cenários de oferta de etanol e demanda do ciclo...

Empresa de Pesquisa EnergéticaMinistério de Minas e Energia

CENÁRIOS DE OFERTA DE ETANOL

E DEMANDA DO CICLO OTTO

Rafael Barros Araujo

Consultor Técnico II – Biocombustíveis / SGB / DPG

Lançamento da Edição de 2018

Rio de Janeiro/RJ • 12 jul. 2018


OBJETIVOS, NOVIDADES E PERIODICIDADE

Identificar as oportunidades e

ameaças ao abastecimento nacional

dos veículos leves de ciclo Otto

(etanol e gasolina automotiva).

Publicação anual que subsidia os

estudos para o Plano Decenal de

Expansão de Energia

Oferta da bioeletricidade, potencial

de produção de biogás; potencial

de redução das emissões de GEE e

avaliação dos investimentos


POLÍTICA NACIONAL DOS

BIOCOMBUSTÍVEIS

(RENOVABIO)


O QUE É O RENOVABIO?

O RenovaBio é um programa do Governo Federal lançado pelo

Ministério de Minas e Energia em dezembro de 2016, cuja lei foi

promulgada em dezembro de 2017.

Política pública de Estado que busca internalizar as externalidades

ambientais positivas dos biocombustíveis.

A valorização das externalidades se dará através de créditos de

descarbonização (CBIO), emitidos pelos produtores certificados e

comercializados com as distribuidoras de combustíveis, em mercados

organizados, para atendimento às metas anuais de descarbonização.


O RENOVABIO PROPORCIONA DIVERSOS FATORES

POSITIVOS AO SETOR DE BIOCOMBUSTÍVEIS

Previsibilidade para o

setor de biocombustíveis

Ganhos de eficiência

energética

Maior market share dos

biocombustíveis

Redução da intensidade

de carbono (gCO2eq/MJ)

Maior competitividade

dos biocombustíveis

Expansão do setor de

biocombustíveis


POLÍTICA NACIONAL DOS BIOCOMBUSTÍVEIS

(RENOVABIO)

Promulgação da Lei nº 13.576 de 26/12/2017Dez/2017

Mar/2018Decreto Presidencial 9.308 de 15/03/2018 e

Portaria MME n° 103 de 22/03/2018

Mai/2018Consulta Pública nº 46 (04 a 20/maio) sobre a

proposta de Metas Compulsórias Anuais de

Redução de Emissões de Gases do Efeito Estufa

Jun/2018 Definição das Metas de DescarbonizaçãoResolução CNPE n°5/2018.

Regulação

Certificação

Dez/2019 Entrada em vigor das metas estipuladas


CENÁRIOS DE OFERTA

DE ETANOL


Função da efetividade do RenovaBio:(base dez. 2017)

• Crescimento Baixo

• Crescimento Médio

• Crescimento Alto

• BOX

CENÁRIOS OFERTA DE ETANOL

CBIO

CBIO

CBIO

CBIO

Produtividade

e

Rendimento

Ações Estruturantes do setor:

o Imediata Renovação

Tratos culturais

o Médio prazo Manejo varietal

Manejo agronômico

Respostas dos agentesPolíticas Públicas:

Tributação (CIDE, ICMS e PIS/COFINS)

Financiamento


PREMISSAS

Premissas gerais aos cenários:

• Alinhamento do preço da gasolina às cotações internacionais;

• Preço crescente da gasolina C (PDE 2026);

• Competitividade etanol x gasolina;

• Capacidade instalada efetiva de moagem de cana de 744 Mtc (2017);

• Fator de capacidade de moagem para as usinas de 90%;

• Implantação de duas unidades;

• Expansão da capacidade de moagem de 23 unidades existentes 32Mtc.


