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Editorial Novamente, dentro da regularidade que procuramos cumprir, está nas vossas mãos o terceiro número do nosso despretensioso Boletim CERTIEL que, como dissemos desde o primeiro número, nada mais quer ser que um elo de ligação entre nós e todos os técnicos envolvidos na elaboração de projectos e execução de instalações eléctricas, fazendo chegar a todos, de uma forma mais rápida e cómoda, a informação essencial sobre a nossa actividade. Como já tivemos ocasião de sublinhar no número anterior, a adesão a esta iniciativa, pelos ecos e incentivos que nos têm chegado por parte dos seus destinatários, mostra claramente que a iniciativa é oportuna e útil e merecedora de todo o empenho que a ela temos dedicado desde o início. As respostas ao recente inquérito, incluído no número anterior, ultrapassaram largamente as nossas expectativas e as opiniões nelas expressas dão-nos elementos preciosos para, a partir daí, melhorarmos a qualidade dos nossos serviços. A todos quantos se dispuseram a perder um pouco do seu tempo livre a preencher e devolver os referidos inquéritos, o nosso muito obrigado. A Direcção 3 Março 2003 PEDIDOS DE CERTIFICADO DE EXPLORAÇÃO DE INSTALAÇÕES DE UTILIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA NOVAS TAXAS DE CERTIFICAÇÃO DE PROJECTOS E INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS WWW.CERTIEL.PT PÁGINA RENOVADA PEDIDOS NA INTERNET ACESSO AO BALCÃO DIGITAL NOVO REGULAMENTO DE SEGURANÇA DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS RESULTADOS DO INQUÉRITO À QUALIDADE DO SERVIÇO Certificação de Produto UMA FORMA DE GARANTIR A QUALIDADE Ética e Segurança F.A.Q. – PERGUNTAS MAIS FREQUENTES E RESPECTIVAS RESPOSTAS CERTIEL VISTA PELOS SEUS ASSOCIADOS Opinião da AGEFE 2 3 4 6 7 8 Propriedade CERTIEL – Associação Certificadora de Instalações Eléctricas Rua dos Anjos, 68 – 1150-039 Lisboa Tel.: 213 183 200 – Fax: 213 183 289 [email protected] – www.certiel.pt Director António Oliveira Barbosa Edição Direcção da Qualidade, Recursos e Inovação Produção gráfica EDITIDEIAS – Edição e Produção, Lda. Trimestral – 16 500 exemplares Distribuição gratuita info www.certiel.pt Acreditação em curso Após a implementação do sistema da qualidade, a CERTIEL procedeu em Janeiro à entrega do processo de candidatura à sua acreditação no âmbito do Sistema Português da Qualidade, ficando agora a aguardar a realização da respectiva auditoria de concessão por parte do IPQ – Instituto Português da Qualidade. Significa este facto que de há alguns meses a esta parte a CERTIEL trabalha segundo uma organização que pretende dar resposta a todos os requisitos e obrigações estabelecidos na norma NP EN 45011. Reportagem 5 Seminários CERTIEL

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EditorialNovamente, dentro da regularidade que procuramos cumprir, está nas vossas mãos o

terceiro número do nosso despretensioso Boletim CERTIEL que, como dissemos desde o

primeiro número, nada mais quer ser que um elo de ligação entre nós e todos os

técnicos envolvidos na elaboração de projectos e execução de instalações eléctricas,

fazendo chegar a todos, de uma forma mais rápida e cómoda, a informação essencial

sobre a nossa actividade.

Como já tivemos ocasião de sublinhar no número anterior, a adesão a esta iniciativa,

pelos ecos e incentivos que nos têm chegado por parte dos seus destinatários, mostra

claramente que a iniciativa é oportuna e útil e merecedora de todo o empenho que a ela

temos dedicado desde o início. As respostas ao recente inquérito, incluído no número

anterior, ultrapassaram largamente as nossas expectativas e as opiniões nelas expressas

dão-nos elementos preciosos para, a partir daí, melhorarmos a qualidade dos nossos

serviços. A todos quantos se dispuseram a perder um pouco do seu tempo livre a

preencher e devolver os referidos inquéritos, o nosso muito obrigado.A Direcção

3Março 2003

PEDIDOS DE CERTIFICADODE EXPLORAÇÃODE INSTALAÇÕES DEUTILIZAÇÃO DE ENERGIAELÉCTRICA

NOVAS TAXASDE CERTIFICAÇÃO DEPROJECTOS E INSTALAÇÕESELÉCTRICAS

WWW.CERTIEL.PTPÁGINA RENOVADA

PEDIDOS NA INTERNETACESSO AO BALCÃO DIGITAL

NOVO REGULAMENTODE SEGURANÇA DEINSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

