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2009 Certificação Ocupacional B A L A N Ç O 2008 SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

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2009

Certificação

Ocupacional B A L A N Ç O 2008 SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

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Governo de São Paulo

Secretaria de Gestão Pública Unidade Central de Recursos Humanos

Governador do Estado José Serra Secretário de Gestão Pública Sidney Estanislau Beraldo

Unidade Central de Recursos Humanos Coordenador Ivani Maria Bassotti Técnico Responsável Thiago S. Santos http://www.recursoshumanos.sp.gov.br

[email protected]

Processo de Certificação Ocupacional Decreto nº 53.254, de 21 de julho de 2008. Resolução SGP nº 13, de 13 de agosto de 2008.

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I. Introdução

A Secretaria da Educação reflete o contexto do Estado mais próspero e populoso do Brasil, São Paulo. Sua grandeza e importância se traduzem na maior e mais diversificada rede de ensino do país. Responsável pela assessoria técnica, supervisão e fiscalização das escolas estaduais e particulares, a SEE-SP é o órgão executor da política educacional do governo do Estado e busca a excelência na educação pública.

Em agosto de 2007, a SEE-SP iniciou uma profunda mudança e adequação na sua rede de escolas, a qual abrange cerca de 5,1 milhões de alunos, 250 mil professores e 5.537 unidades escolares. Com um programa de 10 metas e 10 ações, o Governo do Estado estipulou metas a serem alcançadas até 2010. Todas as 10 ações já foram colocadas em prática no primeiro ano de trabalho. Este documento apresenta um balanço geral das 10 metas estabelecidas no programa - cujos índices já melhoraram, passando-se a aproximar das metas previstas - e o andamento consolidado das 10 principais ações definidas para atingir os resultados na educação do governo do Estado de São Paulo. II. Metas 1 - Todos os alunos de 8 anos plenamente alfabetizados. 88% da meta alcançada. Segundo o Saresp 2007, 12% dos alunos da 2ª série do Fundamental ainda não atingiram plenamente a meta. 2 - Redução de 50% das taxas de reprovação da 8ª série Ainda não há índices fechados para comparação. 3 - Redução de 50% das taxas de reprovação do Ensino Médio Ainda não há índices fechados para comparação. 4 - Implantação de programas de recuperação de aprendizagem nas séries finais de todos os ciclos de aprendizagem 100% realizado. A Secretaria ampliou a meta e implantou programas de recuperação para os alunos de todas as séries. 5 - Aumento de 10% nos índices de desempenho do Ensino Fundamental e Médio nas avaliações nacionais e estaduais As avaliações nacional (Saeb) e estadual (Saresp) foram realizadas em 2007 e ainda não têm comparações atuais. O resultado do Saresp será divulgado em fevereiro de 2009. 6 - Atendimento de 100% da demanda de jovens e adultos de Ensino Médio com currículo profissionalizante diversificado

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A Secretaria fechou parceria com o Ministério da Educação e já a partir deste ano adere ao Enceja. A Secretaria está estudando quando começar o ensino profissionalizante no EJA. Encontra-se em fase de estudos pela Secretaria, o atendimento da demanda do EJA de Ensino Médio em consonância com o Ensino Profissionalizante. 7 - Implantação do Ensino Fundamental de nove anos, com prioridade à municipalização das séries iniciais (1ª a 4ª séries) Cerca de 30% do caminho está percorrido, pois 192 cidades já estão com nove anos de Ensino Fundamental. Em 2009 teremos 50% do Estado com ensino de 9 anos. O Estado tem convênio com 551 municípios para municipalização de 1ª a 4ª séries. Outros 30 Municípios têm rede própria de 1ª a 4ª séries. 8 - Programas de formação continuada e capacitação da equipe Os professores da rede estadual de Educação terão a partir de 2009 o maior programa de formação continuada do Brasil. A Secretaria fechou parceria com a USP, Unesp e Unicamp, as três mais reconhecidas universidades paulistas, e a partir do próximo ano irá oferecer cursos de especialização - pós-graduação latosensu - em 16 áreas para todos os 160 mil professores estaduais do ciclo II (5ª a 8ª séries) do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, além dos cerca de 20 mil professores-coordenadores, supervisores e diretores de escolas. As escolas indicarão os educadores que desejarem participar. Todos os cursos serão à distância, via internet, com carga de 360 horas. 9 - Descentralização e/ou municipalização do programa de alimentação escolar nos 31 municípios ainda centralizados Meta realizada em 30% . Em 2008, a Secretaria já passou para 22 municípios ainda centralizados , ou seja, nove já municipalizaram a merenda: Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do Turvo, Iporanga, Itaoca, Natividade da Serra, Paraibuna, Ribeira e Silveiras. 10 - Programa de obras e melhorias de infra-estrutura das escolas A Secretaria está com 1.200 obras, em licitação ou em execução. A Secretaria investiu e pretende ainda executar cerca de R$ 650 milhões de reais no exercício de 2008. III. Ações Principais 1. Programa Ler e Escrever

Em 2008, o programa foi implantado em toda Grande São Paulo. Em 2009 irá para o interior e litoral do Estado. O Ler e Escrever é uma política pública ambiciosa, sendo a principal alavanca para a Secretaria alfabetizar todos os alunos com 8 anos de idade. Trata-se de um programa de formação continuada de professores que ocorre nas escolas, nas salas de aula, envolvendo concomitantemente o ensino e o aprendizado dos coordenadores pedagógicos (cerca de 1.800), professores (cerca de 40.000) e alunos de 1a a 4a séries (cerca de 1 milhão). O programa conta com várias ações articuladas: professor

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auxiliar nas salas de 1o ano; programa de recuperação (PIC) nas 3a e 4a séries; materiais didáticos estruturados para o desenvolvimento do ensino - para os professores e alunos; e material didático de apoio à ação do professor docente, como, biblioteca de sala de aula, enciclopédias, globos, letras móveis, calculadoras etc. 1.1 Objetivos

• melhorar a qualidade do Ensino Fundamental; • apoiar o Professor Coordenador em seu papel de formador de professores dentro da

escola (HTPC); • criar condições institucionais adequadas para mudanças na sala de aula,

recuperando a dimensão pedagógica da gestão; • possibilitar o desenvolvimento de conhecimentos e experiências necessários aos

futuros profissionais da Educação (cursos de Pedagogia e Letras) sobre a natureza da função docente, no processo de alfabetização de alunos da 1ª série do ciclo I / EF;

• apoiar os professores regentes, na complexa ação pedagógica de garantir aprendizagem da leitura e escrita a todos os alunos, até o final da 2ª série do cicloI / EF;

• comprometer as Universidades com o Ensino Público. 1.2 Ações realizadas em 2008 Preparação, seleção e distribuição de materiais didáticos

• Orientações Curriculares do Estado de S Paulo – Língua Portuguesa e Matemática – Ciclo I - (Todos os Professores Regentes, Professores Coordenadores e Diretores de 1ª a 4ª séries do E.F. Cogsp/CEI);

