centro universitÁrio de joÃo pessoa unipÊ prÓ-reitoria

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA UNIPÊ PRÓ-REITORIA ACADÊMICA PROAC CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA THAYNARA SARMENTO OLIVEIRA DE ALMEIDA GRAVIDEZ ECTÓPICA BILATERAL E TUBERCULOSE PULMONAR PRÉVIA: RELATO DE CASO JOÃO PESSOA 2020

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Page 1: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA UNIPÊ PRÓ-REITORIA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA – UNIPÊ

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA – PROAC

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA

THAYNARA SARMENTO OLIVEIRA DE ALMEIDA

GRAVIDEZ ECTÓPICA BILATERAL E TUBERCULOSE PULMONAR PRÉVIA:

RELATO DE CASO

JOÃO PESSOA

2020

Page 2: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA UNIPÊ PRÓ-REITORIA

1

THAYNARA SARMENTO OLIVEIRA DE ALMEIDA

GRAVIDEZ ECTÓPICA BILATERAL E TUBERCULOSE PULMONAR PRÉVIA:

RELATO DE CASO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Curso de Medicina no Centro Universitário

de João Pessoa, como pré-requisito para

obtenção de título de Bacharel em Medicina.

Orientador(a): Profª. Esp. Etiene de Fátima

Galvão Araújo

JOÃO PESSOA

2020

Page 3: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA UNIPÊ PRÓ-REITORIA

2

THAYNARA

A447g Almeida, Thaynara Sarmento Oliveira de.

Gravidez ectópica bilateral e tuberculose pulmonar prévia:

relato de caso /Thaynara Sarmento Oliveira de Almeida. - João

Pessoa, 2020.

24f

Orientador (a): Prof. Etiene de Fátima Galvão Araújo.

Artigo (Curso de Medicina) – Centro Universitário de João

Pessoa – UNIPÊ.

1.Gravidez ectópica. 2. Tuberculose pulmonar. 3.

Epidemiologia. I. Título.

UNIPÊ / BC CDU – 618.2

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3

SARMENTO OLIVEIRA DE ALMEIDA

GRAVIDEZ ECTÓPICA BILATERAL E TUBERCULOSE PULMONAR PRÉVIA:

RELATO DE CASO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no centro Universitário de João Pessoa, como

pré-requisito para conclusão do curso de medicina

Data de Aprovação: 13/06/2020.

BANCA EXAMINADORA

Profª. Esp. Etiene de Fátima Galvão Araújo (Orientadora)

Centro universitário de João Pessoa – UNIPÊ

Profª. Ms. Krísthea Karyne Gonçalves Pereira

Centro universitário de João Pessoa – UNIPÊ

Prof. Esp. Marcelo Gaudêncio Ponce Leon

Centro universitário de João Pessoa – UNIPÊ

JOÃO PESSOA

2020

Page 5: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA UNIPÊ PRÓ-REITORIA

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À minha mãe, maior motivadora de meu

sucesso, que nunca desistiu de lutar por mim:

minhas vitórias também são suas.

Page 6: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA UNIPÊ PRÓ-REITORIA

5

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado forças e discernimento para realizar

este trabalho e seguir com o sonho desse curso. Sem Ele nada disso seria possível.

A minha mãe, que sempre me apoia e incentiva para que eu procure dar o meu melhor

em tudo que faço com seu amor e apoio incondicional. Sua perseverança e história de

superação são motivos de orgulho e espelho para mim.

As minhas irmãs e ao meu tio, sem eles não seria possível eu estar trilhando esse

sonho hoje. Serei eternamente grata por todo apoio e por aceitarem trilhar esse caminho árduo

comigo.

Ao meu namorado, que além de ser um companheiro incrível compartilha comigo o

mesmo sonho e está sempre disposto me ajudar e apoiar em todos os âmbitos da minha vida.

Tenho certeza que trilhará essa profissão com muito amor, empatia e fé em Deus. Você já é

um médico excepcional.

Aos meus amigos da faculdade que sempre me apoiaram, vocês tornaram esse curso

mais leve e divertido.

A minha orientadora maravilhosa, que se tornou uma mestre e espelho a se seguir na

medicina. Agradeço por todo o carinho que a senhora sempre me tratou e por ter me feito

amar uma área que eu jamais imaginei gostar. Espero um dia poder ser ao menos parecida

com a grande médica que és.