RESULTADOS DO INQUÉRITOÀ QUALIDADE DO SERVIÇO

Certificação de ProdutoUMA FORMA DE GARANTIRA QUALIDADE

Ética e Segurança

F.A.Q. – PERGUNTAS MAISFREQUENTESE RESPECTIVAS RESPOSTAS

CERTIEL VISTA PELOSSEUS ASSOCIADOSOpinião da AGEFE

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PropriedadeCERTIEL – Associação Certificadorade Instalações EléctricasRua dos Anjos, 68 – 1150-039 LisboaTel.: 213 183 200 – Fax: 213 183 [email protected] – www.certiel.pt

Director António Oliveira Barbosa

Edição Direcção da Qualidade, Recursos e Inovação

Produção gráficaEDITIDEIAS – Edição e Produção, Lda.

Trimestral – 16 500 exemplaresDistribuição gratuita

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Acreditação em cursoApós a implementação do sistema da qualidade, a CERTIEL procedeu em Janeiroà entrega do processo de candidatura à sua acreditação no âmbito do SistemaPortuguês da Qualidade, ficando agora a aguardar a realização da respectivaauditoria de concessão por parte do IPQ – Instituto Português da Qualidade.Significa este facto que de há alguns meses a esta parte a CERTIEL trabalhasegundo uma organização que pretende dar resposta a todos os requisitos eobrigações estabelecidos na norma NP EN 45011.

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5Seminários CERTIEL

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2 INFOCERT I E L MARÇO 2003

As instalações eléctricas de serviço particular definidas no Regulamentode Licenças para Instalações Eléctricas, independentemente de care-cerem ou não de licença de estabelecimento de acordo com aqueleregulamento, podem estar ou não sujeitas a licenciamento municipal,devendo os técnicos responsáveis por instalações eléctricas de serviçoparticular e demais intervenientes cumprir um conjunto de proce-dimentos em função da respectiva situação:

Obras sujeitas a licenciamento municipal

– Obras cuja instalação eléctrica carece de projecto– Obras cuja instalação eléctrica não carece de projecto

Na fase de licenciamento municipal de uma determinada obra o res-pectivo processo de licenciamento municipal deverá conter as peças deespecialidade correspondentes, as quais, no caso da electricidade, sãoconstituídas pelo projecto devidamente aprovado pelos nossos serviçosou, não carecendo deste, da ficha (ou fichas) electrotécnica elaboradapelo técnico responsável pela execução de tal instalação, devidamentevisada pelo distribuidor de energia eléctrica.

Na primeira situação, o distribuidor de energia analisa sumariamente oprojecto, remetendo-o posteriormente para os nossos serviços paraaprovação e certificação. Esta certificação tem como base o pareceremitido pela respectiva Entidade Regional Inspectora de InstalaçõesEléctricas (ERIIE), à qual o distribuidor remete o projecto que lhe foiconfiado para análise (três exemplares). Depois de aprovado e certifi-cado, o referido projecto é remetido ao requerente (dois exemplares),o qual posteriormente faz a sua entrega na câmara municipal paraefeitos de licenciamento da obra que pretende realizar, dando aCERTIEL conhecimento deste facto, quer ao autor do projecto quer àrespectiva câmara municipal.

Na segunda situação, o distribuidor de energia visa e devolve ao reque-rente a ficha (ou fichas) electrotécnica da instalação, para que este aapresente na câmara municipal para efeitos de licenciamento da obraque pretende realizar.

