e segurança, ambiente e o próprio laboratório Reno-va certificado pelo Instituto Português de Qualidade. A certificação deveu-se em pri-meiro lugar a uma questão de coerência na empresa e, em segundo, para criar confiança sobretudo junto dos clientes internacionais.

A Renova foi pioneira na certificação do Sistema de Gestão, Investigação, Desenvolvi-mento e Inovação (SIGIDI) (ver quadro). “Se a forma como as ideias surgem na empresa é com alguma informalidade, a implementação tem alguma formalidade”, afiança Luís Saramago, diretor de Marketing Renova.

“Até chegarmos à ideia é brain storming, muita informação, sabermos o que é valorizado pelo mercado, desenvolvermos produtos novos a partir do zero ou então importarmos de outras categorias alguns valores e tentar agregar e dar origem a uma terceira. É preciso um conjunto de metodologias para que haja um controlo do processo. Estando convictos que o produto é pertinente, existe mercado e está de acordo com os valores que transmitimos da marca, há um processo mais rigoroso na implementação”.

A empresa sentiu necessidade de se certificar por uma questão de cultura empresarial porque “estava de acordo com a forma de estar no mer-cado, por convicção, e não porque foi obrigada a isso”. Esta é uma ideia que Luís Saramago faz questão de frisar, no entanto, também é certo que “ao ser certificados por uma entidade cre-dível e reconhecida a nível internacional como a Bureau Veritas, acabamos por ser credibiliza-dos em grandes mercados como a França, por

3CERTIFICAÇÃO sexta-feira, 9 de novembro 2012

NOVA

DA EMPRESA

Certificações Renova ao nível dos Sistemas de Gestão

Sistema de Gestão Ambiental, norma ISO 14001 e EMAS (Sistema de Ecogestão e Auditoria da União Europeia)

uma ferramenta de gestão para as empresas e organizações avaliarem, reportarem e melhorarem o desempenho ambiental, e que se traduz na norma EMAS de certificação. É de participação voluntária e abrange organizações públicas ou privadas da União Europeia e do Espaço Económico Europeu (EEA) — Islândia, Liechtenstein e Noruega.

Sistema de Gestão Higiene e Segurança, norma OSHAS 18001 O Occupational Health and Safety Assessment Services (Serviços de Avaliação de Saúde e

Segurança Ocupacional) permite à empresa atingir e sistematicamente controlar e melhorar o nível do desempenho da saúde e segurança do trabalho estabelecido por ela mesma. A implantação da OHSAS 18001 retrata a preocupação da empresa com a integridade física dos colaboradores e parceiros.

O envolvimento e participação dos funcionários no processo de implantação deste sistema de qualidade é de importância fundamental.

Sistema de Gestão da Qualidade, norma ISO 9001 esta norma especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade em que uma

organização demonstra a aptidão para, de forma consistente, proporcionar produtos e/ou serviços que vão ao encontro dos requisitos do cliente e regulamentares aplicáveis assim como aumentar a satisfação do cliente através da aplicação eficaz, incluindo processos para melhoria contínua do sistema e garantia de conformidade com os requisitos do cliente e regulamentares aplicáveis.

Sistema de Gestão Investigação Desenvolvimento e Inovação (SGIDI) NP4457. O modelo de referência apresentado nesta norma – modelo de interação em cadeia, de

inovação para a economia do conhecimento – foi concebido com o objetivo de servir de referência a organizações de qualquer dimensão e negócio na transição para a economia do conhecimento.

Laboratório Acreditado pelo Instituto Português de Qualidade (IPQ).

Credibilidade, imparcialidade e rigor reconhecidos na certifi cação de produtos e de sistemas de gestão.

