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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO INFERÊNCIAS PALEOCLIMÁTICAS BASEADAS EM ANÁLISES DE CRESCIMENTO LENHOSO DE GIMNOSPERMAS DA FLORESTA PETRIFICADA DO TOCANTINS SETENTRIONAL, PERMIANO DA BACIA DO PARNAÍBA José Rafael Wanderley Benício Lajeado, Março de 2015

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

MESTRADO EM AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO

INFERÊNCIAS PALEOCLIMÁTICAS BASEADAS EM ANÁLISES DE

CRESCIMENTO LENHOSO DE GIMNOSPERMAS DA FLORESTA

PETRIFICADA DO TOCANTINS SETENTRIONAL, PERMIANO DA

BACIA DO PARNAÍBA

José Rafael Wanderley Benício

Lajeado, Março de 2015

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José Rafael Wanderley Benício

INFERÊNCIAS PALEOCLIMÁTICAS BASEADAS EM ANÁLISES DE

CRESCIMENTO LENHOSO DE GIMNOSPERMAS DA FLORESTA

PETRIFICADA DO TOCANTINS SETENTRIONAL, PERMIANO DA

BACIA DO PARNAÍBA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento, do Centro Universitário UNIVATES, como parte das exigências para obtenção do grau de Mestre em Ambiente e Desenvolvimento, Área de Concentração Espaço, Ambiente e Sociedade, Linha de Pesquisa Ecologia.

Orientador: Prof. Dr. André Jasper

Coorientadora: Profª. Drª. Etiene Fabbrin Pires

Lajeado, Março 2015

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AGRADECIMENTOS

À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) pela bolsa de estudos concedida. À coordenação de pós-graduação (PPGAD), sem esquecer da Ana Coutinho sempre muito prestativa. Ao meu orientador Dr. André Jasper,

Pela confiança, contribuições e sugestões para este Trabalho. Agradeço

imensamente.

Á minha coorientadora, Drª. Etiene Fabbrin Pires,

Pela oportunidade proporcionada para inserção na pesquisa desde o período da

graduação e por ter me impulsionado o caminho do mestrado, meu eterno

reconhecimento.

Aos meus pais, Raquel Wanderley e Faquinha,

Por me apoiarem nas minhas decisões e acreditar em mim mesmo quando parecia

impossível de vencer, pelo incentivo, amor e dedicação e palavras de carinho nos

momentos Trash. Amo vocês!

Aos meus irmãos, Silmara e Ediel,

Mesmo com a distância impedindo de sermos mais presentes, sei que poderei

contar sempre com vocês.

Aos amigos de TO,

Claudisson, Leandro, Edinardo, Yuri, Wagner, Milton, Henrrique, Mateus, Tulio,

Adriano.

Aos amigos do RS,

Rafael Spiekermann, Daniel Silveira, Ricieli Moraes, Maicon Toldi, Cristiano

Rocha, Alcemar Martello, Jonas Bica, Everton Gullar, Guilherme Consatti,

Cleberton Blanchini, Norton Dametto, Luiz Scherer, Joseline Manfroi, Talyssa

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Valerius, Rosane Pereira, Taís Laux, Fernanda Schneider.

Aos colegas do SBP,

Marjorie Kauffmann, Isa Carla, Mariela Secchi, Jéssica Meneghini, Angélica

Sulzbach, que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho

e uma boa estádia.

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RESUMO

A Floresta Petrificada de Tocantins Setentrional (FPTS) é citada na literatura científica como uma das mais importantes associações lignoflorísticas de paleobioma temperado quente do Permiano no hemisfério sul. Parte desta floresta encontra-se situada no Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (MNAFTO), uma unidade de preservação integral localizada a nordeste do Estado do Tocantins. Geologicamente, o MNAFTO encontra-se inserido na Bacia do Parnaíba, sendo que os lenhos aqui estudados são associados à Formação Motuca, Permiano Superior. O presente trabalho possui como objetivo estabelecer a influência dos processos climáticos ocorridos durante o Permiano Superior com a utilização de dados proxy obtidos através da análise de elementos vegetais preservados na FPTS. O material analisado corresponde a 32 fragmentos de lenhos gimnospérmicos provenientes de nove pontos de coleta localizados dentro e no entorno da área do parque. A fim de determinar padrões climáticos com base em crescimento lenhoso, foram feitas seções planas e lâminas petrográficas. Um total de 682 incrementos de crescimento em sessões planas foram verificados por meio de análises de sensibilidade média e anual. Em relação aos dados dendrológicos obtidos, os espécimes demostraram valores considerados sensitivos que indicam a vigência de um clima semiárido com precipitações aperiódicas. Palavras chave: Zonas de crescimento, Permiano Superior, Inferências Paleoclimáticas, Gondwana

ABSTRACT

The Northern Tocantins Petrified Forest (NTPF) is mentioned in the scientific literature as one of the most important Permian lignofloristic assemblage of warm temperate paleobiome in the South Hemisphere. Part of this forest is situated in the Tocantins Fossil Trees Natural Monument (TFTNM), which is an integral protection unit located in the northeast of the Tocantins state. Geologically, the TFTNM is inserted in the Parnaiba Basin, and the stems studied are associated to the Late Permian Motuca Formation. The aim of the present work is to establish the influence of the climatic process that occurred during the Late Permian with the use of proxy data obtained by the analysis of the floristics elements preserved in the (NTPF). The analyzed material corresponds to 32 gymnospermic fossil wood fragments derived from nine sampling points located inside and in the surroundings of the park area. In order to determine climatic patterns based on woody growth, plane sections cuts and petrographic plates were made. A total number of 682 growth increments in plane sections cuts were verified using average sensibility and annual sensibility analyses. With regard to the dendrological data obtained, the specimens show considerable sensitive values that indicate a semi arid clima with aperiodic rainfall. Key words: Growth Zones, Late Permian, Paleoclimatic Inferences, Gondwana.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. A) Mapa de localização da área do Monumento Natural das Árvores Fossilizadas de Tocantins (MNAFTO – retângulo no nordeste do TO) no contexto do Estado do Tocantins, Brasil. B) Detalhamento da delimitação do MNAFTO com a localização dos pontos de coleta do material utilizado neste estudo. ............................... 32

Figura 2. Detalhe da coluna estratigráfica da Bacia do Parnaíba com ênfase no in-tervalo Pensilvaniano Eotriássico ...................................................................................... 37

Figura 3. Pontos de coleta: A e B) Fazenda Pequizeiro, A) vista geral do afloramento com os fósseis aparentes em meio a vegetação; B) destaque para parte basal de uma pteridófita e alguns fragmentos de gimnospermas; (C, D e E) Fazenda Buritirana, C) detalhe de um lenho de gimnosperma com excelente grau preservação; D) vista geral do ponto 4, com fragmentos de lenhos aparentes e ao fundo as mesetas típicas da região; E) lenhos gimnospérmicos fragmentados ................ 40

Figura 4. A) Fazenda Curicaca, pilha de fósseis coletados pela população local para venda, atividade ilegal que ocorria na região; B) Fazenda São Benedito, vista geral do ponto de coleta com alta concentração de lenhos fossilizados; C) vista geral do ponto 8; D) coleta de lenhos gimnospérmicos rolados ...................................................... 41

Figura 5. Desenho esquemático de lenho gimnospérmico evidenciando os diferentes cortes possíveis ................................................................................................................. 43

Figura 6. Demonstração do processo de medição dos incrementos de crescimento ....... 45

Figura 7. Superfícies transversais dos lenhos, A) PB1041 e B) PB1040 demonstran-do a coloração esbranquiçado-avermelhada, superfície interna com fraturas e medula parcialmente presente .......................................................................................... 48

Figura 8. A) PB996 seção transversal, coloração avermelhada-esbranquiçada, de-mostrando desgastes e rachaduras; B) PB1001 seção transversal demostrando o limite dos incrementos evidenciados por bandas claras e escuras; C) PB870 espécime bastante fragmentado, evidenciando o limite dos incrementos, com pequenas aberturas elípticas na superfície externa; D) PB941 limites dos incrementos bem nítidos; E) PB978 medula parcialmente preservada, apresentando fraturas internas; F) PB947 traqueidóxilo evidenciando a alternância de bandas de incrementos cíclicos de crescimento ................................................................................. 49

Figura 9. Seções transversais: A) e B) PB974. A) incrementos de crescimento vi-síveis; B) seção polida evidenciando o padrão dos incrementos; C) PB976 limite dos incrementos, parte da medula presente; D) PB668 fragmento com medula presente ...... 50

Figura 10. A) e B) PB925. A) medula presente com rachaduras aparentes e aspecto achatado pela compressão lateral do processo de fossilização; B) vista lateral demostrando ausência de arredondamento e casca ......................................................... 51

Figura 11. Lâminas delgadas A) PB974 seção radial - raios evidenciados (seta) B)

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PB1001 traqueídeos evidenciandos (seta inferior), conteúdo escuro (seta superior), que pode ser atribuído à presença de resina (?) ............................................................... 52

Figura 12. Seçôes transversais A) PB976 e B) PB947 evidenciando o padrão das zonas de crescimento (setas). C e D) PB 1001 vista geral do xilema secundário em diferentes escalas demostrando às zonas de crescimentos (setas) ................................. 53

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Sensibilidade anual, média e altura dos incrementos de crescimento dos espécimes analisados no afloramento Ponto 1 (espécimes UFT 946, 947, 954, 955-1, 979-1, 981-1, 984-4 e 985) ............................................................................................ 92

Gráfico 2. Sensibilidade anual, média e altura dos incrementos de crescimento dos espécimes analisados no afloramento Ponto 2 (espécimes UFT 996, 1001 e 1013) ........ 95

Gráfico 3. Sensibilidade anual, média e altura dos incrementos de crescimento dos espécimes analisados no Afloramento Ponto 3, (espécimes UFT 851-9, 854-10, 855-3 e 860, 861, 867, 880, 870-3, 882, 883 e 848) ................................................................ 95

Gráfico 4. Sensibilidade anual, média e altura dos incrementos de crescimento dos espécimes analisados no Afloramento Ponto 6, (espécimes UFT 978-1, 1040 e 1041) ... 98

Gráfico 5. Sensibilidade anual, média e altura dos incrementos de crescimento dos espécimes analisados no Afloramento Ponto 8, (espécimes UFT 974-1, 975 e 976). ...... 99

Gráfico 6. Sensibilidade anual, média e altura dos incrementos de crescimento dos espécimes analisados no Afloramento Ponto 7, (espécime UFT 668) ............................ 100

Gráfico 7. Sensibilidade anual, média e altura dos incrementos de crescimento dos espécimes analisados no Afloramento Ponto 9, (espécimes UFT 928-1, 941 e 925) ..... 101

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Principais florestas petrificadas descritas para o mundo ................................... 13

Tabela 2. Compilação dos trabalhos publicados entre 1930 e 2001 acerca da geo-logia e paleontologia da Bacia do Parnaíba. Os temas gerais elencados foram organizados com base na forma de divulgação e assunto abordado ................................ 24

Tabela 3. Descrição e localização dos pontos de coleta dos 32 espécimes ana-lisados ............................................................................................................................... 38

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Tabela 4. Resultados das análises de crescimento lenhoso. Números em Negrito: valores maiores e menores ............................................................................................... 54

Tabela 5. Descrição do crescimento efetuado por diferentes autores em lenhos fós-seis gimnospérmicos descritos para o Permiano da Bacia do Parnaíba ........................... 58

LISTA DE SIGLAS

FPTS- Floresta Petrificada de Tocantins Setentrional ........................................................ 11

MNAFTO- Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins ............................. 11

LISTA DE APÊNDICES APÊNDICE A

Listagem do material coletado, proveniente de afloramentos da Formação Motuca (Bacia do Parnaíba) registrados na coleção do Laboratório de Paleobiologia da (UFT) Universidade Federal do Tocantins. (*) espécimes marcados com asteriscos foram utilizados em análises de crescimento .................................................................... 86

APÊNDICE B

Gráficos de sensibilidade anual ......................................................................................... 92

APÊNDICE C

Imagens de satélite da localização das fazendas e seus respectivos pontos de coleta .. 102

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SUMARIO

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 10

2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 12

2.1 Florestas petrificadas do mundo ............................................................................. 12

2.2 Análises de anéis de crescimento em lenhos atuais ............................................. 15

2.3 Análises de anéis de crescimento em lenhos fósseis ........................................... 18

2.3.1 Carbonífero ......................................................................................................... 18

2.3.2 Permiano ............................................................................................................. 19

2.3.3 Triássico .............................................................................................................. 20

2.3.4 Jurássico ............................................................................................................. 21

2.3.5 Cretáceo .............................................................................................................. 22

2.3.6 Paleógeno ........................................................................................................... 23

2.4 Paleontologia da Bacia do Parnaíba ........................................................................ 24

3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO E CONTEXTO...................................... 31

3.1 Caracterização da área de estudo ........................................................................... 31

3.2 Contexto estratigráfico ............................................................................................. 33

4. MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................................. 38

4.1 Material ....................................................................................................................... 38

4.2 Procedimentos de laboratório .................................................................................. 41

4.2.1 Laminação ........................................................................................................... 42

4.2.2 Seções planas .................................................................................................... 43

4.2.3 Registro fotográfico ........................................................................................... 44

4.3 Técnicas de estudo ................................................................................................... 44

5. RESULTADOS .............................................................................................................. 47

5.1 Pontos de coleta inéditos ......................................................................................... 47

5.2 Descrição macroscópica .......................................................................................... 47

5.3 Descrição microscópica ........................................................................................... 52

5.4 Descrição dos parâmetros de sensibilidade média e anual .................................. 54

6. DISCUSSÃO ................................................................................................................. 57

7. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 65

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 66

APÊNDICES ..................................................................................................................... 87

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1- INTRODUÇÃO

Fonte: Do Autor (2013).

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A Floresta Petrificada de Tocantins Setentrional (FPTS) é citada na literatura

científica como uma das mais importantes associações lignoflorísticas permianas de

bioma Temperado Quente no Hemisfério Sul, sendo que Dernbach (1996) a

referencia como uma das mais belas florestas fossilizadas do mundo. Estes registros

estão, em parte, preservados pelo Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do

Tocantins (MNAFTO), uma unidade de preservação do tipo integral (DIAS-BRITO et

al. 2007).

A associação fitofossilífera preservada na área é composta por pteridófitas,

esfenófitas e gimnospermas, sendo que a maioria dos fósseis encontrados são de

pteridófitas arborescentes. Contudo, o estudo aqui apresentado se concentra em

gimnospermas, as quais representam cerca de 1% da associação (DIAS-BRITO et

al. 2007). Tal escolha se deve ao fato de que a metodologia utilizada visa à obtenção

de dados quantitativos em relação aos anéis de crescimento, passíveis de

tratamento estatístico, aplicável apenas a este grupo.

As análises foram realizadas com o intuito de traçar inferências a respeito do

paleoclima vigente durante o crescimento das árvores (Permiano) em comparação a

dados prévios de outras naturezas (geológica, paleontológica). Os dados obtidos

foram utilizados como proxy para o entendimento do clima no passado.

Neste sentido, o objetivo do trabalho foi inferir sobre o paleoclima vigente no

período Permiano na área do que hoje se conhece como FPTS, utilizando como

base os padrões do crescimento de lenhos fósseis de gimnospermas encontrados

na área do MNAFTO e na sua zona de amortecimento.

Para tanto, a presente dissertação está estruturada em: 1) Introdução; 2)

Referencial Teórico; 3) Caracterização da Área de Estudo e Contexto

Estratigráfico; 4) Material e Métodos; 5) Resultados; 6) Discussão 7)

Conclusão; e, por último, os Apêndices.

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2 - REFERENCIAL TEÓRICO

Para que o tema de estudo tenha uma base teórica consistente, apresentam-se

aqui os seguintes itens: 2.1. Florestas Petrificadas do Mundo; 2.2. Análises do

crescimento em lenhos atuais; 2.3. Análises de crescimento em lenhos fósseis

2.4. Paleontologia da Bacia do Parnaíba– Síntese histórica.

2.1. FLORESTAS PETRIFICADAS DO MUNDO

Dezenas de florestas petrificadas têm sido registradas em todos os continentes

ao longo de todo o Fanerozoico, a começar no Devoniano.

Por beleza e significado científico, algumas florestas fossilizadas têm sido

convertidas em áreas de proteção ou unidades de conservação. Monumentos

estaduais e nacionais, além de parques nacionais, vêm sendo criados em diversos

países, especialmente nos Estados Unidos e na Europa, o que reflete o nível de

importância que as diferentes sociedades dão a estas ocorrências (DIAS-BRITO et

al. 2007).

