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Eletricista - CEMIG CEMIG COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS ELETRICISTA DE LINHAS E REDES AÉREAS, ELETRICISTA DE LINHAS DE TRANSMISSÃO, ELETRICISTA DE REDES SUBTERRÂNEAS DE DISTRIBUIÇÃO, ELETRICISTA DE MANUTENÇÃO, OPERADOR DE USINA E MECÂNICO DE MANUTENÇÃO ÍNDICE Nível Médio LÍNGUA PORTUGUESA Interpretação de textos de diferentes gêneros: informações literais e inferências possíveis, ponto de vista do autor, significação contextual de palavras e expressões. Estruturação do texto: relações entre ideias e recur- sos e coesão. ..................................................................................................................................................... 1 Conhecimento da língua portuguesa (linguagem formal): ortografia, acentuação, ocorrência de crase. Con- cordância nominal, concordância verbal, colocação de pronomes. Pontuação ..............................................30 MATEMÁTICA Números: naturais, inteiros, racionais, irracionais, reais. Resolução de situações-problema envolvendo: ope- rações fundamentais- adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação. ........................... 1 Álgebra. Resolução de situações-problema envolvendo: equações dos 1ª e 2ª graus. Proporção. ..............38 Regra de três simples e composta. .................................................................................................................30 Funções do 1o. grau .........................................................................................................................................74 Matemática comercial e financeira: resolução de situações-problema envolvendo: porcentagem. juros sim- ples e compostos. ............................................................................................................................................35 Tratamento da informação- Resolver situações-problema que envolvam: medidas de tendência central: mé- dias aritmética e ponderada, moda e mediana. Espaço amostral. Evento. ....................................................53 Probabilidade. Gráficos. ..................................................................................................................................52 GEOMETRIA- Resolver situações-problema que envolvam: geometria plana: unidades de medida, compri- mento, área, volume, capacidade e massa. Entes primitivos ponto, reta e plano. Ângulos. Triângulos. Qua- driláteros. Circunferência. Perímetro. Área. Volume. Geometria sólida: volumes, cubos e paralelepípedos .83 CONHECIMENTOS GERAIS (TODOS OS CARGOS) Cidadania (direitos e deveres), ética, meio ambiente e qualidade de vida, ...................................................... 1 Código de ética da CEMIG, segurança do trabalho, acidentes do trabalho, primeiros socorros, administração pública...............................................................................................................................................................36

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Eletricista - CEMIG

CEMIG

COMPANHIA ENERGÉTICA DE

MINAS GERAIS

ELETRICISTA DE LINHAS E REDES AÉREAS, ELETRICISTA DE LINHAS DE TRANSMISSÃO,

ELETRICISTA DE REDES SUBTERRÂNEAS DE DISTRIBUIÇÃO, ELETRICISTA DE MANUTENÇÃO,

OPERADOR DE USINA E MECÂNICO DE MANUTENÇÃO

ÍNDICE Nível Médio LÍNGUA PORTUGUESA Interpretação de textos de diferentes gêneros: informações literais e inferências possíveis, ponto de vista do autor, significação contextual de palavras e expressões. Estruturação do texto: relações entre ideias e recur-sos e coesão. ..................................................................................................................................................... 1 Conhecimento da língua portuguesa (linguagem formal): ortografia, acentuação, ocorrência de crase. Con-cordância nominal, concordância verbal, colocação de pronomes. Pontuação .............................................. 30 MATEMÁTICA

Números: naturais, inteiros, racionais, irracionais, reais. Resolução de situações-problema envolvendo: ope-rações fundamentais- adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação. ........................... 1 Álgebra. Resolução de situações-problema envolvendo: equações dos 1ª e 2ª graus. Proporção. .............. 38 Regra de três simples e composta. ................................................................................................................. 30 Funções do 1o. grau ......................................................................................................................................... 74 Matemática comercial e financeira: resolução de situações-problema envolvendo: porcentagem. juros sim-ples e compostos. ............................................................................................................................................ 35 Tratamento da informação- Resolver situações-problema que envolvam: medidas de tendência central: mé-dias aritmética e ponderada, moda e mediana. Espaço amostral. Evento. .................................................... 53 Probabilidade. Gráficos. .................................................................................................................................. 52 GEOMETRIA- Resolver situações-problema que envolvam: geometria plana: unidades de medida, compri-mento, área, volume, capacidade e massa. Entes primitivos ponto, reta e plano. Ângulos. Triângulos. Qua-driláteros. Circunferência. Perímetro. Área. Volume. Geometria sólida: volumes, cubos e paralelepípedos . 83 CONHECIMENTOS GERAIS (TODOS OS CARGOS)

Cidadania (direitos e deveres), ética, meio ambiente e qualidade de vida, ...................................................... 1 Código de ética da CEMIG, segurança do trabalho, acidentes do trabalho, primeiros socorros, administração pública............................................................................................................................................................... 36

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AVISO – (TODAS AS APOSTILAS) 10/05/2012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

A Opção Certa Para a Sua Realização

A PRESENTE APOSTILA NÃO ESTÁ VINCULADA A EMPRESA ORGANIZADORA DO CONCURSO

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MEIOS QUE AMPLIEM OS CONHECIMENTOS DO CANDIDATO, PARA SUA MELHOR PREPARAÇÃO.

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MATERIAL RETIFICADO, NA VERSÃO IMPRESSA, TENDO EM VISTA QUE NOSSAS APOSTILAS SÃO

ELABORADAS DE ACORDO COM O EDITAL INICIAL. QUANDO ISSO OCORRER, INSERIMOS EM NOSSO

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ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL.

APOSTILAS OPÇÃO

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 1

- LÍNGUA PORTUGUESA (TODOS OS CARGOS) Interpretação de textos de diferentes gêneros: informa-ções literais e inferências possíveis, ponto de vista do autor, significação contextual de palavras e expressões. Estruturação do texto: relações entre ideias e recursos e coesão. Conhecimento da língua portuguesa (linguagem for-mal): ortografia, acentuação, ocorrência de crase. Con-cordância nominal, concordância verbal, colocação de pronomes. Pontuação

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS: INFORMAÇÕES LITERAIS E INFERÊN-CIAS POSSÍVEIS, PONTO DE VISTA DO AUTOR, SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DE PALAVRAS E

EXPRESSÕES. ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO: RELAÇÕES ENTRE

IDEIAS E RECURSOS E COESÃO.

Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finali-

dade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de necessitar de um bom léxico internalizado.

As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto

em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto.

Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por

trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática qualquer.

Denotação e Conotação Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expres-

são gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma con-venção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + signi-ficado) que se constroem as noções de denotação e conotação.

O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários,

o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre significante e significado.

Os textos literários exploram bastante as construções de base conota-

tiva, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores.

Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polis-

semia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e esclareçam o sentido.

Como Ler e Entender Bem um Texto Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e

de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira

cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extra-em-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento.

Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva,

há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes.

No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto

com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momen-tos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor.

A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de

resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais ade-quado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa.

Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento

do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontex-tualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura.

Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos observar o seguinte:

01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá

até o fim, ininterruptamente; 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos

umas três vezes ou mais; 04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compre-

ensão; 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto cor-

respondente; 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta,

incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu;

11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa;

12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva;

13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais; 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,

mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a

resposta; 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor,

definindo o tema e a mensagem; 17. O autor defende ideias e você deve percebê-las; 18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantís-

simos na interpretação do texto. Ex.: Ele morreu de fome.

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de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= morte de "ele").

Ex.: Ele morreu faminto. faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava

quando morreu.; 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idei-

as estão coordenadas entre si; 20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza

de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo Cunegundes

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS TEXTO NARRATIVO As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, for-

ças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar dos fatos.

Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou

heroína, personagem principal da história. O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do prota-

gonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem principal contracena em primeiro plano.

As personagens secundárias, que são chamadas também de compar-

sas, são os figurantes de influencia menor, indireta, não decisiva na narra-ção.

O narrador que está a contar a história também é uma personagem,

pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor impor-tância, ou ainda uma pessoa estranha à história.

Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso-

nagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimen-são psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reações perante os acontecimentos.

Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, a trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo po-demos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, o desenlace ou desfecho.

Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente,

as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de inte-resses entre as personagens.

O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten-

são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho, ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos.

Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici-pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gê-nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, rela-cionados ao principal.

Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu-gares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas ve-zes, principalmente nos textos literários, essas informações são extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos narrativo.

Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num determinado tempo, que consiste na identificação do momento, dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade sa-lienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações

podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos, ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fa-to que aconteceu depois.

O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo

material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu espírito.

Narrador: observador e personagem: O narrador, como já disse-mos, é a personagem que está a contar a história. A posição em que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri-zado por :

- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito às personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acon-tecimentos e a narração é feita em 3a pessoa.

- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narrati-va que é feito em 1a pessoa.

- visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê, aqui-lo que é observável exteriormente no comportamento da persona-gem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narrador é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa.

Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de apre-sentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do qual a história está sendo contada. Como já vimos, a narração é feita em 1a pessoa ou 3a pessoa.

Formas de apresentação da fala das personagens Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há

três maneiras de comunicar as falas das personagens.

Discurso Direto: É a representação da fala das personagens atra-vés do diálogo.

Exemplo: “Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da verda-

de. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carnaval a cidade é do povo e de ninguém mais”.

No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi:

dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas ou rápidas os verbos de locução podem ser omitidos.

Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens. E-xemplo:

“Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passados, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade que nos reu-nia naquele momento, a minha literatura e os menos sombrios por vir”.

Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se

mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração. Exemplo:

“Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem que esti-vesse doido. Como poderia andar um homem àquela hora , sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés no chão como eles? Só sendo doido mesmo”.

(José Lins do Rego)

TEXTO DESCRITIVO Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais carac-

terísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc. As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes,

tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que

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o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem unificada.

Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, vari-

ando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a pouco.

Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra téc-

nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:

Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subje-tiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferên-cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objeti-vo, fenomênico, ela é exata e dimensional.

Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos, pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamen-to, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, so-cial e econômico .

Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o ob-servador abrange de uma só vez a globalidade do panorama, para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as partes mais típicas desse todo.

Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos am-bientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma visu-alização das suas particularidades, de seus traços distintivos e típi-cos.

Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada, que se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de um incêndio, de uma briga, de um naufrágio.

Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características gerais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabulário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É pre-dominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer con-vencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanismos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc.

TEXTO DISSERTATIVO Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação cons-

ta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou ques-tão, e pressupõe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrever com clareza, coerência e objetividade.

A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir

o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão.

A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizan-

do o contexto. Quanto à forma, ela pode ser tripartida em :

Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados fundamen-tais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e objetiva da definição do ponto de vista do autor.

Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo-cadas na introdução serão definidas com os dados mais relevan-tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e de-sencadeia a conclusão.

Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a in-trodução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese e opinião.

- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é a obra ou ação que realmente se praticou.

- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou

não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so-bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido.

- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou de-saprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e objetos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a respeito de algo.

O TEXTO ARGUMENTATIVO Baseado em Adilson Citelli A linguagem é capaz de criar e representar realidades, sendo caracte-

rizada pela identificação de um elemento de constituição de sentidos. Os discursos verbais podem ser formados de várias maneiras, para dissertar ou argumentar, descrever ou narrar, colocamos em práticas um conjunto de referências codificadas há muito tempo e dadas como estruturadoras do tipo de texto solicitado.

Para se persuadir por meio de muitos recursos da língua é necessário

que um texto possua um caráter argumentativo/descritivo. A construção de um ponto de vista de alguma pessoa sobre algo, varia de acordo com a sua análise e esta dar-se-á a partir do momento em que a compreensão do conteúdo, ou daquilo que fora tratado seja concretado. A formação discursi-va é responsável pelo emassamento do conteúdo que se deseja transmitir, ou persuadir, e nele teremos a formação do ponto de vista do sujeito, suas análises das coisas e suas opiniões. Nelas, as opiniões o que fazemos é soltar concepções que tendem a ser orientadas no meio em que o indivíduo viva. Vemos que o sujeito lança suas opiniões com o simples e decisivo intuito de persuadir e fazer suas explanações renderem o convencimento do ponto de vista de algo/alguém.

Na escrita, o que fazemos é buscar intenções de sermos entendidos e

desejamos estabelecer um contato verbal com os ouvintes e leitores, e todas as frases ou palavras articuladas produzem significações dotadas de intencionalidade, criando assim unidades textuais ou discursivas. Dentro deste contexto da escrita, temos que levar em conta que a coerência é de relevada importância para a produção textual, pois nela se dará uma se-quência das ideias e da progressão de argumentos a serem explanadas. Sendo a argumentação o procedimento que tornará a tese aceitável, a apresentação de argumentos atingirá os seus interlocutores em seus objeti-vos; isto se dará através do convencimento da persuasão. Os mecanismos da coesão e da coerência serão então responsáveis pela unidade da for-mação textual.

Dentro dos mecanismos coesivos, podem realizar-se em contextos

verbais mais amplos, como por jogos de elipses, por força semântica, por recorrências lexicais, por estratégias de substituição de enunciados.

Um mecanismo mais fácil de fazer a comunicação entre as pessoas é a

linguagem, quando ela é em forma da escrita e após a leitura, (o que ocorre agora), podemos dizer que há de ter alguém que transmita algo, e outro que o receba. Nesta brincadeira é que entra a formação de argumentos com o intuito de persuadir para se qualificar a comunicação; nisto, estes argumentos explanados serão o germe de futuras tentativas da comunica-ção ser objetiva e dotada de intencionalidade, (ver Linguagem e Persua-são).

Sabe-se que a leitura e escrita, ou seja, ler e escrever; não tem em sua

unidade a mono característica da dominação do idioma/língua, e sim o propósito de executar a interação do meio e cultura de cada indivíduo. As relações intertextuais são de grande valia para fazer de um texto uma alusão à outros textos, isto proporciona que a imersão que os argumentos dão tornem esta produção altamente evocativa.

A paráfrase é também outro recurso bastante utilizado para trazer a um

texto um aspecto dinâmico e com intento. Juntamente com a paródia, a paráfrase utiliza-se de textos já escritos, por alguém, e que tornam-se algo espetacularmente incrível. A diferença é que muitas vezes a paráfrase não possui a necessidade de persuadir as pessoas com a repetição de argu-mentos, e sim de esquematizar novas formas de textos, sendo estes dife-rentes. A criação de um texto requer bem mais do que simplesmente a junção de palavras a uma frase, requer algo mais que isto. É necessário ter na escolha das palavras e do vocabulário o cuidado de se requisitá-las,

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bem como para se adotá-las. Um texto não é totalmente auto-explicativo, daí vem a necessidade de que o leitor tenha um emassado em seu histórico uma relação interdiscursiva e intertextual.

As metáforas, metomínias, onomatopeias ou figuras de linguagem, en-

tram em ação inseridos num texto como um conjunto de estratégias capa-zes de contribuir para os efeitos persuasivos dele. A ironia também é muito utilizada para causar este efeito, umas de suas características salientes, é que a ironia dá ênfase à gozação, além de desvalorizar ideias, valores da oposição, tudo isto em forma de piada.

Uma das últimas, porém não menos importantes, formas de persuadir

através de argumentos, é a Alusão ("Ler não é apenas reconhecer o dito, mais também o não-dito"). Nela, o escritor trabalha com valores, ideias ou conceitos pré estabelecidos, sem porém com objetivos de forma clara e concisa. O que acontece é a formação de um ambiente poético e sugerível, capaz de evocar nos leitores algo, digamos, uma sensação...

Texto Base: CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo” São Paulo SP,

Editora ..Scipione, 1994 - 6ª edição.

GÊNEROS TEXTUAIS

Gêneros textuais são tipos específicos de textos de qualquer natureza,

literários ou não. Modalidades discursivas constituem as estruturas e as funções sociais (narrativas, dissertativas, argumentativas, procedimentais e exortativas), utilizadas como formas de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites, atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comédias, contos de fadas, convênios, crônicas, editoriais, ementas, ensaios, entrevis-tas, circulares, contratos, decretos, discursos políticos

A diferença entre Gênero Textual e Tipologia Textual é, no meu enten-

der, importante para direcionar o trabalho do professor de língua na leitura, compreensão e produção de textos1. O que pretendemos neste pequeno ensaio é apresentar algumas considerações sobre Gênero Textual e Tipo-logia Textual, usando, para isso, as considerações feitas por Marcuschi (2002) e Travaglia (2002), que faz apontamentos questionáveis para o termo Tipologia Textual. No final, apresento minhas considerações a respei-to de minha escolha pelo gênero ou pela tipologia.

Convém afirmar que acredito que o trabalho com a leitura, compreen-

são e a produção escrita em Língua Materna deve ter como meta primordial o desenvolvimento no aluno de habilidades que façam com que ele tenha capacidade de usar um número sempre maior de recursos da língua para produzir efeitos de sentido de forma adequada a cada situação específica de interação humana.

Luiz Antônio Marcuschi (UFPE) defende o trabalho com textos na esco-

la a partir da abordagem do Gênero Textual Marcuschi não demonstra favorabilidade ao trabalho com a Tipologia Textual, uma vez que, para ele, o trabalho fica limitado, trazendo para o ensino alguns problemas, uma vez que não é possível, por exemplo, ensinar narrativa em geral, porque, embo-ra possamos classificar vários textos como sendo narrativos, eles se con-cretizam em formas diferentes – gêneros – que possuem diferenças especí-ficas.

Por outro lado, autores como Luiz Carlos Travaglia (UFUberlândia/MG)

defendem o trabalho com a Tipologia Textual. Para o autor, sendo os textos de diferentes tipos, eles se instauram devido à existência de diferentes modos de interação ou interlocução. O trabalho com o texto e com os diferentes tipos de texto é fundamental para o desenvolvimento da compe-tência comunicativa. De acordo com as ideias do autor, cada tipo de texto é apropriado para um tipo de interação específica. Deixar o aluno restrito a apenas alguns tipos de texto é fazer com que ele só tenha recursos para atuar comunicativamente em alguns casos, tornando-se incapaz, ou pouco capaz, em outros. Certamente, o professor teria que fazer uma espécie de levantamento de quais tipos seriam mais necessários para os alunos, para, a partir daí, iniciar o trabalho com esses tipos mais necessários.

Marcuschi afirma que os livros didáticos trazem, de maneira equivoca-

da, o termo tipo de texto. Na verdade, para ele, não se trata de tipo de

texto, mas de gênero de texto. O autor diz que não é correto afirmar que a carta pessoal, por exemplo, é um tipo de texto como fazem os livros. Ele atesta que a carta pessoal é um Gênero Textual.

O autor diz que em todos os gêneros os tipos se realizam, ocorrendo,

muitas das vezes, o mesmo gênero sendo realizado em dois ou mais tipos. Ele apresenta uma carta pessoal3 como exemplo, e comenta que ela pode apresentar as tipologias descrição, injunção, exposição, narração e argu-mentação. Ele chama essa miscelânea de tipos presentes em um gênero de heterogeneidade tipológica.

Travaglia (2002) fala em conjugação tipológica. Para ele, dificilmente

são encontrados tipos puros. Realmente é raro um tipo puro. Num texto como a bula de remédio, por exemplo, que para Fávero & Koch (1987) é um texto injuntivo, tem-se a presença de várias tipologias, como a descri-ção, a injunção e a predição4. Travaglia afirma que um texto se define como de um tipo por uma questão de dominância, em função do tipo de interlocu-ção que se pretende estabelecer e que se estabelece, e não em função do espaço ocupado por um tipo na constituição desse texto.

Quando acontece o fenômeno de um texto ter aspecto de um gênero

mas ter sido construído em outro, Marcuschi dá o nome de intertextualidade intergêneros. Ele explica dizendo que isso acontece porque ocorreu no texto a configuração de uma estrutura intergêneros de natureza altamente híbrida, sendo que um gênero assume a função de outro.

Travaglia não fala de intertextualidade intergêneros, mas fala de um in-

tercâmbio de tipos. Explicando, ele afirma que um tipo pode ser usado no lugar de outro tipo, criando determinados efeitos de sentido impossíveis, na opinião do autor, com outro dado tipo. Para exemplificar, ele fala de descri-ções e comentários dissertativos feitos por meio da narração.

Resumindo esse ponto, Marcuschi traz a seguinte configuração teórica:

intertextualidade intergêneros = um gênero com a função de outro

heterogeneidade tipológica = um gênero com a presença de vários tipos

Travaglia mostra o seguinte:

conjugação tipológica = um texto apresenta vários tipos

intercâmbio de tipos = um tipo usado no lugar de outro Aspecto interessante a se observar é que Marcuschi afirma que os gê-

neros não são entidades naturais, mas artefatos culturais construídos historicamente pelo ser humano. Um gênero, para ele, pode não ter uma determinada propriedade e ainda continuar sendo aquele gênero. Para exemplificar, o autor fala, mais uma vez, da carta pessoal. Mesmo que o autor da carta não tenha assinado o nome no final, ela continuará sendo carta, graças as suas propriedades necessárias e suficientes5.Ele diz, ainda, que uma publicidade pode ter o formato de um poema ou de uma lista de produtos em oferta. O que importa é que esteja fazendo divulgação de produtos, estimulando a compra por parte de clientes ou usuários da-quele produto.

Para Marcuschi, Tipologia Textual é um termo que deve ser usado para

designar uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza linguística de sua composição. Em geral, os tipos textuais abrangem as categorias narração, argumentação, exposição, descrição e injunção (Swa-les, 1990; Adam, 1990; Bronckart, 1999). Segundo ele, o termo Tipologia Textual é usado para designar uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas) (p. 22).

Gênero Textual é definido pelo autor como uma noção vaga para os

textos materializados encontrados no dia-a-dia e que apresentam caracte-rísticas sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.

Travaglia define Tipologia Textual como aquilo que pode instaurar um

modo de interação, uma maneira de interlocução, segundo perspectivas que podem variar. Essas perspectivas podem, segundo o autor, estar ligadas ao produtor do texto em relação ao objeto do dizer quanto ao fa-zer/acontecer, ou conhecer/saber, e quanto à inserção destes no tempo

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 5

e/ou no espaço. Pode ser possível a perspectiva do produtor do texto dada pela imagem que o mesmo faz do receptor como alguém que concorda ou não com o que ele diz. Surge, assim, o discurso da transformação, quando o produtor vê o receptor como alguém que não concorda com ele. Se o produtor vir o receptor como alguém que concorda com ele, surge o discur-so da cumplicidade. Tem-se ainda, na opinião de Travaglia, uma perspecti-va em que o produtor do texto faz uma antecipação no dizer. Da mesma forma, é possível encontrar a perspectiva dada pela atitude comunicativa de comprometimento ou não. Resumindo, cada uma das perspectivas apre-sentadas pelo autor gerará um tipo de texto. Assim, a primeira perspectiva faz surgir os tipos descrição, dissertação, injunção e narração. A segunda perspectiva faz com que surja o tipo argumentativo stricto sensu6 e não argumentativo stricto sensu. A perspectiva da antecipação faz surgir o tipo preditivo. A do comprometimento dá origem a textos do mundo comentado (comprometimento) e do mundo narrado (não comprometimento) (Weirinch, 1968). Os textos do mundo narrado seriam enquadrados, de maneira geral, no tipo narração. Já os do mundo comentado ficariam no tipo dissertação.

Travaglia diz que o Gênero Textual se caracteriza por exercer uma fun-

ção social específica. Para ele, estas funções sociais são pressentidas e vivenciadas pelos usuários. Isso equivale dizer que, intuitivamente, sabe-mos que gênero usar em momentos específicos de interação, de acordo com a função social dele. Quando vamos escrever um e-mail, sabemos que ele pode apresentar características que farão com que ele “funcione” de maneira diferente. Assim, escrever um e-mail para um amigo não é o mesmo que escrever um e-mail para uma universidade, pedindo informa-ções sobre um concurso público, por exemplo.

Observamos que Travaglia dá ao gênero uma função social. Parece

que ele diferencia Tipologia Textual de Gênero Textual a partir dessa “qualidade” que o gênero possui. Mas todo texto, independente de seu gênero ou tipo, não exerce uma função social qualquer?

Marcuschi apresenta alguns exemplos de gêneros, mas não ressalta

sua função social. Os exemplos que ele traz são telefonema, sermão, romance, bilhete, aula expositiva, reunião de condomínio, etc.

Já Travaglia, não só traz alguns exemplos de gêneros como mostra o

que, na sua opinião, seria a função social básica comum a cada um: aviso, comunicado, edital, informação, informe, citação (todos com a função social de dar conhecimento de algo a alguém). Certamente a carta e o e-mail entrariam nessa lista, levando em consideração que o aviso pode ser dado sob a forma de uma carta, e-mail ou ofício. Ele continua exemplificando apresentando a petição, o memorial, o requerimento, o abaixo assinado (com a função social de pedir, solicitar). Continuo colocando a carta, o e-mail e o ofício aqui. Nota promissória, termo de compromisso e voto são exemplos com a função de prometer. Para mim o voto não teria essa fun-ção de prometer. Mas a função de confirmar a promessa de dar o voto a alguém. Quando alguém vota, não promete nada, confirma a promessa de votar que pode ter sido feita a um candidato.

Ele apresenta outros exemplos, mas por questão de espaço não colo-

carei todos. É bom notar que os exemplos dados por ele, mesmo os que não foram mostrados aqui, apresentam função social formal, rígida. Ele não apresenta exemplos de gêneros que tenham uma função social menos rígida, como o bilhete.

Uma discussão vista em Travaglia e não encontrada em Marcuschi7 é a

de Espécie. Para ele, Espécie se define e se caracteriza por aspectos formais de estrutura e de superfície linguística e/ou aspectos de conteúdo. Ele exemplifica Espécie dizendo que existem duas pertencentes ao tipo narrativo: a história e a não-história. Ainda do tipo narrativo, ele apresenta as Espécies narrativa em prosa e narrativa em verso. No tipo descritivo ele mostra as Espécies distintas objetiva x subjetiva, estática x dinâmica e comentadora x narradora. Mudando para gênero, ele apresenta a corres-pondência com as Espécies carta, telegrama, bilhete, ofício, etc. No gênero romance, ele mostra as Espécies romance histórico, regionalista, fantástico, de ficção científica, policial, erótico, etc. Não sei até que ponto a Espécie daria conta de todos os Gêneros Textuais existentes. Será que é possível especificar todas elas? Talvez seja difícil até mesmo porque não é fácil dizer quantos e quais são os gêneros textuais existentes.

Se em Travaglia nota-se uma discussão teórica não percebida em Mar-cuschi, o oposto também acontece. Este autor discute o conceito de Domí-nio Discursivo. Ele diz que os domínios discursivos são as grandes esferas da atividade humana em que os textos circulam (p. 24). Segundo informa, esses domínios não seriam nem textos nem discursos, mas dariam origem a discursos muito específicos. Constituiriam práticas discursivas dentro das quais seria possível a identificação de um conjunto de gêneros que às vezes lhes são próprios como práticas ou rotinas comunicativas institucio-nalizadas. Como exemplo, ele fala do discurso jornalístico, discurso jurídico e discurso religioso. Cada uma dessas atividades, jornalística, jurídica e religiosa, não abrange gêneros em particular, mas origina vários deles.

Travaglia até fala do discurso jurídico e religioso, mas não como Mar-

cuschi. Ele cita esses discursos quando discute o que é para ele tipologia de discurso. Assim, ele fala dos discursos citados mostrando que as tipolo-gias de discurso usarão critérios ligados às condições de produção dos discursos e às diversas formações discursivas em que podem estar inseri-dos (Koch & Fávero, 1987, p. 3). Citando Koch & Fávero, o autor fala que uma tipologia de discurso usaria critérios ligados à referência (institucional (discurso político, religioso, jurídico), ideológica (discurso petista, de direita, de esquerda, cristão, etc), a domínios de saber (discurso médico, linguísti-co, filosófico, etc), à inter-relação entre elementos da exterioridade (discur-so autoritário, polêmico, lúdico)). Marcuschi não faz alusão a uma tipologia do discurso.

Semelhante opinião entre os dois autores citados é notada quando fa-

lam que texto e discurso não devem ser encarados como iguais. Marcuschi considera o texto como uma entidade concreta realizada materialmente e corporificada em algum Gênero Textual [grifo meu] (p. 24). Discurso para ele é aquilo que um texto produz ao se manifestar em alguma instância discursiva. O discurso se realiza nos textos (p. 24). Travaglia considera o discurso como a própria atividade comunicativa, a própria atividade produ-tora de sentidos para a interação comunicativa, regulada por uma exteriori-dade sócio-histórica-ideológica (p. 03). Texto é o resultado dessa atividade comunicativa. O texto, para ele, é visto como

uma unidade linguística concreta que é tomada pelos usuários da lín-gua em uma situação de interação comunicativa específica, como uma unidade de sentido e como preenchendo uma função comunicativa reco-nhecível e reconhecida, independentemente de sua extensão (p. 03).

Travaglia afirma que distingue texto de discurso levando em conta que

sua preocupação é com a tipologia de textos, e não de discursos. Marcus-chi afirma que a definição que traz de texto e discurso é muito mais opera-cional do que formal.

Travaglia faz uma “tipologização” dos termos Gênero Textual, Tipologia Textual e Espécie. Ele chama esses elementos de Tipelementos. Justifica a escolha pelo termo por considerar que os elementos tipológicos (Gênero Textual, Tipologia Textual e Espécie) são básicos na construção das tipolo-gias e talvez dos textos, numa espécie de analogia com os elementos químicos que compõem as substâncias encontradas na natureza.

Para concluir, acredito que vale a pena considerar que as discussões

feitas por Marcuschi, em defesa da abordagem textual a partir dos Gêneros Textuais, estão diretamente ligadas ao ensino. Ele afirma que o trabalho com o gênero é uma grande oportunidade de se lidar com a língua em seus mais diversos usos autênticos no dia-a-dia. Cita o PCN, dizendo que ele apresenta a ideia básica de que um maior conhecimento do funcionamento dos Gêneros Textuais é importante para a produção e para a compreensão de textos. Travaglia não faz abordagens específicas ligadas à questão do ensino no seu tratamento à Tipologia Textual.

O que Travaglia mostra é uma extrema preferência pelo uso da Tipolo-

gia Textual, independente de estar ligada ao ensino. Sua abordagem pare-ce ser mais taxionômica. Ele chega a afirmar que são os tipos que entram na composição da grande maioria dos textos. Para ele, a questão dos elementos tipológicos e suas implicações com o ensino/aprendizagem merece maiores discussões.

Marcuschi diz que não acredita na existência de Gêneros Textuais ide-

ais para o ensino de língua. Ele afirma que é possível a identificação de gêneros com dificuldades progressivas, do nível menos formal ao mais

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 6

formal, do mais privado ao mais público e assim por diante. Os gêneros devem passar por um processo de progressão, conforme sugerem Sch-neuwly & Dolz (2004).

Travaglia, como afirmei, não faz considerações sobre o trabalho com a

Tipologia Textual e o ensino. Acredito que um trabalho com a tipologia teria que, no mínimo, levar em conta a questão de com quais tipos de texto deve-se trabalhar na escola, a quais será dada maior atenção e com quais será feito um trabalho mais detido. Acho que a escolha pelo tipo, caso seja considerada a ideia de Travaglia, deve levar em conta uma série de fatores, porém dois são mais pertinentes:

a) O trabalho com os tipos deveria preparar o aluno para a composi-ção de quaisquer outros textos (não sei ao certo se isso é possível. Pode ser que o trabalho apenas com o tipo narrativo não dê ao alu-no o preparo ideal para lidar com o tipo dissertativo, e vice-versa. Um aluno que pára de estudar na 5ª série e não volta mais à escola teria convivido muito mais com o tipo narrativo, sendo esse o mais trabalhado nessa série. Será que ele estaria preparado para produ-zir, quando necessário, outros tipos textuais? Ao lidar somente com o tipo narrativo, por exemplo, o aluno, de certa forma, não deixa de trabalhar com os outros tipos?);

b) A utilização prática que o aluno fará de cada tipo em sua vida. Acho que vale a pena dizer que sou favorável ao trabalho com o Gêne-

ro Textual na escola, embora saiba que todo gênero realiza necessariamen-te uma ou mais sequências tipológicas e que todos os tipos inserem-se em algum gênero textual.

Até recentemente, o ensino de produção de textos (ou de redação) era

feito como um procedimento único e global, como se todos os tipos de texto fossem iguais e não apresentassem determinadas dificuldades e, por isso, não exigissem aprendizagens específicas. A fórmula de ensino de redação, ainda hoje muito praticada nas escolas brasileiras – que consiste funda-mentalmente na trilogia narração, descrição e dissertação – tem por base uma concepção voltada essencialmente para duas finalidades: a formação de escritores literários (caso o aluno se aprimore nas duas primeiras moda-lidades textuais) ou a formação de cientistas (caso da terceira modalidade) (Antunes, 2004). Além disso, essa concepção guarda em si uma visão equivocada de que narrar e descrever seriam ações mais “fáceis” do que dissertar, ou mais adequadas à faixa etária, razão pela qual esta última tenha sido reservada às séries terminais - tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio.

O ensino-aprendizagem de leitura, compreensão e produção de texto

pela perspectiva dos gêneros reposiciona o verdadeiro papel do professor de Língua Materna hoje, não mais visto aqui como um especialista em textos literários ou científicos, distantes da realidade e da prática textual do aluno, mas como um especialista nas diferentes modalidades textuais, orais e escritas, de uso social. Assim, o espaço da sala de aula é transformado numa verdadeira oficina de textos de ação social, o que é viabilizado e concretizado pela adoção de algumas estratégias, como enviar uma carta para um aluno de outra classe, fazer um cartão e ofertar a alguém, enviar uma carta de solicitação a um secretário da prefeitura, realizar uma entre-vista, etc. Essas atividades, além de diversificar e concretizar os leitores das produções (que agora deixam de ser apenas “leitores visuais”), permi-tem também a participação direta de todos os alunos e eventualmente de pessoas que fazem parte de suas relações familiares e sociais. A avaliação dessas produções abandona os critérios quase que exclusivamente literá-rios ou gramaticais e desloca seu foco para outro ponto: o bom texto não é aquele que apresenta, ou só apresenta, características literárias, mas aquele que é adequado à situação comunicacional para a qual foi produzi-do, ou seja, se a escolha do gênero, se a estrutura, o conteúdo, o estilo e o nível de língua estão adequados ao interlocutor e podem cumprir a finalida-de do texto.

Acredito que abordando os gêneros a escola estaria dando ao aluno a

oportunidade de se apropriar devidamente de diferentes Gêneros Textuais socialmente utilizados, sabendo movimentar-se no dia-a-dia da interação humana, percebendo que o exercício da linguagem será o lugar da sua constituição como sujeito. A atividade com a língua, assim, favoreceria o exercício da interação humana, da participação social dentro de uma socie-dade letrada.

1 - Penso que quando o professor não opta pelo trabalho com o gêne-ro ou com o tipo ele acaba não tendo uma maneira muito clara pa-ra selecionar os textos com os quais trabalhará.

2 - Outra discussão poderia ser feita se se optasse por tratar um pou-co a diferença entre Gênero Textual e Gênero Discursivo.

3 - Travaglia (2002) diz que uma carta pode ser exclusivamente des-critiva, ou dissertativa, ou injuntiva, ou narrativa, ou argumentativa. Acho meio difícil alguém conseguir escrever um texto, caracteriza-do como carta, apenas com descrições, ou apenas com injunções. Por outro lado, meio que contrariando o que acabara de afirmar, ele diz desconhecer um gênero necessariamente descritivo.

4 - Termo usado pelas autoras citadas para os textos que fazem pre-visão, como o boletim meteorológico e o horóscopo.

5 - Necessárias para a carta, e suficientes para que o texto seja uma carta.

6 - Segundo Travaglia (1991), texto argumentativo stricto sensu é o que faz argumentação explícita.

7 - Pelo menos nos textos aos quais tive acesso. Sílvio Ribeiro da Sil-va

TIPOLOGIA TEXTUAL

A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles verbais e não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os interlocutores.

Esses interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um texto escrito, pois nunca escrevemos para nós mesmos, nem mesmo falamos sozinhos.

É de fundamental importância sabermos classificar os textos dos quais travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais e gêneros textuais.

Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre determinado assunto, ou descrevemos algum lugar pelo qual visitamos, e ainda, fazemos um retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver.

É exatamente nestas situações corriqueiras que classificamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dissertação.

Para melhor exemplificarmos o que foi dito, tomamos como exemplo um Editorial, no qual o autor expõe seu ponto de vista sobre determinado assunto, uma descrição de um ambiente e um texto literário escrito em prosa.

Em se tratando de gêneros textuais, a situação não é diferente, pois se conceituam como gêneros textuais as diversas situações sociocomunciativas que participam da nossa vida em sociedade. Como exemplo, temos: uma receita culinária, um e-mail, uma reportagem, uma monografia, e assim por diante. Respectivamente, tais textos classificar-se-iam como: instrucional, correspondência pessoal (em meio eletrônico), texto do ramo jornalístico e, por último, um texto de cunho científico.

Mas como toda escrita perfaz-se de uma técnica para compô-la, é extremamente importante que saibamos a maneira correta de produzir esta gama de textos. À medida que a praticamos, vamos nos aperfeiçoando mais e mais na sua performance estrutural. Por Vânia Duarte

O Conto

É um relato em prosa de fatos fictícios. Consta de três momentos perfeita-mente diferenciados: começa apresentando um estado inicial de equilíbrio; segue com a intervenção de uma força, com a aparição de um conflito, que dá lugar a uma série de episódios; encerra com a resolução desse conflito que permite, no estágio final, a recuperação do equilíbrio perdido.

Todo conto tem ações centrais, núcleos narrativos, que estabelecem entre si uma relação causal. Entre estas ações, aparecem elementos de recheio (secundários ou catalíticos), cuja função é manter o suspense. Tanto os núcleos como as ações secundárias colocam em cena personagens que as cumprem em um determinado lugar e tempo. Para a apresentação das

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 7

características destes personagens, assim como para as indicações de lugar e tempo, apela-se a recursos descritivos.

Um recurso de uso frequente nos contos é a introdução do diálogo das personagens, apresentado com os sinais gráficos correspondentes (os travessões, para indicar a mudança de interlocutor).

A observação da coerência temporal permite ver se o autor mantém a linha temporal ou prefere surpreender o leitor com rupturas de tempo na apre-sentação dos acontecimentos (saltos ao passado ou avanços ao futuro).

A demarcação do tempo aparece, geralmente, no parágrafo inicial. Os contos tradicionais apresentam fórmulas características de introdução de temporalidade difusa: "Era uma vez...", "Certa vez...".

Os tempos verbais desempenham um papel importante na construção e na interpretação dos contos. Os pretéritos imperfeito e o perfeito predominam na narração, enquanto que o tempo presente aparece nas descrições e nos diálogos.

O pretérito imperfeito apresenta a ação em processo, cuja incidência chega ao momento da narração: "Rosário olhava timidamente seu pretendente, enquanto sua mãe, da sala, fazia comentários banais sobre a história familiar." O perfeito, ao contrário, apresenta as ações concluídas no passa-do: "De repente, chegou o pai com suas botas sujas de barro, olhou sua filha, depois o pretendente, e, sem dizer nada, entrou furioso na sala".

A apresentação das personagens ajusta-se à estratégia da definibilidade: são introduzidas mediante uma construção nominal iniciada por um artigo indefinido (ou elemento equivalente), que depois é substituído pelo definido, por um nome, um pronome, etc.: "Uma mulher muito bonita entrou apressa-damente na sala de embarque e olhou à volta, procurando alguém impaci-entemente. A mulher parecia ter fugido de um filme romântico dos anos 40."

O narrador é uma figura criada pelo autor para apresentar os fatos que constituem o relato, é a voz que conta o que está acontecendo. Esta voz pode ser de uma personagem, ou de uma testemunha que conta os fatos na primeira pessoa ou, também, pode ser a voz de uma terceira pessoa que não intervém nem como ator nem como testemunha.

Além disso, o narrador pode adotar diferentes posições, diferentes pontos de vista: pode conhecer somente o que está acontecendo, isto é, o que as personagens estão fazendo ou, ao contrário, saber de tudo: o que fazem, pensam, sentem as personagens, o que lhes aconteceu e o que lhes acon-tecerá. Estes narradores que sabem tudo são chamados oniscientes.

A Novela

É semelhante ao conto, mas tem mais personagens, maior número de complicações, passagens mais extensas com descrições e diálogos. As personagens adquirem uma definição mais acabada, e as ações secundá-rias podem chegar a adquirir tal relevância, de modo que terminam por converter-se, em alguns textos, em unidades narrativas independentes.

A Obra Teatral

Os textos literários que conhecemos como obras de teatro (dramas, tragé-dias, comédias, etc.) vão tecendo diferentes histórias, vão desenvolvendo diversos conflitos, mediante a interação linguística das personagens, quer dizer, através das conversações que têm lugar entre os participantes nas situações comunicativas registradas no mundo de ficção construído pelo texto. Nas obras teatrais, não existe um narrador que conta os fatos, mas um leitor que vai conhecendo-os através dos diálogos e/ ou monólogos das personagens.

Devido à trama conversacional destes textos, torna-se possível encontrar neles vestígios de oralidade (que se manifestam na linguagem espontânea das personagens, através de numerosas interjeições, de alterações da sintaxe normal, de digressões, de repetições, de dêiticos de lugar e tempo. Os sinais de interrogação, exclamação e sinais auxiliares servem para moldar as propostas e as réplicas e, ao mesmo tempo, estabelecem os turnos de palavras.

As obras de teatro atingem toda sua potencialidade através da representa-ção cênica: elas são construídas para serem representadas. O diretor e os atores orientam sua interpretação.

Estes textos são organizados em atos, que estabelecem a progressão temática: desenvolvem uma unidade informativa relevante para cada conta-to apresentado. Cada ato contém, por sua vez, diferentes cenas, determi-nadas pelas entradas e saídas das personagens e/ou por diferentes qua-dros, que correspondem a mudanças de cenografias.

Nas obras teatrais são incluídos textos de trama descritiva: são as chama-das notações cênicas, através das quais o autor dá indicações aos atores sobre a entonação e a gestualidade e caracteriza as diferentes cenografias que considera pertinentes para o desenvolvimento da ação. Estas notações apresentam com frequência orações unimembres e/ou bimembres de predicado não verbal.

O Poema

Texto literário, geralmente escrito em verso, com uma distribuição espacial muito particular: as linhas curtas e os agrupamentos em estrofe dão rele-vância aos espaços em branco; então, o texto emerge da página com uma silhueta especial que nos prepara para sermos introduzidos nos misteriosos labirintos da linguagem figurada. Pede uma leitura em voz alta, para captar o ritmo dos versos, e promove uma tarefa de abordagem que pretende extrair a significação dos recursos estilísticos empregados pelo poeta, quer seja para expressar seus sentimentos, suas emoções, sua versão da realidade, ou para criar atmosferas de mistério de surrealismo, relatar epopeias (como nos romances tradicionais), ou, ainda, para apresentar ensinamentos morais (como nas fábulas).

O ritmo - este movimento regular e medido - que recorre ao valor sonoro das palavras e às pausas para dar musicalidade ao poema, é parte essen-cial do verso: o verso é uma unidade rítmica constituída por uma série métrica de sílabas fônicas. A distribuição dos acentos das palavras que compõem os versos tem uma importância capital para o ritmo: a musicali-dade depende desta distribuição.

Lembramos que, para medir o verso, devemos atender unicamente à distância sonora das sílabas. As sílabas fônicas apresentam algumas diferenças das sílabas ortográficas. Estas diferenças constituem as chama-das licenças poéticas: a diérese, que permite separar os ditongos em suas sílabas; a sinérese, que une em uma sílaba duas vogais que não constitu-em um ditongo; a sinalefa, que une em uma só sílaba a sílaba final de uma palavra terminada em vogal, com a inicial de outra que inicie com vogal ou h; o hiato, que anula a possibilidade da sinalefa. Os acentos finais também incidem no levantamento das sílabas do verso. Se a última palavra é paro-xítona, não se altera o número de sílabas; se é oxítona, soma-se uma sílaba; se é proparoxítona, diminui-se uma.

A rima é uma característica distintiva, mas não obrigatória dos versos, pois existem versos sem rima (os versos brancos ou soltos de uso frequente na poesia moderna). A rima consiste na coincidência total ou parcial dos últimos fonemas do verso. Existem dois tipos de rimas: a consoante (coin-cidência total de vogais e consoante a partir da última vogal acentuada) e a assonante (coincidência unicamente das vogais a partir da última vogal acentuada). A métrica mais frequente dos versos vai desde duas até de-zesseis sílabas. Os versos monossílabos não existem, já que, pelo acento, são considerados dissílabos.

As estrofes agrupam versos de igual medida e de duas medidas diferentes combinadas regularmente. Estes agrupamentos vinculam-se à progressão temática do texto: com frequência, desenvolvem uma unidade informativa vinculada ao tema central.

Os trabalhos dentro do paradigma e do sintagma, através dos mecanismos de substituição e de combinação, respectivamente, culminam com a criação de metáforas, símbolos, configurações sugestionadoras de vocábulos, metonímias, jogo de significados, associações livres e outros recursos estilísticos que dão ambiguidade ao poema.

TEXTOS JORNALÍSTICOS

Os textos denominados de textos jornalísticos, em função de seu portador ( jornais, periódicos, revistas), mostram um claro predomínio da função informativa da linguagem: trazem os fatos mais relevantes no momento em que acontecem. Esta adesão ao presente, esta primazia da atualidade, condena-os a uma vida efêmera. Propõem-se a difundir as novidades produzidas em diferentes partes do mundo, sobre os mais variados temas.

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 8

De acordo com este propósito, são agrupados em diferentes seções: infor-mação nacional, informação internacional, informação local, sociedade, economia, cultura, esportes, espetáculos e entretenimentos.

A ordem de apresentação dessas seções, assim como a extensão e o tratamento dado aos textos que incluem, são indicadores importantes tanto da ideologia como da posição adotada pela publicação sobre o tema abor-dado.

Os textos jornalísticos apresentam diferentes seções. As mais comuns são as notícias, os artigos de opinião, as entrevistas, as reportagens, as crôni-cas, as resenhas de espetáculos.

A publicidade é um componente constante dos jornais e revistas, à medida que permite o financiamento de suas edições. Mas os textos publicitários aparecem não só nos periódicos como também em outros meios ampla-mente conhecidos como os cartazes, folhetos, etc.; por isso, nos referire-mos a eles em outro momento.

Em geral, aceita-se que os textos jornalísticos, em qualquer uma de suas seções, devem cumprir certos requisitos de apresentação, entre os quais destacamos: uma tipografia perfeitamente legível, uma diagramação cuida-da, fotografias adequadas que sirvam para complementar a informação linguística, inclusão de gráficos ilustrativos que fundamentam as explica-ções do texto.

É pertinente observar como os textos jornalísticos distribuem-se na publica-ção para melhor conhecer a ideologia da mesma. Fundamentalmente, a primeira página, as páginas ímpares e o extremo superior das folhas dos jornais trazem as informações que se quer destacar. Esta localização antecipa ao leitor a importância que a publicação deu ao conteúdo desses textos.

O corpo da letra dos títulos também é um indicador a considerar sobre a posição adotada pela redação.

A Notícia

Transmite uma nova informação sobre acontecimentos, objetos ou pessoas.

As notícias apresentam-se como unidades informativas completas, que contêm todos os dados necessários para que o leitor compreenda a infor-mação, sem necessidade ou de recorrer a textos anteriores (por exemplo, não é necessário ter lido os jornais do dia anterior para interpretá-la), ou de ligá-la a outros textos contidos na mesma publicação ou em publicações similares.

É comum que este texto use a técnica da pirâmide invertida: começa pelo fato mais importante para finalizar com os detalhes. Consta de três partes claramente diferenciadas: o título, a introdução e o desenvolvimento. O título cumpre uma dupla função - sintetizar o tema central e atrair a atenção do leitor. Os manuais de estilo dos jornais (por exemplo: do Jornal El País, 1991) sugerem geralmente que os títulos não excedam treze palavras. A introdução contém o principal da informação, sem chegar a ser um resumo de todo o texto. No desenvolvimento, incluem-se os detalhes que não aparecem na introdução.

A notícia é redigida na terceira pessoa. O redator deve manter-se à mar-gem do que conta, razão pela qual não é permitido o emprego da primeira pessoa do singular nem do plural. Isso implica que, além de omitir o eu ou o nós, também não deve recorrer aos possessivos (por exemplo, não se referirá à Argentina ou a Buenos Aires com expressões tais como nosso país ou minha cidade).

Esse texto se caracteriza por sua exigência de objetividade e veracidade: somente apresenta os dados. Quando o jornalista não consegue comprovar de forma fidedigna os dados apresentados, costuma recorrer a certas fórmulas para salvar sua responsabilidade: parece, não está descartado que. Quando o redator menciona o que foi dito por alguma fonte, recorre ao discurso direto, como, por exemplo:

O ministro afirmou: "O tema dos aposentados será tratado na Câmara dos Deputados durante a próxima semana .

O estilo que corresponde a este tipo de texto é o formal.

Nesse tipo de texto, são empregados, principalmente, orações enunciativas, breves, que respeitam a ordem sintática canônica. Apesar das notícias preferencialmente utilizarem os verbos na voz ativa, também é frequente o uso da voz passiva: Os delinquentes foram perseguidos pela polícia; e das formas impessoais: A perseguição aos delinquentes foi feita por um patrulheiro.

A progressão temática das notícias gira em tomo das perguntas o quê? quem? como? quando? por quê e para quê?.

O Artigo de Opinião

Contém comentários, avaliações, expectativas sobre um tema da atualida-de que, por sua transcendência, no plano nacional ou internacional, já é considerado, ou merece ser, objeto de debate.

Nessa categoria, incluem-se os editoriais, artigos de análise ou pesquisa e as colunas que levam o nome de seu autor. Os editoriais expressam a posição adotada pelo jornal ou revista em concordância com sua ideologia, enquanto que os artigos assinados e as colunas transmitem as opiniões de seus redatores, o que pode nos levar a encontrar, muitas vezes, opiniões divergentes e até antagônicas em uma mesma página.

Embora estes textos possam ter distintas superestruturas, em geral se organizam seguindo uma linha argumentativa que se inicia com a identifica-ção do tema em questão, acompanhado de seus antecedentes e alcance, e que segue com uma tomada de posição, isto é, com a formulação de uma tese; depois, apresentam-se os diferentes argumentos de forma a justificar esta tese; para encerrar, faz-se uma reafirmação da posição adotada no início do texto.

A efetividade do texto tem relação direta não só com a pertinência dos argumentos expostos como também com as estratégias discursivas usadas para persuadir o leitor. Entre estas estratégias, podemos encontrar as seguintes: as acusações claras aos oponentes, as ironias, as insinuações, as digressões, as apelações à sensibilidade ou, ao contrário, a tomada de distância através do uso das construções impessoais, para dar objetividade e consenso à análise realizada; a retenção em recursos descritivos - deta-lhados e precisos, ou em relatos em que as diferentes etapas de pesquisa estão bem especificadas com uma minuciosa enumeração das fontes da informação. Todos eles são recursos que servem para fundamentar os argumentos usados na validade da tese.

A progressão temática ocorre geralmente através de um esquema de temas derivados. Cada argumento pode encerrar um tópico com seus respectivos comentários.

Estes artigos, em virtude de sua intencionalidade informativa, apresentam uma preeminência de orações enunciativas, embora também incluam, com frequência, orações dubitativas e exortativas devido à sua trama argumen-tativa. As primeiras servem para relativizar os alcances e o valor da infor-mação de base, o assunto em questão; as últimas, para convencer o leitor a aceitar suas premissas como verdadeiras. No decorrer destes artigos, opta-se por orações complexas que incluem proposições causais para as fundamentações, consecutivas para dar ênfase aos efeitos, concessivas e condicionais.

Para interpretar estes textos, é indispensável captar a postura ideológica do autor, identificar os interesses a que serve e precisar sob que circunstâncias e com que propósito foi organizada a informação exposta. Para cumprir os requisitos desta abordagem, necessitaremos utilizar estratégias tais como a referência exofórica, a integração crítica dos dados do texto com os recolhidos em outras fontes e a leitura atenta das entrelinhas a fim de converter em explícito o que está implícito.

Embora todo texto exija para sua interpretação o uso das estratégias men-cionadas, é necessário recorrer a elas quando estivermos frente a um texto de trama argumentativa, através do qual o autor procura que o leitor aceite ou avalie cenas, ideias ou crenças como verdadeiras ou falsas, cenas e opiniões como positivas ou negativas.

A Reportagem

É uma variedade do texto jornalístico de trama conversacional que, para informar sobre determinado tema, recorre ao testemunho de uma figura-chave para o conhecimento deste tópico.

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A conversação desenvolve-se entre um jornalista que representa a publica-ção e um personagem cuja atividade suscita ou merece despertar a aten-ção dos leitores.

A reportagem inclui uma sumária apresentação do entrevistado, realizada com recursos descritivos, e, imediatamente, desenvolve o diálogo. As perguntas são breves e concisas, à medida que estão orientadas para divulgar as opiniões e ideias do entrevistado e não as do entrevistador.

A Entrevista

Da mesma forma que reportagem, configura-se preferentemente mediante uma trama conversacional, mas combina com frequência este tecido com fios argumentativos e descritivos. Admite, então, uma maior liberdade, uma vez que não se ajusta estritamente à fórmula pergunta-resposta, mas detém-se em comentários e descrições sobre o entrevistado e transcreve somente alguns fragmentos do diálogo, indicando com travessões a mu-dança de interlocutor. É permitido apresentar uma introdução extensa com os aspectos mais significativos da conversação mantida, e as perguntas podem ser acompanhadas de comentários, confirmações ou refutações sobre as declarações do entrevistado.

Por tratar-se de um texto jornalístico, a entrevista deve necessariamente incluir um tema atual, ou com incidência na atualidade, embora a conversa-ção possa derivar para outros temas, o que ocasiona que muitas destas entrevistas se ajustem a uma progressão temática linear ou a temas deri-vados.

Como ocorre em qualquer texto de trama conversacional, não existe uma garantia de diálogo verdadeiro; uma vez que se pode respeitar a vez de quem fala, a progressão temática não se ajusta ao jogo argumentativo de propostas e de réplicas.

TEXTOS DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA

Esta categoria inclui textos cujos conteúdos provêm do campo das ciências em geral. Os referentes dos textos que vamos desenvolver situam-se tanto nas Ciências Sociais como nas Ciências Naturais.

Apesar das diferenças existentes entre os métodos de pesquisa destas ciências, os textos têm algumas características que são comuns a todas suas variedades: neles predominam, como em todos os textos informativos, as orações enunciativas de estrutura bimembre e prefere-se a ordem sintática canônica (sujeito-verbo-predicado).

Incluem frases claras, em que não há ambiguidade sintática ou semântica, e levam em consideração o significado mais conhecido, mais difundido das palavras.

O vocabulário é preciso. Geralmente, estes textos não incluem vocábulos a que possam ser atribuídos um multiplicidade de significados, isto é, evitam os termos polissêmicos e, quando isso não é possível, estabelecem medi-ante definições operatórias o significado que deve ser atribuído ao termo polissêmico nesse contexto.

A Definição

Expande o significado de um termo mediante uma trama descritiva, que determina de forma clara e precisa as características genéricas e diferenci-ais do objeto ao qual se refere. Essa descrição contém uma configuração de elementos que se relacionam semanticamente com o termo a definir através de um processo de sinonímia.

Recordemos a definição clássica de "homem", porque é o exemplo por excelência da definição lógica, uma das construções mais generalizadas dentro deste tipo de texto: O homem é um animal racional. A expansão do termo "homem" - "animal racional" - apresenta o gênero a que pertence, "animal", e a diferença específica, "racional": a racionalidade é o traço que nos permite diferenciar a espécie humana dentro do gênero animal.

Usualmente, as definições incluídas nos dicionários, seus portadores mais qualificados, apresentam os traços essenciais daqueles a que se referem: Fiscis (do lat. piscis). s.p.m. Astron. Duodécimo e último signo ou parte do Zodíaco, de 30° de amplitude, que o Sol percorre aparentemente antes de terminar o inverno.

Como podemos observar nessa definição extraída do Dicionário de La Real Academia Espa1ioJa (RAE, 1982), o significado de um tema base ou

introdução desenvolve-se através de uma descrição que contém seus traços mais relevantes, expressa, com frequência, através de orações unimembres, constituídos por construções endocêntricas (em nosso exem-plo temos uma construção endocêntrica substantiva - o núcleo é um subs-tantivo rodeado de modificadores "duodécimo e último signo ou parte do Zodíaco, de 30° de amplitude..."), que incorporam maior informação medi-ante proposições subordinadas adjetivas: "que o Sol percorre aparentemen-te antes de terminar o inverno".

As definições contêm, também, informações complementares relacionadas, por exemplo, com a ciência ou com a disciplina em cujo léxico se inclui o termo a definir (Piscis: Astron.); a origem etimológica do vocábulo ("do lat. piscis"); a sua classificação gramatical (s.p.m.), etc.

Essas informações complementares contêm frequentemente abreviaturas, cujo significado aparece nas primeiras páginas do Dicionário: Lat., Latim; Astron., Astronomia; s.p.m., substantivo próprio masculino, etc.

O tema-base (introdução) e sua expansão descritiva - categorias básicas da estrutura da definição - distribuem-se espacialmente em blocos, nos quais diferentes informações costumam ser codificadas através de tipografias diferentes (negrito para o vocabulário a definir; itálico para as etimologias, etc.). Os diversos significados aparecem demarcados em bloco mediante barras paralelas e /ou números.

Prorrogar (Do Jat. prorrogare) V.t.d. l. Continuar, dilatar, estender uma coisa por um período determinado. 112. Ampliar, prolongar 113. Fazer continuar em exercício; adiar o término de.

A Nota de Enciclopédia

Apresenta, como a definição, um tema-base e uma expansão de trama descritiva; porém, diferencia-se da definição pela organização e pela ampli-tude desta expansão.

A progressão temática mais comum nas notas de enciclopédia é a de temas derivados: os comentários que se referem ao tema-base constituem-se, por sua vez, em temas de distintos parágrafos demarcados por subtítu-los. Por exemplo, no tema República Argentina, podemos encontrar os temas derivados: traços geológicos, relevo, clima, hidrografia, biogeografia, população, cidades, economia, comunicação, transportes, cultura, etc.

Estes textos empregam, com frequência, esquemas taxionômicos, nos quais os elementos se agrupam em classes inclusivas e incluídas. Por exemplo: descreve-se "mamífero" como membro da classe dos vertebra-dos; depois, são apresentados os traços distintivos de suas diversas varie-dades: terrestres e aquáticos.

Uma vez que nestas notas há predomínio da função informativa da lingua-gem, a expansão é construída sobre a base da descrição científica, que responde às exigências de concisão e de precisão.

As características inerentes aos objetos apresentados aparecem através de adjetivos descritivos - peixe de cor amarelada escura, com manchas pretas no dorso, e parte inferior prateada, cabeça quase cônica, olhos muito juntos, boca oblíqua e duas aletas dorsais - que ampliam a base informativa dos substantivos e, como é possível observar em nosso exemplo, agregam qualidades próprias daquilo a que se referem.

O uso do presente marca a temporalidade da descrição, em cujo tecido predominam os verbos estáticos - apresentar, mostrar, ter, etc. - e os de ligação - ser, estar, parecer, etc.

O Relato de Experimentos

Contém a descrição detalhada de um projeto que consiste em manipular o ambiente para obter uma nova informação, ou seja, são textos que descrevem experimentos.

O ponto de partida destes experimentos é algo que se deseja saber, mas que não se pode encontrar observando as coisas tais como estão; é neces-sário, então, estabelecer algumas condições, criar certas situações para concluir a observação e extrair conclusões. Muda-se algo para constatar o que acontece. Por exemplo, se se deseja saber em que condições uma planta de determinada espécie cresce mais rapidamente, pode-se colocar suas sementes em diferentes recipientes sob diferentes condições de luminosidade; em diferentes lugares, areia, terra, água; com diferentes

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fertilizantes orgânicos, químicos etc., para observar e precisar em que circunstâncias obtém-se um melhor crescimento.

A macroestrutura desses relatos contém, primordialmente, duas categorias: uma corresponde às condições em que o experimento se realiza, isto é, ao registro da situação de experimentação; a outra, ao processo observado.

Nesses textos, então, são utilizadas com frequência orações que começam com se (condicionais) e com quando (condicional temporal):

Se coloco a semente em um composto de areia, terra preta, húmus, a planta crescerá mais rápido.

Quando rego as plantas duas vezes ao dia, os talos começam a mostrar manchas marrons devido ao excesso de umidade.

Estes relatos adotam uma trama descritiva de processo. A variável tempo aparece através de numerais ordinais: Em uma primeira etapa, é possível observar... em uma segunda etapa, aparecem os primeiros brotos ...; de advérbios ou de locuções adverbiais: Jogo, antes de, depois de, no mesmo momento que, etc., dado que a variável temporal é um componente essen-cial de todo processo. O texto enfatiza os aspectos descritivos, apresenta as características dos elementos, os traços distintivos de cada uma das etapas do processo.

O relato pode estar redigido de forma impessoal: coloca-se, colocado em um recipiente ... Jogo se observa/foi observado que, etc., ou na primeira pessoa do singular, coloco/coloquei em um recipiente ... Jogo obser-vo/observei que ... etc., ou do plural: colocamos em um recipiente... Jogo observamos que... etc. O uso do impessoal enfatiza a distância existente entre o experimentador e o experimento, enquanto que a primeira pessoa, do plural e do singular enfatiza o compromisso de ambos.

A Monografia

Este tipo de texto privilegia a análise e a crítica; a informação sobre um determinado tema é recolhida em diferentes fontes.

Os textos monográficos não necessariamente devem ser realizados com base em consultas bibliográficas, uma vez que é possível terem como fonte, por exemplo, o testemunho dos protagonistas dos fatos, testemunhos qualificados ou de especialistas no tema.

As monografias exigem uma seleção rigorosa e uma organização coerente dos dados recolhidos. A seleção e organização dos dados servem como indicador do propósito que orientou o trabalho. Se pretendemos, por exem-plo, mostrar que as fontes consultadas nos permitem sustentar que os aspectos positivos da gestão governamental de um determinado persona-gem histórico têm maior relevância e valor do que os aspectos negativos, teremos de apresentar e de categorizar os dados obtidos de tal forma que esta valorização fique explícita.

Nas monografias, é indispensável determinar, no primeiro parágrafo, o tema a ser tratado, para abrir espaço à cooperação ativa do leitor que, conjugan-do seus conhecimentos prévios e seus propósitos de leitura, fará as primei-ras antecipações sobre a informação que espera encontrar e formulará as hipóteses que guiarão sua leitura. Uma vez determinado o tema, estes textos transcrevem, mediante o uso da técnica de resumo, o que cada uma das fontes consultadas sustenta sobre o tema, as quais estarão listadas nas referências bibliográficas, de acordo com as normas que regem a apresentação da bibliografia.

O trabalho intertextual (incorporação de textos de outros no tecido do texto que estamos elaborando) manifesta-se nas monografias através de cons-truções de discurso direto ou de discurso indireto.

Nas primeiras, incorpora-se o enunciado de outro autor, sem modificações, tal como foi produzido. Ricardo Ortiz declara: "O processo da economia dirigida conduziu a uma centralização na Capital Federal de toda tramitação referente ao comércio exterior'] Os dois pontos que prenunciam a palavra de outro, as aspas que servem para demarcá-la, os traços que incluem o nome do autor do texto citado, 'o processo da economia dirigida - declara Ricardo Ortiz - conduziu a uma centralização...') são alguns dos sinais que distinguem frequentemente o discurso direto.

Quando se recorre ao discurso indireto, relata-se o que foi dito por outro, em vez de transcrever textualmente, com a inclusão de elementos subordi-nadores e dependendo do caso - as conseguintes modificações, pronomes

pessoais, tempos verbais, advérbios, sinais de pontuação, sinais auxiliares, etc.

Discurso direto: ‘Ás raízes de meu pensamento – afirmou Echeverría - nutrem-se do liberalismo’

Discurso indireto: 'Écheverría afirmou que as raízes de seu pensamento nutriam -se do liberalismo'

Os textos monográficos recorrem, com frequência, aos verbos discendi (dizer, expressar, declarar, afirmar, opinar, etc.), tanto para introduzir os enunciados das fontes como para incorporar os comentários e opiniões do emissor.

Se o propósito da monografia é somente organizar os dados que o autor recolheu sobre o tema de acordo com um determinado critério de classifi-cação explícito (por exemplo, organizar os dados em tomo do tipo de fonte consultada), sua efetividade dependerá da coerência existente entre os dados apresentados e o princípio de classificação adotado.

Se a monografia pretende justificar uma opinião ou validar uma hipótese, sua efetividade, então, dependerá da confiabilidade e veracidade das fontes consultadas, da consistência lógica dos argumentos e da coerência estabe-lecida entre os fatos e a conclusão.

Estes textos podem ajustar-se a diferentes esquemas lógicos do tipo problema /solução, premissas /conclusão, causas / efeitos.

Os conectores lógicos oracionais e extra-oracionais são marcas linguísticas relevantes para analisar as distintas relações que se estabelecem entre os dados e para avaliar sua coerência.

A Biografia

É uma narração feita por alguém acerca da vida de outra(s) pessoa(s). Quando o autor conta sua própria vida, considera-se uma autobiografia.

Estes textos são empregados com frequência na escola, para apresentar ou a vida ou algumas etapas decisivas da existência de personagens cuja ação foi qualificada como relevante na história.

Os dados biográficos ordenam-se, em geral, cronologicamente, e, dado que a temporalidade é uma variável essencial do tecido das biografias, em sua construção, predominam recursos linguísticos que asseguram a conectivi-dade temporal: advérbios, construções de valor semântico adverbial (Seus cinco primeiros anos transcorreram na tranquila segurança de sua cidade natal Depois, mudou-se com a família para La Prata), proposições tempo-rais (Quando se introduzia obsessivamente nos tortuosos caminhos da novela, seus estudos de física ajudavam-no a reinstalar-se na realidade), etc.

A veracidade que exigem os textos de informação científica manifesta-se nas biografias através das citações textuais das fontes dos dados apresen-tados, enquanto a ótica do autor é expressa na seleção e no modo de apresentação destes dados. Pode-se empregar a técnica de acumulação simples de dados organizados cronologicamente, ou cada um destes dados pode aparecer acompanhado pelas valorações do autor, de acordo com a importância que a eles atribui.

Atualmente, há grande difusão das chamadas "biografias não autorizadas" de personagens da política, ou do mundo da Arte. Uma característica que parece ser comum nestas biografias é a intencionalidade de revelar a personagem através de uma profusa acumulação de aspectos negativos, especialmente aqueles que se relacionam a defeitos ou a vícios altamente reprovados pela opinião pública.

TEXTOS INSTRUCIONAIS

Estes textos dão orientações precisas para a realização das mais diversas atividades, como jogar, preparar uma comida, cuidar de plantas ou animais domésticos, usar um aparelho eletrônico, consertar um carro, etc. Dentro desta categoria, encontramos desde as mais simples receitas culinárias até os complexos manuais de instrução para montar o motor de um avião. Existem numerosas variedades de textos instrucionais: além de receitas e manuais, estão os regulamentos, estatutos, contratos, instruções, etc. Mas todos eles, independente de sua complexidade, compartilham da função apelativa, à medida que prescrevem ações e empregam a trama descritiva para representar o processo a ser seguido na tarefa empreendida.

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A construção de muitos destes textos ajusta-se a modelos convencionais cunhados institucionalmente. Por exemplo, em nossa comunidade, estão amplamente difundidos os modelos de regulamentos de co-propriedade; então, qualquer pessoa que se encarrega da redação de um texto deste tipo recorre ao modelo e somente altera os dados de identificação para introduzir, se necessário, algumas modificações parciais nos direitos e deveres das partes envolvidas.

Em nosso cotidiano, deparamo-nos constantemente com textos instrucio-nais, que nos ajudam a usar corretamente tanto um processador de alimen-tos como um computador; a fazer uma comida saborosa, ou a seguir uma dieta para emagrecer. A habilidade alcançada no domínio destes textos incide diretamente em nossa atividade concreta. Seu emprego frequente e sua utilidade imediata justificam o trabalho escolar de abordagem e de produção de algumas de suas variedades, como as receitas e as instru-ções.

As Receitas e as Instruções

Referimo-nos às receitas culinárias e aos textos que trazem instruções para organizar um jogo, realizar um experimento, construir um artefato, fabricar um móvel, consertar um objeto, etc.

Estes textos têm duas partes que se distinguem geralmente a partir da especialização: uma, contém listas de elementos a serem utilizados (lista de ingredientes das receitas, materiais que são manipulados no experimen-to, ferramentas para consertar algo, diferentes partes de um aparelho, etc.), a outra, desenvolve as instruções.

As listas, que são similares em sua construção às que usamos habitual-mente para fazer as compras, apresentam substantivos concretos acompa-nhados de numerais (cardinais, partitivos e múltiplos).

As instruções configuram-se, habitualmente, com orações bimembres, com verbos no modo imperativo (misture a farinha com o fermento), ou orações unimembres formadas por construções com o verbo no infinitivo (misturar a farinha com o açúcar).

Tanto os verbos nos modos imperativo, subjuntivo e indicativo como as construções com formas nominais gerúndio, particípio, infinitivo aparecem acompanhados por advérbios palavras ou por locuções adverbiais que expressam o modo como devem ser realizadas determinadas ações (sepa-re cuidadosamente as claras das gemas, ou separe com muito cuidado as claras das gemas). Os propósitos dessas ações aparecem estruturados visando a um objetivo (mexa lentamente para diluir o conteúdo do pacote em água fria), ou com valor temporal final (bata o creme com as claras até que fique numa consistência espessa). Nestes textos inclui-se, com fre-quência, o tempo do receptor através do uso do dêixis de lugar e de tempo: Aqui, deve acrescentar uma gema. Agora, poderá mexer novamente. Neste momento, terá que correr rapidamente até o lado oposto da cancha. Aqui pode intervir outro membro da equipe.

TEXTOS EPISTOLARES

Os textos epistolares procuram estabelecer uma comunicação por escrito com um destinatário ausente, identificado no texto através do cabeçalho. Pode tratar-se de um indivíduo (um amigo, um parente, o gerente de uma empresa, o diretor de um colégio), ou de um conjunto de indivíduos desig-nados de forma coletiva (conselho editorial, junta diretora).

Estes textos reconhecem como portador este pedaço de papel que, de forma metonímica, denomina-se carta, convite ou solicitação, dependendo das características contidas no texto.

Apresentam uma estrutura que se reflete claramente em sua organização espacial, cujos componentes são os seguintes: cabeçalho, que estabelece o lugar e o tempo da produção, os dados do destinatário e a forma de tratamento empregada para estabelecer o contato: o corpo, parte do texto em que se desenvolve a mensagem, e a despedida, que inclui a saudação e a assinatura, através da qual se introduz o autor no texto. O grau de familiaridade existente entre emissor e destinatário é o princípio que orienta a escolha do estilo: se o texto é dirigido a um familiar ou a um amigo, opta-se por um estilo informal; caso contrário, se o destinatário é desconhecido ou ocupa o nível superior em uma relação assimétrica (empregador em relação ao empregado, diretor em relação ao aluno, etc.), impõe-se o estilo formal.

A Carta

As cartas podem ser construídas com diferentes tramas (narrativa e argu-mentativa), em tomo das diferentes funções da linguagem (informativa, expressiva e apelativa).

Referimo-nos aqui, em particular, às cartas familiares e amistosas, isto é, aqueles escritos através dos quais o autor conta a um parente ou a um amigo eventos particulares de sua vida. Estas cartas contêm acontecimen-tos, sentimentos, emoções, experimentados por um emissor que percebe o receptor como ‘cúmplice’, ou seja, como um destinatário comprometido afetivamente nessa situação de comunicação e, portanto, capaz de extrair a dimensão expressiva da mensagem.

Uma vez que se trata de um diálogo à distância com um receptor conheci-do, opta-se por um estilo espontâneo e informal, que deixa transparecer marcas da oraljdade: frases inconclusas, nas quais as reticências habilitam múltiplas interpretações do receptor na tentativa de concluí-las; perguntas que procuram suas respostas nos destinatários; perguntas que encerram em si suas próprias respostas (perguntas retóricas); pontos de exclamação que expressam a ênfase que o emissor dá a determinadas expressões que refletem suas alegrias, suas preocupações, suas dúvidas.

Estes textos reúnem em si as diferentes classes de orações. As enunciati-vas, que aparecem nos fragmentos informativos, alternam-se com as dubitativas, desiderativas, interrogativas, exclamativas, para manifestar a subjetividade do autor. Esta subjetividade determina também o uso de diminutivos e aumentativos, a presença frequente de adjetivos qualificati-vos, a ambiguidade lexical e sintática, as repetições, as interjeições.

A Solicitação

É dirigida a um receptor que, nessa situação comunicativa estabelecida pela carta, está revestido de autoridade à medida que possui algo ou tem a possibilidade de outorgar algo que é considerado valioso pelo emissor: um emprego, uma vaga em uma escola, etc.

Esta assimetria entre autor e leitor um que pede e outro que pode ceder ou não ao pedido, — obriga o primeiro a optar por um estilo formal, que recorre ao uso de fórmulas de cortesia já estabelecidas convencionalmente para a abertura e encerramento (atenciosamente ..com votos de estima e conside-ração . . . / despeço-me de vós respeitosamente . ../ Saúdo-vos com o maior respeito), e às frases feitas com que se iniciam e encerram-se estes textos (Dirijo-me a vós a fim de solicitar-lhe que ... O abaixo-assinado, Antônio Gonzalez, D.NJ. 32.107 232, dirigi-se ao Senhor Diretor do Instituto Politécnico a fim de solicitar-lhe...)

As solicitações podem ser redigidas na primeira ou terceira pessoa do singular. As que são redigidas na primeira pessoa introduzem o emissor através da assinatura, enquanto que as redigidas na terceira pessoa identi-ficam-no no corpo do texto (O abaixo assinado, Juan Antonio Pérez, dirige-se a...).

A progressão temática dá-se através de dois núcleos informativos: o primei-ro determina o que o solicitante pretende; o segundo, as condições que reúne para alcançar aquilo que pretende. Estes núcleos, demarcados por frases feitas de abertura e encerramento, podem aparecer invertidos em algumas solicitações, quando o solicitante quer enfatizar suas condições; por isso, as situa em um lugar preferencial para dar maior força à sua apelação.

Essas solicitações, embora cumpram uma função apelativa, mostram um amplo predomínio das orações enunciativas complexas, com inclusão tanto de proposições causais, consecutivas e condicionais, que permitem desen-volver fundamentações, condicionamentos e efeitos a alcançar, como de construções de infinitivo ou de gerúndio: para alcançar essa posição, o solicitante lhe apresenta os seguintes antecedentes... (o infinitivo salienta os fins a que se persegue), ou alcançando a posição de... (o gerúndio enfatiza os antecedentes que legitimam o pedido).

A argumentação destas solicitações institucionalizaram-se de tal maneira que aparece contida nas instruções de formulários de emprego, de solicita-ção de bolsas de estudo, etc.

Texto extraído de: ESCOLA, LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS, Ana Maria Kaufman, Artes Médicas, Porto Alegre, RS.

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PARÁFRASE, PERÍFRASE, SÍNTESE E RESUMO.

1. Paráfrase:

Paráfrase é a reprodução explicativa de um texto ou de unidade de um texto, por meio de uma linguagem mais longa. Na paráfrase sempre se conservam basicamente as ideias do texto original. O que se inclui são comentários, ideias e impressões de quem faz a paráfrase. Na escola, quando o professor, ao comentar um texto, inclui outras ideias, alongando-se em função do propósito de ser mais didático, faz uma paráfrase.

Parafrasear consiste em transcrever, com novas palavras, as ideias centrais de um texto. O leitor deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta e, a partir daí, reafirmar e/ou esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes de uma opinião pessoal ou acercando-se de críticas bem fundamentadas. Portanto, a paráfrase repousa sobre o texto-base, condensando-o de maneira direta e imperativa. Consiste em um excelente exercício de redação, uma vez que desenvolve o poder de sínte-se, clareza e precisão vocabular. Acrescenta-se o fato de possibilitar um diálogo intertextual, recurso muito utilizado para efeito estético na literatura moderna.

2. Perífrase:

O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente.

Utilizou-se a expressão "povo lusitano" para substituir "os portugue-ses". Esse rodeio de palavras que substituiu um nome comum ou próprio chama-se perífrase.

Perífrase é a substituição de um nome comum ou próprio por um ex-pressão que a caracterize. Nada mais é do que um circunlóquio, isto é, um rodeio de palavras.

Outros exemplos: astro rei (Sol) | última flor do Lácio (língua portugue-sa) | Cidade-Luz (Paris) Rainha da Borborema (Campina Grande) | Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro).

3. Síntese:

A síntese de texto é um tipo especial de composição que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o que o autor expressou amplamente. Desse modo, só devem ser aproveitadas as ideias essenciais, dispensan-do-se tudo o que for secundário.

Procedimentos:

1. Leia atentamente o texto, a fim de conhecer o assunto e assimilar as ideias principais;

2. Leia novamente o texto, sublinhando as partes mais importantes, ou anotando à parte os pontos que devem ser conservados;

3. Resuma cada parágrafo separadamente, mantendo a sequência de ideias do texto original;

4. Agora, faça seu próprio resumo, unindo os parágrafos, ou fazendo quaisquer adaptações conforme desejar;

5. Evite copiar partes do texto original. Procure exercitar seu vocabu-lário. Mantenha, porém, o nível de linguagem do autor;

6. Não se envolva nem participe do texto. Limite-se a sintetizá-lo.

4. Resumo:

Ler não é apenas passar os olhos no texto. É preciso saber tirar dele o que é mais importante, facilitando o trabalho da memória. Saber resumir as ideias expressas em um texto não é difícil. Resumir um texto é reproduzir com poucas palavras aquilo que o autor disse.

Para se realizar um bom resumo, são necessárias algumas recomen-dações:

1. Ler todo o texto para descobrir do que se trata.

2. Reler uma ou mais vezes, sublinhando frases ou palavras impor-tantes. Isto ajuda a identificar.

3. Distinguir os exemplos ou detalhes das ideias principais.

4. Observar as palavras que fazem a ligação entre as diferentes i-deias do texto, também chamadas de conectivos: "por causa de", "assim sendo", "além do mais", "pois", "em decorrência de", "por outro lado", "da mesma forma".

5. Fazer o resumo de cada parágrafo, porque cada um encerra uma ideia diferente.

6. Ler os parágrafos resumidos e observar se há uma estrutura co-erente, isto é, se todas as partes estão bem encadeadas e se formam um todo.

7. Num resumo, não se devem comentar as ideias do autor. Deve-se registrar apenas o que ele escreveu, sem usar expressões como "se-gundo o autor", "o autor afirmou que".

8. O tamanho do resumo pode variar conforme o tipo de assunto abordado. É recomendável que nunca ultrapasse vinte por cento da exten-são do texto original.

9. Nos resumos de livros, não devem aparecer diálogos, descri-ções detalhadas, cenas ou personagens secundárias. Somente as perso-nagens, os ambientes e as ações mais importantes devem ser registrados.

Fonte: .pciconcursos.com.br

SIGNIFICAÇÃO LITERAL E CONTEXTUAL DE VOCÁBULOS.

Na significação contextual, o significado de um item lexical é determi-nado por elementos subjetivos associados aos itens lexicais que o acom-panham. O significado do item lexical tem em consideração não só as suas propriedades semânticas, mas também o contexto em que é expresso e do qual fazem parte crenças e atitudes dos falantes, referências a entidades que os falantes conhecem ou convenções sociais. Por exemplo, a frase «O André caiu na armadilha» tem um significado distinto do significado frásico transmitido pelas propriedades semânticas das palavras. Com efeito, embo-ra se deixe passar a afirmação «O André caiu e magoou-se», sabemos que, na realidade, o falante, ao emitir tal declaração, quer dizer que «Al-guém prejudicou o André». A palavra armadilha não tem o significado literal de «artifício ou engenho para capturar animais ou pessoas», mas, sim, de «estratagema para fazer enganar alguém», «artifício enganador ou ardil». O significado dado à palavra armadilha depende exclusivamente do contexto. O significado literal indica o que o item lexical tipicamente quer dizer, ou seja, o significado de uma palavra tal como é veiculado pelas suas proprie-dades semânticas, independentemente do contexto em que se insere e da intenção do falante ao enunciá-la. O significado literal expressa, pois, a relação entre a estrutura linguística e o mundo (real e/ou possível). http://www.ciberduvidas.pt/

Reescritura de frases e parágrafos do texto

Eder Sabino Carlos

Este ítem será abordado como um tema só, pois a separação deles es-tá meio complicada, pois a substituição de palavras ou de trechos tem tudo a ver com a retextualização

Reescrituração de textos

Figuras de estilo, figuras ou Desvios de linguagem são nomes dados a alguns processos que priorizam a palavra ou o todo para tornar o texto mais rico e expressivo ou buscar um novo significado, possibilitando uma reescri-tura correta de textos.

Podem ser:

Figuras de palavras

As figuras de palavra consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na comunicação.

São figuras de palavras:

Comparação:

Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois e-lementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos

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– feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem – e alguns verbos – parecer, assemelhar-se e outros.

Exemplos: “Amou daquela vez como se fosse máquina. / Beijou sua mulher como se fosse lógico.” (Chico Buarque);

“As solteironas, os longos vestidos negros fechados no pescoço, ne-gros xales nos ombros, pareciam aves noturnas paradas…” (Jorge Amado).

Metáfora:

Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma rela-ção de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido.

Exemplo: “Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é a razão.” (Machado de Assis).

Metonímia:

Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas algum grau de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:

- o continente pelo conteúdo e vice-versa: Antes de sair, tomamos um cálice (o conteúdo de um cálice) de licor.

- a causa pelo efeito e vice-versa: “E assim o operário ia / Com suor e com cimento (com trabalho) / Erguendo uma casa aqui / Adiante um apar-tamento.” (Vinicius de Moraes).

- o lugar de origem ou de produção pelo produto: Comprei uma garrafa do legítimo porto (o vinho da cidade do Porto).

- o autor pela obra: Ela parecia ler Jorge Amado (a obra de Jorge Ama-do).

- o abstrato pelo concreto e vice-versa: Não devemos contar com o seu coração (sentimento, sensibilidade).

- o símbolo pela coisa simbolizada: A coroa (o poder) foi disputada pe-los revolucionários.

- a matéria pelo produto e vice-versa: Lento, o bronze (o sino) soa.

- o inventor pelo invento: Edson (a energia elétrica) ilumina o mundo.

- a coisa pelo lugar: Vou à Prefeitura (ao edifício da Prefeitura).

- o instrumento pela pessoa que o utiliza: Ele é um bom garfo (guloso, glutão).

Sinédoque:

Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo por outro, ha-vendo ampliação ou redução do sentido usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos sinédoque nos seguintes casos:

- o todo pela parte e vice-versa: “A cidade inteira (o povo) viu assom-brada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos (parte das patas) de seu cavalo.” (J. Cândido de Carvalho)

- o singular pelo plural e vice-versa: O paulista (todos os paulistas) é tímido; o carioca (todos os cariocas), atrevido.

- o indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum): Para os artistas ele foi um mecenas (protetor).

Catacrese:

A catacrese é um tipo de especial de metáfora, “é uma espécie de me-táfora desgastada, em que já não se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora tornada hábito linguístico, já fora do âmbito estilístico.” (Othon M. Garcia).

São exemplos de catacrese: folhas de livro / pele de tomate / dente de alho / montar em burro / céu da boca / cabeça de prego / mão de direção / ventre da terra / asa da xícara / sacar dinheiro no banco.

Sinestesia:

A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão. Essas sensações podem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas).

Exemplo: “A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia [sensa-ções táteis], quase irreal.” (Augusto Meyer)

Antonomásia:

Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma quali-dade, característica ou fato que a distingue.

Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, especificativo etc.) do nome próprio.

Exemplos: “E ao rabi simples (Cristo), que a igualdade prega, / Rasga e enlameia a túnica inconsútil; (Raimundo Correia). / Pelé (= Edson Arantes do Nascimento) / O Cisne de Mântua (= Virgílio) / O poeta dos escravos (= Castro Alves) / O Dante Negro (= Cruz e Souza) / O Corso (= Napoleão)

Alegoria:

A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo ob-jeto; é uma figura poética que consiste em expressar uma situação global por meio de outra que a evoque e intensifique o seu significado. Na alegori-a, todas as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é comum e oferecem dois sentidos completos e perfeitos – um referencial e outro metafórico.

Exemplo: “A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barí-tono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quan-do não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a orquestra é excelente…” (Machado de Assis).

Figuras de sintaxe ou de construção:

As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a desvios em re-lação à concordância entre os termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.

Elas podem ser construídas por:

a) omissão: assíndeto, elipse e zeugma;

b) repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;

c) inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;

d) ruptura: anacoluto;

e) concordância ideológica: silepse.

Portanto, são figuras de construção ou sintaxe:

Assíndeto:

Ocorre assíndeto quando orações ou palavras deveriam vir ligadas por conjunções coordenativas, aparecem justapostas ou separadas por vírgu-las.

Exigem do leitor atenção maior no exame de cada fato, por exigência das pausas rítmicas (vírgulas).

Exemplo: “Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se.” (Machado de Assis).

Elipse:

Ocorre elipse quando omitimos um termo ou oração que facilmente po-demos identificar ou subentender no contexto. Pode ocorrer na supressão de pronomes, conjunções, preposições ou verbos. É um poderoso recurso de concisão e dinamismo.

Exemplo: “Veio sem pinturas, em vestido leve, sandálias coloridas.” (e-lipse do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de sandálias…).

Zeugma:

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Ocorre zeugma quando um termo já expresso na frase é suprimido, fi-cando subentendida sua repetição.

Exemplo: “Foi saqueada a vida, e assassinados os partidários dos Feli-pes.” (Zeugma do verbo: “e foram assassinados…”) (Camilo Castelo Bran-co).

Anáfora:

Ocorre anáfora quando há repetição intencional de palavras no início de um período, frase ou verso.

Exemplo: “Depois o areal extenso… / Depois o oceano de pó… / De-pois no horizonte imenso / Desertos… desertos só…” (Castro Alves).

Pleonasmo:

Ocorre pleonasmo quando há repetição da mesma ideia, isto é, redun-dância de significado.

a) Pleonasmo literário:

É o uso de palavras redundantes para reforçar uma ideia, tanto do pon-to de vista semântico quanto do ponto de vista sintático. Usado como um recurso estilístico, enriquece a expressão, dando ênfase à mensagem.

Exemplo: “Iam vinte anos desde aquele dia / Quando com os olhos eu quis ver de perto / Quando em visão com os da saudade via.” (Alberto de Oliveira).

“Morrerás morte vil na mão de um forte.” (Gonçalves Dias)

“Ó mar salgado, quando do teu sal / São lágrimas de Portugal” (Fer-nando Pessoa).

b) Pleonasmo vicioso:

É o desdobramento de ideias que já estavam implícitas em palavras anteriormente expressas. Pleonasmos viciosos devem ser evitados, pois não têm valor de reforço de uma ideia, sendo apenas fruto do descobrimen-to do sentido real das palavras.

Exemplos: subir para cima / entrar para dentro / repetir de novo / ouvir com os ouvidos / hemorragia de sangue / monopólio exclusivo / breve alocução / principal protagonista.

Polissíndeto:

Ocorre polissíndeto quando há repetição enfática de uma conjunção coordenativa mais vezes do que exige a norma gramatical (geralmente a conjunção e). É um recurso que sugere movimentos ininterruptos ou verti-ginosos.

Exemplo: “Vão chegando as burguesinhas pobres, / e as criadas das burguesinhas ricas / e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza.” (Manuel Bandeira).

Anástrofe:

Ocorre anástrofe quando há uma simples inversão de palavras vizinhas (determinante/determinado).

Exemplo: “Tão leve estou (estou tão leve) que nem sombra tenho.” (Mário Quintana).

Hipérbato:

Ocorre hipérbato quando há uma inversão completa de membros da frase.

Exemplo: “Passeiam à tarde, as belas na Avenida. ” (As belas passei-am na Avenida à tarde.) (Carlos Drummond de Andrade).

Sínquise:

Ocorre sínquise quando há uma inversão violenta de distantes partes da frase. É um hipérbato exagerado.

Exemplo: “A grita se alevanta ao Céu, da gente. ” (A grita da gente se alevanta ao Céu ) (Camões).

Hipálage:

Ocorre hipálage quando há inversão da posição do adjetivo: uma quali-dade que pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase.

Exemplo: “… as lojas loquazes dos barbeiros.” (as lojas dos barbeiros loquazes.) (Eça de Queiros).

Anacoluto:

Ocorre anacoluto quando há interrupção do plano sintático com que se inicia a frase, alterando-lhe a sequência lógica. A construção do período deixa um ou mais termos – que não apresentam função sintática definida – desprendidos dos demais, geralmente depois de uma pausa sensível.

Exemplo: “Essas empregadas de hoje, não se pode confiar nelas.” (Al-cântara Machado).

Silepse:

Ocorre silepse quando a concordância não é feita com as palavras, mas com a ideia a elas associada.

a) Silepse de gênero:

Ocorre quando há discordância entre os gêneros gramaticais (feminino ou masculino).

Exemplo: “Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito.” (Guimarães Rosa).

b) Silepse de número:

Ocorre quando há discordância envolvendo o número gramatical (sin-gular ou plural).

Exemplo: Corria gente de todos lados, e gritavam.” (Mário Barreto).

c) Silepse de pessoa:

Ocorre quando há discordância entre o sujeito expresso e a pessoa verbal: o sujeito que fala ou escreve se inclui no sujeito enunciado.

Exemplo: “Na noite seguinte estávamos reunidas algumas pessoas.” (Machado de Assis).

Figuras de pensamento:

As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ao significado das palavras, ao seu aspecto semântico.

São figuras de pensamento:

Antítese:

Ocorre antítese quando há aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.

Exemplo: “Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nos bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal.” (Rui Barbosa).

Apóstrofe:

Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma pessoa ou algo, real ou imaginário, que pode estar presente ou ausente. Corresponde ao vocativo na análise sintática e é utilizada para dar ênfase à expressão.

Exemplo: “Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?” (Castro Al-ves).

Paradoxo:

Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de sentido oposto, mas também na de ideias que se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade enunciada com aparência de mentira. Oxí-moro (ou oximoron) é outra designação para paradoxo.

Exemplo: “Amor é fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e não se sente; / É um contentamento descontente; / É dor que desatina sem doer;” (Camões)

Eufemismo:

Ocorre eufemismo quando uma palavra ou expressão é empregada pa-ra atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante.

