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Centro de Testes

em Segurança Veicular

Proposta de Programa Prioritário (PPP)

Eixo de atuação: Segurança Passiva

Elaborada por:

Prof. Dr. Alessandro Oliveira – Engenharia Automotiva – UnB

Profa. Dra. Rita de Cássia Silva – Engenharia Automotiva – UnB

Prof. Dr. Evandro L. S. Teixeira – Engenharia Automotiva – UnB

Prof. Dr. Marcilio Alves – Engenharia Mecatrônica – USP

Prof. PhD. Sadek C. A. Alfaro – Engenharia Mecânica - UnB

Prof. Dr. Alexandre Bracarense – Engenharia Mecânica - UFMG

SUMÁRIO

1. DADOS GERAIS DO PROGRAMA .................................................................................. 5

2. OBJETIVOS DO PROGRAMA ......................................................................................... 5

2.1. Objetivo geral ............................................................................................................ 5

2.2. Objetivos específicos ................................................................................................. 6

3. MOTIVAÇÃO ................................................................................................................ 6

3.1. Impacto nacional ....................................................................................................... 6

3.2. Atingimento horizontal do setor automotivo ............................................................ 7

3.3. Atratividade e interesse do setor produtivo pelo programa ...................................... 8

4. LINHAS DE ATUAÇÃO ................................................................................................... 8

4.1. Avaliar a capacidade de proteção na colisão .............................................................. 8

4.2. Avaliar a compatibilidade da colisão........................................................................ 98

4.3. Avaliação de tecnologias de assistência na condução ................................................ 9

4.4. Simulação das condições de condução ...................................................................... 9

4.5. Avaliação de lesões e injúrias provocadas por acidentes de trânsito ......................... 9

4.6. Apoio técnico as montadoras, fornecedores e aos órgãos governamentais ........... 109

5. PLANO DE EXECUÇÃO ................................................................................................ 10

5.1. Centro de testes em segurança veicular................................................................... 10

5.1.1. Metodologia de intervenção ............................................................................... 10

5.1.2. Cronograma de execução ................................................................................... 11

5.2. Estudos avançados em segurança veicular ............................................................... 11

5.2.1. Metodologia de intervenção ............................................................................... 11

5.2.2. Cronograma de execução ................................................................................... 12

6. METAS E INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO ...................................................... 12

6.1. Centro de testes em segurança veicular................................................................... 13

6.1.1. Metas ................................................................................................................. 13

6.1.2. Indicadores de acompanhamento....................................................................... 13

6.2. Estudos avançados em segurança veicular ............................................................... 14

6.2.1. Metas ................................................................................................................. 14

6.2.2. Indicadores de acompanhamento....................................................................... 14

7. RESULTADOS ESPERADOS .......................................................................................... 14

7.1. Impacto Social, econômico e tecnológico ................................................................ 14

7.2. Integração entre ICT/universidades, startups e empresas ....................................... 15

8. DIRETRIZES BÁSICAS PARA O MODELO DE GOVERNANÇA ......................................... 16

8.1. Estrutura jurídica, financeira, administrativa e de propriedade intelectual para

execução do programa .................................................................................................... 16

8.2. Da natureza e missão do Centro .............................................................................. 17

8.3. Das funções básicas propostas para o Centro .......................................................... 18

8.4. Estrutura de gestão de projetos e portfólio ............................................................. 18

8.4.1. Fundação de apoio ............................................................................................. 18

8.4.2. Conselho deliberativo ......................................................................................... 19

8.4.3. Conselho acadêmico ........................................................................................... 19

9. EXPERIÊNCIA DA ENTIDADE COORDENADORA .......................................................... 19

9.1. Experiência na área de atuação do programa proposto: ......................................... 20

10. CONTRAPARTIDA DA ENTIDADE COORDENADORA .................................................... 21

Programa Prioritário em Segurança Veicular Eixo de Atuação: Segurança Passiva

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1. DADOS GERAIS DO PROGRAMA

INSTITUÇÃO PROPONENTE (COORDENADORA)

Nome Fundação Universidade de Brasília - UnB

CNPJ 00.038.174/0001-43

Endereço Campus Universitário Darcy Ribeiro – Prédio da Reitoria – Asa Norte – Brasília – DF – CEP: 71910-900

Pessoa de contato: Profº. Alessandro Borges de Sousa Oliveira

E-mail: [email protected]

Telefone Tel: (61) 3107-8958 / Cel: (61) 98153-8271

PROGRAMA PRIORITÁRIO

Nome do programa Centro de Testes em Segurança Veicular (CTSV)

Público alvo - Montadoras e sistemistas do setor automotivo - Instituições de Pesquisa Científica e Tecnologias - Instituições de Ensino Superior - Órgãos governamentais responsáveis pelo Sistema

Nacional de Trânsito - Órgãos governamentais responsáveis pelos direitos e

defesas dos consumidores - Empresas Públicas de personalidade jurídica de direito - Organizações sociais

Captação anual pretendida R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais)

Capitação total pretendida R$ 850.000.000,00 (cinquenta oitenta milhões de reais)

Prazo de vigência da proposta 05 (cinco) anos

2. OBJETIVOS DO PROGRAMA

2.1. Objetivo geral

O presente programa tem por objetivo principal:

Apresentar as diretrizes para a implantação de um Centro de Testes em Segurança Veicular

segundo as especificações vigentes nas regulamentações das Nações Unidas (UN) –

United Nations) da Comissão Econômica para a Europa (ECE - Economic Commission for

Europe) denominadas – UN/ECE e/ou da americana FMVSS (Federal Motor Vehicle Safety

Standards) elaboradas pela National Highway Traffic Safety Administration. Espera-se

também, com a implantação do Centro de Testes, formar uma rede colaborativa nacional

voltada para realização de avançados estudos em segurança veicular.