A designação de “florestas petrificadas” é amplamente utilizada no meio

científico. Inúmeros artigos examinados utilizam a expressão, ainda que raros sejam

os casos em que os processos diagenéticos e tafonômicos sejam elucidados.

Citações de florestas petrificadas são comuns desde meados do Século XIX. Um

dos primeiros trabalhos científicos sobre “madeiras petrificadas” é o de Crossman

(1831), no Arizona (CAPRETZ, 2010).

A interpretação literal para o termo petrification seria espécime submetido à

progressiva ação de litificação (MUSSA, 2004). Desta forma, a “petrificação” sensu

stricto seria a total substituição da matéria orgânica por minerais (BUURMAN, 1972).

Para Carson (1991) a silicificação é um processo que se dá por meio do

aumento da concentração de sílica com o tempo, após o sepultamento dos vegetais.

Esse processo seria concomitante à perda progressiva de água. Sendo que em

alguns casos mais avançados, a sílica pode preservar microestruturas celulares.

Para o autor, a silicificação não é uma substituição, mas uma permineralização de

fato, na qual a estrutura orgânica age como uma “fôrma” para a deposição da sílica.

Röβler (2006) caracteriza o processo de silicificação dos fósseis encontrados

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em Chemnitz (Alemanha) como a ação de fluídos ricos em sílica, originários dos

sedimentos vulcânicos, que preencheram células de fragmentos de caules e troncos,

com a consequente geração de formas de polimorfos de quartzo densos,

preservando sua estrutura anatômica.

Capretz (2010) realizou uma compilação sobre as principais ocorrências de

florestas petrificadas no mundo de acordo com os períodos geológicos (TABELA 1).

O autor apresenta a definição do termo “floresta petrificada”, discutindo que esta

denominação é amplamente utilizada mesmo que em pesquisas mais apuradas,

realizadas em fontes bibliográficas. Para o autor, a utilização da expressão “floresta

petrificada” latu sensu é utilizada para denominar a assembleia fossilífera quando

seus fósseis vegetais são preservados tridimensionalmente.

Tabela 1. Principais florestas petrificadas descritas para o mundo.

Associação Idade Local Principais ocorrências Referências Flora de Rhynie

Devoniano

Escócia

Flora petrificada

Dernbach (1996), Dernbach; Tidwell (2002)

Enjihoul Carbonífero Enjihoul, Bélgica Dubiocarpon, Lepidophloios, Arthropitys e Psaronius

Gerrienne et al. (1999)

Lewis Creek Carbonífero Kentucky, Estados Unidos

Ledidostrobus schopfii Brack (1970)

Graissessac-Lòdeve Carbonífero Graissessac-Lòdeve, França

Sigillaria brardii, Psaronius, Pecopteris, Calamites, Sphenophyllum e Cordaites

Martín-Closas; Galtier (2005)

MNAFTO Permiano Tocantins, Brasil Pteridófitas arborescentes, Gimnospermas, Esfenófitas

Dias Brito (2007)

Bacia do Paraná Permiano Brasil Glossopteris, Pteridospermas

Mussa et al. (1978), Mussa (1980), Mussa (1989), Merlotti (2000), Alves; Guerra-Sommer (2000), Tavares et al. (2006), Tavares; Rohn (2009), Faria et al. (2009)

Texas Permiano EUA Walchia sp. Ulmannia, Pseudovoltzia, Podozamites sp.

DiMichele et al. (2001)

Montanhas Transantárcticas

Permiano Antártica Flora Glossopteris Taylor et al. (1992), Pigg; Taylor (1993), MacManus (2002)

Bacia de Karoo Permiano África do Sul Flora Glossopteris Adendorff et al. (2003), Bamford (2004)

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Bowen Queensland Flora Unayzah Flora Hazro

Permiano Permiano Permiano Permiano

Australia Austrália Arábia Saudita Turquia

Flora Glossopteris Flora Glossopteris Dadoxylon, Pecopteris, Cordaites, Neuropteridium, Fascipteris e Marattiopsis Flora semelhante à flora de Unayzah

Pigg; McLoughlin (1997) Pigg; McLoughlin (1997) Lemoigne (1981) Lemoigne (1981)

Sidney Permiano Austrália Flora Glossopteris Pigg; McLoughlin (1997)

Bacia Saharjuri Permiano Índia Flora Glossopteris Banerjee (2005)

Floresta Petrificada de Chemnitz

Permiano Alemanha Pteridófitas Esfenófitas Gimnospermas

Röβler; Noll (2002), Röβler; Galtier (2002,2003), Röβler (2006)

Unayzah Permiano Sudeste asiático Dadoxylon Pecopteris Lemoigne (1981)

Fm. Tayuan Permiano China Pecopteris, Psaronius, Botryopteris

Hilton et al. (2001)

Ghizhou Permiano China Gigantonoclea ghizhouensis

Li et al. (1994)

Mata e São Pedro do Sul

Triássico Brasil Coniferophyta, Araucarioxylon, Rhexoxylon

Minello (1994a, 1994b, 1994c), Guerra-Sommer; Scherer (2000)

Bacia de Karoo Triássico África do Sul Fitofósseis Bamford (2004)

Arizona Triássico Estados Unidos Araucarioxylon Therrien; Fastovsky (2000), Dubiel et al. (1991)

Gobi Jurássico Mongólia Troncos silicificados Keller; Hendrix (1997)

Xinjiang Jurássico China Troncos silicificados McKnight et al. (1990)

Cerro Cuadrado Jurássico Argentina Caules Silicificados (Pararaucaria patagonica), cones, plântulas e lenhos de Araucaria Mirabilis

Stockey (1977), Hernandez-Castillho; Stockey (2002)

Rio Negro Cretáceo Argentina Cycadales Artabe et al. (2004)

Chubut Paleogeno Argentina Gimnospermas Brea et al. (2005)

Piedra Chamana Paleogeno Peru Angiospermas

Woodcock; Meier (2003)

Fm. Unga Paleogeno (Oligoceno) Estados Unidos Troncos silicificados Wilson et al. (1999)

Lesvos

Mioceno Grécia Angiospermas, Gimnospermas e Pteridófitas

Koufos et al. (2003)

Fonte: Compilado de Capretz (2010).

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No Brasil, merecem especial atenção (devido à quantidade e a qualidade de

preservação dos fósseis) dois registros de florestas petrificadas: a Floresta

Petrificada de Mata, localizada no Rio Grande do Sul, e a Floresta Petrificada do

Tocantins Setentrional, localizada no estado do Tocantins.

A Floresta Petrificada de Mata aflora principalmente nos municípios de São

Pedro do Sul e Mata, ao sul da Bacia do Paraná. Estas florestas contêm alguns dos

mais importantes registros de lenhos fósseis silicificados do planeta. Os fósseis

ocorrem inclusos no Arenito Mata, relacionado a um sistema fluvial entrelaçado, ou

encontram-se rolados sobre sedimentos de diferentes idades, na forma de

fragmentos de pequeno e grande porte (GUERRA-SOMMER; SCHERER, 2002). Os

lenhos fósseis consistem em formas gimnospérmicas, relacionadas a coníferas

representando provavelmente uma flora mesofítica, originada por mudanças

climáticas iniciadas na passagem Meso-Neotriássico (GUERRA-SOMMER;

SCHERER, 2002). São conhecidos lenhos fósseis de coníferas (MINELLO, 1994a)

de idade neotriássica (GUERRA-SOMMER et al., 1999; GUERRA-SOMMER;

SCHERER, 2002; PIRES et al., 2005).

A Floresta Petrificada do Tocantins Setentrional possui uma singular

assembleia fossilífera permiana, com espécies comuns a diferentes províncias

paleofitogeográficas, como a Flora Euroamericana e Gondwânica (RÖβLER;

GALTIER 2002, 2003, RÖβLER; NOLL 2002, RÖβLER 2006), em especial a Flora

Glossopteris, na Bacia do Paraná (ROHN; RÖβLER 1986, ROHN; RÖβLER 2000,

TAVARES et al., 2006).

2.2. ANÁLISES DE CRESCIMENTO EM LENHOS ATUAIS

O crescimento das árvores, incluindo o crescimento radial, é controlado por

uma combinação complexa de fatores relacionados com o clima. Análises

quantitativas e qualitativas do crescimento arbóreo são informações de alta

resolução de ambientes antigos, que facilitam os estudos de climas passados

(GERARDS et al., 2007).

Segundo Vaartaja (1959) e Larson (1969) os anéis de crescimento em

madeiras geram-se no xilema secundário, através da regulação da atividade

cambial, após um período de dormência relacionada a ritmos endógenos associados

a respostas ao foto-período. A presença desses anéis constitui um padrão constante

em zonas temperadas durante amplos ciclos globais icehouse, quando os pólos

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estão recobertos por calotas polares.

São vários os fatores que influenciam na geração dos anéis de crescimento,

embora não esteja esclarecida a importância relativa de cada um destes elementos

(KUMAGAI; MATSUNASA, 1995). Falcon-Lang (2000) estabelece relações entre

anéis de crescimento em lenhos e longevidade foliar, concluindo que a simples

observação direta de padrões xilemáticos pode prejudicar conclusões

paleoclimáticas.

Já Schweingruber (1996) e Brison et al. (2001) consideram que o crescimento

das plantas é influenciado por fatores genéticos, bióticos (envelhecimento,

sensibilidade dos anéis de crescimento) e abióticos. Schweingruber (2007) refere

que nos trópicos, apenas determinadas plantas consideradas sensitivas

desenvolvem anéis de crescimento evidentes, quando adaptadas a solos bem

drenados.

Segundo Schweingruber (1992, 1996) anéis de crescimento podem ser

registrados em todos os climas, sendo que a frequência de espécimes que os

apresentam nas diferentes latitudes está relacionada à sazonalidade. Schweingruber

(1996) relaciona tipos de climas e a formação de anéis de crescimento ou zonas de

crescimento através de estudos com lenhos atuais da Europa, África, Austrália e

América do Norte. Com base nestas análises, Schweingruber (1996) estabelece

uma relação entre algumas condições climáticas e as características do crescimento

arbóreo, onde:

* nos trópicos, onde a sazonalidade é limitada e não há invernos frios mas há

ocorrência de períodos de seca com ocasional precipitação, o período de

crescimento das plantas varia de acordo com a espécie;

* nas latitudes, onde ocorrem ciclos climáticos com invernos rigorosos a

presença de anéis de crescimento constitui-se em padrão constante;

* nos climas caracterizados por invernos com temperaturas médias e muitas

chuvas originam-se nos lenhos dominantemente zonas de crescimento, sendo raras

as plantas que constroem verdadeiros anéis;

* em desertos e em regiões áridas as plantas exibem sempre zonas de

crescimento.

Schweingruber (1996) define zonas de crescimento como incrementos “fracos”

que podem não ocorrer em toda a circunferência do caule. Nestas zonas, não há

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uma clara delimitação da passagem de lenho tardio para lenho inicial, comum nos

anéis de crescimento.

Nos climas semiáridos, alguns autores efetuaram estudos sobre o crescimento

arbóreo. Fritts (1969) e La Marche (1974) traçaram as seguintes postulações para

climas semi-áridos: em um verão úmido de temperaturas amenas, os anéis de

crescimento de plantas de terras baixas são largos pois as árvores beneficiam-se

com a alta precipitação, e nas terras altas, os anéis são estreitos pois o crescimento

arbóreo é limitado pelas baixas temperaturas; em verões quentes e secos, a relação

é inversa, em altas elevações os anéis são largos e em terras baixas são estreitos.

Já em regiões semiáridas com chuvas monçonais a atividade cambial começa no

início do verão, mas é reprimida pelas secas de verão. As chuvas que começam no

meio do verão estimulam a atividade cambial, que entra novamente em dormência

no início do inverno. Em coníferas essas características causam padrões de

densidade interanual variáveis, ou seja, grande variação na altura dos anéis de

crescimento.

Liphschitz (1986), estudando espécies arbóreas de Israel, demonstrou que

muitas espécies de desertos ou regiões semi-áridas seguem um ritmo de

crescimento semelhante às árvores de clima temperado, isto é, com crescimento

intermitente durante o inverno, gerando anéis de crescimento no lenho. Os padrões

extremos dos anéis de crescimento nesses climas semiáridos e mediterrâneos estão

relacionados de acordo com Fisher (1993) a ciclos anuais de precipitação.

Em zonas temperadas com invernos moderados de clima boreal a subártico, as

espécies com poucas exceções constroem anéis de crescimento. A atividade

cambial é interrompida no outono e retomada na primavera. A formação de anéis de

crescimento é reportada por Coster (1927, 1928) em espécies da Indonésia,

Mariaux (1967, 1969, 1970) em espécies do oeste da África e em espécies da

América do Sul por Worbes (1994). Enquanto que em climas secos o crescimento é

controlado por precipitações, em climas temperados a temperatura constitui-se no

fator regulador (SCHULMANN, 1956).

Neste contexto, os métodos quantitativos que utilizam incrementos de

crescimento como dados proxy são constantemente testados. Falcon-Lang (2005)

realizou uma análise global da relação entre clima e parâmetros de anéis de

crescimento em lenhos atuais. O autor conclui que há uma enorme variabilidade na

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resposta do lenho ao clima indicando que o crescimento arbóreo é influenciado por

fatores distintos, tais como taxonomia, ontogenia, ecologia e meio ambiente. A

validade da utilização de parâmetros quantitativos de anéis de crescimento como

indicadores de clima pré-quaternários é, portanto, questionável. Falcon-Lang (2005)

sugere a aplicação de metodologias relacionadas a anéis de crescimento apenas em

estudos bem delimitados onde os fatores como paleoclimas, ontogenia e fontes

taxonômicas podem ser controlados, e com conjuntos de dados maiores.

As análises quantitativas e qualitativas de crescimento arbóreo como

ferramentas para inferências paleoclimáticas têm sido largamente utilizadas em

lenhos fósseis, gerando importantes contribuições em distintas paleoprovíncias

florísticas com diferentes idades.

2.3 ANÁLISES DE CRESCIMENTO EM LENHOS FÓSSEIS

A seguir, são compilados trabalhos nos quais se utilizou métodos quantitativos

e qualitativos de análise de anéis de crescimento, sendo que estes estudos são

apresentados por períodos geológicos, visando dessa forma facilitar o entendimento

do tema.

2.3.1 Carbonífero

Creber e Chaloner (1984) relatam que lenhos fósseis abrangendo os últimos

370 milhões anos representam um conjunto de armazenamento de dados

paleoambientais, sob a ação de fatores internos e externos. Os dados relativos a

fatores externos consistem da presença ou ausência dos anéis de crescimento,

larguras dos anéis, proporções relativas de lenho inicial e lenho tardio e a natureza

da transição entre estes tipos de lenho, falsos anéis e evidências de danos por

animais ou incêndio, e ainda a ocorrência de lenho de reação. Embora os autores

considerem os fatores internos, como por exemplo, a variação genética que irá

conduzir a diferenças no lenho, postula-se que os fatores externos exercem uma

influência maior do que os internos. Os autores propuseram uma classificação dos

lenhos em seis tipo (A, B, C, D, E e O) utilizando o limite entre lenho inicial-lenho

tardio como base diferencial. O limite é estabelecido pelas somas algébricas

cumulativas dos desvios de cada célula com relação à média do diâmetro radial. As

curvas das somas cumulativas tendem a zero, e os pontos onde estas curvas

começam tender a zero são usados para determinar os limites entre lenho inicial e

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tardio. Estes padrões de crescimento lenhoso são relacionados a condições

ambientais específicas, a saber: A - transição abrupta lenho inicial/lenho tardio, anéis

com pouco lenho tardio - deficiência hídrica ocorre abruptamente na estação de

crescimento; B - transição gradual entre lenho inicial-lenho tardio, com uma larga

banda de lenho tardio - longa estação de crescimento com suprimento hídrico

adequado; C - menos comumente encontrado, indica crescimento em um ambiente

com mudança gradual durante a estação de crescimento; D - indica crescimento em

um ambiente relativamente uniforme com um evento terminal/cessação ou

retardamento da atividade cambial; E - similar ao tipo D, representando o mesmo

tipo de ambiente, contudo com o limite entre lenho inicial-lenho tardio menos

marcado; O - sem anéis de crescimento, resulta de uma situação onde todos

requerimentos para o crescimento em espessura estão constantemente presentes.

Falcon-Lang (1999) examinou lenhos gimnospérmicos fósseis de dez

localidades na Irlanda ocidental e sul da Escócia, datados no Carbonífero Inferior.

