sistema suspensao veicular

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Sistema de Suspensão Veicular Otimizado por Meio de um Controle Eletromecânico do Conjunto Mola e Amortecedor José Vitor Mendes da Silva Oliveira [email protected] FER Luan Júnior Silva da Cunha [email protected] FER Rodrigo Dias Valente [email protected] FER Yuri Franklin Machado De Abreu [email protected] FER Resumo:O sistema de suspensão de um veículo é diretamente responsável por filtrar as acelerações impostas pelas imperfeições dos pavimentos e de outras fontes de excitações, além de garantir estabilidade, dirigibilidade e performance. Esse sistema vem sendo aperfeiçoado continuadamente, e tornou-se tema de grande interesse de engenheiros e projetistas devido a sua grande amplitude e possibilidades de configurações. Este trabalho propõe um projeto de controle eletromecânico para otimizar o sistema de suspensão de um veiculo, resultando em uma melhora significativa com relação à performance, sem abrir mão dos compromissos de conforto e segurança. O projeto proposto baseia-se na possibilidade de selecionar estágios de pré-carga das molas, e no controle do fluxo do fluído do amortecedor por meio de válvulas solenoides durante a realização de curvas. Alguns conceitos fundamentais da dinâmica veicular serão abordados, para o embasamento do projeto. Os parâmetros e os resultados serão demonstrados e comprovados através de testes experimentais, e comparações com modelos matemáticos utilizados em softwares de simulação virtual. Palavras Chave: Suspensões - Válvulas solenoides - Dinâmica veicular - Simulação virtual -

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Sistema Suspensao Veicular

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  • Sistema de Suspenso Veicular Otimizado porMeio de um Controle Eletromecnico do

    Conjunto Mola e AmortecedorJos Vitor Mendes da Silva Oliveira

    [email protected]

    Luan Jnior Silva da [email protected]

    FER

    Rodrigo Dias [email protected]

    FER

    Yuri Franklin Machado De [email protected]

    FER

    Resumo:O sistema de suspenso de um veculo diretamente responsvel por filtrar as aceleraesimpostas pelas imperfeies dos pavimentos e de outras fontes de excitaes, alm de garantirestabilidade, dirigibilidade e performance. Esse sistema vem sendo aperfeioado continuadamente, etornou-se tema de grande interesse de engenheiros e projetistas devido a sua grande amplitude epossibilidades de configuraes. Este trabalho prope um projeto de controle eletromecnico paraotimizar o sistema de suspenso de um veiculo, resultando em uma melhora significativa com relao performance, sem abrir mo dos compromissos de conforto e segurana. O projeto proposto baseia-se napossibilidade de selecionar estgios de pr-carga das molas, e no controle do fluxo do fludo doamortecedor por meio de vlvulas solenoides durante a realizao de curvas. Alguns conceitosfundamentais da dinmica veicular sero abordados, para o embasamento do projeto. Os parmetros e osresultados sero demonstrados e comprovados atravs de testes experimentais, e comparaes commodelos matemticos utilizados em softwares de simulao virtual.

    Palavras Chave: Suspenses - Vlvulas solenoides - Dinmica veicular - Simulao virtual -

  • 1. INTRODUO

    As estradas dos sculos XVIII e XIX no dispunham de infraestrutura adequada e, por

    este motivo, os construtores de carruagens passaram a equipar os seus produtos com sistemas

    de suspenso, que inicialmente utilizavam feixes de molas para ambos os eixos do veculo,

    devido simplicidade na manufatura e baixo custo (BARRETO, 2005).

    Posteriormente as suspenses de feixes de molas passaram a ser utilizadas apenas nos

    eixos traseiros dos veculos, e iniciou-se a aplicao de molas helicoidais nos eixos dianteiros.

    O sistema de suspenso veicular conhecido atualmente, que composto basicamente por um

    conjunto de mola e amortecedor, comeou a ser estudado e desenvolvido desde o princpio da

    fabricao de automveis, com o intuito de tornar o veculo mais confortvel e seguro para os

    passageiros (CRIVELLARO, 2008).

    A partir da dcada de 70 deu-se o incio s pesquisas sobre sistemas de suspenso

    ativa, inovando completamente a rea da dinmica veicular. A proposta desse novo sistema de

    suspenso aumentaria o desempenho, o desempenho do veculo, o conforto, e a segurana dos

    passageiros (ALVES, 1998).

    Aps a dcada de 90, com o auxlio do computador, os sistemas de suspenso

    passaram a ser analisados mais detalhadamente. possvel avaliar as caractersticas da

    suspenso e seus componentes atravs de softwares de anlises de sistemas multi-corpos e em

    modelos 3D computadorizados. Alm disso, possvel tambm verificar as respostas do

    sistema atravs de estudo do modelo matemtico de veculo completo (BARRETO, 2005).