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2.2. Objetivos específicos

Os objetivos específicos são:

Implantação de infraestrutura para testes de impacto frontal segundo UN/ECE R94;

Implantação de infraestrutura para testes de impacto lateral segundo UN/ECE R95;

Implantação de infraestrutura para testes de impacto lateral em postes segundo

FMVSS 214 Dynamic side impact protection – Rigid pole side impact test

requirements;

Implantação de infraestrutura para testes de impacto traseiro segundo UN/ECE R32.

Formação de uma rede colaborativa para avançados estudos em segurança

veicular.

3. MOTIVAÇÃO

3.1. Impacto nacional

O Brasil tem ocupado uma posição de destaque nos últimos anos entre os países recordistas em mortes e acidentes de trânsito. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2015, foram registrados cerca de 37.000 óbitos com mais de 204 mil pessoas feridas por acidentes de trânsito. Neste mesmo ano, o Seguro de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) pagou cerca de 40.000 indenizações por mortes no trânsito, além de amparar cerca de 520 mil pessoas por invalidez. Tais estatísticas levam os órgãos governamentais a tratarem esta questão como um problema de saúde pública, que necessita ser drasticamente reduzido em médio e em longo prazo.

Assim, os órgãos governamentais têm incentivado as montadoras a desenvolverem

veículos cada vez mais seguros. Para tanto, o Governo Federal criou o Plano Nacional de

Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS) a partir da promulgação da Lei nº

13.614/2018, o qual se baseia nos seguintes eixos: (1) gestão da segurança viária; (2) vias

mais seguras; (3) veículos mais seguros; (4) usuários mais seguros e (5) respostas aos

acidentes. Seguindo esta mesma linha, o CONTRAN publicou a resolução 717/2017, a

partir da qual se criaram Grupos de Trabalho para regulamentação e implantação de

tecnologias para aumentar a segurança veicular. Dentre as ações, visa-se à melhoria da

segurança do condutor, dos passageiros e dos usuários da via. Na referida resolução,

destacam-se os seguintes aspectos:

Item 26: Proteção ao ocupante, impacto frontal e traseiro (atualização do normativo);

Item 27: Proteção anti-intrusão dianteira;

Item 31: Proteção para pedestre;

Item 32: Impacto lateral;

Item 33 Impacto lateral em poste.

Ressalta-se que os itens 26, 32 e 33 estão em consonância com os objetivos

específicos estabelecidos no item 2.1 do presente documento.


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Testes de impacto consistem em ensaios destrutivos, que são realizados em

laboratórios especializados capazes de simular os tipos mais comuns de colisão, como os

descritos nos itens 26, 32 e 33 da resolução 717/2017. Nesses ensaios, utilizam-se

manequins antropométricos instrumentados (dummies), a fim de se avaliar em um ambiente

laboratorial, os efeitos de tais sinistros na integridade de ocupantes humanos. Dessa forma,

é possível levantar critérios de lesão constantes nas normas de regulamentação de cada

tipo de impacto e assim, indiretamente, a partir de valores limites desses critérios,

estabelecer o quanto um ocupante de veículo está protegido para cada tipo de colisão.

Os resultados dos critérios de lesões calculados com os dados coletados nos dummies

durante o ensaio de impacto, aliado à inspeção da deformação do veículo após o evento,

permitem avaliar o desempenho de sistemas de proteção passivo e ativo, assim como o

próprio desempenho estrutural do veículo. Naturalmente, os resultados de testes de impacto

são utilizados pela indústria automotiva para revisões de projetos, modificações na estrutura

e nos componentes veiculares visando à melhoria da segurança veicular. Percebe-se que

assim, avalia-se a proteção dos ocupantes, como requerido na resolução.

Mundialmente, reconhece-se a importância dos testes de impactos para o

desenvolvimento de veículos mais seguros. Atualmente, estes testes são realizados pelas

montadoras em laboratórios no exterior, sem qualquer acompanhamento das autoridades

brasileiras em segurança veicular. A ausência de uma infraestrutura como essa também

penaliza, em demasiado, a indústria automotiva nacional, já que aumenta

consideravelmente os custos envolvidos e o tempo de realização de testes (cerca de 60

dias para cada veículo).

A montagem de um Centro de Testes em Segurança Veicular no país tem o potencial de

auxiliar as montadoras e os sistemistas nacionais a realizarem testes e homologações com

uma considerável redução de custos e tempo empregados nos ensaios. Além disso,

permitirá a consolidação de uma rede colaborativa envolvendo Instituições de Ciência e

Tecnologia, Instituições de Ensino Superior e empresas para buscarem soluções de

segurança voltadas ao perfil de condução do povo brasileiro. Além disso, um Centro de

Testes no Brasil permitiria que o processo de homologação completamente realizado no

país, com um acompanhamento mais efetivo dos órgãos governamentais brasileiros

(DENATRAN/CONTRAN). É importante salientar que tal ação visa promover o

desenvolvimento de veículos mais seguros.

Assim, a abrangência do programa de implantação de um Centro de Testes é de

relevante impacto nacional. Isto porque no que tange a principal função dos órgãos

governamentais em segurança veicular, esta estaria garantida pela supervisão direta do

processo de homologação dos veículos. No cenário internacional, tal ação fortaleceria a

indústria automobilística brasileira além de aumentar sua competitividade.