Em ambas as situações, o distribuidor de energia informa a CERTIEL doresultado da sua apreciação relativamente à possibilidade de alimen-tação da instalação eléctrica com as características constantes na fichaelectrotécnica, inserida ou não num projecto, isto é, da potência aalimentar (atribuição de um NIP, número de identificação do prédio aconstruir) e da quantidade de instalações de utilização e potênciatotal instalada em cada uma delas (local ou locais de consumo comindicação da respectiva PMA, potência máxima admissível da entradada instalação), com que a obra a licenciar vai ser dotada.

Concluídas as instalações, o técnico responsável pela sua execuçãosolicita junto dos nossos serviços a emissão dos correspondentes certi-ficados de exploração devendo, obrigatoriamente, ter em conta que:

– A instalação está totalmente executada de acordo com o projectoaprovado, ou com a ficha electrotécnica devidamente visada pelodistribuidor de energia conforme referimos anteriormente;

– O pedido de certificado está devida e totalmente preenchido comtodos os elementos necessários ao seu tratamento, nomeadamenteos dados completos do técnico responsável, da entidade instaladora(quando diferente do técnico responsável) e do proprietário dasinstalações a certificar;

– A descrição das instalações a certificar coincide na quantidade, napotência total instalada em cada uma das instalações de utili-zação e nos demais elementos técnicos da instalação;

– O valor correspondente às taxas de certificação, legalmente instituí-do, deve acompanhar o pedido de certificado.

A falta de qualquer dos elementos anteriormente indicados no pedidode certificado de exploração implica a sua devolução ao técnico respon-sável que o elaborou, com os inconvenientes daí inerentes, nomea-damente o atraso no início de fornecimento de energia por parte dodistribuidor.

Quando o técnico responsável pela execução de uma instalação não foro autor da ficha electrotécnica que serviu de base ao licenciamentomunicipal (obras sem projecto aprovado pela CERTIEL), devem serobservadas as regras previstas pelo Código Deontológico dos TécnicosResponsáveis, que constitui o Anexo I do Estatuto do Técnico Respon-sável por Instalações Eléctricas de Serviço Particular publicado peloDecreto Regulamentar nº 31/83 de 18 de Abril. Se durante a obrase verificar que a instalação já licenciada não corresponde às necessi-dades reais do cliente, o técnico responsável deve providenciar a elabo-ração de uma nova ficha electrotécnica, que deverá seguir a tramitaçãoanteriormente descrita de modo a que possa fazer parte integrante doprocesso de licenciamento municipal (substituindo a anterior), só entãopodendo concretizar as alterações pretendidas e pedir a certificação emconformidade.

Obras não sujeitasa licenciamento municipal

Nem todo o estabelecimento de uma instalação eléctrica de serviçoparticular está relacionado com a obtenção de qualquer licenciamentomunicipal de construção. Nestes casos, junto com o projecto ou com aficha electrotécnica desta instalação, para além dos procedimentosanteriormente descritos junto do distribuidor de energia eléctrica,deverá o proprietário ou o técnico responsável pela execução declararexpressamente que a obra não carece de licença municipal. No casode ser o técnico responsável pela execução a fazer tal declaração,a mesma deve ser incluída no respectivo pedido de certificado deexploração da instalação a certificar.

Elaborado de acordo com a legislação aplicável

(Decretos-Lei nº 26852, 446/76, 517/80 e 272/92).

Pedidos de certificado de exploraçãode instalações de utilização de energia eléctrica

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Novas Taxasde Certificação de Projectose Instalações Eléctricas

MARÇO 2003 I N FOCERT I E L 3

Embora a Portaria 1056/98 de 28 de Dezembro preveja,no ponto 4.º, uma actualização das Taxas de Certificaçãoem Janeiro de cada ano, correspondente à evoluçãoanual do índice de preços no consumidor no continente,excluindo rendas e conservação de interiores (evoluçãoessa que pode ser vista no gráfico), a verdade é que,desde o início da actividade da CERTIEL tal actualizaçãonunca foi feita, nem mesmo quando em Junho dopassado ano a Taxa de IVA passou dos 17% para os 19%.Mantiveram-se as taxas inalteradas desde o início danossa actividade, não obstante o facto de todos os anosa CERTIEL actualizar, nessa mesma base, conforme o con-trato, os valores pagos às ERIIE pelos serviços prestados.

