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CENTRO INTEGRADO DE ESTUDOS E PESQUISAS DO HOMEM – CIEPH
CURSO ESPECIALISTA EM ACUPUNTURA
ANDRESSA MARCOS SCHEMIN
OS BENEFÍCIOS DA ACUPUNTURA NA INSÔNIA EM RELAÇÃO AO
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
CRICIÚMA
2008
ANDRESSA MARCOS SCHEMIN
OS BENEFÍCIOS DA ACUPUNTURA NA INSÔNIA EM RELAÇÃO AO
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para o Curso de Especialista em Acupuntura do Centro Integrado de Estudos e Pesquisas do Homem. Orientadora: Stella Maris Ricardo de Souza
CRICIÚMA
2008
ANDRESSA MARCOS SCHEMIN
OS BENEFÍCIOS DA ACUPUNTURA NA INSÔNIA EM RELAÇÃO AO
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
BANCA EXAMINADORA
_______________________________ Profª Stella Maris Ricardo de Souza
Orientadora
_______________________________ Prof. Marcelo Fabián Oliva
_______________________________ Profª Analyce Claudino dos Santos
Conceito: ______
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3
2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 5
3 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 6
3.1 OBJETIVO ESPECÍFICO ............................................................................. 6
4 METODOLOGIA ............................................................................................. 7
5 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................. 8
5.1 SONO ........................................................................................................... 8
5.1.1 Sono e vigília ............................................................................................. 9
5.1.2 Ciclos ou estágios do sono ........................................................................ 9
5.1.3 Higiene do sono ...................................................................................... 10
5.2 INSÔNIA ..................................................................................................... 10
5.2.1 A insônia sob a visão ocidental ............................................................... 10
5.2.2 Tratamentos medicamentosos para insônia ............................................ 12
5.2.3 Mecanismo de ação dos hipnóticos ........................................................ 13
5.2.4 Efeitos adversos dos hipnóticos .............................................................. 14
5.3 MEDICINA TRADICIONAL CHINESA ........................................................ 16
5.3.1 Teoria Yin-Yang ...................................................................................... 16
5.3.2 Teoria dos cinco elementos ou cinco movimentos .................................. 17
5.3.3 Teoria Zang-Fu (Órgãos e vísceras) ....................................................... 18
5.4 CONCEITO E HISTÓRIA DA ACUPUNTURA ........................................... 19
5.4.1 Mecanismos de ação da Acupuntura ...................................................... 20
5.4.2 Pontos de Acupuntura ............................................................................. 21
5.5 A INSÔNIA SOB A VISÃO ORIENTAL....................................................... 21
5.6 A ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA INSÔNIA ................................. 23
6 CONCLUSÃO ............................................................................................... 26
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 28
3
1 INTRODUÇÃO
Segundo a Sociedade Brasileira de Sono, a insônia é um sintoma que pode
ser definido como dificuldade em iniciar e/ou manter o sono, presença de sono não
reparador, ou seja, insuficiente para manter uma boa qualidade de alerta e bem
estar físico e mental durante o dia. (SOUZA, 2004).
Os distúrbios do sono estão entre os distúrbios clínicos com maior impacto de
saúde e socioeconômico. São considerados tão comuns como a asma e o diabetes,
porém poucos são diagnosticados e tratados adequadamente. Apenas 5% dos
pacientes com insônia relatam este sintoma aos médicos, enquanto 69% nunca
mencionaram sua dificuldade de dormir. (SOUZA, 2004).
Em algum momento da vida, as pessoas são afetadas por dificuldades de
manter um sono de qualidade, queixas como não dormir tempo suficiente ou dormir
demais começam a fazer parte do dia-a-dia das pessoas. (REITE et al, 2004).
A Insônia pode ser observada em todas as fases da vida. Estudos
epidemiológicos sugerem que cerca de 15% da população em geral sofre de insônia
crônica, enquanto 20 a 40% podem apresentar sintomas de insônia de forma
intermitente. (SOARES, 2006).
O sono é um período de descanso fundamental para o corpo e a mente,
considerado também restaurador das funções biológicas. (ASSIS, 2005).
Um aspecto que preocupa cada vez mais profissionais da saúde são os
distúrbios que o sono vem adquirindo e assim, alterando sua qualidade. O sono se
caracteriza como uma atividade noturna e o seu tempo pode variar de pessoa para
pessoa, sendo de maior duração na infância, diminuindo com a idade. A falta de
sono, em quantidade ou qualidade pode ser definida como insônia. (ASSIS, 2005).
A insônia vem sendo explorada em diversos estudos e sob várias
abordagens. Na atual medicina vem se discutindo sobre suas várias etiologias e
implicações que ela pode trazer ao organismo.
Um estudo feito por Soares (2006), relatou que transtornos do sono e insônia
são mais frequentemente observados entre as mulheres do que entre os homens na
vida adulta, devido à intensa variabilidade hormonal sofrida por elas durante a vida.
Inúmeras são as literaturas pertinentes a este assunto permitindo aos
profissionais relacionar e analisar a insônia em diferentes escolas de medicina.
4
A utilização de antidepressivos, principalmente aqueles relacionados ao
metabolismo de serotonina, melhora a qualidade do sono, porém o uso sem critérios
de outras drogas pode provocar efeitos adversos e cumulativos no organismo.
(ASSIS, 2005).
Não obstante dos nossos olhos cresce a procura por tratamentos alternativos,
e dentre eles abordaremos a Acupuntura, grande descoberta da medicina tradicional
chinesa.
Com base na medicina tradicional chinesa, a quantidade e a qualidade do
sono dependem do estado da mente (shen), a qual é enraizada no coração, em
específico no sangue e no yin do coração. Se a pessoa tem sangue abundante e
coração saudável, a mente é devidamente enraizada e o sono será profundo. Se o
coração tiver alguma deficiência ou for agitado por fatores patogênicos como, por
exemplo, o fogo, a mente não terá raízes concretas e o sono será afetado.
(MACCIOCIA, 1996).
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2 JUSTIFICATIVA
A insônia vem a algum tempo sendo um tema de grande interesse pelas
diversas áreas da saúde, principalmente levando em consideração que esta provoca
uma série de conflitos entre a mente e o corpo.
