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Centrais Termoelétricas Prof. Dr. Eng. Paulo Cícero Fritzen 1 Geração Elétrica

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Centrais Termoelétricas

Prof. Dr. Eng. Paulo Cícero Fritzen

1

Geração Elétrica

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GERAÇÃO TERMOELÉTRICA

Introdução

2

O processo fundamental de funcionamento das centrais termelétricas

baseia-se na conversão de energia térmica em energia mecânica e esta em

energia elétrica.

A conversão de energia térmica em mecânica é feita com o uso de

um fluído que produzirá, em seu processo de expansão, trabalho em turbinas

térmicas. O acionamento mecânico de um gerador elétrico acoplado ao eixo

da turbina converte energia mecânica em elétrica.

A produção da energia térmica pode ser dada pela transformação da

energia química dos combustíveis, por meio do processo da combustão, ou

da energia nuclear dos combustíveis radioativos, com a fissão nuclear.

Centrais cuja geração é baseada na combustão são conhecidas como

termoelétricas. As baseadas na fissão nuclear são chamadas de centrais

nucleares.

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GERAÇÃO TERMOELÉTRICA

Introdução

3

As centrais termoelétricas (convencionais) são classificadas de

acordo com o método de combustão utilizado.

Combustão Externa: O combustível não entra em contato com o fluído de

trabalho. Este é um processo usado principalmente nas centrais

termoelétricas a vapor, nas quais o combustível aquece o fluído de trabalho

(em geral a água) em uma caldeira até gerar o vapor que, ao se expandir

em uma turbina, produzirá trabalho mecânico;

Combustão interna: A combustão se efetua sobre uma mistura de ar e

combustível. Dessa maneira, o fluído de trabalho será o conjunto de

produtos da combustão. A combustão interna é o processo usado

principalmente nas turbinas a gás e nas máquinas térmicas a pistão

(motores a diesel).

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GERAÇÃO TERMOELÉTRICA

Introdução

4

A figura a seguir mostra um diagrama simplificado de uma central

termoelétrica com combustão externa (a vapor).

Central termelétrica com combustão externa (a vapor)

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GERAÇÃO TERMOELÉTRICA

Introdução

5

O vapor se expande (a pressão passa de alta à baixa) na turbina,

gerando energia. Este vapor que sai da turbina vai ao condensador, onde

o calor é retirado e se obtém líquido. O líquido é bombeado de volta à

caldeira, fechando o ciclo.

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GERAÇÃO TERMOELÉTRICA

Introdução

6

Os principais combustíveis usualmente aplicados nas centrais a

vapor são o óleo, o carvão, a biomassa (madeira, bagaço de cana, lixo, etc.)

e derivados pesados de petróleo.

Os principais combustíveis usados nas máquinas térmicas a gás

são o gás natural e o óleo diesel.

No caso da central nuclear, o calor para o aquecimento da água

não é produzido por processo de combustão, mas sim pela energia gerada

pelo processo de fissão nuclear (reação nuclear controlada em cadeia).

As centrais a vapor, a gás e nucleares formam os grandes grupos

de centrais termelétricas.

Em muitas aplicações, centrais térmicas são utilizadas, no sistema

de co-geração, para produção conjunta de eletricidade e vapor para uso em

processos industriais.

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GERAÇÃO TERMOELÉTRICA

Introdução

7

Na produção exclusiva de energia elétrica, podemos usar como

elemento no circuito um vapor ou um gás.

Na utilização de vapor, temos as centrais a vapor de condensação,

com turbinas a vapor.

Na utilização do gás, temos as centrais a gás, com motores a

pistão diesel ou turbina a gás.

Quando pretende-se produzir energia elétrica e vapor para

processo industrial, o elemento utilizado no circuito é a água na forma

líquida em parte do circuito e na forma de vapor na outra.

Este tipo de utilização (co-geração) faz simultaneamente a geração

de energia elétrica e térmica a partir de um único combustível, tais como gás

natural, carvão, biomassa ou derivados de petróleo.

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Centrais Térmicas

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Os principais tipos, esquemas e configurações das

centrais térmicas são:

Centrais à Diesel,

Centrais à Vapor,

Centrais à Gás.

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Centrais Térmicas

à Diesel

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Os motores diesel fazem parte de um amplo grupo de máquinas térmicas

chamado motores de combustão interna (MCI).

Os MCI recebem esta denominação porque a liberação de energia do

combustível ocorre em seu interior, como nas turbinas a gás e nos motores de

foguete. Em contraste, numa máquina a vapor (turbina a vapor) a combustão

se processa fora da máquina.