    Atualmente o sistema de suspenso vem sendo de grande interesse de diversas reas da

    engenharia. A necessidade de melhorar a segurana, o conforto e desempenho o que

    impulsiona o desenvolvimento tecnolgico de suspenses, pois os veculos deixaram de ser

    usados esporadicamente e passaram a fazer parte do nosso cotidiano (ANDRADE, 2002).

    1.1. SITUAO PROBLEMA O conjunto de mola e amortecedor cria problemas de reduo da fora de atrito entre o

    pneu e o solo, pois absorve a fora peso produzida pela massa do veiculo, que deveria ser

    direcionada para as rodas, e possibilita a transferncia de carga para as rodas externas durante

    as curvas e em mudanas de trajetrias, diminuindo a aderncia das rodas internas. Esses

    efeitos so ocasionados pelo movimento de rolagem da carroceria.

    Tais caractersticas conflitam com outra caracterstica da suspenso, que garantir

    uma aderncia suficiente no contato entre o pneu e o pavimento. Assim, h a dificuldade de se

    manter um compromisso entre os parmetros de conforto e desempenho, pois eles so

    inversamente proporcionais. Desta forma o condutor deve se adaptar aos nveis de conforto

    estipulados pelos projetos dos fabricantes de automveis, sem ter a possibilidade de selecionar

    uma configurao que torne o veiculo mais adequado ao seu desejo.

    A limitao dos fabricantes de automveis no quesito conforto estabelecida pelo alto

    custo de sistemas de suspenses mais sofisticados e a demanda de mo-de-obra especializada

    para os eventuais reparos. Esses fatos fazem com que seja inviabilizada a aplicao de tais

    sistemas em veculos populares.

    1.2. OBJETIVO

    O objetivo deste trabalho elaborar, desenvolver e implementar um controle

    eletromecnico de baixo custo em um sistema de suspenso veicular, que tem como finalidade

    otimizar o comportamento dinmico do veculo, proporcionando maior estabilidade e

    segurana em curvas e em mudanas bruscas de trajetria, por meio da controle da rolagem da

  • carroceria, e aumentando o conforto dos ocupantes, pela possibilidade de selecionar estgios

    de pr-carga das molas. O dispositivo de controle atuar nas calibraes das foras impostas

    ao veculo pelos elementos de mola e amortecedor. Este dispositivo poder ser aplicado em

    qualquer tipo de veculo.

    1.3. JUSTIFICATIVA

    A produo deste trabalho apoia-se na necessidade de desenvolver um compromisso

    entre os parmetros de conforto, estabilidade, e dirigibilidade em um veculo, visto que

    atualmente a exigncia dos consumidores cada vez maior.

    Diversas desvantagens podem ser encontradas em sistemas de suspenso ativas,

    embora a aplicao, em termos tericos, seja bastante eficiente. O sistema ativo tem alto custo

    quando comparado com os sistemas passivos e a tecnologia empregada demanda gastos de

    manuteno e baixa confiabilidade. O parmetro de segurana seriamente levado em

    considerao nos sistemas de suspenso ativa, pois qualquer falha que ocorrer poder

    desestabilizar completamente o veculo.

    Por outro lado, os sistemas semi-ativos so mais confiveis e possuem maior robustez,

    mas tambm apresentam desvantagens em sua utilizao. O funcionamento desse sistema

    pode gerar solavancos, que so ocasionados pelo funcionamento dos componentes aplicados,

    ocasionando em desconforto aos usurios do veculo (CRIVELLARO, 2008).

    Os fatos apresentados inviabilizam a utilizao de sistemas de suspenso semi-ativa,

    ou ativa. Desta forma fica evidenciada a necessidade de se desenvolver um dispositivo que

    no seja de alto custo de aquisio, no necessite de mo-de-obra especializada, nem aumente

    o desconforto durante o seu funcionamento, e que garanta conforto e segurana aos ocupantes

    dos veculos.

    1.4. METODOLOGIA

    O desenvolvimento do controle eletromecnico proposto inicia-se por uma pesquisa da

    literatura para identificar quais contribuies outros pesquisadores j fizeram melhoria do

    comportamento dinmico de um veculo, e quais so as principais limitaes encontradas em

    outros projetos de sistemas de suspenso.

    Em seguida, realizada uma fundamentao com os principais conceitos que so

    utilizados no desenvolvimento deste trabalho. Tambm h um tpico sobre o sistema que

    proposto por este trabalho e como ocorre o seu funcionamento.