• Guias de Planejamento e Orientações Didáticas para o Prof. Alfabetizador; • Caderno de Planejamento e Avaliação do Prof. Alfabetizador; • Coletânea de Atividades do Aluno; • Livro de Textos do aluno; • PIC – Projeto Intensivo no Ciclo – Livros do Professor e de Aluno; • Livros de Literatura Infantil e paradidáticos (1,7 milhões de unidades); • Assinatura da Revista Ciência Hoje das Crianças (9.058), Revistas: Recreio (14.155),

Picolé (211.628) e Turma da Mônica (14.155); • Aquisição de Almanaques: Cascão (141.546) e Mônica (141.346) • Aquisição do Livro Criança como você (16.000); • Conjunto de Letras Móveis (117.300); • Globo terrestre (5.839); • Calculadora (15.000); • Caixa plástica (40.750) para armazenamento do kit/Livros de Literatura Infantil e

paradidáticos;

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Formacão continuada do Ler e Escrever

• encontros de formação mensais com Supervisores, PCOPs e Diretores; • encontros de formação quinzenais com Professores Coordenadores e PCOPs; • encontros semanais com a equipe de formadoras e equipe pedagógica da CENP para

supervisão do trabalho desenvolvido.

Projeto Bolsa Alfabetização

• encontros entre todos os alunos pesquisadores das Instituições de Ensino Superior e equipe de gestão gestão institucional, para: apresentação do projeto Bolsa Alfabetização, informações administrativas e esclarecimentos, a fim de que fossem encaminhados às escolas da rede tendo conhecimento de seu papel, do contexto escolar e da dinâmica de atuação em sala de aula;

• celebração de convênio com as faculdades legalmente habilitadas cujos planos de trabalho foram aprovados;

• cadastramento no site das faculdades, interlocutores e professores orientadores; • seleção e cadastramento no site dos alunos pesquisadores e encaminhamento para

Diretoria de Ensino onde irão atuar; • controle de freqüência dos alunos nas escolas; • repasse do recurso para as faculdades, com base nos relatórios de freqüência,

Circunstanciado (atividades realizadas aprovado pela FDE) e prestação de contas do mês anterior;

• publicação de novo Chamamento Público realizado no mês de julho; • celebração de novos convênios com as faculdades legalmente habilitadas cujos

planos de trabalho foram aprovados; • revisão da documentação que regulamenta o projeto: Decreto, Resolução e

Regulamento, visando à qualificação das futuras ações/2009. 1.3 Resultados Alcançados

• Constituição e funcionamento de 25 Núcleos de formação do Programa na COGSP • Constituição e funcionamento de 9 Núcleos do Programa na CEI • Classes atingidas: 30.472 classes de 1ª a 4ª séries de ciclo I /EF

Formação em serviço de professores

• Na COGSP - 1 063 PCs, 1 096 Diretores de escola, 506 Supervisores, 81 PCOPS, 20.000 professores para a implementação do Programa e gestão pedagógica das Diretorias de Ensino.

• Na CEI - 124 Supervisores, 273 PCOPs, 10.400 professores para preparação da implantação do programa.

Projeto Bolsa Alfabetização

• 38 convênios firmados com Instituições de Ensino Superior; • 3.296 classes atendidas de 1ª série/ciclo I/EF de 971 unidades escolares da Cogsp.

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• 11% a mais de crianças alfabéticas nas 1ª séries (análise comparativa entre os resultados do SARESP/2005 e SARESP/2007);

• 2.046 professsores que responderam ao questionário do SARESP 2007, 64% afirmam que o aluno pesquisador tem facilitado seu trabalho; 29% em parte e 7% dizem que não;

• revisão da didática da alfabetização por supervisores, diretores, professores coordenadores e PCOPs, a partir do Programa Ler e Escrever;

1.4 Beneficiários Programa Ler e Escrever

• 943 621 alunos de 1ª a 4ª série do ciclo I /EF (total geral) o COGSP:

� 603.294 alunos de 1ª a 4ª série do ciclo I /EF ; � 28.538 alunos das classes de PIC de 3ª e 4ª séries do ciclo I /EF;

o CEI: � 311.789 alunos de 1ª a 4ª série do ciclo I /EF

Projeto Bolsa Alfabetização

• 28 Diretorias de Ensino da Cogsp; • 971 escolas da Cogsp (projeto Bolsa Alfabetização); • 3.296 classes de 1ª série do ciclo I /EF atendidas (projeto Bolsa Alfabetização); • 115.325 alunos de 1ª série/ciclo I /EF beneficiados (projeto Bolsa Alfabetização); • 38 Instituições de Ensino Superior; • 3.296 alunos pesquisadores das Instituições de Ensino Superior; • 80 professores orientadores; • 38 interlocutores.

Consolidado (abrangência) Ler e Escrever

• 1.104 escolas de 1ª a 4ª série do ciclo I /EF da COGSP com desenvolvimento de todas as ações;

• 1.139 escolas de 1ª a 4ª série do ciclo I /EF da CEI com recebimento de materiais. 1.5 Recursos utilizados em 2008 Aproximadamente 50 milhões de reais, incluindo despesas com as ações inerentes às ações do Bolsa Alfabetização e às ações do Ler e Escrever, em especial, quanto ao Material Pedagógico e Formação Continuada dos Educadores envolvidos no Programa.

2. São Paulo faz Escola: Material didático / proposta curricular

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A Secretaria confeccionou neste ano os materiais curriculares para 2008. Foi montada uma equipe de 100 especialistas que juntamente com os técnicos da secretaria avaliaram todo material pré-existente, fizeram consulta à rede por meio de um website criado especialmente para essa ação e produziram os materiais curriculares de 2008 (por bimestre e por matéria) para 5a – 8a séries do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Os guias curriculares foram distribuídos a cada dois meses para os professores neste ano. Agora, os professores têm uma base, um conteúdo a ser aplicado a cada aula, a cada bimestre. Os alunos é que ganham com esta padronização, jamais existente na rede. Antes cada escola decidia o que ensinar. Se o professor faltava, o substituto não sabia o que ensinar. Agora há a definição para toda a rede. No próximo ano a secretaria irá implantar os cadernos para os alunos cuja produção iniciou em 2008 e tem uma tiragem de 150 milhões de unidades. 2.1 Resultados Alcançados

• Capacitação das equipes dos guias curriculares. • Elaboração, produção e distribuição d Caderno do Professor. • Elaboração, produção de distribuição do Caderno do Gestor.

2.2 Beneficiários

• Aproximadamente 4.000 escolas - 3,6 milhões de alunos de 5a a 8a séries e do EM. 2.3 Recursos utilizados em 2008 A elaboração das Propostas Curriculares dos Ensinos Fundamental e Médio foi desenvolvida entre a SEE e a Fundação Carlos Alberto Vanzolini. Em 2008, aproximadamente R$ 17,5 milhões de reais foram destinados ao pagamento da elaboração das propostas curriculares e material complementar para o Ciclo II do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Para implantação das referidas propostas foram necessários: Contratos com empresas especializadas para impressão de documentos, (Cadernos de alunos, de Professor e do Gestor), bem como, aquisição de material didático-pedagógico para as escolas, o que representou um investimento de aproximadamente R$ 37,7 milhões de reais. Para que a implantação das propostas curriculares ocorra, desde o início do ano letivo de 2009, já estão sendo compromissados recursos do presente exercício, com vistas à celebração de contratos para a impressão do material necessário. 3. Programas de Recuperação de Aprendizagem

Aprimorar o conhecimento e sanar eventuais dificuldades que tenham se estabelecido ao longo dos estudos. Esses têm sido os pilares utilizados pela Secretaria de Estado da Educação para a implementação de recuperação nos três ciclos de ensino (1ª a 4ª e 5ª a 8ª do Ensino Fundamental e Ensino Médio). Pela primeira vez a pasta se volta de forma maciça para o processo de recuperação, que visa fundamentalmente garantir que dúvidas específicas não se perpetuem durante a vida escolar dos alunos.

