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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS–GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS PAULO HENRIQUE FERREIRA GALVÃO CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA DOS AQUÍFEROS DA FORMAÇÃO SOLIMÕES NA BASE OPERACIONAL GEÓLOGO PEDRO DE MOURA, PROVÍNCIA PETROLÍFERA DE URUCU/AM RECIFE 2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS

PROGRAMA DE PÓS–GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS

PAULO HENRIQUE FERREIRA GALVÃO

CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA DOS AQUÍFEROS

DA FORMAÇÃO SOLIMÕES NA BASE OPERACIONAL

GEÓLOGO PEDRO DE MOURA, PROVÍNCIA PETROLÍFERA

DE URUCU/AM

RECIFE

2011

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PAULO HENRIQUE FERREIRA GALVÃO

Geólogo, Universidade Federal do Pará, 2007

CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA DOS AQUÍFEROS

DA FORMAÇÃO SOLIMÕES NA BASE OPERACIONAL

GEÓLOGO PEDRO DE MOURA, PROVÍNCIA PETROLÍFERA

DE URUCU/AM

Dissertação apresentada como requisito

para obtenção do título de mestre, pelo

programa de pós-graduação em

Geociências da Universidade Federal de

Pernambuco.

Orientador: Prof. Dr. José Geilson Alves Demétrio.

RECIFE

2011

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Catalogação na fonte Bibliotecário Marcos Aurélio Soares da Silva, CRB-4 / 1175

G182c Galvão, Paulo Henrique Ferreira. Caracterização hidrogeológica dos aqüíferos da

formação Solimões na base operacional geólogo Pedro de Moura, província petrolífera de Urucu(AM) / Paulo Henrique Ferreira Galvão. - Recife: O Autor, 2011.

iii, 148 folhas, il., gráfs., tabs.

Orientador: Profº Dr. José Geilson Alves Demétrio. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de

Pernambuco. CTG. Programa de Pós-Graduação em Geociências, 2011.

Inclui Referências e Anexos.

1. Geociências. 2. Hidrogeologia. 3.Aquífero Solimões. 4.Água Subterrânea. 5.Recursos Renováveis. I.Demétrio, José Geilson Alves (orientador). II. Título.

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Dedico esta dissertação à minha mãe e a

todos aqueles que contribuíram de forma

direta e indiretamente para sua realização

.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

AGRADECIMENTOS....................................................................................................i

RESUMO......................................................................................................................ii

ABSTRACT.................................................................................................................iii

1- INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1

2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 3

2.1 GERAL ............................................................................................................... 3

2.2 ESPECÍFICOS ................................................................................................... 3

3 METODOLOGIA ...................................................................................................... 4

3.1 LEVANTAMENTO DE DADOS EXISTENTES ................................................... 4

3.2 CARACTERIZAÇÃO DOS AQUÍFEROS CAPTADOS ...................................... 5

3.3 LEVANTAMENTO DAS INFORMAÇÕES DOS POÇOS EXISTENTES NA BOGPM ................................................................................................................... 5

3.4 CARACTERIZAÇÃO DA GEOLOGIA E GEOMÉTRIA DOS AQUÍFEROS ....... 6

3.5 BALANÇO HÍDRICO CLIMATOLÓGICO DA ÁREA .......................................... 7

3.6 ELABORAÇÃO DA POTENCIOMETRIA ......................................................... 11

3.7 EXECUÇÃO DE ENSAIOS DE BOMBEAMENTO (TESTE DE AQUÍFERO E DE PRODUÇÃO) ................................................................................................... 15

3.7.1 TESTE DE AQUÍFERO ............................................................................. 15

3.7.2 TESTE DE PRODUÇÃO ........................................................................... 22

3.8 AVALIAÇÃO DAS RESERVAS E RECURSOS HÍDRICOS ............................. 28

4 TRABALHOS ANTERIORES ................................................................................ 33

5 ÁREA DE TRABALHO .......................................................................................... 37

5.1 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................ 37

5.2 CLIMA .............................................................................................................. 39

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5.3 GEOMORFOLOGIA E HIDROGRAFIA ........................................................... 39

5.4 VEGETAÇÃO .................................................................................................. 40

5.5 GEOLOGIA ...................................................................................................... 41

5.6 HIDROGEOLOGIA REGIONAL ....................................................................... 41

5.6.1 AQUÍFERO ALTER DO CHÃO ................................................................. 45

5.6.2 AQUÍFERO SOLIMÕES ............................................................................ 46

6 HIDROGEOLOGIA LOCAL: AQUÍFERO SOLIMÕES – BOGPM ......................... 48

6.1 POÇOS EXISTENTES ..................................................................................... 48

6.2 CARACTERIZAÇÃO DA GEOMETRIA ........................................................... 53

6.3 BALANÇO HÍDRICO PARA A BACIA DO RIO URUCU .................................. 63

6.3.1 COMPORTAMENTO MÉDIO MENSAL DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA E DA TEMPERATURA DO AR, ........................................... 63

6.3.2 BALANÇO HÍDRICO ................................................................................. 65

6.3.3 ESTIMATIVA DA TAXA DE INFILTRAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO ............ 69

6.4 POTENCIOMETRIA......................................................................................... 71

6.5 ENSAIOS DE BOMBEAMENTO ...................................................................... 78

6.5.1 TESTES DE AQUFERO ............................................................................ 78

6.5.2 TESTES DE PRODUÇÃO ......................................................................... 79

6.6 RESERVAS E RECURSOS ............................................................................. 82

6.6.1 RESERVAS PERMANENTES .................................................................. 82

6.6.2 RECURSOS RENOVÁVEIS ...................................................................... 83

6.6.3 RECURSOS MOBILIZÁVEIS OU POTENCIALIDADE .............................. 85

6.6.4 RECURSOS DISPONÍVEIS OU DISPONIBILIDADE ................................ 85

6.6.5 RECURSOS EXPLOTÁVEIS .................................................................... 87

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 88

8 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 91

9 ANEXOS ................................................................................................................ 96

ANEXO 1 - Perfis geofísicos, litológico e interpretativo - STG-01, 02 e 03. ........... 97

ANEXO 2 - Perfis Geofísicos, Litológico e Interpretativo dos Poços Existentes. . 100

ANEXO 3 – Gráficos dos Testes de Aquífero. ..................................................... 128

ANEXO 4 – Gráficos dos Testes de Produção. ................................................... 131

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Localização da área de estudo e área de influência da estação

meteorológica do Pólo Arara.

10

Figura 2 - Método gráfico de superposição para a determinação da

transmissividade (T) e do coeficiente de armazenamento (S),

utilizando a metodologia de Theis.

19

Figura 3 - Método gráfico para determinação da transmissividade (T) e do

coeficiente de armazenamento (S), utilizando o método de Cooper-

Jacob.

22

Figura 4 - Rebaixamentos específicos determinados (s/Q) versus vazões Q1,

Q2 e Q3, para determinar o coeficiente angular C e o coeficiente das

perdas laminares totais B, Feitosa et al.(2008).

24

Figura 5 - Extrapolação do rebaixamento no tempo, Feitosa et al.(2008). 25

Figura 6 - Exemplo de curvas características de poços para diversos alcances,

Feitosa et al.(2008).

26

Figura 7 - Localização da província petrolífera do Urucu 38

Figura 8 - Localização das bacias paleozóicas do Solimões e do Amazonas,

Barata. & Caputo (2006).

41

Figura 9 - Carta litoestratigráfca da bacia do Solimões, Eiras et. al. (1994). 44

Figura 10 - Localização dos poços de captação de água a oeste da BOGPM. 49

Figura 11 - Localização dos poços de captação de água a nordeste da BOGPM. 50

Figura 12 - Seção esquemática hidrogeológica (A-A’) da província petrolífera de

Urucu.

55

Figura 13 - Seção esquemática hidrogeológica (B-B’) da província petrolífera de

Urucu.

56

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Figura 14 - Seção esquemática hidrogeológica (C-C’) da província petrolífera de

Urucu.

57

Figura 15 - Seção esquemática hidrogeológica (D-D’) da província petrolífera de

Urucu.

58

Figura 16 - Mapa de isóbatas do aquífero Solimões, na BOGPM 60

Figura 17 - Mapa de isópacas do aquífero Solimões, na BOGPM. 62

Figura 18 - Relação entre precipitação média mensal e temperatura média

mensal, no Pólo Arara.

64

Figura 19 - Balanço hídrico médio mensal para o Pólo Arara. 68

Figura 20 - Armazenamento de água no solo: Máximo e Efetivo. 68

Figura 21 - Localização e áreas das sub-bacias utilizadas para o cálculo da

infiltração da água no solo

70

Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a

potenciometria de julho de 2008.

73

Figura 23 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a

potenciometria de maio de 2009.

74

Figura 24 - Mapas potenciométricos detalhados da BOGPM (abrangendo áreas

do Pólo Arara, alojamentos e aeroporto), representando as

potenciometrias de julho de 2008 e maio de 2009.

76

Figura 25 - Mapa potenciométrico da variação da carga hidráulica (maio de 2009

- julho de 2008).

77

Figura 26 - Potenciometria e frente de escoamento utilizada para cálculo da

reserva.

84

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Localização da Estação Meteorológica utilizada. 9

Tabela 2- Períodos de dados disponíveis para cada parâmetro. 9

Tabela 3 - Dados sobre coordenadas X e Y, elevação do terreno, nível estático,

cargas hidráulicas e valores de diferença entre cargas hidráulicas dos

poços analisados.

14

Tabela 4 - Valores representativos de porosidade efetiva para alguns materiais

geológicos.

30

Tabela 5 - Relação dos poços da Base Operacional Geólogo Pedro de Moura. 51

Tabela 6 - Comportamento Médio Mensal. 63

Tabela 7 - Dados de precipitação, excedente de água, deficiência de água,

evapotranspiração potencial e evapotranspiração real.

65

Tabela 8 - Balanço Hídrico Climatológico – Estação Pólo Arara. 67

Tabela 9 - Valores de T, S e K encontrados através dos métodos de Theis e

Cooper/Jacob.

78

Tabela 10 - Valores de T, S e K encontrados através dos métodos de Theis e

Cooper/Jacob.

79

Tabela 11 - Equações características dos poços, eficiência hidráulica dos poços, e

equações características, rebaixamentos disponíveis e vazão de

explotação para 20 anos.

81

Tabela 12 - Disponibilidade instalada, considerando um regime de 6h e de 24h por

dia, respectivamente.

85

Tabela 13 - Disponibilidade efetiva, considerando um regime de 6h e de 24h por dia,

respectivamente.

86

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i

AGRADECIMENTOS

Existem situações na vida em que é fundamental poder contar com a ajuda e o

apoio de certas pessoas, sendo que para a realização desta dissertação, pude

contar com várias. E a essas pessoas prestarei os mais sinceros agradecimentos:

Ao meu orientador, o professor José Geilson Alves Demétrio, pelos

ensinamentos, explicações, dicas importantes, apoio, confiança e paciência.

À professora Eliene Lopes de Souza, pelo convite para participar do Projeto

Ecoeficiência 3, onde insere-se esta dissertação. Pelo apoio, confiança e conselhos

desde os tempos da graduação, até hoje.

Aos funcionários da Base Operacional Geólogo Pedro de Moura (BOGPM),

unidade da Petrobras, localizado na Província Petrolífera de Urucu, no Estado do

Amazonas.

À todos que fizeram parte do grupo Ecoeficiência 3: Cleane Pinheiros, Laísa

Paixão, Wilker Brito, Rosely Almeida e o colega de mestrado Marcio Cabral. Este

pelos momentos divididos em viagens de campo, em aulas, diversão e de

discussões sobre as nossas dissertações, tanto em Belém, quanto em Recife.

Aos meus eternos e principais amigos: Neto, Victor, Ely, Glauco e Thiago, pelo

apoio e paciência, e aos meus grandes amigos do curso de Geologia da UFPA e os

amigos que fiz em Recife, pelos momentos de alegrias.

À professora do curso de Meteorologia da UFPA, Maria do Carmo, pela ajuda

na elaboração do capítulo “Balanço Hídrico”, desta dissertação.

E um agradecimento mais que especial à minha mãe Odete Ferreira Galvão,

pela enorme paciência e apoio, tantos nos momentos difíceis que enfrentei antes e

durante a elaboração dessa dissertação, quanto nos momentos de alegria quando

conclui o mesmo.

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ii

RESUMO

O presente trabalho, desenvolvido na Província Petrolífera de Urucu,

município de Coari, no Estado do Amazonas, teve como objetivo principal a

caracterização hidrogeológica dos aquíferos da Formação Solimões. Foram,

inicialmente, desenvolvidas atividades pré-campo para o levantamento de dados

existentes, tais como, informações sobre perfis construtivos, litológicos e geofísicos

de poços existentes. O resultado revelou que o aquífero Solimões possui espessura

média de 100-120 metros. Quanto à geometria, o mapa de isóbatas revelou que o

aquífero possui uma superfície convexa, com profundidades médias de 52 metros. O

mapa de isópacas revelou valores de espessura do aquífero na ordem de 50 até 100

metros. Com relação à potenciometria, o comportamento do fluxo subterrâneo da

água é concordante com a superfície topográfica, sendo esse em direção ao Rio

Urucu (SSE/NNW). Para os parâmetros hidrogeológicos, foram encontrados valores

de Transmissividade = 4 x 10-3 m2/s, Coeficiente de Armazenamento = 5 x 10-4 e

Condutividade Hidráulica = 7 x 10-5 m/s. O balanço hídrico estimado para a área

mostrou que, entre os meses abril e agosto têm-se uma considerável redução nos

índices pluviométricos. Os meses de maior disponibilidade hídrica são os de janeiro

a junho. Os meses de julho a setembro apresentaram deficiência de água, enquanto

que a taxa de infiltração estimada foi de 8 mm/ano. A reserva permanente foi

estimada em 6.003,0 hm3, enquanto que os recursos renováveis apresentaram

valores de 6.055.000 m3/ano.

Palavras chave: Caracterização hidrogeológica, aquífero Solimões, água subterrânea, recursos renováveis.

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iii

ABSTRACT

This research was performed in Oil Province of Urucu, in the municipality of

Coari, State of Amazonas, Brazil. The main objective was the hydrogeological

characterization of the aquifers Solimões Formation. Initially, were developed pre-

field activities to survey the existing data, such as information of building profiles,

lithological and geophysical data from existing wells. The result showed that the

Solimões aquifer has an average thickness of 100-120 meters. As for geometry, the

map of isobaths revealed that the surface of the aquifer studied has a convex shape,

with average depths of 52 meters. The map of isopachs showed average values of

aquifer thickness ranging from approximately 50 to 100 meters. The potentiometry

showed that the behavior of the groundwater flow is consistent with the topographic

surface, coming toward the river Urucu. For hydrogeological parameters, were

observed average values of Transmissivity = 4 x 10-3 m2/s, Storage Coefficient = 5 x

10-4 and Hydraulic Conductivity = 7 x 10-5 m/s. The estimated water balance for the

area showed that between April and August months have been considerable

reductions in rainfall. The months of highest water availability are the January to

June. The months from July to September showed deficiency of water, while the

water infiltration rate was estimated at 8 mm/year. The permanent reserve was

estimated at 6,003.0 hm3, while the renewable resources have values of 6,055,000

m3 per year.

Keywords: Hydrogeological characterization, Solimões aquifer, groundwater,

renewable resources.

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1

1- INTRODUÇÃO

As águas subterrâneas desempenham um papel fundamental no ciclo da água

na Amazônia e constituem uma reserva expressiva de água de boa qualidade,

podendo ser utilizada para os diversos fins. As informações hidrogeológicas na

região amazônica são ainda muito escassas, restringindo-se apenas aos aquíferos

dos depósitos do Cenozóico (Formações Solimões e Alter do Chão), com estudos

concentrados particularmente na região de Manaus, no Estado do Amazonas e na

região de Belém e Santarém, no Estado do Pará. Dessa forma, são necessários

estudos sistemáticos visando uma análise mais aprofundada das condições

hidrogeológicas com o intuito de otimizar a explotação e o uso da água subterrânea

na região, de modo a garantir a sua sustentabilidade, assim como caracterizar os

aquíferos quanto à geometria, produtividade, condições de recarga, entre outros.

Essas informações permitirão que se determine a disponibilidade hídrica (águas

superficiais e subterrâneas), de modo a compatibilizar o uso e a demanda desses

recursos, visando sua preservação sem que haja comprometimento não apenas do

aquífero, mas também do sistema hídrico superficial. A utilização racional da água

subterrânea pode evitar efeitos indesejáveis que podem ser de ordem econômica

(exaustão do aquífero e rebaixamento, que inviabiliza o uso econômico da água); de

caráter hidrogeológico (acesso ao aquífero de água de qualidade inaceitável e

recalque do terreno, que pode prejudicar estradas, prédios e tubulações); de ordem

social ou legal (prejuízo aos usuários de poços) e de ordem ambiental (prejuízo ao

equilíbrio do meio ambiente que depende das descargas de base dos rios e de

fontes, assim como do uso econômico da natureza).

O presente trabalho insere-se no projeto Ecoeficiência 3, área temática

hidrogeologia, firmado entre a Universidade Federal do Pará e a Petrobras, com

participação da Universidade Federal de Pernambuco. O trabalho, desenvolvido na

Província Petrolífera de Urucu, município de Coari, no Estado do Amazonas, teve

como objetivo principal a caracterização hidrogeológica dos aquíferos da Formação

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2

Solimões, na Base Operacional Geólogo Pedro de Moura (BOGPM). Foram,

inicialmente, desenvolvidas atividades de campo para o cadastramento de poços

tubulares e levantamento de dados existentes, tais como, informações sobre a

hidrogeologia, geologia, geofísica (laudos analíticos, perfis estratigráficos, vazão dos

poços, base cartográfica, relatórios de poços, sondagens SPT e relatórios de

produção de poços). Em etapas subsequentes, foram perfurados três poços

estratigráficos e analisados perfis estratigráficos existentes para a elaboração de um

perfil litológico mais detalhado e caracterização geométrica dos aquíferos. Em poços

existentes na região foram coletados dados de nível d’água (NA), para elaboração

de mapas potenciométricos, e posteriormente, realizados ensaios de bombeamento

(testes de aquífero e de produção) para determinação da vazão de explotação dos

poços e dos parâmetros hidrodinâmicos do aquífero da região, a partir dos quais foi

possível determinar os recursos e reservas permanentes, renováveis, mobilizáveis,

disponíveis e explotáveis.

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3

2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

O trabalho tem como objetivo principal caracterizar os aquíferos da Formação

Solimões, na Província Petrolífera de Urucu, no município de Coari/AM, contribuindo

para o uso sustentado, ecoeficiente e integrado das águas subterrâneas na Base

Operacional Geólogo Pedro de Moura (BOGPM), da Petrobras.

2.2 ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos são:

• Caracterizar os aquíferos captados quanto à condição de pressão,

heterogeneidade e anisotropia, espessura e extensão.

• Determinar os parâmetros hidrodinâmicos dos aquíferos avaliados;

• Determinar a potenciometria para a região;

• Determinar o balanço hídrico para a região;

• Determinar as reservas de água subterrânea na região estudada;

• Determinar a demanda, uso atual e futuro da água subterrânea na BOGPM; e

• Realizar um balanço entre disponibilidade e demanda de água subterrânea

na área enfocada, considerando os usos atuais e futuros.