    Adicionalmente, realiza-se uma modelagem matemtica utilizando dados de um

    veculo escolhido pelos autores, para entender o seu comportamento dinmico sem a

    implementao do projeto proposto. Posteriormente os dados que este trabalho prope so

    inseridos no modelo matemtico, visando identificar quais sero os efeitos causados pela

    utilizao dos componentes que fazem parte do novo projeto. Os resultados obtidos so

    expressos atravs de grficos, para facilitar a comparao entre a utilizao ou no do controle

    eletromecnico da suspenso. O programa utilizado para a modelagem matemtica o

    Matlab/Simulink da Mathworks.

    Por fim ser realizada uma comprovao experimental utilizando um veculo equipado

    com os componentes eletromecnicos propostos.

  • 2. FUNDAMENTAO

    O desenvolvimento do controle de uma suspenso uma tarefa complexa, sobretudo

    pela quantidade de parmetros que devem ser atendidos, para que haja um bom desempenho

    (ANDRADE, 2002).

    As caractersticas desejveis de um sistema de suspenso so (ANDRADE, 2002):

    Isolar a massa suspensa dos impactos produzidos pelas imperfeies das estradas;

    Reduzir a perda de aderncia entre o pneu e o solo;

    Garantir o contato dos pneus com o solo em todas as quatro rodas.

    Em diversas situaes essas caractersticas so contraditrias, ou subjetivas, ou no

    so conhecidas em um sistema de suspenso convencional sob todas as condies de

    operao. As caractersticas desejveis podem ser estudadas atravs de modelos matemticos

    lineares, ou no lineares, e simulaes com diferentes nveis de complexidade de um sistema

    de suspenso veicular.

    2.1. DINMICA VEICULAR

    A dinmica veicular, de forma geral, trata da relao entre o veculo e o ambiente onde

    est se trafegando, e aos comandos impostos pelo condutor, de acordo com a sua necessidade.

    So estudados os movimentos dos corpos que compem um veculo, e os esforos que os

    originam. Os movimentos so divididos em: posies, velocidades e aceleraes. Os esforos

    so originados por dois fenmenos: foras e momentos (BARBIERI, 2011).

    Na Figura 1 so mostradas as interaes na dinmica veicular. Esta figura permite

    entender que o motorista influenciado por entradas (sensaes do veculo, como a

    estabilidade, a necessidade de acelerar ou freiar, etc.) e distrbios (sensaes fisiolgicas,

    cansao, estresse, sono, etc.). O motorista atua diretamente no sistema de direo e no sistema

    de freio/trao, aps o crebro processar as informaes das entradas e dos distrbios. O

    sistema de direo capaz de fornecer um feedback ao motorista atravs da sensibilidade no

    volante, informando se o carro possui boa dirigibilidade e se est estvel. Esses dois sistemas

    influenciam no comportamento dinmico do veculo. O veculo tambm sofre distrbios

    externos (imperfeies do pavimento, lombadas, buracos, etc.), alm das influncias dos

    sistemas de direo e freio/trao, e tambm fornece feedback ao condutor atravs de

    mudanas de posies, velocidades e aceleraes, que so sentidas na carroceria.

    Figura 1: Interaes na Dinmica Veicular Fonte: BARBIERI, 2011.

    O estudo proposto por esse trabalho considera o eixo de coordenadas (direes x, y e

    z) da SAE, que pode ser visto na Figura 2. A diferena deste eixo de coordenadas para o eixo

    de coordenadas cartesiano a inverso do sentido do eixo z, ou seja, o eixo da SAE adota a

    direo z com o sentido para baixo, enquanto o eixo cartesiano adota a direo z com o

    sentido para cima.

  • A dinmica veicular comumente dividida em trs reas:

    Lateral: estuda a estabilidade e o comportamento do veculo em condies de esteramento em baixa, ou alta velocidade. Envolve o movimento lateral (y), e as

    rotaes em torno de z (yaw) e x (roll).

    Vertical: estuda os movimentos verticais (z) e as rotaes em torno de x (roll) e y (pitch), em funo das irregularidades da pista. Nessa rea a segurana e o

    conforto so levados em considerao.

    Longitudinal: estuda os movimentos longitudinais (x) e as rotaes em torno de (y), em funo dos torques aplicados durante a acelerao, ou durante a

    frenagem do veculo. So considerados os desempenhos em acelerao e

    frenagem, e a capacidade de vencer rampas.

    Figura 2: Eixo de coordenadas e os momentos possveis em cada direo Fonte: GILLESPIE, 1992.

    2.2. SUSPENSES

    O projeto de uma suspenso deve ser definido basicamente para filtrar as aceleraes

    verticais impostas pelas caractersticas da pista onde se est trafegando, resultando em uma

    reduo das amplitudes de vibrao da massa suspensa (ganho na percepo de conforto).