Infelizmente não era possível continuar a manter inalte-ráveis as mesmas taxas e continuar a garantir o mesmonível de qualidade a que habituámos os que recorremaos nossos serviços, pelo que tivemos, este ano, que fazera actualização das taxas em conformidade com o estabe-lecido na Portaria 1056/98 de 28 de Dezembro.

Assim, tendo em linha de conta a inflação de 3,5%, cal-culada pelo INE para o ano de 2002, e a actualização dataxa de IVA de 17% para 19%, ocorrida em Junho passa-do e que temos vindo a suportar, sem a fazer reflectir nastaxas praticadas, os novos valores em vigor desde 1 deFevereiro de 2003 são os seguintes:

■ 42,05s (era de 39,90s), por cada instalação eléctricaque careça de certificado de exploração, nos termosdo Decreto-Lei n.º 272/92 de 3 de Dezembro;

■ 131,28s (era de 124,70s), por cada projecto de insta-lação eléctrica que careça de aprovação, nos termosdo mesmo diploma;

■ 105,05s (era de 99,76s), nos casos em que, pelaveri-ficação de não-conformidades em instalaçõeseléctri-cas da responsabilidade do requerente, se torneneces-sário proceder à sua reinspecção.

Pedidos na InternetAcesso ao Balcão DigitalEmbora com um pequeno atraso relativamente ao previsto, iniciou-se noprincípio do mês de Fevereiro o envio das Chaves de activação que permitirãoaos técnicos responsáveis inscritos na CERTIEL a possibilidade de inserir ospedidos de certificado directamente no nosso sistema informático e fazer aconsulta da situação dos mesmos. É com agrado que podemos afirmar quecerca de 400 técnicos responsáveis iniciaram o seu processo de inscrição.

Relembramos que para ter acesso a esta funcionalidade o técnico responsáveldeverá registar-se no balcão digital criando o seu user e password, para alémde preencher os restantes dados solicitados no pedido de adesão na páginada CERTIEL, devendo igualmente enviar à CERTIEL os seguintes documentos:BI autenticado (por ex: nos CTT), cópia do cartão de inscrição como TécnicoResponsável e comprovativo da morada (por ex: cópia factura PT, EDP...).

Página renovadaDando resposta a um pedido frequente dos técnicos responsáveisvai estar activa em breve uma nova página da CERTIEL, cujasalterações estéticas, de conteúdo e funcionalidade pretendem daruma melhor resposta a todos os que nos contactam por estemeio.

Novo Regulamento de Segurançade instalações eléctricasFoi recentemente aprovado em Bruxelas o texto definitivo das Regras Técnicasdas Instalações Eléctricas de Baixa Tensão que, só depois da sua publicaçãoem Diário da República, entrará em vigor. Haverá naturalmente um período detransição a definir pela Direcção Geral de Energia, que será indicado no diplomalegal a publicar.

As Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão vêm substituiro actual Regulamento de Segurança de Instalações Eléctricas de Utilização deEnergia Eléctrica e de Instalações Colectivas de Edifícios e Entradas, publicadocom o Decreto-Lei N.º 740/74 de 26 de Dezembro, que pela sua idade e com osprogressos tecnológicos actuais se mostrava em alguns aspectos desactualizado.

Na altura própria a CERTIEL irá promover as acções de formação necessáriaspara que os técnicos envolvidos em acções de elaboração de projectos eexecução de instalações eléctricas de baixa tensão possam tomar conhecimentoda nova realidade regulamentar de forma simples e compreensível para todos.

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Evolução anual do índice de preços no consumidor no continente,excluindo rendas e conservação de interiores

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4 INFOCERT I E L MARÇO 2003

Registamos aqui algumas sugestões obtidasatravés do Inquérito sobre temas passíveis deserem abordados em próximos Boletins.

Sugestões temáticas

Resultados do Inquérito à Qualidade do Serviço de CertificaçãoCom satisfação constatamos o interesse que os nossos clientes demonstramna actividade da CERTIEL e ERIIE traduzido num significativo número derespostas ao inquérito à qualidade dos nossos serviços, que acompanhava aúltima edição desta publicação.Aqui divulgamos os resultados encontrados no tratamento dessa infor-mação, que irão concerteza contribuir para um esforço orientado de melho-ria dos nossos serviços.