Das 77 amostras de lenhos estudadas, 52% apresentaram anéis de crescimento

com sutis limites de anéis descontínuos, e incrementos de largura estreita, mas

variável. Esses anéis de crescimento foram qualitativamente e quantitativamente

analisados e demonstram uma estreita semelhança com anéis de crescimento em

lenhos atuais de floresta de Araucária. Os resultados apoiam interpretações

paleoclimáticas anteriores, com base em evidências sedimentológicas, sugerindo

que as ilhas britânicas experimentaram climas de monções durante o Carbonífero

Inferior.

Falcon-Lang et al. (2011) relatam a ocorrência de vegetação seca sazonal,

preservadas em posição de crescimento, numa extensão de 5 km, no Pensilvaniano

(Kasimoviano Inferior) Novo México, Estados Unidos. As análises da anatomia da

madeira, diâmetro e densidade, juntamente com observações de traços vasculares e

megaflora associada, demonstram que essa floresta era composta por coníferas

decíduas (~ 100 árvores por hectare) com dossel aberto. Os anéis de destes lenhos

mostram crescimento sobre condições sazonalmente secas.

2.3.2 Permiano

Na Formação Rio Bonito, no Estado de Santa Catarina, Permiano da Bacia do

Paraná, Mayer (1989) analisou os aspectos anatômicos de lenhos gimnospérmicos

gondwânicos com base no desenvolvimento lenhoso e em parâmetros de

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"sensibilidade anual" e "sensibilidade média". Foram estudados 5 espécimes da

localidade Rio Bonito e 5 espécimes do afloramento situado ao norte de Selete. O

autor verificou as condições paleoclimáticas predominantes, levando-se em conta

posicionamento amplo das associações estudadas, dentro das gimnospermas, sem

a necessidade de classificação específica.

Taylor e Ryberg (2007) descreveram lenhos permineralizados com anéis de

crescimento bem preservados para o Permiano Superior e Triássico Médio das

montanhas centrais Transantarticas. A estrutura dos anéis dos lenhos, incluindo um

grande número de traqueideos do lenho inicial e um baixo número de células de

lenho tardio, fornecem evidências de que o crescimento nestas latitudes polares foi

limitado por níveis de luz ao invés de fatores como disponibilidade de água e

temperatura, como ocorre em florestas atuais de altas latitudes. Esses anéis de

lenhos fósseis têm implicações importantes para a compreensão do crescimento

lenhoso da parte aérea e da função do câmbio em grandes altitudes durante os

períodos de calor global.

Pires et al. (2011b) analisaram padrões de crescimento em lenhos

gimnospérmicos procedentes da Floresta Petrificada do Tocantins Setentrional

(FPTS), Filadélfia, Tocantins. Foram estudados 38 fragmentos de lenho

gimnospérmicos parautóctones. A classificação parataxonomica baseada em

xilotipos foi adotada neste estudo, que delimitou a presença de dois xilotipos. Pode-

se inferir para a época da deposição desta associação lignoflorística, com base na

dominância do padrão de crescimento parcialmente interrompido, a vigência de

fases de incrementos cíclicos muito frágeis no crescimento, originados em períodos

de precipitações aperiódicas, intercalados com períodos de restrição hídrica, e

apontam, portanto, uma estreita vinculação entre determinados padrões e nichos

específicos dentro de um amplo paleoambiente fluvial.

Wan et al. (2014) descreveram uma nova espécie de gimnosperma para a

Formação Wuchiapingian (Permiano Superior), Noroeste da China. Através das

analises anatômicas os autores observaram a ocorrência de inúmeras interrupções

de crescimento e ausência de anéis de crescimento verdadeiros dentro do caule, e

sugerem uma sazonalidade fraca com pouca precipitação anual. As interrupções

sugerem um clima úmido de curto prazo e secas não periódicas.

2.3.3 Triássico

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Pires et al. (2005) através de métodos dendrológicos proposto por Douglas,

1928, estudaram uma associação de lenhos descritos como Sommerxylon

spiralosus Pires et Guerra-Sommer, provenientes de um afloramento composto por

depósitos arenosos fluviais do Triássico Superior da porção sul da Bacia do Paraná.

As análises dos anéis de crescimento complementadas pelos dados geológicos

forneceram informações sobre a periodicidade do crescimento relacionado aos

ciclos sazonais. A fase de crescimento em cada ciclo se desenvolveu lentamente, e

o período de crescimento foi relativamente uniforme. Em contraste, as fases

periódicas com restrição de crescimento não foram extensas. Estes ciclos sazonais

foram interrompidos por secas ocasionais durante a estação de crescimento, o que é

indicado pela presença de falsos anéis de crescimento. Estes dados corroboram

com estudos para ao clima do Triássico Superior.

2.3.4 Jurássico

Francis (1984), em estudo na porção basal da Formação Purbeck, ao sul da

Inglaterra, identificou a presença de uma floresta fóssil, representada por

gimnospermas bem desenvolvidas pertencentes ao Jurássico Superior. Os autores

realizaram análises de anéis de crescimento de 20 sequencias transversais de

lenhos. Os anéis de crescimento estreitos e variáveis indicam condições ripárias

para o crescimento lenhoso, com condições altamente irregulares de ano para ano.

A comparação com os dados de anéis de crescimento atuais sugere que o clima

inferido para a Formação era do tipo mediterrâneo, com invernos úmidos e quentes,

quando as árvores foram capazes de crescer, mas com verões quentes e áridos

adequados para a formação de evaporitos. A sazonalidade deste clima fornece

modelos paleoclimáticos recentes que propõem que tal clima prevaleceu ao longo de

latitudes médias nas margens continentais durante o Mesozóico.

Brison et al. (2001) propôs uma nova abordagem, com base no estudo da

distribuição de tipos de anéis de crescimento proposto por Creber e Chaloner

(1984). Estes autores analisaram dados de 643 amostras do intervalo Jurássico-

Cretáceo. Os autores concluem que o tipo de anel de crescimento em lenhos do

Mesozoico não é determinado apenas por fatores climáticos, visto que são

encontrados padrões semelhantes em lenhos de mesma classificação sistemática

em diferentes latitudes. Bem como, concluem que análises paleoclimatológicas que

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utilizam a classificação de anéis de crescimento em lenhos fósseis devem ser

realizadas em assembleias grandes e taxonomicamente diversa.

2.3.5 Cretáceo

Lenhos de coníferas da Formação Prince Creek (Campanian-Maastrichtian), no

centro da Encosta Norte, no Alasca (EUA) estudado por Spicer e Parrish (1990),

possuem anéis de crescimento estreitos, falsos anéis abundantes, e altos índices de

classificação de lenho tardio para inicial. Estas características são as mesmas em

vários táxons, e sugerem que os verões eram amenos e com condições de

crescimento variável.

Francis e Poole (2002) ao analisar os anéis de crescimento nas florestas de

coníferas da Península Antartica forneceram um registro de tendências climáticas

para o Cretáceo. A estreita semelhança entre as curvas do anéis de crescimento e

os dados de geoquímica sedimentar indica que, apesar dos controles internos e

taxonômicos na formação de um anel de crescimento, um forte sinal externo pode

ser detectado, o que corresponde aos padrões climáticos globais.

Gerards et al. (2007) aplicaram métodos quantitativos de análise de anéis de

crescimento em amostras de coníferas do Cretáceo Inferior aflorantes na Bacia

Mons, Bélgica. Os resultados preliminares confirmaram que durante o início do

Cretáceo, nesta Bacia predominava um clima tropical, com uma sucessão de

estações seca e chuvosas bem marcadas (tipo de clima Aw de Koeppen). O

coeficiente de sensibilidade média foi elevado (acima de 0,4) e indicou condições

paleoambientais instáveis.

Pires e Guerra-Sommer (2011), a partir da análise de anéis de crescimento em

lenhos de coníferas silicificadas provenientes da Formação Missão Velha (Bacia do

Araripe, Brasil), obtiveram importantes informações a respeito da periodicidade de

produção lenhosa durante o início do Cretáceo, na região do Equador. Apesar das

estimativas de temperatura em elevadas, os dados dendrológicos indicaram que o

clima foi caracterizado pela alternância cíclica de períodos secos e chuvosos,

influenciado por precipitações periódicas, típico das condições atuais de clima

tropical úmido e seco ou savana. A abundância de falsos anéis de crescimento pode

ser atribuída tanto a secas ocasionais quanto a danos causados por artrópodes. Os

dados paleoclimáticos obtidos nesse estudo corroboram com modelos que inferem a

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ocorrência de um bioma de verões úmidos para o limite Jurássico Superior/Cretáceo

Inferior ao sul do Equador.

Pires et al. (2011a) relatam a ocorrência de um conjunto de coníferas

silicificadas em arenitos eólicos da Formação Botucatu, Cretáceo Inferior, um

paleoerg ao longo das margens da Bacia do Paraná (Brasil). As características

desta assembleia monotípica indicam a ocorrência de alguns períodos mais úmidos

durante o clima árido predominante de um bioma semi-desértico. As condições de

crescimento foram sazonais e com estresse durante o ciclo de vida. Parâmetros

quantitativos que controlam o desenvolvimento dos anéis de crescimento podem

estar intimamente relacionados com as condições ambientais locais, e não apenas a

uma única consequência climática.

Yang et al. (2013), analisando 49 espécies de Coniferales descobertas nas

duas províncias florísticas do norte e do sul da China, utilizaram análises de anéis de

crescimento de lenhos fósseis, que indicaram condições climáticas com variação

sazonal em ambas as províncias florísticas do Norte e do Sul durante o Cretáceo

Inferior.

2.3.6 Paleógeno

Kumagai e Matsunaga (1995) analisaram anéis de crescimento de lenhos

fossilizados de duas áreas de florestas fósseis, de idade Paleoceno e outra para o

final do Eoceno, no Canadá). Os lenhos mais abundantes foram Metasequoia e cf.

Glyptostrobus sugerindo que estas florestas cresciam em ambientes de climas

quentes a frios temperados. Foram encontradas diferenças significativas na largura

do anel entre as duas florestas. Através de comparações com lenhos atuais

constatou-se que essa diferença pode ser atribuída entre as características

específicas das florestas e não às mudanças climáticas.

Brea (1998) em análise dos anéis de crescimento de coníferas fósseis da

Formação Meseta, Eoceno-Oligoceno, na ilha Seymour (Marambio), Antártica,

utilizou métodos de dendrocronologia para estudar fósseis de Cupressinoxylon

seymourense e Podocarpus sp. A. Os padrões de crescimento bem preservados

forneceram informações importantes sobre a periodicidade de crescimento, que se

assemelham a algumas espécies de árvores atuais que crescem em áreas com

estações frias e quentes bem marcadas.

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2.4 PALEONTOLOGIA DA BACIA DO PARNAÍBA– SÍNTESE HISTÓRICA

A Bacia do Parnaíba é conhecida como sítio fossilífero desde o final do século

XIX. Muitos são os pesquisadores que publicaram trabalhos de cunho geológico

e/ou paleontológico. Santos e Carvalho (2009) apresentam um detalhado histórico

sobre as pesquisas geológicas e paleontológicas realizadas na Bacia do Parnaíba

até o ano de 2009 (TABELA 2). A denominação da Bacia foi proposta por Derby

(1884, apud SANTOS; CARVALHO, 2009).

Brongniart (1872) descreveu Psaronius brasiliensis como o primeiro fóssil

vegetal do Brasil a ser mencionado na literatura (DOLIANITI, 1948). O lenho foi

atribuído a camadas de arenito, ricas em sílex e madeiras silicificadas da Formação

Pedra de Fogo, cujo nome foi proposto por Plummer et al. (1948).

Posteriormente, foi realizada pesquisa geológica na área da Bacia, com o

objetivo de verificar a ocorrência dos lenhos silicificados atribuídos a Psaronius,

trabalho realizado por pesquisadores do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil,

(BRASIL, 1909). Já as formações geológicas da Bacia foram definidas por Lisboa

(1914), enquanto Campos (1925) distinguiu os sedimentos portadores de Psaronius

e os sedimentos do Cretáceo analisando localidades fossilíferas do Maranhão.

Tabela 2. Compilação dos trabalhos publicados entre 1930 e 2001 acerca da

geologia e paleontologia da Bacia do Parnaíba. Os temas gerais elencados foram

organizados com base na forma de divulgação e assunto abordado.

Tema geral dos trabalhos publicados Trabalhos

Reconhecimento geológico

MORAES REGO (1931,1933); LOEFGREN (1936); PAIVA; MIRANDA, (1937); KEGEL; COSTA (1951); BARBOSA; GOMES, (1957); KEGEL (1951, 1952, 1954, 1955, 1956, 1957, 1961, 1965, 1966).

Relatórios internos da Petrobrás BLANKNNAGEL (1952 1954); KREMER; CAMPOS (1955); ANDERSON; MENDONÇA (1960); AGUIAR (1961, 1964, 1969, 1971); NORTHFLEET (1965); MELO; PORTO (1965); CUNHA (1964 1966); OJED AY OJEDA; BEMBOM (1966); MOLNAR; URDINEIA (1966); NORTHFLEET; NEVES (1967); NORTHFLEET; MELO (1967); OJEDA Y OJEDA; PERILLO (1967); DELLA PIAZZA; SANTOS (1967); ANDRADE (1968); CARNEIRO; PERILLO (1968); PERILLO; NAHASS (1968). MELO (1965 1968); MELO; PRADE (1968); PERILLO; NAHASS (1968); DELLA PIAZZA; ANDRADE (1969); CUNHA; CARNEIRO (1972); CARNEIRO (1974).

Geologia PLUMMER et al. (1948); CASTER (1948); MÜLLER;

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CAMPBELL (1949,1950); CAMPBELL et al. (1948,1949,1962); MESNER; WOLDRIDGE (1964); AGUIAR; NAHASS (1969); AGUIAR (1971); ALMEIDA et al. (1995); LOVATO et al. (1995).

Relatórios de curso de graduação MABESOONE (1965, 1970, 1975, 1977); REZENDE; PAMPLONA (1970); BEÜRLEN (1965,1971a,b); REZENDE (1971); MIURA; BARBOSA (1972); COSTA et al. (1973); CRUZ et al. (1973a, 1973b); LEITE et al. (1975); OLIVEIRA; BARROS (1976); LIMA; LEITE (1978). CALDASSO (1978); SILVA; SOARES FILHO (1979); SILVA (1979); ARAÚJO; MIRANDA (1979); ARAÚJO (1979); SOARES FILHO (1979); MIRANDDE (1979); DELLA FAVERÁ (1990); COLARES; ARAÚJO (1990); COLARES et al. (1990); SOUZA et al. (1990); FIGUEIREDO et al. (1994); LOVATO et al. (1994); RODRIGUES et al. (1994a,b); ALMEIDA et al. (1995); LOVATO et al.(1995); GÓES (1995); GÓES; COIMBRA (1996); GÓES; ROSSETTI (2001); ROSSETTI et al. (2001).

Fonte: Compilado de Santos; Carvalho (2009).

Com base nos dados avaliados, observa-se que o conhecimento

paleontológico acerca da Bacia do Parnaíba no Estado do Tocantins foi gerado

principalmente a partir de estudos realizados em rochas fossilíferas das formações

Pimenteiras e Pedra de Fogo. Estas unidades geológicas possuem uma expressiva

riqueza fossilífera representada por peixes ósseos, tubarões, anfíbios basais,

invertebrados, coprólitos, estromatólitos e plantas (SANTOS; CARVALHO, 2009).

Considerando a ordem cronológica dos trabalhos publicados, os vertebrados

foram os primeiros a despertarem o interesse dos pesquisadores na área da Bacia

do Parnaíba. Silva-Santos (1946) descreveu fragmentos de peixes encontrados em

extratos do Paleozoico, Mesozoico e Cenozoico. Price (1948) descreveu o primeiro

anfíbio fóssil do Brasil, descoberto em sedimentos da Formação Pedra de Fogo

aflorantes no Estado do Maranhão, o qual denominou Prionosuchus plummeri.

Peixes paleoniscídeos dos gêneros Palaeoniscus e Elonichthys e gastrópodes do

gênero Pleurotomaria foram citados para a Formação Pedra de Fogo por Petri e

Fulfaro (1983a).

Santos (1990) descreveu o condrictes Itapyrodus punctatus a partir de dentes

encontrados na Formação Pedra de Fogo, região de Pastos Bons, Maranhão. O

mesmo autor descreveu dentes para o mesmo lugar atribuídos por ele à

Anisopleurodontis price (SANTOS, 1994).

Cox e Hutchinson (1991) descreveram um novo gênero de actinopterígeo o

qual denominaram Brazilichthys, macrognathus pertencente à Formação Pedra de

Fogo, também na região de Pastos Bons, Maranhão. Os autores descreveram

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também restos de um anfíbio, Anisopleurodontis pricei.