Presente em 25 países Membro de vários Acordos de Reconhecimento Mútuo

Acreditada pelo IPAC como organismo de certifi cação de produtos, serviços e sistemas de gestão da qualidade

Membro de:

www.certif.pt

R. José Afonso, 9 E

2810-237 Almada – Portugal

Tel. 351.212 586 940

Fax 351.212 586 959

E-mail: [email protected]

não se podem perder, por isso, a mudança faz parte das nossas vidas”. Na área da certificação, os desafios futuros da Renova “dependem dos mercados para onde formos”, porque, “face aos concorrentes, estamos um pouco acima porque não sei se existem muitas empresas com o sis-tema de gestão e desenvolvimento da certifica-do e em relação a outras áreas, na automação, know-how papeleiro, não temos qualquer nível

de inferioridade em relação àquilo que existe na Euro-

pa”, acentua Luís Saramago

“A empresa sentiu necessidade de se certificar por uma questão de cultura empresarial, porque “estava de acordo com a forma de estar no mercado,por convicção, e não porque foi obrigada a isso”

sexta-feira, 9 de novembro 2012 CERTIFICAÇÃO4

O gabinete de certificação Bureau Ve-ritas existe desde 2006 em Angola, estando a empresa presente naquele mercado desde 2002. Dalila Vela-do, Business Development Mana-

ger, foi quem constituiu este departamento de certificação e encontra-se em Angola a tra-balhar no terreno. “A certificação ainda não é uma condição para negociar com as empresas angolanas. A condição que mais impera no mercado local é o facto das empresas efetiva-mente serem angolanas. Existe cada vez mais uma exigência em Angola que as empresas com as quais se negoceia sejam empresas formal-mente constituídas em Angola e paguem im-postos em Angola, ou seja, não sejam empresas estrangeiras que queiram vir só prestar um ser-viço. A certificação é uma tendência do merca-do, todos começamos a sentir essa pressão, mas ainda é uma pressão muito incipiente, não é uma condição. Já existe uma aposta, mas não é uma condição sine qua non ou é certificada ou não negociamos”, afirma a Business Manager Bureau Veritas Angola.

Bureau Veritas era até março de 2012 líder de mercado em termos de certificação em Ango-la. “É realmente um desafio porque somos a em-presa que tem mais empresas certificadas e entre as empresas encontram-se as petrolíferas como a Total, BP e outras empresas de grande porte prestadoras de serviços à indústria petrolífera.” E é no sector petrolífero que se sente esta preo-cupação com a certificação, já que todo o Grupo Sonangol está a implementar sistemas de gestão de qualidade, de ambiente e está a certificar e a exigir que todos os prestadores de serviços se certifiquem também, portanto as empresas pres-tadoras de serviços à indústria petrolífera.

“A Sonangol tem uma equipa própria em

Angola com um elevado nível de competência que está de forma autónoma a fazer implemen-tação do seu sistema e escolheu como empresa certificadora a ABS, empresa americana. As em-presas procuram a certificação reconhecida em todas as partes do mundo, nomeadamente na América e Inglaterra, e no resto da Europa.

No sector petrolífero as empresas que estão aqui instaladas ou são americanas ou francesas, como a Total, ou italianas, como a ENI, e é uma vantagem para empresas como a Bureau Veri-tas estar instaladas aqui no mercado, ou seja, ser uma empresa formalmente constituída no mer-

cado local de certificação, que paga impostos em Angola, é angolana formalmente. Há uma série de empresas que vêm cá fazer a certificação, mas que não estão instaladas no mercado. Os clientes procuram efetivamente empresas de certificação internacionais, mas também querem a atuar com um conjunto de empresas que tenha os mesmos requisitos e as mesmas obrigações que eles próprios”, afirma Dalila Velado.