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Além do PIC na 3ª e 4ª série, a Secretaria implantou recuperação nos 42 dias iniciais de aulas (2º ciclo e Ensino Médio). Foi uma medida emergencial, para recuperar conteúdos básicos de língua portuguesa e matemática. Os alunos ganharam um jornal com todas as disciplinas, mas o foco era nas duas: matemática e língua portuguesa. Neste segundo semestre, a Secretaria mudou a recuperação paralela (no contra-turno), com novos materiais e professores treinados. Seguem os programas implantados em 2008 na rede:

3.1. 42 dias de revisão Em 2008, nos primeiros 42 dias, os estudantes de 5ª a 8ª série e Ensino Médio estiveram em processo de recuperação, cujas aulas focaram as disciplinas de língua portuguesa e matemática, consideradas matérias bases para as demais. Por meio do chamado Jornal do Aluno, material didático feito – específico – para o processo de recuperação, cerca de 3,6 milhões de estudantes tiveram a oportunidade de rever conhecimentos importantes, sanar dúvidas e aprimorar conteúdos já vistos. Ao final do processo, os alunos foram submetidos a uma avaliação com o objetivo de aferir o grau de conhecimento adquirido durante os dias de reforço escolar. Aqueles que não atingirem o grau pretendido pelos docentes permanecerão em processo de revisão contínua no decorrer de dois meses, após o período das aulas regulares. 3.2. PIC (Projeto de Recuperação de Ciclo) Esse ano também marcou o início do chamado PIC, cujo pontapé inicial foi dado já com a retomada do ano letivo, em fevereiro. A pasta estabeleceu dois critérios distintos para a implantação dos novos reforços. Para a 3ª série do Ensino Fundamental a Secretaria utilizou o desempenho dos alunos no Saresp: aqueles que não obtiveram boas notas na avaliação - realizada em 2007 - foram encaminhados para salas específicas, cuja função principal tem sido a de reforçar conteúdos ensinados no ano anterior. Já na 4ª série, os alunos que ficaram retidos devido ao baixo desempenho durante o ano foram separados em turmas específicas, nas quais os docentes - que passaram por capacitação - trabalharão as dificuldades de cada um, dando mais ênfase aos conteúdos que não foram absorvidos no ano anterior. Todos os alunos do PIC recebem materiais didáticos específicos, referentes aos conteúdos que serão desenvolvidos no decorrer do ano letivo. A Secretaria está equipando estas salas com livros e materiais complementares. Levantamento da Secretaria aponta que as recuperações do primeiro ciclo constituem 1.221 classes. Destes, 637 são classes da recuperação de 3ª série e 584, classes para repetentes da 4ª série, hoje os alunos estudam em salas específicas de revisão de conteúdo. 3.3. Recuperação de alfabetização A pasta iniciou no primeiro semestre de 2008 a chamada Recuperação de Alfabetização para a 5ª série. O objetivo é intensificar os conteúdos de língua portuguesa para os alunos que apresentaram dificuldades no Saresp. Todos os alunos que apresentaram dificuldades nas áreas de leitura ou escrita terão uma atenção especial nas escolas. As salas e horários para a realização da aceleração de aprendizado serão definidas pelas próprias escolas com a ajuda dos docentes que participaram do processo e acompanharam os alunos durante o ano. 3.4. Intensivo - Ensino Médio

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Já no Ensino Médio, nas duas últimas séries, os estudantes poderão optar pelos cursos técnicos ou pela revisão de conteúdo, que irá preparar os alunos que pretendem dar continuidade aos estudos, ingressando, por exemplo, em um curso superior. Para tal, a Secretaria realizou uma revisão curricular, que permitirá que as escolas disponham de seis horas semanais destinadas à revisão de conteúdos. As aulas começarão no segundo semestre deste ano. Já as recuperações paralelas e de fim de ciclo, que já existiam, serão mantidas e aperfeiçoadas. Modalidades de recuperação que passaram a funcionar a partir de 2008:

• PIC (3ª e 4ª série); • Recuperação de 42 dias no início do ano letivo; • Recuperação continuada para aqueles que foram mal avaliados no processo de 42

dias e, portanto, permanecem em reforço após o período regular de aulas; • Recuperação de Alfabetização para 5ª série; • Recuperação de conteúdo da 2ª e 3ª série do Ensino Médio para ingresso em

universidades. 4. São Paulo faz Escola: Diversificação curricular do Ensino Médio A Secretaria implantou, em 2008, ensino técnico (Tele Curso Técnico ) para 50 mil estudantes da Grande São Paulo. Pela primeira vez uma rede regular de educação fez isso. O curso é de Gestão de Pequenas Empresas. Os alunos continuam com as aulas normalmente e à tarde ou aos sábados têm curso técnico. Três cidades do interior também já têm definidos cursos técnicos (Barretos, Indaiatuba e Dracena). A idéia é que os conteúdos básicos sejam concentrados nos dois primeiros anos e que o terceiro e último tenha espaço para o ensino diversificado. As aulas do Tele Curso Técnico são ministradas em sala de aula específica, equipada com computador, acesso à internet banda larga e data show. Em todo o Estado serão 6.000 salas de aula adaptadas. Além disso, a partir de 2008, o aluno que estava no Ensino Médio pode percorrer outro "caminho": reforço no aprendizado com foco no vestibular. A Secretaria condensou nos 1º e 2º anos, o conteúdo do Ensino Médio, deixando ao 3º ano, espaço para este reforço - ou para o curso profissionalizante. Todos alunos do 3º ano do Ensino Médio tiveram este reforço - a exceção foi para quem estava no curso profissionalizante, pois utilizou a mesma carga horária, seis, das 26 horas semanais. 4.1 Recursos utilizados em 2008 Nas ações referentes à diversificação curricular do Ensino Médio, foram disponibilizados R$ 22 milhões para celebração de contratos com Instituições Especializadas na formação profissional do aluno em nível técnico. Encontra-se compromissado também, para 2009, o montante de mais R$ 21,4 milhões de reais para continuidade destas ações. 5. São Paulo faz Escola: Educação de Jovens e Adultos