Com relação aos invertebrados descritos para a Bacia do Parnaíba, os

principais resultados estão restritos ao Estado do Tocantins E Piauí. Gama-Junior

(2008) analisou seções expostas no município de Palmas, onde identificou seis

espécies de braquiópodes na Formação Pimenteira (Devoniano Médio). De acordo

com o autor, a fauna identificada indica ambiente deposicional marinho em

plataforma interna distal durante esse período na região.

Ponciano et al. (2010), através de uma revisão bibliográfica, descreve

braquiópodes, biválvios, gastrópodes, tentaculitídeos, trilobitas, crinoides e

fragmentos de plantas continentais para a Formação Cabeças na região de Oiti,

Piauí. Os táxons ali presentes são do Devoniano Médio e de acordo com os autores,

representam a transgressão marinha que inundou as bacias Paleozoicas brasileiras.

Além disso, Ponciano et al. (2010) ressaltam a importância da preservação deste

local para fins científicos e educação patrimonial na região.

Scheffler et al. (2011) apresentam a primeira descrição de crinóides para a

margem ocidental da Formação Pimenteira, Bacia do Parnaíba (Devoniano). Os

autores identificaram três espécies novas deste grupo para a ciência, ressaltando

que os dados gerados fornecem argumentos importantes para interpretações

paleogeográficas em relação ao padrão de distribuição dos invertebrados nesta

região de Gondwana. Além disso, os autores sugerem possíveis rotas de migração

que teriam existido durante o Devoniano entre a área de estudos e o norte do

Gondwana.

Queiroz et al. (2013) registraram os primeiros afloramentos fossilíferos no

entorno do Rio Balsas, Município de Santa Teresa, Estado do Tocantins em estratos

da Formação Pimenteira, Devoniano da Bacia do Parnaíba com ocorrência de

braquiópodes fósseis e fauna associada. Os autores identificaram três espécies já

descritas anteriormente para a associação, Australocoleia palmata (MORRIS;

SHARPE, 1846), Australospirifer iheringi (KAYSER, 1900) e Tropidoleptus carinatus

(CONRAD, 1839). Para Queiroz et al. (2013), a presença dessa associação de

braquiópodes caracteriza uma zona de mistura de águas frias, mornas e quentes

durante o Devoniano na Bacia do Parnaíba demonstrando a capacidade de

migração e tolerância desses indivíduos indicando assim uma possível conexão

marinha entre as bacias do Amazonas, Paraná e Parnaíba.

Schwanke e Souto (2007) realizaram um estudo com coprólitos permianos

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coletados nos níveis aflorantes da Formação Pedra de Fogo no estado do

Maranhão, atribuindo os condrictes como possíveis animais produtores.

O registro de estromatólitos para Bacia do Parnaíba é efetuado por Faria-Jr e

Truckenbrodt (1980). Os autores descrevem estromatólitos para a Formação Pedra

de Fogo, aflorante na região sul da cidade de Balsas, Maranhão.

Com relação aos fitofósseis, os trabalhos realizados na Bacia do Parnaíba

após os anos 80 abordam diferentes aspectos principalmente relacionados a

descrições anatômicas, classificações sistemáticas e análises de crescimento

arbóreo além de estudos bioestratigráficos, análises sobre a gestão do Monumento

e sugestão de novas técnicas de coleta de dados paleobotânicos. Os achados

paleobotânicos são em sua maioria registrados para a área do MNAFTO, com

algumas exceções (Piauí, Maranhão). Também são em sua maioria de idade

permiana, com exceção de carófitas cretácicas descritas por Vicalvi e Carvalho

(2002). Nestes trabalhos os materiais paleobotânicos estudados são referentes a

lenhos de gimnospermas, caules de pteridófitas e esfenófitas, folhas de pteridófitas e

material palinológico.

Vicalvi e Carvalho (2002) descrevem 18 exemplares de carófitas encontradas

na localidade de Pirapemas, município de Cantanhede (Maranhão), atribuídas aos

depósitos da Formação Itapecuru (Cretáceo).

Com relação às gimnospermas, os trabalhos versam principalmente sobre

classificações sistemáticas. Coimbra e Mussa (1984,1987) descreveram

gimnospermas procedentes do Arenito Cacunda da Formação Motuca (Maranhão),

através dos táxons Amyelon beloi e Carolinapitys maranhensis. Os autores também

descreveram em arenitos subjacentes ao arenito Cacunda formas gimnospérmicas

registradas como Cyclomedulloxylon parnaibensis e Cycadoylon brasiliensis. Os

registros mostram que além dos critérios climáticos demostrados pela dominância de

formas pteridofíticas, outros parâmetros de natureza dendrológica em gimnospermas

podem ser obtidos, tendo em vista a caracterização climática do intervalo estudado.

Caldas et al. (1989) descreveram 33 lenhos gimnospérmicos fósseis para as

margens do Rio Poti em Teresina, Piauí, como sendo pertencentes à Formação

Pedra de Fogo. Dos exemplares descritos, 29 estavam em posição de vida, ou seja,

posicionados verticalmente ou ligeiramente inclinados inseridos em camadas de

arenito.

Kurzawe et al. (2013a, 2013b) sugeriram novos gêneros e novas espécies de

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28

gimnospermas para a área do MNAFTO. Kurzawe et al. (2013a) descreveram

Damudoxylon buritiranaense, Damudoxylon humile, Damudoxylon roessleri,

Kaokoxylon punctatum, Taenioptys tocantinensis e uma nova forma de Taeniopitys

sp. Segundo os autores, essas espécies são provenientes exclusivamente de

depósitos sedimentares da Formação Motuca. Kurzawe et al. (2013b) apresenta

quatro novos táxons de gimnospemas para a Formação Motuca, a saber:

Ductoabietoxylon solis, Scleroabietoxylon chordas, Parnaiboxylon rohnae e

Parnaiboxylon sp. A presença de vários novos gêneros e espécies para Formação

Motuca revelam a riqueza e a importância desta área para estudos paleobotânicos.

Pires et al. (2011b) analisaram padrões de crescimento lenhoso em

gimnospermas procedentes da Floresta Petrificada do Tocantins Setentrional. Neste

trabalho, os autores analisaram 38 fragmentos de lenho gimnospérmicos

parautóctones. Foi adotada a classificação parataxônomica neste estudo, que

delimitou a presença de dois xilotipos. Pode-se inferir para essa associação

lignoflorística com base na dominância do padrão de crescimento parcialmente

interrompido, a vigência de fases de incrementos cíclicos muito frágeis, originados

em períodos de precipitações aperiódicas, intercalados com períodos de restrição

hídrica, que apontam uma estreita vinculação entre determinados padrões e nichos

específicos dentro de um amplo paleoambiente fluvial.

Com relação aos fósseis de pteridófitas (lenhos e folhas) e esfenófitas, citam-

se os trabalhos abaixo listados.

Herbst (1992) descreveu Tietea derby para sedimentos permianos aflorantes

na cidade de Carolina, Maranhão, enquadrados na Formação Pedra de Fogo.

Posteriormente, na cidade de Araguaína a cerca de 60 quilômetros do local da

pesquisa anterior, o mesmo autor descreveu uma nova espécie do gênero a qual

denominou Psaronius sinuosus (HERBST, 1999).

Iannuzzi e Scherer (2001), às margens do rio Manoel Alves, município de

Carolina, Maranhão, assinalaram a presença de compressões e impressões de

vegetais fósseis em depósitos da Formação Pedra de fogo, Bacia do Parnaíba, os

quais foram definidos como Cyclostigma brasiliensis, Pecopteris sp. e

Paracalamites? sp.

Röβler e Noll (2002) descreveram lenhos de esfenófitas para a Formação

Pedra de Fogo. Os fósseis foram descritos como Arthropitys sp., caules herbáceos

de Sphenophyllum sp., além de caules gimnospérmicos arborescentes Dadoxylon

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29

sp., todos encontrados na área do MNAFTO.

Proveniente de uma localidade entre as cidades de Araguaína e Filadélfia,

Formação Pedra de Fogo, a espécie Grammatopteris freitasii considerada a única do

gênero para o Gondwana, foi descrita por Röβler e Galtier (2002a,b). Em outro

trabalho dos mesmos autores são descritos caules de pteridófitas, também

coletadas na área do MNAFTO como sendo do gênero Dernbachia, espécie-tipo D.

brasiliensis (RÖβLER; GALTIER, 2003).

Neregato (2012) descreveu em detalhe caules de esfenófitas encontrados na

área do MNAFTO. Com base nas características anatômicas e morfológicas, o autor

propôs cinco novas espécies: Arthropitys isoramis, Arthropitys tabebuiensis,

Arthropitys buritiranensis, Arthropitys tocantinenses e Arthropitys barthelli. A espécie

Arthropitys tabebuiensis assemelha-se significativamente a Arthropitys bistriata do

Asseliano-Sakmariano de Chemnitz, Alemanha, o que corrobora com outras

evidências paleobotânicas desta idade para a Formação Motuca e que sugere algum

intercâmbio florístico entre a região da Bacia do Parnaíba e a Província

Euramericana.

Tavares (2012) realizou descrições morfo-anatômicas de samambaias

arborescentes permianas (Marattiales), permineralizadas por sílica da Formação

Motuca. Estes fósseis compreendem caules, folhas férteis, estéreis e raques. Duas

formas já haviam sido registradas anteriormente, representadas por caules

permineralizados, Tietia singularis e Psaronius arrojadoi. Outras quatro formas

inéditas foram descritas, duas atribuídas em novos gêneros, representadas por uma

folha fértil e por uma raque, e outras duas incluídas ao gênero Pecopteris,

representadas por folhas estéreis.

Tavares et al. (2014) descrevem pinas férteis de pecopterídeas provenientes

da área do MNAFTO, atribuídas à Formação Motuca. Os autores indicam a presença

de características xeromórficas, postulando que as plantas faziam parte de

vegetação riparia em rios efêmeros e estavam adaptadas a longas secas sazonais e

irradiação solar direta.

O único trabalho palinológico realizado na região é o de Dino et al. (2002),

onde foram identificados palinomorfos em testemunhos no membro Trisidela da

parte superior da Formação Pedra de Fogo. Os autores descreveram grãos de

pólens, acritarcos e algas Botrycoccus, que permitiram fazer correlações

palinológicas com o topo da Formação Andirá, Bacia do Amazonas, e com a

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Formação Oklahoma (EUA). Para os autores este paleoambiente poderia ser

caracterizado como marinho costeiro sob condições de clima quente, podendo variar

de árido a semiárido. A análise Palinológica apontou grande frequência de esporos

de pteridófitas, o que sugere uma flora de baixa diversidade e alta dominância.

Mais recentemente, artigos que discutem questões relacionadas à conservação

do Monumento enquanto unidade de conservação vem sendo publicados. Nesse

sentido, Kauffmann et al. (2013a) realizaram estudo de caso da atual situação do

MNAFTO. Os autores consideram que este tipo de estudo pode ser caracterizado

como uma ferramenta para a futura construção de diretrizes a serem assumidas

pelos gestores para a transformação desse monumento em um geoparque. Mesmo

protegido por lei, o MNAFTO sofreu com ações de depredação e tráfico ilegal, o que

pode estar relacionado à fragilidade dos sistemas de proteção hoje existentes.

Em outro trabalho, Kaufmann et al. (2013b) apresentaram um método de coleta

de fitofósseis no MNAFTO com o objetivo de tradução da riqueza das lignoespécies.

Metodologicamente, avaliaram cinco tipos de relevo pré-determinados pelo CPRM e

três subclasses de localização de pontos de coleta. Os autores concluíram que

existem diferenças na distribuição dos fitofósseis com relação a tamanho dos

fragmentos e o tipo de relevo onde os depósitos se encontram, visto que os fósseis

maiores ocorrem em subclasse de localização denominada “baixadas”, enquanto

que nos topos de morro permanecem os fragmentos menores.

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3 – CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO E CONTEXTO

ESTRATIGRÁFICO

3.1. Caracterização da área de estudo

A Bacia Sedimentar do Parnaíba ocupa uma área de 600 mil km2 da porção

noroeste do Nordeste brasileiro. Esta bacia se desenvolveu sobre um embasamento

continental durante o estágio de estabilização da Plataforma Sul-Americana

(ALMEIDA; CARNEIRO, 2004).

Dentro do contexto da Bacia, aflora uma das maiores florestas petrificadas do

mundo, a FPTS, delimitada estratigraficamente por Dias-Brito et al. (2007) ao

Neopermiano e a latitudes entre 23° e 28° Sul, de acordo com modelo proposto por

Scotese (2002).

A importância dessa associação lignoflorística levou à criação do Monumento

Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins – MNAFTO (FIGURA 1A), uma

unidade de conservação de proteção integral criada pelo Estado do Tocantins por

meio da Lei Estadual nº. 1.179, de outubro de 2000 (D.O.E. 981). O MNAFTO situa-

se na Amazônia legal, no NNE do Estado de Tocantins, no município de Filadélfia,

próximo à fronteira com o estado do Maranhão (FIGURA 1B). Outras manchas da

FPTS ocorrem em Goiatins, Colinas do Tocantins e na região de Carolina,

Maranhão.

O MNAFTO é constituído por áreas particulares (conforme autoriza o §1o do

artigo 12 da Lei 9.985/2000), nos termos que regem seu Plano de Manejo. O

monumento abriga propriedades rurais, que tem como atividades econômicas a

criação de bovinos e agricultura de subsistência. Estas atividades são agravantes

para a preservação da UC, uma vez que a pecuária extensiva ocorre, por exemplo,

com o emprego de queimadas para a limpeza e renovação dos pastos na estação

seca, isto sem considerar a extração e comercialização ilegal de fósseis existentes

no local, prática que era comum na região (MSR/OIKOS, 2005).

Figura 1. A) Mapa de localização da área do Monumento Natural das Árvores

Fossilizadas de Tocantins (MNAFTO – retângulo no nordeste do TO) no contexto do

Estado do Tocantins, Brasil. B) Detalhamento da delimitação do MNAFTO com a

localização dos pontos de coleta do material utilizado neste estudo.

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Fonte: A e B, adaptado de Tavares et al. (2014).

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Atualmente, o Estado do Tocantins está sob o domínio climático tropical

semiúmido, recebendo a classificação de AW – Tropical de verão úmido e período de

estiagem no inverno de acordo com a classificação de Köppen (SEAGRO, 2010).

A temperatura média anual da região é de 26,3°C, com máximas e mínimas

de 28°C e 25,3°C, registradas respectivamente nos meses de setembro e junho. O

índice pluviométrico totaliza 1800 mm/ano, as chuvas concentrando-se de outubro a

abril (mais de 90% do total médio anual). De janeiro a março as precipitações

atingem 50% do total médio anual. De junho a agosto ocorre o mínimo das

precipitações e a umidade relativa do ar fica em torno de 50%. O quadro climático é

bastante variável, havendo anos em que o índice pluviométrico não atinge 850 mm.

A dinâmica dos ecossistemas é regida pela forte sazonalidade na disponibilidade

hídrica (DIAS-BRITO et al., 2007).

A vegetação dominante nessa região é a de cerrado (rupestre cerrado típico e

cerradão). Também ocorrem florestas de galeria com elementos amazônicos, que

dão lugar a buritizais, e pequenas manchas de florestas semidecíduas. Córregos

perenes e temporários compõem a rede de drenagem com padrão

dendrítico/subdentrítico. A área é um ecótono de grande importância biogeográfica

(DIAS-BRITO et al., 2007).

3.2. Contexto estratigráfico

Na paisagem do MNAFTO e da área de amortecimento (entorno) distinguem-

se dois patamares ou superfícies de aplainamentos, cujo contraste se traduz em

grande beleza cênica. De acordo com Pinto e Sad (1986), o patamar inferior, entre

200 e 250m, é em parte preservado pela presença de leitos de sílex do topo da

Formação Pedra de Fogo ou pela silicificação do arenito basal da Formação Motuca.

Já o superior, com cotas por volta de 500m, refere-se a topos de morros ou mesetas

de bordas íngremes. Tais corpos, presentes no lado leste do MNAFTO,

correspondem à Formação Sambaíba e se destacam em imagens de satélite

CBERS (DIAS-BRITO et al., 2007).

As rochas aflorantes no MNAFTO pertencem às formações Pedra de Fogo,

Motuca e Sambaíba, constituintes do Grupo Balsas, com predomínio de

afloramentos na Formação Motuca (DIAS-BRITO; CASTRO, 2005; DIAS-BRITO et

al., 2009).

A Formação Pedra de Fogo é inserida na sequência Neocarbonífera-

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Eotriássica (FIGURA 2), possuindo variada litologia que resultou da sedimentação

em ambientes marinhos rasos restritos, costeiros e continentais, com planícies de

sabkha, sobre ocasional influência de tempestades (GOÉS; FEIJÓ, 1994).