EXPANSÃO DE CAPACIDADE PRODUTIVA DE CANA-DE-AÇÚCAR

(CENÁRIO MÉDIO)

8

2426

34

21

13

5

2 3 1 2

--

-4 -5 -5

-19 -20 -17

-15

-11

-15

-3

-1 -1

7 3 3 3 3

5

1

1 1 2 2 2 2 2 2 2 2

-30

-20

-10

0

10

20

30

40

2005 2010 2015 2020 2025 2030

Un

idad

es

HISTÓRICO Fechamento Reativação Novas Unidades

Fonte: EPE com base em MAPA e UNICA


EXPANSÃO DE CAPACIDADE PRODUTIVA, E1G, E2G E

ETANOL DE MILHO EM 2030

Cenários Fluxo de Unidades Capacidade (Mtc) Variação (Mtc)

Crescimento Baixo 12 906 80

Crescimento Médio 26 977 151

Crescimento Alto 34 1050 224

ETANOL LIGNOCELULÓSICO:

• Unidades existentes atingirão custoscompetitivos a partir de 2023;

• Novas unidades E2G integradas às de1ª geração;

• Capacidade Nominal = 80 mil m³/ano

• Atinge 2 bilhões de litros em 2030

ETANOL DE CANA CONVENCIONAL:

ETANOL DE MILHO:

• Unidades Flex e Full;

• Abastecimento do mercado das regiõesNorte e Nordeste;

• Produção de etanol de milho em 2030:

• Cenário Baixo = 1,5 bilhão de litros

• Cenário Médio = 2,3 bilhões de litros

• Cenário Alto = 3,4 bilhões de litros


CANA-ENERGIA

Fonte: NOVACANA

Fonte: NOVACANA0,26

0,50

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

2017 2020 2023 2026 2029M

ilh

ões

de

he

cta

res

Cenário Médio Cenário AltoProjeção

Fonte: EPE


ÁREA DE CANA COLHIDA

39%

9,0 9,0

9,49,7

8,7

10,1

10,110,4

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

Mil

hõ

es

de

he

cta

res

HISTÓRICO Cenário Baixo Cenário Médio Cenário Alto

histórico

2017 - 2030Cenários Taxa (%) Variação (Mha)Crescimento Baixo 0,8 0,9Crescimento Médio 1,1 1,4Crescimento Alto 1,4 1,7

2000-2017

Taxa (%) Variação (Mha)

3,6 3,9

Fonte: EPE com base em CONAB


PRODUTIVIDADE

68

8277

7380

84

87

73

74

83

91

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

To

nela

da

de

ca

na

po

r h

ec

tare


histórico

2017 - 2030Cenários Taxa (%) Variação (tc/ha)Crescimento Baixo 1,1 11,3Crescimento Médio 1,4 14,6Crescimento Alto 1,7 18,1

*Nacional e Cana-EnergiaFonte: EPE com base em CONAB


CANA PROCESSADA

238

632661 671

754

812

880

636

841

945

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

Mil

hõ

es

de

to

nela

da

s


histórico

2017 - 2030Cenários Taxa (%) Variação (Mtc)Crescimento Baixo 1,9 176Crescimento Médio 2,5 244Crescimento Alto 3,1 309

2000-2017

Taxa (%) Variação (Mtc)

6 398

Fonte: EPE com base em MAPA


QUALIDADE DA CANA-DE-AÇÚCAR

139

130

135138 138 139

60

70

80

90

100

110

120

130

140

150

160

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

kg

AT

R/t

c

HISTÓRICO Projeção

2017 – 2030: 0,1 % a.a.

histórico

*Nacional e Cana-EnergiaFonte: EPE com base em CONAB e MAPA


16

38

4346

45%43%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

Mil

hõ

es

de

to

ne

lad

as

Cons. Interno + Var. de Estoque Exportação HISTÓRICO Projeção Brasil / Comércio Internacional

PRODUÇÃO DE AÇÚCAR2000 – 2017: 5,8 % a.a.

2017 – 2030: 1,4 % a.a.

Cen. alto = 49

1,9% a.a.

histórico

Fonte: EPE com base em FAO, ISO e MAPA


10

29 2937

4343

4945

54

0

10

20

30

40

50

60

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

Bilh

õe

sd

e lit

ros


OFERTA DE ETANOL TOTAL

histórico

2017 - 2030Cenários Taxa (%) Variação (Bi litros)Crescimento Baixo 2,9 13,4Crescimento Médio 4,1 20,0Crescimento Alto 4,8 24,7

2000-2017

Taxa (%) Variação (Bi l)

