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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO Graduação em Tecnologia em Cafeicultura ANÁLISE SENSORIAL DE CAFÉ DE FRUTOS AMARELOS E VERMELHOS PRODUZIDOS NA REGIÃO DO CERRADO MINEIRO DENISY CLEICY LOPES BONIFÁCIO PATROCÍNIO - MG 2018

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO

PATROCÍNIO

Graduação em Tecnologia em Cafeicultura

ANÁLISE SENSORIAL DE CAFÉ DE FRUTOS AMARELOS E

VERMELHOS PRODUZIDOS NA REGIÃO DO CERRADO MINEIRO

DENISY CLEICY LOPES BONIFÁCIO

PATROCÍNIO - MG

2018

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DENISY CLEICY LOPES BONIFÁCIO

ANÁLISE SENSORIAL DE CAFÉ DE FRUTOS AMARELOS E

VERMELHOS PRODUZIDOS NA REGIÃO DO CERRADO MINEIRO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como

exigência para obtenção do grau de tecnólogo em

Cafeicultura, pelo Centro Universitário do Cerrado

Patrocínio – UNICERP.

Orientador: Prof. Aquiles Junior da Cunha

PATROCÍNIO

2018

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Centro Universitário do Cerrado Patrocínio

Curso Tecnólogo em Cafeicultura

Trabalho de conclusão de curso intitulado “Análise sensorial comparativa entre materiais

genéticos de café de frutos amarelos e vermelhos produzidos na região do Cerrado Mineiro”,

de autoria da graduanda Denisy Cleicy Lopes Bonifácio, aprovado pela banca examinadora

constituída pelos seguintes professores:

______________________________________________

Prof. Dr. Aquiles Junior da Cunha

Instiuição: UNICERP

______________________________________________

Prof. Esp. Caio Marcos Veloso

Instiuição: UNICERP

______________________________________________

Prof. Esp. Marcela Tomaz Afonso Alves

Instiuição: UNICERP

Data da aprovação: 07 de Dezembro de 2018

Patrocínio, 07 de Dezembro de 2018.

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FICHA CATALOGRÁFICA

Lopes, Denisy Cleicy Bonifácio

Analise sensorial de café de frutos amarelos e vermelhos produzido na região do

Cerrado Mineiro.. Patrocínio: Centro Universitário do Cerrado Patrocínio, 2018.

Trabalho de conclusão de curso - Centro Universitário do Cerrado Patrocínio -

Curso de Tecnologia em Cafeicultura.

Orientador: Prof. Dr. Aquiles Júnior da Cunha

1. Goumertização. 2. Material Genético. 3. Análise Sensorial 4. Qualidade de

bebida

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DEDICO este trabalho a Deus, autor do meu destino, meu guia,

socorro presente na hora da angústia.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, ao longo de

minha vida, e não somente nestes anos como universitária, mas que em todos os momentos é

o maior mestre que alguém pode conhecer.

A UNICERP, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela

que hoje vislumbro um horizonte superior, levado pela acendrada confiança no mérito e ética

aqui presente.

A Profa Espec. Sandra das Graças de Moraes e ao Prof. Dr. Aquiles Junior da Cunha

pelo suporte no pouco tempo que lhes coube, pelas suas correções e incentivos.

Agradeço a minha mãe Cláudia Lopes de Oliveira, heroína que me deu apoio, incentivo

nas horas difíceis, de desânimo e cansaço.

A minha avó que chamo de segunda mãe que contribui com toda minha educação e

nunca mediu esforços para me ajudar.

Meus agradecimentos aos amigos Igor Henrique Ramos Lopes e Ótavio Augusto de

Jesus, companheiros de trabalhos e irmãos na amizade que fizeram parte da minha formação e

que vão continuar presentes em minha vida com certeza.

A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito

obrigado.

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Ame-se mais o que se conquista com esforço.