CERTIFICAÇÃO PODE CUSTAR 100 MIL DÓLARES

O investimento de uma certificação não é muito significativo porque quando uma empre-sa pede uma certificação já teve todo um traba-lho prévio que não foi feito com as empresas cer-tificadoras. “O investimento de uma certificação tem a ver com o número de dias de auditoria ne-cessários, de auditores, e calcula-se em função da dimensão da empresa, números de funcionários e número de sites que a empresa tenha. A empre-sa mais cara que vendemos, e foi processo de três anos, tem uma auditoria de certificação e depois duas auditorias de manutenção, não ultrapassou os 100 mil dólares, cerca de 30 mil dólares /ano. Não é um investimento significativo para as em-presas sobretudo quando consideramos que as empresas do sector petrolífero faturam biliões de dólares anualmente”, considera a gestora Bureau do mercado angolano. O principal desafio num futuro próximo é “continuar a ser líder de mer-cado, passar a mensagem da certificação como fator diferencial aos outros setores de atividade para além do sector petrolífero, ou seja, temos de começar a pensar na indústria local que já existe, existem indústrias transformadoras locais com um âmbito de atividade bastante significa-tivo - nos sectores diamantífero, hoteleiro - é o grande objetivo e alargar os sectores de mercado existentes

ANGOLA

Dalila Velado, Business Development Manager na Bureau Veritas Angola

Empresas formalmente

angolanas mais valorizadas

no mercado do que as certificadas

Dalila Velado, Business Development Manager Bureau Veritas Angola, constituiu formalmente o Gabinete de Certificação da Bureau Veritas Angola

SONANGOL TOMA DIANTEIRA NA CERTIFICAÇÃO EM ANGOLA

A Sonangol organizou em 2012, a Primeira Conferência sobre Certificação de Empresas em Angola incluindo um vasto conjunto de temas, entre os quais a Experiência das Subsidiárias e Unidades de Trading da Sonangol, a Importância da Atividade Laboratorial na Certificação de Empresas, o Papel do IANORQ no Sistema de Certificação em Angola e a Auditoria de Sistema de

Gestão como Vector de Melhoria Contínua para além das temáticas Qualidade e Certificação – Porquê?, a Sustentabilidade como Estratégia de Negócios, a Acreditação em Angola e a Certificação na SADC. Ao nível da Sonangol, estão já Certificadas na Norma ISO 9001:2008 a Aero Instalações de Luanda, unidade localizada no Aeroporto 4 de Fevereiro, e a Direcção de Produção de Lubrificantes, ambas pertencentes à Sonangol Distribuidora, a IBV1, IBV5 e o TEMAR, todos da Sonangol Logística, bem como as Subsidiárias ESSA, MSTelcom, Sonangol Refinaria de Luanda, Sonangol Asia, Sonangol USA e Sonangol Limited

“A Sonangol tem uma equipa própria em Angola com um

elevado nível de competência que está de forma autónoma a fazer implementação do

seu sistema e escolheu como empresa certificadora a ABS,

empresa americana.”

“Queremos passar a mensagem de que a certificação é um fator diferencial a outros setores para além do petrolífero”

5CERTIFICAÇÃO sexta-feira, 9 de novembro 2012

Formalmente, as certificações necessárias em cada sector empresarial chinês são publicadas e difundidas pelas autoridades chinesas. Há certificações ao nível da qualidade, credibilida-de no mercado de origem, conformidade com

determinados padrões de produção e comercialização, etc. Todavia, Sérgio Martins Alves, Diretor Executivo da Câmara de Comércio e Indústria Luso-chinesa (CCILC), apesar de considerar “a certificação necessária e cada vez mais conveniente na China”, ainda “não se tornou im-prescindível para negociar com as empresas chinesas. Há uma aposta crescente, padronizada de acordo com crité-rios relativamente alinhados pelos standards europeus e ocidentais”, sendo as áreas onde se encetou esta aposta com maior rigor, “naturalmente, a agroalimentar, a far-macêutica, cosmética e saúde”. De um modo genérico, as certificações beneficiam sempre a credibilidade de quem quer fazer negócio e as empresas portuguesas procuram a certificação no mercado chinês por parte das empresas chinesas, isto é, de forma a confiar e tornar mais claras relações comerciais entre dois países e duas culturas tão

diferentes. A informação sobre esta área empresarial chega com facilidade a Portugal. Há estruturas de apoio, como a CCILC, que já existe há 35 anos, seja de natureza públi-ca ou privada, “que auxiliam nesse esforço de penetração num mercado de dimensão astronómica e complexo”, fri-sa Sérgio M. Alves.