Partindo do principio que a Acupuntura tem sido utilizada com sucesso para o
tratamento da insônia, esta pesquisa visa contribuir com informações para orientar
os leitores da influência que esta terapia pode ter sob os distúrbios do sono e os
benefícios que os pacientes podem obter com a mesma, uma vez que com ela se
descarta os inconvenientes da dependência e dos efeitos colaterais do tratamento
medicamentoso.
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3 OBJETIVO GERAL
Demonstrar aos leitores deste trabalho a aplicabilidade da Acupuntura como
alternativa para o tratamento de pessoas que têm insônia, uma vez mostrados os
inúmeros efeitos colaterais do tratamento medicamentoso, através de uma pesquisa
bibliográfica.
3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Descrever a fisiologia do sono na visão oriental;
Revisar os conceitos de insônia na visão oriental e ocidental;
Relatar os principais tratamentos medicamentosos para a insônia e seus
principais efeitos colaterais;
Descrever o mecanismo de ação da Acupuntura no tratamento da insônia;
Mencionar a eficácia da Acupuntura no tratamento da insônia.
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4 METODOLOGIA
Este estudo caracterizou-se como uma pesquisa bibliográfica. A pesquisa
bibliográfica busca conhecer as variadas formas de contribuição científica que se
realizam sobre um determinado assunto. A coleta de dados ocorreu entre os meses
de abril de 2007 e abril de 2008 e se constituiu por busca de dados relevantes em
publicações científicas, livros, periódicos e sites da internet. A presente pesquisa
não tem o objetivo de descrever pontos de Acupuntura utilizados nesta patologia e
sim esclarecimentos do assunto. Reunidas todas as referências bibliográficas foi
realizada a execução da pesquisa com o material levantado.
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5 REFERENCIAL TEÓRICO
5.1 SONO
Já é tradicional a afirmação de que passamos dois terços da nossa vida
dormindo, mas o que ninguém sabe exatamente são quantas pessoas estão fora
desses parâmetros. Calcula-se que aproximadamente 14% das pessoas apresentam
algum transtorno do sono. (BALLONE, 2004).
Livros médicos definem o sono como “um estado de inconsciência do qual a
pessoa pode ser despertada por estímulos sensoriais ou por outros estímulos”.
(NIEMAN, 1999).
Segundo Ernest (2000), é bastante difícil definir o que é o sono. Partindo do
ponto de vista científico, dormir é um estado de consciência reduzida com perda da
capacidade de reação ao ambiente, perda parcial da função mental e perda total de
memória imediata.
Por muito tempo o sono teve apenas a concepção de um tempo perdido que
servia apenas de descanso. Essa concepção começou a ser desmontada no século
XX, mas somente com os avanços nos estudos da genética, da biologia molecular e
da neuroquímica nos últimos dez anos, que a sua fisiologia e o seu importante papel
na saúde das pessoas foi despertado.
Desde os bebês até os idosos podem sofrer com a má qualidade do sono. O
padrão do sono dos idosos é diferente do dos jovens e adultos, pois com a idade, o
tempo de sono costuma ser menor, o despertar acontece mais cedo e os cochilos
durante o dia se tornam mais comuns. Uma pesquisa da Sociedade Internacional de
Geriatria mostrou que 50% idosos no mundo sofrem algum distúrbio de sono, dentre
eles os mais comuns se destacaram a insônia e a apnéia. (BALLONE, 2004).
Com relação a sua fisiologia destacamos que ele produz efeitos fisiológicos
sobre o sistema nervoso e sobre outros sistemas funcionais do corpo. Um tempo de
vigília muito prolongado pode leva r a alterações e mau funcionamento das
atividades mentais. (GUYTON, 2002).
A Classificação Internacional dos distúrbios do sono relata que existem por
volta de 84 tipos de distúrbios, prevalecendo entre elas à insônia. (REIMÃO, 1999).
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Segundo Ernest (2000), apenas 20 por cento de pessoas que vivem em
países industrializados não têm problemas com a qualidade do sono. Uma média de
25 a 35 por cento sofre de problemas graves relacionados ao sono. O restante das
pessoas tem pequenos e constantes problemas de sono.
De acordo com o Better Sleep Council, organização sem fins lucrativos criada
em 1978 e reconhecida como uma das melhores educadoras sobre o sono dos
Estados Unidos e do Canadá, os problemas de sono tornaram-se uma epidemia
moderna. Ao tentar desesperadamente adequar-se às intensas atividades diárias,
muitas pessoas utilizam as horas de seu sono para dar conta destas atividades.
(NIEMAN, 1999).
5.1.1 Sono e vigília
Considerado como importante na função cerebral é o ciclo sono e vigília, onde
mesmo no escuro ou na iluminação este ciclo é conservado por 24 horas. Estudos
fisiológicos mostram que enquanto estamos acordados impulsos passam
continuamente pelo sistema nervoso, enquanto durante as fases do sono, um
número bem menor de impulsos é registrado. Sendo assim o estado de vigília
parece ser causado por grau elevado de atividade cerebral, enquanto o de sono é
causado por grau diminuído. (GUYTON, 2002).
5.1.2 Ciclos ou estágios do sono
Segundo pesquisadores podem ser definidas duas fases de sono distintas.
Sendo uma delas caracterizada por movimentos rápidos dos olhos, chamada de
sono REM (rapid eye movements), e uma outra onde não existem os movimentos
rápidos dos olhos e que se denomina sono NREM. Uma noite de sono normal
consiste em quatro a cinco ciclos alternados de sono REM e NREM, onde cada ciclo
dura de 90 a 120 minutos. (ERNEST, 2000).
No sono NREM, a atividade cerebral, a freqüência cardíaca, a respiração, a
pressão arterial e o metabolismo diminuem e a temperatura cardíaca cai à medida
que um estado de repouso completo e profundo é atingido. O sono começa com o
NREM, durante o qual as ondas cerebrais se estendem por quatro estágios
diferentes, onde o estágio 1 é caracterizado por sono mais leve, diminuição da
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atividade cerebral e dos sinais vitais e pensamentos parecidos com um sonho, o
estágio 2 é caracterizado por um sono discretamente mais profundo e sinais vitais
mais lentos, já nos estágios 3 e 4 (sono de onda lenta) são caracterizados por sono
profundo, sinais vitais diminuídos e atividade cerebral lenta, de baixa freqüência e de
alta amplitude conhecida como ondas delta. (NIEMAN, 1999).