Os MCI foram criados no final do século XIX e tomaram-se populares devido à

sua aplicação em automóveis. Com o passar dos anos, os MCI foram se

tomando mais confiáveis, passando então a equipar outros meios de

transporte como trens, aeronaves e embarcações.

No final do século XIX o engenheiro alemão Dr. Rudolf Diesel desenvolveu o

motor que levou o seu nome a partir de tentativas mal sucedidas de criar um

motor a carvão pulverizado.

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Centrais Térmicas

à Diesel

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Em termos de geração de energia elétrica raramente se utiliza um MCI que

não seja diesel. As maiores vantagens dos motores diesel são sua

disponibilidade no mercado, a facilidade de manutenção, sua boa eficiência e

(no Brasil) o menor custo do combustível relativamente ao álcool e à gasolina.

Em geral, o rendimento dos motores estacionários de grande porte é

semelhante ao das turbinas a vapor. A utilização mais comum em termos de

geração de energia elétrica é em pequenas centrais, com alguns MW, em

hospitais, grandes lojas de departamentos, etc., inclusive em esquemas de co

geração.

Nestes casos, a pequena central diesel serve como central de auto-geração,

como central de emergência (em caso de falta de energia) e ainda como

central de pico, para evitar a sobre taxação.

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Centrais Térmicas

à Diesel

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Outra utilização das centrais a diesel é a geração de energia elétrica para

sistemas isolados, que têm o seu uso disseminado em regiões longínquas

sem outra fonte de geração (Região Amazônica).

As centrais a diesel apresentam, no entanto, limitações relacionadas com

potência, ruído e vibração, além de problemas como dificuldade de aquisição

de peças de reposição e seu transporte, assim como, principalmente nos

locais distantes, os altos custos de combustível e a emissão de gases

poluente.

Suas vantagens são a rápida entrada em carga, a simplicidade de operação,

compactas e o fácil plano de manutenção.

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Centrais Térmicas

à Diesel

12 Figura - MCI a diesel de 2610 HP, 327 rpm (esquerda) e painel de comando (direita acima).

Grupo gerador a diesel (direita abaixo).

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Centrais Térmicas

à Diesel

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Diversas classificações são possíveis para os MCI. As principais são:

Quanto ao tipo de ignição do combustível

Quanto ao ciclo de funcionamento

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Centrais Térmicas

à Diesel

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1) Quanto ao tipo de ignição do combustível:

a) Ignição por centelha: a mistura ar – combustível, depois de admitida e

comprimida na câmara de combustão, é incendiada por uma centelha

produzida pela passagem de corrente elétrica entre dois eletrodos num

dispositivo denominado vela de ignição.

a) Ignição por compressão: o ar é admitido na câmara de combustão,

inicialmente sem o combustível, e depois comprimido. O combustível é

então injetado e entra em combustão devido à alta temperatura do ar

comprimido. A maior vantagem deste sistema é, talvez, a sua boa

eficiência térmica. Outra é a ausência do sistema elétrico necessário à

produção da centelha.

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Centrais Térmicas

à Diesel

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2) Quanto ao ciclo de funcionamento:

a) Motores de dois tempos: o ciclo é realizado numa única volta completa

do eixo de manivelas (ou virabrequim). O MCI de dois tempos podem ser

de ignição por compressão ou por centelha. Em qualquer caso, os dois

tempos são: admissão-compressão e expansão-exaustão.

b) Motores de quatro tempos: o ciclo é realizado em duas voltas completas

do eixo de manivelas. Os MCI de quatro tempos também podem ser de

ignição por compressão ou por centelha e os quatro tempos são:

admissão, compressão, expansão e exaustão.

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Centrais Térmicas

à Diesel

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2) Quanto ao ciclo de funcionamento:

a) Motores de dois tempos: admissão-compressão e expansão-exaustão.

Tempo de admissão e compressão (esq) Tempo de expansão e exaustão (dir).

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Centrais Térmicas

à Diesel

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2) Quanto ao ciclo de funcionamento:

b) Motores de quatro tempos: admissão, compressão, expansão e exaustão.

Tempo de admissão (1) Tempo de compressão (2)

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Centrais Térmicas

à Diesel

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2) Quanto ao ciclo de funcionamento:

b) Motores de quatro tempos: admissão, compressão, expansão e exaustão.

Tempo de expansão (3) Tempo de exaustão (4)

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Centrais Térmicas

à Vapor

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As centrais a vapor são aquelas em que a água vaporizada

num equipamento denominado gerador de vapor impulsiona uma

turbina a vapor.