No entanto, o CCC, China Compulsory Certifica-tion, um programa que obrigou a China à certificação no equipamento elétrico no início da década de 2000, já fora um passo no universo da certificação assim como a criação do China Quality Certification Centre (CQC), do Gru-po China Certification and Inspection Group (CCIC) aprovado pela Administração Geral para Qualidade e Certificação, tendo o CQC sido formalmente autorizado a certificar produtos japoneses na China, assim como al-guns produtos alemães, estabelecendo, segundo os mes-mos, relações com 27 instituições certificadoras oriundas de 19 países e regiões

“De um modo genérico, as certificações beneficiam sempre a credibilidade de quem quer fazer negócio”

CHINASérgio Martins Alves, Diretor Executivo

da Câmara de Comércio Luso-chinesa, afirma

“Há uma aposta

crescente

na certificação

de acordo com

critérios europeus

e ocidentais”

CHINA É MERCADO MUITO PROMISSOR NA CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL

Se, por um lado, são as grandes multinacionais presentes na China que demonstram maiores preocupações ambientais e apostam na certificação ambiental, a China dá passos gigantes no que diz respeito a esta área e compromete-se com o projeto da UNESCO que pretende que todos os 14 países que assinaram um compromisso – Global Efficient Lighting Partnership Program – substituam todas as suas lâmpadas para lâmpadas de baixo consumo até 2016, traduzindo-se num ganho de mais de 110 mil milhões de poupanças mundiais no consumo e investiu 265 milhões de dólares num projeto de combate à sua pegada de carbono. Esta postura faz com que algumas entidades certificadoras internacionais estejam na corrida para certificar alguns produtos e a TÜV Rheinland, neste caso formalmente constituída na China, já conseguiu algumas “proezas” como certificar um autocarro elétrico chinês, o Jiangsu Alfa Bus, para a Europa, que está a ser exportado para Itália, além de se apresentar como potencial certificadora do sector de energia solar chinês por ser uma empresa detentora de experiência vasta nesta área, sobretudo em grandes marcas do mercado alemão, ao marcar presença na mostra „PV Module and PV Power Plant Workshop - China 2012“. A China não é apenas um sítio produtor que permite exportar para o mundo, mas tem objetivos claros quanto à implementação da energia solar de 21 Gigawatts até 2015 e de 50 Gigawatts até 2050.Também a certificadora SGS marcará presença na China Wind Power, uma das mais importantes conferências sobre energias renováveis, de 15-17 de Novembro, em Pequim, aproveitando a oportunidade para apresentar o seu portefólio neste âmbito em termos, por exemplo, de controlo de qualidade, segurança e cadeia distribuidora

A indústria eléctrica foi a pioneira na certificação no mercado chinês devido ao China Compulsory Program, um programa de aplicação obrigatória.

sexta-feira, 9 de novembro 2012 CERTIFICAÇÃO6

Com a globalização, as marcas tornam-se, invariavelmente, universais e deixam de estar restritas ao país de origem. No mundo online, o panora-

ma é idêntico, mas o processo de inter-nacionalização acontece de uma forma cada vez mais rápida com o poder da in-ternet e a sua capacidade de chegar a vá-rios pontos planetários em simultâneo. Devido a este fenómeno de expansão da informação, estima-se que diariamente sejam criados cerca de um milhão de novas páginas web que chegam a qual-quer país mundial em poucos instantes. Assim, entre sites empresariais, e-com-merce ou blogues pessoais, são diversas as marcas que chegam aos consumidores todos os dias.