Depois de cerca de 90 minutos de sono NREM, normalmente começa o sono
REM, cada episódio de sono REM dura cerca de meia hora. (ERNEST, 2000).
O sono REM evidencia movimento rápido dos olhos sob as pálpebras
fechadas e ocorrem sonhos vívidos que frequentemente são lembrados. A
respiração equilibrada aqui é substituída por pausas irregulares e o ritmo cardíaco
acelera ou diminui. O cérebro é altamente ativo durante o sono REM e todo o
metabolismo cerebral aumenta acima do nível experimentado quando acordado.
(NIEMAN, 1999).
Nesta fase do sono é que acontece a ocorrência dos sonhos, além de ser
uma fase de grande importância para o armazenamento de dados de memória e
aprendizagem, criatividade e equilíbrio emocional. (SOARES, 2006).
5.1.3 Higiene do sono
Os fatores que contribuem para uma boa higiene do sono podem ser muito
importantes para uma melhora na qualidade do sono, entre eles podemos destacar a
necessidade de manter certa regularidade no horário de dormir e de acordar; evitar
longos períodos acordado na cama; evitar o uso de álcool sendo este considerado
um mau hipnótico, evitar o uso de estimulantes como o café; fazer exercícios físicos
não muito próximos ao horário de dormir. (REIMÃO, 1999).
5.2 INSÔNIA
5.2.1 A insônia sob a visão ocidental
A insônia é definida pelo National Institutes of Health como a percepção ou a
queixa de um sono inadequado ou de má qualidade. (NIEMAN, 1995).
Segundo Ernest (2000), a insônia é definida como falta de sono, em qualidade
ou quantidade. A definição de insônia tem variado ao longo do tempo. Entretanto,
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algumas noções têm-se tornado consensuais para a definição de insônia. Entre elas
a grande variabilidade do tempo de sono necessário e suficiente para cada indivíduo
sentir-se bem e ter um bom desempenho no dia seguinte; a percepção pelo paciente
de sono insuficiente; as conseqüências diurnas da insônia; a perturbação dos
padrões polissonográficos normais do sono.
A insônia pode ser classificada em função da operacionalidade clínica, em
relação à sua duração: 1. Insônia transitória (algumas noites); 2. Insônia de curta
duração (duração inferior a três semanas); 3. Insônia crônica (mais de três semanas
de duração). As insônias transitórias e de curta duração estão associadas a
circunstâncias adversas de vida e ao estresse. A insônia crônica está associada
mais comumente aos transtornos psiquiátricos, entre eles, os transtornos de
ansiedade. (REIMÃO, 1999).
Ernest (2000) segue outros parâmetros e apresenta a insônia em quatro
categorias básicas: insônia sem causa aparente, que é a insônia primária e é
considerada a mais freqüente; insônia causada por doenças físicas, onde a dor seria
a causa do problema; insônia devido à doença mental, principalmente a depressão e
a insônia devida a fatores externos como ruídos no ambiente, temperaturas muito
elevadas no ambiente de dormir ou cama desconfortável.
A insônia é comumente observada em todas as fases da vida. Estudos
epidemiológicos sugerem que cerca de 15% da população em geral sofre de insônia
crônica, enquanto 20 a 40% podem apresentar sintomas de insônia de forma
intermitente. Entre os adultos, as mulheres apresentam risco significativamente
maior para quadros de insônia, cerca de 30 a 80% mais freqüente entre as mulheres
do que entre os homens. (SOARES, 2006).
Em relação aos dados estatísticos, podemos dizer que todos os grupos
etários, raciais e socioeconômicos apresentam insônia, mas quem mais refere o
problema são as mulheres, pessoas de mais idade e que vivem sós. (BALLONE,
2004).
A perda do sono pode afetar todo o corpo além do sistema nervoso, afeta
diretamente as funções intrínsecas dos diferentes órgãos. Além disso, muitas vezes
pode causar distúrbios autonômicos graves e esses que indiretamente causam
perturbações gastrointestinais, perda de apetite e outros efeitos deletérios.
(GUYTON, 2002).
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5.2.2 Tratamentos medicamentosos para insônia
O tratamento medicamentoso é geralmente o primeiro recurso indicado pelos
médicos, pois na medicina ocidental esta indicação é bastante comum.
O tratamento medicamentoso para a insônia deve ser temporário, até que se
corrijam as causas que a originaram. A duração do tratamento deve ser definida em
função da indicação. Trata-se em média de 2 a 3 semanas em caso de insônia
transitória e o tratamento da insônia crônica será estipulado somente após consulta
com um especialista. Atualmente, o uso de hipnóticos se tornou a solução mais
prática, principalmente no tratamento das insônias transitórias. Antes de recomendar
um tratamento medicamentoso para a insônia, é expressamente necessário verificar
se existe alguma condição responsável pela insônia e que mereça um tratamento
anterior e com mais prioridade. (BALLONE, 2004).
O tratamento medicamentoso para o tratamento da insônia engloba
basicamente três grupos de medicamentos, entre eles, os benzodiazepínicos, anti-
histamínicos e antidepressivos. Os anti-histamínicos são usados por profissionais
que desejam evitar o uso de benzodiazepínicos, esta prática não é recomendada em
vista dos efeitos colaterais, bem como a grande probabilidade do efeito paradoxal e
agitação do paciente. Os antidepressivos do tipo tricíclicos podem ter um bom efeito
hipnótico quando a causa da insônia tiver como origem a depressão. Os
benzodiazepínicos são considerados os hipnóticos mais receitados. (BALLONE,
2004).
Em 1995 foi lançado o primeiro benzodiazepínico (BZD), e desde lá se tem
prescrito comumente como ansiolíticos, hipnóticos, relaxantes musculares e
antiepiléticos. Cerca de 2% a 10% dos pacientes com insônia fazem uso crônico de
hipnóticos com uma média de uso de 5 anos. (AZEVEDO, 2004).
Segundo boletim Cebrid em 2001 foram consumidos 26,74 bilhões de doses
diárias e 6,96 bilhões de doses como hipnóticos. Um número assustador se
considerarmos que a população mundial em 2001 era de 6.135 bilhões de pessoas.