Apreciaçãosobre a actividadeda CERTIEL

Apreciaçãosobre a actividadedas ERIIE

– Informação sobre a nova legislação ou normas a aplicarnos projectos e instalações eléctricas;

– Actualização de normas e decretos-lei;– Estatística das não-conformidades detectadas na certificação

de instalações eléctricas; – Informação dos serviços da CERTIEL;– Como preparar o electricista de amanhã;– Correio do leitor.

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Têm estado a decorrer por todo o país uma série de semi-nários da CERTIEL subordinados ao tema "Instalações Eléc-tricas em Locais de Habitação – Ambientes Húmidos eMolhados" que, a exemplo de seminários anteriores, têmsido objecto de grande participação por parte dos técnicosa quem são dirigidos.

Tivemos oportunidade de assistir a um dos semináriosrealizados em Almada, monitorizado pelos engenheirosJosé Manuel Jordão e Barata Marques, e aproveitámos aocasião para auscultar a opinião dos participantes sobreo interesse destes seminários, os objectivos que levam àsua participação, a opinião sobre o formato e organização,bem como sobre outros potenciais temas a tratar emacções futuras do género.

Os 13 inquiridos são na generalidade profissionais delonga data, a maioria com 20 a 30 anos de actividade,designadamente técnicos de electricidade, projectistas de

instalações eléctricas e telefónicas, a trabalhar quer emempresas quer por conta própria. A sua formação variadesde os antigos cursos complementares de Electrotecnia,cursos de Oficiais e cursos superiores de Engenharia, pas-sando também pela experiência e formação adquiridascom o desenvolvimento da actividade.

Por todos, e independentemente de alguns serem estrean-tes nestas iniciativas, esta foi classificada de importante eimprescindível para a actualização dos seus conhecimen-tos, para a resolução de dúvidas que ocorrem no dia-a-diae também para relembrar e recapitular conhecimentosadquiridos. Tudo o que se refere a legislação para o sector,novas normas e regulamentos por que se rege a actividadeforam assinalados como objectivos mais do que suficientespara suspender por um dia o trabalho e os compromissosprofissionais.

A quase maioria dos inquiridos estava a repetir pela segun-da ou terceira vez a experiência de participar nestes semi-nários e os que ali estavam pela primeira vez sublinharamque iriam voltar sempre que tivessem conhecimento atem-pado das respectivas acções.

Foi unânime a opinião positiva manifestada quanto ao for-mato e organização do seminário num só dia, já que maisseria prejudicial para o profissional, a empresa ou patrão ea obra ou clientes. Na generalidade foi considerado que ostemas conseguem ser suficientemente abordados e discu-tidos, ainda que alguns ganhassem em ser mais aprofun-dados, significando isso, não o prolongamento do seminá-rio, mas a realização de mais edições no ano, nomeada-mente uma por semestre.

Quanto ao sugerirem temas para seminários futuros, muitosfizeram questão de realçar que até ao momento os temastêm sido bem escolhidos e actuais, não sentindo neces-sidade de fazer qualquer sugestão para já. Entre os queapresentaram sugestões, registamos o aprofundamento dotema da instalação de piscinas e respectiva responsabili-dade do técnico responsável, a concorrência desleal entrefabricantes de material eléctrico cumpridores e não cum-pridores das normas em vigor, a problemática das insta-lações industriais e, pela pertinência da actualidade, onovo regulamento de segurança para as instalações eléctri-cas de baixa tensão.

Seminários 2003Ainda vai a tempode inscrever-se!

Embora as acções de formação subordinadas ao tema"Instalações Eléctricas em Locais de Habitação –Ambientes Húmidos e Molhados" já tenham dadoinício em Janeiro e alguns prazos de inscrição játenham terminado, vimos aqui alertar os interessadosque não tenham feito a sua inscrição e desejem assistira estes seminários que podem, ainda, solicitar para aentidade respectiva (MRH – zona norte e AECOPS –zona sul) a sua participação, pois, caso haja vaga, ainscrição será aceite.

Seminários CERTIELPara formare informar

MARÇO 2003 I N FOCERT I E L 5

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A actividade de certificação tem vindo a desenvolver-se nos últimosanos, constituindo um instrumento imprescindível para aumentar onível de qualidade dos produtos e das empresas.