    Alm disso, a suspenso dever garantir o desempenho e a segurana do veculo

    (PERSEGUIM, 2006). A suspenso composta, de forma generalizada, por um conjunto

    mola e amortecedor.

    O sistema de suspenso pode ser classificado de acordo com a presena ou no de

    fontes adicionais de energia em: passivos, semi-passivos e ativos (ANDRADE, 2002):

    Suspenso passiva: um sistema convencional de fontes no controladas de energia, tais como molas e amortecedores.

    Suspenso semi-ativa: controla o fator de amortecimento, que pode ser varivel de acordo com as necessidades e cargas que atual sobre o sistema.

    Suspenso ativa: caracterizada pela substituio dos componentes passivos por atuadores e sensores.

    2.3. MOLAS

    Molas so elementos mecnicos elsticos flexveis. Elas so utilizadas para exercer

    foras, dar flexibilidade, e armazenar ou absorver energia mecnica. Generalizando, as molas

    so classificadas como de fio, planas, ou de formato especial.

    De acordo com Shigley et al. (2004, p.490):

    As molas de fio incluem as molas helicoidais de fio redondo e quadrado, feitas para resistir e defletir sob cargas de trao, compresso e toro. As

  • molas planas incluem os tipos de viga em balano e elpticos, as molas de potncia (...), e arruelas de molas planas (...).

    A rigidez de uma mola, que tambm conhecida como rate, basicamente a razo

    entre uma determinada quantidade de fora que deve ser aplicada para comprimir a mola em

    uma unidade de deslocamento.

    No veculo avaliado so utilizadas molas helicoidais de compresso (Figura 3) com 18

    espiras de fio redondo com 8 mm de espessura. O rate de amortecimento dessas molas de 25

    N/mm. Outros veculos, principalmente caminhes e nibus, utilizam molas do tipo feixe de

    molas (Figura 4).

    Figura 3: Molas helicoidais Fonte: FREITAS JR; 2011.

    Figura 4: Feixe de molas Fonte: DIXON, 2007.

    2.3.1 FUNO DA MOLA NO RIDE

    Perseguim (2006) buscou o entendimento das influncias dos elementos de uma

    suspenso na dinmica do veculo relativa ao ride. O ride definido pelo autor como um

    sistema que transforma as excitaes de entrada no veculo em sensaes subjetivas relativas

    a conforto para o motorista. Aps ter analisado tais influncias, ele apresentou novas mtricas

    para avaliao da dinmica veicular no ride.

    A mola tem como funo principal armazenar toda a energia brusca proveniente da

    transposio de algum obstculo pelo veculo, sem transmitir toda essa energia para a massa

    suspensa, e evitar deslocamentos severos na mesma (PERSEGUIM, 2006).

    2.4. AMORTECEDOR

    Segundo Dixon (2007, p.3), os amortecedores so classificados em duas categorias:

    os de atrito seco com elementos slidos, e os hidrulicos com elementos fludos (traduo livre dos autores). Essas categorias apresentam ainda outras sub-categorias:

    a) Atrito seco com elementos slidos:

    i. Discos deslizantes: Opera com dois braos mecnicos, funcionando

    similarmente a uma tesoura. conhecida como scissor (Figura 5).

    ii. Cinta enrolada em torno de blocos: Conhecido como snubber (Figura 5).

    b) Hidrulico com elementos fludos:

    i. Com alavanca: Utiliza uma alavanca para operar uma palheta. Conhecido

    como lever-arm (Figura 6).

  • ii. Telescpico: Podem ser de tubo simples, ou tubo duplo. Conhecido como

    telescopic (Figura 6).

    Atualmente, os amortecedores mais utilizados so os hidrulicos telescpicos.

    Figura 5: Amortecedor scissor ( esquerda) e amortecedor snubber ( direita) Fonte: DIXON, 2007.

    Figura 6: Amortecedor lever-arm ( esquerda) e amortecedor telescpico ( direita) Fonte: DIXON, 2007.

    O veculo estudado utiliza um amortecedor hidrulico telescpico de dupla ao, que

    utiliza nitrognio industrial como fludo de trabalho. O coeficiente de amortecimento desse

    dispositivo de 1500 Ns/m.

    2.4.1 FUNO DO AMORTECEDOR NO RIDE

    De acordo com Gillespie (1992, p.156), ao contrrio do que o nome diz, o amortecedor no amortece os impactos provenientes das imperfeies da pista. A suspenso

    como um todo responsvel por amortecer os impactos, e cabe ao amortecedor apenas

    dissipar a energia acumulada no sistema (traduo livre dos autores).