Segundo Faria Jr. e Trukenbrodt (1980), a unidade ocorre em superfície na

região centro-sul da bacia com espessura média de 100 m, apresentando variações

laterais de acordo com a área analisada e pode ser dividida em: Membro Sílex

Basal, Membro Médio e Membro Trisidela.

Infere-se a predominância de um clima quente, com variações na umidade ao

longo de sua história; carbonatos e evaporitos acumularam-se quando a bacia

apresentava balanço hídrico negativo (LIMA; LEITE, 1978; FARIA;

TRUCKENBRODT, 1980; OLIVEIRA, 1982; COIMBRA, 1983; GÓES; FEIJÓ, 1994;

DINO et al., 2002).

Com relação à idade, Price (1948), utilizando o anfíbio Prionosuchus,

atribuíram idade Eopermiana para Formação Pedra de Fogo. Já Lima e Leite (1978),

com base em esporomorfos, relacionaram a Formação a idades Eo/Mesopermianas.

Todavia, no momento da publicação destes estudos, o Permiano ainda não era

dividido oficialmente em Eo, Meso e Neo, dificultando qualquer correlação mais

apurada. Dino et al. (2002), atribuíram idade Neopermiana para o Membro Trisidela,

porém, estes autores sugerem forte correlação com a Formação Flowerpot,

Oklahoma, EUA, a qual apresenta idade Artinskiana/Kunguriana, portanto

Eopermiana (LUCAS, 2004).

A Formação Motuca se originou em domínio continental, sobre variadas

condições de sedimentação – fluvial lacustre e eólica - com transgressões marinhas

episódicas na parte intermediária da seção e deposição de gipsita (LIMA; LEITE,

1978). Segundo Dias-Brito et al. (2007), a base da Formação Motuca é dominada

por sistemas continentais (fluvial, deltaico e lacustre), em contraposição à natureza

de mar-restrito da Formação Pedra de Fogo. Arenitos com estratificação cruzada

provavelmente representante de fácies de canais fluviais indicam paleocorrentes

para NE (raramente SE).

Abrantes-Júnior e Nogueira (2013) efetuaram a reconstituição paleoambiental

das formações Motuca e Sambaíba. A Formação Motuca é constituída

predominantemente por pelitos vermelhos laminados com lentes de gipsita, calcita e

marga. Na porção leste da Bacia do Parnaíba, as fácies tornam-se mais arenosas

com a ocorrência expressiva de arenitos com estratificação cruzada sigmoidal. Os

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autores identificaram 11 fácies sedimentares para a Formação Motuca, que

representam um ambiente desértico agrupados em associações de fácies Lacustre

raso/Mudflat e Saline pan. O início da sedimentação Motuca é marcado pela

deposição de espessas camadas de pelitos laminados em um extenso ambiente

lacustre raso de baixa energia (influenciado esporadicamente por influxos de areias

oriundas de rios efêmeros). Essa sedimentação em clima árido sugere que o nível

de base estratigráfico (nível freático) encontrava-se relativamente elevado, com a

predominância de subsidência local.

Góes e Feijó (1994) sugeriram ambiente desértico com lagos associados e

eventuais influências marinhas. Segundo Dias-Brito et al. (2007) a base Formação

Motuca é dominada por sistemas continentais (fluvial, deltaico e lacustre), em

contraposição à natureza de mar-restrito da Formação Pedra de Fogo. Arenitos com

estratificação cruzada provavelmente representante de fácies de canais fluviais

indicam paleocorrentes para NE (raramente SE). Já Lima e Leite (1978)

consideraram um clima árido pela predominância de sedimentos vermelhos,

ferruginosos, e pela presença de evaporitos.

Com relação à idade da Formação Motuca, a mesma tem sido atribuída a

diferentes idades, do Mesopermiano ao Triássico (e.g., Mesopermiano: Petri e

Fúlfaro (1983); Neopermiano: Mesner e Wooldridge (1964); Góes e Feijó (1994);

Neopermiano-Triássico: Lima e Leite (1978). Mesner e Wooldridge (1964) e Lima e

Leite (1978) registraram a presença do gastrópode Pleurotomaria sp. e de peixes

dos gêneros Paleoniscus e Elonichtys, atribuindo esta formação como sendo de

idade neopermiana (FIGURA 2).

A Formação Sambaíba localiza-se no topo do Grupo Balsas, sobrepondo a

Formação Motuca. Com espessura superior a 400 m, a Formação Sambaíba é

caracterizada por arenitos róseos avermelhados com abundantes estratificações

cruzadas e raras intercalações de sílex laminado sendo aparentemente afossilífera

(PETRI; FÚLFARO, 1983). Petri e Fúlfaro (1983) argumentam não haver razões para

posicionar a Formação Sambaíba no Triássico. Góes e Feijó (1994), entretanto,

admitem esta possibilidade.

Faria Jr. (1984) considerou os arenitos com mega-estratificações cruzadas da

Formação Sambaíba como característicos de depósitos eólicos, formando

provavelmente campos de dunas, distribuídos em extensa planície continental. Góes

e Feijó (1994) admitem ainda certa influência fluvial em cenário desértico. Para Dias-

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Brito e Castro (2005) esta unidade é de provável idade triássica, que recobre a

seção permocarbonífera, a qual proporciona cenários magníficos de “mesas” na

porção leste da área do MNAFTO. Já na porção oeste esta formação possui pouca

espessura sendo essencialmente arenosa. A Formação Sambaíba pode ser

abruptamente recoberta pelos basaltos da Formação Mosquito de idade triássica.

A associação lignoflorística presente no MNAFTO tem sido tradicionalmente

incluída na Formação Pedra de Fogo, de idade permiana segundo Dino et al. (2002),

e por outro lado interpretações mais recentes têm incluído essa lignoflora na

Formação Motuca de idade Permiano Superior (DIAS-BRITO et al., 2007;

KURZAWE et al., 2013 a, b).

Para Pinto e Sad (1986), que estudaram a estratigrafia na região entre

Araguaína e Filadélfia (TO), a penúltima camada do terceiro ciclo dentro da

Formação Pedra de Fogo (Membro Trisidela) é constituída por arenitos finos e

siltitos carbonáticos e, a última camada por siltitos creme não carbonáticos. O início

do quarto ciclo dentro do Grupo Balsas, já interpretado como Formação Motuca,

inicia-se com arenito fino a médio, avermelhado e esbranquiçado com estratificação

cruzada, onde foram encontradas madeiras silicificadas. Portanto, estes autores

consideraram que os fósseis na região estudada devem pertencer à Formação

Motuca. Esta interpretação foi aceita por Dias-Brito e Castro (2005) e Dias-Brito et al.

(2007), que também realizaram estudos estratigráficos na região.

Barbosa e Gomes (1957) relataram que não foram encontradas madeiras

silicificadas em pacotes carbonáticos e enfatizaram que durante cerca de seis anos

de trabalhos estratigráficos no Maranhão somente encontrou Psaronius in situ em

folhelhos do topo da coluna paleozoica. É importante ressaltar que o topo desta

coluna paleozoica se refere à Formação Pedra de Fogo, pois na época deste estudo

a Formação Motuca era interpretada como sendo Triássica.

A presente pesquisa, por fim, assume a posição tomada por Pinto e Sad (1986)

e Dias-Brito et al. (2007), atribuindo os fitofósseis da Floresta Petrificada do

Tocantins Setentrional à porção basal da Formação Motuca.

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Figura 2. Detalhe da coluna estratigráfica da Bacia do Parnaíba com ênfase no

intervalo Pensilvaniano Eotriássico.

Fonte: Adaptado de Góes; Feijó (1994).

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4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1. Material

Para o desenvolvimento desta pesquisa, os trabalhos de campo foram

imprescindíveis, e realizados de forma sistemática com variável duração, visto que

algumas localidades são de difícil acesso. Foram realizadas três expedições de

campo no período de seca entre maio a agosto de 2013. Os fragmentos de lenho

foram coletados de forma aleatória através de procura visual. A coleta foi amostral,

ou seja, não foram coletados todos os fragmentos visíveis nos pontos de coleta,

visto que em cada ponto há grande quantidade de fósseis.

O material coletado corresponde a trezentos e dezessete (317) fragmentos de

lenhos fósseis gimnospérmicos (APÊNDICE A) provenientes de cinco diferentes

fazendas e nove pontos de coleta (TABELA 3, FIGURAS 3 e 4), localizados na área

do Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins e entorno (FIGURA 1).

Cabe ressaltar que neste trabalho os afloramentos são tratados como pontos de

coleta, visto que em toda a área do monumento e entorno, os afloramentos de rocha

que contêm fósseis ocorrem como manchas esporádicas e são muito abundantes

em toda a área do MNAFTO e entorno, bem como contém grandes quantidades de

fósseis.

Todos os lenhos coletados são procedentes do mesmo nível estratigráfico,

correspondendo à Formação Motuca, Permiano Superior (sensu DIAS-BRITO et al.,

2007; KURZAWE et al., 2013 a,b).

Os fragmentos lenhosos coletados foram encontrados soltos, aflorados sob a

rocha exposta no solo, visto que esta é a condição da maior parte da associação

fitofossilífera ocorrente na região estudada, pois são poucas as exposições verticais

de rochas da Formação Motuca. Os lenhos são encontrados sobre a rocha e não há

orientação preferencial, sendo que estão paralelos ao acamamento.

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Tabela 3. Descrição e localização dos pontos de coleta dos 32 espécimes

analisados.

Fonte: Do Autor (2014).

Fazendas Pontos de coleta Coordenadas geográficas

UTM Localização

1

Fazenda Pequizeiro (Entorno) (Fig. 4)

Afloramento Ponto 1

S 07º19’ 10.0”

W 047º40’20.4”

-7.31944444444, -47.6723333333

31 km a leste de Bielândia, TO 222, sentido Bielândia Filadélfia. Entrada para o povoado de Canabrava, lado esquerdo da estrada.

Afloramento Ponto 2

S 07º19’ 08.1”

W 047º40’18.6”

-7.31891666667, -47.6718333333

2

Fazenda Buritirana (MNAFTO) (Fig. 4)

Afloramento Ponto 3

S 07º27’ 42.5” W 047º42’42.7

-7.46180555556, -47.7146388889

19 km a leste de Bielândia, TO 222, sentido Bielândia Filadélfia. Entrada para o povoado de Inhuma, lado direito da estrada.

Afloramento Ponto 4

S 07º27’41.8”

W 047º42’21.6”

-7.46161111111, -47.706

Afloramento ponto 5

S 07º27’45.6” W 047º42’24.2”

-7.46266666667, -47.7067222222

3

Fazenda Curicaca (Fig. 5)

Afloramento ponto 6

S 07º29’40.2”

W 047º50’28.5”

-7.4945, -47.84125

1 km de Bielândia, TO 010, sentido Bielândia Palmerante. Entrada a esquerda da estrada.

4

Fazenda São Benedito (Entorno) (Fig. 5)

Afloramento Ponto 7

S 07º25’28.4”

W 047º37’49.4”

-7.42455555556, -47.6303888889

31 km a leste de Bielândia, TO 222, sentido Bielândia Filadélfia. A sede da fazenda fica à esquerda da TO 222, mas a entrada para os afloramentos fica à direita da estrada.

5

Fazenda Andradina (MNAFTO) (Fig. 5)

Afloramento Ponto 8

S 07º27’57.3”

W 047º50’35.6”

-7.46591666667, -47.8432222222

3 km a leste de Bielândia, TO 222, sentido Bielândia Filadélfia. Entrada lado esquerdo da estrada.

Afloramento Ponto 9 S 07º27’47.9” W 047º50’31.9”

-7.46330555556, -47.8421944444

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Figura 3. Pontos de coleta: A e B) Fazenda Pequizeiro, A) vista geral do afloramento

com os fósseis aparentes em meio a vegetação; B) destaque para parte basal de

uma pteridófita e alguns fragmentos de gimnospermas; (C, D e E) Fazenda

Buritirana, C) detalhe de um lenho de gimnosperma com excelente grau

preservação; D) vista geral do ponto 4, com fragmentos de lenhos aparentes e ao

fundo as mesetas típicas da região; E) lenhos gimnospérmicos fragmentados.

Fonte: Do Autor (2014).

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Figura 4. A) Fazenda Curicaca, pilha de fósseis coletados pela população local para

venda, atividade ilegal que ocorria na região; B) Fazenda São Benedito, vista geral

do ponto de coleta com alta concentração de lenhos fossilizados; C) vista geral do

ponto 8; D) coleta de lenhos gimnospérmicos rolados.

Fonte: Do Autor (2014).

4.2. Procedimentos de laboratório

A partir da coleta, foram desenvolvidas as atividades de curadoria junto ao

material. Estas atividades envolveram basicamente o tombamento e a

informatização do acervo paleontológico. O tombamento da coleção de fósseis

incluiu procedimentos de lastreamento, registro, catalogação e condicionamento dos

mesmos em local apropriado. Posteriormente, estas informações foram transferidas

para o computador, através da utilização de programas específicos de banco de

dados (ex.: Specify). Estas atividades objetivaram o levantamento preliminar do

material, seu tratamento, bem como sua identificação e classificação.

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Para a realização da análise de crescimento lenhoso foram selecionados 32

fragmentos (APÊNDICE A). Esta escolha se deu devido a limitações técnicas para a

confecção de lâminas delgadas e seções planas. Desta forma, foram selecionados

os lenhos com melhor preservação.

4.2.1. Laminação

Foram confeccionadas lâminas petrográficas no Laboratório de Laminação da

UFRJ. A preparação foi efetuada de acordo com técnica específica para laminação

nos três diferentes planos (transversal, longitudinal radial, longitudinal tangencial),

conforme esquema da Figura 5.

As lâminas foram caracterizadas quanto ao tipo de crescimento do lenho. Estas

análises foram efetuadas em microscópio óptico de luz transmitida. As amostras

fazem parte da coleção do Laboratório de Paleobiologia da Universidade Federal do

Tocantins, Campus de Porto Nacional. A técnica utilizada para a confecção de

laminas delgada dos lenhos fósseis utiliza o seguinte protocolo:

a) secar as amostras em estufa (30 a 40 °C) por cerca de uma semana;

b) cortar os lenhos na seção desejada – transversais, radiais e tangenciais –

com máquina com serra diamantada lubrificada com óleo;

c) retirar amostras menores dos fragmentos utilizando máquina com serra

lubrificada com água;

d) lixar as amostras com carbeto de silício (320 – 500) e óxido de alumínio

(1500 – 3000);

e) lixar novamente as amostras com carbeto de silício em uma placa de vidro;

f) lavar as amostras com sabão e água;

g) secar as amostras em estufa (50 por 24 horas);

h) colocar as amostras em lâminas de vidro com araldite CY 248 e

endurecedor HY 95 (6:1);

i) secar as amostras em estufa (50 por 24 horas);

j) serrar o excedente de rocha das amostras em máquina lubrificada com

água, deixando por mais ou menos 1 minuto.

k) lixar as amostras em máquina politriz até a obtenção da espessura

desejada, primeiramente com carbeto de silício 320 em placa de vidro e

posteriormente utilizar o óxido de alumínio 1.500;

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l) limpar as lâminas com xilol e etiquetar.

O grau do polimento foi controlado através da observação em microscópio

ótico, visto que a espessura da lâmina é diferenciada em relação às lâminas

petrográficas de rocha.

Figura 5. Desenho esquemático de lenho gimnospérmico evidenciando os diferentes

cortes possíveis.

Fonte: Raven et. al. (1996).

4.2.2. Seções planas

Visando observar e registrar os padrões de desenvolvimento do lenho, foram

executadas seções planas dos eixos transversais em marmoraria, e posterior análise

do material em lupa.

As seções planas foram confeccionadas em marmoraria, seguindo o seguinte

protocolo:

a) Cortar as amostras em seção transversal;

b) Lixar as amostras em máquina politriz com abrasivo Carbeto de silício

(Csi) em pó diluído em água, seguindo a bateria de granulometria a

seguir: 120; 220; 320; 500; 800; 1200; 2000;

c) Lavar as amostras com água corrente.

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4.2.3. Registro fotográfico

As fotografias do afloramento e dos lenhos foram feitas com máquina Nikon

D3100 18-55mm. O registro fotomicrográfico das lâminas delgadas dos lenhos

fósseis foi realizado com sistema automático de fotografia acoplado a microscópio

ótico de luz transmitida Carl Zeiss - modelo MC80.

4.3. Técnicas de estudo

As análises dendrológicas dos lenhos foram efetuadas a partir das lâminas

delgadas e das seções planas transversais dos lenhos.