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Foi um ano de mapeamento de toda a rede. A Secretaria fechou parceria com o Ministério da Educação e já, a partir deste ano oferece o Enceja - em dezembro. Os alunos terão materiais específicos, um guia uniforme. 6. Sistemas de avaliação O Saresp 2008 dá continuidade à política de avaliação que vem orientando a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo nos últimos anos e a amplia, adequando uma série de aspectos da proposta original desse Sistema às diretrizes da atual gestão da SEE, explicitadas na “Nova Agenda da Educação Pública”. Essas diretrizes atribuem um papel fundamental, na gestão educacional, à avaliação externa do ensino, e impõem a ela novas exigências em termos de refinamento, precisão e fidedignidade das informações coletadas. Estas passam a assumir uma importância ainda mais central nas tomadas de decisão, permitindo aos educadores e gestores do setor traçar as estratégias adequadas para a correção de rumos, a proposição de novas abordagens e o acompanhamento sistemático de resultados. O Saresp 2008, em sua décima primeira edição, cuja finalidade principal consiste em diagnosticar o sistema de ensino e, ao mesmo tempo, servir de instrumentos de monitoramento das políticas públicas de educação. O sistema foi estruturado de tal forma a permitir que os seus resultados sejam comparáveis ano a ano e, também, com as avaliações nacionais (Saeb e Prova Brasil). Os resultados do Saresp 2007 já foram apresentados na mesma escala de proficiência de Língua Portuguesa e de Matemática. O ajuste mais relevante do Saresp, a partir de 2008, é a sua total correspondência à nova base curricular comum das escolas estaduais, o que vai permitir que a análise de seus resultados incida na melhoria da gestão da aprendizagem na sala de aula. Além disso, os resultados dessa avaliação servirão como instrumento do plano de metas das escolas, diretamente vinculados à gestão escolar e à política de incentivos da SEE. Nessa edição do Saresp foram introduzidas algumas alterações em relação aos procedimentos de aplicação das provas, tratamentos dos dados e uso dos resultados, visando garantir maior credibilidade à avaliação. São eles:

• A inclusão de mais uma área a ser avaliada, no caso, Ciências para a 6ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e Ciências da Natureza (Biologia, Física e Química) para a 3ª série do Ensino Médio, além de Língua Portuguesa e Matemática, o que irá contribuir para melhor caracterizar a situação do ensino destas áreas do conhecimento;

• A inclusão do questionário dos pais que foram entregues com os questionários dos alunos para serem respondidos em casa com a participação dos pais ou responsáveis pelos alunos, que permitirá uma caracterização mais detalhada dos fatores associados ao desempenho escolar;

• A aplicação dos questionários de gestão – supervisores de ensino, diretores de escola, professores-coordenadores e professores das séries e disciplinas avaliadas – on line no site da Secretaria de Educação, que permitirão uma caracterização mais detalhada dos fatores associados ao desempenho escolar;

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• A inclusão de uma prova com 5 questões abertas de Matemática para cada série – 4ª, 6ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio – aplicada a amostra de alunos da rede estadual, o que amplia a análise pedagógica, uma vez que, esse tipo de teste, diferentemente do de múltipla escolha, possibilita estudar os erros dos alunos e suas causas ;

• A correção externa da redação e das questões abertas de Matemática, numa amostra representativa de 10% dos alunos das séries avaliadas com a finalidade de garantir a adequada aplicação dos critérios de correção da redação e verificar as diferentes estruturas do pensamento lógico matemático dos alunos.

• Para a composição dos cadernos de prova, foram utilizados cerca de 104 itens de cada disciplina avaliada organizados em 26 cadernos de prova 3 blocos de cada disciplina contendo 8 itens por bloco, totalizando 24 itens por disciplina. Diferentemente das provas elaborados nas edições anteriores do Saresp onde se tinha no máximo 3 versões de provas, uma para cada período (manhã, tarde e noite);

• A inclusão da presença de dois monitores externos por turno da escola para verificar e garantir a uniformidade dos padrões utilizados na aplicação das provas.

O Saresp 2008 contou, também com a participação das redes municipais de educação e das escolas particulares que, voluntariamente, mostraram interesse em juntar-se à iniciativa da SEE em avaliar o ensino oferecido nas escolas. As despesas de aplicação das provas são de responsabilidade das redes municipais e particulares, mediante contrato com a empresa que venceu a licitação. Em 2008 foram avaliadas as áreas de Língua Portuguesa com Redação, Matemática, Ciências e Ciências da Natureza, mediante provas e questionários aplicados a alunos da 2ª, 4ª, 6ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio, com uma previsão de abrangência de, aproximadamente, 6.503 escolas e mais de 2 milhões de alunos, conforme a Tabela, a seguir.

Previsão de Abrangência do Saresp 2008

Rede de Ensino Escolas Alunos Turmas

Estadual 5.169 1.783.254 52.832 Municipal* 1.119 220.766 8.027 Particular 215 50.674 1.559 Total 6.503 2.054.694 62.418

* 185 municípios Além da presença dos alunos, verificou-se uma enorme mobilização dos profissionais de

ensino em todas as instâncias da SEE - SP, conforme dados apresentados a seguir:

6.1 Envolvidos na avaliação em 2008: dados de previsão

• Escolas: 6.503 escolas, sendo 5.169 estaduais, 1.119 municipais e 215 particulares

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• Professores-aplicadores: 62.418

• Diretores de escola: 6.503

• Pais de alunos: 47.022

• Monitores externos: 31.200

• Dirigentes de Ensino: 91

• Coordenadores de avaliação nas DEs: 91

• Professores-Coordenadores das Oficinas Pedagógicas: 273

6.2 Aplicação dos questionários:

• Alunos: 2.054.694

• Pais: 2.504.694

• Diretores: 5.003

• Professores-coordenadores: 8.698

• Professores das séries e disciplinas avaliadas: 59.052

• Supervisores de Ensino: 1.200

6.3 Beneficiários

5.169 escolas estaduais que oferecem os Ensinos Fundamental e Médio, envolvendo toda a

equipe escolar, a saber: diretor, professor-coordenador e professores – (dados de previsão)

1.783.254 pais e alunos da 2a, 4a, 6a e 8a séries do Ensino Fundamental e 3a série do Ensino

Médio das escolas estaduais participantes da avaliação – (dados de previsão)

6.4 Resultados obtidos

Os resultados da avaliação serão divulgados no início de março do próximo ano, por meio

de Boletins de Resultados por Escola que serão disponibilizados no site da Secretaria de

Educação e enviados a cada escola.

6.5 Recursos Orçamentários

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Os recursos orçamentários referem-se somente as despesas com a rede estadual. O valor

custo/aluno do Saresp/2008 ficou em R$9,88. O projeto criação do banco de itens para

avaliação da Educação Básica tem como finalidade fornecer os itens para avaliação das

próximas edições do Saresp. O total gasto com Saresp em 2008 foi de R$ 23.692.307,00

7. Gestão por resultado e política de incentivos

Foi encaminhado à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo o Projeto de Lei

Complementar nº 41, de 2008, que institui Bonificação por Resultados – BR, no âmbito da

Secretaria da Educação – projeto aprovado em dezembro deste ano.

O desenvolvimento de adequada política de gestão de recursos humanos com o propósito

de obter maior qualidade na prestação de serviços públicos constitui permanente desafio

desta administração. Nessa perspectiva encarta-se a instituição de novos mecanismos e

estratégias que buscam conciliar o cumprimento de metas, a excelência na prestação do

serviço e, por conseqüência, a valorização do servidor público, mediante incremento de sua

remuneração.