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Exemplo: “E pela paz derradeira (morte) que enfim vai nos redimir Deus lhe pague”. (Chico Buarque).

Gradação:

Ocorre gradação quando há uma sequência de palavras que intensifi-cam uma mesma ideia.

Exemplo: “Aqui… além… mais longe por onde eu movo o passo.” (Cas-tro Alves).

Hipérbole:

Ocorre hipérbole quando há exagero de uma ideia, a fim de proporcio-nar uma imagem emocionante e de impacto.

Exemplo: “Rios te correrão dos olhos, se chorares!” (Olavo Bilac).

Ironia:

Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica.

Exemplo: “Moça linda, bem tratada, / três séculos de família, / burra como uma porta: / um amor.” (Mário de Andrade).

Prosopopeia:

Ocorre prosopopeia (ou animização ou personificação) quando se atri-bui movimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios de seres animados a seres inanimados ou imaginários.

Também a atribuição de características humanas a seres animados constitui prosopopeia o que é comum nas fábulas e nos apólogos, como este exemplo de Mário de Quintana: “O peixinho (…) silencioso e levemen-te melancólico…”

Exemplos: “… os rios vão carregando as queixas do caminho.” (Raul Bopp)

Um frio inteligente (…) percorria o jardim…” (Clarice Lispector)

Perífrase:

Ocorre perífrase quando se cria um torneio de palavras para expressar algum objeto, acidente geográfico ou situação que não se quer nomear.

Exemplo: “Cidade maravilhosa / Cheia de encantos mil / Cidade mara-vilhosa / Coração do meu Brasil.” (André Filho).

Até este ponto retirei informações do site PCI cursos

Vícios de Linguagem

Ambiguidade

Ambiguidade é a possibilidade de uma mensagem ter dois sentidos. Ela geralmente é provocada pela má organização das palavras na frase. A ambiguidade é um caso especial de polissemia, a possibilidade de uma palavra apresentar vários sentidos em um contexto.

Ex:

“Onde está a vaca da sua avó?” (Que vaca? A avó ou a vaca criada pela avó?)

“Onde está a cachorra da sua mãe?” (Que cachorra? A mãe ou a cadela criada pela mãe?)

“Este líder dirigiu bem sua nação”(“Sua”? Nação da 2ª ou 3ª pessoa (o líder)?).

Obs 1: O pronome possessivo “seu(ua)(s)” gera muita confusão por ser geralmente associado ao receptor da mensagem.

Obs 2: A preposição “como” também gera confusão com o verbo “co-mer” na 1ª pessoa do singular.

A ambiguidade normalmente é indesejável na comunicação unidirecio-nal, em particular na escrita, pois nem sempre é possível contactar o emis-sor da mensagem para questioná-lo sobre sua intenção comunicativa original e assim obter a interpretação correta da mensagem.

Barbarismo

Barbarismo, peregrinismo, idiotismo ou estrangeirismo (para os latinos qualquer estrangeiro era bárbaro) é o uso de palavra, expressão ou cons-trução estrangeira no lugar de equivalente vernácula.

De acordo com a língua de origem, os estrangeirismos recebem dife-rentes nomes:

galicismo ou francesismo, quando provenientes do francês (de Gália, antigo nome da França);

anglicismo, quando do inglês;

castelhanismo, quando vindos do espanhol;

Ex:

Mais penso, mais fico inteligente (galicismo; o mais adequado seria “quanto maispenso, (tanto) mais fico inteligente”);

Comeu um roast-beef (anglicismo; o mais adequado seria “co-meu um rosbife“);

Havia links para sua página (anglicismo; o mais adequado seria “Havia ligações(ou vínculos) para sua página”.

Eles têm serviço de delivery. (anglicismo; o mais adequado seria “Eles têm serviço de entrega”).

Premiê apresenta prioridades da Presidência lusa da UE (gali-cismo, o mais adequado seria Primeiro-ministro)

Nesta receita gastronômica usaremos Blueberries e Grapefruits. (anglicismo, o mais adequado seria Mirtilo e Toranja)

Convocamos para a Reunião do Conselho de DA’s (plural da sigla de Diretório Acadêmico). (anglicismo, e mesmo nesta língua não se usa apóstrofo ‘s’ para pluralizar; o mais adequado seria DD.AA. ou DAs.)

Há quem considere barbarismo também divergências de pronúncia, grafia, morfologia, etc., tais como “adevogado” ou “eu sabo“, pois seriam atitudes típicas de estrangeiros, por eles dificilmente atingirem alta fluência no dialeto padrão da língua.

Em nível pragmático, o barbarismo normalmente é indesejável porque os receptores da mensagem frequentemente conhecem o termo em ques-tão na língua nativa de sua comunidade linguística, mas nem sempre conhecem o termo correspondente na língua ou dialeto estrangeiro à co-munidade com a qual ele está familiarizado. Em nível político, um barbaris-mo também pode ser interpretado como uma ofensa cultural por alguns receptores que se encontram ideologicamente inclinados a repudiar certos tipos de influência sobre suas culturas. Pode-se assim concluir que o con-ceito de barbarismo é relativo ao receptor da mensagem.

Em alguns contextos, até mesmo uma palavra da própria língua do re-ceptor poderia ser considerada como um barbarismo. Tal é o caso de um cultismo (ex: “abdômen”) quando presente em uma mensagem a um recep-tor que não o entende (por exemplo, um indivíduo não escolarizado, que poderia compreender melhor os sinônimos “barriga”, “pança” ou “bucho”).

Cacofonia

A cacofonia é um som desagradável ou obsceno formado pela união das sílabas de palavras contíguas. Por isso temos que cuidar quando falamos sobre algo para não ofendermos a pessoa que ouve. São exem-plos desse fato:

“Ele beijou a boca dela.”

“Bata com um mamão para mim, por favor.”

“Deixe ir-me já, pois estou atrasado.”

“Não tem nada de errado a cerca dela“

“Vou-me já que está pingando. Vai chover!”

“Instrumento para socar alho.”

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 16

“Daqui vai, se for dai.”

Não são cacofonia:

“Eu amo ela demais !!!”

“Eu vi ela.”

“você veja”

Como cacofonias são muitas vezes cômicas, elas são algumas vezes usadas de propósito em certas piadas, trocadilhos e “pegadinhas”.

Plebeísmo

O plebeísmo normalmente utiliza palavras de baixo calão, gírias e ter-mos considerados informais.

Exemplos:

“Ele era um tremendo mané!”

“Tô ferrado!”

“Tá ligado nas quebradas, meu chapa?”

“Esse bagulho é ‘radicaaaal’!!! Tá ligado mano?”

‘Vô piálá’mais tarde ‘ !!! Se ligou maluko ?

Por questões de etiqueta, convém evitar o uso de plebeísmos em con-textos sociais que requeiram maior formalismo no tratamento comunicativo.

Prolixidade

É a exposição fastidiosa e inútil de palavras ou argumentos e à sua su-perabundância. É o excesso de palavras para exprimir poucas ideias. Ao texto prolixo falta objetividade, o qual quase sempre compromete a clareza e cansa o leitor.

A prevenção à prolixidade requer que se tenha atenção à concisão e precisão da mensagem. Concisão é a qualidade de dizer o máximo possível com o mínimo de palavras. Precisão é a qualidade de utilizar a palavra certa para dizer exatamente o que se quer.

Pleonasmo vicioso

O pleonasmo é uma figura de linguagem. Quando consiste numa re-dundância inútil e desnecessária de significado em uma sentença, é consi-derado um vício de linguagem. A esse tipo de pleonasmo chama-mos pleonasmo vicioso.

Ex:

“Ele vai ser o protagonista principal da peça”. (Um protagonista é, necessariamente, a personagem principal)

“Meninos, entrem já para dentro!” (O verbo “entrar” já exprime ideia de ir para dentro)

“Estou subindo para cima.” (O verbo “subir” já exprime ideia de ir para cima)

“Não deixe de comparecer pessoalmente.” (É impossível compa-recer a algum lugar de outra forma que não pessoalmente)

“Meio-ambiente” – o meio em que vivemos = o ambiente em que vivemos.

Não é pleonasmo:

“As palavras são de baixo calão“. Palavras podem ser de baixo ou de alto calão.

O pleonasmo nem sempre é um vício de linguagem, mesmo para os exemplos supra citados, a depender do contexto. Em certos contextos, ele é um recurso que pode ser útil para se fornecer ênfase a determinado aspecto da mensagem.

Especialmente em contextos literários, musicais e retóricos, um pleo-nasmo bem colocado pode causar uma reação notável nos receptores (como a geração de uma frase de efeito ou mesmo o humor proposital). A

maestria no uso do pleonasmo para que ele atinja o efeito desejado no receptor depende fortemente do desenvolvimento da capacidade de inter-pretação textual do emissor. Na dúvida, é melhor que seja evitado para não se incorrer acidentalmente em um uso vicioso.

Solecismo

Solecismo é uma inadequação na estrutura sintática da frase com rela-ção à gramática normativa do idioma. Há três tipos de solecismo:

De concordância:

“Fazem três anos que não vou ao médico.” (Faz três anos que não vou ao médico.)

“Aluga-se salas nesse edifício.” (Alugam-se salas nesse edifício.)

De regência:

“Ontem eu assisti um filme de época.” (Ontem eu assisti a um filme de época.)

De colocação:

“Me empresta um lápis, por favor.” (Empresta-me um lápis, por favor.)

“Me parece que ela ficou contente.” (Parece-me que ela ficou contente.)

“Eu não respondi-lhe nada do que perguntou.” (Eu não lhe res-pondi nada do que perguntou.)

Eco

O Eco vem a ser a própria rima que ocorre quando há na frase termi-nações iguais ou semelhantes, provocando dissonância.

“Falar em desenvolvimento é pensar em alimento, saúde e edu-cação.”

“O aluno repetente mente alegremente.”

O presidente tinha dor de dente constantemente.

Colisão

O uso de uma mesma vogal ou consoante em várias palavras é deno-minado aliteração. Aliterações são preciosos recursos estilísticos quando usados com a intenção de se atingir efeito literário ou para atrair a atenção do receptor. Entretanto, quando seus usos não são intencionais ou quando causam um efeito estilístico ruim ao receptor da mensagem, a aliteração torna-se um vício de linguagem e recebe nesse contexto o nome de colisão. Exemplos:

“Eram comunidades camponesas com cultivos coletivos.”

“O papa Paulo VI pediu a paz.”

Uma colisão pode ser remediada com a reestruturação sintática da fra-se que a contém ou com a substituição de alguns termos ou expressões por outras similares ou sinônimas.

COESÃO E COERÊNCIA

Diogo Maria De Matos Polónio Introdução Este trabalho foi realizado no âmbito do Seminário Pedagógico sobre

Pragmática Linguística e Os Novos Programas de Língua Portuguesa, sob orientação da Professora-Doutora Ana Cristina Macário Lopes, que decor-reu na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Procurou-se, no referido seminário, refletir, de uma forma geral, sobre a

incidência das teorias da Pragmática Linguística nos programas oficiais de Língua Portuguesa, tendo em vista um esclarecimento teórico sobre deter-minados conceitos necessários a um ensino qualitativamente mais válido e, simultaneamente, uma vertente prática pedagógica que tem necessaria-mente presente a aplicação destes conhecimentos na situação real da sala

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 17

de aula. Nesse sentido, este trabalho pretende apresentar sugestões de aplica-

ção na prática docente quotidiana das teorias da pragmática linguística no campo da coerência textual, tendo em conta as conclusões avançadas no referido seminário.

Será, no entanto, necessário reter que esta pequena reflexão aqui a-

presentada encerra em si uma minúscula partícula de conhecimento no vastíssimo universo que é, hoje em dia, a teoria da pragmática linguística e que, se pelo menos vier a instigar um ponto de partida para novas reflexões no sentido de auxiliar o docente no ensino da língua materna, já terá cum-prido honestamente o seu papel.

Coesão e Coerência Textual Qualquer falante sabe que a comunicação verbal não se faz geralmen-

te através de palavras isoladas, desligadas umas das outras e do contexto em que são produzidas. Ou seja, uma qualquer sequência de palavras não constitui forçosamente uma frase.

Para que uma sequência de morfemas seja admitida como frase, torna-

se necessário que respeite uma certa ordem combinatória, ou seja, é preciso que essa sequência seja construÍda tendo em conta o sistema da língua.

Tal como um qualquer conjunto de palavras não forma uma frase, tam-

bém um qualquer conjunto de frases não forma, forçosamente, um texto. Precisando um pouco mais, um texto, ou discurso, é um objeto materia-

lizado numa dada língua natural, produzido numa situação concreta e pressupondo os participantes locutor e alocutário, fabricado pelo locutor através de uma seleção feita sobre tudo o que é dizível por esse locutor, numa determinada situação, a um determinado alocutário1.

Assim, materialidade linguística, isto é, a língua natural em uso, os có-

digos simbólicos, os processos cognitivos e as pressuposições do locutor sobre o saber que ele e o alocutário partilham acerca do mundo são ingre-dientes indispensáveis ao objeto texto.

Podemos assim dizer que existe um sistema de regras interiorizadas

por todos os membros de uma comunidade linguística. Este sistema de regras de base constitui a competência textual dos sujeitos, competência essa que uma gramática do texto se propõe modelizar.

Uma tal gramática fornece, dentro de um quadro formal, determinadas

regras para a boa formação textual. Destas regras podemos fazer derivar certos julgamentos de coerência textual.

Quanto ao julgamento, efetuado pelos professores, sobre a coerência

nos textos dos seus alunos, os trabalhos de investigação concluem que as intervenções do professor a nível de incorreções detectadas na estrutura da frase são precisamente localizadas e assinaladas com marcas convencio-nais; são designadas com recurso a expressões técnicas (construção, conjugação) e fornecem pretexto para pôr em prática exercícios de corre-ção, tendo em conta uma eliminação duradoura das incorreções observa-das.

Pelo contrário, as intervenções dos professores no quadro das incorre-

ções a nível da estrutura do texto, permite-nos concluir que essas incorre-ções não são designadas através de vocabulário técnico, traduzindo, na maior parte das vezes, uma impressão global da leitura (incompreensível; não quer dizer nada).

Para além disso, verificam-se práticas de correção algo brutais (refazer;

reformular) sendo, poucas vezes, acompanhadas de exercícios de recupe-ração.

Esta situação é pedagogicamente penosa, uma vez que se o professor

desconhece um determinado quadro normativo, encontra-se reduzido a fazer respeitar uma ordem sobre a qual não tem nenhum controle.

Antes de passarmos à apresentação e ao estudo dos quatro princípios

de coerência textual, há que esclarecer a problemática criada pela dicoto-mia coerência/coesão que se encontra diretamente relacionada com a dicotomia coerência macro-estrutural/coerência micro-estrutural.

Mira Mateus considera pertinente a existência de uma diferenciação

entre coerência textual e coesão textual. Assim, segundo esta autora, coesão textual diz respeito aos processos

linguísticos que permitem revelar a inter-dependência semântica existente entre sequências textuais:

Ex.: Entrei na livraria mas não comprei nenhum livro. Para a mesma autora, coerência textual diz respeito aos processos

mentais de apropriação do real que permitem inter-relacionar sequências textuais:

Ex.: Se esse animal respira por pulmões, não é peixe. Pensamos, no entanto, que esta distinção se faz apenas por razões de

sistematização e de estruturação de trabalho, já que Mira Mateus não hesita em agrupar coesão e coerência como características de uma só propriedade indispensável para que qualquer manifestação linguística se transforme num texto: a conetividade2.

Para Charolles não é pertinente, do ponto de vista técnico, estabelecer

uma distinção entre coesão e coerência textuais, uma vez que se torna difícil separar as regras que orientam a formação textual das regras que orientam a formação do discurso.

Além disso, para este autor, as regras que orientam a micro-coerência

são as mesmas que orientam a macro-coerência textual. Efetivamente, quando se elabora um resumo de um texto obedece-se às mesmas regras de coerência que foram usadas para a construção do texto original.

Assim, para Charolles, micro-estrutura textual diz respeito às relações

de coerência que se estabelecem entre as frases de uma sequência textual, enquanto que macro-estrutura textual diz respeito às relações de coerência existentes entre as várias sequências textuais. Por exemplo:

Sequência 1: O António partiu para Lisboa. Ele deixou o escritório mais cedo para apanhar o comboio das quatro horas.

Sequência 2: Em Lisboa, o António irá encontrar-se com ami-gos.Vai trabalhar com eles num projeto de uma nova companhia de teatro.

Como micro-estruturas temos a sequência 1 ou a sequência 2, enquan-

to que o conjunto das duas sequências forma uma macro-estrutura. Vamos agora abordar os princípios de coerência textual3: 1. Princípio da Recorrência4: para que um texto seja coerente, torna-se

necessário que comporte, no seu desenvolvimento linear, elementos de recorrência restrita.

Para assegurar essa recorrência a língua dispõe de vários recursos: - pronominalizações, - expressões definidas5, - substituições lexicais, - retomas de inferências. Todos estes recursos permitem juntar uma frase ou uma sequência a

uma outra que se encontre próxima em termos de estrutura de texto, reto-mando num elemento de uma sequência um elemento presente numa sequência anterior:

a)-Pronominalizações: a utilização de um pronome torna possível a re-

petição, à distância, de um sintagma ou até de uma frase inteira. O caso mais frequente é o da anáfora, em que o referente antecipa o

pronome. Ex.: Uma senhora foi assassinada ontem. Ela foi encontrada estrangu-

lada no seu quarto. No caso mais raro da catáfora, o pronome antecipa o seu referente. Ex.: Deixe-me confessar-lhe isto: este crime impressionou-me. Ou ain-

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da: Não me importo de o confessar: este crime impressionou-me. Teremos, no entanto, que ter cuidado com a utilização da catáfora, pa-

ra nos precavermos de enunciados como este: Ele sabe muito bem que o João não vai estar de acordo com o António. Num enunciado como este, não há qualquer possibilidade de identificar

ele com António. Assim, existe apenas uma possibilidade de interpretação: ele dirá respeito a um sujeito que não será nem o João nem o António, mas que fará parte do conhecimento simultâneo do emissor e do receptor.

Para que tal aconteça, torna-se necessário reformular esse enunciado: O António sabe muito bem que o João não vai estar de acordo com ele. As situações de ambiguidade referencial são frequentes nos textos dos

alunos. Ex.: O Pedro e o meu irmão banhavam-se num rio. Um homem estava também a banhar-se. Como ele sabia nadar, ensinou-o. Neste enunciado, mesmo sem haver uma ruptura na continuidade se-

quencial, existem disfunções que introduzem zonas de incerteza no texto: ele sabia nadar(quem?), ele ensinou-o (quem?; a quem?) b)-Expressões Definidas: tal como as pronominalizações, as expres-

sões definidas permitem relembrar nominalmente ou virtualmente um elemento de uma frase numa outra frase ou até numa outra sequência textual.

Ex.: O meu tio tem dois gatos. Todos os dias caminhamos no jardim. Os gatos vão sempre conosco.

Os alunos parecem dominar bem esta regra. No entanto, os problemas

aparecem quando o nome que se repete é imediatamente vizinho daquele que o precede.

Ex.: A Margarida comprou um vestido. O vestido é colorido e muito ele-gante.

Neste caso, o problema resolve-se com a aplicação de deíticos contex-

tuais. Ex.: A Margarida comprou um vestido. Ele é colorido e muito elegante. Pode também resolver-se a situação virtualmente utilizando a elipse. Ex.: A Margarida comprou um vestido. É colorido e muito elegante. Ou

ainda: A Margarida comprou um vestido que é colorido e muito elegante. c)-Substituições Lexicais: o uso de expressões definidas e de deíticos

contextuais é muitas vezes acompanhado de substituições lexicais. Este processo evita as repetições de lexemas, permitindo uma retoma do ele-mento linguístico.

Ex.: Deu-se um crime, em Lisboa, ontem à noite: estrangularam uma senhora. Este assassinato é odioso.

Também neste caso, surgem algumas regras que se torna necessário

respeitar. Por exemplo, o termo mais genérico não pode preceder o seu representante mais específico.

Ex.: O piloto alemão venceu ontem o grande prêmio da Alemanha. S-chumacher festejou euforicamente junto da sua equipa.

Se se inverterem os substantivos, a relação entre os elementos linguís-

ticos torna-se mais clara, favorecendo a coerência textual. Assim, Schuma-cher, como termo mais específico, deveria preceder o piloto alemão.

No entanto, a substituição de um lexema acompanhado por um deter-

minante, pode não ser suficiente para estabelecer uma coerência restrita. Atentemos no seguinte exemplo:

Picasso morreu há alguns anos. O autor da "Sagração da Primavera"

doou toda a sua coleção particular ao Museu de Barcelona. A presença do determinante definido não é suficiente para considerar

que Picasso e o autor da referida peça sejam a mesma pessoa, uma vez que sabemos que não foi Picasso mas Stravinski que compôs a referida peça.

Neste caso, mais do que o conhecimento normativo teórico, ou lexico-

enciclopédico, são importantes o conhecimento e as convicções dos parti-cipantes no ato de comunicação, sendo assim impossível traçar uma fron-teira entre a semântica e a pragmática.

Há também que ter em conta que a substituição lexical se pode efetuar

por - Sinonímia-seleção de expressões linguísticas que tenham a maior

parte dos traços semânticos idêntica: A criança caiu. O miúdo nun-ca mais aprende a cair!

- Antonímia-seleção de expressões linguísticas que tenham a maior parte dos traços semânticos oposta: Disseste a verdade? Isso cheira-me a mentira!

- Hiperonímia-a primeira expressão mantém com a segunda uma re-lação classe-elemento: Gosto imenso de marisco. Então lagosta, adoro!

- Hiponímia- a primeira expressão mantém com a segunda uma re-lação elemento-classe: O gato arranhou-te? O que esperavas de um felino?

d)-Retomas de Inferências: neste caso, a relação é feita com base em

conteúdos semânticos não manifestados, ao contrário do que se passava com os processos de recorrência anteriormente tratados.

Vejamos: P - A Maria comeu a bolacha? R1 - Não, ela deixou-a cair no chão. R2 - Não, ela comeu um morango. R3 - Não, ela despenteou-se. As sequências P+R1 e P+R2 parecem, desde logo, mais coerentes do

que a sequência P+R3. No entanto, todas as sequências são asseguradas pela repetição do

pronome na 3ª pessoa. Podemos afirmar, neste caso, que a repetição do pronome não é sufi-

ciente para garantir coerência a uma sequência textual. Assim, a diferença de avaliação que fazemos ao analisar as várias hi-

póteses de respostas que vimos anteriormente sustenta-se no fato de R1 e R2 retomarem inferências presentes em P:

- aconteceu alguma coisa à bolacha da Maria, - a Maria comeu qualquer coisa. Já R3 não retoma nenhuma inferência potencialmente dedutível de P. Conclui-se, então, que a retoma de inferências ou de pressuposições

garante uma fortificação da coerência textual. Quando analisamos certos exercícios de prolongamento de texto (con-

tinuar a estruturação de um texto a partir de um início dado) os alunos são levados a veicular certas informações pressupostas pelos professores.

Por exemplo, quando se apresenta um início de um texto do tipo: Três

crianças passeiam num bosque. Elas brincam aos detetives. Que vão eles fazer?

A interrogação final permite-nos pressupor que as crianças vão real-

mente fazer qualquer coisa. Um aluno que ignore isso e que narre que os pássaros cantavam en-

quanto as folhas eram levadas pelo vento, será punido por ter apresentado uma narração incoerente, tendo em conta a questão apresentada.

No entanto, um professor terá que ter em conta que essas inferências

ou essas pressuposições se relacionam mais com o conhecimento do mundo do que com os elementos linguísticos propriamente ditos.

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Assim, as dificuldades que os alunos apresentam neste tipo de exercí-

cios, estão muitas vezes relacionadas com um conhecimento de um mundo ao qual eles não tiveram acesso. Por exemplo, será difícil a um aluno recriar o quotidiano de um multi-milionário,senhor de um grande império industrial, que vive numa luxuosa vila.

2.Princípio da Progressão: para que um texto seja coerente, torna-se

necessário que o seu desenvolvimento se faça acompanhar de uma infor-mação semântica constantemente renovada.

Este segundo princípio completa o primeiro, uma vez que estipula que

um texto, para ser coerente, não se deve contentar com uma repetição constante da própria matéria.

Alguns textos dos alunos contrariam esta regra. Por exemplo: O ferreiro

estava vestido com umas calças pretas, um chapéu claro e uma vestimenta preta. Tinha ao pé de si uma bigorna e batia com força na bigorna. Todos os gestos que fazia consistiam em bater com o martelo na bigorna. A bigorna onde batia com o martelo era achatada em cima e pontiaguda em baixo e batia com o martelo na bigorna.

Se tivermos em conta apenas o princípio da recorrência, este texto não

será incoerente, será até coerente demais. No entanto, segundo o princípio da progressão, a produção de um tex-

to coerente pressupõe que se realize um equilíbrio cuidado entre continui-dade temática e progressão semântica.

Torna-se assim necessário dominar, simultaneamente, estes dois prin-

cípios (recorrência e progressão) uma vez que a abordagem da informação não se pode processar de qualquer maneira.

Assim, um texto será coerente se a ordem linear das sequências a-

companhar a ordenação temporal dos fatos descritos. Ex.: Cheguei, vi e venci.(e não Vi, venci e cheguei). O texto será coerente desde que reconheçamos, na ordenação das su-

as sequências, uma ordenação de causa-consequência entre os estados de coisas descritos.

Ex.: Houve seca porque não choveu. (e não Houve seca porque cho-veu).

Teremos ainda que ter em conta que a ordem de percepção dos esta-

dos de coisas descritos pode condicionar a ordem linear das sequências textuais.

Ex.: A praça era enorme. No meio, havia uma coluna; à volta, árvores e canteiros com flores.

Neste caso, notamos que a percepção se dirige do geral para o particu-

lar. 3.Princípio da Não- Contradição: para que um texto seja coerente, tor-

na-se necessário que o seu desenvolvimento não introduza nenhum ele-mento semântico que contradiga um conteúdo apresentado ou pressuposto por uma ocorrência anterior ou dedutível por inferência.

Ou seja, este princípio estipula simplesmente que é inadmissível que

uma mesma proposição seja conjuntamente verdadeira e não verdadeira. Vamos, seguidamente, preocupar-nos, sobretudo, com o caso das con-

tradições inferenciais e pressuposicionais6. Existe contradição inferencial quando a partir de uma proposição po-

demos deduzir uma outra que contradiz um conteúdo semântico apresenta-do ou dedutível.

Ex.: A minha tia é viúva. O seu marido coleciona relógios de bolso. As inferências que autorizam viúva não só não são retomadas na se-

gunda frase, como são perfeitamente contraditas por essa mesma frase. O efeito da incoerência resulta de incompatibilidades semânticas pro-

fundas às quais temos de acrescentar algumas considerações temporais,

uma vez que, como se pode ver, basta remeter o verbo colecionar para o pretérito para suprimir as contradições.

As contradições pressuposicionais são em tudo comparáveis às infe-

renciais, com a exceção de que no caso das pressuposicionais é um conte-údo pressuposto que se encontra contradito.

Ex.: O Júlio ignora que a sua mulher o engana. A sua esposa é-lhe per-feitamente fiel.

Na segunda frase, afirma-se a inegável fidelidade da mulher de Júlio,

enquanto a primeira pressupõe o inverso. É frequente, nestes casos, que o emissor recupere a contradição pre-

sente com a ajuda de conectores do tipo mas, entretanto, contudo, no entanto, todavia, que assinalam que o emissor se apercebe dessa contradi-ção, assume-a, anula-a e toma partido dela.

Ex.: O João detesta viajar. No entanto, está entusiasmado com a parti-da para Itália, uma vez que sempre sonhou visitar Florença.

4.Princípio da Relação: para que um texto seja coerente, torna-se ne-

cessário que denote, no seu mundo de representação, fatos que se apre-sentem diretamente relacionados.

Ou seja, este princípio enuncia que para uma sequência ser admitida

como coerente7, terá de apresentar ações, estados ou eventos que sejam congruentes com o tipo de mundo representado nesse texto.

Assim, se tivermos em conta as três frases seguintes 1 - A Silvia foi estudar. 2 - A Silvia vai fazer um exame. 3 - O circuito de Adelaide agradou aos pilotos de Fórmula 1. A sequência formada por 1+2 surge-nos, desde logo, como sendo mais

congruente do que as sequências 1+3 ou 2+3. Nos discursos naturais, as relações de relevância factual são, na maior

parte dos casos, manifestadas por conectores que as explicitam semanti-camente.

Ex.: A Silvia foi estudar porque vai fazer um exame. Ou também: A Sil-via vai fazer um exame portanto foi estudar.

A impossibilidade de ligar duas frases por meio de conectores constitui um bom teste para descobrir uma incongruência.

Ex.: A Silvia foi estudar logo o circuito de Adelaide agradou aos pilotos de Fórmula 1.

O conhecimento destes princípios de coerência, por parte dos profes-

sores, permite uma nova apreciação dos textos produzidos pelos alunos, garantindo uma melhor correção dos seus trabalhos, evitando encontrar incoerências em textos perfeitamente coerentes, bem como permite a dinamização de estratégias de correção.

Teremos que ter em conta que para um leitor que nada saiba de cen-

trais termo-nucleares nada lhe parecerá mais incoerente do que um tratado técnico sobre centrais termo-nucleares.

No entanto, os leitores quase nunca consideram os textos incoerentes.

Pelo contrário, os receptores dão ao emissor o crédito da coerência, admi-tindo que o emissor terá razões para apresentar os textos daquela maneira.

Assim, o leitor vai esforçar-se na procura de um fio condutor de pen-

samento que conduza a uma estrutura coerente. Tudo isto para dizer que deve existir nos nossos sistemas de pensa-

mento e de linguagem uma espécie de princípio de coerência verbal (com-parável com o princípio de cooperação de Grice8 estipulando que, seja qual for o discurso, ele deve apresentar forçosamente uma coerência própria, uma vez que é concebido por um espírito que não é incoerente por si mesmo.

É justamente tendo isto em conta que devemos ler, avaliar e corrigir os

textos dos nossos alunos.

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Anotações: 1- M. H. Mira Mateus, Gramática da Língua Portuguesa, Ed. Cami-

nho, 19923, p.134; 1- M. H. Mira Mateus, op. cit., pp.134-148; 3- "Méta-regles de cohérence", segundo Charolles, Introduction aux

problèmes de la cohérence des textes, in Langue Française, 1978; 4- "Méta-regle de répétition", segundo Charolles (op. cit.); 5- "Les déficitivisations et les référentiations déictiques contextuelles",

segundo Charolles (op. cit.); 6- Charolles aponta igualmente as contradições enunciativas. No en-

tanto, vamos debruçar-nos apenas sobre as contradições inferen-ciais e pressuposicionais, uma vez que foi sobre este tipo de con-tradições que efetuamos exercícios em situação de prática peda-gógica.

7- Charolles refere inclusivamente a existência de uma "relation de congruence" entre o que é enunciado na sequência textual e o mundo a que essa sequência faz referência;

8- Para um esclarecimento sobre este princípio, ver O. Ducrot, Dire et ne pas dire, Paris, Herman, 1972 e também D. Gordon e G. Lakoff, Postulates de conservation, Langages nº 30, Paris, Didier-Larousse, 1973.

1. Coerência: Produzimos textos porque pretendemos informar, divertir, explicar, con-

vencer, discordar, ordenar, ou seja, o texto é uma unidade de significado produzida sempre com uma determinada intenção. Assim como a frase não é uma simples sucessão de palavras, o texto também não é uma simples sucessão de frases, mas um todo organizado capaz de estabelecer contato com nossos interlocutores, influindo sobre eles. Quando isso ocorre, temos um texto em que há coerência.

A coerência é resultante da não-contradição entre os diversos segmen-

tos textuais que devem estar encadeados logicamente. Cada segmento textual é pressuposto do segmento seguinte, que por sua vez será pressu-posto para o que lhe estender, formando assim uma cadeia em que todos eles estejam concatenados harmonicamente. Quando há quebra nessa concatenação, ou quando um segmento atual está em contradição com um anterior, perde-se a coerência textual.

A coerência é também resultante da adequação do que se diz ao con-

texto extra verbal, ou seja, àquilo o que o texto faz referência, que precisa ser conhecido pelo receptor.

Ao ler uma frase como "No verão passado, quando estivemos na capi-

tal do Ceará Fortaleza, não pudemos aproveitar a praia, pois o frio era tanto que chegou a nevar", percebemos que ela é incoerente em decorrência da incompatibilidade entre um conhecimento prévio que temos da realizada com o que se relata. Sabemos que, considerando uma realidade "normal", em Fortaleza não neva (ainda mais no verão!).

Claro que, inserido numa narrativa ficcional fantástica, o exemplo acima

poderia fazer sentido, dando coerência ao texto - nesse caso, o contexto seria a "anormalidade" e prevaleceria a coerência interna da narrativa.

No caso de apresentar uma inadequação entre o que informa e a reali-

dade "normal" pré-conhecida, para guardar a coerência o texto deve apre-sentar elementos linguísticos instruindo o receptor acerca dessa anormali-dade.

Uma afirmação como "Foi um verdadeiro milagre! O menino caiu do

décimo andar e não sofreu nenhum arranhão." é coerente, na medida que a frase inicial ("Foi um verdadeiro milagre") instrui o leitor para a anormalida-de do fato narrado.

2. Coesão: A redação deve primar, como se sabe, pela clareza, objetividade, coe-

rência e coesão. E a coesão, como o próprio nome diz (coeso significa ligado), é a propriedade que os elementos textuais têm de estar interliga-dos. De um fazer referência ao outro. Do sentido de um depender da rela-ção com o outro. Preste atenção a este texto, observando como as palavras se comunicam, como dependem uma das outras.

SÃO PAULO: OITO PESSOAS MORREM EM QUEDA DE AVIÃO Das Agências Cinco passageiros de uma mesma família, de Maringá, dois tripulantes

e uma mulher que viu o avião cair morreram Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma família e

dois tripulantes, além de uma mulher que teve ataque cardíaco) na queda de um avião (1) bimotor Aero Commander, da empresa J. Caetano, da cidade de Maringá (PR). O avião (1) prefixo PTI-EE caiu sobre quatro sobrados da Rua Andaquara, no bairro de Jardim Marajoara, Zona Sul de São Paulo, por volta das 21h40 de sábado. O impacto (2) ainda atingiu mais três residências.

Estavam no avião (1) o empresário Silvio Name Júnior (4), de 33 anos,

que foi candidato a prefeito de Maringá nas últimas eleições (leia reporta-gem nesta página); o piloto (1) José Traspadini (4), de 64 anos; o co-piloto (1) Geraldo Antônio da Silva Júnior, de 38; o sogro de Name Júnior (4), Márcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Márcio Rocha Ribeiro Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela (6), João Izidoro de Andrade (7), de 53 anos.

Izidoro Andrade (7) é conhecido na região (8) como um dos maiores

compradores de cabeças de gado do Sul (8) do país. Márcio Ribeiro (5) era um dos sócios do Frigorífico Naviraí, empresa proprietária do bimotor (1). Isidoro Andrade (7) havia alugado o avião (1) Rockwell Aero Commander 691, prefixo PTI-EE, para (7) vir a São Paulo assistir ao velório do filho (7) Sérgio Ricardo de Andrade (8), de 32 anos, que (8) morreu ao reagir a um assalto e ser baleado na noite de sexta-feira.

O avião (1) deixou Maringá às 7 horas de sábado e pousou no aeropor-

to de Congonhas às 8h27. Na volta, o bimotor (1) decolou para Maringá às 21h20 e, minutos depois, caiu na altura do número 375 da Rua Andaquara, uma espécie de vila fechada, próxima à avenida Nossa Senhora do Sabará, uma das avenidas mais movimentadas da Zona Sul de São Paulo. Ainda não se conhece as causas do acidente (2). O avião (1) não tinha caixa preta e a torre de controle também não tem informações. O laudo técnico demora no mínimo 60 dias para ser concluído.

Segundo testemunhas, o bimotor (1) já estava em chamas antes de ca-

ir em cima de quatro casas (9). Três pessoas (10) que estavam nas casas (9) atingidas pelo avião (1) ficaram feridas. Elas (10) não sofreram ferimen-tos graves. (10) Apenas escoriações e queimaduras. Elídia Fiorezzi, de 62 anos, Natan Fiorezzi, de 6, e Josana Fiorezzi foram socorridos no Pronto Socorro de Santa Cecília.

Vejamos, por exemplo, o elemento (1), referente ao avião envolvido no

acidente. Ele foi retomado nove vezes durante o texto. Isso é necessário à clareza e à compreensão do texto. A memória do leitor deve ser reavivada a cada instante. Se, por exemplo, o avião fosse citado uma vez no primeiro parágrafo e fosse retomado somente uma vez, no último, talvez a clareza da matéria fosse comprometida.

E como retomar os elementos do texto? Podemos enumerar alguns

mecanismos: a) REPETIÇÃO: o elemento (1) foi repetido diversas vezes durante o

texto. Pode perceber que a palavra avião foi bastante usada, principalmente por ele ter sido o veículo envolvido no acidente, que é a notícia propriamen-te dita. A repetição é um dos principais elementos de coesão do texto jornalístico fatual, que, por sua natureza, deve dispensar a releitura por parte do receptor (o leitor, no caso). A repetição pode ser considerada a mais explícita ferramenta de coesão. Na dissertação cobrada pelos vestibu-lares, obviamente deve ser usada com parcimônia, uma vez que um núme-ro elevado de repetições pode levar o leitor à exaustão.

b) REPETIÇÃO PARCIAL: na retomada de nomes de pessoas, a repe-tição parcial é o mais comum mecanismo coesivo do texto jornalístico. Costuma-se, uma vez citado o nome completo de um entrevistado - ou da vítima de um acidente, como se observa com o elemento (7), na última linha do segundo parágrafo e na primeira linha do terceiro -, repetir somente o(s) seu(s) sobrenome(s). Quando os nomes em questão são de celebrida-des (políticos, artistas, escritores, etc.), é de praxe, durante o texto, utilizar a nominalização por meio da qual são conhecidas pelo público. Exemplos:

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 21

Nedson (para o prefeito de Londrina, Nedson Micheletti); Farage (para o candidato à prefeitura de Londrina em 2000 Farage Khouri); etc. Nomes femininos costumam ser retomados pelo primeiro nome, a não ser nos casos em que o sobrenomes sejam, no contexto da matéria, mais relevan-tes e as identifiquem com mais propriedade.

c) ELIPSE: é a omissão de um termo que pode ser facilmente deduzido pelo contexto da matéria. Veja-se o seguinte exemplo: Estavam no avião (1) o empresário Silvio Name Júnior (4), de 33 anos, que foi candidato a prefeito de Maringá nas últimas eleições; o piloto (1) José Traspadini (4), de 64 anos; o co-piloto (1) Geraldo Antônio da Silva Júnior, de 38. Perceba que não foi necessário repetir-se a palavra avião logo após as palavras piloto e co-piloto. Numa matéria que trata de um acidente de avião, obvia-mente o piloto será de aviões; o leitor não poderia pensar que se tratasse de um piloto de automóveis, por exemplo. No último parágrafo ocorre outro exemplo de elipse: Três pessoas (10) que estavam nas casas (9) atingidas pelo avião (1) ficaram feridas. Elas (10) não sofreram ferimentos graves. (10) Apenas escoriações e queimaduras. Note que o (10) em negrito, antes de Apenas, é uma omissão de um elemento já citado: Três pessoas. Na verdade, foi omitido, ainda, o verbo: (As três pessoas sofreram) Apenas escoriações e queimaduras.

d) SUBSTITUIÇÕES: uma das mais ricas maneiras de se retomar um elemento já citado ou de se referir a outro que ainda vai ser mencionado é a substituição, que é o mecanismo pelo qual se usa uma palavra (ou grupo de palavras) no lugar de outra palavra (ou grupo de palavras). Confira os principais elementos de substituição:

Pronomes: a função gramatical do pronome é justamente substituir ou

acompanhar um nome. Ele pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a ideia contida em um parágrafo ou no texto todo. Na matéria-exemplo, são nítidos alguns casos de substituição pronominal: o sogro de Name Júnior (4), Márcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Márcio Rocha Ribeiro Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela (6), João Izidoro de Andrade (7), de 53 anos. O pronome possessivo seus retoma Name Júnior (os filhos de Name Júnior...); o pronome pessoal ela, contraído com a preposição de na forma dela, retoma Gabriela Gimenes Ribeiro (e o marido de Gabriela...). No último parágrafo, o pronome pessoal elas retoma as três pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avião: Elas (10) não sofreram ferimentos graves.

Epítetos: são palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo

que se referem a um elemento do texto, qualificam-no. Essa qualificação pode ser conhecida ou não pelo leitor. Caso não seja, deve ser introduzida de modo que fique fácil a sua relação com o elemento qualificado.

Exemplos: a) (...) foram elogiadas pelo por Fernando Henrique Cardoso. O pre-

sidente, que voltou há dois dias de Cuba, entregou-lhes um certifi-cado... (o epíteto presidente retoma Fernando Henrique Cardoso; poder-se-ia usar, como exemplo, sociólogo);

b) Edson Arantes de Nascimento gostou do desempenho do Brasil. Para o ex-Ministro dos Esportes, a seleção... (o epíteto ex-Ministro dos Esportes retoma Edson Arantes do Nascimento; poder-se-iam, por exemplo, usar as formas jogador do século, número um do mundo, etc.

Sinônimos ou quase sinônimos: palavras com o mesmo sentido (ou

muito parecido) dos elementos a serem retomados. Exemplo: O prédio foi demolido às 15h. Muitos curiosos se aglomeraram ao redor do edifício, para conferir o espetáculo (edifício retoma prédio. Ambos são sinônimos).

Nomes deverbais: são derivados de verbos e retomam a ação expres-

sa por eles. Servem, ainda, como um resumo dos argumentos já utilizados. Exemplos: Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Higienópolis, como sinal de protesto contra o aumentos dos impostos. A paralisação foi a maneira encontrada... (paralisação, que deriva de parali-sar, retoma a ação de centenas de veículos de paralisar o trânsito da Avenida Higienópolis). O impacto (2) ainda atingiu mais três residências (o nome impacto retoma e resume o acidente de avião noticiado na matéria-exemplo)

Elementos classificadores e categorizadores: referem-se a um elemen-

to (palavra ou grupo de palavras) já mencionado ou não por meio de uma

classe ou categoria a que esse elemento pertença: Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Higienópolis. O protesto foi a maneira encontrada... (protesto retoma toda a ideia anterior - da paralisa-ção -, categorizando-a como um protesto); Quatro cães foram encontrados ao lado do corpo. Ao se aproximarem, os peritos enfrentaram a reação dos animais (animais retoma cães, indicando uma das possíveis classificações que se podem atribuir a eles).

Advérbios: palavras que exprimem circunstâncias, principalmente as de

lugar: Em São Paulo, não houve problemas. Lá, os operários não aderi-ram... (o advérbio de lugar lá retoma São Paulo). Exemplos de advérbios que comumente funcionam como elementos referenciais, isto é, como elementos que se referem a outros do texto: aí, aqui, ali, onde, lá, etc.

Observação: É mais frequente a referência a elementos já citados no

texto. Porém, é muito comum a utilização de palavras e expressões que se refiram a elementos que ainda serão utilizados. Exemplo: Izidoro Andrade (7) é conhecido na região (8) como um dos maiores compradores de cabe-ças de gado do Sul (8) do país. Márcio Ribeiro (5) era um dos sócios do Frigorífico Naviraí, empresa proprietária do bimotor (1). A palavra região serve como elemento classificador de Sul (A palavra Sul indica uma região do país), que só é citada na linha seguinte.

Conexão: Além da constante referência entre palavras do texto, observa-se na

coesão a propriedade de unir termos e orações por meio de conectivos, que são representados, na Gramática, por inúmeras palavras e expressões. A escolha errada desses conectivos pode ocasionar a deturpação do sentido do texto. Abaixo, uma lista dos principais elementos conectivos, agrupados pelo sentido. Baseamo-nos no autor Othon Moacyr Garcia (Comunicação em Prosa Moderna).

Prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de mais nada, antes de

tudo, em princípio, primeiramente, acima de tudo, precipuamente, princi-palmente, primordialmente, sobretudo, a priori (itálico), a posteriori (itálico).

Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterio-

ridade): então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princí-pio, no momento em que, pouco antes, pouco depois, anteriormente, poste-riormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente agora atualmente, hoje, frequentemente, constantemente às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simulta-neamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, nesse hiato, enquanto, quan-do, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, já, mal, nem bem.

Semelhança, comparação, conformidade: igualmente, da mesma for-

ma, assim também, do mesmo modo, similarmente, semelhantemente, analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com, de acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, tanto quanto, como, assim como, como se, bem como.

Condição, hipótese: se, caso, eventualmente. Adição, continuação: além disso, demais, ademais, outrossim, ainda

mais, ainda cima, por outro lado, também, e, nem, não só ... mas também, não só... como também, não apenas ... como também, não só ... bem como, com, ou (quando não for excludente).

Dúvida: talvez provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é pro-

vável, não é certo, se é que. Certeza, ênfase: decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, in-

questionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza. Surpresa, imprevisto: inesperadamente, inopinadamente, de súbito,

subitamente, de repente, imprevistamente, surpreendentemente. Ilustração, esclarecimento: por exemplo, só para ilustrar, só para e-

xemplificar, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, aliás.

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Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, a fim de, com o propósito de, com a finalidade de, com o intuito de, para que, a fim de que, para.

Lugar, proximidade, distância: perto de, próximo a ou de, junto a ou de,

dentro, fora, mais adiante, aqui, além, acolá, lá, ali, este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo, ante, a.

Resumo, recapitulação, conclusão: em suma, em síntese, em conclusão,

enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse modo, logo, pois (entre vírgulas), dessarte, destarte, assim sendo.

Causa e consequência. Explicação: por consequência, por conseguinte,

como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito, tão (tanto, tamanho) ... que, porque, porquanto, pois, já que, uma vez que, visto que, como (= porque), portanto, logo, que (= porque), de tal sorte que, de tal forma que, haja vista.

Contraste, oposição, restrição, ressalva: pelo contrário, em contraste

com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto que, posto, conquanto, se bem que, por mais que, por menos que, só que, ao passo que.

Ideias alternativas: Ou, ou... ou, quer... quer, ora... ora. Níveis De Significado Dos Textos: Significado Implícito E Explícito Observe a seguinte frase: Fiz faculdade, mas aprendi algumas coisas. Nela, o falante transmite duas informações de maneira explícita: a) que ele frequentou um curso superior; b) que ele aprendeu algumas coisas. Ao ligar essas duas informações com um “mas” comunica também de

modo implícito sua critica ao sistema de ensino superior, pois a frase passa a transmitir a ideia de que nas faculdades não se aprende nada.

Um dos aspectos mais intrigantes da leitura de um texto é a verificação

de que ele pode dizer coisas que parece não estar dizendo: além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que ficam suben-tendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto os dados explícitos quanto os implícitos.

Leitor perspicaz é aquele que consegue ler nas entrelinhas. Caso con-

trário, ele pode passar por cima de significados importantes e decisivos ou — o que é pior — pode concordar com coisas que rejeitaria se as perce-besse.

Não é preciso dizer que alguns tipos de texto exploram, com malícia e

com intenções falaciosas, esses aspectos subentendidos e pressupostos. Que são pressupostos? São aquelas ideias não expressas de maneira

explícita, mas que o leitor pode perceber a partir de certas palavras ou expressões contidas na frase.

Assim, quando se diz “O tempo continua chuvoso”, comunica-se de

maneira explícita que no momento da fala o tempo é de chuva, mas, ao mesmo tempo, o verbo “continuar” deixa perceber a informação implícita de que antes o tempo já estava chuvoso.

Na frase “Pedro deixou de fumar” diz-se explicitamente que, no mo-

mento da fala, Pedro não fuma. O verbo “deixar”, todavia, transmite a informação implícita de que Pedro fumava antes.

A informação explícita pode ser questionada pelo ouvinte, que pode ou

não concordar com ela. Os pressupostos, no entanto, têm que ser verdadei-ros ou pelo menos admitidos como verdadeiros, porque é a partir deles que se constróem as informações explícitas. Se o pressuposto é falso, a infor-mação explícita não tem cabimento. No exemplo acima, se Pedro não fumava antes, não tem cabimento afirmar que ele deixou de fumar.

Na leitura e interpretação de um texto, é muito importante detectar os

pressupostos, pois seu uso é um dos recursos argumentativos utilizados

com vistas a levar o ouvinte ou o leitor a aceitar o que está sendo comuni-cado. Ao introduzir uma ideia sob a forma de pressuposto, o falante trans-forma o ou vinte em cúmplice, urna vez que essa ideia não é posta em discussão e todos os argumentos subsequentes só contribuem para confir-má -la.

Por isso pode-se dizer que o pressuposto aprisiona o ouvinte ao siste-

ma de pensamento montado pelo falante. A demonstração disso pode ser encontrada em muitas dessas “verda-

des” incontestáveis postas como base de muitas alegações do discurso político.

Tomemos como exemplo a seguinte frase: Ë preciso construir mísseis nucleares para defender o Ocidente de um

ataque soviético. O conteúdo explícito afirma: — a necessidade da construção de mísseis, — com a finalidade de defesa contra o ataque soviético. O pressuposto, isto é, o dado que não se põe em discussão é: os sovi-

éticos pretendem atacar o Ocidente. Os argumentos contra o que foi informado explicitamente nessa frase

podem ser: — os mísseis não são eficientes para conter o ataque soviético; — uma guerra de mísseis vai destruir o mundo inteiro e não apenas os

soviéticos; — a negociação com os soviéticos é o único meio de dissuadi-los de

um ataque ao Ocidente. Como se pode notar, os argumentos são contrários ao que está dito

explicitamente, mas todos eles confirmam o pressuposto, isto é, todos os argumentos aceitam que os soviéticos pretendem atacar o Ocidente.

A aceitação do pressuposto é o que permite levar à frente o debate. Se

o ouvinte disser que os soviéticos não têm intenção nenhuma de atacar o Ocidente, estará negando o pressuposto lançado pelo falante e então a possibilidade de diálogo fica comprometida irreparavelmente. Qualquer argumento entre os citados não teria nenhuma razão de ser. Isso quer dizer que, com pressupostos distintos, não é possível o diálogo ou não tem ele sentido algum. Pode-se contornar esse problema tornando os pressupostos afirmações explícitas, que então podem ser discutidas.

Os pressupostos são marcados, nas frases, por meio de vários indica-

dores linguísticos, como, por exemplo: a) certos advérbios Os resultados da pesquisa ainda não chegaram até nós. Pressuposto: Os resultados já deviam ter chegado.

ou Os resultados vão chegar mais tarde. b) certos verbos O caso do contrabando tornou-se público. Pressuposto: O caso não era público antes. c) as orações adjetivas Os candidatos a prefeito, que só querem defender seus interesses, não

pensam no povo. Pressuposto: Todos os candidatos a prefeito têm interesses individuais.

Mas a mesma frase poderia ser redigida assim: Os candidatos a prefeito que só querem defender seus interesses não

pensam no povo. No caso, o pressuposto seria outro: Nem todos os candidatos a prefeito

têm interesses individuais. No primeiro caso, a oração é explicativa; no segundo, é restritiva. As

explicativas pressupõem que o que elas expressam refere-se a todos os

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elementos de um dado conjunto; as restritivas, que o que elas dizem con-cerne a parte dos elementos de um dado conjunto.

d) os adjetivos Os partidos radicais acabarão com a democracia no Brasil. Pressuposto: Existem partidos radicais no Brasil. Os subentendidos Os subentendidos são as insinuações escondidas por trás de uma a-

firmação. Quando um transeunte com o cigarro na mão pergunta: Você tem fogo?, acharia muito estranho se você dissesse: Tenho e não lhe acendes-se o cigarro. Na verdade, por trás da pergunta subentende-se: Acenda-me o cigarro por favor.

O subentendido difere do pressuposto num aspecto importante: o pres-

suposto é um dado posto como indiscutível para o falante e para o ouvinte, não é para ser contestado; o subentendido é de responsabilidade do ouvin-te, pois o falante, ao subentender, esconde-se por trás do sentido literal das palavras e pode dizer que não estava querendo dizer o que o ouvinte depreendeu.

O subentendido, muitas vezes, serve para o falante proteger-se diante

de uma informação que quer transmitir para o ouvinte sem se comprometer com ela.

Para entender esse processo de descomprometimento que ocorre com

a manipulação dos subentendidos, imaginemos a seguinte situação: um funcionário público do partido de oposição lamenta, diante dos colegas reunidos em assembleia, que um colega de seção, do partido do governo, além de ter sido agraciado com uma promoção, conseguiu um empréstimo muito favorável do banco estadual, ao passo que ele, com mais tempo de serviço, continuava no mesmo posto e não conseguia o empréstimo solici-tado muito antes que o referido colega.

Mais tarde, tendo sido acusado de estar denunciando favoritismo do

governo para com os seus adeptos, o funcionário reclamante defende-se prontamente, alegando não ter falado em favoritismo e que isso era dedu-ção de quem ouvira o seu discurso.

Na verdade, ele não falou em favoritismo mas deu a entender, deixou

subentendido para não se comprometer com o que disse. Fez a denúncia sem denunciar explicitamente. A frase sugere, mas não diz.

A distinção entre pressupostos e subentendidos em certos casos é

bastante sutil. Não vamos aqui ocupar-nos dessas sutilezas, mas explorar esses conceitos como instrumentos úteis para uma compreensão mais eficiente do texto.

PONTO DE VISTA DO AUTOR

Modos de narrar - na obra Para entender o texto: leitura e redação, de

Platão & Fiorin, o autor afirma que as frases ou os enunciados que lemos ou ouvimos chegam até nós como uma forma pronta e acabada, mas é evidente que esses enunciados não sugiram do nada: eles foram produzi-dos por alguém. Dessa forma, qualquer enunciado – aquilo que foi dito ou escrito – pressupõe alguém que o tenha produzido.

Com base nesses dados: a) aquilo que foi escrito ou dito por alguém chamaremos enunciado;

b) o produtor de enunciado, responsável pela organização do texto, chamaremos narrador.

O narrador não se confunde com o autor do texto ou com o escritor,

tanto é verdade, que o narrador pode ser um personagem, aparecendo nos próprios enunciados.

O autor é uma pessoa de carne e osso; o narrador faz parte do texto, é

quem relata a partir de seu ponto de vista. Pode até mesmo ocorrer que autor e narrador tenham visão de mundo e ideologia completamente opostas entre si. O narrador não revela necessa-riamente as ideias, preferências e os pontos de vista do autor.

Há dois modos básicos de narrar: ou o narrador introduz-se no discur-

so, produzindo-o, então em primeira pessoa, ou ausenta-se dele, criando um discurso em terceira pessoa. Narrar em terceira pessoa ou em primeira pessoa são os dois pontos de vista fundamentais do narrador.

O narrador em terceira pessoa pode assumir duas posições diante do

que narra: 1) Ele conhece tudo, até os pensamentos e sentimentos dos perso-

nagens. Comenta, analisa e critica tudo. É como se pairasse acima dos acontecimentos e tudo visse. É chamado narrador onisciente (que sabe tudo).

2) O narrador também conhece os fatos, mas não invade o interior dos personagens para comentar seu comportamento, intenções e sentimentos. Essa posição cria um efeito de sentido de objetivida-de ou de neutralidade. É como se a história se narrasse sozinha. O narrador pode ser chamado observador.

O narrador em primeira pessoa está presente na narrativa. Pode ser o

personagem principal ou um personagem secundário: 1) Quando é personagem principal, ele não tem acesso aos senti-

mentos, pensamentos e intenções dos outros personagens, mas pode relatar suas percepções, seus sentimentos e pensamentos. É a forma ideal de explorar o interior de um personagem. É o que ocorre em O Ateneu, de Raul Pompeia.

2) Quando o narrador é um personagem secundário, observa de den-tro os acontecimentos. Viveu os fatos relatados, conta o que viu ou ouviu e até mesmo se serve de cartas ou documentos que obteve. Não consegue saber o que se passa na cabeça dos outros. Pode apenas inferir, lançar hipóteses e pode ou não comentar os acon-tecimentos.

O modo de narrar em primeira pessoa cria um efeito de subjetividade

maior que o modo em terceira pessoa. Este produz um efeito de sentido de objetividade, pois o narrador não está envolvido com os acontecimentos.O narrador pode projetar uma imagem do leitor dentro da obra e dialogar com esse “leitor”, prevendo suas reações. Esse leitor instalado no texto não se confunde com o leitor real.

Pressuposição

É o conteúdo que fica à margem da discussão, é o conteúdo implí-cito. Assim, a frase "Pedro parou de fumar" veicula a pressuposição de que Pedro fumava antes; "Pedro passou a trabalhar à noite" contém a pressu-posição de que antes ele trabalhava de dia, mas contém também a pressu-posição de que ele não trabalhava antes, dependendo da ênfase colocada em passar a ou em à noite.

Vale lembrar que, nestes exemplos, a pressuposição é marcada lingüisticamente pela presença dos verbos parar de, passar a. Existem também pressuposições que não apresentam marca lingüística; estes tipos de pressuposição denominam-se inferências.

Inferências

São informações normais que não precisam ser explicitadas no momento da produção do texto; são também chamadas de subentendidos. O exemplo seguinte ajuda a entender esta noção: "Maria foi ao cinema, assistiu ao filme sobre dinossauros e voltou para casa." Lendo esta frase, o ouvinte/leitor recupera os conhecimentos relativos ao ato de ir ao cinema: no cinema existem cadeiras, tela, bilheteria; há uma pessoa que vende bilhetes, outra que os recolhe na entrada; a sala fica escura durante a projeção, etc. Enfim, isto não precisa ser dito explicitamente. Se assim não fosse, que extensão teriam nossos textos para fornecer, sempre que ne-cessário, todas estas informações? Daí a importância das inferências na interação verbal. Se quiséssemos dizer que Maria não conseguiu ver o filme até o final, isto teria que ser explicitado, porque, normalmente, a pessoa vê o filme inteiro.

Implicatura

É um sentido derivado, que atribuímos a um enunciado depois de constatar que seu sentido literal é irrelevante para a situação. Se pergun-tamos: "Qual é a função de Pedro no jornal?" e ouvimos "Pedro é o filho do

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chefe", podemos depreender dessa resposta que Pedro não tem função nenhuma que Pedro não faz nada ou que Pedro não precisa fazer nada.

Nem as implicaturas nem as pressuposições fazem parte do con-teúdo explicitado. A diferença entre elas está no fato de que, com respeito às pressuposições, a estrutura lingüística nos oferece os elementos que permitem depreendê-las; já com as implicaturas isto não acontece -- o suporte lingüístico é menos óbvio e, portanto, elas dependem principalmen-te do conhecimento da situação, compartilhado pelo falante e pelo ouvinte. As pressuposições fazem parte do sentido literal das frases, enquanto as implicaturas são estranhas a ele.

EXERCÍCIOS – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto que se-

gue. No coração do progresso Há séculos a civilização ocidental vem correndo atrás de tudo o que

classifica como progresso. Essa palavra mágica aplica-se tanto à invenção do aeroplano ou à descoberta do DNA como à promoção do papai no novo emprego. “Estou fazendo progressos”, diz a titia, quando enfim acerta a mão numa velha receita. Mas quero chegar logo ao ponto, e convidar o leitor a refletir sobre o sentido dessa palavra, que sempre pareceu abrir todas as portas para uma vida melhor.

Quando, muitos anos atrás, num daqueles documentários de cinema, via-se uma floresta sendo derrubada para dar lugar a algum empreendi-mento, ninguém tinha dúvida em dizer ou pensar: é o progresso. Uma represa monumental era progresso. Cada novo produto químico era um progresso. As coisas não mudaram tanto: continuamos a usar indiscrimina-damente a palavrinha mágica. Mas não deixaram de mudar um pouco: desde que a Ecologia saiu das academias, divulgou-se, popularizou-se e tornou-se, efetivamente, um conjunto de iniciativas em favor da preserva-ção ambiental e da melhoria das condições da vida em nosso pequenino planeta.

Para isso, foi preciso determinar muito bem o sentido de progresso. Do ponto de vista material, considera-se ganho humano apenas aquilo que concorre para equilibrar a ação transformadora do homem sobre a natureza e a integridade da vida natural. Desenvolvimento, sim, mas sustentável: o adjetivo exprime uma condição, para cercear as iniciativas predatórias. Cada novidade tecnológica há de ser investigada quanto a seus efeitos sobre o homem e o meio em que vive. Cada intervenção na natureza há de adequar-se a um planejamento que considere a qualidade e a extensão dos efeitos.

Em suma: já está ocorrendo, há algum tempo, uma avaliação ética e política de todas as formas de progresso que afetam nossa relação com o mundo e, portanto, a qualidade da nossa vida. Não é pouco, mas ainda não é suficiente. Aos cientistas, aos administradores, aos empresários, aos industriais e a todos nós – cidadãos comuns – cabe a tarefa cotidiana de zelarmos por nossas ações que inflectem sobre qualquer aspecto da quali-dade de vida. A tarefa começa em nossa casa, em nossa cozinha e banhei-ro, em nosso quintal e jardim – e se estende à preocupação com a rua, com o bairro, com a cidade.

“Meu coração não é maior do que o mundo”, dizia o poeta. Mas um mundo que merece a atenção do nosso coração e da nossa inteligência é, certamente, melhor do que este em que estamos vivendo.

Não custa interrogar, a cada vez que alguém diz progresso, o sentido preciso – talvez oculto - da palavra mágica empregada. (Alaor Adauto de Mello)

1. Centraliza-se, no texto, uma concepção de progresso, segundo a

qual este deve ser (A)) equacionado como uma forma de equilíbrio entre as atividades

humanas e o respeito ao mundo natural. (B) identificado como aprimoramento tecnológico que resulte em ativida-

de economicamente viável. (C) caracterizado como uma atividade que redunde em maiores lucros

para todos os indivíduos de uma comunidade. (D) definido como um atributo da natureza que induz os homens a apro-

veitarem apenas o que é oferecido em sua forma natural. (E) aceito como um processo civilizatório que implique melhor distribui-

ção de renda entre todos os agentes dos setores produtivos. 2. Considere as seguintes afirmações: I. A banalização do uso da palavra progresso é uma consequência do

fato de que a Ecologia deixou de ser um assunto acadêmico. II. A expressão desenvolvimento sustentável pressupõe que haja for-

mas de desenvolvimento nocivas e predatórias. III. Entende o autor do texto que a magia da palavra progresso advém

do uso consciente e responsável que a maioria das pessoas vem fa-zendo dela.

Em relação ao texto está correto APENAS que se afirma em (A) I. (B)) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 3. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente uma frase do

texto em: (A) Mas quero chegar logo ao ponto = devo me antecipar a qualquer

conclusão. (B) continuamos a usar indiscriminadamente a palavrinha mágica =

seguimos chamando de mágico tudo o que julgamos sem preconcei-to.

(C) para cercear as iniciativas predatórias = para ir ao encontro das ações voluntariosas.

(D) ações que inflectem sobre qualquer aspecto da qualidade da vida = práticas alheias ao que diz respeito às condições de vida.

(E)) há de adequar-se a um planejamento = deve ir ao encontro do que está planificado.

4. Cada intervenção na natureza há de adequar-se a um planejamento

pelo qual se garanta que a qualidade da vida seja preservada. Os tempos e os modos verbais da frase acima continuarão correta-

mente articulados caso se substituam as formas sublinhadas, na or-dem em que surgem, por

(A) houve - garantiria - é (B) haveria - garantiu - teria sido (C) haveria - garantisse - fosse (D) haverá - garantisse - e (E) havia - garantiu - é 5. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na

frase: (A)) Já faz muitos séculos que se vêm atribuindo à palavra progresso

algumas conotações mágicas. (B) Deve-se ao fato de usamos muitas palavras sem conhecer seu

sentido real muitos equívocos ideológicos. (C) Muitas coisas a que associamos o sentido de progresso não chega a

representarem, de fato, qualquer avanço significativo. (D) Se muitas novidades tecnológicas houvesse de ser investigadas a

fundo, veríamos que são irrelevantes para a melhoria da vida. (E) Começam pelas preocupações com nossa casa, com nossa rua, com

nossa cidade a tarefa de zelarmos por uma boa qualidade da vida. 6. Está correto o emprego de ambas as expressões sublinhadas na

frase: (A) De tudo aquilo que classificamos como progresso costumamos

atribuir o sentido de um tipo de ganho ao qual não queremos abrir mão.

(B) É preferível deixar intacta a mata selvagem do que destruí-la em nome de um benefício em que quase ninguém desfrutará.

(C) A titia, cuja a mão enfim acertou numa velha receita, não hesitou em ver como progresso a operação à qual foi bem sucedida.

(D) A precisão da qual se pretende identificar o sentido de uma palavra depende muito do valor de contexto a que lhe atribuímos.

(E)) As inovações tecnológicas de cujo benefício todos se aproveitam representam, efetivamente, o avanço a que se costuma chamar pro-gresso.

7. Considere as seguintes afirmações, relativas a aspectos da constru-

ção ou da expressividade do texto:

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I. No contexto do segundo parágrafo, a forma plural não mudaram tanto atende à concordância com academias.

II. No contexto do terceiro parágrafo, a expressão há de adequar-se exprime um dever imperioso, uma necessidade premente.

III. A expressão Em suma, tal como empregada no quarto parágrafo, anuncia a abertura de uma linha de argumentação ainda inexplorada no texto.

Está correto APENAS o que se afirma em (A) I. (B)) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 8. A palavra progresso frequenta todas as bocas, todas pronunciam a

palavra progresso, todas atribuem a essa palavra sentidos mágicos que elevam essa palavra ao patamar dos nomes miraculosos.

Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

(A)) a pronunciam - lhe atribuem - a elevam (B) a pronunciam - atribuem-na - elevam-na (C) lhe pronunciam - lhe atribuem - elevam-lhe (D) a ela pronunciam - a ela atribuem - lhe elevam (E) pronunciam-na - atribuem-na - a elevam 9. Está clara e correta a redação da seguinte frase: (A) Caso não se determine bem o sentido da palavra progresso, pois que

é usada indiscriminadamente, ainda assim se faria necessário que reflitamos sobre seu verdadeiro sentido.

(B) Ao dizer o poeta que seu coração não é maior do que o mundo, devemos nos inspirar para que se estabeleça entre este e o nosso coração os compromissos que se reflitam numa vida melhor.

(C) Nada é desprezível no espaço do mundo, que não mereça nossa atenção quanto ao fato de que sejamos responsáveis por sua melho-ria, seja o nosso quintal, nossa rua, enfim, onde se esteja.

(D)) Todo desenvolvimento definido como sustentável exige, para fazer jus a esse adjetivo, cuidados especiais com o meio ambiente, para que não venham a ser nocivos seus efeitos imediatos ou futuros.

(E) Tem muita ciência que, se saísse das limitações acadêmicas, acaba-riam por se revelarem mais úteis e mais populares, em vista da Eco-logia, cujas consequências se sente mesmo no âmbito da vida práti-ca.

10. Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período: (A) Toda vez que é pronunciada, a palavra progresso, parece abrir a

porta para um mundo, mágico de prosperidade garantida. (B)) Por mínimas que pareçam, há providências inadiáveis, ações apa-

rentemente irrisórias, cuja execução cotidiana é, no entanto, impor-tantíssima.

(C) O prestígio da palavra progresso, deve-se em grande parte ao modo irrefletido, com que usamos e abusamos, dessa palavrinha mágica.

(D) Ainda que traga muitos benefícios, a construção de enormes repre-sas, costuma trazer também uma série de consequências ambientais que, nem sempre, foram avaliadas.

(E) Não há dúvida, de que o autor do texto aderiu a teses ambientalistas segundo as quais, o conceito de progresso está sujeito a uma per-manente avaliação.

Leia o texto a seguir para responder às questões de números 11 a 24. De um lado estão os prejuízos e a restrição de direitos causados pelos

protestos que param as ruas de São Paulo. De outro está o direito à livre manifestação, assegurado pela Carta de 1988. Como não há fórmula perfeita de arbitrar esse choque entre garantias democráticas fundamen-tais, cabe lançar mão de medidas pontuais – e sobretudo de bom senso.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estima em R$ 3 milhões o custo para a população dos protestos ocorridos nos últimos três anos na capital paulista. O cálculo leva em conta o combustível consumido e as horas perdidas de trabalho durante os engarrafamentos causados por protestos. Os carros enfileirados por conta de manifestações nesses três anos praticamente cobririam os 231 km que separam São Paulo de São Carlos.

A Justiça é o meio mais promissor, em longo prazo, para desestimular os protestos abusivos que param o trânsito nos horários mais inconvenien-tes e acarretam variados transtornos a milhões de pessoas. É adequada a atitude da CET de enviar sistematicamente ao Ministério Público relatórios com os prejuízos causados em cada manifestação feita fora de horários e locais sugeridos pela agência ou sem comunicação prévia.

Com base num documento da CET, por exemplo, a Procuradoria acio-nou um líder de sindicato, o qual foi condenado em primeira instância a pagar R$ 3,3 milhões aos cofres públicos, a título de reparação. O direito à livre manifestação está previsto na Constituição. No entanto, tal direito não anula a responsabilização civil e criminal em caso de danos provocados pelos protestos.

O poder público deveria definir, de preferência em negociação com as categorias que costumam realizar protestos na capital, horários e locais vedados às passeatas. Práticas corriqueiras, como a paralisia de avenidas essenciais para o tráfego na capital nos horários de maior fluxo, deveriam ser abolidas.

(Folha de S.Paulo, 29.09.07. Adaptado)

11. De acordo com o texto, é correto afirmar que (A) a Companhia de Engenharia de Tráfego não sabe mensurar o custo

dos protestos ocorridos nos últimos anos. (B) os prejuízos da ordem de R$ 3 milhões em razão dos engarrafamen-

tos já foram pagos pelos manifestantes. (C) os protestos de rua fazem parte de uma sociedade democrática e

são permitidos pela Carta de 1988. (D) após a multa, os líderes de sindicato resolveram organizar protestos

de rua em horários e locais predeterminados. (E) o Ministério Público envia com frequência estudos sobre os custos

das manifestações feitas de forma abusiva. 12. No primeiro parágrafo, afirma-se que não há fórmula perfeita para

solucionar o conflito entre manifestantes e os prejuízos causados ao restante da população. A saída estaria principalmente na

(A) sensatez. (B) Carta de 1998. (C) Justiça. (D) Companhia de Engenharia de Tráfego. (E) na adoção de medidas amplas e profundas. 13. De acordo com o segundo parágrafo do texto, os protestos que

param as ruas de São Paulo representam um custo para a população da cidade. O cálculo desses custos é feito a partir

(A) das multas aplicadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

(B) dos gastos de combustível e das horas de trabalho desperdiçadas em engarrafamentos.

(C) da distância a ser percorrida entre as cidades de São Paulo e São Carlos.

(D) da quantidade de carros existentes entre a capital de São Paulo e São Carlos.

(E) do número de usuários de automóveis particulares da cidade de São Paulo.

14. A quantidade de carros parados nos engarrafamentos, em razão das

manifestações na cidade de São Paulo nos últimos três anos, é equi-parada, no texto,

(A) a R$ 3,3 milhões. (B) ao total de usuários da cidade de São Carlos. (C) ao total de usuários da cidade de São Paulo. (D) ao total de combustível economizado. (E) a uma distância de 231 km. 15. No terceiro parágrafo, a respeito do poder da Justiça em coibir os

protestos abusivos, o texto assume um posicionamento de (A) indiferença, porque diz que a decisão não cabe à Justiça. (B) entusiasmo, porque acredita que o órgão já tem poder para impedir

protestos abusivos. (C) decepção, porque não vê nenhum exemplo concreto do órgão para

impedir protestos em horários de pico. (D) confiança, porque acredita que, no futuro, será uma forma bem-

sucedida de desestimular protestos abusivos.

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 26

(E) satisfação, porque cita casos em que a Justiça já teve êxito em impedir protestos em horários inconvenientes e em avenidas movi-mentadas.

16. De acordo com o texto, a atitude da Companhia de Engenharia de

Tráfego de enviar periodicamente relatórios sobre os prejuízos cau-sados em cada manifestação é

(A) pertinente. (B) indiferente. (C) irrelevante. (D) onerosa. (E) inofensiva. 17. No quarto parágrafo, o fato de a Procuradoria condenar um líder

sindical (A) é ilegal e fere os preceitos da Carta de 1998. (B) deve ser comemorada, ainda que viole a Constituição. (C) é legal, porque o direito à livre manifestação não isenta o manifestan-

te da responsabilidade pelos danos causados. (D) é nula, porque, segundo o direito à livre manifestação, o acusado

poderá entrar com recurso. (E) é inédita, porque, pela primeira vez, apesar dos direitos assegurados,

um manifestante será punido. 18. Dentre as soluções apontadas, no último parágrafo, para resolver o

conflito, destaca-se (A) multa a líderes sindicais. (B) fiscalização mais rígida por parte da Companhia de Engenharia de

Tráfego. (C) o fim dos protestos em qualquer via pública. (D) fixar horários e locais proibidos para os protestos de rua. (E) negociar com diferentes categorias para que não façam mais mani-

festações. 19. No trecho – É adequada a atitude da CET de enviar relatórios –,

substituindo-se o termo atitude por comportamentos, obtém-se, de acordo com as regras gramaticais, a seguinte frase:

(A) É adequada comportamentos da CET de enviar relatórios. (B) É adequado comportamentos da CET de enviar relatórios. (C) São adequado os comportamentos da CET de enviar relatórios. (D) São adequadas os comportamentos da CET de enviar relatórios. (E) São adequados os comportamentos da CET de enviar relatórios. 20. No trecho – No entanto, tal direito não anula a responsabilização civil

e criminal em caso de danos provocados pelos protestos –, a locução conjuntiva no entanto indica uma relação de

(A) causa e efeito. (B) oposição. (C) comparação. (D) condição. (E) explicação. 21. “Não há fórmula perfeita de arbitrar esse choque.” Nessa frase, a

palavra arbitrar é um sinônimo de (A) julgar. (B) almejar. (C) condenar. (D) corroborar. (E) descriminar. 22. No trecho – A Justiça é o meio mais promissor para desestimular os

protestos abusivos – a preposição para estabelece entre os termos uma relação de

(A) tempo. (B) posse. (C) causa. (D) origem. (E) finalidade. 23. Na frase – O poder público deveria definir horários e locais –, substi-

tuindo-se o verbo definir por obedecer, obtém-se, segundo as regras de regência verbal, a seguinte frase:

(A) O poder público deveria obedecer para horários e locais. (B) O poder público deveria obedecer a horários e locais. (C) O poder público deveria obedecer horários e locais. (D) O poder público deveria obedecer com horários e locais. (E) O poder público deveria obedecer os horários e locais. 24. Transpondo para a voz passiva a frase – A Procuradoria acionou um

líder de sindicato – obtém-se: (A) Um líder de sindicato foi acionado pela Procuradoria. (B) Acionaram um líder de sindicato pela Procuradoria. (C) Acionaram-se um líder de sindicato pela Procuradoria. (D) Um líder de sindicato será acionado pela Procuradoria. (E) A Procuradoria foi acionada por um líder de sindicato. Leia o texto para responder às questões de números 25 a 34.

DIPLOMA E MONOPÓLIO Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de direito e medi-

cina no Brasil. É embaraçoso verificar que ainda não foram resolvidos os enguiços entre diplomas e carreiras. Falta-nos descobrir que a concorrência (sob um bom marco regulatório) promove o interesse da sociedade e que o monopólio só é bom para quem o detém. Não fora essa ignorância, como explicar a avalanche de leis que protegem monopólios espúrios para o exercício profissional?

Desde a criação dos primeiros cursos de direito, os graduados apenas

ocasionalmente exercem a profissão. Em sua maioria, sempre ocuparam postos de destaque na política e no mundo dos negócios. Nos dias de hoje, nem 20% advogam.

Mas continua havendo boas razões para estudar direito, pois esse é

um curso no qual se exercita lógica rigorosa, se lê e se escreve bastante. Torna os graduados mais cultos e socialmente mais produtivos do que se não houvessem feito o curso. Se aprendem pouco, paciência, a culpa é mais da fragilidade do ensino básico do que das faculdades. Diante dessa polivalência do curso de direito, os exames da OAB são uma solução brilhante. Aqueles que defenderão clientes nos tribunais devem demonstrar nessa prova um mínimo de conhecimento. Mas, como os cursos são tam-bém úteis para quem não fez o exame da Ordem ou não foi bem sucedido na prova, abrir ou fechar cursos de “formação geral” é assunto do MEC, não da OAB. A interferência das corporações não passa de uma prática monopolista e ilegal em outros ramos da economia. Questionamos também se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas, pois essa é também uma forma de limitar a concor-rência – mas trata-se aí de uma questão secundária. (...)

(Veja, 07.03.2007. Adaptado)

25. Assinale a alternativa que reescreve, com correção gramatical, as frases: Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de direi-to e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não foram resolvidos os enguiços entre diplomas e carreiras.

(A) Faz quase dois séculos que se fundou escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveu os en-guiços entre diplomas e carreiras.

(B) Faz quase dois séculos que se fundava escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveram os enguiços entre diplomas e carreiras.

(C) Faz quase dois séculos que se fundaria escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveu os en-guiços entre diplomas e carreiras.

(D) Faz quase dois séculos que se fundara escolas de direito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolvera os en-guiços entre diplomas e carreiras.

(E) Faz quase dois séculos que se fundaram escolas de direito e medici-na no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveram os enguiços entre diplomas e carreiras.

26. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, de

acordo com a norma culta, as frases: O monopólio só é bom para aqueles que ____________. / Nos dias de hoje, nem 20% advogam, e apenas 1% ____________. / Em sua maioria, os advogados sem-pre ____________.

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 27

(A) o retêem / obtem sucesso / se apropriaram os postos de destaque na política e no mundo dos negócios

(B) o retém / obtém sucesso / se apropriaram aos postos de destaque na política e no mundo dos negócios

(C) o retém / obtêem sucesso / se apropriaram os postos de destaque na política e no mundo dos negócios

(D) o retêm / obtém sucesso / sempre se apropriaram de postos de destaque na política e no mundo dos negócios

(E) o retem / obtêem sucesso / se apropriaram de postos de destaque na política e no mundo dos negócios

27. Assinale a alternativa em que se repete o tipo de oração introduzida

pela conjunção se, empregado na frase – Questionamos também se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas, ...

(A) A sociedade não chega a saber se os advogados são muito corpora-tivos.

(B) Se os advogados aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do ensino básico.

(C) O advogado afirma que se trata de uma questão secundária. (D) É um curso no qual se exercita lógica rigorosa. (E) No curso de direito, lê-se bastante. 28. Assinale a alternativa em que se admite a concordância verbal tanto

no singular como no plural como em: A maioria dos advogados ocu-pam postos de destaque na política e no mundo dos negócios.

(A) Como o direito, a medicina é uma carreira estritamente profissional. (B) Os Estados Unidos e a Alemanha não oferecem cursos de adminis-

tração em nível de bacharelado. (C) Metade dos cursos superiores carecem de boa qualificação. (D) As melhores universidades do país abastecem o mercado de traba-

lho com bons profissionais. (E) A abertura de novos cursos tem de ser controlada por órgãos oficiais. 29. Assinale a alternativa que apresenta correta correlação de tempo

verbal entre as orações. (A) Se os advogados demonstrarem um mínimo de conhecimento,

poderiam defender bem seus clientes. (B) Embora tivessem cursado uma faculdade, não se desenvolveram

intelectualmente. (C) É possível que os novos cursos passam a ter fiscalização mais

severa. (D) Se não fosse tanto desconhecimento, o desempenho poderá ser

melhor. (E) Seria desejável que os enguiços entre diplomas e carreiras se resol-

vem brevemente. 30. A substituição das expressões em destaque por um pronome pessoal

está correta, nas duas frases, de acordo com a norma culta, em: (A) I. A concorrência promove o interesse da sociedade. / A concorrência

promove-o. II. Aqueles que defenderão clientes. / Aqueles que lhes defenderão.

(B) I. O governo fundou escolas de direito e de medicina. / O governo fundou elas. II. Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. / Os graduados apenas ocasionalmente exercem-la.

(C) I. Torna os graduados mais cultos. / Torna-os mais cultos. II. É preciso mencionar os cursos de administração. / É preciso mencio-nar-lhes.

(D) I. Os advogados devem demonstrar muitos conhecimentos. Os advogados devem demonstrá-los. II. As associações mostram à so-ciedade o seu papel. / As associações mostram-lhe o seu papel.

(E) I. As leis protegem os monopólios espúrios. / As leis protegem-os. II. As corporações deviam fiscalizar a prática profissional. / As corpora-ções deviam fiscalizá-la.

31. Assinale a alternativa em que as palavras em destaque exercem,

respectivamente, a mesma função sintática das expressões assinala-das em: Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão.

(A) Se aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do ensino básico. (B) A interferência das corporações não passa de uma prática monopolista. (C) Abrir e fechar cursos de “formação geral” é assunto do MEC. (D) O estudante de direito exercita preferencialmente uma lógica rigorosa.

(E) Boas razões existirão sempre para o advogado buscar conhecimento. 32. Assinale a alternativa que reescreve a frase de acordo com a norma

culta. (A) Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. / Os

graduados apenas ocasionalmente se dedicam a profissão. (B) Os advogados devem demonstrar nessa prova um mínimo de conhe-

cimento. / Os advogados devem primar nessa prova por um mínimo de conhecimento.

(C) Ele não fez o exame da OAB. / Ele não procedeu o exame da OAB. (D) As corporações deviam promover o interesse da sociedade. / As

corporações deviam almejar do interesse da sociedade. (E) Essa é uma forma de limitar a concorrência. / Essa é uma forma de

restringir à concorrência. 33. Assinale a alternativa em que o período formado com as frases I, II e

III estabelece as relações de condição entre I e II e de adição entre I e III.

I. O advogado é aprovado na OAB. II. O advogado raciocina com lógica. III. O advogado defende o cliente no tribunal. (A) Se o advogado raciocinar com lógica, ele será aprovado na OAB e

defenderá o cliente no tribunal com sucesso. (B) O advogado defenderá o cliente no tribunal com sucesso, mas terá

de raciocinar com lógica e ser aprovado na OAB. (C) Como raciocinou com lógica, o advogado será aprovado na OAB e

defenderá o cliente no tribunal com sucesso. (D) O advogado defenderá o cliente no tribunal com sucesso porque

raciocinou com lógica e foi aprovado na OAB. (E) Uma vez que o advogado raciocinou com lógica e foi aprovado na

OAB, ele poderá defender o cliente no tribunal com sucesso. 34. Na frase – Se aprendem pouco, paciência, a culpa é mais da fragili-

dade do ensino básico do que das faculdades. – a palavra paciência vem entre vírgulas para, no contexto,

(A) garantir a atenção do leitor. (B) separar o sujeito do predicado. (C) intercalar uma reflexão do autor. (D) corrigir uma afirmação indevida. (E) retificar a ordem dos termos.

Atenção: As questões de números 35 a 42 referem-se ao texto abaixo.

SOBRE ÉTICA A palavra Ética é empregada nos meios acadêmicos em três acepções.

Numa, faz-se referência a teorias que têm como objeto de estudo o com-portamento moral, ou seja, como entende Adolfo Sanchez Vasquez, “a teoria que pretende explicar a natureza, fundamentos e condições da moral, relacionando-a com necessidades sociais humanas.” Teríamos, assim, nessa acepção, o entendimento de que o fenômeno moral pode ser estu-dado racional e cientificamente por uma disciplina que se propõe a descre-ver as normas morais ou mesmo, com o auxílio de outras ciências, ser capaz de explicar valorações comportamentais.

Um segundo emprego dessa palavra é considerá-la uma categoria filo-

sófica e mesmo parte da Filosofia, da qual se constituiria em núcleo espe-culativo e reflexivo sobre a complexa fenomenologia da moral na convivên-cia humana. A Ética, como parte da Filosofia, teria por objeto refletir sobre os fundamentos da moral na busca de explicação dos fatos morais.

Numa terceira acepção, a Ética já não é entendida como objeto descri-

tível de uma Ciência, tampouco como fenômeno especulativo. Trata-se agora da conduta esperada pela aplicação de regras morais no comporta-mento social, o que se pode resumir como qualificação do comportamento do homem como ser em situação. É esse caráter normativo de Ética que a colocará em íntima conexão com o Direito. Nesta visão, os valores morais dariam o balizamento do agir e a Ética seria assim a moral em realização, pelo reconhecimento do outro como ser de direito, especialmente de digni-dade. Como se vê, a compreensão do fenômeno Ética não mais surgiria metodologicamente dos resultados de uma descrição ou reflexão, mas sim, objetivamente, de um agir, de um comportamento consequencial, capaz de tornar possível e correta a convivência. (Adaptado do site Doutrina Jus

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 28

Navigandi) 35. As diferentes acepções de Ética devem-se, conforme se depreende

da leitura do texto, (A) aos usos informais que o senso comum faz desse termo. (B) às considerações sobre a etimologia dessa palavra. (C) aos métodos com que as ciências sociais a analisam. (D) às íntimas conexões que ela mantém com o Direito. (E) às perspectivas em que é considerada pelos acadêmicos. 36. A concepção de ética atribuída a Adolfo Sanchez Vasquez é retoma-

da na seguinte expressão do texto: (A) núcleo especulativo e reflexivo. (B) objeto descritível de uma Ciência. (C) explicação dos fatos morais. (D) parte da Filosofia. (E) comportamento consequencial. 37. No texto, a terceira acepção da palavra ética deve ser entendida

como aquela em que se considera, sobretudo, (A) o valor desejável da ação humana. (B) o fundamento filosófico da moral. (C) o rigor do método de análise. (D) a lucidez de quem investiga o fato moral. (E) o rigoroso legado da jurisprudência. 38. Dá-se uma íntima conexão entre a Ética e o Direito quando ambos

revelam, em relação aos valores morais da conduta, uma preocupa-ção

(A) filosófica. (B) descritiva. (C) prescritiva. (D) contestatária. (E) tradicionalista. 39. Considerando-se o contexto do último parágrafo, o elemento subli-

nhado pode ser corretamente substituído pelo que está entre parên-teses, sem prejuízo para o sentido, no seguinte caso:

(A) (...) a colocará em íntima conexão com o Direito. (inclusão) (B) (...) os valores morais dariam o balizamento do agir (...) (arremate) (C) (...) qualificação do comportamento do homem como ser em situa-

ção. (provisório) (D) (...) nem tampouco como fenômeno especulativo. (nem, ainda) (E) (...) de um agir, de um comportamento consequencial... (concessivo) 40. As normas de concordância estão plenamente observadas na frase: (A) Costumam-se especular, nos meios acadêmicos, em torno de três

acepções de Ética. (B) As referências que se faz à natureza da ética consideram-na, com

muita frequência, associada aos valores morais. (C) Não coubessem aos juristas aproximar-se da ética, as leis deixariam

de ter a dignidade humana como balizamento. (D) Não derivam das teorias, mas das práticas humanas, o efetivo valor

de que se impregna a conduta dos indivíduos. (E) Convém aos filósofos e juristas, quaisquer que sejam as circunstân-

cias, atentar para a observância dos valores éticos. 41. Está clara, correta e coerente a redação do seguinte comentário

sobre o texto: (A) Dentre as três acepções de Ética que se menciona no texto, uma

apenas diz respeito à uma área em que conflui com o Direito. (B) O balizamento da conduta humana é uma atividade em que, cada um

em seu campo, se empenham o jurista e o filósofo. (C) Costuma ocorrer muitas vezes não ser fácil distinguir Ética ou Moral,

haja vista que tanto uma quanto outra pretendem ajuizar à situação do homem.

(D) Ainda que se torne por consenso um valor do comportamento huma-no, a Ética varia conforme a perspectiva de atribuição do mesmo.

(E) Os saberes humanos aplicados, do conhecimento da Ética, costu-mam apresentar divergências de enfoques, em que pese a metodo-logia usada.

42. Transpondo-se para a voz passiva a frase Nesta visão, os valores morais dariam o balizamento do agir, a forma verbal resultante deve-rá ser:

(A) seria dado. (B) teriam dado. (C) seriam dados. (D) teriam sido dados. (E) fora dado.

Atenção: As questões de números 43 a 48 referem-se ao texto abaixo.

O HOMEM MORAL E O MORALIZADOR Depois de um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas, esta-

mos certos disto: o moralizador e o homem moral são figuras diferentes, se não opostas. O homem moral se impõe padrões de conduta e tenta respei-tá-los; o moralizador quer impor ferozmente aos outros os padrões que ele não consegue respeitar.

A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes. Primeiro, o moralizador é um homem moral falido: se soubesse respei-

tar o padrão moral que ele impõe, ele não precisaria punir suas imperfei-ções nos outros. Segundo, é possível e compreensível que um homem moral tenha um espírito missionário: ele pode agir para levar os outros a adotar um padrão parecido com o seu. Mas a imposição forçada de um padrão moral não é nunca o ato de um homem moral, é sempre o ato de um moralizador. Em geral, as sociedades em que as normas morais ga-nham força de lei (os Estados confessionais, por exemplo) não são regra-das por uma moral comum, nem pelas aspirações de poucos e escolhidos homens exemplares,mas por moralizadores que tentam remir suas próprias falhas morais pela brutalidade do controle que eles exercem sobre os outros. A pior barbárie do mundo é isto: um mundo em que todos pagam pelos pecados de hipócritas que não se aguentam. (Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 20/03/2008)

43. Atente para as afirmações abaixo. I. Diferentemente do homem moral, o homem moralizador não se

preocupa com os padrões morais de conduta. II. Pelo fato de impor a si mesmo um rígido padrão de conduta, o ho-

mem moral acaba por impô-lo à conduta alheia. III. O moralizador, hipocritamente, age como se de fato respeitasse os

padrões de conduta que ele cobra dos outros. Em relação ao texto, é correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 44. No contexto do primeiro parágrafo, a afirmação de que já decorreu

um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas indica um fator determinante para que

(A) concluamos que o homem moderno já não dispõe de rigorosos padrões morais para avaliar sua conduta.

(B) consideremos cada vez mais difícil a discriminação entre o homem moral e o homem moralizador.

(C) reconheçamos como bastante remota a possibilidade de se caracte-rizar um homem moralizador.

(D) identifiquemos divergências profundas entre o comportamento de um homem moral e o de um moralizador.

(E) divisemos as contradições internas que costumam ocorrer nas atitu-des tomadas pelo homem moral.