3.2. Atingimento horizontal do setor automotivo

Estima-se que a frota de veículos em circulação no Brasil é de aproximadamente 65,8

milhões de veículos, segundo o estudo publicado em 20/03/2018, sendo a fonte de

divulgação o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Desse montante, 41,2


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milhões são automóveis, 07 milhões são comerciais leves, 02 milhões são caminhões,

376,5 mil ônibus e 15,1 milhões são motocicletas. Mediante a proposta do presente

programa prioritário, cerca de 73,32% da frota total tem o potencial de ser atendida no

Centro de Testes de Segurança Veicular o que inclui automóveis e comerciais leves (até 2,5

toneladas). Considera-se este atingimento como sendo de elevada relevância.

Sendo assim, o impacto em termos de desenvolvimento industrial e tecnológico no que

se refere à segurança veicular é inevitável. Isto porque um processo de teste e

homologação nacional que conta com a participação efetiva e constante dos órgãos

competentes em segurança veicular impulsiona a qualidade do produto no quesito. Isto

incorre em avanços tecnológicos que impactam na qualidade final do produto. Tal ação tem

o potencial de fomentar a competitividade das marcas tanto no mercado nacional como

internacional e o ganho se traduz em veículos mais seguros, ou seja, melhoria efetiva da

frota e das vidas preservadas.

3.3. Atratividade e interesse do setor produtivo pelo programa A implantação de um Centro de Testes em Segurança Veicular no Brasil tem o

potencial de proporcionar uma rede colaborativa voltada para pesquisa e desenvolvimento

em segurança veicular. Esta rede tem o potencial de auxiliar o setor produtivo brasileiro a

realizar investigações no intuito de compreender melhor o comportamento dos condutores e

pedestres brasileiros e de propor novas soluções para aumentar a segurança veicular.

Para o setor produtivo brasileiro, um Centro de Testes nacional incorreria em uma

economia considerável de custos tanto na fase de testes quanto na fase de homologação

dos veículos, pois não haveria a necessidade de se arcar com os elevados custos de

transporte, testes e homologações hoje realizadas no exterior. Para a indústria nacional isto

eleva sua competitividade uma vez que garante maior agilidade no desenvolvimento do

produto automotivo.

4. LINHAS DE ATUAÇÃO

Propõem-se como linhas de atuação para o presente programa:

4.1. Avaliar a capacidade de proteção na colisão

Esta linha de atuação deve ser responsável pelo desenvolvimento, realização e atualização

de estudos e procedimentos de testes para avaliar a capacidade de proteção na colisão.

Pesquisa em resistência a falhas e no gerenciamento da energia da colisão devem

abranger tanto veículos novos quanto os modificados. Deve também propor contramedidas

de segurança e equipamentos necessários para aumentar a segurança dos ocupantes do

veículo.


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4.2. Avaliar a compatibilidade da colisão

Consiste na realização de estudos e ensaios para verificar a compatibilidade da colisão.

Estes estudos têm por finalidade verificar a tendência que alguns veículos possuem em

provocar maiores danos em outros veículos quando se envolvem em uma colisão. Entende-

se que a incompatibilidade da colisão pode levar a acidentes de trânsito mais graves com

maiores injúrias e ferimentos fatais enquanto que a compatibilidade podem reduzir os níveis

de lesões quando em condições de colisão comparáveis.

4.3. Avaliação de tecnologias de assistência na condução

Com a crescente utilização de tecnologias avançadas em eletrônica e comunicação

veicular, entende-se como sendo necessário avaliar itens de assistência à condução

(segurança ativa) como forma de buscar novas soluções para evitar a ocorrência de

colisões. Neste sentido, esta linha de atuação consiste em desenvolver uma ampla base de

conhecimento, compreensão e entendimento do impacto da implantação de avançados

sistemas eletrônicos na prevenção de acidentes de trânsito.

4.4. Simulação das condições de condução

Esta linha de atuação deve ser responsável por investigar a complexa integração entre o

veículo, condutor e o ambiente. Ela tem por finalidade avaliar importantes questões

relacionadas ao perfil de condução do motorista, atenção, comportamento e questões de

segurança relacionadas ao emprego de novas tecnologias assistidas. Em particular, esta

linha de atuação visa desenvolver e aplicar teorias e conceitos através do emprego de

avançados estudos computacionais por simulação no intuito de prever as condições de

condução.

4.5. Avaliação de lesões e injúrias provocadas por acidentes de trânsito

Esta linha de atuação é responsável por analisar, através de estudos computacionais e

testes de campo as lesões e injúrias provocadas por acidentes de trânsito. Para tanto deve

se utilizar de informações oficiais dos órgãos governamentais, de poderosas ferramentas

computacionais e de simulação, bem como de resultados de testes de impacto.


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4.6. Apoio técnico as montadoras, sistemistas e aos órgãos

governamentais

Consiste em formar uma rede de apoio formada por peritos, engenheiros, pesquisadores e

profissionais especializados para as montadoras, para os sistemistas e para os órgãos

governamentais na promoção e realização de avançados estudos em segurança veicular.

5. PLANO DE EXECUÇÃO

5.1. Centro de testes em segurança veicular

5.1.1. Metodologia de intervenção

Revisão do estado da arte: nesta fase a entidade executora deverá realizar uma

extensa revisão da literatura buscando levantar: normativas, procedimentos,

regulamentações nacionais e internacionais utilizados na avaliação da segurança

veicular.