Benjamin Disraeli

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RESUMO

A qualidade do café é um dos assuntos mais abordados atualmente devido a crescente

demanda por produtos de qualidade superior. O mercado de café especial cresce

gradativamente enquanto o mercado de café convencional permanece estagnado. É importante

ressaltar que a complexidade da bebida é determinada principalmente pelo sabor e aroma

formados durante a torração a partir de compostos químicos presentes no grão cru,

considerados precursores da qualidade. Logo, a torra é uma das etapas mais relevantes para

atestar a qualidade da bebida do café. Esta nova perspectiva é resultante da mudança de

hábitos do consumidor de café que cada vez mais se torna aguçada e, com isso, o mercado

para produtos gourmets cresce substancialmente. No Brasil além do café, os vinhos e os

queijos, também passaram por esse processo de “gourmetização”, existem muitos tipos de

café arábica e assim como o vinho, a variedade da planta influencia diretamente nas

características do fruto e consequentemente no sabor da bebida final. Muito do que acontece

no mundo dos consumos de café especial, transcende dos novos hábitos dos apreciadores de

vinhos. São vários fatores que contribuem para a qualidade de bebida, região de cultivo

colheita e manuseio do café, a variedade escolhida para plantio, bem como adubações e tratos

culturais aplicados corretamente. São de grande importância também os materiais genéticos

na qualidade sensorial do café, pois são fatores a serem considerados quando o foco do

produtor é potencializar a qualidade do cafeeiro. Portanto, são inúmeras as fases que o

produtor precisa se atentar para melhorar a qualidade do seu produto. Como base nas

abordagens do tema “qualidade”, é importante fazer uma análise comparativa sensorial de

cafés obtidos de cultivares de frutos vermelhos e amarelos. Pois atualmente o mapeamento da

qualidade entre variedades é um fator relevante para que o produtor intensifique seu foco na

qualidade do cafeeiro.

Palavras-chave: Gourmetização. Qualidade. Variedade.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 9

2 OBJETIVOS ..................................................................................................................................... 10

2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................................. 10

2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................................. 10

ANÁLISE SENSORIAL COMPARATIVA ENTRE MATERIAIS GENÉTICOS DE CAFÉ DE

FRUTOS AMARELOS E VERMELHOS PRODUZIDOS NA REGIÃO DO CERRADO

MINEIRO ............................................................................................................................................ 11

RESUMO ............................................................................................................................................. 11

ABSTRACT ......................................................................................................................................... 12

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 13

2 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................................. 14

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................................... 15

4 CONCLUSÂO .................................................................................................................................. 18

REFERENCIAS .................................................................................................................................. 19

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 20

ANEXOS .............................................................................................................................................. 22

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1 INTRODUÇÃO

A qualidade do café é um dos assuntos mais abordados atualmente devido a crescente

demanda por produtos de qualidade superior. Segundo estatísticas da BSCA (Associação

Brasileira de Cafés Especiais), o mercado de café especial cresce ao ano em média de 12%

enquanto o mercado de café convencional permanece estagnado não somente no mercado

brasileiro, mas em mercados mais pujantes como o mercado americano.

Ao contextualizar o termo “qualidade do café” respalda-se ao conceito: “a qualidade

do café é descrita por meio da avaliação de suas características físicas e sensoriais baseadas na

classificação por peneira, tipo, pelo aspecto visual e análise da bebida” (BRASIL, 2003.apud

RIBEIRO 2016).

Esta nova perspectiva é resultante da mudança de hábitos do consumidor de café que

cada vez mais se torna aguçada e, com isso, o mercado para produtos gourmets cresce

substancialmente. No Brasil além do café, os vinhos e os queijos, também passaram por esse

processo de “gourmetização”., muito do que acontece no mundo dos consumos de café

especial, transcende dos novos hábitos dos apreciadores de vinhos.

No café, vários fatores são responsáveis por contribuir com a qualidade da bebida. De

acordo Pimenta (2003), “conhecer o local de cultivo, escolher espécies e cultivares a serem

cultivadas que melhor se adaptam a esses locais, proporcionando uma maior uniformidade de

maturação, menor incidência de microrganismos antes e após a colheita, bem como adubações

e tratos culturais adequados, representam o inicio do sucesso daqueles que estão ingressando

ou já se encontram na atividade cafeeira.”

Conforme ressalta Borém (2008), “para se compreender quais os fatores que

influenciam na qualidade do café é necessário conhecer desde a anatomia até o

rebeneficiamento do grão”. Portanto, são inúmeras as fases que o produtor precisa se atentar

para melhorar a qualidade do seu produto.