A “Bonificação por Resultado – BR”, constitui prestação pecuniária eventual, desvinculada

dos vencimentos e salários dos servidores, a ser paga anualmente, em duas parcelas,

calculada em função do desempenho das respectivas unidades de ensino ou

administrativas, na proporção direta do cumprimento de metas previamente estabelecidas

e dos dias de efetivo exercício, aferidos mediante processo periódico de avaliação.

É vinculada ao desempenho institucional e não ao do servidor, individualmente

considerado, o que elimina a subjetividade do respectivo processo de avaliação. O valor do

“BR” será determinado, observadas as disponibilidades orçamentárias e financeiras, pela

multiplicação de até 20% (vinte por cento) do somatório da remuneração mensal do

servidor no período de avaliação pelos índices de cumprimento de metas e de dias de

efetivo exercício no mesmo período.

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Ainda no limite dos recursos disponíveis, esse percentual poderá ser elevado, de acordo

com os resultados do processo de avaliação, assim como poderá ser atribuído um adicional

de até 20% (vinte por cento) do valor da Bonificação por Resultados – para os servidores

de unidades de ensino ou administrativas que superarem as metas definidas.

Para dar cumprimento a esse programa, foram indicadas metas individuais às unidades

escolares, calculadas com base no desempenho dos alunos nos exames do SARESP/2007 e

nas taxas de aprovação. A partir dessas variáveis, definiu-se um indicador de qualidade da

escola denominado IDESP – Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São

Paulo, com o objetivo precípuo de instituir novos paradigmas para aprimorar a gestão do

ensino público.

A sistemática que se pretende implantar alinha-se aos mais modernos princípios de

gerenciamento de recursos humanos, e certamente refletirá no desempenho institucional

dos órgãos e entidades vinculados à Secretaria da Educação, com a conseqüente melhoria

da qualidade do ensino e da aprendizagem, para que seja assegurado o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação

para o trabalho digno.

7.1 Detalhes do bônus por resultado

Trata-se da grande mudança da Secretaria. São Paulo inova e passa a oferecer remuneração

por desempenho a seus funcionários. Pela primeira vez funcionários públicos do Estado

receberão bônus financeiro de acordo com o resultado de seu trabalho. Os cerca de 300 mil

funcionários ligados à Secretaria de Estado da Educação (professores, diretores,

supervisores, agentes de serviço e organização etc.) receberão o equivalente a até 2,9

salários mensais se seus alunos melhorarem a aprendizagem.

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Seguindo o Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp), lançado em maio

de 2008, as escolas terão de melhorar e atingir metas ano a ano. Se as metas foram 100%

alcançadas, os funcionários da escola receberão o total do bônus: 20% dos 12 salários

mensais, ou seja, 2,4 salários mensais a mais. A bonificação será sempre equivalente ao

avanço alcançado. Se a escola atingir 50% de sua meta, seus funcionários receberão 50%

do bônus - 1,2 salário mensal a mais. Se a escola chegar a 10% da meta, seus funcionários

receberão 10% do bônus.

As escolas que superarem as metas pré-estabelecidas receberão também pelo esforço a

mais. Ao passar 20% do índice os funcionários terão acréscimo de 20% ao bônus total (veja

exemplos abaixo). Se passar 10%, 10% a mais. O teto é de 20% a mais. Isto equivale a 2,9

salários mensais a mais.

Para iniciar este projeto a Secretaria criou, em maio deste ano, o Idesp (Índice de

Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo). O Idesp estipula ano a ano metas

que as escolas estaduais paulistas devem alcançar. Cada uma das 5.183 escolas ganhou um

índice para 2007 e metas a serem alcançadas já a partir deste ano. Além de 2008, terão

metas para todos os anos, ou seja, em 2009, 2010, 2011 etc.

A Secretaria pretende que a rede estadual atinja alto nível de educação, compatível com a

dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

(OCDE). A Secretaria considerou dois critérios: o resultado de desempenho dos alunos no

Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp),

considerando a sua distribuição em quatro níveis de proficiência (abaixo do Básico, Básico,

Adequado e Avançado), e o fluxo escolar em cada nível de ensino das escolas. O fluxo é

determinado pela taxa de aprovação média em cada ciclo (1ª a 4ª, 5ª a 8ª séries do

Fundamental e 1ª ao 3ª do Ensino Médio).

A escola tem um Idesp para cada ciclo. Ou seja, se a escola tiver três ciclos (1ª a 4ª, 5ª a 8ª e

Ensino Médio) tem três índices, três metas. A Secretaria espera que em 2010 a rede

17

estadual tenha 41,2% dos estudantes na 4ª série nos níveis "adequado" e "avançado". Na 8ª

série, 28,2% em "adequado" e "avançado". No Ensino Médio, 16,6%.

8. Ensino Fundamental de 9 anos e municipalização

Até 2010, o ensino fundamental de nove anos estará implantado em todo o Brasil, de

acordo com determinação do Ministério da Educação. O Estado de São Paulo já adotou essa

meta e conta com a colaboração dos municípios, responsáveis pela maior parte das escolas

de ensino fundamental entre 1ª e 4ª séries. Um ano a mais de estudo exigirá a antecipação

da entrada do aluno na 1ª série do ensino fundamental dos 7 para 6 anos de idade.

A Secretaria, em conjunto com as Coordenadorias de Ensino, está apoiando a implantação

do ensino fundamental de 9 anos, no Estado, realizando treinamento para as Diretorias de

Ensino e Municípios orientando quanto às novas rotinas da matrícula do ensino

fundamental. Para dirimir dúvidas referentes à legislação, foram realizadas reuniões com

mais de 60 municípios, nos quais as Diretorias de Ensino identificaram problemas na

aceitação por parte do poder público municipal. Após esses esclarecimentos poucas

localidades ainda resistiram à implantação da nova organização: Em relação às redes

municipais as exceções serão a Capital e São Bernardo do Campo e no interior Espírito

Santo do Pinhal.

Dos 64 municípios que, em 2008, não ofereciam nenhum atendimento no ensino

fundamental, em 2009, somente em Pirajuí a rede estadual terá que assumir o atendimento

à demanda do 1º ano do ensino fundamental, equivalente à última etapa da pré-escola. Em

outras localidades como Araraquara e Campinas a rede estadual proporcionará

atendimento para algumas classes de 1º ano, visando a melhor acomodação da demanda

escolar.

O Conselho Estadual de Educação aprovou as mudanças da pasta. Cerca de 30% do

caminho está percorrido, pois 192 cidades já estão com nove anos de Fundamental. A

18

Undime (associação das prefeituras) está apoiando a Secretaria. Em 2009 teremos 50% do

Estado com ensino de 9 anos. O Estado tem convênio com 551 municípios para

municipalização de 1ª a 4ª séries. Outros 30 têm rede própria de 1ª a 4ª.

9. Programa de alimentação escolar

No decorrer do ano de 2008 foram distribuídas aproximadamente 16.477 toneladas de

alimentos, no valor de R$ 75.985.810,50 para as escolas de ensino regular e 1.132

toneladas, no valor de R$ 5.309.944,97 para as Escolas de Tempo Integral pertencentes ao

Sistema Centralizado.