45. O autor do texto refere-se aos Estados confessionais para exemplifi-

car uma sociedade na qual (A) normas morais não têm qualquer peso na conduta dos cidadãos. (B) hipócritas exercem rigoroso controle sobre a conduta de todos. (C) a fé religiosa é decisiva para o respeito aos valores de uma moral

comum. (D) a situação de barbárie impede a formulação de qualquer regra moral. (E) eventuais falhas de conduta são atribuídas à fraqueza das leis. 46. Na frase A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes, o

sentido da expressão sublinhada está corretamente traduzido em: (A) significativos desdobramentos dela.

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(B) determinados antecedentes dela. (C) reconhecidos fatores que a causam. (D) consequentes aspectos que a relativizam. (E) valores comuns que ela propicia. 47. Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na

frase: (A) Se o moralizador vier a respeitar o padrão moral que ele impusera, já

não podia ser considerado um hipócrita. (B) Os moralizadores sempre haveriam de desrespeitar os valores

morais que eles imporão aos outros. (C) A pior barbárie terá sido aquela em que o rigor dos hipócritas servis-

se de controle dos demais cidadãos. (D) Desde que haja a imposição forçada de um padrão moral, caracteri-

zava-se um ato típico do moralizador. (E) Não é justo que os hipócritas sempre venham a impor padrões

morais que eles próprios não respeitam. 48. Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na

frase: (A) O moralizador está carregado de imperfeições de que ele não cos-

tuma acusar em si mesmo. (B) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo o padrão moral

ele não costuma impingir na dos outros. (C) Os pecados aos quais insiste reincidir o moralizador são os mesmos

em que ele acusa seus semelhantes. (D) Respeitar um padrão moral das ações é uma qualidade da qual não

abrem mão os homens a quem não se pode acusar de hipócritas. (E) Quando um moralizador julga os outros segundo um padrão moral de

cujo ele próprio não respeita, demonstra toda a hipocrisia em que é capaz.

Atenção: As questões de números 49 a 54 referem-se ao texto abaixo.

FIM DE FEIRA Quando os feirantes já se dispõem a desarmar as barracas, começam

a chegar os que querem pagar pouco pelo que restou nas bancadas, ou mesmo nada, pelo que ameaça estragar. Chegam com suas sacolas cheias de esperança. Alguns não perdem tempo e passam a recolher o que está pelo chão: um mamãozinho amolecido, umas folhas de couve amarelas, a metade de um abacaxi, que serviu de chamariz para os fregueses compra-dores. Há uns que se aventuram até mesmo nas cercanias da barraca de pescados, onde pode haver alguma suspeita sardinha oculta entre jornais, ou uma ponta de cação obviamente desprezada.

Há feirantes que facilitam o trabalho dessas pessoas: oferecem-lhes o que, de qualquer modo, eles iriam jogar fora.

Mas outros parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos refu-gos, e chegam a recolhê-los para não os verem coletados. Agem para salvaguardar não o lucro possível, mas o princípio mesmo do comércio. Parecem temer que a fome seja debelada sem que alguém pague por isso. E não admitem ser acusados de egoístas: somos comerciantes, não assis-tentes sociais, alegam.

Finda a feira, esvaziada a rua, chega o caminhão da limpeza e os fun-

cionários da prefeitura varrem e lavam tudo, entre risos e gritos. O trânsito é liberado, os carros atravancam a rua e, não fosse o persistente cheiro de peixe, a ninguém ocorreria que ali houve uma feira, frequentada por tão diversas espécies de seres humanos. (Joel Rubinato, inédito)

49. Nas frases parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos

refugos e não admitem ser acusados de egoístas, o narrador do texto (A) mostra-se imparcial diante de atitudes opostas dos feirantes. (B) revela uma perspectiva crítica diante da atitude de certos feirantes. (C) demonstra não reconhecer qualquer proveito nesse tipo de coleta. (D) assume-se como um cronista a quem não cabe emitir julgamentos. (E) insinua sua indignação contra o lucro excessivo dos feirantes. 50. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um

segmento do texto em: (A) serviu de chamariz (B) alguma suspeita sardinha inha. (C) teimoso aproveitamento

(D) o princípio mesmo do comércio rcial. (E) Agem para salvaguardar itir. 51. Atente para as afirmações abaixo. I. Os riscos do consumo de uma sardinha suspeita ou da ponta de um

cação que foi desprezada justificam o emprego de se aventuram, no primeiro parágrafo.

II. O emprego de alegam, no segundo parágrafo, deixa entrever que o autor não compactua com a justificativa dos feirantes.

III. No último parágrafo, o autor faz ver que o fim da feira traz a supera-ção de tudo o que determina a existência de diversas espécies de seres humanos.

Em relação ao texto, é correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 52. Está INCORRETA a seguinte afirmação sobre um recurso de cons-

trução do texto: no contexto do (A) primeiro parágrafo, a forma ou mesmo nada faz subentender a

expressão verbal querem pagar. (B) primeiro parágrafo, a expressão fregueses compradores faz suben-

tender a existência de “fregueses” que não compram nada. (C) segundo parágrafo, a expressão de qualquer modo está empregada

com o sentido de de toda maneira. (D) segundo parágrafo, a expressão para salvaguardar está empregada

com o sentido de a fim de resguardar. (E) terceiro parágrafo, a expressão não fosse tem sentido equivalente ao

de mesmo não sendo. 53. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no plural para

preencher de modo correto a lacuna da frase: (A) Frutas e verduras, mesmo quando desprezadas, não ...... (deixar) de

as recolher quem não pode pagar pelas boas e bonitas. (B) ......-se (dever) aos ruidosos funcionários da limpeza pública a provi-

dência que fará esquecer que ali funcionou uma feira. (C) Não ...... (aludir) aos feirantes mais generosos, que oferecem as

sobras de seus produtos, a observação do autor sobre o egoísmo humano.

(D) A pouca gente ...... (deixar) de sensibilizar os penosos detalhes da coleta, a que o narrador deu ênfase em seu texto.

(E) Não ...... (caber) aos leitores, por força do texto, criticar o lucro razo-ável de alguns feirantes, mas sim, a inaceitável impiedade de outros.

54. A supressão da vírgula altera o sentido da seguinte frase: (A) Fica-se indignado com os feirantes, que não compreendem a carên-

cia dos mais pobres. (B) No texto, ocorre uma descrição o mais fiel possível da tradicional

coleta de um fim de feira. (C) A todo momento, dá-se o triste espetáculo de pobreza centralizado

nessa narrativa. (D) Certamente, o leitor não deixará de observar a preocupação do autor

em distinguir os diferentes caracteres humanos. (E) Em qualquer lugar onde ocorra uma feira, ocorrerá também a humil-

de coleta de que trata a crônica. RESPOSTAS

01. A 02. B 03. E 04. C 05. A 06. E 07. B 08. A 09. D 10. B

11. C 12. A 13. B 14. E 15. D 16. A 17. C 18. D 19. E 20. B

21. A 22. E 23. B 24. A 25. E 26. D 27. A 28. C 29. B 30. D

31. E 32. B 33. A 34. C 35. E 36. B 37. A 38. C 39. D 40. E

41. B 42. A 43. C 44. D 45. B 46. A 47. E 48. D 49. B 50. C

51. D 52. E 53. D 54. A

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 30

CONHECIMENTO DA LÍNGUA PORTUGUESA (LIN-GUAGEM FORMAL): ORTOGRAFIA, ACENTUAÇÃO, OCORRÊNCIA DE CRASE. CONCORDÂNCIA NOMI-NAL, CONCORDÂNCIA VERBAL, COLOCAÇÃO DE

PRONOMES. PONTUAÇÃO

FONÉTICA E FONOLOGIA

Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fo-

nemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os quais caracterizam a oposição entre os vocábulos.

Ex.: em pato e bato é o som inicial das consoantes p- e b- que opõe entre

si as duas palavras. Tal som recebe a denominação de FONEMA. Quando proferimos a palavra aflito, por exemplo, emitimos três sílabas e

seis fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa sílaba pode haver um ou mais fonemas.

No sistema fonética do português do Brasil há, aproximadamente, 33 fo-nemas.

É importante não confundir letra com fonema. Fonema é som, letra é o

sinal gráfico que representa o som. Vejamos alguns exemplos: Manhã – 5 letras e quatro fonemas: m / a / nh / ã Táxi – 4 letras e 5 fonemas: t / a / k / s / i Corre – letras: 5: fonemas: 4 Hora – letras: 4: fonemas: 3 Aquela – letras: 6: fonemas: 5 Guerra – letras: 6: fonemas: 4 Fixo – letras: 4: fonemas: 5 Hoje – 4 letras e 3 fonemas Canto – 5 letras e 4 fonemas Tempo – 5 letras e 4 fonemas Campo – 5 letras e 4 fonemas Chuva – 5 letras e 4 fonemas LETRA - é a representação gráfica, a representação escrita, de um

determinado som.

CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS

VOGAIS SEMIVOGAIS Só há duas semivogais: i e u, quando se incorporam à vogal numa

mesma sílaba da palavra, formando um ditongo ou tritongo. Exs.: cai-ça-ra, te-sou-ro, Pa-ra-guai.

CONSOANTES ENCONTROS VOCÁLICOS A sequência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de

encontro vocálico. Ex.: cooperativa Três são os encontros vocálicos: ditongo, tritongo, hiato DITONGO É a combinação de uma vogal + uma semivogal ou vice-versa. Dividem-se em: - orais: pai, fui - nasais: mãe, bem, pão - decrescentes: (vogal + semivogal) – meu, riu, dói - crescentes: (semivogal + vogal) – pátria, vácuo

TRITONGO (semivogal + vogal + semivogal) Ex.: Pa-ra-guai, U-ru-guai, Ja-ce-guai, sa-guão, quão, iguais, mínguam HIATO Ê o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em du-

as diferentes emissões de voz. Ex.: fa-ís-ca, sa-ú-de, do-er, a-or-ta, po-di-a, ci-ú-me, po-ei-ra, cru-el, ju-í-

zo SÍLABA Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados

numa só emissão de voz. Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em: • Monossílabo - possui uma só sílaba: pá, mel, fé, sol. • Dissílabo - possui duas sílabas: ca-sa, me-sa, pom-bo. • Trissílabo - possui três sílabas: Cam-pi-nas, ci-da-de, a-tle-ta. • Polissílabo - possui mais de três sílabas: es-co-la-ri-da-de, hos-pi-ta-

li-da-de. TONICIDADE Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que se

pronuncia com mais força do que as outras: é a sílaba tônica. Exs.: em lá-gri-ma, a sílaba tônica é lá; em ca-der-no, der; em A-ma-pá,

pá. Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se as palavras

em: • Oxítonas - quando a tônica é a última sílaba: Pa-ra-ná, sa-bor, do-mi-

nó. • Paroxítonas - quando a tônica é a penúltima sílaba: már-tir, ca-rá-ter,

a-má-vel, qua-dro. • Proparoxítonas - quando a tônica é a antepenúltima sílaba: ú-mi-do,

cá-li-ce, ' sô-fre-go, pês-se-go, lá-gri-ma. ENCONTROS CONSONANTAIS É a sequência de dois ou mais fonemas consonânticos num vocábulo. Ex.: atleta, brado, creme, digno etc. DÍGRAFOS São duas letras que representam um só fonema, sendo uma grafia com-

posta para um som simples. Há os seguintes dígrafos: 1) Os terminados em h, representados pelos grupos ch, lh, nh. Exs.: chave, malha, ninho. 2) Os constituídos de letras dobradas, representados pelos grupos rr e

ss. Exs. : carro, pássaro. 3) Os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs. Exs.: guerra, quilo, nascer, cresça, exceto, exsurgir. 4) As vogais nasais em que a nasalidade é indicada por m ou n, encer-

rando a sílaba em uma palavra. Exs.: pom-ba, cam-po, on-de, can-to, man-to.

NOTAÇÕES LÉXICAS São certos sinais gráficos que se juntam às letras, geralmente para lhes

dar um valor fonético especial e permitir a correta pronúncia das palavras. São os seguintes: 1) o acento agudo – indica vogal tônica aberta: pé, avó, lágrimas; 2) o acento circunflexo – indica vogal tônica fechada: avô, mês, âncora; 3) o acento grave – sinal indicador de crase: ir à cidade; 4) o til – indica vogal nasal: lã, ímã; 5) a cedilha – dá ao c o som de ss: moça, laço, açude; 6) o apóstrofo – indica supressão de vogal: mãe-d’água, pau-d’alho; o hífen – une palavras, prefixos, etc.: arcos-íris, peço-lhe, ex-aluno.

ORTOGRAFIA OFICIAL

a, e, i, o, u

b, c, d, f, g, h, j, l, m, n, p, q, r, s, t, v, x, z

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As dificuldades para a ortografia devem-se ao fato de que há fonemas que podem ser representados por mais de uma letra, o que não é feito de modo arbitrário, mas fundamentado na história da língua.

Eis algumas observações úteis:

DISTINÇÃO ENTRE J E G

1. Escrevem-se com J: a) As palavras de origem árabe, africana ou ameríndia: canjica. cafajeste,

canjerê, pajé, etc. b) As palavras derivadas de outras que já têm j: laranjal (laranja), enrije-

cer, (rijo), anjinho (anjo), granjear (granja), etc.

c) As formas dos verbos que têm o infinitivo em JAR. despejar: despejei, despeje; arranjar: arranjei, arranje; viajar: viajei, viajeis.

d) O final AJE: laje, traje, ultraje, etc.

e) Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR, os quais mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, reja; dirigir: dirijo, dirija.

2. Escrevem-se com G: a) O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem, vertigem,

ferrugem, etc. b) Exceções: pajem, lambujem. Os finais: ÁGIO, ÉGIO, ÓGIO e ÍGIO:

estágio, egrégio, relógio refúgio, prodígio, etc. c) Os verbos em GER e GIR: fugir, mugir, fingir.

DISTINÇÃO ENTRE S E Z

1. Escrevem-se com S: a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, etc. b) O sufixo ÊS e a forma feminina ESA, formadores dos adjetivos pátrios

ou que indicam profissão, título honorífico, posição social, etc.: portu-guês – portuguesa, camponês – camponesa, marquês – marquesa, burguês – burguesa, montês, pedrês, princesa, etc.

c) O sufixo ISA. sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc. d) Os finais ASE, ESE, ISE e OSE, na grande maioria se o vocábulo for

erudito ou de aplicação científica, não haverá dúvida, hipótese, exege-se análise, trombose, etc.

e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: coisa, Neusa, causa.

f) O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo radical termina em S: pesquisar (pesquisa), analisar (análise), avisar (aviso), etc.

g) Quando for possível a correlação ND - NS: escandir: escansão; preten-der: pretensão; repreender: repreensão, etc.

2. Escrevem-se em Z. a) O sufixo IZAR, de origem grega, nos verbos e nas palavras que têm o

mesmo radical. Civilizar: civilização, civilizado; organizar: organização, organizado; realizar: realização, realizado, etc.

b) Os sufixos EZ e EZA formadores de substantivos abstratos derivados de adjetivos limpidez (limpo), pobreza (pobre), rigidez (rijo), etc.

c) Os derivados em -ZAL, -ZEIRO, -ZINHO e –ZITO: cafezal, cinzeiro, chapeuzinho, cãozito, etc.

DISTINÇÃO ENTRE X E CH:

1. Escrevem-se com X a) Os vocábulos em que o X é o precedido de ditongo: faixa, caixote,

feixe, etc. c) Maioria das palavras iniciadas por ME: mexerico, mexer, mexerica, etc. d) EXCEÇÃO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espécie de

árvore que produz o látex). e) Observação: palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar, en-

chapelar, enchumaçar", embora se iniciem pela sílaba "en", são grafa-das com "ch", porque são palavras formadas por prefixação, ou seja, pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchente, en-cher e seus derivados: prefixo en + radical de cheio; encharcar: en + radical de charco; enchiqueirar: en + radical de chiqueiro; enchapelar: en + radical de chapéu; enchumaçar: en + radical de chumaço).

2. Escrevem-se com CH: a) charque, chiste, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, cochichar, estre-

buchar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, sal-sicha, broche, arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachim-

bo, comichão, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar, mochi-la, piche, pichar, tchau.

b) Existem vários casos de palavras homófonas, isto é, palavras que possuem a mesma pronúncia, mas a grafia diferente. Nelas, a grafia se distingue pelo contraste entre o x e o ch. Exemplos: • brocha (pequeno prego) • broxa (pincel para caiação de paredes) • chá (planta para preparo de bebida) • xá (título do antigo soberano do Irã) • chalé (casa campestre de estilo suíço) • xale (cobertura para os ombros) • chácara (propriedade rural) • xácara (narrativa popular em versos) • cheque (ordem de pagamento) • xeque (jogada do xadrez) • cocho (vasilha para alimentar animais) • coxo (capenga, imperfeito)

DISTINÇÃO ENTRE S, SS, Ç E C Observe o quadro das correlações:

Correlações t - c ter-tenção rg - rs rt - rs pel - puls corr - curs sent - sens ced - cess gred - gress prim - press tir - ssão

Exemplos ato - ação; infrator - infração; Marte - marcial abster - abstenção; ater - atenção; conter - contenção, deter - detenção; reter - retenção aspergir - aspersão; imergir - imersão; submergir - submersão; inverter - inversão; divertir - diversão impelir - impulsão; expelir - expulsão; repelir - repulsão correr - curso - cursivo - discurso; excursão - incursão sentir - senso, sensível, consenso ceder - cessão - conceder - concessão; interceder - intercessão. exceder - excessivo (exceto exceção) agredir - agressão - agressivo; progredir - progressão - progresso - progressivo imprimir - impressão; oprimir - opressão; reprimir - repressão. admitir - admissão; discutir - discussão, permitir - permissão. (re)percutir - (re)percussão

PALAVRAS COM CERTAS DIFICULDADES

ONDE-AONDE Emprega-se AONDE com os verbos que dão ideia de movimento. Equi-

vale sempre a PARA ONDE. AONDE você vai? AONDE nos leva com tal rapidez? Naturalmente, com os verbos que não dão ideia de “movimento” empre-

ga-se ONDE ONDE estão os livros? Não sei ONDE te encontrar.

MAU - MAL MAU é adjetivo (seu antônimo é bom). Escolheu um MAU momento. Era um MAU aluno. MAL pode ser: a) advérbio de modo (antônimo de bem). Ele se comportou MAL. Seu argumento está MAL estruturado b) conjunção temporal (equivale a assim que). MAL chegou, saiu c) substantivo: O MAL não tem remédio, Ela foi atacada por um MAL incurável.

CESÃO/SESSÃO/SECÇÃO/SEÇÃO CESSÃO significa o ato de ceder. Ele fez a CESSÃO dos seus direitos autorais. A CESSÃO do terreno para a construção do estádio agradou a todos os

torcedores. SESSÃO é o intervalo de tempo que dura uma reunião: Assistimos a uma SESSÃO de cinema. Reuniram-se em SESSÃO extraordinária.

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SECÇÃO (ou SEÇÃO) significa parte de um todo, subdivisão: Lemos a noticia na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de esportes. Compramos os presentes na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de brinquedos. HÁ / A Na indicação de tempo, emprega-se: HÁ para indicar tempo passado (equivale a faz): HÁ dois meses que ele não aparece. Ele chegou da Europa HÁ um ano. A para indicar tempo futuro: Daqui A dois meses ele aparecerá. Ela voltará daqui A um ano.

FORMAS VARIANTES Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer

uma delas é considerada correta. Eis alguns exemplos. aluguel ou aluguer alpartaca, alpercata ou alpargata amídala ou amígdala assobiar ou assoviar assobio ou assovio azaléa ou azaleia bêbado ou bêbedo bílis ou bile cãibra ou cãimbra carroçaria ou carroceria chimpanzé ou chipanzé debulhar ou desbulhar fleugma ou fleuma

hem? ou hein? imundície ou imundícia infarto ou enfarte laje ou lajem lantejoula ou lentejoula nenê ou nenen nhambu, inhambu ou nambu quatorze ou catorze surripiar ou surrupiar taramela ou tramela relampejar, relampear, relampeguear ou relampar porcentagem ou percentagem

EMPREGO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS

Escrevem-se com letra inicial maiúscula: 1) a primeira palavra de período ou citação. Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e vive nua." No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da

letra maiúscula. 2) substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes

sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Brasil, Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via-Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc.

O deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno. 3) nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas

religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.

4) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República, etc.

5) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação, Estado, Pátria, União, República, etc.

6) nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações, órgãos públicos, etc.:

Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc.

7) nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da Manhã, Manchete, etc.

8) expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.

9) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do Oriente, o falar do Norte.

Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste. 10) nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o

Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc. Escrevem-se com letra inicial minúscula: 1) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos,

nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, etc.

2) os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando

empregados em sentido geral: São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria. 3) nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio

Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc. 4) palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta: "Qual deles: o hortelão ou o advogado?" (Machado de Assis) "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso,

mirra." (Manuel Bandeira)

USO DO HÍFEN

Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo.

Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.

As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras for-

madas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.

1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por

h. Exemplos: anti-higiênico anti-histórico co-herdeiro macro-história mini-hotel proto-história sobre-humano super-homem ultra-humano Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h). 2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da

vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroespacial agroindustrial anteontem antiaéreo antieducativo autoaprendizagem autoescola autoestrada autoinstrução coautor coedição extraescolar infraestrutura plurianual semiaberto semianalfabeto semiesférico semiopaco Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento,

mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.

3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo

elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos: anteprojeto antipedagógico autopeça autoproteção coprodução geopolítica microcomputador

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pseudoprofessor semicírculo semideus seminovo ultramoderno Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei,

vice-almirante etc. 4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo

elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exem-plos:

antirrábico antirracismo antirreligioso antirrugas antissocial biorritmo contrarregra contrassenso cosseno infrassom microssistema minissaia multissecular neorrealismo neossimbolista semirreta ultrarresistente. ultrassom 5. Quando o prefi xo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo e-

lemento começar pela mesma vogal. Exemplos: anti-ibérico anti-imperialista anti-infl acionário anti-infl amatório auto-observação contra-almirante contra-atacar contra-ataque micro-ondas micro-ônibus semi-internato semi-interno 6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segun-

do elemento começar pela mesma consoante. Exemplos: hiper-requintado inter-racial inter-regional sub-bibliotecário super-racista super-reacionário super-resistente super-romântico Atenção: • Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, super-

proteção. • Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra inicia-

da por r: sub-região, sub-raça etc. • Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra ini-

ciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc. 7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o se-

gundo elemento começar por vogal. Exemplos: hiperacidez hiperativo interescolar

interestadual interestelar interestudantil superamigo superaquecimento supereconômico superexigente superinteressante superotimismo 8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se

sempre o hífen. Exemplos: além-mar além-túmulo aquém-mar ex-aluno ex-diretor ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente pós-graduação pré-história pré-vestibular pró-europeu recém-casado recém-nascido sem-terra 9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu,

guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. 10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasio-

nalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas enca-deamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.

11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a no-

ção de composição. Exemplos: girassol madressilva mandachuva paraquedas paraquedista pontapé 12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra

ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:

Na cidade, conta-se que ele foi viajar. O diretor recebeu os ex-alunos.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

ORTOGRAFIA OFICIAL Por Paula Perin dos Santos

O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras ortográficas da

Língua Portuguesa e aumentar o prestígio social da língua no cenário internacional. Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâmetros: 2009 – vigência ainda não obrigatória, 2010 a 2012 – adaptação completa dos livros didáticos às novas regras; e a partir de 2013 – vigência obrigató-ria em todo o território nacional. Cabe lembrar que esse “Novo Acordo Ortográfico” já se encontrava assinado desde 1990 por oito países que falam a língua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que teve sua implementação.

É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já que uma língua não existe apenas em função de sua ortografia. Vale lembrar que a ortografia é apenas um aspecto superficial da escrita da língua, e que as diferenças entre o Português falado nos diversos países lusófonos subsistirão em questões referentes à pronúncia, vocabulário e gramática.

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Uma língua muda em função de seus falantes e do tempo, não por meio de Leis ou Acordos.

A queixa de muitos estudantes e usuários da língua escrita é que, de-pois de internalizada uma regra, é difícil “desaprendê-la”. Então, cabe aqui uma dica: quando se tiver uma dúvida sobre a escrita de alguma palavra, o ideal é consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fácil acesso) ou, na melhor das hipóteses, use um sinônimo para referir-se a tal palavra.

Mostraremos nessa série de artigos o Novo Acordo de uma maneira descomplicada, apontando como é que fica estabelecido de hoje em diante a Ortografia Oficial do Português falado no Brasil.

Alfabeto A influência do inglês no nosso idioma agora é oficial. Há muito tempo

as letras “k”, “w” e “y” faziam parte do nosso idioma, isto não é nenhuma novidade. Elas já apareciam em unidades de medidas, nomes próprios e palavras importadas do idioma inglês, como:

km – quilômetro, kg – quilograma Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros. Trema Não se usa mais o trema em palavras do português. Quem digita muito

textos científicos no computador sabe o quanto dava trabalho escrever linguística, frequência. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bündchen não vai deixar de usar o trema em seu nome, pois é de origem alemã. (neste caso, o “ü” lê-se “i”)

QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA

1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, seguidas ou não de “S”, inclusive as formas verbais quando seguidas de “LO(s)” ou “LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas em ditongos abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S”

Ex.

Chá Mês nós

Gás Sapé cipó

Dará Café avós

Pará Vocês compôs

vatapá pontapés só

Aliás português robô

dá-lo vê-lo avó

recuperá-los Conhecê-los pô-los

guardá-la Fé compô-los

réis (moeda) Véu dói

méis céu mói

pastéis Chapéus anzóis

ninguém parabéns Jerusalém

Resumindo:

Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-lo” são acentuadas porque as semivogais “i” e “u” estão tônicas nestas palavras.

2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em:

L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.

N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen.

R – câncer, caráter, néctar, repórter.

X – tórax, látex, ônix, fênix.

PS – fórceps, Quéops, bíceps.

Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.

ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.

I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.

ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.

UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns.

US – ânus, bônus, vírus, Vênus.

Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescen-tes (semivogal+vogal):

Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio. 3. Todas as proparoxítonas são acentuadas. Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisân-

temo, público, pároco, proparoxítona. QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS 4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:

Formarem sílabas sozinhos ou com “S”

Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta. IMPORTANTE Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”,

se todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos? Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos

de “ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente. Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso.

5. Trema Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai

permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira, como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”)

6. Acento Diferencial O acento diferencial permanece nas palavras: pôde (passado), pode (presente) pôr (verbo), por (preposição) Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do

verbo está no singular ou plural:

SIN-GULAR

PLURAL

Ele tem

Eles têm

Ele vem

Eles vêm

Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como:

conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc.

DIVISÃO SILÁBICA

Não se separam as letras que formam os dígrafos CH, NH, LH, QU,

GU. 2- chave: cha-ve

aquele: a-que-le palha: pa-lha manhã: ma-nhã guizo: gui-zo

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Não se separam as letras dos encontros consonantais que apresentam

a seguinte formação: consoante + L ou consoante + R 2- emblema:

reclamar: flagelo: globo: implicar: atleta: prato:

em-ble-ma re-cla-mar fla-ge-lo glo-bo im-pli-car a-tle-ta pra-to

abraço: recrutar: drama: fraco: agrado: atraso:

a-bra-ço re-cru-tar dra-ma fra-co a-gra-do a-tra-so

Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC.

3- correr: passar: fascinar:

cor-rer pas-sar fas-ci-nar

desçam: exceto:

des-çam ex-ce-to

Não se separam as letras que representam um ditongo.

4- mistério: cárie:

mis-té-rio cá-rie

herdeiro:

her-dei-ro

Separam-se as letras que representam um hiato.

5- saúde: rainha:

sa-ú-de ra-i-nha

cruel: enjoo:

cru-el en-jo-o

Não se separam as letras que representam um tritongo.

6- Paraguai: saguão:

Pa-ra-guai sa-guão

Consoante não seguida de vogal, no interior da palavra, fica na sílaba

que a antecede. 7- torna: técnica: absoluto:

tor-na núpcias: núp-cias téc-ni-ca submeter: sub-me-ter ab-so-lu-to perspicaz: pers-pi-caz

Consoante não seguida de vogal, no início da palavra, junta-se à sílaba

que a segue 8- pneumático: pneu-má-ti-co

gnomo: gno-mo psicologia: psi-co-lo-gia

No grupo BL, às vezes cada consoante é pronunciada separadamente,

mantendo sua autonomia fonética. Nesse caso, tais consoantes ficam em sílabas separadas. 9- sublingual: sublinhar: sublocar:

sub-lin-gual sub-li-nhar sub-lo-car

Preste atenção nas seguintes palavras: trei-no so-cie-da-de gai-o-la ba-lei-a des-mai-a-do im-bui-a ra-diou-vin-te ca-o-lho te-a-tro co-e-lho du-e-lo ví-a-mos a-mné-sia gno-mo co-lhei-ta quei-jo pneu-mo-ni-a fe-é-ri-co dig-no e-nig-ma e-clip-se Is-ra-el mag-nó-lia

SINAIS DE PONTUAÇÃO

Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita as pau-

sas da linguagem oral.

PONTO O ponto é empregado em geral para indicar o final de uma frase decla-

rativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido como final. Nos casos comuns ele é chamado de simples.

Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cris-to), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo).

PONTO DE INTERROGAÇÃO É usado para indicar pergunta direta. Onde está seu irmão? Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação. A mim ?! Que ideia!

PONTO DE EXCLAMAÇÃO É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas. Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória! Ó jovens! Lutemos!

VÍRGULA A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena pau-

sa na fala. Emprega-se a vírgula: • Nas datas e nos endereços:

São Paulo, 17 de setembro de 1989. Largo do Paissandu, 128.

• No vocativo e no aposto: Meninos, prestem atenção! Termópilas, o meu amigo, é escritor.

• Nos termos independentes entre si: O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões.

• Com certas expressões explicativas como: isto é, por exemplo. Neste caso é usado o duplo emprego da vírgula: Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da pa-droeira.

• Após alguns adjuntos adverbiais: No dia seguinte, viajamos para o litoral.

• Com certas conjunções. Neste caso também é usado o duplo emprego da vírgula: Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor.

• Após a primeira parte de um provérbio. O que os olhos não vêem, o coração não sente.

• Em alguns casos de termos oclusos: Eu gostava de maçã, de pêra e de abacate.

RETICÊNCIAS

• São usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento. Não me disseste que era teu pai que ...

• Para realçar uma palavra ou expressão. Hoje em dia, mulher casa com "pão" e passa fome...

• Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento. Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também...

PONTO E VÍRGULA

• Separar orações coordenadas de certa extensão ou que mantém alguma simetria entre si. "Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desconhe-cido, guardando consigo a ponta farpada. "

• Para separar orações coordenadas já marcadas por vírgula ou no seu interior. Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista, porém, mais calmo, resolveu o problema sozinho.

DOIS PONTOS

• Enunciar a fala dos personagens: Ele retrucou: Não vês por onde pisas?

• Para indicar uma citação alheia: Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações de passageiros do voo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de embar-que".

• Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão anteri-or: Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente.

• Enumeração após os apostos: Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido.

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TRAVESSÃO Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para isolar

palavras ou frases – "Quais são os símbolos da pátria? – Que pátria? – Da nossa pátria, ora bolas!" (P. M Campos). – "Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, parava outra

vez. – a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado mais alguma

coisa". (M. Palmério). • Usa-se para separar orações do tipo: – Avante!- Gritou o general. – A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta.

Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que formam uma cadeia de frase: • A estrada de ferro Santos – Jundiaí. • A ponte Rio – Niterói. • A linha aérea São Paulo – Porto Alegre.

ASPAS São usadas para:

• Indicar citações textuais de outra autoria. "A bomba não tem endereço certo." (G. Meireles)

• Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma em que se expressa o autor: estrangeirismo, gírias, arcaismo, formas populares: Há quem goste de “jazz-band”. Não achei nada "legal" aquela aula de inglês.

• Para enfatizar palavras ou expressões: Apesar de todo esforço, achei-a “irreconhecível" naquela noite.

• Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas, etc. "Fogo Morto" é uma obra-prima do regionalismo brasileiro.

• Em casos de ironia: A "inteligência" dela me sensibiliza profundamente. Veja como ele é “educado" - cuspiu no chão.

PARÊNTESES Empregamos os parênteses:

• Nas indicações bibliográficas. "Sede assim qualquer coisa. serena, isenta, fiel".

(Meireles, Cecília, "Flor de Poemas"). • Nas indicações cênicas dos textos teatrais:

"Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com os olhos fora das órbitas. Amália se volta)".

(G. Figueiredo) • Quando se intercala num texto uma ideia ou indicação acessória:

"E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-Io, morrendo de fome."

(C. Lispector) • Para isolar orações intercaladas:

"Estou certo que eu (se lhe ponho Minha mão na testa alçada) Sou eu para ela."

(M. Bandeira)

COLCHETES [ ] Os colchetes são muito empregados na linguagem científica.

ASTERISCO O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do leitor para

alguma nota (observação).

BARRA A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em algumas

abreviaturas.

CRASE

Crase é a fusão da preposição A com outro A. Fomos a a feira ontem = Fomos à feira ontem.

EMPREGO DA CRASE • em locuções adverbiais: à vezes, às pressas, à toa... • em locuções prepositivas: em frente à, à procura de... • em locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que... • pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a,

as Fui ontem àquele restaurante. Falamos apenas àquelas pessoas que estavam no salão: Refiro-me àquilo e não a isto.

A CRASE É FACULTATIVA

• diante de pronomes possessivos femininos: Entreguei o livro a(à) sua secretária . • diante de substantivos próprios femininos: Dei o livro à(a) Sônia.

CASOS ESPECIAIS DO USO DA CRASE

• Antes dos nomes de localidades, quando tais nomes admitirem o artigo A:

Viajaremos à Colômbia. (Observe: A Colômbia é bela - Venho da Colômbia) • Nem todos os nomes de localidades aceitam o artigo: Curitiba, Brasília,

Fortaleza, Goiás, Ilhéus, Pelotas, Porto Alegre, São Paulo, Madri, Ve-neza, etc.

Viajaremos a Curitiba. (Observe: Curitiba é uma bela cidade - Venho de Curitiba). • Haverá crase se o substantivo vier acompanhado de adjunto que o

modifique. Ela se referiu à saudosa Lisboa. Vou à Curitiba dos meus sonhos. • Antes de numeral, seguido da palavra "hora", mesmo subentendida: Às 8 e 15 o despertador soou. • Antes de substantivo, quando se puder subentender as palavras “mo-

da” ou "maneira": Aos domingos, trajava-se à inglesa. Cortavam-se os cabelos à Príncipe Danilo. • Antes da palavra casa, se estiver determinada: Referia-se à Casa Gebara. • Não há crase quando a palavra "casa" se refere ao próprio lar. Não tive tempo de ir a casa apanhar os papéis. (Venho de casa). • Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de bordo. Voltou à terra onde nascera. Chegamos à terra dos nossos ancestrais. Mas: Os marinheiros vieram a terra. O comandante desceu a terra. • Se a preposição ATÉ vier seguida de palavra feminina que aceite o

artigo, poderá ou não ocorrer a crase, indiferentemente: Vou até a (á ) chácara. Cheguei até a(à) muralha • A QUE - À QUE Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o feminino

ocorrerá crase: Houve um palpite anterior ao que você deu. Houve uma sugestão anterior à que você deu. Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o feminino não

ocorrerá crase. Não gostei do filme a que você se referia. Não gostei da peça a que você se referia. O mesmo fenômeno de crase (preposição A) - pronome demonstrativo

A que ocorre antes do QUE (pronome relativo), pode ocorrer antes do de:

Meu palpite é igual ao de todos Minha opinião é igual à de todos.

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NÃO OCORRE CRASE

• antes de nomes masculinos: Andei a pé. Andamos a cavalo.

• antes de verbos: Ela começa a chorar. Cheguei a escrever um poema.

• em expressões formadas por palavras repetidas: Estamos cara a cara.

• antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, senhorita e dona: Dirigiu-se a V. Sa com aspereza. Escrevi a Vossa Excelência. Dirigiu-se gentilmente à senhora.

• quando um A (sem o S de plural) preceder um nome plural: Não falo a pessoas estranhas. Jamais vamos a festas.

SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS E PARÔNIMOS. SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS.

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Sinônimo Sinônimo é o nome que se dá à palavra que tenha significado idêntico

ou muito semelhante à outra. Exemplos: carro e automóvel, cão e cachorro. O conhecimento e o uso dos sinônimos é importante para que se evitem

repetições desnecessárias na construção de textos, evitando que se tornem enfadonhos.

Eufemismo Alguns sinônimos são também utilizados para minimizar o impacto,

normalmente negativo, de algumas palavras (figura de linguagem conhecida como eufemismo).

Exemplos:

gordo - obeso

morrer - falecer Sinônimos Perfeitos e Imperfeitos Os sinônimos podem ser perfeitos ou imperfeitos. Sinônimos Perfeitos Se o significado é idêntico. Exemplos:

avaro – avarento,

léxico – vocabulário,

falecer – morrer,

escarradeira – cuspideira,

língua – idioma

catorze - quatorze Sinônimos Imperfeitos Se os signIficados são próximos, porém não idênticos. Exemplos: córrego – riacho, belo – formoso Antônimo Antônimo é o nome que se dá à palavra que tenha significado contrário

(também oposto ou inverso) à outra. O emprego de antônimos na construção de frases pode ser um recurso

estilístico que confere ao trecho empregado uma forma mais erudita ou que chame atenção do leitor ou do ouvinte.

Pala-vra

Antônimo

aberto fechado

alto baixo

bem mal

bom mau

bonito feio

de-mais

de menos

doce salgado

forte fraco

gordo magro

salga-do

insosso

amor ódio

seco molhado

grosso fino

duro mole

doce amargo

grande pequeno

sober-ba

humildade

louvar censurar

bendi-zer

maldizer

ativo inativo

simpá-tico

antipático

pro-gredir

regredir

rápido lento

sair entrar

sozi-nho

acompa-nhado

con-córdia

discórdia

pesa-do

leve

quente frio

pre-sente

ausente

escuro claro

inveja admiração

Homógrafo Homógrafos são palavras iguais ou parecidas na escrita e diferentes na

pronúncia. Exemplos

rego (subst.) e rego (verbo);

colher (verbo) e colher (subst.);

jogo (subst.) e jogo (verbo);

Sede: lugar e Sede: avidez;

Seca: pôr a secar e Seca: falta de água. Homófono Palavras homófonas são palavras de pronúncias iguais. Existem dois

tipos de palavras homófonas, que são:

Homófonas heterográficas

Homófonas homográficas Homófonas heterográficas Como o nome já diz, são palavras homófonas (iguais na pronúncia), mas

heterográficas (diferentes na escrita). Exemplos

cozer / coser; cozido / cosido; censo / senso consertar / concertar conselho / concelho

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 38

paço / passo noz / nós hera / era ouve / houve voz / vós cem / sem acento / assento

Homófonas homográficas Como o nome já diz, são palavras homófonas (iguais na pronúncia), e

homográficas (iguais na escrita). Exemplos

Ele janta (verbo) / A janta está pronta (substantivo); No caso, janta é inexistente na língua portuguesa por enquanto, já que deriva do substantivo jantar, e está classificado como neologismo.

Eu passeio pela rua (verbo) / O passeio que fizemos foi bonito (substantivo).

Parônimo Parônimo é uma palavra que apresenta sentido diferente e forma

semelhante a outra, que provoca, com alguma frequência, confusão. Essas palavras apresentam grafia e pronúncia parecida, mas com significados diferentes.

O parônimos pode ser também palavras homófonas, ou seja, a pronúncia de palavras parônimas pode ser a mesma.Palavras parônimas são aquelas que têm grafia e pronúncia parecida.

Exemplos Veja alguns exemplos de palavras parônimas: acender. verbo - ascender. subir acento. inflexão tônica - assento. dispositivo para sentar-se cartola. chapéu alto - quartola. pequena pipa comprimento. extensão - cumprimento. saudação coro (cantores) - couro (pele de animal) deferimento. concessão - diferimento. adiamento delatar. denunciar - dilatar. retardar, estender descrição. representação - discrição. reserva descriminar. inocentar - discriminar. distinguir despensa. compartimento - dispensa. desobriga destratar. insultar - distratar. desfazer(contrato) emergir. vir à tona - imergir. mergulhar eminência. altura, excelência - iminência. proximidade de ocorrência emitir. lançar fora de si - imitir. fazer entrar enfestar. dobrar ao meio - infestar. assolar enformar. meter em fôrma - informar. avisar entender. compreender - intender. exercer vigilância lenimento. suavizante - linimento. medicamento para fricções migrar. mudar de um local para outro - emigrar. deixar um país para

morar em outro - imigrar. entrar num país vindo de outro peão. que anda a pé - pião. espécie de brinquedo recrear. divertir - recriar. criar de novo se. pronome átono, conjugação - si. espécie de brinquedo vadear. passar o vau - vadiar. passar vida ociosa venoso. relativo a veias - vinoso. que produz vinho vez. ocasião, momento - vês. verbo ver na 2ª pessoa do singular

DENOTAÇAO E CONOTAÇAO

A denotação é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a seu próprio conceito, de trazer apenas o seu significado primitivo, original.

A conotação é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se

no seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias interpretações.

Observe os exemplos Denotação As estrelas do céu. Vesti-me de verde. O fogo do isqueiro.

Conotação As estrelas do cinema. O jardim vestiu-se de flores O fogo da paixão

SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO

As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido

figurado: Construí um muro de pedra - sentido próprio Maria tem um coração de pedra – sentido figurado. A água pingava lentamente – sentido próprio. SEMÂNTICA (do grego semantiké, i. é, téchne semantiké ‘arte da significação’) A semântica estudo o sentido das palavras, expressões, frases e uni-

dades maiores da comunicação verbal, os significados que lhe são atribuí-dos. Ao considerarmos o significado de determinada palavra, levamos em conta sua história, sua estrutura (radical, prefixos, sufixos que participam da sua forma) e, por fim, do contexto em que se apresenta.

Quando analisamos o sentido das palavras na redação oficial, ressal-

tam como fundamentais a história da palavra e, obviamente, os contextos em que elas ocorrem.

A história da palavra, em sentido amplo, vem a ser a respectiva origem

e as alterações sofridas no correr do tempo, ou seja, a maneira como evoluiu desde um sentido original para um sentido mais abrangente ou mais específico. Em sentido restrito, diz respeito à tradição no uso de determina-do vocábulo ou expressão.

São esses dois aspectos que devem ser considerados na escolha des-

te ou daquele vocábulo. Sendo a clareza um dos requisitos fundamentais de todo texto oficial,

deve-se atentar para a tradição no emprego de determinada expressão com determinado sentido. O emprego de expressões ditas "de uso consagrado" confere uniformidade e transparência ao sentido do texto. Mas isto não quer dizer que os textos oficiais devam limitar-se à repetição de chavões e clichês.

Verifique sempre o contexto em que as palavras estão sendo utiliza-

das. Certifique-se de que não há repetições desnecessárias ou redundân-cias. Procure sinônimos ou termos mais precisos para as palavras repeti-das; mas se sua substituição for comprometer o sentido do texto, tornando-o ambíguo ou menos claro, não hesite em deixar o texto como está.

É importante lembrar que o idioma está em constante mutação. A pró-

pria evolução dos costumes, das ideias, das ciências, da política, enfim da vida social em geral, impõe a criação de novas palavras e formas de dizer. Na definição de Serafim da Silva Neto, a língua:

"(...) é um produto social, é uma atividade do espírito humano. Não é, assim, independente da vontade do homem, porque o homem não é uma folha seca ao sabor dos ventos veementes de uma fatalidade desconhecida e cega. Não está obrigada a prosseguir na sua trajetória, de acordo com leis determinadas, porque as línguas seguem o destino dos que as falam, são o que delas fazem as sociedades que as empregam."

Assim, continuamente, novas palavras são criadas (os neologismos)

como produto da dinâmica social, e incorporados ao idioma inúmeros vocábulos de origem estrangeira (os estrangeirismos), que vêm para desig-nar ou exprimir realidades não contempladas no repertório anterior da língua portuguesa.

A redação oficial não pode alhear-se dessas transformações, nem in-

corporá-las acriticamente. Quanto às novidades vocabulares, elas devem sempre ser usadas com critério, evitando-se aquelas que podem ser substi-tuídas por vocábulos já de uso consolidado sem prejuízo do sentido que se lhes quer dar.

De outro lado, não se concebe que, em nome de suposto purismo, a

linguagem das comunicações oficiais fique imune às criações vocabulares ou a empréstimos de outras línguas. A rapidez do desenvolvimento tecno-lógico, por exemplo, impõe a criação de inúmeros novos conceitos e ter-mos, ditando de certa forma a velocidade com que a língua deve incorporá-

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 39

los. O importante é usar o estrangeirismo de forma consciente, buscar o equivalente português quando houver, ou conformar a palavra estrangeira ao espírito da língua portuguesa.

O problema do abuso de estrangeirismos inúteis ou empregados em

contextos em que não cabem, é em geral causado ou pelo desconhecimen-to da riqueza vocabular de nossa língua, ou pela incorporação acrítica do estrangeirismo.

Homônimos e Parônimos Muitas vezes temos dúvidas no uso de vocábulos distintos provocadas

pela semelhança ou mesmo pela igualdade de pronúncia ou de grafia entre eles. É o caso dos fenômenos designados como homonímia e paronímia.

A homonímia é a designação geral para os casos em que palavras de

sentidos diferentes têm a mesma grafia (os homônimos homógrafos) ou a mesma pronúncia (os homônimos homófonos).

Os homógrafos podem coincidir ou não na pronúncia, como nos exem-

plos: quarto (aposento) e quarto (ordinal), manga (fruta) e manga (de cami-sa), em que temos pronúncia idêntica; e apelo (pedido) e apelo (com e aberto, 1a pess. do sing do pres. do ind. do verbo apelar), consolo (alívio) e consolo (com o aberto, 1a pess. do sing. do pres. do ind. do verbo conso-lar), com pronúncia diferente.

Os homógrafos de idêntica pronúncia diferenciam-se pelo contexto em

que são empregados. Não há dúvida, por exemplo, quanto ao emprego da palavra são nos três sentidos: a) verbo ser, 3a pess. do pl. do pres., b) saudável e c) santo.

Palavras de grafia diferente e de pronúncia igual (homófonos) geram

dúvidas ortográficas. Caso, por exemplo, de acento/assento, coser/cozer, dos prefixos ante-/anti-, etc. Aqui o contexto não é suficiente para resolver o problema, pois sabemos o sentido, a dúvida é de letra(s). sempre que houver incerteza, consulte a lista adiante, algum dicionário ou manual de ortografia.

Já o termo paronímia designa o fenômeno que ocorre com palavras

semelhantes (mas não idênticas) quanto à grafia ou à pronúncia. É fonte de muitas dúvidas, como entre descrição (‘ato de descrever’) e discrição (‘qualidade do que é discreto’), retificar (‘corrigir’) e ratificar (confirmar).

Como não interessa aqui aprofundar a discussão teórica da matéria,

restringimo-nos a uma lista de palavras que costumam suscitar dúvidas de grafia ou sentido. Procuramos incluir palavras que com mais frequência provocam dúvidas na elaboração de textos oficiais, com o cuidado de agregá-las em pares ou pequenos grupos formais.

Absolver: inocentar, relevar da culpa imputada: O júri absolveu o réu.

Absorver: embeber em si, esgotar: O solo absorveu lentamente a água da chuva.

Acender: atear (fogo), inflamar.

Ascender: subir, elevar-se.

Acento: sinal gráfico; inflexão vocal: Vocábulo sem acento.

Assento: banco, cadeira: Tomar assento num cargo.

Acerca de: sobre, a respeito de: No discurso, o Presidente falou acerca de seus planos.

A cerca de: a uma distância aproximada de: O anexo fica a cerca de trinta metros do prédio principal. Estamos a cerca de um mês ou (ano) das eleições.

Há cerca de: faz aproximadamente (tanto tempo): Há cerca de um ano, tratamos de caso idêntico; existem aproximadamente: Há cer-ca de mil títulos no catálogo.

Acidente: acontecimento casual; desastre: A derrota foi um aciden-te na sua vida profissional. O súbito temporal provocou terrível aci-dente no parque.

Incidente: episódio; que incide, que ocorre: O incidente da demis-são já foi superado.

Adotar: escolher, preferir; assumir; pôr em prática.

Dotar: dar em doação, beneficiar.

Afim: que apresenta afinidade, semelhança, relação (de parentes-

co): Se o assunto era afim, por que não foi tratado no mesmo pa-rágrafo?

A fim de: para, com a finalidade de, com o fito de: O projeto foi en-caminhado com quinze dias de antecedência a fim de permitir a necessária reflexão sobre sua pertinência.

Alto: de grande extensão vertical; elevado, grande.

Auto: ato público, registro escrito de um ato, peça processual.

Aleatório: casual, fortuito, acidental.

Alheatório: que alheia, alienante, que desvia ou perturba.

Amoral: desprovido de moral, sem senso de moral.

Imoral: contrário à moral, aos bons costumes, devasso, indecente.

Ante (preposição): diante de, perante: Ante tal situação, não teve alternativa.

Ante- (prefixo): expressa anterioridade: antepor, antever, anteproje-to ante-diluviano.

Anti- (prefixo): expressa contrariedade; contra: anticientífico, antibi-ótico, anti-higiênico, anti-Marx.

Ao encontro de: para junto de; favorável a: Foi ao encontro dos co-legas. O projeto salarial veio ao encontro dos anseios dos traba-lhadores.

De encontro a: contra; em prejuízo de: O carro foi de encontro a um muro. O governo não apoiou a medida, pois vinha de encontro aos interesses dos menores.

Ao invés de: ao contrário de: Ao invés de demitir dez funcionários, a empresa contratou mais vinte. (Inaceitável o cruzamento *ao em vez de.)

Em vez de: em lugar de: Em vez de demitir dez funcionário, a em-presa demitiu vinte.

A par: informado, ao corrente, ciente: O Ministro está a par (var.: ao par) do assunto; ao lado, junto; além de.

Ao par: de acordo com a convenção legal: Fez a troca de mil dóla-res ao par.

Aparte: interrupção, comentário à margem: O deputado concedeu ao colega um aparte em seu pronunciamento.

À parte: em separado, isoladamente, de lado: O anexo ao projeto foi encaminhado por expediente à parte.

Apreçar: avaliar, pôr preço: O perito apreçou irrisoriamente o imó-vel.

Apressar: dar pressa a, acelerar: Se o andamento das obras não for apressado, não será cumprido o cronograma.

Área: superfície delimitada, região.

Ária: canto, melodia.

Aresto: acórdão, caso jurídico julgado: Neste caso, o aresto é irre-corrível.

Arresto: apreensão judicial, embargo: Os bens do traficante preso foram todos arrestados.

Arrochar: apertar com arrocho, apertar muito.

Arroxar: ou arroxear, roxear: tornar roxo.

Ás: exímio em sua atividade; carta do baralho.

Az (p. us.): esquadrão, ala do exército.

Atuar: agir, pôr em ação; pressionar.

Autuar: lavrar um auto; processar.

Auferir: obter, receber: Auferir lucros, vantagens.

Aferir: avaliar, cotejar, medir, conferir: Aferir valores, resultados.

Augurar: prognosticar, prever, auspiciar: O Presidente augurou su-cesso ao seu par americano.

Agourar: pressagiar, predizer (geralmente no mau sentido): Os técnicos agouram desastre na colheita.

Avocar: atribuir-se, chamar: Avocou a si competências de outrem.

Evocar: lembrar, invocar: Evocou no discurso o começo de sua carreira.

Invocar: pedir (a ajuda de); chamar; proferir: Ao final do discurso, invocou a ajuda de Deus.

Caçar: perseguir, procurar, apanhar (geralmente animais).

Cassar: tornar nulo ou sem efeito, suspender, invalidar.

Carear: atrair, ganhar, granjear.

Cariar: criar cárie.

Carrear: conduzir em carro, carregar.

Casual: fortuito, aleatório, ocasional.

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 40

Causal: causativo, relativo a causa.

Cavaleiro: que anda a cavalo, cavalariano.

Cavalheiro: indivíduo distinto, gentil, nobre.

Censo: alistamento, recenseamento, contagem.

Senso: entendimento, juízo, tino.

Cerrar: fechar, encerrar, unir, juntar.

Serrar: cortar com serra, separar, dividir.

Cessão: ato de ceder: A cessão do local pelo município tornou possível a realização da obra.

Seção: setor, subdivisão de um todo, repartição, divisão: Em qual seção do ministério ele trabalha?

Sessão: espaço de tempo que dura uma reunião, um congresso; reunião; espaço de tempo durante o qual se realiza uma tarefa: A próxima sessão legislativa será iniciada em 1o de agosto.

Chá: planta, infusão.

Xá: antigo soberano persa.

Cheque: ordem de pagamento à vista.

Xeque: dirigente árabe; lance de xadrez; (fig.) perigo (pôr em xe-que).

Círio: vela de cera.

Sírio: da Síria.

Cível: relativo à jurisdição dos tribunais civis.

Civil: relativo ao cidadão; cortês, polido (daí civilidade); não militar nem, eclesiástico.

Colidir: trombar, chocar; contrariar: A nova proposta colide frontal-mente com o entendimento havido.

Coligir: colecionar, reunir, juntar: As leis foram coligidas pelo Minis-tério da Justiça.

Comprimento: medida, tamanho, extensão, altura.

Cumprimento: ato de cumprir, execução completa; saudação.

Concelho: circunscrição administrativa ou município (em Portugal).

Conselho: aviso, parecer, órgão colegiado.

Concerto: acerto, combinação, composição, harmonização (cp. concertar): O concerto das nações... O concerto de Guarnieri...

Conserto: reparo, remendo, restauração (cp. consertar): Certos problemas crônicos aparentemente não têm conserto.

Conje(c)tura: suspeita, hipótese, opinião.

Conjuntura: acontecimento, situação, ocasião, circunstância.

Contravenção: transgressão ou infração a normas estabelecidas.

Contraversão: versão contrária, inversão.

Coser: costurar, ligar, unir.

Cozer: cozinhar, preparar.

Costear: navegar junto à costa, contornar. A fragata costeou inú-meras praias do litoral baiano antes de partir para alto-mar.

Custear: pagar o custo de, prover, subsidiar. Qual a empresa dis-posta a custear tal projeto?

Custar: valer, necessitar, ser penoso. Quanto custa o projeto? Cus-ta-me crer que funcionará.

Deferir: consentir, atender, despachar favoravelmente, conceder.

Diferir: ser diferente, discordar; adiar, retardar, dilatar.

Degradar: deteriorar, desgastar, diminuir, rebaixar.

Degredar: impor pena de degredo, desterrar, banir.

Delatar (delação): denunciar, revelar crime ou delito, acusar: Os traficantes foram delatados por membro de quadrilha rival.

Dilatar (dilação): alargar, estender; adiar, diferir: A dilação do prazo de entrega das declarações depende de decisão do Diretor da Re-ceita Federal.

Derrogar: revogar parcialmente (uma lei), anular.

Derrocar: destruir, arrasar, desmoronar.

Descrição: ato de descrever, representação, definição.

Discrição: discernimento, reserva, prudência, recato.

Descriminar: absolver de crime, tirar a culpa de.

Discriminar: diferençar, separar, discernir.

Despensa: local em que se guardam mantimentos, depósito de provisões.

Dispensa: licença ou permissão para deixar de fazer algo a que se estava obrigado; demissão.

Despercebido: que não se notou, para o que não se atentou: Ape-sar de sua importância, o projeto passou despercebido.

Desapercebido: desprevenido, desacautelado: Embarcou para a missão na Amazônia totalmente desapercebido dos desafios que lhe aguardavam.

Dessecar: secar bem, enxugar, tornar seco.

Dissecar: analisar minuciosamente, dividir anatomicamente.

Destratar: insultar, maltratar com palavras.

Distratar: desfazer um trato, anular.

Distensão: ato ou efeito de distender, torção violenta dos ligamen-tos de uma articulação.

Distinção: elegância, nobreza, boa educação: Todos devem portar-se com distinção.

Dissensão: desavença, diferença de opiniões ou interesses: A dis-sensão sobre a matéria impossibilitou o acordo.

Elidir: suprimir, eliminar.

Ilidir: contestar, refutar, desmentir.

Emenda: correção de falta ou defeito, regeneração, remendo: ao torná-lo mais claro e objetivo, a emenda melhorou o projeto.

Ementa: apontamento, súmula de decisão judicial ou do objeto de uma lei. Procuro uma lei cuja ementa é "dispõe sobre a proprieda-de industrial".

Emergir: vir à tona, manifestar-se.

Imergir: mergulhar, afundar submergir), entrar.

Emigrar: deixar o país para residir em outro.

Imigrar: entrar em país estrangeiro para nele viver.

Eminente (eminência): alto, elevado, sublime.

Iminente (iminência): que está prestes a acontecer, pendente, pró-ximo.

Emitir (emissão): produzir, expedir, publicar.

Imitir (imissão): fazer entrar, introduzir, investir.

Empoçar: reter em poço ou poça, formar poça.

Empossar: dar posse a, tomar posse, apoderar-se.

Encrostar: criar crosta.

Incrustar: cobrir de crosta, adornar, revestir, prender-se, arraigar-se.

Entender: compreender, perceber, deduzir.

Intender: (p. us): exercer vigilância, superintender.

Enumerar: numerar, enunciar, narrar, arrolar.

Inúmero: inumerável, sem conta, sem número.

Espectador: aquele que assiste qualquer ato ou espetáculo, teste-munha.

Expectador: que tem expectativa, que espera.

Esperto: inteligente, vivo, ativo.

Experto: perito, especialista.

Espiar: espreitar, observar secretamente, olhar.

Expiar: cumprir pena, pagar, purgar.

Estada: ato de estar, permanência: Nossa estada em São Paulo foi muito agradável.

Estadia: prazo para carga e descarga de navio ancorado em porto: O "Rio de Janeiro" foi autorizado a uma estadia de três dias.

Estância: lugar onde se está, morada, recinto.

Instância: solicitação, pedido, rogo; foro, jurisdição, juízo.

Estrato: cada camada das rochas estratificadas.

Extrato: coisa que se extraiu de outra; pagamento, resumo, cópia; perfume.

Flagrante: ardente, acalorado; diz-se do ato que a pessoa é sur-preendida a praticar (flagrante delito).

Fragrante: que tem fragrância ou perfume; cheiroso.

Florescente: que floresce, próspero, viçoso.

Fluorescente: que tem a propriedade da fluorescência.

Folhar: produzir folhas, ornar com folhagem, revestir lâminas.

Folhear: percorrer as folhas de um livro, compulsar, consultar.

Incerto: não certo, indeterminado, duvidoso, variável.

Inserto: introduzido, incluído, inserido.

Incipiente: iniciante, principiante.

Insipiente: ignorante, insensato.

Incontinente: imoderado, que não se contém, descontrolado.

Incontinenti: imediatamente, sem demora, logo, sem interrupção.

Induzir: causar, sugerir, aconselhar, levar a: O réu declarou que havia sido induzido a cometer o delito.

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 41

Aduzir: expor, apresentar: A defesa, então, aduziu novas provas.

Inflação: ato ou efeito de inflar; emissão exagerada de moeda, au-mento persistente de preços.

Infração: ato ou efeito de infringir ou violar uma norma.

Infligir: cominar, aplicar (pena, castigo, repreensão, derrota): O juiz infligiu pesada pena ao réu.

Infringir: transgredir, violar, desrespeitar (lei, regulamento, etc.) (cp. infração): A condenação decorreu de ter ele infringido um sem nú-mero de artigos do Código Penal.

Inquerir: apertar (a carga de animais), encilhar.

Inquirir: procurar informações sobre, indagar, investigar, interrogar.

Intercessão: ato de interceder.

Interse(c)ção: ação de se(c)cionar, cortar; ponto em que se encon-tram duas linhas ou superfícies.

Inter- (prefixo): entre; preposição latina usada em locuções: inter a-lia (entre outros), inter pares (entre iguais).

Intra- (prefixo): interior, dentro de.

Judicial: que tem origem no Poder Judiciário ou que perante ele se realiza.

Judiciário: relativo ao direito processual ou à organização da Justi-ça.

Liberação: ato de liberar, quitação de dívida ou obrigação.

Libertação: ato de libertar ou libertar-se.

Lista: relação, catálogo; var. pop. de listra. Listra: risca de cor diferente num tecido (var. pop. de lista).

Locador: que dá de aluguel, senhorio, arrendador.

Locatário: alugador, inquilino: O locador reajustou o aluguel sem a concordância do locatário.

Lustre: brilho, glória, fama; abajur.

Lustro: quinquênio; polimento.

Magistrado: juiz, desembargador, ministro.

Magistral: relativo a mestre (latim: magister); perfeito, completo; exemplar.

Mandado: garantia constitucional para proteger direito individual lí-quido e certo; ato de mandar; ordem escrita expedida por autorida-de judicial ou administrativa: um mandado de segurança, mandado de prisão.

Mandato: autorização que alguém confere a outrem para praticar atos em seu nome; procuração; delegação: o mandato de um de-putado, senador, do Presidente.

Mandante: que manda; aquele que outorga um mandato.

Mandatário: aquele que recebe um mandato, executor de mandato, representante, procurador.

Mandatório: obrigatório.

Obcecação: ato ou efeito de obcecar, teimosia, cegueira.

Obsessão: impertinência, perseguição, ideia fixa.

Ordinal: numeral que indica ordem ou série (primeiro, segundo, mi-lésimo, etc.).

Ordinário: comum, frequente, trivial, vulgar.

Original: com caráter próprio; inicial, primordial.

Originário: que provém de, oriundo; inicial, primitivo.

Paço: palácio real ou imperial; a corte.

Passo: ato de avançar ou recuar um pé para andar; caminho, eta-pa.

Pleito: questão em juízo, demanda, litígio, discussão: O pleito por mais escolas na região foi muito bem formulado.

Preito: sujeição, respeito, homenagem: Os alunos renderam preito ao antigo reitor.

Preceder: ir ou estar adiante de, anteceder, adiantar-se.

Proceder: originar-se, derivar, provir; levar a efeito, executar.

Pós- (prefixo): posterior a, que sucede, atrás de, após: pós-moderno, pós-operatório.

Pré- (prefixo): anterior a, que precede, à frente de, antes de: pré-modernista, pré-primário.

Pró (advérbio): em favor de, em defesa de. A maioria manifestou-se contra, mas dei meu parecer pró.

Preeminente: que ocupa lugar elevado, nobre, distinto.

Proeminente: alto, saliente, que se alteia acima do que o circunda.

Preposição: ato de prepor, preferência; palavra invariável que liga

constituintes da frase.

Proposição: ato de propor, proposta; máxima, sentença; afirmativa, asserção.

Presar: capturar, agarrar, apresar.

Prezar: respeitar, estimar muito, acatar.

Prescrever: fixar limites, ordenar de modo explícito, determinar; fi-car sem efeito, anular-se: O prazo para entrada do processo pres-creveu há dois meses.

Proscrever: abolir, extinguir, proibir, terminar; desterrar. O uso de várias substâncias psicotrópicas foi proscrito por recente portaria do Ministro.

Prever: ver antecipadamente, profetizar; calcular: A assessoria previu acertadamente o desfecho do caso.

Prover: providenciar, dotar, abastecer, nomear para cargo: O chefe do departamento de pessoal proveu os cargos vacantes.

Provir: originar-se, proceder; resultar: A dúvida provém (Os erros provêm) da falta de leitura.

Prolatar: proferir sentença, promulgar.

Protelar: adiar, prorrogar.

Ratificar: validar, confirmar, comprovar.

Retificar: corrigir, emendar, alterar: A diretoria ratificou a decisão após o texto ter sido retificado em suas passagens ambíguas.

Recrear: proporcionar recreio, divertir, alegrar.

Recriar: criar de novo.

Reincidir: tornar a incidir, recair, repetir.

Rescindir: dissolver, invalidar, romper, desfazer: Como ele reincidiu no erro, o contrato de trabalho foi rescindido.

Remição: ato de remir, resgate, quitação.

Remissão: ato de remitir, intermissão, intervalo; perdão, expiação.

Repressão: ato de reprimir, contenção, impedimento, proibição.

Repreensão: ato de repreender, enérgica admoestação, censura, advertência.

Ruço: grisalho, desbotado.

Russo: referente à Rússia, nascido naquele país; língua falada na Rússia.

Sanção: confirmação, aprovação; pena imposta pela lei ou por con-trato para punir sua infração.

Sansão: nome de personagem bíblico; certo tipo de guindaste.

Sedento: que tem sede; sequioso (var. p. us.: sedente).

Cedente: que cede, que dá.

Sobrescritar: endereçar, destinar, dirigir.

Subscritar: assinar, subscrever.

Sortir: variar, combinar, misturar.

Surtir: causar, originar, produzir (efeito).

Subentender: perceber o que não estava claramente exposto; su-por.

Subintender: exercer função de subintendente, dirigir.

Subtender: estender por baixo.

Sustar: interromper, suspender; parar, interromper-se (sustar-se).

Suster: sustentar, manter; fazer parar, deter.

Tacha: pequeno prego; mancha, defeito, pecha.

Taxa: espécie de tributo, tarifa.

Tachar: censurar, qualificar, acoimar: tachar alguém (tachá-lo) de subversivo.

Taxar: fixar a taxa de; regular, regrar: taxar mercadorias.

Tapar: fechar, cobrir, abafar.

Tampar: pôr tampa em.

Tenção: intenção, plano (deriv.: tencionar); assunto, tema.

Tensão: estado de tenso, rigidez (deriv.: tensionar); diferencial elé-trico.

Tráfego: trânsito de veículos, percurso, transporte.

Tráfico: negócio ilícito, comércio, negociação.

Trás: atrás, detrás, em seguida, após (cf. em locuções: de trás, por trás).

Traz: 3a pessoa do singular do presente do indicativo do verbo tra-zer.

Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam roupas.

Vestuário: as roupas que se vestem, traje.

Vultoso: de grande vulto, volumoso.

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 42

Vultuoso (p. us.): atacado de vultuosidade (congestão da face).

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS.

As palavras, em Língua Portuguesa, podem ser decompostas em vários

elementos chamados elementos mórficos ou elementos de estrutura das palavras.

Exs.: cinzeiro = cinza + eiro endoidecer = en + doido + ecer predizer = pre + dizer Os principais elementos móficos são :

RADICAL É o elemento mórfico em que está a ideia principal da palavra. Exs.: amarelecer = amarelo + ecer enterrar = en + terra + ar pronome = pro + nome PREFIXO É o elemento mórfico que vem antes do radical. Exs.: anti - herói in - feliz

SUFIXO É o elemento mórfico que vem depois do radical. Exs.: med - onho cear – ense

FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

A Língua Portuguesa, como qualquer língua viva, está sempre criando

novas palavras. Para criar suas novas palavras, a língua recorre a vários meios chamados processos de formação de palavras.

Os principais processos de formação das palavras são:

DERIVAÇÃO É a formação de uma nova palavra mediante o acréscimo de elementos à

palavra já existente: a) Por sufixação:

Acréscimo de um sufixo. Exs.: dent - ista , bel - íssimo. b) Por prefixação :

Acréscimo de um prefixo. Exs.: ab - jurar, ex - diretor. c) Por parassíntese:

Acréscimo de um prefixo e um sufixo. Exs.: en-fur-ecer, en-tard-ecer. d) Derivação imprópria:

Mudança das classes gramaticais das palavras. Exs.: andar (verbo) - o andar (substantivo). contra (preposição) - o contra (substantivo). fantasma (substantivo) - o homem fantasma (adjetivo). oliveira (subst. comum) - Maria de Oliveira (subst. próprio).

COMPOSIÇÃO É a formação de uma nova palavra, unindo-se palavras que já existem na

língua: a) Por justaposição : Nenhuma das palavras formadoras perde letra. Exs.: passatempo (= passa + tempo); tenente-coronel = tenente +

coronel). b) Por aglutinação: Pelo menos uma das palavras perde letra. Exs.: fidalgo (= filho + de + algo); embora (= em + boa + hora).

HIBRIDISMO É a criação de uma nova palavra mediante a união de palavras de

origens diferentes. Exs.: abreugrafia (português e grego), televisão (grego e latim),

zincografia (alemão e grego).

EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, AD-JETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PREPOSI-ÇÃO, CONJUNÇÃO (CLASSIFICAÇÃO E SENTIDO QUE IMPRI-

MEM ÀS RELAÇÕES ENTRE AS ORAÇÕES).

SUBSTANTIVOS

Substantivo é a palavra variável em gênero, número e grau, que dá nome

aos seres em geral. São, portanto, substantivos.

a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra, Valéria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado.

b) os nomes de ações, estados ou qualidades, tomados como seres: traba-lho, corrida, tristeza beleza altura. CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS

a) COMUM - quando designa genericamente qualquer elemento da espécie: rio, cidade, pais, menino, aluno

b) PRÓPRIO - quando designa especificamente um determinado elemento. Os substantivos próprios são sempre grafados com inicial maiúscula: To-cantins, Porto Alegre, Brasil, Martini, Nair.

c) CONCRETO - quando designa os seres de existência real ou não, pro-priamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. Verifi-que que é sempre possível visualizar em nossa mente o substantivo con-creto, mesmo que ele não possua existência real: casa, cadeira, caneta, fada, bruxa, saci.

d) ABSTRATO - quando designa as coisas que não existem por si, isto é, só existem em nossa consciência, como fruto de uma abstração, sendo, pois, impossível visualizá-lo como um ser. Os substantivos abstratos vão, portanto, designar ações, estados ou qualidades, tomados como seres: trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza. Os substantivos abstratos, via de regra, são derivados de verbos ou adje-tivos trabalhar - trabalho correr - corrida alto - altura belo - beleza

FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS a) PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua

portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal. b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da língua portuguesa:

florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro. c) SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, ódio,

tempo, sol. d) COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-de-

colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito, girassol.

COLETIVOS Coletivo é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo

de seres da mesma espécie. Veja alguns coletivos que merecem destaque: alavão - de ovelhas leiteiras alcateia - de lobos álbum - de fotografias, de selos antologia - de trechos literários escolhidos armada - de navios de guerra armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc) arquipélago - de ilhas assembleia - de parlamentares, de membros de associações atilho - de espigas de milho atlas - de cartas geográficas, de mapas banca - de examinadores bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios bando - de aves, de pessoal em geral

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 43

cabido - de cônegos cacho - de uvas, de bananas cáfila - de camelos cambada - de ladrões, de caranguejos, de chaves cancioneiro - de poemas, de canções caravana - de viajantes cardume - de peixes clero - de sacerdotes colmeia - de abelhas concílio - de bispos conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa congregação - de professores, de religiosos congresso - de parlamentares, de cientistas conselho - de ministros consistório - de cardeais sob a presidência do papa constelação - de estrelas corja - de vadios elenco - de artistas enxame - de abelhas enxoval - de roupas esquadra - de navios de guerra esquadrilha - de aviões falange - de soldados, de anjos farândola - de maltrapilhos fato - de cabras fauna - de animais de uma região feixe - de lenha, de raios luminosos flora - de vegetais de uma região frota - de navios mercantes, de táxis, de ônibus girândola - de fogos de artifício horda - de invasores, de selvagens, de bárbaros junta - de bois, médicos, de examinadores júri - de jurados legião - de anjos, de soldados, de demônios malta - de desordeiros manada - de bois, de elefantes matilha - de cães de caça ninhada - de pintos nuvem - de gafanhotos, de fumaça panapaná - de borboletas pelotão - de soldados penca - de bananas, de chaves pinacoteca - de pinturas plantel - de animais de raça, de atletas quadrilha - de ladrões, de bandidos ramalhete - de flores réstia - de alhos, de cebolas récua - de animais de carga romanceiro - de poesias populares resma - de papel revoada - de pássaros súcia - de pessoas desonestas vara - de porcos vocabulário - de palavras

FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero, número e

grau.

Gênero Em Português, o substantivo pode ser do gênero masculino ou femini-

no: o lápis, o caderno, a borracha, a caneta. Podemos classificar os substantivos em:

a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, são os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino: aluno/aluna homem/mulher menino /menina carneiro/ovelha Quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas pela alteração do radical, o substantivo denomina-se heterônimo: padrinho/madrinha bode/cabra

cavaleiro/amazona pai/mãe b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são os que apresentam uma única

forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se em:

1. Substantivos epicenos: são substantivos uniformes, que designam animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca. Caso se queira fazer a distinção entre o masculino e o feminino, deve-mos acrescentar as palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré fê-mea

2. Substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero é feita pelo arti-go, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estudante, a estudante, este dentista.

3. Substantivos sobrecomuns: são substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero não é especificada por ar-tigos ou outros determinantes, que serão invariáveis: a criança, o côn-juge, a pessoa, a criatura. Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim: uma criança do sexo masculino / o cônjuge do sexo feminino.

AIguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gênero:

São masculinos São femininos o anátema o telefonema o teorema o trema o edema o eclipse o lança-perfume o fibroma o estratagema o proclama

o grama (unidade de peso) o dó (pena, compaixão) o ágape o caudal o champanha o alvará o formicida o guaraná o plasma o clã

a abusão a aluvião a análise a cal a cataplasma a dinamite a comichão a aguardente

a derme a omoplata a usucapião a bacanal a líbido a sentinela a hélice

Mudança de Gênero com mudança de sentido Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido. Veja alguns exemplos: o cabeça (o chefe, o líder) o capital (dinheiro, bens) o rádio (aparelho receptor) o moral (ânimo) o lotação (veículo) o lente (o professor)

a cabeça (parte do corpo) a capital (cidade principal) a rádio (estação transmissora) a moral (parte da Filosofia, conclusão) a lotação (capacidade) a lente (vidro de aumento)

Plural dos Nomes Simples

1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S: casa, casas; pai, pais; imã, imãs; mãe, mães.

2. Os substantivos terminados em ÃO formam o plural em: a) ÕES (a maioria deles e todos os aumentativos): balcão, balcões; coração,

corações; grandalhão, grandalhões. b) ÃES (um pequeno número): cão, cães; capitão, capitães; guardião,

guardiães. c) ÃOS (todos os paroxítonos e um pequeno número de oxítonos): cristão,

cristãos; irmão, irmãos; órfão, órfãos; sótão, sótãos.

Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães; ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc. 3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazém,

armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns. 4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar,

lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens (ou abdômenes); hífen, hí-fens (ou hífenes). Obs: caráter, caracteres; Lúcifer, Lúciferes; cânon, cânones.

5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, ani-mais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis. Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules.

6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o plural em: fóssil, fósseis; réptil, répteis. Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l para S: barril, bar-ris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis.

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7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando paroxítonos: o pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxítonas ou monossílabos tôni-cos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento gráfico, português, portugueses; burguês, burgueses; mês, meses; ás, ases. São invariáveis: o cais, os cais; o xis, os xis. São invariáveis, também, os substantivos terminados em X com valor de KS: o tórax, os tórax; o ônix, os ônix.

8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o subs-tantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porém, o S do substantivo pri-mitivo: coração, coraçõezinhos; papelzinho, papeizinhos; cãozinho, cãezi-tos.

Substantivos só usados no plural afazeres arredores cãs confins férias núpcias olheiras viveres

anais belas-artes condolências exéquias fezes óculos pêsames copas, espadas, ouros e paus (naipes)

Plural dos Nomes Compostos

1. Somente o último elemento varia: a) nos compostos grafados sem hífen: aguardente, aguardentes; clara-

boia, claraboias; malmequer, malmequeres; vaivém, vaivéns; b) nos compostos com os prefixos grão, grã e bel: grão-mestre, grão-

mestres; grã-cruz, grã-cruzes; bel-prazer, bel-prazeres; c) nos compostos de verbo ou palavra invariável seguida de substantivo

ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; quebra-sol, quebra-sóis; guarda-comida, guarda-comidas; vice-reitor, vice-reitores; sempre-viva, sem-pre-vivas. Nos compostos de palavras repetidas mela-mela, mela-melas; recoreco, recorecos; tique-tique, tique-tiques)

2. Somente o primeiro elemento é flexionado: a) nos compostos ligados por preposição: copo-de-leite, copos-de-leite;

pinho-de-riga, pinhos-de-riga; pé-de-meia, pés-de-meia; burro-sem-rabo, burros-sem-rabo;

b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalidade ou limitando a significação do primeiro: pombo-correio, pombos-correio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espada; banana-maçã, bananas-maçã.

A tendência moderna é de pluralizar os dois elementos: pombos-correios, homens-rãs, navios-escolas, etc.

3. Ambos os elementos são flexionados: a) nos compostos de substantivo + substantivo: couve-flor, couves-

flores; redator-chefe, redatores-chefes; carta-compromisso, cartas-compromissos.

b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-versa): amor-perfeito, amores-perfeitos; gentil-homem, gentis-homens; cara-pálida, caras-pálidas.

São invariáveis: a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pi-

sa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo; b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os chove-não-

molha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo, os não-bebe-nem-desocupa-o-copo;

c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o perde-ganha, os perde-ganha.

Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como é o caso por exemplo, de: fruta-pão, fruta-pães ou frutas-pães; guarda-marinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, pa-dres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate.

Adjetivos Compostos Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento se flexiona.

Ex.:histórico-geográfico, histórico-geográficos; latino-americanos, latino-

americanos; cívico-militar, cívico-militares. 1) Os adjetivos compostos referentes a cores são invariáveis, quando o

segundo elemento é um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos amarelo-ouro, paredes azul-piscina.

2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: sur-dos-mudos > surdas-mudas.

3) O composto azul-marinho é invariável: gravatas azul-marinho.

Graus do substantivo Dois são os graus do substantivo - o aumentativo e o diminutivo, os quais

podem ser: sintéticos ou analíticos.

Analítico Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuição do tama-

nho: boca pequena, prédio imenso, livro grande.

Sintético Constrói-se com o auxílio de sufixos nominais aqui apresentados.

Principais sufixos aumentativos AÇA, AÇO, ALHÃO, ANZIL, ÃO, ARÉU, ARRA, ARRÃO, ASTRO, ÁZIO,

ORRA, AZ, UÇA. Ex.: A barcaça, ricaço, grandalhão, corpanzil, caldeirão, povaréu, bocarra, homenzarrão, poetastro, copázio, cabeçorra, lobaz, dentu-ça.

Principais Sufixos Diminutivos ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, TIM, ZINHO,

ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, ÚNCULO, ULA, USCO. Exs.: lobacho, montículo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flautim, pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, glóbulo, homúncula, apícula, velhusco.

Observações: • Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, adqui-

rem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha, etc. Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaréu, fogaréu, etc.

• É usual o emprego dos sufixos diminutivos dando às palavras valor afe-tivo: Joãozinho, amorzinho, etc.

• Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo é meramente for-mal, pois não dão à palavra nenhum daqueles dois sentidos: cartaz, ferrão, papelão, cartão, folhinha, etc.

• Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e di-minutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, bon-zinho, pequenito.

Apresentamos alguns substantivos heterônimos ou desconexos. Em lu-

gar de indicarem o gênero pela flexão ou pelo artigo, apresentam radicais diferentes para designar o sexo:

bode - cabra burro - besta carneiro - ovelha cão - cadela cavalheiro - dama compadre - comadre frade - freira frei – soror

genro - nora padre - madre padrasto - madrasta padrinho - madrinha pai - mãe veado - cerva zangão - abelha etc.

ADJETIVOS

FLEXÃO DOS ADJETIVOS

Gênero Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser: a) Uniforme: quando apresenta uma única forma para os dois gêne-

ros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mu-lher simples; aluno feliz - aluna feliz.

b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, ou-tra para o feminino: homem simpático / mulher simpática / homem alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa

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Observação: no que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é se-

melhante a dos substantivos.

Número a) Adjetivo simples Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os

substantivos simples: pessoa honesta pessoas honestas regra fácil regras fáceis homem feliz homens felizes Observação: os substantivos empregados como adjetivos ficam in-

variáveis: blusa vinho blusas vinho camisa rosa camisas rosa b) Adjetivos compostos Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último ele-

mento varia, tanto em gênero quanto em número: acordos sócio-político-econômico acordos sócio-político-econômicos causa sócio-político-econômica causas sócio-político-econômicas acordo luso-franco-brasileiro acordo luso-franco-brasileiros lente côncavo-convexa lentes côncavo-convexas camisa verde-clara camisas verde-claras sapato marrom-escuro sapatos marrom-escuros Observações: 1) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável: camisa verde-abacate camisas verde-abacate sapato marrom-café sapatos marrom-café blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro 2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis: blusa azul-marinho blusas azul-marinho camisa azul-celeste camisas azul-celeste 3) No adjetivo composto (como já vimos) surdo-mudo, ambos os elementos

variam: menino surdo-mudo meninos surdos-mudos menina surda-muda meninas surdas-mudas

Graus do Adjetivo As variações de intensidade significativa dos adjetivos podem ser ex-

pressas em dois graus: - o comparativo - o superlativo Comparativo Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma

outra qualidade que o próprio ser possui, podemos concluir que ela é igual, superior ou inferior. Daí os três tipos de comparativo:

- Comparativo de igualdade: O espelho é tão valioso como (ou quanto) o vitral. Pedro é tão saudável como (ou quanto) inteligente.

- Comparativo de superioridade: O aço é mais resistente que (ou do que) o ferro. Este automóvel é mais confortável que (ou do que) econômico.

- Comparativo de inferioridade: A prata é menos valiosa que (ou do que) o ouro. Este automóvel é menos econômico que (ou do que) confortável.

Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de intensi-

dade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo: - Superlativo absoluto

Neste caso não comparamos a qualidade com a de outro ser: Esta cidade é poluidíssima. Esta cidade é muito poluída.

- Superlativo relativo Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a a outros seres: Este rio é o mais poluído de todos. Este rio é o menos poluído de todos.

Observe que o superlativo absoluto pode ser sintético ou analítico: - Analítico: expresso com o auxílio de um advérbio de intensidade -

muito trabalhador, excessivamente frágil, etc. - Sintético: expresso por uma só palavra (adjetivo + sufixo) – anti-

quíssimo: cristianíssimo, sapientíssimo, etc.

Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, para o compara-tivo e o superlativo, as seguintes formas especiais:

NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO ABSOLUTO RELATIVO

bom melhor ótimo melhor

mau pior péssimo pior

grande maior máximo maior

pequeno menor mínimo menor

Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintéticos:

acre - acérrimo agradável - agradabilíssimo amargo - amaríssimo amigo - amicíssimo áspero - aspérrimo audaz - audacíssimo benévolo - benevolentíssimo célebre - celebérrimo cruel - crudelíssimo eficaz - eficacíssimo fiel - fidelíssimo frio - frigidíssimo incrível - incredibilíssimo íntegro - integérrimo livre - libérrimo magro - macérrimo manso - mansuetíssimo negro - nigérrimo (negríssimo) pessoal - personalíssimo possível - possibilíssimo próspero - prospérrimo público - publicíssimo sábio - sapientíssimo salubre - salubérrimo simples – simplicíssimo terrível - terribilíssimo velho - vetérrimo voraz - voracíssimo

ágil - agílimo agudo - acutíssimo amável - amabilíssimo antigo - antiquíssimo atroz - atrocíssimo benéfico - beneficentíssimo capaz - capacíssimo cristão - cristianíssimo doce - dulcíssimo feroz - ferocíssimo frágil - fragilíssimo humilde - humílimo (humildíssimo) inimigo - inimicíssimo jovem - juveníssimo magnífico - magnificentíssimo maléfico - maleficentíssimo miúdo - minutíssimo nobre - nobilíssimo pobre - paupérrimo (pobríssimo) preguiçoso - pigérrimo provável - probabilíssimo pudico - pudicíssimo sagrado - sacratíssimo sensível - sensibilíssimo tenro - tenerissimo tétrico - tetérrimo visível - visibilíssimo vulnerável - vuInerabilíssimo

Adjetivos Gentílicos e Pátrios Argélia – argelino Bizâncio - bizantino Bóston - bostoniano Bragança - bragantino Bucareste - bucarestino, -bucarestense Cairo - cairota Canaã - cananeu Catalunha - catalão Chicago - chicaguense Coimbra - coimbrão, conim-bricense Córsega - corso Croácia - croata Egito - egípcio Equador - equatoriano Filipinas - filipino Florianópolis - florianopolitano Fortaleza - fortalezense Gabão - gabonês

Bagdá - bagdali Bogotá - bogotano Braga - bracarense Brasília - brasiliense Buenos Aires - portenho, buenairense Campos - campista Caracas - caraquenho Ceilão - cingalês Chipre - cipriota Córdova - cordovês Creta - cretense Cuiabá - cuiabano EI Salvador - salvadorenho Espírito Santo - espírito-santense, capixaba Évora - eborense Finlândia - finlandês Formosa - formosano Foz do lguaçu - iguaçuense Galiza - galego

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Genebra - genebrino Goiânia - goianense Groenlândia - groenlandês Guiné - guinéu, guineense Himalaia - himalaico Hungria - húngaro, magiar Iraque - iraquiano João Pessoa - pessoense La Paz - pacense, pacenho Macapá - macapaense Maceió - maceioense Madri - madrileno Marajó - marajoara Moçambique - moçambicano Montevidéu - montevideano Normândia - normando Pequim - pequinês Porto - portuense Quito - quitenho Santiago - santiaguense São Paulo (Est.) - paulista São Paulo (cid.) - paulistano Terra do Fogo - fueguino Três Corações - tricordiano Tripoli - tripolitano Veneza - veneziano

Gibraltar - gibraltarino Granada - granadino Guatemala - guatemalteco Haiti - haitiano Honduras - hondurenho Ilhéus - ilheense Jerusalém - hierosolimita Juiz de Fora - juiz-forense Lima - limenho Macau - macaense Madagáscar - malgaxe Manaus - manauense Minho - minhoto Mônaco - monegasco Natal - natalense Nova lguaçu - iguaçuano Pisa - pisano Póvoa do Varzim - poveiro Rio de Janeiro (Est.) - fluminense Rio de Janeiro (cid.) - carioca Rio Grande do Norte - potiguar Salvador – salvadorenho, soteropolitano Toledo - toledano Rio Grande do Sul - gaúcho Varsóvia - varsoviano Vitória - vitoriense

Locuções Adjetivas As expressões de valor adjetivo, formadas de preposições mais subs-

tantivos, chamam-se LOCUÇÕES ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem ser substituídas por um adjetivo correspondente.

PRONOMES

Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa, que repre-

senta ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso. Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome substantivo.

• Ele chegou. (ele) • Convidei-o. (o) Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a ex-

tensão de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo. • Esta casa é antiga. (esta) • Meu livro é antigo. (meu)

Classificação dos Pronomes Há, em Português, seis espécies de pronomes: • pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e as formas oblíquas

de tratamento: • possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexões; • demonstrativos: este, esse, aquele e flexões; isto, isso, aquilo; • relativos: o qual, cujo, quanto e flexões; que, quem, onde; • indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vá-

rios, tanto quanto, qualquer e flexões; alguém, ninguém, tudo, ou-trem, nada, cada, algo.

• interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases in-terrogativas.

PRONOMES PESSOAIS Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do dis-

curso: 1ª pessoa: quem fala, o emissor.

Eu sai (eu) Nós saímos (nós) Convidaram-me (me) Convidaram-nos (nós)

2ª pessoa: com quem se fala, o receptor. Tu saíste (tu) Vós saístes (vós) Convidaram-te (te)

Convidaram-vos (vós) 3ª pessoa: de que ou de quem se fala, o referente.

Ele saiu (ele) Eles sairam (eles) Convidei-o (o) Convidei-os (os)

Os pronomes pessoais são os seguintes:

NÚMERO PESSOA CASO RETO CASO OBLÍQUO singular 1ª

2ª 3ª

eu tu

ele, ela

me, mim, comigo te, ti, contigo

se, si, consigo, o, a, lhe plural 1ª

2ª 3ª

nós vós

eles, elas

nós, conosco vós, convosco

se, si, consigo, os, as, lhes

PRONOMES DE TRATAMENTO Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tra-

tamento. Referem-se à pessoa a quem se fala, embora a concordância deva ser feita com a terceira pessoa. Convém notar que, exceção feita a você, esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso.

Veja, a seguir, alguns desses pronomes: PRONOME ABREV. EMPREGO Vossa Alteza V. A. príncipes, duques Vossa Eminência V .Ema cardeais

Vossa Excelência V.Exa altas autoridades em geral Vossa Magnificência V. Mag a reitores de universidades Vossa Reverendíssima V. Revma sacerdotes em geral Vossa Santidade V.S. papas Vossa Senhoria V.Sa funcionários graduados Vossa Majestade V.M. reis, imperadores

São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, você, vo-

cês.

EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS 1. Os pronomes pessoais do caso reto (EU, TU, ELE/ELA, NÓS, VÓS,

ELES/ELAS) devem ser empregados na função sintática de sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento: Convidaram ELE para a festa (errado) Receberam NÓS com atenção (errado) EU cheguei atrasado (certo) ELE compareceu à festa (certo)

2. Na função de complemento, usam-se os pronomes oblíquos e não os pronomes retos: Convidei ELE (errado) Chamaram NÓS (errado) Convidei-o. (certo) Chamaram-NOS. (certo)

3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipados de preposi-ção, passam a funcionar como oblíquos. Neste caso, considera-se cor-reto seu emprego como complemento: Informaram a ELE os reais motivos. Emprestaram a NÓS os livros. Eles gostam muito de NÓS.

4. As formas EU e TU só podem funcionar como sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento: Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado) Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo)

Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas de

preposição, não se usam as formas retas EU e TU, mas as formas oblíquas MIM e TI:

Ninguém irá sem EU. (errado) Nunca houve discussões entre EU e TU. (errado) Ninguém irá sem MIM. (certo) Nunca houve discussões entre MIM e TI. (certo)

Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas EU e

TU mesmo precedidas por preposição: quando essas formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo.

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Deram o livro para EU ler (ler: sujeito) Deram o livro para TU leres (leres: sujeito)

Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU é obri-

gatório, na medida em que tais pronomes exercem a função sintática de sujeito. 5. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados

somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construção em que os referidos pronomes não sejam reflexivos: Querida, gosto muito de SI. (errado) Preciso muito falar CONSIGO. (errado) Querida, gosto muito de você. (certo) Preciso muito falar com você. (certo)

Observe que nos exemplos que seguem não há erro algum, pois os

pronomes SE, SI, CONSIGO, foram empregados como reflexivos: Ele feriu-se Cada um faça por si mesmo a redação O professor trouxe as provas consigo

6. Os pronomes oblíquos CONOSCO e CONVOSCO são utilizados

normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, tais pronomes devem ser substituídos pela forma analítica: Queriam falar conosco = Queriam falar com nós dois Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vós próprios.

