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CENTRO DE PARTO NORMAL: Humanizando o Espaço. Julho/2015 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 9ª Edição nº 010 Vol.01/2015 julho/2015 CENTRO DE PARTO NORMAL: Humanizando o Espaço. Ana Larissa Cherobin da Silva - [email protected] Master em Arquitetura Instituto de Pós-Graduação e Graduação - IPOG Campo Grande, MS, 16/06/2014 Resumo O objetivo deste artigo é mostrar a contribuição da Arquitetura no processo de humanização dos ambientes dos Centros de Partos Normais. A principal motivação da pesquisa foi a experiência recentemente vivenciada, observando a necessidade de um espaço apropriado para o acolhimento e posterior acompanhamento médico, psicológico, social e educativo da gestante, do recém nascido e dos familiares. Desta forma, traçar diretrizes humanizadoras para projetos arquitetônicos que permitam a adequação destes espaços, considerando a relação entre o ambiente, os usuários e as atividades realizadas. O método adotado trata-se de artigo de revisão literária, contemplando uma pesquisa bibliográfica, utilizando-se de conteúdos de livros, revistas, redes eletrônicas, artigos científicos e teses que refletem a realidade observada e analisada. Conclui-se que a qualificação dos espaços deve oferecer aos usuários conforto físico e psicológico, influenciando no seu comportamento e trazendo melhores resultados no parto e no nascimento, fazendo com que a Arquitetura cumpra sua funçao social. Palavras-chave: Centros de Partos Normais. Arquitetura. Humanização. 1. Introdução Está assegurada na Constituição Federal “A saúde é um direito de todos e um dever do Estado”, qualquer brasileiro tem reconhecida, desde o nascimento a gratuidade do direito a serviços de saúde. Os órgãos oficiais responsáveis pela elaboração das políticas públicas estão se dedicando a um cuidado especial voltado à questão da perinatalidade (período de 22 semanas de gestação até 7 dias após o parto), visto que o parto e o amparo obstétrico são as principais causas de internação pública e convencionada do SUS (Sistema Único de Saúde); sob essa perspectiva, o Ministério da Saúde divulga uma resolução (Portaria n° 985, de 5 de agosto de 1999), a qual institui parâmetros legais para a implantação do Centro de Parto Normal, atendendo à urgente necessidade de redução dos índices de taxa de mortalidade materna. Com isso incentivando a implantação de edificações com estruturas simplificadas, valorizando o parto normal e propondo soluções humanizadas aos ambientes (BITENCOURT, 2004, p.21). O chamado Centro de Parto Normal promove o desenvolvimento dos mecanismos fisiológicos para o parto e nascimento, o acolhimento às gestantes e a condução da assistência ao parto sem distócia pela enfermeira obstetra/obstetriz, que garantam os direitos da mulher e da criança (BRASIL, 2013, p.3). O parto é conhecido historicamente como um evento natural, fisiológico, feminino e inerente ao cotidiano familiar. Até o final do século XIX a assistência ao parto era predominantemente domiciliar, realizada por parteiras (mulheres que possuíam o conhecimento empírico do parto passado de geração para geração). (STANCATO et al., 2011, p.1)

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CENTRO DE PARTO NORMAL: Humanizando o Espaço. Julho/2015

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 9ª Edição nº 010 Vol.01/2015 julho/2015

CENTRO DE PARTO NORMAL: Humanizando o Espaço.

Ana Larissa Cherobin da Silva - [email protected]

Master em Arquitetura

Instituto de Pós-Graduação e Graduação - IPOG

Campo Grande, MS, 16/06/2014

Resumo

O objetivo deste artigo é mostrar a contribuição da Arquitetura no processo de humanização

dos ambientes dos Centros de Partos Normais. A principal motivação da pesquisa foi a

experiência recentemente vivenciada, observando a necessidade de um espaço apropriado

para o acolhimento e posterior acompanhamento médico, psicológico, social e educativo da

gestante, do recém nascido e dos familiares. Desta forma, traçar diretrizes humanizadoras

para projetos arquitetônicos que permitam a adequação destes espaços, considerando a

relação entre o ambiente, os usuários e as atividades realizadas. O método adotado trata-se

de artigo de revisão literária, contemplando uma pesquisa bibliográfica, utilizando-se de

conteúdos de livros, revistas, redes eletrônicas, artigos científicos e teses que refletem a

realidade observada e analisada. Conclui-se que a qualificação dos espaços deve oferecer

aos usuários conforto físico e psicológico, influenciando no seu comportamento e trazendo

melhores resultados no parto e no nascimento, fazendo com que a Arquitetura cumpra sua

funçao social.