Projeto básico do centro de testes: nesta fase será realizado o projeto básico do

centro de testes. Este projeto deverá apresentar as características básicas do

centro, seus objetivos fundamentais, localização, projeto arquitetônico, estrutural,

instalações elétricas, hidráulicas e do sistema de refrigeração.

Projeto executivo do centro de testes: nesta fase será realizado o projeto

executivo do centro. O projeto executivo deve apresentar todos os elementos

necessários e suficientes para a construção do centro de testes. Deverão ser

especificados, em maiores detalhes, os equipamentos a serem adquiridas, as

características técnicas, levantamento de fornecedores nacionais e internacionais,

bem como orçamento detalhado.

Instalação do centro de testes: uma vez aprovado os projetos básico e executivo

do centro, a entidade executora deverá proceder com as ações necessárias para a

instalação do centro de testes. Isto envolve obras civis e de terraplanagem,

aquisição de materiais e equipamentos para o centro, bem como instalação e testes

funcionais.

Realização de testes pilotos: nesta fase serão realizados testes de impacto

utilizando-se dos materiais e equipamentos adquiridos para a montagem do centro.

Inauguração e apresentação do centro de testes: a entidade executora deverá

promover uma ação formal de inauguração e apresentação do centro de testes. Esta

ação visa apresentar a indústria automotiva e/ou seus representantes, a sociedade

civil e aos órgãos governamentais responsáveis pelo sistema nacional de trânsito as

potencialidades do centro de teste.


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Elaboração de relatórios e apresentação dos resultados: Estão previstas a

elaboração de relatórios parciais para monitoramento e acompanhamento das ações

para a construção do centro de testes de impacto. Também estão previstas

apresentações semestrais para acompanhamento das executoras de PPPs.

5.1.2. Cronograma de execução

5.2. Estudos avançados em segurança veicular

Consiste na realização de avançados estudos segundo as linhas de atuação definidas no

item 04 desta proposta. Podem ser realizados por uma ou mais entidades executoras

dependendo das necessidades, da localização dos laboratórios de suporte e das demandas

do setor automotivo.

5.2.1. Metodologia de intervenção

Revisão do estado da arte: Nesta fase, a entidade executora deverá realizar uma

extensa revisão da literatura referente aos estudos realizados para avaliação dos níveis

de proteção e de segurança veicular.

Definição do problema: É nesta fase que a entidade executora deverá apresentar em

detalhes o problema de pesquisa a ser abordado, bem como seu nicho de aplicação

(ocupantes de veículos de passeio, veículos de transporte, ciclistas, motociclistas,

segurança de pedestres). Também é necessário apresentar uma contextualização e

uma motivação devidamente fundamentada que justifique a necessidade de intervenção

científica e tecnológica.

Definição da metodologia científica: Nesta fase deverão ser elencados os aspectos

relacionados à metodologia científica adotada. Assim devem constar quais as métricas,

procedimentos, estudos de casos, dentre outros que serão adotados para avaliar os

níveis de proteção e de segurança veicular.

Elaboração de modelos computacionais e estudos via simulação: Elaboração e

utilização de sofisticados modelos computacionais que visam representar os objetos e

1º T 2º T 3º T 4º T 1º T 2º T 3º T 4º T 1º T 2º T 3º T 4º T 1º T 2º T 3º T 4º T 1º T 2º T 3º T 4º T

Revisão do estado da arte x x

Projeto básico do Centro de Testes x x

Projeto executivo do Centro de Testes x x

Obras e instalações do Centro de Testes x x x x x x

Realização de ensaios e testes pilotos x x

Inauguração e apresentação do Centro de Testes x

Elaboração de relatórios x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Legenda: T - Trimestre

Cronograma FísicoAno 3 Ano 4 Ano 5

Metodologia de intervenção

Ano 2Ano 1


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os cenários de investigação proposto. Esta fase poderá ser suprimida do projeto em

função da metodologia científica adotada.

Instrumentação e testes de campo: Elaboração e utilização de sofisticados modelos

computacionais que visam representar os objetos e os cenários de investigação

proposto. Esta fase poderá ser suprimida do projeto em função da metodologia científica

adotada.

Elaboração de relatórios e documentação: Estão previstas a elaboração de

relatórios parciais para monitoramento e acompanhamento da construção do centro de

testes de impacto. Também estão previstas apresentações semestrais para

acompanhamento das executoras de PPPs.

5.2.2. Cronograma de execução

Observação importante: o cronograma de execução apresentado pode ter suas etapas

reduzidas ou estendidas em função dos estudos e investigações realizadas.

6. METAS E INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO

As ações desenvolvidas no âmbito do Programa Prioritário para Segurança Veicular, no

período de cinco anos, possuem como meta principal desenvolver uma rede colaborativa,

de abrangência nacional, envolvendo Instituições Científicas e Tecnológicas, Instituições de

Ensino Superior, Montadoras, Sistemistas, Empresas Públicas de Personalidade Jurídica e

Órgãos Governamentais. Através da construção de um Centro de Testes em Segurança

Veicular, esta rede colaborativa formada por peritos, engenheiros, por peritos, engenheiros,

pesquisadores e profissionais especializados poderá realizar avançados estudos nas linhas

de atuação definidas neste programa. É importante salientar que está prevista a construção

de laboratórios de apoio em polos e em diferentes regiões do país. A figura 01 ilustra a

formação de uma rede colaborativa para o desenvolvimento desta proposta de programa

prioritário.