6,5 19,4

Fonte: EPE com base em CONAB e MAPA


INVESTIMENTOS


INVESTIMENTO ESTIMADO PARA NOVOS PROJETOS

E EXPANSÕES

CAPEX (R$ bilhões) Baixo Médio Alto

Greenfields 25,2 39,7 46,4

Brownfields 8,0 14,0 40,0

Total 33,2 53,7 86,4

E1G de cana• Expansão de unidades existentes (Brownfield)• Novas unidades (Greenfield)

• Industrial (inclui cogeração otimizada)• Maquinário Agrícola (inclui caminhões)• Arrendamento (região Centro-Oeste)

Etanol 2GEtanol de Milho (Flex e Full)

Fonte: EPE a partir de CTBE, Raízen, Granbio e UNEM


BIOELETRICIDADE, BIOGÁS E

EMISSÕES EVITADAS


4,7

3,5

4,33,9

5,0

2,4

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

GW

m

Cenário Médio Cenário Baixo Cenário Alto Histórico

BIOELETRICIDADE(CURVA DE CONVERSÃO A PARTIR DO HISTÓRICO)

histórico

Cenários 2025 2030

Baixo 6,2 6,6

Médio 6,6 7,2

Alto 6,9 7,7

POTENCIAL TÉCNICO (GWm)

Fonte: EPE com base em CCEE


POTENCIAL DE PRODUÇÃO DE BIOGÁS(VINHAÇA E TORTA DE FILTRO)

8,3

7,7

6,8

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

MN

m3

Cenário Alto Cenário Médio Cenário Baixo

1 ton cana

30 -40 kg torta

1 ton torta

90 -120 Nm3 biogás

1 L etanol

10 -12 L vinhaça

1 L vinhaça

12 -25 Nm3 biogás

Fonte: EPE


59

65

6963

72

21

48 49

-

10

20

30

40

50

60

70

80

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

MtC

O2

Cenário Baixo Cenário Médio Cenário Alto Histórico

EMISSÕES EVITADAS DE GASES DE EFEITO ESTUFA

histórico

Fonte: EPE com base em EPE e MCTIC


DEMANDA NÃO ENERGÉTICA


DEMANDA NÃO CARBURANTE(EXPORTAÇÃO DE ETANOL E ETANOL PARA OUTROS USOS)

Adoção de tecnologias veiculares mais eficientes

Busca generalizada de independência energética

Manutenção de certo grau de protecionismo

histórico

0,3

5,1

1,8

1,4

2,7

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

Bilh

õe

s d

e lit

ros

HISTÓRICO Projeção

Etanol para Usos Não Energéticos: 1,1 bilhão de litros em 2017 e alcançará 1,4 bilhão de litros em 2030

2017 – 2030: 5,1 % a.a.

Fonte: EPE com base em MDIC


DEMANDA DO

CICLO OTTO


PREMISSAS PARA VEÍCULOS LEVES

NÃO SE CONSIDERA

A ENTRADA DE VEÍCULOS

ELÉTRICOS PUROS ATÉ 2030

PRODUÇÃO DE HÍBRIDOS FLEX

FUEL PELAS MONTADORAS

NACIONAIS A PARTIR DE 2021

NÃO SE CONSIDERA

A ENTRADA DE

AUTOMÓVEIS A DIESEL

TEOR DE 27% DE ETANOL

ANIDRO OBRIGATÓRIO NA

GASOLINA C

ESCOLHA ENTRE ETANOL

HIDRATADO E GASOLINA C EM

FUNÇÃO DO PREÇO RELATIVO

GANHOS DE 1% A.A.

EM EFICIÊNCIA VEICULAR

E G

E


LICENCIAMENTO DE VEÍCULOS LEVES

Crise política

e econômica

Em milhões de veículos

histórico Recuperação da economia:

crédito, emprego e renda

Fonte: EPE e ANFAVEA

1,4

3,6

2,2

5,0

0

1

2

3

4

5

6

7

2000 2003 2006 2009 2012 2015 2018 2021 2024 2027 2030

Fatores para Recuperação

das Vendas

Retomada do

crescimento econômico

Redução da

taxa de desemprego

Aumento da

renda da população

Oferta de crédito

Estados

Unidos

1,2

México

3,4

Brasil

(2015)