Os benzodiazepínicos possuem uma atividade hipnótica capaz de controlar a
insônia. Os efeitos colaterais dessas substâncias existem, e dessa forma devem ser
utilizadas na dose mínima eficaz. (REIMÃO, 1999).
A escolha do hipnótico deve levar em conta algumas considerações, como
idade, sexo, etiologia da insônia e tipo clínico da insônia do paciente, tempo de
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duração do quadro clínico, história de tratamentos prévios, presença de sintomas de
ansiedade e história de dependência e abuso de drogas ou medicações. O uso
crônico de medicamentos hipnóticos para o tratamento da insônia ainda é
controverso, devido ao fato de que não há muitos estudos de longo prazo
comprovando a sua eficiência perante seu potencial de tolerância. Como uma forma
alternativa para o uso contínuo e prolongado destes medicamentos pode-se fazer
uso de forma alternada de 4 a 5 noites por semana, minimizando os riscos de
tolerância e dependência. (AZEVEDO, 2004).
5.2.3 Mecanismo de ação dos hipnóticos
Os benzodiazepínicos são comumente usados no tratamento do paciente com
quadro de insônia, por suas propriedades agonistas de receptores GABA-A,
aumentando o seu potencial inibitório. Tem uma grande eficácia no tratamento a
curto prazo, como a redução do tempo de latência para o sono e manutenção do
mesmo, mas costumam apresentar efeitos residuais cognitivos e psicomotores no
dia seguinte e nos casos de abuso da medicação causam dependência e insônia-
rebote. (SOARES, 2006).
O ácido gama amino butírico (GABA), é o complexo molecular receptor
benzodiazepínico GABA do tipo A ou GABA A, sendo que este receptor tem uma
região específica para que aconteça a ligação com os benzodiazepínicos. A ligação
do GABA e de seus agonistas ao receptor GABA A causa uma modificação da
estrutura com posterior abertura dos canais de cloro aumentando assim, o influxo
celular deste íon gerando uma inibição sináptica rápida e hiperpolarização de
membrana celular.
Ultimamente as pesquisas têm indicado a existência de receptores
específicos para os benzodiazepínicos no sistema nervoso central, sugerindo com
isto a existência de substâncias endógenas semelhantes as dos benzodiazepínicos.
Estas substâncias se comportam como uma espécie de benzodiazepínicos naturais.
(BALLONE, 2005).
Existem ainda outros hipnóticos indutores do sono não benzodiazepínicos
como o zaleplon e zolpidem os quais apresentam eficácia semelhante aos
benzodiazepínicos, porém com menor ocorrência de efeitos colaterais. Porém por
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outro lado, os hipnóticos não benzodiazepínicos não possuem ação ansiolítica e
mio-relaxante. (AZEVEDO, 2004).
Os hipnóticos benzodiazepínicos e não benzodiazepínicos tendem a
normalizar a arquitetura anormal do sono de paciente com queixas de insônia. A sua
ação se dá através de uma diminuição do número e duração dos despertares
noturnos, redução do estágio 1 do sono, diminuição da latência de estágio 2
aumentando o sono REM e aumentando o tempo total de sono as custas do
aumento do tempo de estágio 2 do sono NREM. Os zolpidem e o zaleplon causam
poucos efeitos na arquitetura do sono, enquanto os benzodiazepínicos produzem
redução do sono delta e sono REM à custa do aumento do sono NREM. (AZEVEDO,
2004).
5.2.4 Efeitos adversos dos hipnóticos
São vários os efeitos colaterais cognitivos ao uso de hipnóticos, entre eles os
mais comuns são a sedação, sonolência, déficits cognitivos e sintomas motores.
Dentre os sintomas motores incluem-se alterações de coordenação motora, afasia,
riscos de quedas, fraturas em idosos e acidentes. Em alguns casos mais raros,
ainda pode ocorrer efeitos paradoxais de insônia e agitação. (AZEVEDO, 2004).
Observam-se alguns fatores associados à dependência aos
benzodiazepínicos e a síndrome de retirada, como idade maior que 45 anos,
consumo do medicamento por um período maior que um ano, farmacologia da
droga, distúrbios de personalidade e história prévia de dependência à substância.
(POYARES, 2005).
Apesar da eficácia no tratamento da insônia, os benzodiazepínicos costumam
apresentar efeitos residuais cognitivos e psicomotores no dia seguinte. Além disso,
este tipo de medicamento tem sido associado ao risco maior de abuso, dependência
e insônia rebote. (SOARES, 2006).
Segundo Ballone, o principal efeito colateral dos benzodiazepínicos é a
sedação, que pode ser variável de indivíduo para indivíduo.
A persistência dos efeitos sedativos no dia seguinte ao uso do medicamento
pode existir, sendo este o efeito residual, o qual está relacionado a duração da meia
vida da droga, tempo de uso da droga e próprio metabolismo do paciente. Portanto
pessoas que eventualmente precisem acordar durante o efeito deste tipo de
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medicamento não devem fazer uso desta à custa dos riscos. Lapsos de memória
também podem ocorrer com o uso de qualquer grupo de hipnóticos, quanto maior for
a dose plasmática da droga, maior a probabilidade de ocorrer amnésia. Outro efeito
comum ao uso de hipnóticos é o efeito rebote, intensificando os sintomas de insônia
para pior do que antes do início do tratamento. (AZEVEDO, 2004).
O efeito rebote é também considerado como uma intensificação da
recorrência dos sintomas originais, só que mais intenso e transitório. (POYARES,
2005).
A Tolerância considerada como perda do efeito farmacológico em uma dose
fixa do fármaco também é comum de ocorrer, causando uma redução do efeito
farmacológico com o uso continuado da medicação hipnótica. (AZEVEDO, 2004).
A síndrome de abstinência à descontinuação ao uso da substância consiste,
portanto no aparecimento de novos sinais e sintomas e piora dos pré-existentes.
(POYARES, 2005).
Um efeito bastante preocupante também na história do uso destes
medicamentos é a dependência que pode se desenvolver dentro de 2 a 20 semanas
de tratamento, de acordo com a meia vida do benzodiazepínico usado e a dose
administrada. (AZEVEDO, 2004).