A paciente, que mesmo no sofrimento pode ajudar a que o tema possa ser mais

discutido e que outras mulheres possam ter um tratamento humano e eficaz. Serei eternamente

grata.

Page 7: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA UNIPÊ PRÓ-REITORIA

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RESUMO

A Gravidez Ectópica (GE) ocorre quando o blastocisto se implanta em um local diferente da

cavidade uterina, ocorrendo principalmente nas tubas uterinas. Os casos de Gravidez Ectópica

Bilateral (GEB) possuem uma incidência de 2%, tendo apenas 250 casos relatados na

literatura mundial, e tem como principal fator de risco a fertilização in vitro. Entretanto, novos

estudos indicam uma possível relação com a Tuberculose Pulmonar (TB), e por consequência

com a Tuberculose Genital (TG), o que se enquadra em uma parcela ainda mais rara na

literatura de 13,2% dos casos de GE. Dito isto, o presente relato de caso tem por objetivo

descrever um caso incomum na bibliografia por ser tratar de uma paciente com gravidez

ectópica bilateral e história de acometimento prévio de TB em uma maternidade em João

Pessoa – PB. Se caracteriza como um estudo descritivo, sem grupo controle, de natureza

narrativa e reflexiva a partir de dados secundários do prontuário O referido caso se trata de

uma paciente de 27 anos, G0P0, que deu entrada na urgência da maternidade com fortes dores

abdominais acompanhadas de sangramento vaginal leve e náusea, com aproximadamente 24h

de instalação, e sem a presença dos fatores de riscos mais conhecidos. Ao exame de

Ultrassom Transvaginal (USG TV) apresentava quadro sugestivo de prenhez ectópica rota

unilateral com dilatação da tuba uterina esquerda e sangue na cavidade abdominal, sendo a

paciente encaminhada para a realização de uma laparotomia exploratórias de urgência. Nesta,

foi constatado que na verdade se tratava de uma gravidez ectópica rota bilateral, por ter

também a tuba direita dilatada e rota, e se optou pela salpingectomia bilateral total. O

diagnóstico histopatológico confirmou os achados transoperatórios de gestação tubária

bilateral. A mesma evoluiu com melhora clínica e posterior alta hospitalar. A literatura sobre

a relação da GEB e a tuberculose ainda são escassas. Portanto, a presente afecção é rara e

necessita de mais estudos que fomentem a realização de uma diretriz para guiar da melhor

maneira o diagnóstico e tratamento, assim como uma investigação sobre o desfecho da

tuberculose genital nos casos de GEB.

Palavra-chave: Gravidez ectópica; Tuberculose pulmonar; Epidemiologia.

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ABSTRACT

Ectopic pregnancy (EP) occurs when the blasctocyst inserts itself in a different location in the

uterine cavity, occurring mainly in the fallopian tubes. The bilateral Ectopic Pregnancy (BEP)

cases have an incidence of 2%, with only 250 cases reported in the world literature, and the

main risk factor is fertilization in vitro. However, new studies indicate a possible relation with

Pulmonary Tuberculosis (PT), and consequently with Genital Tuberculosis (GT), which fits

into an even rarer portion in the literature of 13.2% of the cases of EP. This project aims to

report na inconmum case of bilateral ectopic pregnancy in a patient with previous

involvement of pulmonary tuberculosis at a maternity in João Pessoa - PB. A retrospective

longitudinal case study of an exploratory, descriptive and qualitative nature, without controled

group, was carried out by reading the medical records. This case is about a 27-year-old

patient, G0P0, who was admitted to the emergency department with severe abdominal pain

accompanied by mild vaginal bleeding and nausea, with approximately 24 hours of

installation, and without the presence of the most known risk factors. The transvaginal

Ultrasound Examination (USG TV) showed a picture suggestive of unilateral ectopic

pregnancy with dilation of the left uterine tube and blood in the abdominal cavity, and the

patient was referred for urgent exploratory laparotomy. In this, it was found that in fact it was

a bilateral route ectopic pregnancy, as the right tube was dilated and ruptured, and the total

bilateral salpingectomy was performed. Histopathological diagnosis confirmed the

transoperative findings of bilateral tubal pregnancy. The paciente develop clinical

improvement and was discharge at the hospital later. The literature on the relationship

between BEP and tuberculosis is still scarce. Therefore, the present condition is rare and

needs further studies to encourage the realization of a guideline to better guide the diagnosis

and treatment, as well as an investigation into the outcome of genital tuberculosis in cases of

GEB.