Além disso, bimestralmente, são repassados recursos para o Programa de Enriquecimento

da Merenda Escolar – PEME, onde as escolas adquirem alimentos perecíveis, o total

investido em 2008 foi de R$ 23.034.274,00.

Para os 522 Municípios do Sistema Descentralizado é repassado trimestralmente em 4

parcelas anuais recursos para a aquisição de Gêneros Alimentícios. Em 2008 foi repassado

o total de R$ 46.489.980,00. Além disso, 04 municípios encontram-se impedidos pelo

Tribunal de Contas e receberam o montante de 33.339,18 kg em 4 repasses de alimentos no

valor de R$ 146.154,19.

Para 205 Municípios que possuem Escolas de Tempo Integral do Sistema Descentralizado

foram repassados em 2008, o montante de R$ 7.562.520,00 para aquisição de gêneros

alimentícios e ainda 1.287 toneladas de gêneros alimentícios no valor de R$ 6.631.734,54.

Ainda nestas atividades são atendidos municípios carentes que solicitam reforço em

gêneros alimentícios, tendo sido doadas, aproximadamente 2.035 toneladas de alimentos

no valor de R$ 8.520.848,76.

19

No tocante à distribuição de utensílios e equipamentos para as cozinhas das escolas, foram

distribuídos o valor total de R$ 10.686.619,65, sendo 9.866 utensílios e equipamentos

entre eles balcão térmico, carro auxiliar, cortador de legumes, fogão, freezer, liquidificador,

refrigerador e kit de instalação.

Para Transporte e Armazenagem dos Gêneros Alimentícios, Utensílios e Equipamentos foi

gasto o valor de R$ 3.118.585,38 e o gasto com aluguel e condomínio dos armazéns foi de

R$ 1.169.166,45.

Programa de Trabalho Dotação Empenhado

TOTAL 127.714.544,00 118.364.327,19

Monitoramento, Avaliação, Treinamento e Aperfeiçoamento de Pessoal

9.1. Educação nutricional: Realizado nas unidades escolares estaduais de ensino

fundamental. Consiste em palestras ministradas por estagiárias, estudantes do 4º ano do

curso de graduação em nutrição (estágio curricular). O projeto tem como objetivo principal

melhorar a qualidade da alimentação da criança em idade escolar, através da adoção de

hábitos alimentares saudáveis, condição esta, primordial para a prevenção de várias

patologias decorrentes de alguns distúrbios alimentares e mudança no estilo de vida que

permitam uma melhor qualidade de vida. Em 2006, foi instituída a semana da Educação

Nutricional, comemorada anualmente, na terceira semana do mês de maio. O DSE seleciona

e sugere, além de várias atividades, o material elaborado pelo Ministério da Saúde, a fim de

subsidiar o trabalho dos coordenadores pedagógicos/Diretores e Vice, para que sejam

aplicados nas Unidades Escolares, em salas de aula e/ou atividades dirigidas.

9.2. Treinamentos e reuniões: Em 2008 foram realizadas aulas práticas e teóricas, sendo

capacitados 6.644 profissionais, entre diretores, vice-diretores, responsáveis pela merenda,

coordenadores pedagógicos e preparadores de merenda, através de aulas presenciais na

capital e interior e por meio de vídeos conferências.

20

Programa de Trabalho Dotação Empenhado

TOTAL 540.000,00 71.994,54

10. Plano de investimentos em infra-estrutura

Em todo o ano de 2008 foram investidos cerca de R$ 650 milhões em obras e reformas. A

secretaria, por meio da FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação - tem um

plano de 1200 obras, de tamanhos diferentes, em execução ou licitação. 53 obras novas

(novas escolas) estão em execução e foram finalizadas neste ano. Também no exercício de

2008, foram assinados convênios com 48 Municípios, para execução de 11 obras novas; 13

ampliações, num total de 120 salas de aula; 35 reformas e adequações; 5 construções e

coberturas de Quadras. O Programa mantém hoje, parceria com aproximadamente 159

Municípios, (com obras em andamento) sendo que já firmaram Convênios com o Estado

desde o início do Programa aproximadamente 561 Prefeituras Municipais.

10.1. Extinção das escolas padrão Nakamura

No início de 2007 havia 76 prédios inteiros e 133 escolas com 394 salas avulsas

(Nakamura). Em 2008, todos prédios foram substituídos. Hoje, há apenas seis salas padrão

Nakamura na capital, cujas obras estão em execução.

10.2 Cobertura de quadras esportivas

Programa de obras que visa à cobertura de todas as 2.315 quadras esportivas existentes

nas escolas da rede estadual de ensino. O custo aproximado do programa é de R$ 425

milhões e a previsão de término é até 2010. Em 2008, foram concluídas 612 obras e 266

estão em execução.

10.3 Kit multimídia para professores

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As salas de professores de todas as escolas da rede estadual receberam em 2008 o kit

multimídia, cuja maioria já está em funcionamento. O kit é composto por computador,

impressora e internet, via banda larga de conexão e um televisor conectado a estes

equipamentos. O objetivo da Secretaria é oferecer aos professores de escolas estaduais um

mecanismo para aprimoramento profissional. Além dos equipamentos, os profissionais

poderão ser capacitados dentro do ambiente escolar e utilizar ferramentas modernas para

aprimorar o ensino nas unidades estaduais. A Secretaria mantém uma rede de treinamento

para os professores, a Rede do Saber. A idéia é que a Rede seja acessada de dentro da sala

do professor, evitando que saia para receber cursos de capacitação.

10.4 Material escolar

A Secretaria, por meio da FDE, adquiriu e entregou às escolas (dez/08) os kits de materiais

escolares, antecipando prazo. Para o acompanhamento da ação foi desenvolvido um

moderno sistema informatizado. Trata-se de um website com acesso pelo endereço

www.educacao.sp.gov.br, que oferece a opção de verificar on-line como estão as entregas

de caderno, livros e até canetas, lápis e borrachas a todas as cerca de 5.300 escolas

estaduais. Ao todo a Secretaria irá enviar 5.231.127 kits de material escolar às escolas, para

todos alunos estaduais dos ensinos Fundamental e Médio. A novidade são as mochilas, cada

aluno da rede estadual irá receber uma mochila junto com o material escolar.

10.5 SEMPRE – Sistema Estadual de Manutenção Permanente da Rede de Escolar

Em 2008, a Secretaria, por meio da FDE, implantou o SEMPRE. As obras emergenciais,

pequenos reparos e serviços de manutenção nos prédios das 5.527 escolas estaduais

passam a ser executadas no prazo máximo de 5 dais úteis. O Sempre funciona como uma

espécie de pronto atendimento às escolas estaduais e permite que as obras sejam

realizadas com mais agilidade uma vez que dará mais autonomia aos administradores

escolares para a execução dos reparos. A Secretaria reservou R$ 200 milhões para a

realização dos projetos do Sempre sendo que cerca de R$90 milhões já foram executados

em 2008.