    2.5. MASSA SUSPENSA E MASSA NO SUSPENSA

    A massa suspensa [sprung mass] definida como todas as massas que esto sobre o

    sistema de suspenso do veculo, ou seja, toda a carroceria e seus itens internos. A massa no

    suspensa [unsprung mass] o somatrio das massas de todos os componentes que esto

    ligados suspenso, mas no so suportados diretamente por ela, ou seja, os pneus, as rodas,

    os eixos, os freios e o prprio sistema de suspenso (JAZAR, 2008).

    2.6. CENTRO DE GRAVIDADE

    Centro de gravidade (C.G.) um ponto geomtrico e imaginrio onde considerada a

    aplicao da fora da gravidade e das demais foras que fazem parte do sistema dinmico do

  • veculo. Para o estudo das dinmicas laterais e longitudinais considera-se que todas as massas

    esto concentradas do no C.G., com propriedades inerciais adequadas. Na anlise da dinmica

    vertical, normalmente necessrio dividir os veculos em massa suspensa e massa no

    suspensa (GILLESPIE, 1992). importante frisar que a posio do C.G. varia de veculo para

    veculo nas trs coordenadas (x, y, z), ou seja: pode estar mais prximo do eixo dianteiro, ou

    do eixo traseiro (direo x); pode estar mais prximo do lado esquerdo, ou do lado direito do veculo (direo y); e ainda pode estar mais prximo, ou mais afastado do solo (direo z). A representao do C.G. pode ser identificada na Figura 2.

    2.7. BOUNCE, PITCH, YAW E ROLL O bounce corresponde ao movimento vertical puro, determinado somente pela

    dinmica vertical. Este movimento pode ser facilmente percebido da seguinte forma: quando

    uma pessoa escolhe o nibus como meio de transporte e senta no banco que fica sobre uma

    das rodas, esta pessoa ser impulsionada para cima e depois para baixo toda vez que a roda

    passar por uma imperfeio do pavimento. O movimento de bounce gera vibraes e

    frequncias internas nos rgos dos humanos. A tolerncia na direo vertical depende da

    regio analisada: na cavidade abdominal, de 4 a 8 Hz; na cabea, de 10 a 20 Hz (BARBIERI,

    2011).

    O pitch corresponde ao movimento de acoplamento das dinmicas vertical e

    longitudinal. Ele tambm facilmente percebido utilizando o exemplo citado anteriormente,

    porm ao invs de sentar prximo a uma das rodas, deve-se sentar prximo ao meio do

    nibus: o passageiro sentir um efeito gangorra toda vez que o nibus passar por uma imperfeio da pista. O movimento de pitch provoca vibraes na massa no suspensa,

    resultando tambm em frequncias internas nos rgos dos seres humanos, desta forma

    aumentando o desconforto. A tolerncia de frequncia que o homem suporta no sentido

    longitudinal de 1 a 2 Hz. A tolerncia longitudinal bem menor do que na direo vertical

    (BARBIERI, 2011).

    O yaw denominado como o movimento que o veculo realiza em torno do eixo z, ou seja, so as guinadas do veculo. Esse movimento pode ser provocado pelas foras laterais

    aplicadas na carroceria, ou pela ao dos ventos (GILLESPIE, 1992).

    O movimento de roll basicamente o acoplamento das dinmicas vertical e lateral. A

    rolagem de um veculo percebida nas curvas em velocidade mdia ou alta, pois o condutor e

    os passageiros so impulsionados contra as portas do veculo. O roll acontece atravs do roll

    axis, e medido em unidade angular. Esta representado na Figura 7 pelo ngulo (BARBIERI, 2011).

  • Figura 7: Movimento de roll.

    2.8. ROLL CENTER E ROLL AXIS

    O roll center [centro de rolagem] da suspenso dianteira, ou da suspenso traseira o

    centro de rotao da massa suspensa com relao ao solo, ou seja, o ponto onde as foras

    laterais so aplicadas no veculo durante as curvas. O roll axis [eixo de rolagem] do chassis de

    um veculo, e obtido a partir da ligao dos pontos do roll center da suspenso dianteira e da

    suspenso traseira (JAZAR, 2008).

    A rolagem da massa suspensa acontece devido atuao de uma fora centrfuga, que

    produzida durante uma curva, principalmente no C.G. A intensidade desse momento de

    rolagem depende basicamente do rate da mola da suspenso, e da distncia entre o roll axis e

    o C.G. (comprimento da alavanca produzida). O roll center influencia diretamente na

    dirigibilidade, no conforto dos ocupantes e na segurana do veculo (BAUER, 2000).