Palavras-chave: Centros de Partos Normais. Arquitetura. Humanização.

1. Introdução

Está assegurada na Constituição Federal “A saúde é um direito de todos e um dever do

Estado”, qualquer brasileiro tem reconhecida, desde o nascimento a gratuidade do direito a

serviços de saúde.

Os órgãos oficiais responsáveis pela elaboração das políticas públicas estão se dedicando a

um cuidado especial voltado à questão da perinatalidade (período de 22 semanas de gestação

até 7 dias após o parto), visto que o parto e o amparo obstétrico são as principais causas de

internação pública e convencionada do SUS (Sistema Único de Saúde); sob essa perspectiva,

o Ministério da Saúde divulga uma resolução (Portaria n° 985, de 5 de agosto de 1999), a qual

institui parâmetros legais para a implantação do Centro de Parto Normal, atendendo à urgente

necessidade de redução dos índices de taxa de mortalidade materna. Com isso incentivando a

implantação de edificações com estruturas simplificadas, valorizando o parto normal e

propondo soluções humanizadas aos ambientes (BITENCOURT, 2004, p.21).

O chamado Centro de Parto Normal promove o desenvolvimento dos mecanismos

fisiológicos para o parto e nascimento, o acolhimento às gestantes e a condução da assistência

ao parto sem distócia pela enfermeira obstetra/obstetriz, que garantam os direitos da mulher e

da criança (BRASIL, 2013, p.3).

O parto é conhecido historicamente como um evento natural, fisiológico, feminino e inerente

ao cotidiano familiar. Até o final do século XIX a assistência ao parto era predominantemente

domiciliar, realizada por parteiras (mulheres que possuíam o conhecimento empírico do parto

passado de geração para geração). (STANCATO et al., 2011, p.1)

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A partir das primeiras décadas do século XX o parto foi levado para dentro dos hospitais. Este

evento deixou de ser realizado no seio familiar dentro de um modelo feminino de atenção e

passou a ser tratado no hospital, por um médico, mais preocupado com o domínio dos

processos fisiológicos do que com as necessidades das parturientes, dos recém-nascidos e dos

familiares.

O procedimento cirúrgico do parto passou a ser usado sem justificativas obstétricas

adequadas, utilizando-se de medicação excessiva em um processo fisiológico como o ato do

nascimento, impossibilitando um melhor vínculo mãe-filho (CASTRO; CLAPIS, 2005).

Se não houvesse médicos, o que aconteceria com os partos? Não nasceriam crianças?

Haveria muita complicação materno-fetal? Menos do que se pensa. Deixados à natureza,

mais de noventa por cento dos partos dar-se-iam espontaneamente, sem necessidade de

auxílio nenhum. (PACIORNIK, 1996, p.9)

Atualmente várias tentativas vêm sendo realizadas para resgatar o sentido humano do parto, a

forma pela qual a prática obstétrica era conduzida foi revista, abrindo caminho para uma nova

ótica de atendimento na assistência ao parto e ao nascimento. Esta mudança repercutiu em

tudo que estava associado ao atendimento obstétrico, tal como no espaço que o abriga.

Este trabalho objetiva analisar a relação entre o espaço construído e a questão relativa ao

processo de humanização na assistência ao parto e ao nascimento. Busca compreender como

seria este espaço e de que forma ele poderia contribuir para a implementação de uma

assistência humanizada no que diz respeito ao atendimento obstétrico.

2. Referencial Teórico

2.1 Aspectos históricos do parto

Historicamente o nascimento é um evento natural, de proporções físicas, psicológicas e

culturais e por muito tempo se manteve distante de técnicas e regras de controle. A mulher

vivenciava o parto e o nascimento sem nenhuma intervenção, a não ser a ajuda das parteiras

que tinha a responsabilidade a assistência ao parto e essa prática era realizada nos próprios

domicílios.