Segundo Reimão (1999), muitos dos efeitos colaterais dessas substâncias
são doses dependentes e devem ser utilizadas na dose mínima eficaz. Não existem
dados suficientes sobre a eficácia e segurança da utilização destes medicamentos
além de 4 a 5 semanas de uso contínuo, por esta razão, os hipnóticos devem ser
utilizados por períodos o mais curto possível e de uma forma alternada.
Cerca de 2% a 10% dos pacientes com insônia fazem uso crônico de
hipnóticos com uma média de uso de 5 anos. O uso prolongado de hipnóticos é
questionado por muitas razões, dentre elas, os efeitos a logo prazo que esta
medicação pode trazer o risco de abuso que pode aumentar com o tempo de uso e o
desenvolvimento de dependência. (AZEVEDO, 2004).
Estudos realizados com diferentes benzodiazepínicos usados em doses
terapêuticas mostram que o uso prolongado (mais que 6 meses), leva a perda de
eficácia na insônia, redução do sono de ondas lentas, entre outras alterações no
eletroencefalograma durante o sono. (POYARES, 2005).
16
5.3 MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
A teoria da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é completamente diferente
da medicina moderna. Às vezes torna-se difícil expressar alguns termos exatamente
com seu real significado, muitas vezes o conceito transmite apenas em parte a
tradução exata e original. (VARGAS, 2006).
Na MTC o foco dos seus princípios concentra-se na observação dos
fenômenos da natureza, onde pode-se por analogia colocá-lo em paralelo à fisiologia
do corpo humano, onde se reproduzem os mesmos fenômenos. Enfim, os princípios
da fisiologia chinesa segundo esta visão global fazem uma interação Natureza-Ser
Humano. (NAKANO, 2005).
No ocidente “corpo” significa o aspecto físico, distinto da “mente” ou do
espírito, enquanto que no oriente “corpo” significa a interação de aspectos físico,
emocional, mental e espiritual, como também a interação entre estes e o ambiente
externo. Na medicina ocidental a atenção volta-se para a parte estrutural, como os
ossos, músculos e tecidos. Na medicina chinesa, esta atenção está nas inter-
relações funcionais, preocupando-se com os aspectos funcionais dos Zang-Fu e das
matérias que fluem através deles. (ROSS, 1994).
É preciso adaptar a MTC às circunstâncias ocidentais, mas para essa
adaptação é necessário um profundo conhecimento, pois sem uma real
compreensão a respeito poderá ocorrer um descrédito da MTC e pobres resultados
terapêuticos. (MACCIOCIA, 1996).
A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) não separa corpo, espírito e matéria,
para eles há uma intercomunicação e não uma distinção, por isso os conceitos
chineses não são apenas o significado exato da palavra. O objetivo da MTC é a
harmonia dentro do indivíduo, visando o paciente como um todo e não a doença em
si. (ROSS, 1994).
5.3.1 Teoria Yin-Yang
Segundo Macciocia (1996) o conceito de yin-yang é o mais importante da
teoria da medicina chinesa. A principio parece complexo, mas torna-se simples
quando entendido sua filosofia. O conceito chinês yin-yang é radicalmente diferente
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do sistema de pensamento ocidental onde opostos não podem ser ambos
verdadeiros. No oriente yin e yang representam qualidades opostas, mas também
complementares, onde cada coisa poderia existir por si mesma ou pelo seu oposto,
além do que, yin contém yang e vice-versa.
Na Medicina Tradicional Chinesa, yin e yang são à base da fisiologia, da
patologia e do diagnóstico diferencial. O pensamento chinês enfatiza o yin yang
como uma teoria de transformação e nunca um extremo estático, por exemplo, o
preto e branco seria mais preto e mais branco ou vice-versa. (ROSS, 1994).
De acordo com a relação de transformação, o consumo de yin, por exemplo,
resultará no ganho de yang e vice-versa. Esse processo de consumo e ganho do yin
e yang trabalha nas atividades funcionais do organismo. Em condições normais yin e
yang estão equilibrados, quando houver desequilíbrio, este causará a doença.
(VARGAS, 2006).
Os caracteres chineses para yin e yang podem ser relacionados ao lado
escuro e ensolarado de uma colina, onde o yin representa o lado ensombrado e o
yang o lado ensolarado. A credita-se que a origem yin-yang vem da observação dos
camponeses do ciclo dia e noite, o dia correspondendo ao yang e a noite ao yin e,
por conseguinte a atividade vai de encontro ao yang e o descanso ao yin. A partir
deste principio mais uma vez destaca-se os dois estágios cíclicos deste movimento,
onde um interfere diretamente no outro, tal como o dia cede lugar para a noite e
vice-versa. (MACCIOCIA, 2006).
Os tecidos e os órgãos do organismo humano podem ser tanto yin como
yang, de acordo com a localização e função. Tomando o corpo humano como um
todo, a cabeça, a superfície do tronco e os quatro membros, os quais ficam
externamente, são yang, enquanto os órgãos e vísceras na medicina moderna, são
yin. Analisando a superfície corpórea e os membros, o dorso é considerado yang;
enquanto o abdomem e o peito são yin, parte lateral de um membro é yang e a
medial é yin. (WEN, 2001).
5.3.2 Teoria dos cinco elementos ou cinco movimentos
A teoria dos cinco elementos constitui o segundo pilar da filosofia e Medicina
Tradicional Chinesa. A sua concepção originou-se de como evoluem os fenômenos
18
naturais e de como os aspectos da natureza geram e dominam-se uns aos outros.
(YAMAMURA, 2003).
Os fatores da natureza exercem influência na fisiologia do corpo humano,
devido ao fato do organismo humano ser regido pelo mesmo princípio da natureza.
A MTC constatou este fato, e por isso faz a ligação entre a fisiopatologia dos órgãos
e tecidos e alguns fenômenos da natureza. A teoria dos cinco elementos ocupa um
patamar importante na medicina chinesa, pois a interpretação dos fenômenos
ocorridos nos tecidos e órgãos, da fisiologia e patologias do corpo humano são
possíveis devido a inter-relação destes elementos. (WEN, 2001).
Esta teoria é muito utilizada por acupunturistas para a compreensão de
sintomas e diagnósticos. Os cinco elementos são água, terra, fogo, metal e madeira,
sendo que não existem independentemente um do outro, mas em ciclos. (VARGAS,
2006).