Keywords: Ectopic pregnancy; Pulmonary Tuberculosis; Epidemiology.

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APRESENTAÇÃO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso será apresentado sob a forma de Artigo

Científico.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................10

2 OBJETIVOS.........................................................................................................................12

2.1 Objetivo

geral................................................................................................................12

2.2 Objetivos

secundários...................................................................................................12

3 MATÉRIAIS E MÉTODO..................................................................................................13

3.1 Caracterização do

estudo.............................................................................................13

3.2 Local e período do estudo............................................................................................13

3.3 População e amostra do

estudo....................................................................................13

3.4 Critérios de inclusão e critérios de exclusão..............................................................13

3.5 Instrumentos de coleta de dados ................................................................................13

3.6 Procedimentos de coleta de dados .............................................................................13

3.7 Análise de dados...........................................................................................................14

3.9 Aspectos éticos...............................................................................................................14

4 RESULTADOS E

DISCUSSÃO..........................................................................................15

4.1 Relato de

caso................................................................................................................15

4.2 Fatores de risco e tuberculose na gravidez

ectópica..................................................16

4.3 Avaliação clínica e

diagnóstica.....................................................................................17

4.4 Abordagem

terapêutica................................................................................................18

5 CONCLUSÃO......................................................................................................................21

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REFERÊNCIAS......................................................................................................................22

1 INTRODUÇÃO

A palavra Gravidez Ectópica (GE) é derivada do grego “ektopos”, que significa “fora

do lugar”, e é causada quando após a fecundação do óvulo o blastocisto se implanta de forma

equivocada em outras estruturas que não o útero, o que em 98% dos casos ocorre na tuba

uterina (BERNARDES et al., 2018; FERNANDES; LIMA, 2018; HOFFMAN et al., 2016).

Entretanto, essa implantação pode ocorrer em ambas as tubas uterinas gerando a

Gravidez Ectópica Bilateral (GEB). Este é um evento ainda mais incomum que tem uma

prevalência variando de 6 a 16% e incidência de aproximadamente em 2% das gestações,

sendo numericamente estimada em cerca de 1/200.000 das gestações uterinas e de 1/725 a

1/1580 das gestações ectópicas unilaterais (CAVALLI et al., 2004; ZUGAIB; FRANCISCO,

2016).

Por ser um acontecimento raro o primeiro relato publicado foi feito por Bledsoe em

1918, mas estima-se que existem apenas 250 casos relatados na literatura mundial, o que torna

extremamente relevante o presente caso (POSSER et al., 1998).

Sabe-se que a GE tem como causa diversos fatores de risco. Cavalli et al. (2004) relata

a ocorrência principalmente após técnicas de fertilização in vitro e com frequência ainda

maior nos casos de história prévia de salpingite. Entretanto, novas afecções estão sendo

estudadas e avaliadas, dentre elas, recentemente Sharma et al. (2014) demonstrou que

Tuberculose Genital (TG) poderia ser responsável por 13,2% dos casos de gestações ectópicas

analisadas em seu estudo e que seria advinda geralmente do quaro de Tuberculose Pulmonar

(TB).

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Portanto, o presente caso, que já é bastante raro por ser uma GEB, se torna ainda mais

precioso pela história previa de tuberculose, tendo em vista que esta pode vir a ser um fator

causal que ainda apresenta poucas abordagens científicas.

No que tange a fisiopatologia, na literatura existem três possibilidades mais aceitas

para a ocorrência de GEB, sendo elas: múltiplas ovulações simultâneas, gravidez em

sequência ou migração transperitoneal de células trofoblásticas (AMINE; HAYTHEM, 2015).

O que torna difícil o estudo devido ao grande espectro de alterações desencadeadas em cada

possibilidade.

A sintomatologia mais frequente é descrita como dor abdominal, sangramento vaginal

e atraso ou irregularidade menstrual (ZUGAIB; FRANCISCO, 2016). Entretanto, o

diagnóstico e o tratamento não diferem da gravidez ectópica unilateral. A avaliação costuma

ser feita de acordo com a sintomatologia e por meio da Ultrassonografia Transvaginal (USG

TV) e do exame da fração beta da Gonadotrofina Coriônica Humana (β-HCG). Já a conduta

pode ser cirúrgica ou medicamentosa, com uso do Metrotrexato (MTX), de acordo com a

sintomatologia e gravidade do caso (CAVALLI et al., 2004; FILHO; MONTENEGRO,

2014).