Esta plenitude se traduz no fato de o nascimento ser um evento singular, único dentro do

universo humano, uma experiência que significa nada mais do que gerar a vida. O ato do

nascer, dar à luz é inerente à nossa natureza, faz parte do processo que dá continuidade à

nossa espécie, e o corpo humano foi especialmente concebido para tal função, tendo-a

exercido por milhares de anos. A prova disto é a nossa existência. (COELHO, 2003, p.7)

Moura et al. (2007) afirma que a partir do século XX, precisamente na década de 40, foi

intensificada a hospitalização do parto, o que favoreceu a submissão da mulher que deixou de

ser protagonista do processo parturitivo e deu lugar a vários outros atores que conduziriam o

processo. Com o surgimento de conquistas científicas em áreas de biologia e de descobertas

conceituais e filosóficas os médicos vêem a necessidade de compreender e interferir neste

processo. Entretanto, a relação que existia, com o ato do nascimento carregado de emoção para a

mulher e sua família, se perdeu. O que se buscava dentro de um centro médico era a segurança.

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Não podemos deixar de ressaltar a importância do procedimento cirúrgico em casos nos quais

o risco da parturiente e da criança se fazem presentes como acontece nos casos de sofrimento

fetal agudo, apresentação pélvica e distócias.

Porém o que se vislumbra na maioria das vezes é, que durante a gravidez, indiferente da

gestação possuir ou não adversidades, após cálculo da data prevista para o parto é marcada a

cirurgia eletiva.

Segundo Bitencourt (2004, p.23) se considerarmos a evolução das demandas espaciais dos

procedimentos relativos ao parto e ao nascimento, notar-se-á que, em menos de uma geração,

o que se realizava em uma sala passou a exigir uma complexa estrutura hospitalar.

Diante desta realidade a partir da década de 1970, inicia-se uma discussão referente à forma

pela qual a prática obstétrica vinha sendo conduzida. O movimento em busca da humanização

na assistência ao parto e nascimento passa a ganhar adeptos dentre todos os envolvidos de

algum modo no processo do nascimento, surgindo assim vários estudos e pesquisas sobre o

assunto (RATTO,1996).

O Ministério da Saúde inicia a implementação de uma série de iniciativas e incentivos,

voltados às questões da humanização, objetivando melhorar a qualidade da assistência

obstétrica, revalorizar o parto normal, reduzir as taxas de cesáreas desnecessárias e fortalecer

a relação da mãe com seu bebê (BRASIL,1999).

2.2 Humanização na atenção ao parto e ao nascimento

O termo humanização atenta-se ao importante questionamento às práticas de saúde, este termo

vem sendo utilizado, na assistência ao parto há muitas décadas, e seus conceitos difundidos por

autoridades em obstetrícia médica no cenário internacional (DINIZ, 2005), objetivando recuperar

o parto como evento familiar e natural e unir aos benefícios das modernas evidências científicas.

O conceito de atenção humanizada é amplo e pode contemplar diversos significados mas, a partir

de sua aplicação ao contexto da assistência obstétrica e neonatal, envolve um conjunto de

conhecimentos, práticas e atitudes que visam a promoção do parto e do nascimento (BRASIL,

2011, p.7).

A humanização da assistência ao parto implica principalmente que a atuação do profissional

respeite os aspectos de sua fisiologia, não intervenha desnecessariamente, reconheça os aspectos

sociais e culturais do parto e do nascimento, promova a saúde e ofereça o suporte emocional

necessário à mulher e sua família, facilitando a formação dos laços afetivos familiares e o vínculo

mãe-bebê (DIAS, 2005).

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1996, propôs em suas diretrizes que o objetivo da

assistência é obter uma mãe e uma criança mais saudáveis com o mínimo possível de intervenção

e compatíveis com a segurança para ambos, reduzindo, assim, a taxa de mortalidade neonatal.