Actualmente, o utilizador tem à sua disposição uma oferta variadaquando pretende escolher um produto. Em contrapartida, nem sempredispõe de informação clara e objectiva que lhe permita assegurar-se donível de qualidade e fiabilidade dos produtos que adquire.

A certificação de produtos consiste na emissão de certificados e con-cessão de uso de marcas de conformidade, por parte de um Organismode Certificação, às empresas que demonstrem que um seu produto estáconforme com as normas ou com as especificações técnicas aplicáveise que possuam um sistema de garantia da qualidade implementado deacordo com os requisitos exigidos por cada esquema de certificação.

Certificação de produtos pela CERTIFA actividade de certificação da CERTIF abrange uma gama variada eextensa de produtos em várias áreas, nomeadamente e dentro destaárea, os seguintes: cabos eléctricos, aparelhagem eléctrica de baixatensão, equipamentos de iluminação, electrodomésticos, equipamentode protecção em baixa tensão (disjuntores diferenciais com protecçãointegrada (DD), interruptores diferenciais, disjun-tores para instalações domésticas e análogas paraprotecção contra sobreintensidades), tubos paracanalizações eléctricas.

Ao organismo acreditado para certificar um pro-duto cabe:– realizar ensaios, de acordo com a norma apli-

cável, em laboratórios acreditados;– avaliar o sistema da qualidade implementado

no fabrico, através da realização de uma audi-toria efectuada por auditores qualificados;

– analisar o resultado destas acções e, caso todosos resultados estejam conformes, emitir umalicença que autoriza o uso da marca para osprodutos abrangidos por essa licença.

Após a certificação de um produto, e de modo agarantir a credibilidade e a confiança no sistemade certificação, é da responsabilidade do organis-mo de certificação verificar se o fabricante con-tinua a produzir de acordo com as condiçõesiniciais de certificação. Para o efeito são programa-das acções de acompanhamento periódicas (audi-torias) ao sistema da qualidade do fabricante e

recolha de amostras dos produtos (na fábrica e/ou no mercado), asquais são seladas e enviadas ao laboratório para a realização de ensaios.

Essas acções permitem confirmar a manutenção da qualidade do pro-duto através da verificação, nomeadamente, da fiabilidade dos compo-nentes e da durabilidade dos materiais. Do resultado destas acções deacompanhamento depende a manutenção, a suspensão ou a anulaçãodos certificados emitidos.

A CERTIF, no âmbito da certificação de produtos eléctricos, é respon-sável por assegurar as relações internacionais, participando e fazendo--se representar nas mais diversas reuniões, a nível de Grupos de Acor-dos europeus para a certificação, de modo a permitir a elaboração deprogramas de certificação que respondam às solicitações apresentadaspelas diversas entidades nacionais.

Marcas de conformidade A CERTIF é o Organismo de Certificação Nacional que representaPortugal nos Acordos Europeus de Certificação de Produtos e nas reu-niões de peritos técnicos de laboratórios, concedendo no âmbito dacertificação de produtos eléctricos as seguintes marcas de confor-midade:

Certificação de ProdutoUma forma de garantir a Qualidade

6 INFOCERT I E L MARÇO 2003

Designação/Significado

Marca Produto CertificadoGarantia da Segurança eléctrica.

Marca ENECÉ uma Marca comum europeia.Garantia de Segurança Eléctrica eaptidão ao uso em alguns produtos.

Marca <CERTIF> <HAR>É uma Marca comum europeia.Garantia de Segurança Eléctrica.

Marca <CERTIF>Garantia de Segurança Eléctrica.

KEYMARKÉ uma Marca comum europeia.Garantia de Segurança Eléctrica.

Marca CERTIF — Serviço CertificadoGarantia da qualidade do Serviço.

Marca CERTIF — Produto CertificadoGarantia de Segurança Eléctrica.

Aplicação e âmbito

Aplicada a material eléctrico em geral.Pode também ser concedida no âmbitodo Acordo CCA, da EEPCA, para materialeléctrico de baixa tensão.

Aplicada a equipamento de iluminaçãoe alguns dos seus componentes, equipa-mento de tecnologias de informação ecomponentes eléctricos e electrónicos noâmbito do Esquema ENEC, da EEPCA.