Independentemente dos parâmetros e das razões que levam às certifi cações, é um facto que estamos perante uma tendência, que conduz os consumidores aos melhores, mais credíveis e mais seguros sites para fazer compras online. Esta é a melhor forma de trazer maior confi ança aos consumidores, estabelecendo relações mais fortes e coesas com as marcas.

No segmento das

Compras Colectivas, o cenário não é diferente e por isso, em Portugal, foi criada a AEPCC, uma associação de Defesa do Consumidor direcionada para este sector. Entre outras iniciativas, a AEPCC decidiu criar o Selo de Qualidade, um distintivo entregue aos sites de compras colectivas que atuam junto de clientes e parceiros de acordo com o defendido pelo Código de Conduta da AEPCC. Devido à atribuição do Selo, os consumidores conseguem identifi car os sites recomendados por esta Associação e sabem estar perante empresas de confi ança, nas quais é possível fazer Compras em Segurança.

Noutros mercados, o cenário mantém-se: surgem cada vez mais marcas certifi cadas, quer em formato online, quer offl ine. E os consumidores aprovam e procuram os selos de qualidade e as garantias de segurança, enquanto prova

de uma compra racional e inteligente. As lojas (online e offl ine) devem assegurar sempre compras seguras, evitando arrependimentos e desilusões dos consumidores. Só assim será possível criar um mercado crescente, com boas perspetivas para o futuro.www.aepcc.pt

CATARINA BERNARDODiretora de Marketing da AEPCC, Associação de Empresas Portuguesas de Compras Coletivas

As lojas online e offl ine devem assegurar sempre compras seguras evitando os arrependimentos e desilusões dos consumidores.

ORADOR: Dr. Fernando Gilberto

CONFERÊNCIA

As Alterações Climáticas e a Indústria Seguradora

Lisboa 15 novembro

Organização:

Informações e inscrições: Vida Económica – Patrícia Flores Tel.: 223 399 466 Fax: 222 058 098 E-mail: [email protected]

Preços*:

Público Geral: .........G 25Assinantes VE: ........G 20 *+ IVA

Consumidores procuram selos de qualidade e garantias de segurança

A certifi cação, segundo a norma ISO 22000, lidera o grupo de referenciais com menor expres-são junto das organizações portuguesas, com 188 organizações com Sistemas de Gestão de Seguran-ça Alimentar certifi cados. Em 2010, a 2ª posição é ocupada pela certifi cação segundo a norma ISO/TS 16949 com 109 organizações certifi cadas, se-guida da Verifi cação EMAS (Sistema de Eco-Ges-tão e Auditoria da União Europeia) e o HACCP (Segurança Alimentar) com, respetivamente, 82 e 80 organizações.

Com implantação mais recente a nível do mercado da certifi cação, em Portugal, em Julho de 2010, existiam 39 organizações qualifi cadas de acordo com o referencial SA 8000/NP4469, e 34 com Sistemas de Gestão de Investigação, Desen-volvimento e Inovação certifi cados (NP 4457).

A nível de sistemas de gestão integrados, des-taca-se a integração de sistemas de gestão da qua-lidade e ambiente, com 382 empresas certifi cadas nestas condições. De seguida aparece o grupo de empresas com os três sistemas de gestão integrados – qualidade, ambiente e segurança –, existindo, em Julho de 2010, 347 empresas com este tipo de integração. Com sistema integrado ao nível da qualidade e segurança existiam 140 empresas. Ape-nas 40 empresas ostentam um sistema integrado

de ambiente e segurança e saúde no trabalho. Em 2010 destaca-se a ligeira diminuição nas organiza-ções com integração qualidade e segurança de 150 (2009) para 140 (2010) organizações certifi cadas.Com exceção dos sistemas de gestão da qualidade, os restantes, quer na análise por 1000 habitantes, quer em termos percentuais, apresentam valores residuais.