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4

3 METODOLOGIA

Será descrita, neste capítulo, a metodologia utilizada para a elaboração do

trabalho, que consistiu no desenvolvimento dos seguintes capítulos:

• Levantamento de dados existentes;

• Caracterização dos aquíferos captados;

• Detalhamento dos poços existentes na BOGPM;

• Caracterização da geológica e geométrica dos aquíferos,

• Balanço hídrico da área;

• Elaboração da potenciometria;

• Execução de ensaios de bombeamento (teste de aquífero e de produção); e

• Avaliação das reservas e recursos hídricos.

3.1 LEVANTAMENTO DE DADOS EXISTENTES

Inicialmente, fez-se junto à Petrobras e à empresa de perfuração Só Poços

Ltda., um levantamento dos dados já existentes, como base cartográfica; mapas de

localização; sondagens SPT, relatórios de construção de poços de captação de

água, com perfis construtivos, litológicos e geofísicos (resistência, potencial

espontâneo e raios gama), localizados na Base Operacional Geólogo Pedro de

Moura, assim como perfis de poços de captação de óleo, sendo esses liberados,

pela Petrobras, apenas informações sobre litologia e geofísica (resistência, potencial

espontâneo e raios gama) até a profundidade de 465 metros.

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5

3.2 CARACTERIZAÇÃO DOS AQUÍFEROS CAPTADOS

Para a caracterização dos aquíferos captados quanto à condição de pressão,

heterogeneidade e anisotropia, espessura e extensão, foram feitos, além dos

levantamentos das informações de poços tubulares já existentes, a realização de

três sondagens estratigráficas, STG-01, STG-02 e STG-03, com 300, 330 e 150

metros de profundidade, respectivamente (ver anexo 1). Durante a perfuração foram

coletadas amostras de calha a cada metro perfurado. Essas amostras foram secas

em estufa, a uma temperatura de 50°C e, posteriormente, descritas e armazenadas

em sacos plásticos para serem enviadas para a Universidade Federal do Pará

(UFPA), onde foram feitas as análises granulométricas. Após o término de cada

sondagem, foram realizadas perfilagens geofísicas – raios gama, resistência e

potencial espontâneo, nos furos STG-01 e STG-02; e somente raios gama no STG-

03. Através do confronto desses levantamentos, acima citados, junto com perfis

litológicos de poços já existentes na área, puderam-se confeccionar seções

hidrogeológicas esquemáticas da Província de Urucu, assim como tais informações

serviram como base para a locação de novos poços de captação de água e de

observação.

3.3 LEVANTAMENTO DAS INFORMAÇÕES DOS POÇOS EXISTENTES NA

BOGPM

Através dos levantamentos dos poços existentes na região, pôde-se fazer um

detalhamento das condições desses poços, tais como profundidades das seções de

filtros, profundidades dos poços, dos intervalos de cimentações e das bombas,

diâmetros dos poços, vazões, valores de níveis estáticos e dinâmicos, além de

apontar quais poços possuem perfis construtivos, litológicos e geofísicos. Também

foi feita uma padronização desses perfis, passando todos para uma base digital.

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6

3.4 CARACTERIZAÇÃO DA GEOLOGIA E GEOMETRIA DOS AQUÍFEROS

Para a caracterização geológica e geométrica dos aquíferos, foram analisadas

informações a respeito de perfis litológicos, geofísicos e construtivos de poços de

abastecimentos de água, e de poços de exploração de petróleo. Também foram

incluídos nas análises os perfis litológicos e geofísicos dos três furos estratigráficos

(STG’s 01, 02 e 03) (ver anexo 1).

A partir da correlação e interpretação desses perfis, foram identificados e

associados os elementos geológicos e topográficos e confeccionadas quatro seções

esquemáticas hidrogeológicas na Província Petrolífera de Urucu, assim como os

mapas de isóbatas e isópacas.

Para a elaboração dessas seções hidrogeológicas e dos mapas, foi

necessário determinar as cotas topográficas em que se encontram os poços. Para

isso, foi utilizado o programa Global Mapper 8, que através de uma imagem SRTM

(Shuttle Radar Topographic Mission), foram gerados as quatro seções com as

informações de declividade e cotas, em metro, dos terrenos.

Com o uso de imagens SRTM foram conhecidas as cotas de todos os pontos

da superfície topográfica. Assim, dispondo-se das coordenadas geográficas de certo

conjunto de poços, pôde-se plotá-los na imagem SRTM que os contém e obter, de

imediato, suas respectivas cotas. Demétrio (2006) demonstra que o erro desse

procedimento é inferior a 5,0 metros, nos casos analisados, o que torna viável e

muito prático e econômico, a obtenção da cota do terreno no local dos poços através

dessas imagens.

Com as informações obtidas pela imagem SRTM das cotas topográficas da

região e dos pontos em que se encontram os segmentos, somadas às informações

sobre espessura, tipo e profundidade de contato entre as camadas litológicas,

obtidas através de perfis litológicos, estratigráficos e geofísicos, foi determinada a

geometria dos aquíferos na região da BOGPM.

Com relação às seções hidrogeológicas, o primeiro segmento possui direção

preferencial NW-SE e corta o rio Urucu, passando pelos alojamentos Tucano, Sabiá,

Gavião, Vitória-Régia e Usina de Asfalto, tendo como ordem de perfis

correlacionados os poços PT’s 21, 30, 19, 16, STG-02, PT’s 12 e 11, STG-01, PT’s

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7

28 e 09 e RUC’s 01 e 05. Para o segmento B-B’, a direção preferencial é NE-SW e

corta o Rio Urucu, passando pelo Pólo Arara e Usina de Asfalto. A ordem de

correlação foram os perfis RUC’s 14, 07, 03, 30, 04, STG-03, RUC’s 21, 02, 06, 08,

12 e 15. O segmento C-C’ tem direção preferencial WNW-ESE, passando pelos

alojamentos Vitória-Régia e Garça. Possui os seguintes poços como ordem de

correlação: PT’s 35, 12, 11, STG-01, PT-28 e RUC-30. Para o segmento D-D’, a

direção preferencial é NE-SW e passa pelos poços RUC’s 25 e 30, PT-33, RUC-45 e

PT’s 07 e 26.

Para a confecção dos mapas de isóbatas e isópacas, foram, primeiramente,

escolhidos e analisados poços com perfis litológicos e geofísicos com mais de 100

metros de extensão (devido à maior quantidade de informações da geologia local),

sendo assim, determinadas as profundidades das primeiras ocorrências do aquífero

(para o mapa de isóbatas) e as espessuras totais dessas camadas arenosas (para o

mapa de isópacas).

Com os dados de profundidades, espessuras, coordenadas e elevações dos

poços, foram organizados em uma planilha Microsoft Office Excel 2007, sendo

posteriormente usado pelo programa Surfer 8 para a elaboração dos mapas e

refinado posteriormente no CorelDraw X3.

3.5 BALANÇO HÍDRICO CLIMATOLÓGICO DA ÁREA

O balanço hídrico climatológico, desenvolvido por Thornthwaite & Mather

(1955) é uma das várias maneiras de se monitorar a variação do armazenamento de

água no solo. Através da contabilização do suprimento natural de água ao solo, pela

chuva (PRP), da demanda atmosférica, pela evapotranspiração potencial (ETP), e

capacidade de água disponível (CAD) apropriada ao estudo em questão, o balanço

hídrico fornece estimativas da evapotranspiração potencial (ETP) e real (ETR), da

deficiência hídrica (DEF), do excedente hídrico (EXC) e do armazenamento de água

no solo (ARM), podendo ser elaborado desde a escala diária até a mensal

(Camargo, 1971; Pereira et al., 1997 apud Sentelhas, 2003).

Para o cálculo do balanço hídrico climatológico da área em estudo, foi

empregado o método proposto por Thornthwaite & Mather (1955), pois só envolve

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8

dois elementos meteorológicos que são a Temperatura Média Mensal e a

Precipitação Média Mensal. Thornthwaite & Mather (1955) estabeleceram, para o

cálculo do balanço hídrico, vários valores de CAD, de acordo com a cultura e o tipo

de solo, que são: 50, 100, 125, 150 e 300 mm. No caso desse estudo, o valor

utilizado foi 125 mm, por ser um valor médio entre a necessidade hídrica de uma

cultura delicada e uma floresta. Para o valor de evapotranspiração potencial (ETP)

foi utilizada a equação proposta por Thornthwaite (1948) (1):

��� � ��� �� � � ��� � ��� Ni (1)

Onde:

Ti = Temperatura média (C°);

I = Índice térmico;

a = coeficiente empírico composto;

Ni = número de dias; e

Hi = número possível de horas de brilho solar no dia mediano do i-ésimo

período.

O método do balanço hídrico relaciona as entradas e saídas de água,

ocorridas num determinado espaço e durante certo período de tempo, considerando

a variação do volume de água no interior desse espaço, a partir da aplicação do

Princípio da Conservação de Massa.

Desse modo, o balanço hídrico simplificado pôde ser estabelecido a partir da

identificação do volume de água recebida, armazenada e perdida pela bacia por

meio da equação (2):

PRP=EXC+ETP± ∆S (2)

Onde:

PRP = Precipitação;

EXC = Excedente hídrico;

ET = Evapotranspiração; e

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∆S = Variação do armazenamento do solo.

De acordo com Hewlett & Nutter (1969), Gregory & Walling (1973), Vestena

(2002), Vestena & Kobiyama (2007) a variação do armazenamento total para

períodos de tempos mais longos pode ser desprezada, pois o balanço hídrico é um

ciclo e a variação de armazenamento de água no solo tende a zero, pois há um

equilíbrio da água armazenada no solo, permitindo avaliar os elementos do balanço

hídrico que caracteriza o regime hidrológico da bacia hidrográfica. A partir disso,

com os dados de pluviosidade e descarga líquida a evapotranspiração real pode ser

quantificada, admitindo-se que o ∆S para longos períodos de tempo se anula, então

a equação (1), pode ser simplificada na equação (3):

PRP = ETP + EXC (3)

Neste estudo foram analisadas as séries climatológicas de precipitação

pluviométrica e temperatura do ar coletadas na Estação Meteorológica localizada no

Pólo Arara, em Urucu. Esses dados foram cedidos pela coordenação/Petrobras do

projeto ECO-03. Na Tabela 1 são dadas as coordenadas e a altitude da estação,

enquanto que a figura 01 mostra a localização da estação meteorológica do Pólo

Arara e a área de influência. Os períodos disponíveis para cada parâmetro estão

relacionados na Tabela 2.

Tabela 1 - Localização da Estação Meteorológica utilizada.

Estações Latitude Longitude Altitude

Pólo Arara 04º52’S 065º18’W 68m

Tabela 2 - Períodos de dados disponíveis para cada parâmetro.

Parâmetros Pólo Arara

Temperatura média mensal 1997-2004

Precipitação média mensal 1997-2004

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10

Fig

ura

01 -

Loc

aliz

ação

da

área

de

estu

do e

áre

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influ

ênci

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ação

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Ara

ra.

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11

Para o cálculo da estimativa de infiltração da água no solo, devido a falta de

dados a respeito de hidrogramas dos rios da região e/ou de ensaios in situ da infiltração

da água no solo, como por exemplo, através de lisímetros, tal estimativa baseou-se na

seguinte premissa:

Calculando-se a vazão de escoamento natural (VEN) próximo ao rio Urucu e a

área de contribuição para frente de escoamento considerada para a área em estudo, a

razão entre esses dois valores será a taxa de infiltração.

3.6 ELABORAÇÃO DA POTENCIOMETRIA

Entender o que é potenciometria de um aquífero implica na compreensão de três

importantes conceitos, que são: superfície potenciométrica, superfície equipotencial

e linha equipotencial. A seguir será mostrado, de forma bem sucinta, cada conceito:

Superfície potenciométrica: lugar geométrico dos pontos que marcam as alturas

potenciométricas de um aquífero, referidas a um datum. Pode-se dizer, também, que é

uma superfície que inclui todos os pontos definidos por valores de cargas hidráulicas

(h). A carga hidráulica indica o nível de energia em que a água se encontra. O

movimento da água, então, depende da elevação do nível Z (também chamado de cota

geométrica) e da pressão P. Portanto, a carga hidráulica é a soma de duas parcelas: a

carga de elevação Z e a carga de pressão P/ɣ (metros de coluna d’água acima do

ponto) (equação 4):

h = Z + P/ɣ (4)

Em termos práticos, para a obtenção da carga hidráulica (h) de um determinado

ponto é necessário que haja a medição do nível estático (NE) de um poço. Com isso, o

valor da carga hidráulica será a diferença entre cota da boca do poço (Z) e a

profundidade do nível estático.

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12

Superfície equipotencial: superfície virtual sempre no seio do aquífero, nas quais

todos os pontos têm o mesmo potencial hidráulico ou a mesma carga hidráulica.

Linha equipotencial: pode ser entendida como a projeção de uma superfície

potenciométrica com um plano de cota potenciométrica definida. As projeções das

intersecções dessa superfície com diferentes planos, de diferentes cotas

potenciométricas, gera um conjunto de linhas equipotenciais conhecido como mapa

potenciométrico ou mapa de fluxo subterrâneo. Para o traçado dessas linhas

equipotenciais, também chamadas de curvas potenciométricas, algumas condições

básicas, em função das condições de contorno, devem ser obedecidas, como os

contornos serem normais aos limites impermeáveis; e os mesmos serem paralelos às

superfícies e linhas de nível constante, tais como rios, lagos, mares, etc, que tenham

conexão com o aquífero (Feitosa et al., 2008).

Para a elaboração de um mapa potenciométrico é necessário, primeiramente,

fazer um levantamento de pontos d’água, capaz de fornecer informações sobre o

aquífero estudado, como nível estático (NE). No caso do mapa potenciométrico feito

para a Base Operacional Geólogo Pedro de Moura, a coleta desses dados foi dividida

em duas campanhas. A primeira, realizada entre os dias 6 e 8 de julho de 2008, obteve

dados de NE de 18 poços tubulares, utilizando-se um medidor elétrico de nível d’água,

com cabo de 30 metros de extensão, graduado em metros. Para a segunda campanha,

feita no dia 22 de maio de 2009, coletou-se informações de 24 poços, utilizando-se,

desta vez, um medidor de nível d’água, com cabo de 100 metros de extensão,

graduado em metros. As informações sobre nivelamento e coordenadas X e Y, Datum

SAD 69, de cada poço foram cedidas pela PETROBRAS.

Para a confecção do mapa topográfico, que foi sobreposto com os mapas

potenciométricos, foi utilizada uma imagem da região, em SRTM, sendo esta tratada no

programa Global Mapper 8, de acordo com a necessidade do estudo.

De posse das informações sobre coordenadas X e Y, elevação do terreno, cota da

boca do poço e medidas de nível estático (NE), essas foram organizadas em uma

planilha Microsoft Office Excel 2007 (ver tabela 3), sendo posteriormente, transferidos

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13

para o programa Surfer 8 para a elaboração de mapas de contorno potenciométrico

(Countor Map), mapas de pontos (Post Map) e de vetores (Grid Vector Map), sendo

estes, posteriormente, sobrepostos, uns com os outros. Após isso, o mapa foi

transferido, junto com o mapa topográfico elaborado no Global Mapper 8, para o

programa CorelDraw X3, para o refinamento dos contornos potenciométricos, assim

como detalhes de legenda, etc.

O resultado desse trabalho foi a elaboração de cinco mapas potenciométricos,

divididos em:

• Dois mapas potenciométricos gerais da BOGPM, um representando a

potenciometria de julho de 2008 e outro de maio de 2009;

• Dois mapas potenciométricos detalhados (que abrangem as áreas do Pólo

Arara, alojamentos e aeroporto), sendo um representando a potenciometria de

julho de 2008 e outro de maio de 2009; e

• Um mapa da variação da carga hidráulica (maio de 2009 - julho de 2008).

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Tabela 3: Dados sobre coordenadas X e Y, elevação do terreno, nível estático, cargas

hidráulicas e valores de diferença entre cargas hidráulicas dos poços analisados.

POÇO Coordenada (X)

Coordenada (Y)

Boca do Poço (m)

Elevação Terreno

(m)

1° Campanha 2° Campanha Diferença entre Cargas Hidráulicas

(m) (julho 2008) (maio 2009)

NE(m) h(m) NE(m) h(m)

PT-02 244948,01 9461675,54 1,03 68,80 24,36 45,47 25,70 44,13 -1,34

PT-04 245127,64 9461444,51 1,15 67,91 - - 23,66 45,40 -

PT-06 244983,21 9461529,12 0,35 68,70 - - 23,86 45,19 -

PT-07 245058,74 9461916,96 0,68 67,39 23,91 44,16 22,55 45,52 1,36

PT-09 244006,78 9459545,75 0,60 66,95 - - 19,24 48,31 -

PT-11 241921,18 9460704,39 0,64 66,64 19,40 47,88 18,56 48,72 0,84

PT-13 241873,76 9461049,93 0,58 64,39 13,54 51,43 17,51 47,46 -3,97

PT-15 241671,68 9461236,34 0,73 53,48 6,93 47,28 5,91 48,30 1,02

PT-16 241094,95 9461213,37 0,30 60,12 13,39 47,03 12,30 48,12 1,09

PT-17 241118,36 9461235,41 0,78 60,03 13,43 47,38 12,47 48,34 0,96

PT-19 241270,51 9462211,71 0,23 56,48 10,44 46,27 9,25 47,46 1,19

PT-20 240670,69 9462860,07 0,45 52,46 8,14 44,77 6,72 46,19 1,42

PT-21 240434,90 9463156,85 1,90 53,41 10,71 44,60 11,10 44,21 -0,39

PT-22 239526,24 9459566,84 0,73 68,17 8,61 60,29 6,00 62,90 2,61

PT-23 270151,01 9462657,27 0,20 62,17 8,40 53,97 - - -

PT-24 273162,62 9473243,12 0,57 53,59 15,16 39,00 13,50 40,66 1,66

PT-25 241820,53 9461191,44 0,58 66,00 19,84 46,74 18,90 47,68 0,94

PT-27 245195,24 9461586,73 0,70 67,11 25,89 41,92 23,63 44,18 2,26

PT-28 242624,43 9460362,26 0,45 61,91 - - 11,75 50,61 -

PT-31 242106,66 9457599,86 0,52 58,17 5,43 53,26 5,10 53,59 0,33

PT-33 244915,31 9461575,70 0,75 69,17 26,50 43,42 24,95 44,97 1,55

PT-34 272288,70 9464369,59 0,70 61,06 - - 12,49 49,27 -

PT-35 241771,80 9460997,51 0,50 62,00 - - 13,88 48,62 -

PT-36 258601,08 9459742,44 0,60 72,47 - - 15,91 57,16 -

PT-41 245013,17 9461598,78 0,55 70,06 23,60 47,01 25,54 45,07 -1,94

NE – Nível Estático; h – Carga Hidráulica;- Dados não fornecidos ou não encontrados

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15

3.7 EXECUÇÃO DE ENSAIOS DE BOMBEAMENTO (TESTE DE AQUÍFERO E DE

PRODUÇÃO)

3.7.1 TESTE DE AQUÍFERO

Para a determinação dos parâmetros hidrogeológicos (coeficiente de

armazenamento, condutividade hidráulica e transmissividade) dos aquíferos localizados

na BOGPM, foram realizados dois testes de aquífero, sendo que cada teste consistiu

em bombear um poço, com vazão constante Q, e o acompanhamento da evolução dos

rebaixamentos produzidos em um (ou mais de um) poço de observação situado a uma

distância r qualquer desse poço bombeado. Os poços bombeados para esses dois

testes foram o PT-16, localizado no Alojamento Base de Apoio e o PT-40, localizado no

Pólo Arara.