7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados entre si. As com-binações possíveis são as seguintes: me+o=mo te+o=to lhe+o=lho nos + o = no-lo vos + o = vo-lo lhes + o = lho

me + os = mos te + os = tos lhe + os = lhos nos + os = no-los vos + os = vo-los lhes + os = lhos

A combinação também é possível com os pronomes oblíquos femininos

a, as. me+a=ma me + as = mas te+a=ta te + as = tas

- Você pagou o livro ao livreiro? - Sim, paguei-LHO.

Verifique que a forma combinada LHO resulta da fusão de LHE (que

representa o livreiro) com O (que representa o livro). 8. As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre empregadas como

complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas LHE, LHES são empregadas como complemento de verbos transitivos indiretos: O menino convidou-a. (V.T.D ) O filho obedece-lhe. (V.T. l ) Consideram-se erradas construções em que o pronome O (e flexões)

aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as construções em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de verbos transitivos diretos:

Eu lhe vi ontem. (errado) Nunca o obedeci. (errado) Eu o vi ontem. (certo) Nunca lhe obedeci. (certo)

9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar

como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblíquo será sujeito desse in-finitivo: Deixei-o sair. Vi-o chegar. Sofia deixou-se estar à janela.

É fácil perceber a função do sujeito dos pronomes oblíquos, desenvol-

vendo as orações reduzidas de infinitivo: Deixei-o sair = Deixei que ele saísse.

10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos: A mim, ninguém me engana. A ti tocou-te a máquina mercante. Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleonas-

mo vicioso e sim ênfase. 11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivo,

exercendo função sintática de adjunto adnominal: Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro. Não escutei-lhe os conselhos = Não escutei os seus conselhos.

12. As formas plurais NÓS e VÓS podem ser empregadas para representar

uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de mo-déstia: Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes. Vós sois minha salvação, meu Deus!

13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando

nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por SUA, quando falamos dessa pessoa: Ao encontrar o governador, perguntou-lhe: Vossa Excelência já aprovou os projetos? Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração.

14. VOCÊ e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE,

VOSSA ALTEZA) embora se refiram à pessoa com quem falamos (2ª pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como pronomes de terceira pessoa: Você trouxe seus documentos? Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus problemas. COLOCAÇÃO DE PRONOMES Em relação ao verbo, os pronomes átonos (ME, TE, SE, LHE, O, A,

NÓS, VÓS, LHES, OS, AS) podem ocupar três posições: 1. Antes do verbo - próclise

Eu te observo há dias. 2. Depois do verbo - ênclise

Observo-te há dias. 3. No interior do verbo - mesóclise Observar-te-ei sempre.

Ênclise Na linguagem culta, a colocação que pode ser considerada normal é a

ênclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento direto ou indireto.

O pai esperava-o na estação agitada. Expliquei-lhe o motivo das férias.

Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a

ênclise é a colocação recomendada nos seguintes casos: 1. Quando o verbo iniciar a oração: Voltei-me em seguida para o céu límpido. 2. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de pausa: Como eu achasse muito breve, explicou-se. 3. Com o imperativo afirmativo: Companheiros, escutai-me. 4. Com o infinitivo impessoal: A menina não entendera que engorda-las seria apressar-lhes um

destino na mesa. 5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM: E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo. 6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética. A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena moeda de meio

franco.

Próclise Na linguagem culta, a próclise é recomendada:

1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos, interrogativos e conjunções. As crianças que me serviram durante anos eram bichos. Tudo me parecia que ia ser comida de avião.

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Quem lhe ensinou esses modos? Quem os ouvia, não os amou. Que lhes importa a eles a recompensa? Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.

2. Nas orações optativas (que exprimem desejo): Papai do céu o abençoe. A terra lhes seja leve.

3. Com o gerúndio precedido da preposição EM: Em se animando, começa a contagiar-nos. Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse.

4. Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja pausa entre eles. Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova. Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra.

Mesóclise Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente

e do futuro do pretérito do indicativo, desde que estes verbos não estejam precedidos de palavras que reclamem a próclise.

Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris. Dir-se-ia vir do oco da terra. Mas: Não me lembrarei de alguns belos dias em Paris. Jamais se diria vir do oco da terra. Com essas formas verbais a ênclise é inadmissível: Lembrarei-me (!?) Diria-se (!?) O Pronome Átono nas Locuções Verbais

1. Auxiliar + infinitivo ou gerúndio - o pronome pode vir proclítico ou enclítico ao auxiliar, ou depois do verbo principal. Podemos contar-lhe o ocorrido. Podemos-lhe contar o ocorrido. Não lhes podemos contar o ocorrido. O menino foi-se descontraindo. O menino foi descontraindo-se. O menino não se foi descontraindo.

2. Auxiliar + particípio passado - o pronome deve vir enclítico ou proclítico ao auxiliar, mas nunca enclítico ao particípio. "Outro mérito do positivismo em relação a mim foi ter-me levado a Des-cartes ." Tenho-me levantado cedo. Não me tenho levantado cedo.

O uso do pronome átono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o

auxiliar e o gerúndio, já está generalizado, mesmo na linguagem culta. Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, é o da colocação do pronome no início da oração, o que se deve evitar na lingua-gem escrita.

PRONOMES POSSESSIVOS Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribu-

indo-lhes a posse de alguma coisa. Quando digo, por exemplo, “meu livro”, a palavra “meu” informa que o

livro pertence a 1ª pessoa (eu) Eis as formas dos pronomes possessivos: 1ª pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS. 2ª pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS. 3ª pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS. 1ª pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS. 2ª pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS. 3ª pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS.

Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referir-se à 3ª pessoa

(seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa do discurso (seu pai = o pai de você).

Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem margem a ambigui-

dade, devem ser substituídos pelas expressões dele(s), dela(s). Ex.:Você bem sabe que eu não sigo a opinião dele. A opinião dela era que Camilo devia tornar à casa deles. Eles batizaram com o nome delas as águas deste rio. Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-los pelos pro-

nomes oblíquos comunica á frase desenvoltura e elegância. Crispim Soares beijou-lhes as mãos agradecido (em vez de: beijou as

suas mãos). Não me respeitava a adolescência. A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face. O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos. Além da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir: 1. Cálculo aproximado, estimativa: Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos 2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se á personagem de uma história O nosso homem não se deu por vencido. Chama-se Falcão o meu homem 3. O mesmo que os indefinidos certo, algum Eu cá tenho minhas dúvidas Cornélio teve suas horas amargas 4. Afetividade, cortesia Como vai, meu menino? Não os culpo, minha boa senhora, não os culpo No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de paren-

tes de família. É assim que um moço deve zelar o nome dos seus? Podem os possessivos ser modificados por um advérbio de intensida-

de. Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão seu, quando

não sabia o que dizer.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a posição da

coisa designada em relação à pessoa gramatical. Quando digo “este livro”, estou afirmando que o livro se encontra perto

de mim a pessoa que fala. Por outro lado, “esse livro” indica que o livro está longe da pessoa que fala e próximo da que ouve; “aquele livro” indica que o livro está longe de ambas as pessoas.

Os pronomes demonstrativos são estes: ESTE (e variações), isto = 1ª pessoa ESSE (e variações), isso = 2ª pessoa AQUELE (e variações), próprio (e variações) MESMO (e variações), próprio (e variações) SEMELHANTE (e variação), tal (e variação)

Emprego dos Demonstrativos 1. ESTE (e variações) e ISTO usam-se: a) Para indicar o que está próximo ou junto da 1ª pessoa (aquela que

fala). Este documento que tenho nas mãos não é meu. Isto que carregamos pesa 5 kg. b) Para indicar o que está em nós ou o que nos abrange fisicamente: Este coração não pode me trair. Esta alma não traz pecados. Tudo se fez por este país.. c) Para indicar o momento em que falamos: Neste instante estou tranquilo. Deste minuto em diante vou modificar-me. d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas próximo do

momento em que falamos: Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile. Esta noite (= a noite que passou) não dormi bem. Um dia destes estive em Porto Alegre. e) Para indicar que o período de tempo é mais ou menos extenso e no

qual se inclui o momento em que falamos: Nesta semana não choveu.

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Neste mês a inflação foi maior. Este ano será bom para nós. Este século terminará breve. f) Para indicar aquilo de que estamos tratando: Este assunto já foi discutido ontem. Tudo isto que estou dizendo já é velho. g) Para indicar aquilo que vamos mencionar: Só posso lhe dizer isto: nada somos. Os tipos de artigo são estes: definidos e indefinidos. 2. ESSE (e variações) e ISSO usam-se: a) Para indicar o que está próximo ou junto da 2ª pessoa (aquela com

quem se fala): Esse documento que tens na mão é teu? Isso que carregas pesa 5 kg. b) Para indicar o que está na 2ª pessoa ou que a abrange fisicamente: Esse teu coração me traiu. Essa alma traz inúmeros pecados. Quantos vivem nesse pais? c) Para indicar o que se encontra distante de nós, ou aquilo de que dese-

jamos distância: O povo já não confia nesses políticos. Não quero mais pensar nisso. d) Para indicar aquilo que já foi mencionado pela 2ª pessoa: Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde. O que você quer dizer com isso? e) Para indicar tempo passado, não muito próximo do momento em que

falamos: Um dia desses estive em Porto Alegre. Comi naquele restaurante dia desses. f) Para indicar aquilo que já mencionamos: Fugir aos problemas? Isso não é do meu feitio. Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia não está muito distan-

te. 3. AQUELE (e variações) e AQUILO usam-se: a) Para indicar o que está longe das duas primeiras pessoas e refere-se á

3ª. Aquele documento que lá está é teu? Aquilo que eles carregam pesa 5 kg. b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante. Naquele instante estava preocupado. Daquele instante em diante modifiquei-me. Usamos, ainda, aquela semana, aquele mês, aquele ano, aquele

século, para exprimir que o tempo já decorreu. 4. Quando se faz referência a duas pessoas ou coisas já mencionadas,

usa-se este (ou variações) para a última pessoa ou coisa e aquele (ou variações) para a primeira:

Ao conversar com lsabel e Luís, notei que este se encontrava nervoso e aquela tranquila.

5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela preposição DE, pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural:

Você teria coragem de proferir um palavrão desses, Rose? Com um frio destes não se pode sair de casa. Nunca vi uma coisa daquelas. 6. MESMO e PRÓPRIO variam em gênero e número quando têm caráter

reforçativo: Zilma mesma (ou própria) costura seus vestidos. Luís e Luísa mesmos (ou próprios) arrumam suas camas. 7. O (e variações) é pronome demonstrativo quando equivale a AQUILO,

ISSO ou AQUELE (e variações). Nem tudo (aquilo) que reluz é ouro. O (aquele) que tem muitos vícios tem muitos mestres. Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames. A sorte é mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela não ama os

homens superiores. 8. NISTO, em início de frase, significa ENTÃO, no mesmo instante: A menina ia cair, nisto, o pai a segurou 9. Tal é pronome demonstrativo quando tomado na acepção DE ESTE,

ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO. Tal era a situação do país. Não disse tal. Tal não pôde comparecer.

Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitu-des tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompanha QUE, formando a expressão que tal? (? que lhe parece?) em frases como Que tal minha filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo DE QUAL ou OUTRO TAL:

Suas manias eram tais quais as minhas. A mãe era tal quais as filhas. Os filhos são tais qual o pai. Tal pai, tal filho. É pronome substantivo em frases como: Não encontrarei tal (= tal coisa). Não creio em tal (= tal coisa)

PRONOMES RELATIVOS Veja este exemplo: Armando comprou a casa QUE lhe convinha. A palavra que representa o nome casa, relacionando-se com o termo

casa é um pronome relativo. PRONOMES RELATIVOS são palavras que representam nomes já re-

feridos, com os quais estão relacionados. Daí denominarem-se relativos. A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente.

No exemplo dado, o antecedente é casa. Outros exemplos de pronomes relativos: Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos. O lugar onde paramos era deserto. Traga tudo quanto lhe pertence. Leve tantos ingressos quantos quiser. Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do concurso? Eis o quadro dos pronomes relativos:

VARIÁVEIS INVARIÁVEIS

Masculino Feminino o qual

os quais a qual

as quais quem

cujo cujos cuja cujas que quanto quantos

quanta quantas onde

Observações:

1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente, vem sempre antecedido de preposição, e equivale a O QUAL. O médico de quem falo é meu conterrâneo.

2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem sempre um substantivo sem artigo. Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar?

3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedidos de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. Tenho tudo quanto quero. Leve tantos quantos precisar. Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou.

4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a EM QUE.

A casa onde (= em que) moro foi de meu avô.

PRONOMES INDEFINIDOS Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, designando-a de

modo vago, impreciso, indeterminado. 1. São pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUÉM, FULANO,

SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUÉM, OUTREM, QUEM, TUDO Exemplos: Algo o incomoda? Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve. Não faças a outrem o que não queres que te façam. Quem avisa amigo é. Encontrei quem me pode ajudar. Ele gosta de quem o elogia.

2. São pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, CERTA CERTAS.

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Cada povo tem seus costumes. Certas pessoas exercem várias profissões. Certo dia apareceu em casa um repórter famoso.

PRONOMES INTERROGATIVOS Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de

modo impreciso à 3ª pessoa do discurso. Exemplos: Que há? Que dia é hoje? Reagir contra quê? Por que motivo não veio? Quem foi? Qual será? Quantos vêm? Quantas irmãs tens?

VERBO

CONCEITO “As palavras em destaque no texto abaixo exprimem ações, situando-

as no tempo. Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a re-

ceita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, farinha e gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas. Assim fiz. Morreram.”

(Clarice Lispector) Essas palavras são verbos. O verbo também pode exprimir:

a) Estado: Não sou alegre nem sou triste. Sou poeta. b) Mudança de estado: Meu avô foi buscar ouro. Mas o ouro virou terra. c) Fenômeno:

Chove. O céu dorme.

VERBO é a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de estado e fenômeno, situando-se no tempo.

FLEXÕES O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de fle-

xões na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em si diversas informações. A forma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica:

• a ação de cantar. • a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós). • o número gramatical (plural). • o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito). • o modo como é encarada a ação: um fato realmente acontecido no

passado (indicativo). • que o sujeito pratica a ação (voz ativa).

Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, tempo e voz.

1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural: O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular). Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural). 2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas gramaticais: 1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeço. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NÓS. Ex.: Nós adorme-

cemos. 2ª pessoa: aquela que ouve. Pode ser a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VÓS. Ex.:Vós adormeceis. 3ª pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela

adormece. b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.: Eles

adormecem. 3. MODO: é a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do falante

em relação ao fato que comunica. Há três modos em português. a) indicativo: a atitude do falante é de certeza diante do fato. A cachorra Baleia corria na frente. b) subjuntivo: a atitude do falante é de dúvida diante do fato. Talvez a cachorra Baleia corra na frente . c) imperativo: o fato é enunciado como uma ordem, um conselho, um

pedido Corra na frente, Baleia. 4. TEMPO: é a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no tempo,

em relação ao momento em que se fala. Os três tempos básicos são: a) presente: a ação ocorre no momento em que se fala: Fecho os olhos, agito a cabeça. b) pretérito (passado): a ação transcorreu num momento anterior àquele

em que se fala: Fechei os olhos, agitei a cabeça. c) futuro: a ação poderá ocorrer após o momento em que se fala: Fecharei os olhos, agitarei a cabeça. O pretérito e o futuro admitem subdivisões, o que não ocorre com o

presente. Veja o esquema dos tempos simples em português:

Presente (falo) INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei) Imperfeito (falava) Mais- que-perfeito (falara) Futuro do presente (falarei) do pretérito (falaria) Presente (fale) SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse)

Futuro (falar)

Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esquema dos tempos simples.

Infinitivo impessoal (falar) Pessoal (falar eu, falares tu, etc.) FORMAS NOMINAIS Gerúndio (falando)

Particípio (falado) 5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser: a) agente do fato expresso. O carroceiro disse um palavrão. (sujeito agente) O verbo está na voz ativa. b) paciente do fato expresso: Um palavrão foi dito pelo carroceiro. (sujeito paciente) O verbo está na voz passiva. c) agente e paciente do fato expresso: O carroceiro machucou-se. (sujeito agente e paciente) O verbo está na voz reflexiva. 6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o nome de

rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está no radical. Falo - Estudam. Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está

fora do radical. Falamos - Estudarei. 7. CLASSIFICACÃO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em: a) regulares - são aqueles que possuem as desinências normais de sua

conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical: canto - cantei - cantarei – cantava - cantasse.

b) irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências: faço - fiz - farei - fizesse.

c) defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa, como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fe-nômenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc.

d) abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, essa característica ocorre no particípio: ma-tado - morto - enxugado - enxuto.

e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua conju-gação.

verbo ser: sou - fui

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verbo ir: vou - ia

QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO 1. Pessoais: são aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou

explícito. Quase todos os verbos são pessoais. O Nino apareceu na porta. 2. Impessoais: são aqueles que não se referem a qualquer sujeito implíci-

to ou explícito. São utilizados sempre na 3ª pessoa. São impessoais: a) verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar,

etc. Garoava na madrugada roxa. b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer: Houve um espetáculo ontem. Há alunos na sala. Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos

claros. c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico. Fazia dois anos que eu estava casado. Faz muito frio nesta região?

O VERBO HAVER (empregado impessoalmente) O verbo haver é impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente na

3ª pessoa do singular - quando significa: 1) EXISTIR

Há pessoas que nos querem bem. Criaturas infalíveis nunca houve nem haverá. Brigavam à toa, sem que houvesse motivos sérios. Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores.

2) ACONTECER, SUCEDER Houve casos difíceis na minha profissão de médico. Não haja desavenças entre vós. Naquele presídio havia frequentes rebeliões de presos.

3) DECORRER, FAZER, com referência ao tempo passado: Há meses que não o vejo. Haverá nove dias que ele nos visitou. Havia já duas semanas que Marcos não trabalhava. O fato aconteceu há cerca de oito meses. Quando pode ser substituído por FAZIA, o verbo HAVER concorda no pretérito imperfeito, e não no presente: Havia (e não HÁ) meses que a escola estava fechada. Morávamos ali havia (e não HÁ) dois anos. Ela conseguira emprego havia (e não HÁ) pouco tempo. Havia (e não HÁ) muito tempo que a policia o procurava.

4) REALIZAR-SE Houve festas e jogos. Se não chovesse, teria havido outros espetáculos. Todas as noites havia ensaios das escolas de samba.

5) Ser possível, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e seguido de infinitivo): Em pontos de ciência não há transigir. Não há contê-lo, então, no ímpeto. Não havia descrer na sinceridade de ambos. Mas olha, Tomásia, que não há fiar nestas afeiçõezinhas. E não houve convencê-lo do contrário. Não havia por que ficar ali a recriminar-se.

Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locução adverbial de

há muito (= desde muito tempo, há muito tempo): De há muito que esta árvore não dá frutos. De há muito não o vejo. O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com

ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª pessoa do singular:

Vai haver eleições em outubro. Começou a haver reclamações. Não pode haver umas sem as outras. Parecia haver mais curiosos do que interessados. Mas haveria outros defeitos, devia haver outros. A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO. Pode ser

construída de três modos: Hajam vista os livros desse autor. Haja vista os livros desse autor. Haja vista aos livros desse autor.

CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o

sentido da frase. Exemplo: Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa) A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva) Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa

passará a agente da passiva e o verbo assumirá a forma passiva, conser-vando o mesmo tempo.

Outros exemplos: Os calores intensos provocam as chuvas. As chuvas são provocadas pelos calores intensos. Eu o acompanharei. Ele será acompanhado por mim. Todos te louvariam. Serias louvado por todos. Prejudicaram-me. Fui prejudicado. Condenar-te-iam. Serias condenado. EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS

a) Presente Emprega-se o presente do indicativo para assinalar: - um fato que ocorre no momento em que se fala. Eles estudam silenciosamente. Eles estão estudando silenciosamente. - uma ação habitual. Corra todas as manhãs. - uma verdade universal (ou tida como tal): O homem é mortal. A mulher ama ou odeia, não há outra alternativa. - fatos já passados. Usa-se o presente em lugar do pretérito para dar

maior realce à narrativa. Em 1748, Montesquieu publica a obra "O Espírito das Leis". É o chamado presente histórico ou narrativo. - fatos futuros não muito distantes, ou mesmo incertos: Amanhã vou à escola. Qualquer dia eu te telefono. b) Pretérito Imperfeito Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para designar: - um fato passado contínuo, habitual, permanente: Ele andava à toa. Nós vendíamos sempre fiado. - um fato passado, mas de incerta localização no tempo. É o que ocorre

por exemplo, no inicio das fábulas, lendas, histórias infantis. Era uma vez... - um fato presente em relação a outro fato passado. Eu lia quando ele chegou. c) Pretérito Perfeito Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo para referir um fato já

ocorrido, concluído. Estudei a noite inteira. Usa-se a forma composta para indicar uma ação que se prolonga até o

momento presente. Tenho estudado todas as noites. d) Pretérito mais-que-perfeito Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ação passada em

relação a outro fato passado (ou seja, é o passado do passado): A bola já ultrapassara a linha quando o jogador a alcançou. e) Futuro do Presente Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apontar um fato

futuro em relação ao momento em que se fala. Irei à escola. f) Futuro do Pretérito

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Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo para assinalar: - um fato futuro, em relação a outro fato passado. - Eu jogaria se não tivesse chovido. - um fato futuro, mas duvidoso, incerto. - Seria realmente agradável ter de sair? Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretérito indica polidez e às

vezes, ironia. - Daria para fazer silêncio?!

Modo Subjuntivo a) Presente Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar: - um fato presente, mas duvidoso, incerto. Talvez eles estudem... não sei. - um desejo, uma vontade: Que eles estudem, este é o desejo dos pais e dos professores. b) Pretérito Imperfeito Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar uma

hipótese, uma condição. Se eu estudasse, a história seria outra. Nós combinamos que se chovesse não haveria jogo. e) Pretérito Perfeito Emprega-se o pretérito perfeito composto do subjuntivo para apontar

um fato passado, mas incerto, hipotético, duvidoso (que são, afinal, as características do modo subjuntivo).

Que tenha estudado bastante é o que espero. d) Pretérito Mais-Que-Perfeito - Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito

do subjuntivo para indicar um fato passado em relação a outro fato passado, sempre de acordo com as regras típicas do modo subjuntivo:

Se não tivéssemos saído da sala, teríamos terminado a prova tranqui-lamente.

e) Futuro Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato futuro já conclu-

ído em relação a outro fato futuro. Quando eu voltar, saberei o que fazer.

VERBOS AUXILIARES INDICATIVO

SER ESTAR TER HAVER

PRESENTE

sou estou tenho hei

és estás tens hás

é está tem há

somos estamos temos havemos

sois estais tendes haveis

são estão têm hão

PRETÉRITO PERFEITO

era estava tinha havia

eras estavas tinhas havias

era estava tinha havia

éramos estávamos tínhamos havíamos

éreis estáveis tínheis havíes

eram estavam tinham haviam

PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES

fui estive tive houve

foste estiveste tiveste houveste

foi esteve teve houve

fomos estivemos tivemos houvemos

fostes estivestes tivestes houvestes

foram estiveram tiveram houveram

PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO

tenho sido tenho estado tenho tido tenho havido

tens sido tens estado tens tido tens havido

tem sido tem estado tem tido tem havido

temos sido temos estado temos tido temos havido

tendes sido tendes estado tendes tido tendes havido

têm sido têm estado têm tido têm havido

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES

fora estivera tivera houvera

foras estiveras tiveras houveras

fora estivera tivera houvera

fôramos estivéramos tivéramos houvéramos

fôreis estivéreis tivéreis houvéreis

foram estiveram tiveram houveram

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO

tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham (+sido, estado, tido , havido)

FUTURO DO PRESENTE SIMPLES

serei estarei terei haverei

serás estarás terás haverá

será estará terá haverá

seremos estaremos teremos haveremos

sereis estareis tereis havereis

serão estarão terão haverão

FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO

terei, terás, terá, teremos, tereis, terão, (+sido, estado, tido, havido)

FUTURO DO PRETÉRITO SIMPLES

seria estaria teria haveria

serias estarias terias haverias

seria estaria teria haveria

seríamos estaríamos teríamos haveríamos

serieis estaríeis teríeis haveríeis

seriam estariam teriam haveriam

FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO

teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam (+ sido, estado, tido, havido)

PRESENTE SUBJUNTIVO

seja esteja tenha haja

sejas estejas tenhas hajas

seja esteja tenha haja

sejamos estejamos tenhamos hajamos

sejais estejais tenhais hajais

sejam estejam tenham hajam

PRETÉRITO IMPERFEITO SIMPLES

fosse estivesse tivesse houvesse

fosses estivesses tivesses houvesses

fosse estivesse tivesse houvesse

fôssemos estivéssemos tivéssemos houvéssemos

fôsseis estivésseis tivésseis houvésseis

fossem estivessem tivessem houvessem

PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO

tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham (+ sido, estado, tido, havido)

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO

tivesse, tivesses, tivesses, tivéssemos, tivésseis, tivessem ( + sido, estado, tido, havido)

FUTURO SIMPLES

se eu for se eu estiver se eu tiver se eu houver

se tu fores se tu estiveres se tu tiveres se tu houveres

se ele for se ele estiver se ele tiver se ele houver

se nós formos se nós estiver-mos

se nós tivermos se nós houver-mos

se vós fordes se vós estiver-des

se vós tiverdes se vós houver-des

se eles forem se eles estive-rem

se eles tiverem se eles houve-rem

FUTURO COMPOSTO

tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem (+sido, estado, tido, havido)

AFIRMATIVO IMPERATIVO

sê tu está tu tem tu há tu

seja você esteja você tenha você haja você

sejamos nós estejamos nós tenhamos nós hajamos nós

sede vós estai vós tende vós havei vós

sejam vocês estejam vocês tenham vocês hajam vocês

NEGATIVO

não sejas tu não estejas tu não tenhas tu não hajas tu

não seja você não esteja você não tenha você não haja você

não sejamos nós não estejamos nós

não tenhamos nós

não hajamos nós

não sejais vós não estejais vós não tenhais vós não hajais vós

não sejam vocês não estejam vocês

não tenham vocês

não hajam vocês

IMPESSOAL INFINITIVO

ser estar ter haver

IMPESSOAL COMPOSTO

Ter sido ter estado ter tido ter havido

PESSOAL

ser estar ter haver

seres estares teres haveres

ser estar ter haver

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sermos estarmos termos havermos

serdes estardes terdes haverdes

serem estarem terem haverem

SIMPLES GERÚNDIO

sendo estando tendo havendo

COMPOSTO

tendo sido tendo estado tendo tido tendo havido

PARTICÍPIO

sido estado tido havido

CONJUGAÇÕES VERBAIS

INDICATIVO

PRESENTE

canto vendo parto

cantas vendes partes

canta vende parte

cantamos vendemos partimos

cantais vendeis partis

cantam vendem partem

PRETÉRITO IMPERFEITO

cantava vendia partia

cantavas vendias partias

cantava vendia partia

cantávamos vendíamos partíamos

cantáveis vendíeis partíeis

cantavam vendiam partiam

PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES

cantei vendi parti

cantaste vendeste partiste

cantou vendeu partiu

cantamos vendemos partimos

cantastes vendestes partistes

cantaram venderam partiram

PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO

tenho, tens, tem, temos, tendes, têm (+ cantado, vendido, partido)

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES

cantara vendera partira

cantaras venderas partiras

cantara vendera partira

cantáramos vendêramos partíramos

cantáreis vendêreis partíreis

cantaram venderam partiram

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO

tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham (+ cantando, vendido, partido) Obs.: Também se conjugam com o auxiliar haver.

FUTURO DO PRESENTE SIMPLES

cantarei venderei partirei

cantarás venderás partirás

cantará venderá partirá

cantaremos venderemos partiremos

cantareis vendereis partireis

cantarão venderão partirão

FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO

terei, terás, terá, teremos, tereis, terão (+ cantado, vendido, partido) Obs.: Também se conjugam com o auxiliar haver.

FUTURO DO PRETÉRITO SIMPLES

cantaria venderia partiria

cantarias venderias partirias

cantaria venderia partiria

cantaríamos venderíamos partiríamos

cantaríeis venderíeis partiríeis

cantariam venderiam partiriam

FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO

teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam (+ cantado, vendido, partido)

FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO

teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam, (+ cantado, vendido, partido) Obs.: também se conjugam com o auxiliar haver.

PRESENTE SUBJUNTIVO

cante venda parta

cantes vendas partas

cante venda parta

cantemos vendamos partamos

canteis vendais partais

cantem vendam partam

PRETÉRITO IMPERFEITO

cantasse vendesse partisse

cantasses vendesses partisses

cantasse vendesse partisse

cantássemos vendêssemos partíssemos

cantásseis vendêsseis partísseis

cantassem vendessem partissem

PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO

tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham (+ cantado, vendido, parti-do) Obs.: também se conjugam com o auxiliar haver.

FUTURO SIMPLES

cantar vender partir

cantares venderes partires

cantar vender partir

cantarmos vendermos partimos

cantardes venderdes partirdes

cantarem venderem partirem

FUTURO COMPOSTO

tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem (+ cantado, vendido, partido)

AFIRMATIVO IMPERATIVO

canta vende parte

cante venda parta

cantemos vendamos partamos

cantai vendei parti

cantem vendam partam

NEGATIVO

não cantes não vendas não partas

não cante não venda não parta

não cantemos não vendamos não partamos

não canteis não vendais não partais

não cantem não vendam não partam

INFINITIVO IMPESSOAL SIMPLES

PRESENTE

cantar vender partir

INFINITIVO PESSOAL SIMPLES - PRESENTE FLEXIONADO

cantar vender partir

cantares venderes partires

cantar vender partir

cantarmos vendermos partirmos

cantardes venderdes partirdes

cantarem venderem partirem

INFINITIVO IMPESSOAL COMPOSTO - PRETÉRITO IMPESSOAL

ter (ou haver), cantado, vendido, partido

INFINITIVO PESSOAL COMPOSTO - PRETÉRITO PESSOAL

ter, teres, ter, termos, terdes, terem (+ cantado, vendido, partido)

GERÚNDIO SIMPLES - PRESENTE

cantando vendendo partindo

GERÚNDIO COMPOSTO - PRETÉRITO

tendo (ou havendo), cantado, vendido, partido

PARTICÍPIO

cantado vendido partido

Formação dos tempos compostos Com os verbos ter ou haver Da Página 3 Pedagogia & Comunicação Entre os tempos compostos da voz ativa merecem realce particular aqueles que são constituídos de formas do verbo ter (ou, mais raramente, haver) com o particípio do verbo que se quer conjugar, porque é costume incluí-los nos próprios paradigmas de conjugação:

MODO INDICATIVO

1) PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO. Formado do PRESENTE DO INDICATIVO do verbo ter com o PARTICÍPIO do verbo principal:

tenho cantado tens cantado tem cantado temos cantado tendes cantado têm cantado

tenho vendido tens vendido tem vendido temos vendido tendes vendido têm vendido

tenho partido tens partido tem partido temos partido tendes partido têm partido

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2) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO. Formado do IMPER-FEITO DO INDICATIVO do verbo ter. (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo principal:

tinha cantado tinhas cantado tinha cantado tínhamos cantado tínheis cantado tinham cantado

tinha vendido tinhas vendido tinha vendido tínhamos vendido tínheis vendido tinham vendido

tinha partido tinhas .partido tinha partido tínhamos partido tínheis partido tinham partido

3) FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO. Formado do FUTURO DO PRESENTE SIMPLES do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo principal:

terei cantado terás cantado terá cantado teremos cantado tereis cantado terão cantado

terei vendido terás vendido terá vendido teremos vendido tereis vendido terão vendido

terei partido terás, partido terá partido teremos partido tereis , partido terão partido

4) FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO. Formado do FUTURO DO PRETÉRITO SIMPLES do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo principal:

teria cantado terias cantado teria cantado teríamos cantado teríeis cantado teriam cantado

teria vendido terias vendido teria vendido teríamos vendido teríeis vendido teriam vendido

teria partido terias partido teria partido teríamos partido teríeis partido teriam partido

MODO SUBJUNTIVO

1) PRETÉRITO PERFEITO. Formado do PRESENTE DO SUBJUNTIVO do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo principal:

tenha cantado tenhas cantado tenha cantado tenhamos cantado tenhais cantado tenham cantado

tenha vendido tenhas vendido tenha vendido tenhamos vendido tenhais vendido vendido

tenha tenhas partido tenha partido tenhamos partido tenhais partido tenham partido

2) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO. Formado do IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo princi-pal:

tivesse cantado tivesses cantado tivesse cantado tivéssemos cantado tivésseis cantado tivessem cantado

tivesse vendido tivesses vendido tivesse vendido tivéssemos vendido tivésseis vendido tivessem vendido

tivesse partido tivesses partido tivesse partido tivéssemos partido tivésseis partido tivessem partido

3) FUTURO COMPOSTO. Formado do FUTURO SIMPLES DO SUBJUN-TIVO do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo principal:

tiver cantado tiveres cantado tiver cantado tivermos cantado tiverdes cantado tiverem cantado

tiver vendido tiveres vendido tiver vendido tivermos vendido tiverdes vendido tiverem vendido

tiver partido tiveres partido tiver partido tivermos partido tiverdes partido tiverem partido

FORMAS NOMINAIS

1) INFINITIVO IMPESSOAL COMPOSTO (PRETÉRITO IMPESSOAL). Formado do INFINITIVO IMPESSOAL do verbo ter (ou haver) com o PAR-TICÍPIO do verbo principal:

ter cantado ter vendido ter partido

2) INFINITIVO PESSOAL COMPOSTO (OU PRETÉRITO PESSOAL). Formado do INFINITIVO PESSOAL do verbo ter (ou haver) com o PARTI-CÍPIO do verbo principal:

ter cantado teres cantado ter cantado termos cantado terdes cantado

ter vendido teres vendido ter vendido termos vendido terdes vendido

ter partido teres partido ter partido termos partido terdes partido

terem cantado terem vendido terem partido

3) GERÚNDIO COMPOSTO (PRETÉRITO). Formado do GERÚNDIO do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo principal:

tendo cantado tendo vendido tendo partido

Fonte: Nova Gramática do Português Contemporâneo, Celso Cunha e Lindley Cintra, Editora Nova Fronteira, 2ª edição, 29ª impressão.

VERBOS IRREGULARES

DAR Presente do indicativo dou, dás, dá, damos, dais, dão Pretérito perfeito dei, deste, deu, demos, destes, deram Pretérito mais-que-perfeito dera, deras, dera, déramos, déreis, deram Presente do subjuntivo dê, dês, dê, demos, deis, dêem Imperfeito do subjuntivo desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem Futuro do subjuntivo der, deres, der, dermos, derdes, derem MOBILIAR Presente do indicativo mobilio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobiliam Presente do subjuntivo mobilie, mobilies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobiliem Imperativo mobília, mobilie, mobiliemos, mobiliai, mobiliem AGUAR Presente do indicativo águo, águas, água, aguamos, aguais, águam Pretérito perfeito aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram Presente do subjuntivo águe, agues, ague, aguemos, agueis, águem MAGOAR Presente do indicativo magoo, magoas, magoa, magoamos, magoais, magoam Pretérito perfeito magoei, magoaste, magoou, magoamos, magoastes, magoa-

ram Presente do subjuntivo magoe, magoes, magoe, magoemos, magoeis, magoem Conjugam-se como magoar, abençoar, abotoar, caçoar, voar e perdoar APIEDAR-SE Presente do indicativo: apiado-me, apiadas-te, apiada-se, apiedamo-nos, apiedais-

vos, apiadam-se Presente do subjuntivo apiade-me, apiades-te, apiade-se, apiedemo-nos, apiedei-

vos, apiedem-se Nas formas rizotônicas, o E do radical é substituído por A MOSCAR Presente do indicativo musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam Presente do subjuntivo musque, musques, musque, mosquemos, mosqueis, mus-

quem Nas formas rizotônicas, o O do radical é substituído por U RESFOLEGAR Presente do indicativo resfolgo, resfolgas, resfolga, resfolegamos, resfolegais,

resfolgam Presente do subjuntivo resfolgue, resfolgues, resfolgue, resfoleguemos, resfolegueis,

resfolguem Nas formas rizotônicas, o E do radical desaparece NOMEAR Presente da indicativo nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam Pretérito imperfeito nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis,

nomeavam Pretérito perfeito nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomea-

ram Presente do subjuntivo nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem Imperativo afirmativo nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem Conjugam-se como nomear, cear, hastear, peritear, recear, passear COPIAR Presente do indicativo copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam Pretérito imperfeito copiei, copiaste, copiou, copiamos, copiastes, copiaram Pretérito mais-que-perfeito copiara, copiaras, copiara, copiáramos, copiá-reis, copiaram Presente do subjuntivo copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem Imperativo afirmativo copia, copie, copiemos, copiai, copiem ODIAR Presente do indicativo odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam Pretérito imperfeito odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, odiavam Pretérito perfeito odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram

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Pretérito mais-que-perfeito odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis, odiaram Presente do subjuntivo odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem Conjugam-se como odiar, mediar, remediar, incendiar, ansiar CABER Presente do indicativo caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem Pretérito perfeito coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam Pretérito mais-que-perfeito coubera, couberas, coubera, coubéramos,

coubéreis, couberam Presente do subjuntivo caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam Imperfeito do subjuntivo coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis,

coubessem Futuro do subjuntivo couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem O verbo CABER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperativo negativo CRER Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam Conjugam-se como crer, ler e descrer DIZER Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, disseram Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis,

dissesse Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem Particípio dito Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer FAZER Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer PERDER Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam PODER Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, puderam Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis,

pudessem Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem Gerúndio podendo Particípio podido O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperativo negativo PROVER Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos, provê-reis, proveram Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, prove-

riam Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam

Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam Pretérito imperfeito provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis,

provessem Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem Gerúndio provendo Particípio provido QUERER Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quisé-reis, quiseram Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram Pretérito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisésseis,

quisessem Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem REQUERER Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste,

requereram Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos,

requerereis, requereram Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis,

requererão Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requere-

ríeis, requereriam Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais,

requeiram Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos,

requerêsseis, requeressem, Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes,

requerem Gerúndio requerendo Particípio requerido O verbo REQUERER não se conjuga como querer. REAVER Presente do indicativo reavemos, reaveis Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve-ram Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis,

reouveram Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reou-

vésseis, reouvessem Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes,

reouverem O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresen-ta a letra v SABER Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos,

soubéreis, souberam Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis,

soubessem Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem VALER Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham TRAZER Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos,

trouxéreis, trouxeram Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis,

trouxessem Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxe-rem Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem

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Gerúndio trazendo Particípio trazido VER Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam Pretérito imperfeito visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Particípio visto ABOLIR Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis, aboliram Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam Presente do subjuntivo não há Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis,

abolissem Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Imperativo afirmativo abole, aboli Imperativo negativo não há Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Infinitivo impessoal abolir Gerúndio abolindo Particípio abolido O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I. AGREDIR Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I. COBRIR Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram Particípio coberto Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir FALIR Presente do indicativo falimos, falis Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam Presente do subjuntivo não há Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Imperativo afirmativo fali (vós) Imperativo negativo não há Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Gerúndio falindo Particípio falido FERIR Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados. MENTIR Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir. FUGIR Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam IR Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam

Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem Gerúndio indo Particípio ido OUVIR Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam Particípio ouvido PEDIR Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir POLIR Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam REMIR Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam RIR Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem Gerúndio rindo Particípio rido Conjuga-se como rir: sorrir VIR Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Gerúndio vindo Particípio vindo Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir SUMIR Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir

ADVÉRBIO

Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio ad-

vérbio, exprimindo uma circunstância. Os advérbios dividem-se em:

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 57

1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures, nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avan-te, através, defronte, aonde, etc.

2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre, nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve, brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc.

3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior, melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc.

4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, dema-siado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tanto, bem, mal, quase, apenas, etc.

5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efefivamente, etc. 6) NEGAÇÃO: não. 7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto,

provavelmente, etc.

Há Muitas Locuções Adverbiais 1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à entra-

da, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc. 2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à noite,

às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de noite, por ora, por fim, de repente, de vez em quando, de longe em longe, etc.

3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, em ge-ral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a olhos vis-tos, de propósito, de súbito, por um triz, etc.

4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máqui-na, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc.

5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc. 6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma,

etc. 7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc.

Advérbios Interrogativos Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como? Palavras Denotativas Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, te-

rão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão, situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc. 1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc. 2) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc. 3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc. 4) DE DESIGNAÇÃO - eis. 5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc. 6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc.

Você lá sabe o que está dizendo, homem... Mas que olhos lindos! Veja só que maravilha!

NUMERAL

Numeral é a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração. O numeral classifica-se em: - cardinal - quando indica quantidade. - ordinal - quando indica ordem. - multiplicativo - quando indica multiplicação. - fracionário - quando indica fracionamento.

Exemplos: Silvia comprou dois livros. Antônio marcou o primeiro gol. Na semana seguinte, o anel custará o dobro do preço. O galinheiro ocupava um quarto da quintal.

QUADRO BÁSICO DOS NUMERAIS

Algarismos Numerais

Roma-nos

Arábi-cos

Cardinais Ordinais Multiplica-tivos

Fracionários

I 1 um primeiro simples -

II 2 dois segundo duplo dobro

meio

III 3 três terceiro tríplice terço

IV 4 quatro quarto quádruplo quarto

V 5 cinco quinto quíntuplo quinto

VI 6 seis sexto sêxtuplo sexto

VII 7 sete sétimo sétuplo sétimo

VIII 8 oito oitavo óctuplo oitavo

IX 9 nove nono nônuplo nono

X 10 dez décimo décuplo décimo

XI 11 onze décimo primeiro

onze avos

XII 12 doze décimo segundo

doze avos

XIII 13 treze décimo terceiro

treze avos

XIV 14 quatorze décimo quarto

quatorze avos

XV 15 quinze décimo quinto

quinze avos

XVI 16 dezesseis décimo sexto

dezesseis avos

XVII 17 dezessete décimo sétimo

dezessete avos

XVIII 18 dezoito décimo oitavo

dezoito avos

XIX 19 dezenove décimo nono dezenove avos

XX 20 vinte vigésimo vinte avos

XXX 30 trinta trigésimo trinta avos

XL 40 quarenta quadragé-simo

quarenta avos

L 50 cinquenta quinquagé-simo

cinquenta avos

LX 60 sessenta sexagésimo sessenta avos

LXX 70 setenta septuagési-mo

setenta avos

LXXX 80 oitenta octogésimo oitenta avos

XC 90 noventa nonagésimo noventa avos

C 100 cem centésimo centésimo

CC 200 duzentos ducentésimo ducentésimo

CCC 300 trezentos trecentésimo trecentésimo

CD 400 quatrocen-tos

quadringen-tésimo

quadringen-tésimo

D 500 quinhen-tos

quingenté-simo

quingenté-simo

DC 600 seiscentos sexcentési-mo

sexcentési-mo

DCC 700 setecen-tos

septingenté-simo

septingenté-simo

DCCC 800 oitocentos octingenté-simo

octingenté-simo

CM 900 novecen-tos

nongentési-mo

nongentési-mo

M 1000 mil milésimo milésimo

Emprego do Numeral Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos, etc.

empregam-se de 1 a 10 os ordinais. João Paulo I I (segundo) ano lll (ano terceiro) Luis X (décimo) ano I (primeiro) Pio lX (nono) século lV (quarto) De 11 em diante, empregam-se os cardinais:

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 58

Leão Xlll (treze) ano Xl (onze) Pio Xll (doze) século XVI (dezesseis) Luis XV (quinze) capitulo XX (vinte) Se o numeral aparece antes, é lido como ordinal. XX Salão do Automóvel (vigésimo) VI Festival da Canção (sexto) lV Bienal do Livro (quarta) XVI capítulo da telenovela (décimo sexto) Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar preferência ao

emprego do ordinal. Hoje é primeiro de setembro Não é aconselhável iniciar período com algarismos 16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia A título de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos ordi-

nais. Ex.: casa vinte e um (= a vigésima primeira casa), página trinta e dois (= a trigésima segunda página). Os cardinais um e dois não variam nesse caso porque está subentendida a palavra número. Casa número vinte e um, página número trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever também: a folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense, vemos o numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas.

ARTIGO

Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-

los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número. Dividem-se em • definidos: O, A, OS, AS • indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS. Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular. Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado). Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso,

geral. Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, inde-

terminado). lsoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de sentido.

CONJUNÇÃO

Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações. Coniunções Coordenativas

1) ADITIVAS: e, nem, também, mas, também, etc. 2) ADVERSATIVAS: mas, porém, contudo, todavia, entretanto,

senão, no entanto, etc. 3) ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, já... já, quer, quer,

etc. 4) CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por

consequência. 5) EXPLICATIVAS: isto é, por exemplo, a saber, que, porque,

pois, etc. Conjunções Subordinativas

1) CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc. 2) CAUSAIS: porque, já que, visto que, que, pois, porquanto, etc. 3) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, etc. 4) CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc. 5) CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que,

etc. 6) INTEGRANTES: que, se, etc. 7) FINAIS: para que, a fim de que, que, etc. 8) CONSECUTIVAS: tal... qual, tão... que, tamanho... que, de sorte que, de

forma que, de modo que, etc. 9) PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto... tanto mais,

etc.

10) TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc.

VALOR LÓGICO E SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES

Examinemos estes exemplos: 1º) Tristeza e alegria não moram juntas. 2º) Os livros ensinam e divertem. 3º) Saímos de casa quando amanhecia. No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da mesma oração: é

uma conjunção. No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUANDO estão ligando

orações: são também conjunções. Conjunção é uma palavra invariável que liga orações ou palavras da

mesma oração. No 2º exemplo, a conjunção liga as orações sem fazer que uma dependa

da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira: por isso, a conjunção E é coordenativa.

No 3º exemplo, a conjunção liga duas orações que se completam uma à

outra e faz com que a segunda dependa da primeira: por isso, a conjunção QUANDO é subordinativa.

As conjunções, portanto, dividem-se em coordenativas e subordinativas.

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS As conjunções coordenativas podem ser: 1) Aditivas, que dão ideia de adição, acrescentamento: e, nem, mas

também, mas ainda, senão também, como também, bem como. O agricultor colheu o trigo e o vendeu. Não aprovo nem permitirei essas coisas. Os livros não só instruem mas também divertem. As abelhas não apenas produzem mel e cera mas ainda polinizam

as flores. 2) Adversativas, que exprimem oposição, contraste, ressalva, com-

pensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, ape-sar disso, em todo caso.

Querem ter dinheiro, mas não trabalham. Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia. Não vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce. A culpa não a atribuo a vós, senão a ele. O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula. O exército do rei parecia invencível, não obstante, foi derrotado. Você já sabe bastante, porém deve estudar mais. Eu sou pobre, ao passo que ele é rico. Hoje não atendo, em todo caso, entre. 3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternância ou, ou ... ou,

ora ... ora, já ... já, quer ... quer, etc. Os sequestradores deviam render-se ou seriam mortos. Ou você estuda ou arruma um emprego. Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo. Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando. "Já chora, já se ri, já se enfurece."

(Luís de Camões) 4) Conclusivas, que iniciam uma conclusão: logo, portanto, por con-

seguinte, pois (posposto ao verbo), por isso. As árvores balançam, logo está ventando. Você é o proprietário do carro, portanto é o responsável. O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te. 5) Explicativas, que precedem uma explicação, um motivo: que, por-

que, porquanto, pois (anteposto ao verbo). Não solte balões, que (ou porque, ou pois, ou porquanto) podem

causar incêndios. Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas. Observação: A conjunção A pode apresentar-se com sentido adversati-

vo:

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 59

Sofrem duras privações a [= mas] não se queixam. "Quis dizer mais alguma coisa a não pôde."

(Jorge Amado) Conjunções subordinativas As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma à

outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações que traduzem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição ou hipótese, conformidade, consequência, finalidade, proporção, tempo). Abrangem as seguintes classes: 1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, já

que, uma vez que, desde que. O tambor soa porque é oco. (porque é oco: causa; o tambor soa:

efeito). Como estivesse de luto, não nos recebeu. Desde que é impossível, não insistirei. 2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como, (tão

ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto) quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o mesmo que (= como).

Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento. O exército avançava pela planície qual uma serpente imensa. "Os cães, tal qual os homens, podem participar das três categorias."

(Paulo Mendes Campos) "Sou o mesmo que um cisco em minha própria casa."

(Antônio Olavo Pereira) "E pia tal a qual a caça procurada."

(Amadeu de Queirós) "Por que ficou me olhando assim feito boba?"

(Carlos Drummond de Andrade) Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas. Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero. Os governantes realizam menos do que prometem. 3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda

quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (= embora não).

Célia vestia-se bem, embora fosse pobre. A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer. Beba, nem que seja um pouco. Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo. Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse. Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas

afirmações. Não sei dirigir, e, dado que soubesse, não dirigiria de noite. 4) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (=

se não), a não ser que, a menos que, dado que. Ficaremos sentidos, se você não vier. Comprarei o quadro, desde que não seja caro. Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo. "Eleutério decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a menos

que os mosquitos se opusessem." (Ferreira de Castro)

5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. As coisas não são como (ou conforme) dizem.

"Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar." (Machado de Assis)

6) Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que, sem que, que (não).

Minha mão tremia tanto que mal podia escrever. Falou com uma calma que todos ficaram atônitos. Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que) não saí. Não podem ver um cachorro na rua sem que o persigam. Não podem ver um brinquedo que não o queiram comprar. 7) Finais: para que, a fim de que, que (= para que). Afastou-se depressa para que não o víssemos. Falei-lhe com bons termos, a fim de que não se ofendesse. Fiz-lhe sinal que se calasse. 8) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto

mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (tan-to mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto.

À medida que se vive, mais se aprende. À proporção que subíamos, o ar ia ficando mais leve. Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vão tendo. Os soldados respondiam, à medida que eram chamados.

Observação: São incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida

que e na medida em que. A forma correta é à medida que: "À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem."

(Maria José de Queirós) 9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre que,

assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, etc. Venha quando você quiser. Não fale enquanto come. Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra. Desde que o mundo existe, sempre houve guerras. Agora que o tempo esquentou, podemos ir à praia. "Ninguém o arredava dali, até que eu voltasse." (Carlos Povina Caval-

cânti) 10) Integrantes: que, se. Sabemos que a vida é breve. Veja se falta alguma coisa.

Observação: Em frases como Sairás sem que te vejam, Morreu sem que ninguém o

chorasse, consideramos sem que conjunção subordinativa modal. A NGB, porém, não consigna esta espécie de conjunção.

Locuções conjuntivas: no entanto, visto que, desde que, se bem que,

por mais que, ainda quando, à medida que, logo que, a rim de que, etc. Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, por-

tanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contex-to. Assim, a conjunção que pode ser:

1) Aditiva (= e): Esfrega que esfrega, mas a nódoa não sai. A nós que não a eles, compete fazê-lo. 2) Explicativa (= pois, porque): Apressemo-nos, que chove. 3) Integrante: Diga-lhe que não irei. 4) Consecutiva: Tanto se esforçou que conseguiu vencer. Não vão a uma festa que não voltem cansados. Onde estavas, que não te vi? 5) Comparativa (= do que, como): A luz é mais veloz que o som. Ficou vermelho que nem brasa. 6) Concessiva (= embora, ainda que): Alguns minutos que fossem, ainda assim seria muito tempo. Beba, um pouco que seja. 7) Temporal (= depois que, logo que): Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel. 8) Final (= pare que): Vendo-me à janela, fez sinal que descesse. 9) Causal (= porque, visto que): "Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (Vivaldo

Coaraci) A locução conjuntiva sem que, pode ser, conforme a frase: 1) Concessiva: Nós lhe dávamos roupa a comida, sem que ele pedis-

se. (sem que = embora não) 2) Condicional: Ninguém será bom cientista, sem que estude muito.

(sem que = se não,caso não) 3) Consecutiva: Não vão a uma festa sem que voltem cansados. (sem

que = que não) 4) Modal: Sairás sem que te vejam. (sem que = de modo que não) Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.

PREPOSIÇÃO

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Preposições são palavras que estabelecem um vínculo entre dois ter-

mos de uma oração. O primeiro, um subordinante ou antecedente, e o segundo, um subordinado ou consequente.

Exemplos: Chegaram a Porto Alegre. Discorda de você. Fui até a esquina. Casa de Paulo. Preposições Essenciais e Acidentais As preposições essenciais são: A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA,

DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE e ATRÁS.

Certas palavras ora aparecem como preposições, ora pertencem a ou-

tras classes, sendo chamadas, por isso, de preposições acidentais: afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante, salvo, segundo, senão, tirante, visto, etc.

INTERJEIÇÃO

Interjeição é a palavra que comunica emoção. As interjeições podem

ser: - alegria: ahl oh! oba! eh! - animação: coragem! avante! eia! - admiração: puxa! ih! oh! nossa! - aplauso: bravo! viva! bis! - desejo: tomara! oxalá! - dor: aí! ui! - silêncio: psiu! silêncio! - suspensão: alto! basta! LOCUÇÃO INTERJETIVA é a conjunto de palavras que têm o mesmo

valor de uma interjeição. Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam! Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim!

SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO

FRASE Frase é um conjunto de palavras que têm sentido completo. O tempo está nublado. Socorro! Que calor! ORAÇÃO Oração é a frase que apresenta verbo ou locução verbal. A fanfarra desfilou na avenida. As festas juninas estão chegando. PERÍODO Período é a frase estruturada em oração ou orações. O período pode ser: • simples - aquele constituído por uma só oração (oração absoluta). Fui à livraria ontem. • composto - quando constituído por mais de uma oração. Fui à livraria ontem e comprei um livro. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO São dois os termos essenciais da oração:

SUJEITO Sujeito é o ser ou termo sobre o qual se diz alguma coisa. Os bandeirantes capturavam os índios. (sujeito = bandeirantes) O sujeito pode ser : - simples: quando tem um só núcleo

As rosas têm espinhos. (sujeito: as rosas; núcleo: rosas)

- composto: quando tem mais de um núcleo O burro e o cavalo saíram em disparada. (suj: o burro e o cavalo; núcleo burro, cavalo) - oculto: ou elíptico ou implícito na desinência verbal Chegaste com certo atraso. (suj.: oculto: tu) - indeterminado: quando não se indica o agente da ação verbal Come-se bem naquele restaurante. - Inexistente: quando a oração não tem sujeito

Choveu ontem. Há plantas venenosas.

PREDICADO Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito. O predicado classifica-se em:

1. Nominal: é aquele que se constitui de verbo de ligação mais predicativo do sujeito.

Nosso colega está doente. Principais verbos de ligação: SER, ESTAR, PARECER,

PERMANECER, etc. Predicativo do sujeito é o termo que ajuda o verbo de ligação a

comunicar estado ou qualidade do sujeito. Nosso colega está doente. A moça permaneceu sentada. 2. Predicado verbal é aquele que se constitui de verbo intransitivo ou

transitivo. O avião sobrevoou a praia. Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento. O sabiá voou alto. Verbo transitivo é aquele que necessita de complemento. • Transitivo direto: é o verbo que necessita de complemento sem auxílio

de proposição. Minha equipe venceu a partida. • Transitivo indireto: é o verbo que necessita de complemento com

auxílio de preposição. Ele precisa de um esparadrapo. • Transitivo direto e indireto (bitransitivo) é o verbo que necessita ao

mesmo tempo de complemento sem auxílio de preposição e de complemento com auxilio de preposição.

Damos uma simples colaboração a vocês. 3. Predicado verbo nominal: é aquele que se constitui de verbo

intransitivo mais predicativo do sujeito ou de verbo transitivo mais predicativo do sujeito.

Os rapazes voltaram vitoriosos. • Predicativo do sujeito: é o termo que, no predicado verbo-nominal,

ajuda o verbo intransitivo a comunicar estado ou qualidade do sujeito. Ele morreu rico. • Predicativo do objeto é o termo que, que no predicado verbo-nominal,

ajuda o verbo transitivo a comunicar estado ou qualidade do objeto direto ou indireto.

Elegemos o nosso candidato vereador.

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO Chama-se termos integrantes da oração os que completam a

significação transitiva dos verbos e dos nomes. São indispensáveis à compreensão do enunciado.

1. OBJETO DIRETO Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido do verbo

transitivo direto. Ex.: Mamãe comprou PEIXE. 2. OBJETO INDIRETO Objeto indireto é o termo da oração que completa o sentido do verbo

transitivo indireto. As crianças precisam de CARINHO.

3. COMPLEMENTO NOMINAL Complemento nominal é o termo da oração que completa o sentido de

um nome com auxílio de preposição. Esse nome pode ser representado por um substantivo, por um adjetivo ou por um advérbio.

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Toda criança tem amor aos pais. - AMOR (substantivo) O menino estava cheio de vontade. - CHEIO (adjetivo) Nós agíamos favoravelmente às discussões. - FAVORAVELMENTE

(advérbio).

4. AGENTE DA PASSIVA Agente da passiva é o termo da oração que pratica a ação do verbo na

voz passiva. A mãe é amada PELO FILHO. O cantor foi aplaudido PELA MULTIDÃO. Os melhores alunos foram premiados PELA DIREÇÃO. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO TERMOS ACESSÓRIOS são os que desempenham na oração uma

função secundária, limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo alguma circunstância.

São termos acessórios da oração:

1. ADJUNTO ADNOMINAL Adjunto adnominal é o termo que caracteriza ou determina os

substantivos. Pode ser expresso: • pelos adjetivos: água fresca, • pelos artigos: o mundo, as ruas • pelos pronomes adjetivos: nosso tio, muitas coisas • pelos numerais : três garotos; sexto ano • pelas locuções adjetivas: casa do rei; homem sem escrúpulos

2. ADJUNTO ADVERBIAL Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo,

lugar, modo etc.), modificando o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. Cheguei cedo. José reside em São Paulo. 3. APOSTO Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece,

desenvolve ou resume outro termo da oração. Dr. João, cirurgião-dentista, Rapaz impulsivo, Mário não se conteve. O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado. 4. VOCATIVO Vocativo é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou

interpelar alguém ou alguma coisa. Tem compaixão de nós, ó Cristo. Professor, o sinal tocou. Rapazes, a prova é na próxima semana.

PERÍODO COMPOSTO - PERÍODO SIMPLES

No período simples há apenas uma oração, a qual se diz absoluta. Fui ao cinema. O pássaro voou. PERÍODO COMPOSTO No período composto há mais de uma oração. (Não sabem) (que nos calores do verão a terra dorme) (e os homens

folgam.) Período composto por coordenação Apresenta orações independentes. (Fui à cidade), (comprei alguns remédios) (e voltei cedo.) Período composto por subordinação Apresenta orações dependentes. (É bom) (que você estude.) Período composto por coordenação e subordinação Apresenta tanto orações dependentes como independentes. Este

período é também conhecido como misto. (Ele disse) (que viria logo,) (mas não pôde.)

ORAÇÃO COORDENADA Oração coordenada é aquela que é independente. As orações coordenadas podem ser:

- Sindética: Aquela que é independente e é introduzida por uma conjunção

coordenativa. Viajo amanhã, mas volto logo. - Assindética: Aquela que é independente e aparece separada por uma vírgula ou

ponto e vírgula. Chegou, olhou, partiu. A oração coordenada sindética pode ser:

1. ADITIVA: Expressa adição, sequência de pensamento. (e, nem = e não), mas,

também: Ele falava E EU FICAVA OUVINDO. Meus atiradores nem fumam NEM BEBEM. A doença vem a cavalo E VOLTA A PÉ.

2. ADVERSATIVA: Ligam orações, dando-lhes uma ideia de compensação ou de contraste

(mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no entanto, etc). A espada vence MAS NÃO CONVENCE. O tambor faz um grande barulho, MAS É VAZIO POR DENTRO. Apressou-se, CONTUDO NÃO CHEGOU A TEMPO. 3. ALTERNATIVAS: Ligam palavras ou orações de sentido separado, uma excluindo a outra

(ou, ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, etc). Mudou o natal OU MUDEI EU? “OU SE CALÇA A LUVA e não se põe o anel, OU SE PÕE O ANEL e não se calça a luva!”

(C. Meireles)

4. CONCLUSIVAS: Ligam uma oração a outra que exprime conclusão (LOGO, POIS,

PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISTO, ASSIM, DE MODO QUE, etc).

Ele está mal de notas; LOGO, SERÁ REPROVADO. Vives mentindo; LOGO, NÃO MERECES FÉ. 5. EXPLICATIVAS: Ligam a uma oração, geralmente com o verbo no imperativo, outro que

a explica, dando um motivo (pois, porque, portanto, que, etc.) Alegra-te, POIS A QUI ESTOU. Não mintas, PORQUE É PIOR. Anda depressa, QUE A PROVA É ÀS 8 HORAS. ORAÇÃO INTERCALADA OU INTERFERENTE É aquela que vem entre os termos de uma outra oração. O réu, DISSERAM OS JORNAIS, foi absolvido. A oração intercalada ou interferente aparece com os verbos:

CONTINUAR, DIZER, EXCLAMAR, FALAR etc.

ORAÇÃO PRINCIPAL Oração principal é a mais importante do período e não é introduzida

por um conectivo. ELES DISSERAM que voltarão logo. ELE AFIRMOU que não virá. PEDI que tivessem calma. (= Pedi calma) ORAÇÃO SUBORDINADA Oração subordinada é a oração dependente que normalmente é

introduzida por um conectivo subordinativo. Note que a oração principal nem sempre é a primeira do período.

Quando ele voltar, eu saio de férias. Oração principal: EU SAIO DE FÉRIAS Oração subordinada: QUANDO ELE VOLTAR

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ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA Oração subordinada substantiva é aquela que tem o valor e a função

de um substantivo. Por terem as funções do substantivo, as orações subordinadas

substantivas classificam-se em:

1) SUBJETIVA (sujeito) Convém que você estude mais. Importa que saibas isso bem. . É necessário que você colabore. (SUA COLABORAÇÃO) é necessária. 2) OBJETIVA DIRETA (objeto direto) Desejo QUE VENHAM TODOS. Pergunto QUEM ESTÁ AI.

3) OBJETIVA INDIRETA (objeto indireto) Aconselho-o A QUE TRABALHE MAIS. Tudo dependerá DE QUE SEJAS CONSTANTE. Daremos o prêmio A QUEM O MERECER. 4) COMPLETIVA NOMINAL Complemento nominal. Ser grato A QUEM TE ENSINA. Sou favorável A QUE O PRENDAM. 5) PREDICATIVA (predicativo) Seu receio era QUE CHOVESSE. = Seu receio era (A CHUVA) Minha esperança era QUE ELE DESISTISSE. Não sou QUEM VOCÊ PENSA.

6) APOSITIVAS (servem de aposto) Só desejo uma coisa: QUE VIVAM FELIZES = (A SUA FELICIDADE) Só lhe peço isto: HONRE O NOSSO NOME.

7) AGENTE DA PASSIVA O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR) A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS Oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor e a função de

um adjetivo. Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas:

1) EXPLICATIVAS: Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente,

atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe uma informação.

Deus, QUE É NOSSO PAI, nos salvará. Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na miséria.

2) RESTRITIVAS: Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo

indispensáveis ao sentido da frase: Pedra QUE ROLA não cria limo. As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem. Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, não está mais aqui.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Oração subordinada adverbial é aquela que tem o valor e a função de

um advérbio. As orações subordinadas adverbiais classificam-se em: 1) CAUSAIS: exprimem causa, motivo, razão: Desprezam-me, POR ISSO QUE SOU POBRE. O tambor soa PORQUE É OCO. 2) COMPARATIVAS: representam o segundo termo de uma

comparação. O som é menos veloz QUE A LUZ.

Parou perplexo COMO SE ESPERASSE UM GUIA.

3) CONCESSIVAS: exprimem um fato que se concede, que se admite: POR MAIS QUE GRITASSE, não me ouviram. Os louvores, PEQUENOS QUE SEJAM, são ouvidos com agrado. CHOVESSE OU FIZESSE SOL, o Major não faltava. 4) CONDICIONAIS: exprimem condição, hipótese: SE O CONHECESSES, não o condenarias. Que diria o pai SE SOUBESSE DISSO? 5) CONFORMATIVAS: exprimem acordo ou conformidade de um fato

com outro: Fiz tudo COMO ME DISSERAM. Vim hoje, CONFORME LHE PROMETI. 6) CONSECUTIVAS: exprimem uma consequência, um resultado: A fumaça era tanta QUE EU MAL PODIA ABRIR OS OLHOS. Bebia QUE ERA UMA LÁSTIMA! Tenho medo disso QUE ME PÉLO! 7) FINAIS: exprimem finalidade, objeto: Fiz-lhe sinal QUE SE CALASSE. Aproximei-me A FIM DE QUE ME OUVISSE MELHOR. 8) PROPORCIONAIS: denotam proporcionalidade: À MEDIDA QUE SE VIVE, mais se aprende. QUANTO MAIOR FOR A ALTURA, maior será o tombo.

9) TEMPORAIS: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na

oração principal: ENQUANTO FOI RICO todos o procuravam. QUANDO OS TIRANOS CAEM, os povos se levantam. 10) MODAIS: exprimem modo, maneira: Entrou na sala SEM QUE NOS CUMPRIMENTASSE. Aqui viverás em paz, SEM QUE NINGUÉM TE INCOMODE.

ORAÇÕES REDUZIDAS Oração reduzida é aquela que tem o verbo numa das formas nominais:

gerúndio, infinitivo e particípio. Exemplos: • Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU PREPARADO. • Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem QUE ESTIVERAM LÁ. • FAZENDO ASSIM, conseguirás = SE FIZERES ASSIM,

conseguirás. • É bom FICARMOS ATENTOS. = É bom QUE FIQUEMOS

ATENTOS. • AO SABER DISSO, entristeceu-se = QUANDO SOUBE DISSO,

entristeceu-se. • É interesse ESTUDARES MAIS.= É interessante QUE ESTUDES

MAIS. • SAINDO DAQUI, procure-me. = QUANDO SAIR DAQUI, procure-

me.

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinante

se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões.

Principais Casos de Concordância Nominal

1) O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em gênero e número com o substantivo.

As primeiras alunas da classe foram passear no zoológico. 2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vão

normalmente para o plural. Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio. 3) O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número diferentes vai

para o masculino plural. Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios.

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4) O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais próximo:

Trouxe livros e revista especializada. 5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próxi-

mo. Dedico esta música à querida tia e sobrinhos. 6) O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o

sujeito. Meus amigos estão atrapalhados. 7) O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predica-

tivo no gênero da pessoa a quem se refere. Sua excelência, o Governador, foi compreensivo. 8) Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo

vão para o singular ou para o plural. Já estudei o primeiro e o segundo livro (livros). 9) Os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier

precedido de artigo e o segundo não vão para o plural. Já estudei o primeiro e segundo livros. 10) O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural. Já li os capítulos primeiro e segundo do novo livro. 11) As palavras: MESMO, PRÓPRIO e SÓ concordam com o nome a

que se referem. Ela mesma veio até aqui. Eles chegaram sós. Eles próprios escreveram. 12) A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere. Muito obrigado. (masculino singular) Muito obrigada. (feminino singular). 13) A palavra MEIO concorda com o substantivo quando é adjetivo e fica

invariável quando é advérbio. Quero meio quilo de café. Minha mãe está meio exausta. É meio-dia e meia. (hora) 14) As palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam com o substan-

tivo a que se referem. Trouxe anexas as fotografias que você me pediu. A expressão em anexo é invariável. Trouxe em anexo estas fotos. 15) Os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO, etc, que substitu-

em advérbios em MENTE, permanecem invariáveis. Vocês falaram alto demais. O combustível custava barato. Você leu confuso. Ela jura falso. 16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjetivos,

sofrem variação normalmente. Esses pneus custam caro. Conversei bastante com eles. Conversei com bastantes pessoas. Estas crianças moram longe. Conheci longes terras.

CONCORDÂNCIA VERBAL

CASOS GERAIS

1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. O menino chegou. Os meninos chegaram. 2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular. O pessoal ainda não chegou. A turma não gostou disso. Um bando de pássaros pousou na árvore. 3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao

plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural. Os Estados Unidos são um grande país. Os Lusíadas imortalizaram Camões. Os Alpes vivem cobertos de neve. Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular. Flores já não leva acento.

O Amazonas deságua no Atlântico. Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica. 4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome

no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferen-temente.

A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios. A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram). 5) O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o

sujeito paciente. Vende-se um apartamento. Vendem-se alguns apartamentos. 6) O pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o

verbo para a 3ª pessoa do singular. Precisa-se de funcionários. 7) A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha no

singular e o verbo no singular ou no plural. Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem) 8) A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural. Ele é um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul. 9) A expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular. Mais de um jurado fez justiça à minha música. 10) As palavras: TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NINGUÉM, quando

empregadas como sujeito e derem ideia de síntese, pedem o verbo no singular.

As casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição. 11) Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o

sujeito. Deu uma hora. Deram três horas. Bateram cinco horas. Naquele relógio já soaram duas horas. 12) A partícula expletiva ou de realce É QUE é invariável e o verbo da

frase em que é empregada concorda normalmente com o sujeito. Ela é que faz as bolas. Eu é que escrevo os programas. 13) O verbo concorda com o pronome antecedente quando o sujeito é

um pronome relativo. Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova. Fui eu que fiz a lição Quando a LIÇÃO é pronome relativo, há várias construções possí-

veis. • que: Fui eu que fiz a lição. • quem: Fui eu quem fez a lição. • o que: Fui eu o que fez a lição. 14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na

terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a este sua impessoalidade.

Chove a cântaros. Ventou muito ontem. Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões.

CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARECER

1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e PA-RECER concordam com o predicativo.

Tudo são esperanças. Aquilo parecem ilusões. Aquilo é ilusão. 2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER con-

corda sempre com o nome ou pronome que vier depois. Que são florestas equatoriais? Quem eram aqueles homens? 3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará com

a expressão numérica. São oito horas. Hoje são 19 de setembro. De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros. 4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER

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fica no singular. Três batalhões é muito pouco. Trinta milhões de dólares é muito dinheiro. 5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular. Maria era as flores da casa. O homem é cinzas. 6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER

concorda com o predicativo. Dançar e cantar é a sua atividade. Estudar e trabalhar são as minhas atividades. 7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER

concorda com o pronome. A ciência, mestres, sois vós. Em minha turma, o líder sou eu. 8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo,

apenas um deles deve ser flexionado. Os meninos parecem gostar dos brinquedos. Os meninos parece gostarem dos brinquedos.

REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL

Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramati-

calmente do outro. A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e

adjetivos). Exemplos: - acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR PARA = passagem

A regência verbal trata dos complementos do verbo.

ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA

1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto) • pretender (transitivo indireto) No sítio, aspiro o ar puro da montanha. Nossa equipe aspira ao troféu de campeã. 2. OBEDECER - transitivo indireto Devemos obedecer aos sinais de trânsito. 3. PAGAR - transitivo direto e indireto Já paguei um jantar a você. 4. PERDOAR - transitivo direto e indireto. Já perdoei aos meus inimigos as ofensas. 5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto Prefiro Comunicação à Matemática. 6. INFORMAR - transitivo direto e indireto. Informei-lhe o problema. 7. ASSISTIR - morar, residir: Assisto em Porto Alegre. • amparar, socorrer, objeto direto O médico assistiu o doente. • PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto Assistimos a um belo espetáculo. • SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto Assiste-lhe o direito. 8. ATENDER - dar atenção Atendi ao pedido do aluno. • CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto direto Atenderam o freguês com simpatia. 9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto

A moça queria um vestido novo. • GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto O professor queria muito a seus alunos. 10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto Todos visamos a um futuro melhor. • APONTAR, MIRAR - objeto direto O artilheiro visou a meta quando fez o gol. • pör o sinal de visto - objeto direto O gerente visou todos os cheques que entraram naquele dia. 11. OBEDECER e DESOBEDECER - constrói-se com objeto indireto Devemos obedecer aos superiores. Desobedeceram às leis do trânsito. 12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE • exigem na sua regência a preposição EM O armazém está situado na Farrapos. Ele estabeleceu-se na Avenida São João. 13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" é intransitivo. Essas tuas justificativas não procedem. • no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, constrói-se

com a preposição DE. Algumas palavras da Língua Portuguesa procedem do tupi-guarani • no sentido de dar início, realizar, é construído com a preposição A. O secretário procedeu à leitura da carta. 14. ESQUECER E LEMBRAR • quando não forem pronominais, constrói-se com objeto direto: Esqueci o nome desta aluna. Lembrei o recado, assim que o vi. • quando forem pronominais, constrói-se com objeto indireto: Esqueceram-se da reunião de hoje. Lembrei-me da sua fisionomia. 15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa. • perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos. • pagar - Pago o 13° aos professores. • dar - Daremos esmolas ao pobre. • emprestar - Emprestei dinheiro ao colega. • ensinar - Ensino a tabuada aos alunos. • agradecer - Agradeço as graças a Deus. • pedir - Pedi um favor ao colega. 16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto: O amor implica renúncia. • no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposição

COM: O professor implicava com os alunos • no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se com a preposi-

ção EM: Implicou-se na briga e saiu ferido 17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição A: Ele foi a São Paulo para resolver negócios. quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA: Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso. 18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não tem pessoa

como sujeito: O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá aparecer na 3ª

pessoa do singular, acompanhada do pronome oblíquo. Quem sente di-ficuldade, será objeto indireto.

Custou-me confiar nele novamente. Custar-te-á aceitá-la como nora.

CONFRONTO E RECONHECIMENTO DE FRASES CORRETAS E INCORRETAS

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O reconhecimento de frases corretas e incorretas abrange praticamente toda a gramática. Os principais tópicos que podem aparecer numa frase correta ou incorreta são: - ortografia - acentuação gráfica - concordância - regência - plural e singular de substantivos e adjetivos - verbos - etc.

Daremos a seguir alguns exemplos: Encontre o termo em destaque que está erradamente empregado: A) Senão chover, irei às compras. B) Olharam-se de alto a baixo. C) Saiu a fim de divertir-se D) Não suportava o dia-a-dia no convento. E) Quando está cansado, briga à toa. Alternativa A Ache a palavra com erro de grafia: A) cabeleireiro ; manteigueira B) caranguejo ; beneficência C) prazeirosamente ; adivinhar D) perturbar ; concupiscência E) berinjela ; meritíssimo Alternativa C Identifique o termo que está inadequadamente empregado: A) O juiz infligiu-lhe dura punição. B) Assustou-se ao receber o mandato de prisão. C) Rui Barbosa foi escritor preeminente de nossas letras. D) Com ela, pude fruir os melhores momentos de minha vida. E) A polícia pegou o ladrão em flagrante. Alternativa B

O acento grave, indicador de crase, está empregado CORRETAMENTE em: A) Encaminhamos os pareceres à Vossa Senhoria e não tivemos respos-ta. B) A nossa reação foi deixá-los admirar à belíssima paisagem. C) Rapidamente, encaminhamos o produto à firma especializada. D) Todos estávamos dispostos à aceitar o seu convite. Alternativa C Assinale a alternativa cuja concordância nominal não está de acordo com o padrão culto: A) Anexa à carta vão os documentos. B) Anexos à carta vão os documentos. C) Anexo à carta vai o documento. D) Em anexo, vão os documentos. Alternativa A Identifique a única frase onde o verbo está conjugado corretamente: A) Os professores revêm as provas. B) Quando puder, vem à minha casa. C) Não digas nada e voltes para sua sala. D) Se pretendeis destruir a cidade, atacais à noite. E) Ela se precaveu do perigo. Alternativa E Encontre a alternativa onde não há erro no emprego do pronome: A) A criança é tal quais os pais. B) Esta tarefa é para mim fazer até domingo. C) O diretor conversou com nós. D) Vou consigo ao teatro hoje à noite. E) Nada de sério houve entre você e eu. Alternativa A Que frase apresenta uso inadequado do pronome demonstrativo?

A) Esta aliança não sai do meu dedo. B) Foi preso em 1964 e só saiu neste ano. C) Casaram-se Tânia e José; essa contente, este apreensivo. D) Romário foi o maior artilheiro daquele jogo. E) Vencer depende destes fatores: rapidez e segurança. Alternativa C

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Palavras fora do lugar podem prejudicar e até impedir a compreensão de uma ideia. Cada palavra deve ser posta na posição funcionalmente correta em relação às outras, assim como convém dispor com clareza as orações no período e os períodos no discurso.

Sintaxe de colocação é o capítulo da gramática em que se cuida da or-dem ou disposição das palavras na construção das frases. Os termos da oração, em português, geralmente são colocados na ordem direta (sujeito + verbo + objeto direto + objeto indireto, ou sujeito + verbo + predicativo). As inversões dessa ordem ou são de natureza estilística (realce do termo cuja posição natural se altera: Corajoso é ele! Medonho foi o espetáculo), ou de pura natureza gramatical, sem intenção especial de realce, obedecendo-se, apenas a hábitos da língua que se fizeram tradicionais.

Sujeito posposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos seguintes casos: (1) nas orações intercaladas (Sim, disse ele, voltarei); (2) nas interrogativas, não sendo o sujeito pronome interrogativo (Que espera você?); (3) nas reduzidas de infinitivo, de gerúndio ou de particípio (Por ser ele quem é... Sendo ele quem é... Resolvido o caso...); (4) nas imperativas (Faze tu o que for possível); (5) nas optativas (Suceda a paz à guerra! Guie-o a mão da Providência!); (6) nas que têm o verbo na passiva pronominal (Elimina-ram-se de vez as esperanças); (7) nas que começam por adjunto adverbial (No profundo do céu luzia uma estrela), predicativo (Esta é a vontade de Deus) ou objeto (Aos conselhos sucederam as ameaças); (8) nas construí-das com verbos intransitivos (Desponta o dia). Colocam-se normalmente depois do verbo da oração principal as orações subordinadas substantivas: é claro que ele se arrependeu.

Predicativo anteposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos seguintes ca-sos: (1) nas orações interrogativas (Que espécie de homem é ele?); (2) nas exclamativas (Que bonito é esse lugar!).

Colocação do adjetivo como adjunto adnominal. A posposição do ad-junto adnominal ao substantivo é a sequência que predomina no enunciado lógico (livro bom, problema fácil), mas não é rara a inversão dessa ordem: (Uma simples advertência [anteposição do adjetivo simples, no sentido de mero]. O menor descuido porá tudo a perder [anteposição dos superlativos relativos: o melhor, o pior, o maior, o menor]). A anteposição do adjetivo, em alguns casos, empresta-lhe sentido figurado: meu rico filho, um grande homem, um pobre rapaz).

Colocação dos pronomes átonos. O pronome átono pode vir antes do verbo (próclise, pronome proclítico: Não o vejo), depois do verbo (ênclise, pronome enclítico: Vejo-o) ou no meio do verbo, o que só ocorre com formas do futuro do presente (Vê-lo-ei) ou do futuro do pretérito (Vê-lo-ia).

Verifica-se próclise, normalmente nos seguintes casos: (1) depois de palavras negativas (Ninguém me preveniu), de pronomes interrogativos (Quem me chamou?), de pronomes relativos (O livro que me deram...), de advérbios interrogativos (Quando me procurarás); (2) em orações optativas (Deus lhe pague!); (3) com verbos no subjuntivo (Espero que te comportes); (4) com gerúndio regido de em (Em se aproximando...); (5) com infinitivo regido da preposição a, sendo o pronome uma das formas lo, la, los, las (Fiquei a observá-la); (6) com verbo antecedido de advérbio, sem pausa (Logo nos entendemos), do numeral ambos (Ambos o acompanharam) ou de pronomes indefinidos (Todos a estimam).

Ocorre a ênclise, normalmente, nos seguintes casos: (1) quando o ver-bo inicia a oração (Contaram-me que...), (2) depois de pausa (Sim, conta-ram-me que...), (3) com locuções verbais cujo verbo principal esteja no infinitivo (Não quis incomodar-se).

Estando o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a me-sóclise é de regra, no início da frase (Chama-lo-ei. Chama-lo-ia). Se o verbo estiver antecedido de palavra com força atrativa sobre o pronome,

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haverá próclise (Não o chamarei. Não o chamaria). Nesses casos, a língua moderna rejeita a ênclise e evita a mesóclise, por ser muito formal.

Pronomes com o verbo no particípio. Com o particípio desacompanha-do de auxiliar não se verificará nem próclise nem ênclise: usa-se a forma oblíqua do pronome, com preposição. (O emprego oferecido a mim...). Havendo verbo auxiliar, o pronome virá proclítico ou enclítico a este. (Por que o têm perseguido? A criança tinha-se aproximado.)

Pronomes átonos com o verbo no gerúndio. O pronome átono costuma vir enclítico ao gerúndio (João, afastando-se um pouco, observou...). Nas locuções verbais, virá enclítico ao auxiliar (João foi-se afastando), salvo quando este estiver antecedido de expressão que, de regra, exerça força atrativa sobre o pronome (palavras negativas, pronomes relativos, conjun-ções etc.) Exemplo: À medida que se foram afastando.

Colocação dos possessivos. Os pronomes adjetivos possessivos pre-cedem os substantivos por eles determinados (Chegou a minha vez), salvo quando vêm sem artigo definido (Guardei boas lembranças suas); quando há ênfase (Não, amigos meus!); quando determinam substantivo já deter-minado por artigo indefinido (Receba um abraço meu), por um numeral (Recebeu três cartas minhas), por um demonstrativo (Receba esta lem-brança minha) ou por um indefinido (Aceite alguns conselhos meus).

Colocação dos demonstrativos. Os demonstrativos, quando pronomes adjetivos, precedem normalmente o substantivo (Compreendo esses pro-blemas). A posposição do demonstrativo é obrigatória em algumas formas em que se procura especificar melhor o que se disse anteriormente: "Ouvi tuas razões, razões essas que não chegaram a convencer-me."

Colocação dos advérbios. Os advérbios que modificam um adjetivo, um particípio isolado ou outro advérbio vêm, em regra, antepostos a essas palavras (mais azedo, mal conservado; muito perto). Quando modificam o verbo, os advérbios de modo costumam vir pospostos a este (Cantou admiravelmente. Discursou bem. Falou claro.). Anteposto ao verbo, o adjunto adverbial fica naturalmente em realce: "Lá longe a gaivota voava rente ao mar."

Figuras de sintaxe. No tocante à colocação dos termos na frase, salien-tem-se as seguintes figuras de sintaxe: (1) hipérbato -- intercalação de um termo entre dois outros que se relacionam: "O das águas gigante caudalo-so" (= O gigante caudaloso das águas); (2) anástrofe -- inversão da ordem normal de termos sintaticamente relacionados: "Do mar lançou-se na gela-da areia" (= Lançou-se na gelada areia do mar); (3) prolepse -- transposi-ção, para a oração principal, de termo da oração subordinada: "A nossa Corte, não digo que possa competir com Paris ou Londres..." (= Não digo que a nossa Corte possa competir com Paris ou Londres...); (4) sínquise -- alteração excessiva da ordem natural das palavras, que dificulta a compre-ensão do sentido: "No tempo que do reino a rédea leve, João, filho de Pedro, moderava" (= No tempo [em] que João, filho de Pedro, moderava a rédea leve do reino). ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

Colocação Pronominal (próclise, mesóclise, ênclise)

Por Cristiana Gomes

É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.

Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).

Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na pronúncia.

PRÓCLISE

Usamos a próclise nos seguintes casos:

(1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.

- Nada me perturba. - Ninguém se mexeu. - De modo algum me afastarei daqui. - Ela nem se importou com meus problemas.

(2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que.

- Quando se trata de comida, ele é um “expert”. - É necessário que a deixe na escola. - Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.

(3) Advérbios

- Aqui se tem paz. - Sempre me dediquei aos estudos. - Talvez o veja na escola.

OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome.

- Aqui, trabalha-se. (4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos. - Alguém me ligou? (indefinido) - A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo) - Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo) (5) Em frases interrogativas. - Quanto me cobrará pela tradução? (6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo). - Deus o abençoe! - Macacos me mordam! - Deus te abençoe, meu filho! (7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM. - Em se plantando tudo dá. - Em se tratando de beleza, ele é campeão. (8) Com formas verbais proparoxítonas - Nós o censurávamos.

MESÓCLISE

Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – ama-rei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, …)

- Convidar-me-ão para a festa. - Convidar-me-iam para a festa.

Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.

- Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.

ÊNCLISE

Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.

- Tornarei-me……. (errada) - Tinha entregado-nos……….(errada)

Ênclise de verbo no infinitivo está sempre certa.

- Entregar-lhe (correta) - Não posso recebê-lo. (correta)

Outros casos: - Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas. - Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se. - Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes. - Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.

OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá a próclise:

- Em se tratando de cinema, prefiro o suspense. - Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS

Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio.

AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.

- Havia-lhe contado a verdade. - Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.

AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.

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Infinitivo - Quero-lhe dizer o que aconteceu. - Quero dizer-lhe o que aconteceu.

Gerúndio - Ia-lhe dizendo o que aconteceu. - Ia dizendo-lhe o que aconteceu.

Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

Infinitivo - Não lhe quero dizer o que aconteceu. - Não quero dizer-lhe o que aconteceu.

Gerúndio - Não lhe ia dizendo a verdade. - Não ia dizendo-lhe a verdade.

PROVA SIMULADA I

01. Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia das palavras. (A) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer. (B) O chefe deferia da opinião dos subordinados. (C) O processo foi julgado em segunda estância. (D) O problema passou despercebido na votação. (E) Os criminosos espiariam suas culpas no exílio. 02. A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é: (A) Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz. (B) Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido. (C) A colega não se contera diante da situação. (D) Se ele ver você na rua, não ficará contente. (E) Quando você vir estudar, traga seus livros. 03. O particípio verbal está corretamente empregado em: (A) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos. (B) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas. (C) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime. (D) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos. (E) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda. 04. Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto abaixo, em

conformidade com a norma culta. Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa substância do

interior da concha de moluscos reúne outras características interes-santes, como resistência e flexibilidade.

(A) Se puder ser moldada, daria ótimo material para a confecção de componentes para a indústria.

(B) Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a confecção de componentes para a indústria.

(C) Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confecção de com-ponentes para a indústria.

(D) Se puder ser moldada, dava ótimo material para a confecção de componentes para a indústria.

(E) Se pudesse ser moldada, daria ótimo material para a confecção de componentes para a indústria.

05. O uso indiscriminado do gerúndio tem-se constituído num problema

para a expressão culta da língua. Indique a única alternativa em que ele está empregado conforme o padrão culto.

(A) Após aquele treinamento, a corretora está falando muito bem. (B) Nós vamos estar analisando seus dados cadastrais ainda hoje. (C) Não haverá demora, o senhor pode estar aguardando na linha. (D) No próximo sábado, procuraremos estar liberando o seu carro. (E) Breve, queremos estar entregando as chaves de sua nova casa. 06. De acordo com a norma culta, a concordância nominal e verbal está

correta em: (A) As características do solo são as mais variadas possível. (B) A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapidamente. (C) Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada. (D) Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações.

(E) Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo. 07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de

flexão de grau. (A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo. (B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá duran-

te as férias. (C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos. (D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que ruim. (E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualidade.

Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pala-vras completam, correta e respectivamente, as frases dadas. 08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento

estatal ciência e tecnologia. (A) à ... sobre o ... do ... para (B) a ... ao ... do ... para (C) à ... do ... sobre o ... a (D) à ... ao ... sobre o ... à (E) a ... do ... sobre o ... à 09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a

franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois eles devem estar aptos comercializar seus produtos.

(A) ao ... a ... à (B) àquele ... à ... à (C) àquele...à ... a (D) ao ... à ... à (E) àquele ... a ... a 10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a

norma culta. (A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso

trarão grandes benefícios às pesquisas. (B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaborando

com o meio ambiente. (C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desenvol-

vendo projetos na área médica. (D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes apre-

sentadas pelos economistas. (E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no

litoral ou aproveitam férias ali. 11. A frase correta de acordo com o padrão culto é: (A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às

chuvas. (B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos recla-

mações. (C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à

cultura. (D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da

culpa. (E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria. 12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negó-

cios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de sele-ção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investido-res.

(Texto adaptado) Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir

as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investi-dores e dos investidores, no texto, são, respectivamente:

(A) seus ... lhes ... los ... lhes (B) delas ... a elas ... lhes ... deles (C) seus ... nas ... los ... deles (D) delas ... a elas ... lhes ... seu (E) seus ... lhes ... eles ... neles 13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo

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com o padrão culto. (A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações. (B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente. (C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido. (D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada. (E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris. 14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto

direto e indireto em: (A) Apresentou-se agora uma boa ocasião. (B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo. (C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa. (D) A conta, deixamo-la para ser revisada. (E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder. 15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo. Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos

respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é: (A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção. (B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo. (C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção. (D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção. (E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo. 16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação

do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Digníssimo Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Ex-celentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reve-rendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se programar e participar do referido evento.

Atenciosamente, ZZZ Assistente de Gabinete. De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas

são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por (A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos (B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos (C) Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos (D) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos (E) Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos 17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se

respeitam as regras de pontuação. (A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou,

que temos uma arrecadação bem maior que a prevista. (B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma

sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada. (C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade

Policial, confessou sua participação no referido furto. (D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste

funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia. (E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões

negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados. 18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e

predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamen-te, apenas a:

(A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral. (B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período. (C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas. (D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo. (E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames.

Leia o período para responder às questões de números 19 e 20. O livro de registro do processo que você procurava era o que estava

sobre o balcão. 19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem

a (A) processo e livro. (B) livro do processo. (C) processos e processo. (D) livro de registro. (E) registro e processo. 20. Analise as proposições de números I a IV com base no período

acima: I. há, no período, duas orações; II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal; III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais; IV. de registro é um adjunto adnominal de livro. Está correto o contido apenas em (A) II e IV. (B) III e IV. (C) I, II e III. (D) I, II e IV. (E) I, III e IV. 21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do

acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho: I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas; II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura

pelo Juiz; III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen-

te ao da palavra mas; IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acór-

dão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar. Está correto o contido apenas em (A) II e IV. (B) III e IV. (C) I, II e III. (D) I, III e IV. (E) II, III e IV. 22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais. Ao transformar os dois períodos simples num único período compos-

to, a alternativa correta é: (A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis. (B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis. (C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais. (D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais. (E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis. 23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraqueci-

dos galhos da velha árvore. Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre

o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar. (A) Quem podou? e Quando podou? (B) Qual jardineiro? e Galhos de quê? (C) Que jardineiro? e Podou o quê? (D) Que vizinho? e Que galhos? (E) Quando podou? e Podou o quê? 24. O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia. Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibili-

dades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimento correto das relações entre seus termos e pela sua adequada pontua-ção em:

(A) O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas. (B) O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas. (C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia. (D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas. (E) Da plateia, o público observava a agitação dos lanterninhas. 25. Felizmente, ninguém se machucou. Lentamente, o navio foi se afastando da costa. Considere: I. felizmente completa o sentido do verbo machucar; II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais de

modo;

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III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do fato;

IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar; V. felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos. Está correto o contido apenas em (A) I, II e III. (B) I, II e IV. (C) I, III e IV. (D) II, III e IV. (E) III, IV e V. 26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o carro...,

indicando concessão, é: (A) para poder trabalhar fora. (B) como havia programado. (C) assim que recebeu o prêmio. (D) porque conseguiu um desconto. (E) apesar do preço muito elevado. 27. É importante que todos participem da reunião. O segmento que todos participem da reunião, em relação a É importante, é uma oração subordinada (A) adjetiva com valor restritivo. (B) substantiva com a função de sujeito. (C) substantiva com a função de objeto direto. (D) adverbial com valor condicional. (E) substantiva com a função de predicativo. 28. Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A relação estabe-

lecida pelo termo como é de (A) comparatividade. (B) adição. (C) conformidade. (D) explicação. (E) consequência. 29. A região alvo da expansão das empresas, _____, das redes de

franquias, é a Sudeste, ______ as demais regiões também serão contempladas em diferentes proporções; haverá, ______, planos di-versificados de acordo com as possibilidades de investimento dos possíveis franqueados.