No tratamento deve-se considerar a relação de um elemento aos outros.
Quando houver desequilíbrio em um elemento, este elemento pode estar sendo
afetado por outro, consequentemente por outro e assim por diante, como um ciclo.
(MACCIOCIA, 1996).
Cada estação do ano é representada por um elemento. A madeira pela
primavera, o fogo pelo verão, o metal corresponde ao outono, a água pelo inverno, a
terra corresponde a estação anterior. (MACCIOCIA, 1996).
5.3.3 Teoria Zang-Fu (Órgãos e vísceras)
Segundo Ross os Zang Fu constituem a essência da MTC, situando-se no
centro da estrutura do corpo.
Na Medicina Tradicional Chinesa, os órgãos internos seguem 3 categorias.
Os Zang constituídos pelos três órgãos essenciais, o Xin (coração), o Gan (fígado),
o Pi (baço), o Fei (Pulmão) e o Shen (Rins). Considerados como essenciais, eles
ganham destaque, pois sem algum deles a vida deixa de existir. Os Fu
caracterizados pelas vísceras, com função de armazenar, receber, digerir,
transformar, assimilar os alimentos e fazer sua expulsão. São constituídos pelo tubo
digestivo; Wei (estômago), Xiao Chang (Intestino delgado), Da Chang (Intestino
grosso) e Pang guang (bexiga) e pelo sistema de aquecedores, o Sanjiao (triplo
aquecedor). Vísceras curiosas, com funções especiais constituídas pela Dan
19
(vesícula biliar), ossos, medula óssea e espinal, encéfalo, vasos sanguíneos e Bao
gong (matriz-útero). (YAMAMURA, 2003).
5.4 CONCEITO E HISTÓRIA DA ACUPUNTURA
Derivada dos radicais latinos acus e pungere, que respectivamente significam
agulha e puncionar. Há vários milênios vem sendo usada no oriente com finalidades
preventivas e terapêuticas. Desde a idade da pedra (cerca de 3000 anos AC),
agulhas de pedra e de espinha de peixe foram utilizadas na China. (RIZZO, 2001).
Ney Jing, ou “Clássico do Imperdor Amarelo sobre Medicina Interna” já
afirmava que o sangue flui continuamente por todo o corpo, sob o controle do
coração, cerca de 2000 anos depois, por volta de 1628, William Harvey, propôs sua
teoria sobre a circulação sanguínea. (RIZZO, 2001).
A Acupuntura trata-se de um a ciência clínica baseada nas teorias da
medicina chinesa, cujo objetivo a ser atingido é a prevenção e o tratamento da
doença. Sua aplicação ocorre punturando-se determinados pontos do corpo.
Seguindo as bases da MTC, abrange o conceito de jingluo (ou canais e colaterais), o
conceito de pontos de Acupuntura (pontos do corpo sensíveis ao tratamento) e as
principais técnicas de Acupuntura. (LIANG, 2001).
A Acupuntura baseia-se no uso dos pontos, os quais se situam sobre os
canais, abaixo da superfície do corpo, em lugares anatômicos específicos,
chamados de pontos de Acupuntura e por onde passam fluxos de energia que
podem ser ajustados a fim de se promover uma harmonia. (ROSS, 1994).
Desde os tempos antigos na China a Acupuntura se tornou uma prática
popular devido a suas inúmeras possibilidades de aplicação, diminuição do uso de
medicamentos, simplicidade na instrumentação utilizada, segurança no tratamento e
também como complemento à medicina moderna. (WEN, 2001).
A Acupuntura possui características próprias, que diferem em muitos
aspectos da medicina moderna. Os conceitos das doenças na prática da Acupuntura
diferem dos conceitos da medicina moderna, por resultarem de uma experiência
milenar. A Acupuntura atualmente é amplamente aplicada e tem-se demonstrado
20
que em muitos casos terapêuticos o seu efeito supera o uso de drogas ou de outras
terapias. (WEN, 2001).
A Acupuntura é apenas uma das técnicas terapêuticas que possuem um
conjunto de saberes e conhecimentos culturalmente constituídos, e dos quais não
pode ser dissociada. (PALMEIRA, 1990).
5.4.1 Mecanismos de ação da Acupuntura
Durante muito tempo acreditou-se que o mecanismo de ação da Acupuntura
fosse apenas energético, mas com a constante difusão e pesquisas na MTC,
evidenciou-se a relação dos efeitos da Acupuntura com o sistema nervoso central e
periférico e também com vários tipos de neurotransmissores. (ALVES, 2004 apud
Trajano).
Essa relação se dá pelo fato de que os pontos de Acupuntura localizam-se
em áreas onde há um grande número de receptores, fusos musculares, complexo de
golgi e capilares, consequentemente a inserção das agulhas gera um potencial de
ação, originando um estímulo que será conduzido por fibras A delta. (VARGAS,
2006).
Com o objetivo de se demonstrar a cientificidade da Acupuntura vários
acupunturistas vêm realizando trabalhos com este objetivo. Na “L’Acupuncture
Chinoise”, publicada na França por Soulié de Morant, em 1939, e que marcou o
renascimento do interesse pela Acupuntura no ocidente, já mostram certa
preocupação neste sentido. Os trabalhos de Noboyet, demonstrando a diferença da
resistência elétrica da pele nos pontos de Acupuntura, que permitiu a detecção dos
pontos por multivoltímetros, foram publicados em 1955. (PALMEIRA, 1990).
A Acupuntura não visa apenas tratar o local afetado, mas age sobre todo o
sistema nervoso, estimulando o mecanismo de compensação e de equilíbrio em
todo o corpo. (WEN, 2001).
A Acupuntura tem ação sobre a circulação sanguínea, podendo a partir da
estimulação de alguns pontos alterar a circulação e promover microdilatações,
outros pontos podem promover o relaxamento muscular, diminuindo a inflamação e
a dor. Ainda estimulando certos pontos pode se promover uma liberação de
hormônios como o cortisol e as endorfinas, promovendo a analgesia. A Acupuntura
regula e normaliza as funções orgânicas, podendo-se em muitos casos dinamizar e
21
apressar a recuperação de certas patologias. A Acupuntura ainda promove
alterações no metabolismo, considerado tão importante no processo de cura. (WEN,
2001).