No modelo atual, a humanização do parto implica na mudança da atitude, filosofia de

vida e percepção de si e do outro como ser humano. A sensibilidade, a informação, a

comunicação, a decisão e a responsabilidade devem ser compartilhadas entre mãe-

mulher, família e profissionais de saúde. O parto humanizado consiste em um conjunto

de condutas e procedimentos que têm por finalidade a promoção do parto e nascimento

saudáveis e a prevenção contra morbimortalidade materna e perinatal. (TEIXEIRA,

2009, p.4)

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Pode-se afirmar que para haver humanização deve haver: compromisso com a ambiência (bem-

estar integral em determinado ambiente), melhoria das condições de trabalho e de atendimento;

respeito às questões de gênero, etnia, raça, orientação sexual e às populações específicas;

fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, fomentando a transversalidade e a

grupalidade (experiências coletivas significativas); apoio à construção de redes cooperativas,

solidárias e comprometidas com a produção de saúde e com a produção de sujeitos;

fortalecimento do controle social com caráter participativo em todas as instâncias gestoras do

SUS; e compromisso com a democratização das relações de trabalho e valorização dos

profissionais de saúde, estimulando processos de educação permanente (BRASIL, 2004).

Respeitando o direito da mulher a privacidade, a segurança e conforto, com uma assistência

humana e de qualidade, aliado ao apoio familiar durante a parturição, transformam o

nascimento num momento único e especial.

3. Centro de Parto Normal (CPN)

Unidade destinada à assistência ao parto de risco habitual, pertencente a um estabelecimento

hospitalar, localizada nas suas dependências internas ou externas.

Centro de Parto Normal Intra-hospitalar (CPNi): localizado nas dependências internas do

estabelecimento hospitalar e Centro de Parto Normal Peri-hospitalar (CPNp): localizado nas

dependências externas ao estabelecimento hospitalar a uma distância de, no máximo, 200

(duzentos) metros do referido estabelecimento (BRASIL, 2013, p.2).

Os Centros de Partos Normais, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), vem se

difundindo pelo país como modelo de assistência obstétrica, destacando a mudança no olhar do

profissional de saúde sobre a parturiente, recém-nascidos e sua família.

Atendendo as normas preconizadas pelo Ministério da Saúde, conforme Portaria 985/GM de 05

de agosto de 1999, os Centros de Partos Normais, são unidades de atendimento ao parto normal,

localizadas fora do centro cirúrgico obstétrico. Dispõem de um conjunto de elementos destinados

a receber a parturiente e seus acompanhantes, permitindo um trabalho de parto ativo e

participativo, empregando práticas baseadas em evidências recomendadas e que os diferenciam

dos serviços tradicionais de atenção obstétrica.

Surgiram com o objetivo de resgatar o direito à privacidade e à dignidade da mulher ao dar à luz

num local semelhante ao seu ambiente familiar, e ao mesmo tempo garantir segurança à mãe e seu

filho, oferecendo-lhes recursos tecnológicos apropriados em casos de eventual necessidade.

O estímulo à implantação deste modelo de assistência, no país, ganhou força, a partir da década de

oitenta, quando o movimento de mulheres, no Brasil e no mundo, passou a questionar as práticas

obstétricas de rotina e apresentar propostas para humanizar o atendimento, sem interferir no

processo fisiológico do parto, permitindo à mãe vivenciar esse momento de forma prazerosa e

segura.

Os Centros de Partos Normais tornam menos hierarquizadas as relações entre as parturientes e os

prestadores de cuidados, e oferecem um ambiente onde a mulher sente-se mais à vontade diante

dos eventos que a circundam.

Essas mudanças influenciam no ambiente físico destinado ao parto e ao nascimento, e a

concepção de projetos arquitetônicos propoe soluções mais humanizadas, considerando a relação

entre o ambiente e os usuários.