As lâminas delgadas foram observadas em microscópico Carl Zeiss-modelo

MC80 utilizando-se ocular graduada e tabela de conversão, com aumentos de 3,5 –

10 e 40 X, sendo a observação efetuada nesse último aumento, com óleo de

imersão.

Nas análises microscópicas das lâminas delgadas foram analisadas as lâminas

transversais e longitudinais dos lenhos. Foram elaboradas 19 lâminas transversais e

20 longitudinais (radiais e tangenciais). Das 19 lâminas transversais elaboradas,

somente três foram possíveis de análises microscópicas, visto que as demais estão

em corte enviesado impossibilitando a observação das características de interesse.

Sendo assim, as análises microscópicas foram realizadas alternativamente nas

lâminas longitudinais. Os caracteres observados e medidos foram o diâmetro dos

traqueideos, espessura das paredes e número de células por incremento de

crescimento, que foram tomados considerando-se os limites entre as bandas claras

e escuras dos lenhos. Devido à preservação diferencial dos tecidos nas diferentes

seções, não foi possível realizar o mesmo número de medições em todos os

caracteres anatômicos de cada espécime.

Os incrementos de crescimento foram medidos diretamente nas seções planas

com a utilização de um paquímetro analógico modelo Starrett 799, (FIGURA 6)

sempre a partir do incremento mais interno (próximo à medula, mesmo quando esta

não está presente) até o mais externo (próximo à casca).

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Figura 6. Demonstração do processo de medição dos incrementos de crescimento.

Fonte: Do Autor (2014).

Devido a preservação incipiente de alguns espécimes, ocorreram dificuldades

nas medições para obtenção dos índices propostos. Para as medições das alturas

dos incrementos de crescimento o ideal seria efetuar as medições seguindo-se o

mesmo raio no lenho. Contudo, devido à preservação diferencial dos tecidos nas

diferentes seções, não foi possível realizar o procedimento de medição da maneira

ideal. As medições seguiram a mesma linha do raio até quando possível de serem

observados os incrementos de crescimento. Quando não foi mais possível seguir a

medição no mesmo raio, optou-se por medir a sequência observável a olho nu mais

próxima do ponto marcado como limite da observação.

Os dados observados, tanto macro como microscopicamente foram coletados

em fichas para cada caractere analisado (macroscópicos - diâmetro maior e menor

dos lenhos, altura dos lenhos, altura dos incrementos; microscópicos - diâmetro do

traqueideo e espessura de parede) e posteriormente agrupados em fichas resumo

(APÊNDICE A).

Para a determinação do padrão climático com base no crescimento do lenho,

foram utilizadas as análises baseadas em Sensibilidade Média e Sensibilidade

Anual. Estes métodos são usualmente utilizados em lenhos com anéis verdadeiros.

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Contudo, parte-se do pressuposto que ambos os métodos verificam a variabilidade

de crescimento arbóreo, comparando ciclos de crescimento e não crescimento (ou

interrupção).

Sensibilidade média: é um método estatístico que verifica a

variabilidade média na altura dos anéis de crescimento em uma série temporal de

anéis, através das medidas das diferenças relativas na altura de um anel em relação

ao próximo. O índice de sensibilidade média foi estabelecido por Douglas (1928),

com variações de Schulmann (1956) e Fürst (1963). As alturas dos anéis de

crescimento em sequência são tratadas como pares consecutivos e a diferença

entre cada par é dividida pela média de altura do par de alturas analisado. Os

valores obtidos podem variar entre 0,0 (quando não há variação) e 2,0 (quando há o

máximo de variação). Um valor arbitrário foi estipulado para classificar as árvores em

complacentes, que crescem em climas favoráveis e uniformes (SM menor que 0,3) e

sensíveis, que crescem em climas oscilantes (SM maior que 0,3).

=𝐼

𝑛−𝐼 ∑ |

2 (𝑥𝑡+1− 𝑥𝑡)

𝑥𝑡+1 + 𝑥𝑡

|𝑡=𝑛−1𝑡=1

Sensibilidade Anual: é calculada em cada exemplar e representada

através de histogramas onde se demonstra a variação de espessura dos diferentes

anéis de crescimento do lenho, permitindo identificar a variabilidade climática ao

longo da sequência dos anéis (BREA, 1998).

O cálculo dos índices de sensibilidade média e sensibilidade anual (sensu

DOUGLAS, 1928) foi realizado com a utilização de planilha do Microsoft Excel.

Sensibilidade média:

Onde, x = altura do anel t = ano do anel n = número de anéis da sequência

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5. RESULTADOS

Visando a organização dos resultados optou-se por separar este tópico em

subtópicos, a saber: 5.1) Pontos de coleta inéditos; 5.2) Descrição

macroscópica; 5.3) Descrição microscópica e 5.4) Descrição dos parâmetros

de sensibilidade média e anual.

5.1. Pontos de coleta inéditos

Com relação aos pontos de coleta, dos nove pontos visitados, quatro não estão

descritos até o momento na literatura especializada, e estão localizados na área de

entorno do monumento. Abaixo os pontos descritos na Tabela 3.

- Fazenda Pequizeiro: pontos 1 e 2 onde se coletaram 41 e 39 fragmentos,

respectivamente.

- Fazenda Curicaca: ponto 6 com a coleta de 30 espécimes

gimnospérmicos.

- Fazenda São Benedito: ponto 7 com a coleta de 39 espécimes

gimnospérmicos.

5.2. Descrição macroscópica

O processo de fossilização é o de permineralização celular (SCHOPF, 1975),

sendo a sílica o componente permineralizante. Neste processo a sílica através de

soluções saturadas em determinados íons, comumente carbonatos ou silicatos,

penetram nos espaços intercelulares e no lúmen da célula após o evento de

deposição do vegetal. Por processos intempéricos e microbiológicos, as células e os

tecidos vão sendo decompostos, mas antes da decomposição completa das paredes

das células, ocorre a precipitação de substâncias a partir dos íons em solução

preservando a estrutura tridimensional do corpo vegetal.

O diâmetro dos lenhos objeto deste estudo apresenta grandes variações entre

os espécimes (1 a 25,5 cm), ficando a mediana entre 7 e 8 cm. A superfície externa

dos espécimes é irregular e rugosa, sendo que muitas vezes apresenta coloração

acinzentada (FIGURA 7 e 10), enquanto que as porções internas são silicificadas,

onde se visualizam os incrementos de crescimento, em alternância de bandas claras

e escuras. A maioria dos exemplares apresenta fraturas, algumas vezes preenchidas

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por quartzo (FIGURA 9C e D).

A grande maioria dos exemplares coletados correspondem a traqueidóxilos

(fragmentos compostos somente de xilema secundário) (FIGURAS 8A, B, C, D e F).

Em 13 espécimes, a medula encontra-se presente, e caracteriza-se por ser

pequena, circular de assimétrica a centralizada (sensu MUSSA, 1982), com diâmetro

médio de 2 cm (3 a 1,53 cm) (FIGURAS 7; 8E; 9C e D). Os detalhes anatômicos das

medulas não foram observados devido à má preservação das mesmas

(recristalização). A região periférica correspondente ao floema secundário e córtex

não se encontra preservada em nenhum dos espécimes.

As características da disposição dos incrementos de crescimento com seção

transversal circular permitem inferir que os espécimes correspondiam a eixos

caulinares (SCHWEINGRUBER, 1996).

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Figura 7. Superfícies transversais dos lenhos, A) PB1041 e B) PB1040

demonstrando a coloração esbranquiçado-avermelhada, superfície interna com

fraturas e medula parcialmente presente.

Fonte: Do Autor (2014).

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Figura 8. Seções transversais: A) PB996 coloração avermelhada-esbranquiçada,

demostrando rachaduras; B) PB1001 limite dos incrementos evidenciados por

bandas claras e escuras; C) PB870 espécime bastante fragmentado, limite dos

incrementos visíveis, com pequenas aberturas elípticas na superfície externa; D)

PB941 limites dos incrementos bem nítidos; E) PB978 medula parcialmente

preservada, apresentando fraturas internas; F) PB947 traqueidóxilo evidenciando a

alternância de bandas de incrementos cíclicos de crescimento.

Fonte: Do Autor (2014).

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Figura 9. Seções transversais: A) e B) PB974. A) incrementos de crescimento

visíveis; B) seção polida evidenciando o padrão dos incrementos; C) PB976 limite

dos incrementos, parte da medula presente; D) PB668 fragmento com medula

presente.

Fonte: Do Autor (2014).

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Figura 10. A) e B) PB925. A) medula presente com rachaduras aparentes e aspecto

achatado pela compressão lateral do processo de fossilização; B) vista lateral

demostrando ausência de arredondamento e casca.

Fonte: Do Autor (2014).

5.3. Descrição microscópica

O diâmetro radial dos traqueideos que compõem as bandas claras, que

correspondem ao lenho inicial variou de 40 a 70 µm (média de 52 µm) com paredes

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que variaram de 2 a 4 µm de espessura. O número de células de um incremento

para o outro não pode ser definido visto que não há delimitação clara de limite

(FIGURA 12). O contorno dos traqueideos não pode ser observado, visto que

alternativamente para as descrições microscópicas utilizaram-se as lâminas

tangenciais. Em alguns espécimes há conteúdo escuro, que pode ser atribuído a

presença de resina (FIGURA 11).

Figura 11. Lâminas delgadas A) PB974 seção radial - raios evidenciados (seta) B)

PB1001 traqueideos evidenciados (seta inferior), conteúdo escuro (seta superior),

que pode ser atribuído à presença de resina.

Fonte: Do Autor (2014).

Nas zonas mais escuras de lenho tardio analisadas microscopicamente,

observou-se uma diminuição do lúmen dos traqueideos (variação de 16 a 28 µm)

sem que, contudo haja espessamento de parede celular. Esta diminuição do lúmen

não é cessada de forma abrupta, característica comum em anéis de crescimento

verdadeiros, ou seja, não há passagem abrupta de lenho tardio para lenho inicial. No

lenho tardio as células paulatinamente demonstram aumento de lúmen, e dessa

forma, não é possível delimitar onde termina o lenho tardio e se inicia o lenho inicial.

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Como não há uma nítida divisão de lenho tardio/lenho inicial, não há delimitação de

verdadeiros anéis de crescimento (FIGURA 12).

Figura 12. Seções transversais A) PB976 e B) PB947 evidenciando o padrão das

zonas de crescimento (setas). C e D) PB 1001 vista geral do xilema secundário em

diferentes escalas demostrando às zonas de crescimentos (setas).

Fonte: Do Autor (2014).

5.4. Descrição dos parâmetros de Sensibilidade Média e Anual

Os incrementos de crescimento podem ser observados macroscopicamente na

seção transversal de todos os espécimes, sendo evidenciados através da repetição

de linhas concêntricas (bandas claras e escuras) (FIGURAS 6, 7, 8 e 12).

Os dados estatísticos foram obtidos de um total de 682 incrementos de

crescimento observados nos 32 espécimes. O número mínimo de incrementos

observado por espécime foi 11 e o máximo foi 37 (TABELA 4). A largura mínima nos

incrementos de crescimento variou de 0.4 a 1.45 mm (média de 0,4 mm) e a largura

máxima variou de 3.05 a 18.80 mm (média de 14.66 mm). A média na altura dos

incrementos variou de 0.558 a 8.436 mm (média de 3.49).

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A sensibilidade anual e média, bem como a variação na altura dos incrementos

de crescimento lenhoso são representadas na forma de gráficos (APÊNDICE B). A

sensibilidade média nos espécimes variou de 0.367 a 1.475 sendo que a média foi

de 0.778. Todos os espécimes mostram valores considerados sensitivos. O valor

mínimo de sensibilidade anual é 0.004 e o máximo é 1.749 (TABELA 4).

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Tabela 4. Resultados das análises de crescimento lenhoso. Números em negrito:

valores maiores e menores.

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6. DISCUSSÃO

Apesar de ter sido criada para proteger o patrimônio fitofossilífero da FPTS e

de ter sofrido significativas mudanças em seus limites originais (DIAS BRITO et al.,

2007; CAPRETZ; ROHN, 2013; TAVARES et al., 2014a), os pontos de coleta inéditos

apresentados neste trabalho demonstram que os afloramentos da FPTS ocorrem

para além da área demarcada atualmente como MNAFTO.

Dessa maneira, é possível que haja, ainda, muitos afloramentos desconhecidos

na região. Como pontua Capretz (2010), na região próxima ao município de Colinas

do Tocantins, a sudoeste do Monumento, há também registros de sítios

fitofossilíferos inéditos, possivelmente relacionados com os fósseis do MNAFTO.

Assim, a função básica do MNAFTO, que consiste na proteção da riqueza

fossilífera da FPTS, pode não estar sendo atendida em sua totalidade. Apesar das

assembleias fossilíferas dos pontos do entorno da área do Monumento serem

semelhante àquela dos pontos já descritos para os seus limites atuais, o seu

mapeamento é de extrema importância para o conhecimento da amplitude do

depósito ali preservado por parte da comunidade científica.

Quando avaliado o processo de fossilização observado nos exemplares

estudados, as inferências paleoambientais propostas para o seu intervalo de

deposição permitem uma clara correlação. Conforme Spicer (1991) e Scott e

Collinson (2003), a permineralização se dá em duas etapas: I) a permineralização

propriamente dita, onde as substâncias precipitadas ocupam os lúmens das células

e as paredes celulares permanecem praticamente intactas e; II) a petrificação,

quando as paredes celulares também podem, ou não, sofrer impregnação por

substâncias inorgânicas. Além disso, em experimentos de laboratório, Drum (1968) e

Leo e Barghoorn (1976), verificaram que a deposição da sílica pode ocorrer

inicialmente, na superfície interna das paredes celulares produzindo réplicas dos

espaços celulares.

Considerando as reconstruções paleoambientais aceitas atualmente, a

paisagem da Bacia do Parnaíba durante o Permiano era composta por um sistema

fluvial com bancos de areia nos canais e nas margens, onde se fixavam os vegetais.

Assim, acredita-se que o processo de permineralização dos lenhos estudados

estava vinculado à sazonalidade climática da área, quando: I) nos períodos úmidos

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se observa a modificação de minerais silicáticos e; II) nas estações secas, as águas

intersticiais se tornavam muito alcalinas, ocorrendo o transporte e a concentração do

ácido silícico e precipitação da sílica nos vegetais (CAPRETZ, 2010).

Apesar de Caldas et al. (1989) terem descrito caules autóctones encontrados

no Piauí que poderiam ter relação com a FPTS, o material estudado não apresentou

orientação preferencial nos afloramentos e, até o momento, não foram registrados

caules em posição de vida (in situ) na área do MNAFTO. Assim, acredita-se que o

material estudado teve origem paractóctone/alóctone, o que, todavia, não impede a

sua utilização para inferências paleoambientais de cunho regional (SPICER, 1981),

abrangendo o Permiano da Bacia do Parnaíba de forma ampla.

A análise das lâminas delgadas demonstrou que o material é constituído por

lenhos homoxílicos. A ausência de uma clara delimitação entre os lenhos tardio e

inicial (FIGURA 11), o que marcaria os anéis de crescimento no lenho, reforça a

existência de zonas de crescimento (sensu SCHWEINGRUBER, 1996). Este tipo de

crescimento lenhoso foi definido como um padrão de crescimento parcialmente

interrompido por Pires et al. (2011), e segundo Schweingruber (1996), são formados

em climas caracterizados por invernos úmidos e relativamente amenos, alternados

com verões quentes de precipitação aperiódica.

Este dado confirma os resultados obtidos por Pires et al. (2011a) para lenhos

gimnospérmicos provenientes do MNAFTO. Os autores estabeleceram que o padrão

de crescimento parcialmente interrompido, com formação de zonas de crescimento

ocorreu em 33 espécimes dos 38 analisados. Além disso, Pires et al. (2011a) citam a

ocorrência de um padrão ininterrupto (1 espécime da amostragem) e de um padrão

de crescimento cíclico, ou seja, com formação de verdadeiros anéis de crescimento

(três espécimes). Para os autores, a ocorrência de tais padrões em reduzida

representatividade nas amostras, poderia estar relacionada ao crescimento das

plantas em nichos específicos presentes na área da FPTS durante o Permiano.

Considerando os lenhos gimnospérmicos descritos para a FPTS, percebe-se

que, mesmo considerando a grande quantidade de fósseis existentes na área,

poucos trabalhos trataram de classifica-los até 2013. Já em 2013 dois trabalhos

descrevem dez taxas (TABELA 5). Nas descrições anteriores a este ano podemos

considerar que a proposta do trabalho em tela, ou seja, a presença de zonas de

crescimento no lenho pode ser considerada uma nova interpretação.