São de grande importância os materiais genéticos na qualidade sensorial do café, pois

são fatores a serem considerados quando o foco do produtor é potencializar a qualidade do

cafeeiro. Para Figueiredo (2013), a qualidade do café esta atrelada ao tipo de variedade.

Estudos já demonstraram que, em geral, cultivares de frutos amarelos possuem maior

potencial para a expressão da qualidade quando comparada as de frutos vermelhos (RIBEIRO

et al., 2016; )

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Na definição oferecida pelo Sindicato das Indústrias de Café (Sindicafé), os cafés

gourmet são os produtos mais raros e exclusivos, excelentes, que possuem somente atributos

de qualidade positivos, características únicas e marcantes e valor agregado muito superior.

São compostos exclusivamente de grãos arábicas (em blends ou não) e, de preferência, com

origem controlada não devem conter defeitos como preto, verde e ardido (PVA)..

Como base nas abordagens do tema “qualidade”, é importante fazer uma análise

comparativa sensorial de cafés obtidos de cultivares de frutos vermelhos e amarelos. Pois

atualmente o mapeamento da qualidade entre variedades é um fator relevante para que o

produtor intensifique seu foco na qualidade do cafeeiro.

Logo, a hipótese chave para o desenvolvimento desta pesquisa parte da incógnita: qual

a melhor variedade de café em relação aos aspectos sensoriais e qual a correlação entre a

bebida das variedades amarelas e vermelhas.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Mensurar por meio de análise sensorial as notas técnicas entre linhagens de cultivares

vermelhos e amarelos colhidos na safra 18/19.

2.2 Objetivos Específicos

Fazer o acompanhamento e mapeamento das variedades Topázio, Catuai amarelo,

Catuai vermelho, IAC 125RN na Fazenda Congonhas;

Medir todos os fatores que possa influenciar na avaliação como a umidade durante o

processo de secagem, a interferência da insolação quando ainda no cafeeiro.

Usar a metodologia SCAA para avaliar tecnicamente a qualidade de bebida das

variedades citadas

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ANÁLISE SENSORIAL COMPARATIVA ENTRE MATERIAIS GENÉTICOS DE

CAFÉ DE FRUTOS AMARELOS E VERMELHOS PRODUZIDOS NA REGIÃO DO

CERRADO MINEIRO

Denisy Cleicy Lopes Bonifácio 1, Aquiles Junior da Cunha 2

Sandra das Graças de Moraes 3.

RESUMO

Os cultivares são relevantes quando a discussão trata-se de qualidade, porem devido ao

desenvolvimento da cafeicultura brasileira, existem atualmente melhoramentos genéticos

como um dos principais contribuintes, graças ao qual, hoje encontram-se disponíveis

cultivares comerciais com um potencial produtivo excelente em inúmeras regiões cafeeiras do

País. Com base nisto tratou-se de levantar hipóteses quanto aos fatores que influenciam a

qualidade de bebida além dos aspectos referente a colheita e pós colheita, buscou-se através

deste experimento, mensurar por meio de análise sensorial as notas técnicas entre linhagens

de cultivares vermelhos e amarelos colhidos na safra 18/19. Para atingir o objetivo geral

tratou-se de fazer o acompanhamento e mapeamento das variedades Topázio, Catuaí amarelo,

Catuaí vermelho, IAC 125RN na Fazenda Congonhas; e utilizou-se da metodologia SCAA

para avaliar tecnicamente a qualidade de bebida das variedades citadas. Para todos os talhões

avaliados foi utilizado o processo de pós-colheita, que é o método de cereja descascado. O

delineamento experimental foi de blocos cazualizados com cinco repetições. Os grãos foram

levados para o terreiro suspenso que fora construído para este experimento. Os lotes

permaneceram no terreiro suspenso por quinze dias e depois seguiram para descansar. Para a

avaliação sensorial utilizou-se os critérios do protocolo da SCAA, sendo os lotes provados por

cinco Qgraders. Os dados avaliados foram submetidos à análise de variância e as médias dos

tratamentos comparados pelo Teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Não percebeu-

se variância significativa na avaliação dos atributos entre os cultivares

Palavras-chave: Bebida; Qualidade; SCAA;