Para a medição do nível estático (NE) e acompanhamento da evolução dos níveis

dinâmicos (ND) foram utilizados dois medidores elétricos, com 100 e 50 metros de

extensão, graduados de metro em metro. Para a medição e controle de vazão foi

utilizado um medidor de vazão ultrasônico (Portaflow 300, da Micronics) que tem como

princípio o tempo de trânsito do feixe de ultra-som no sentido do fluxo e no sentido

contra o fluxo da água, onde dois transdutores que são acoplados na parede externa do

tubo emitem e recebem pulsos de ultra-som. O tempo de trajeto desses pulsos é

analisado por um circuito eletrônico microprocessado que efetuará o cálculo da vazão

instantânea.

O teste do PT-16, realizado no dia 16 de setembro de 2008, teve 4 horas de

duração (240 minutos) e teve como poços de observação os Pt’s 17 e 18 (r = 32 e 67

metros, respectivamente – dados de campo). Nesse teste foi observada apenas a

evolução dos níveis dinâmicos (ND) e o nível estático (NE). Vale ressaltar que a

duração de 4 horas para um teste de aquífero não é o ideal, entretanto, devido à

impossibilidade logística de ser realizado tal teste, com duração de 24 horas, pois o

poço bombeado e os respectivos poços monitorados abasteciam um alojamento e não

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16

poderiam ficar mais de 4 horas desligados, o que comprometeria o abastecimento do

alojamento, optou-se por esse período de teste.

No teste realizado no PT-40, feito nos dias 08 e 09 de março de 2009, tendo como

poços de observação os PT’s 01, 02, 33 e 41 (r = 82,5; 75,7; 100,5; e 40 metros,

respectivamente), foi observada a evolução dos ND’s, sendo 24 horas para o

bombeamento. No caso desse teste, devido à impossibilidade de se paralisar todos os

poços, na área do Pólo Arara, para a realização do teste de aquífero, por conta da

operação da unidade industrial que depende da água dos poços para o seu

funcionamento, o teste foi realizado com os poços PT-01, PT-02, PT-05, PT-27 e PT-33

em funcionamento. O esquema, utilizado pela coordenação do projeto Ecoeficiência 3

para realização desse teste, baseou-se na Lei da Superposição de Escoamento, ou

seja, que após alguns dias de bombeamento contínuo de outros poços, no caso,

iniciados no dia 01 de março, o cone de rebaixamento do aquífero evolui tão lentamente

que os rebaixamentos observados durante o teste podem ser considerados como uma

resposta apenas ao novo bombeamento do poço utilizado no teste.

A partir desses dois testes de vazão, foi possível estimar os parâmetros

hidrogeológicos do aquífero Solimões, sendo que os métodos utilizados para tal, de

acordo com as características dos aquíferos (confinados não drenantes, em regime

transiente), foram os de Theis e Cooper-Jacob, sendo esses discutidos a seguir.

Método de Theis

Para as condições específicas de aquífero confinado não drenante e regime

transiente, Theis (1935) apresentou a seguinte equação (5):

�� � ��� � ��π� �

����

� !"� #$%!&������" � '

�(��)� (5)

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Como a integral da expressão não tem solução exata, a resolução foi proposta por

Theis (1935) através da série convergente (equação 6):

���**+ � ,%�" - " � �����. -

�/0�0. -

�1���. 2 � 34"5 (6)

Como ho - h = s (rebaixamento), tem-se a equação 7:

# � � ��π�34"5 (7)

Tirando-se o valor de T e de S, teremos as seguintes equações 8 e 9:

� � � ��π634"5 (8)

7 � � ��)�'� (9)

Por fim, a condutividade hidráulica pode ser calculada pela razão entre a

transmissividade (T) e a espessura do aquífero (equação 9):

8 �� �9 (10)

Onde:

T = transmissividade (L2/T);

Q = vazão de bombeamento (L3/T);

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s = rebaixamento a uma distância r do poço bombeado (L);

S = coeficiente de armazenamento (adimensional);

K = condutividade hidráulica (L/T);

t = tempo a partir do início do bombeamento (T);

b = espessura do aquífero;

r = distância do poço de bombeamento ao ponto de rebaixamento s (L); e

W(u) = função de poço para aquífero confinado não drenante.

Metodologia de Aplicação

Após a realização do teste de aquífero com acompanhamento de no mínimo um

poço de observação, determinam-se os valores de W(u), 1/u, s e t pelo método

gráfico, superpondo a curva teórica log W(u) versus log 1/u sobre a curva de campo,

onde são plotados os valores de rebaixamento (s) versus tempo (t), também em

escala bilog, com o mesmo módulo logarítmico da curva teórica. Após a superposição e

o melhor ajuste para o encaixe da curva teórica com a curva de campo, escolhe-se um

ponto qualquer, denominado ponto de superposição, como ilustrado na figura 2.

Deste ponto são registrados os valores de W(u) e 1/u (curva teórica) e s e t (curva de

campo).

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19

1E-001 1E+000 1E+001 1E+002 1E+003 1E+004 1E+005

1/U

1E-003

1E-002

1E-001

1E+000

1E+001

1E+002

W(U

)

0.1 1 10 100 1000 10000 100000

t (minutos)

0.001

0.01

0.1

1

10

100

s(c

m)

Ponto de Superposição

Curva Teórica de de Theis

t = 1,5 min

s = 1 cm

1/u = 1

W(u) = 10

Figura 2: Método gráfico de superposição para a determinação da transmissividade (T) e do coeficiente de armazenamento (S), utilizando a metodologia de Theis.

Método de Cooper/Jacob

O método de Cooper & Jacob (1946) constatou que quando o valor de u era muito

pequeno <0,01; os dois primeiros termos da série de Theis eram suficientes para

apresentar uma aproximação bastante confiável do valor de W(u), assim (equação 11):

# � ��π� :����**+ � ,%�";� #$%!&������" �

'�(��) (11)

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20

Trabalhando a equação 10, chega-se a seguinte Equação de Jacob (equação

12):

# � ���<0�� 4,&= ���>�'�( - ,&=�?5 (12)

O valor da transmissividade (T) será dado pela equação 13:

� � ���<0�@6 , para um ciclo logarítmico (13)

Na equação de Jacob, considerando o instante onde o rebaixamento é nulo (s =

0), tem-se t0, logo (equação 14):

� � ���<0�� ,&= ���>�)A'�( (14)

Como:

���<0�� �B ��� C ,&= ���>�)A���'�( � �� C � ���>�)A���'�( � � (15)

Tirando-se o valor do coeficiente de armazenamento (S) na equação 15, se tem a

equação 16:

7 � � ���>�)A���'� (16)

Por fim, a condutividade hidráulica pode ser calculada pela razão entre a

transmissividade (T) e a espessura do aquífero, dada pela equação 10:

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21

8 �� �9 (10)

Onde:

T = transmissividade (L2/T);

S = coeficiente de armazenamento (adimensional);

K = condutividade hidráulica (L/T);

Q = vazão de bombeamento (L3/T);

s = rebaixamento a uma distância r do poço bombeado (L); e

t = tempo a partir do início do bombeamento (T).

to = tempo limite para o rebaixamento nulo; e

r = distância do poço de bombeamento ao ponto de rebaixamento s (L).

∆s = variação do rebaixamento tomado num ciclo logarítmico.

b = espessura do aquífero (L).

Metodologia de Aplicação

Após a realização do teste de aquífero com acompanhamento de, no mínimo, um

poço de observação, foram determinados os valores de ∆s e to a partir da utilização de

um método gráfico, onde foi construída uma curva de campo s versus log t,

ajustando-se uma reta aos pontos plotados, como mostrado na figura 3. A partir desse

gráfico foi calculado o ∆s tornando-se, quando possível, 1 (um) ciclo logarítmico. Para a

avaliação de to, prolongou-se a reta até a mesma interceptar o eixo das abscissas,

onde s = 0.

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22

1 10 100 1000t

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

s

Ciclo Logarítmico

Δs

t0 t1 t2

S1

S2

Figura 3: Método gráfico para determinação da transmissividade (T) e do coeficiente de armazenamento (S), utilizando o método de Cooper-Jacob.

3.7.2 TESTE DE PRODUÇÃO

Com o objetivo de se determinar a vazão de explotação, equações características

dos poços e curvas de rebaixamento, foram realizados testes de produção, do tipo

escalonado, em 21 poços (PT’s, 01, 02, 04, 05, 06, 07, 11, 13, 15, 16, 17, 20, 21, 22,

23, 25, 26, 27, 28, 33 e 40) (ver anexo 4 com as tabelas dos testes). Sua execução

consistiu na realização de um bombeamento e no registro da evolução dos

rebaixamentos no próprio poço bombeado, com três etapas escalonadas com vazões

progressivamente crescentes, de modo que Q1 < Q2 < Q3. Vale ressaltar que para a

medição do nível estático e níveis dinâmicos, assim como a medição e controle de

vazão, os mesmos equipamentos utilizados para os testes de aquíferos foram usados.

Durante o período de tempo correspondente a cada etapa de 2 horas de duração, a

vazão foi mantida constante, passando-se de uma etapa para outra através de um

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23

aumento brusco da vazão, obedecendo a uma progressão geométrica, escalonando-se

a vazão entre um mínimo e um máximo, em função do rendimento da bomba. Desse

modo, de acordo com o livro Hidrogeologia, conceitos e aplicações, Feitosa et al.

(2008), testes com as três primeiras vazões, onde não ocorre fluxo turbulento no pré-

filtro, podem ser utilizadas para a determinação da equação característica de

funcionamento do poço (Jacob, 1947), dada pela expressão (17):

Sw = BQ + CQ2 (17)

Onde:

B = Coeficiente de perdas laminares totais e BQ as perdas de carga do aquífero;

C = Coeficiente das perdas turbulentas e CQ2 a perda de carga no poço; e

2 = Expoente de vazão (adimensional).

Dividindo-se a equação (1) por Q, obtém-se a expressão Sw/Q = B + CQ, que

representa a equação de uma reta da forma y = b + ax, onde a é o coeficiente angular

dado pela tg α, sendo α o ângulo que a reta faz com a horizontal. Plotando-se os

rebaixamentos específicos determinados (s/Q) em função das respectivas vazões Q1,

Q2 e Q3, uma reta de coeficiente angular C intercepta o eixo dos rebaixamentos

específicos em um valor igual a B, sendo B o coeficiente das perdas laminares totais

(B1, B2 e B3,) e C o coeficiente das perdas axiais e na entrada dos filtros (C1, C2 e C3,)

(figura 4).

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24

Figura 4: Rebaixamentos específicos determinados (s/Q) versus vazões Q1, Q2 e Q3,

para determinar o coeficiente angular C e o coeficiente das perdas laminares totais B, retirado de Feitosa et al.(2008).

Partindo-se dos valores dos parâmetros B e C, que definem a curva característica

para o tempo de teste, para a construção da curva referente ao alcance desejado

(tempo para o qual se deseja fazer a avaliação), deve-se adotar o seguinte

procedimento:

• Extrapolação do valor do rebaixamento, apenas utilizando dados de

rebaixamento da primeira etapa do teste escalonado, no gráfico s versus

log t, para o alcance desejado, conforme a figura 5;

• Determinação de B(t) através da seguinte expressão (18):

B(t) = sp(t) – CQ2/Q (18)

Onde:

B(t) = Coeficiente de perda linear para um tempo t desejado (T/L2);

sP = Rebaixamento no poço bombeado no tempo t (L);

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25

Q = Vazão no poço na etapa usada para a extrapolação do rebaixamento (L3/T);

C = Coeficiente de perda turbulenta (Tn/L3n-1) e;

2 = Expoente da vazão (adimensional).

Assim, a equação característica de um poço (19) para um tempo t qualquer passa a ser:

sp(t) = B(t)Q + CQ2 (19)

Figura 5: Extrapolação do Rebaixamento no Tempo, retirado de Feitosa et al.(2008).

Para o cálculo da vazão de explotação, que é a vazão determinada para a

produção do poço considerando um alcance determinado (5, 10, 15, 20...anos), monta-

se, a partir da equação (1), uma curva característica do poço que envolve dois termos:

um de perda linear, proporcional a vazão, e um de perda não-linear, proporcional ao

quadrado da vazão (Jacob, 1947 apud Feitosa et al., 2008) ou proporcional a uma

potência n da vazão (Rorabaugh, 1953 apud Feitosa et al.,2008). Com base nessas

curvas e admitindo-se um rebaixamento máximo disponível (RB), é possível determinar

a vazão de explotação de um poço para qualquer tempo de bombeamento (figura 6).

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26

Figura 6: Exemplo de curvas características de poços para diversos alcances, retirado de Feitosa et al.(2008).

Para o cálculo do rebaixamento máximo disponível (RD), deve-se,

primeiramente, levar em conta o tipo de aquífero e o projeto construtivo do poço. No

caso da grande maioria dos poços encontrados na BOGPM, que bombeiam água de

aquíferos confinados, esse rebaixamento fica sempre inferior à profundidade do topo do

aquífero. Levando-se em conta a variação sazonal (VS) do nível da água, a coluna de

água de submergência da bomba (SB), o nível estático medido no local do poço

estudado (NE), a profundidade da câmara de bombeamento (CB) ou PC (profundidade

do crivo da bomba) ou PB (profundidade da bomba) e prevendo um rebaixamento si

para as interferências (I) de outros poços, o rebaixamento máximo disponível (RD)

em um poço é dado pela expressão (20) abaixo:

RD = CB (ou PC ou PB) – NE – SB – VS – I (20)

No caso dos poços em Urucu, onde todos são de um único diâmetro, os valores

considerados para as câmaras de bombeamento (CB) foram os valores das

profundidades dos topos das seções de filtros mais superiores. Para os valores de nível

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estático (NE), foram considerados os valores medidos nos respectivos testes de

bombeamento, enquanto que para o valor da variação sazonal (VS), esse foi

considerado igual a 2 metros, baseando-se no mapa de diferença de cargas hidráulicas

(ver capítulo sobre mapas potenciométricos). Para os valores de submergência da

bomba (SB), que é a coluna de água que fica logo acima da bomba, foi considerado o

valor igual a 2 metros. Por fim, como esses cálculos levaram-se em conta que os poço

trabalham de forma isolada, o valor para a interferência (I) será considerado igual a 0

(Zero), ressaltando que esse valor causará uma certa limitação no resultado, sendo o

ideal um estudo de bateria de poços mais aprofundado para se determinar o valor de

“I”.

Obs.: Em alguns poços foram utilizados os valores de PB no lugar de CB, pois foi

observado que as profundidades do topo da seção filtrante mais superior desses poços

encontravam-se muito acima da profundidade da bomba, o que poderia resultar em um

RD abaixo da profundidade onde foi instalada a mesma, caso fosse utilizado o valor de

CB.

Para o cálculo de eficiência hidráulica do poço, esse pode ser definido como

sendo a relação entre as perdas de cargas naturais (B1Q) e as perdas totais ocorridas

durante o bombeamento (B1Q+CQ2), ou seja:

EF=B1Q/B1Q+CQ2 (21)

Portanto, um poço seria 100% eficiente na hipótese pouco plausível de que todas as

perdas laminares ou turbulentas, com exceção das perdas naturais no aquífero, fossem

nulas.

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28

3.8 AVALIAÇÃO DAS RESERVAS E RECURSOS HÍDRICOS

As reservas de um aquífero podem ser consideradas como um volume

armazenado passível de mobilização, não renovável, sem participar da vazão de

escoamento natural produzido pela recarga, sendo divididas em dois tipos de reservas

subterrâneas: as reservas armazenadas por saturação (Vs) e as reservas armazenadas

sob pressão (Vp). Apesar da determinação dessas reservas serem feitas a partir de

fórmulas simples, é inevitável a ocorrência de imprecisões, principalmente devido à

complexidade geológica dos reservatórios subterrâneos e a consequente dificuldade

que os mesmos oferecem a uma compreensão satisfatória das suas geometrias e

variação espacial das propriedades hidrodinâmicas. Com isso, é importante ressaltar

que, devido a essas dificuldades, foi feita uma estimativa ou avaliação das reservas e

recursos do sistema aquífero Solimões na área da BOGPM.

A seguir serão discutidos os conceitos de reservas e recursos, definidos no

capítulo 7.1 do livro “Hidrogeologia – Conceitos e Aplicações”, de 2008 e que serão

adotados nessa dissertação.

Reservas Permanentes

Como se trata de uma região onde predomina a ocorrência de aquíferos

confinados será visto, a seguir, apenas os conceitos ligados às reservas de aquíferos

confinados.

Reservas de Aquíferos Confinados

A reserva de saturação nos aquíferos confinados é, naturalmente, a água que

permanece saturando o meio poroso. Esse volume de saturação pode ser avaliado

como (equação 22):

Vs = A.ƞe.b (22)

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29

Onde:

Vs = Volume de água de saturação (L3);

A = Área de ocorrência do aquífero (L2);

ƞe = Porosidade efetiva (adimensional); e

b = Espessura média de saturação.

Com isso, as reservas dos aquíferos confinados são, portanto, constituídas pelas

reservas de confinamento (Vp) e pelas reservas de saturação (Vs), razão pela qual é

procedimento habitual escrevê-la como a soma dessas parcelas (equação 23):

V = Vp + Vs = (Ac.S.∆h) + (A.ƞe.b) (23)

Entretanto, na prática, a retirada de água dos aquíferos confinados é feita apenas

das reservas sob pressão, já que o aquífero, na grande maioria dos casos, permanece

totalmente saturado durante a explotação.

Como não se dispunha de nenhuma informação sobre a porosidade efetiva do

sistema aquífero Solimões na região, foi adotado um valor representativo entre areia e

argila igual a 10%, baseando-se no material geológico encontrado na região que seria

uma areia predominantemente argilosa (tabela 4).

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30

Tabela 4: Valores representativos de porosidade efetiva para alguns materiais geológicos.

Litologia Porosidade Efetiva (%)

Argila 1 – 10

Areia 10 – 30

Cascalho 15 – 30

Areia e cascalho 15 – 25

Arenito 5 – 15

Folhelho / Calcário 0,5 – 5

Fonte: Driscoll (1987).

Recursos Renováveis

A avaliação dos recursos renováveis pode ser realizada mediante análise das

variações potenciométricas sazonais, análise de curvas de depleção de cursos de água

superficial ou a partir de análise do mapa de fluxo subterrâneo do aquífero, usando a

transmissividade, gradiente hidráulico e comprimento das frentes de escoamento. No

caso da área em estudo, foi feita uma análise do mapa potenciométrico de maio de

2009 (ver capítulo sobre potenciometria) para determinar a vazão de escoamento

natural (VEN) dada pela equação (24):

VEN = T.i.L (24)

Onde:

VEN = vazão de escoamento natural (m3/h);

T = Transmissividade hidráulica do aquífero (m2/h);

I = Gradiente hidráulico de escoamento (adimencional); e

L = Comprimento da frente de escoamento considerada (m).