Mussa e Coimbra (1987) descrevem Carolinapytis maranhensis com a

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presença de “anéis de crescimento pouco acentuados”, os quais poderiam

corresponder a zonas de crescimento. Na descrição de Cyclomedulloxylon

parnaibensis pelos mesmos autores, não é definido padrão de crescimento do lenho.

Todavia, é mencionada a presença de “lenho inicial” e “lenho tardio”, o que sugere a

presença de anéis ou então de zonas de crescimento. Também em Cycadoxylon

brasiliense, embora o padrão de crescimento seja considerado contínuo, é

mencionado pelos autores que os incrementos celulares não são contínuos, o que

indica a presença de zonas de crescimento. Pires et al. (2011a) confirmam esta

interpretação do trabalho de Mussa e Coimbra (1987), associando tal padrão de

crescimento a decorrência de estresse hídrico, que ocorre comumente em regiões

áridas do cinturão tropical e subtropical.

Tabela 5. Descrição do crescimento efetuado por diferentes autores em lenhos fósseis gimnospérmicos descritos para o Permiano da Bacia do Parnaíba.

Fonte: Do Autor (2014).

Taxa Autores Descrição de anéis ou zonas de crescimento

1

Amyelon bieloi

Coimbra e Mussa (1984)

2 Carolinapitys maranhensis

Mussa e Coimbra (1987) Presença de “anéis de crescimento pouco acentuados”

3 Cyclomedulloxylon parnaibense

Mussa e Coimbra (1987) Sem descrição; menção a existência de lenho inicial e lenho tardio

4 Cycadoxylon brasiliense

Mussa e Coimbra (1987) Presença de anéis de crescimento com observação de suave ritmicidade não contínua ao longo do contorno do caule”

5 Teresinoxylon euzebioi

Caldas et al. (1989) Anéis de crescimento nítidos e irregulares no contorno do caule

6 Ductoabietoxylon solis Kurzawe et al. (2013a) Ausência de anéis ou zonas de crescimento

7 Scleroabietoxylon chordas Kurzawe et al. (2013a) Presença de anéis de crescimento

8 Parnaiboxylon rohnae Kurzawe et al. (2013a) Parece conter anéis, mas estão quebrados (devido ao intemperismo)

9 Parnaiboxylon sp. Kurzawe et al. (2013a) Presença de anéis de crescimento

10 Damudoxylon buritiranaense

Kurzawe et al. (2013b) Presença de anéis de crescimento com dobramentos

11 Damudoxylon humile Kurzawe et al. (2013b) Ausência de anéis ou zonas de crescimento

12 Damudoxylon roessleri Kurzawe et al. (2013b) Presença de anéis de crescimento com as células do lenho tardio geralmente destruídas

13 Kaokoxylon punctatum Kurzawe et al. (2013b) Ausência de anéis ou zonas de crescimento

14 Taeniopitys tocantinensis Kurzawe et al. (2013b) Presença de anéis de crescimento com grande quantidade de lenho inicial

15 Taeniopitys sp. Kurzawe et al. (2013b) Ausência de anéis ou zonas de crescimento

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Na descrição de Teresinoxylon euzebioi, Caldas et al. (1989) descrevem

incrementos irregulares no contorno do caule, o que pode indicar a presença de

zonas de crescimento. Já nas análises efetuadas por Kurzawe et al. (2013a,b),

quatro lenhos gimnospérmicos (Damudoxylon humile sp. nov., Kaokoxylon

punctatum sp. nov., Taeniopitys sp., Ductoabietoxylon solis gen. et. sp. nov.) são

descritos como não apresentando anéis de crescimento, e seis (Damudoxylon

buritiranaense sp. nov., Damudoxylon roessleri sp. nov, Taeniopitys tocantinenses

sp. nov., Scleroabietoxylon chordas gen. et. sp. nov., Parnaiboxylon rohnae gen. et

sp. nov., Parnaiboxylon sp.) são descritos como contendo anéis. Como os trabalhos

são de ênfase sistemática, a descrição dos incrementos não é detalhada.

No caso dos espécimes analisados no presente estudo, o número mínimo de

zonas de crescimento observadas variou significativamente (de 11 a 37), o que pode

ser atribuído à amostragem heterogênea quanto ao tamanho dos espécimes. A

largura das zonas de crescimento também variou significativamente, de 0,4 a 18,80

mm, sendo que a sua média (14,66 mm) não reflete a situação real da amostragem,

tendo em vista a grande variação no seu diâmetro.

Os dados resultantes de análises de sensibilidade média indicaram condições

variáveis no ambiente. Todos os espécimes mostram valores considerados

sensitivos, sendo que a média para este fator nos espécimes foi de 0,778, o que

indica a ocorrência de eventos climáticos extremos (SCHWEINGRUBER, 2007).

Além disso, os gráficos de sensibilidade anual demonstram a variação cíclica nas

alturas das zonas de crescimento. Esses parâmetros indicam que o clima vigente

durante o desenvolvimento das plantas pode ser caracterizado como sazonal, com

umidade suficiente para o desenvolvimento de uma floresta.

De forma mais ampla, destaca-se que o clima global do Permiano vem sendo

estudado por diversos autores que utilizaram diferentes fontes de dados. Gastaldo et

al. (1996), através de análises estratigráficas de distribuição global, definiram a

ocorrência de um claro ciclo greenhouse/icehouse no Paleozoico Superior. Além

disso, os autores assinalam que um breve intervalo de degelo no final do

Pensilvaniano foi acompanhado por grandes mudanças nas assembleias vegetais,

incluindo extinções e mudanças na distribuição espacial das plantas nos trópicos.

Para Gastaldo et al. (1996), mesmo que as plantas do Paleozoico Superior quanto a

geografia da época sejam completamente diferentes dos padrões atuais, os taxas, a

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distribuição geográfica e a natureza das mudanças dessa vegetação podem servir

como presságios na transição para um mundo em fase greenhouse.

De uma forma generalizada, o Permiano foi um período no qual o globo

terrestre experimentou mudanças climáticas drásticas, acompanhadas de um

gradiente latitudinal climático muito diversificado. Rees et al. (2002) documentaram

os padrões geográficos globais do clima durante o Permiano utilizando análises

paleobotânicas e sedimentológicas. Os autores concluem que o clima durante este

período foi bastante diferenciado, com variáveis de distribuição similares ao clima

interglacial moderno. As mesmas condições já haviam sido sugeridas por estudos

anteriores, como os de Chaloner e Meyen (1973) e Vakhrameev et al. (1978), não

sendo, todavia, claramente embasados em dados amostrais.

Lucas et al. (2006) destacam que, entre o Neocarbonífero e o Eopermiano, os

continentes passaram por significativas mudanças climáticas, com temperaturas que

variavam de quentes nos trópicos a frias nos polos. Estas condições, claramente

vinculadas a um momento de icehouse, são recorrentes em diversos estudos

paleoclimáticos acerca do Permiano em diferentes partes do planeta (PARRISH,

1993; KUTZBACH; ZIEGLER, 1994; FLUTEAU et al., 2001), o que confirma tal

situação para este intervalo de tempo em escala global.

Especificamente para o Eopermiano Gondwânico, observa-se o registro de

intervalos glaciais que ocorreram em sua porção sul, associados a tendências de

aridização, com períodos mais curtos de umidade, ao longo do restante do Período

(LUCAS et al., 2006; ROSCHER; SCHNEIDER, 2006; HMICH et al., 2006;

DIMICHELE et al., 2006). De acordo com Abrantes-Junior e Nogueira (2013), tal

processo culminou com a implantação de um clima quente ao final do Permiano e

início do Triássico, onde puderam ser observadas variações relativas da umidade e

crescente aridez no Pangeia como um todo. Autores como Pelejero et al. (2010),

defendem que este processo, o qual desencadeou uma sequência de eventos que

abalaram o equilíbrio dos paleoambientes em escala global, teria sido o grande

responsável pela extinção em massa registrada para o limite Permo-Triássico.

Destaca-se, ainda, que a distribuição de províncias florísticas permeia a

discussão acerca do clima do Permiano, estando em associada à validade, ou não,

da visão tradicional de (IANUZZI; RÖSSLER, 2000; STEPHENSON et al., 2008), que

estabelece a existência de quatro principais unidades florísticas no Permiano: I)

Flora Gondwânica ou Meridional (Austrália, Antártica, Índia, Sul da África e da

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América do Sul); II) Flora Euro-americana (América do Norte e Europa); III) Flora

Angárica (Rússia e Leste Europeu) e; IV) Flora Cataísica (Ásia Menor). De acordo

com Ricardi-Branco (2008), é possível pensar que, mesmo em havendo uma divisão

em escala macroscópica que obedecesse a estas unidades, é fundamental aceitar a

existência de número maior de províncias, cuja gênese estaria relacionada a

parâmetros paleoecológicos regionais.

A Bacia do Parnaíba, que de acordo com Mussa e Coimbra (1987), inseria-se

no limite meridional da província Euro-americana, em baixas latitudes, pode servir de

exemplo para a inferência de Ricardi-Branco (2008). Quando se observa a

composição florística da FPTS, é possível confirmar a ocorrência de gêneros de

fitofósseis comuns para as floras Gonwânica e Euro-americana, como é o caso dos

elementos encontrados na floresta petrificada de Chemnitz (Bacia de Erzgebirge,

Permiano), no Leste da Alemanha (RÖβLER; GALTIER 2002a, 2002b, 2003;

RÖβLER, 2006).

As interpretações paleoclimáticas para o Permiano da Bacia do Parnaíba, mais

especificamente para a Formação Motuca, são diversas. Além disso, como já citado

anteriormente, devido dúvidas estratigráficas, em muitos casos ocorrem confusões

entre as formações Pedra de Fogo e Motuca (KAUFFMANN, 2014). Além disso, para

o estabelecimento de condições paleoclimáticas regionais, ou seja, para a área do

MNAFTO, esbarra-se em problemas intrínsecos da literatura científica sobre a área

de estudo. Diversos trabalhos (LIMA; LEITE, 1978; PETRI; FULFARO, 1983;

COIMBRA; MUSSA, 1984, 1987; CALDAS et al., 1989; GOÉS; FEIJÓ, 1994;

RÖβLER; GALTIER, 2002a, 2002b, 2003; RÖβLER; NOLL, 2002; SANTOS;

CARVALHO, 2004) enquadraram os Psaronius na Formação Pedra de Fogo, e

assim, quando considerações paleoclimáticas são tecidas, não se pode ter certeza

da formação geológica descrita pelos autores.

Tendo em vista esta problemática e considerando que o foco do presente

estudo é a área do MNAFTO como um todo (independente da Formação – Pedra de

Fogo ou Motuca), optou-se por utilizar como comparativo para as análises

paleoclimáticas e paleoambientais desta área em específico apenas as inferências

anteriores baseadas em lenhos gimnospérmicos. Góes e Feijó (1994) sugeriram um

paleoambiente desértico para a região, com a existência de lagos efêmero e

eventuais influências marinhas. Já Abrantes-Júnior e Nogueira (2013),

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estabeleceram um sistema lacustre raso e de baixa energia, influenciado

esporadicamente por influxos de areias oriundas de rios efêmeros.

Em termos paleoclimáticos, as inferências apontam para um sistema árido a

semiárido. Lima e Leite (1978) consideraram a ocorrência de um sistema árido, com

base na predominância de sedimentos vermelhos, ferruginosos, e pela presença de

evaporitos. Já Pinto e Sad (1986) e Dias-Brito et al. (2007), consideram que o

paleoclima da área do MNAFTO durante o Permiano teria sido semiárido, com

regime de monções.

Todavia, quando se analisa os trabalhos de cunho paleobotânico para o

MNAFTO, verifica-se que as inferências paleoambientais e paleoclimáticas são em

geral, contraditórias àquelas baseadas exclusivamente em dados geológicos. Mussa

e Coimbra (1984) consideraram que a presença de calamitáceas e cordaitáceas no

MNAFTO seria um indicativo para condições úmidas. Posteriormente, Röβler (2006)

ao comparar a floresta de Chemnitz com a FPTS, considerou que ambas as regiões

representaram terras úmidas, sob clima quente úmido com variações sazonais, e

que pontualmente, considerando-se as gimnospermas, variações edáficas nos

ambientes de terras úmidas teriam controlado a distribuição destes elementos

florísticos sub-dominantes.

Apesar desta informação não ser confirmada no presente estudo, Capretz

(2010) estabeleceu que os lenhos fósseis na área do MNAFTO estariam orientados

em direção Oeste-Leste (W-E), com um fluxo principal para Leste (E), com pequenos

desvios locais. Com base nesta característica singular, pode-se lançar mão do

trabalho de Wnuk e Pfefferkorn (1987), que assinalam que o padrão unidirecional de

caules é uma evidência da ocorrência de grandes áreas florestadas com ocorrência

regular de violentas tempestades, com grandes períodos de inundação por meio do

extravasamento de canais fluviais e com sedimentação em inúmeros depósitos

marginais.

Além disso, Tabor e Montañez (2002) e Roscher e Schneider (2006) postulam

um clima sazonal para intervalos do Eopermiano Euro-americano, com estações

bem definidas e forte regime de monções nas áreas próximas ao Equador. Em se

aceitando o que estabeleceram Mussa e Coimbra (1987), tal cenário poderia ser,

também, aceito para a área do MNAFTO.

Os dados de crescimento arbóreo obtidos no presente estudo, além de

confirmar as análises paleobotânicas anteriores já citadas, apontam para a

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possibilidade de o cenário da área do MNAFTO se aproximar do modelo proposto

por Capretz (2010), o qual a define como uma “mancha” de umidade (wet spot) em

terras baixas. Tal contexto poderia suportar todos os elementos descritos para a

área até o momento, com ocorrência de lenhos gimnospérmicos com zonas de

crescimento além de uma flora empobrecida dominada por pteridófitas

arborescentes.

Adicionalmente, o clima de monções proposto por Pinto e Sad (1986) e Dias-

Brito et al. (2007) pode ser caracterizado por marcada sazonalidade com períodos

muito secos intercalados com eventos de chuvas sazonais. Borchert (1999) comenta

que durante a estação ou período seco, este tipo de clima pode apresentar

características típicas de regiões semiáridas.

Considerando o conjunto de variáveis aqui discutidas, principalmente o domínio

de um padrão de crescimento lenhoso do tipo parcialmente interrompido, acredita-se

que, durante o Permiano, a área do MNAFTO estava sujeita a condições

paleoambientais muito próximas àquelas sugeridas por Capretz (2010). Neste

sentido, os incrementos de crescimento observados nos lenhos foram,

possivelmente, originados em períodos de precipitações aperiódicas, intercalados

com períodos de restrição hídrica.

Além disso, os dados aportados através das análises dendrológicas aqui

apresentadas complementam os resultados de análises paleoclimáticas realizadas a

partir de diferentes tipos de dados: palinológicos (DINO et al., 2002); tafonômicos

(CAPRETZ 2010; CAPRETZ et al., 2013); sedimentares (LIMA; LEITE 1978; PINTO;

SAD, 1986; DIAS-BRITO et al., 2007) e paleobotânicos (MUSSA; COIMBRA, 1984;

RÖβLER 2006; PIRES et al., 2011; TAVARES et al., 2014b).

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7. CONCLUSÕES

A integração dos dados obtidos com o desenvolvimento do presente estudo

permitiu estabelecer as seguintes conclusões:

- Quatro novos pontos de coleta, localizados na área de entorno do MNAFTO

se mostraram promissores para o fornecimento de informações paleobotânicas e

paleoambientais acerca da FPTS.

- A presença de zonas de crescimento nos lenhos gimnospérmicos avaliados,

indica a vigência de um padrão de crescimento lenhoso do tipo parcialmente

interrompido;

- Os incrementos de crescimento observados nas amostras estudadas,

provavelmente foram originados em períodos de precipitações aperiódicas,

intercalados com períodos de restrição hídrica, em um paleoambiente de clima

semiárido.

- Os dados dendrológicos obtidos foram congruentes com modelos

paleoclimáticos previamente estabelecidos para o Permiano da área do MNAFTO,

com a vigência de um clima de monções caracterizado por marcada sazonalidade,

com chuvas fortes aperiódicas e períodos marcadamente secos.

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APÊNDICES

APÊNDICE A – Listagem do material coletado, proveniente de afloramentos da

Formação Motuca (Bacia do Parnaíba) registrados na coleção do Laboratório de

Paleobiologia da (UFT) Universidade Federal do Tocantins. (*) espécimes marcados

com asteriscos foram utilizados em análises de crescimento.