1º T 2º T 3º T 4º T 1º T 2º T 3º T 4º T 1º T 2º T 3º T 4º T

Revisão do estado da arte x x

Definição do problema de pesquisa x x

Definição da metodologia científica adotada x x

Elaboração de modelos computacionais* x x

Instrumentação e testes de campo* x x x x

Elaboração de relatórios e documentação x x x x x x x x x x x x

Metodologia de intervenção

Legenda: T - Trimestre; *pode ser omitidoem função dos estudos realizados

Cronograma FísicoPrimeiro Ano Segundo Ano Terceiro Ano


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Figura 01: Formação de rede colaborativa para segurança veicular.

6.1. Centro de testes em segurança veicular

6.1.1. Metas

Levantamento das necessidades junto às montadoras, sistemistas e órgãos

governamentais;

Formação de uma rede colaborativa para estudos avançados;

Construção de um Centro de Testes em Segurança Veicular;

Construção de laboratórios especializados não existentes;

Consolidação da rede colaborativa para segurança veicular.

6.1.2. Indicadores de acompanhamento

Levantamento do número de laboratórios especializados existentes (primeiro ano);

Formalização da rede colaborativa para segurança veicular (primeiro ano);

Construção de um Centro de Testes (segundo e terceiro anos);

Construção de laboratórios especializados não existentes (segundo e terceiro anos);

Consolidação de uma rede colaborativa para segurança veicular (quarto ano).


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6.2. Estudos avançados em segurança veicular

6.2.1. Metas

Levantamento das necessidades junto às montadoras, sistemistas e órgãos

governamentais;

Formulação do problema de investigação (teste, homologação, pesquisa, etc.);

Definição da metodologia científica/tecnológica adotada;

Elaboração de avançados modelos computacionais (quando for o caso);

Realização de ensaios e testes de impacto (quanto for o caso);

Análise dos resultados e apresentação.

6.2.2. Indicadores de acompanhamento

Demandas do setor automotivo brasileiro;

Formalização do problema a ser investigado;

Listagem dos materiais e métodos empregados na realização do estudo;

Resultados das análises dos modelos de simulação;

Resultados das análises dos ensaios e testes de impacto;

7. RESULTADOS ESPERADOS

7.1. Impacto social, econômico e tecnológico

De forma geral, a segurança dos ocupantes de veículos automotores tem-se

mostrado uma prioridade da indústria automotiva. De fato, ela progrediu fortemente nos

últimos trinta anos motivados pelo desejo crescente dos profissionais envolvidos em

oferecer um produto mais seguro. Constata-se também que tecnologias que garantam

maior segurança dos ocupantes continuarão a ser desenvolvidas, as quais se traduzem nos

itens de segurança passiva e ativa inserida no veículo. Mediante um ensaio de crash em

laboratório, pretende-se reproduzir os tipos de colisões mais frequentes em acidentes

graves ou mortais em função da velocidade usual de circulação dos veículos. E são nesses

procedimentos que se avalia a qualidade desses acessórios, sobretudo os de segurança

passiva e características referentes à resistência estrutural do veículo ao impacto.

No Brasil, a avaliação final de um modelo de veículo é feita, a partir do número de

estrelas atribuídas à capacidade do veículo em manter os ocupantes adultos e crianças,

seguros. Essa nota advém de um método de ensaio reconhecido internacionalmente

baseado em valores calculados de critérios de lesão e vistoria pós-crash da estrutura

veicular. Para cálculo desses critérios de lesão, utilizam-se os dados de aceleração e força


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registrados, durante os ensaios de crash pela instrumentação presente no dummy

(manequim antropométrico que simula ocupantes humanos durante teste).

Afirma-se que a implantação de um Centro de Testes independente influenciará

tanto consumidores como montadoras culminando, de forma clara, em impactos econômico

e tecnológico, sobretudo. Isto porque para o consumidor, será relevante a informação sobre

segurança veicular, assim como se acredita que será crescente o interesse das montadoras

pelos ensaios de crash, no que tange os procedimentos adotados na avaliação. De fato,

estudos apontam que:

A informação sobre segurança é relevante para a escolha do consumidor, pois se

verifica que há uma utilidade média maior para os automóveis melhor avaliados nos

critérios de segurança relativamente àqueles com pior desempenho nos testes de

crash;

As montadoras mobilizam-se em busca de um melhor padrão de segurança de seus

veículos. Ainda segundo esses estudos, as avaliações de segurança nos testes de

crash para as montadoras, pode aumentar consideravelmente visibilidade aos seus

produtos podendo incorrer em impacto econômico.

Acredita-se, então, que a implantação do Centro de Testes será de grande valia para

a cadeia produtiva brasileira e, sendo as proponentes instituições de formação e pesquisa,

sendo que uma delas (Universidade de Brasília) possui um curso de Engenharia Automotiva

o que propiciará a formação profissional de especialistas na área de segurança veicular,

configurando-se, assim, um impacto social de relevância.