Com sensibilidade de 54 a 92%, os achados ultrassonográficos possíveis são:

espessura endometrial menor que a observada em mulheres com gestação tópica

viável, visualização de embrião com atividade cardíaca e situado em saco

gestacional fora da cavidade corporal do útero, imagem anexial paraovariana

semelhante ao saco gestacional (anel tubário), formação anexial sólida ou complexa

(hematossalpinge ou hematoma pélvico), observação de líquido livre na cavidade

peritoneal (BERNARDES et al., 2018, p. 215).

Sabe-se que a evolução da GE geralmente é desfavorável, podendo causar morte e

reabsorção do embrião, abortamento ou rotura tubária (VIEIRA et al., 2008). Portanto, é uma

importante causa de morte materna, principalmente devido ao quadro de sangramento pélvico

(KIM et al., 2018). Tal fato foi melhor evidenciado no estudo de Fernandes et al. (2004)

realizado no Estado de São Paulo entre os anos de 1991-1995: a taxa de mortalidade materna

foi de 43,7 a 49,6 por 100.000 nascidos vivos.

De todo modo, a GE pode ser responsável, também, pela destruição da estrutura dos

órgãos onde ocorre, podendo levar a gravidezes ectópicas posteriores, esterilidade e/ou dor

pélvica crônica, impactando de modo importante na saúde feminina (VIEIRA et al., 2008).

A presente pesquisa, portanto, expõe o caso de uma paciente que possuiu os sintomas

e características diagnósticas condizentes com a GEB e visou contribuir de forma didática

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com a comunidade acadêmica, com o intuito de aumentar o conhecimento sobre uma

patologia rara e elucidar ainda mais a necessidade de um diagnóstico rápido e adequado.

Em associação, foi também abordada um aspecto importante do presente relato que é a

história prévia de tuberculose pulmonar e a sua relação com a tuberculose genital, que é um

assunto ainda pouco abordado pela comunidade cientifica, e que necessita de mais estudos

para permitir que se enquadre como um fator de risco a ser avaliado e prevenido.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Relatar um caso de gravidez ectópica bilateral em uma paciente no município de João

Pessoa -PB no ano de 2018.

2.2 Objetivos secundários

Descrever o quadro clínico da paciente com gravidez ectópica bilateral;

Descrever a investigação diagnóstica da paciente com gravidez ectópica bilateral;

Descrever a escolha terapêutica de uma paciente com gravidez ectópica bilateral.

Relatar a tuberculose pulmonar prévia no contexto da gravidez ectópica;

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3 MÉTODOLOGIA

3.1 Caracterização do estudo

Esta pesquisa se constituiu como um estudo descritivo, de natureza narrativa e

reflexiva a partir de dados secundários do prontuário. Ademais, o presente estudo seguiu

checklist preconizado pela Case Report Guidelines (CARE) para garantir a eficácia,

transparência e utilidade do relato (GARNIER, 2013).

3.2 Local e período do estudo

A pesquisa foi realizada em uma maternidade no município de João Pessoa – Paraíba

(PB) no ano de 2020.

3.3 População e amostra do estudo

A amostra do estudo refere-se a uma paciente do gênero feminino atendida no ano de

2018 no serviço de uma maternidade, com diagnóstico de gravidez ectópica bilateral e

tuberculose pulmonar prévia.

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3.4 Critérios de inclusão e critérios de exclusão

Os critérios de inclusão incluem: atendimento em maternidade de João Pessoa, ser do

ano de 2018, com história de gravidez ectópica bilateral e quadro anterior de tuberculose

pulmonar. Não se aplicam os critérios de exclusão.

3.5 Instrumento de coleta de dados

Os dados utilizados e descritos no presente trabalho foram extraídos do prontuário. A

coleta de dados focou na anamnese, mais especificamente: idade, história clínica e os fatores

de risco, no exame físico, exames laboratoriais e de imagem, conduta terapêutica e resultado

do anatomopatológico.