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ABSTRACT

COMPARATIVE SENSORY ANALYSIS BETWEEN GENETIC MATERIALS OF

YELLOW AND RED FRUIT COFFEE PRODUCED IN THE CERRADO MINEIRO

REGION

The cultivars are relevant when the discussion is about quality, but due to the development of

Brazilian coffee, there are currently genetic improvements as one of the main contributors,

thanks to which commercial cultivars with excellent productive potential are now available in

numerous regions coffee trees in the country. Based on this, it was tried to raise hypotheses as

to the factors that influence the quality of coffee beverage beyond the aspects related to the

harvest and post harvest, it was sought through this experiment, to measure by means of

sensorial analysis the technical notes between lineages of red and yellow cultivars harvested

in the 18/19 crop. In order to reach the general objective, the follow-up and mapping of the

varieties Topazio, Yellow Catuaí, Red Catuaí, IAC 125RN at Congonhas Farm; and the

SCAA methodology was used to technically evaluate the beverage quality of the varieties

mentioned. For all evaluated plots the post-harvest process was used, which is the peeled

cherry method. The experimental design was of randomized blocks with five replicates. The

grains were taken to the suspended yard that had been built for this experiment. The lots

remained on the suspended yard for fifteen days and then they went on to rest. For the

sensorial evaluation the criteria of the protocol of the SCAA were used, being the lots proved

by five Qgraders. The analyzed data were submitted to analysis of variance and the means of

the treatments compared by the Tukey test at the level of 5% of significance. There was no

significant variance in the evaluation of the attributes among the cultivars.

Keywords: Coffee beverage; Quality; SCAA.

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1 INTRODUÇÃO

A qualidade do café é um dos assuntos mais abordados atualmente devido a crescente

demanda por produtos de qualidade superior. O que diferencia o “café especial” de um “café

comum” é basicamente a qualidade de sua bebida, que é mais valorizada quanto mais rara e

exótica for a sensação de prazer ou percepção sensorial oferecida ao consumidor.

A complexidade da bebida é determinada principalmente pelo sabor e aroma formados

durante a torração a partir de compostos químicos presentes no grão cru, considerados

precursores da qualidade (ALPIZAR, 2004; apud RIBEIRO, 2016).

O desenvolvimento da cafeicultura brasileira tem o melhoramento genético como um

dos principais contribuintes, graças ao qual, hoje encontram-se disponíveis cultivares

comerciais com um potencial produtivo excelente em inúmeras regiões cafeeiras do País.

(PIMENTA; UFLA;2003). Conforme ressalta Borém (2008), “para se compreender quais os

fatores que influenciam na qualidade do café é necessário conhecer desde a anatomia até o

rebeneficiamento do grão”. Logo, conforme premissas do autor são inúmeras as fases que o

produtor precisa se atentar para melhorar a qualidade do seu produto.

São de grande importância os materiais genéticos na qualidade sensorial do café. Em

todo o mundo são comercializados dois tipos principais de café produzidos por duas espécies

distintas: canéfora (Coffea canephora Pierre) e arábica (Coffea arabica L.), sendo esta a

espécie mais importante da família Rubiaceae, que inclui cerca de 400 gêneros e 500 espécies.

São árvores e arbustos encontrados, principalmente, nas regiões mais baixas da floresta

tropical (DE GRAFF, 1986 apud RIBEIRO 2013).

O processo de maturação do café inicia-se com o aumento da atividade respiratória e

síntese de etileno, acompanhado do metabolismo de açucares e ácidos, degradação da

clorofila e a síntese de pigmentos responsáveis pela mudança de coloração da casca, que passa

de verde à coloração vermelho-cereja ou amarela. (PIMENTA, 2003). Para Figueiredo (2013),

a qualidade do café esta atrelada ao tipo de variedade. Estudos já demonstraram que, em

geral, cultivares de frutos amarelos possuem maior potencial para a expressão da qualidade

quando comparada as de frutos vermelhos (RIBEIRO et al., 2016; ).