Podem-se classificar as centrais a vapor:

Quanto ao uso do vapor

Quanto ao número de fluidos de trabalho

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Centrais Térmicas

à Vapor

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1) Quanto ao uso do vapor:

a) Centrais convencionais a vapor: o vapor é utilizado apenas para

movimentar a turbina a vapor.

b) Centrais de co-geração a vapor: o vapor é utilizado para outras

aplicações, dentre as quais pode-se citar processos industriais

(aquecimento ou limpeza de peças, catalisação de reações químicas,

tingimento de tecidos, etc), preparo de alimentos, acionamento de

centrais de ar condicionado, etc.

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Centrais Térmicas

à Vapor

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2) Quanto ao número de fluidos de trabalho:

a) Centrais ciclo simples a vapor: A operação da central se dá com o uso de

um só fluido de trabalho, geralmente a água.

b) Centrais de ciclo binário a vapor: A central utiliza dois fluidos de trabalho

distintos. Isso se deve ao fato da água não ser o fluido de trabalho ideal

em todas as circunstâncias, caso em que tornase interessante aproveitar

as características de outro fluido. O ciclo binário causa o aumento de

potência específica da máquina, ou seja, redução do volume e preço da

máquina para igual potência, aumento do rendimento do ciclo teórico,

segurança (em circuitos com energia nuclear).

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Centrais Térmicas

à Vapor

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2) Quanto ao número de fluidos de trabalho:

b) Centrais de ciclo binário a vapor:

Nestas usinas a energia utilizada é resultante da queima de um combustível

fóssil, como carvão, óleo ou gás. O calor gerado por esta queima transforma

a água em vapor na gerador de vapor.

Este vapor, a alta pressão, é utilizado para girar a turbina, que por sua vez,

aciona o gerador elétrico. Por fim, o vapor, que após passar na turbina ainda

tem uma temperatura alta, é condensado, transferindo o restante de sua

energia térmica para um circuito independente e isolado de resfriamento. Em

seguida a água é bombeada para a caldeira, completando o ciclo.

Estas usinas operam com eficiência entre 30 e 42%. Há a flexibilidade em

relação ao tipo de combustível utilizado (pode ser trocado, com adaptações).

Na conversão de calor em energia o rendimento para a potência de saída é

de aproximadamente 25% a 40%.

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Centrais Térmicas

à Vapor

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2) Quanto ao número de fluidos de trabalho:

b) Centrais de ciclo binário a vapor:

Diagrama esquemático de uma central termelétrica a vapor

- A localização deve ser próxima a lagos, rios e mar, pois esta necessita de

muita água em seu funcionamento para ser utilizado no condensador.

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Centrais Térmicas

à Vapor

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3) Principais partes constituintes:

Assim como as centrais hidrelétricas, as centrais a vapor são

sistemas de conversão de energia altamente complexos. É possível,

entretanto, distinguir alguns constituintes principais que estão presentes na

maioria das centrais. São eles:

a) Gerador de vapor: São os equipamentos responsáveis pelo processo de

mudança de fase da água de líquido para vapor. Eles são construídos de

forma a melhor aproveitar a energia liberada na queima do combustível.

b) Turbina a vapor: As turbinas a vapor são as máquinas responsáveis pela

transformação da energia contida no vapor (pressão, térmica e cinética)

em trabalho mecânico de rotação de um eixo que acionara o gerador

elétrico.

c) Condensador: É um dispositivo trocador de calor, no qual o vapor

proveniente da turbina é resfriado por um fluido de refrigeração,

retornando à fase líquida, estado no qual ele pode ser bombeado de

volta para o gerador de vapor com facilidade.

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Centrais Térmicas

à Vapor

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3) Principais partes constituintes:

d) Acessórios: Alguns são fundamentais na operação de uma central a

vapor. Pode-se citar: As tubulações conduzem o fluido de trabalho entre

os diversos componentes da central. Os purgadores são válvulas que

permitem retirar o fluido condensado, ocasionalmente formado na linha

de vapor. As bombas transferem energia ao fluido de trabalho, sob forma

de pressão e cinética, com o objetivo de transportá-lo, vencendo os

gradientes de pressão e as perdas de carga do sistema. As válvulas

podem ser de mais de um tipo. As redutoras e controladoras de pressão

mantém a pressão de saída do vapor constante num nível determinado.

As controladoras de temperatura elementos sensores de temperatura e

são projetadas para atuar sobre o gerador de vapor em caso de

necessidade. Os filtros são dispositivos cujo objetivo é o de reter as

partículas sólidas existentes. O isolamento térmico é composto por

materiais de revestimento aplicados nas linhas de tubulações e demais

componentes com o objetivo de reduzir as perdas de calor para o

ambiente.