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31

Recursos Mobilizáveis ou Potencialidade

Os recursos mobilizáveis ou potencialidade podem ser definidos como a descarga

anual que pode ser extraída deste aquífero sem que se produza um efeito indesejável

(Todd, 1959), sendo que definir tal efeito indesejável é algo complexo, passando por

questões de toda a natureza, desde aspectos hidráulicos, assim como por aspectos

sociais, econômicos e legais. Com isso, a decisão sobre que cifra deve ser adotada,

como potencialidade para um dado aquífero, precisa se basear em quantificações

conservadoras no início do processo, de modo que essas reservas se tornem

sustentáveis e produtivas no futuro, sendo que tal quantificação deve sofrer,

inevitavelmente, reavaliações ao longo do processo, na medida da evolução do

conhecimento do sistema aquífero. No caso da área em estudo, foi adotado o valor de

20% das reservas do aquífero avaliado e feito uma estimativa de explotação para os

próximos 20 e 50 anos.

Recursos Disponíveis

Recursos disponíveis são aqueles em que já existe explotação significativa e que

envolve dois tipos: disponibilidade efetiva e disponibilidade instalada.

Disponibilidade Instalada é a descarga possível de ser obtida a partir das

captações existentes no aquífero em estudo, considerando-se o bombeamento em

regime contínuo, sendo utilizados, deste modo, os dados de vazões dos poços

localizados no limite da área onde foi feita a estimativa, considerando esses em um

regime de 24/24h.

Disponibilidade Efetiva é a descarga anual efetivamente bombeada, estimada

através do recenseamento das captações existentes, em funcionamento, na área do

aquífero em estudo. Como os poços na BOGPM não trabalham em um regime contínuo

de 24 horas, pois há o revezamento entre os mesmos através do desligamento

automático quando esses alcançam um nível desejável nos reservatórios de água, foi

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32

considerado, desse modo, um regime diário de 6 horas de bombeamento para cada

poço.

Recursos Explotáveis

Correspondem à diferença entre os recursos mobilizáveis e os recursos

disponíveis. No caso da área estudada, foi feito uma estimativa para os próximos 20 e

50 anos.

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33

4 TRABALHOS ANTERIORES

No estado do Amazonas, os estudos sobre águas subterrâneas são escassos,

embora diversos trabalhos enfoquem as águas superficiais. No contexto da gestão das

águas subterrâneas, destaca-se o estudo realizado por Tancredi (1996) que avaliou,

entre outros aspectos, as reservas de água subterrânea do município de Santarém,

região situada em um domínio de clima equatorial úmido. O sistema hidrogeológico da

Formação Alter do Chão, ocorrendo aquíferos confinados de espessuras que perfazem

430 m, intercalados a aquícludes e/ou aquítardes. O resultado dessa pesquisa mostrou

que as reservas de água subterrânea são expressivas, com volumes de 226 x 106 m3

para a reserva reguladora e 86.550 x 106 m3 para a permanente. Além da magnitude

das reservas, os recursos explotáveis tiveram grande potencial de recarga induzida. Os

estudos comparativos mostraram que os custos de exploração unitária da água

subterrânea de Santarém estão compreendidos entre 38,4 a 42,5% do custo de

explotação unitário da água superficial de Manaus e entre 64,5 a 71,3% do custo

unitário de explotação da água superficial de Oriximiná.

Em uma área rural do município de Manacapuru, no Amazonas, Nascimento

(2000) desenvolveu um estudo avaliando, entre outros aspectos, as formas de

utilização da água pelas comunidades ribeirinhas da região, particularmente para o

abastecimento doméstico. O resultado dessa pesquisa mostrou que em 87% dos casos

as comunidades ribeirinhas utilizam o rio Solimões para realizar suas atividades

cotidianas, restando 13% de frequência de utilização, distribuídos em lagos e igarapés.

Em cinco das sete comunidades estudadas, as amostras de água apresentaram

resultados positivos para coliformes fecais durante a época de cheia, evidenciando os

efeitos da falta de saneamento básico e da utilização do mesmo corpo d’água para o

abastecimento doméstico, para a pesca e como receptor dos dejetos sanitários e de

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34

outra natureza. O papel irrelevante das águas subterrâneas como fonte de

abastecimento das comunidades ribeirinhas, aliado à falta de conhecimento relativo à

importância dessas águas para o ciclo da água na Amazônia, tem justificado a pouca

importância dada a essas águas na região.

Rocha (2006) avaliou a taxa de infiltração superficial em clareiras encontradas na

Base Operacional Geólogo Pedro de Moura, no Município de Coari – AM. Neste

trabalho foi avaliada a taxa de infiltração observada em uma clareira aberta com início

de recuperação, uma clareira com dez anos do início de sua recuperação e a floresta

nativa do entorno destas clareiras. Os dados foram obtidos através de um infiltrômetro

por inundação, que são aparelhos destinados a medir diretamente a taxa de infiltração

superficial, com a adição de água por inundação. Os resultados mostraram que as

diferentes clareiras têm a mesma resposta à infiltração da água, isto é, apresentaram

uma pequena taxa de infiltração, indicando que o escoamento superficial das clareiras é

muito elevado, o que contribui para a erosão das bordas da clareira, principalmente

àquela voltada para as rodovias. Observou-se que as taxas de infiltração nas diferentes

clareiras são muito baixas e aproximadamente iguais, com cerca de 5 mm por hora,

enquanto que na floresta que circunda estas clareiras a taxa de infiltração superficial é

da ordem de 100 mm por hora. Rocha ressaltou que a taxa de infiltração é maior no

início da precipitação e diminui ao longo do tempo tendendo para valores desprezíveis

após longas precipitações, assim sendo o escoamento superficial é inversamente

proporcional. De posse desses dados, Rocha concluiu que as consequências da baixa

infiltração são as reduções da concentração de umidade e aumento de temperatura dos

níveis sub superficiais, o que certamente causará uma alta taxa de mortalidade das

espécies nativas da vegetação que serão utilizadas no processo de recuperação das

clareiras.

Souza, em 2006, mapeou os aquíferos da Formação Alter do Chão na cidade de

Manaus (AM) utilizando perfilagem geofísica de poço e sondagem elétrica vertical. O

estudo mostrou fácies sedimentares arenosa, argilosa, areno-argilosa e ''Arenito

Manaus'' depositadas em ambiente fluvial e flúvio-deltáico. A pesquisa estimou que

32.500 km3 de água poderiam ser exploradas, fornecendo poços confinados a semi-

confinados com vazão de até 300 m3/h, em poços de aproximadamente 220 m de

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35

profundidade. Souza constatou algumas distorções em poços com baixo rendimento

(de 78 m3/h) devido à má colocação de filtros em consequência da falta de informações

sobre o aquífero. Com isso, através do uso integrado de perfilagem geofísica de poço

(perfis de raio gama, de potencial espontâneo e de resistência elétrica), sondagem

elétrica vertical e informações litológicas de amostragem de calha, foi feito um

mapeamento das camadas litológicas permo-porosas com elevado potencial aquífero

nas zonas norte e leste da cidade de Manaus, o que resultou na identificação de duas

zonas aquíferas. A primeira zona, marcada pelos 50 metros iniciais de profundidade,

representada por três tipos de litologias: argilosa, arenosa e areno-argilosa, com as

duas últimas litologias apresentando elevado potencial aquífero e a segunda zona,

estendida a partir dos 50 metros até aproximadamente 290 metros de profundidade,

caracterizada por dois tipos de litologias: arenosa e areno-argilosa, apresentando

elevado potencial aquífero, cujos corpos arenosos são mais espessos e possuem uma

maior continuidade lateral que os da zona 1; e valores de vazão de quase 300 m3,

servindo, então, para abastecimento público. A análise feita quanto à variação lateral,

em mapas, de resistência transversal e condutância longitudinal, revelou que nas

porções inferiores a 50 m de profundidade os setores NE e SW correspondiam às

zonas permeáveis. Portanto, possuíam menos faixas argilosas, sendo considerados os

setores mais transmissivos do sistema aquífero. Souza conclui recomendando que

poços com profundidade maiores que 50 metros sejam locados nas faixas NNW, SW e

extremo sul, em virtude dos resultados obtidos através da perfilagens geofísicas de

poços, as quais delinearam camadas permo-porosas de elevado potencial aquífero

para a área estudada.

Horbe et al. (2007), com o objetivo de entenderem a evolução paleoambiental do

Cenozóico na Amazônia, analisaram seis perfis intempéricos desenvolvidos a partir da

Formação Solimões e um perfil do Quaternário da várzea do rio Solimões, no centro-

leste do estado do Amazonas. As informações obtidas permitiram determinar o grau de

evolução intempérica na região, além das suas características estruturais,

mineralógicas e químicas. Nos perfis sobre a Formação Solimões foram identificados,

de baixo para cima, os horizontes saprolítico, mosqueado e solo, enquanto os gerados

sobre o Quaternário são bem menos desenvolvidos, correlatos a Neossolos e

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36

constituídos dos horizontes C e A. A fração pelítica é a predominante nos perfis,

seguida de areia muito fina a fina. Os minerais predominantes são quartzo e caulinita,

ocorrendo subordinadamente hematita, goethita, muscovita, illita e esmectita em todos

os perfis e horizontes. Interestratificados illitaesmectita, clinocloro, sepiolita e clorita-

vermiculita estão restritos aos sedimentos da Formação Solimões. A composição

química e a concentração dos elementos-traço permitiram definir dois grupos de perfis:

Os perfis 1, 6 e 7, mais argilosos, apresentando maiores concentrações em esmectita,

illita, Al2O3 e álcalis, e elementos-traço, especialmente de Ba, Co, Li, Ni, Pb, Sr, V, Y e

Zn; enquanto que os perfis 2, 3, 4 e 5, mais lixiviados e/ou, formados, provavelmente, a

partir de fácies mais arenosos pobres em álcalis e em elementos-traço. O conjunto das

características demonstrou que os horizontes dentro de cada perfil são muito

semelhantes entre si e, portanto, pouco evoluídos, apesar do clima atual quente e

chuvoso da região de Coari promover intensa lixiviação. Consequentemente, por serem

derivados dos sedimentos mais jovens da Bacia do Solimões, e, portanto, sob ação

recente do intemperismo, foi concluído que a unidade que deu origem aos perfis na

Formação Solimões foi exposta no Quaternário e que estes se encontram em

desequilíbrio com as condições agressivas de lixiviação do ambiente laterítico reinantes

na Amazônia pelo menos desde o Paleógeno.

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37

5 ÁREA DE TRABALHO

5.1 LOCALIZAÇÃO

O trabalho foi desenvolvido na Base Operacional Geólogo Pedro de Moura

(BOGPM), em Urucu, município de Coari, no Estado do Amazonas. Situada a 650

quilômetros a sudoeste de Manaus e localizada entre os paralelos de 4º 50’ e 4º 53’ S e

os meridianos de 65º 17’ e 65º 20’ W, datum SAD 69 (Figura 7), essa província petrolífera

de Urucu surpreende pela grandeza do empreendimento, se tornando um verdadeiro

enclave no meio da floresta amazônica, no qual saem diariamente 100 mil barris de

óleo equivalente (BOE) de petróleo e gás natural, ou 5,5% da produção nacional. Para

se chegar à base operacional, só através de avião ou barco, sendo que na BOGPM

todas as entradas e saídas da região são controladas pela Petrobras, que administra a

concessão do campo de exploração de Urucu, até 2024.

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38

Fig

ura

7: L

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arth

).

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39

5.2 CLIMA

A região estudada é caracterizada por uma alta pluviosidade, sendo limitada

pelas isoietas de 2250 mm/ano e 2750 mm/ano. O período chuvoso geralmente inicia

em outubro, atingindo os maiores índices nos meses de janeiro, fevereiro e março. As

temperaturas médias apresentam variações limitadas pelas isotermas de 24º e 26º C. A

umidade relativa é bastante elevada e tem como limite as isohigras de 85 a 90%. De

acordo com a classificação de Köppen (1948), o clima dominante nesta área pertence

ao grupo A (clima tropical chuvoso), caracterizado por apresentar temperatura média do

mês mais frio superior a 18º C.

5.3 GEOMORFOLOGIA E HIDROGRAFIA

De acordo com Mauro et al.(1978), a Folha SB. 20 Purus, na qual está inserida a

área estudada, divide-se em quatro unidades morfoestruturais: Planície Amazônica,

Depressão Interplanáltica da Amazônia Meridional, Planalto Rebaixado da Amazônia

(Ocidental) e Serras e Chapadas do Cachimbo, sendo que a região em estudo está

enquadrada no Planalto Rebaixado da Amazônia (Ocidental).

O Planalto Rebaixado da Amazônia apresenta como principal característica as

extensas áreas conservadas e os relevos dissecados em interflúvios tabulares.

Caracteriza-se pela predominância de interflúvios tabulares de intensidade de

aprofundamento da drenagem muito fraca e índice de ordem de grandeza variáveis.

Além dessa forma ainda ocorrem superfície pediplanada e colinas. A superfície

pediplanada encontra-se na faixa norte a partir do rio Purus e no interflúvio

Purus/Madeira. Há dois padrões de drenagem: dendrítico, na parte noroeste e norte, e

retangular, no restante. O Planalto Rebaixado da Amazônia divide-se em: subunidade a

norte do rio Purus (única presente na área alvo), subunidade rio Purus-rio Madeira e

subunidade sul do rio madeira.

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40

Localmente, a Base de Operações Geólogo Pedro de Moura está inserida na

bacia hidrográfica do rio Urucu, situada à jusante dessa bacia, tendo como principal rio

o Urucu, afluente do rio Solimões com desembocadura no lago Coari. Apresenta suas

nascentes no divisor de águas do sistema Tefé/Urucu/Coari/Juruá, onde inicia um

percurso de 430 km em direção sudoeste/nordeste. Ao término deste trajeto tem sua

faixa de desembocadura situada dentro do lago Coari. O Urucu é a forma de acesso

natural à região da província.

Sob o aspecto das condições hidrográficas e geomorfológicas locais, o lago Coari

recebe influências diferenciadas quanto ao volume de água recebido. Sendo assim, os

trechos médios e inferiores, dependem de condições pluviais, enquanto o curso inferior

sofre influência do volume de água recebido do caudaloso Solimões, configurando-se

em uma espécie de ria fluvial. Sobre as condições de declividade deste rio, Aguiar et al.

(2004), mencionam que embora ainda não se disponha de dados suficientes sobre as

condições topográficas locais, este rio pode ser classificado como sendo de planície,

onde se torna evidente a existência de meandros. A lâmina de água máxima de 5,0

metros é definida pela altura máxima dos terraços marginais e sem transbordamento.

Maiores índices de cheias ocorrem nos meses de intensas chuvas na região, período

correspondente ao intervalo de dezembro a junho.

5.4 VEGETAÇÃO

Existem na área os seguintes tipos de vegetação: Áreas das Formações

Pioneiras, Região da Floresta Tropical Densa e Região da Floresta Tropical Aberta. Nas

áreas das Formações Pioneiras ocorre gramíneas, buriti, babaçu, patauá, açaí, entre

outras; a Região da Floresta Tropical Densa apresenta uma cobertura vegetal densa e

de alto porte, com maior variabilidade de espécies; a Região da Floresta Tropical Aberta

abrange espécies arbóreas como anani, samaúma, babaçu, patauá, angelim, peroba,

maçaranduba, entre outras.

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5.5 GEOLOGIA

A bacia do Solimões está localizada no interior da região norte do Brasil, Estado

do Amazonas, onde ocupa uma área sedimentar total de aproximadamente 948.600

km2, dos quais, 480.000 km2 correspondem à área prospectiva para hidrocarbonetos

(Barata, 2006). Os limites geológicos da bacia são definidos pelo Arco de Iquitos à

oeste, pelo Arco de Purus a leste, pelo Escudo das Guianas ao norte, e pelo Escudo

Brasil Central ao sul. O Arco intrabacinal de Carauari divide a bacia em duas sub-

bacias, onde a porção oriental corresponde à sub-Bacia do Juruá e a porção ocidental à

sub-Bacia do Jandiatuba (Figura 8).

Figura 8: Localização das bacias paleozóicas do Solimões e do Amazonas, retirado de Barata. & Caputo (2006).

O arcabouço estrutural está marcado pela presença da zona de

megacisalhamento do Solimões, cujo arcabouço constitui um exemplo clássico de

deformação intraplaca, compreendendo um sistema de falhas e dobras com direção N

70° - 80° E, em uma distância de quase 1000 km (Caputo & Silva, 1991). O registro

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sedimentar da Bacia do Solimões está marcado por múltiplos eventos de regressão e

transgressão marinha, ligados a processos de subsidência e soerguimento controlados

pela atividade nos arcos estruturais influenciados também por mudanças climáticas e

do nível relativo do mar (Caputo & Silva, 1991).

Serão mostradas a seguir as características principais das formações dos

depósitos do Cenozóico (Formações Solimões e Alter do Chão), tendo em vista que o

objetivo principal deste trabalho é a caracterização dos aquíferos da Formação

Solimões, no Pólo Arara e no Complexo Vitória-Régia.

Formação Alter do Chão - termo aplicado aos arenitos grossos, friáveis e de cores

variadas, que recobrem os estratos paleozóicos da bacia do Amazonas (Caputo et al.,

1971, 1972). Na Bacia do Solimões, a Formação Alter do Chão interpõe-se em

discordância angular entre o Grupo Tefé e a Formação Solimões. Na ausência de

datações nesta bacia, a idade da Formação Alter do Chão é estimada por correlação

com a Bacia do Amazonas. Price (1960), apud Caputo, (1984) identificou um grande

dente de Therapoda em um testemunho do poço 1-NO-1-AM, indicando idade

neocretácea para a parte superior da unidade. As datações com palinomorfos apontam

para idade mesoalbiana a turoniana. O ambiente de deposição interpretado para estas

rochas é continental, com fácies de planície e leques aluviais. Algumas bandas ferrosas

podem indicar períodos de formação de lateritas sob condições sazonais mais úmidas

(Figura 3).

Formação Solimões - termo revalidado por Caputo et al. (1971) para os argilitos

que recobrem as bacias de Solimões e Acre, e que ao longo de um século receberam

diversas designações (Caputo et al., 1972). Litologicamente a Formação Solimões foi

definida como uma sucessão de pelitos cor cinza claro e cinza esverdeada, maciços e

laminados, com linhitos intercalados em camadas de 2 a 10 m de espessura, e arenitos

finos a grossos, sub-angulares a sub-arredondados (Caputo, 1984). Esta unidade é

sobreposta discordantemente pela Formação Içá que consiste de arenitos finos a

médios e siltitos, localmente com conglomerados argilosos com colorações amarelo –

avermelhadas (Nogueira, 2003). O contato inferior da Formação Solimões é discordante

com o da Formação Alter do Chão. As associações esporopolínicas permitem o

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estabelecimento de três zonas palinológicas, correspondendo ao Mioceno,

Mioceno/Plioceno e Plioceno (Cruz, 1987). Sugere-se um ambiente deposicional fluvial

meandrante fino e lagos formados por canais abandonados (Figura 9).

Vega (2006) analisou afloramentos da Formação Solimões do Mioceno Superior

em terraços do rio Solimões, na região entre as cidades de Tefé e Coari, Estado do

Amazonas, visando à reconstituição paleoambiental e paleogeográfica dos depósitos

miocenos da região centro-oriental da Bacia do Solimões. Vega concluiu que as rochas

da Formação Solimões são constituídas por onze fácies sedimentares: a) pelito

laminado; b) pelito/arenito com restos vegetais; c) arenito/pelito com acamamento wavy-

linsen; d) arenito/pelito deformado; e) arenito com laminação cruzada cavalgante; f)

arenito/pelito bioturbado; g) arenito/pelito com estratificação inclinada heterolítica; h)

arenito com estratificação complexa; i) arenito com estratificação cruzada acanalada; j)

arenito maciço; e l) conglomerado maciço.