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Para a implantação de um Centro de Parto Normal, o Ministério da Saúde estabelece atribuições e

exigências continas no Artigo 3º da Portaria nº. 985/GM, publicada em 5 de agosto de 1999 entre

as quais pode-se destacar:

II. - acolher as gestantes e avaliar as condições de saúde materna; III. - permitir a

presença de acompanhante; [...] VI. - garantir a assistência ao RN normal; VII. - garantir

a assistência imediata ao RN em situações eventuais de risco, devendo, para tal, dispor

de profissionais capacitados para prestar manobras básicas de ressuscitação, segundo

protocolos clínicos estabelecidos pela Associação Brasileira de Pediatria; VIII. - garantir

a remoção da gestante, nos casos eventuais de risco ou intercorrências do parto, em

unidades de transporte adequadas, no prazo máximo de 01 (uma) hora; IX. - garantir a

remoção dos RN de risco para serviços de referência, em unidades de transporte

adequadas, no prazo máximo de 01 (uma) hora.

E no Artigo 4º define caracteríticas físicas para a construção de um Centro de Parto Normal

sendo:

I - apresentar planta física adequada ao acesso da gestante; II - estar dotado de: sala de

exame e admissão de parturientes; quarto para pré-parto/ parto/ pós-parto PPP; área para

lavagem das mãos; área de prescrição; sala de estar para parturientes em trabalho de

parto e para acompanhantes; área para assistência ao RN3; III - possuir os seguintes

ambientes de apoio: banheiro para parturientes com lavatório, bacia sanitária e chuveiro

com água quente; copa/cozinha; sala de utilidades; sanitário para funcionários e

acompanhantes; depósito de material de limpeza; depósito de equipamentos e materiais

de consumo; sala administrativa; rouparia / armário; IV - atender aos requisitos quanto à

estrutura física previstos nesta Portaria, além das exigências estabelecidas em códigos,

leis ou normas pertinentes, em especial às normas do Ministério da Saúde, específicas

para projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde; V - como unidade intra-

hospitalar pode compartilhar os ambientes de apoio com outros setores do hospital,

desde que estejam situados em local próximo, de fácil acesso e possuam dimensões

compatíveis com a demanda de serviços a serem atendidos; VI - como unidade isolada

não poderá adotar a solução de box individualizado; VII - com referência às instalações

prediais deve atender às exigências técnicas das normas de funcionamento de

estabelecimentos assistenciais de saúde do Ministério da Saúde e dos códigos de obras

locais; VIII - adotar as exigências técnicas das normas para a segregação, descarte,

acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos

de serviços de saúde. (BRASIL, 1999, p.1)

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Figura 1: Planta de Referência de um Centro de Parto Normal (CPN)

Fonte: www.saude.gov.br/redecegonha

Figura 2: Planta de Referência de um Centro de Parto Normal (CPN)

Fonte: www.saude.gov.br/redecegonha

3.1 Sala PPP (pré-parto, parto e pós-parto)

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A sala PPP é um ambiente no qual os três procedimentos são realizados: pré-parto, parto e

pós-parto. O intuito de unir estes procedimentos em um mesmo ambiente provém do fato de

ser extremamente penoso o ato de transferência da parturiente de uma sala para outra, e

também por ser uma conduta que diminui a tensão nos profissionais de saúde relacionados ao

processo. As salas PPP propiciam a parturiente bem estar e segurança, criando um ambiente

familiar e diferente do aspecto de uma sala de cirurgia. Estas salas individuais permitem

também a presença da família em todo o processo, sem tirar a privacidade do acontecimento.

Além de individuais, as salas PPP possuem sanitários próprios com banheira ou não, cama e

espaço suficiente para a parturiente movimentar-se o quanto quiser. Tudo para criar um

espaço próximo ao de um quarto de uma casa, tornando o ambiente familiar e aconchegante, e

mais humanizado.

A RDC nº 36/2008 faz referência a um ambiente único e reservado para o acompanhamento e

realização do trabalho de parto, parto e observação da mulher e seu recém-nascido na primeira

hora de vida. Essa sala destina-se a humanizar o atendimento ao parto resgatando o vínculo

mãe-filho com a presença de acompanhante, com vista a reduzir o risco à saúde e melhorar o

bem-estar de quem utiliza a atenção obstétrica e neonatal.