Aplicada a cabos eléctricos harmonizados,no âmbito do Acordo HAR, da EEPCA.

Aplicada a cabos eléctricos.

Aplicada a electrodomésticos no âmbitodo Esquema KeyMark, da EEPCA.

Aplicada a todos os Serviços.

Aplicada ao material eléctrico em geral.

Identificação

A CERTIF lançou em 2002 novas marcas próprias:

A Marca CERTIF — Produto Certificado poderá ser aplicada em qualquer produto.Ana Cristina FigueiralGestora de Processo da CERTIF - Associaçãopara a Certificação de Produtos

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A utilização da energia eléctrica é, cada vez mais, não só um bem mas umanecessidade essencial. Com o evoluir das tecnologias encontraram-se novosmodelos para nos facilitar o quotidiano, nomeadamente no trabalho, nasaúde, no lazer e comodidade pessoal. Todos estes modelos consubstanciama transformação de energia eléctrica noutros tipos de energia, traduzidos em,por exemplo, movimento, tracção e aquecimento.

Quando se ouve alguém desconhecedor das mais elementares normasafirmar: “isto dá choque”, “deve ser um curto-circuito”, ou a banal frase: “temque se trocar a lâmpada”, podemos considerar estar em presença de frasesque na maioria das vezes se pronunciam sem a noção concreta do que elasimplicam. É evidente que com todo este fervilhar de tecnologia não se podenem deve descurar um factor tão importante como o da segurança nasinstalações.

Podemos afirmar que a nossa função ao efectuar inspecções eléctricas eanálise de projectos é uma gota de água neste oceano agitado. No entanto,a nossa acção já começou a dar frutos, verificando-se uma melhoria visíveldas instalações eléctricas. Além duma melhoria técnica, nota-se uma maiorsensibilidade e receptividade por parte dos técnicos responsáveis para comos seus clientes, com a realização de trabalhos respeitando normativasconducentes ao optimizar das condições de segurança e tranquilidade doscidadãos.

É claro que não existe “Bela sem Senão”. Por vezes ainda se escutamcomentários (inconscientes, sem dúvida...) no sentido de dificultar este traba-lho de rigor, isenção e imparcialidade.

Todos nós sabemos que quando uma lâmpada se funde basta trocá-la. Noentanto, quando uma vida humana se extingue, não existe preço nem valorque a recompense.

Cada cidadão ou cidadã tem de assumir com responsabilidade o desem-penho das suas tarefas, empregando na sua vida diária padrões éticos quepermitam a consecução dos objectivos que regem as inter-relações sociais.

Elisabete de Oliveira Maia, Directora TécnicaDep. Inspecções e Análise de Projectos Eléctricos e Telecomunicações

LIQ – Laboratório Industrial da Qualidade

Ética e Segurança

MARÇO 2003 I N FOCERT I E L 7

P: Como poderei fazer derivações em tectos falsos?R: Nos tectos falsos os ligadores de derivação deverão

estar alojados em caixas que assegurem a sua pro-tecção, de acordo com a classificação do local. Nostectos falsos não amovíveis (ex: placas de gesso)não é exigida a utilização de caixas de deriva-ção, sendo permitida a aplicação de ligadores ade-quados. Não é permitida a utilização de conduto-res do tipo de isolamento simples sem protecçãomecânica.

P: Poderei “repicar” de tomada para tomada?R: Sim, desde que os ligadores que equipam as toma-

das sejam os adequados.

P: Poderei “repicar” de luminária para luminária?R: Sim, desde que as luminárias venham equipadas

com os ligadores que permitam fazer este tipo deligação.

P: As extremidades dos condutores podem ficardesprotegidas?

R: Não. As extremidades dos condutores não utiliza-dos devem estar protegidas por ligadores.

P: Poderei alimentar ventiladores de instalaçõessanitárias a partir do circuito de iluminação?

R: Sim. Esta alimentação poderá ser feita através decondutores de secção 1,5 mm2 com base no dis-posto no Artigo 439º do RSIUEE.

P: Qual a secção mínima dos condutores de ali-mentação a motores de estores, portões degaragens e banheiras de hidromassagem?

R: A secção dos condutores de alimentação a moto-res cuja potência não exceda os 750W pode serrealizada com condutores de 1,5 mm2.