4,7

Argentina

3,2Taxa de Motorização

(2015)

habitantes por autoveículoBrasil

(2030)

3,7


LICENCIAMENTO E FROTA DE VEÍCULOS HÍBRIDOS (HEVs)

PARTICIPAÇÃO DOS

HÍBRIDOS NO

LICENCIAMENTO DE LEVES

2016

0,05%

1.091

2030

4,2%

200 mil

2020

0,4%

2025

2,0%

2017

0,15%

3.296

Frota de veículos

híbridos

(mil veículos)

-

200

400

600

800

1.000

2016 2018 2020 2022 2024 2026 2028 2030

980


histórico

FROTA DE VEÍCULOS LEVES

Em milhões de veículos

Fonte: EPE

Perfil da Frota

%

Flex Fuel

Gasolina

Etanol

Híbrido

1,8%0,2%

17

37

54

0

10

20

30

40

50

60

2000 2003 2006 2009 2012 2015 2018 2021 2024 2027 2030

74%

24%

2017

90%

8%

2030

1,6% 0,02%


DEMANDA CICLO OTTO

5458

69

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

Mil

hõ

es

m³

(ga

so

lin

a e

qu

iva

len

te)

Histórico Cenário Baixo

* sem GNV

Projeção

2000 – 2017: 4,3 % a.a.

2017 – 2030: 1,9 % a.a.

Fonte: EPE


DEMANDA DE ETANOL CARBURANTE

11

23

30

27 33

3938

4541

50

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

Bilh

õe

s d

e lit

ros


histórico

2017 - 2030

Cenários Taxa (%) Variação (Bi litros)

Crescimento Baixo 2,9 12,1

Crescimento Médio 4,2 18,7

Crescimento Alto 5,0 23,4

2000-2017


5,3 15,4

Fonte: EPE a partir de BEN/EPE


DEMANDA DE GASOLINA A

histórico

3332

38

26

31

3234

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

Bilh

õe

s d

e lit

ros

HISTÓRICO Cenário Baixo Cenário Alto Cenário Médio

2017 - 2030

Cenários Taxa (%) Variação (Bi litros)

Crescimento Baixo 1,3 5,8

Crescimento Médio 0,3 1,4

Crescimento Alto -0,4 -1,6

2000-2017


3,8 15,1

Fonte: EPE a partir de BEN/EPE


MARKET SHARE DO ETANOL HIDRATADO NO FLEX FUEL

33%32%34%

43%

50%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

Cenário Baixo Cenário Médio Cenário Alto

Market share em 2010 de 53%, com a participação de 45% da frota flex na frota totalFonte: EPE


BALANÇO GASOLINA A (EM VOLUME)PRODUÇÃO DE GASOLINA BASE NA MÉDIA ÚLTIMOS CINCO ANOS (28,8 milhões m³/ano)

-10,0

-8,0

-6,0

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

Bilh

õe

s d

e li

tro

s


Fonte: EPE


BALANÇO GASOLINA A (EM VOLUME)PRODUÇÃO DE GASOLINA BASE NO PDE2026

-12,0

-10,0

-8,0

-6,0

-4,0

-2,0

0,0

2,0

2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

Bilh

õe

s d

e lit

ros



CONSIDERAÇÕES

FINAIS


CONSIDERAÇÕES FINAIS

A implementação do RenovaBio e o grau de

efetividade das ações dos agentes definirão a

trajetória da oferta de etanol até 2030, assim como

o atendimento aos compromissos internacionais do

Brasil no âmbito do Acordo de Paris.


Equipe de Biocombustíveis:

• Giovani Vitória Machado (Superintendente)• Angela Oliveira da Costa (Consultora I)• Rafael Barros Araujo (Consultor II)• Euler João Geraldo da Silva• Juliana Rangel do Nascimento• Leônidas Bially Olegário dos Santos• Marina Damião Besteti Ribeiro• Paula Isabel da Costa Barbosa• Rachel Martins Henriques

Avenida Rio Branco, 1 - 11o andar 20090-003 - Centro - Rio de Janeiro

http://www.epe.gov.br/

Twitter: @EPE_BrasilFacebook: EPE.Brasil

OBRIGADO!

Rafael Barros AraujoConsultor Técnico II

[email protected]

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