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Figura 9: Carta litoestratigráfica da bacia do Solimões, modificado de Eiras et. al. (1994).

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5.6 HIDROGEOLOGIA REGIONAL

No contexto deste trabalho serão levados em consideração os aquíferos da

Formação Alter do Chão e, principalmente, da Formação Solimões, devido às

localizações e profundidades em que se encontram tais aquíferos na área pesquisada.

5.6.1 AQUÍFERO ALTER DO CHÃO

Esse aquífero é encontrado tanto na bacia do Amazonas quanto na do Solimões,

sendo representado por intercalações de arenitos, argilitos, siltitos e,

subordinadamente, conglomerados. Na Sub-Bacia do Juruá, esses sedimentos

possuem espessura total de 360 m, sendo constituídos por arenitos grossos, friáveis e

de cores variadas, arenitos argilosos, argilitos, arcósios, quartzo-arenitos e brechas

intraformacionais.

Na bacia do Amazonas os aquíferos principais estão na Formação Alter do Chão,

com área de ocorrência de 500.000 km2, espessura média de 430 m e reserva

permanente de pelo menos 43.000 km2 (Geólogo Jaime Fernandes Eiras, comunicação

verbal, 2009).

São poucos os estudos hidrogeológicos do aquífero Alter do Chão, na Bacia do

Solimões, sendo os trabalhos concentrados, sobretudo, em Manaus. Entre esses pode

ser citado o de Souza & Verma (2006) no qual foram mapeados os aquíferos na cidade

de Manaus através de dados de sondagens elétricas verticais, perfilagem geofísica de

poços e perfis litológicos de amostragem de calha. Segundo o estudo, foi constatada a

presença de duas zonas aquíferas: a 1ª zona (até 50 m de profundidade) constituída

por camadas argilosas, arenosas e areno-argilosas de dimensões variadas, e a 2ª zona

(de 50 m a 290 m) caracterizada por litologias arenosa e areno-argilosa. Esta segunda

mostrou-se mais propícia ao armazenamento de água, devido os corpos arenosos

serem mais espessos e de boa continuidade lateral. Os poços que captam essa zona

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apresentam vazão em torno de 300 m3 /h, servindo para abastecimento público, com

água de boa qualidade.

O aquífero da Fm. Alter do Chão também foi enfocado por Tancredi (1996), no

município de Santarém, sendo que, nesse caso, a área de ocorrência da Formação

insere-se na bacia sedimentar do Amazonas. Segundo esse estudo, o sistema

hidrogeológico da Formação Alter do Chão apresenta em sua parte superior um

aquífero livre com espessura média de 50 m e, subjacente a este, aquífero confinado,

com espessura total de 430 m, separados por aquícludes e/ou aquítardos, de pequena

espessura. Possuem elevada produtividade, com valores de transmissividade

compreendidas entre 132 e 790 m²/dia, sempre superiores aos valores indicativos para

poços de abastecimento.

Em Manaus o aquífero livre Alter do Chão tem espessura em torno de 200 m, dos

quais 175 m estão saturados. Para uma porosidade efetiva de 15% em uma área de

400 km² tem-se uma reserva permanente de água de 10 km³ (Aguiar et al. 2002).

5.6.2 AQUÍFERO SOLIMÕES

São poucos e escassos os estudos e dados hidrogeológicos do aquífero Solimões,

na Bacia do Solimões, sendo os trabalhos concentrados, sobretudo, em Manaus.

Esse aquífero é representado, principalmente, pelos sedimentos localizados no

topo da sequência sedimentar da Bacia do Amazonas. A sua área de recarga é de

457.664 km2. A qualidade química das águas é boa, entretanto, em termos

microbiológicos há limitações, nas áreas urbanas, devido à elevada vulnerabilidade

natural (aquífero freático com nível da água próximo à superfície) e o elevado potencial

de contaminação devido a poços mal construídos, ausência/inadequação de proteção

sanitária e carência de saneamento básico (ANA, 2005). Segundo Souza (2003), a

reserva permanente desse aquífero é de pelo menos 43.000 km³, cobrindo uma área de

aproximadamente 480.000 km², com espessura média de 100 m.

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47

Na bacia sedimentar do Solimões, a principal reserva, de pelo menos 14.400 km3,

encontra-se nos arenitos da parte superior da Formação Solimões, que cobre uma área

de cerca de 480.000 km2 e possuem espessura média de 100 m (geólogo Jaime

Fernandes Eiras, comunicação verbal, 2009).

Esses aquíferos são representados por arenitos, calcários e conglomerados, com

intercalações de argilas vermelhas, cinzas e variegadas. Os argilitos são sílticos,

inconsolidados, laminados, listrados ou maciços, contendo comumente concreções

calcíferas. Muitas camadas castanhas ou cinza esverdeadas contêm abundantes

cristais de gipsita disseminada. Os arenitos são finos a médios, cinza esverdeados,

brancos, e castanho-avermelhados. São argilosos ou limpos, friáveis, com laminação

cruzada. Os conglomerados são intraformacionais, contendo seixos (~ 5 cm)

constituídos em geral, de argilito ou siltito.

De acordo com o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas da CPRM

(SIAGAS), existem aproximadamente 19 poços no município de Coari apresentando

dados de profundidade, nível estático e dinâmico, vazão específica e vazão após

estabilização, sendo a maioria construída pela Petrobras.

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6 HIDROGEOLOGIA LOCAL: AQUÍFERO SOLIMÕES – BOGPM

6.1 POÇOS EXISTENTES

A explotação das águas subterrâneas na BOGPM é feita através de poços

tubulares distribuídos no pólo Arara; nos alojamentos Vitória Régia, Tucano, Sabiá,

Papagaio, Base de Apoio e Gavião, aeroporto, portos Evandro e Urucu, parque de

resíduos e antigas áreas de perfurações de poços de petróleo (figura 10 e 11). Tais

poços, em sua maioria, foram construídos pela empresa de perfuração Só Poços Ltda,

tendo como solicitante a PETROBRAS. Esses poços, com profundidades que vão de 38

a 120 metros, tiveram como método de perfuração o rotativo, que se baseia na

trituração e/ou desagregação da rocha pelo movimento giratório de uma broca. Como

fluido de perfuração foram utilizados a bentonita (nos poços já existentes) e o CMC

(carboximetilcelulose), nos poços perfurados para o projeto Ecoeficiência 3. Para o

revestimento desses poços tubulares foram empregados tubos e filtros geomecânicos

(PVC) de ranhuras 0,75mm; com diâmetros que variam entre 4”, 6” e 8”. Por fim, foi

usado um pré-filtro quartzoso, de granulometria entre 1 e 2 mm, colocados através do

método de contra-fluxo.

Com o objetivo de conhecer as características de cada poço existente na

província petrolífera foram analisadas informações dos perfis construtivos, litológicos e

as perfilagens geofísicas dos poços. A tabela 5 traz um resumo das profundidades,

vazões e níveis estáticos dos poços, cujos perfis geofísicos e litológicos são

apresentados no anexo 2. Alguns desses perfis foram elaborados a partir de perfilagem

gama, tratando-se, portanto, de perfis litológicos interpretados. Os perfis construtivos

dos poços não são apresentados nessa dissertação, constando apenas em relatório

interno da Petrobras.

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50

Fig

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11: L

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ão d

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51

Tabela 5: Relação dos poços da Base Operacional Geólogo Pedro de Moura.

Poços Diâmetro (pol.)

Profundidade (m)

Profundidade Bomba (m)

Q (m³/h) NE (m)

PT-01 6 99,0 50,0 81,40 25,0

PT-02 8 87,5 42,0 69,00 25,20

PT-04 6 94,0 46,0 89,90 25,00

PT-05 8 92,0 60,7 100,00 23,30

PT-06 6 92,0 45,0 80,00 25,50

PT-07 8 103,0 45,0 70,03 21,60

PT-08 6 59,0 - 3,70 24,75

PT-09 6 36,0 34,0 6,00 16,50

PT-11 6 110,0 28,0 3,70 13,80

PT-12 4 84,0 54,0 2,98 16,30

PT-13 6 40,0 22,0 2,80 12,10

PT-15 6 120,0 20,0 8,33 8,00

PT-16 8 40,0 37,3 16,40 13,50

PT-17 8 40,0 36,6 18,41 14,10

PT-18 8 40,0 24,0 6,90 14,20

PT-19 6 40,0 13,0 2,50 9,50

PT-20 6 40,0 13,0 4,06 8,80

PT-21 6 41,0 16,0 6,47 10,10

PT-22 8 40,0 21,0 1,56 7,70

PT-23 6 36,0 15,0 4,00 8,10

PT-24 4 60,3 24,0 3,00 15,20

PT-25 8 61,0 31,0 3,78 20,35

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Tabela 5: Relação dos poços da Base Operacional Geólogo Pedro de Moura (continuação).

Poços Diâmetro (pol.)

Profundidade (m)

Profundidade Bomba (m)

Q (m³/h) NE (m)

PT-26 4 76,0 39,5 7,30 18,80

PT-27 8 93,0 78,0 69,14 24,70

PT- 28 6 51,0 21,8 4,20 13,75

PT- 29 8 40,0 - 4,30 21,65

PT- 30 8 38,0 - 4,20 23,00

PT- 31 4 40,0 28,0 10,00 5,50

PT- 32 4 40,0 25,0 2,90 9,15

PT- 33 8 77,0 55,0 43,37 26,30

PT- 34 4 40,0 25,0 3,30 13,75

PT- 35 4 40,0 18,0 1,77 16,20

PT- 36 4 50,0 25,0 2,90 -

PT- 37 4 54,0 20,0 3,28 12,70

PT- 38 4 48,0 24,0 - 12,70

PT- 39 4 54,0 16,0 4,00 6,86

PT- 40 4 100,0 - 9,46 25,60

PT- 41 8 100,0 9,77 23,82

PT- 42 6 100,0 24,0 29,97 13,15

PT- 43 4 64,0 - - -

PT-44 4 52,0 - - -

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53

6.2 CARACTERIZAÇÃO DA GEOMETRIA

Para a caracterização da geologia e da geometria dos aquíferos na BOGPM,

foram analisadas informações a respeito de perfis litológicos, geofísicos e construtivos

de poços de abastecimentos de água, de poços de exploração de petróleo e de perfis

litológicos e geofísicos de três furos estratigráficos (ver anexo 1 e 2). A partir da

correlação e interpretação desses perfis foram identificados e associados os elementos

geológicos e topográficos e confeccionadas quatro seções esquemáticas

hidrogeológicas na província de Urucu, que foram os segmentos A-A’, B-B’, C-C’ e D-D’

(figuras 12, 13, 14 e 15), assim como a elaboração de mapas de isóbatas e isópacas

(figuras 16 e 17). De acordo com as seções hidrogeológicas, foi observado que a

Formação Solimões possui espessura média de 300 metros, sendo que o seu contato

com a Formação Alter do Chão ocorre por volta de 300, 320 metros de profundidade.

De uma forma geral, há na região, primeiramente, a ocorrência de camadas

litológicas de baixa permeabilidade, representadas por argilitos arenosos ou arenitos

argilosos, que em média, pode chegar a 20-30 metros de profundidade, com máxima de

50 metros, em certos locais.

Essa camada de argilito recobre camadas de arenito fino a médio, de coloração

cinza esverdeado a castanho avermelhados, sendo que em certos locais há

intercalações com lentes de argila de espessuras e extensões variadas. Esses arenitos

podem alcançar profundidades de até 100-120 metros e devido a sua boa porosidade e

permeabilidade, os torna um bom reservatório de água (Aquífero Solimões), sendo que

é nessa camada que, geralmente, está localizada grande parte das seções de filtros da

maioria dos poços tubulares utilizados para o abastecimento de água na região. O fato

de existir essas lentes de argilas intercalando-se com a camada de arenito fazem com

que, em algumas regiões, ocorram dois aquíferos, um que pode variar entre as

profundidades 20-30 até 50-70 metros e outra que pode começar na profundidade 80-

90 e terminar em 110-130 metros. Dessa forma, o aquífero Solimões localiza-se na

parte superior da Formação Solimões.

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54

Logo abaixo, ocorre uma espessa camada de argilito (Aquiclude Solimões),

variando entre 150-180 metros de espessura, de coloração cinza claro e cinza

esverdeado, que em certos locais intercala-se com linhitos, arenitos, calcarenitos,

coquinas e calcilutitos, sendo esses, lentes de 2 a 10 m de espessura. Essa camada de

argila faz contato com a Formação Alter do Chão que é representada, nas seções, por

arenitos grossos, brancos e algumas lentes de argila, apresentando boa porosidade e

permeabilidade (Aquífero Alter do Chão).

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55

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56

Fig

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57

Fig

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59

Através do mapa de isóbatas (figura 16), confeccionado a partir das análises de

perfis litológicos e geofísicos de poços com mais de 100 metros de profundidade

(devido à maior quantidade de informações da geologia local), sendo assim,

determinadas as profundidades das primeiras ocorrências do aquífero, pode-se

constatar que a superfície do aquífero possui uma forma convexa, com profundidades

médias em torno de 52 metros. Essa convecção da superfície do aquífero é

evidenciada através de uma parte mais alta, localizada mais ao centro, e de depressões

localizadas nas partes mais periféricas do mapa. Pode-se notar, também, a ocorrência

de três pontos altos, onde as profundidades das primeiras camadas arenosas são

menores. Essas três porções, sendo uma localizada na parte mais central do mapa,

próxima ao poço RUC-21, e as outras duas porções menores, localizadas próximo ao

Pólo Arara, revelam os menores valores de isóbatas, próximos aos 30 metros de

profundidade. Entretanto, ao se distanciar dessas regiões, o topo do aquífero tende a

ter uma maior profundidade de ocorrência, por volta de 75 metros, como pode ser visto

na parte mais nordeste do mapa, onde se localiza o poço RUC-15.

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60

Figura 16: Mapa de isóbatas do aquífero Solimões, na BOGPM.

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61

O mapa de isópacas (figura 17), onde são visualizadas as linhas de igual

espessura do aquífero Solimões (espessuras totais considerando a primeira

ocorrência do aquífero até o contato com a espessa camada de argilito de coloração

cinza claro e cinza esverdeado), revelam valores médios variáveis, que vão da

ordem de 50 até 100 metros. Com relação às isópacas de menores valores, essas

são vistas nas porções norte-nordeste, próximo ao poço RUC-15; na porção central,

no RUC-02; e mais ao sudoeste, próximo ao RUC-01. Já os maiores valores das

isópacas, na ordem de 90-100 metros de espessura, são encontrados na parte mais

central do mapa, próximos do Pólo Arara; e na porção extremo sudoeste, próximo ao

RUC-25, onde foi observada a maior espessura do aquífero. Admitindo que essas

camadas arenosas possuam permeabilidades razoavelmente constantes, essas

regiões, com maiores espessuras, significam maiores transmissividades e,

consequentemente, poços com maiores vazões.

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62

Figura 17: Mapa de isópacas do aquífero Solimões, na BOGPM.

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63

6.3 BALANÇO HÍDRICO PARA A BACIA DO RIO URUCU

Para a estimativa da recarga do aquífero para a bacia do Rio Urucu foram

analisadas as séries climatológicas de precipitação pluviométrica e temperatura do

ar coletadas na Estação Meteorológica localizada no Pólo Arara, em Urucu. Esses

dados foram cedidos pela coordenação/Petrobras do projeto ECO-03.

6.3.1 COMPORTAMENTO MÉDIO MENSAL DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA

E DA TEMPERATURA DO AR,

Utilizando-se os dados médios mensais da temperatura do ar e precipitação,

pôde-se fazer uma relação do comportamento médio mensal. Na tabela 6, observa-se

esse comportamento para a estação do Pólo Arara.

Tabela 6: Comportamento médio mensal.

POLO ARARA

MESES T MÉDIA PRP MÉDIA

JAN 25,4 276,1

FEV 25,7 289,9

MAR 25,8 342,6

ABR 25,8 312,1

MAI 25,6 235,9

JUN 25,3 133,1

JUL 25,5 110

AGO 26 79,2

SET 26,3 106,4

OUT 26,2 190,7

NOV 25,7 180

DEZ 25,9 235,8

MÉDIA TOTAL 25,65 207,65

MÉDIA – Temperatura Média; PRP MÉDIA – Precipitação Média.

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64

A precipitação pluviométrica média total mensal no Pólo Arara foi de 207,65

mm e total médio anual de 2491,8 mm; sendo que os meses de dezembro a maio

apresentaram índices acima dessa média, enquanto que os meses de junho a

novembro representam um período de estiagem, acarretando em valores abaixo da

média pluviométrica. Com relação às Temperaturas Médias Anuais, os meses de

fevereiro a abril, agosto, setembro, outubro e dezembro obtiveram valores acima da

média anual, que foi de 25,65°C. Fazendo-se um comparativo entre os valores de

Precipitação Média Mensal e Temperatura Média Mensal é possível notar que

justamente no período em que ocorrem os maiores valores de precipitação média a

temperatura média apresenta os seus menores valores, concluindo-se que há uma

relação direta entre esses dois elementos meteorológicos (Figura 18).

É importante ressaltar que na figura 18, observa-se que no Pólo Arara os três

meses mais chuvosos são fevereiro, março e abril, correspondendo a 37,9% da

precipitação anual.

Figura 18: Relação entre precipitação média mensal e temperatura média mensal,

no Pólo Arara.

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65

6.3.2 BALANÇO HÍDRICO

Na tabela 7 encontram-se os dados precipitação, excedente de água,

deficiência de água, evapotranspiração potencial e evapotranspiração real. Para o

cálculo do balanço hídrico, foi empregado o método proposto por Thornthwaite &

Mather (1955), sendo que a partir desses resultados foi possível estimar, também, a

recarga do aquífero livre ou a taxa de infiltração da água no solo.

Observa-se, de modo geral que, quando os valores da curva da PRP estão

abaixo da curva da ETP ocorre a utilização de água retida no solo, até que se esgote

a capacidade de campo disponível (CAD). Segue-se o período de deficiência de

água no solo, o que se prolonga até que os valores da curva da PRP ultrapassem a

curva de ETP, iniciando a reposição de água no solo, até completar a CAD. Uma vez

completada essa capacidade, a sobra é considerada como excedente hídrico (EXC).

Os meses em que ocorre esse excedente hídrico correspondem àqueles em que

deve ocorrer recarga de água subterrânea.

Tabela 7: Dados de precipitação, excedente de água, deficiência de água,

evapotranspiração potencial e evapotranspiração real.

Estações PRP (mm) EXC (mm) DEF (mm) ETP (mm) ETR (mm)

Pólo Arara 2491,8 981 23,6 1534,7 1511

PRP – Precipitação Média; EXC – Excedente Hídrico; DEF – Deficiência de água; ETP – Evapotranspiração Potencial; ETR – Evapotranspiração Real.

O balanço hídrico estimado para a área de influência da estação do Pólo

Arara mostra que, entre os meses de abril a agosto e o mês de novembro têm-se

uma considerável redução nos índices pluviométricos, fato que não se observa na

evapotranspiração real e potencial, mantendo-se seus índices quase que

constantes. A tabela 8 apresenta os dados utilizados para a elaboração do balanço

hídrico na região, enquanto que a figura 19 mostra a dinâmica temporal mensal da

precipitação média mensal (PRP), evapotranspiração potencial (ETP) e

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66

evapotranspiração real (ETR). A partir desse gráfico pode-se inferir que os meses

que apresentaram maior disponibilidade hídrica, ou excedente de água no solo,

foram os meses de janeiro a junho. Os meses de julho a setembro apresentaram

uma deficiência de água no solo, enquanto que nos meses de outubro a dezembro

essa deficiência foi compensada pela reposição de água devido à elevação nos

índices de precipitação (figura 20).