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Por meio da FDE, a Secretaria realizou uma licitação pública que cadastrou 67 empresas e

oito gerenciadoras de obras que irão atender necessidades das escolas. Foram licitados

orçamentos de 1.500 serviços, entre compra de materiais e contratação de mão de obra,

que podem ser executados dentro da rotina de manutenção das escolas. Assim, não há

necessidade da realização de licitações específicas para cada obra. A iniciativa inédita

permite maior agilidade no atendimento e garantia de preços uniformes para os serviços

oferecidos. Até o fim de 2008 (dez), foram emitidas 1694 ordens de serviços com o

SEMPRE.

IV. Demais projetos e programas

1. Projeto Cultura é Currículo

A Secretaria iniciou no segundo semestre de 2008 o maior programa do Brasil para levar

cultura a estudantes. É o Cultura é Currículo, que tem objetivo de atingir cerca de 1 milhão

de alunos, com visitas a instituições culturais, projeção de filmes e comparecimento a

teatros. A expectativa da pasta é ampliar este número a cada nova fase. Dividido em três

projetos - instituições culturais, especialmente museus (Lugares de aprender: Escola Sai da

Escola), teatros (Escola em Cena) e cinema (Cinema Vai à Escola) -, o Cultura é Currículo

proporcionará aos estudantes experiências inesquecíveis.

Para o Escola Sai da Escola (museus e parques, entre outros), a Secretaria fechou, até

agora, parceria com 26 instituições culturais. Em 2008 atingiu as escolas da capital,

passando em 2009 para a Grande São Paulo e interior. Os alunos as visitam rotineiramente,

sempre com acompanhamento de professores. Todos as informações estão inseridas no

currículo da rede. Até dezembro deste ano 160.000 alunos participaram de visitas

monitoradas.

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Para a área de cinema, denominada Cinema Vai à Escola, a Secretaria fechou a compra de

20 filmes em DVD, entre contemporâneos e antigos. Todas escolas de Ensino Médio do

Estado recebem os DVDs e materiais de apoio pedagógico como "Cadernos de Cinema do

Professor" e o vídeo "Luz, Câmera... Educação", para auxílio aos professores antes, durante

e depois das sessões. Foram 1.500.000 alunos beneficiados em 2008.

Já para teatro, com o Escola em Cena, a Secretaria, em parceria com a Secretaria de Estado

da Cultura, quer proporcionar aos alunos do Ensino Médio e de escolas em tempo integral

experiências de freqüentar espetáculos de teatro e dança articuladas ao desenvolvimento

de conteúdos de Arte e outras disciplinas. A intenção é integrar alunos e professores em

espetáculos teatrais e de dança. 18 mil alunos participaram do projeto em 2008.

2. Programa Acessa Escola

Trata-se de um inovador projeto para manter abertos, durante todo o período de aulas, os

laboratórios de informática das escolas estaduais. Todos os estudantes da rede estadual

poderão utilizar os laboratórios a qualquer momento, não apenas durante as aulas de

informática, e terão auxílio de monitores treinados.

A Secretaria selecionou 4 mil estagiários, que serão os monitores dos laboratórios,

recebendo R$ 340 mensais pelo trabalho. Todos são alunos das escolas estaduais. No total,

até o fim da implantação, serão selecionados 12.242 estagiários (as 8.242 vagas restantes

serão abertas posteriormente). Além de abrir os laboratórios em período integral e

oferecer estágio para 4 mil estudantes e Ensino Médio, o Acessa Escola proporciona

capacitação aos adolescentes, que para virar monitores serão treinados em seis módulos

sobre informática.

Em 2008 – ate 19 de dezembro – foram abertas 598 salas Acessa Escola na Capital (meta

que era 500, foi superada).

3. E-mails para professores e alunos

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O governo do Estado e a Microsoft fecharam parceria para que todos os alunos e

professores de escolas estaduais (regulares e técnicas) passem a contar com e-mails

institucionais. Estão sendo criados cerca de 5,5 milhões de endereços eletrônicos, no maior

programa de abertura de contas corporativas já realizado no mundo. A parceria não tem

qualquer custo ao governo do Estado. Os e-mails poderão ser acessados de qualquer lugar,

via webmail. Em 2008, cerca de 40 mil contas de e-mail já foram ativadas.

4. Programa Computador do Professor

A Secretaria lançou neste ano, em parceria com a Secretaria da Fazenda e o Banco Nossa

Caixa, o programa Computador do Professor. A pasta financiará sem juro a compra de

computadores portáteis - laptops - para os cerca de 130 mil professores efetivos da rede. O

objetivo é oferecer dupla vantagem aos professores na aquisição de computadores. Além

do juro zero, preço menor que o de mercado, devido à quantidade que será adquirida. A

Secretaria espera que a ferramenta tecnológica auxilie os professores no desenvolvimento

da educação, aprimorando a aprendizagem dos estudantes.

Todos os computadores serão de propriedade dos educadores. A Secretaria fechou o

acordo de financiamento junto ao banco Nossa Caixa. Irá investir pelo menos R$ 40 milhões

para subsidiar o juro zero dos professores. O preço do computador será definido após a

aquisição pelo governo do Estado, via chamamento público da Nossa Caixa. Como

referência - com base na configuração estabelecida - o valor do laptop no mercado é de

aproximadamente R$ 2.500. Os professores pagarão menos do que isso, de acordo com a

quantidade adquirida. O Convenio foi assinado no final de dezembro e o chamamento

público deverá ser nos primeiros dias de 2009.

5. Projeto Apoio ao Saber

Todos os 3,3 milhões de estudantes de 5ª a 8ª série e de Ensino Médio da rede estadual de

Educação receberam três livros infanto-juvenis de literatura clássica, sempre de escritores

brasileiros. O projeto pretende incentivar a leitura de todos os estudantes paulistas. Os

alunos podem levar para casa os livros. O investimento foi cerca de R$ 34 milhões em 2008.

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6. Programa Escola da Família

Trata-se da abertura das Escolas Estaduais participantes, aos sábados e domingos, para a

realização de atividades voltadas às comunidades intra e extra escolares, contemplando os

4 eixos estruturantes do Programa Escola da Família (Cultura, Esporte, Saúde e Trabalho).

Participação ativa da sociedade civil, que também realiza atividades por meio do trabalho

voluntário e das parcerias estabelecidas com diversas instituições.

6.1. Ações em 2008

• 2.334 Escolas Estaduais 320 Escolas Municipais abertas aos sábados e domingos,

com a participação de Educadores Universitários, Educadores Profissionais,

Voluntários, Professores Coordenadores de Projetos Especiais, Supervisores,

Gestores, Monitores Educacionais e comunidades intra e extra-escolares.

• Realização de Orientações Técnicas para Educadores Universitários, Educadores

Profissionais, Voluntários, Professores Coordenadores de Projetos Especiais,

Supervisores, Gestores e Monitores Educacionais.

6.2. Resultados

• 2.334 Escolas Estaduais e 320 Escolas Municipais abertas aos finais de semana;

• 79.878.611 participações registradas de janeiro a novembro de 2008 (participação

registrada é igual à participação de uma pessoa em uma atividade na escola; assim,

uma pessoa pode ser contabilizada mais de uma vez por dia);

• Foram desenvolvidas 2.535.563 atividades distribuídas nos eixos Esporte, Cultura,

Trabalho e Saúde (período de janeiro a novembro de 2008).