A teoria energética de ação da Acupuntura corresponde a dois mecanismos,
humoral e neural. O mecanismo humoral diz que por ação da Acupuntura são
secretados no sangue neuro-hormônios, neurotransmissores e hormônios, esta ação
pode ser observada em um experimento, onde efeitos analgésicos idênticos foram
obtidos em animais submetidos a circulação sanguínea cruzada. O mecanismo
neural baseado em pesquisas realizadas na área da eletrofisiologia comprova que
algumas áreas da pele apresentam uma melhor condutibilidade elétrica por
diminuição da resistência, e que a diferença de potencial elétrico da pele nestes
pontos específicos não é constante e varia com a influência de fatores internos do
corpo e fatores ambientais. (NAKANO, 2005).
5.4.2 Pontos de Acupuntura
Os acupontos ou pontos de Acupuntura foram determinados no transcorrer de
milhares de anos de prática médica. Acuponto é uma região da pele em que a
concentração de terminações nervosas sensoriais é grande. Está região é muito
próxima de nervos, vasos sanguíneos, tendões, periósteos e cápsulas articulares e
acredita-se que sua estimulação possibilite acesso direto ao sistema nervoso
central. (RIZZO, 2001).
É necessária muita habilidade e conhecimento na hora de selecionar os
pontos de Acupuntura que serão utilizados na terapêutica. Os pontos são
selecionados de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente. (VARGAS,
2006).
5.5 A INSÔNIA SOB A VISÃO ORIENTAL
Na visão da medicina oriental, o universo e o ser humano estão submetidos
às mesmas influências, sendo partes integrantes do universo como um todo. Esta
concepção faz da medicina chinesa tão potente que mesmo originada há milhares
22
de anos, pode diagnosticar e tratar doenças geradas pelo estilo de vida do século
XXI. (ASSIS, 2005).
A MTC possui uma visão bastante peculiar do corpo humano. As doenças são
interpretadas como sendo causadas principalmente por fatores internos, onde os
mesmos vão influenciar no impedimento do funcionamento adequado dos órgãos e
vísceras e a circulação de QI e de sangue pelo corpo, principalmente através dos
canais onde estão localizados os pontos de Acupuntura. (SILVA, 2006).
Segundo as teorias da MTC, o coração (Xin) é o órgão que governa a mente
(Shen), sendo assim o órgão mais intimamente envolvido nos casos de insônia e
aquele que direta ou indiretamente deve ser tratado.
A insônia e o excesso de sonhos acontecem quando o sono do indivíduo fica
com dificuldades para adormecer ou quando sonha muito. Ainda ocorre que o yang
do coração em excesso não consegue penetrar no yin, deixando assim que a mente
fique inquieta, vagando. A insônia pode estar relacionada com a deficiência ou
excesso. No caso de excesso relaciona-se ao calor patogênico, ao fogo e ao muco
que vão perturbar a mente e não deixar que o espírito tenha uma morada tranqüila.
Já na deficiência relaciona-se ao yin e ao sangue do coração. O yin não consegue
restringir o yang e o sangue não nutre o coração, deixando que a mente fique
bastante instável. (YIN & ZHANG, 1999).
A partir da teoria dos meridianos, a insônia provém de um rompimento na
conexão entre yin e yang. O yang QI e o yin QI devem estar em harmonia. O QI de
defesa flui no yang durante o dia e no yin durante a noite ocorrendo o sono normal.
Se o QI de defesa fluir no yin durante o dia e no yang durante a noite ocorrerá os tão
comuns distúrbios do sono. (ASSIS, 2005).
Segundo Macciocia (1996), na MTC o corpo e a mente estão intimamente
ligados. Por um lado a mente pode ser afetada por uma deficiência de sangue ou
por fogo patogênico; por outro lado uma desarmonia dos órgãos pode ocorrer por
estresse emocional que afeta a mente. Qualquer desarmonia nos órgãos internos
afeta o sangue e a essência, sendo que a essência e o QI são considerados a raiz
da mente, deixando a mente sem residência, causando a insônia.
A alma etérea pode estar também envolvida nos quadro de insônia. A alma
etérea deve estar bem enraizada no fígado para que o indivíduo tenha um sono
normal, já se ela estiver fora de sua residência, isso se deve a uma deficiência do
23
yin ou do sangue do fígado, e neste caso o sono será inquieto e com muitos sonhos.
(MACCIOCIA, 1996).
Na medicina Chinesa, as síndromes da insônia são semelhantes às
síndromes de ansiedade e palpitação. A insônia depende de fatores relacionados da
constituição, tipo de personalidade e estilo de vida. (ROSS 2003 apud Almeida
2007).
Ansiedade e trabalho excessivo danificam o coração e o baço. O sangue é
exaurido e a mente é transtornada em caso de lesão do coração, enquanto a
produção de Qi e do sangue se torna pobre em caso de deficiência do Qi do baço. A
deficiência do sangue é impossibilitada de nutrir o coração, conduzindo à insônia.
Deficiência congênita, atividade sexual excessiva ou uma enfermidade prolongada
danificam o yin do rim. A água do rim falha para ascender homogeneamente ao
coração para controlar o fogo, e o yang do coração fica, então, alternativamente
hiperativo. Depressão emocional causa estagnação do Qi do fígado, o Qi estagnado
de longa duração é transformado em fogo que se inflama para perturbar a mente,
ocorrendo insônia. Ingestão irregular de alimentos danifica o baço e o estômago, o
alimento não digerido acumulado produz fleugma no aquecedor médio, que, por sua
vez, causa disfunção do estômago e insônia.
Resumindo, a insônia esta relacionada a disfunção do coração, baço, rim e
fígado, embora haja muitos outros fatores causais. (XINMOONG, 1999 apud
ALMEIDA, 2007).
5.6 A ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA INSÔNIA
A Acupuntura no tratamento da insônia, bem com em outros tipos de doenças
baseia-se no princípio de não apenas solucionar a doença em questão, mas
equilibrar o corpo e impedir que a doença ocorra. Em função disso o diagnóstico
baseia-se no fato que os sinais e sintomas refletem as condições do sistema interno
(RITTEL, 2003).