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67

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68

Figura 19: Balanço hídrico médio mensal para o Pólo Arara.

Figura 20: Armazenamento de água no solo: Máximo e Efetivo.

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69

6.3.3 ESTIMATIVA DA TAXA DE INFILTRAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO

Para a estimativa da taxa de infiltração da água no solo para a área de

estudo, foi realizada a razão do cálculo da vazão de escoamento natural (VEN) e

área de contribuição para frente de escoamento de duas sub-bacias (190 km2 -

sub-bacia 1 e 220 km2 - sub-bacia 2)(figura 21).

Para o cálculo da VEN, foram utilizados os valores de 1,2x10-3 para o

gradiente hidráulico, 10.000 m (sub-bacia 1) e 12.000 m (sub-bacia 2) para frente

de escoamento e transmissividade média de 4x10-3 m2/s. Dessa forma, foi

possível encontrar os seguintes valores de infiltração da água no solo (IF):

Sub-bacia 1:

VEN = 4x10-3 m2/s x 1,2x10-3 x 10.000 m = 0,048 m3/s ou 124.416 m3/mês

IF = ������DE0FEêG�H���������E� = 0,65 mm/mês ou 7,9 mm/ano

Sub-bacia 2:

VEN = 4x10-3 m2/s x 1,2x10-3 x 12.000 m = 0,057 m3/s ou 149.300 m3/mês

IF = ��H�0��E0FEêG�����������E� = 0,68 mm/mês ou 8,2 mm/ano

Com o resultado de IF para as duas sub-bacias, podemos concluir que a

taxa média estimada de infiltração da água no solo é de 8 mm/ano.

Page 83: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

70

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71

6.4 POTENCIOMETRIA

A potenciometria geral do aquífero Solimões na área da Base Operacional

Geólogo Pedro de Moura, tanto para os valores de níveis estáticos medidos em

julho de 2008, quando para os medidos em maio de 2009, evidencia um

comportamento geral concordante com a superfície topográfica e fluxos

generalizados da água em direção ao Rio Urucu. Nota-se que nesses mapas a

direção e sentido geral do fluxo é SSE-NNW, sendo que as linhas equipotenciais

registram convergência de fluxo em direção aos canais de drenagem superfícial

(Rio Urucu e seus tributários), tratando-se de rios efluentes (figuras 22 e 23). A

tabela 3, apresentada no capítulo 3.6, mostra os dados dos poços, coordenadas X

e Y, nível estático (NE), carga hidráulica e diferença de carga higraulica para os

dois períodos medidos.

Com relação aos gradientes hidráulicos, é notado que na porção central e

leste do mapa os valores encontrados estão entre 1 x 10-3 e 1,4 x 10-3, enquanto

que porção sudoeste o gradiente hidráulico médio encontrado foi de 1,3 x 10-3.

Vale destacar feições de cone de rebaixamento, tanto no Polo Arara, nos

alojantos, quanto próximo ao aeroporto, resultado da alteração das condições

naturais do fluxo suterrâneo induzido pelo número de poços de bombeamento na

BOGPM.

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72

Tabela 3: Dados sobre coordenadas X e Y, elevação e NE dos poços analisados.

POÇO Coordenada (X)

Coordenada (Y)

Boca do Poço (m)

Elevação (m)

1° Campanha 2° Campanha Diferença entre Cargas Hidráulicas

(m) (julho 2008) (maio 2009)

NE(m) h(m) NE(m) h(m)

PT-02 244948,01 9461675,54 1,03 68,80 24,36 45,47 25,70 44,13 -1,34

PT-04 245127,64 9461444,51 1,15 67,91 - - 23,66 45,40 -

PT-06 244983,21 9461529,12 0,35 68,70 - - 23,86 45,19 -

PT-07 245058,74 9461916,96 0,68 67,39 23,91 44,16 22,55 45,52 1,36

PT-09 244006,78 9459545,75 0,60 66,95 - - 19,24 48,31 -

PT-11 241921,18 9460704,39 0,64 66,64 19,40 47,88 18,56 48,72 0,84

PT-13 241873,76 9461049,93 0,58 64,39 13,54 51,43 17,51 47,46 -3,97

PT-15 241671,68 9461236,34 0,73 53,48 6,93 47,28 5,91 48,30 1,02

PT-16 241094,95 9461213,37 0,30 60,12 13,39 47,03 12,30 48,12 1,09

PT-17 241118,36 9461235,41 0,78 60,03 13,43 47,38 12,47 48,34 0,96

PT-19 241270,51 9462211,71 0,23 56,48 10,44 46,27 9,25 47,46 1,19

PT-20 240670,69 9462860,07 0,45 52,46 8,14 44,77 6,72 46,19 1,42

PT-21 240434,90 9463156,85 1,90 53,41 10,71 44,60 11,10 44,21 -0,39

PT-22 239526,24 9459566,84 0,73 68,17 8,61 60,29 6,00 62,90 2,61

PT-23 270151,01 9462657,27 0,20 62,17 8,40 53,97 - - -

PT-24 273162,62 9473243,12 0,57 53,59 15,16 39,00 13,50 40,66 1,66

PT-25 241820,53 9461191,44 0,58 66,00 19,84 46,74 18,90 47,68 0,94

PT-27 245195,24 9461586,73 0,70 67,11 25,89 41,92 23,63 44,18 2,26

PT-28 242624,43 9460362,26 0,45 61,91 - - 11,75 50,61 -

PT-31 242106,66 9457599,86 0,52 58,17 5,43 53,26 5,10 53,59 0,33

PT-33 244915,31 9461575,70 0,75 69,17 26,50 43,42 24,95 44,97 1,55

PT-34 272288,70 9464369,59 0,70 61,06 - - 12,49 49,27 -

PT-35 241771,80 9460997,51 0,50 62,00 - - 13,88 48,62 -

PT-36 258601,08 9459742,44 0,60 72,47 - - 15,91 57,16 -

PT-41 245013,17 9461598,78 0,55 70,06 23,60 47,01 25,54 45,07 -1,94

NE – Nível Estático; h – Carga Hidráulica;- Dados não fornecidos ou não encontrados

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73

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74

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9.

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75

Com relação à potenciometria abrangendo apenas as áreas do Pólo Arara,

alojamentos e aeroporto, a circulação das águas subterrâneas verifica-se, como

mostra a figura 24, um sentido geral SW-NE e convergência de fluxo em direção aos

canais de drenagem superficial e ao rio Urucu. Fazendo-se uma comparação entre

as cargas hidráulicas feitas em 15 poços em julho de 2008 e em 19 poços em maio

de 2009, percebe-se que em 10 meses não houve uma grande variação no

comportamento do fluxo da água subterrânea. Nos dois mapas é possível perceber

comportamentos na direção do fluxo subterrâneo, convergindo em direção aos

alojamentos Tucano, Sabiá, Vitória Régia e Base de Apoio; e outro convergindo em

direção ao Pólo Arara; sendo que ambos seguem, posteriormente, em direção ao rio

Urucu. Esse comportamento na direção do fluxo pode ser explicado por possíveis

influências de bombeamentos nessas áreas.

Na figura 25 é mostrada a diferença entre cargas hidráulicas entre julho de

2008 e maio de 2009. Neste mapa os valores negativos significam que houve um

rebaixamento da superfície potenciométrica de 2008 para 2009 e os positivos que

houve recuperação. As variações ficaram entre 2,26 e -3,97 metros, sendo que os

valores negativos só foram observados nas áreas do Pólo Arara e alojamentos,

locais onde há uma maior quantidade de poços de bombeamento. Vale ressaltar

que, nas porções central e leste do mapa, deve ser visto com reserva, já que nessas

áreas há poucos poços, sendo esses distantes entre si.

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76

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77

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78

6.5 ENSAIOS DE BOMBEAMENTO

6.5.1 TESTES DE AQUFERO

Teste no PT-16, com Poços de Observação PT-17 e 18

Este teste apresentou duração de 4 horas (240 minutos), sendo que as

distâncias dos poços de observação PT’s 17 e 18 para o poço bombeado PT-16

foram de 32 e 67 metros, respectivamente. A vazão utilizada para o teste foi de 12

m3/h. Através da interpretação de seções geológicas da região foi considerada a

espessura média do aquífero, onde ocorreu o teste, de 120 metros. Vale ressaltar

que a duração de 4 horas aconteceu devido à impossibilidade logística de ser

realizado tal teste com duração de 24 horas, pois o poço bombeado e os respectivos

poços monitorados abasteciam um alojamento e não poderiam ficar mais de 4 horas

desligados, o que comprometeria o abastecimento do alojamento, optando-se por

esse período de teste.

A interpretação do teste de aquífero, para a obtenção dos parâmetros

hidrogeológicos do aquífero Solimões, foi realizada segundo as equações propostas

pelos métodos de Theis (1935) e Cooper & Jacob (1946), sendo os seus resultados

mostrados na tabela 9, enquanto que os seus respectivos gráficos podem ser

encontrados no anexo 3.

Tabela 9: Valores de T, S e K encontrados através dos métodos de Theis e Cooper/Jacob.

PT-16 T (m2/s) S K (m/s)

PT-17 Theis 2,652 x 10-3 9,325 x 10-4 2,210 x 10-5

PT-18 5,305 x 10-4 1,361 x 10-4 4,421 x 10-6

PT-17 Jacob 3,320 x 10-3 6,128 x 10-4 2,767 x 10-5

PT-18 5,136 x 10-3 8,495 x 10-4 4,280 x 10-5

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79

Teste no PT-40, com Poços de Observação PT-01, 02, 33 e 41

Esse teste apresentou duração de 24 horas (1440 minutos), sendo que as

distâncias dos poços de observação PT’s 01, 02, 33 e 41 foram de 82,5; 75,7; 100,5;

e 40 metros, respectivamente. A vazão utilizada para o teste foi de 60 m3/h. Neste

caso, o valor da espessura média do aquífero a ser considerado, baseando-se nas

seções geológicas da região, foi de 80 metros.

Os valores dos parâmetros hidrogeológicos encontrados a partir desse teste de

vazão, assim como os seus respectivos gráficos, podem ser vistos na tabela 10,

enquanto que os seus respectivos gráficos podem ser encontrados no anexo 3.

Tabela 10: Valores de T, S e K encontrados através dos métodos de Theis e Cooper/Jacob.

PT-40 T (m2/s) S K (m/s)

PT-02

Theis

6,987 x 10-3 3,219 x 10-4 8,734 x 10-5

PT-41 6,034 x 10-3 6,426 x 10-4 7,543 x 10-5

PT-33 1,154 x 10-2 5,760 x 10-3 1,443 x 10-4

PT-01 9,482 x 10-3 7,690 x 10-4 1,185 x 10-4

PT-02

Jacob

7,528 x 10-3 2,306 x 10-4 9,411 x 10-5

PT-41 7,967 x 10-3 3,361 x 10-4 9,958 x 10-5

PT-33 1,020 x 10-2 5,455 x 10-3 1,275 x 10-4

PT-01 1,017 x 10-2 8,068 x 10-3 1,271 x 10-4

6.5.2 TESTES DE PRODUÇÃO

Para a determinação da vazão de explotação, equações características dos

poços e curvas de rebaixamento foram realizados 21 testes de produção, do tipo

escalonado, nos seguintes poços, localizados na Base Operacional Geólogo Pedro

de Moura: PT’s 01, 02, 04, 05, 06, 07, 11, 13, 15, 16, 17, 20, 21, 22, 23, 25, 26, 27,

28, 33 e 40.

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80

Para o cálculo da equação característica do poço, que são os rebaixamentos

específicos determinados (s/Q) em função das respectivas vazões, para Q1, Q2 e Q3,

formando uma reta de coeficiente angular C, que intercepta o eixo dos

rebaixamentos específicos em um valor igual a B, utilizou-se a equação Sw = BQ +

CQ2 (Jacob, 1947).

Para o cálculo da vazão de explotação, que é a vazão determinada para a

produção do poço considerando um alcance determinado (nesse caso t = 20 anos),

utilizou-se a equação sp(t) = B(t)Q + CQ2.

Para o cálculo de eficiência hidráulica do poço, utilizou-se a equação

EF=B1Q/B1Q+CQ2. O resultado mostrou que a maioria dos poços analisados possui

boa eficiência hidráulica (acima de 90%), ou seja, com poucas perdas laminares ou

turbulentas. Houve casos em que alguns poços obtiveram valores abaixo de 90% de

eficiência, casos dos PT’s 22, 26, 27 e 40, o que pode ser explicado ou por possíveis

penetrações parciais (intervalo filtrante não capta totalmente a espessura do

aquífero), pré-filtro inadequado, ou até a utilização de fluido de perfuração,

resultando na redução da condutividade hidráulica na zona de transição do pré-filtro.

Para o cálculo do rebaixamento máximo disponível (RD), levou-se em conta

a variação sazonal (VS) do nível da água, a coluna de água de submergência da

bomba (SB), o nível estático medido no local do poço estudado (NE), a profundidade

da câmara de bombeamento (CB) ou PC (profundidade do crivo da bomba) ou PB

(profundidade da bomba) e prevendo um rebaixamento si para as interferências (I)

de outros poços, dado pela expressão RD = CB (ou PC ou PB) – NE – SB – VS – I.

Vale ressaltar que para alguns poços (PT’s 11, 13, 21 e 22) foram utilizados valores

de PB no lugar de CB, pois foi observado que as profundidades do topo da seção

filtrante mais superior desses poços encontravam-se muito acima da profundidade

da bomba, o que poderia resultar em um RD abaixo da profundidade onde foi

instalada a mesma, caso fosse utilizado o valor de CB.

As respectivas equações características dos poços, eficiência hidráulica dos

poços, equações características para um alcance estimado de 20 anos, os

rebaixamentos disponíveis e as vazões de explotação para um tempo estimado de 20

anos, podem ser vistos na tabela 11.

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81

Os gráficos, curvas de rebaixamento e tabelas referentes à vazão e

rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos de cada teste podem

ser encontrados no anexo 4 da dissertação.

Tabela 11: Equações características dos poços, eficiência hidráulica dos poços e equações características, rebaixamentos disponíveis e vazão de explotação para 20

anos.

Poço Equação Característica

do Poço (Sw = BQ + CQ2)

Eficiência Hidráulica do

Poço (EF=B1Q/B1Q+CQ2)

Equação Característica do Poço para t = 20

anos (sp(t) = B(t)Q + CQ2)

Rebaixamento Disponível (RD=CB–NE–

SB–VS–I)

Vazão de Explotação

para 20 anos

PT-01 0,252417Q + 0,000134Q2

97% 14,54 m 39 m 118,2 m3/h

PT-02 0,101745Q + 0,000271Q2

94% 3,896 m 23 m 109,5 m3/h

PT-04 0,184941Q + 0,000274Q2

91% 10,77 m 29 m 106 m3/h

PT-05 0,078592Q + 0,000187Q2

91% 15,08 m 34 m 212,6 m3/h

PT-06 0,104041Q + 0,006173Q2

93% 7,8 m 18,5 m 80 m3/h

PT-07 0,025834Q + 0,001242Q2

94% 3,84 m 25,5 m 123,9 m3/h

PT-11 0,275611Q + 0,006173 Q2

93% 3,84 m 4 m 12,43 m3/h

PT-13 1,058881Q + 0,010012Q2

99% 1,421 m 0,5 m 0,5 m3/h

PT-15 0,241863Q + 0,008318Q2

90% 1,002 m 8 m 18,2 m3/h

PT-16 0,380267Q + 0,003382Q2

95% 3,335 m 5 m 7,85 m3/h

PT-17 0,293444Q + 0,002635Q2

96% 1,776 m 5,5 m 13,1 m3/h

PT-20 0,270537Q + 0,008558Q2

98% 0,151 m 3,3 m 9,25 m3/h

PT-21 0,688257Q + 0,030271Q2

96% 0,604 m 0,5 m 0,67 m3/h

PT-22 2,949077Q + 0,616312Q2

88% 6,839 m 7 m 0,66 m3/h

PT-23 1,025469Q + 0,007655Q2

99% 1,951 m 4 m 2,66 m3/h

PT-25 2,243088Q + 0,074159Q2

97% 2,6 m 8,3 m 2,29 m3/h

PT-26 0,847588Q + 0,113006Q2

86% 1,2 m 25,5 m 11,6 m3/h

PT-27 0,204140Q + 0,000925Q2

86% 10,258 m 28,5 m 82,93 m3/h

PT-28 4,866081Q + 0,160499Q2

98% 4,5 m 4,5 m 0,6 m3/h

PT-33 0,367339Q + 0,001409Q2

93% 8,075 m 26,5 m 56,17 m3/h

PT-40 0,229586Q + 0,000995Q2

83% 13,91 m 25,5 m 1,85 m3/h

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82

6.6 RESERVAS E RECURSOS

6.6.1 RESERVAS PERMANENTES

Considerando o aquífero Solimões, na área avaliada, como confinado, foi

necessário estimar a reserva confinada (Vp) e a reserva saturada (Vs), sendo estas

parcelas posteriormente somadas para se encontrar o valor total da reserva.

Para o cálculo da Vp foi necessário o conhecimento da área de ocorrência do

aquífero sob confinamento, o coeficiente de armazenamento e a altura da coluna de

água acima da base do confinante. Com isso, a área considerada para fins de

cálculo foi de 40.500.000 m2, onde estão localizados o Pólo Arara e os alojamentos,

devido a maioria dos poços estarem locados nessa região, e por consequência, ter o

maior número de informações a respeito do aquífero estudado. O valor adotado para

o coeficiente de armazenamento foi 10-4, baseado na média dos valores

determinados em testes de aquífero e o valor médio da carga hidráulica de 35

metros. A reserva confinada estimada foi, então, de 141.750 m3 (1,418×10-4 km3).

Para Vs, os valores adotados para área de ocorrência do aquífero, a

porosidade efetiva e a espessura saturada mínima foram, respectivamente,

40.500.000 m2, 10% (valor considerado para areias argilosas), 75 metros (baseado

no mapa de isópacas, onde são visualizadas as linhas de igual espessura do

aquífero Solimões, que revelaram valores que vão da ordem de 50 até 100 metros,

sendo então, adotado esse valor médio). Com isso, a reserva saturada estimada foi

de 303,750 hm3 (0,30375 km3).

Somando-se as parcelas de Vs e Vp, a reserva total estimada para a BOGPM

foi de 303,890 hm3 (0,30389 km3).

Através desses valores, considerando a área utilizada para a elaboração dos

mapas potenciométricos, em torno de 800 km2, a reserva total estimada para essa

área seria de aproximadamente 6.003,0 hm3 (6,003 km3).

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83

6.6.2 RECURSOS RENOVÁVEIS

Para os recursos renováveis foi utilizado o cálculo da vazão de escoamento

natural (VEN), foram utilizados os valores de carga hidráulica entre as isolinhas 48 e

49 metros. Com isso, o gradiente médio entre essas duas linhas é de 1/815 =

0,0012. Para o comprimento da frente de escoamento foi considerado 40.000 metros

e uma transmissividade média da área de 4x10-3m2/s (figura 26). De posse desses

dados, o valor da VEN foi de 6.055.000 m3/ano (6×10-3 km3/ano), correspondendo

aos recursos renováveis.

