centro - resumo thirzah riether 2013

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THIRZAH RIETHER Início do século XX. 1914, ano da I Guerra Mundial, que matou nove milhões de pessoas. Na cidade de Parnaíba, no Piauí, nasceu uma semente divina, uma mulher cujo destino era servir a Deus. Thirzah Riether cresceu em um lar espírita e cheio de possibilidades de aprendizado, filha de pais cultos e preocupados com a educação, ela aprendeu cedo outras línguas e descobriu o prazer e a realização de ajudar os semelhantes. Estudou em um colégio de freiras no Rio de Janeiro aos 14 anos, firmando cada vez mais sua personalidade forte e suas raízes espíritas. Quando seu pai desencarnou, contava ela com 16 anos e precisou mudar de colégio e de cidade, indo para Recife (PE), para continuar seus estudos num colégio protestante. No entanto, ela nunca negou sua fé espírita, numa época em que o Espiritismo ainda raiava no Brasil. Quando inquirida sobre sua religião, ela dizia com naturalidade e era aceita pelas pessoas, ainda que esperassem que ela ‘se convertesse’. “ A vida me levou a conhecer de tudo e a me firmar dentro da doutrina ”, contava Dona Thirzah. Depois de muito trabalhar pela doutrina, se casar e ter 8 filhos, seguiu as intuições e instruções de seu mentor e saiu de Recife para morar em São Paulo, onde começa a trabalhar na Federação Espírita de São Paulo. Dona Thirzah afirmava não ter escolhido seu

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Page 1: Centro - Resumo Thirzah Riether 2013

THIRZAH RIETHER

Início do século XX. 1914, ano da I Guerra Mundial, que

matou nove milhões de pessoas. Na cidade de Parnaíba, no Piauí, nasceu uma semente

divina, uma mulher cujo destino era servir a Deus. Thirzah Riether cresceu em um lar

espírita e cheio de possibilidades de aprendizado, filha de pais cultos e preocupados

com a educação, ela aprendeu cedo outras línguas e descobriu o prazer e a realização de

ajudar os semelhantes. Estudou em um colégio de freiras no Rio de Janeiro aos 14 anos,

firmando cada vez mais sua personalidade forte e suas raízes espíritas. Quando seu pai

desencarnou, contava ela com 16 anos e precisou mudar de colégio e de cidade, indo

para Recife (PE), para continuar seus estudos num colégio protestante. No entanto, ela

nunca negou sua fé espírita, numa época em que o Espiritismo ainda raiava no Brasil.

Quando inquirida sobre sua religião, ela dizia com naturalidade e era aceita pelas

pessoas, ainda que esperassem que ela ‘se convertesse’. “A vida me levou a conhecer de

tudo e a me firmar dentro da doutrina”, contava Dona Thirzah.

Depois de muito trabalhar pela doutrina, se casar e ter 8 filhos,

seguiu as intuições e instruções de seu mentor e saiu de Recife para morar em São

Paulo, onde começa a trabalhar na Federação Espírita de São Paulo. Dona Thirzah

afirmava não ter escolhido seu caminho: “não fui eu quem escolhi, minhas intuições me

levaram e quando eu via estava na frente das coisas sem saber como e o que fazer”. Em

meio sua humildade e sua extrema dedicação e conhecimento, ela trabalhou muito e foi

guiada pelo Comandante Edgard Armond, que dizia a ela sobre as turmas de

evangelização para coordenar e os trabalhos a serem feitos.

Em setembro de 1980, o Comandante Armond foi intuído a criar a Fraternidade dos

Discípulos de Jesus. Já muito doente e debilitado, em 11 de novembro de 1980, passa a

direção da FDJ para Dona Thirzah a pedido de Dr. Bezerra de Menezes numa reunião

mediúnica. Como ela reunia as condições espirituais necessárias para tanto, assume

imediatamente. Em janeiro de 89 Thirzah Reither se muda para Goiânia, instruída de

sua missão, e em abril deste mesmo ano, nasce o Grupo Fraternal O Nazareno.

Em 23 de setembro de 2004, o perfume e a beleza das flores

da primavera enfeitam o caminho que levam Dona Thirzah Reither de volta para a

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Pátria Espiritual, nos deixando o legado de sua fé, sua humildade, sua perseverança. Ela

tinha a prece como uma atitude mental, o que facilitava muito o trabalho do Plano

Espiritual. Desde pequena, foi ensinada a amar Jesus e a seguir seu Evangelho dando o

testemunho da vivência. Sua fé não deixava com que ela fraquejasse ou temesse

qualquer nova empreitada que o Plano Espiritual lhe orientava a assumir. Não devia ser

muito fácil ser uma mulher espírita, dona de casa e mãe de 08 filhos em meados do

século XX. Pensando apenas na dureza do Regime Militar, já se vê que Dona Thirzah

era um ser enviado do Alto para colaborar na implantação do Evangelho de Jesus no

Brasil, e ela não conta em momento algum que sofreu perseguição ou coisas do gênero.

Sua abnegação e renúncia nos ensinam que devemos sempre colocar à frente de nossos

planos, os planos do Mais Alto, nos entregando ao trabalho, ao estudo e à caridade.

Dona Thirzah é o exemplo da energia sem severidade ou dureza. Fazia suas

intervenções para mudar ou corrigir o que era necessário sem afetar os outros, pois tinha

a disciplina que o amor verdadeiro nos ensina. Thirzah Reither não permitia louvores

nem gostava que a elogiassem. Dizia que não tinha mérito algum no que fazia, pois

apenas obedecia ao que os mentores lhe orientavam. Deixou como lição implícita em

suas ações e em sua vivência a entrega total a Jesus e ao Seu Evangelho, e dizia com

simplicidade e naturalidade:

“Aonde Jesus me quiser, eu vou.”

Talvez ela mesma não percebeu que resumiu nessa frase, nesse lema, o que deve ser a

conduta de todo aquele que se propõe a seguir Jesus e vivenciar Seu Evangelho.

Turma 09

Julho/2013