A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e relaciona corretamente as ideias do texto, é:

(A) digo ... portanto ... mas (B) como ... pois ... mas (C) ou seja ... embora ... pois (D) ou seja ... mas ... portanto (E) isto é ... mas ... como 30. Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos

investidores, os locais das futuras lojas de franquia serão divulgados. A alternativa correta para substituir Assim que as empresas concluí-

rem o processo de seleção dos investidores por uma oração reduzi-da, sem alterar o sentido da frase, é:

(A) Porque concluindo o processo de seleção dos investidores ... (B) Concluído o processo de seleção dos investidores ... (C) Depois que concluíssem o processo de seleção dos investidores ... (D) Se concluído do processo de seleção dos investidores... (E) Quando tiverem concluído o processo de seleção dos investidores ...

A MISÉRIA É DE TODOS NÓS Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social

que remonta aos primórdios da colonização? No decorrer das últimas décadas, enquanto a miséria se mantinha mais ou menos do mesmo tama-nho, todos os indicadores sociais brasileiros melhoraram. Há mais crianças em idade escolar frequentando aulas atualmente do que em qualquer outro período da nossa história. As taxas de analfabetismo e mortalidade infantil também são as menores desde que se passou a registrá-las nacionalmen-te. O Brasil figura entre as dez nações de economia mais forte do mundo. No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos. Vem firmando uma inconteste liderança política regional na América Latina, ao mesmo tempo que atrai a simpatia do Terceiro Mundo por ter se tornado um forte

oponente das injustas políticas de comércio dos países ricos. Apesar de todos esses avanços, a miséria resiste. Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente na zona rural,

esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos dos brasileiros mais bem posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes cida-des, com aterrorizante frequência, ela atravessa o fosso social profundo e se manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas manifestações é a criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa, certamente em razão dela se tornou mais disseminada e cruel. Explicar a resistência da pobreza extrema entre milhões de habitantes não é uma empreitada sim-ples.

Veja, ed. 1735

31. O título dado ao texto se justifica porque: A) a miséria abrange grande parte de nossa população; B) a miséria é culpa da classe dominante; C) todos os governantes colaboraram para a miséria comum; D) a miséria deveria ser preocupação de todos nós; E) um mal tão intenso atinge indistintamente a todos. 32. A primeira pergunta - ''Como entender a resistência da miséria no

Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da coloniza-ção?'':

A) tem sua resposta dada no último parágrafo; B) representa o tema central de todo o texto; C) é só uma motivação para a leitura do texto; D) é uma pergunta retórica, à qual não cabe resposta; E) é uma das perguntas do texto que ficam sem resposta. 33. Após a leitura do texto, só NÃO se pode dizer da miséria no Brasil

que ela: A) é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho produtivo em

outras áreas; B) tem manifestações violentas, como a criminalidade nas grandes

cidades; C) atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não apareçam

para a classe dominante; D) é de difícil compreensão, já que sua presença não se coaduna com a

de outros indicadores sociais; E) tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis nas últimas

décadas. 34. O melhor resumo das sete primeiras linhas do texto é: A) Entender a miséria no Brasil é impossível, já que todos os outros

indicadores sociais melhoraram; B) Desde os primórdios da colonização a miséria existe no Brasil e se

mantém onipresente; C) A miséria no Brasil tem fundo histórico e foi alimentada por governos

incompetentes; D) Embora os indicadores sociais mostrem progresso em muitas áreas,

a miséria ainda atinge uma pequena parte de nosso povo; E) Todos os indicadores sociais melhoraram exceto o indicador da

miséria que leva à criminalidade. 35. As marcas de progresso em nosso país são dadas com apoio na

quantidade, exceto: A) frequência escolar; B) liderança diplomática; C) mortalidade infantil; D) analfabetismo; E) desempenho econômico. 36. ''No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos.''; com

essa frase, o jornalista quer dizer que o Brasil: A) já está suficientemente forte para começar a exercer sua liderança

na América Latina; B) já mostra que é mais forte que seus países vizinhos; C) está iniciando seu trabalho diplomático a fim de marcar presença no

cenário exterior; D) pretende mostrar ao mundo e aos países vizinhos que já é suficien-

temente forte para tornar-se líder;

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E) ainda é inexperiente no trato com a política exterior. 37. Segundo o texto, ''A miséria é onipresente'' embora: A) apareça algumas vezes nas grandes cidades; B) se manifeste de formas distintas; C) esteja escondida dos olhos de alguns; D) seja combatida pelas autoridades; E) se torne mais disseminada e cruel. 38. ''...não é uma empreitada simples'' equivale a dizer que é uma em-

preitada complexa; o item em que essa equivalência é feita de forma INCORRETA é:

A) não é uma preocupação geral = é uma preocupação superficial; B) não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica; C) não é uma questão vital = é uma questão desimportante; D) não é um problema universal = é um problema particular; E) não é uma cópia ampliada = é uma cópia reduzida. 39. ''...enquanto a miséria se mantinha...''; colocando-se o verbo desse

segmento do texto no futuro do subjuntivo, a forma correta seria: A) mantiver; B) manter; C)manterá; D)manteria; E) mantenha. 40. A forma de infinitivo que aparece substantivada nos segmentos

abaixo é: A) ''Como entender a resistência da miséria...''; B) ''No decorrer das últimas décadas...''; C) ''...desde que se passou a registrá-las...''; D) ''...começa a exercitar seus músculos.''; E) ''...por ter se tornado um forte oponente...''.

PROTESTO TÍMIDO Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha vida e faltavam

dez minutos para a meia-noite. Perto da Praça General Osório, olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu uma trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era um menino.

Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, bra-

ços dobrados como dois gravetos, as mãos protegendo a cabeça. Tinha os gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia esbura-cada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como podia estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar conhecimento de sua existência. Não era um ser humano, era um bicho, um saco de lixo mesmo, um traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um menor abando-nado.

Quem nunca viu um menor abandonado? A cinco passos, na casa de

sucos de frutas, vários casais de jovens tomavam sucos de frutas, alguns mastigavam sanduíches. Além, na esquina da praça, o carro da radiopatru-lha estacionado, dois boinas-pretas conversando do lado de fora. Ninguém tomava conhecimento da existência do menino.

Segundo as estatísticas, como ele existem nada menos que 25 milhões

no Brasil, que se pode fazer? Qual seria a reação do menino se eu o acor-dasse para lhe dar todo o dinheiro que trazia no bolso? Resolveria o seu problema? O problema do menor abandonado? A injustiça social?

(....) Vinte e cinco milhões de menores - um dado abstrato, que a imagina-

ção não alcança. Um menino sem pai nem mãe, sem o que comer nem onde dormir - isto é um menor abandonado. Para entender, só mesmo imaginando meu filho largado no mundo aos seis, oito ou dez anos de idade, sem ter para onde ir nem para quem apelar. Imagino que ele venha a ser um desses que se esgueiram como ratos em torno aos botequins e lanchonetes e nos importunam cutucando-nos de leve - gesto que nos desperta mal contida irritação - para nos pedir um trocado. Não temos disposição sequer para olhá-lo e simplesmente o atendemos (ou não) para nos livrarmos depressa de sua incômoda presença. Com o sentimento que sufocamos no coração, escreveríamos toda a obra de Dickens. Mas esta-mos em pleno século XX, vivendo a era do progresso para o Brasil, con-quistando um futuro melhor para os nossos filhos. Até lá, que o menor

abandonado não chateie, isto é problema para o juizado de menores. Mesmo porque são todos delinquentes, pivetes na escola do crime, cedo terminarão na cadeia ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte.

Pode ser. Mas a verdade é que hoje eu vi meu filho dormindo na rua,

exposto ao frio da noite, e além de nada ter feito por ele, ainda o confundi com um monte de lixo.

Fernando Sabino 41 Uma crônica, como a que você acaba de ler, tem como melhor

definição: A) registro de fatos históricos em ordem cronológica; B) pequeno texto descritivo geralmente baseado em fatos do cotidiano; C) seção ou coluna de jornal sobre tema especializado; D) texto narrativo de pequena extensão, de conteúdo e estrutura bas-

tante variados; E) pequeno conto com comentários, sobre temas atuais. 42 O texto começa com os tempos verbais no pretérito imperfeito -

vinha, faltavam - e, depois, ocorre a mudança para o pretérito perfei-to - olhei, vi etc.; essa mudança marca a passagem:

A) do passado para o presente; B) da descrição para a narração; C) do impessoal para o pessoal; D) do geral para o específico; E) do positivo para o negativo. 43 ''...olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, ALGO que

me pareceu uma trouxa de roupa...''; o uso do termo destacado se deve a que:

A) o autor pretende comparar o menino a uma coisa; B) o cronista antecipa a visão do menor abandonado como um traste

inútil; C) a situação do fato não permite a perfeita identificação do menino; D) esse pronome indefinido tem valor pejorativo; E) o emprego desse pronome ocorre em relação a coisas ou a pesso-

as. 44 ''Ainda há pouco eu vinha para casa a pé,...''; veja as quatro frases a

seguir: I - Daqui há pouco vou sair. I - Está no Rio há duas semanas. III - Não almoço há cerca de três dias. IV - Estamos há cerca de três dias de nosso destino. As frases que apresentam corretamente o emprego do verbo haver

são: A) I - II B) I - III C) II - IV D) I - IV E) II - III 45 O comentário correto sobre os elementos do primeiro parágrafo do

texto é: A) o cronista situa no tempo e no espaço os acontecimentos abordados

na crônica; B) o cronista sofre uma limitação psicológica ao ver o menino C) a semelhança entre o menino abandonado e uma trouxa de roupa é

a sujeira; D) a localização do fato perto da meia-noite não tem importância para o

texto; E) os fatos abordados nesse parágrafo já justificam o título da crônica.

46 Boinas-pretas é um substantivo composto que faz o plural da mesma

forma que: A) salvo-conduto; B) abaixo-assinado; C) salário-família; D) banana-prata; E) alto-falante.

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47 A descrição do menino abandonado é feita no segundo parágrafo do texto; o que NÃO se pode dizer do processo empregado para isso é que o autor:

A) se utiliza de comparações depreciativas; B) lança mão de vocábulo animalizador; C) centraliza sua atenção nos aspectos físicos do menino; D) mostra precisão em todos os dados fornecidos; E) usa grande número de termos adjetivadores. 48 ''Estava dormindo, como podia estar morto''; esse segmento do texto

significa que: A) a aparência do menino não permitia saber se dormia ou estava

morto; B) a posição do menino era idêntica à de um morto; C) para os transeuntes, não fazia diferença estar o menino dormindo ou

morto; D) não havia diferença, para a descrição feita, se o menino estava

dormindo ou morto; E) o cronista não sabia sobre a real situação do menino. 49 Alguns textos, como este, trazem referências de outros momentos

históricos de nosso país; o segmento do texto em que isso ocorre é: A) ''Perto da Praça General Osório, olhei para o lado e vi...''; B) ''...ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte''; C) ''...escreveríamos toda a obra de Dickens''; D) ''...isto é problema para o juizado de menores''; E) ''Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais''. 50 ''... era um bicho...''; a figura de linguagem presente neste segmento

do texto é uma: A) metonímia; B) comparação ou símile; C) metáfora; D) prosopopeia; E) personificação.

RESPOSTAS – PROVA I

01. D 11. B 21. B 31. D 41. D 02. A 12. A 22. A 32. B 42. B 03. C 13. C 23. C 33. A 43. C 04. E 14. E 24. E 34. A 44. E 05. A 15. C 25. D 35. B 45. A 06. B 16. A 26. E 36. C 46. A 07. D 17. B 27. B 37. C 47. D 08. E 18. E 28. C 38. A 48. C 09. C 19. D 29. D 39. A 49. B 10. D 20. A 30. B 40. B 50. C

PROVA SIMULADA II 01. Ache o verbo que está erradamente conjugado no presente do subjunti-vo: a ( ) requera ; requeras ; requera ; requeiramos ; requeirais ; requeram b ( ) saúde ; saúdes ; saúde ; saudemos ; saudeis ; saúdem c ( ) dê ; dês ; dê ; demos ; deis ; dêem d ( ) pule ; pules ; pule ; pulamos ; pulais ; pulem e ( ) frija ; frijas ; frija ; frijamos ; frijais ; frijam 02. Assinale a alternativa falsa: a ( ) o presente do subjuntivo, o imperativo afirmativo e o imperativo negati-vo são tempos derivados do presente do indicativo; b ( ) os verbos progredir e regredir são conjugados pelo modelo agredir; c ( ) o verbo prover segue ver em todos os tempos; d ( ) a 3.ª pessoa do singular do verbo aguar, no presente do subjuntivo é : águe ou ague; e ( ) os verbos prever e rever seguem o modelo ver. 03. Marque o verbo que na 2ª pessoa do singular, do presente do indicati-vo, muda para "e" o "i" que apresenta na penúltima sílaba? a ( ) imprimir b ( ) exprimir c ( ) tingir

d ( ) frigir e ( ) erigir 04. Indique onde há erro: a ( ) os puros-sangues simílimos b ( ) os navios-escola utílimos c ( ) os guardas-mores agílimos d ( ) as águas-vivas aspérrimas e ( ) as oitavas-de-final antiquíssimas 05. Marque a alternativa verdadeira: a ( ) o plural de mau-caráter é maus-caráteres; b ( ) chamam-se epicenos os substantivos que têm um só gênero gramati-cal para designar pessoas de ambos os sexos; c ( ) todos os substantivos terminados em -ão formam o feminino mudando o final em -ã ou -ona; d ( ) os substantivos terminados em -a sempre são femininos; e ( ) são comuns de dois gêneros todos os substantivos ou adjetivos subs-tantivados terminados em -ista. 06. Identifique onde há erro de regência verbal: a ( ) Não faça nada que seja contrário dos bons princípios. b ( ) Esse produto é nocivo à saúde. c ( ) Este livro é preferível àquele. d ( ) Ele era suspeito de ter roubado a loja. e ( ) Ele mostrou-se insensível a meus apelos. 07. Abaixo, há uma frase onde a regência nominal não foi obedecida. Ache-a: a ( ) Éramos assíduos às festas da escola. b ( ) Os diretores estavam ausentes à reunião. c ( ) O jogador deu um empurrão ao árbitro. d ( ) Nossa casa ficava rente do rio. e ( ) A entrega é feita no domicílio. 08. Marque a afirmativa incorreta sobre o uso da vírgula: a ( ) usa-se a vírgula para separar o adjunto adverbial anteposto; b ( ) a vírgula muitas vezes pode substituir a conjunção e; c ( ) a vírgula é obrigatória quando o objeto pleonástico for representado por pronome oblíquo tônico; d ( ) a presença da vírgula não implica pausa na fala; e ( ) nunca se deve usar a vírgula entre o sujeito e o verbo. 09. Marque onde há apenas um vocábulo erradamente escrito: a ( ) abóboda ; idôneo ; mantegueira ; eu quiz b ( ) viço ; sócio-econômico ; pexote ; hidravião c ( ) hilariedade ; caçoar ; alforje ; apasiguar d ( ) alizar ; aterrizar ; óbulo ; teribintina e ( ) chale ; umedescer ; páteo ; obceno 10. Identifique onde não ocorre a crase: a ( ) Não agrade às girafas com comida, diz o cartaz. b ( ) Isso não atende às exigências da firma. c ( ) Sempre obedeço à sinalização. d ( ) Só visamos à alegria. e ( ) Comuniquei à diretoria a minha decisão. 11. Assinale onde não ocorre a concordância nominal: a ( ) As salas ficarão tão cheias quanto possível. b ( ) Tenho bastante dúvidas. c ( ) Eles leram o primeiro e segundo volumes. d ( ) Um e outro candidato virá. e ( ) Não leu nem um nem outro livro policiais. 12. Marque onde o termo em destaque está erradamente empregado: a ( ) Elas ficaram todas machucadas. b ( ) Fiquei quite com a mensalidade. c ( ) Os policiais estão alerta. d ( ) As cartas foram entregues em mãos. e ( ) Neste ano, não terei férias nenhumas. 13. Analise sintaticamente o termo em destaque:

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 72

"A marcha alegre se espalhou na avenida..." a ( ) predicado b ( ) agente da passiva c ( ) objeto direto d ( ) adjunto adverbial e ( ) adjunto adnominal 14. Marque onde o termo em destaque não representa a função sintática ao lado: a ( ) João acordou doente. (predicado verbo-nominal) b ( ) Mataram os meus dois gatos. (adjuntos adnominais) c ( ) Eis a encomenda que Maria enviou. (adjunto adverbial) d ( ) Vendem-se livros velhos. (sujeito) e ( ) A ideia de José foi exposta por mim a Rosa. (objeto indireto) 15. Ache a afirmativa falsa: a ( ) usam-se os parênteses nas indicações bibliográficas; b ( ) usam-se as reticências para marcar, nos diálogos, a mudança de interlocutor; c ( ) usa-se o ponto-e-vírgula para separar orações coordenadas assindéti-cas de maior extensão; d ( ) usa-se a vírgula para separar uma conjunção colocada no meio da oração; e ( ) usa-se o travessão para isolar palavras ou frases, destacando-as. 16. Identifique o termo acessório da oração: a ( ) adjunto adverbial b ( ) objeto indireto c ( ) sujeito d ( ) predicado e ( ) agente da passiva 17. Qual a afirmativa falsa sobre orações coordenadas? a ( ) as coordenadas quando separadas por vírgula, se ligam pelo sentido geral do período; b ( ) uma oração coordenada muitas vezes é sujeito ou complemento de outra; c ( ) as coordenadas sindéticas subdividem-se de acordo com o sentido e com as conjunções que as ligam; d ( ) as coordenadas conclusivas encerram a dedução ou conclusão de um raciocínio; e ( ) no período composto por coordenação, as orações são independentes entre si quanto ao relacionamento sintático. RESPOSTAS

01. A 02. C 03. D 04. B 05. E

06. A 07. A 08. C 09. B 10. A

11. B 12. D 13. D 14. C 15. B

16. A 17. B

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 1

- MATEMÁTICA (TODOS OS CARGOS) Números: naturais, inteiros, racionais, irracionais, reais. Resolução de situações-problema envolvendo: opera-ções fundamentais- adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação. Álgebra. Resolução de situações-problema envolvendo: equações dos 1ª e 2ª graus. Proporção. Regra de três simples e composta. Funções do 1o. grau Matemática comercial e financeira: resolução de situa-ções-problema envolvendo: porcentagem. juros simples e compostos. Tratamento da informação- Resolver situações-problema que envolvam: medidas de tendência central: médias aritmética e ponderada, moda e mediana. Es-paço amostral. Evento. Probabilidade. Gráficos. GEOMETRIA- Resolver situações-problema que envol-vam: geometria plana: unidades de medida, compri-mento, área, volume, capacidade e massa. Entes primi-tivos ponto, reta e plano. Ângulos. Triângulos. Quadrilá-teros. Circunferência. Perímetro. Área. Volume. Geo-metria sólida: volumes, cubos e paralelepípedos

TEORIA DOS CONJUNTOS

CONJUNTO

Em matemática, um conjunto é uma coleção de elementos. Não interessa a ordem e quantas vezes os elementos estão listados na coleção. Em contraste, uma coleção de elementos na qual a multiplicidade, mas não a ordem, é relevante, é chamada multiconjunto.

Conjuntos são um dos conceitos básicos da matemática. Um conjunto é apenas uma coleção de entidades, chamadas de elementos. A notação padrão lista os elementos separados por vírgulas entre chaves (o uso de "parênteses" ou "colchetes" é incomum) como os seguintes exemplos:

{1, 2, 3}

{1, 2, 2, 1, 3, 2}

{x : x é um número inteiro tal que 0<x<4}

Os três exemplos acima são maneiras diferentes de representar o mesmo conjunto.

É possível descrever o mesmo conjunto de diferentes maneiras: listando os seus elementos (ideal para conjuntos pequenos e finitos) ou definindo uma propriedade de seus elementos. Dizemos que dois conjuntos são iguais se e somente se cada elemento de um é também elemento do outro, não importando a

quantidade e nem a ordem das ocorrências dos elementos.

Conceitos essenciais

� Conjunto: representa uma coleção de objetos, geralmente representado por letras maiúsculas;

� Elemento: qualquer um dos componentes de um conjunto, geralmente representado por letras minúsculas;

� Pertinência: é a característica associada a um elemento que faz parte de um conjunto;

Pertence ou não pertence

Se é um elemento de , nós podemos dizer que o

elemento pertence ao conjunto e podemos escrever

. Se não é um elemento de , nós podemos

dizer que o elemento não pertence ao conjunto e

podemos escrever .

1. Conceitos primitivos Antes de mais nada devemos saber que conceitos

primitivos são noções que adotamos sem definição. Adotaremos aqui três conceitos primitivos: o de con-

junto, o de elemento e o de pertinência de um elemento a um conjunto. Assim, devemos entender perfeitamente a frase: determinado elemento pertence a um conjunto, sem que tenhamos definido o que é conjunto, o que é elemento e o que significa dizer que um elemento per-tence ou não a um conjunto.

2 Notação Normalmente adotamos, na teoria dos conjuntos, a

seguinte notação: • os conjuntos são indicados por letras maiúsculas:

A, B, C, ... ; • os elementos são indicados por letras

minúsculas: a, b, c, x, y, ... ; • o fato de um elemento x pertencer a um conjunto

C é indicado com x ∈ C;

• o fato de um elemento y não pertencer a um

conjunto C é indicado y ∉ C.

3. Representação dos conjuntos Um conjunto pode ser representado de três

maneiras: • por enumeração de seus elementos; • por descrição de uma propriedade

característica do conjunto; • através de uma representação gráfica.

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 2

Um conjunto é representado por enumeração quando todos os seus elementos são indicados e colocados dentro de um par de chaves.

Exemplo: a) A = ( 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 ) indica o conjunto

formado pelos algarismos do nosso sistema de numeração.

b) B = ( a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, x, z ) indica o conjunto formado pelas letras do nosso alfabeto.

c) Quando um conjunto possui número elevado de elementos, porém apresenta lei de formação bem clara, podemos representa-lo, por enumeração, indicando os primeiros e os últimos elementos, intercalados por reticências. Assim: C = ( 2; 4; 6;... ; 98 ) indica o conjunto dos números pares positivos, menores do que100.

d) Ainda usando reticências, podemos representar, por enumeração, conjuntos com infinitas elementos que tenham uma lei de formação bem clara, como os seguintes:

D = ( 0; 1; 2; 3; .. . ) indica o conjunto dos números

inteiros não negativos; E = ( ... ; -2; -1; 0; 1; 2; . .. ) indica o conjunto dos

números inteiros; F = ( 1; 3; 5; 7; . . . ) indica o conjunto dos números

ímpares positivos. A representação de um conjunto por meio da des-

crição de uma propriedade característica é mais sintéti-ca que sua representação por enumeração. Neste ca-so, um conjunto C, de elementos x, será representado da seguinte maneira:

C = { x | x possui uma determinada propriedade } que se lê: C é o conjunto dos elementos x tal que

possui uma determinada propriedade: Exemplos O conjunto A = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } pode ser

representado por descrição da seguinte maneira: A = { x | x é algarismo do nosso sistema de numeração }

O conjunto G = { a; e; i; o, u } pode ser

representado por descrição da seguinte maneira G = { x | x é vogal do nosso alfabeto }

O conjunto H = { 2; 4; 6; 8; . . . } pode ser

representado por descrição da seguinte maneira: H = { x | x é par positivo }

A representação gráfica de um conjunto é bastante

cômoda. Através dela, os elementos de um conjunto são representados por pontos interiores a uma linha fechada que não se entrelaça. Os pontos exteriores a esta linha representam os elementos que não perten-cem ao conjunto.

Exemplo

Por esse tipo de representação gráfica, chamada

diagrama de Euler-Venn, percebemos que x ∈ C, y ∈ C, z ∈ C; e que a ∉ C, b ∉ C, c ∉ C, d ∉ C.

4 Número de elementos de um conjunto Consideremos um conjunto C. Chamamos de núme-

ro de elementos deste conjunto, e indicamos com n(C), ao número de elementos diferentes entre si, que per-tencem ao conjunto.

Exemplos a) O conjunto A = { a; e; i; o; u } é tal que n(A) = 5. b) O conjunto B = { 0; 1; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } é tal

que n(B) = 10. c) O conjunto C = ( 1; 2; 3; 4;... ; 99 ) é tal que n

(C) = 99. 5 Conjunto unitário e conjunto vazio Chamamos de conjunto unitário a todo conjunto C,

tal que n (C) = 1. Exemplo: C = ( 3 ) E chamamos de conjunto vazio a todo conjunto c,

tal que n(C) = 0. Exemplo: M = { x | x

2 = -25}

O conjunto vazio é representado por { } ou por

∅ . Exercício resolvido

Determine o número de elementos dos seguintes

com juntos :

a) A = { x | x é letra da palavra amor } b) B = { x | x é letra da palavra alegria } c) c é o conjunto esquematizado a seguir d) D = ( 2; 4; 6; . . . ; 98 ) e) E é o conjunto dos pontos comuns às

relas r e s, esquematizadas a seguir :

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Resolução a) n(A) = 4 b) n(B) = 6,'pois a palavra alegria, apesar de

possuir dote letras, possui apenas seis letras distintas entre si.

c) n(C) = 2, pois há dois elementos que pertencem a C: c e C e d e C

d) observe que: 2 = 2 . 1 é o 1º par positivo 4 = 2 . 2 é o 2° par positivo 6 = 2 . 3 é o 3º par positivo 8 = 2 . 4 é o 4º par positivo . . . . . . 98 = 2 . 49 é o 49º par positivo logo: n(D) = 49

e) As duas retas, esquematizadas na figura, possuem apenas um ponto comum.

Logo, n( E ) = 1, e o conjunto E é, portanto, unitário. 6 igualdade de conjuntos Vamos dizer que dois conjuntos A e 8 são iguais, e

indicaremos com A = 8, se ambos possuírem os mes-mos elementos. Quando isto não ocorrer, diremos que os conjuntos são diferentes e indicaremos com A ≠ B. Exemplos .

a) {a;e;i;o;u} = {a;e;i;o;u} b) {a;e;i;o,u} = {i;u;o,e;a} c) {a;e;i;o;u} = {a;a;e;i;i;i;o;u;u} d) {a;e;i;o;u} ≠ {a;e;i;o} e) { x | x

2 = 100} = {10; -10}

f) { x | x2 = 400} ≠ {20}

7 Subconjuntos de um conjunto Dizemos que um conjunto A é um subconjunto de

um conjunto B se todo elemento, que pertencer a A, também pertencer a B.

Neste caso, usando os diagramas de Euler-Venn, o

conjunto A estará "totalmente dentro" do conjunto B :

Indicamos que A é um subconjunto de B de duas

maneiras: a) A ⊂ B; que deve ser lido : A é subconjunto de

B ou A está contido em B ou A é parte de B;

b) B ⊃ A; que deve ser lido: B contém A ou B inclui A.

Exemplo Sejam os conjuntos A = {x | x é mineiro} e B = { x | x

é brasileiro} ; temos então que A ⊂ B e que B ⊃ A. Observações: • Quando A não é subconjunto de B, indicamos

com A ⊄ B ou B A.

• Admitiremos que o conjunto vazio está contido em qualquer conjunto.

8 Número de subconjuntos de um conjunto dado Pode-se mostrar que, se um conjunto possui n

elementos, então este conjunto terá 2n subconjuntos.

Exemplo O conjunto C = {1; 2 } possui dois elementos; logo,

ele terá 22 = 4 subconjuntos.

Exercício resolvido:

1. Determine o número de subconjuntos do conjunto

C = (a; e; i; o; u ) .

Resolução: Como o conjunto C possui cinco elementos, o número dos seus subconjuntos será 2

5 =

32. Exercícios propostas:

2. Determine o número de subconjuntos do conjunto C = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } Resposta: 1024 3. Determine o número de subconjuntos do conjunto

C = 1

2

1

3

1

4

2

4

3

4

3

5; ; ; ; ;

Resposta: 32

B) OPERAÇÕES COM CONJUNTOS

1 União de conjuntos Dados dois conjuntos A e B, chamamos união ou

reunião de A com B, e indicamos com A ∩ B, ao con-junto constituído por todos os elementos que perten-cem a A ou a B.

Usando os diagramas de Euler-Venn, e

representando com hachuras a interseção dos conjuntos, temos:

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Exemplos

a) {a;b;c} U {d;e}= {a;b;c;d;e} b) {a;b;c} U {b;c;d}={a;b;c;d} c) {a;b;c} U {a;c}={a;b;c} 2 Intersecção de conjuntos Dados dois conjuntos A e B, chamamos de interse-

ção de A com B, e indicamos com A ∩ B, ao conjunto constituído por todos os elementos que pertencem a A e a B.

Usando os diagramas de Euler-Venn, e

representando com hachuras a intersecção dos conjuntos, temos:

Exemplos

a) {a;b;c} ∩ {d;e} = ∅ b) {a;b;c} ∩ {b;c,d} = {b;c} c) {a;b;c} ∩ {a;c} = {a;c}

Quando a intersecção de dois conjuntos é vazia,

como no exemplo a, dizemos que os conjuntos são disjuntos.

Exercícios resolvidos 1. Sendo A = ( x; y; z ); B = ( x; w; v ) e C = ( y; u; t

), determinar os seguintes conjuntos: a) A ∪ B f) B ∩ C

b) A ∩ B g) A ∪ B ∪ C c) A ∪ C h) A ∩ B ∩ C d) A ∩ C i) (A ∩ B) U (A ∩ C) e) B ∪ C

Resolução

a) A ∪ B = {x; y; z; w; v } b) A ∩ B = {x } c) A ∪ C = {x; y;z; u; t } d) A ∩ C = {y } e) B ∪ C={x;w;v;y;u;t}

f) B ∩ C= ∅ g) A ∪ B ∪ C= {x;y;z;w;v;u;t}

h) A ∩ B ∩ C= ∅

i) (A ∩ B) ∪ u (A ∩ C)={x} ∪ {y}={x;y} 2. Dado o diagrama seguinte, represente com

hachuras os conjuntos: :

a) A ∩ B ∩ C b) (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)

.Resolução

3. No diagrama seguinte temos:

n(A) = 20 n(B) = 30 n(A ∩ B) = 5

Determine n(A ∪ B). Resolução

Se juntarmos, aos 20 elementos de A, os 30

elementos de B, estaremos considerando os 5 elementos de A n B duas vezes; o que, evidentemente, é incorreto; e, para corrigir este erro, devemos subtrair uma vez os 5 elementos de A n B; teremos então:

n(A ∪ B) = n(A) + n(B) - n(A ∩ B) ou seja: n(A ∪ B) = 20 + 30 – 5 e então: n(A ∪ B) = 45. 4 Conjunto complementar Dados dois conjuntos A e B, com B ⊂ A,

chamamos de conjunto complementar de B em relação a A, e indicamos com CA B, ao conjunto A - B.

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Observação: O complementar é um caso particular de diferença em que o segundo conjunto é subconjunto do primeiro.

Usando os diagramas de Euler-Venn, e

representando com hachuras o complementar de B em relação a A, temos:

Exemplo: {a;b;c;d;e;f} - {b;d;e}= {a;c;f}

Observação: O conjunto complementar de B

em relação a A é formado pelos elementos que faltam para "B chegar a A"; isto é, para B se igualar a A.

Exercícios resolvidos:

4. Sendo A = { x; y; z } , B = { x; w; v } e C = { y; u; t }, determinar os seguintes conjuntos:

A – B B – A A – C

C - A B – C C – B

Resolução a) A - B = { y; z } b) B - A= {w;v} c) A - C= {x;z} d) C – A = {u;t} e) B – C = {x;w;v} f) C – B = {y;u;t}

Exemplos de conjuntos compostos por números

Nota: Nesta seção, a, b e c são números naturais, enquanto r e s são números reais.

1. Números naturais são usados para contar. O

símbolo usualmente representa este conjunto.

2. Números inteiros aparecem como soluções de

equações como x + a = b. O símbolo usualmente representa este conjunto (do termo alemão Zahlen que significa números).

3. Números racionais aparecem como soluções

de equações como a + bx = c. O símbolo usualmente representa este conjunto (da palavra quociente).

4. Números algébricos aparecem como soluções de equações polinomiais (com coeficientes inteiros) e envolvem raízes e alguns outros números irracionais. O

símbolo ou usualmente representa este conjunto.

5. Números reais incluem os números algébricos

e os números transcendentais. O símbolo usualmente representa este conjunto.

6. Números imaginários aparecem como soluções

de equações como x 2 + r = 0 onde r > 0. O símbolo

usualmente representa este conjunto.

Números complexos é a soma dos números reais e dos

imaginários: . Aqui tanto r quanto s podem ser iguais a zero; então os conjuntos dos números reais e o dos imaginários são subconjuntos do conjunto dos

números complexos. O símbolo usualmente representa este conjunto.

NÚMEROS NATURAIS, INTEIROS, RACIONAIS, IRRACIONAIS E REAIS.

Conjuntos numéricos podem ser representados de diversas formas. A forma mais simples é dar um nome ao conjunto e expor todos os seus elementos, um ao lado do outro, entre os sinais de chaves. Veja o exem-plo abaixo:

A = {51, 27, -3} Esse conjunto se chama "A" e possui três termos,

que estão listados entre chaves. Os nomes dos conjuntos são sempre letras maiús-

culas. Quando criamos um conjunto, podemos utilizar qualquer letra.

Vamos começar nos primórdios da matemática. - Se eu pedisse para você contar até 10, o que você

me diria? - Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove

e dez. Pois é, estes números que saem naturalmente de

sua boca quando solicitado, são chamados de números NATURAIS, o qual é representado pela letra .

Foi o primeiro conjunto inventado pelos homens, e

tinha como intenção mostrar quantidades. *Obs.: Originalmente, o zero não estava incluído

neste conjunto, mas pela necessidade de representar uma quantia nula, definiu-se este número como sendo pertencente ao conjunto dos Naturais. Portanto:

N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...} Obs.2: Como o zero originou-se depois dos outros

números e possui algumas propriedades próprias, al-gumas vezes teremos a necessidade de representar o conjunto dos números naturais sem incluir o zero. Para isso foi definido que o símbolo * (asterisco) empregado ao lado do símbolo do conjunto, iria representar a au-sência do zero. Veja o exemplo abaixo:

N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, ...} Estes números foram suficientes para a sociedade

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 6

durante algum tempo. Com o passar dos anos, e o aumento das "trocas" de mercadorias entre os homens, foi necessário criar uma representação numérica para as dívidas.

Com isso inventou-se os chamados "números nega-

tivos", e junto com estes números, um novo conjunto: o conjunto dos números inteiros, representado pela letra

. O conjunto dos números inteiros é formado por to-

dos os números NATURAIS mais todos os seus repre-sentantes negativos.

Note que este conjunto não possui início nem fim

(ao contrário dos naturais, que possui um início e não possui fim).

Assim como no conjunto dos naturais, podemos re-

presentar todos os inteiros sem o ZERO com a mesma notação usada para os NATURAIS.

Z* = {..., -2, -1, 1, 2, ...} Em algumas situações, teremos a necessidade de

representar o conjunto dos números inteiros que NÃO SÃO NEGATIVOS.

Para isso emprega-se o sinal "+" ao lado do símbolo

do conjunto (vale a pena lembrar que esta simbologia representa os números NÃO NEGATIVOS, e não os números POSITIVOS, como muita gente diz). Veja o exemplo abaixo:

Z+ = {0,1, 2, 3, 4, 5, ...} Obs.1: Note que agora sim este conjunto possui um

início. E você pode estar pensando "mas o zero não é positivo". O zero não é positivo nem negativo, zero é NULO.

Ele está contido neste conjunto, pois a simbologia

do sinalzinho positivo representa todos os números NÃO NEGATIVOS, e o zero se enquadra nisto.

Se quisermos representar somente os positivos (ou

seja, os não negativos sem o zero), escrevemos:

Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...} Pois assim teremos apenas os positivos, já que o

zero não é positivo. Ou também podemos representar somente os intei-

ros NÃO POSITIVOS com:

Z - ={...,- 4, - 3, - 2, -1 , 0} Obs.: Este conjunto possui final, mas não possui i-

nício. E também os inteiros negativos (ou seja, os não po-

sitivos sem o zero):

Z*- ={...,- 4, - 3, - 2, -1} Assim: Conjunto dos Números Naturais

São todos os números inteiros positivos, incluindo o zero. É representado pela letra maiúscula N. Caso queira representar o conjunto dos números natu-rais não-nulos (excluindo o zero), deve-se colocar um * ao lado do N:

N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, ...} N* = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11, ...} Conjunto dos Números Inteiros São todos os números que pertencem ao conjunto

dos Naturais mais os seus respectivos opostos (negati-vos).

São representados pela letra Z: Z = {... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...} O conjunto dos inteiros possui alguns subconjuntos,

eles são: - Inteiros não negativos São todos os números inteiros que não são negati-

vos. Logo percebemos que este conjunto é igual ao conjunto dos números naturais.

É representado por Z+: Z+ = {0,1,2,3,4,5,6, ...} - Inteiros não positivos São todos os números inteiros que não são positi-

vos. É representado por Z-: Z- = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0} - Inteiros não negativos e não-nulos É o conjunto Z+ excluindo o zero. Representa-se es-

se subconjunto por Z*+: Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...} Z*+ = N* - Inteiros não positivos e não nulos São todos os números do conjunto Z- excluindo o

zero. Representa-se por Z*-. Z*- = {... -4, -3, -2, -1} Conjunto dos Números Racionais Os números racionais é um conjunto que engloba

os números inteiros (Z), números decimais finitos (por exemplo, 743,8432) e os números decimais infinitos periódicos (que repete uma sequência de algarismos da parte decimal infinitamente), como "12,050505...", são também conhecidas como dízimas periódicas.

Os racionais são representados pela letra Q. Conjunto dos Números Irracionais É formado pelos números decimais infinitos não-

periódicos. Um bom exemplo de número irracional é o número PI (resultado da divisão do perímetro de uma circunferência pelo seu diâmetro), que vale 3,14159265 .... Atualmente, supercomputadores já conseguiram calcular bilhões de casas decimais para o PI.

Também são irracionais todas as raízes não exatas,

como a raiz quadrada de 2 (1,4142135 ...) Conjunto dos Números Reais

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 7

É formado por todos os conjuntos citados anterior-mente (união do conjunto dos racionais com os irracio-nais).

Representado pela letra R. Representação geométrica de A cada ponto de uma reta podemos associar um ú-

nico número real, e a cada número real podemos asso-ciar um único ponto na reta.

Dizemos que o conjunto é denso, pois entre dois números reais existem infinitos números reais (ou seja, na reta, entre dois pontos associados a dois números reais, existem infinitos pontos).

Veja a representação na reta de :

Fonte: http://www.infoescola.com/matematica/conjuntos-

numericos/

CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS (N)

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO Veja a operação: 2 + 3 = 5 . A operação efetuada chama-se adição e é indicada

escrevendo-se o sinal + (lê-se: “mais") entre os núme-ros.

Os números 2 e 3 são chamados parcelas. 0 núme-

ro 5, resultado da operação, é chamado soma. 2 → parcela

+ 3 → parcela 5 → soma A adição de três ou mais parcelas pode ser efetua-

da adicionando-se o terceiro número à soma dos dois primeiros ; o quarto número à soma dos três primeiros e assim por diante.

3 + 2 + 6 = 5 + 6 = 11 Veja agora outra operação: 7 – 3 = 4 Quando tiramos um subconjunto de um conjunto,

realizamos a operação de subtração, que indicamos pelo sinal - .

7 → minuendo – 3 → subtraendo 4 → resto ou diferença

0 minuendo é o conjunto maior, o subtraendo o sub-

conjunto que se tira e o resto ou diferença o conjunto que sobra.

Somando a diferença com o subtraendo obtemos o

minuendo. Dessa forma tiramos a prova da subtração. 4 + 3 = 7

EXPRESSÕES NUMÉRICAS

Para calcular o valor de uma expressão numérica

envolvendo adição e subtração, efetuamos essas ope-rações na ordem em que elas aparecem na expressão.

Exemplos: 35 – 18 + 13 = 17 + 13 = 30 Veja outro exemplo: 47 + 35 – 42 – 15 =

82 – 42 – 15= 40 – 15 = 25 Quando uma expressão numérica contiver os sinais

de parênteses ( ), colchetes [ ] e chaves { }, procede-remos do seguinte modo:

1º Efetuamos as operações indicadas dentro dos parênteses;

2º efetuamos as operações indicadas dentro dos colchetes;

3º efetuamos as operações indicadas dentro das chaves.

1) 35 +[ 80 – (42 + 11) ] =

= 35 + [ 80 – 53] = = 35 + 27 = 62 2) 18 + { 72 – [ 43 + (35 – 28 + 13) ] } =

= 18 + { 72 – [ 43 + 20 ] } = = 18 + { 72 – 63} = = 18 + 9 = 27

CÁLCULO DO VALOR DESCONHECIDO

Quando pretendemos determinar um número natu-

ral em certos tipos de problemas, procedemos do se-guinte modo:

- chamamos o número (desconhecido) de x ou qualquer outra incógnita ( letra )

- escrevemos a igualdade correspondente - calculamos o seu valor Exemplos: 1) Qual o número que, adicionado a 15, é igual a 31? Solução: Seja x o número desconhecido. A igualdade cor-

respondente será: x + 15 = 31

Calculando o valor de x temos: x + 15 = 31 x + 15 – 15 = 31 – 15 x = 31 – 15 x = 16 Na prática , quando um número passa de um lado

para outro da igualdade ele muda de sinal. 2) Subtraindo 25 de um certo número obtemos 11.

Qual é esse número?

Solução: Seja x o número desconhecido. A igualdade corres-

pondente será: x – 25 = 11 x = 11 + 25

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 8

x = 36 Passamos o número 25 para o outro lado da igual-

dade e com isso ele mudou de sinal. 3) Qual o número natural que, adicionado a 8, é i-

gual a 20? Solução: x + 8 = 20 x = 20 – 8 x = 12 4) Determine o número natural do qual, subtraindo

62, obtemos 43. Solução: x – 62 = 43 x = 43 + 62 x = 105 Para sabermos se o problema está correto é sim-

ples, basta substituir o x pelo valor encontrado e reali-zarmos a operação. No último exemplo temos:

x = 105 105 – 62 = 43

MULTIPLICAÇÃO Observe: 4 X 3 =12 A operação efetuada chama-se multiplicação e é in-

dicada escrevendo-se um ponto ou o sinal x entre os números.

Os números 3 e 4 são chamados fatores. O número

12, resultado da operação, é chamado produto. 3 X 4 = 12

3 fatores

X 4 12 produto

Por convenção, dizemos que a multiplicação de

qualquer número por 1 é igual ao próprio número. A multiplicação de qualquer número por 0 é igual a 0. A multiplicação de três ou mais fatores pode ser efe-

tuada multiplicando-se o terceiro número pelo produto dos dois primeiros; o quarto numero pelo produto dos três primeiros; e assim por diante.

3 x 4 x 2 x 5 = 12 x 2 x 5 24 x 5 = 120

EXPRESSÕES NUMÉRICAS

Sinais de associação O valor das expressões numéricas envolvendo as

operações de adição, subtração e multiplicação é obti-do do seguinte modo:

- efetuamos as multiplicações - efetuamos as adições e subtrações, na ordem

em que aparecem. 1) 3 . 4 + 5 . 8 – 2 . 9 =

=12 + 40 – 18 = 34

2) 9 . 6 – 4 . 12 + 7 . 2 = = 54 – 48 + 14 =

= 20 Não se esqueça: Se na expressão ocorrem sinais de parênteses col-

chetes e chaves, efetuamos as operações na ordem em que aparecem:

1º) as que estão dentro dos parênteses 2º) as que estão dentro dos colchetes 3º) as que estão dentro das chaves. Exemplo: 22 + {12 +[ ( 6 . 8 + 4 . 9 ) – 3 . 7] – 8 . 9 } = 22 + { 12 + [ ( 48 + 36 ) – 21] – 72 } = = 22 + { 12 + [ 84 – 21] – 72 } = = 22 + { 12 + 63 – 72 } = = 22 + 3 = = 25

DIVISÃO Observe a operação: 30 : 6 = 5 Também podemos representar a divisão das se-

guintes maneiras:

30 6 ou 56

30=

0 5 O dividendo (D) é o número de elementos do con-

junto que dividimos o divisor (d) é o número de elemen-tos do subconjunto pelo qual dividimos o dividendo e o quociente (c) é o número de subconjuntos obtidos com a divisão.

Essa divisão é exata e é considerada a operação

inversa da multiplicação. SE 30 : 6 = 5, ENTÃO 5 x 6 = 30

observe agora esta outra divisão:

32 6 2 5

32 = dividendo 6 = divisor 5 = quociente 2 = resto

Essa divisão não é exata e é chamada divisão apro-

ximada. ATENÇÃO: 1) Na divisão de números naturais, o quociente é

sempre menor ou igual ao dividendo. 2) O resto é sempre menor que o divisor. 3) O resto não pode ser igual ou maior que o divi-

sor. 4) O resto é sempre da mesma espécie do divi-

dendo. Exemplo: dividindo-se laranjas por certo número, o resto será laranjas.

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 9

5) É impossível dividir um número por 0 (zero), porque não existe um número que multiplicado por 0 dê o quociente da divisão.

PROBLEMAS

1) Determine um número natural que, multiplica-do por 17, resulte 238. X . 17 = 238 X = 238 : 17 X = 14 Prova: 14 . 17 = 238

2) Determine um número natural que, dividido

por 62, resulte 49. x : 62 = 49 x = 49 . 62 x = 3038

3) Determine um número natural que, adicionado

a 15, dê como resultado 32 x + 15 = 32 x = 32 – 15 x =17

4) Quanto devemos adicionar a 112, a fim de ob-

termos 186? x + 112 = 186 x = 186 – 112 x = 74

5) Quanto devemos subtrair de 134 para obter-

mos 81? 134 – x = 81 – x = 81 – 134 – x = – 53 (multiplicando por –1) x = 53 Prova: 134 – 53 = 81

6) Ricardo pensou em um número natural, adi-

cionou-lhe 35, subtraiu 18 e obteve 40 no re-sultado. Qual o número pensado? x + 35 – 18 = 40 x= 40 – 35 + 18 x = 23

Prova: 23 + 35 – 18 = 40

7) Adicionando 1 ao dobro de certo número ob-temos 7. Qual é esse numero? 2 . x +1 = 7 2x = 7 – 1 2x = 6 x = 6 : 2 x = 3 O número procurado é 3. Prova: 2. 3 +1 = 7

8) Subtraindo 12 do triplo de certo número obte-mos 18. Determinar esse número. 3 . x -12 = 18

3 x = 18 + 12 3 x = 30 x = 30 : 3 x = 10

9) Dividindo 1736 por um número natural, encon-

tramos 56. Qual o valor deste numero natural? 1736 : x = 56 1736 = 56 . x 56 . x = 1736 x. 56 = 1736 x = 1736 : 56 x = 31

10) O dobro de um número é igual a 30. Qual é o

número? 2 . x = 30 2x = 30 x = 30 : 2 x = 15

11) O dobro de um número mais 4 é igual a 20.

Qual é o número ? 2 . x + 4 = 20 2 x = 20 – 4 2 x = 16 x = 16 : 2 x = 8

12) Paulo e José têm juntos 12 lápis. Paulo tem o

dobro dos lápis de José. Quantos lápis tem cada menino? José: x Paulo: 2x Paulo e José: x + x + x = 12 3x = 12 x = 12 : 3 x = 4 José: 4 - Paulo: 8

13) A soma de dois números é 28. Um é o triplo

do outro. Quais são esses números? um número: x o outro número: 3x x + x + x + x = 28 (os dois números) 4 x = 28 x = 28 : 4 x = 7 (um número)

3x = 3 . 7 = 21 (o outro número). Resposta: 7 e 21

14) Pedro e Marcelo possuem juntos 30 bolinhas.

Marcelo tem 6 bolinhas a mais que Pedro. Quantas bolinhas tem cada um? Pedro: x Marcelo: x + 6 x + x + 6 = 30 ( Marcelo e Pedro) 2 x + 6 = 30 2 x = 30 – 6 2 x = 24 x = 24 : 2 x = 12 (Pedro)

Marcelo: x + 6 =12 + 6 =18

EXPRESSÕES NUMÉRICAS ENVOLVENDO AS QUATRO OPERAÇÕES

Sinais de associação: O valor das expressões numéricas envolvendo as

quatro operações é obtido do seguinte modo:

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 10

- efetuamos as multiplicações e as divisões, na ordem em que aparecem;

- efetuamos as adições e as subtrações, na ordem em que aparecem;

Exemplo 1) 3 .15 + 36 : 9 =

= 45 + 4 = 49

Exemplo 2) 18 : 3 . 2 + 8 – 6 . 5 : 10 = = 6 . 2 + 8 – 30 : 10 = = 12 + 8 – 3 = = 20 – 3 = 17

POTENCIAÇÃO Considere a multiplicação: 2 . 2 . 2 em que os três

fatores são todos iguais a 2. Esse produto pode ser escrito ou indicado na forma

23 (lê-se: dois elevado à terceira potência), em que o 2

é o fator que se repete e o 3 corresponde à quantidade desses fatores.

Assim, escrevemos: 23 = 2 . 2 . 2 = 8 (3 fatores) A operação realizada chama-se potenciação. O número que se repete chama-se base. O número que indica a quantidade de fatores iguais

a base chama-se expoente. O resultado da operação chama-se potência.

2 3 = 8

3 expoente base potência

Observações: 1) os expoentes 2 e 3 recebem os nomes especi-

ais de quadrado e cubo, respectivamente. 2) As potências de base 0 são iguais a zero. 02 =

0 . 0 = 0 3) As potências de base um são iguais a um. Exemplos: 13 = 1 . 1 . 1 = 1 15 = 1 . 1 . 1 . 1 . 1 = 1 4) Por convenção, tem-se que: - a potência de expoente zero é igual a 1 (a0 = 1,

a ≠ 0) 30 = 1 ; 50 = 1 ; 120 = 1

- a potência de expoente um é igual à base (a1 =

a) 21 = 2 ; 71 = 7 ; 1001 =100

PROPRIEDADES DAS POTÊNCIAS 1ª) para multiplicar potências de mesma base,

conserva-se a base e adicionam-se os expoen-tes.

am . an = a m + n Exemplos: 32 . 38 = 32 + 8 = 310

5 . 5 6 = 51+6 = 57 2ª) para dividir potências de mesma base, conser-

va-se a base e subtraem-se os expoentes.

am : an = am - n

Exemplos: 37 : 33 = 3 7 – 3 = 34 510 : 58 = 5 10 – 8 = 52 3ª) para elevar uma potência a um outro expoente,

conserva-se base e multiplicam-se os expoen-tes.

Exemplo: (32)4 = 32 . 4 = 38 4ª) para elevar um produto a um expoente, eleva-

se cada fator a esse expoente. (a. b)m = am . bm Exemplos: (4 . 7)3 = 43 . 73 ; (3. 5)2 = 32 . 52

RADICIAÇÃO

Suponha que desejemos determinar um número que, elevado ao quadrado, seja igual a 9. Sendo x esse número, escrevemos: X2 = 9

De acordo com a potenciação, temos que x = 3, ou

seja: 32 = 9 A operação que se realiza para determinar esse

número 3 é chamada radiciação, que é a operação inversa da potenciação.

Indica-se por:

392 = (lê-se: raiz quadrada de 9 é igual a 3)

Daí , escrevemos:

9339 22 =⇔=

Na expressão acima, temos que: - o símbolo chama-se sinal da raiz - o número 2 chama-se índice - o número 9 chama-se radicando - o número 3 chama-se raiz,

- o símbolo 2 9 chama-se radical

As raízes recebem denominações de acordo com o

índice. Por exemplo:

2 36 raiz quadrada de 36

3 125 raiz cúbica de 125

4 81 raiz quarta de 81

5 32 raiz quinta de 32 e assim por diante

No caso da raiz quadrada, convencionou-se não es-

crever o índice 2.

Exemplo : 49 49 7 492 = = =, pois 72

EXERCÍCIOS

01) Calcule: a) 10 – 10 : 5 = b) 45 : 9 + 6 = c) 20 + 40 : 10 = d) 9. 7 – 3 = e) 30 : 5 + 5 = f) 6 . 15 – 56 : 4 = g) 63 : 9 . 2 – 2 = h) 56 – 34 : 17 . 19 = i) 3 . 15 : 9 + 54 :18 = j) 24 –12 : 4+1. 0 = Respostas:

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 11

a) 8 c) 24 e) 11 g) 12 i) 8

b) 11 d) 60 f) 76 h) 18 j) 21

02) Calcule o valor das expressões: a) 2

3 + 3

2 =

b) 3 . 52 – 7

2 =

c) 2 . 33 – 4. 2

3 =

d) 53 – 3 . 6

2 + 2

2 – 1 =

e) (2 + 3)2 + 2 . 3

4 – 15

2 : 5 =

f) 1 + 72 – 3 . 2

4 + (12 : 4)

2 =

Respostas:

a) 17 c) 22 e) 142

b) 26 d) 20 f) 11

03) Uma indústria de automóveis produz, por dia,

1270 unidades. Se cada veículo comporta 5 pneus, quantos pneus serão utilizados ao final de 30 dias? (Resposta: 190.500)

04) Numa divisão, o divisor é 9,o quociente é 12 e o

resto é 5. Qual é o dividendo? (113) 05) Numa divisão, o dividendo é 227, o divisor é 15

e o resto é 2. Qual é o quociente? (15)

06) Numa divisão, o dividendo é 320, o quociente é 45 e o resto é 5. Qual é o divisor? (7)

07) Num divisão, o dividendo é 625, o divisor é 25 e

o quociente é 25. Qual ê o resto? (0)

08) Numa chácara havia galinhas e cabras em igual quantidade. Sabendo-se que o total de pés des-ses animais era 90, qual o número de galinhas? Resposta: 15 ( 2 pés + 4 pés = 6 pés ; 90 : 6 = 15).

09) O dobro de um número adicionado a 3 é igual a

13. Calcule o número.(5) 10) Subtraindo 12 do quádruplo de um número ob-

temos 60. Qual é esse número (Resp: 18)

11) Num joguinho de "pega-varetas", André e Rena-to fizeram 235 pontos no total. Renato fez 51 pontos a mais que André. Quantos pontos fez cada um? ( André-92 e Renato-143)

12) Subtraindo 15 do triplo de um número obtemos

39. Qual é o número? (18) 13) Distribuo 50 balas, em iguais quantidades, a 3

amigos. No final sobraram 2. Quantas balas coube a cada um? (16)

14) A diferença entre dois números naturais é zero

e a sua soma é 30. Quais são esses números? (15)

15) Um aluno ganha 5 pontos por exercício que a-

certa e perde 3 pontos por exercício que erra. Ao final de 50 exercícios tinha 130 pontos. Quantos exercícios acertou? (35)

16) Um edifício tem 15 andares; cada andar, 30 sa-las; cada sala, 3 mesas; cada mesa, 2 gavetas; cada gaveta, 1 chave. Quantas chaves diferen-tes serão necessárias para abrir todas as gave-tas? (2700).

17) Se eu tivesse 3 dúzias de balas a mais do que

tenho, daria 5 e ficaria com 100. Quantas balas tenho realmente? (69)

18) A soma de dois números é 428 e a diferença

entre eles é 34. Qual é o número maior? (231)

19) Pensei num número e juntei a ele 5, obtendo 31. Qual é o número? (26)

20) Qual o número que multiplicado por 7 resulta

56? (8)

21) O dobro das balas que possuo mais 10 é 36. Quantas balas possuo? (13).

22) Raul e Luís pescaram 18 peixinhos. Raul

pescou o dobro de Luís. Quanto pescou cada um? (Raul-12 e Luís-6)

PROBLEMAS Vamos calcular o valor de x nos mais diversos ca-

sos: 1) x + 4 = 10 Obtêm-se o valor de x, aplicando a operação inver-

sa da adição: x = 10 – 4 x = 6 2) 5x = 20 Aplicando a operação inversa da multiplicação, te-

mos: x = 20 : 5 x = 4 3) x – 5 = 10 Obtêm-se o valor de x, aplicando a operação inver-

sa da subtração: x = 10 + 5 x =15 4) x : 2 = 4 Aplicando a operação inversa da divisão, temos:

x = 4 . 2 x = 8

COMO ACHAR O VALOR DESCONHECIDO EM UM

PROBLEMA Usando a letra x para representar um número, po-

demos expressar, em linguagem matemática, fatos e sentenças da linguagem corrente referentes a esse número, observe:

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 12

- duas vezes o número 2 . x - o número mais 2 x + 2

- a metade do número 2

x

- a soma do dobro com a metade do número

2

2x

x +⋅

- a quarta parte do número 4

x

PROBLEMA 1 Vera e Paula têm juntas R$ 1.080,00. Vera tem o triplo do que tem Paula. Quanto tem cada uma? Solução: x + 3x = 1080

4x= 1080 x =1080 : 4 x= 270

3 . 270 = 810 Resposta: Vera – R$ 810,00 e Paula – R$ 270,00 PROBLEMA 2 Paulo foi comprar um computador e uma bicicleta. Pagou por tudo R$ 5.600,00. Quanto custou cada um, sabendo-se que a computador é seis vezes mais caro que a bicicleta? Solução: x + 6x = 5600 7x = 5600 x = 5600 : 7 x = 800 6 . 800= 4800 R: computador – R$ 4.800,00 e bicicleta R$ 800,00 PROBLEMA 3 Repartir 21 cadernos entre José e suas duas irmãs, de modo que cada menina receba o triplo do que recebe José. Quantos cadernos receberá José? Solução: x + 3x + 3x = 21 7x = 21 x = 21 : 7 x = 3 Resposta: 3 cadernos PROBLEMA 4 Repartir R$ 2.100,00 entre três irmãos de modo que o 2º receba o dobro do que recebe o 1º , e o 3º o dobro do que recebe o 2º. Quanto receberá cada um? Solução: x + 2x + 4x = 2100 7x = 2100 x = 2100 : 7 x = 300 300 . 2 = 600 300 . 4 =1200 Resposta: R$ 300,00; R$ 600,00; R$ 1200,00 PROBLEMA 5 A soma das idades de duas pessoas é 40 anos. A idade de uma é o triplo da idade da outra. Qual a i-

dade de cada uma? Solução: 3x + x = 40 4x = 40 x = 40 : 4 x = 10 3 . 10 = 30 Resposta: 10 e 30 anos. PROBLEMA 6 A soma das nossas idades é 45 anos. Eu sou 5 a-nos mais velho que você. Quantos anos eu tenho? x + x + 5 = 45 x + x= 45 – 5 2x = 40 x = 20 20 + 5 = 25 Resposta: 25 anos PROBLEMA 7 Sua bola custou R$ 10,00 menos que a minha. Quanto pagamos por elas, se ambas custaram R$ 150,00? Solução: x + x – 10= 150 2x = 150 + 10 2x = 160 x = 160 : 2 x = 80 80 – 10 = 70 Resposta: R$ 70,00 e R$ 80,00 PROBLEMA 8 José tem o dobro do que tem Sérgio, e Paulo tanto quanto os dois anteriores juntos. Quanto tem cada um, se os três juntos possuem R$ 624,00? Solução: x + 2x + x + 2x = 624

6x = 624 x = 624 : 6 x = 104

Resposta:S-R$ 104,00; J-R$ 208,00; P- R$ 312,00 PROBLEMA 9 Se eu tivesse 4 rosas a mais do que tenho, poderia dar a você 7 rosas e ainda ficaria com 2. Quantas rosas tenho? Solução: x + 4 – 7 = 2 x + 4 = 7 + 2

x + 4 = 9 x = 9 – 4 x = 5

Resposta: 5

CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS (Z) Conhecemos o conjunto N dos números naturais: N

= {0, 1, 2, 3, 4, 5, .....,} Assim, os números precedidos do sinal + chamam-

se positivos, e os precedidos de - são negativos. Exemplos: Números inteiros positivos: {+1, +2, +3, +4, ....} Números inteiros negativos: {-1, -2, -3, -4, ....}

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 13

O conjunto dos números inteiros relativos é formado pelos números inteiros positivos, pelo zero e pelos nú-meros inteiros negativos. Também o chamamos de CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS e o represen-tamos pela letra Z, isto é: Z = {..., -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3, ... }

O zero não é um número positivo nem negativo. To-

do número positivo é escrito sem o seu sinal positivo. Exemplo: + 3 = 3 ; +10 = 10 Então, podemos escrever: Z = {..., -3, -2, -1, 0 ,

1, 2, 3, ...} N é um subconjunto de Z. REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA Cada número inteiro pode ser representado por um

ponto sobre uma reta. Por exemplo:

... -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 +4 ... ... C’ B’ A’ 0 A B C D ...

Ao ponto zero, chamamos origem, corresponde o

número zero. Nas representações geométricas, temos à direita do

zero os números inteiros positivos, e à esquerda do zero, os números inteiros negativos.

Observando a figura anterior, vemos que cada pon-

to é a representação geométrica de um número inteiro. Exemplos: � ponto C é a representação geométrica do núme-

ro +3 � ponto B' é a representação geométrica do núme-

ro -2

ADIÇÃO DE DOIS NÚMEROS INTEIROS 1) A soma de zero com um número inteiro é o pró-

prio número inteiro: 0 + (-2) = -2 2) A soma de dois números inteiros positivos é um

número inteiro positivo igual à soma dos módulos dos números dados: (+700) + (+200) = +900

3) A soma de dois números inteiros negativos é um número inteiro negativo igual à soma dos módu-los dos números dados: (-2) + (-4) = -6

4) A soma de dois números inteiros de sinais contrá-rios é igual à diferença dos módulos, e o sinal é o da parcela de maior módulo: (-800) + (+300) = -500

ADIÇÃO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS A soma de três ou mais números inteiros é efetuada

adicionando-se todos os números positivos e todos os negativos e, em seguida, efetuando-se a soma do nú-mero negativo.

Exemplos: 1) (+6) + (+3) + (-6) + (-5) + (+8) =

(+17) + (-11) = +6 2) (+3) + (-4) + (+2) + (-8) = (+5) + (-12) = -7

PROPRIEDADES DA ADIÇÃO A adição de números inteiros possui as seguintes

propriedades: 1ª) FECHAMENTO A soma de dois números inteiros é sempre um nú-

mero inteiro: (-3) + (+6) = + 3 ∈ Z 2ª) ASSOCIATIVA Se a, b, c são números inteiros quaisquer, então: a

+ (b + c) = (a + b) + c Exemplo:(+3) +[(-4) + (+2)] = [(+3) + (-4)] + (+2)

(+3) + (-2) = (-1) + (+2) +1 = +1

3ª) ELEMENTO NEUTRO Se a é um número inteiro qualquer, temos: a+ 0 = a

e 0 + a = a Isto significa que o zero é elemento neutro para a

adição. Exemplo: (+2) + 0 = +2 e 0 + (+2) = +2 4ª) OPOSTO OU SIMÉTRICO Se a é um número inteiro qualquer, existe um único número oposto ou simétrico representado por (-a), tal que: (+a) + (-a) = 0 = (-a) + (+a)

Exemplos: (+5) + ( -5) = 0 ( -5) + (+5) = 0 5ª) COMUTATIVA Se a e b são números inteiros, então: a + b = b + a Exemplo: (+4) + (-6) = (-6) + (+4) -2 = -2 SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS Em certo local, a temperatura passou de -3ºC para

5ºC, sofrendo, portanto, um aumento de 8ºC, aumento esse que pode ser representado por: (+5) - (-3) = (+5) + (+3) = +8

Portanto: A diferença entre dois números dados numa certa

ordem é a soma do primeiro com o oposto do segundo. Exemplos: 1) (+6) - (+2) = (+6) + (-2 ) = +4

2) (-8 ) - (-1 ) = (-8 ) + (+1) = -7 3) (-5 ) - (+2) = (-5 ) + (-2 ) = -7

Na prática, efetuamos diretamente a subtração, eli-

minando os parênteses - (+4 ) = -4 - ( -4 ) = +4

Observação: Permitindo a eliminação dos parênteses, os sinais

podem ser resumidos do seguinte modo: ( + ) = + + ( - ) = - - ( + ) = - - ( - ) = +

Exemplos: - ( -2) = +2 +(-6 ) = -6

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 14

- (+3) = -3 +(+1) = +1 PROPRIEDADE DA SUBTRAÇÃO A subtração possui uma propriedade. FECHAMENTO: A diferença de dois números intei-

ros é sempre um número inteiro. MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS 1º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS

INTEIROS POSITIVOS Lembremos que: 3 . 2 = 2 + 2 + 2 = 6 Exemplo: (+3) . (+2) = 3 . (+2) = (+2) + (+2) + (+2) = +6 Logo: (+3) . (+2) = +6 Observando essa igualdade, concluímos: na multi-

plicação de números inteiros, temos: (+) . (+) =+

2º CASO: UM FATOR É POSITIVO E O OUTRO É

NEGATIVO Exemplos: 1) (+3) . (-4) = 3 . (-4) = (-4) + (-4) + (-4) = -12 ou seja: (+3) . (-4) = -12 2) Lembremos que: -(+2) = -2 (-3) . (+5) = - (+3) . (+5) = -(+15) = - 15 ou seja: (-3) . (+5) = -15 Conclusão: na multiplicação de números inteiros,

temos: ( + ) . ( - ) = - ( - ) . ( + ) = - Exemplos :

(+5) . (-10) = -50 (+1) . (-8) = -8 (-2 ) . (+6 ) = -12

(-7) . (+1) = -7 3º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS IN-

TEIROS NEGATIVOS Exemplo: (-3) . (-6) = -(+3) . (-6) = -(-18) = +18 isto é: (-3) . (-6) = +18 Conclusão: na multiplicação de números inteiros,

temos: ( - ) . ( - ) = + Exemplos: (-4) . (-2) = +8 (-5) . (-4) = +20 As regras dos sinais anteriormente vistas podem ser

resumidas na seguinte: ( + ) . ( + ) = + ( + ) . ( - ) = - ( - ) . ( - ) = + ( - ) . ( + ) = - Quando um dos fatores é o 0 (zero), o produto é i-

gual a 0: (+5) . 0 = 0 PRODUTO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS IN-

TEIROS Exemplos: 1) (+5 ) . ( -4 ) . (-2 ) . (+3 ) = (-20) . (-2 ) . (+3 ) = (+40) . (+3 ) = +120

2) (-2 ) . ( -1 ) . (+3 ) . (-2 ) = (+2 ) . (+3 ) . (-2 ) = (+6 ) . (-2 ) = -12

Podemos concluir que: - Quando o número de fatores negativos é par, o

produto sempre é positivo. - Quando o número de fatores negativos é ímpar,

o produto sempre é negativo. PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO No conjunto Z dos números inteiros são válidas as

seguintes propriedades: 1ª) FECHAMENTO Exemplo: (+4 ) . (-2 ) = - 8 ∈ Z Então o produto de dois números inteiros é inteiro. 2ª) ASSOCIATIVA Exemplo: (+2 ) . (-3 ) . (+4 ) Este cálculo pode ser feito diretamente, mas tam-

bém podemos fazê-lo, agrupando os fatores de duas maneiras:

(+2 ) . [(-3 ) . (+4 )] = [(+2 ) . ( -3 )]. (+4 ) (+2 ) . (-12) = (-6 ) . (+4 ) -24 = -24 De modo geral, temos o seguinte: Se a, b, c representam números inteiros quaisquer,

então: a . (b . c) = (a . b) . c 3ª) ELEMENTO NEUTRO Observe que: (+4 ) . (+1 ) = +4 e (+1 ) . (+4 ) = +4

Qualquer que seja o número inteiro a, temos: a . (+1 ) = a e (+1 ) . a = a O número inteiro +1 chama-se neutro para a multi-

plicação.

4ª) COMUTATIVA Observemos que: (+2). (-4 ) = - 8

e (-4 ) . (+2 ) = - 8 Portanto: (+2 ) . (-4 ) = (-4 ) . (+2 ) Se a e b são números inteiros quaisquer, então: a .

b = b . a, isto é, a ordem dos fatores não altera o pro-duto.

5ª) DISTRIBUTIVA EM RELAÇÃO À ADIÇÃO E À

SUBTRAÇÃO Observe os exemplos: (+3 ) . [( -5 ) + (+2 )] = (+3 ) . ( -5 ) + (+3 ) . (+2 ) (+4 ) . [( -2 ) - (+8 )] = (+4 ) . ( -2 ) - (+4 ) . (+8 )

Conclusão: Se a, b, c representam números inteiros quaisquer,

temos: a) a . [b + c] = a . b + a . c A igualdade acima é conhecida como proprieda-

de distributiva da multiplicação em relação à adi-ção.

b) a . [b – c] = a . b - a . c A igualdade acima é conhecida como proprieda-

de distributiva da multiplicação em relação à sub-tração.

DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 15

CONCEITO Dividir (+16) por 2 é achar um número que, multipli-

cado por 2, dê 16. 16 : 2 = ? ⇔ 2 . ( ? ) = 16

O número procurado é 8. Analogamente, temos: 1) (+12) : (+3 ) = +4 porque (+4 ) . (+3 ) = +12 2) (+12) : ( -3 ) = - 4 porque (- 4 ) . ( -3 ) = +12 3) ( -12) : (+3 ) = - 4 porque (- 4 ) . (+3 ) = -12 4) ( -12) : ( -3 ) = +4 porque (+4 ) . ( -3 ) = -12 A divisão de números inteiros só pode ser realizada

quando o quociente é um número inteiro, ou seja, quando o dividendo é múltiplo do divisor.

Portanto, o quociente deve ser um número inteiro. Exemplos: ( -8 ) : (+2 ) = -4 ( -4 ) : (+3 ) = não é um número inteiro Lembramos que a regra dos sinais para a divisão é

a mesma que vimos para a multiplicação: ( + ) : ( + ) = + ( + ) : ( - ) = - ( - ) : ( - ) = + ( - ) : ( + ) = -

Exemplos: ( +8 ) : ( -2 ) = -4 (-10) : ( -5 ) = +2 (+1 ) : ( -1 ) = -1 (-12) : (+3 ) = -4 PROPRIEDADE Como vimos: (+4 ) : (+3 ) ∉ Z Portanto, não vale em Z a propriedade do fecha-

mento para a divisão. Alem disso, também não são válidas as proposições associativa, comutativa e do elemento neutro.

POTENCIAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS CONCEITO A notação (+2 )3 = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) é um produto de três fatores iguais Analogamente: ( -2 )4 = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) é um produto de quatro fatores iguais Portanto potência é um produto de fatores iguais. Na potência (+5 )2 = +25, temos: +5 ---------- base 2 ---------- expoente +25 ---------- potência Observacões : (+2 ) 1 significa +2, isto é, (+2 )1 = +2 ( -3 )1 significa -3, isto é, ( -3 )1 = -3

CÁLCULOS O EXPOENTE É PAR Calcular as potências 1) (+2 )4 = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16 isto é,

(+2)4 = +16 2) ( -2 )4 = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16 isto é, (-

2 )4 = +16 Observamos que: (+2)4 = +16 e (-2)4 = +16 Então, de modo geral, temos a regra: Quando o expoente é par, a potência é sempre um

número positivo. Outros exemplos: (-1)6 = +1 (+3)2 = +9 O EXPOENTE É ÍMPAR Calcular as potências: 1) (+2 )3 = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8 isto é, (+2)3 = + 8 2) ( -2 )3 = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8 ou seja, (-2)3 = -8 Observamos que: (+2 )3 = +8 e ( -2 )3 = -8 Daí, a regra: Quando o expoente é ímpar, a potência tem o

mesmo sinal da base. Outros exemplos: (- 3) 3 = - 27 (+2)4 = +16 PROPRIEDADES PRODUTO DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE Exemplos: (+2 )3 . (+2 )2 = (+2 )3+22 = (+2 )5 ( -2 )2 . ( -2 )3 . ( -2 )5 = ( -2 ) 2 + 3 + 5 = ( -2 )10

Para multiplicar potências de mesma base, mante-

mos a base e somamos os expoentes. QUOCIENTE DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE

(+2 ) 5 : (+2 )2 = (+2 )5-2 = (+2 )3 ( -2 )7 : ( -2 )3 = ( -2 )7-3 = ( -2 )4 Para dividir potências de mesma base em que o ex-

poente do dividendo é maior que o expoente do divisor, mantemos a base e subtraímos os expoentes.

POTÊNCIA DE POTÊNCIA [( -4 )3]5 = ( -4 )3 . 5 = ( -4 )15 Para calcular uma potência de potência, conserva-

mos a base da primeira potência e multiplicamos os expoentes .

POTÊNCIA DE UM PRODUTO [( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )]4 = ( -2 )4 . (+3 )4 . ( -5 )4

Para calcular a potência de um produto, sendo n o

expoente, elevamos cada fator ao expoente n.

POTÊNCIA DE EXPOENTE ZERO (+2 )5 : (+2 )5 = (+2 )5-5 = (+2 )0

e (+2 )5 : (+2 )5 = 1

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 16

Consequentemente: (+2 )0 = 1 ( -4 )0 = 1

Qualquer potência de expoente zero é igual a 1. Observação: Não confundir -32 com ( -3 )2, porque -32 significa

-( 3 )2 e portanto -32 = -( 3 )2 = -9 enquanto que: ( -3 )2 = ( -3 ) . ( -3 ) = +9 Logo: -3 2 ≠ ( -3 )2

CÁLCULOS

O EXPOENTE É PAR Calcular as potências (+2 )4 = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16 isto é, (+2)4 = +16 ( -2 )4 = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16 isto é, (-2 )4 = +16 Observamos que: (+2)4 = +16 e (-2)4 = +16 Então, de modo geral, temos a regra: Quando o expoente é par, a potência é sempre um

número positivo. Outros exemplos: (-1)6 = +1 (+3)2 = +9

O EXPOENTE É ÍMPAR Exemplos: Calcular as potências: 1) (+2 )3 = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8

isto é, (+2)3 = + 8 2) ( -2 )3 = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8

ou seja, (-2)3 = -8 Observamos que: (+2 )3 = +8 e ( -2 )3 = -8 Daí, a regra: Quando o expoente é ímpar, a potência tem o

mesmo sinal da base. Outros exemplos: (- 3) 3 = - 27 (+2)4 = +16 PROPRIEDADES PRODUTO DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE Exemplos: (+2 )3 . (+2 )2 = (+2 )3+22 = (+2 )5

( -2 )2 . ( -2 )3 . ( -2 )5 = ( -2 ) 2 + 3 + 5 = ( -2 )10

Para multiplicar potências de mesma base, mante-

mos a base e somamos os expoentes. QUOCIENTE DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE

(+2 ) 5 : (+2 )2 = (+2 )5-2 = (+2 )3 ( -2 )7 : ( -2 )3 = ( -2 )7-3 = ( -2 )4 Para dividir potências de mesma base em que o ex-

poente do dividendo é maior que o expoente do divisor, mantemos a base e subtraímos os expoentes.

POTÊNCIA DE POTÊNCIA [( -4 )3]5 = ( -4 )3 . 5 = ( -4 )15 Para calcular uma potência de potência, conserva-

mos a base da primeira potência e multiplicamos os expoentes .

POTÊNCIA DE UM PRODUTO [( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )]4 = ( -2 )4 . (+3 )4 . ( -5 )4

Para calcular a potência de um produto, sendo n o

expoente, elevamos cada fator ao expoente n. POTÊNCIA DE EXPOENTE ZERO (+2 )5 : (+2 )5 = (+2 )5-5 = (+2 )0

e (+2 )5 : (+2 )5 = 1 Consequentemente: (+2 )0 = 1 ( -4 )0 = 1 Qualquer potência de expoente zero é igual a 1. Observação: Não confundir-32 com (-3)2, porque -32

significa -( 3 )2 e portanto: -32 = -( 3 )2 = -9 enquanto que: ( -3 )2 = ( -3 ) . ( -3 ) = +9 Logo: -3

2 ≠ ( -3 )

2

NÚMEROS PARES E ÍMPARES

Os pitagóricos estudavam à natureza dos números, e baseado nesta natureza criaram sua filosofia e modo de vida. Vamos definir números pares e ímpares de acordo com a concepção pitagórica:

• par é o número que pode ser dividido em duas par-tes iguais, sem que uma unidade fique no meio, e ímpar é aquele que não pode ser dividido em duas partes iguais, porque sempre há uma unidade no meio

Uma outra caracterização, nos mostra a preocupação

com à natureza dos números: • número par é aquele que tanto pode ser dividido

em duas partes iguais como em partes desiguais, mas de forma tal que em nenhuma destas divisões haja uma mistura da natureza par com a natureza ímpar, nem da ímpar com a par. Isto tem uma úni-ca exceção, que é o princípio do par, o número 2, que não admite a divisão em partes desiguais, por-que ele é formado por duas unidades e, se isto po-de ser dito, do primeiro número par, 2.

Para exemplificar o texto acima, considere o número

10, que é par, pode ser dividido como a soma de 5 e 5, mas também como a soma de 7 e 3 (que são ambos ímpares) ou como a soma de 6 e 4 (ambos são pares); mas nunca como a soma de um número par e outro ím-par. Já o número 11, que é ímpar pode ser escrito como soma de 8 e 3, um par e um ímpar. Atualmente, definimos números pares como sendo o número que ao ser dividido por dois têm resto zero e números ímpares aqueles que ao serem divididos por dois têm resto diferente de zero. Por exemplo, 12 dividido por 2 têm resto zero, portanto 12 é par. Já o número 13 ao ser dividido por 2 deixa resto 1, portanto 13 é ímpar.

MÚLTIPLOS E DIVISORES

DIVISIBILIDADE Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4,

6 ou 8. Ex.: O número 74 é divisível por 2, pois termina em 4.

Um número é divisível por 3 quando a soma dos valo-

res absolutos dos seus algarismos é um número divisível por 3. Ex.: 123 é divisível por 3, pois 1+2+3 = 6 e 6 é divi-sível por 3

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 17

Um número é divisível por 5 quando o algarismo das

unidades é 0 ou 5 (ou quando termina em o ou 5). Ex.: O número 320 é divisível por 5, pois termina em 0.

Um número é divisível por 10 quando o algarismo das

unidades é 0 (ou quando termina em 0). Ex.: O número 500 é divisível por 10, pois termina em 0.

NÚMEROS PRIMOS Um número natural é primo quando é divisível apenas

por dois números distintos: ele próprio e o 1. Exemplos: • O número 2 é primo, pois é divisível apenas por dois

números diferentes: ele próprio e o 1. • O número 5 é primo, pois é divisível apenas por dois

números distintos: ele próprio e o 1. • O número natural que é divisível por mais de dois

números diferentes é chamado composto. • O número 4 é composto, pois é divisível por 1, 2, 4. • O número 1 não é primo nem composto, pois é divi-

sível apenas por um número (ele mesmo). • O número 2 é o único número par primo.

DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS (FATORA-ÇÃO)

Um número composto pode ser escrito sob a forma de um produto de fatores primos.

Por exemplo, o número 60 pode ser escrito na forma:

60 = 2 . 2 . 3 . 5 = 22 . 3 . 5 que é chamada de forma fato-rada.

Para escrever um número na forma fatorada, devemos

decompor esse número em fatores primos, procedendo do seguinte modo:

Dividimos o número considerado pelo menor número

primo possível de modo que a divisão seja exata. Dividimos o quociente obtido pelo menor número pri-

mo possível. Dividimos, sucessivamente, cada novo quociente pelo

menor número primo possível, até que se obtenha o quo-ciente 1.

Exemplo: 60 2

0 30 2

0 15 3

5 0 5

1 Portanto: 60 = 2 . 2 . 3 . 5 Na prática, costuma-se traçar uma barra vertical à di-

reita do número e, à direita dessa barra, escrever os divi-

sores primos; abaixo do número escrevem-se os quocien-tes obtidos. A decomposição em fatores primos estará terminada quando o último quociente for igual a 1.

Exemplo:

60 30 15 5

1

2 2 3 5

Logo: 60 = 2 . 2 . 3 . 5

DIVISORES DE UM NÚMERO Consideremos o número 12 e vamos determinar todos

os seus divisores Uma maneira de obter esse resultado é escrever os números naturais de 1 a 12 e verificar se cada um é ou não divisor de 12, assinalando os divisores. 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12 = = = = = ==

Indicando por D(12) (lê-se: "D de 12”) o conjunto dos divisores do número 12, temos:

D (12) = { 1, 2, 3, 4, 6, 12} Na prática, a maneira mais usada é a seguinte: 1º) Decompomos em fatores primos o número consi-derado.

12 6 3 1

2 2 3

2º) Colocamos um traço vertical ao lado os fatores primos e, à sua direita e acima, escrevemos o nume-ro 1 que é divisor de todos os números.

12 6 3 1

2 2 3

1

3º) Multiplicamos o fator primo 2 pelo divisor 1 e es-crevemos o produto obtido na linha correspondente.

12 6 3 1

2 2 3

x1 2

4º) Multiplicamos, a seguir, cada fator primo pelos divisores já obtidos, escrevendo os produtos nas linhas correspondentes, sem repeti-los.

12 6 3 1

2 2 3

x1 2 4

12 6 3 1

2 2 3

x1 2 4 3, 6, 12

Os números obtidos à direita dos fatores primos são

os divisores do número considerado. Portanto:

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 18

D(12) = { 1, 2, 4, 3, 6, 12} Exemplos: 1)

18 9 3 1

2 3 3

1 2 3, 6 9, 18

D(18) = {1, 2 , 3, 6, 9, 18}

2)

30 15 5 1

2 3 5

1 2 3, 6 5, 10, 15, 30

D(30) = { 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30}

MÁXIMO DIVISOR COMUM

Recebe o nome de máximo divisor comum de dois ou mais números o maior dos divisores comuns a esses números.

Um método prático para o cálculo do M.D.C. de dois

números é o chamado método das divisões sucessivas (ou algoritmo de Euclides), que consiste das etapas se-guintes:

1ª) Divide-se o maior dos números pelo menor. Se a divisão for exata, o M.D.C. entre esses números é o menor deles.

2ª) Se a divisão não for exata, divide-se o divisor (o menor dos dois números) pelo resto obtido na di-visão anterior, e, assim, sucessivamente, até se obter resto zero. 0 ultimo divisor, assim determi-nado, será o M.D.C. dos números considerados.

Exemplo: Calcular o M.D.C. (24, 32) 32 24 24 8

8 1 0 3

Resposta: M.D.C. (24, 32) = 8

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM

Recebe o nome de mínimo múltiplo comum de dois ou mais números o menor dos múltiplos (diferente de zero) comuns a esses números.

O processo prático para o cálculo do M.M.C de dois ou

mais números, chamado de decomposição em fatores primos, consiste das seguintes etapas:

1º) Decompõem-se em fatores primos os números apresentados.

2º) Determina-se o produto entre os fatores primos comuns e não-comuns com seus maiores expo-entes. Esse produto é o M.M.C procurado.

Exemplos: Calcular o M.M.C (12, 18) Decompondo em fatores primos esses números, te-

mos: 12 2 18 2 6 2 9 3 3 3 3 3 1 1

12 = 22 . 3 18 = 2 . 32 Resposta: M.M.C (12, 18) = 22 . 32 = 36 Observação: Esse processo prático costuma ser sim-

plificado fazendo-se uma decomposição simultânea dos números. Para isso, escrevem-se os números, um ao lado do outro, separando-os por vírgula, e, à direita da barra vertical, colocada após o último número, escrevem-se os fatores primos comuns e não-comuns. 0 calculo estará terminado quando a última linha do dispositivo for composta somente pelo número 1. O M.M.C dos números apresentados será o produto dos fatores.

Exemplo: Calcular o M.M.C (36, 48, 60)

36, 48, 60 18, 24, 30 9, 12, 15 9, 6, 15 9, 3, 15 3, 1, 5 1, 1 5 1, 1, 1

2 2 2 2 3 3 5

Resposta: M.M.C (36, 48, 60) = 24 . 32 . 5 = 720

RAÍZ QUADRADA EXATA DE NÚMEROS INTEIROS

CONCEITO Consideremos o seguinte problema: Descobrir os números inteiros cujo quadrado é +25. Solução: (+5 )2 = +25 e ( -5 )2 =+25 Resposta: +5 e -5

Os números +5 e -5 chamam-se raízes quadradas de

+25. Outros exemplos:

Número Raízes quadradas +9 +16 +1 +64 +81 +49 +36

+ 3 e -3 + 4 e -4 + 1 e -1 + 8 e -8 + 9 e -9 + 7 e -7 +6 e -6

O símbolo 25 significa a raiz quadrada de 25, isto

é 25 = +5

Como 25 = +5 , então: 525 −=−

Agora, consideremos este problema. Qual ou quais os números inteiros cujo quadrado é -

25? Solução: (+5 )2 = +25 e (-5 )2 = +25 Resposta: não existe número inteiro cujo quadrado

seja -25, isto é, 25− não existe no conjunto Z dos

números inteiros.

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 19

Conclusão: os números inteiros positivos têm, como

raiz quadrada, um número positivo, os números inteiros negativos não têm raiz quadrada no conjunto Z dos nú-meros inteiros.

RADICIAÇÃO

A raiz n-ésima de um número b é um número a tal que an = b.

2325 =

5 índice 32 radicando pois 2

5 = 32

raiz

2 radical

Outros exemplos : 3 8 = 2 pois 2 3

= 8

3 8− = - 2 pois ( -2 )3 = -8 PROPRIEDADES (para a ≥ 0, b ≥ 0)

1ª) pm pnm n

aa: :=

3 215 10 33 =

2ª) nnn baba ⋅=⋅ 326 ⋅=

3ª) nnn baba :: = 4

4

4

16

5

16

5=

4ª) ( ) m nn

m aa = ( ) 3 553 xx =

5ª) nmm n aa ⋅= 126 33 =

EXPRESSÕES NUMÉRICAS COM NÚMEROS IN-

TEIROS ENVOLVENDO AS QUATRO OPERAÇÕES Para calcular o valor de uma expressão numérica com

números inteiros, procedemos por etapas.

1ª ETAPA: a) efetuamos o que está entre parênteses ( ) b) eliminamos os parênteses

2ª ETAPA:

a) efetuamos o que está entre colchetes [ ] b) eliminamos os colchetes

3º ETAPA:

a) efetuamos o que está entre chaves { } b) eliminamos as chaves

Em cada etapa, as operações devem ser efetuadas na

seguinte ordem: 1ª) Potenciação e radiciação na ordem em que apa-

recem. 2ª) Multiplicação e divisão na ordem em que apare-

cem. 3ª) Adição e subtração na ordem em que aparecem. Exemplos: 1) 2 + 7 . (-3 + 4) =

2 + 7 . (+1) = 2 + 7 = 9 2) (-1 )3 + (-2 )2 : (+2 ) = -1+ (+4) : (+2 ) = -1 + (+2 ) = -1 + 2 = +1 3) -(-4 +1) – [-(3 +1)] = -(-3) - [-4 ] = +3 + 4 = 7 4) –2( -3 –1)2 +3 . ( -1 – 3)3 + 4 -2 . ( -4 )2 + 3 . ( - 4 )3 + 4 = -2 . (+16) + 3 . (- 64) + 4 = -32 – 192 + 4 = -224 + 4 = - 228 5) (-288) : (-12)2 - (-125) : ( -5 )2 = (-288) : (+144) - (-125) : (+25) = (-2 ) - (- 5 ) = -2 + 5 = +3 6) (-10 - 8) : (+6 ) - (-25) : (-2 + 7 ) = (-18) : (+6 ) - (-25) : (+5 ) = -3 - (- 5) = - 3 + 5 = +2 7) –52 : (+25) - (-4 )2 : 24 - 12 = -25 : (+25) - (+16) : 16 - 1 = -1 - (+1) –1 = -1 -1 –1 = -3 8) 2 . ( -3 )2 + (-40) : (+2)3 - 22 = 2 . (+9 ) + (-40) : (+8 ) - 4 = +18 + (-5) - 4 = + 18 - 9 = +9

CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS (Q)

Os números racionais são representados por um

numeral em forma de fração ou razão, a

b, sendo a e b

números naturais, com a condição de b ser diferente de zero.

1. NÚMERO FRACIONARIO. A todo par ordenado (a, b) de números naturais, sendo b ≠ 0, corresponde

um número fracionário b

a .O termo a chama-se nume-

rador e o termo b denominador. 2. TODO NÚMERO NATURAL pode ser represen-

tado por uma fração de denominador 1. Logo, é possí-vel reunir tanto os números naturais como os fracioná-rios num único conjunto, denominado conjunto dos números racionais absolutos, ou simplesmente conjun-to dos números racionais Q.

Qual seria a definição de um número racional abso-

luto ou simplesmente racional? A definição depende das seguintes considerações:

a) O número representado por uma fração não mu-da de valor quando multiplicamos ou dividimos tanto o numerador como o denominador por um mesmo número natural, diferente de zero. Exemplos: usando um novo símbolo: ≈ ≈ é o símbolo de equivalência para frações

baabnn =⇒=

Page 94: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 20

⋅⋅⋅≈≈×

×≈≈

×

×≈

30

20

215

210

15

10

53

52

3

2

b) Classe de equivalência. É o conjunto de todas as frações equivalentes a uma fração dada.

⋅⋅⋅,4

12,

3

9,

2

6,

1

3 (classe de equivalência da fra-

ção: 1

3)

Agora já podemos definir número racional : número racional é aquele definido por uma classe de equiva-lência da qual cada fração é um representante.