    2.9. CONFORTO

    Segundo Crivellaro (2008, p.203.):

    Algum debate existe para definir qual caracterstica do movimento as pessoas acham desagradvel. Deslocamento no um problema. Se fosse, a sensao de subir degraus produziria desconforto, o que no ocorre, muito embora o esforo para isso seja desconfortvel. Da mesma forma, a velocidade no desconfortvel, como evidenciada por pilotos que operam jatos a velocidades superiores a Mach 1, com nenhum efeito danoso.

    O mesmo no pode ser dito com relao variao brusca na intensidade e na direo

    da acelerao aplicada no veculo e em seus ocupantes (CRIVELLARO, 2008).

    O sistema de suspenso o principal responsvel por isolar as frequncias de vibrao

    que so transmitidas aos passageiros, pois absorvem os impactos e as irregularidades da

    superfcie do solo. Por isso importante uma correta seleo do tipo das molas e dos

    amortecedores a serem utilizados no veculo.

    A determinao de conforto pode ser objetiva, ou subjetiva. Alm da configurao das

    molas e dos amortecedores, a percepo de conforto influenciada por diversos fatores que

    no se relacionam diretamente com o sistema de suspenso, como: se o assento ergonmico,

    a temperatura do habitculo, a ventilao, o espao do interior do veculo, se h apoio para os

    braos e mos, o nvel dos rudos acsticos, etc (GILLESPIE, 1992).

  • Existem muitas divergncias entre os pesquisadores com relao determinao de

    nveis de conforto veicular, visto que cada pessoa reage de uma forma. Duas normas so

    bastante utilizadas para mensurar e garantir o conforto: ISO 2631 e SAE J1490.

    A norma ISO 2631 busca facilitar avaliao e comparao de dados dentro da cincia

    das vibraes, para posterior determinao dos nveis aceitveis de exposio do corpo

    humano a esses efeitos. Ela abrange todos os tipos de veculos (areos, terrestres e aquticos),

    e mquinas industriais ou de agricultura. A limitao dessa norma est na amplitude da

    frequncia em que o sistema em estudo est submetido, permitindo anlises em frequncias de

    1 a 80 Hz (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDZATION, 1978).

    A norma SAE J1409 comenta as desvantagens da utilizao de mtodos subjetivos

    para a avaliao dos nveis de exposio vibraes, e recomenda a utilizao de

    acelermetros que sejam capazes de medir a vibrao nas direes vertical (eixo z) e longitudinal (eixo x). Ela utilizada apenas nos estudos de vibraes em veculos, e no faz relacionamento entre as respostas objetivas e subjetivas, nem recomenda limites aceitveis de

    exposio s vibraes, ou seja, uma norma que instrui mtodos de como se obter os valores

    de vibraes de forma adequada (SOCIETY OF AUTOMOTIVE ENGINEERS, 2011).

    2.10. ESTABILIDADE E DIRIGIBILIDADE

    O sistema de suspenso deve garantir um balanceamento entre os critrios de conforto

    e uma boa estabilidade/dirigibilidade, isto faz com que o trabalho de projetistas e engenheiros

    seja bastante complexo.

    A dirigibilidade de um automvel um produto das interaes entre o pavimento, o

    veculo e o ambiente (VIEIRA, 2011), podendo ser entendida como capacidade do veculo

    sair de um movimento em regime permanente e atingir outro movimento. A estabilidade

    definida por Barbieri (2011, p.40) como a tendncia decrescente das amplitudes do movimento perturbado de um veculo, aps algum tempo do trmino da perturbao.

    Os termos cornering e handling so comumente encontrados em literaturas no idioma

    ingls. O cornering trata das grandezas fsicas e da capacidade mecnica e dinmica do

    veculo, abordando os parmetros de uma forma mais objetiva. O handling aborda as

    sensaes do motorista com relao ao pavimento e ao comportamento do veculo, ou seja,

    trata da parte subjetiva do estudo (BARBIERI, 2011).

    3. SISTEMA PROPOSTO

    Devido a uma limitao no sistema de suspenso veicular em que o mesmo no

    consegue se adaptar a mais de um tipo de aplicao, esse estudo tende a aprimorar o

    desempenho e a segurana de qualquer veculo utilizando uma vlvula solenoide como meio

    para criar uma obstruo do fluxo do fluido de trabalho do amortecedor, enrijecendo o

    amortecedor quando auto acionado em situaes de curva ou manobras.

    Esse projeto composto por um comando fixado na coluna de direo, que atuar no

    controle das vlvulas solenoides, restringindo o fluxo do fludo de trabalho do amortecedor,

    de acordo com o sentido das curvas realizadas. Alm disto, tambm dotado de servo-

    motores que so acoplados a uma relao coroa e engrenagem sem fim, com a finalidade de

    enrijecer ou expandir as molas de acordo com a seleo do condutor.