O mapeamento da qualidade entre variedades é um fator relevante para que o produtor

intensifique seu foco na qualidade do cafeeiro. Logo, a hipótese chave para o

desenvolvimento desta pesquisa parte da incógnita: qual a melhor variedade de café em

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relação aos aspectos sensoriais e qual a correlação entre a bebida das variedades amarelas e

vermelhas.

Desta forma o objetivo desse trabalho foi mensurar por meio de análise sensorial as

notas técnicas entre cultivares de cafeeiros de frutos amarelos e vermelhos colhidos na safra

18/19.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado na fazenda Congonhas localizada no município de

Patrocínio, com as seguintes coordenadas geográficas latitude 18°48’10”S e longitude

46°57’43”W e altitude média de 900 metros. Possuem solo característico sendo latossolo

vermelho e as áreas experimentais foram implantadas referentes ao catuai vermelho, foi no

ano de 2013, catuai amarelo no ano 2011, IAC 125RN no ano 2014 e topázio no ano de 2013.

Para todos os talhões avaliados foi utilizado o processo de pós-colheita, que é o método de

cereja descascado.

Para realização do experimento, utilizou-se quatro cultivares, sendo duas de frutos

vermelhos (Catuai – IAC 144 e IAC – 125 RN) e duas de frutos amarelos (Catuai – IAC 62 e

Topázio). O delineamento experimental foi de blocos casualizados com cinco repetições

sendo que cada provador foi considerado um bloco. Cada parcela foi composta por uma

amostra de 8,5 gramas de cafés para cada xícara. O período de condução do experimento

ocorreu entre os meses de Janeiro à Outubro do ano de 2018. No mês de Janeiro de 2018 foi

feito a avaliação do enchimento do grão e sanidade dos frutos. No mês de Março de 2018 foi

feito nova coleta em diversas partes talhão avaliado para a avaliação da granação dos grãos e

estágio de maturação.

A coleta seletiva dos grãos cerejas ocorreu no dia 25 de Junho de 2018. A mesma foi

feita nas mesmas árvores que tiveram o acompanhamento anterior.

O impacto com a insolação nos talhões foi anulado, pois os lotes colhidos foram

selecionados, procurando usar somente os grãos que não tiveram sofrido com a exposição

solar.

Os grãos foram levados para o terreiro suspenso que fora construído para este

experimento. No primeiro dia foram espalhados grão a grão e não foi mexido. No segundo dia

de secagem, os grãos foram revolvidos três vezes no dia. No terceiro dia o tamanho das leiras

foram aumentadas para haver homogenização na secagem. Dia a dia os lotes foram revolvidos

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até quatro vezes no dia e refeitos em seguida as leiras. Foram cobertos com lona preta a partir

do quarto dia, para estimular a secagem pois o tempo estava úmido. Os lotes permaneceram

no terreiro suspenso por quinze dias e depois seguiram para descansar. Foram colocados em

sacos plásticos em local fresco e com pouca luz, por quarenta dias.

Após o processo de pós colheitas estes grãos foram descascados em máquina de

amostra e foi feito o rebeneficio manual. Foi feito a classificação física do grão com base na

metodologia COB (Classificação Oficial Brasileira), utilizando somente as favas retidas na

peneira 16/18 e enquadrando a amostra com 9 defeitos. Utilizou-se peneira de grão moka de

furo 11 para reter os mokas. Depois foi feito a catação dos defeitos enquadrando os lotes

conforme mencionado.

Para a avaliação sensorial utilizou-se os critérios do protocolo da SCAA. A torração

foi feita e obedeceu-se o tempo de descanso de oito horas para assim serem provados os cafés.

Utilizou-se do equipamento chamado Agtron entre 55# e 65# para definir o tipo ideal de torra.

A moagem das amostras foi feita em equipamento de marca Malkoning, obedecendo a

granulometria ideal para a prova dos cafés especiais, que se trata de tamanho de partículas que

podem ser retidas em peneira mesh número 20. Utilizou-se a quantidade de 8,5 gramas de

cafés para cada xícara com capacidade de 150 ml de água que foi fervida à 93º C.

Com temperatura de 55ºC, os Qgraders começaram a fazer as avaliações. Cada lote foi

provados por três vezes em temperaturas diferentes, por 5 provadores profissionais. Que

avaliaram a fragrância, doçura, acidez, uniformidade, xícara limpa, sabor, corpo, finalização,

equilíbrio, notal final e nota total.

