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Cenários para investigação na perspectiva da Educação Matemática Critica Buenos Aires, 5-7 Novembro 2009 Ole Skovsmose Aalborg University [email protected]

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Cenários para investigaçãona perspectiva da

Educação Matemática Critica

Buenos Aires, 5-7 Novembro 2009

Ole Skovsmose

 Aalborg University

[email protected]

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Paradigma do exercício

Primeiro, o professor apresenta algumas idéias e técnicas matemáticas e, depois, os alunos trabalham com exercícios selecionados.

Geralmente, o livro didático representa as condições tradicionais da prática de sala de aula. Os exercícios são formulados por uma autoridade externa à sala de aula.

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Uma abordagem de investigação

O paradigma do exercício pode ser contraposto a uma abordagem de investigação.

Essa abordagem pode tomar muitas formas diferentes, como o trabalho com projeto no ensino fundamental e médio bem como no nível universitário.

Em geral, o trabalho com projeto está localizado num ambiente de aprendizagem que difere do paradigma do exercício. É um ambiente que oferece recursos para fazer investigações.

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Cenário para investigação

Um cenário para investigação é aquele que convida os alunos a formularem questões e procurarem explicações.

O convite é simbolizado pela pergunta do professor: “Por que isto...?”. E a pergunta de alunos: “Sim, por que isto...?” indicam que eles estão encarando o desafio.

Quando os alunos assumem o processo de exploração e explicação, o cenário para investigação passa a constituir um novo ambiente de aprendizagem.

No cenário para investigação, os alunos são responsáveis pelo processo.

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Ambientes de aprendizagem

As práticas de sala de aula baseadas num cenário para investigação diferem fortemente daquelas baseadas em exercício.

A distinção entre elas pode ser combinada com uma distinção diferente, a que tem a ver com as “referências” que visam a levar os estudantes a produzirem significados para os conceitos e atividades matemáticas.

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Ambientes de Aprendizagem

Referência a:Paradigma do

exercícioInvestigação

Matemática pura 1 2

Semi-realidade 3 4

Realidade 5 6

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Exemplos

O jogo de ”Rio Claro”.O jogo de ”Formula 1”

(a grande corrida de cavalos)Fazer molduras

Animais pequenosPonto médio

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Referências diferentes

Diferentes tipos de referências são possíveis:

(1) Questões e atividades matemáticas podem se referir à matemática e somente a ela.

(2) É possível se referir a uma semi-realidade – não se trata de uma realidade que “de fato” observamos, mas uma realidade construída, por exemplo, por um autor de um livro didático de matemática.

(3) É possível que os alunos e professores trabalhem com tarefas com referências a situações da vida real.

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Movendo-se entre diferentes

ambientes de aprendizagem A educação matemática deve ocorrer a partir do movimento entre os diferentes ambientes de aprendizagem. Particularmente, não considero a idéia de abandonar por completo os exercícios da educação matemática.

Poderia fazer sentido, por exemplo, após trabalhar com um cenário usar um período para “consolidar” o que os alunos trabalharam por meio de exercícios relacionados com a noção de probabilidade.

A rota “ótima” entre os ambientes de aprendizagem não pode ser determinada apressadamente, mas tem que ser decidida pelos alunos e pelo professor.

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Significado

• Significado é uma relação.• Um relação entre as atividades na sala de aula e

práticas fora da sala de aula.• Um relação também entre as atividades na sala

de aula e o foreground dos alunos.

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Prancha de Surf

• Trabalhar com pranchas de surf faz sentido pare alunos?

• Para alunos na Rio Claro. Para alunos que nunca tinham ido a praia.

• O conceito de significado tem relações com o foreground dos alunos. Relações para as esperances dos alunos.

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Um exemplo: Matemática de manhã

• Professores e colegas na Dinamarca:

• Mikael Skånstrøm, Morten Blomhøj, Helle Alrø e Paola Valero

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Fazer investigações

• Investigação é uma forma de colaboração

• Investigação é a idéia principal em estabelecer cenários para investigação.

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Zona de Risco e zona de possibilidades

O movimento do paradigma do exercício para o de cenários de investigação pode ser visto como um movimento de uma zona de conforto para uma zona de risco.

O movimento entre os diferentes ambientes possíveis de aprendizagem e especial no cenários para investigação causarão um grau elevado de incerteza.

Mas a zona de risco é também uma zona de possibilidades.

Ver Miriam Godoy Penteado e Ole Skovsmose, O. (2008). Riscos trazem Possibilidades. Em Ole Skovsmose, Desafios da Reflexão: Em Educação Matemática Crítica (41-50). Campinas: Papirus.

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Um instrumento analítico?

A matriz dos ambientes de aprendizagem pode também ser usada como um instrumento analítico.

É possível que alunos e professor considerem a rota seguida no último ano: Que ambientes de aprendizagem experimentamos? Nós gastamos todo o tempo com um ou dois ambientes? Em qual ambiente tivemos experiências com mais sucesso?

Muitas considerações de planejamento podem ser relacionadas à matriz.