NÚMERO RACIONAL NATURAL ou NÚMERO

NATURAL:

⋅⋅⋅===2

0

1

00 (definido pela classe de equiva-

lência que representa o mesmo número racional 0)

⋅⋅⋅===2

2

1

11 (definido pela classe de equiva-

lência que representa o mesmo número racional 1)

e assim por diante. NÚMERO RACIONAL FRACIONÁRIO ou NÚME-

RO FRACIONÁRIO:

⋅⋅⋅===6

3

4

2

2

1(definido pela classe de equivalên-

cia que representa o mesmo número racional 1/2).

NOMES DADOS ÀS FRAÇÕES DIVERSAS Decimais: quando têm como denominador 10 ou

uma potência de 10

⋅⋅⋅,100

7,

10

5etc.

b) próprias: aquelas que representam quantidades

menores do que 1.

⋅⋅⋅,7

2,

4

3,

2

1 etc.

c) impróprias: as que indicam quantidades iguais ou

maiores que 1.

⋅⋅⋅,5

9,

1

8,

5

5 etc.

d) aparentes: todas as que simbolizam um número

natural.

20

45 4= =,

8

2 , etc.

e) ordinárias: é o nome geral dado a todas as fra-

ções, com exceção daquelas que possuem como de-nominador 10, 10

2, 10

3 ...

f) frações iguais: são as que possuem os termos i-

guais 3

4

8

5 =

3

4

8

5, = , etc.

g) forma mista de uma fração: é o nome dado ao

numeral formado por uma parte natural e uma parte

fracionária;

7

42 A parte natural é 2 e a parte fracio-

nária 7

4.

h) irredutível: é aquela que não pode ser mais sim-

plificada, por ter seus termos primos entre si.

3

4, ,

5

12

3

7, etc.

4. PARA SIMPLIFICAR UMA FRAÇÃO, desde que

não possua termos primos entre si, basta dividir os dois ternos pelo seu divisor comum.

3

2

4:12

4:8

12

8==

5. COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES. Para comparar duas ou mais frações quaisquer pri-

meiramente convertemos em frações equivalentes de mesmo denominador. De duas frações que têm o mesmo denominador, a maior é a que tem maior nume-rador. Logo:

4

3

3

2

2

1

12

9

12

8

12

6<<⇔<<

(ordem crescente) De duas frações que têm o mesmo numerador, a

maior é a que tem menor denominador.

Exemplo: 5

7

2

7>

OPERAÇÕES COM FRAÇÕES

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO A soma ou a diferença de duas frações é uma outra

fração, cujo calculo recai em um dos dois casos seguin-tes:

1º CASO: Frações com mesmo denominador. Ob-servemos as figuras seguintes:

3

6

2

6

5

6

Indicamos por: 6

5

6

2

6

3=+

Page 95: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 21

2

6

5

6

3

6

Indicamos por: 6

3

6

2

6

5=−

Assim, para adicionar ou subtrair frações de mesmo

denominador, procedemos do seguinte modo: � adicionamos ou subtraímos os numeradores e

mantemos o denominador comum. � simplificamos o resultado, sempre que possível.

Exemplos:

5

4

5

13

5

1

5

3=

+=+

3

4

9

12

9

84

9

8

9

4==

+=+

3

2

6

4

6

37

6

3

6

7==

−=−

07

0

7

22

7

2

7

2==

−=−

Observação: A subtração só pode ser efetuada

quando o minuendo é maior que o subtraendo, ou igual a ele.

2º CASO: Frações com denominadores diferentes: Neste caso, para adicionar ou subtrair frações com

denominadores diferentes, procedemos do seguinte modo:

• Reduzimos as frações ao mesmo denominador. • Efetuamos a operação indicada, de acordo com o

caso anterior. • Simplificamos o resultado (quando possível). Exemplos:

6

5

12

1012

6412

6

12

44

2

3

1)1

==

=+

=

=+=

=+

8

9

24

2724

121524

12

24

156

3

8

5)2

==

=+

=

=+=

=+

Observações:

Para adicionar mais de duas frações, reduzimos to-das ao mesmo denominador e, em seguida, efetuamos a operação.

Exemplos.

5

4

15

1215

37215

3

15

7

15

2)

==

=++

=

=++a

24

5324

123201824

12

24

3

24

20

24

182

1

8

1

6

5

4

3)

=

=+++

=

=+++=

=+++b

Havendo número misto, devemos transformá-lo em fração imprópria:

Exemplo:

21

3

5

123

1

6

7

3

5

12

19

6

28

12

5

12

38

12

28 5 38

12

71

12

+ + =

+ + =

+ + =

+ +=

Se a expressão apresenta os sinais de parênteses (

), colchetes [ ] e chaves { }, observamos a mesma ordem:

1º) efetuamos as operações no interior dos parênte-ses;

2º) as operações no interior dos colchetes; 3º) as operações no interior das chaves.

Exemplos:

12

1112

6

12

172

1

12

17

2

1

12

9

12

8

2

4

2

5

4

3

3

2)1

=

=−=

=−=

=−

+=

=

−−

+

Page 96: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 22

12

17

12

29

12

46

12

29

6

23

12

29

6

7

6

30

12

9

12

20

6

75

4

3

3

5

6

2

6

95

4

3

3

21

3

1

2

35)2

=

=−=

=−=

=−

−=

=

+−

−=

=

+−

−−=

=

+−

−−

NÚMEROS RACIONAIS

Um círculo foi dividido em duas partes iguais. Dize-

mos que uma unidade dividida em duas partes iguais e indicamos 1/2.

onde: 1 = numerador e 2 = denominador

Um círculo dividido em 3 partes iguais indicamos

(das três partes hachuramos 2). Quando o numerador é menor que o denominador

temos uma fração própria. Observe: Observe:

Quando o numerador é maior que o denominador

temos uma fração imprópria.

FRAÇÕES EQUIVALENTES

Duas ou mais frações são equivalentes, quando re-presentam a mesma quantidade.

Dizemos que: 6

3

4

2

2

1==

- Para obter frações equivalentes, devemos multi-

plicar ou dividir o numerador por mesmo número dife-rente de zero.

Ex: 6

3

3

3 .

2

1 ou

4

2

2

2

2

1==⋅

Para simplificar frações devemos dividir o numera-

dor e o denominador, por um mesmo número diferente de zero.

Quando não for mais possível efetuar as divisões

dizemos que a fração é irredutível. Exemplo:

⇒== 6

3

6

9

2

2 :

12

18 Fração Irredutível ou Sim-

plificada

Exemplo: 4

3 e

3

1

Calcular o M.M.C. (3,4): M.M.C.(3,4) = 12

4

3 e

3

1=

( ) ( )12

34:12 e

12

13:12 ⋅⋅temos:

12

9 e

12

4

A fração 3

1 é equivalente a

12

4.

A fração 4

3 equivalente

12

9.

Exercícios: 1) Achar três frações equivalentes às seguintes fra-

ções:

1) 4

1 2)

3

2

Respostas: 1) 16

4 ,

12

3 ,

8

2 2)

12

8 ,

9

6 ,

6

4

COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES

a) Frações de denominadores iguais. Se duas frações tem denominadores iguais a maior

será aquela: que tiver maior numerador.

Ex.: 4

3

4

1 ou

4

1

4

3<>

Page 97: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 23

b) Frações com numeradores iguais Se duas frações tiverem numeradores iguais, a me-

nor será aquela que tiver maior denominador.

Ex.: 4

7

5

7 ou

5

7

4

7<>

c) Frações com numeradores e denominadores

receptivamente diferentes. Reduzimos ao mesmo denominador e depois com-

paramos. Exemplos:

3

1

3

2> denominadores iguais (ordem decrescente)

3

4

5

4> numeradores iguais (ordem crescente)

SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES

Para simplificar frações devemos dividir o numera-dor e o denominador por um número diferente de zero.

Quando não for mais possível efetuar as divisões,

dizemos que a fração é irredutível. Exemplo:

2

3

3

3

: 6

:9

2

2

: 12

:18==

Fração irredutível ou simplificada.

Exercícios: Simplificar 1) 12

9 2)

45

36

Respostas: 1) 4

3 2)

5

4

REDUÇÃO DE FRAÇÕES AO MENOR DENOMINA-DOR COMUM

Ex.: 4

3 e

3

1

Calcular o M.M.C. (3,4) = 12

4

3 e

3

1 =

( ) ( )12

34:12 e

12

13:12 ⋅⋅ temos:

12

9 e

12

4

A fração 3

1 é equivalente a

12

4. A fração

4

3 equiva-

lente 12

9.

Exemplo:

⇒ 5

4 ?

3

2 numeradores diferentes e denomina-

dores diferentes m.m.c.(3, 5) = 15

15

(15.5).4 ?

15

3).2:(15 =

15

12

15

10< (ordem

crescente) Exercícios: Colocar em ordem crescente:

1) 3

2 e

5

2 2)

3

4 e

3

5 3)

5

4 e

3

2 ,

6

5

Respostas: 1) 3

2

5

2< 2)

3

5

3

4<

3) 2

3

6

5

3

4<<

OPERAÇÕES COM FRAÇÕES

1) Adição e Subtração a) Com denominadores iguais somam-se ou subtra-

em-se os numeradores e conserva-se o denominador comum.

Ex: 3

8

3

152

3

1

3

5

3

2=

++=++

5

1

5

34

5

3

5

4=

−=−

b) Com denominadores diferentes reduz ao mesmo

denominador depois soma ou subtrai. Ex:

1) 3

2

4

3

2

1++ = M.M.C.. (2, 4, 3) = 12

12

23

12

896

12

(12.3).2 4).3:(12 2).1:(12=

++=

++

2) 9

2

3

4− = M.M.C.. (3,9) = 9

9

10

9

2 - 12

9

9).2:(9 - 3).4:(9==

Exercícios. Calcular:

1) 7

1

7

5

7

2++ 2)

6

1

6

5− 3)

3

1

4

1

3

2−+

Respostas: 1) 7

8 2)

3

2

6

4= 3)

12

7

MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES

Para multiplicar duas ou mais frações devemos mul-tiplicar os numeradores das frações entre si, assim como os seus denominadores.

Exemplo:

10

3

20

6

4

3 x

5

2

4

3 .

5

2===

Exercícios: Calcular:

1) 4

5

5

2⋅ 2)

3

4

2

3

5

2⋅⋅ 3)

−⋅

+

3

1

3

2

5

3

5

1

Respostas: 1) 6

5

12

10= 2)

5

4

30

24= 3)

15

4

DIVISÃO DE FRAÇÕES

Para dividir duas frações conserva-se a primeira e multiplica-se pelo inverso da Segunda.

Page 98: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 24

Exemplo: 5

6

10

12

2

3 .

5

4

3

2 :

5

4===

Exercícios. Calcular:

1) 9

2:

3

4 2)

25

6:

15

8 3)

+

3

1

3

4 :

5

3

5

2

Respostas: 1) 6 2) 9

20 3) 1

POTENCIAÇÃO DE FRAÇÕES

Eleva o numerador e o denominador ao expoente dado. Exemplo:

27

8

3

2

3

23

33

==

Exercícios. Efetuar:

1)

2

4

3

2)

4

2

1

3)

32

2

1

3

4

Respostas: 1) 16

9 2)

16

1 3)

72

119

RADICIAÇÃO DE FRAÇÕES

Extrai raiz do numerador e do denominador.

Exemplo: 3

2

9

4

9

4==

Exercícios. Efetuar:

1) 9

1 2)

25

16 3)

2

2

1

16

9

+

Respostas: 1) 3

1 2)

5

4 3) 1

NÚMEROS DECIMAIS

Toda fração com denominador 10, 100, 1000,...etc, chama-se fração decimal.

Ex: 100

7 ,

100

4 ,

10

3 , etc

Escrevendo estas frações na forma decimal temos:

10

3 = três décimos,

100

4= quatro centésimos

1000

7 = sete milésimos

Escrevendo estas frações na forma decimal temos:

10

3 =0,3

100

4 = 0,04

1000

7 = 0,007

Outros exemplos:

1) 10

34 = 3,4 2)

100

635= 6,35 3)

10

2187 =218,7

Note que a vírgula “caminha” da direita para a es-

querda, a quantidade de casas deslocadas é a mesma quantidade de zeros do denominador.

Exercícios. Representar em números decimais:

1) 10

35 2)

100

473 3)

1000

430

Respostas: 1) 3,5 2) 4,73 3) 0,430

LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL

Ex.:

OPERAÇÕES COM NÚMEROS DECIMAIS

Adição e Subtração Coloca-se vírgula sob virgula e somam-se ou sub-

traem-se unidades de mesma ordem. Exemplo 1: 10 + 0,453 + 2,832

10,000 + 0,453

2,832 _______ 13,285 Exemplo 2: 47,3 - 9,35 47,30 9,35 ______

37,95 Exercícios. Efetuar as operações: 1) 0,357 + 4,321 + 31,45 2) 114,37 - 93,4 3) 83,7 + 0,53 - 15, 3

Respostas: 1) 36,128 2) 20,97 3) 68,93

MULTIPLICAÇÃO COM NÚMEROS DECIMAIS

Multiplicam-se dois números decimais como se fos-sem inteiros e separam-se os resultados a partir da

Page 99: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 25

direita, tantas casas decimais quantos forem os alga-rismos decimais dos números dados.

Exemplo: 5,32 x 3,8

5,32 → 2 casas, x 3,8→ 1 casa após a virgula ______ 4256 1596 + ______

20,216 → 3 casas após a vírgula

Exercícios. Efetuar as operações: 1) 2,41 . 6,3 2) 173,4 . 3,5 + 5 . 4,6 3) 31,2 . 0,753 Respostas: 1) 15,183 2) 629,9 3) 23,4936

DIVISÃO DE NÚMEROS DECIMAIS

Igualamos as casas decimais entre o dividendo e o divisor e quando o dividendo for menor que o divisor acrescentamos um zero antes da vírgula no quociente.

Ex.: a) 3:4

3 |_4_ 30 0,75 20 0

b) 4,6:2 4,6 |2,0 = 46 | 20 60 2,3 0

Obs.: Para transformar qualquer fração em número decimal basta dividir o numerador pelo denominador.

Ex.: 2/5 = 2 | 5 , então 2/5=0,4 20 0,4 Exercícios 1) Transformar as frações em números decimais.

1) 5

1 2)

5

4 3)

4

1

Respostas: 1) 0,2 2) 0,8 3) 0,25 2) Efetuar as operações: 1) 1,6 : 0,4 2) 25,8 : 0,2 3) 45,6 : 1,23 4) 178 : 4,5-3,4.1/2 5) 235,6 : 1,2 + 5 . 3/4 Respostas: 1) 4 2) 129 3) 35,07 4) 37,855 5) 200,0833....

Multiplicação de um número decimal por 10, 100, 1000

Para tornar um número decimal 10, 100, 1000.....

vezes maior, desloca-se a vírgula para a direita, res-pectivamente, uma, duas, três, . . . casas decimais. 2,75 x 10 = 27,5 6,50 x 100 = 650 0,125 x 100 = 12,5 2,780 x 1.000 = 2.780 0,060 x 1.000 = 60 0,825 x 1.000 = 825

DIVISÃO Para dividir os números decimais, procede-se as-

sim: 1) iguala-se o número de casas decimais; 2) suprimem-se as vírgulas; 3) efetua-se a divisão como se fossem números in-

teiros.

Exemplos: ♦ 6 : 0,15 = 6,00 0,15

000 40

Igualam – se as casas decimais. Cortam-se as vírgulas.

� 7,85 : 5 = 7,85 : 5,00 785 : 500 = 1,57

Dividindo 785 por 500 obtém-se quociente 1 e resto

285

Como 285 é menor que 500, acrescenta-se uma vírgula ao quociente e zeros ao resto

♦ 2 : 4 0,5

Como 2 não é divisível por 4, coloca-se zero e vír-gula no quociente e zero no dividendo

♦ 0,35 : 7 = 0,350 7,00 350 : 700 = 0,05

Como 35 não divisível por 700, coloca-se zero e vír-

gula no quociente e um zero no dividendo. Como 350 não é divisível por 700, acrescenta-se outro zero ao quociente e outro ao dividendo

Divisão de um número decimal por 10, 100, 1000

Para tornar um número decimal 10, 100, 1000, .... vezes menor, desloca-se a vírgula para a esquerda, respectivamente, uma, duas, três, ... casas decimais.

Exemplos: 25,6 : 10 = 2,56 04 : 10 = 0,4 315,2 : 100 = 3,152 018 : 100 = 0,18 0042,5 : 1.000 = 0,0425 0015 : 1.000 = 0,015

milhar centena dezena Unidade

simples décimo centésimo milésimo

1 000

100

10

1

0,1

0,01

0,001

LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL Procedemos do seguinte modo: 1º) Lemos a parte inteira (como um número natural). 2º) Lemos a parte decimal (como um número natu-

ral), acompanhada de uma das palavras: - décimos, se houver uma ordem (ou casa) deci-

mal - centésimos, se houver duas ordens decimais; - milésimos, se houver três ordens decimais.

Exemplos: 1) 1,2 Lê-se: "um inteiro e

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 26

dois décimos".

2) 12,75 Lê-se: "doze inteiros e setenta e cinco centésimos".

3) 8,309 Lê-se: "oito inteiros e trezentos e nove milésimos''.

Observações: 1) Quando a parte inteira é zero, apenas a parte de-

cimal é lida. Exemplos:

a) 0,5 - Lê-se: "cinco décimos".

b) 0,38 - Lê-se: "trinta e oito

centésimos".

c) 0,421 - Lê-se: "quatrocentos e vinte e um milésimos".

2) Um número decimal não muda o seu valor se a-

crescentarmos ou suprimirmos zeros â direita do último algarismo. Exemplo: 0,5 = 0,50 = 0,500 = 0,5000 " .......

3) Todo número natural pode ser escrito na forma

de número decimal, colocando-se a vírgula após o último algarismo e zero (ou zeros) a sua direita. Exemplos: 34 = 34,00... 176 = 176,00...

CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS (R)

CORRESPONDÊNCIA ENTRE NÚMEROS E PONTOS DA RETA, ORDEM, VALOR ABSOLUTO

Há números que não admitem representação decimal finita nem representação decimal infinita e periódico, como, por exemplo:

π = 3,14159265...

2 = 1,4142135...

3 = 1,7320508...

5 = 2,2360679...

Estes números não são racionais: π ∈ Q, 2

∈ Q, 3 ∈ Q, 5 ∈ Q; e, por isso mesmo, são chamados de irracionais.

Podemos então definir os irracionais como sendo aqueles números que possuem uma representação decimal infinita e não periódico.

Chamamos então de conjunto dos números reais, e indicamos com R, o seguinte conjunto:

Como vemos, o conjunto R é a união do conjunto dos números racionais com o conjunto dos números

irracionais.

Usaremos o símbolo estrela (*) quando quisermos indicar que o número zero foi excluído de um conjunto.

Exemplo: N* = { 1; 2; 3; 4; ... }; o zero foi excluído de N.

Usaremos o símbolo mais (+) quando quisermos indicar que os números negativos foram excluídos de um conjunto.

Exemplo: Z+ = { 0; 1; 2; ... } ; os negativos foram

excluídos de Z.

Usaremos o símbolo menos (-) quando quisermos indicar que os números positivos foram excluídos de um conjunto.

Exemplo: Z− = { . .. ; - 2; - 1; 0 } ; os positivos foram

excluídos de Z.

Algumas vezes combinamos o símbolo (*) com o símbolo (+) ou com o símbolo (-).

Exemplos

a) Z−* = ( 1; 2; 3; ... ) ; o zero e os negativos foram

excluídos de Z.

b) Z+* = { ... ; - 3; - 2; - 1 } ; o zero e os positivos

foram excluídos de Z.

Exercícios resolvidos 1. Completar com ∈ ou ∉ :

a) 5 Z

b) 5 Z−*

c) 3,2 Z+*

d) 1

4 Z

e) 4

1 Z

f) 2 Q

g) 3 Q*

h) 4 Q

i) ( )− 22

Q-

j) 2 R

k) 4 R-

Resolução a) ∈, pois 5 é positivo. b) ∉, pois 5 é positivo e os positivos foram

excluídos de Z−*

c) ∉ 3,2 não é inteiro.

d) ∉, pois 1

4não é inteiro.

e) ∈, pois 4

1= 4 é inteiro.

f) ∉ , pois 2 não é racional.

g) ∉ , pois 3 não é racional

h) ∈, pois 4 = 2 é racional

i) ∉, pois ( )− = =2 4 22

é positivo, e os

R= { x | x é racional ou x é irracional}

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 27

positivos foram excluídos de Q− .

j) ∈, pois 2 é real.

k) ∉, pois 4 = 2 é positivo, e os positivos foram

excluídos de R−

2. Completar com ⊂ ⊄ ou :

a) N Z* d) Q Z

b) N Z+ e) Q+* R+

*

c) N Q Resolução:

a) ⊄ , pois 0 ∈ N e 0 ∉ Z* .

b) ⊂, pois N = Z+

c) ⊂ , pois todo número natural é também racional.

d) ⊄ , pois há números racionais que não são

inteiros como por exemplo,2

3.

e) ⊂ , pois todo racional positivo é também real positivo.

Exercícios propostos: 1. Completar com ∈ ∉ ou

a) 0 N

b) 0 N*

c) 7 Z

d) - 7 Z+

e) – 7 Q−

f) 1

7 Q

g)

7

1 Q+

*

h) 7 Q

i) 72 Q

j) 7 R*

2. Completar com ∈ ∉ ou

a) 3 Q d) π Q b) 3,1 Q e) 3,141414... Q c) 3,14 Q

3. Completar com ⊂ ⊄ ou :

a) Z+* N* d) Z−

* R

b) Z− N e) Z− R+

c) R+ Q

4. Usando diagramas de Euler-Venn, represente os

conjuntos N, Z, Q e R . Respostas: 1. a) ∈ b) ∉ c) ∈ d) ∉

e) ∈ f) ∈ g) ∈ h) ∉

i)∈

j)∈

2. a) ∈ b) ∈

c) ∈ d) ∉

e) ∈

3. a) ⊂ c) ⊄ e) ⊄

b) ⊄ d) ⊂

4. Reta numérica Uma maneira prática de representar os números re-

ais é através da reta real. Para construí-la, desenha-mos uma reta e, sobre ela, escolhemos, a nosso gosto, um ponto origem que representará o número zero; a seguir escolhemos, também a nosso gosto, porém à direita da origem, um ponto para representar a unidade, ou seja, o número um. Então, a distância entre os pon-tos mencionados será a unidade de medida e, com base nela, marcamos, ordenadamente, os números positivos à direita da origem e os números negativos à sua esquerda.

EXERCÍCIOS

1) Dos conjuntos a seguir, o único cujos elementos são todos números racionais é:

a)

24 ,5 ,3 ,2 ,2

1

c)

− 3 ,2 ,0 ,7

2 ,1

b) { } 0 ,2 ,2 ,3 −−−

d) { } 7 5, ,4 ,9 ,0

2) Se 5 é irracional, então:

a) 5 escreve-se na forma n

m, com n ≠0 e m, n ∈ N.

b) 5 pode ser racional

c) 5 jamais se escreve sob a forma n

m, com n ≠0 e

m, n ∈ N.

d) 2 5 é racional

3) Sendo N, Z, Q e R, respectivamente, os conjuntos

dos naturais, inteiros, racionais e reais, podemos escrever:

a) ∀ x ∈ N ⇒ x ∈ R c) Z ⊃ Q b) ∀ x ∈ Q ⇒ x ∈ Z d) R ⊂ Z 4) Dado o conjunto A = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }, podemos

afirmar que:

a) ∀ x ∈ A ⇒ x é primo b) ∃ x ∈ A | x é maior que 7 c) ∀ x ∈ A ⇒ x é múltiplo de 3 d) ∃ x ∈ A | x é par e) nenhuma das anteriores 5) Assinale a alternativa correta: a) Os números decimais periódicos são irracionais

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 28

b) Existe uma correspondência biunívoca entre os pontos da reta numerada, e o conjunto Q.

c) Entre dois números racional existem infinitos nú-meros racionais.

d) O conjunto dos números irracionais é finito 6) Podemos afirmar que: a) todo real é racional. b) todo real é irracional. c) nenhum irracional é racional. d) algum racional é irracional. 7) Podemos afirmar que: a) entre dois inteiros existe um inteiro. b) entre dois racionais existe sempre um racional. c) entre dois inteiros existe um único inteiro. d) entre dois racionais existe apenas um racional. 8) Podemos afirmar que:

a) ∀a, ∀b ∈ N ⇒ a - b ∈ N b) ∀a, ∀b ∈ N ⇒ a : b ∈ N c) ∀a, ∀b ∈ R ⇒ a + b ∈ R d) ∀a, ∀b ∈ Z ⇒ a : b ∈ Z 9) Considere as seguintes sentenças:

I) 7 é irracional. II) 0,777... é irracional.

III) 2 2 é racional. Podemos afirmar que: a) l é falsa e II e III são verdadeiros. b) I é verdadeiro e II e III são falsas. c) I e II são verdadeiras e III é falsa. d) I e II são falsas e III é verdadeira. 10) Considere as seguintes sentenças: I) A soma de dois números naturais é sempre um

número natural. II) O produto de dois números inteiros é sempre um

número inteiro. III) O quociente de dois números inteiros é sempre

um número inteiro. Podemos afirmar que: a) apenas I é verdadeiro. b) apenas II é verdadeira. c) apenas III é falsa. d) todas são verdadeiras. 11) Assinale a alternativa correta:

a) R ⊂ N c) Q ⊃ N b) Z ⊃ R d) N ⊂ { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 } 12) Assinale a alternativa correto: a) O quociente de dois número, racionais é sempre

um número inteiro. b) Existem números Inteiros que não são números

reais. c) A soma de dois números naturais é sempre um

número inteiro. d) A diferença entre dois números naturais é sempre

um número natural. 13) O seguinte subconjunto dos números reais

escrito em linguagem simbólica é:

a) { x ∈ R | 3< x < 15 } c) { x ∈ R | 3 ≤ x ≤ 15 } b) { x ∈ R | 3 ≤ x < 15 } d) { x ∈ R | 3< x ≤ 15 } 14) Assinale a alternativa falsa: a) R* = { x ∈ R | x < 0 ou x >0}

b) 3 ∈ Q c) Existem números inteiros que não são números

naturais.

d) é a repre-

sentação de { x ∈ R | x ≥ 7 } 15) O número irracional é:

a) 0,3333... e)5

4

b) 345,777... d) 7

16) O símbolo −R representa o conjunto dos núme-

ros: a) reais não positivos c) irracional. b) reais negativos d) reais positivos. 17) Os possíveis valores de a e de b para que a nú-

mero a + b 5 seja irracional, são:

a) a = 0 e b=0 c) a = 0 e b = 2

c) a = 1 e b = 5 d) a = 16 e b = 0

18) Uma representação decimal do número 5 é:

a) 0,326... c) 1.236... b) 2.236... d) 3,1415... 19) Assinale o número irracional: a) 3,01001000100001... e) 3,464646... b) 0,4000... d) 3,45 20) O conjunto dos números reais negativos é repre-

sentado por: a) R* c) R b) R_ d) R* 21) Assinale a alternativo falso:

a) 5 ∈ Z b) 5,1961... ∈ Q

c) 3

5− ∈ Q

22) Um número racional compreendido entre 3 e

6 é:

a) 3,6 c) 2

6.3

b) 3

6 d)

2

63 +

23) Qual dos seguintes números é irracional?

a) 3 125 c) 27

Page 103: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 29

b) 4 1 d) 169

24) é a representação gráfica de:

a) { x ∈ R | x ≥ 15 } b) { x ∈ R | -2≤ x < 4 } c) { x ∈ R | x < -2 } d) { x ∈ R | -2< x ≤ 4 }

RESPOSTAS 1) d 5) b 9) b 13) b 17) c 21) b 2) c 6) c 10) c 14) d 18) b 22) b 3) a 7) b 11) b 15) d 19) a 23) c 4) e 8) c 12) c 16) b 20) b 24) d

Ordenação dos Reais, Intervalos, Módulo Para melhor entendermos os NÚMEROS REAIS,

vamos inicialmente dar um resumo de todos os conjun-tos numéricos.

1. Sucessivas ampliações dos campos numéricos Você já tem algum conhecimento o respeito dos

campos ou conjuntos numéricos com os quais iremos trabalhar nesta unidade. Mostraremos como se ampli-am sucessivamente esses conjuntos, a partir do con-junto N, e também como se acrescentam outras propri-edades para as operações como elementos dos novos conjuntos.

2. O CONJUNTO N E SUAS PROPRIEDADES Seja o conjunto N: N = { 0, 1, 2, 3. ... , n, ...}

Você deve se lembrar que este conjunto tem sua origem a partir de conjuntos finitos e equipotentes: a uma classe de todos os conjuntos equipotentes entre si associou-se o mesmo cardinal, o mesmo número e a mesma representação ou numeral.

2.1. Propriedades das operações em N Para expressar matematicamente as propriedades

das operações em N e nos sucessivos conjuntos, usa-remos a notação usual e prática dos quantificadores. São eles:

• ∀x significa “qualquer que seja x é o quantifica-dor universal e significa “qualquer que seja”;

• ∃x significo “existe x” é o quantificador existencial e significo “existe”. O símbolo ∃ | x significa “e-xiste um único x”.

ADIÇÃO

1. Fechamento ∀ a, b ∈ N, a + b = c ∈ N 2. Comutativa ∀ a, b ∈ N, a + b = b + a 3. Associativo ∀ a, b, c ∈ N, a + (b + c) = (a + b) + c 4. Elemento Neutro ∃ 0 ∈ N, tal que ∀ a ∈ N a + 0 = 0 + a = a

MULTIPLICAÇÃO 1. Fechamento ∀ a, b ∈ N, a . b = c ∈ N 2. Comutativa ∀ a, b ∈ N, a . b = b . a 3. Associativa ∀ a, b, c ∈ N, a . (b . c) = (a . b) . c 4. Elemento Neutro ∃ 1 ∈ N, tal que ∀ a ∈ N a . 1 = 1 . a = a

Distributiva da Multiplicação em Relação à Adição ∀ a, b, c ∈ N, a . (b + c) = a . b + a . c

3. CONJUNTO Z E SUAS PROPRIEDADES

Em N, a operação 3 - 4 não é possível. Entretanto, pode-se ampliar N e assim obter Z, onde 3 - 4 = - 1 passa a ser possível. A novidade, em Z, está no fato de que qualquer que seja o elemento de Z, este possui um

oposto aditivo, ou seja, para + 3 ∈ Z, existe - 3 ∈ Z tal que + 3 – 3 = 0. Sendo Z = {..., - 3, - 2, - 1, 0, 1, 2, 3, ...}, teremos, então, as seguintes propriedades em Z. com a inclusão da propriedade 5.

3.1. Propriedades das operações em Z ADIÇÃO

1. Fechamento ∀ a, b ∈ Z, a + b = c ∈ Z 2. Comutativa ∀ a, b ∈ Z, a + b = b + a 3. Associativo ∀ a, b, c ∈ Z, a + (b + c) = (a + b) + c 4. Elemento Neutro ∃ 0 ∈ Z, tal que ∀ a ∈ Z a + 0 = 0 + a = a 5. Elemento Oposto Aditivo ∀ a ∈ Z, ∃ - a ∈ Z, tal que a + ( - a) = 0

MULTIPLICAÇÃO 1. Fechamento ∀ a, b ∈ Z, a . b = c ∈ Z 2. Comutativa ∀ a, b ∈ Z, a . b = b . a 3. Associativa ∀ a, b, c ∈ Z, a . (b . c) = (a . b) . c 4. Elemento Neutro ∃ 1 ∈ Z, tal que ∀ a ∈ Z a . 1 = 1 . a = a

Distributiva da Multiplicação em Relação à Adição ∀ a, b, c ∈ Z, a . (b + c) = a . b + a . c

Vê-se que, em Z, a operação adição admite mais

uma propriedade ( 5 ).

4. O CONJUNTO Q E SUAS PROPRIEDADES Tanto em N como em Z, a operação 2 ÷ 3 não é

possível, pois ambos não admitem números fracioná-rios. A ampliação de Z para Q, entretanto, permite um fato novo: qualquer que seja o elemento de Q* ou Q – {0}, existe sempre, para esse elemento, um inverso multiplicativo.

Assim, por exemplo, para 3

2 ∈ Q, existe

2

3∈ Q tal

que 3

2.2

3 = 1, o que não é possível em N e Z.

Esse fato amplia uma propriedade para as opera-ções em Q.

Propriedades das operações em Q

ADIÇÃO

1. Fechamento ∀ a, b ∈ Q, a + b = c ∈ Q 2. Comutativa ∀ a, b ∈ Q, a + b = b + a 3. Associativo ∀ a, b, c ∈ Q, a + (b + c) = (a + b) + c 4. Elemento Neutro ∃ 0 ∈ Q, tal que ∀ a ∈ Q a + 0 = 0 + a = a 5. Elemento Oposto Aditivo

MULTIPLICAÇÃO 1. Fechamento ∀ a, b ∈ Q, a . b = c ∈ Q 2. Comutativa ∀ a, b ∈ Q, a . b = b . a 3. Associativa ∀ a, b, c ∈ Q, a . (b . c) = (a . b) . c 4. Elemento Neutro ∃ 1 ∈ Q, tal que ∀ a ∈ Q a . 1 = 1 . a = a Elemento Inverso Multiplicativo

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 30

∀ a ∈ Q, ∃ - a ∈ Q, tal que a + ( - a) = 0

∀ a ∈ Q*, ∃ a’ ∈ Q*, tal que a . a’ = 1

Ex.: 3

2 ∈ Q, ∃

2

3∈ Q |

3

2.2

3

= 1 Distributiva da Multiplicação em Relação à Adição

∀ a, b, c ∈ Q, a . (b + c) = a . b + a . c

Vê-se que, em Q, a operação multiplicação admite mais uma propriedade

4.1. Propriedade: A densidade de Q O conjunto Q possui uma propriedade importante, que

o caracteriza como um conjunto denso. Isto quer dizer que:

Entre dois elementos distintos de Q, sempre existe um outro elemento de Q (como consequência, entre esses 2 elementos há infinitos elementos de Q).

Para comprovar essa afirmação, basto tomar dois e-

lementos distintos de Q e verificar que a média aritmética (ou semi-soma) desses dois elementos também pertence a Q. De fato:

Q 2

5

2

3 2

Q 3

Q 2 )a ∈=

+⇒

Q 10

11

25

8

5

3

Q 5

8

Q 5

3

)b ∈=+

Conclui-se, então, que: Na reta numerada existe uma Infinidade de elemen-

tos de Q situados entre dois elementos quaisquer a e b de Q.

O CONJUNTO Q CONTÉM Z E N Os elementos de Q são aqueles que podem ser es-

critos sob o forma b

a, com a e b ∈ Z e b ≠ Q.

Pode-se observar facilmente que qualquer que seja

o elemento de N ou de Z, este estará em Q. De fato:

2 ∈ N, mas Q . . . 3

6

2

4

1

2 2 ∈====

-3 ∈ N, mas Q . . . 3

-9

2

-6

1

-3 3 ∈====−

O esquema a seguir apresenta as relações entre os conjuntos N, Z e Q.

INTERVALOS No conjunto dos números reais destacaremos

alguns subconjuntos importantes determinados por desigualdades, chamados intervalos.

Na reta real os números compreendidos entre 5 e 8

incluindo o 5 e o 8 constituem o intervalo fechado [5; 8], ou seja:

[5; 8] = {x / 5 « x « 8}

Se excluirmos os números 5 e 8, chamados extremos do intervalo, temos o intervalo aberto ]5; 8[, ou seja:

]5; 8[ = {x / 5 < x < 8} Consideraremos ainda os intervalos mistos:

]5; 8] = {x / 5 < x « 8}

(Intervalo aberto à esquerda e fechado à direita). [5; 8[ = {x / 5 « x < 8}

(intervalo fechado à esquerda e aberto à direita).

MÓDULO OU VALOR ABSOLUTO

No conjunto Z para cada número natural r foi criado

um +n e -n. Chama-se módulo ou valor absoluto de +n e -n, indica-se | +n | = n e | -n | = n

Exemplos: | -5 | = 5, leia-se o módulo de -5 é 5, | +5 | = 5 o módulo de +5 é 5 | 0 | =0

RAZÕES E PROPORÇÕES

1. INTRODUÇÃO Se a sua mensalidade escolar sofresse hoje um rea-

juste de R$ 80,00, como você reagiria? Acharia caro, normal, ou abaixo da expectativa? Esse mesmo valor, que pode parecer caro no reajuste da mensalidade, seria considerado insignificante, se tratasse de um acréscimo no seu salário.

Naturalmente, você já percebeu que os R$ 80,00

nada representam, se não forem comparados com um valor base e se não forem avaliados de acordo com a natureza da comparação. Por exemplo, se a mensali-dade escolar fosse de R$ 90,00, o reajuste poderia ser considerado alto; afinal, o valor da mensalidade teria quase dobrado. Já no caso do salário, mesmo conside-rando o salário mínimo, R$ 80,00 seriam uma parte mínima. .

A fim de esclarecer melhor este tipo de problema,

vamos estabelecer regras para comparação entre grandezas.

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 31

2. RAZÃO Você já deve ter ouvido expressões como: "De cada

20 habitantes, 5 são analfabetos", "De cada 10 alunos, 2 gostam de Matemática", "Um dia de sol, para cada dois de chuva".

Em cada uma dessas. frases está sempre clara uma

comparação entre dois números. Assim, no primeiro caso, destacamos 5 entre 20; no segundo, 2 entre 10, e no terceiro, 1 para cada 2.

Todas as comparações serão matematicamente

expressas por um quociente chamado razão. Teremos, pois: De cada 20 habitantes, 5 são analfabetos.

Razão = 5

20

De cada 10 alunos, 2 gostam de Matemática.

Razão = 2

10

c. Um dia de sol, para cada dois de chuva.

Razão = 1

2

Nessa expressão, a chama-se antecedente e b,

consequente. Outros exemplos de razão: Em cada 10 terrenos vendidos, um é do corretor.

Razão = 1

10

Os times A e B jogaram 6 vezes e o time A ganhou

todas.

Razão = 6

6

3. Uma liga de metal é feita de 2 partes de ferro e 3

partes de zinco.

Razão = 2

5 (ferro) Razão =

3

5 (zinco).

3. PROPORÇÃO Há situações em que as grandezas que estão sendo

comparadas podem ser expressas por razões de ante-cedentes e consequentes diferentes, porém com o mesmo quociente. Dessa maneira, quando uma pes-quisa escolar nos revelar que, de 40 alunos entrevista-dos, 10 gostam de Matemática, poderemos supor que, se forem entrevistados 80 alunos da mesma escola, 20 deverão gostar de Matemática. Na verdade, estamos afirmando que 10 estão representando em 40 o mesmo que 20 em 80.

Escrevemos: 10

40 =

20

80

A esse tipo de igualdade entre duas razões dá-se o

nome de proporção.

Na expressão acima, a e c são chamados de

antecedentes e b e d de consequentes. . A proporção também pode ser representada como a

: b = c : d. Qualquer uma dessas expressões é lida assim: a está para b assim como c está para d. E im-portante notar que b e c são denominados meios e a e d, extremos.

Exemplo:

A proporção 3

7 =

9

21 , ou 3 : 7 : : 9 : 21, é

lida da seguinte forma: 3 está para 7 assim como 9 está para 21. Temos ainda:

3 e 9 como antecedentes, 7 e 21 como consequentes, 7 e 9 como meios e 3 e 21 como extremos.

3.1 PROPRIEDADE FUNDAMENTAL O produto dos extremos é igual ao produto dos

meios:

Exemplo:

Se 6

24 =

24

96 , então 6 . 96 = 24 . 24 = 576.

3.2 ADIÇÃO (OU SUBTRAÇÃO) DOS

ANTECEDENTES E CONSEQUENTES Em toda proporção, a soma (ou diferença) dos an-

tecedentes está para a soma (ou diferença) dos conse-quentes assim como cada antecedente está para seu consequente. Ou seja:

Essa propriedade é válida desde que nenhum

denominador seja nulo. Exemplo:

A razão entre dois números a e b, com b ≠ 0, é o

quociente a

b , ou a : b.

Dadas duas razões a

b e

c

d, com b e d ≠ 0,

teremos uma proporção se a

b =

c

d.

0 d b, ; bc = ad d

c = ≠⇔

b

a

Se a

b = , entao

a + c

b + d =

a =

c

d

ou a - c

b - d =

a

b =

c

d

c

d b,

Page 106: cemig_eletricista_062012

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 32

21 + 7

12 + 4 =

28

16 =

7

4

21

12 =

7

4

21 - 7

12 - 4 =

14

8 =

7

4

GRANDEZAS PROPORCIONAIS E DIVISÃO PROPORCIONAL

1. INTRODUÇÃO: No dia-a-dia, você lida com situações que envolvem

números, tais como: preço, peso, salário, dias de traba-lho, índice de inflação, velocidade, tempo, idade e ou-tros. Passaremos a nos referir a cada uma dessas situ-ações mensuráveis como uma grandeza. Você sabe que cada grandeza não é independente, mas vinculada a outra conveniente. O salário, por exemplo, está rela-cionado a dias de trabalho. Há pesos que dependem de idade, velocidade, tempo etc. Vamos analisar dois tipos básicos de dependência entre grandezas propor-cionais.

2. PROPORÇÃO DIRETA Grandezas como trabalho produzido e remuneração

obtida são, quase sempre, diretamente proporcionais. De fato, se você receber R$ 2,00 para cada folha que datilografar, sabe que deverá receber R$ 40,00 por 20 folhas datilografadas.

Podemos destacar outros exemplos de grandezas

diretamente proporcionais: Velocidade média e distância percorrida, pois, se

você dobrar a velocidade com que anda, deverá, num mesmo tempo, dobrar a distância percorrida.

Área e preço de terrenos. Altura de um objeto e comprimento da sombra pro-

jetada por ele.

Assim:

3. PROPORÇÃO INVERSA Grandezas como tempo de trabalho e número de

operários para a mesma tarefa são, em geral, inver-samente proporcionais. Veja: Para uma tarefa que 10 operários executam em 20 dias, devemos esperar que 5 operários a realizem em 40 dias.

Podemos destacar outros exemplos de grandezas

inversamente proporcionais: Velocidade média e tempo de viagem, pois, se você

dobrar a velocidade com que anda, mantendo fixa a distância a ser percorrida, reduzirá o tempo do percur-

so pela metade.

Número de torneiras de mesma vazão e tempo para encher um tanque, pois, quanto mais torneiras estive-rem abertas, menor o tempo para completar o tanque.

Podemos concluir que :

Vamos analisar outro exemplo, com o objetivo de

reconhecer a natureza da proporção, e destacar a razão. Considere a situação de um grupo de pessoas que, em férias, se instale num acampamento que cobra R$100,00 a diária individual.

Observe na tabela a relação entre o número de pessoas e a despesa diária: Número de pessoas

1

2

4

5

10

Despesa diária (R$ )

100

200

400

500

1.000

Você pode perceber na tabela que a razão de au-

mento do número de pessoas é a mesma para o au-mento da despesa. Assim, se dobrarmos o número de pessoas, dobraremos ao mesmo tempo a despesa. Esta é portanto, uma proporção direta, ou melhor, as grandezas número de pessoas e despesa diária são diretamente proporcionais.

Suponha também que, nesse mesmo exemplo, a quantia a ser gasta pelo grupo seja sempre de R$2.000,00. Perceba, então, que o tempo de perma-nência do grupo dependerá do número de pessoas.

Analise agora a tabela abaixo : Número de pessoas

1 2 4 5 10

Tempo de permanência (dias)

20

10

5

4

2

Note que, se dobrarmos o número de pessoas, o tempo de permanência se reduzirá à metade. Esta é, portanto, uma proporção inversa, ou melhor, as gran-dezas número de pessoas e número de dias são inver-samente proporcionais.

4. DIVISÃO EM PARTES PROPORCIONAIS 4. 1 Diretamente proporcional Duas pessoas, A e B, trabalharam na fabricação de

um mesmo objeto, sendo que A o fez durante 6 horas e B durante 5 horas. Como, agora, elas deverão dividir com justiça os R$ 660,00 apurados com sua venda? Na verdade, o que cada um tem a receber deve ser

Duas grandezas São diretamente proporcionais quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas

numa determinada razão, a outra diminui (ou aumenta) nessa mesma razão.

Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas

numa determinada razão, a outra diminui (ou aumenta) na mesma razão.

Page 107: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 33

diretamente proporcional ao tempo gasto na confecção do objeto.

No nosso problema, temos de dividir 660 em partes

diretamente proporcionais a 6 e 5, que são as horas que A e B trabalharam.

Vamos formalizar a divisão, chamando de x o que A tem a receber, e de y o que B tem a receber.

Teremos então:

X + Y = 660

X

6 =

Y

5

Esse sistema pode ser resolvido, usando as

propriedades de proporção. Assim:

X + Y

6 + 5 = Substituindo X + Y por 660,

vem660

= X

6 X =

6 660

11 = 360

11⇒

Como X + Y = 660, então Y = 300 Concluindo, A deve receber R$ 360,00 enquanto B,

R$ 300,00. 4.2 INVERSAMENTE PROPORCIONAL E se nosso problema não fosse efetuar divisão em

partes diretamente proporcionais, mas sim inversamen-te? Por exemplo: suponha que as duas pessoas, A e B, trabalharam durante um mesmo período para fabricar e vender por R$ 160,00 um certo artigo. Se A chegou atrasado ao trabalho 3 dias e B, 5 dias, como efetuar com justiça a divisão? O problema agora é dividir R$ 160,00 em partes inversamente proporcionais a 3 e a 5, pois deve ser levado em consideração que aquele que se atrasa mais deve receber menos.

No nosso problema, temos de dividir 160 em partes inversamente proporcionais a 3 e a 5, que são os nú-meros de atraso de A e B. Vamos formalizar a divisão, chamando de x o que A tem a receber e de y o que B tem a receber.

x + y = 160

Teremos: x

1

3

= y

1

5

Resolvendo o sistema, temos:

x + y

1

3 +

1

5

= x

1

3

x + y

8

15

= x

1

3

Mas, como x + y = 160, então

160

8

15 15

= x

1

3

x = 160

8

1

3 ⇒ ⋅ ⇒

x = 160 15

8

1

3 x = 100⇒ ⋅ ⋅ ⇒

Como x + y = 160, então y = 60. Concluindo, A deve receber R$ 100,00 e B, R$ 60,00.

4.3 DIVISÃO PROPORCIONAL COMPOSTA Vamos analisar a seguinte situação: Uma empreitei-

ra foi contratada para pavimentar uma rua. Ela dividiu o trabalho em duas turmas, prometendo pagá-las propor-cionalmente. A tarefa foi realizada da seguinte maneira: na primeira turma, 10 homens trabalharam durante 5 dias; na segunda turma, 12 homens trabalharam duran-te 4 dias. Estamos considerando que os homens ti-nham a mesma capacidade de trabalho. A empreiteira tinha R$ 29.400,00 para dividir com justiça entre as duas turmas de trabalho. Como fazê-lo?

Essa divisão não é de mesma natureza das anterio-

res. Trata-se aqui de uma divisão composta em partes proporcionais, já que os números obtidos deverão ser proporcionais a dois números e também a dois outros.

Na primeira turma, 10 homens trabalharam 5 dias,

produzindo o mesmo resultado de 50 homens, traba-lhando por um dia. Do mesmo modo, na segunda tur-ma, 12 homens trabalharam 4 dias, o que seria equiva-lente a 48 homens trabalhando um dia.

Para a empreiteira, o problema passaria a ser,

portanto, de divisão diretamente proporcional a 50 (que

é 10 . 5), e 48 (que é 12 . 4).

Convém lembrar que efetuar uma divisão em partes

inversamente proporcionais a certos números é o mesmo que fazer a divisão em partes diretamente pro-porcionais ao inverso dos números dados.

Resolvendo nosso problema, temos: Chamamos de x: a quantia que deve receber a

primeira turma; y: a quantia que deve receber a segunda turma. Assim:

Dividir um número em partes diretamente proporcionais a outros números dados é

encontrar partes desse número que sejam diretamente proporcionais aos números dados e

cuja soma reproduza o próprio número.

Dividir um número em partes inversamente propor-cionais a outros números dados é encontrar partes

desse número que sejam diretamente proporcio-nais aos inversos dos números dados e cuja soma

reproduza o próprio número.

Para dividir um número em partes de tal forma que uma delas seja proporcional a m e n e a outra a p

e q, basta divida esse número em partes proporcionais a m . n e p . q.

Page 108: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 34

x

10 5 =

y

12 4 ou

x

50 =

y

48

x + y

50 + 48 =

x

50

⋅ ⋅

15.000 98

50 29400 = x

50

x =

98

29400 então 29400, =y + x Como

⇒⋅

Portanto y = 14 400. Concluindo, a primeira turma deve receber R$

15.000,00 da empreiteira, e a segunda, R$ 14.400,00. Observação: Firmas de projetos costumam cobrar

cada trabalho usando como unidade o homem-hora. O nosso problema é um exemplo em que esse critério poderia ser usado, ou seja, a unidade nesse caso seria homem-dia. Seria obtido o valor de R$ 300,00 que é o resultado de 15 000 : 50, ou de 14 400 : 48.

REGRA DE TRÊS SIMPLES

REGRA DE TRÊS SIMPLES Retomando o problema do automóvel, vamos

resolvê-lo com o uso da regra de três de maneira prática.

Devemos dispor as grandezas, bem como os valo-

res envolvidos, de modo que possamos reconhecer a natureza da proporção e escrevê-la.

Assim: Grandeza 1: tempo

(horas) Grandeza 2: distância

percorrida (km)

6 8

900

x

Observe que colocamos na mesma linha valores

que se correspondem: 6 horas e 900 km; 8 horas e o valor desconhecido.

Vamos usar setas indicativas, como fizemos antes,

para indicar a natureza da proporção. Se elas estive-rem no mesmo sentido, as grandezas são diretamente proporcionais; se em sentidos contrários, são inversa-mente proporcionais.

Nesse problema, para estabelecer se as setas têm

o mesmo sentido, foi necessário responder à pergunta: "Considerando a mesma velocidade, se aumentarmos o tempo, aumentará a distância percorrida?" Como a resposta a essa questão é afirmativa, as grandezas são diretamente proporcionais.

Já que a proporção é direta, podemos escrever:

6

8

900=

x

Então: 6 . x = 8 . 900 ⇒ x = 7200

6 = 1 200

Concluindo, o automóvel percorrerá 1 200 km em 8

horas. Vamos analisar outra situação em que usamos a

regra de três.

Um automóvel, com velocidade média de 90 km/h, percorre um certo espaço durante 8 horas. Qual será o tempo necessário para percorrer o mesmo espaço com uma velocidade de 60 km/h?

Grandeza 1: tempoGrandeza 1: tempoGrandeza 1: tempoGrandeza 1: tempo

(horas)(horas)(horas)(horas) Grandeza 2: Grandeza 2: Grandeza 2: Grandeza 2: velocidadevelocidadevelocidadevelocidade

(km/h)(km/h)(km/h)(km/h)

8

x

90

60 A resposta à pergunta "Mantendo o mesmo espaço

percorrido, se aumentarmos a velocidade, o tempo aumentará?" é negativa. Vemos, então, que as grande-zas envolvidas são inversamente proporcionais.

Como a proporção é inversa, será necessário inver-termos a ordem dos termos de uma das colunas, tor-nando a proporção direta. Assim: 8 60

x 90

Escrevendo a proporção, temos:

8 60

90

8

60xx= ⇒ =

⋅ 90= 12

Concluindo, o automóvel percorrerá a mesma

distância em 12 horas.

REGRA DE TRÊS COMPOSTA Vamos agora utilizar a regra de três para resolver

problemas em que estão envolvidas mais de duas grandezas proporcionais. Como exemplo, vamos anali-sar o seguinte problema.

Numa fábrica, 10 máquinas trabalhando 20 dias

produzem 2 000 peças. Quantas máquinas serão ne-cessárias para se produzir 1 680 peças em 6 dias?

Como nos problemas anteriores, você deve verificar

Regra de três simples é um processo prático utilizado para resolver problemas que envolvam pares de grandezas direta ou inversamente proporcionais.

Essas grandezas formam uma proporção em que se conhece três termos e o quarto termo é procurado.

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 35

a natureza da proporção entre as grandezas e escrever essa proporção. Vamos usar o mesmo modo de dispor as grandezas e os valores envolvidos.

Grandeza 1: número de máquinas

Grandeza 2: dias

Grandeza 3: número de peças

10 x

20 6

2000

1680

Natureza da proporção: para estabelecer o sentido

das setas é necessário fixar uma das grandezas e relacioná-la com as outras.

Supondo fixo o número de dias, responda à ques-

tão: "Aumentando o número de máquinas, aumentará o número de peças fabricadas?" A resposta a essa ques-tão é afirmativa. Logo, as grandezas 1 e 3 são direta-mente proporcionais.

Agora, supondo fixo o número de peças, responda à

questão: "Aumentando o número de máquinas, aumen-tará o número de dias necessários para o trabalho?" Nesse caso, a resposta é negativa. Logo, as grandezas 1 e 2 são inversamente proporcionais.

Para se escrever corretamente a proporção, deve-

mos fazer com que as setas fiquem no mesmo sentido, invertendo os termos das colunas convenientes. Natu-ralmente, no nosso exemplo, fica mais fácil inverter a coluna da grandeza 2.

10 6 2000 x 20 1680

Agora, vamos escrever a proporção:

10 6

20x= ⋅

2000

1680

(Lembre-se de que uma grandeza proporcional a

duas outras é proporcional ao produto delas.)

10 12000

33600

1028

xx= ⇒ =

⋅=

33600

12000

Concluindo, serão necessárias 28 máquinas.

PORCENTAGEM 1. INTRODUÇÃO Quando você abre o jornal, liga a televisão ou olha

vitrinas, frequentemente se vê às voltas com expressões do tipo:

� "O índice de reajuste salarial de março é de 16,19%."

� "O rendimento da caderneta de poupança em fevereiro foi de 18,55%."

� "A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 381,1351%.

� "Os preços foram reduzidos em até 0,5%."

Mesmo supondo que essas expressões não sejam

completamente desconhecidas para uma pessoa, é importante fazermos um estudo organizado do assunto porcentagem, uma vez que o seu conhecimento é fer-ramenta indispensável para a maioria dos problemas relativos à Matemática Comercial.

2. PORCENTAGEM O estudo da porcentagem é ainda um modo de

comparar números usando a proporção direta. Só que uma das razões da proporção é um fração de denomi-nador 100. Vamos deixar isso mais claro: numa situa-ção em que você tiver de calcular 40% de R$ 300,00, o seu trabalho será determinar um valor que represente, em 300, o mesmo que 40 em 100. Isso pode ser resu-mido na proporção:

40

100 300=

x

Então, o valor de x será de R$ 120,00. Sabendo que em cálculos de porcentagem será

necessário utilizar sempre proporções diretas, fica claro, então, que qualquer problema dessa natureza poderá ser resolvido com regra de três simples.

3. TAXA PORCENTUAL O uso de regra de três simples no cálculo de por-

centagens é um recurso que torna fácil o entendimento do assunto, mas não é o único caminho possível e nem sequer o mais prático.

Para simplificar os cálculos numéricos, é

necessário, inicialmente, dar nomes a alguns termos. Veremos isso a partir de um exemplo.

Exemplo: Calcular 20% de 800.

Calcular 20%, ou 20

100 de 800 é dividir 800 em

100 partes e tomar 20 dessas partes. Como a

centésima parte de 800 é 8, então 20 dessas partes

será 160.

Chamamos: 20% de taxa porcentual; 800 de principal; 160 de porcentagem.

Temos, portanto: � Principal: número sobre o qual se vai calcular a

porcentagem. � Taxa: valor fixo, tomado a partir de cada 100

partes do principal. � Porcentagem: número que se obtém somando

cada uma das 100 partes do principal até conseguir a taxa.

A partir dessas definições, deve ficar claro que, ao

calcularmos uma porcentagem de um principal conhe-cido, não é necessário utilizar a montagem de uma regra de três. Basta dividir o principal por 100 e to-marmos tantas destas partes quanto for a taxa. Veja-mos outro exemplo.

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 36

Exemplo: Calcular 32% de 4.000. Primeiro dividimos 4 000 por 100 e obtemos 40, que

é a centésima parte de 4 000. Agora, somando 32 par-tes iguais a 40, obtemos 32 . 40 ou 1 280 que é a res-posta para o problema.

Observe que dividir o principal por 100 e multiplicar

o resultado dessa divisão por 32 é o mesmo que multi-

plicar o principal por 32

100 ou 0,32. Vamos usar esse

raciocínio de agora em diante:

JUROS SIMPLES Consideremos os seguintes fatos: • Emprestei R$ 100 000,00 para um amigo pelo

prazo de 6 meses e recebi, ao fim desse tempo, R$ 24 000,00 de juros.

• O preço de uma televisão, a vista, é R$ 4.000,00. Se eu comprar essa mesma televisão em 10 prestações, vou pagar por ela R$ 4.750,00. Por-tanto, vou pagar R$750,00 de juros.

No 1.° fato, R$ 24 000,00 é uma compensação em dinheiro que se recebe por emprestar uma quantia por determinado tempo.

No 2.° fato, R$ 750,00 é uma compensação em di-

nheiro que se paga quando se compra uma mercadoria a prazo.

Assim: � Quando depositamos ou emprestamos certa

quantia por determinado tempo, recebemos uma compensação em dinheiro.

� Quando pedimos emprestada certa quantia por determinado tempo, pagamos uma compensa-ção em dinheiro.

� Quando compramos uma mercadoria a prazo, pagamos uma compensação em dinheiro.

Pelas considerações feitas na introdução, podemos

dizer que :

Nos problemas de juros simples, usaremos a se-guinte nomenclatura: dinheiro depositado ou empresta-do denomina-se capital.

O porcentual denomina-se taxa e representa o juro

recebido ou pago a cada R$100,00, em 1 ano. O período de depósito ou de empréstimo denomina-

se tempo. A compensação em dinheiro denomina-se juro.

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE JUROS SIMPLES

Vejamos alguns exemplos:

1.° exemplo: Calcular os juros produzidos por um capital de R$ 720 000,00, empregado a 25% ao a-no, durante 5 anos. De acordo com os dados do problema, temos: 25% em 1ano ⇒ 125% (25 . 5) em 5 anos

125% = 100

125= 1,25

Nessas condições, devemos resolver o seguinte problema: Calcular 125% de R$ 720 000,00. Dai: x = 125% de 720 000 = 1,25 . 720 000 = 900 000. 900.000 – 720.000 = 180.000 Resposta: Os juros produzidos são de R$ 180.000,00

2.° exemplo: Apliquei um capital de R$ 10.000,00 a uma taxa de 1,8% ao mês, durante 6 meses. Quan-to esse capital me renderá de juros? 1,8% em 1 mês ⇒ 6 . 1,8% = 10,8% em 6 meses

10,8% = 100

8,10 = 0,108

Dai: x = 0,108 . 10 000 = 1080 Resposta: Renderá juros de R$ 1 080,00. 3.° exemplo: Tomei emprestada certa quantia du-rante 6 meses, a uma taxa de 1,2% ao mês, e devo pagar R$ 3 600,00 de juros. Qual foi a quantia em-prestada? De acordo com os dados do problema: 1,2% em 1 mês ⇒ 6 . 1,2% = 7,2% em 6 meses

7,2% = 100

2,7 = 0,072

Nessas condições, devemos resolver o seguinte problema: 3 600 representam 7,2% de uma quantia x. Calcule x. Dai: 3600 = 0,072 . x ⇒ 0,072x = 3 600 ⇒

x = 072,0

3600

x = 50 000 Resposta: A quantia emprestada foi de R$ 50.000,00. 4.° exemplo: Um capital de R$ 80 000,00, aplicado durante 6 meses, rendeu juros de R$ 4 800,00. Qual foi a taxa (em %) ao mês? De acordo com os dados do problema: x% em 1 mês ⇒ (6x)% em 6 meses

Devemos, então, resolver o seguinte problema: 4 800 representam quantos % de 80 000? Dai: 4 800 = 6x . 80 000 ⇒ 480 000 x = 4 800

x = 000 480

800 4 ⇒ x =

800 4

48⇒ x = 0,01

0,01 = 100

1 = 1 %

Juro é uma compensação em dinheiro que se recebe ou que se paga.

Porcentagem = taxa X principal

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 37

Resposta: A taxa foi de 1% ao mês. Resolva os problemas: - Emprestando R$ 50 000,00 à taxa de 1,1% ao

mês, durante 8 meses, quanto deverei receber de juros?

- Uma pessoa aplica certa quantia durante 2 anos, à taxa de 15% ao ano, e recebe R$ 21 000,00 de juros. Qual foi a quantia aplicada?

- Um capital de R$ 200 000,00 foi aplicado durante 1 ano e 4 meses à taxa de 18% ao ano. No final desse tempo, quanto receberei de juros e qual o capital acumulado (capital aplicado + juros)?

- Um aparelho de televisão custa R$ 4 500,00. Como vou comprá-lo no prazo de 10 meses, a lo-ja cobrará juros simples de 1,6% ao mês. Quanto vou pagar por esse aparelho.

- A quantia de R$ 500 000,00, aplicada durante 6 meses, rendeu juros de R$ 33 000,00. Qual foi a taxa (%) mensal da aplicação

- Uma geladeira custa R$ 1 000,00. Como vou compra-la no prazo de 5 meses, a loja vendedo-ra cobrara juros simples de 1,5% ao mês. Quan-to pagarei por essa geladeira e qual o valor de cada prestação mensal, se todas elas são iguais.

- Comprei um aparelho de som no prazo de 8 me-ses. O preço original do aparelho era de R$ 800,00 e os juros simples cobrados pela firma fo-ram de R$ 160,00. Qual foi a taxa (%) mensal dos juros cobrados?

Respostas R$ 4 400,00 R$ 70 000,00 R$ 48 000,00 e R$ 248 000,00 R$ 5 220,00 1,1% R$ 1 075,00 e R$ 215,00 2,5%

JUROS COMPOSTOS

1. Introdução O dinheiro e o tempo são dois fatores que se

encontram estreitamente ligados com a vida das pessoas e dos negócios. Quando são gerados ex-cedentes de fundos, as pessoas ou as empresas, aplicam-no a fim de ganhar juros que aumentem o capital original disponível; em outras ocasiões, pelo contrário, tem-se a necessidade de recursos financeiros durante um período de tempo e deve-se pagar juros pelo seu uso.

Em período de curto-prazo utiliza-se, geralmente,

como já se viu, os juros simples. Já em períodos de longo-prazo, utiliza-se, quase que exclusivamente, os juros compostos.

2. Conceitos Básicos No regime dos juros simples, o capital inicial sobre o

qual calculam-se os juros, permanece sem variação alguma durante todo o tempo que dura a operação. No regime dos juros compostos, por sua vez, os juros que vão sendo gerados, vão sendo acrescentados ao capital inicial, em períodos determinados e, que por sua

vez, irão gerar um novo juro adicional para o período seguinte.

Diz-se, então, que os juros capitalizam-se e que se

está na presença de uma operação de juros compostos.

Nestas operações, o capital não é constante através

do tempo; pois aumenta ao final de cada período pela adição dos juros ganhos de acordo com a taxa acordada.

Esta diferença pode ser observada através do

seguinte exemplo: Exemplo 1: Suponha um capital inicial de R$

1.000,00 aplicado à taxa de 30.0 % a.a. por um período de 3 anos a juros simples e compostos. Qual será o total de juros ao final dos 3 anos sob cada um dos rearmes de juros?

Pelo regime de juros simples: J = c . i . t = R$ 1.000,00 (0,3) (3) = R$ 900,00 Pelo regime de juros compostos:

( )J C ion

= + −

1 1 =

( )[ ] 00,197.1$13,100,000.1$ 3RRJ =−=

Demonstrando agora, em detalhes, o que se passou

com os cálculos, temos:

Ano Juros simples Juros Compostos 1 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00 2 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00 R$ 1.300,00(0,3) = R$ 390,00 3 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00 R$ 1.690,00(0,3) = R$ 507,00

R$ 900,00 R$ 1.197,00

Vamos dar outro exemplo de juros compostos: Suponhamos que você coloque na poupança R$

100,00 e os juros são de 10% ao mês. Decorrido o primeiro mês você terá em sua

poupança: 100,00 + 10,00 = 110,00 No segundo mês você terá:110,00 + 11,00 =111,00 No terceiro mês você terá: 111,00 + 11,10 = 111,10 E assim por diante. Para se fazer o cálculo é fácil: basta calcular os

juros de cada mês e adicionar ao montante do mês anterior.

EQUAÇÕES EXPRESSÕES LITERAIS OU ALGÉBRICAS IGUALDADES E PROPRIEDADES São expressões constituídas por números e letras,

unidos por sinais de operações.

Exemplo: 3a2;

–2axy + 4x

2;

xyz; 3

x + 2 , é o mesmo

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 38

que 3.a2; –2.a.x.y + 4.x

2; x.y.z; x : 3 + 2, as letras a, x, y

e z representam um número qualquer. Chama-se valor numérico de uma expressão algébri-

ca quando substituímos as letras pelos respectivos valo-res dados:

Exemplo: 3x

2 + 2y para x = –1 e y = 2, substituindo

os respectivos valores temos, 3.(–1)2 + 2.2 → 3 . 1+ 4

→ 3 + 4 = 7 é o valor numérico da expressão. Exercícios Calcular os valores numéricos das expressões: 1) 3x – 3y para x = 1 e y =3 2) x + 2a para x =–2 e a = 0 3) 5x

2 – 2y + a para x =1, y =2 e a =3

Respostas: 1) –6 2) –2 3) 4 Termo algébrico ou monômio: é qualquer número

real, ou produto de números, ou ainda uma expressão na qual figuram multiplicações de fatores numéricos e literais.

Exemplo: 5x4 , –2y, x3 , –4a , 3 , – x

Partes do termo algébrico ou monômio. Exemplo:

sinal (–) –3x

5ybz 3 coeficiente numérico ou parte numérica

x5ybz parte literal

Obs.: 1) As letras x, y, z (final do alfabeto) são usadas co-

mo variáveis (valor variável) 2) quando o termo algébrico não vier expresso o co-

eficiente ou parte numérica fica subentendido que este coeficiente é igual a 1.

Exemplo: 1) a

3bx

4 = 1.a

3bx

4 2) –abc = –1.a.b.c

Termos semelhantes: Dois ou mais termos são se-melhantes se possuem as mesmas letras elevadas aos mesmos expoentes e sujeitas às mesmas operações.

Exemplos: 1) a3bx, –4a3bx e 2a3bx são termos semelhantes. 2) –x3 y, +3x3 y e 8x3 y são termos semelhantes. Grau de um monômio ou termo algébrico: E a soma

dos expoentes da parte literal. Exemplos: 1) 2 x

4 y

3 z = 2.x

4.y

3.z

1 (somando os expoentes da

parte literal temos, 4 + 3 + 1 = 8) grau 8. Expressão polinômio: É toda expressão literal

constituída por uma soma algébrica de termos ou mo-nômios.

Exemplos: 1)2a

2b – 5x 2)3x

2 + 2b+ 1

Polinômios na variável x são expressões polinomiais

com uma só variável x, sem termos semelhantes. Exemplo:

5x2 + 2x – 3 denominada polinômio na variável x cuja

forma geral é a0 + a1x + a2x2

+ a3x3

+ ... + anxn, onde a0,

a1, a2, a3, ..., an são os coeficientes. Grau de um polinômio não nulo, é o grau do monô-

mio de maior grau. Exemplo: 5a

2x – 3a

4x

2y + 2xy

Grau 2+1 = 3, grau 4+2+1= 7, grau 1+1= 2, 7 é o

maior grau, logo o grau do polinômio é 7. Exercícios 1) Dar os graus e os coeficientes dos monômios: a)–3x y

2 z grau coefciente__________

b)–a7 x

2 z

2 grau coeficiente__________

c) xyz grau coeficiente__________ 2) Dar o grau dos polinômios: a) 2x

4y – 3xy

2+ 2x grau __________

b) –2+xyz+2x5 y

2 grau __________

Respostas: 1) a) grau 4, coeficiente –3 b) grau 11, coeficiente –1 c) grau 3, coeficiente 1 2) a) grau 5 b) grau 7

CÁLCULO COM EXPRESSÕES LITERAIS Adição e Subtração de monômios e expressões poli-

nômios: eliminam-se os sinais de associações, e redu-zem os termos semelhantes.

Exemplo: 3x

2 + (2x – 1) – (–3a) + (x

2 – 2x + 2) – (4a)

3x2 + 2x – 1 + 3a + x

2 – 2x + 2 – 4a =

3x2 + 1.x

2 + 2x – 2x + 3a – 4a – 1 + 2 =

(3+1)x2 + (2–2)x + (3–4)a – 1+2 =

4x2 + 0x – 1.a + 1 =

4x2 – a + 1

Obs.: As regras de eliminação de parênteses são as

mesmas usadas para expressões numéricas no conjunto Z.

Exercícios. Efetuar as operações: 1) 4x + (5a) + (a –3x) + ( x –3a) 2) 4x

2 – 7x + 6x

2 + 2 + 4x – x

2 + 1

Respostas: 1) 2x +3a 2) 9x

2 – 3x + 3

MULTIPLICAÇÃO DE EXPRESSÕES ALGÉBRICAS Multiplicação de dois monômios: Multiplicam-se os

coeficientes e após o produto dos coeficientes escre-vem-se as letras em ordem alfabética, dando a cada letra o novo expoente igual à soma de todos os expoen-tes dessa letra e repetem-se em forma de produto as letras que não são comuns aos dois monômios.

Exemplos: 1) 2x

4 y

3 z . 3xy

2 z

3 ab = 2.3 .x

4+1 . y

3+2. z

1+3.a.b =

6abx5y5z4

2) –3a2bx . 5ab= –3.5. a

2+1.b

1 +1. x = –15a3b2 x

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 39

Exercícios: Efetuar as multiplicações.

1) 2x2 yz . 4x

3 y

3 z =

2) –5abx3

. 2a2 b

2 x

2 =

Respostas: 1) 8x

5 y

4 z

2 2) –10a

3 b

3 x

5

EQUAÇÕES DO 1.º GRAU Equação: É o nome dado a toda sentença algébrica

que exprime uma relação de igualdade. Ou ainda: É uma igualdade algébrica que se verifica

somente para determinado valor numérico atribuído à variável. Logo, equação é uma igualdade condicional.

Exemplo: 5 + x = 11

↓ ↓ 1

0.membro 2

0.membro

onde x é a incógnita, variável ou oculta.

Resolução de equações Para resolver uma equação (achar a raiz) seguire-

mos os princípios gerais que podem ser aplicados numa igualdade.

Ao transportar um termo de um membro de uma i-gualdade para outro, sua operação deverá ser invertida.

Exemplo: 2x + 3 = 8 + x

fica assim: 2x – x = 8 – 3 = 5 ⇒ x = 5 Note que o x foi para o 1.º membro e o 3 foi para o

2.º membro com as operações invertidas. Dizemos que 5 é a solução ou a raiz da equação, di-

zemos ainda que é o conjunto verdade (V). Exercícios Resolva as equações : 1) 3x + 7 = 19 2) 4x +20=0 3) 7x – 26 = 3x – 6 Respostas: 1) x = 4 ou V = {4} 2) x = –5 ou V = {–5} 3) x = 5 ou V = {5}

EQUAÇÕES DO 1.º GRAU COM DUAS VARIÁVEIS OU SISTEMA DE EQUAÇÕES LINEARES

Resolução por adição.

Exemplo 1:

=−

=+

II- 1 y x

I - 7 y x

Soma-se membro a membro. 2x +0 =8 2x = 8

2

8x =

x = 4 Sabendo que o valor de x é igual 4 substitua este va-

lor em qualquer uma das equações ( I ou II ), Substitui em I fica:

4 + y = 7 ⇒ y = 7 – 4 ⇒ y = 3

Se quisermos verificar se está correto, devemos

substituir os valores encontrados x e y nas equações x + y = 7 x – y = 1 4 +3 = 7 4 – 3 = 1 Dizemos que o conjunto verdade: V = {(4, 3)}

Exemplo 2 :

=+

=+

II- 8 y x

I - 11 y 2x

Note que temos apenas a operação +, portanto de-

vemos multiplicar qualquer uma ( I ou II) por –1, esco-lhendo a II, temos:

−=−

=+→

=+

=+

8 y x -

11 y 2x

1)- ( . 8 y x

11 y 2x

soma-se membro a membro

3x

30x

8- y - x -

11 y 2x

=

=+

+

=

=+

Agora, substituindo x = 3 na equação II: x + y = 8, fica

3 + y = 8, portanto y = 5 Exemplo 3:

ΙΙ=

Ι=+

- 2 y -3x

- 18 2y 5x

neste exemplo, devemos multiplicar a equação II por

2 (para “desaparecer” a variável y).

=−

=+⇒

=

=+

426

1825

.(2) 2 y -3x

18 2y 5x

yx

yx

soma-se membro a membro: 5x + 2y = 18 6x – 2y = 4

11x+ 0=22 ⇒ 11x = 22 ⇒ x = 11

22 ⇒ x = 2

Substituindo x = 2 na equação I: 5x + 2y = 18 5 . 2 + 2y = 18 10 + 2y = 18 2y = 18 – 10 2y = 8

y = 2

8

y =4 então V = {(2,4)} Exercícios. Resolver os sistemas de Equação Linear:

1)

=+

=−

16yx5

20yx7 2)

=−

=+

2y3x8

7yx5 3)

=−

=−

10y2x2

28y4x8

Respostas: 1) V = {(3,1)} 2) V = {(1,2)} 3) V {(–3,2 )}

INEQUAÇÕES DO 1.º GRAU Distinguimos as equações das inequações pelo sinal,

na equação temos sinal de igualdade (=) nas inequa-ções são sinais de desigualdade.

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 40

> maior que, ≥ maior ou igual, < menor que , ≤ menor ou igual Exemplo 1: Determine os números naturais de modo

que 4 + 2x > 12. 4 + 2x > 12 2x > 12 – 4

2x > 8 ⇒ x > 2

8 ⇒ x > 4

Exemplo 2: Determine os números inteiros de modo

que 4 + 2x ≤ 5x + 13 4+2x ≤ 5x + 13 2x – 5x ≤ 13 – 4

–3x ≤ 9 . (–1) ⇒ 3x ≥ – 9, quando multiplicamos por (-1), invertemos o sinal dê desigualdade ≤ para ≥, fica:

3x ≥ – 9, onde x ≥ 3

9−ou x ≥ – 3

Exercícios. Resolva: 1) x – 3 ≥ 1 – x, 2) 2x + 1 ≤ 6 x –2 3) 3 – x ≤ –1 + x Respostas: 1) x ≥ 2 2) x ≥ 3/4 3) x ≥ 2

PRODUTOS NOTÁVEIS

1.º Caso: Quadrado da Soma (a + b)

2 = (a+b). (a+b)= a

2 + ab + ab + b

2

↓ ↓ 1.º 2.º ⇒ a

2 + 2ab +b

2

Resumindo: “O quadrado da soma é igual ao qua-

drado do primeiro mais duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o quadrado do 2.º.

Exercícios. Resolver os produtos notáveis 1)(a+2)

2 2) (3+2a)

2 3) (x

2+3a)

2

Respostas: 1.º caso 1) a

2 + 4a + 4 2) 9 + 12a + 4a

2

3) x4 + 6x

2a + 9a

2

2.º Caso : Quadrado da diferença (a – b)

2 = (a – b). (a – b) = a

2 – ab – ab - b

2

↓ ↓ 1.º 2.º ⇒ a

2 – 2ab + b

2

Resumindo: “O quadrado da diferença é igual ao

quadrado do 1.º menos duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o quadrado do 2.º.

Exercícios. Resolver os produtos notáveis: 1) (a – 2)

2 2) (4 – 3a)

2 3) (y

2 – 2b)

2

Respostas: 2.º caso 1) a

2 – 4a +4 2) 16 – 24a + 9a

2

3) y4 – 4y

2b

+ 4b

2

3.º Caso: Produto da soma pela diferença (a – b) (a + b) = a

2 – ab + ab +b

2 = a

2 – b

2

↓ ↓ ↓ ↓ 1.º 2.º 1.º 2.º

Resumindo: “O produto da soma pela diferença é igual ao quadrado do 1.º menos o quadrado do 2.º.

Exercícios. Efetuar os produtos da soma pela dife-

rença: 1) (a – 2) (a + 2) 2) (2a – 3) (2a + 3) 3) (a

2 – 1) (a

2 + 1)

Respostas: 3.º caso 1) a

2 – 4 2) 4a

2 – 9

3) a4 – 1

FATORAÇÃO ALGÉBRICA

1.º Caso: Fator Comum Exemplo 1: 2a + 2b: fator comum é o coeficiente 2, fica: 2 .(a+b). Note que se fizermos a distributiva voltamos

no início (Fator comum e distributiva são “operações inversas”)

Exercícios. Fatorar: 1) 5

a + 5 b 2) ab + ax 3) 4ac + 4ab

Respostas: 1.º caso 1) 5 .(a +b ) 2) a. (b + x) 3) 4a. (c + b) Exemplo 2: 3a

2 + 6a: Fator comum dos coeficientes (3, 6) é 3,

porque MDC (3, 6) = 3. O m.d.c. entre: “a e a

2 é “a” (menor expoente), então

o fator comum da expressão 3a2 + 6a é 3a. Dividindo

3a2: 3a = a e 6

a : 3 a = 2, fica: 3a. (a + 2).

Exercícios. Fatorar: 1) 4a

2 + 2a 2) 3ax + 6a

2y 3) 4a

3 + 2a

2

Respostas: 1.º caso 1) 2a .(2a + 1) 2) 3a .(x + 2ay) 3) 2a

2 (2a + 1)

2.º Caso: Trinômio quadrado perfeito (É a “ope-

ração inversa” dos produtos notáveis caso 1) Exemplo 1 a

2 + 2ab + b

2 ⇒ extrair as raízes quadradas do ex-

tremo 2a + 2ab + 2b ⇒ 2a = a e 2b = b e o

termo do meio é 2.a.b, então a2

+ 2ab + b2

= (a + b)2

(quadrado da soma). Exemplo 2: 4a

2 + 4a + 1 ⇒ extrair as raízes dos extremos

2a4 + 4a + 1 ⇒ 2a4 = 2a , 1 = 1 e o termo cen-

tral é 2.2a.1 = 4a, então 4a2 + 4a + 1 = (2a + 1)

2

Exercícios Fatorar os trinômios (soma) 1) x

2 + 2xy + y

2 2) 9a

2 + 6a + 1

3) 16 + 8a + a2

Respostas: 2.º caso 1) (x + y)

2

Page 115: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 41

2) (3a + 1)2

3) (4 + a)2

Fazendo com trinômio (quadrado da diferença) x

2 – 2xy + y

2, extrair as raízes dos extremos

2x = x e 2y = y, o termo central é –2.x.y, então:

x2 – 2xy + y

2 = (x – y)

2

Exemplo 3: 16 – 8a + a

2, extrair as raízes dos extremos

16 = 4 e 2a = a, termo central –2.4.a = –8a,

então: 16 – 8a + a2 = (4 – a)

2

Exercícios Fatorar: 1) x

2 – 2xy + y

2 2) 4 – 4a + a

2 3) 4a

2 – 8a + 4

Respostas: 2.º caso 1) (x – y)

2

2) (2 – a)2 3) (2a – 2)

2

3.º Caso: (Diferença de dois quadrados) (note que

é um binômio) Exemplo 1

a2

– b2, extrair as raízes dos extremos 2a = a e

2b = b, então fica: a2

– b2 = (a + b) . (a – b)

Exemplo 2:

4 – a2

, extrair as raízes dos extremos 4 = 2, 2a

= a, fica: (4 – a2) = (2 – a). (2+ a)

Exercícios. Fatorar: 1) x

2 – y

2 2) 9 – b

2 3) 16x

2 – 1

Respostas: 3.º caso 1) (x + y) (x – y) 2) (3 + b) (3 – b) 3) (4x + 1) (4x – 1)

EQUAÇÕES FRACIONÁRIAS São Equações cujas variáveis estão no denominador

Ex: x

4 = 2,

x

1 +

x2

3 = 8, note que nos dois exem-

plos x ≠ 0, pois o denominador deverá ser sempre dife-rente de zero.

Para resolver uma equação fracionária, devemos a-

char o m.m.c. dos denominadores e multiplicamos os dois membros por este m.m.c. e simplificamos, temos então uma equação do 1.º grau.

Ex: x

1 + 3 =

2

7, x ≠ 0, m.m.c. = 2x

2x . x

1+3 =

2

7 . 2x

x

x2+ 6x =

2

x14 , simplificando

2 + 6x = 7x ⇒ equação do 1.º grau. Resolvendo temos: 2 = 7x – 6x 2 = x ou x = 2 ou V = { 2 }

Exercícios Resolver as equações fracionárias:

1) 0 xx2

3

2

1

x

3≠=+

2) 0 xx2

51

x

1≠=+

Respostas: Equações: 1) V = {–3} 2) V = { 23 }

RADICAIS

416,39,11,24 ==== , etc., são raízes exa-

tas são números inteiros, portanto são racionais: 2 =

1,41421356..., 3 = 1,73205807..., 5 =

2,2360679775..., etc. não são raízes exatas, não são números inteiros. São números irracionais. Do mesmo

modo 3 1 = 1, 283 = , 3273 = , 4643 = ,etc., são

racionais, já 3 9 = 2,080083823052.., 3 20 =

2,714417616595... são irracionais.

Nomes: ban = : n = índice; a = radicando = sinal

da raiz e b = raiz. Dois radicais são semelhantes se o índice e o radicando forem iguais.

Exemplos:

1) 2- ,23 ,2 são semelhantes observe o n = 2

“raiz quadrada” pode omitir o índice, ou seja, 552 =

2) 333 72 ,7 ,75 são semelhantes

Operações: Adição e Subtração Só podemos adicionar e subtrair radicais semelhan-

tes. Exemplos:

1) ( ) 262523252223 =+−=+−

2) ( ) 33333 696735676365 =+−=+−

Multiplicação e Divisão de Radicais Só podemos multiplicar radicais com mesmo índice e

usamos a propriedade: nnn abba =⋅

Exemplos

1) 242 . 222 ===⋅

2) 124 . 343 ==⋅

3) 3279 . 393 3333 ===⋅

4) 3333 204 . 545 ==⋅

5) 906 . 5 . 3653 ==⋅⋅

Exercícios Efetuar as multiplicações

1) 83 ⋅ 2) 55 ⋅ 3) 333 546 ⋅⋅

Respostas: 1) 24 2) 5 3) 3 120

Page 116: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 42

Para a divisão de radicais usamos a propriedade

também com índices iguais b:ab:ab

a==

Exemplos:

1) 392:182:182

18====

2) 210:2010:2010

20===

3) 33333

3

35:155:155

15===

Exercícios. Efetuar as divisões

1) 3

6 2)

3

3

2

16 3)

6

24

Respostas: 1) 2 2) 2 3) 2 Simplificação de Radicais

Podemos simplificar radicais, extraindo parte de raí-

zes exatas usando a propriedade n na simplificar índice

com expoente do radicando. Exemplos:

1)Simplificar 12 decompor 12 em fatores primos: 12 2

6 2 323232122 22 =⋅=⋅=

3 3 1

2) Simplificar 32 , decompondo 32 fica:

32 2 16 2 8 2 4 2 2 2

2422222222232 2 22 222 =⋅⋅=⋅⋅=⋅⋅=

3) Simplificar 3 128 , decompondo fica:

128 2 64 2 32 2 16 2 8 2 4 2 2 2 1 fica

3333 33 33 333 24222222222128 =⋅⋅=⋅⋅=⋅⋅=

Exercícios Simplificar os radicais:

1) 20 2) 50 3) 3 40

Respostas: 1) 52 2) 25 3) 2. 3 5

Racionalização de Radiciação Em uma fração quando o denominador for um radical

devemos racionalizá-lo. Exemplo:3

2 devemos multipli-

car o numerador e o denominador pelo mesmo radical do denominador.

3

32

9

32

33

32

3

3

3

2==

⋅=⋅

3

2 e

3

32são frações equivalentes. Dizemos que

3 é o fator racionalizante.

Exercícios Racionalizar:

1) 5

1 2)

2

2 3)

2

3

Respostas: 1) 5

5 2) 2 3)

2

6

Outros exemplos: 3 2

2 devemos fazer:

33

3 3

3

3 21

3 2

3 2

3 2

3 14

2

42

2

42

22

22

2

2

2

2===

⋅=⋅

Exercícios. Racionalizar:

1) 3 4

1 2)

3 22

3 3)

3

3

3

2

Respostas: 1) 4

163

2) 2

233

3) 3

183

EQUAÇÕES DO 2.º GRAU Definição: Denomina-se equação de 2.º grau com

variável toda equação de forma: ax

2 + bx + c = 0

onde : x é variável e a,b, c ∈ R, com a ≠ 0. Exemplos: 3x

2 - 6x + 8 = 0

2x2 + 8x + 1 = 0

x2 + 0x – 16 = 0 y

2 - y + 9 = 0

- 3y2 - 9y+0 = 0 5x

2 + 7x - 9 = 0

COEFICIENTE DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU Os números a, b, c são chamados de coeficientes da

equação do 2.º grau, sendo que: • a representa sempre o coeficiente do termo x

2.

• b representa sempre o coeficiente do termo x. • c é chamado de termo independente ou termo

constante. Exemplos: a)3x

2 + 4x + 1= 0 b) y

2 + 0y + 3 = 0

a =3,b = 4,c = 1 a = 1,b = 0, c = 3 c) – 2x

2 –3x +1 = 0 d) 7y

2 + 3y + 0 = 0

a = –2, b = –3, c = 1 a = 7, b = 3, c = 0

Page 117: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 43

Exercícios Destaque os coeficientes: 1)3y

2 + 5y + 0 = 0 2)2x

2 – 2x + 1 = 0

3)5y2 –2y + 3 = 0 4) 6x

2 + 0x +3 = 0

Respostas: 1) a =3, b = 5 e c = 0 2)a = 2, b = –2 e c = 1 3) a = 5, b = –2 e c =3 4) a = 6, b = 0 e c =3 EQUAÇÕES COMPLETAS E INCOMPLETAS Temos uma equação completa quando os

coeficientes a , b e c são diferentes de zero. Exemplos: 3x

2 – 2x – 1= 0

y2 – 2y – 3 = 0 São equações completas.

y2 + 2y + 5 = 0

Quando uma equação é incompleta, b = 0 ou c = 0,

costuma-se escrever a equação sem termos de coefici-ente nulo.

Exemplos: x

2 – 16 = 0, b = 0 (Não está escrito o termo x)

x2 + 4x = 0, c = 0 (Não está escrito o termo inde-

pendente ou termo constante) x

2 = 0, b = 0, c = 0 (Não estão escritos

o termo x e termo independente) FORMA NORMAL DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU ax

2 + bx + c = 0

EXERCÍCIOS Escreva as equações na forma normal: 1) 7x

2 + 9x = 3x

2 – 1 2) 5x

2 – 2x = 2x

2 + 2

Respostas: 1) 4x2 + 9x + 1= 0 2) 3x

2 – 2x –2 = 0

Resolução de Equações Completas Para resolver a equação do 2.º Grau, vamos utilizar a

fórmula resolutiva ou fórmula de Báscara. A expressão b

2 - 4ac, chamado discriminante de

equação, é representada pela letra grega ∆ (lê-se deita).

∆ = b2

- 4ac logo se ∆ > 0 podemos escrever:

a2b

x∆±−=

RESUMO NA RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 2.º GRAU

COMPLETA PODEMOS USAR AS DUAS FORMAS:

a2c a 42bb

x−±−=

ou ∆ = b2

- 4ac

a2b

x∆±−=

Exemplos: a) 2x

2 + 7x + 3 = 0 a = 2, b =7, c = 3

a2

c a 42bbx

−±−= ⇒

( ) ( )2 2

3 2 42

77x

⋅⋅−±+−=

( )4

24497x

−±+−= ⇒

( )4

257x

±+−=

( )4

57x

±+−= ⇒

2

-1

4

-2

4

57 ' x ==

+−=

3- 4

-12

4

57 " x ==

−−=

= 3- ,2

1S

ou b) 2x

2 +7x + 3 = 0 a = 2, b = 7, c = 3

∆ = b2 – 4.a. c

∆ =72

– 4 . 2 . 3 ∆ = 49 – 24 ∆ = 25

( )4

257x

±+−= ⇒

( )4

57x

±+−=

⇒ ‘2

-1

4

-2

4

57 ' x ==

+−= e

3- 4

-12

4

57 " x ==

−−=

= 3- ,2

1S

Observação: fica ao SEU CRITÉRIO A ESCOLHA

DA FORMULA. EXERCÍCIOS Resolva as equações do 2.º grau completa: 1) x2

– 9x +20 = 0 2) 2x

2 + x – 3 = 0

3) 2x2

– 7x – 15 = 0 4) x

2 +3x + 2 = 0

5) x2 – 4x +4 = 0

Respostas 1) V = { 4 , 5)

2) V = { 1, 2

3−}

3) V = { 5 , 2

3−}

4) V = { –1 , –2 } 5) V = {2} EQUAÇÃO DO 2.º GRAU INCOMPLETA Estudaremos a resolução das equações incompletas

do 2.º grau no conjunto R. Equação da forma: ax2

+ bx = 0 onde c = 0

Exemplo: 2x

2 – 7x = 0 Colocando-se o fator x em evidência

(menor expoente) x . (2x – 7) = 0 x = 0

ou 2x – 7 = 0 ⇒ x = 2

7

Page 118: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 44

Os números reais 0 e 2

7 são as raízes da equação

S = { 0 ; 2

7 )

Equação da forma: ax2

+ c = 0, onde b = 0 Exemplos a) x

2 – 81 = 0

x2

= 81→transportando-se o termo independente para o 2.º termo.

x = 81± →pela relação fundamental.

x = ± 9 S = { 9; – 9 } b) x

2 +25 = 0

x2

= –25

x = ± 25− , 25− não representa número real,

isto é 25− ∉ R

a equação dada não tem raízes em IR.