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85

6.6.3 RECURSOS MOBILIZÁVEIS OU POTENCIALIDADE

A potencialidade representa o volume de água que pode ser utilizado

anualmente. Adotando-se a potencialidade como sendo 20% das reservas do

aquífero avaliado, ou seja, 303,890 hm3 * 0,2 (0,30389 km3 * 0,2); o valor será de

aproximadamente 60,8 hm3 (0,0608 km3). Admitindo-se uma exploração desse

volume em 20 anos, a potencialidade anual para a Base Operacional Geólogo Pedro

de Moura seria de 3 hm3/ano (3 x 10-3 km3/ano). Se estendermos essa exploração

para 50 anos, a potencialidade anual na base cairia para 1,2 hm3/ano (1,2 x 10-3

km3/ano).

6.6.4 RECURSOS DISPONÍVEIS OU DISPONIBILIDADE

Considerando a Disponibilidade Instalada como a descarga possível de ser

obtida a partir das captações existentes no aquífero em estudo, foram utilizados,

deste modo, os dados de vazões dos principais poços, considerando esses em um

regime de 24/24h. O valor encontrado para a disponibilidade instalada foi 5,5

hm3/ano (5,5 x 10-3 km3/ano) (Tabela 12).

Tabela 12: Disponibilidade Instalada, considerando um regime de 24h por dia.

Poços Q (m³/h) Q (m³/ano) INSTALADA

PT-01 81,4 713064

PT-02 69 604440

PT-04 89,9 787524

PT-05 100 876000

PT-06 80 700800

PT-07 70,03 613463

PT-27 69,14 605666

PT- 33 43,37 379921

PT- 42 30,01 262888

TOTAL 632,85 5.543.766

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Para a Disponibilidade Efetiva foi considerada a descarga anual efetivamente

bombeada, em funcionamento, na Base Operacional (utilizando dados de vazões de

poços localizados no limite da área estudada). Como os poços não trabalham em

um regime contínuo de 24 horas, pois há o revezamento entre os mesmos através

do desligamento automático, quando esses alcançam um nível desejável nos

reservatórios de água, foi considerado, desse modo, um regime diário de 6 horas de

bombeamento para cada poço. Os poços localizados no Pólo Arara são os que têm

a principal contribuição no abastecimento de água na BOGPM, já os poços próximos

aos alojamentos possuem importância secundária para essa estimativa, sendo

desconsiderados. Com isso, considerando as vazões dos poços do Pólo Arara e

outros poços acima de 30 m3/h, foi estimada uma disponibilidade efetiva de 1,4

hm3/ano (1,4 x 10-3 km3/ano) (Tabela 13). Entretanto, através de visitas em campo,

foi constatado que, na realidade, no Pólo Arara, a maioria dos poços de

abastecimento fica desligada, na reserva, sendo que apenas 4 poços são utilizados

para o abastecimento da área. Com isso, admitindo vazões médias de 70 m3/h para

os 4 poços, a estimativa para a disponibilidade efetiva na área estudada é 0,615

hm3/ano (6,15 x 10-4 km3/ano).

Tabela 13: Disponibilidade efetiva, considerando um regime de 6h por dia.

Poços Q (m³/h) Q (m³/d) Q (m³/ano)

PT-01 81,4 488,4 178266

PT-02 69 414 151110

PT-04 89,9 539,4 196881

PT-05 100 600 219000

PT-06 80 480 175200

PT-07 70,03 420,18 153365,7

PT-27 69,14 414,84 151416,6

PT- 33 43,37 260,22 94980,3

PT- 42 30,01 240,08 87629,2

TOTAL 632,85 3857,12 1407848,8

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87

6.6.5 RECURSOS EXPLOTÁVEIS

Os recursos explotáveis correspondem à diferença entre a potencialidade e a

disponibilidade efetiva. No caso da área em estudo, para os próximos 20 anos, seria

a diferença entre 3 hm3/ano (3 x 10-3 km3/ano) e 0,615 hm3/ano (6,15 x 10-4 km3/ano),

o que resultaria em uma explotação 2,385 hm3/ano (2,385 x 10-3 km3/ano). Para um

cenário de 50 anos, seria considerada diferença entre 1,2 hm3/ano (1,2 x 10-3

km3/ano) e 0,615 hm3/ano (6,15 x 10-4 km3/ano), resultando em uma explotação de

0,585 hm3/ano (0,585 x 10-3 km3/ano).

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88

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A proposta desta pesquisa em caracterizar os aquíferos da Formação

Solimões, na Província Petrolífera de Urucu, no município de Coari/AM, de acordo

com os objetivos específicos assinalados na dissertação, teve as seguintes

conclusões:

A Formação Solimões possui espessura média de 300 metros, sendo que o

contato com a Formação Alter do Chão ocorre por volta de 300, 320 metros de

profundidade. Primeiramente, há a ocorrência de camadas litológicas de baixa

permeabilidade (argilitos arenosos ou arenitos argilosos) que podem chegar a 20-30

metros de profundidade e máxima de 50 metros, recobrindo camadas de arenito fino

a médio, com intercalações de lentes de argila de espessuras e extensões variadas.

Esses arenitos podem alcançar profundidades de até 100-120 metros e devido a sua

boa porosidade e permeabilidade, os torna um bom reservatório de água (Aquífero

Solimões). O fato de existir lentes de argilas intercalando-se com a camada de

arenito fazem com que, em algumas regiões, ocorram dois aquíferos, um que pode

variar entre as profundidades 20-30 até 50-70 metros e outra que pode começar na

profundidade 80-90 e terminar em 110-130 metros. Logo abaixo, ocorre uma

espessa camada de argilito (Aquiclude Solimões), variando entre 150-180 metros de

espessura, intercalando-se com linhitos, arenitos, calcarenitos, coquinas e

calcilutitos, sendo essas lentes de 2 a 10 m de espessura. Essa camada de argila

faz contato com a Formação Alter do Chão que é representada por arenitos grossos

e algumas lentes de argila (Aquífero Alter do Chão).

Quanto à geometria, o mapa de isóbatas revelou que a superfície do aquífero

estudado possui uma forma convexa, com profundidades médias em torno de 52

metros. Essa convecção da superfície do aquífero foi evidenciada através de uma

parte mais elevada, localizada mais ao centro da área, com valores próximos de

ocorrência do aquífero de 30 metros de profundidade, enquanto que na parte

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89

periférica da região, o topo do aquífero apresentou profundidade de ocorrência de 75

metros. O mapa de isópacas revelou valores médios variáveis, que vão da ordem de

50 até 100 metros de espessura de aquífero.

As interpretações dos testes de aquífero realizados para a obtenção dos

parâmetros hidrogeológicos do aquífero Solimões obtiveram valores médios de

Transmissividade (T) = 4 x 10-3 m2/s, Coeficiente de Armazenamento (S) = 5 x 10-4 e

Condutividade Hidráulica (K) = 7 x 10-5 m/s.

Com relação à eficiência hidráulica dos poços, o resultado mostrou que a

maioria dos poços analisados possui boa eficiência hidráulica (acima de 90%), com

exceção dos PT’s 22, 26, 27 e 40, que obtiveram valores abaixo de 90% de

eficiência, o que pode ser explicado por possíveis penetrações parciais, pré-filtro

inadequado, ou a utilização de fluido de perfuração, resultando na redução da

condutividade hidráulica na zona de transição do pré-filtro.

A potenciometria geral do aquífero Solimões na área da Base Operacional,

apresentou comportamento geral concordante com a superfície topográfica e fluxos

generalizados da água em direção ao Rio Urucu. A direção e sentido geral do fluxo é

SSE-NNW. Os gradientes hidráulicos, na porção central e leste da área estudada

possui os valores entre 1 x 10-3 e 1,4 x 10-3, enquanto que na porção sudoeste os

valores médio encontrado foi de 1,3 x 10-3. As feições de cone de rebaixamento

observados no Polo Arara, alojantos e próximo ao aeroporto, são resultados da

alteração das condições naturais do fluxo suterrâneo induzido pelo número de poços

de bombeamento na BOGPM. Com relação à potenciometria abrangendo apenas as

áreas do Pólo Arara, alojamentos e aeroporto, a potenciometria possui sentido geral

SW-NE e convergência de fluxo em direção aos canais de drenagem superfícial e rio

Urucu. As diferenças entre cargas hidráulicas entre julho de 2008 e maio de 2009

evidenciaram variações entre 2,26 e -3,97 metros, sendo que os valores negativos

significam um rebaixamento da superfície potenciométrica e os positivos

recuperação. Os valores negativos foram observados nas áreas do Polo Arara e

alojamentos, locais onde há uma maior quantidade de poços de bombeamento,

enquanto que os valores de recuperação foram vistos nas porções mais central e

leste.

Page 103: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

90

O balanço hídrico estimado para a área de influência da estação do Pólo Arara

mostrou que, entre os meses de abril a agosto e o mês de novembro têm-se uma

considerável redução nos índices pluviométricos, fato que não se observa na

evapotranspiração real e potencial, mantendo-se seus índices quase que

constantes. Os meses que apresentaram maior disponibilidade hídrica, ou

excedente de água no solo, foram os meses de janeiro a junho. Os meses de julho a

setembro apresentaram uma deficiência de água no solo, enquanto que nos meses

de outubro a dezembro essa deficiência foi compensada pela reposição de água

devido à elevação nos índices de precipitação.

A taxa de infiltração estimada para área, resultado da razão entre a VEN e a

área de contribuição, foi de, aproximadamente, 8 mm/ano.

As reservas permanentes, através de valores estimados em uma área

relativamente pequena, porém com considerável informação, para a área da

BOGPM foi de 303,890 hm3. Para a área utilizada para a elaboração dos mapas

potenciométricos, em torno de 800.000.000 m2, a reserva permanente estimada foi

de aproximadamente 6.003,0 hm3.

Para os recursos renováveis foi utilizado o cálculo da vazão de escoamento

natural (VEN), chegando-se ao o valor de 6.055.000 m3/ano.

Os recursos mobilizáveis ou potencialidade estimou o valor de

aproximadamente 60,8 hm3/ano. Admitindo-se uma exploração desse volume em 20

anos, a potencialidade anual para a Base Operacional Geólogo Pedro de Moura

seria de 3 hm3/ano. Se estendermos essa exploração para 50 anos, a potencialidade

anual na base cairia para 1,2 hm3/ano.

A Disponibilidade Instalada das captações existentes no aquífero em estudo foi

de 5,5 hm3/ano

A Disponibilidade Efetiva foi estimada em 0,615 hm3/ano.

Os recursos explotáveis da área em estudo, para os próximos 20 anos, seria

em torno de 3.142.154 m3/ano. Para um cenário de 50 anos, resultaria em uma

explotação de 442.154 m3/ano.

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91

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9 ANEXOS

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97

AN

EX

O 1

- P

erfis

geo

físic

os, l

itoló

gico

e in

terp

reta

tivo

- S

TG

-01.

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98

AN

EX

O 1

- P

erfis

geo

físic

os, l

itoló

gico

e in

terp

reta

tivo

- S

TG

-02.

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99

ANEXO 1 - Perfis geofísicos, litológico e interpretativo - STG-03.

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100

AN

EX

O 2

- P

erfis

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cos

dos

poço

s ex

iste

ntes

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BO

GP

M.

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ER

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ÍSIC

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LIT

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O IN

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RE

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– P

T 0

7

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101

PE

RF

IL G

EO

FÍS

ICO

E L

ITO

LÓG

ICO

INT

ER

PR

ET

AD

O –

PT

09

P

ER

FIL

GE

OF

ÍSIC

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LIT

OLÓ

GIC

O IN

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RP

RE

TA

DO

– P

T 1

1

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102

PE

RF

IL G

EO

FÍS

ICO

E L

ITO

LÓG

ICO

INT

ER

PR

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AD

O –

PT

12

P

ER

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LIT

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GIC

O IN

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RP

RE

TA

DO

– P

T 1

2

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103

PE

RF

IL G

EO

FÍS

ICO

E L

ITO

LÓG

ICO

INT

ER

PR

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AD

O –

PT

19

P

ER

FIL

GE

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ÍSIC

O E

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GIC

O IN

TE

RP

RE

TA

DO

– P

T 2

1

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PE

RF

IL G

EO

FÍS

ICO

E L

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LÓG

ICO

INT

ER

PR

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AD

O –

PT

22

PE

RF

IL G

EO

FÍS

ICO

E L

ITO

LÓG

ICO

INT

ER

PR

ET

AD

O –

PT

23

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PE

RF

IL G

EO

FÍS

ICO

E L

ITO

LÓG

ICO

INT

ER

PR

ET

AD

O –

PT

24

P

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DO

– P

T 2

6

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PE

RF

IL G

EO

FÍS

ICO

E L

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LÓG

ICO

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PR

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O –

PT

27

PE

RF

IL G

EO

FÍS

ICO

E L

ITO

LÓG

ICO

INT

ER

PR

ET

AD

O –

PT

28

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107

PE

RF

IL G

EO

FÍS

ICO

E L

ITO

LÓG

ICO

INT

ER

PR

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AD

O –

PT

3

0 P

ER

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LIT

OLÓ

GIC

O IN

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RP

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TA

DO

– P

T 3

2

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108

PE

RF

IL L

ITO

LÓG

ICO

INT

ER

PR

ET

AD

O –

PT

33

PE

RF

IL L

ITO

LÓG

ICO

INT

ER

PR

ET

AD

O –

PT

34

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109

PE

RF

IL G

EO

FÍS

ICO

E L

ITO

LÓG

ICO

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ER

PR

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AD

O –

PT

35 P

ER

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LIT

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O IN

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– P

T 3

6

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PE

RF

IL L

ITO

LÓG

ICO

INT

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ET

AD

O –

PT

37

PE

RF

IL L

ITO

LÓG

ICO

INT

ER

PR

ET

AD

O –

PT

38

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PE

RF

IL L

ITO

LÓG

ICO

INT

ER

PR

ET

AD

O –

PT

39

PE

RF

IL G

EO

FÍS

ICO

E L

ITO

LÓG

ICO

INT

ER

PR

ET

AD

O –

PT

40

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PE

RF

IL G

EO

FÍS

ICO

E L

ITO

LÓG

ICO

INT

ER

PR

ET

AD

O –

PT

40

P

ER

FIL

GE

OF

ÍSIC

O E

LIT

OLÓ

GIC

O IN

TE

RP

RE

TA

DO

– P

T 4

2

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PE

RF

IL L

ITO

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ICO

INT

ER

PR

ET

AD

O –

PT

43

PE

RF

IL L

ITO

LÓG

ICO

INT

ER

PR

ET

AD

O –

PT

44

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114

Anexo 3 - Testes de Aquífero

Poço PT-16

1E-001 1E+000 1E+001 1E+002 1E+003 1E+004 1E+005

1/U

1E-003

1E-002

1E-001

1E+000

1E+001

1E+002

W(U

)

0.1 1 10 100 1000 10000 100000

t (minutos)

0.001

0.01

0.1

1

10

100

s (m

)

W(U) = 101/U = 1t = 1,5 mins = 1 mQ= 12 m3/hr= 32 mb= 120 m

Ponto de Superposição

Curva de Theis

T = 2,6539 x 10-2 m2/s

T= 2,65258 x 10-3 m2/sS= 9,32548 x 10-4 K= 2,21048 x 10-5 m/s

1E-001 1E+000 1E+001 1E+002 1E+003 1E+004 1E+005

1/U

1E-003

1E-002

1E-001

1E+000

1E+001

1E+002

W(U

)

Ponto de Superposição

Curva de Theis

0.1 1 10 100 1000 10000 100000

t (minutos)

0.001

0.01

0.1

1

10

100

s (m

)

W(U) = 101/U = 1t = 4,8 mins = 5 mQ= 12 m3/hr= 67 mb= 120 m

T= 5,30516 x 10-4 m2/sS= 1,36145 x 10-4 K= 4,42097 x 10-6 m/s0,000136145

PT-17 PT-18

Gráfico para determinação da transmissividade e coeficiente de armazenamento, nos poços PT

17 e 18, utilizando o método de Theis.

0.1 1 10 100 1000t (minutos)

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

s (m

)

to = 1,4

Δs = 0,183727 m

Ciclo Logarítmico

Q= 12 m3/hr= 32 mΔs= 0,183727 mt0= 1,4 minb= 120 m

T= 3,32014 X 10-3 m2/sS= 6,12799 X 10-4 K= 2,76678 X 10-5 m/s

1 10 100 1000t (minutos)

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

s (m

)

to = 5,5

Ciclo Logarítmico

Δs = 0,118766 m

Q= 12 m3/hr= 67 mΔs= 0,118766 mt0= 5,5 minb= 120m

T= 5,13615 X 10-3 m2/sS= 8,49541 X 10-4 K= 4,28013 X 10-5 m/s

PT-17 PT-18

Gráfico para determinação da transmissividade e coeficiente de armazenamento, nos poços PT

17 e 18, utilizando o método de Cooper/Jacob.

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115

Poço PT-40

0.1 1 10 100 1000 10000 100000

t (minutos)

0.001

0.01

0.1

1

10

100

s (m

)

0.1 1 10 100 1000 10000 100000

t (minutos)

0.001

0.01

0.1

1

10

100

s(m

)

0.1 1 10 100 1000 10000 100000

t (minutos)

0.001

0.01

0.1

1

10

100

s (m

)

0.1 1 10 100 1000 10000 100000

t (minutos)

0.001

0.01

0.1

1

10

100

s (m

)

1E-001 1E+000 1E+001 1E+002 1E+003 1E+004 1E+005

1/U

1E-003

1E-002

1E-001

1E+000

1E+001

1E+002

W(U

)

W(U) = 101/U = 1t = 1,1 mins = 1,9 mQ= 60,057 m3/hr= 75,7 mb= 80 m

Ponto de Superposição

Curva de Theis

T= 6,98711 x 10-3 m2/sS= 3,21891 x 10-4 K= 8,73388 x 10-5 m/s

1E-001 1E+000 1E+001 1E+002 1E+003 1E+004 1E+005

1/U

1E-003

1E-002

1E-001

1E+000

1E+001

1E+002

W(U

)

W(U) = 101/U = 1t = 0,71 mins = 2,2 mQ= 60,057 m3/hr= 40 mb= 80 m

Ponto de Superposição

Curva de Theis

T= 6,03432 x 10-3 m2/sS= 6,42655 x 10-4 K= 7,54290 x 10-5 m/s

1E-001 1E+000 1E+001 1E+002 1E+003 1E+004 1E+005

1/U

1E-003

1E-002

1E-001

1E+000

1E+001

1E+002W

(U)

W(U) = 101/U = 1t = 2,3 mins = 1,4 mQ= 60,057 m3/hr= 82,5 mb= 80 m

Ponto de Superposição

Curva de Theis

T= 9,48250 x 10-3 m2/sS= 7,69049 x 10-4 K= 1,18531 x 10-4 m/s

1E-001 1E+000 1E+001 1E+002 1E+003 1E+004 1E+005

1/U

1E-003

1E-002

1E-001

1E+000

1E+001

1E+002

W(U

)

W(U) = 101/U = 1t = 21 mins = 1,15 mQ= 60,057 m3/hr= 100,5 mb= 80 m

Ponto de Superposição

Curva de Theis

T= 1,15439 x 10-2 m2/sS= 5,76038 x 10-3 K= 1,44299 x 10-4 m/s

PT-02 PT-41

PT-01PT-33

Gráfico para determinação da transmissividade e coeficiente de armazenamento, nos poços PT

02, 41, 01 e 33; utilizando o método de Theis.