Desde 2007, ano da publicação da primeira edição do Barómetro da Certifi cação, verifi ca-se que, com exceção da certifi cação de Sistemas de Gestão Integrados de Qualidade e Ambiente, na qual se verifi cou uma diminuição de 12,4%, to-dos os restantes tipos de certifi cações analisados aumentaram.

É de destacar os aumentos verifi cados ao ní-vel do número de organizações com certifi cação OHSAS 18001 (Higiene e Segurança) e com certifi cação integrada de qualidade e segurança: respetivamente 46,6% e 59,1%.

Por outro lado, é importante olhar com algum cuidado para a taxa de crescimento ligeiramente superior do número de organizações certifi cadas segundo a norma ISO 14001 (17,4%) quando comparada com a taxa relativa ao número de or-ganizações com sistemas de gestão da qualidade certifi cados (15,1%).

Um estudo da autoria de Paulo Sam-paio, do Departamento de Produ-ção e Sistemas da Universidade do Minho, e de Pedro Saraiva, do De-partamento de Engenharia Química

da Universidade de Coimbra, editado pela Cem Palavras Comunicação Empresarial, resulta no Ba-rómetro sobre Certifi cação 2010.

A ISO (International Organization for Stan-dardization), a maior entidade certifi cadora do mundo, também domina em Portugal e, no que concerne à análise da situação portuguesa em ter-mos de certifi cação, o Barómetro conclui que, “à semelhança do que acontece no restante “mundo ISO”, em Portugal a implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade, segundo a norma ISO 9001, é, de longe, a mais importante junto das organizações. Em Julho de 2010 existiam em Portugal 7569 entidades com sistemas de gestão da qualidade certifi cados pela norma ISO 9001, valor correspondente a 0,71 entidades certifi cadas segundo a norma ISO 9001 por 1000 habitantes, bem como a 15% das empresas com 10 ou mais colaboradores. Ao nível dos Sistemas de Gestão Ambiental e de Segurança e Saúde no Trabalho contabilizaram-se, respetivamente, 911 e 557 en-tidades certifi cadas.

BARÓMETRO DA CERTIFICAÇÃO 2010, EDITADO PELA CEM PALAVRAS, revela

Sistemas de Gestão Integrados de Qualidade

e Ambiente são única certificação a sofrer decréscimo

À semelhança do que acontece no restante “mundo ISO”, também em Portugal domina a implementação de Sistemas de Gestão e Qualidade, ISO 9001.

7CERTIFICAÇÃO sexta-feira, 9 de novembro 2012

tro Integrado de Formação Tecnológica, com sede em Luanda, com o intuito de desenvolver ações conjun-tas no âmbito da forma-ção e da certificação. O público-alvo são todas as empresas locais e estrangei-ras a laborar no mercado angolano que pretendem valorizar os seus recursos humanos. Para a APCER, “esta parceria representa uma forma de contribuir para elevar a produtividade e a competitividade da in-dústria angolana”

A nível mundial, e de acordo com o relató-rio ISO SUR-VEY 2010, a

atividade de certificação cresceu mais de 6% em Portugal, num total de 1.457.912 certificados emitidos, em 178 países. A certificação de acordo com o referencial ISO 9001 (Sistema de Gestão da Qualidade) represen-ta 76% do número total de certificados emitidos, o que revela por parte das empresas um elevado grau de confiança neste referencial. Na Europa a certificação ISO 9001 cresceu 6%, tendo Por-tugal atingido os 10,6%. Neste referencial, a AP-CER continua a liderar com mais de 51% da quo-ta de mercado nacional. Estes números demons-tram a crescente preocu-pação das empresas em implementar sistemas de gestão mais específicos para o setor onde atuam. Atualmente, em termos de certificação as empresas portuguesas situam-se no mesmo nível das restantes empresas da Europa e do mundo.