S = φ ou S = { } c) 9x

2 – 81= 0

9x2 = 81

x2 =

9

81

x2 = 9

x = 9±

x = ± 3 S = { ±3} Equação da forma: ax = 0 onde b = 0, c = 0 A equação incompleta ax = 0 admite uma única

solução x = 0. Exemplo: 3x

2 = 0

x2

= 3

0

x2

= 0

x2 = + 0

S = { 0 } Exercícios Respostas: 1) 4x

2 – 16 = 0 1) V = { –2, + 2}

2) 5x2 – 125 = 0 2) V = { –5, +5}

3) 3x2 + 75x = 0 3) V = { 0, –25}

Relações entre coeficiente e raízes

Seja a equação ax2 + bx + c = 0 ( a ≠ 0), sejam x’ e x”

as raízes dessa equação existem x’ e x” reais dos coeficientes a, b, c.

a2

b' x

∆+−= e

a2

b" x

∆−−=

RELAÇÃO: SOMA DAS RAÍZES

a2

b

a2

b" x ' x

∆−−+

∆+−=+ ⇒

a2

bb" x ' x

∆−−∆+−=+

a

b" x ' x

a2

b2" x ' x −=+⇒

−=+

Daí a soma das raízes é igual a -b/a ou seja, x’+ x” =

-b/a

Relação da soma:a

b" x ' x −=+

RELAÇÃO: PRODUTO DAS RAÍZES

a2

b

a2

b" x ' x

∆−−⋅

∆+−=⋅ ⇒

( ) ( )2a4

b b" x ' x

∆−−⋅∆+−=⋅

( )ca42b

2a4

2 2b

" x ' x ⋅⋅−=∆⇒∆−

=⋅ ⇒

−−

=⋅ 2a4

ac42b 2b" x ' x

⇒+−

=⋅ 2a4

ac4b 2b" x ' x

2

a

c " x ' x

2a4

ac4" x ' x =⋅⇒=⋅

Daí o produto das raízes é igual a a

c ou seja:

a

c " x ' x =⋅ ( Relação de produto)

Sua Representação: • Representamos a Soma por S

a

b " x ' x S −=+=

• Representamos o Produto pôr P a

c " x ' x P =⋅=

Exemplos: 1) 9x

2 – 72x +45 = 0 a = 9, b = –72, c = 45.

( )8

9

72

9

-72-

a

b" x ' x S ===−=+=

59

45

a

c " x ' x P ===⋅=

2) 3x

2 +21x – 24= 0 a = 3, b = 21,c = –24

( )7

3

21-

3

21-

a

b" x ' x S −===−=+=

( )8

3

24

3

24-

a

c " x ' x P −=

−=

+==⋅=

a = 4, 3) 4x

2 – 16 = 0 b = 0, (equação incompleta)

c = –16

04

0

a

b" ' ==−=+= xxS

( )4

4

16

4

16-

a

c " x ' x P −=

−=

+==⋅=

a = a+1 4) ( a+1) x

2 – ( a + 1) x + 2a+ 2 = 0 b = – (a+ 1)

Page 119: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 45

c = 2a+2

( )[ ]1

1a

1a

1a

1a--

a

b" x ' x S =

+

+=

+

+=−=+=

( )2

1a

1a2

1a

2a2

a

c " x ' x P =

+

+=

+

+==⋅=

Se a = 1 essas relações podem ser escritas:

1

b" x ' x −=+ b" x ' x −=+

1

c " x ' x =⋅ c " x ' x =⋅

Exemplo: x

2 –7x+2 = 0 a = 1, b =–7, c = 2

( )7

1

7--

a

b" x ' x S ==−=+=

21

2

a

c " x ' x P ===⋅=

EXERCÍCIOS Calcule a Soma e Produto 1) 2x

2 – 12x + 6 = 0

2) x2 – (a + b)x + ab = 0

3) ax2 + 3ax–- 1 = 0

4) x2 + 3x – 2 = 0

Respostas: 1) S = 6 e P = 3 2) S = (a + b) e P = ab

3) S = –3 e P = a

1−

4) S = –3 e P = –2

APLICAÇÕES DAS RELAÇÕES Se considerarmos a = 1, a expressão procurada é x

2

+ bx + c: pelas relações entre coeficientes e raízes temos:

x’ + x”= –b b = – ( x’ + x”) x’ . x” = c c = x’ . x” Daí temos: x

2 + bx + c = 0

REPRESENTAÇÃO Representando a soma x’ + x” = S Representando o produto x’ . x” = P E TEMOS A EQUAÇÃO: x

2 – Sx + P = 0

Exemplos: a) raízes 3 e – 4 S = x’+ x” = 3 + (-4) =3 – 4 = –1 P = x’ .x” = 3 . (–4) = –12 x – Sx + P = 0 x

2 + x – 12 = 0

b) 0,2 e 0,3

S = x’+ x” =0,2 + 0,3 = 0,5 P = x . x =0,2 . 0,3 = 0,06 x

2 – Sx + P = 0

x2 – 0,5x + 0,06 = 0

c) 2

5 e

4

3

S = x’+ x” =2

5 +

4

3=

4

13

4

310=

+

P = x . x = 2

5 .

4

3=

8

15

x2 – Sx + P = 0

x2 –

4

13x +

8

15 = 0

d) 4 e – 4 S = x’ +x” = 4 + (–4) = 4 – 4 = 0 P = x’ . x” = 4 . (–4) = –16 x

2 – Sx + P = 0

x2 –16 = 0

Exercícios Componha a equação do 2.º grau cujas raízes são:

1) 3 e 2 2) 6 e –5 3) 2 e 5

4−

4) 3 + 5 e 3 – 5 5) 6 e 0

Respostas: 1) x

2 – 5x+6= 0 2) x

2 – x – 30 = 0

3)x2 –

5

6x− –

5

8 = 0

4) x2 – 6x + 4 = 0 5) x

2 – 6x = 0

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Um problema de 2.º grau pode ser resolvido por meio de uma equação ou de um sistema de equações do 2.º grau.

Para resolver um problema do segundo grau deve-se

seguir três etapas: • Estabelecer a equação ou sistema de equações cor-

respondente ao problema (traduzir matemati-camente), o enunciado do problema para linguagem simbólica.

• Resolver a equação ou sistema • Interpretar as raízes ou solução encontradas

Exemplo: Qual é o número cuja soma de seu quadrado com

seu dobro é igual a 15? número procurado : x equação: x

2 + 2x = 15

Resolução: x

2 + 2x –15 = 0

∆ =b2 – 4ac ∆ = (2)

2 – 4 .1.(–15) ∆ = 4 + 60

∆ = 64

1 2

642x

±−=

2

82x

±−=

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 46

32

6

2

82' x ==

+−=

52

10

2

82" x −=

−=

−−=

Os números são 3 e – 5. Verificação: x

2 + 2x –15 = 0 x

2 + 2x –15 = 0

(3)2 + 2 (3) – 15 = 0 (–5)

2 + 2 (–5) – 15 = 0

9 + 6 – 15 = 0 25 – 10 – 15 = 0 0 = 0 0 = 0 ( V ) ( V ) S = { 3 , –5 }

RESOLVA OS PROBLEMAS DO 2.º GRAU:

1) O quadrado de um número adicionado com o quá-druplo do mesmo número é igual a 32.

2) A soma entre o quadrado e o triplo de um mesmo número é igual a 10. Determine esse número.

3) O triplo do quadrado de um número mais o próprio número é igual a 30. Determine esse numero.

4) A soma do quadrado de um número com seu quín-tuplo é igual a 8 vezes esse número, determine-o.

Respostas: 1) 4 e – 8 2) – 5 e 2

3) 310− e 3 4) 0 e 3

TESTES DE MATEMÁTICA

PROVA SIMULADA I

Exercícios sobre conjuntos 1. Assinale a FALSA: a) Ø Ì{3} b) {3}Ì{3} c) Ø Ï{3} d) 3 Î{3} e) 3 = {3} 02. (PUC) Para os conjuntos A = {a} e B = {a, {A}} podemos afirmar: a) B Ì A b) A = B c) A ÎB d) a = A e) {A}ÎB 03. (FATEC) Sendo A = {2, 3, 5, 6, 9, 13} e B = {ab | a ÎA, b ÎA e a ¹ b}, o número de elementos de B que são números pares é: a) 5 b) 8 c) 10 d) 12 e) 13 04. (UnB) Dado o conjunto {a, b, c, d, e, f, g} o número máxi-mo de subconjuntos distintos é: a) 21 b) 128 c) 64 d) 32 e) 256

05. (FEI) Se n é o número de subconjuntos não-vazios do conjunto formado pelos múltiplos estritamente positivos de 5, menores do que 40, então o valor de n é: a) 127 b) 125 c) 124 d) 120 e) 110 06. No último clássico Corinthians x Flamengo, realizado em São Paulo, verificou-se que só foram ao estádio paulistas e cariocas e que todos eles eram só corintianos ou só flamen-guistas. Verificou-se também que, dos 100.000 torcedores, 85.000 eram corintianos, 84.000 eram paulistas e que apenas 4.000 paulistas torciam para o Flamengo. Pergunta-se: a) Quantos paulistas corintianos foram ao estádio? b) Quantos cariocas foram ao estádio? c) Quantos não-flamenguistas foram ao estádio? d) Quantos flamenguistas foram ao estádio? e) Dos paulistas que foram ao estádio, quantos não eram flamenguistas? f) Dos cariocas que foram ao estádio, quantos eram corintia-nos? g) Quantos eram flamenguistas ou cariocas? h) Quantos eram corintianos ou paulistas? i) Quantos torcedores eram não-paulistas ou não-flamenguistas? 07. (ESAL) Foi consultado um certo número de pessoas so-bre as emissoras de TV que habitualmente assistem. Obteve-se o resultado seguinte: 300 pessoas assistem ao canal A, 270 pessoas assistem o canal B, das quais 150 assistem ambos os canais A e B e 80 assistem outros canais distintos de A e B. O número de pessoas consultadas foi: a) 800 b) 720 c) 570 d) 500 e) 600 08. (UF - Uberlândia) Num grupo de estudantes, 80% estu-dam Inglês, 40% estudam Francês e 10% não estudam ne-nhuma dessas duas línguas. Nesse grupo, a porcentagem de alunos que estudam ambas as línguas é: a) 25% b) 50% c) 15% d) 33% e) 30% 09. (VUNESP) Uma população utiliza 3 marcas diferentes de detergente: A, B e C. Feita uma pesquisa de mercado colhe-ram-se os resultados tabelados abaixo:

Marcas A B C A e B

A e C

B e C

A, B e C

Nenhuma delas

Número de Consumidores

109 203 162 25 28 41 5 115

Pode-se concluir que o número de pessoas que consomem ao menos duas marcas é: a) 99 b) 94 c) 90 d) 84 e) 79 10. (UF - Viçosa) Fez-se em uma população, uma pesquisa

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 47

de mercado sobre o consumo de sabão em pó de três mar-cas distintas A, B e C. Em relação à população consultada e com o auxílio dos resultados da pesquisa tabelados abaixo:

Marcas A B C A e B

A e C

B e C

A, B e C

Nenhuma delas

Número de Consumidores

109 203 162 25 28 41 5 115

Determine: a) O número de pessoas consultadas. b) O número de pessoas que não consomem as marcas A ou C. c) O número de pessoas que consomem pelo menos duas marcas. d) A porcentagem de pessoas que consomem as marcas A e B mas não consomem a marca C. e) A porcentagem de pessoas que consomem apenas a mar-ca C. Resolução:

01. E 02. E 03. C 04. B 05. A

06. a) 80.000 b) 16.000 c) 85.000 d) 15.000 e) 80.000 f) 5.000 g) 20.000 h) 89.000 i) 96.000 07. D 08. E 09. D 10. a) 500 b) 257 c) 84 d) 4% e) 19,6%

PROVA SIMULADA II

Exercícios sobre potenciação

Questões: 01. Calcular: 2

3; (-2)

3; ; -2

3

02. Calcular: (0,2)

4; (0,1)

3

03. Calcular: 2

-3; (-2)

-3; -2

-3

04. O valor da expressão (-1)0 + (-6) : (-2) – 24

é: a) 20 b) -12 c) 19,5 d) 12 e) 10

05. (USF) Dadas as expressões A = -a2 – 2a + 5 e B = b2 + 2b + 5: a) Se a = 2 e b = -2, então A = B; b) Se a = 2 e b = 2, então A = B; c) Se a = -2 e b = -2, então A = B;

d) Se a = -2 e b = 2, então A = B; e) Se a = -2 e b = 2, então A = B.

06. (UFSM) Números que assustam: * 5,68 bilhões de pessoas vivem hoje no planeta.

* 5,7 bilhões de pessoas eram estimadas para viver no planeta hoje.

* 90 milhões nascem a cada ano. * 800 milhões passam fome. * 8,5 é a média de filhos por mulher em Ruanda. * 1,4% da renda mundial está nas mãos dos 20%

mais pobres. * 35 milhões de pessoas migraram do hemisfério Sul

para o Norte nas últimas três décadas. (Fonte: ONU)

De acordo com o texto, os números que representam a quan-tidade de pessoas que vivem no planeta, nasce a cada ano e passa fome são, respectivamente:

a) 568 . 109; 9 . 10

6; 8 . 10

6

b) 5,68 . 106; 9 . 10

6; 8 . 10

6

c) 568 . 107; 9 . 10

7; 80 . 10

7

d) 56,8 . 109; 90 . 10

9; 8 . 10

9

e) 568 . 108; 90 . 10

6; 80 . 10

6

07. (FATEC) Das três sentenças abaixo:

I. 2x+3

= 2x . 23

II. (25)

x = 5

2x

III. 2x + 3

x = 5

x

a) somente a I é verdadeira; b) somente a II é verdadeira; c) somente a III é verdadeira; d) somente a II é falsa; e) somente a III é falsa.

08. Simplificando a expressão [29 : (22 . 2)3]-3, obtém-se:

a) 236

b) 2

-30

c) 2-6

d) 1 e) a

09. Se 5

3a = 64, o valor de 5

-a é:

a) –1/4 b) 1/40 c) 1/20 d) 1/8 e) ¼

10. (FUVEST) O valor de (0,2)3 + (0,16)2 é:

a) 0,0264 b) 0,0336 c) 0,1056 d) 0,2568 e) 0,6256

Resolução: 01. 23

= 8; (-2)3 = -8; -2

3 = -8

02. (0,2)

4 = 0,0016; (0,1)

3 = 0,001

03. 2-3

= 0,125; (-2)-3

= -0,125; -2-3

= -0,125 04 - A 05 - C 06 - C 07 - E 08 - B 09 - E 10 - D

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 48

PROVA SIMULADA III

Exercícios sobre radiciação

Questões:

a) -0,1 b) -1,7 c) -17 d) 0,1 e) 1,7

a) 0,4 b) 2,5 c) a d) 1,5 e) 1

a) 43 b) 25 c) 11 d) 36 e) 17 Resolução: 01.

02.

03.

04.

05.

06. A 07. B 08. B 09. A

PROVA SIMULADA IV

Exercícios sobre razão e proporção

Questões: 01. Se (3, x, 14, ...) e (6, 8, y, ...) forem grandezas diretamen-te proporcionais, então o valor de x + y é: a) 20 b) 22 c) 24 d) 28 e) 32 02. Calcular x e y sabendo-se que (1, 2, x, ...) e (12, y, 4, ...) são grandezas inversamente proporcionais. 03. Dividir o número 160 em três partes diretamente propor-cionais aos números 2, 3 e 5. 04. Repartir uma herança de R$ 495.000,00 entre três pes-soas na razão direta do número de filhos e na razão inversa das idades de cada uma delas. Sabe-se que a 1ª pessoa tem 30 anos e 2 filhos, a 2ª pessoa tem 36 anos e 3 filhos e a 3ª pessoa 48 anos e 6 filhos. 05. Dois números estão na razão de 2 para 3. Acrescentan-do-se 2 a cada um, as somas estão na razão de 3 para 5. Então, o produto dos dois números é: a) 90 b) 96 c) 180 d) 72 e) -124 06. (PUC) Se (2; 3; x; ...) e (8; y; 4; ...) forem duas sucessões de números diretamente proporcionais, então: a) x = 1 e y = 6 b) x = 2 e y = 12 c) x = 1 e y = 12 d) x = 4 e y = 2 e) x = 8 e y = 12

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 49

07. Sabe-se que y é diretamente proporcional a x e que y = 10 quando x = 5. De acordo com estes dados, qual: a) a sentença que relaciona y com x? b) o gráfico da função f: [-2; 3] ® � definida pela sentença anterior? c) o valor de y quando x = 2? 08. (FUVEST) São dados três números reais, a < b < c. Sa-be-se que o maior deles é a soma dos outros dois e o menor é um quarto do maior. Então a, b e c são, respectivamente, proporcionais a: a) 1, 2 e 3 b) 1, 2 e 5 c) 1, 3 e 4 d) 1, 3 e 6 e) 1, 5 e 12 09. (MACK) Dividindo-se 70 em partes proporcionais a 2, 3 e 5, a soma entre a menor e a maior parte é: a) 35 b) 49 c) 56 d) 42 e) 28 10. (UFLA) Três pessoas montam uma sociedade, na qual cada uma delas aplica, respectivamente, R$ 20.000,00, R$ 30.000,00 e R$ 50.000,00. O balanço anual da firma acusou um lucro de R$ 40.000,00. Supondo-se que o lucro seja divi-dido em partes diretamente proporcionais ao capital aplicado, cada sócio receberá, respectivamente: a) R$ 5.000,00; R$ 10.000,00 e R$ 25.000,00 b) R$ 7.000,00; R$ 11.000,00 e R$ 22.000,00 c) R$ 8.000,00; R$ 12.000,00 e R$ 20.000,00 d) R$ 10.000,00; R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00 e) R$ 12.000,00; R$ 13.000,00 e R$ 15.000,00 Resolução: 01. E 02. x = 3 e y = 6 03. As partes são: 32, 48 e 80. 04. A 1ª pessoa deve receber R$ 120.000,00, a 2ª pessoa R$ 150.000,00 e a terceira pessoa R$ 225.000,00. 05. B 06. C 07. a) y = 2x

c) y = 4 08. C 09. B 10. Cvg

PROVA SIMULADA V

Exercícios sobre regra de três

Questões: 01. Uma gravura de forma retangular, medindo 20cm de largura por 35cm de comprimento, deve ser ampliada para 1,2m de largura. O comprimento correspondente será: a) 0,685m b) 1,35m c) 2,1m d) 6,85 e) 18m 02. Uma máquina varredeira limpa uma área de 5100m² em 3 horas de trabalho. Nas mesmas condições, em quanto tempo limpará uma área de 11900m²? a) 7 horas b) 5 horas c) 9 horas d) 4 horas e) 6h e 30min 03. Num acampamento avançado, 30 soldados dispõem de víveres para 60 dias. Se mais 90 soldados chegam ao acam-pamento, então, por quanto tempo o acampamento estará abastecido? 04. Um alfaiate pagou R$ 960,00 por uma peça de fazenda e R$ 768,00 por outra de mesma qualidade. Qual o comprimen-to de cada uma das peças, sabendo-se que a primeira tem 12m a mais do que a segunda? 05. De duas fontes, a primeira jorra 18l por hora e a segunda 80l. Qual é o tempo necessário para a segunda jorrar a mes-ma quantidade de água que a primeira jorra em 25 minutos? 06. (FAAP) Uma impressora a laser, funcionando 6 horas por dia, durante 30 dias, produz 150 000 impressões. Em quan-tos dias 3 dessas mesmas impressoras, funcionando 8 horas por dia, produzirão 100 000 impressões? a) 20

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 50

b) 15 c) 12 d) 10 e) 5 07. (PUCCAMP) Sabe-se que 5 máquinas, todas de igual eficiência, são capazes de produzir 500 peças em 5 dias, se operarem 5 horas por dia. Se 10 máquinas iguais às primei-ras operassem 10 horas por dia, durante 10 dias, o número de peças produzidas seria de: a) 1000 b) 2000 c) 4000 d) 5000 e) 8000 08. Empregaram-se 27,4kg de lã para fabricar 24m de tecido de 60cm de largura. Qual será o comprimento do tecido que se poderia fabricar com 3,425 toneladas de lã para se obter uma largura de 0,90m? 09. Uma destilaria abastece 35 bares, dando a cada um deles 12 litros por dia, durante 30 dias. Se os bares fossem 20 e se cada um deles recebesse 15 litros, durante quantos dias a destilaria poderia abastecê-los? 10. Uma família composta de 6 pessoas consome, em 2 dias, 3kg de pão. Quantos quilos serão necessários para alimentá-los durante 5 dias, estando ausentes 2 pessoas? a) 3 b) 2 c) 4 d) 6 e) 5 Resolução: 01. C 02. A 03. 15 dias 04. 60m e 48m 05. 5min 37,5seg 06. E 07. C 08. 2 000m 09. 42 dias 10. E

PROVA SIMULADA VI

Exercícios sobre juros e porcentagem

Questões: 01. Numa cidade de 50000 habitantes, 42000 têm menos de 40 anos de idade. Qual é a porcentagem dos que têm 40 anos ou mais? 02. Quais são os juros simples produzidos por um capital de R$ 7200,00 empregados a 10% ao ano, durante 5 anos? 03. A que taxa anual foi empregado o capital de R$ 108.000,00 que, em 130 dias, rendeu juros simples de R$

3.900,00? 04. Sabe-se que R$ 500,00 representam x% de R$ 2.500,00, que 12 gramas são y% de 96 gramas e que 1.200 m² equiva-lem a z% de 60km². Os valores de x, y e z são, respectiva-mente: a) 10, 12; 2 b) 20, 12,5; 0,2 c) 20; 12,5; 0,002 d) 2; 12; 0,002 e) 20; 12; 0,002 05. Em uma promoção numa revenda da carros, está sendo dado um desconto de 18% para pagamento à vista. Se um carro é anunciado por R$ 16.000,00, então o preço para pagamento à vista desse carro será: a) R$ 13.120,00 b) R$ 13.220,00 c) R$ 13.320,00 d) R$ 13.420,00 e) R$ 13.520,00 06. (PUC - RS) Se x% de y é igual a 20, então y% de x é igual a: a) 2 b) 5 c) 20 d) 40 e) 80 07. É correto afirmar que 5% de 8% de x é igual a: a) 0,04% de x b) 4% de x c) 40% de x d) 0,004% de x e) 0,4% de x 08. (VUNESP) Uma mercadoria teve seu preço acrescido de 10%. Tempos depois, esse novo preço sofreu um desconto de 10%. Denotando-se por pi o preço inicial e por pf o preço final da mercadoria, tem-se: a) pf = 101% pi b) pf = pi c) pf = 99,9% pi d) pf = 99% pi e) pf = 90% pi 09. Um vendedor ambulante vende vende seus produtos com lucro de 50% sobre o preço de venda. Então, seu lucro sobre o preço de custo é de: a) 10% b) 25% c) 33,333% d) 100% e) 120% 10. (UnB) Um capital aplicado, a juros simples, a uma taxa de 20% ao ano duplica em:

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 51

a) 24 anos b) 6 anos c) 12 anos d) 10 anos e) 5 anos Resolução: 01. 16% 02. Os juros produzidos são de R$ 3600,00. 03. A taxa é de 10% ao ano. 04. C 05. A 06. C 07. E 08. D 09. D 10. E

PROVA SIMULADA VI Exercícios sobre equação elementar

Questões: 01. A idade de dona Helena é igual à soma dos números de filhos e netos que ela tem. Cada um de seus filhos tem tantos filhos quantos são seus irmãos. Sabendo-se que dona Hele-na tem entre 70 e 85 anos, podemos concluir que sua idade, em anos, é: a) 72 b) 75 c) 78 d) 80 e) 81 02. Uma pessoa colocou, em três montes alinhados, a mes-ma quantidade de bolinhas. Em seguida, fez as seguintes operações: retirou de cada um dos montes laterais 3 bolinhas e colocou-as no monte do meio. Depois, retirou do monte do meio tantas bolinhas quantas ficaram no monte da esquerda. Desse modo, o monte do meio ficou com: a) 9 bolinhas; b) 15 bolinhas; c) um número par de bolinhas; d) tantas quantas em cada monte lateral; e) não se pode determinar a quantidade, pois faltam dados. 03. Um estudante precisa de n dias para ler um livro de 270 páginas, lendo p páginas por dia. Se ele ler p + 15 páginas por dia, levará n – 3 dias na leitura. O valor de n + p é: a) 35 b) 39 c) 54 d) 42 e) 72 04. Na equação do 2º grau ax

2 + bx + c = 0, os números a e c

têm sinais contrários. Pode-se afirmar que: a) A equação tem duas raízes reais de sinais contrários. b) A equação tem duas raízes reais positivas. c) A equação tem duas raízes reais negativas. d) A equação pode não ter raízes reais.

e) n.d.a. 05. Uma equação do 2º grau, cujo conjunto-verdade é {a, -b}, é: a) 3x

2 + x – 2 = 0

b) 9x2 + 3x – 2 = 0

c) 9x2 – 3x + 2 = 0

d) 9x2 – 3x – 2 = 0

e) 2x2 – 9x – 3 = 0

06. A equação mx

2 + 4x + m = 0 não admite raízes reais se:

a) m = 0 b) –2 < m < 2 c) –4 < m < 4 d) m < -2 e m > 2 e) m < -2 ou m > 2 07. (UNICID) O valor de m, para que uma das raízes da e-quação x

2 + mx + 27 = 0 seja o quadrado da outra é:

a) -3 b) -9 c) -12 d) 3 e) 6 08. Qual é o número que se deve subtrair de cada fator do produto 5 x 8 para que esse produto diminua de 42? a) 6 ou 7 b) 2 ou -1 c) -20 ou 2 d) 3 ou -14 e) 4 ou 40 09. (PUC) Um professor propôs aos seus alunos a resposta de certa equação do 2° grau. Um dos alunos copiou errado apenas o coeficiente do termo do 1° grau e encontrou as raízes 1 e -3; outro, copiou errado apenas o termo constante, encontrando as raízes -2 e 4. Resolva a equação original, proposta por aquele professor. 10. (PUCCAMP) Se v e w são as raízes da equação x

2 + ax +

b = 0, onde a e b são coeficientes reais, então v2 + w

2 é igual

a: a) a

2 - 2b

b) a2 + 2b

c) a2 - 2b

2

d) a2 + 2b

2

e) a2 - b

2

Resolução: 01. E 02. A 03. B 04. A 05. B 06. E 07. C 08. A 09. V = {-1; 3} 10. A

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PROVA SIMULADA VIII

Exercícios sobre equação algébrica

Questões: 01. (VUNESP) Assinale a alternativa que indica o polinômio que possui os números 0 e 1 como raízes, sendo 0 uma raiz de multiplicidade 3: a) p(x) = x (x

3 - 1)

b) p(x) = x (x - 1)3

c) p(x) = x3 (x - 1)

d) p(x) = (x3 - x) (x - 1)

e) p(x) = x (x3 + x

2 - 2)

02. (PUCCAMP) Sabe-se que a equação 2x

3 + x

2 - 6x - 3 = 0

admite uma única raiz racional e não inteira. As demais raí-zes dessa equação são: a) inteiras e positivas; b) inteiras e de sinais contrários; c) não reais; d) irracionais e positivas; e) irracionais e de sinais contrários. 03. O polinômio de coeficientes inteiros, de menor grau pos-sível, que tem como raízes 2 e i, pode ser: a) x

3 - 2x

2 - x + 2

b) x2 + (2 - i) x - 2

c) x2 - (2 + i) x + 2i

d) x3 - 2x

2 + x - 2

e) x3 + x

2 - x - 2

04. (FUVEST) A equação x

3 + mx

2 + 2x + n = 0, em que m e

n são números reais, admite 1 + i (i sendo a unidade imaginá-ria) como a raiz. Então m e n valem, respectivamente: a) 2 e 2 b) 2 e 0 c) 0 e 2 d) 2 e -2 e) -2 e 0 05. Sabe-se que o número complexo i é solução da equa-ção x

4 - 3x

2 - 4 = 0. Então:

a) essa equação tem uma solução de multiplicidade 2; b) as soluções dessa equação formam uma progressão; c) a equação tem duas soluções reais irracionais; d) a equação tem 2 soluções reais racionais; e) a equação não tem soluções reais. 06. Determinar a sabendo-se que 2 é raiz da equação x

4 -

3x3 + 2x

2 + ax - 3 = 0.

07. Resolver a equação x

4 - 5x

2 - 10x - 6 = 0, sabendo-se que

duas de suas raízes são -1 e 3. 08. Resolver a equação x

3 - 3x

2 - x + 3 = 0, sabendo-se que a

soma de duas raízes é zero. 09. Sabendo-se que 1 é a raiz da equação x

3 - 2x

2 + ax + 6 =

0, determinar a e as demais raízes da equação.

10. Sendo P(x) um polinômio de 5° grau que satisfaz as con-dições 1 = P(1) = P(2) = P(3) = P(4) = P(5) = P(6) = 0, obter o conjunto-verdade da equação P(x) - 1 = 0 e o valor de P(0). Resolução: 01. C 02. E 03. D 04. E 05. D 06. a = 3/2 07. V = {-1; 3; -1 + 1; -1 - i} 08. O conjunto-verdade da equação é {-1; 1; 3} 09. a = -5 e as demais raízes são -2 e 3. 10. V = {1; 2; 3; 4; 5} e P(0) = 2

PROBABILIDADES

Introdução

Quando usamos probabilidades?

Ouvimos falar desse assunto em situações como: a pro-babilidade de ser sorteado, de acertar numa aposta, de um candidato vencer uma eleição, de acertar o resultado de um jogo etc. Portanto, usamos probabilidades em situações em que dois ou mais resultados diferentes podem ocorrer e não é possível saber, prever, qual deles realmente vai ocorrer em cada situação.

Ao lançarmos para o alto uma moeda e quisermos saber se o resultado é cara ou coroa, não podemos prever o resul-tado mas podemos calcular as chances de ocorrência de cada um. Este cálculo é a probabilidade de ocorrência de um resultado.

Por meio dos exemplos desta aula, você aprenderá o cál-culo de probabilidades.

EXEMPLO 1

Qual a chance de dar cara no lançamento de uma moe-da?

Solução:

Raciocinando matematicamente, os resultados cara e co-roa têm as mesmas chances de ocorrer. Como são duas possibilidades (cara ou coroa) podemos dizer que as chances de dar cara é de 1 para 2. Isto é o mesmo que dizer que a probabilidade de o resultado ser cara é ou 0,5 ou 50%.

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Neste exemplo calculamos intuitivamente a probabilidade de o resultado ser cara e você deve ter percebido que a pro-babilidade de dar coroa é a mesma, 50%.

No entanto, quando dizemos que a probabilidade é ½ ou 50% isso não significa que a cada 2 lançamentos um vai ser cara e o outro vai ser coroa. O fato de a probabilidade ser ½ ou 50% quer dizer apenas que as chances são iguais e que, se fizermos muitos lançamentos, é provável que aproxima-damente metade deles dê cara como resultado.

O conceito de probabilidade

EXEMPLO 2

O chefe de uma seção com 5 funcionários deu a eles 1 ingresso da final de um campeonato para que fosse sorteado. Após escreverem seus nomes em papéis idênticos, coloca-ram tudo num saco para fazer o sorteio. Qual a chance que cada um tem de ser sorteado?

Solução:

Os 5 funcionários têm todos a mesma chance de serem sorteados. No caso de Paulo, por exemplo, as chances de ser sorteado são de 1 para 5, ou 1/5. Então, podemos dizer que a chance, ou a probabilidade, de cada um deles ser sor-teado é de 1/5 , ou 0,2, ou ainda 20%.

EXEMPLO 3

No lançamento de um dado, qual a probabilidade de o re-sultado ser um número par?

Solução:

Para que o resultado seja par devemos conseguir:

Assim, temos 3 resultados favoráveis (2, 4 ou 6) em um total de 6 resultados possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6).

As chances de dar um resultado par são 3 num total de 6. Então, podemos dizer que a probabilidade de isso acontecer é 3/6 ou 1/2 .

Generalizando essa solução:

P (par) =

nº de resultados favoráveis a E =

6

3=

2

1=

50% nº total de resultados possí-veis

Onde P (par) significa probabilidade de o resultado ser par.

Nos três exemplos que acabamos de ver há dois ou mais resultados possíveis, todos com a mesma chance de ocorrer. A probabilidade de ocorrer um desses resultados ou um con-junto de resultados que satisfaçam uma condição ou exigên-cia E, é representado por p (E) e calculado por:

p (E) = nº de resultados favoráveis a E

nº total de resultados possí-veis

EXEMPLO 4

No Exemplo 2 da Aula 48 vimos que, num restaurante que prepara 4 pratos quentes, 2 saladas e 3 sobremesas diferen-tes, existem 24 maneiras diferentes de um freguês se servir de um prato quente, uma salada e uma sobremesa.

No Exemplo 3 daquela aula descobrimos que havia, den-tre os 24 cardápios possíveis, 6 cardápios econômicos. Qual a probabilidade de um freguês desavisado escolher uma das opções mais caras?

Solução:

Já sabemos que a probabilidade de escolher os mais ca-ros será:

p(mais caro) =

nº de cardápios mais caros nº de cardápios possí-veis

Se temos 6 opções econômicas num total de 24, temos 24 - 6 = 18 opções mais caras. Como o número de cardápios possíveis é 24, então:

p(mais caro) =54

18=

4

3= 0,75 = 75%

As chances de esse freguês escolher um dos cardápios mais caros é de 75%.

EXEMPLO 5

Numa urna estão 10 bolas de mesmo tamanho e de mesmo material, sendo 8 pretas e 2 brancas. Pegando-se uma bola qualquer dessa urna, qual a probabilidade de ela ser branca?

Solução:

p(branca) =

nº de bolas bran-cas =

10

2=

5

1= 20%

nº total de bolas

EXEMPLO 6

De um baralho normal de 52 cartas e mais 2 coringas reti-ramos uma das cartas ao acaso. Qual a probabilidade de:

a) ser um ás?

b) ser um coringa, em jogos que também consideram o 2 como coringa?

Solução:

O número total de cartas é 54 sendo que há 13 cartas (ás, 2 a 10, valete, dama, rei) de cada um dos 4 naipes (copas, ouro, paus e espadas) e 2 coringas.

a) p (ás) =

nº de ases existen-tes =

54

4= 0,07 =

7% nº total de cartas

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 54

b) Como as 4 cartas com nº 2 também são consideradas coringas, a probabilidade de tirar um coringa será:

p(coringa) =

nº de coringas =

54

6= 0,11 =

11% nº total de cartas

EXEMPLO 7

Em análise combinatoria, vimos que, com 6 homens e 3

mulheres, podemos formar 59C = 126 grupos de 5 pessoas e

56C = 6 grupos de 5 pessoas nos quais só escolhemos ho-

mens. Supondo que as chances de cada um dos grupos é a mesma, qual a probabilidade de escolher:

a) um grupo onde não há mulheres;

b) um grupo onde haja pelo menos uma mulher.

Solução:

a) p (não mulher) =126

6= 0,05 = 5%

b) p (pelo menos 1 mulher) =126

120= 0,95 = 95%

Os valores possíveis para as probabilidades

No Exemplo 7 os grupos contados em a) e em b) comple-tam todos os grupos possíveis (6 + 120 = 126). Portanto as

possibilidades somadas darão 126

6+

126

120=

126

126ou 100%

(5% + 95%).

Já sabemos que:

p (E) = nº de resultados favoráveis a E

nº total de resultados possíveis

A quantidade m será escolhida dentre as n existentes, por isso m deverá ser menor ou igual a n (m ≤ n) e a fração

n

mserá menor ou igual a 1: p (E) ≤1.

Caso a condição E exigida não possa ser cumprida, ou seja, se não houver nenhum resultado favorável a E, o núme-

ro m será zero e p (E) = n

m= 0

Percebemos ainda que a fração n

mserá sempre positiva

pois m e n são números naturais.

Assim, podemos concluir que:

0 ≤n

m≤ 1 ou 0 ≤ p (E) ≤ 1

EXEMPLO 8

Com os algarismos 1, 3 e 5 formamos todos os números de 3 algarismos possíveis. Dentre eles escolhemos um nú-mero, ao acaso.

a) Qual a probabilidade de escolher um número que seja múltiplo de 3?

b) Qual a probabilidade de o número escolhido ser par?

Solução:

O total de números formados por 3 algarismos é igual ao número de permutações possíveis com os algarismos 1, 3 e 5 em três posições, ou seja, 3! = 6.

a) Como a soma dos algarismos 1 + 3 + 5 é igual a 9, que é um múltiplo de 3, qualquer um dos números formados será múltiplo de 3. Assim, a probabilidade de isso ocorrer será:

P (múltiplo de 3) =6

6= 1

b) Como qualquer dos algarismos 1, 3 e 5 colocados no final do número formado gera um número ímpar, não forma-remos nenhum número par.

Assim, como a quantidade de casos favoráveis é zero, temos:

p (par) =6

0= 0

Um pouco de história

Os primeiros estudos envolvendo probabilidades foram motivados pela análise de jogos de azar. Sabe-se que um dos primeiros matemáticos que se ocupou com o cálculo das probabilidades foi Cardano (1501-1576). Data dessa época a expressão que utilizamos até hoje para o cálculo da probabi-lidade de um evento (número de casos favoráveis dividido pelo número de casos possíveis).

Com Fermat (1601-1665) e Pascal (1623-1662), a teoria das probabilidades começou a evoluir e ganhar mais consis-tência, passando a ser utilizada em outros aspectos da vida social, como, por exemplo, auxiliando na descoberta da vaci-na contra a varíola no século XVIII.

Atualmente, a teoria das probabilidades é muito utilizada em outros ramos da Matemática (como o Cálculo e a Estatís-tica), da Biologia (especialmente nos estudos da Genética), da Física (como na Física Nuclear), da Economia, da Socio-logia etc.

Exercícios

Exercício 1

De um baralho de 52 cartas é retirada uma carta ao aca-so.

a) Qual a probabilidade de a carta retirada ser um rei?

b) Qual a probabilidade de a carta retirada ser uma figura (valete, dama ou rei)?

Exercício 2

No lançamento de um dado, qual a probabilidade de o número obtido ser menor ou igual a 4?

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 55

Exercício 3

No lançamento de dois dados, um verde e outro verme-lho, qual é a probabilidade de que a soma dos pontos obtidos seja:

a) 7

b) 1

c) maior que 12

d) um número par

Exercício 4

Na Aula 48 vimos que na SENA existem 11.441.304.000 maneiras de escolher 6 números de 01 a 50. Se você apostar em 6 números, qual a probabilidade de sua aposta ser a sorteada?

Exercício 5

O que acontece se você apostar em 5 números de 01 a 100? Qual a probabilidade de você acertar a quina de núme-ros sorteada?

Exercício 6

Suponha que sejam iguais as chances de qualquer uma das placas novas para automóveis (3 letras e 4 números) ser escolhida para o seu automóvel.

Qual a probabilidade de você receber uma placa com as iniciais de seu nome em qualquer ordem?

Respostas:

1. a) 52

4=

13

1= 7,69%

b) 52

12=

3

2= 23%

2. 6

4=

13

1= 67%

3. a) 36

6=

6

1= 17%

b) 0

c) 0

d) 36

24= 67%

4. 01144130400

1= 0,000 000 000 087 =

0,000 000 0087%

5. 9034502400

1= 0,000 000 000 11 =

0,000 000 011%

6. 431026

3!=

175760000

6= 0,000 000 034 =

0,000 003 4%

Calculando probabilidades

Você já aprendeu que a probabilidade de um evento E é:

p (E) =

nº de resultados favoráveis a E nº total de resultados possí-veis

Iremos calcular a probabilidade de ocorrência de um e-vento e outro, bem como a ocorrência de um ou outro evento. Em muitas situações a ocorrência de um fato qualquer de-pende da ocorrência de um outro fato; nesse caso dizemos que são ocorrências dependentes. Em situações onde não há essa dependência, precisamos calcular probabilidades de duas situações ocorrerem ao mesmo tempo.

Para abordarmos situações como as que acabamos de descrever, utilizaremos vários exemplos durante esta aula. Leia-os com bastante atenção e procure refazer as soluções apresentadas.

Cálculo da probabilidade de ocorrência de um evento e de outro

EXEMPLO 1

Num grupo de jovens estudantes a probabilidade de que um jovem, escolhido ao acaso, tenha média acima de 7,0 é

5

1. Nesse mesmo grupo, a probabilidade de que um jovem

saiba jogar futebol é 6

5. Qual a probabilidade de escolher-

mos um jovem (ao acaso) que tenha média maior que 7,0 e saiba jogar futebol?

Solução:

O fato de ter média maior que 7,0 não depende do fato de saber jogar futebol, e vice-versa. Quando isso ocorre, dizemos que os eventos são inde-pendentes.

Considere então os eventos:

A: ter média acima de 7,0.

B: saber jogar futebol.

A e B: ter média acima de 7,0 e saber jogar futebol.

Como queremos calcular P (A e B), pense o seguinte: de

todos os jovens, 5

1têm média acima de 7,0 e

6

5 sabem jogar

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 56

futebol. Ora, 6

5 de

5

1, ou seja,

6

5 x

5

1=

6

1, sabem jogar

futebol e têm média acima de 7,0. Portanto, P (A e B) = 6

1 .

Repare que para encontrarmos P (A e B) efetuamos P (A) · P (B). Então, concluímos que, quando A e B são eventos independentes (não têm “nada a ver” um com o outro):

P (A e B) = P (A) · P (B)

EXEMPLO 2

Dos 30 funcionários de uma empresa, 10 são canhotos e 25 vão de ônibus para o trabalho. Escolhendo ao acaso um desses empregados, qual a probabilidade de que ele seja canhoto e vá de ônibus para o trabalho?

Solução:

Considere os eventos:

A : ser canhoto

B : ir de ônibus para o trabalho

É claro que A e B são eventos independentes, portanto um não depende em nada do outro. A probabilidade de os dois eventos (A e B) ocorrerem simultaneamente é calculada por P (A e B) = P (A) · P (B).

Calculando:

P (A) =30

10=

3

1

P (B) =30

25=

6

5

P (A e B) = P (A) · P (B) =3

1x

6

5=

18

5

A probabilidade de que ele seja canhoto e vá de ônibus

para o trabalho é de18

5.

EXEMPLO 3

Alguns atletas participam de um triathlon (prova formada por 3 etapas consecutivas: natação, corrida e ciclismo). A probabilidade de que um atleta escolhido ao acaso termine a

primeira etapa (natação) é 7

4 . Para continuar na competição

com a segunda etapa (corrida) o atleta precisa ter terminado a natação. Dos atletas que terminam a primeira etapa, a probabilidade de que um deles, escolhido ao acaso, termine a

segunda é 4

3. Qual a probabilidade de que um atleta que

iniciou a prova, e seja escolhido ao acaso, termine a primeira e a segunda etapas?

Solução:

A : terminar a 1ª etapa da prova (natação).

B : terminar a 2ª etapa da prova (corrida), tendo terminado a 1ª.

Note que A e B não são eventos independentes pois, para começar a 2ª etapa é necessário, antes, terminar a 1ª.

Nesse caso dizemos que a ocorrência do evento B de-pende (está condicionada) à ocorrência do evento A.

Utilizamos então a notação B/A, que significa a depen-dência dos eventos, ou melhor, que o evento B/A denota a ocorrência do evento B, sabendo que A já ocorreu. No caso deste exemplo, temos: B/A terminar a 2ª etapa (corrida), sabendo que o atleta terminou a 1ª etapa (natação).

E agora? Como calcular P (A e B)?

É simples: no lugar de usarmos P(B) na fórmula P(A e B) = P(A) · P(B), usaremos P(B/A) já que a ocorrência de B depende da ocorrência de A.

O enunciado deste problema nos diz que P(A)

=7

4P(B/A)=

4

3; assim,

P(A e B) = P(A) · P(B/A)= 7

4x

4

3=

7

3

A probabilidade de que um atleta, escolhido ao acaso,

termine a 1ª e a 2ª etapas é 7

3.

Quando A e B não são eventos independentes a probabi-lidade de ocorrência de A e B é calculada por:

P (A e B) = P (A) · P (B/A)

onde P (B/A) é a probabilidade de B, dado que A já ocor-reu.

EXEMPLO 4

No exame para tirar a carteira de motorista, a probabilida-

de de aprovação na prova escrita é 10

9 . Depois de ser apro-

vado na parte teórica, há uma prova prática de direção. Para os que já passaram no exame escrito, a probabilidade de

passar nessa prova prática é 3

2.

Qual a probabilidade de que, escolhido um candidato ao acaso, ele seja aprovado em ambas as provas escrita e práti-ca e tire a carteira de motorista?

Solução:

Considere os eventos:

A: aprovação na prova escrita.

B: aprovação na prova prática de direção.

Os eventos A e B não são independentes, pois é preciso ter aprovação na prova escrita e para fazer a prova prática de

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 57

direção. Como a ocorrência de B está condicionada à ocor-rência de A, criamos o evento:

B/A: ter aprovação na prova prática de direção, sabendo que o candidato foi aprovado na prova escrita.

Para calcular P(A e B), usamos: P(A e B) = P(A) · P(B/A)

Calculando:

P(A) =10

9

P(B/A) =3

2

P(A e B) =10

9x

3

2=

5

3

A probabilidade de passar na prova escrita e na prova de

direção é 5

3.

Cálculo da probabilidade de ocorrência de um evento ou outro

EXEMPLO 5

Na Copa América de 1995, o Brasil jogou com a Colôm-bia. No primeiro tempo, a seleção brasileira cometeu 10 fal-tas, sendo que 3 foram cometidas por Leonardo e outras 3 por André Cruz. No intervalo, os melhores lances foram repri-sados, dentre os quais uma falta cometida pelo Brasil, esco-lhida ao acaso. Qual a probabilidade de que a falta escolhida seja de Leonardo ou de André Cruz?

Solução:

Das 10 faltas, 3 foram de Leonardo e 3 de André Cruz. Portanto, os dois juntos cometeram 6 das 10 faltas do Brasil. Assim, a probabilidade de que uma das faltas seja a escolhi-

da dentre as 10 é 10

6 =

5

3.

Também podemos resolver este problema da se-guinte maneira:

• probabilidade de ser escolhida uma falta do Leonardo =

10

3 .

• probabilidade de ser escolhida uma falta do André Cruz =

10

3 .

• probabilidade de ser escolhida uma falta de um destes

dois jogadores= 10

3 +

10

3 =

10

6 =

5

3

.

Lembre-se de que qualquer uma das duas escolhas terá um resultado favorável.

Se A e B são os eventos (escolher uma falta de Leonardo ou escolher uma falta de André Cruz), estamos interessados na probabilidade do evento A ou B.

Temos então:

P(A ou B) = P(A) + P(B)

Note que isso vale porque uma falta não pode ser cometi-da pelos dois jogadores ao mesmo tempo, ou seja, o evento A e B é impossível.

EXEMPLO 6

Uma empresa que fabrica suco de laranja fez uma pes-quisa para saber como está a preferência do consumidor em relação ao seu suco e ao fabricado por seu principal concor-rente. Essa empresa é chamada SOSUMO, e seu concorren-te SUMOBOM. A pesquisa concluiu que dos 500 entrevista-dos, 300 preferiam o SUMOBOM, 100 consumiam os dois, 250 preferiam SOSUMO e 50

nenhum dos dois. Um dos entrevistados foi escolhido ao acaso. Qual a probabilidade de que ele seja:

a) consumidor de SOSUMO e SUMOBOM;

b) consumidor de SOSUMO ou SUMOBOM.

Solução:

a) De acordo com a pesquisa dos 500 entrevistados, 100 consomem os dois sucos. Logo, a probabilidade de que um entrevistado, escolhido ao acaso, consuma os dois sucos é:

500

100 =

5

1.

b) Usando o raciocínio do Exemplo 5, para saber a proba-bilidade da ocorrência de um evento ou outro, somamos as probabilidades de os dois eventos ocorrerem separadamente. Mas, neste exemplo, devemos tomar cuidado com o seguinte: existem pessoas que consomem os dois sucos indiferente-mente, compram o que estiver mais barato, por exemplo. Assim, não podemos contar essas pessoas (que consomem um e outro) duas vezes.

Observe que a soma dos resultados é maior que o número de entrevistados (300 + 100 + 200 + 50 = 650), ou seja, há pessoas que, apesar de preferi-rem um dos sucos, consomem os dois. Para faci-litar daremos nomes aos eventos:

A : preferir o SOSUMO

B: preferir o SUMOBOM

A e B: consumir SOSUMO e SUMOBOM

A ou B: consumir SOSUMO ou SUMOBOM

Repare que este ou quer dizer: apenas o SOSUMO ou apenas o SUMOBOM.

Fazendo P(A ou B) = P(A) + P(B) estamos contando duas vezes as pessoas que apesar de preferirem um dos sucos, consomem os dois. Logo, devemos

subtrair de P(A) + P(B) o resultado de P(A e B) para retirar a “contagem dobrada”.

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 58

Temos então:

P (A ou B) = P (A) + P (B) P (A e B)

Calculando:

P(A) =500

250=

2

1

P(B) =500

300=

5

3

P(A e B) =500

100 =

5

1

P(A ou B) =2

1+

5

3-5

1=

2

1+

5

2=

10

45 +=

10

9

A probabilidade de que o escolhido consuma um suco ou

outro é 10

9.

Observação

Em exemplos como o que acabamos de ver há outras so-luções possíveis.

Observe que o evento A ou B (consumir um suco ou ou-tro) deve incluir como casos favoráveis todas as pessoas que não fazem parte do grupo dos que não consomem esses dois sucos.

Sabíamos que dos 500 entrevistados, 50 pessoas consu-miam nenhum dos dois e a probabilidade de escolhermos

uma dessas pessoas ao acaso era 500

50, ou seja,

10

1 . As-

sim, podíamos concluir que a probabilidade de não fazer

parte desse grupo era 1 - 10

1 =

10

9, raciocinando por exclu-

são.

Exercícios propostos.

Exercício 1

Em uma cidade do interior do Brasil, a probabilidade de que um habitante escolhido ao acaso tenha televisão em

casa é 12

11. Já a probabilidade de esse habitante ser um

comerciante é 11

1. Escolhendo um habitante dessa cidade

ao acaso, qual a probabilidade de que ele tenha televisão em casa e seja comerciante?

Exercício 2

Alguns professores estão prestando concurso para dar aulas em uma escola.

Inicialmente, eles farão uma prova escrita e, depois de se-rem aprovados nessa prova, farão uma prova prática. Aquele que for aprovado na prova prática será contratado. Sabendo

que a probabilidade de aprovação na prova escrita é 4

1e de

aprovação na prova prática (depois de ser aprovado na escri-

ta) é 3

2, calcule a probabilidade de que um professor, esco-

lhido ao acaso, seja contratado.

Exercício 3

Em uma noite de sexta-feira, pesquisadores percorreram 500 casas perguntando em que canal estava ligada a televi-são. Desse modo, descobriram que em 300 casas assistiam ao canal VER-DE-PERTO, 100 viam o canal VERMELHOR e outras 100 casas não estavam com a TV ligada. Escolhida uma

das 500 casas, ao acaso, qual a probabilidade de que a TV esteja sintonizada no canal VER-DE-PERTO ou no canal VER-MELHOR?

Exercício 4

Dos 140 funcionários de uma fábrica, 70 preferem a mar-ca de cigarros FUMAÇA, 80 preferem TOBACO e 30 fumam ambas sem preferência.

Sabendo que 20 funcionários não fumam, calcule a pro-babilidade de que um funcionário, escolhido ao acaso:

a) fume FUMAÇA e TOBACO

b) fume FUMAÇA ou TOBACO

Exercício 5

Com as mesmas informações do exercício anterior, calcu-le a probabilidade de que um funcionário, escolhido ao acaso:

a) fume só FUMAÇA

b) fume só TOBACO

c) fume só FUMAÇA ou só TOBACO

d) não fume nenhuma das duas marcas de cigarro

e) não fume FUMAÇA

f) não fume TOBACO

Respostas

1. Eventos independentes: 12

1

2. Eventos dependentes: 6

1

3. 500

300+

500

100=

500

400=

5

4

4. a) P (A e B) = 140

30=

14

3

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 59

b) P (A ou B) = 140

503040 ++=

140

120=

7

6

5. a) 140

40=

7

2

b) 140

50=

14

5

c) 140

5040 +=

14

9

d) 140

20=

7

1

e) 140

2050 +=

140

70=

2

1

f) 140

2040 +=

140

60=

7

3

Fonte: http://www.bibvirt.futuro.usp.br

ESTATÍSTICA

ESTATÍSTICA DESCRITIVA

Estatística Descritiva é o nome dado ao conjunto de técnicas analíticas utilizado para resumir o conjunto de todos os dados coletados numa dada investigação a relativamente poucos números e gráficos. Ela envolve basicamente:

• Distribuição de Freqüência: É o conjunto das freqüências relativas observadas para um dado fenômeno estudado, sendo a sua representação gráfica o Histograma (diagrama onde o eixo horizontal representa faixas de valores da variá-vel aleatória e o eixo vertical representa a freqüência relati-va). Por uma conseqüência da Lei dos Grandes Números, quanto maior o tamanho da amostra, mais a distribuição de freqüência tende para a distribuição de probabilidade.

Testes de Aderência: São procedimentos para a identificação de uma distribuição de probabilidade a partir de um conjunto de freqüências usando a Lei dos Grandes Números. Essenci-almente, calcula-se a chance da diferença entre uma distribu-ição de freqüência observada e aquela que seria de se espe-rar a partir de uma determinada distribuição de probabilidade (geralmente a Curva Normal). Uma distribuição de freqüência pode ser tida como pertencente a um dado tipo de distribui-ção se o teste de aderência mostrar uma probabilidade de mais de 5% da diferença entre as duas ser devida ao acaso

Medidas da Tendência Central: São indicadores que permi-tem que se tenha uma primeira idéia, um resumo, de como se distribuem os dados de um experimento, informando o valor (ou faixa de valores) da variável aleatória que ocorre mais tipicamente. Ao todo, são os seguintes três parâmetros:

A idéia básica é a de se estabelecer uma descrição dos da-dos relativos a cada uma das variáveis, dados esses levanta-dos através de uma amostra.

• Média: É a soma de todos os resultados dividida pelo número total de casos, podendo ser considerada como um resumo da distribuição como um todo.

• Moda: É o evento ou categoria de eventos que ocorreu com maior freqüência, indicando o valor ou categoria mais provável.

• Mediana: É o valor da variável aleatória a partir do qual metade dos casos se encontra acima dele e metade se en-contra abaixo

Medidas de Dispersão: São medidas da variação de um con-junto de dados em torno da média, ou seja, da maior ou me-nor variabilidade dos resultados obtidos. Elas permitem se identificar até que ponto os resultados se concentram ou não ao redor da tendência central de um conjunto de observa-ções. Incluem a amplitude, o desvio médio, a variância, o desvio padrão, o erro padrão e o coeficiente de variação, cada um expressando diferentes formas de se quantificar a tendência que os resultados de um experimento aleatório tem de se concentrarem ou não em determinados valores (quanto maior a dispersao, menor a concentração e vice-versa).

A idéia básica é a de se estabelecer uma descrição dos da-dos relativos a cada uma das variáveis, dados esses levanta-dos através de uma amostra.

Fonte: http://www.vademecum.com.br/iatros/estdiscritiva.htm

DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA A primeira tarefa do estatístico é a coleta de dados. Tor-

na-se então necessário um pequeno planejamento, no qual se irá decidir:

• Quais são os dados a coletar?

• A coleta de dados será feita utilizando toda a população

ou recorrendo a amostragem?

• Onde serão coletados os dados? Que tipo de fonte será utilizada?

• Como organizar os dados?

Vejamos como essas questões são resolvidas numa situ-

ação prática: Exemplo 1: Um repórter do jornal A Voz da Terra foi des-

tacado para acompanhar a apuração de votos da eleição da diretoria do clube da cidade, à qual concorrem os candidatos A, B, C e D. O objetivo da pesquisa é a publicação da porcen-tagem de votos obtidos pelos candidatos.

O repórter já tem explícitas na proposta de trabalho que

recebeu algumas respostas para seu planejamento:

• os dados a coletar são os votos apurados;

• a população envolvida é o conjunto de todos os eleitores (não será utilizada amostragem, pois os eleitores serão consultados, através da votação);

• a coleta será direta, no local da apuração.

Falta resolver o último item do planejamento: como orga-

nizar os dados?

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 60

Os dados obtidos constituem os dados brutos. O repórter poderá recorrer a uma organização numérica simples, regis-trada através de símbolos de fácil visualização:

Agora, ele poderá fazer o rol desses dados, organizando-

os em ordem crescente (ou decrescente):

Candidatos Votos D B A C

9 11 14 16

Deste modo, ele terá iniciado o trabalho de tabulação dos

dados. Apesar de as anotações do repórter trazerem todas as in-

formações sobre os cinqüenta votos, provavelmente o jornal não irá publicá-los dessa forma. Ë mais provável que seja publicada uma tabela, com o número de votos de cada can-didato e a respectiva porcentagem de votos:

Candidatos Numero

de Votos % de votos

D B A C

9 11 14 16

18 22 28 32

Total 50 100 Este é um exemplo de distribuição por freqüência. VARIÁVEIS E FREQÜÊNCIAS No caso que estamos estudando, cada voto apurado pode

ser do candidato A, do B, do C ou do D. Como são cinqüenta os votantes, o número de votos de cada um pode assumir valores de 1 a 50. O número de votos varia. Ë uma variável.

O valor que representa um elemento qualquer de um con-

junto chama-se variável. No caso dos votos, a variável assume valores resultantes

de uma contagem de O a 50. Quando se tomam, nesse con-junto de valores, dois números consecutivos quaisquer, não é possível encontrar entre um e outro nenhum valor que a vari-ável possa assumir. Por exemplo, entre 20 e 21 não existe nenhum valor possível para a variável. Estamos, portanto, diante de uma variável discreta.

Uma tabela associa a cada observação do fenômeno es-

tudado o número de vezes que ele ocorre. Este número cha-ma-se freqüência.

Na tabela do exemplo dado, a freqüência de votos do

candidato A é 9, a do candidato B é 11, a do C é 14 e a do D é 16. Estas freqüências, representadas na segunda coluna, são as freqüências absolutas (F). Sua soma é igual a 50 que é o número total de observações. Na coluna “% de votos”, obtida a partir do cálculo de porcentagem de votos de cada candidato, estão representadas as freqüências relativas (Fr).

Candidato A 50

9 = 0,18 = 18%

Candidato B 50

11= 0,22 = 22%

Candidato C 50

14= 0,28 = 28%

Candidato D 50

16 = 0,32 = 32%

A freqüência relativa (Fr) ou freqüência porcentual (F%) é

a relação entre a freqüência absoluta e o número total de observações. Sua soma é 1 ou 100%:

0.18 + 0,22 + 0,28 + 0,32 = 1,00 18% + 22% + 28% + 32% = 100%

Exemplo 2: Dada a tabela abaixo, observe qual a variável e qual a freqüência absoluta e calcule as freqüências relati-vas.

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL — 1971 Faixa de renda Habitações Até 1 salário mínimo De 1 a 3 salários mínimos De 4 a 8 salários mínimos Mais de 8 salários mínimos

224 740 363 860 155 700

47 500 Total 791 800

Fonte: Brasil em dados. Apud: COUTINHO, M. 1. C. e CU-NHA,

S. E. Iniciação à Estatística. Belo Horizonte, Lê, 1979, p. 40.

Solução: A variável é a renda, em salários mínimos por

habitação. As freqüências absolutas são os dados da tabela: em 224 740 moradias a renda é de até 1 salário mínimo; em 363 860 é de 1 a 3 salários; em 155 700 está entre 4 e 8 salários; em 47 800 é maior que 8 salários mínimos. Para obter as freqüências relativas, devemos calcular as

porcentagens de cada faixa salarial, em relação ao total de dados:

até 1 salário mínimo 791800

224740= 0,28 = 28%

de 1 a 3 salários 791800

363860= 0,46 = 46%

de 4 a 8 salários 791800

155700= 0,20 = 20%

mais de 8 salários 791800

47500= 0,06 = 6%

Organizando os dados numa tabela:

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL — 1971 Faixa de renda F Fr(F%)

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 61

Até 1 salário mínimo De 1 a 3 salários mínimos De 4 a 8 salários mínimos Mais de 8 salários mínimos

224 740 363 860 155 700 47 500

28 46 20 6

Total 791 800 100 Observe que, nesse exemplo, a variável é uma medida:

quantos salários mínimos por habitação. Podemos encontrar salários correspondentes a qualquer fração do salário míni-mo. Entre dois valores quaisquer sempre poderá existir um outro valor da variável. Por exemplo, entre 1 e 2 salários poderá existir a renda de 1 salário e meio (1,5 salário); entre 1,5 e 2 poderá existir 1,7 salário etc. Trata-se então de uma variável contínua. Para representá-la na tabela houve neces-sidade de organizar as faixas de renda em classes.

Portanto, uma variável que pode teoricamente assumir

qualquer valor entre dois valores quaisquer é uma variável contínua. Caso contrário ela é discreta, como no exemplo 1. Em geral, medições dão origem a variável contínua, e conta-gens a variável discreta.

AGRUPAMENTO EM CLASSES Como vimos no exemplo 2, para representar a variável

contínua “renda” foi necessário organizar os dados em clas-ses.

O agrupamento em classes acarreta uma perda de infor-

mações, uma vez que não é possível a volta aos dados origi-nais, a partir da tabela. Quando isso se torna necessário, uma maneira de obter resultados aproximados é usar os pontos médios das classes.

Ponto médio de uma classe é a diferença entre o maior e

o menor valor que a variável pode assumir nessa classe. Esses valores chamam-se, respectivamente, limite superior e limite inferior da classe.

No exemplo que acabamos de estudar, na classe de 4 a 8

salários temos: • limite inferior: 4 salários — Li = 4

• limite superior: 8 salários — Ls = 8

• ponto médio: 2

68 += 6

2

Ls Li Pm

+=

O ponto médio da classe entre 4 e 8 salários é 6 salários

mínimos. A diferença entre os limites superior e inferior chama-se

amplitude da classe:

LiLsh −=

Nem sempre a amplitude é um número constante para to-

das as classes. Há casos em que a desigualdade das ampli-tudes de classe não prejudica, mas favorece a disposição do quadro de freqüência. Ë o que ocorre no exemplo 2, em que os salários acima de 8 mínimos foram agrupados em uma única classe, impedindo o aparecimento de freqüências muito baixas.

Exemplo 3: A partir das idades dos alunos de uma escola, fazer uma distribuição por freqüência, agrupando os dados em classes.

Idades (dados brutos):

8 8 7 6 9 9 7 8 10 10 12 15 13 12 11 11 9 7 8 6 5 10 6 9 8 6 7 11 9

Organizando o rol, temos:

5 6 6 6 6 7 7 7 7 8 8 8 8 8 9 9 9

9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 13 15 São 29 observações. As idades variam de 5 a 15 anos;

logo, o limite inferior da primeira classe é 5 e o limite superior da última classe é 15.

A diferença entre o Ls da última classe o Li da primeira

classe chama-se amplitude total da distribuição. A amplitude total é: 15 — 5 = 10 Organizando os dados, por freqüência, temos:

Idade F 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

1 4 4 5 5 3 3 2 1 - 1

Total 29 Estando os dados organizados nessa disposição, é fácil

agrupá-los em classes. Como a amplitude total é 10 e o número de observações

é pequeno, nossa melhor opção é amplitude h = 2, que nos dará cinco classes com amplitudes iguais a 2. h = 2 Classes F 5 7

7 9

9 11 11 13

13 15

5 9 8 5 2

Total 29

A representação 5 7 significa que 5 pertence à classe e 7 não pertence; 7 está Incluído na classe seguinte.

Poderíamos também pensar em dez classes com ampli-

tude h = 1 ou em duas classes com h = 5. Mas com li = 1 os dados não seriam agrupados, e a tabela continuaria a mes-ma, e com h —= 5 teríamos apenas duas classes, perdendo muitas informações.

h = 5 Classes F 5 10

10 15

19 10

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 62

Total 29

Para amplitudes 3, 4, 6 ou 7 não conseguiríamos classes

com amplitudes iguais. Observemos como ficariam os qua-dros:

Classes F

5 8 8 9 11 14

14 15

9 13 6 1

Total 29 Com h = 3 temos quatro classes, mas a última tem ampli-

tude (h = 1) diferente das demais.

Classes F 5 9 9 13 13 15

14 14 1

Total 29 Com h = 4 ficamos com três classes, sendo a última com

amplitude (h = 2) diferente das demais.

Classes F 5 11

11 15

22 7

Total 29 Temos agora duas classes com amplitudes 6 e 4.

Classes F 5 12 12 15

25 4

Total 29 Ficamos, neste caso, com duas classes com amplitudes 7

e 3. Podemos notar que, quanto maior a amplitude, menor é o

número de classes. É regra geral considerarmos amplitudes iguais para todas

as classes, mas há casos em que a desigualdade, em vez de prejudicar, favorece a disposição dos dados no quadro.

Quando, por exemplo, estamos estudando determinado

assunto, muitas vezes surgem dados desnecessários; pode-mos desprezá-los ou então reduzir a tabela, agrupando-os numa classe.

Exemplo 4: Levantamento, segundo faixas etárias, do

número de casamentos realizados na cidade X, durante de-terminado ano.

Classes F

de 1 a 15 anos (3 classes)

-

15 20 15 20 26 530 26 31 325 31 36 120 36 41 115

41 46 13 46 51 12 51 56 6 56 61 3 61 100 16

De 1 a 15 anos foram agrupadas três classes, e ainda as-

sim a freqüência é zero. De 61 a 100 anos os casamentos não costumam ser freqüentes: foram agrupadas oito classes, sendo registrada a freqüência de 16 casamentos.

Estabelecimento do número de classes e da amplitu-

de Devemos escolher o número de classes, e consequente-

mente a amplitude, de modo que. possamos verificar as ca-racterísticas da distribuição. Ë lógico que, se temos um nú-mero reduzido de observações, não podemos utilizar grandes amplitudes; e também que, se o número de observações é muito grande, as amplitudes não devem ser pequenas.

Para o estabelecimento do número de classes, o matemá-

tico Sturges desenvolveu a seguinte fórmula:

n = 1 + 3,3 logN N é o número de observações, derivado do desenvolvi-

mento do Binômio de Newton. Waugh resumiu as indicações na seguinte tabela:

Casos observados

Número de classes a usar

(De acordo com a regra de Sturges)

1 2

3—5 6—11

12—22 23—45 46—90

91—181 182—362 363—724

725—1448 1 449—2 896 2 897—5 792

5 793—11 585 11586—23171

23 172—46 341 46 342—92 681

92 682—185 363 185 364—3 70 727 370 726—741 455

741 456—1 482 910

1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Nem sempre, porém, temos à mão essa tabela. Devemos,

então, procurar a amplitude total da distribuição. Com este dividendo fixado, consideraremos como divisor um número de classes razoável, e o quociente nos indicará qual amplitude escolher.

Exemplo 5: Suponhamos uma distribuição onde o menor

valor da variável é 3 e o maior é 80. Temos: Li (primeira classe) = 3 Ls (última classe) = 80

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 63

H (amplitude total) = 80 - 3 = 77 Dois números razoáveis de classes seriam 7 ou 11 (divi-

sores de 77). Se desejarmos 11 classes, a amplitude de cada uma será:

h = 77 : 11 ou h = 11

380 −⇒ h=7

h = (Ls -Li) : n

Onde: h = amplitude de classe Ls — Li = amplitude total n = número de classes Exemplo 6: Em uma escola, tomou-se a medida da altura

de cada um de quarenta estudantes, obtendo-se os seguintes dados (em centímetros):

160 152 155 154 161 162 162 161 150 160 163 156 162 161 161 171 160 170 156 164 155 151 158 166 169 170 158 160 168 164 163 167 157 152 178 165 156 155 153 155

Fazer a distribuição por freqüência. Solução: Podemos organizar o rol de medidas a partir dos

dados brutos, dispondo-os em ordem crescente (ou decres-cente). 150 153 155 156 160 161 162 163 166 170 151 154 155 157 160 161 162 164 167 170 152 155 156 158 160 161 162 164 168 171 152 155 156 158 160 161 163 165 169 178

A menor estatura é 150 cm e a maior 178 cm. A amplitude

total é 28 cm. Poderíamos pensar em 4 ou 7 classes. O pri-meiro é um número pequeno para quarenta observações. Com 7 classes, as duas últimas teriam freqüência 1. Para agrupá-las, podemos reduzir o número de classes para 6, e, para facilitar o cálculo, arredondar 178 cm para 180 cm. As-sim, a amplitude total a considerar será:

180 — 150 = 30 Logo: h = 30 : 6 = 5 Organizando os dados em 6 classes de amplitude 5, te-

remos:

Classes Alturas (cm) 150 155 155 160 160 165 165 170 170 175 175 180

150 151 152 153 154 155 155 155 155 156 156 156 157 158 158 160 160 160 160 161 161 161 161 162 162 162 163 163 164 164 165 166 167 168 169 170 170 171 178

Representando as classes por intervalos fechados à es-

querda, não teremos dúvidas quanto a seus limites inferiores e superiores.

Podemos agora fazer a tabulação dos dados, registrando na tabela as classes e seus pontos médios, e as freqüências.

Além da freqüência absoluta (F) e da relativa (Fr), pode-mos representar a freqüência acumulada (Fa). Acumular freqüências, na distribuição, significa adicionar a cada fre-qüência as que lhe são anteriores.

ALTURAS (CM) DE ESTUDANTES DA ESCOLA X

Classes Pm F Fa Fr 150 155

152,5 6 6 15

155 160

157,5 - 10 16 25

160 165

162,5 15 31 38

165 170

167,5 5 36 12

170 175

172,5 3 39 8

175 180

177,5 1 40 2

Total 40 100 Observando a tabela podemos responder a questões co-

mo: a) Quantos são os estudantes com estatura inferior a

160 cm? b) Que porcentagem de estudantes tem estatura igual

ou superior a 175 cm? c) Quantos são os estudantes com estatura maior ou

igual a 160 cm e menor que 175 cm? d) Qual a porcentagem de estudantes com estatura a-

baixo de 170 cm? Respostas: a)16 b)2% c)23 d)90% Finalizando, uma observação: o agrupamento em classes

muito grandes poderá levar a uma perda de pormenores; podemos, então, optar pelo agrupamento em classes meno-res e, conseqüentemente, por um maior número delas, desde que isso não prejudique o estudo. Com a possibilidade do uso de computadores, esta alternativa torna-se bastante viável.

PRINCIPAIS TIPOS DE GRÁFICOS : 1. GRÁFICOS LINEARES OU DE CURVAS São gráficos em duas dimensões, baseados na repre-sentação cartesiana dos pontos no plano. Servem para re-presentar séries cronológicas ou de localização (os dados são observados segundo a localidade de ocorrência), sendo que o tempo é colocado no eixo das abscissas (x) e os valo-res observados no eixo das ordenadas (y). Vendas da Companhia Delta 1971 a 1977 Ano Vendas (Cr$ 1.000,00)

1971 230 1972 260 1973 380 1974 300 1975 350 1976 400 1977 450

Fonte: Departamento de Marketing da Companhia

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 64

Vendas da Companhia Delta

230 260380

300350

400450

0100200300400500

1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977

Anos

Ven

das

(C

r$1.

000,

00)

2. GRÁFICO EM COLUNAS OU BARRAS São representados por retângulos de base comum e altura proporcional à magnitude dos dados. Quando dispos-tos em posição vertical, dizemos colunas; quando colocados na posição horizontal, são denominados barras. Embora possam representar qualquer série estatística, geralmente são empregados para representar as séries específicas ( os dados são agrupados segundo a modalidade de ocorrência). A) Gráfico em Colunas População Brasileira ( 1940 – 1970)

Ano População 1940 41.236.315 1950 51.944.398 1960 70.119.071 1970 93.139.037

Fonte: Anuário Estatístico - 1974

População do Brasil

0

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

1940 1950 1960 1970

ANOS

Po

pu

laçã

o

B) Gráfico em Barras Produção de Alho – Brasil (1988)

ESTADOS QUANTIDADES (t) Santa Catarina 13.973 Minas Gerais 13.389 Rio Grande do Sul 6.892 Goiás 6.130 São Paulo 4.179

Fonte: IBGE

PRODUÇÃO DE ALHO - BRASIL- 1988

0 5.000 10.00

0

15.00

0

Santa Catarina

Rio Grande do Sul

São Paulo

Est

ado

s

toneladas

3. GRÁFICO EM COLUNAS OU BARRAS MÚLTIPLAS ESTE TIPO DE GRÁFICO É GERALMENTE EMPREGA-DO QUANDO QUEREMOS REPRESENTAR, SIMULTÂNEA MENTE, DOIS OU MAIS FENÔMENOS ESTUDADOS COM

O PROPÓSITO DE COMPARAÇÃO. BALANÇA COMERCIAL BRASIL – 1984 - 1988 ESPECIFI-CAÇÃO

VALOR (US$ 1.000.000) 1984 1985 1986 1987 1988

27.005 13.916

25.639 13.153

26.224 14.044

22.348 15.052

33.789 14.605

Fonte: Ministério das Economia

19

84

19

85

19

86

19

87

19

88

exportação0

10.000

20.000

30.000

40.000

US

$ M

ILH

ÃO

ANOS

BALANÇA COMERCIAL BRASIL - 1984-88

4. GRÁFICO EM SETORES É a representação gráfica de uma série estatística, em um círculo, por meio de setores circulares. É emprega-do sempre que se pretende comparar cada valor da série com o total. O total é representado pelo círculo, que fica dividido em tantos setores quantas são as partes. Para construí-lo, divide-se o círculo em setores, cujas áreas serão proporcio-nais aos valores da série. Essa divisão poderá ser obtida por meio de uma regra de três simples e direta. Total ___________ 360º Parte___________ x º REBANHOS BRASILEIROS 1988

ES-PÉCIE

QUANTIDADE (milhões de cabeças)

BOVINOS 140 Suínos 32 Ovinos 20 Caprinos 11

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 65

Total 203

Fonte: IBGE Temos: Para Bovinos: 203 -------------360º 140 ------------- x

x = 248,2º x = 248º Para Suínos: 203 ------------360º 32 ----------- y

y = 56,7º y = 57º Para Ovinos: 203 -----------360º 20 ---------- z

z = 35,4º z = 35º Para Caprinos: 203 ----------360º 11 ---------- w

w = 19,5º w = 20º

REBANHOS BRASILEIROS - 1988

16%

10%

5%

69%

Bovinos

Suínos

Ovinos

Caprinos

5. GRÁFICO POLAR É a representação de uma série por meio de um polígono. É o gráfico ideal para representar séries temporais cíclicas, isto é, séries temporais que apresentam em seu desenvolvi-mento determinada periodicidade, como, por exemplo, a variação da precipitação pluviométrica ao longo do ano ou da temperatura ao longo do dia, a arrecadação da Zona Azul durante a semana, o consumo de energia elétrica du-rante o mês ou o ano, o número de passageiros de uma linha de ônibus ao longo da semana, etc.

O gráfico polar faz uso do sistema de coordenadas polares. PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA MUNICÍPIO DE RECIFE – 1989

ME-SES

PRECIPITAÇÃO (mm)

Janeiro 174,8 Fevereiro 36,9 Março 83,9 Abril 462,7 Maio 418,1

Junho 418,4 Julho 538,7 Agosto 323,8 Setembro 39,7 Outubro 66,1 Novembro 83,3 Dezembro 201,2

Fonte: IBGE

PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA MUNICÍPIO DE RECIFE - 1989

0

200

400

600Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

1. traçamos uma circunferência de raio arbitrário (em particu-lar, damos preferência ao raio de comprimento proporcional à média dos valores da série; neste caso,

x = 124,5); 2. construímos uma semi-reta ( de preferência na horizontal) partindo de O (pólo) e com uma escala (eixo polar); 3. dividimos a circunferência em tantos arcos quantas forem as unidades temporais; 4. traçamos, a partir do centro O (pólo), semi-retas passan-do pelos pontos de divisão; 5. marcamos os valores correspondentes da variável, inician-do pela semi-reta horizontal (eixo polar); 6. ligamos os pontos encontrados com segmentos de reta; 7. se pretendemos fechar a poligonal obtida, empregamos uma linha interrompida. 6. CARTOGRAMA O cartograma é a representação sobre uma carta geo-gráfica. Este gráfico é empregado quando o objetivo é o de figurar os dados estatísticos diretamente relacionados com áreas geográficas ou políticas. Distinguimos duas aplicações:

a) Representar dados absolutos (população) – neste ca-so, lançamos mão, em geral, dos pontos, em núme-ro proporcional aos dados.

b) Representar dados relativos (densidade) – neste ca-so, lançamos mão, em geral, de Hachuras.

POPULAÇÃO PROJETADA DA

REGIÃO SUL DO BRASIL – 1990 ES-

TADO POPULAÇÃO (hab.)

ÁREA (km

2)

DENSIDA-DE

Paraná 9.137.700 199.324 45,8 Santa Catarina 4.461.400 95.318 46,8 Rio Grande do Sul

9.163.200 280.674 32,6

Fonte: IBGE

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 66

7. GRÁFICOS PICTÓRICOS SÃO GRÁFICOS ATRAVÉS DE FIGURAS QUE SIMBO-LIZAM FATOS ESTATÍSTICOS, AO MESMO TEMPO QUE

INDICAM AS PROPORCIONALIDADES. Por serem representados por figuras, tornam-se atraentes e sugestivos, por isso, são largamente utilizados em publici-dades. Regras fundamentais para a sua construção:

a) Os símbolos devem explicar-se por si próprios; b) As quantidades maiores são indicadas por meio de

um número de símbolos, mas não por um símbolo maior;

c) Os símbolos comparam quantidades aproximadas, mas detalhes minunciosos;

d) Os gráficos pictóricos só devem ser usados para comparações, nunca para afirma-

e) ções isoladas. PRODUÇÃO BRASILEIRA DE VEÍCULOS 1972 – 1975 (dados fictícios)

ANO

PRODU-ÇÃO

1972 9.974 1973 19.814 1974 22.117 1975 24.786

ANOS 1975 1974 1973 1972 PRODUÇÃO = 5.000 unidades GRÁFICOS ANALÍTICOS Os gráficos analíticos são usados tipicamente na representação de distribuições de freqüências simples e acumuladas. 1. HISTOGRAMA É a representação gráfica de uma distribuição de fre-qüências por meio de retângulos justapostos , onde no eixo das abscissas temos os limites das classes e no eixo das ordenadas os valores das freqüências absolutas (fi)

2. POLÍGONO DE FREQÜÊNCIAS É um gráfico de linhas que se obtém unindo-se os pontos médios dos patamares dos retângulos do HISTOGRAMA .

Classes PM f i fr f% fa fra f%a

30 |--- 40 35 4 0,08 8 4 0,08 8 40 |--- 50 45 6 0,12 12 10 0,20 20 50 |--- 60 55 8 0,16 16 18 0,36 36 60 |--- 70 65 13 0,26 26 31 0,62 62 70 |--- 80 75 9 0,18 18 40 0,80 80 80 |--- 90 85 6 0,12 12 46 0,92 92 90 |--- 100 95 4 0,08 8 50 1,00 100

ΣΣΣΣ 50 1,00 100

OBSERVAÇÕES: a) O HISTOGRAMA e o POLÍGONO DE FREQÜÊNCIAS, em termos de fi , fr e f% têm exatamente o mesmo aspecto, mu-dando apenas a escala vertical; b) Observe que, como o primeiro valor da tabela é bem maior que zero, adotamos aproxima-lo do zero através da conven-ção: 30 3. POLÍGONO DE FREQÜÊNCIAS ACUMULADAS OU OGIVA DE GALTON É a representação gráfica que tem no eixo das abscissas os limites das classes e no eixo das ordenadas as freqüên-cias acumuladas (fa ou f%a ) NOTA: Para obtermos o valor da mediana de uma série de valores em dados agrupados usamos uma fórmula, porém, através do gráfico de freqüências acumuladas (OGIVA DE GALTON) podemos obter esse valor. EXEMPLO: Seja a distribuição:

Classes fi fa

02 |---- 04 3 3 04 |---- 06 5 8 06 |---- 08 10 18 08 |---- 10 6 24 10 |---- 12 2 26

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CONSTRUIR A OGIVA DE GALTON E, A PARTIR DOS DADOS, DETERMINE O VALOR DA MEDIANA DA SÉRIE.

Para obtermos a mediana, a partir da OGIVA DE GALTON, tomamos em fa = 26 a freqüência percentual que irá corres-ponder à 100% ou seja, f%a = 100. Como a mediana corresponde ao termo central, localizamos o valor da fa que corresponde à 50% da f%a, que neste caso, é fa = 13. A mediana será o valor da variável associada a esse valor no eixo das abscissas ou seja, Md = 7

CÁLCULO DA MODA PELA FÓRMULA DE PEARSON

M o ≅≅≅≅ 3 . Md – 2. x Segundo PEARSON, a moda é aproximadamente igual à diferença entre o triplo da mediana e o dobro da média. Esta fórmula dá uma boa aproximação quando a distribuição apresenta razoável simetria em relação à média. Exemplo: Seja a distribuição:

Classes PM fi fa PM . fi 02 |---- 04 3 3 3 9 04 |---- 06 5 5 8 25 06 |---- 08 7 10 18 70 08 |---- 10 9 6 24 54 10 |---- 12 11 2 26 22

∑∑∑∑ 26 180 Classe Modal e Classe Mediana

06 |---- 08 Determine a Moda pela fórmula de CZUBER e pela fórmula de PEARSON. I) Cálculo da média :

6,92 26

180

n

f . PMx

i≅==

∑ x = 6,92

II) Cálculo da mediana: a) posição da mediana : P = n/2 = 26/2

P = 13ª posição obtida na coluna fa que corresponde à 3ª classe;

b) Li = 6 , ‘fa = 8 , fi = 10 , h = 8 – 6 = 2

c) Md = 1 6 2 . 10

8) - (13 6 h .

f

)f' - (P Li

i

a +=+=+

Md = 7 III) Cálculo da moda pela fórmula de CZUBER:

a) Classe modal = Classe de freqüência máxima = 3ª classe (6 |--- 8)

b) Li = 6 , ∆1 = 10 – 5 = 5 ,

∆2 = 10 – 6 = 4 , h = 8 – 6 = 2

c) Mo = Li + h . 21

1∆+∆

∆ =

6 + 45

5+

. 2 = 6 + 1,11... ≅≅≅≅ 7,11

Mo ≅≅≅≅ 7,11

IV) Cálculo da moda pela fórmula de PEARSON:

M o ≅≅≅≅ 3.Md – 2. x M o = 3 . 7 – 2 . 6,92 = 21 – 13,84 = 7,16 Mo ≅≅≅≅ 7,16

MEDIDAS DE UMA DISTRIBUIÇÃO

Há certas medidas que são típicas numa distribuição: as

de tendência central (médias), as separatrizes e as de dis-persão.

MÉDIAS Consideremos, em ordem crescente, um rol de notas ob-

tidas por alunos de duas turmas (A e B): Turma A: 2 3 4 4 5 6 7 7 7 7 8 Turma B: 2 3 4 4 4 5 6 7 7 8 9 Observemos para cada turma:

• valor que ocupa a posição central:

• O valor que aparece com maior freqüência:

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• O quociente da somatória (∑ ) dos dados (x) pela

quantidade de dados (n):n

X∑

Turma A:

11

60

11

87777654432=

++++++++++= 5,45

Turma B:

11

59

11

98776544432=

++++++++++ = 5,36

Colocando estes três valores lado a lado, temos:

Turma Posição central

Maior freqüência

n

X∑

A 6 7 5,45 B 5 4 5,36 Observando os resultados, podemos afirmar que a turma

A teve melhor desempenho que a turma B. Esses três valores caracterizam as distribuições. São chamados valores típicos. Eles tendem a se localizar em um ponto central de um con-junto de dados ordenados segundo suas grandezas, o que justifica a denominação medidas de tendência central ou médias.

O valor que ocupa a posição central chama-se mediana

(Md): Para a turma A, a mediana é 6: Md = 6. Para a turma B, a mediana é 5: Md = 5 O valor que aparece com maior freqüência chama-se mo-

da (Mo): Para a turma A, a moda é 7: Mc = 7.

Para a turma B, a moda é 4: Mc = 4. O quociente da soma dos valores pela quantidade chama-

se média aritmética (Ma): Para a turma A, a média aritmética é Ma =5,45 Para a turma B, a média aritmética é Ma =5,36. Portanto, mediana, moda e média aritmética são medidas

de tendência central ou médias da distribuição. Existem outros tipos de média, como a média geométrica

e a harmônica, que não constarão deste capítulo por não serem muito utilizadas neste nível de ensino.

Média aritmética A média aritmética (Ma) é a medida de tendência central

mais conhecida. Já sabemos que ela é o quociente da soma dos valores (∑ x) pela quantidade deles (n).

Exemplo 1: Consideremos os dados abaixo:

18 17 17 16 16 15 15 15 14 14 13 13 13 13 13 12 12 12 11 11

A quantidade de dados é:

n = 20

A soma dos dados é:

∑ x = 18 + 17 + 17 + 16 + 16 + 15 + 15 + 15 + 14 + + 14 + 13 + 13 + 13 + 13 + 13 + 12 + 12 +12 + + 11 + 11 = 280

A média aritmética é:

Ma = ⇒=∑20

280

n

X Ma = 14

Exemplo 2: Consideremos os mesmos dados do exemplo

1 dispostos em uma distribuição por freqüência:

x F 18 17 16 15 14 13 12 11

1 2 2 3 2 5 3 2

Total 20 Veja que o número de observações é igual ao da soma

das freqüências: n = F = 20. ∑ x =18 + 17 + 17 + 16 + 16 + 15 + 15 + 15 + + 14 + 14 + 13 + 13 + 13 + 13 + 13 + 12 + =12 + 12 + 11 + 11 ∑ x = 1 .18 + 2.17 + 2.16 + 3.15 + 2.14 + +5.13 + 3.12 + 2.11 Os fatores que multiplicam os dados são as freqüências

que aparecem na tabela da distribuição. Logo:

Ma = n

X∑∑∑=

F

Fx

As relações se eqüivalem:

Ma = n

X∑ e

∑∑=

F

FxMa

Na prática, quando temos a distribuição por freqüência, acrescentamos à tabela uma coluna com os produtos Fx de cada valor pela sua freqüência:

x F Fx

18 17 16 15 14 13 12 11

1 2 2 3 2 5 3 2

18 34 32 45 28 65 36 22

Total 20 280

Ma = ⇒20

280 Ma = 14

Muitas vezes, são associados aos dados certos fatores de

ponderação (pesos), que dependem do significado ou da importância que se atribui ao valor. No exemplo acima, a cada dado está associada sua freqüência. Ë comum nas escolas obter-se a média do aluno pela ponderação das no-tas das provas.

Exemplo 3: Numa determinada escola, no primeiro se-

mestre, o prol’ ‘~sor de Matemática aplicou a seus alunos três

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 69

provas: a primeira de álgebra, a segunda de geometria e a terceira exigindo toda a matéria. Considerou peso 2 para a última prova e peso 1 para as duas primeiras.

Um aluno obteve as seguintes notas: primeira prova ____ 8,0 segunda prova ____ 5,0 terceira prova ____ 7,0 Qual é a média do aluno? Solução:

média é: 75,64

27

211

(7,0.2) (5,0.1) (8,0.1)==

++

++

Temos então um exemplo de média aritmética ponderada

(Mp). No exemplo 2, os fatores de ponderação são as freqüên-

cias dos dados. No exemplo 3, são os pesos atribuídos às provas.

A média ponderada é usada quando já temos os dados

dispostos em tabelas de freqüência ou quando a ponderação dos dados já é determinada.

Cálculo da média aritmética para dados agrupados em

classes Quando, numa distribuição por freqüência, os dados estão

agrupados cm classes, são considerados coincidentes com os pontos médios das classes às quais pertencem. Para o cálculo da Ma, usaremos os produtos dos pontos médios pelas freqüências de cada classe (Pm . F). Acrescentamos, então, à tabela dada a coluna Pm . F.

Exemplo 4: Seja a tabela que nos dá a altura (x) dos es-

tudantes de uma classe de primeiro grau:

h = 5 x (cm) Pm F 150 155 152,5 6 155 160 157,5 9 160 165 162,5 16 165 170 167,5 5 170 175 172,5 3 175 180 177,5 1 Total 40

Queremos, a partir da tabela, calcular a média aritmética. Solução: Completando a tabela, com a coluna Pm .

F. temos:

h = 5 x (cm) Pm F Pm.F 150 155

152,5 6 915,0

155 160

157,5 9 1417,5

160 165

162,5 16 2600,0

165 170

167,5 5 837,5

170 175

172,5 3 517,5

175 180

177,5 1 177,5

Total ∑F=40 ∑Pm.F=6465,0

∑∑ ⋅

=F

FPmMa

Ma = 40

6465

Ma = 161,625 cm

Este é o cálculo da média aritmética pelo chamado pro-

cesso longo. Podemos, no entanto, calcular a Ma, sem cálculos demo-

rados, utilizando o processo breve. Para isso, devemos com-preender o conceito de desvio (d), que é a diferença entre cada dado e a Ma. O desvio também pode ser chamado de afastamento.

No exemplo que acabamos de ver, os dados estão agru-

pados em classes; são, portanto, considerados coincidentes com os pontos médios das classes às quais pertencem. Os desvios são:

d = α. F, onde α = Pm — Ma. Neste exemplo:

(α) (α.F) 152,5 — 161,625 = —9,125 —54,75 157,5 — 161,625 = —4,125 —37,125 162,5 — 161,625 = 0,875 14,0 167,5 — 161,625 = 5,875 29,375 172,5 — 161,625 = 10,875 32,625 177,5 — 161,625 = 15,875 15,875

A soma algébrica dos desvios é: ∑αF= —91,875 + 91,875=0 Esta propriedade pode ser usada para o cálculo da Ma

pelo processo breve: A soma algébrica dos desvios dos valo-res de uma série em relação à Ma é nula.

Podemos, então, calcular a média aritmética sem recorrer

a cálculos demorados. Primeiro, indicamos o ponto médio de uma das classes como uma suposta média aritmética (Ms). Em geral, escolhemos o da classe que apresenta a maior freqüência, para que o desvio (Ma — Ms) seja o menor pos-sível. Calculamos, a seguir, esse fator de correção (C = Ma — Ms).

Se C = 0 ⇒ Ma = Ms. Caso contrário, estaremos depen-

dendo de um fator de correção para mais ou para menos. Se os intervalos de classe têm a mesma amplitude h, to-

dos os desvios Pm — Ms podem ser expressos por c .h, onde h é a amplitude e c pode ser um número inteiro negativo (se o Pm considerado está abaixo da Ms) ou um inteiro positivo (se o Pm está acima da Ms).