3.6 Análise de dados

Os dados colhidos do prontuário na maternidade foram compilados, detalhados

minuciosamente pelos pesquisadores e descritos em um relato de caso, levando em conta os

dados médicos pregressos, sintomas atuais, achados relevantes no exame físico e

procedimentos diagnósticos e terapêuticos relevantes.

3.8 Aspectos éticos

A presente pesquisa ocorreu com a autorização do hospital supracitado, a partir da

carta de anuência, e seguindo as normas e diretrizes regulamentadas pela resolução CNS

466/12 com aprovação do Comitê de Ética de Pesquisa (CEP) de CAAE

29849220.7.0000.5176. Não se fez necessário colher o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE) da paciente tendo em vista que os dados utilizados foram retirados

apenas do prontuário.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Relato de caso

Paciente, 27 anos, parda, procedente, natural de João Pessoa – PB e desempregada,

deu entrada na urgência da maternidade com fortes dores abdominais em baixo ventre,

acompanhadas de sangramento vaginal leve e náusea, com aproximadamente 24h de

instalação. Relatou ser G0P0A0 e que a última menstruação havia ocorrido há 6 semanas e 3

dias. Na história pregressa negou realização de cirurgia abdominal ou uso de medicamentos

nos últimos seis meses ao evento atual, incluindo anticoncepcionais. Afirma ter um único

parceiro sexual e nega histórico de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s),

corrimentos vaginais no momento da admissão ou quaisquer sintomas ginecológicos prévios.

Ao exame clínico apresentava-se lúcida, afebril e acianótica, porém, com palidez

mucocutânea, hipotensão (60 x 30 mmHg), dor a palpação superficial e profunda do abdome e

sinais de irritação peritoneal. Ao exame ginecológico constatou-se sangramento vaginal

escuro em pequena monta, amolecimento e perviedade do colo uterino e ausência de aumento

uterino significativo.

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Foram solicitados exames laboratoriais que evidenciaram: hemácias de 2,93

milhões/mm³, hemoglobinas de 9,4 g/dL, hematócrito de 27,1%, leucócitos de 14400 mm³ e

plaquetas de 198000 mm³ e β-HCG qualitativo de resultado positivo, pois o quantitativo não

estava disponível no serviço. A USG TV apresentava dilatação da tuba uterina esquerda e

sangue livre na cavidade abdominal.

Em virtude dos achados ao exame físico, laboratoriais e de imagem foi levantado o

diagnóstico de gravidez ectópica rota unilateral e a paciente foi informada que devido ao

quadro não era recomendado o tratamento medicamentoso. A proposta de tratamento seria a

realização de uma laparotomia exploratória de urgência, por se tratar de um quadro com

instabilidade hemodinâmica devido a dor intensa, hipotensão e palidez mucocutânea. A

mesma foi indagada se tinha intenção de gestar novamente e afirmou que não, por isso

decidiu-se pela intervenção cirúrgica.

Os achados cirúrgicos transoperatórios constituíram: presença de sangue livre e

coágulos na cavidade abdominal, além da tuba uterina esquerda estar amolecida e muito

aumentada de volume, confirmado os achados da USG TV. Adicionalmente, foi realizada a

inspeção da cavidade onde foi evidenciado que a tuba direita se encontrava discretamente

aumentada de volume e também se apresentava rota, o que levou a equipe médica a suspeitar

de uma gravidez ectópica bilateral. Devido a este fato, decidiu-se pela resolução do caso com

a realização de uma salpingectomia bilateral total, sem intercorrências, sendo as peças

encaminhadas para avaliação anatomopatológica.

No pós-operatório (PO) a paciente foi informada da conduta, negou febre,

sangramento, dor e outras queixas. Na avaliação apresentou diurese e flatos presentes, início

da deambulação precoce e liberação da dieta paulatinamente. Já no exame físico o abdome

estava flácido e doloroso apenas na região da ferida operatória, que se apresentava limpa e

seca, sem sinais de infecção. Outros sistemas sem alterações dignas de nota. A paciente

evoluiu com melhora clínica e a alta hospitalar se deu no 3º dia PO em boas condições.