7.2. Integração entre ICT/universidades, startups e empresas

Com a infraestrutura do Centro de Testes instalada e em operação, acredita-se que

os seguintes pontos de integração serão estabelecerão:

Promoção e realização de estudos e pesquisas na área de segurança veicular

estimuladas pela interação entre instituições de ciência e tecnologia com mesmo

interesse. Tal se concretizará através de cooperações como as que já se

apresentam, a partir dessa proposta entre as Universidade de São Paulo e

Universidade Federal de Minas Gerais, que participam dessa proposta;

Promover a participação em programas INCT (Institutos Nacionais de Ciência e

Tecnologia) promovidos em Edital pelas agências e órgãos de fomento à pesquisa

(CNPq/CAPES/MCTI/Fundações de Amparo à Pesquisa). Configura-se como um

dos maiores programas de Ciência e Tecnologia do Brasil. Esse programa visa a

“Agregar, de forma articulada, os melhores grupos de pesquisa na fronteira da

ciência e em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do país;

impulsionar a pesquisa científica básica e fundamental competitiva

internacionalmente; estimular o desenvolvimento de pesquisa científica e tecnológica

de ponta associada a aplicações para promover a inovação e o espírito

empreendedor...”

Formar redes de pesquisa e desenvolvimento, consolidar parcerias institucionais,

formação e capacitação de recursos humanos altamente qualificados;


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Fornecer suporte técnico e logístico as montadoras e aos sistemistas para a

realização de testes de impacto;

Fornecer suporte técnico e logístico aos órgãos governamentais responsáveis pelo

sistema nacional de trânsito (DENATRAN) e direito e defesa do consumidor

(SENACON) para avaliação veicular;

Ensaios de pré-homologação de veículos demandados por montadoras e

fornecedores do setor automotivo (sempre autorizados pelos órgãos governamentais

visando garantir a isenção do Centro);

Prestar serviços relacionados à sua finalidade especialmente os ensaios de

homologação de veículos constantes na resolução N°190/2009 do CONTRAN.

8. DIRETRIZES BÁSICAS PARA O MODELO DE GOVERNANÇA

8.1. Estrutura jurídica, financeira, administrativa e de propriedade

intelectual para execução do programa

Para execução de suas atividades específicas e de administração geral, o Centro de

Testes dispõe da seguinte estrutura administrativa:

I. Conselho Deliberativo;

II. Conselho Acadêmico;

III. Diretoria do Centro;

IV. Laboratórios especializados;

V. Controladoria;

VI. Fundação de Apoio– Execução administrativa/Financeira.


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Figura 02: Estrutura administrativa do Centro de Testes em Segurança Veicular

8.2. Da natureza e missão do Centro

O Centro de Teste deve ser uma unidade de natureza multidisciplinar que

desenvolve atividades de caráter cultural, científico e tecnológico, nas áreas de

ensino, pesquisa e extensão, relacionadas ao estudo sobre segurança passiva e

ativa de veículos automotores;

Deve ser necessariamente vinculado a uma ou mais ICTs (Instituto de Ciência e

Tecnologia) podendo ter como agente financeiro uma Fundação de Apoio,

organização sem fins lucrativos;

O Centro deve ter por finalidade precípua fomentar e criar as condições para o

desenvolvimento de programas de ensino, pesquisa e extensão em conformidade

com os mais altos padrões de excelência acadêmica;

Promover a pesquisa científica, o desenvolvimento tecnológico e o desenvolvimento

institucional, a difusão de informações, experiências e projetos à sociedade nos

requisitos de segurança ativa e passiva necessária para homologação de veículos

automotores;

Promover o desenvolvimento nacional apoiando ou desenvolvendo ações em

conjunto com o setor automotivo e os órgãos governamentais responsáveis pelo

sistema nacional de trânsito visando o aumento da segurança veicular.

Centro de Testes em Segurança Veicular (CTSV)

ConselhoAcadêmico

Membros da comunidade acadêmica

Membros da indústria

Conselho Deliberativo

Membros da indústria

Membros da comunidade acadêmica

Membros de órgãos governamentais

DireçãoCTSV

Laboratórios especializados

Controladoria Fundação de apoio

Administração de recursos

Contratação de estudos e serviços

Realização de compras

Contratação para apoio técnico


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8.3. Das funções básicas propostas para o Centro de Testes

Promover e realizar estudos e pesquisas nas áreas de segurança veicular;

Promover e realizar programas e projetos científicos, tecnológicos, de inovação e de

formação de pessoas na área de segurança e homologação de veículos

automotores;

Realizar estudos e pesquisas, desenvolver novas tecnologias e produzir informações

e conhecimentos técnicos e científicos relacionados à sua finalidade;

Prestar serviços para montadoras e sistemistas relacionados à sua finalidade,

especialmente ensaios para homologação veicular (conforme resolução N°190/2009

do CONTRAN);

Desenvolver atividades de suporte técnico e logístico aos órgãos governamentais

responsáveis pelo Sistema Nacional de Trânsito e pela Política Nacional das

Relações de Consumo no que se refere à avaliação veicular;

Promover as atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária na sua

atividade fim.

8.4. Estrutura de gestão de projetos e portfólio

8.4.1. Fundação de apoio

A Fundação de Apoio é o agente financeiro de apoio para gestão de projetos do

Centro de Testes e não tem participação das deliberações do mesmo. Esta realiza a gestão

administrativa e financeira de forma clara, eficiente e transparente. Seu papel visa garantir

ao pesquisador, empresas ou agências financiadoras o suporte necessário para o êxito da

pesquisa. Suas atribuições são:

Prospecção e elaboração de propostas: Identificar oportunidades de

financiamento para projetos e auxiliar o pesquisador na elaboração de proposta

junto aos financiadores, respeitando as particularidades e exigência de cada um

deles. Além disso, o núcleo de prospecção acompanha a tramitação do projeto nos

órgãos executores e financiadores, da concepção à aprovação.