N° Afloramentos Amostra Tombo

Diâmetro maior (cm)

Diâmetro menor (cm)

Altura (cm)

1 Afloramento Ponto 1

UFT 946 (*) 14,1 12,6 6

2 UFT 947 (*) 6,2 3,6 5,5

3 UFT 954 (*) 9,7 6,6 8,2

4 UFT 955-1 (*) 9 8,8 8

5 UFT 979-1 (*) 10,3 6 8,7

6 UFT 981-1 (*) 16,7 11,2 16,6

7 UFT 985 (*) 20 12,5 17

8 UFT 984-4 (*) 17,9 11 8,2

9 UFT 945 6 3,2 5

10 UFT 948 5,4 5 4

11 UFT 949 4,5 3,7 2,4

12 UFT 950 8,1 5 5,5

13 UFT 951 8 3,3 5,2

14 UFT 952 6,7 3,6 6

15 UFT 953 7,2 5,5 5,5

16 UFT 956 5,5 3 4,5

17 UFT 957 4,5 2,2 5,5

18 UFT 958 6,1 5,8 8

19 UFT 959 5 - 5,2

20 UFT 960 - 6 8,8

21 UFT 961 8,8 3,6 6,6

22 UFT 962 5 5,7 4

23 UFT 963 7,7 3,8 6

24 UFT 964 10,1 6,4 8,7

25 UFT 965 6,7 4 7

26 UFT 966 5,6 4,2 11,8

27 UFT 967 6 4 14

28 UFT 968 9 4,5 12,3

29 UFT 969 6,6 3,3 8,4

30 UFT 970 10,5 6,6 9,2

31 UFT 971 9,2 6,5 5

32 UFT 972 11,3 8,7 4,5

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33 UFT 973 14,1 11,3 9,7

34 UFT 977 14,3 10 14

35 UFT 980 22 16,8 11,6

36 UFT 982 15,5 14,6 18,3

37 UFT 983 7,3 4,1 6

38 UFT 986 8,6 6 11,3

39 UFT 987 11,6 10 11,2

40 UFT 988 - 11,5 12,5

41 UFT 989 8 4,5 7

42 Afloramento Ponto 2

UFT 996 (*) 11,5 6,5 11,4

43 UFT 1001 (*) 11,5 7 6,1

44 UFT 1013 (*) 5,5 4,2 4,4

45 UFT 990 11 8 7,3

46 UFT 991 - 5 8,5

47 UFT 992 10,2 7 7,5

48 UFT 993 - 4,5 8

49 UFT 994 - 6 7

50 UFT 995 - 10 14,1

51 UFT 996 9,5 4 7,8

52 UFT 997 8 5,8 9,5

53 UFT 998 - 4 6

54 UFT 999 6,5 4,6 5,5

55 UFT 1000 - 3,5 3,6

56 UFT 1002 10,7 10 10,5

57 UFT 1003 8,5 5 9,1

58 UFT 1004 - 6 8

59 UFT 1005 - 7,5 8

60 UFT 1006 - 4 5,2

61 UFT 1007 8 6,5 9,2

62 UFT 1008 11,6 7 10,8

63 UFT 1009 9,2 6,5 4,5

64 UFT 1011 7,6 6,5 9

65 UFT 1012 8,5 7 11

66 UFT 1013 7,9 6.8 6

67 UFT 1014 7,5 3,5 6,5

68 UFT 1015 5,5 4,7 3,2

69 UFT 1016 7 4 13

70 UFT 1017 5 4 9,3

71 UFT 1018 - 7 2,3

72 UFT 1019 11,6 9,9 8,4

73 UFT 1020 5,8 4,8 7,3

74 UFT 1021 7,8 5,1 11,3

75 UFT 1022 11 6,5 9,2

76 UFT 1023 - 6,2 5,5

77 UFT 1024 12 6 19,6

78 UFT 1025 21,5 13,6 8,7

79 UFT 1026 12 10,4 6,6

80 UFT 1027 12 9 6,9

81 Afloramento Ponto 3

UFT 854-10 (*) 16,6 6,5 12

82 UFT 851-9 (*) 14,4 4 7,2

83 UFT 848 (*) 12,5 7 3,1

84 UFT 867 (*) 11,6 8 10,2

85 UFT 880 (*) 16,1 13 18,1

86 UFT 870-3 (*) 18,5 11,7 9,5

87 UFT 882 (*) 19,2 13,2 18,6

88 UFT 883 (*) 8,1 6,5 4,9

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89 UFT 861 (*) 8 6 7

90 UFT 860 (*) 6 4 5,5

91 UFT 855-3 (*) 11 7,5 20,5

92 UFT 836 8,2 4,2 6,2

93 UFT 837 7,7 4 6

94 UFT 838 - 1,5 10,5

95 UFT 839 3,5 2,5 7

96 UFT 840 3 1,6 6,6

97 UFT 841 10 7 4

98 UFT 842 5,1 3 13,9

99 UFT 843 4,1 3,1 11,1

100 UFT 844 14,1 6,2 7

101 UFT 845 5,2 5,1 6

102 UFT 846 7,5 5 10

103 UFT 847 8,9 3,5 9

104 UFT 849 4,4 3,3 12,5

105 UFT 850 4 2,3 10

106 UFT 852 6,1 4,5 7

107 UFT 853 - 2,5 9,4

108 UFT 856 13,5 13 23

109 UFT 857 11,9 8 14,1

110 UFT 858 20 5,9 15,5

111 UFT 859 4,5 1,9 11,5

112 UFT 862 6 5,5 4,2

113 UFT 863 5 3,2 6,2

114 UFT 864 - 2 9,5

115 UFT 865 7 4,5 4,5

116 UFT 866 5,5 3 14

117 UFT 867 7,9 7 9

118 UFT 868 7,8 5,4 6.7

119 UFT 869 22,5 8,5 14

120 UFT 871 15,5 7,7 15

121 UFT 872 3 2,3 6,5

122 UFT 873 7,2 3,5 8

123 UFT 874 5 3 15,5

124 UFT 875 7 3,5 5

125 UFT 876 5,5 3,6 13,5

126 UFT 877 7,5 5,5 14,9

127 UFT 878 16,5 6 6

128 UFT 879 4,2 2 4,5

129 UFT 880 7,6 6 7,5

130 UFT 881 6 3,7 8

131 UFT 883 11,5 7 5,5

132 UFT 884 8 4,5 11,1

133 Afloramento ponto 4

UFT 788 6,3 5 3,1

134 UFT 789 6,8 4,6 4,5

135 UFT 791 7,1 4 3,2

136 UFT 792 7,7 6 7,2

137 UFT 790 6,7 4,3 3,6

138 UFT 793 5,6 2,8 4,2

139 UFT 794 8 3,2 1,8

140 UFT 795 4,6 3,7 3,1

141 UFT 796 6,1 3 5,2

142 UFT 797 5,2 - 8

143 UFT 798 5 3,5 5,2

144 UFT 799 6,5 3,5 8,5

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145 UFT 800 7,3 4 4,1

146 UFT 801 5 - 4,5

147 UFT 802 4 2,2 7

148 UFT 810 - 6,5 7

149 UFT 811 7,4 5,4 11

150 UFT 812 - 3 7

151 UFT 813 3,2 2,6 2

152 UFT 814 7,5 7 8,6

153 UFT 815 7 5,6 9

154 UFT 816 4,2 4 10,6

155 UFT 817 3 1,6 10,5

156 UFT 818 2,5 2 1,5

157 UFT 819 3 2,2 1,2

158 UFT 820 3,1 2,5 2

159 UFT 821 3,3 1,8 2,8

160 UFT 822 4 1,8 2

161 UDT 823 3,5 3,1 6,5

162 UFT 824 8,8 7,9 11

163 UFT 825 6 3,5 7,9

164 UFT 826 6 4,5 4,8

165 UFT 827 8,8 5,5 6,5

166 UFT 828 7 4 8,5

167 UFT 829 2,8 2 7

168 UFT 930 4,3 3,8 6,3

169 UFT 831 7,3 6 18,5

170 UFT 832 - 1,2 2

171 UFT 833 5,5 3,8 5,4

172 UFT 834 3,8 3,5 8,2

173 UFT 835 8,5 5 12,8

174 UFT 1067 2 1,5 5.5

175 UFT 1068 1,7 1 4

176 UFT 1069 4 3,5 7,5

177 Afloramento ponto 5

UFT 803 10 7 18,6

178 UFT 804 6,5 4,5 5

179 UFT 805 5 3,5 9

180 UFT 806 4 2,5 10

181 UFT 807 - 5 9

182 UFT 808 3,3 2,5 5,8

183 UFT 809 9 4 21,4

184 UFT 886 - 6 12

185 UFT 890 4 3,3 1,8

186 UFT 891 2,5 2 5,5

187 UFT 892 5 3,3 11

188 UFT 893 5,1 4 3,8

189 UFT 894 7,3 4 19,1

190 UFT 895 5,5 4 13,5

191 UFT 896 4,2 3,2 9,4

192 UFT 897 8 5,4 5,4

193 UFT 898 6,2 3,3 15

194 UFT 899 8,6 3,5 9,5

195 UFT 900 6 4 12

196 UFT 901 4,5 3,5 8

197 UFT 902 8 6 13

198 Afloramento ponto 6

UFT 1041 (*) 25,5 15,5 33,3

199 UFT 978-1 (*) 18,6 12,4 10,5

200 UFT 1040 (*) 41 27,3 36

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201 UFT 1028 9,5 8,9 6

202 UFT 1029 13 8 11,2

203 UFT 1030 6,5 6,4 4,3

204 UFT 1031 6 3 13,3

205 UFT 1032 10,5 8,6 9,3

206 UFT 1033 5,3 4,3 3,1

207 UFT 1034 8 5,3 8,1

208 UFT 1035 6 4 14

209 UFT 1036 3 2,5 7,8

210 UFT 1037 10 6,8 8,2

211 UFT 1038 4,2 3,1 10,4

212 UFT 1039 5,6 5,5 7

213 UFT 1045 2,3 1,8 4,5

214 UFT 1046 2,5 1,7 4

215 UFT 1047 2,3 2,1 6,6

216 UFT 1048 2,3 2 7

217 UFT 1049 10 9 12

218 UFT 1050 5 4 6

219 UFT 1051 4,4 4 8,2

220 UFT 1052 6 4,2 9,5

221 UFT 1053 6 4 12,5

222 UFT 1054 4,7 3,8 8,2

223 UFT 1055 3 2,5 7,2

224 UFT 1056 2,4 2,6 2,3

225 UFT 1057 9 4 12

226 UFT 1060 3 1,5 3,5

227 UFT 1066 3 2,5 7

228 Afloramento ponto 7

UFT 668 (*) 17 10,5 21

229 UFT 662 7 5,5 4

230 UFT 663 6 4 6,5

231 UFT 664 4,5 2,5 6,5

232 UFT 665 6,5 4,8 8,1

233 UFT 666 4,5 1,4 10,2

234 UFT 667 9,5 5,5 9,2

235 UFT 668 4,1 3,2 7

236 UFT 669 3,8 2,9 5,3

237 UFT 670 3,7 2,9 12,6

238 UFT 671 3,5 1,6 1,8

239 UFT 672 6,4 4,4 5,7

240 UFT 673 3,6 1,2 3,3

241 UFT 674 3 1,8 3,7

242 UFT 675 7,1 4,7 20

243 UFT 676 9 6 2,5

244 UFT 677 4,7 4,2 7

245 UFT 678 6 3,8 8,2

246 UFT 679 4,3 3,3 6

247 UFT 680 5,6 4,4 8

248 UFT 681 6 4,5 8

249 UFT 682 6,4 5,3 9,3

250 UFT 683 5,2 4,8 6

251 UFT 684 7,3 5,4 7

252 UFT 685 - 4 3,5

253 UFT 686 7,4 6 8

254 UFT 687 5 3 5,5

255 UFT 688 9,6 4 4,8

256 UFT 689 8 6 7,5

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257 UFT 690 5 3,3 1,5

258 UFT 691 2,8 1,6 4

259 UFT 692 5 2,6 1,5

260 UFT 693 5,2 3,3 11,5

261 UFT 694 5 4,3 6,1

262 UFT 695 6 5 8,7

263 UFT 696 6,7 5,5 7

264 UFT 697 5,8 3,5 9,3

265 UFT 698 17 12 17,5

266 UFT 699 4,8 3,2 8,3

267 Afloramento ponto 8

UFT 974-1 (*) 8,7 6,1 6,6

268 UFT 975 (*) 11,2 8,7 6,5

269 UFT 976 (*) 13,4 11,8 10,4

270 Afloramento ponto 9

UFT 928-1 (*) 12,7 9 5,2

271 UFT 941 (*) 22 10 21,9

272 UFT 925 (*) 10 6 7

273 UFT 700 9 6,8 8,8

274 UFT 701 9,5 6 8

275 UFT 702 9,2 5,3 17,1

276 UFT 703 4,7 2,3 16

277 UFT 704 8,5 5,3 10,2

278 UFT 705 15 9,3 10,4

279 UFT 706 3,5 2,5 6

280 UFT 707 5,9 4 3,2

281 UFT 906 - 10,5 24

282 UFT 907 10,4 7,2 9,3

283 UFT 908 6,8 4,3 3,7

284 UFT 909 6,1 4,6 6,6

285 UFT 910 11,3 7,7 12,5

286 UFT 911 9,4 6,3 8,2

287 UFT 912 8,5 6,2 8,5

288 UFT 913 10,2 7,2 6

289 UFT 914 6 5,3 4,6

290 UFT 915 7 4 5,2

291 UFT 916 3,4 2,3 3,3

292 UFT 917 4,9 4,6 4,9

293 UFT 918 7,5 6 4,2

294 UFT 919 5,2 2,3 6,2

295 UFT 920 4,6 4 4

296 UFT 921 9,7 7,3 9

297 UFT 922 10 6,8 6,8

298 UFT 923 12,5 7,1 11

299 UFT 924 13 8,1 10,7

300 UFT 926 14,5 11,2 18

301 UFT 927 - 9,5 28

302 UFT 929 5,2 3,6 9,2

303 UFT 930 7,1 6,2 5,4

304 UFT 931 9,5 4,8 10,2

305 UFT 932 11,1 5,2 10

306 UFT 933 11,5 6,4 3,5

307 UFT 934 6,4 3,1 9,7

308 UFT 935 5,5 5,3 6,2

309 UFT 936 6 7 11,1

310 UFT 937 12,5 5,7 9,9

311 UFT 938 6,8 5,1 4,1

312 UFT 939 6,9 5,6 7

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313 UFT 940 9,4 7 11,2

314 UFT 941 8 7,2 5

315 UFT 942 2 1,5 3

316 UFT 943 5,5 4,5 6

317 UFT 944 5,4 2,1 2,8

APÊNDICE B – Gráficos de sensibilidade anual. Gráfico1. Sensibilidade anual, média e altura dos incrementos de crescimento dos

espécimes analisados no afloramento Ponto 1 (espécimes UFT 946, 947, 954, 955-

1, 979-1, 981-1, 984-4 e 985).

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Gráfico 2. Sensibilidade anual, média e altura dos incrementos de crescimento dos

espécimes analisados no afloramento Ponto 2 (espécimes UFT 996, 1001 e 1013).

Gráfico 3. Sensibilidade anual, média e altura dos incrementos de crescimento dos

espécimes analisados no Afloramento Ponto 3, (espécimes UFT 851-9, 854-10, 855-

3 e 860, 861, 867, 880, 870-3, 882, 883 e 848).

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Gráfico 4. Sensibilidade anual, média e altura dos incrementos de crescimento dos

espécimes analisados no Afloramento Ponto 6, (espécimes UFT 978-1, 1040 e

1041).

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Gráfico 5: Sensibilidade anual, média e altura dos incrementos de crescimento dos

espécimes analisados no Afloramento Ponto 7, (espécime UFT 668).

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Gráfico 6. Sensibilidade anual, média e altura dos incrementos de crescimento dos

espécimes analisados no Afloramento Ponto 8, (espécimes UFT 974-1, 975 e 976).

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Gráfico 7. Sensibilidade anual, média e altura dos incrementos de crescimento dos

espécimes analisados no Afloramento Ponto 9, (espécimes UFT 928-1, 941 e 925).

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APÊNDICE C – Imagens de satélite da localização das fazendas e seus respectivos pontos de coleta. Fazenda Pequizeiro- demostrando a localização dos pontos 1 e 2.

Fazenda São Benedito- demostrando a localização do ponto 7.

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Fazenda Andradina- demostrando a localização dos pontos 8 e 9.

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Fazenda Curicaca- demostrando a localização do ponto 6.

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Fazenda Buritirana- demostrando a localização dos pontos 3, 4 e 5.

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