Posteriormente, o resultado do estudo anatomopatológico contatou os seguintes

achados: tuba uterina esquerda medindo 5,5 x 0,8cm de superfície externa pardacenta, lisa e

elástica, previamente seccionada e lacerada, com fimbrias fusionadas e lúmen tubário

dilatado. A tuba direita apresentava-se medindo 3,0 x 2,0cm de superfície externa pardacenta,

bocelada, lisa e elástica, com lúmen preenchido por tecido castanho enegrecido de 2.5 x 2.5

cm e ausência de atipias celulares. O diagnóstico histopatológico, portanto, foi condizente

com a constatação transoperatória de ser uma gestação ectópica tubária bilateral.

Page 18: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA UNIPÊ PRÓ-REITORIA

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Na consulta de rotina, em seguida, realizou-se uma avaliação mais aprofundada dos

possíveis fatores de risco que explicassem a ocorrência do caso e nesse momento a paciente

informou que há cerca de dois anos recebeu diagnóstico de tuberculose pulmonar

efetivamente tratada. A mesma não soube informar se teve tuberculose genital.

4.2 Fatores de risco e tuberculose na gravidez ectópica

A GE é encontrada em cerca de 10-15% das mulheres que chegam ao serviço de

urgência para avaliação durante o primeiro trimestre da gravidez, sendo responsável por cerca

de 10% de todas as mortes relacionadas ao período gestacional (ARAÚJO et al., 2008).

Entretanto, apesar de ser uma afecção rara, é possível que a incidência real GEB seja mais

elevada devido a muitos casos não serem relatados ou diagnosticados (POSSER et al., 1998).

Dentre os fatores de risco relata-se as doenças sexualmente transmissíveis, uso de

antibióticos para o tratamento de doença inflamatória pélvica em vez de salpingectomia e

cirurgias tubária (JENA et al., 2016). Outro relato afirma que a GE geralmente ocorre em

mulheres com múltiplos parceiros sexuais, tabagismo, primeira relação sexual precoce, função

tubária prejudicada e usuárias de duchas vaginais (XU, 2018). Porém, a paciente do presente

relato não apresenta nenhum dos antecedentes acima.

Um estudo de Shama et al. (2014) indica a ocorrência de GE possivelmente devido a

TG, o que acende um alerta para um possível fator de risco que ainda não é muito conhecido.

Fisiopatologicamente a TG seria secundária principalmente a tuberculose pulmonar por

Mycobacterium tuberculosis (raramente Mycobacterium bovis e/ou micobactérias atípicas),

mas pode ser por outros sítios primários (SHARMA et al., 2018).

TB genital se espalha principalmente pelos pulmões ou outros órgãos, com

transmissão sendo geralmente por via hematogênica ou linfática e mais raramento por via

direta de órgãos adjacentes (intestino ou linfonodo). A transmissibilidade ocorre

principalmente pelo sêmen infectado da tuberculose geniturinária ativa no parceiro masculino

(SHARMA et al., 2018).

Em uma das 68 pacientes, com diagnóstico de TG, 11 obtiveram variadas alterações:

dilatação tubária, adesão peritubária, alteração nas fimbrias e ulceração nas mucosas. Mais

especificamente obtiveram 16 casos de salpingite tuberculosa, onde as tubas se apresentavam

com aderências, áreas granulomatosas, edemaciadas, superfície irregular e de acometimento

bilateral, em sua maioria (MONDAL; DUTTA, 2009). Sharma et al. (2019) reitera que em

Page 19: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA UNIPÊ PRÓ-REITORIA

18

mais de 90% dos casos ambas as tubas são acometidas, principalmente, devido a salpingite

tuberculosa.

Existem, também, relatos de casos nos quais mulheres com GE tiveram selados o

diagnóstico de TG devido a presença de granuloma no material colhido após a salpingectomia

ou na própria tuba após terem positivados para bacilos álcool-ácidos-resistentes na

microscopia ou na cultura, Polymerase Chain Reaction (PCR) no tecido endometrial ou

visualização da lesão tuberculínica durante a laparoscopia ou laparotomia (SHARMA et al.,

2014).

Desse modo, no presente caso a paciente apresentou como único possível fator de

risco para alterações tubárias a tuberculose pulmonar. Porém, mesmo não levantada

inicialmente essa hipótese, mesmo não tendo sido visualizado os granulomas no

intraoperatório, se tivesse ocorrido uma investigação por meio de cultura ou microscopia

poderia ter selado esse diagnóstico. Desse modo, como ainda existem poucos relatos e estudos

que garantam que realmente existe essa relação direta com a GE, é importante que mais

investigações acerca do tema sejam encorajadas.