Aquisição de bens e serviços: Efetuar compras nacionais e importações de forma

direta ou no âmbito da legislação vigente aplicada a cada instrumento. As aquisições

são realizadas de forma mais ágil, uma vez que a Fundação de apoio, via de regra,

não se submete à Lei 8666/94. Quando atua como fundação de apoio, esta deverá

observar o Decreto 8241/14, cujos prazos e procedimentos são mais simples do que

a lei.

Prestação de contas: A fundação conta com um Núcleo de Prestação de Contas,

que acompanha os prazos e as exigências dos órgãos financiadores para as

prestações de contas de contratos e convênios. Esse núcleo é responsável pela

elaboração, controle e encaminhamento de prestação de contas aos órgãos

financiadores. A Fundação de apoio também se responsabiliza pelo registro e

arquivamento de todos os documentos pertinentes à execução do Projeto.


19

Gestão de pessoal: Realizar a gestão de pessoas, desde o processo de

recrutamento e seleção a admissões, demissões, controle de documentações,

confecção de contrato, folha de pagamento, férias e rescisões. Eximir o coordenador

de se preocupar com as questões operacionais, burocráticas e legais que permeiam

a contratação de pessoal para o seu projeto.

Acompanhamento online e presencial: Por meio de ferramenta web, os

coordenadores de projetos podem efetuar suas solicitações de compras e

acompanhar o andamento financeiro de seu projeto de onde preferir. Além disso,

cada projeto possui um analista responsável encarregado de cuidar de todas as

questões administrativo-financeiras o que permite ao pesquisador se dedicar apenas

à execução de sua pesquisa.

8.4.2. Conselho deliberativo

O Conselho Deliberativo tem por objetivo manter o Centro de Teste em Segurança Veicular

(CTVS) alinhado com as necessidades do setor de regulamentação do setor automotivo,

subsidiando as diretrizes, as estratégias e a priorização das atividades de condução do

Centro.

8.4.3. Conselho acadêmico

O Conselho Acadêmico tem por objetivo garantir a qualidade pedagógica e científica das

propostas dos projetos – inclusive cursos – do Centro de Testes, as quais devem estar

alinhadas com seus objetivos.

9. EXPERIÊNCIA DA ENTIDADE COORDENADORA

A Universidade de Brasília (UnB) é uma universidade pública federal brasileira, com sede

própria em Brasília – DF, fundada em 21/04/1962, tendo, portanto, 57 anos de

funcionamento. A estrutura administrativa da Universidade é formada por Reitoria (reitor e

vice-reitor representantes legais); unidades acadêmicas; centros; conselhos superiores e

órgãos complementares.

Atualmente, a instituição possui 04 campi: Plano Piloto (campus Darcy Ribeiro),

Planaltina (Faculdade UnB Planaltina), no Gama (Faculdade UnB Gama) e em Ceilândia

(Faculdade UnB Ceilândia). Desde a sua criação (em 1962), a UnB desempenha um papel

de destaque tanto em nível regional quanto nacional no que tange a excelência de ensino,

de pesquisa e da extensão. É cotada como sendo a maior instituição de ensino superior do

Centro-Oeste, sendo considerada como uma das mais importantes do país. Recentemente,

foi classificada como sendo a quarta melhor universidade brasileira ficando entre as 20

melhores universidades da América Latina, segundo a Times Higher Education. A UnB


20

conta com mais de 37 mil estudantes de graduação registrados, além de 7.600 estudantes

de pós-graduação e 3.159 docentes (Fonte: DPO, 2016).

A Faculdade UnB Gama (FGA) foi criada a partir do Programa de Apoio ao Plano de

Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (programa REUNI) fomentado em

2007. Nesse projeto, a UnB visa a contribuir com o desenvolvimento socioeconômico das

regiões limítrofes do DF. Inicialmente, foram ofertadas 480 vagas anuais em 04 novos

cursos de graduação: Engenharia Automotiva, Engenharia Eletrônica, Engenharia de

Energia e Engenharia de Software. Em 2012, a FGA abriu o curso de Engenharia

Aeroespacial e, a partir desse ano a oferta de vagas passou de 480 para 560 vagas anuais,

passando a atender 2.500 estudantes regularmente matriculados. Sobre cursos de pós-

graduação, a FGA conta com um Latu sensu em Engenharia Clínica e Modelagem de

Sistemas Complexos; Stricto Sensu (mestrado): Engenharia Biomédica e Integridade de

Materiais da Engenharia.

9.1. Experiência na área de atuação do programa proposto:

Projetos de destaque realizado pelos professores da Universidade de Brasília, que

envolvem aspectos de segurança são:

Projeto 01: Período 2005 a 2008 – Desenvolvimento de Metodologias para a Avaliação da

Integridade Mecânica de Hidrogeradores.

Integrante financiador: Eletronorte

Principais resultados: apresentaram-se metodologias para avaliação da integridade

mecânica de componentes de hidrogeradores sumetidos a carregamentos dinâmicos,

eletromagnéticos e térmicos. Novos modelos mecânicos foram aplicados por serem mais

adequados para a descrição da degradação do componente estrutural. Tal estudo foi

direcionado às máquinas das usinas de Coaracy Nunes e de Tucuruí. A análise de falhas

desta natureza pode ser considerada no projeto de proteção do sistema, na análise de

segurança e no desenvolvimento de planos de contingenciamento.