As normas recente-mente introduzidas pela União Europeia não “trou-xeram nenhuma dificulda-de em particular na práti-ca. As diretivas europeias fixam os objetivos a atingir pelos Estados-Membros, delegando nestes a esco-lha dos meios para o fazer. Para que os princípios es-tabelecidos nas diretivas produzam efeitos ao nível do cidadão, o legislador nacional tem de adotar um ato de transposição para o direito nacional dos obje-tivos definidos na diretiva. As diretivas preveem uma data-limite para serem transpostas para o direi-to nacional e os Estados--Membros dispõem, para a transposição, de uma margem de manobra que permite ter em considera-ção as especificidades na-cionais”, refere José Leitão, CEO da Associação Portu-guesa de Certificação (AP-CER). A oferta da APCER é diversificada e adaptável à especificidade de cada mercado. O surgimento de ligações comerciais com os países emergentes obri-gou a novas certificações. “No Brasil, a APCER, antes de iniciar o seu tra-balho, teve de identificar as certificações locais para

dar uma resposta eficaz às necessidades e expectativas dos clientes brasileiros e a procura vai mais para os Sistemas de Gestão Flo-restal e Cadeia de Rastre-abilidade (PEFC e FSC).Em Angola, Moçambique e Cabo Verde, a procura incide mais nos Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança e Saúde no Trabalho”, es-clarece José Leitão. A AP-CER destaca em Angola uma parceria recentemen-te estabelecida com o Cen-

APCER – Associação Portuguesa de Certificação

Aplicar diretivas europeias de certificação

não é dificuldade em Portugal

José Leitão, CEO da Associação Portuguesa de Certificação (APCER), destaca uma parceria para a certificação com o Centro Integrado de Formação Tecnológica com sede em Luanda

sexta-feira, 9 de novembro 2012 CERTIFICAÇÃO8

CONSULTORA PORTUGUESA WINNING

FORMAR PARA

A CERTIFICAÇÃO AJUDA

NA REDUÇÃO DE CUSTOS

A consultora 100% portuguesa Winning, criada em janeiro de 2012, conta já com 1 mi-lhão de volume de negócios nas áreas de telecomunica-

ções, distribuição, transporte, banca e se-guros. Está presente em Espanha e prepa-ra já 2013, prevendo atingir 2,5 milhões de faturação.

O plano de internacionalização já está desenhado e os mercados alvo são Ingla-terra, Alemanha e Estados Unidos. Ango-la e Brasil são etapas encaradas como na-turais no nosso crescimento da Wining.

Para Leandro Pereira, CEO e Fun-dador da Winning, “os gestores têm em mãos duas missões, críticas e urgentes, a primeira, criar valor e a segunda, reduzir custos”. Neste âmbito, ROI Methodo-logy (Return On Investment) e Society of Cost Management são referências e normativos de gestão de origem norte--americana adotados pela consultora, no sentido de ajudar os clientes a avaliar o contributo de cada decisão para a cria-ção de valor e sus-tentabilidade, pro-movendo práticas de gestão de custo através do Cost Redution/Control, neste caso através da Metodologia ROI, e racionali-zando/reduzindo custos, por sua vez com o sistema de gestão Society of Cost Management.

No âmbito da consultoria, a Winning aplica estes normativos em função daquilo que são as necessidades e exigências e desafi os da empresa, mas também forma e prepara os Executivos para a certifi cação, para que sejam capazes de aplicar estes normativos. Esta formação acontece através da Mana-gement School da Winning, que tem par-ceria com o ROI Institute, uma institui-ção norte-americana criada em 1992 que aproveita o sistema de medida e avaliação do especialista mundial, Jack Phillips, aplicado em 18 variáveis e em cerca de 40 países. É, assim, possível à consultora por-tuguesa certifi car o Sistema de Gestão de uma empresa de forma a profi ssionalizá--lo através do certifi cado CRP “Certifi ed ROI Professional”, apoiando a Winning os gestores neste processo de certifi cação profi ssional, atestada a posteriori pelo ROI Institute.