4.2 Avaliação clínica e diagnóstica

A extensa gama de apresentações clínicas na GE aumenta à dificuldade em

diagnostica-la antes de ter complicações, pois dentre os diagnósticos diferenciais estão a

anexite, torção de cisto de ovário, ruptura de folículo ovariano e apendicite (ARAÚJO et al.,

2008; XU, 2018).

Entretanto, sabe-se que as pacientes em idade fértil podem apresentar a tríade clássica

ou os sinais e sintomas isolados que devem induzir a pesquisar a hipótese de gravidez

ectópica, que foi o que aconteceu no presente caso, sendo tais atributos a dor abdominal em

baixo ventre em 95% dos casos, sangramento vaginal discreto 60 a 80% dos casos e atraso ou

irregularidade menstrual (ARAÚJO et al., 2008; DEDE et al., 2008; ZUBAIG; FRANCISCO,

2016).

Dentre os sinais clínico Araújo et al. (2008) relata também que na GE o volume

uterino é menor quando comparado a uma gestação uterina, e tal fato foi visto no caso pois no

toque e palpação da paciente não se encontrou um aumento uterino significativo.

Adicionalmente, na suspeita de GE deve-se realizar o teste do β-HCG. Porém, nem os

sintomas ou a estimativa de β-HCG sérica podem diferenciar de forma confiável GEB de uma

unilateral sem uma avaliação por imagem, e seu valor geralmente é menor que de gestações

tópicas da mesma idade (BERNADES et al., 2018; JENNA et al., 2016).

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19

Desse modo, a USG TV é o exame por imagem que permite a identificação precoce da

GE, seu uso associado ao mapeamento do fluxo a cores e estudo doppler das áreas de

interesse corrobora para que se faça, em muitos casos, o diagnóstico antes de ocorrer a ruptura

tubária (BERNARDES et al., 2018; POSSER et al., 1998). No presente relato foi possível

apenas a realização da USG TV.

Entretanto, Jenna et al. (2016), em seu estudo, afirma que tal ultrassom nem sempre é

completamente fidedigna a realidade, e isso pode ser constatado no presente caso, tendo em

vista que demonstrou alterações apenas na tuba uterina esquerda dando a impressão de que se

tratava de uma gestação ectópica unilateral, mas que na realidade era bilateral.

Portanto, apesar de todos os obstáculos, afirma-se que a tríade diagnóstica é formada

por um exame clínico adequado, β-HCG seriado e USG TV (ALMEIDA et al., 2008).

Entretanto, neste relato a suspeita diagnóstica, devido a clínica e ao exame de imagem, levou

a crer que seria uma GE e motivou a conduta terapêutica inicial. Porém, é importante ressaltar

que o mapeamento não foi completamente correto devido a impossibilidade do serviço de

dispor da avaliação seriada laboratorial do beta e dos exames associados a ultrassom, o que

explica o diagnóstico impreciso.

Os estudos relatam também que o atraso no diagnóstico pode levar a retardar o

tratamento cirúrgico, que geralmente acaba por ocorrer com amputação da tuba ou do anexo,

e também aumenta o período de internação e a ocorrência de complicações como anemia

aguda e necessidade de hemotransfusão, o que torna importante uma avaliação precoce e bem

feita (VIEIRA et al., 2008).

4.3 Abordagem terapêutica

O tratamento pode ser cirúrgico (radical ou conservador) ou clínico (medicamentoso

ou expectante) e sua escolha está sujeita ao estado hemodinâmico da paciente, da

integralidade ou nao da gravidez ectópica, da presença ou ausência de atividade

cardíaca do produto conceptual, do desejo reprodutivo da paciente, do local e do

tamanho da gravidez ectópica e dos níveis de β--hCG (ZUGAIB; FRANCISCO,

2016, p. 928).

Na conduta conservadora o MTX é a alternativa ideal principalmente quando as

pacientes apresentam nível sérico de β-HCG inferior a 5.000 mUI/mL, GE íntegra e estão

hemodinamicamente estáveis (ARRUDA et al., 2008). Porém, outros tratamentos podem ser

utilizados associados a terapia medicamentosa ou até de forma isolada, como a histeroscopia,

laparoscopia, embolização de artérias uterinas e curetagem uterina (COUTINHO et al., 2014).