Por fim, os dados avaliados foram submetidos à análise de variância e as médias dos

tratamentos comparados pelo Teste de Tukey ao nível de 5% de significância, utilizando o

programa SISVAR (FERREIRA, 2014).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os lotes foram provados pelos QGraders e dado os resultados foi feito a consolidação

das notas e mensurados as médias entre cada um dos quatro atributos conforme Tabela 1.

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TABELA 1. Fragrância, uniformidade, xícara limpa e doçura da bebida do café em função de

cultivares de frutos vermelhos e amarelos.

Cultivar Cor do

fruto

Fragrância Uniformidade Xícara

limpa

Doçura

Catuaí IAC-

62

Amarelo 7,20 a 10,00 a 10,00 a 10,00 a

Topázio Amarelo 7,35 a 10,00 a 10,00 a 10,00 a

IAC-125RN Vermelho 7,35 a 10,00 a 10,00 a 10,00 a

Catuaí IAC-

144

Vermelho 7,55 a 10,00 a 10,00 a 10,00 a

DMS 0,39 0,00 0,00 0,00

CV (%) 2,82 0,00 0,00 0,00 *Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Tukey a 0,05 de significância.

Os lotes se apresentam sem variância nos aspectos uniformidade, xícara limpa e

doçura. Houve pequena variância na avaliação sensorial referente à fragrância, porém nada

relevante.

Os provadores descreveram notas sensoriais de chocolate, frutas amarelas doces,

acidez média para as amostras referentes à variedade Catuai IAC-62. Para a variedade

topázio, notou-se presença de nuances aromáticas de chocolate, laranja doce e castanha. O

IAC-125RN demonstrou fragrâncias com notas de chocolate, herbal, folha verde e o Catuai

IAC-144 apresentou notas pronunciadas de chocolate, frutado e acidez média.

A avaliação sensorial dos atributos: Sabor, Corpo, Acidez e aftertaste estão descrita

conforme Tabela 2.

TABELA 2: Sabor, corpo, acidez e finalização da bebida do café em função de cultivares de

frutos vermelhos e amarelos.

Cultivar Cor do

fruto

Sabor Corpo Acidez Finalização

Catuaí IAC-62 Amarelo 7,70 a 7,45 a 7,30 a 7,40 a

Topázio Amarelo 7,58 a 7,65 a 7,60 a 7,60 a

IAC-125RN Vermelho 7,45 a 7,40 a 7,40 a 7,30 a

Catuaí IAC-

144

Vermelho 7,35 a 7,40 a 7,30 a 7,40 a

DMS 4,03 3,49 3,82 0,46

CV (%) 0,56 0,49 0,53 3,32

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*Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Tukey a 0,05 de significância.

Não foi observada variância relevante entre o cruzamento das notas sensoriais. Porém

é importante notar que a variedade topázio apresenta acidez descomparada às demais

variedades. Isso pode ter relação com os cruzamentos desta variedade que são dos cultivares

catuai amarelo e mundo novo.

Os sabores comuns notados nos cultivares Catuai IAC-62, topázio, IAC-125RN e

Catuai IAC-144 foram respectivamente: chocolate, castanha, flor de café, frutas amarelas,

chocolate.

As notas sensoriais de mensuração do equilíbrio, opinião pessoal do provador e nota

total estão demonstradas na Tabela 3.

TABELA 3: Equilíbrio, final e nota total da bebida do café em função de cultivares de frutos

vermelhos e amarelos.

Cultivar Cor do fruto Equilíbrio Final Nota total

Catuaí IAC-62 Amarelo 7,40 a 7,70 a 82,30 a

Topázio Amarelo 7,50 a 7,55 a 82,30 a

IAC-125RN Vermelho 7,40 a 7,30 a 81,60 a

Catuaí IAC-144 Vermelho 7,30 a 7,50 a 81,80 a

DMS 0,23 0,57 2,26

CV (%) 1,66 4,10 1,47 *Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Tukey a 0,05 de significância.

Os atributos equilíbrio e opinião pessoal do provador também não foram discrepantes,

sendo inválidos para uma avaliação. Observou-se que a maioria dos provadores apreciaram

mais as características sensoriais da variedade Catuaí IAC-62.