A insônia é uma queixa muito comum na população em geral, e a Acupuntura
tem sido empregada cada vez mais em seu tratamento. Em se tratando de MTC em
24
particular da Acupuntura, a palavra chave é justamente “EQUILIBRIO”, objetivo
norteador de tratamentos englobados por esta prática milenar. (SOARES, 2006).
A Acupuntura e as suas variantes, como Acupuntura auricular e craniana, têm
sido empregadas com grande freqüência para o tratamento da insônia, sendo que
diversos estudos recentes sugerem que a Acupuntura pode controlar o sistema
nervoso autônomo, além de estudos que demonstram que pontos específicos de
Acupuntura, principalmente aqueles que atuam diretamente no coração, tem
capacidade de reduzir as atividades simpáticas. Para o devido tratamento da insônia
com Acupuntura, vários autores sugerem que a correta diferenciação de síndromes
é fundamental para a boa prática e obtenção dos resultados desejados. Segundo
Silva (2006) há algumas divergências na apresentação das síndromes, abaixo estão
relacionadas algumas das mais citadas:
Deficiência do coração e do baço;
Hiperatividade do fogo em excesso do fígado;
Desordem do QI do estômago;
Deficiência do coração e da vesícula biliar;
Desarmonia entre o coração e o rim;
Calor mucosidade agredindo o coração;
Fogo exuberante do coração.
Um trabalho publicado por Lin em 1995, sugere que os mecanismos de ação
da Acupuntura no tratamento de insônias são similares àqueles pelos quais a
Acupuntura alcança efeitos analgésicos, diminuindo o estresse e a ansiedade,
resultando num sono mais tranqüilo. (SILVA, 2006).
Segundo os artigos revisados e selecionados para a pesquisa de Silva (2006),
foi claramente possível perceber que na grande maioria foi usado o critério de
diferenciação de síndromes, a fim de regular a mente através do tratamento direto
ou indireto do coração. Tiveram nestes estudos destaque para a utilização de pontos
de Acupuntura como o C7 (Shenmen), o PC6 (Neiguan), os pontos extras Anmian,
cuja tradução significa “sono tranqüilo”, além dos pontos auriculares como o
Shenmen, coração, occipital e subcórtex. Em geral todos os pontos clássicos da
Acupuntura para o tratamento da insônia, que regulam, acalmam o coração e
consequentemente a mente.
25
Uma pesquisa feita sobre insônia com dois grupos: um grupo recebeu
tratamento de Acupuntura verdadeira e no outro foram feitos pontos considerados
não de Acupuntura. O tratamento proposto foi realizado uma vez por semana num
período de 3 a 5 semanas. Os seguintes grupos foram avaliados por polissonografia
antes e depois das aplicações de Acupuntura em um laboratório especializado em
distúrbios do sono. Com as bases avaliadas nesta pesquisa chegou-se a conclusão
de que houve uma melhora estatisticamente significante no grupo qualitativo,
enquanto o grupo controle não teve melhora de resultado. Sendo assim,
comprovado neste estudo a eficácia da Acupuntura para insônia. (Nogueira 2001
apud Ferreira 2007).
Num estudo realizado sobre o uso da Acupuntura no tratamento da insônia se
estabeleceu também uma boa perspectiva para a eficácia do tratamento de
pacientes insones com o uso da mesma. (ALMEIDA, 2007).
26
6 CONCLUSÃO
A Acupuntura vem colecionando ao longo dos anos provas científicas de seu
poder terapêutico. Na década de 80, após vinte e cinco anos de pesquisa a
organização mundial de saúde publicou o documento ACUPUNTURE: REVIEW AND
ANALYSIS OF REPORTS ON CONTROLLED CLINICAL TRIALS, no qual expõe os
resultados deste estudo. Neste estudo, que foi atualizado em 2002, é analisada a
eficácia das agulhas em comparação ao tratamento convencional para o tratamento
de duzentas doenças ou sintomas. Há uma lista com quarenta e uma doenças em
que a técnica resolveu mais de trinta por cento dos casos ou foi até mais eficaz do
que os remédios.
A Acupuntura pode ser de grandes benefícios para a população de modo
geral, tendo ela uma ampla indicação pela organização mundial de saúde e pelo
national institute of health para vários tipos de doenças, onde a insônia esta incluída
entre elas.
Os profissionais da área da saúde, inclusive a classe, médica, deveria ter
mais informações sobre os possíveis efeitos da Acupuntura e suas indicações para
poder introduzir com mais freqüência este tipo de tratamento no tratamento da
insônia.
Num dos artigos mais recentes usado neste trabalho ressaltou que a
Acupuntura tem a capacidade de oferecer excelentes resultados no tratamento de
pacientes portadores de insônia. Apesar da necessidade de estudos com melhores e
mais rigorosos métodos, como ensaios clínicos e randomizados, controlados,
simples cego e com um número maior de amostras devem ser realizados para
determinar melhor a eficácia da Acupuntura no tratamento da insônia.
Com relação ao consumo de medicamentos para dormir é necessário o
aumento de atenção e treinamento adicional dos médicos no tratamento da insônia
para minimizar conseqüências potencialmente danosas pelo uso prolongado de
benzodiazepínicos. O tratamento para insônia com este tipo de medicação
apresenta eficácia comprovada, entretanto tantos são seus efeitos adversos que se
deve avaliar muito bem a indicação de seu uso. Ainda não podemos deixar de
salientar que acima de 5 semanas de uso de benzodiazepínicos não há dados
suficientes sobre a sua eficácia e segurança. Uma vez que tratamentos alternativos
27
também podem levar a melhora das causas e sintomas da insônia, poderia ser
usado como primeira tentativa ou como complemento de tratamento, já que este tipo
de terapia não oferece nenhum tipo de risco ao paciente (SOARES, 2006).
Uma vantagem no tratamento da insônia baseado na medicina tradicional
chinesa, é que ela não trata somente os sintomas da doença, mas busca a causa e
proporciona um equilíbrio natural do indivíduo nos aspectos físicos, energéticos e
psicológicos. A Acupuntura pode ser conciliada as técnicas ocidentais como as
drogas, sendo que estas sejam usadas com bastante critérios para reduzir os efeitos
adversos e cumulativos no organismo.
28
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