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116

0.1 1 10 100 1000 10000t (minutos)

0

0.4

0.8

1.2

1.6

2

s (m

)

to = 1,3

Ciclo Logarítmico

Δs = 0,4055 cm

Q= 60,057 m3/hr= 75,7 mΔs= 0,4055 mt0= 1,3 minb= 80 m

T= 7,52872 x 10-3 m2/sS= 2,30572 x 10-4 K= 9,41090 x 10-5 m/s

0.1 1 10 100 1000 10000t (minutos)

0

0.4

0.8

1.2

1.6

s (m

)

to = 0,5

Ciclo Logarítmico

Δs = 0,3832 cm

Q= 60,057 m3/hr= 40 mΔs= 0,3832 mt0= 0,5 minb= 80 m

T= 7,96685 x 10-4 m2/sS= 3,36101 x 10-4 K= 9,95856 x 10-5m/s

10 100 1000 10000t (minutos)

0

0.2

0.4

0.6

0.8

s (m

)

10 100 1000 10000t (minutos)

0.4

0.6

0.8

1

1.2

s (m

)

to = 40

Ciclo Logarítmico

Δs = 0,2992 cm

Q= 60,057 m3/hr= 100,5 mΔs= 0,2992 mt0= 40 minb= 80 m

T= 1,02035 x 10-2 m2/sS= 5,45522 X 10-3 K= 1,27544 X 10-4 m/s

Ciclo Logarítmico

Δs = 0,3002 cmT= 1,01695 X 10-2 m2/sS= 8,06839 X 10-3 K= 1,27119 X 10-4 m/s

Q= 60,057 m3/hr= 82,5 mΔs= 0,3002 mt0= 40 minb= 80 m

to = 40

PT-02 PT-41

PT-01PT-33

Gráfico para determinação da transmissividade e coeficiente de armazenamento, nos poços PT

02, 41, 01 e 33; utilizando o método de Cooper/Jacob.

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117

ANEXO 4 - Testes de Produção

Poço PT-01

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

20 5,10 6,40

40 10,31 12,90

60 15,63 19,51

80 21,05 26,22

100 26,58 33,05

120 32,22 39,98

140 37,97 47,02

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

18

16

14

12

10

sw(m

)

Q = 45 m3/h

Q = 54 m3/h

Q = 65 m3/h

S1= 11,585 m

S2= 11,585 + 2,535 = 14,12m

S3= 14,12 + 2,782 = 16,902m

44 48 52 56 60 64 68Q

0.257

0.258

0.259

0.26

0.261

0.262sw

/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-01.

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118

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

10

11

12

13

14

15sw

(m)

0 40 80 120 160Q (m3/h)

50

40

30

20

10

0

RD

= 3

9 m

etro

s

20 anos

2 horas

Q = 118,2 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-01.

Poço PT-02

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

20 2,14 3,68

40 4,50 7,58

60 7,08 11,69

80 9,88 16,02

100 12,89 20,57

120 16,12 25,33

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119

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

5

4

3

2

1

0

sw (

m)

Q = 21 m3/h

Q = 28 m3/h

Q = 39 m3/h

S1= 2,259m

S2= 2,259 + 0,833 = 3,09m

S3= 3,09 + 1,05 = 4,14m

20 24 28 32 36 40Q

0.107

0.108

0.109

0.11

0.111

0.112

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-02.

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

0

1

2

3

4

sw(m

)

0 40 80 120Q (m3/h)

30

20

10

0

RD

= 2

3 m

etro

s

20 anos

2 horas

Q = 109,5 m3/s

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-02.

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120

Poço PT-04

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

20 3,81 5,06

40 7,84 10,34

60 12,08 15,84

80 16,55 21,55

100 21,23 27,49

120 26,14 33,64

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

14

12

10

8

6

sw (

m)

Q = 41,60 m3/h

Q = 53 m3/h

Q = 65 m3/h

S1= 8,213m

S2= 8,213 + 2,246 = 10,459m

S3= 10,459 + 2,787 = 13,246m

40 45 50 55 60 65Q

0.192

0.196

0.2

0.204

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-04.

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121

1 10 100Tempo (minutos)

6.4

6.8

7.2

7.6

8

8.4

sw (

m)

0 40 80 120Q (m3/h)

40

30

20

10

0

RD

= 2

9 m

etro

s

20 anos

2 horas

Q = 106 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-04.

Poço PT-05

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

40 3,44 5,08

80 7,49 10,76

120 12,13 17,04

160 17,37 23,91

200 23,21 31,39

240 29,65 39,47

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122

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

8

7

6

5

4

3

2

sw(m

)

Q = 40 m3/h

Q = 56 m3/h

Q = 76 m3/h

S1= 3,425m

S2= 3,425 + 1,610 = 5,035m

S3= 5,035 + 1,992 = 7,027m

40 50 60 70 80Q

0.084

0.086

0.088

0.09

0.092

0.094

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-05.

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

2.4

2.8

3.2

3.6

4

sw(m

)

0 50 100 150 200 250Q (m3/h)

40

30

20

10

0

RD

= 3

4 m

etro

s

20 anos

2 horas

Q = 212,6 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-05.

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123

Poço PT-06

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

20 2,04 2,69

40 5,41 6,72

60 10,11 12,07

80 16,14 18,76

100 23,50 26,77

120 32,18 36,11

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

14

12

10

8

6

4

sw(m

)

Q = 44 m3/h

Q = 56 m3/h

Q = 72 m3/h

S1= 6,21m

S2= 6,21+ 2,926 = 9,136m

S3= 9,136 + 4,39 = 13,526m

40 50 60 70 80Q

0.12

0.14

0.16

0.18

0.2

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-06.

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124

10 100Tempo (minutos)

5.9

6

6.1

6.2

sw(m

)

0 40 80 120Q (m3/h)

40

30

20

10

0

RD

= 1

8,5

met

ros

20 anos

2 horas

Q = 80 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-06.

Poço PT-07

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

20 1,01 1,57

40 3,02 4,14

60 6,02 7,70

80 10,01 12,25

100 15,00 17,80

120 20,98 24,34

140 27,95 31,88

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125

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

8

7

6

5

4

3

2

sw(m

)

Q = 38 m3/h

Q = 52 m3/h

Q = 66 m3/h

S1= 2,716m

S2= 2,716 + 2,146 = 4,862m

S3= 4,862 + 2,150 = 7,012m

30 40 50 60 70Q

0.06

0.08

0.1

0.12

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-07.

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

2

2.4

2.8

3.2

3.6

4

sw(m

)

0 40 80 120 160Q (m3/h)

40

30

20

10

0

RD

= 2

5,5

met

ros

20 anos

2 horas

Q = 123,9 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-07.

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126

Poço PT-11

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

4 0,27 0,74

8 1,06 2,00

12 2,37 3,78

16 4,22 6,10

20 6,58 8,93

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

1.2

1

0.8

0.6

0.4

sw(m

)

Q = 3 m3/h

Q = 4,7m3/h

Q = 6,8m3/h

S1 = 0,145m

S2 = 0,145 + 0,239 = 0,384m

S3 = 0,384 + 0,371 = 0,755m

3 4 5 6 7Q

0.04

0.06

0.08

0.1

0.12

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-11.

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127

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

1

0.8

0.6

0.4

sw (

m)

0 4 8 12 16 20Q (m3/h)

10

8

6

4

2

0

RD

= 4

met

ros

20 anos

2 horas

Q = 12,43 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-11.

Poço PT-13

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

1 1,07 1,98

2 2,16 3,97

3 3,27 5,99

4 4,40 8,03

5 5,54 10,09

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128

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

2

1.6

1.2

0.8

0.4

0

sw(m

)Q = 0,72 m3/h

Q = 0,95 m3/h

Q = 1,65 m3/h

S1 = 0,76m

S1 = 0,76 0,232 = 0,992m

S1 = 0,992 + 0,73 = 1,722m

0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8Q

1.04

1.044

1.048

1.052

1.056

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-13.

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

0.4

0.8

1.2

1.6

2

sw (

m)

0 1 2 3 4Q (m3/h)

8

6

4

2

0

RD

= 0

,5 m

etro

s

20 anos

2 horas

Q = 0,5 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-13.

Page 142: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

129

Poço PT-15

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

4 1,10 1,28

8 2,47 2,82

11 3,67 4,16

14 5,02 5,64

17 6,52 7,28

20 8,16 9,06

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

3

2.5

2

1.5

1

0.5

sw(m

)

Q = 3,2 m3/h

Q = 4,7m3/h

Q = 7,4 m3/h

S1= 0,855m

S1= 0,855 + 0,475 = 1,33m

S1= 1,33 + 0,91 = 2,24m

3 4 5 6 7 8Q

0.26

0.27

0.28

0.29

0.3

0.31

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-15.

Page 143: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

130

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

0.4

0.8

1.2

1.6

2

sw (

m)

0 1 2 3 4Q (m3/h)

8

6

4

2

0

RD

= 0

,5 m

etro

s

20 anos

2 horas

Q = 0,5 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-15.

Poço PT-16

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

2 0,77 1,24

4 1,58 2,50

6 2,40 3,79

8 3,26 5,11

10 4,14 6,45

12 5,05 7,82

Page 144: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

131

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

6

5

4

3

2

1

0

sw(m

)Q = 5,3m3/h

Q = 7,75m3/h

Q = 12m3/h

S1 = 2,101m

S2 = 2,101 + 1,071 = 3,172m

S3 = 3,172 + 1,866 = 5,038m

4 6 8 10 12Q

0.38

0.4

0.42

0.44

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-16.

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

1

2

3

4

5

sw(m

)

0 4 8 12Q (m3/h)

8

6

4

2

0

RD

= 5

met

ros

20 anos

2 horas

Q = 7,85 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-16.

Page 145: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

132

Poço PT-17

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

3 0,90 1,19

6 1,86 2,42

9 2,85 3,70

12 3,90 5,03

15 4,99 6,40

18 6,14 7,83

21 7,32 9,30

0 100 200 300Tempo (minutos)

4

3

2

1

sw(m

)

S1 = 1,332mQ = 4,45m3/h

Q = 7m3/h

Q = 12m3/h

S2 = 1,332 + 0,913 = 2,245m

S3 = 2,245 + 1,620 = 3,865m

4 6 8 10 12Q

0.29

0.3

0.31

0.32

0.33

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-17.

Page 146: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

133

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

1

1.2

1.4

1.6

1.8

2

sw(m

)

0 5 10 15 20 25Q (m3/h)

10

8

6

4

2

0

RD

= 5

,5 m

etro

s

20 anos

2 horas

Q = 13,1 m3/h

Figura 25: Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance

de 20 anos e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-17.

Poço PT-20

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

2 0,58 0,61

4 1,22 1,28

6 1,93 2,02

8 2,71 2,83

10 3,56 3,71

12 4,48 4,66

14 5,46 5,68

Page 147: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

134

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

0.36

0.32

0.28

0.24

0.2

0.16

0.12

sw(m

)

Q = 0,52m3/h

Q = 0,75m3/h

Q = 1,115m3/h

S1 = 0,145m

S2 = 0,145 + 0,058 = 0,203m

S2 = 0,203 + 0,112 = 0,315m

0.4 0.6 0.8 1 1.2Q

0.268

0.272

0.276

0.28

0.284

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-20.

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

1

0.8

0.6

0.4

0.2

0

sw (

m)

0 4 8 12 16Q (m3/h)

6

4

2

0

RD

= 3

,3 m

etro

s

20 anos

2 horas

Q = 9,25 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-20.

Page 148: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

135

Poço PT-21

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

1 0,76 0,13

2 1,64 0,40

3 2,67 0,80

4 3,82 1,34

5 5,12 2,01

6 6,54 2,81

7 8,10 3,75

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

2

1.6

1.2

0.8

0.4

0

sw(m

)

Q = 0,8m3/h

Q = 1,4m3/h

Q = 2,3m3/h

S1 = 0,572m

S2 = 0,572 + 0,445 = 1,017m

S2 = 1,017 + 0,73 = 1,747m

0.8 1.2 1.6 2 2.4Q

0.71

0.72

0.73

0.74

0.75

0.76

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-21.

Page 149: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

136

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1

sw (

m)

0 1 2 3 4Q = m3/h

4

3

2

1

0

RD

= 0

,5 m

etro

s

20 anos

2 horas

Q = 0,67 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-21.

Poço PT-22

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

0,25 0,78 2,57

0,5 1,63 5,21

0,75 2,56 7,94

1 3,57 10,74

1,25 4,65 13,61

1,5 5,81 16,57

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137

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

6

4

2

0

sw(m

)Q = 0,65m3/h

Q = 1m3/h

Q = 1,5m3/h

S1 = 2,057m

S2 = 2,057 + 1,823 = 3,88m

S2 = 3,88 + 1,736 = 5,616m

0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6Q

3

3.2

3.4

3.6

3.8

4

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-22.

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

0

1

2

3

4

5

sw(m

)

0 0.4 0.8 1.2 1.6Q = m3/h

16

12

8

4

0

RD

= 7

met

ros

20 anos

2 horas

Q = 0,66 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-22.

Page 151: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

138

Poço PT-23

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

1 1,03 1,50

2 2,08 3,01

3 3,15 4,54

4 4,22 6,09

5 5,32 7,65

6 6,43 9,22

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

3.5

3

2.5

2

1.5

1

0.5

sw(m

)

Q = 1,3m3/h

Q = 2m3/h

Q = 3m3/h

S1 = 1,318m

S2 = 1,318 + 0,708 = 2,026m

S3 = 2,026 + 0,978 = 3,004m

1.2 1.6 2 2.4 2.8 3.2Q

1

1.004

1.008

1.012

1.016

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-23.

Page 152: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

139

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

1

1.2

1.4

1.6

1.8

2

sw (

m)

0 2 4 6Q (m3/h)

10

8

6

4

2

0

RD

= 4

met

ros

20 anos

2 horas

Q = 2,66 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-23.

Poço PT-25

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

1 2,32 3,48

1,5 3,53 5,27

2 4,78 7,10

2,5 6,07 8,97

3 7,40 10,87

Page 153: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

140

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

5

4

3

2

1

sw(m

)

Q = 0,75m3/h

Q = 1,1m3/h

Q = 1,8m3/h

S1 = 1,735m

S2 = 1,735 + 0,798 = 2,533m

S3 = 2,533 + 1,758 = 4,291m

0.4 0.8 1.2 1.6 2Q

2.28

2.32

2.36

2.4

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-25.

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

1.2

1.6

2

2.4

2.8

sw(m

)

0 1 2 3Q (m3/h)

12

8

4

0

RD

= 8

met

ros

20 anos

2 horas

Q = 2,29 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-25.

Page 154: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

141

Poço PT-26

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

2 2,15 2,19

4 5,20 5,29

6 9,15 9,29

8 14,01 14,20

10 19,78 20,01

12 26,44 26,72

14 34,02 34,34

0 100 200 300 400

3.5

3

2.5

2

1.5

1

0.5

Q = 1,2m3/h

Q = 1,85m3/h

Q = 2,7m3/h

S1 = 1,18m

S2 = 1,18 + 0,787 = 1,967m

S3 = 1,967 + 1,073 = 3,04m

0.8 1.2 1.6 2 2.4 2.8Q

0.9

1

1.1

1.2

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-26.

Page 155: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

142

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

1

1.2

1.4

1.6

1.8

2

sw(m

)

0 4 8 12 16Q (m3/h)

30

20

10

0

RD

= 2

5,5

met

ros

20 anos

2 horas

Q = 11,6 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-26.

Poço PT-27

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

20 4,45 5,58

40 9,65 11,90

60 15,58 18,96

80 22,26 26,76

100 29,67 35,30

120 37,83 44,59

140 46,72 54,61

Page 156: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

143

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

16

14

12

10

8

6

sw(m

)Q = 35m3/h

Q = 46m3/h

Q = 59m3/h

S1 = 8,277m

S2 = 8,277 + 3,077 = 11,354m

S3 = 11,354 + 3,91 = 15,264m

35 40 45 50 55 60Q

0.235

0.24

0.245

0.25

0.255

0.26

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-27.

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

7.5

8

8.5

9

9.5

10

sw(m

)

0 40 80 120 160Q (m3/h)

60

40

20

0

RD

= 2

8,5

met

ros

20 anos

2 horas

Q = 82,93 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-27.

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144

Poço PT-28

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

0,2 0,98 1,49

0,4 1,97 2,99

0,6 2,98 4,50

0,8 4,00 6,02

1 5,03 7,56

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

8

6

4

2

0

sw(m

)

Q = 0,6m3/h

Q = 0,9m3/h

Q = 1.3m3/h

S1 = 2,955m

S2 = 2,955 + 1,05 = 4,005m

S3 = 4,005 + 2,204 = 6,209m

0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4Q

4.4

4.5

4.6

4.7

4.8

4.9

5

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-28.

Page 158: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

145

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

0

4

8

12

16

20

sw(m

)

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1Q (m3/h)

8

6

4

2

0

RD

= 4

,5 m

etro

s

20 anos

2 horas

Q = 0,6 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-28.

Poço PT-33

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

10 3,81 4,12

20 7,91 8,53

30 12,29 13,22

40 16,95 18,19

50 21,89 23,44

60 27,11 28,97

70 32,62 34,78

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146

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

16

12

8

4

0

sw (

m)

Q = 19m3/h

Q = 25,5m3/h

Q = 32m3/h

S1 = 7,506m

S2 = 7,506 + 2,73 = 10,236m

S3 = 10,236 + 2,992 = 13,228m

16 20 24 28 32Q

0.38

0.39

0.4

0.41

0.42

sw/Q

Curvas de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-33.

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

7.2

7.6

8

8.4

8.8

sw(m

)

0 20 40 60 80Q (m3/h)

40

30

20

10

0

RD

= 2

6,5

met

ros

20 anos

2 horas

Q = 56,17 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-33.

Page 160: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

147

Poço PT-40

Vazão e rebaixamentos correspondentes para 2 horas e para 20 anos.

Q (m3/h) Sw (2horas) Sw (20 anos)

0 0 0

1 0,23 13,92

2 0,46 27,84

3 0,70 41,76

4 0,93 55,68

5 1,17 69,61

0 100 200 300 400Tempo (minutos)

24

20

16

12

8

sw(m

)

Q = 45m3/h

Q = 56m3/h

Q = 70m3/h

S1 = 12,336m

S2 = 12,336 + 3,664 = 16m

S3 = 16 + 4,934 = 20,934m

45 50 55 60 65 70Q

0.27

0.28

0.29

0.3

sw/Q

Curvas

de Rebaixamento do Teste de Produção e relação sw/Q x Q para determinar a equação

característica do poço PT-40.

Page 161: CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE … · Figura 22 - Mapa potenciométrico geral da BOGPM, representando a potenciometria de julho de 2008. 73 Figura 23 - Mapa potenciométrico

148

1 10 100 1000 10000Tempo (minutos)

8

12

16

20

24

28sw

(m

)

0 1 2 3 4Q (m3/h)

50

40

30

20

10

0

RD

= 2

5,5

met

ros

20 anos

2 horas

Q = 1,85 m3/h

Extrapolação do valor do rebaixamento, no gráfico sw versus log t, para o alcance de 20 anos

e curvas características do poço para 2 horas e 20 anos, para o poço PT-40.