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Centrais Térmicas

à Vapor

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4) As desvantagens das centrais térmicas à Vapor são:

Riscos de vazamento, com ou sem incêndio e explosão;

Riscos de choques térmicos na água de refrigeração devolvida para os rios,

lagos ou litorais vizinhos às usinas;

Ruídos e vibrações;

Alterações atmosféricas e climáticas:

Fuligens, fumaças (eventualmente contendo óxidos ou sulfetos

metálicos);

Gases carbônicos (CO e CO2);

Gases nitrogenados (NOx, dando origem a oxidantes foto-químicos,

como o ozônio, a acidez atmosférica e a precipitação de nitratos no solo

e nas águas);

Gases sulfurosos (SOx , dando origem a acidez e a precipitação de

sulfatos e sulfetos) e materiais residuais sólidos.

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Centrais Térmicas

à Gás

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Nas centrais a gás, uma turbina a gás é impulsionada pelos gases

provenientes da queima de um combustível. Essas centrais podem ter ciclo

simples utilizando apenas uma turbina a gás, ou, apresentar um ciclo

combinado, o qual utiliza uma turbina a gás e uma turbina a vapor funcionando

em conjunto, sendo os gases de exaustão da turbina a gás, aproveitados para

gerar vapor para a turbina a vapor.

Estas usam máquinas de combustão interna. Necessitam de um

combustível de qualidade, por exemplo: gás natural e há uma menor relação

peso por potência (kg/kW) - menor relação espaço ocupado por potência

(m3/kW).

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Centrais Térmicas

à Gás

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A figura a seguir mostra um diagrama esquemático de uma central térmica a gás.

Diagrama de uma central termelétrica a gás

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Centrais Térmicas

à Gás

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Nestas centrais, os gases resultantes da queima do combustível

fóssil, como o óleo diesel ou gás natural, aciona diretamente uma turbina a

gás, que está acoplada a um gerador. O calor liberado pela queima do

combustível é transformado em potência mecânica na turbina que é

transformada em potência elétrica no gerador. Após passar na turbina os

gases tem ainda um grande conteúdo de energia a temperaturas

relativamente altas.

Os componentes essenciais de uma central a gás são:

Compressor

Câmara de combustão

Turbina

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Centrais Térmicas

à Gás

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Compressor: Sua função é aumentar a massa específica do ar

encaminhando para a câmara de combustão.

Compressor de uma turbina a gás.

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Centrais Térmicas

à Gás

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Câmara de combustão: É o espaço físico da turbina a gás no qual a

mistura ar-combustível é injetada e onde será processada a combustão.

Câmara de combustão de uma turbina a gás.

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Centrais Térmicas

à Gás

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Turbina: É responsável por retirar energia dos gases de combustão e

entregar trabalho mecânico de rotação ao eixo de saída.

Turbina a gás.

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Centrais Térmicas

à Gás

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Turbina:

A turbina a gás atinge eficiências termodinâmicas bem mais

elevadas porque o pico do ciclo de temperatura das turbinas modernas a

gás (aproximadamente 12000C) é bem mais elevado do que o das turbinas

a vapor (aproximadamente 5400C).

A eficiência global do ciclo termodinâmico das turbinas a gás

modernas varia de 35 a 42%, enquanto que o das turbinas a vapor varia de

30 a 40%, dependendo do combustível utilizado.

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Centrais Térmicas

à Gás

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Turbina:

Uma vantagem termodinâmica inerente às turbinas a gás é

aproveitar o calor de escape para, por exemplo, produzir vapor numa caldeira

de recuperação, que pode ser usada em processos industriais numa

configuração de co-geração ou no Ciclo Combinado que é a geração de

energia elétrica, através de um processo que combina a operação de uma

turbina à gás com uma turbina a vapor, ambas diretamente acopladas a um

gerador.

Os gases de escape da turbina a gás, devido à alta temperatura,

promovem a transformação da água em vapor para o acionamento de uma

turbina a vapor, nas mesmas condições descritas no processo de operação

de uma termelétrica convencional.

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Centrais Térmicas

à Gás

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A figura a seguir mostra o diagrama de uma central térmica a gás com ciclo

combinado.

Diagrama de uma central termelétrica a gás com ciclo combinado

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Centrais Térmicas

à Gás

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São menos Poluente que as demais usinas a vapor, possuem

uma rápida disseminação, a combustão é livre da emissão de SOx (gás

que contribui para a chuva ácida) e com a menor taxa de emissão de

NOx (gás que ataca a camada de ozônio) entre os combustíveis. Esta

elimina o tratamento de efluentes dos produtos da queima. Porém

possuem os riscos para a biodiversidade dos locais cortados pelos

gasodutos e também riscos de incêndio e explosão em caso de

vazamentos.