Figura 3: Quarto PPP Figura 4: Quarto PPP

Fonte: Hospital Sofia Feldman – BH/MG Fonte: CPN Marieta de Souza Pereira – Salvador/BA

A cartilha – Orientações para elaboração de Projetos de Centros de Parto Normal (CPN),

publicada em julho de 2013 da Rede Cegonha, faz as seguintes atribuições assistenciais para o

ambiente PPP:

Quarto de Pré-parto, Parto e Pós-Parto (PPP): o quarto PPP receberá atividades como

assistir parturientes em trabalho de parto; assegurar condições para que acompanhantes

assistam ao pré-parto, parto e pós-parto; prestar assistência de enfermagem ao RN

envolvendo avaliação de vitalidade, identificação e higienização e realizar relatórios de

enfermagem e registro de parto.

Quarto PPP sem banheira: o ambiente deve apresentar área mínima de 14,50 m², sendo

10,50 m² para o leito e área de 4,00 m² para cuidados de RN, com dimensão mínima de

3,20 m, previsão de poltrona para acompanhante, berço e área para cuidados de RN com

bancada (com profundidade mínima de 0,45 m x comprimento 1,40 m x altura 0,85 m)

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e pia, provido ponto de água fria e quente. A cama executada em alvenaria de 50 cm de

altura e dimensão de 1,48 x 2,48 ou pode-se utilizar cama PPP. O quarto PPP é

individual com banheiro exclusivo, a fim de garantir privacidade da parturiente e seu

acompanhante.

Quarto PPP com banheira: o ambiente deve apresentar área mínima de 19,30 m², sendo

10,50 m² para o leito, área de 4,00 m² para cuidados de RN e 4,80 m² para instalação de

banheira , com largura mínima de 0,90 m e com altura máxima de 0,43 m, a dimensão

mínima do ambiente deve ser de com dimensão mínima de 3,20 m . No caso de

utilização de banheira de hidromassagem, deve ser garantida a higienização da tubulação

de recirculação da água. Quando isso não for possível o modo de hidromassagem não

deve ser ativado, sendo para 1 leito, com previsão de poltrona para acompanhante, berço

e área para cuidados de RN com bancada (com profundidade mínima de 0,45 m x

comprimento 1,40 m x altura 0,85 m) e pia, provido ponto de água fria e quente. A cama

poderá ser executada em alvenaria de 50 cm de altura e dimensão de 1,48 x 2,48 ou

pode-se utilizar cama PPP. O quarto PPP é individual com banheiro exclusivo, a fim de

garantir privacidade da parturiente e seu acompanhante. (BRASIL, 2013, p.6)

O ambiente deve ser projetado a fim de proporcionar à parturiente bem-estar e segurança,

criando um ambiente familiar diferindo-o de uma sala cirúrgica, permitindo também a

presença, bem como, a participação de acompanhante em todo o processo.

Figura 5: Exemplo ilustrado de um quarto PPP

Fonte: Rede Cegonha

3.2 Legislação Pertinente

Projetos de ambientes voltados para a assistência à saúde precisam estar de acordo com uma

série de formatos de legislação, que constantemente são revistos, complementados por outros

ou até mesmo revogados. A maioria encontra-se disponível para consulta pública em sites na

internet do Ministério da Saúde ou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Em 21 de fevereiro de 2002, foi aprovada a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 50, da

Agência Nacional de Vigilância Sanitária “Regulamento Técnico para Planejamento,

Elaboração, Avaliação de projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde”, um

completo documento que atualizou e modificou as normas para os projetos físicos de

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Estabelecimentos Assistenciais de Saúde – EAS, tanto na área pública, quanto privada,

regulando construções novas, reformas e ampliações em estabelecimentos existentes.

Mais tarde, a resolução nº 50 foi alterada, passando a incluir as alterações contidas na RDC nº

307, de 14 de novembro de 2002 e RDC nº 189 de 18 de julho de 2003. A primeira faz

alterações na redação da RDC nº 50; a segunda obriga os projetos de arquitetura de

estabelecimentos de saúde públicos e privados a serem avaliados e aprovados pelas

vigilâncias sanitárias estaduais ou municipais previamente ao início da obra a que se referem

os projetos.

Em 03 de junho de 2008 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publica a

Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº. 36 para regulamentar e normatizar os padrões de

assistência e funcionamento dos serviços de atenção obstétrica e neonatal, visando

sistematizar e qualificar a gestão, harmonizar e humanizar a assistência ao parto e nascimento

bem como reduzir e controlar os riscos aos usuários e ao meio ambiente.