6.3. Beneficiários em 2008

• 2.400 escolas

• 21.000 bolsistas

7. Jornada de Matemática

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A secretaria realizou a II Jornada de Matemática em atendimento às metas traçadas para

viabilizar o desenvolvimento pleno de todos os alunos do sistema estadual de ensino e para

sistematizar estratégias que contribuam com a aprendizagem da matemática nas séries

iniciais. No segundo semestre de 2008 a proposta foi oferecida às escolas da 4ª série do

Ciclo I da rede pública estadual de ensino nas regiões da Capital, Grande São Paulo e

Interior – esta última foi novidade. A jornada paulista chegou à etapa final superando a

anterior não apenas pela abrangência – 202.800 alunos participaram e realizaram mais de

100 milhões de cálculos matemáticos – mas, sobretudo, pelo objetivo alcançado: são

inúmeros os relatos de crianças que perderam o "medo da matemática" durante o processo.

A etapa final foi realizada no dia 2/12/2008. A metodologia possui um diferencial em

relação a outros concursos: estimular o trabalho em equipes, reunindo alunos com maior e

menor dificuldade na matéria. E ao mesmo tempo em que produz material específico para

uso em sala de aula.

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8. Transporte de Alunos da Educação Básica

Trata-se do transporte de Alunos residentes fora da área de abrangência das unidades

escolares, na Zona Rural, e em locais de difícil acesso, bem como, alunos portadores de

necessidades especiais. O atendimento dos alunos está sendo realizado por meio de

repasse de recursos, via convênios celebrados entre o Governo do Estado, por meio da SEE

e as Prefeituras Municipais, via Contratos pela FDE na área da COGSP e também pelas

Diretorias de Ensino.

Em 2008

Atendimento de 385.227 alunos do ensino fundamental e médio, sendo 356.228 alunos da

Coordenadoria de Ensino do Interior e 28.999 alunos da Coordenadoria da Grande São

Paulo. Os investimentos para o ano de 2008 são da ordem de aproximadamente R$210

milhões.

9. Convênios Estaduais

O Governo do Estado por meio da Secretaria da Educação celebrou uma série convênios no

ano de 2008, abaixo os principais:

9.1. Convênios Assistenciais – Educação Especial

Em 2008 foram celebrados 284 convênios, sendo 253 com Associações de Pais e Amigos

dos Excepcionais - APAEs e 31 com outras Instituições Assistenciais, garantindo dessa

forma o atendimento de 32.030 alunos, o que implicou no repasse de R$ 65,5 milhões.

9.2. Convênios com Instituições que oferecem Alfabetização para Jovens e Adultos (EJA).

Para garantir àqueles que não tiveram acesso à escolarização formal na idade própria a

oportunidade de se apropriarem dos saberes da leitura e da escrita, o governo do Estado,

por intermédio da Secretaria da Educação, manteve durante o ano de 2008, convênios com

diversas Instituições (ONGs), cujas ações são executadas pelos Conselhos Comunitários de

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regiões carentes da Grande São Paulo e Interior do Estado. Dessa forma foram transferidos

recursos financeiros para essas Instituições, na ordem de aproximadamente R$6,4

milhões, visando a promoção e o desenvolvimento de Programa de Alfabetização de Jovens

e Adultos, por meio da escolarização de 1ª a 4ª séries.

9.3. Catavento Cultural e Educacional.

Trata-se da implantação do Projeto Catavento, que colocará à disposição das escolas

públicas, espaço lúdico, social e cultural. Foi repassado o montante de R$ 19.9 milhões.

9.4. Universidade de São Paulo - USP.

Em parceria com o Banco Santander S/A e a FUSP - Fundação de Apoio a Universidade de

São Paulo, tem por objetivo a implantação do Programa de Pré Iniciação Científica, através

da concessão de 400 bolsas de estudos a alunos do ensino médio, da rede pública estadual,

bem como a concessão de bolsas de estudos aos professores supervisores da rede pública.

O custo total previsto é de R$ 3.080.000,00, cabendo à USP o montante de R$ 200.000,00 e

ao Banco Santander S/A R$ 2.880.000,00. Entretanto, não haverá repasse de recursos por

parte da Secretaria. Cabe à SEE se responsabilizar em selecionar alunos e professores e à

2ª em receber os créditos dos recursos e efetuar o pagamento das bolsas de estudos.

V. Legislação e valorização do professor

1. Aumento de salários

O governo do Estado reajustou de até 12,2% no salário-base dos profissionais da rede

estadual de Educação. O piso mínimo do professor para 40 horas semanais passou a ser de

R$ 1597,52. O aumento definido pelo governo do Estado foi também para diretores,

supervisores e funcionários do Quadro de Apoio Escolar.

2. Fim da alta rotatividade dos educadores

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A secretaria produziu neste ano o decreto 53.037, com objetivo de regular o excesso de

transferências de professores. Somente neste ano, 51 mil dos 130 efetivos mudaram de

escolas, o que muito prejudica os alunos. Com o decreto, os professores que quiserem

mudar de escola após o início do ano letivo devem permanecer na nova unidade por pelo

menos um ano. Este tempo mínimo não existia. Podia-se ir a voltar a qualquer momento, o

que muito prejudicava os alunos,

3. Faltas por atestado médico

As faltas de professores motivadas por atestados médicos caíram quase 60% na rede

estadual de Educação. É o que aponta balanço da Secretaria de Estado da Educação sobre

os 6 meses iniciais da lei – aprovada na AL - que, desde 17 de abril, limitou em seis ao ano o

número de ausências com pedidos médicos. O balanço inédito da Secretaria de Estado da

Educação compara os seis primeiro meses da medida ao mesmo período de 2007, quando

os professores podiam faltar sem limite (dia sim, dia não). Entre maio e outubro de 2007

houve 398 mil faltas por atestados médicos nas escolas estaduais, com atestados

apresentados 247 mil vezes (podia-se apresentar atestados para dias à frente).

Neste ano, nos mesmos meses, foram 163 mil faltas, ou seja, menos quase 60%. A

comparação apenas com os meses de outubro (2007 e 2008) também pode ser feita. No

ano passado houve 76 mil faltas em outubro. Neste ano foram 29 mil, queda de

praticamente 62%. Antes de a nova lei entrar em vigor, com projeto do governador José

Serra, a Secretaria registrava cerca de 30 mil faltas diárias de professores (12,8% dos cerca

de 230 mil professores da rede) amparadas em 19 dispositivos legais que garantiam que

não houvesse desconto em folha de pagamento. Usando todos os dispositivos legais, era

possível que um professor trabalhasse apenas 27 dos 200 dias letivos de um ano.

VI. Orçamento maior para 2009

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O orçamento para a pasta da Educação em 2009 passou de 13,3 bilhões para 15,5 bilhões. É

o maior orçamento do governo. Não houve redução em qualquer área. A proposta

orçamentária ficou mais clara e objetiva.