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Entretanto, qualquer GE com dor significativa, massa anexial de 35 mm ou maior,

batimento cardíaco fetal positivo ou nível sérico de β-HCG superior a 5000 mUI/ml deve ter

uma conduta cirúrgica (FUNAMIZU et al., 2014). Por isso, a Laparotomia, que visa a

ressecção de todo o tecido trofoblástico, é utilizada em pacientes com tratamento

medicamentoso inefetivo ou se suspeita de abdome agudo com sinais de choque, devendo o

material ser levado para avaliação anatomopatológica (ARRUDA et al., 2008).

Neste presente relato, devido aos sinais e sintomas clínicos de dor intensa, hipotensão,

palidez cutânea e imagem condizente a conduta preconizada foi a laparotomia exploratória

visando diminuir as complicações do quadro.

Apesar de se saber quando preconizar a abordagem cirúrgica, ainda há grandes

discussões sobre se a melhor opção seria salpingostomia ou salpingectomia na gravidez

ectópica tubária, mas devido aos achados transoperatórios constatarem, neste caso, que as

duas tubas estavam dilatadas e rotas, e tendo a paciente informado previamente que não

desejava mais gestar, optou-se pela total resolução do caso com a salpingectomia bilateral.

Seguindo a conduta da literatura, o material colhido foi enviado para avaliação

anatomopatológica e o resultado foi condizente com o relato de GEB feito por Posser et al.

(1998), portanto, as tubas uterinas se encontravam aumentadas bilateralmente e externamente

apresentavam-se de cor pardo-escura e com paredes laceradas.

Em relação a morbimortalidade, se sabe que tal afeção ameaça severamente a vida das

pacientes devido a complicações como sangramento intraperitoneal inesperado, choque

hipovolêmico e à falta da intervenção oportuna devido à dificuldade da suspeita diagnóstica

(XU, 2018). Nesse âmbito, Araújo et al. (2008) relata que o abortamento e a ruptura tubária

seriam os responsáveis pelo abdome agudo hemorrágico, que aumentam a morbimortalidade

materna, o que torna importante o manejo correto.

Devido ao fato acima citado, mesmo que se acredite que é uma GE unilateral no

momento da cirurgia deve-se avaliar a pelve, abdome e a tuba contralateral como uma medida

de segurança (XU, 2018). Tal conduta foi realizada no caso e permitiu descobrir que na

verdade se tratava de uma GEB por ter também alterações na tuba direita, demonstrando

como é importante ser realizada a varredura.

Por fim, apesar das informações mencionadas não há nenhuma diretriz ou protocolo de

tratamento disponível para a gerência desta entidade clínica, o que dificulta o manejo médico

adequado (JENNA et al., 2016).

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6 CONCLUSÃO

No presente estudo foi possível relatar um caso extremamente raro, por se tratar de um

acometimento de GEB. O mesmo apresenta ainda uma paciente sem os fatores de risco já

elucidados na literatura, mas que possui uma história de tuberculose pulmonar prévia. Apesar

da dificuldade em confirmar se a mesma foi acometida previamente pela tuberculose genital,

a ausência de outros fatores de risco indica a necessidade da realização de mais estudos sobre

relação entre a GE e a tuberculose.

No que tange a sintomatologia apresentada, essa foi bastante condizente com os

achados na bibliografia e deixa claro que na avaliação da saúde feminina deve-se levantar a

possibilidade de gravidez ectópica nas pacientes com idade fértil, dor abdominal súbita,

sangramento vaginal, β-HCG compatível e USG TV com ou sem alterações.

Nesta conjuntura, o diagnóstico da paciente do caso pode ser realizado por apresentar

aspectos sintomatológicos, de exame físico, de laboratório e de imagem característicos.

Entretanto, devemos levar em conta que os dois últimos não foram suficientes para realizarem

o diagnóstico preciso de GEB, mas apenas de gravidez ectópica tubária a esquerda.

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Portanto, no presente caso a terapêutica foi adequada e o desfecho foi favorável, mas

devido aos estudos sobre a GEB serem muito raros são necessárias mais discussões que

fomentem a realização de uma diretriz para guiar da melhor maneira um diagnóstico mais

preciso e tratamento eficiente nas diversas circunstâncias clínicas.

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