4. Arquitetura x Humanização

Arquitetura e humanização deveriam estar intimamente ligadas no conceito e na prática. O

mais importante em termos de concepção de espaços arquitetônicos é a sua adequação ao

usuário que os utilizará (CIACO, 2010, p.65).

Os ambientes dedicados ao parto e ao nascimento devem atender condições básicas de

conforto, segurança, saúde, higiene e bem-estar. O que torna um ambiente humanizado é a

interação positiva com o ser humano.

Além dos aspectos e das circunstancias que mobilizam a medicina e a enfermagem,

através dos profissionais da área de saúde e dos familiares, nos procedimentos de atenção

ao parto e ao nascimento, a arquitetura e as condições físicas do ambiente,

disponibilizadas para o evento, sempre tiveram significativa relevância na compreensão

histórica do processo e na pesquisa pela melhor condição de conforto, de segurança e de

bem-estar da parturiente. (BITENCOURT, 2008, p.15)

A Arquitetura está entre os elementos mais importantes que compõem o conceito de

humanização. Ela pode ser entendida como uma humanização permanente e segura. Na

concepção do projeto arquitetônico deve-se levantar, analisar e trabalhar todas as

necessidades das pessoas que utilizarão os espaços, tanto prestadores de serviços como

pacientes. Qualquer espaço exerce influencia sobre o ser humano. O que torna esses

humanizados é o fato de eles estabelecerem uma forte e boa ligação com o seu usuário.

Para entender o papel da Arquitetura no processo de Humanização dos ambientes, aspectos

multidisciplinares devem ser considerados, pois contribuirão na concepção de projetos

arquitetônicos assistenciais ao parto e ao nascimento.

A humanização de uma edificação resulta de um processo projetual que alem da estética,

respeito à funcionalidade e a organicidade, contemplando aspectos construtivos, criando

assim espaços que garanta o bem-estar físico e psicológico aos usuários.

A arquitetura sempre tem que ser voltada para o ser humano e, no caso de um Centro de Parto

Normal, ela tem maior importância ainda, pois irá contemplar o nascimento, um momento

muito importante na vida da parturiente, do recém-nascido e dos familiares.

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O edifício destinado às atividades de atenção ao parto e ao nascimento deve contemplar e

dispor de características arquitetônicas que, embora tenham a responsabilidade intrínseca

ao serviço e a complexidade dos procedimentos médicos e de enfermagem, ofereça a

conformação de um ambiente o mais próximo possível da atenção as necessidades

especificas e próprias da sensibilidade da mulher/gestante. (BITENCOURT, 2008, p.33)

É importante esclarecer que o termo humanização não deve ser confundido com o luxo, mais

sim com a qualidade.

Deve se partir da compreensão que humanização é o conceito que dá ao ambiente a garantia

de que ele influenciará no ser humano. Tal garantia se consegue por intermédio de vários

fatores, como iluminação, ventilação, utilização correta de cores, mobiliário, sensação de

segurança, além de tantos outros fatores.

Outro fator determinante para a obtenção de qualidade do ambiente é a escolha dos materiais

a serem empregados na obra. Atualmente, há uma variedade de opções de materiais, que

permitem garantir grande eficiência aos ambientes, tanto no quesito humanização, quanto no

quesito tecnológico.

4.1 Humanização dos Espaços

O conceito de humanização é, geralmente, associado a diversas dimensões da saúde,

principalmente em relação às suas práticas, no que diz respeito ao modo como são atendidos e

tratados os pacientes, e também a humanização dos ambientes em que essas práticas ocorrem,

nesse caso, ligada efetivamente à arquitetura desses espaços (ROCHA, 2010, p.53).

O Ministério da Saúde afirma também que a ambiência não compreende somente o aspecto

social, o aspecto profissional e as relações interpessoais que ocorrem em seus territórios, mas

também o espaço físico dos ambientes de saúde, em textos das chamadas Cartilhas da PNH

(Plano Nacional de Humanização):

A cartilha que trata sobre ambiência destaca a contribuição de elementos da arquitetura

importantes para humanizar os ambientes, como a morfologia, luz, cheiro, som, sinestesia,

arte, cor e o tratamento das áreas externas, atuando como qualificadores e modificadores dos

espaços e influenciando no comportamento dos usuários.