Leandro Pereira, fundador e CEO da empresa, refere que “a certifi cação do ROI Institute se destina a certifi car consulto-res para implementarem metodologias de ROI/Business Cases. As certifi cações

que a Winning detém a este nível per-mitem implementar e formar os clientes para fazerem “business cases” e processo de captura de retorno dos investimentos [(Return On Investment (ROI)]”.

Certifi cados em análise do negócio e gestão de projeto com vantagens competitivas para as empresas

No seguimento do apoio ao desen-volvimento de uma liderança executiva de forma a reduzir custos e aumentar o retorno do investimento, o epicentro de toda a discussão dos problemas atuais da economia, a Winning tem duas certifi ca-ções, em que certifi ca ela própria: Busi-ness Analyst e Project Manager.

A primeira certifi cação diz respeito à análise de negócio, referente ao certifi -cado CBAP (Certifi ed Business Analysis Professional do International Institute of

Business Analysis), que consiste em adquirir capacida-de para encontrar, defi nir e confi gu-rar as soluções que melhor respon-dem aos proble-mas de negócio.

“Um dos gran-des desafi os das nossas organiza-ções modernas é a difi culdade de tra-dução dos proble-mas que têm para soluções efetivas, capazes de reduzir o elevado rework

dos projetos, bem como, a baixa satis-fação dos clientes na hora da exploração do novo produto ou serviço. O Business Analyst é alguém com um forte domínio da competência de Problem Solving, da Comunicação, no Levantamento e Aná-lise de Requisitos, Avaliação de Soluções” , explica Leandro Pereira. No caso do Project Manager do PMI, a missão do certifi cado PMP (Project Manager Pro-fessional) é deter a capacidade de fazer acontecer os projetos dentro do orça-mento e do prazo defi nido, garantindo que os desvios de orçamento e de prazo são mínimos ou nulos. “Num contexto em que cada euro conta, a capacidade da organização se conseguir regenerar den-tro das restrições fi nanceiras, humanas e de tempo é fundamental para obter vantagens competitivas sustentáveis face à concorrência. A certifi cação PMP é a certifi cação dentro do mundo da gestão que mais cresceu na última década de forma global”, frisa o CEO da Winning, Leandro Pereira

Preços*: Público Geral: ........G 120Assinantes VE: .........G 90 *+ IVA

Organização:

Informações e inscrições: Vida Económica – Patricia Flores Tel.: 223 399 466 Fax: 222 058 098 E-mail: [email protected]

Formador: Dr. Agostinho Costa

Programa:

1. A Contabilidade como sistema de informação de apoio à gestão

2. O essencial sobre os conceitos base de contabilidade em SNC

3. O essencial sobre as classes 1, 2, 3, 4 e 5 do SNC

4. O essencial sobre as classes 6, 7 e 8 do SNC

5.exercício

6. As demonstrações Financeiras e o SNC

9h30/13h00 - 14h30/18h00

(total:7h)

Preços*:Público Geral: ........G 120Assinantes VE: .........G 90 *+ IVA

Organização:

Informações e inscrições: Vida Económica – Patricia FloresTel.: 223 399 466 Fax: 222 058 098E-mail:[email protected]

Formador: Dr. Agostinho Costa

Programa:

1. A Contabilidade como sistema deinformação de apoio à gestão

2. O essencial sobre os conceitos base decontabilidade em SNC

3. O essencial sobre as classes 1, 2, 3, 4 e 5do SNC

4. O essencial sobre as classes 6, 7 e 8 do SNC

5.exercício

6. As demonstrações Financeiras e o SNC

9h30/13h00 -14h30/18h00

(total:7h)

Leandro Pereira, fundador e CEO da consultora portuguesa Winning, fala da Project Manager Professional como a certifi cação que mais cresceu globalmente e que possibilita aumentar a capacidade das empresas em tempos de restrições fi nanceiras

”O Business Analyst é alguém com um forte domínio da competência de

Problem Solving, da Comunicação,

no Levantamento e Análise de Requisitos,

Avaliação de Soluções”