Projeto 02: Período 2010 a 2011 – Testes dinâmicos para certificação de anel balanceador

a ser aplicado em veículos de transporte interestaduais e veículos de carga

Integrante financiador: Centramatic

Principais resultados: Certificação no Brasil de um anel balanceador externo a ser fixado

nas rodas de veículos de transporte. Foram executados testes dinâmicos, a fim de

determinar a eficiência do equipamento. O aspecto da segurança reside no fato de reduzir a

vibração do sistema de rodas.

Projeto 03: Período de 2014 a 03/2019 – Análise de projeto e vínculo causal na ocorrência

de supostos defeitos em veículos.

Integrante financiador: DENATRAN.

Principais resultados: Análise de cerca de 30 processos iniciados no DPDC e que com os

pareceres fornecidos pela equipe de professores da UnB auxiliou o DENATRAN a dar

andamento aos mesmos, tomando as decisões cabíveis, inclusive, culminando em recalls.


21

Projeto 04: Período 2012 – 2015 – Projeto estrutural de um sistema de proteção contra

impactos e capotagem (Roll over Protective Structure) para veículos 4 x 4 da Vale

Mineração.

Integrante financiador: Vale S.A.

Principais resultados: fornecimento à Vale Mineração S. A. de projeto da estrutura de

proteção testada numérica e experimentalmente, comprovando os benefícios de segurança

em sua utilização. Baseado nesse projeto, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), por

meio da Resolução Contran nº 506/2014, regulamentou o uso e a instalação da estrutura de

proteção contra impactos e rolagem (ROPS) para cabine de caminhonetes utilizadas nas

atividades de mineração subterrânea e a céu aberto, em garimpos, e de beneficiamento e

pesquisa mineral, de uso facultativo e exclusivo para a atividade de mineração.

Projeto 05: Período 06/2018 a 02/2020 - Modelagem de teste de roof crush em escala

reduzida: abordagem experimental e numérica.

Financiador: Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF)

Principais resultados: inovação na tecnologia de teste de um componente específico em

Segurança Veicular (teto), em decorrência da adaptação de um dispositivo de teste de valor

elevado e que ocupa grande espaço físico, a partir do tratamento em escala reduzida. O

impacto principal é a redução da complexidade e do custo de realização de testes

envolvendo esmagamento de teto veicular. O projeto ainda se encontra vigente.

No que se refere às linhas de atuação do presente programa, destaca-se como capacidade

técnica da Equipe envolvida:

Pesquisa, desenvolvimento e avaliação de soluções para segurança ativa e passiva

de veículos automotivos;

Pesquisa, desenvolvimento e avaliação do gerenciamento da energia de impacto

durante a colisão;

Pesquisa, desenvolvimento e avaliação de novos materiais e estruturas automotivas

para otimizar a deformação dinâmica das estruturas veiculares;

Pesquisa e desenvolvimento em instrumentação para monitoramento dos ensaios e

testes de impacto;

Pesquisa e desenvolvimento em análise dos dados oriundos dos testes de impacto;

Apoio técnico que respalde decisões de órgãos governamentais relativamente à

segurança veicular.

10. CONTRAPARTIDA DA ENTIDADE COORDENADORA

Além de ser uma ICT independente do mercado, a Fundação Universidade de Brasília conta

com o corpo docente do Curso de Graduação em Engenharia Automotiva. Em particular, o

curso é formado por 24 professores(as) especialistas nas áreas que permeiam a

Engenharia Automotiva (materiais, estruturas, eletroeletrônica, projetos, etc.). Naturalmente

o corpo docente do curso formado por peritos, engenheiros, doutores estarão disponíveis

como contrapartida deste programa. Em relação aos recursos disponibilizados:


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Equipamento Quantid. Valor aproximado

Laser medição de Vibração 1 R$ 35.758,60

Elevador + Carregador 1 R$ 21.030,00

Linha de Inspeção de segurança para automóveis leves 1 R$ 91.180,00

Inspeção de faróis 1 R$ 4.875,00

Inspeção de folgas GST 6500 1 R$ 18.415,00

Balanceador 1 R$ 28.800,00

Estiradora de Chassi 1 R$ 73.280,00

Dispositivo medição 3D chassis 1 R$ 103.030,00

Cortadeira de amostras 1 R$ 12.730,00

Prensa de Embutimento 1 R$ 5.130,00

Politriz 1 R$ 14.915,00

Acessório Polipan 1 R$ 3.496,00

Aparelho de Limpeza Ultrassom 1 R$ 1.045,00

Microscópio Metalográfico 1 R$ 8.502,50

Micro câmera 1 R$ 3.840,37

Durômetro Mitutoyo 1 R$ 15.999,00

Máquina de Tração 1 R$ 300.390,00

Máquina de Torção 1 R$ 128.000,00

Teste Common Rail 1 R$ 37.978,00

TM503 Sistema de limpeza de injetor 1 R$ 5.880,00

Dinamômetro Rolo 1 R$ 425.630,00

Sistema de medição de Gases AVL 1 R$ 43.790,00

Sistema de Aquisição Lynxs 1 R$ 27.000,00

Analisador de energia 1 R$ 17.850,00

Tacômetro Foto/contato 2 R$ 807,30

Termômetro Digital Mira Laser 60 - 1000°C 2 R$ 2.003,30

Medidor de Camada sobre base ferrosa 1 R$ 368,55

Tacômetro Automotivo 4 R$ 1.883,72

Osciloscópio Automotivo portátil 5 R$ 21.840,00

TM900 Performance analyser 1 R$ 7.362,00

Equipamentos National Instruments 1 R$ 53.845,00

R$ 1.345.395,74Valor total R$

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