    3.1. APLICAO DO PROJETO

    A SAE Internacional [Sociedade de Engenheiros da Mobilidade] uma entidade que

    cria regulamentaes, realiza congressos, oferece cursos e palestras, alm de promover

  • diversos eventos para estimular os profissionais e os estudantes de graduao em Engenharia

    no Brasil atravs da sua filial SAE Brasil.

    Um desses eventos o MiniBAJA SAE, que consiste na concepo e desenvolvimento

    de um veculo de competio monoposto e off-road, para a realizao de provas dinmicas

    (acelerao, conforto, suspention & traction, enduro, etc.) e provas estticas (apresentao do

    projeto, avaliao de segurana do veculo, avaliao do sistema de abastecimento, etc.).

    O veculo utilizado no desenvolvimento deste trabalho participa do evento MiniBAJA

    SAE. Essa escolha se deu devido complexidade do seu projeto, e a exigncia de que altas

    performances sejam alcanadas nas rigorosas provas dinmicas durante as competies.

    Outros motivos tambm justificam a escolha desse veculo para a implementao e

    teste do sistema proposto:

    1) Disponibilidade do veculo na instituio onde este trabalho est sendo desenvolvido. O veculo denominado como AEDBaja, e pertence a Faculdade de

    Engenharia de Resende.

    2) Necessidade de utilizar recursos que demandem baixo investimento e pouca mo-de-obra, visto que essas so algumas das premissas do evento MiniBAJA

    SAE, alm de diversas limitaes tcnicas serem impostas pelas regulamentaes

    da competio, como as definies de construo do veculo que devem ser

    obedecidas para garantir a segurana dos ocupantes, impossibilidade de alterao

    do sistema de exausto do motor, etc.

    3.2. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA

    Por intermdio de dois interruptores (um para comprimir e outro para expandir a mola)

    fixados ao painel do veculo e um rel pr-temporizado, o condutor poder escolher entre trs

    tipos de configuraes pr-determinadas da rigidez da mola. A informao gerada pelo

    interruptor enviada ao servo-motor que iniciar o movimento rotacional no limitador

    superior da mola durante o perodo de tempo pr-determinado pelo rel. Por ter um contato

    rosqueado com o corpo do amortecedor, o mesmo ir comprimir ou expandir a mola,

    resultando em uma alterao no rate. Este dispositivo dever ser acionado apenas com o

    veiculo parado, j que exige um atraso para realizar o trabalho completo de compresso e

    expanso da mola, alm de requerer um acionamento manual do condutor. A Figura 8

    apresenta o esquema eltrico do equipamento que controla a pr-carga das molas.

  • Figura 8: Esquema eltrico das configuraes de rigidez das molas - Fonte: Os prprios autores

    Quando o interruptor de subida da mola acionado, energiza o rel temporizador pr-

    ajustado. A tenso positiva ir energizar o rel RL1. Os contatos deste rel, que esto

    normalmente abertos, se fecharo e polarizaro o motor no sentido de rotao anti-horrio.

    Ao acionar o interruptor de descida da mola, o rel temporizador pr-ajustado ir

    energizar com uma tenso positiva o rel RL2. Os contatos deste rel, que esto normalmente

    abertos, se fecharo e polarizaro o motor no sentido de rotao horrio.

    O outro dispositivo funcionar por meio de vlvulas solenoides, que um componente

    eletromecnico, responsvel por restringir ou liberar a passagem do fludo atravs de controle

    eltrico, que sero controladas atravs de um conjunto de pistas de contato situados na coluna

    de direo, o que garante alta robustez e rapidez da entrada de informao no sistema. O

    dispositivo entra em ao quando o condutor esterar o volante para qualquer lado. Desta

    forma a vlvula solenoide aplicada no amortecedor do lado externo curva dever entrar em

    ao, tornando o sistema mais rgido, atravs da obstruo instantnea da passagem do fludo

    entre o seu corpo e o cilindro de expanso. O mesmo dever acontecer quando o volante for

    esterado para o outro lado. A vlvula solenoide, devido ao seu retorno por mola, retornar

    para a posio aberta no momento em que o volante se alinhar. A Figura 9 demonstra o

    esquema eltrico de funcionamento das vlvulas solenoides.

    Figura 9: Esquema eltrico das configuraes de rigidez dos amortecedores - Fonte: Os prprios autores.

    4. SIMULAO

    4.1 MODELO

    Na Figura 10 apresenta-se um modelo para uma anlise de coerncia de resultados

    proposto na bibliografia JAZAR (2008) que utiliza o mtodo de Newton-Euler para as

    equaes diretas de movimento de um veculo completo implementado em

    MATLAB/SIMULINK.