Logo, os resultados deste trabalho direcionou a conclusão de que não há influência na

análise sensorial entre cultivares de frutos vermelhos e amarelos, pois o teste de variância foi

considerado irrelevante. São vários os fatores que influenciam a qualidade de bebida do café e

o fato humano é um dos principais aspectos. Notou-se que o produtor, dono da Fazenda

Congonhas, onde ocorreu o experimento, utiliza de técnicas favoráveis para a produção de

café especial. Isto explica o porquê de não haver tal variância importante.

Estes resultados vão de acordo com as premissas de Borém (2008), que defende que

são muitos manejos que quando aplicados de forma correta poderá influenciar na bebida do

cafeeiro.

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4 CONCLUSÂO

Em suma, os resultados observados com base nesta pesquisa retratam o quanto é

importante os tratos de pós colheita em cafeeiros produzidos na região. Estes manejos

influenciam diretamente na bebida e nas características sensoriais do grão. Para

complementar, é necessários estar atento aos critérios básicos para a avaliação da bebida do

café, que deve ser feito de acordo com o Protocola da SCAA.

Em todos os atributos sensoriais avaliados no experimento não houve efeito

significativo dos cultivares de frutos vermelhos e amarelos.

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REFERENCIAS

BORÉM, F. M. Pós colheita do café. Lavras: Ed. UFLA, 2008.

FERREIRA, Daniel Furtado. Sisvar: a Guide for its Bootstrap procedures in multiple

comparisons. Ciênc. agrotec. [online]. 2014, vol.38, n.2 [citado 2015-10-17], pp. 109-112 .

Disponible en: ISSN 1413-7054. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-70542014000200001.

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RIBEIRO, D.E. INTERAÇÃO GENÓTIPO E AMBIENTE NA COMPOSIÇÃO

QUIMÍCA E SENSORIAL DE CAFÉS ESPECIAIS EM DIFERENTES FORMAS DE

PROCESSAMENTO: abordagem social 2013. 62 f. Tese (Doutorado em Engenharia

Agrícola) – Universidade Federal de Lavras

RIBEIRO, D.E. DESCRITORES QUIMICOS E SENSORIAIS PARA

DISCRIMINAÇÃO DA QUALIDADE DA BEBIDA DE CAFÉ ARÁBICA DE

DIFERENTES GENÓTIPOS E MÉTODOS DE PROCESSAMENTO: abordagem social

2016. 132 f. Tese (Doutorado em Engenharia Agrícola) – Universidade Federal de Lavras.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Não há variância na avaliação sensorial entre grãos vermelhos e amarelos avaliados no

experimento. São vários fatores que influenciam a qualidade de bebida das variedades de

grãos da espécie arábica. Desde tratos culturais, cuidados para com a sanidade da planta, uma

colheita e pós colheita bem feitos e por fim os critérios para a avaliação sensorial. A

associação dos fatores genéticos, ambientais e do processamento. São os aspectos principais

que o produtor deve se atentar para garantir a qualidade da bebida do café e

consequentemente a valorização monetária do mesmo.

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REFERÊNCIAS

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BRAZIL SPECIALTY COFFEE ASSOCIATION. Mercado de cafés especiais no Brasil

dobra em três anos. Disponível em: <http://bsca.com.br/noticia.php?id=118> 08 maio. 2018.

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comparisons. Ciênc. agrotec. [online]. 2014, vol.38, n.2 [citado 2015-10-17], pp. 109-112 .

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2013. 127 f. Tese (Doutorado em Ciências dos Alimentos) – Universidade Federal de Lavras.

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Agrícola) – Universidade Federal de Lavras.

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DISCRIMINAÇÃO DA QUALIDADE DA BEBIDA DE CAFÉ ARÁBICA DE

DIFERENTES GENÓTIPOS E MÉTODOS DE PROCESSAMENTO: abordagem social

2016. 132 f. Tese (Doutorado em Engenharia Agrícola) – Universidade Federal de Lavras.

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café. Disponível em <http://sindicafe-mg.com.br/tipos-de-cafe> 05 nov 2018.

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ANEXOS

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