A preocupação com os pacientes deve existir em todo o projeto, desde a concepção,

como um todo, até nos detalhes do seu interior. Cores, texturas, aberturas para

visualização do exterior e entrada de luz, materiais naturais, como a pedra e a madeira,

que ajudam a criar ambientes mais relaxantes e que auxiliam na recuperacao do paciente.

(SAMPAIO, 2004)

A humanização é um termo abrangente utilizado para definir um movimento em busca de

valorização na prestação de serviços, tendo o espaço como um elemento somatório na

eficiência do tratamento humanizado para o paciente.

A arquitetura deve garantir ao usuário conforto ambiental que á a sensação de bem-estar

completo, físico e mental criada por um arquiteto ao projetar (CIACO, 2010, p.80).

A humanização dos espaços representa um diferencial, é um desafio pra o Arquiteto

contemplar os requisitos básicos pertinentes a estabelecimentos assistenciais ao parto e ao

nascimento de maneira eficiente, atentos a questão do conforto ambiental em seus diversos

aspectos.

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A elaboração do projeto arquitetônico para construção de estabelecimentos assistenciais

de saúde é um processo complexo que deve buscar, invariavelmente, satisfazer a uma

significativa diversidade de critérios técnicos e compatibilidades físico-funcionais. A

concepção da solução projetual, além de atender às demandas da tecnologia médica, às

características geográficas regionais, à flexibilidade dos espaços determinada pelas

variáveis epidemiológicas, deve contemplar, com fundamental relevância, a satisfação

do usuário através do conforto ambiental em seus diversos aspectos. (BITENCOURT,

2008, p.63)

É importante ressaltar que um edifício para adquirir condições de conforto ambiental

adequadas, deve considerar recursos como: ventilação natural e artificial, iluminação natural e

artificial, tratamento acústico, à utilização de cores, a presença do verde, a relação interior x

exterior e muitos outros fatores que influenciam esta questão.

Quando a relação entre arquitetura e os requisitos de conforto ambiental são adequadamente

utilizados, a qualidade dos espaços traz a sensação de conforto e bem-estar ao usuário, sendo

fundamental na humanização desses espaços.

5. Conclusão

A pesquisa realizada comprova a importância da Arquitetura no processo de humanização dos

ambientes dos Centros de Partos Normais.

Visto que as mudancas relacionadas ao parto e ao nascimento repercutiram no espaço, sendo

necessárias reavaliações e adequações destes para enquadrá-los nas novas políticas de

atendimento obstétrico. Buscando resgatar a singularidade do parto normal vendo o

nascimento como um momento de alegria e beleza.

Os espaços devem ter em vista a possibilidade de satisfazer as necessidades das parturientes,

trazendo-a por inteiro para este acontecimento, proporcionando conforto e segurança, com

uma assistência humana e de qualidade. Um espaço onde os ambientes promovam a criação

de um momento especial e único.

Neste sentido, a arquitetura passa a ter um importante papel no desenvolvimento de espaços

comprometidos com uma assistência ao nascimento humanizada e centrada nas necessidades

dos usuários.

Esta pesquisa abordou a importância de compreender a elaboração destes espaços,

enfatizando os conceitos relativos à humanização.

Contribuir com a reflexão teórica sobre o papel da arquitetura na humanização dos ambientes,

partindo do principio que a arquitetura deve se voltar para o ser humano. É preciso que, cada

vez mais, sejam consideradas as necessidades dos usuários e que sejam essas a orientar a

configuração ideal dos espaços.

Conclui-se que a Arquitetura através de um adequado planejamento, implantando os

requisitos básicos na humanização dos ambientes, produz espaços de qualidade, influenciando

positivamente no comportamento dos seus usuários.

O projeto arquitetônico aliando a características físico-funcionais e a adequada utilização de

aspectos de conforto ambiental assumem um papel fundamental na humanização dos espaços.

Referências

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