  • Figura 10: Modelo de veiculo completo em ambiente SIMULINK - Fonte: Os prprios autores

    A simulao feita a partir de um veiculo que se encontra estvel e realiza uma

    converso para a esquerda de 3 metros de raio uma velocidade de 5m/s (aproximadamente

    20km/h).

    4.2 ANALISE

    As Figuras 11, 12 e 13 apresentam os deslocamentos de roll e as foras transmitidas ao solo do lado direto dos trs modelos, que apresentam os mesmos parmetros, apresentados

    na Tabela 1, porm se diferenciando pela sua aplicao, em que temos a situao atual, onde a

    suspenso no possui nenhum tipo de dispositivo, a situao proposta por esse trabalho em

    que adicionamos as vlvulas solenoides em cada um dos amortecedores do veiculo e a

    situao considerada como ideal para o Baja, que por ser um veiculo de competio off road,

    se torna interessante a capacidade do mesmo em perder o a fora de contato com as rodas

    traseiras.

    Dados Valor Unidade

    Carga eixo dianteiro 130 kg

    Carga eixo traseiro 150 kg

    Critrio de carregamento 2,5 g

  • ngulo do amortecedor dianteiro 35 graus

    ngulo do amortecedor traseiro 50 graus

    Curso amortecedor dianteiro 110 mm

    Curso amortecedor traseiro 110 mm

    Frao de amortecimento 0,6 -

    Tabela 1: Dados utilizados no Matlab/Simulink.

    0 5 10 15-10000

    -8000

    -6000

    -4000

    -2000

    0

    2000

    Forca Transmitida pela Suspenso Dianteira LD

    Tempo (s)

    Forc

    a (N

    )

    Modelo Atual

    Modelo proposto

    Baja

    Figura 11: Fora transmitida pela suspenso dianteira LD - Fonte: Os prprios autores

    0 5 10 15-5000

    -4000

    -3000

    -2000

    -1000

    0

    1000

    2000

    3000

    Forca Transmitida pela Suspenso Traseira LD

    Tempo (s)

    Forc

    a (N

    )

    Modelo Atual

    Modelo proposto

    Baja

    Figura 12: Fora transmitida pela suspenso traseira LD - Fonte: Os prprios autores

    [H1] Comentrio: A tabela no pode surgir do nada. Precisa ser chamada no texto.

  • 0 5 10 15-0.2

    -0.15

    -0.1

    -0.05

    0

    0.05

    0.1

    0.15

    0.2

    Movimento angular (Roll)

    Tempo (s)

    Des

    loca

    men

    to A

    ngul

    ar (r

    ad)

    Modelo Atual

    Modelo proposto

    Baja

    Figura 13: Movimento angular (Roll) - Fonte: Os prprios autores

    Pode se observar comparando os resultados obtidos no grfico da Figura 11 uma

    aproximao entre o modelo proposto e o modelo sugerido ao Baja quanto ao pico das foras

    transmitida ao solo pelo pneu dianteiro do lado direito, mantendo-se mais altas que no modelo

    que representa o veculo atual, durante o intervalo da curva, o que proporciona uma maior

    fora normal, evitando o escorregamento lateral.

    No grfico da Figura 12 que mostra as foras transmitidas ao solo pelo pneu traseiro

    do lado direito, o modelo proposto, devido sua configurao tambm apresenta um pico de

    fora de maior amplitude no incio da simulao que se mantm mais alta que os demais

    modelos at o trmino da curva, o que somados aos efeitos vistos na Figura 11, proporcionam

    uma reduo no deslocamento angular de rolagem do veculo, conforme o grfico da Figura

    13, o que resulta em um maior conforto e estabilidade.

    5. CONCLUSES

    O modelo evidenciou que o desenvolvimento do dispositivo ir contribuir

    significativamente no controle dos parmetros que influenciam na dinmica de um sistema de

    suspenso reduzindo a rolagem [roll] do veculo durante uma curva, o que resultar em uma

    maior fora de contato entre o pneu e o pavimento, possibilitando obter ganhos que atendem

    tanto as condies de rideling, como de handling.

    O veculo prottipo est em fase de desenvolvimento, e posteriormente sero

    realizados testes experimentais para comparao com o modelo virtual, e comprovao da

    funcionalidade do projeto proposto por este trabalho.

    6. REFERNCIAS ALVES, Paulo S. L. Anlise comparativa do desempenho de uma suspenso veicular considerando

    elementos passivos e ativos. So Paulo, Faculdade de Engenharia Mecnica, 1998 (Dissertao Mestrado em Engenharia Mecnica), 131 p. So Paulo, 1997, Universidade Estadual de Campinas.

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