F.A.Q.Perguntas mais frequentese respectivas Respostas

AmovívelFusívelQuadroCanalizaçãoInterruptorTerra

DisjuntorIsolamentoTomadaFaseNeutroTubo

Sopade Letras

Descubraas seguintespalavras no quadro:

Soluções da PALAVRA-CHAVEdo Boletim anterior

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8 INFOCERT I E L MARÇO 2003

VISTA PELOS SEUS ASSOCIADOS

Falar da CERTIEL ao jeito de balanço dos quatro anos da sua existência implica que, antes de tudo o mais,falemos da situação que se verificava no nosso país quanto à aprovação de projectos e à certificação de insta-lações eléctricas de 5ª categoria até 1 de Fevereiro de 1999, situação aquela que, recordemo-nos, se caracterizavaem boa verdade por ser muito pouco transparente e não dar garantias da prossecução dos objectivos dasegurança e da qualidade de tais instalações.

Desde logo porque o poder de aprovar projectos ou instalações estava exclusivamente cometido ao distribuidorde energia eléctrica, que obviamente não é parte neutra nesta matéria e, por outro lado, porque o gigantismo, aburocracia, heterogeneidade e discricionariedade de critérios da estrutura montada para tal efeito acabavam pordeterminar que, entre outras coisas, um mesmo tipo de instalação, com um mesmo projecto, materiais e técnicaidênticos, aprovado numa determinada localidade, não o fosse numa outra a meros 20 km de distância, e ospróprios prazos de decisão poderiam ter diferenças de meses entre ambos. Mais grave ainda, apesar das vistorias,era frequente a ligação de instalações tecnicamente mal executadas e/ou em que eram utilizados materiaisnão conformes com os requisitos mínimos de segurança eléctrica.

Esta realidade, que ainda assim prevaleceu até quase ao final dos anos 90, apesar da forte contestação de queera objecto por parte de todos aqueles agentes económicos cuja actividade estava mais directamente relacionadacom as instalações eléctricas, quer directamente quer através das suas estruturas associativas, de entre as quaisa AGEFE – Associação Portuguesa dos Grossistas e Importadores de Material Eléctrico, Electrónico, Electrodo-méstico, Fotográfico e de Relojoaria, veio dar origem no início daquela década à realização de diversas reuniõesentre os representantes das várias partes envolvidas, sobre a égide da Direcção Geral de Energia.

Naquelas reuniões foram analisados os modelos de certificação na altura existentes em vários países europeus,tendo em vista o estudo da sua eventual adequação à realidade portuguesa e, neste quadro, o modelo francês,consubstanciado na Consuel, de quem se obteve franca e muito prestimosa colaboração, veio congregar umalargado consenso.

Não obstante o empenhado envolvimento e forte aposta neste projecto das várias associações empresariaisoriginariamente envolvidas, de entre as quais a AGEFE, as múltiplas vicissitudes enfrentadas levaram a que só em23 de Julho de 1996 viesse a ser realizada a escritura pública da CERTIEL.

Apesar dos naturais contratempos que se verificaram na fase de arranque, a que nem sempre foram alheiosalguns interesses instalados que procuraram resistir à mudança, é para a AGEFE motivo de orgulho, enquantosócia-fundadora da CERTIEL, constatar o papel de enorme relevo que esta vem desempenhando na melhoria daqualidade das instalações eléctricas, quer através da sua actuação inspectora quer pela promoção de acções deformação e da qualificação dos instaladores, acentuando os aspectos do “saber-fazer” e da responsabilidade liga-dos à segurança e à qualidade dos produtos, como componentes essenciais da instalação.

Se mais não houvesse, bastaria a comparação da qualidade média das novas instalações, dos prazos, bem comoda coerência, transparência e homogeneidade dos critérios de certificação que são hoje aplicados, com a situaçãoanteriormente existente, para chegarmos à conclusão que a CERTIEL foi uma aposta ganha, na qual se depositamas melhores esperanças quanto ao seu contributo para o incremento da segurança e da qualidade das insta-lações eléctricas e, por via indirecta, para a modernização de todos os agentes económicos do sector.

Carlos SousaPresidente da AGEFE

Opinião da AGEFE