Consideremos a tabela do exemplo 4, e calculemos a Ma

pelo processo breve. Vamos escolher o Pm da classe de maior freqüência como a suposta média:

Ms = 162,5 Os desvios em relação à Ms são:

152,5- 162,5= -10 = -2.5 = -2. h ⇒ c = -2

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 70

157,5- 162,5= -5 = -1.5 = -1. h ⇒ c = -1 162,5- 162,5= 0 = 0.5= 0 . h ⇒ c = 0 167,5- 162,5= 5 = 1.5= 1 . h ⇒ c = 1 172,5- 162,5= 10= 2.5= 2 . h ⇒ c = 2 177,5- 162,5= 15= 3.5= 3 . h ⇒ c = 3

Os valores obtidos para c são: - 2, - 1, 0, 1, 2, 3. Esses

números seriam iguais a α se Ms fosse a média aritmética. Acrescentando à tabela os valores de c e de c . F:

x Pm F c c.F 150 155

152,5 6 -2 -12

155 160

157,5 9 -1 -9

160 165

162,5 16 0 0

165 170

167,5 5 1 5

170 175

172,5 3 2 6

175 180

177,5 1 3 3

Total ∑F=40 ∑cF=-7 Considerando-se os quarenta dados, o erro verificado é

—7. A soma algébrica dos desvios deveria ser nula se Ms =

Ma. Logo, o fator de correção é C = 40

7− ou seja, C = —

0,175. Se: Ma — Ms = 0 ⇒ Ma — 162,5 = —0,175 ou Ma = 162,5 + (—0,175) ∴ Ma = 161,625 Vamos construir o histograma da distribuição e traçar uma

perpendicular ao eixo das abscissas passando pelo ponto correspondente à Ma.

A linha obtida equilibra o histograma, dividindo-o em duas

partes de áreas iguais. Todos os histogramas de distribuições normais são mais

ou menos simétricos em relação à Ma. Os dados de maior freqüência se aproximam da Ma.

Você deve ter notado que a média aritmética é um valor

que engloba todos os dados. Se houver dados discrepantes, eles influirão no valor da Ma.

Exemplo 5: A média aritmética de : 2, 2, 3, 3, 3, 4, 15 é:

57,47

32

7

15433322==

++++++

Podemos notar aqui que a discrepância entre os dados,

levou a uma media aritmética maior do que os seis primeiros valores; maior, portanto, do que a maioria deles.

Mediana Mediana é o valor que divide a distribuição ao meio de tal

modo que 50% dos dados estejam acima desse valor e os outros 50% abaixo dele.

Exemplo 6: Sejam as nove observações:

Mediana é o número que tem antes e depois de si a

mesma quantidade de valores. Quando a quantidade de observações é um número par, a mediana é a média aritméti-ca dos valores centrais.

Exemplo 7: Sejam as seis observações: 10 11 15 17 18 20 Nesse caso, a mediana e:

⇒=+

162

1715 Md = 16

Você já sabe encontrar a mediana pelo processo gráfico,

pela construção da ogiva porcentual. Agora veremos outro modo de obtê-la. A mediana é o valor central; sua posição é definida por:

P = 2

1 n +

Nessa expressão n é o número de observações. No exemplo 6, n = 9; portanto, a posição da mediana é P

= 2

1 9 +

ou P = 5: a mediana é o quinto termo.

No exemplo 7, n = 6 ⇒ P = 2

16 + = 3,5. A mediana está,

assim, entre o terceiro e o quarto termos. Em geral, a média aritmética de uma distribuição não co-

incide com a mediana. A mediana é um valor que não sofre influência dos valores extremos e a média aritmética envolve todos os dados.

Cálculo da mediana de uma distribuição por freqüência Exemplo 8: Consideremos a seguinte distribuição:

Diária (Cz$) Número de operá-rios

Fa

200,00 250,00

5 8

5 13

Page 145: cemig_eletricista_062012

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 71

300,00 350,00

4 1

17 18

Determinar a mediana dessa distribuição, em que temos as diárias dos operários de uma fábrica.

Solução: Procuremos a posição da mediana pela fórmula:

P = 2

1 n +

São 18 operários: n = 5 + 8 + 4 + 1; logo:

P = 2

1 18 + ⇒ P = 9,5

A mediana está entre o nono e o décimo dado (operários).

Observemos que a Fa imediatamente superior a 9,5 é 13, e corresponde à diária de R$250,00. A mediana está entre os oito operários que recebem essa diária. A diária mediana é:

Md = R$250,00 De fato, se colocássemos os operários em fila, por ordem

de diária, teríamos: 5 operários com diárias de R$200,00 8, com diárias de R$250,00

Exemplo 9: Consideremos a distribuição:

h = 5 Classe F Fa 10 15 2 2 15 20 4 6 20 25 10 49 25 30 6 22 30 35 3 25 Total 25

Calculando a mediana, P = 2

1 25 + ⇒ P = 13, verifica-

mos que ela é o 13.0 termo. Está, portanto, na terceira clas-se.

A freqüência acumulada imediatamente superior a 13 é

16, que corresponde à terceira classe, em que a freqüência é 10. O 13.º termo está entre os 10 da terceira classe. Logo, a mediana está entre 20 e 25. Os 10 elementos estão na ampli-tude 5 (h = 25 — 20). A diferença (a) entre P e a Fa da classe imediatamente anterior à terceira é

13 — 6 = 7 ⇒ a = 7. Veja o esquema:

À distância entre 20 e a mediana chamaremos x. Na dis-

tância x, temos 7 elementos. Na amplitude 5, temos 10 ele-mentos. Podemos armar a proporção:

⇒=10

5

7

x x = 3,5

Logo: Md = 20 + 3,5 Md = 23,5 Se os dados estão agrupados em classes, podemos veri-

ficar a que classe pertence a mediana calculando o valor P =

2

1 n +. A mediana pertence à classe cuja Fa é imediatamente

superior a P. Se Fa = P, a mediana é o limite superior da classe com

essa freqüência acumulada. Se P ≠ Fa, calculamos d P — Fa (Fa imediatamente supe-

rior à P). Armamos então a proporção:

F

h

d

x=

F é a freqüência da classe à qual pertence a mediana; h é a amplitude da classe; x é o número que somado ao limite inferior da classe em

questão nos dará a mediana.

F

hdx

⋅=

F

hdLiMd

⋅+=

Essa é a fórmula usada para o cálculo da mediana de

uma distribuição por freqüência com dados acumulados em classes.

Exemplo 10: Consideremos a tabela do exemplo 4, deste

capítulo, e calculemos a mediana.

Solução: P = 2

1 n + ⇒ ⇒=

2

41P P = 20,5

A mediana está entre o 20.º e o 21.º termos. A freqüência

acumulada imediatamente superior a 20,5 é a da terceira classe. A Md é um valor entre 160 e 165 cm.

A Md está entre os 16 dados: A Fa está entre 15 e 31: d = 20,5 — 15 ⇒ d = 5,5 A amplitude da classe é h = 5

F

hd160Md

⋅+=

16

55,5160Md

⋅+=

Md = 160+1,71

Md = 161,71 cm

Page 146: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 72

Vamos construir o histograma da distribuição, localizando a Ma e a Md:

Moda A moda de um conjunto de números é o valor que ocorre

com maior freqüência. A moda pode não existir, e se existir pode não ser única.

Exemplo 11: O conjunto de números 2, 2, 5, 7, 9, 9, 9, 10,

11, 12, 18 tem moda 9. Exemplo 12: No conjunto 3, 5, 7, 9, 10, li, todos os dados

têm a mesma freqüência. Não existe nenhum valor que apre-sente maior freqüência do que os outros. Ë um caso em que a moda não existe.

Exemplo 13: Seja o rol de dados: 3, 3, 4, 4, 4, 5, 6, 7, 7, 7,

8, 9. Os números 4 e 7 apresentam freqüência 3, maior que a dos demais. Nessa distribuição há, portanto, duas modas: 4 e 7.

Uma distribuição com duas modas é denominada bimo-

dal. A rigor, a moda não é uma medida empregada para um

pequeno número de observações. Existem fórmulas para o cálculo da moda, mas, na prática, ela é determinada pelo valor ou pela classe que apresenta maior freqüência. Neste último caso, ela é chamada classe modal, e seu ponto médio é a moda bruta, que representa uma aproximação da moda.

Pode-se obter a moda de uma distribuição a partir de seu

histograma. Exemplo 14: Considerando os dados do exemplo 4, va-

mos encontrar a moda: Solução:

Considera-se a abscissa do ponto de intersecção dos

segmentos CA e BD. Numa distribuição com dados agrupados, para a qual se

construiu uma curva de freqüência, a moda é o valor (ou os valores) que corresponde ao ponto de ordenada máxima (ponto mais alto da curva).

Exemplo 15: Seja a distribuição do exemplo 4, deste capí-

tulo, que nos dá a altura dos estudantes de uma classe de primeiro grau. Calculamos Ma = 161,625 cm (no exemplo 4), Md = 161,71 cm (no exemplo 10) e encontramos a Mo pelo processo gráfico (exemplo 14). Representemos os três valo-res no mesmo gráfico:

As medidas que acabamos de estudar (Ma, Md e Mo) têm a tendência de se localizar no centro da distribuição. Em distribuições em que as curvas são simétricas, as três são coincidentes (distribuição normal). Para curvas assimétricas, o matemático Pearson verificou que a distância entre a Ma e a Mo é três vezes maior que a distância entre a Ma e a Md:

Ma — Mo = 3 (Ma — Md)

Isolando Mo:

Mo = 3 Md — 2 Ma

Essa é a fórmula empírica de Pearson. Exemplo 16: Na distribuição do exemplo anterior, Ma =

161,625 e Md = 161,71. Calcular o valor da Mo. Mo = 3 Md — 2 Ma Mo = 3.161,71 — 2.161,625 = 161,88 ⇒ Mo = 161,88

DESVIO PADRÃO O desvio padrão é a medida mais usada na comparação

de diferenças entre grupos, por ser a mais precisa. Ele de-termina a dispersão dos valores em relação à média.

Exemplo 7: Consideremos os pesos de 20 crianças re-

cém-nascidas, numa cidade X: 10 meninos e 10 meninas.

Meninos Peso (g) Meninas Peso (g) 1 2 3 4 5 6 7

3 750 3 750 3 350 3 250 3 250 3100 3 150

1 2 3 4 5 6 7

3 000 3 300 3 200 3 250 3 100 3100 3 300

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 73

8 9 10

3 100 3 350 3 350

8 9 10

3 000 3 100 3 150

As médias aritméticas dos pesos são: meninas: 3150g meninos: 3340g Podemos observar que o peso dos meninos é em média

maior que o das meninas. Calculemos os desvios e seus quadrados:

Meninos Peso d d

2

1 2 3 4 5 6 7 8 9

10

3 750 3 750 3 350 3 250 3 250 3 100 3 150 3 100 3 350 3 350

410 410

10 —90 —90

—240 —190 —240

10 10

168 100 168 100

100 8 100 8 100

57 600 36 100 57 600

100 100

Meninas Peso d d

2

1 2 3 4 5 6 7 8 9

10

3 000 3 300 3 200 3 250 3 100 3 100 3 300 3 000 3 100 3 150

—150 150

50 100

—50 —50 150

—150 —50

0

22 500 22 500 2 500

10 000 2500

2 500 22 500 22 500 2 500

0

A média aritmética dos quadrados dos desvios chama-se variância. Calculemos as variâncias das duas distribuições.

Para os meninos:

5040010

100 36.2 600 57 2 . 100 8 100.3 100.2 168=

++++

Para as meninas:

1100010

110000

10

10000 2500.422500.4==

++

A raiz quadrada da variância é o desvio padrão. Calculemos os desvios padrões de cada uma das distribu-

ições:

para os meninos _____ s1 = 50400 = 224,5 g

para as meninas _____ s2 = 11000 = 104,9g

Comparando os dois valores, notamos que a variabilidade

no peso dos meninos é maior que no das meninas (s1 > s2). O desvio padrão é a medida de dispersão mais utilizada

em casos de distribuições simétricas. Lembramos que, grafi-camente, distribuições desse tipo se aproximam de uma curva conhecida como curva nórmal ou curva de Gauss:

O desvio padrão tomado com os sinais - e + ( - s e +s) de-

fine em torno da média aritmética uma amplitude (2s) chama-

da zona de normalidade. Processos matemáticos indicam que 68,26% dos casos se situam nessa amplitude.

Exemplo 8: Considerando os resultados do exemplo 7 a

respeito do peso das meninas: Ma = 3 150 g e s = 104,9 g, calcular a zona de normalidade.

Solução: Devemos encontrar um intervalo de amplitude

2s, em torno da Ma: Ma + s = 3 150 + 104,9 = 3254,9 g Ma - s = 3 150 - 104,9 = 3005,1 g Serão consideradas dentro da normalidade todas as me-

ninas com pesos entre 3 005,1 g e 3 254,9 g. Exemplo 9: Consideremos a seguinte tabela:

NOTAS DE MATEMÁTICA DE UMA CLASSE X Notas Pm F

0 2,0 2,0 4,0 4,0 6,0 6,0 8,0 8,0 10,0

1,0 3,0 5,0 7,0 9,0

3 9 16 8 4

∑ F = 40 Calcular: a) a média aritmética; b) o desvio padrão; c) a zona de normalidade (e representá-la em um polí-

gono de freqüência). Solução: a) Para o cálculo da Ma, vamos construir uma tabela

que nos auxilie: h = 2 Notas Pm F α α.F

0 2,0 1,0 3 -2 -6 2,0 4,0 3,0 9 -1 -9 4,0 6,0 5,0 16 0 0 6,0 8,0 7,0 8 1 8

8,0 10,0 9,0 4 2 8 ∑F=40 ∑αF=1

Ma = Pm + h. F

F

∑∑ ⋅α

Ma = 5,0 + 2 . 40

1

Ma = 5,0 + 0,050 Ma = 5,05 b) Para o cálculo do desvio padrão, vamos calcular os

desvios (d = Pm — Ma) e acrescentar à tabela dada as colunas d, d

2, d

2F:

h = 2 notas Pm F d d

2 d

2F Ma =

5,05 01 2,0 2,01 4,0 4.01 6.0 6,01 8,0 8,0

1.0 3,0 5,0 7,0 9.0

3 9 16 8 4

- 4,05 - 2,05 -

16,40 4,20 0,0025 3,80 15,60

49,20 37,80 0,04

Page 148: cemig_eletricista_062012

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 74

10,0 0,05 1,95 3,95

30,40 62,40

∑F=40 ∑d2F= 179,84

∑∑=

F

Fds

2

40

84,179s =

50,4s =

s = 2,12

c) Cálculo da zona de normalidade:

Ma - s = 5,05 - 2,12 ⇒ Ma - s = 2,93

Ma + s = 5,05 + 2,12 ⇒ Ma + s = 7,17 A zona de normalidade inclui, portanto, notas de 2,93 a

7,17.

BIBLIOGRAFIA Estatística Fácil –Editora Ática Introdução à Estatística – Editora Saraiva Introdução à Estatística – Editora Ática

FUNÇÃO DO 1º GRAU

Vamos iniciar o estudo da função do 1º grau, lem-brando o que é uma correspondência:

Correspondência: é qualquer conjunto de pares or-denados onde o primeiro elemento pertence ao primei-ro conjunto dado e o segundo elemento pertence ao segundo conjunto dado.

Assim: Dado os conjuntos A={1,2,3} e B={1,2,3,4,5,6} consideremos a correspondência de A em B, de tal modo que cada elemento do conjunto A se associa no conjunto B com o seu sucessor. Assim

; ; . A correspondência por pares orde-nados seria:

Noções de função:

Considere os diagramas abaixo:

1

2

3 4

5

Condições de existência:

(1) Todos os elementos de x têm um corresponden-te em y.

(2) Cada elemento de x tem um e somente um cor-respondente em y.

Analisando os diagramas acima:

O diagrama 1 não satisfaz a condição (1); os dia-gramas 3, 4 e 5 não satisfazem a condição (2).

Logo, somente o diagrama 2 representa uma fun-ção.

Domínio, Contradomínio e Imagem

Observe o diagrama a seguir:

Chamemos esta função de f, logo o conjunto de pa-res ordenados serão:

f={(1,2),(2,3),(3,4)}

O conjunto X={1,2,3} denomina-se domínio da fun-ção f.

D(F)=X

O conjunto Y={1,2,3,4,5} denomina-se contradomí-nio da função f.

C(F)=Y

Dizemos que 2 é a imagem de 1 pela função f.

Page 149: cemig_eletricista_062012

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 75

f(1)=2

Ainda, f(2)=3 e f(3)=4.

Logo o conjunto das imagens de f e dado por:

Im(f)={2,3,4}

Determinação de função:

Observe:

Associe cada elemento de X com o seu consecutivo:

2) Associe cada elemento de X com a sua capital.

3) Determine o conjunto imagem de cada função:

a) D(f) = {1,2,3}

y = f(x) = x + 1

[Sol] f(1) = 1+1 = 2

f(2) = 2+1 = 3

f(3) =3+1 = 4

Logo: Im(f) = {2,3,4}

b) D(f) = {1,3,5}

y = f(x) = x²

[Sol] f(1) = 1² = 1

f(3) = 3² = 9

f(5) = 5² = 25

Logo: Im(f)={1,9,25}

Plano cartesiano

Consideremos dois eixos x e y perpendiculares em 0, os quais determinam o plano A.

Dado um plano P qualquer, pertencente ao plano A, conduzamos por ele duas retas:

x // x' e y // y'

Denominemos P1 a interseção de x com y' e P2 a interseção de y com x'

Nessas condições, definimos:

Abscissa de P é um número real representado por P1

Ordenada de P é um número real representado por P2

A coordenada de P são números reais x' e y' , geral-mente indicados na forma de par ordenado ( x' , y' )

O eixo das abscissas é o eixo x

O eixo das ordenadas é o eixo y

A origem do sistema é o ponto 0

Plano cartesiano é o plano A.

Depois desta revisão, vamos finalmente ver a Fun-ção do 1º grau!

Exemplo:

Numa loja, o salário fixo mensal de um vendedor é 500 reais. Além disso, ele recebe de comissão 50 reais por produto vendido.

a) Escreva uma equação que expresse o ganho mensal y desse vendedor, em função do número x de produto vendido.

[Sol] y = salário fixo + comissão

y = 500 + 50x

b) Quanto ele ganhará no final do mês se vendeu 4 produtos?

[Sol] y =500+50x , onde x=4

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 76

y =500+50.4 = 500+200 = 700

c) Quantos produtos ele vendeu se no final do mês recebeu 1000 reais?

[Sol] y = 500+ 50x , onde y = 1000

1000 = 500 + 50x » 50x =1000-500 »

50x = 500 » x = 10

A relação assim definida por uma equação do 1º grau é denominada função do 1º grau, sendo dada por:

y=f(x)=ax+b com , e

Gráfico da função do 1º grau:

O gráfico de uma função do 1º grau de R em R é uma reta.

Exemplo:

1) Construa o gráfico da função determinada por f(x)=x+1:

[Sol] Atribuindo valores reais para x, obtemos seus valores correspondentes para y.

x y=f(x)=x+1 -2 -1 -1 0 0 1 1 2 2 3

O conjunto dos pares ordenados determinados é f={(-2,-1),(-1,0),(0,1),(1,2),(2,3)}

2) Construa o gráfico da função determinada por f(x) = -x + 1.

[Sol] Atribuindo valores reais para x, obtemos seus valores correspondentes para y.

‘’x y=f(x)=-x+1 -2 3 -1 2 0 1 1 0 2 -1

O conjunto dos pares ordenados determinados é

f={(-2,3),(-1,2),(0,1),(1,0),(2,-1)}

Gráficos crescente e decrescente respectivamente:

y = x+1 ( a> 0 ) ; onde a = 1

Função crescente

y = -x+1 ( a<0 ); onde a=-1

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 77

Função decrescente

Raiz ou zero da função do 1º grau:

Para determinarmos a raiz ou zero de uma função do 1º grau, definida pela equação y = ax+b, como a é diferente de 0, basta obtermos o ponto de intersecção da equação com o eixo x, que terá como coordenada o par ordenado (x, 0).

1) Considere a função dada pela equação y = x + 1, determine a raiz desta função.

[Sol] Basta determinar o valor de x para termos y = 0

x+1 = 0 » x =-1

Dizemos que -1 é a raiz ou zero da função.

Note que o gráfico da função y = x+1, interceptará (cortará) o eixo x em -1, que é a raiz da função.

2) Determine a raiz da função y = -x+1 e esboce o gráfico.

[Sol] Fazendo y=0, temos:

0 = -x+1 » x = 1

Gráfico:

Note que o gráfico da função y=-x+1, interceptará (cortará) o eixo x em 1, que é a raiz da função.

Sinal de uma função de 1º grau:

Observe os gráficos:

a>0 a<0

Note que para x=-b/a, f(x)=0 (zero da função). Para x>-b/a, f(x) tem o mesmo sinal de a. Para x<-b/a, f(x) tem o sinal contrário ao de a.

Exemplos:

1) Determine o intervalo das seguintes funções para que f(x)>0 e f(x)<0.

a) y = f(x) = x+1

[Sol] x+1>0 » x>-1

Logo, f(x) será maior que 0 quando x>-1

x+1<0 » x<-1

Logo, f(x) será menor que 0 quando x<-1

b) y = f(x) = -x+1

[Sol]* -x+1>0 » -x>-1 » x<1

Logo, f(x) será maior que 0 quando x<1

-x+1<0 » -x<-1 » x>1

Logo, f(x) será menor que 0 quando x>1

(*ao multiplicar por -1, inverte-se o sinal da desi-gualdade)

Exercícios:

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 78

1) Represente graficamente a função defini-da por:

a) f(x) = 2x-1

b) f(x) = -1/2x+3

c) f(x) = 4x

d) f(x) = 1/3x+2

e) f(x) = -3x+6

2) Determine a raiz ou zero de cada uma das seguintes equações:

a) f(x) = 2x+5

b) f(x) = -x+2

c) f(x) = 1/3x+3

d) f(x) = 1-5x

e) f(x) = 4x

Exercício resolvido:

Determine a expressão da função representada pelo gráfico abaixo:

Uma equação do 1º grau é definida por y=ax+b com

Pelo gráfico, concluímos:

Quando x =0, y =2; portanto, o valor de b na expressão é igual a 2

Quando y =0, x = -4 (raiz ou zero da função)

Substituindo os valores em y = ax+b:

0 = -4a + 2

a = 1/2

Logo, a expressão é y = 1/2x+2.

3) As figuras abaixo representam os gráficos de fun-ções, de R em R, determine as expressões que as definem.

a)

b)

Respostas: 3: a) y = -1/2x+2; b) y = x-1

Fonte: http://www.exatas.mat.br/

SISTEMA DE MEDIDAS LEGAIS

A) Unidades de Comprimento B) Unidades de ÁREA C) Áreas Planas D) Unidades de Volume e de Capacidade E) Volumes dos principais sólidos geométricos F) Unidades de Massa

A) UNIDADES DE COMPRIMENTO

Medidas de comprimento: Medir significa comparar. Quando se mede um

determinado comprimento, estamos comparando este comprimento com outro tomado como unidade de medida. Portanto, notamos que existe um número seguido de um nome: 4 metros — o número será a medida e o nome será a unidade de medida.

Podemos medir a página deste livro utilizando um

lápis; nesse caso o lápis foi tomado como unidade de medida ou seja, ao utilizarmos o lápis para medirmos o comprimento

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 79

do livro, estamos verificando quantas vezes o lápis (tomado como medida padrão) caberá nesta página.

Para haver uma uniformidade nas relações humanas

estabeleceu-se o metro como unidade fundamental de medida de comprimento; que deu origem ao sistema métrico decimal, adotado oficialmente no Brasil.

Múltiplos e sub-múltiplos do sistema métrico: Para

escrevermos os múltiplos e sub-múltiplos do sistema métrico decimal, utilizamos os seguintes prefixos gregos:

KILO significa 1.000 vezes HECTA significa 100 vezes DECA significa 10 vezes DECI significa décima parte CENTI significa centésima parte MILI significa milésima parte. 1km = 1.000m 1 m = 10 dm 1hm = 100m e 1 m = 100 cm 1dam = 10m 1 m = 1000 mm

Transformações de unidades: Cada unidade de

comprimento é dez (10) vezes maior que a unidade imediatamente. inferior. Na prática cada mudança de vírgula para a direita (ou multiplicação por dez) transforma uma unidade imediatamente inferior a unidade dada; e cada mudança de vírgula para a esquerda (ou divisão por dez) transforma uma unidade na imediatamente superior.

Ex.: 45 Km ⇒ 45 . 1.000 = 45.000 m

500 cm ⇒ 500 ÷ 100 = 5 m 8 Km e 25 m ⇒ 8.000m + 25m = 8.025 m

ou 8,025 Km. Resumo

Permitido de um polígono: o perímetro de um polígono

é a soma do comprimento de seus lados.

Perímetro de uma circunferência: Como a abertura do

compasso não se modifica durante o traçado vê-se logo que

os pontos da circunferência distam igualmente do ponto zero (0).

Elementos de uma circunferência:

O perímetro da circunferência é calculado multiplican-

do-se 3,14 pela medida do diâmetro. 3,14 . medida do diâmetro = perímetro. B) UNIDADES DE ÁREA: a ideia de superfície já é

nossa conhecida, é uma noção intuitiva. Ex.: superfície da mesa, do assoalho que são exemplos de superfícies planas enquanto que a superfície de uma bola de futebol, é uma superfície esférica.

Damos o nome de área ao número que mede uma

superfície numa determinada unidade. Metro quadrado: é a unidade fundamental de medida

de superfície (superfície de um quadrado que tem 1 m de lado).

Propriedade: Toda unidade de medida de superfície é

100 vezes maior do que a imediatamente inferior. Múltiplos e submúltiplos do metro quadrado: Múltiplos Submúltiplos km

2: 1.000.000 m

2 m

2 cm

2 : 0,0001 m

2

hm2: 10.000 m

2 dm

2: 0,01 m

2

dam2: 100 m

2 mm

2 : 0,000001m

2

1km

2 = 1000000 (= 1000 x 1000)m

2

1 hm2= 10000 (= 100 x 100)m

2

1dam2 =100 (=10x10) m

2

Regras Práticas:

• para se converter um número medido numa unidade para a unidade imediatamente superior deve-se dividi-lo por 100.

• para se converter um número medido numa unidade, para uma unidade imediatamente inferior, deve-se multiplicá-lo por 100.

Medidas Agrárias: centiare (ca) — é o m2

Page 154: cemig_eletricista_062012

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 80

are (a) —é o dam2 (100 m

2)

hectare (ha) — é o hm2

(10000 m2).

C) ÁREAS PLANAS Retângulo: a área do retângulo é dada pelo produto da

medida de comprimento pela medida da largura, ou, medida da base pela medida da altura.

Perímetro: a + a + b + b Quadrado: a área do quadrado é dada pelo produto

“lado por lado, pois sendo um retângulo de lados iguais, base = altura = lado.

Perímetro: é a soma dos quatro lados. Triângulo: a área do triângulo é dada pelo produto da

base pela altura dividido por dois.

Perímetro – é a soma dos três lados. Trapézio: a área do trapézio é igual ao produto da

semi-soma das bases, pela altura.

Perímetro – é a soma dos quatro lados. Losango: a área do losango é igual ao semi-produto

das suas diagonais.

Perímetro – á a soma dos quatro lados.

Área de polígono regular: a área do polígono regular é igual ao produto da medida do perímetro (p) pela medida do apotema (a) sobre 2.

Perímetro – soma de seus lados. DUNIDADES DE VOLUME E CAPACIDADE

Unidades de volume: volume de um sólido é a medida

deste sólido.

Chama-se metro cúbico ao volume de um cubo cuja aresta mede 1 m.

Propriedade: cada unidade de volume é 1.000 vezes

maior que a unidade imediatamente inferior. Múltiplos e sub-múltiplos do metro cúbico:

MÚLTIPIOS SUB-MÚLTIPLOS

km3 ( 1 000 000 000m3) dm3 (0,001 m

3)

hm3 ( 1 000 000 m3) cm

3 (0,000001m

3)

dam3 (1 000 m3) mm3 (0,000 000 001m

3)

Como se vê: 1 km3 = 1 000 000 000 (1000x1000x1000)m

3

1 hm3 = 1000000 (100 x 100 x 100) m

3

1dam3 = 1000 (10x10x10)m

3

1m

3 =1000 (= 10 x 10 x 10) dm

3

1m3

=1000 000 (=100 x 100 x 100) cm3

1m3= 1000000000 ( 1000x 1000x 1000) mm

3

Unidades de capacidade: litro é a unidade

fundamental de capacidade. Abrevia-se o litro por l. O litro é o volume equivalente a um decímetro cúbico. Múltiplos Submúltiplos

hl ( 100 l) dal ( 10 l)

litro l

dl (0,1 l) cl (0,01 l) ml (0,001 l)

Como se vê: 1 hl = 100 l 1 l = 10 dl

Page 155: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 81

1 dal = 10 l 1 l = 100 cl 1 l = 1000 ml

VOLUMES DOS PRINCIPAIS SÓLIDOS

GEOMÉTRICOS Volume do paralelepípedo retângulo: é o mais comum

dos sólidos geométricos. Seu volume é dado pelo produto de suas três dimensões.

Volume do cubo: o cubo é um paralelepipedo

retângulo de faces quadradas. Um exemplo comum de cubo, é o dado.

O volume do cubo é dado pelo produto das medidas

de suas três arestas que são iguais. V = a. a . a = a3 cubo Volume do prisma reto: o volume do prisma reto é

dado pelo produto da área da base pela medida da altura.

Volume do cilindro: o volume do cilindro é dado pelo

produto da área da base pela altura.

F) UNIDADES DE MASSA

— A unidade fundamental para se medir massa de um

corpo (ou a quantidade de matéria que esse corpo possui), é o kilograma (kg).

— o kg é a massa aproximada de 1 dm3 de água a 4 graus de temperatura.

— Múltiplos e sub-múltiplos do kilograma: Múltiplos Submúltiplos kg (1000g) dg (0,1 g) hg ( 100g) cg (0,01 g) dag ( 10 g) mg (0,001 g) Como se vê: 1kg = 1000g 1g = 10 dg 1 hg = 100 g e 1g= 100 cg 1 dag = 10g 1g = 1000 mg

Para a água destilada, 1.º acima de zero. volume capacidade massa 1dm

2 1l 1kg

Medidas de tempo: Não esquecer: 1dia = 24 horas 1 hora = sessenta minutos 1 minuto = sessenta segundos 1 ano = 365 dias 1 mês = 30 dias

Média geométrica

Numa proporção contínua, o meio comum é

denominado média proporcional ou média geométrica dos extremos. Portanto no exemplo acima 8 é a média proporcional entre 4 e 16. O quarto termo de uma proporção contínua é chamado terceira proporcional. Assim, no nosso exemplo, 16 é a terceira proporcional depois de 4 e 8.

Para se calcular a média proporcional ou geométrica

de dois números, teremos que calcular o valor do meio comum de uma proporção continua. Ex.:

16

X

X

4=

4 . 16 x . x x

2 = 64 x

Page 156: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 82

64 =8

4.º proporcional: é o nome dado ao quarto termo de

uma proporção não continua. Ex.:

F

12

8

4= , 4 . x = 8 . 12

x=4

96=24.

Nota: Esse cálculo é idêntico ao cálculo do elemento

desconhecido de uma proporção). Média Aritmética Simples: (ma) A média aritmética simples de dois números é dada

pelo quociente da soma de seus valores e pela quantidade das parcelas consideradas.

Ex.: determinar a ma de: 4, 8, 12, 20

114

44

4

201284am ==

+++=

Média Aritmética Ponderada (mv): A média aritmética ponderada de vários números aos

quais são atribuídos pesos (que indicam o número de vezes que tais números figuraram) consiste no quociente da soma dos produtos — que se obtém multiplicando cada número pelo peso correspondente, pela soma dos pesos.

Ex.: No cálculo da média final obtida por um aluno

durante o ano letivo, usamos a média aritmética ponderada. A resolução é a seguinte:

Matéria Notas Peso Português 60,0 5 Matemática 40,0 3 História 70,0 2

235

2 . 70 3 40 5 . 60pm

++

++=

5610

140 120 300=

++=

ÂNGULO Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ângulo É a região de um plano concebida pela

abertura de duas semi-retas que possuem uma origem em comum, dividindo este plano em duas partes. A abertura do ângulo é uma propriedade invariante deste e é medida, no SI, em radianos.

Unidades de medidas para ângulos De forma a medir um ângulo, um círculo com centro

no vértice é desenhado. Como a circunferência do círculo é sempre diretamente proporcional ao comprimento de seu raio, a medida de um ângulo é independente do tamanho do círculo. Note que ângulos são adimensionais, desde que sejam definidos como a razão dos comprimentos.

• A medida em radiano de um ângulo é o comprimento do arco cortado pelo ângulo, dividido pelo raio do círculo. O SI utiliza o radiano como o unidade derivada para ângulos. Devido

ao seu relacionamento com o comprimento do arco, radianos são uma unidade especial. Senos e cossenos cujos argumentos estão em radianos possuem propriedades analíticas particulares, tal como criar funções exponenciais em base e.

• A medida em graus de um ângulo é o comprimento de um arco, dividido pela circunferência de um círculo e multiplicada por 360. O símbolo de graus é um pequeno círculo sobrescrito °. 2π radianos é igual a 360° (um círculo completo), então um radiano é aproximadamente 57° e um grau é π/180 radianos.

• O gradiano, também chamado de grado, é uma medida angular onde o arco é divido pela circunferência e multiplicado por 400. Essa forma é usado mais em triangulação.

• O ponto é usado em navegação, e é definida como 1/32 do círculo, ou exatamente 11,25°.

• O círculo completo ou volta completa representa o número ou a fração de voltas completas. Por exemplo, π/2 radianos = 90° = 1/4 de um círculo completo.

O ângulo nulo é um ângulo que tem 0º. A classificação dos ângulos é por sua

(normalmente) circunferência em graus. Tipos de ângulos Com relação às suas medidas, os ângulos podem

ser classificados como • Nulo: Um ângulo nulo mede 0º ou 0 radianos. • Agudo: Ângulo cuja medida é maior do que 0º

(ou 0 radianos) e menor do que 90º (ou π/2 radianos).

• Reto: Um ângulo reto é um ângulo cuja medida é exatamente 90º (ou π/2 radianos). Assim os seus lados estão localizados em retas perpendiculares.

• Obtuso: É um ângulo cuja medida está entre 90º e 180º (ou entre π/2 e π radianos).

• Raso: Ângulo que mede exatamente 180º (ou π radianos), os seus lados são semi-retas opostas.

• Côncavo: Ângulo que mede mais de 180º (ou π radianos) e menos de 360º (ou 2π radianos).

• Giro ou Completo: Ângulo que mede 360º (ou 2π radianos). Também pode ser chamado de Ângulo de uma volta.

O ângulo reto (90º) é provavelmente o ângulo mais

importante, pois o mesmo é encontrado em inúmeras aplicações práticas, como no encontro de uma parede com o chão, os pés de uma mesa em relação ao seu tampo, caixas de papelão, esquadrias de janelas, etc...

Um ângulo de 360 graus é o ângulo que completa o

círculo. Após esta volta completa este ângulo coincide com o ângulo de zero graus mas possui a grandeza de 360 graus (360 º).

Observação: É possível obter ângulos maiores do

que 360º mas os lados destes ângulos coincidirão com os lados dos ângulos menores do que 360º na medida

Page 157: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 83

que ultrapassa 360º. Para obter tais ângulos basta subtrair 360º do ângulo até que este seja menor do que 360º.

VELOCIDADE A velocidade é uma grandeza vetorial, ou seja, tem

direção e sentido, além do valor numérico. Duas velocidades só serão iguais se tiverem o mesmo módulo, a mesma direção e o mesmo sentido.

Velocidade é a grandeza física que informa com que

rapidez e em qual direção um móvel muda de posição no tempo. Sua determinação pode ser feita por meio de um valor médio (que relaciona o deslocamento total de um corpo ao intervalo de tempo decorrido desde que ele deixou a posição inicial até quando chegou ao fim do percurso) ou do valor instantâneo, que diz como a posição varia de acordo com o tempo num determinado instante.

A velocidade média de um trem que percorre cem

quilômetros em duas horas é de cinquenta quilômetros por hora. O valor médio da velocidade de um corpo é igual à razão entre o espaço por ele percorrido e o tempo gasto no deslocamento, de acordo com a fórmula v = s/t. A representação gráfica da velocidade deve ser feita, em cada ponto, por um segmento orientado que caracteriza seu módulo, sua direção (tangente à trajetória) e seu sentido (que coincide com o sentido do movimento). No intervalo de duas horas, a velocidade do trem pode ter variado para mais ou para menos em torno da velocidade média. A determinação da velocidade instantânea se faz por meio do cálculo da velocidade média num intervalo de tempo tão próximo de zero quanto possível. O cálculo diferencial, inventado por Isaac Newton com esse fim específico, permite determinar valores exatos da velocidade instantânea de um corpo.

GEOMETRIA NO PLANO E NO ESPAÇO. PERÍMETRO.

1.POSTULADOS a) A reta é ilimitada; não tem origem nem

extremidades. b) Na reta existem infinitos pontos. c) Dois pontos distintos determinam uma única reta

(AB).

2. SEMI-RETA Um ponto O sobre uma reta divide-a em dois

subconjuntos, denominando-se cada um deles semi-reta.

3. SEGMENTO

Sejam A e B dois pontos distintos sobre a reta AB .

Ficam determinadas as semi-retas: AB e BA .

A intersecção das duas semi-retas define o

segmento AB .

4. ÂNGULO A união de duas semi-retas de mesma origem é um

ângulo.

5. ANGULO RASO É formado por semi-retas opostas.

6. ANGULOS SUPLEMENTARES São ângulos que determinam por soma um ângulo

raso.

7. CONGRUÊNCIA DE ÂNGULOS O conceito de congruência é primitivo. Não há

definição. lntuitivamente, quando imaginamos dois ângulos coincidindo ponto a ponto, dizemos que possuem a mesma medida ou são congruentes (sinal de congruência: ≅ ).

8. ÂNGULO RETO Considerando ângulos suplementares e con-

gruentes entre si, diremos que se trata de ângulos retos.

ABBAAB =∩

Page 158: cemig_eletricista_062012

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 84

9. MEDIDAS 1 reto ↔ 90° (noventa graus)

1 raso ↔ 2 retos ↔ 180° 1° ↔ 60' (um grau - sessenta minutos)

1' ↔ 60" (um minuto - sessenta segundos) As subdivisões do segundo são: décimos,

centésimos etc.

10. ÂNGULOS COMPLEMENTARES São ângulos cuja soma é igual a um ângulo reto.

11. REPRESENTAÇÃO x é o ângulo; (90° – x) seu complemento e (180° – x) seu suplemento.

12. BISSETRIZ É a semi-reta que tem origem no vértice do ângulo e

o divide em dois ângulos congruentes.

13. ANGULOS OPOSTOS PELO VÉRTICE São ângulos formados com as semi-retas apostas

duas a duas.

14. TEOREMA FUNDAMENTAL SOBRE RETAS PARALELAS

Se uma reta transversal forma com duas retas de um plano ângulos correspondentes congruentes, então as retas são paralelas.

qd

pc

nb

ma

))

))

))

))

ângulos correspondentes congruentes

Consequências: a) ângulos alternos congruentes:

externos) qb internos) 180mc

(alternos pa (alternos 1800

0

))))

))))

≅=≅

≅=≅ nd

b) ângulos colaterais suplementares:

internos) s(colaterai180

180 m d

) (180

180 q a

o

o

=+

=+

=+

=+

o

o

nc

externoscolateraispb

))

))

))

))

15. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1) Determine o complemento de 34°15'34".

Resolução: 89° 59' 60"

- 34° 15' 34" 55° 44' 26"

Resp.: 55° 44' 26" 2) As medidas 2x + 20° e 5x – 70° são de ângulos

opostos pelo vértice. Determine-as. Resolução: 2x + 20° = 5x – 70° ⇔

⇔ + 70° + 20° = 5x – 2x ⇔

⇔ 90° = 3x ⇔ Resp. : os ângulos medem 80º

3) As medidas de dois ângulos complementares estão entre si como 2 está para 7. Calcule-as. Resolução: Sejam x e y as medidas de 2 ângulos complementares. Então:

+=+

=+⇔

=

=+

17

2 1

y

x

90 y x

7

2

y

x

90 y x o o

90o = 89o 59’ 60”

Ângulos apostos pelo vértice são congruentes (Teorema).

x = 30°

Page 159: cemig_eletricista_062012

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 85

=

=+

=+

=+

7

990

y

90 y x

7

9

y

yx

90 y x o

oo

⇒ x = 20° e y = 70° Resp.: As medidas são 20° e 70°.

4) Duas retas paralelas cortadas por uma

transversal formam 8 ângulos. Sendo 320° a soma dos ângulos obtusos internos, calcule os demais ângulos.

Resolução: De acordo com a figura seguinte, teremos pelo

enunciado: â + â = 320° ⇔ 2â = 320° ⇔

Sendo b a medida dos ângulos agudos, vem:

a)

+ b)

= 180° ou 160° + b)

= 180° ⇒ b)

= 20° Resp.: Os ângulos obtusos medem 160° e os

agudos 20°.

5) Na figura, determine x.

Resolução: Pelos ângulos alternos internos: x + 30° = 50° ⇒

16. TRIÂNGULOS 16.1 – Ângulos

externos angulos são C ;B ;A

internos ângulos são C ;B ;A

lados os são ;BC ;

BC AB ABC

exexex

)))

)))CAAB

CA∪∪=∆

LEI ANGULAR DE THALES:

Consequências:

C B 180 C B A

180 A ex )))

)))

))

+=⇒

°=++

°=+exA

A

Analogamente:

Soma dos ângulos externos: 16.2 – Classificação

Obs. : Se o triângulo possui os 3 ângulos menores

que 90°, é acutângulo; e se possui um dos seus ângulos maior do que 90°, é obtusângulo.

16.3 - Congruência de triângulos Dizemos que dois triângulos são congruentes

quando os seis elementos de um forem congruentes com os seis elementos correspondentes do outro.

â = 160°

x = 20°

°=++ 180 C B )))

A

A B C

C A

ex

)))

)))

+=

+=exB

°=++ 360 C B A exexex

)))

Page 160: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 86

C'A' AC

'C'B BC

B'A' AB

e

'C C

'B B

'A A

))

))

))

C'B'A' ∆≅∆⇔ ABC 16.4 - Critérios de congruência LAL: Dois triângulos serão congruentes se pos-

suírem dois lados e o ângulo entre eles congruentes.

LLL: Dois triângulos serão congruentes se pos-suírem os três lados respectivamente con-gruentes.

ALA : Dois triângulos serão congruentes se pos-suírem dois ângulos e o lado entre eles congruentes.

LAAO : Dois triângulos serão congruentes se pos-suírem dois ângulos e o lado oposto a um deles congruentes.

16.5 - Pontos notáveis do triângulo a) O segmento que une o vértice ao ponto médio

do lado oposto é denominado MEDIANA. O encontro das medianas é denominado BARICENTRO.

G é o baricentro Propriedade: AG = 2GM

BG = 2GN CG = 2GP

b) A perpendicular baixada do vértice ao lado

oposto é denominada ALTURA. O encontro das alturas é denominado ORTOCENTRO.

c) INCENTRO é o encontro das bissetrizes in-

ternas do triângulo. (É centro da circunferência inscrita.)

d) CIRCUNCENTRO é o encontro das mediatrizes dos lados do triângulo, lÉ centro da circunferência circunscrita.)

16.6 – Desigualdades

Teorema: Em todo triângulo ao maior lado se opõe o maior ângulo e vice-Versa.

Em qualquer triângulo cada lado é menor do que a

soma dos outros dois.

16.7 - EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1) Sendo 8cm e 6cm as medidas de dois lados de

um triângulo, determine o maior número inteiro possível para ser medida do terceiro lado em cm.

Resolução:

x < 6 + 8 ⇒ x < 14

6 < x + 8 ⇒ x > – 2 ⇒ 2 < x < 14

8 < x + 6 ⇒ x > 2

Assim, o maior numero inteiro possível para medir o

terceiro lado é 13.

2) O perímetro de um triângulo é 13 cm. Um dos lados é o dobro do outro e a soma destes dois lados é 9 cm. Calcule as medidas dos lados.

Resolução:

a + b + c = 13 a = 2b 3b = 9 a + b = 9

e

Portanto: As medidas são : 3 cm; 4 cm; 6 cm

3) Num triângulo isósceles um dos ângulos da

base mede 47°32'. Calcule o ângulo do vértice. Resolução:

b = 3 a = 6

c = 4

Page 161: cemig_eletricista_062012

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 87

x + 47° 32' + 47° 32' = 180° ⇔

x + 94° 64' = 180° ⇔

x + 95° 04' = 180° ⇔

x = 180° – 95° 04' ⇔

x = 84° 56' rascunho: 179° 60' – 95° 04' 84° 56' Resp. : O ângulo do vértice é 84° 56'. 4) Determine x nas figuras: a)

b)

Resolução: a) 80° + x = 120° ⇒ x = 40°

b) x + 150° + 130° = 360° ⇒ x = 80°

5) Determine x no triângulo: Resolução:

Sendo ABC∆ isósceles, vem: C ))

≅B e portanto:

°=≅ 50 C ))

B , pois °=++ 180 C B )))

A . Assim, x = 80° + 50° ⇒ x = 130°

17. POLIGONOS

O triângulo é um polígono com o menor número de lados possível (n = 3),

De um modo geral dizemos; polígono de n lados. 17.1 - Número de diagonais

( n = número de lados ) De 1 vértice saem (n – 3) diagonais. De n vértices saem n . (n – 3) diagonais; mas, cada

uma é considerada duas vezes.

Logo ; 2

)3 -n (n =d

17.2 - Soma dos ângulos internos

17.3 - Soma dos ângulos externos

17.4 – Quadriláteros a) Trapézio:

"Dois lados paralelos".

DC // AB

b) Paralelogramo: “Lados opostos paralelos dois a dois”.

BC // AD e DC // AB

Propriedades: 1) Lados opostos congruentes. 2) Ângulos apostos congruentes. 3) Diagonais se encontram no ponto médio

2

)3 -n (n =d

Si = 180° ( n – 2 )

Se = 360°

Page 162: cemig_eletricista_062012

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 88

c) Retângulo: "Paralelogramo com um ângulo reto".

Propriedades: 1) Todas as do paralelogramo. 2) Diagonais congruentes.

d) Losango:

"Paralelogramo com os quatro lados congruentes".

Propriedades: 1) Todas as do paralelogramo. 2) Diagonais são perpendiculares. 3) Diagonais são bissetrizes internas.

e) Quadrado: "Retângulo e losango ao mesmo tempo".

Obs: um polígono é regular quando é equiângulo e

equilátero.

SEMELHANÇAS

1. TEOREMA DE THALES Um feixe de retas paralelas determina sobre um

feixe de retas concorrentes segmentos cor-respondentes proporcionais.

etc...

... NP

MP

FG

EG

BC

AC

... PQ

MN

GH

EF

===

===CD

AB

2. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS Dada a correspondência entre dois triângulos,

dizemos que são semelhantes quando os ângulos correspondentes forem congruentes e os lados correspondentes proporcionais.

3. CRITÉRIOS DE SEMELHANÇA a) (AAL) Dois triângulos possuindo dois ângulos

correspondentes congruentes são semelhantes.

b) (LAL) Dois triângulos, possuindo dois lados proporcionais e os ângulos entre eles formados congruentes, são seme-lhantes.

c) (LLL) Dois triângulos, possuindo os três lados proporcionais, são semelhantes.

Representação:

k C'A'

AC

C'B'

BC

B'A'

AB

e

'C C

'B B

'A

C'B'A' ~

===

⇔∆∆))

))

))A

ABC

razão de semelhança Exemplo: calcule x

Resolução :

6 x

6

9

4

x

MC

AC

MN

AB

MNC ~

=∴=⇒=

⇔∆∆ABC

4. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

Na figura:

Page 163: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 89

A é vértice do ângulo reto (Â = 90° )

°=+ 90 C ))

B

m = projeção do cateto c sobre a hipotenusa a

n = projeção do cateto b sobre a hipotenusa a H é o pé da altura AH = h.

4.1 – Relações

a)

HB

CB

AB CAB ~ AHB

2 ⋅=⇔

⇔⇔⇔∆∆

CBAB

AB

HB

ou (I)

HCBCAC

AC

HC

⋅=⇔

⇔=⇔∆∆

2

BC

AC BAC~ AHC

ou (II)

b)

HBCHAH

HA

HBAHB

⋅=⇔

⇔=⇔∆∆

2

CH

AH CHA ~

ou (III)

Consequências: (I) + (II) vem:

4.2 - TEOREMA DE PITÁGORAS Exemplo:

Na figura, M é ponto médio de BC , Â = 90°

e M = 90°. Sendo AB = 5 e AC = 2, calcule Al.

Resolução: a) Teorema de Pitágoras:

⇒+=⇒+= 2 22222 2 5 BC AC AB BC

e 38,529 ≅=⇒ BC

b) ou ~BI

BC

MB

ABMBIABC =⇔∆∆

9,210

2929

2

29

5==⇔= BI

BI

Logo, sendo AI = AB - BI, teremos:

AI = 5 - 2,9 ⇒

5. RELAÇÕES MÉTRICAS NO CÍRCULO

Nas figuras valem as seguintes relações:

2δ =PA . PB=PM . PN

o número

2δ é denominado Potência do ponto

P em relação à circunferência.

2δ = 22 Rd −

6. POLÍGONOS REGULARES a) Quadrado:

c2 = a . m

b2 = a . n

Cada cateto é média proporcional entre a hipotenusa e a sua projeção sobre a mesma.

h2 = m . n

A altura é média proporcional entre os seg-mentos que determina sobre a hipotenusa

a2 + b

2 = c

2

2

29=MB

AI = 2,1

( )

222

22

22 b

abc

nmabc

anamc

a

=+⇔

⇔+=+⇔

⇔+=+

Page 164: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 90

AB = lado do quadrado ( l 4)

OM = apótema do quadrado (a4) OA = OB = R = raio do círculo Relações:

• ⇒+= 222RRAB

• ⇒= 2

ABOM

• Área do quadrado:

b) Triângulo equilátero:

AC = 3l (lado do triângulo)

OA = R (raio do círculo) OH = a (apótema do triângulo)

Relações: AC

2 = AH

2 + HC

2 ⇒

(altura em função do lado)

• AO = 2 OH ⇒

(o raio é o dobro do apótema) • (lado em função do raio)

• Área:

(área do triângulo equilátero em função do lado) c) Hexágono regular:

AB = 6l (lado do hexágono)

OA = OB = R (raio do círculo) OM = a (apótema)

Relações:

• ∆ OAB é equilátero ⇒ OM é altura ∆ OAB ⇒ • Área: •

ABCSS ∆⋅= 6 ⇒

7. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1) Num triângulo retângulo os catetos medem 9 cm

e 12 cm. Calcule as suas projeções sobre a hipotenusa. Resolução:

a) Pitágoras: a2 = b

2 + c

2 ⇒

⇒ a

2 =12

2 + 9

2⇒

b) C2 = a . m ⇒ 9

2 = 15 . m ⇒

c) b

2 = a . n ⇒ 12

2 = 15 . n ⇒

2) As diagonais de um losango medem 6m e 8m.

Calcule o seu perímetro: Resolução:

⇒+= 222 34l

O perímetro é:

O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.

24

4l

=a

244 l=S

2

33l=h

R = 2a

33 R=l

4

323l=S

2

3Ra =

2

33 2R

S =

a = 15 cm

m = 5,4 cm

n = 9,6 cm

m 5=l

P = 4 X 5 m = 20 m

Page 165: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 91

3) Calcule x na figura:

Resolução: PA . PB = PM . PN ⇒ 2. ( 2 + x ) = 4 X 10 ⇔

4 + 2 x = 40 ⇔ 2 x = 36 ⇔

⇔ 4) Calcule a altura de um triângulo equilátero cuja

área é 39 m2:

Resolução:

∴=⇒=4

339

4

3 22ll

S

∴=⇒=2

36

2

3hh

l

32

222

2

22

642

422

RRRV

RRRA

RRRA

T

ππ

πππ

ππ

=⋅=

=+⋅=

=⋅=l

TEOREMA DE PITÁGORAS Relembrando: Triângulo retângulo é todo triângulo

que possui um ângulo interno reto. ( = 90º)

Obs: Num triângulo retângulo o lado oposto ao ân-

gulo reto é chamado hipotenusa e os lados adjacentes ao ângulo reto são chamados catetos.

Teorema de Pitágoras Enunciado: Num triângulo retângulo, o quadrado da

medida da hipotenusa é igual à soma dos quadrados das medidas dos catetos.

Exemplo:

Exemplo numérico:

Exercícios: 1) Num triângulo retângulo os catetos medem 8 cm

e 6 cm; a hipotenusa mede:

a) 5 cm b) 14 cm c) 100 cm d) 10 cm

2) Num triângulo retângulo os catetos medem 5 cm

e 12 cm. A hipotenusa mede: a) 13cm b) 17 cm c) 169 cm d) 7 cm 3) O valor de x na figura abaixo é:

Respostas: 1) d 2) a 3) x = 3 RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS DO TRIÂNGU-

LO RETÂNGULO Vamos observar o triângulo retângulo ABC (reto em

A).

Nos estudos que faremos nesta unidade, se faz ne-

cessário diferenciar os dois catetos do triângulo. Usa-mos para isso a figura que acabamos de ver.

Tomando como referência o ângulo E. dizemos que:

• AC é o cateto oposto de B:

• AB é o cateto adjacente ao ângulo B.

Tomando como referência o ângulo C, dizemos que:

• AC o cateto adjacente ao ângulo C;

x=18

m 6=l

m h 33=

Page 166: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 92

• AB é o cateto oposto ao ângulo C. Razões trigonométricas Num triângulo retângulo, chama-se seno de um ân-

gulo agudo o número que expressa a razão entre a medida do cateto oposto a esse ângulo e a medida da hipotenusa.

O seno de um ângulo o indica-se por sen α.

a

b B sen

hipotenusa da medida

B a oposto cateto do medida B sen =⇒=

a

c Csen

hipotenusa da

C a oposto cateto do medida Csen =⇒=

medida

Num triângulo retângulo, chama-se cosseno de um

ângulo agudo o número que expressa a razão entre a medida do cateto adjacente ao ângulo e a medida da hipotenusa.

O cosseno de um ângulo a indica-se por cos α.

a

c B cos

hipotenusa da medida

B a adjacente cateto do medida B cos =⇒=

a

b C cos

hipotenusa da medida

C a adjacente cateto do medida C cos =⇒=

Num triângulo retângulo chama-se tangente de um

ângulo agudo o número que expressa a razão entre a medida do cateto oposto e a medida do cateto adjacen-te a esse ângulo.

A tangente de um ângulo a indica-se por tg α

b

c C tg

C a adjacente

C a oposto cateto C tg =⇒=cateto

.

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS NUM TRIÂN-GULO QUALQUER

No triângulo da figura destacamos: • h1 : medida de altura relativa ao lado BC: • h2 : medida da altura relativa ao lado AB,

no ∆ retângulo ABH1 ( H1 é reto):

B sen ch c

h B sen 1

1 ⋅=⇒=

No ∆ retângulo ACH1 ( H1 é reto):

C h b

h Csen 1

1 senb ⋅=⇒=

Comparando 1 e 2. temos:

c . sen B = b . sen C B sen

b

C sen

c =⇒

No ∆ retângulo BCH2 ( H é reto):

sen B = 22 h

a

h⇒ = a . sen B

No ∆ retângulo ACH2 (H é reto):

sen A = 22 h

b

h⇒ = b . sen A

Comparando 4 e 5, temos:

a . sen B = b . sen A B sen

b

Asen

a =⇒

Comparando 3 e 5. temos:

C sen

c

B sen

b

Asen

a ==

Observação: A expressão encontrada foi desen-

volvida a partir de um triângulo acutângulo. No entanto, chegaríamos à mesma expressão se tivéssemos parti-do de qualquer triângulo. Daí temos a lei dos senos:

C sen

c

B sen

b

Asen

a ==

Exemplo: No triângulo da figura calcular a medida x:

Resolução:

Pela lei dos senos:

Page 167: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 93

2

3

x

2

2

8

60 sen

x

45 sen

8 =⇒

°=

°

2

2.

2

38

2

2

2

38=⇒=⇒ x

x

6 4 x 2

68 x ` =⇒=⇒

LEI DOS COSENOS 1. No triângulo acutângulo ABC, temos b

2 = a

2 +

c2 - 2am

No triângulo retângulo ABH. temos: cos B = c

m ⇒

m = C . cos b Substituindo 2 em 1: b2 = a2 + c2 - 2ac . cos B A expressão foi mostrada para um triângulo acutân-

gulo. Vejamos, agora, como ela é válida, também. para os triângulos obtusângulos:

No triângulo obtusângulo ABC, temos: b

2 = a

2 + c

2

+ 2am

No triângulo retângulo AHB. temos: cos ( 180

º – B)

= c

m

Como cos (180

º – B) = – cos B, por uma propriedade

não provada aqui, temos que:

– cos B = c

m ⇒ m = – c . cos B

Substituindo 2 em 1, temos: b

2 = a

2 + c

2 + 2 . a .( –c . cos B )

b

2 = a

2 + c

2 – 2 a c . cos B

Dai a lei dos cosenos:

a

2 = b

2 + c

2 – 2 b . c . cos A

b2 = a

2 + c

2 – 2 a . c . cos B

c2 = a

2 + b

2 – 2 a . b . cos C

Exemplo: No triângulo abaixo calcular a medida de b

Resolução: Aplicando ao triângulo dado a lei dos

cosenos: b

2 = 10

2 + 6

2 – 2 . 10 . 6 . cos 60

º

b2 = 100 + 36

– 120 .

2

1

b2 = 76 ⇒ b = 76 ⇒ b = 192

Exercícios Resolva os seguintes problemas:

1) Num triângulo ABC, calcule b e c, sendo A = 30º,

B = 45º e a = 2cm

2) Num triângulo ABC, calcule A e C , sendo B =

105º, b =

2

2 cm e c =

2

26 − cm.

3) Calcule o perímetro do triângulo abaixo:

4) Calcule x na figura:

5) Calcule A e C num triângulo ABC onde b = 1, c

= 3 +1 e B = 15º.

6) Calcule a num triângulo ABC, onde b = 4 cm, c =

3 cm e A = 30º.

7) Calcule as diagonais de um paralelogramo cujos

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 94

lados medem 6cm e 2 cm e formam um ângulo de

45º. 8) Calcule a área de um triângulo ABC, sabendo

que o lado AB mede 2cm, o lado BC mede 5cm e que

esses lados formam entre si um ângulo de 30º.

9) Calcule a medida da diagonal maior do losango da figura abaixo:

Respostas

1) b = 2 2 cm, c = 6 + 2 cm

2) A = 30º ; C = 45

º

3) ( 2 3 + 6 – 2 ) cm

4) x = 100 2 cm

5) C = 45º; A = 120

º

6) a = 7 cm

7) d1 = 26 ; d2 = 50

8) 2,5 cm2

9) 108 cm

ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

RETÂNGULO

A = b . h A = área b = base h = altura Perímetro: 2b + 2h Exemplo 1 Qual a área de um retângulo cuja altura é 2 cm e

seu perímetro 12 cm? Solução: A = b. h

h = 2 cm 2 + b + 2 + b = 12 2 b + 4 = 12

2b = 12 - 4 2b = 8 b = 8 ÷ 2=4 b =4cm

A = 4 . 2

A = 8 cm2

QUADRADO PERÍMETRO: L + L + L + L = 4L

Área do quadrado:

Exemplo 2 Qual a área do quadrado de 5 cm de lado?

Solução: A = l2

l = 5 cm

A = 52

A = 25 cm

2

PARALELOGRAMO A = área do paralelogramo:

Perímetro: 2b + 2h

Exemplo 3 A altura de um paralelogramo é 4 cm e é a

metade de sua base. Qual é suá área ? Solução: A = b .h

h = 4cm b = 2 . h b = 2 . 4 = 8cm

A = 8 . 4 A = 32 m2

TRIÂNGULO Perímetro: é a soma dos três lados. Área do triângulo:

A = = 2 l l l⋅

A = B . H

A = b h

2

Page 169: cemig_eletricista_062012

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Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 95

Exemplo 4: A altura de um triângulo é 8 cm e a sua base é a

metade da altura. Calcular sua área.

Solução: A = b h

2

h = 8cm

b = h

2

8

24= = cm

2

4 8 =

⋅A

A = 16 m2

TRAPÉZIO Perímetro: B + b + a soma dos dois lados. Área do trapézio:

B = base maior b = base menor h = altura

Exemplo 5:

Calcular a área do trapézio de base maior de 6 cm, base menor de 4 cm. e altura de 3 cm.

Solução:

( )2

b +B =A

h⋅

B = 6 cm b = 4 cm h = 3 cm

( )A =

6 + 4 ⋅ 3

2

A = 15 cm2

LOSANGO

D= diagonal maior d = diagonal menor Perímetro = é a soma dos quatro lados. Área do losango:

Exemplo 6: Calcular a área do losango de diagonais 6 cm

e 5 cm.

Solução: A = D d

2

A = 6 5

2

A = 15 cm2

CIRCULO

Área do círculo:

A = área do círculo R = raio π = 3,14 Exemplo 7 O raio de uma circunferência é 3 cm. Calcular a sua

área.

A = R2π

A = 3,14 . 32

A = 3,14 . 9

A = 28,26 cm2

Geometria no Espaço

1. PRISMAS

São sólidos que possuem duas faces apostas paralelas e congruentes denominadas bases.

la = arestas laterais

h = altura (distância entre as bases)

Cálculos:

bA = área do polígono da base.

lA = soma das áreas laterais.

(área total). (volume)

1.1 – Cubo O cubo é um prisma onde todas as faces são

quadradas. (área total)

A = D d

2

A = R2π

bT AAA 2+=l

V = Ab . h

AT = 6 . a2

Page 170: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 96

(volume)

a = aresta

Para o cálculo das diagonais teremos:

(diagonal de uma face)

(diagonal do cubo)

1.2 - Paralelepípedo reto retângulo

dimensões a, b, c (área total)

(volume)

(diagonal)

2. PIRÂMIDES São sólidos com uma base plana e um vértice fora

do plano dessa base.

Para a pirâmide temos:

bA = área da base

lA = álea dos triângulos faces laterais

(área total)

(volume)

2.1 - Tetraedro regular É a pirâmide onde todas as faces são triângulos

equiláteros.

Tetraedro de aresta a : ( altura )

(área total) ( volume ) 3. CILINDRO CIRCULAR RETO

As bases são paralelas e circulares; possui uma superfície lateral.

( área da base) ( área lateral )

V = a3

2ad =

3aD =

AT = 2 ( ab + ac + bc )

V = abc

222 cbaD ++=

bT AAA +=l

hAV b ⋅=3

1

3

6ah =

32aA T =

12

23aV =

2RA b π=

hRA ⋅= π2l

Page 171: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 97

( área total )

( volume )

3.1 - Cilindro equilátero Quando a secção meridiana do cilindro for

quadrada, este será equilátero.

Logo:

32

222

2

22

642

422

RRRV

RRRA

RRRA

T

ππ

πππ

ππ

=⋅=

=+⋅=

=⋅=l

4. CONE CIRCULAR RETO g é geratriz.

∆ ABC é secção meridiana.

g2 = h2 + R2

RgA π=l

(área lateral)

2RA b π= (área da base)

bT AAA +=l

(área total)

(volume)

4.1 - Cone equilátero

Se o ∆ ABC for equilátero, o cone será deno- minado equilátero.

3Rh = (altura) 2RA b π= (base)

222 RRRA ππ =⋅=l

(área lateral)

23 RA T π= (área total)

(volume)

5. ESFERA

Perímetro do círculo maior: 2π R Área da superfície: 4π R

2

Volume:

Área da secção meridiana: π R

2.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1 1) Os 3/4 do valor do suplemento de um angulo de

60° são: a) 30° b) 70º c) 60º d) 90º e) 100º

2) A medida de um ângulo igual ao dobro do seu

lAAA bT += 2

hAV b ⋅=

hAv b ⋅⋅=3

1

33

1 3RV π=

3

3

4Rπ

Page 172: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 98

complemento é: a) 60° b) 20º c) 35º d) 40º e) 50°

3) O suplemento de 36°12'28" é: a) 140º 27’12” b) 143°47'32" c) 143°57'42" d) 134°03'03" e) n.d.a.

4) número de diagonais de um polígono convexo de

7 lados é: a) 6 b) 8 c) 14 d) 11 e) 7

5) O polígono que tem o número de lados igual ao

número de diagonais é o: a) quadrado b) pentágono c) hexágono d) de15 lados e) não existe

6) O número de diagonais de um polígono convexo é

o dobro do número de vértices do mesmo. Então o número de lados desse polígono é: a) 2 b) 3 c) 4 d) 6 e) 7

7) A soma dos ângulos internos de um pentágono é

igual a: a) 180° b) 90° c) 360° d) 540° e) 720°

8) Um polígono regular tem 8 lados; a medida de um dos seus ângulos internos é: a) 135° b) 45° c) 20° d) 90° e) 120°

9) O encontro das bissetrizes internas de um

triângulo é o: a) bicentro b) baricentro c) incentro d) metacentro e) n.d.a.

10) As medianas de um triângulo se cruzam num

ponto, dividindo-se em dois segmentos tais que um deles é: a) o triplo do outro b) a metade do outro c) um quinto do outro

d) os 3

2do outro

e) n.d.a.

11) Entre os.critérios abaixo, aquele que não garante a congruência de triângulos é: a) LLL b) ALA c) LAAO d) AAA e) LAL

12) O menor valor inteiro para o terceiro lado de um

triângulo, cujos outros dois medem 6 e 9, será: a) 4 b) 10 c) 6 d) 7 e) 1

13) Num paralelogramo de perímetro 32cm e um dos lados10cm, a medida para um dos outros lados é: a) 6 cm b) 12 cm c) 20 cm d) 22 cm e) 5 cm

RESPOSTAS AOS EXERCICIOS PROPOSTOS

1) d 2) a

6) e 7) d

11) d 12) a

3) b 4) c 5) b

8) a 9) c

10) b

13) a

EXERCÍCIOS PROPOSTOS 2

1) Na figura AB = 4 cm BC = 6 cm MN = 8 cm Então, NP vale: a) 10 cm b) 8 cm c) 1 2 cm d) 6 cm e) 9 cm

2) Com as retas suportes dos lados (AD e BC) não

paralelos do trapézio ABCD, construímos o ∆ ABE. Sendo AE = 12 cm; AD = 5 cm; BC = 3 cm. O valor de BE é:

a) 6,4cm b) 7,2 cm c) 3,8 cm d) 5,2 cm e) 8,2cm 3) O lado AB de um ∆ ABC mede 16 cm. Pelo ponto D

pertencente ao lado AB, distante 5 cm de A, constrói-se paralela ao lado BC que encontra o lado AC em E a 8 cm de A. A medida de AC é:

a) 15,8 cm b) 13,9 cm c) 22,6 cm d) 25,6 cm e) 14 cm

4) A paralela a um dos lados de um triângulo divide os

outros dois na razão 3/4. Sendo 21cm e 42 cm as medidas desses dois lados. O maior dos segmentos determinado pela paralela mede:

a) 9cm b) 12cm c) 18 cm d) 25 cm e) 24 cm

5) Num trapézio os lados não paralelos prolongados

determinam um triângulo de lados 24 dm e 36 dm. O menor dos lados não paralelos do trapézio mede 10 dm. O outro lado do trapézio mede:

a) 6 dm b) 9 dm c) 10 dm d) 13 dm e) 15 dm

6) Num triângulo os lados medem 8 cm; 10 cm e 15 cm. O lado correspondente ao menor deles, num segundo triângulo semelhante ao primeiro, mede 16cm. O perímetro deste último triângulo é:

a) 60 cm b) 62 cm c) 66 cm d) 70 cm e) 80 cm

7) Dois triângulos semelhantes possuem os seguintes perímetros: 36 cm e 108 cm. Sendo 12 cm a medida de um dos lados do primeiro, a medida do lado correspondente do segundo será:

a) 36 cm b) 48 cm c) 27 cm d) 11 cm e) 25 cm

8) A base e a altura de um retângulo estão na razão 5

12

. Se a diagonal mede 26cm, a base medida será: a) 12 cm b) 24 cm c) 16 cm d) 8 cm e) 5 cm

Page 173: cemig_eletricista_062012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 99

9) A altura relativa à hipotenusa de um triângulo mede

14,4 dm e a projeção de um dos catetos sobre a mesma 10,8 dm. O perímetro do triângulo é:

a) 15 dm b) 32 dm c) 60 dm d) 72 dm e) 81 dm

10) A altura relativa à hipotenusa de um triângulo

retângulo de catetos 5 cm e 12 cm, mede: a) 4,61cm b) 3,12 cm c) 8,1 cm d) 13,2 cm e) 4 cm

11) Duas cordas se cruzam num círculo. Os segmentos de uma delas medem 3 cm e 6 cm; um dos segmentos da outra mede 2 cm. Então o outro segmento medirá:

a) 7 cm b) 9 cm c) 10 cm d) 11 cm e) 5 cm

RESPOSTAS AOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) c 2) b 3) d 4) e

5) e 6) c 7) a 8) b

9) d 10) a 11) b

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Matemática A Opção Certa Para a Sua Realização 100

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 1

---- CONHECIMENTOS GERAISCONHECIMENTOS GERAISCONHECIMENTOS GERAISCONHECIMENTOS GERAIS Cidadania (direitos e deveres), ética, meio ambiente e qualidade de vida, Código de ética da CEMIG, segurança do trabalho, acidentes do trabalho, primeiros socorros, administra-ção pública.

CEMIGCEMIGCEMIGCEMIG

Prédio da CemigCemigCemigCemig, em Belo Horizonte.

A Companhia Energética de Minas Gerais S.A. (CCompanhia Energética de Minas Gerais S.A. (CCompanhia Energética de Minas Gerais S.A. (CCompanhia Energética de Minas Gerais S.A. (CEEEEMIG)MIG)MIG)MIG) é uma das principais concessionárias de energia elétrica do Brasil, tendo sede na cidade de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais.

Fundada em 1952 pelo governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek de Oliveira, a Cemig é um dos mais sólidos e importantes grupos do segmento de energia elétrica do Brasil. Constituído por 100 empresas e consórcios, ela é uma companhia de capital aberto controlada pelo Governo do Estado de Minas Gerais e possui 117 mil acionistas em 40 países. Suas ações são negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo, Nova York e Madri.

Hoje, a Empresa é referência na economia global, reconhecida por sua atuação sustentável. Há 11 anos consecutivos, faz parte do Dow Jones Sustainability Index World (DJSI World). A edição 2010/2011 selecionou novamente a companhia mineira como líder mundial do supersetor de utilities, que engloba as empresas prestadoras de serviço de energia elétrica, distribuição de gás, saneamento, entre outras de utilidade pública em todo o mundo.

Além disso, a Cemig foi selecionada em 2010 pela sexta vez consecutiva para compor a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Esse Índice reflete o retorno de uma carteira composta por ações de empresas listadas na Bovespa reconhecidamente comprometidas com a sustentabilidadeempresarial.

O Grupo Cemig é reconhecido também pela sua dimensão e competência técnica, sendo considerada a maior empresa integrada do setor de energia elétrica do Brasil. A atuação da Cemig estende-se a 19 estados brasileiros, além doDistrito Federal, e ao Chile, com a operação de uma linha de transmissão em consórcio com a Alusa. Tornou-se controladora da Light Rio, ampliando participação na distribuidora que atende o Rio de Janeiro e outras cidades fluminenses. Também possui participação em empresas transmissoras de energia elétrica (TBE e Taesa), investimentos no segmento de gás natural (Companhia de Gás de Minas

Gerais), telecomunicações (Cemig Telecom) e eficiência energética (Efficientia).

Seguindo a política de investimentos em alternativas energéticas, a Cemig adquiriu participação acionária em três parques eólicos da Energimp S.A.(Impsa) , com capacidade instalada de 99,6 megawatts, no Ceará. Essa aquisição veio resgatar o pioneirismo da Companhia que, em 1994, construiu a primeira usina eólica com geração comercial no Brasil. A Empresa também investe em outras fontes renováveis, como biomassa, pequenas centrais hidrelétricas, energia solar e projetos de cogeração.

A Cemig é também a única concessionária do setor elétrico da América Latina a fazer parte do The Global Dow Index. Criado em 2008, o índice americano inclui 150 empresas de 25 países, consideradas líderes mundiais, e tem por objetivo servir como referência no mercado internacional. No Brasil, apenas três companhias foram listadas.

Compromisso com o meio ambiente

Atenta aos pilares da sustentabilidade empresarial, a Cemig alinha continuamente geração de valor econômico, respeito às relações sociais com as partes interessadas e preservação do meio ambiente, desenvolvendo diversos projetos nos âmbitos social, econômico e ambiental. Entre eles estão o (Programa Especial de Manejo Integrado de Árvores e Redes (Premiar)), , que tem como objetivo estabelecer estratégias e procedimentos voltados para o manejo da arborização urbana junto a sistemas elétricos; o (Programa Luz para Todos), de universalização da energia elétrica; e o Peixe Vivo, de mitigação de impactos sobre a ictiofauna. Os projetos de eficiência energética, por meio dos quais a Cemig contribui para a redução da emissão de gases de efeito estufa e para o uso consciente da energia também merecem destaque. Um exemplo é o Projeto Conviver, que orienta clientes de baixa renda sobre medidas de eficiência energética.

Índice Dow Jones de Sustentabilidade

Pelo 11º ano consecutivo, a Cemig foi selecionada para compor a carteira do Dow Jones Sustainability World Index (DJSI World) , em sua edição 2010/2011, juntamente com outras 318 empresas de 27 países. A Cemig continua sendo a única empresa do setor elétrico da América Latina a fazer parte desse índice internacional, desde 1999, quando foi anunciada a primeira edição do índice.

Fazer parte do Índice Dow Jones de Sustentabilidade[9] e reflete o compromisso da Cemig tanto com a geração atual quanto com as gerações futuras. A empresa busca continuamente aprimorar as práticas de sustentabilidade empresarial, alinhando às melhores práticas de gestão corporativa, respeito ao meio ambiente e ao bem-estar da sociedade.

Aquisições em 2009

Parques Eólicos

Aquisição de 49% da participação societária em três parques eólicos da Energimp S.A. localizados no Ceará, com potência total de 100 MW.

Terna

Para a aquisição de ações da Terna Participações S.A., holding que atua no segmento de transmissão de energia elétrica em 11 estados, foi constituído o maior Fundo de Investimento e Participações do setor elétrico brasileiro, o FIP Coliseu. Formando assim a TAESA.

TBE

A Companhia ampliou a participação no capital da TBE, um conjunto de cinco concessionárias de transmissão de energia elétrica, com a compra das ações de propriedade da Brookfield.

Internacionalização

A CEMIGCEMIGCEMIGCEMIG está iniciando a construção de uma linha de transmissão no Chile.

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Usinas CEMIG

"Castelinho da CEMIG" em Juiz de Fora.

Usinas hidrelétricas da Cemig:Usinas hidrelétricas da Cemig:Usinas hidrelétricas da Cemig:Usinas hidrelétricas da Cemig:

� São Simão, no rio Paranaíba � Emborcação, no rio Paranaíba � Nova Ponte, no rio Araguari � Jaguara, no rio Grande � Miranda, no rio Araguari � Três Marias, no rio São Francisco � Volta Grande, no rio Grande � Salto Grande, no rio Santo Antônio � Itutinga, no rio Grande � Camargos, no rio Grande. � Piau, nos rios Pinho e Piau � Gafanhoto, no rio Pará � Peti, no rio Santa Bárbara � Rio das Pedras, no rio das Velhas � Poço Fundo, no rio Machado � Joasal, no rio Paraibuna � Tronqueiras, no rio Tronqueiras � Martins, no rio Uberabinha � Cajuru, no rio Pará � São Bernardo, no rio São Bernardo � Paraúna, no rio Paraú � Pandeiros, no rio Pandeiros � Paciência, no rio Paraibuna � Marmelos, no rio Paraibuna � Dona Rita, no rio Tanque � Salto de Morais, no rio Tijuco � Sumidouro, no rio Sacramento � Anil, no rio Jacaré � Machado Mineiro, no rio Pardo � Xicão, no rio Santa Cruz � Igarapava, no rio Grande, em parceria com a CVRD - Cia. Vale

do Rio Doce, Grupo Votorantim e CSN - Cia. Siderúrgica Nacional � Porto Estrela, no rio Santo Antônio, em parceria com a CVRD -

Cia. Vale do Rio Doce e Coteminas � Queimado, no rio Preto, em parceria com a CEB - Cia.

Energética de Brasília � Funil, no rio de Contas, em parceria com a CVRD - Cia. Vale do

Rio Doce e Coteminas � Aimorés, no rio Doce, em parceria com a CVRD - Cia. Vale do

Rio Doce � Irapé, no rio Jequitinhonha � Capim I, no rio Araguari, em parceria com a CVRD - Cia. Vale do

Rio Doce, Cia. Agrícola Paineiras e Cia. Mineira de Metais � Capim II, no rio Araguari, CVRD - Cia. Vale do Rio Doce, Cia.

Agrícola Paineiras e Cia. Mineira de Metais Usina termelétrica da CEMIGUsina termelétrica da CEMIGUsina termelétrica da CEMIGUsina termelétrica da CEMIG: � Térmica Igarapé, no município de Juatuba-MG Usina eólica da CEMIGUsina eólica da CEMIGUsina eólica da CEMIGUsina eólica da CEMIG: � Morro do Camelinho, no município de Gouveia-MG

CIDADANIA (DIREITOS E DEVERES), ÉTICA, MEIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA,

ÉticaÉticaÉticaÉtica

A palavra ÉticaÉticaÉticaÉtica é originada do grego ethos, (modo de ser, caráter) através do latim mos (ou no plural mores) (costumes, de onde se derivou a palavra moral.). Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo - sociedade.

Define-se Moral como um conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social. Moral e ética não devem ser confundidos: enquanto a moral é normativa, a ética é teórica, e buscando explicar e justificar os costumes de uma determinada sociedade, bem como fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns.

A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa freqüencia a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética.

Modernamente, a maioria das profissões têm o seu próprio código de ética profissional, que é um conjunto de normas de cumprimento obrigatório, derivadas da ética, frequentemente incorporados à lei pública. Nesses casos, os princípios éticos passam a ter força de lei; note-se que, mesmo nos casos em que esses códigos não estão incorporados à lei, seu estudo tem alta probabilidade de exercer influência, por exemplo, em julgamentos nos quais se discutam fatos relativos à conduta profissional. Ademais, o seu não cumprimento pode resultar em sanções executadas pela sociedade profissional, como censura pública e suspensão temporária ou definitiva do direito de exercer a profissão.

Doutrina

Como Doutrina Filosófica, a Ética é essencialmente especulativa e, a não ser quanto ao seu método analítico, jamais será normativa, característica esta, exclusiva do seu objeto de estudo, a Moral. Portanto, a Ética mostra o que era moralmente aceito na Grécia Antiga possibilitando uma comparação com o que é moralmente aceito hoje na Europa, por exemplo, indicando através da comparação, mudanças no comportamento humano e nas regras sociais e suas conseqüências, podendo daí, detectar problemas e/ou indicar caminhos. Além de tudo ser Ético é fazer algo que te beneficie e, no mínimo, não prejudique o "outro".

Eugênio Bucci, em seu livro Sobre Ética e Imprensa, descreve a ética como um saber escolher entre "o bem" e "o bem" (ou entre "o mal" e o mal"), levando em conta o interesse da maioria da sociedade. Ao contrário da moral, que delimita o que é bom e o que é ruim no comportamento dos indivíduos para uma convivência civilizada, a ética é o indicativo do que é mais justo ou menos injusto diante de possíveis escolhas que afetam terceiros.

Ética

A ética pode ser interpretada como um termo genérico que designa aquilo que é freqüentemente descrito como a "ciência da moralidade", seu significado derivado do grego, quer dizer 'Morada da Alma', isto é, suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto.

Em Filosofia, o comportamento ético é aquele que é considerado bom, e, sobre a bondade, os antigos diziam que: o que é bom para a leoa, não pode ser bom à gazela. E, o que é bom à gazela, fatalmente não será bom à leoa. Este é um dilema ético típico.

Portanto, de investigação filosófica, e devidas subjetividades típicas em si, ao lado da metafísica e da lógica, não pode ser descrita de forma simplista. Desta forma, o objetivo de uma teoria da ética é determinar o que é bom, tanto para o indivíduo como para a sociedade como um todo. Os filósofos antigos adotaram diversas posições na definição do que é bom, sobre como lidar com as prioridades em conflito dos indivíduos versus o todo, sobre a universalidade dos princípios éticos versus a "ética de situação". Nesta o que está certo depende das circunstâncias e não de uma qualquer lei geral. E sobre se a bondade é determinada pelos resultados da ação ou pelos meios pelos quais os resultados são alcançados.

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O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, cabe-lhe pensar e responder à seguinte pergunta: “Como devo agir perante os outros?”. Trata-se de uma pergunta fácil de ser formulada, mas difícil de ser respondida. Ora, esta é a questão central da Moral e da Ética. Enfim, a ética é julgamento do caráter moral de uma determinada pessoa. Como Doutrina Filosófica, a Ética é essencialmente especulativa e, a não ser quanto ao seu método analítico, jamais será normativa, característica esta, exclusiva do seu objeto de estudo, a Moral. Portanto, a Ética mostra o que era moralmente aceito na Grécia Antiga possibilitando uma comparação com o que é moralmente aceito hoje na Europa, por exemplo, indicando através da comparação, mudanças no comportamento humano e nas regras sociais e suas conseqüências, podendo daí, detectar problemas e/ou indicar caminhos. Além de tudo ser Ético é fazer algo que te beneficie e, no mínimo, não prejudique o "outro".

Eugênio Bucci, em seu livro Sobre Ética e Imprensa, descreve a ética como um saber escolher entre "o bem" e "o bem" (ou entre "o mal" e o mal"), levando em conta o interesse da maioria da sociedade. Ao contrário da moral, que delimita o que é bom e o que é ruim no comportamento dos indivíduos para uma convivência civilizada, a ética é o indicativo do que é mais justo ou menos injusto diante de possíveis escolhas que afetam terceiros.

Visão

A ética tem sido aplicada na economia, política e ciência política, conduzindo a muitos distintos e não-relacionados campos de ética aplicada, incluindo: ética nos negócios e Marxismo.

Também tem sido aplicada à estrutura da família, à sexualidade, e como a sociedade vê o papel dos indivíduos, conduzindo a campos da ética muito distintos e não-relacionados, como o feminismo e a guerra, por exemplo.

A visão descritiva da ética é moderna e, de muitas maneiras, mais empírica sob a filosofia Grega clássica, especialmente Aristóteles.

Inicialmente, é necessário definir uma sentença ética, também conhecido como uma afirmativa normativa. Trata-se de um juízo positivo ou negativo (em termos morais) de alguma coisa.

Sentenças éticas são frases que usam palavras como bom, mau, certo, errado, moral, imoral, etc.

Aqui vão alguns exemplos:

• “Salomão é uma boa pessoa”

• “As pessoas não devem roubar”

• “A honestidade é uma virtude”

Em contraste, uma frase não-ética precisa ser uma sentença que não serve para uma avaliação moral. Alguns exemplos são:

• “Salomão é uma pessoa alta”

• “As pessoas se deslocam nas ruas”

• "João é o chefe".

Ética nas ciências

a principal lei ética na a principal lei ética na a principal lei ética na a principal lei ética na robóticarobóticarobóticarobótica é que:é que:é que:é que:

• Um robô jamais deve ser projetado para machucar pessoas ou lhes fazer mal

na na na na biologiabiologiabiologiabiologia::::

- Um assunto que é bastante polêmico é a clonagem: uma parte dos ativistas considera que, pela ética e bom senso, a clonagem só deve ser usada, com seu devido controle, em animais e plantas somente para estudos biológicos - nunca para clonar seres humanos.

Meio AmbienteMeio AmbienteMeio AmbienteMeio Ambiente

Nome dado ao conjunto de condições naturais e influências que atuam sobre os organismos vivos e os seres humanos.

Em geral, o ambienteambienteambienteambiente consiste no conjunto das substâncias, circunstâncias ou condições em que existe determinado objeto ou em que ocorre determinada ação. Este termo tem significados especializados em diferentes contextos:

� Em biologiabiologiabiologiabiologia, principalmente na ecologia, o meio ambiente inclui tudo o que afeta diretamente o metabolismo ou o comportamento dum ser vivo ou duma espécie, incluindo a luz, o ar, a água, o solo ou os outros seres vivos que com ele coabitam.

� Em políticapolíticapolíticapolítica e em outros contextos relacionados com a sociedade, natureza ou ambiente natural, muitas vezes se refere àquela parte do mundo natural que as pessoas julgam importante ou valiosa por alguma razão — econômica, estética, filosófica, sentimental , etc. A palavra ecologia é muitas vezes usada nesse sentido, principalmente por não cientistas.

Do ponto de vista dos seres humanos, um limite mínimo de salubridade e um limite máximo de conforto delimitam fisicamente um meio ambiente saudável. O limite mínimo de salubridade é aquele que permite a reprodução da espécie. O limite máximo de conforto é aquele que garante condições de salubridade para as gerações humanas futuras. Entendendo-se "meio ambiente" como significando as condições sob as quais qualquer pessoa ou coisa vive ou se desenvolve; a soma total de influências que modificam o desenvolvimento da vida ou do caráter (TUAN, Yi-Fu, "Environment and World", in: Professional Geographer, 17 (5), 6-7, 1965.), verifica-se que ele está composto de elementos naturais e culturais.

� Na literaturaliteraturaliteraturaliteratura, , , , históriahistóriahistóriahistória e sociologiasociologiasociologiasociologia, significa a cultura em que um indivíduo vive ou onde foi educado e no conjunto das pessoas e instituições com quem ele interage -- quer individual, quer como grupo; ver ambiente social.

� Numa organização ou local de trabalhotrabalhotrabalhotrabalho, o "ambiente" refere-se às condições sociais ou psicológicas que afetam as funções dos seus membros; ver ambiente de trabalho.

� Na arquitetura e ergonomia, "ambiente" é o conjunto dos elementos duma sala ou edifício que afetam o bem-estar ou a eficiência dos seus ocupantes, incluindo as dimensões e arranjo dos espaços, mobília e outros objetos de uso, a iluminação, ventilação, ruído, etc.

� Na TermodinâmicaTermodinâmicaTermodinâmicaTermodinâmica, refere-se a todos os elementos que não fazem parte do sistema em estudo e que podem fornecer ou receber dele calor.

� Na QuímicaQuímicaQuímicaQuímica, , , , BioquímicaBioquímicaBioquímicaBioquímica e MicrobiologiaMicrobiologiaMicrobiologiaMicrobiologia representa a natureza química duma solução ou "meio" em que determinada reação tem lugar, como por exemplo o seu pH (se a solução é ácida ou alcalina.).

� Em metalurgiametalurgiametalurgiametalurgia e cerâmicacerâmicacerâmicacerâmica, a palavra "ambiente" diz respeito às características oxidantes ou redutoras dos gases ou chama em que se dão os processos fabris em altas temperaturas; ver "ambiente do forno".

� Na Ciência da ComputaçãoCiência da ComputaçãoCiência da ComputaçãoCiência da Computação, "ambiente" (em inglês environment) refere-se geralmente aos dados, processos ou componentes que, não sendo parâmetros explícitos duma operação, podem afectar o seu resultado. Também se usa para designar o "hardware" e sistema operacional em que determinado programa pode ser executado.

� Na AdministraçãoAdministraçãoAdministraçãoAdministração, o ambiente (em inglês environment) pode ser o entorno de um sistema administrativo (ambiente externo), ou componente de um sistema administrativo (ambiente interno)

Meio Ambiente e Sociedade 1

As relações HomemAs relações HomemAs relações HomemAs relações Homem----NaturezaNaturezaNaturezaNatureza

A contradição nas relações Homem-Natureza consiste principalmente nos problemas dos processos industriais criados pelo Homem. Esse pro-cesso é visto como gerador de desenvolvimento, empregos, conhecimento e maior expectativa de vida. Porém, o homem se afastou do mundo natural, como se não fizesse parte dele. Com todo esse processo industrial e com a era tecnológica, a humanidade conseguiu contaminar o próprio ar que respira, a água que bebe, o solo que provém os alimentos, os rios, destruir florestas e os habitats animais. Todas essas destruições colocam em risco a sobrevivência da Terra e dos próprios seres humanos.

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O elevado índice de consumo e a conseqüente industrialização esgo-tam ao longo do tempo os recursos da Terra, que levaram milhões de anos para se compor. Muitos desastres naturais são causados pela ação do homem no meio ambiente. Ao contrário de muitos que pensam que a natureza é violenta, pode ser, mas seu maior agressor é o homem, que não se deu conta de que deve sua existência à ela.

Todos esses processos industriais transformam o meio ambiente, polu-indo o ar, a água, o solo, destruindo florestas, fazendo com que muitas pessoas se afastem e não tenham contato com o mundo natural, ou seja, interagindo em equilíbrio com todos os seres do planeta. Os sentidos básicos do homem como o instinto, a emoção e a espiritualidade se perdem sem essa interação com a natureza.

Mesmo que o homem tenha hoje uma maior consciência sobre sua in-tervenção no mundo natural, o que podemos até considerar um avanço, mediante as grandes degradações que já ocorreram até agora, ainda não há coerência suficiente. Ou seja, muitas ações deveriam ser colocadas em prática para a preservação do meio ambiente como um todo. O que vemos atualmente é que os índices de degradação aumentaram, enquanto de um lado existem muitos lutando por um mundo melhor para todos, de outro lado, a grande maioria busca seu próprio crescimento econômico, com o objetivo de consumir cada vez mais, e como conseqüência, consumir mais recursos naturais, ocasionando a degradação, sem se preocupar e muitas vezes sem saber, que esses recursos muitos são renováveis e não são infinitos.

Os problemas ambientais já vêm de longa data, desde a época em que o sistema industrial se desenvolveu na Europa e depois se transferiu para a América do Norte, aumentando cada vez mais a pressão sob o planeta. Recentemente, os problemas ambientais se agravaram, devido ao cresci-mento populacional desenfreado e suas vontades de viver num mundo industrial e tecnológico. O maior problema do planeta hoje, é entender e resolver as relações Homem-Terra, para que se consiga viver em harmonia e em equilíbrio com o Planeta.

Muitos novos empresários começam seus negócios já com uma cons-ciência ambiental, tentando utilizar o mínimo de recursos naturais e aprovei-tar os já utilizados, mas, mesmo com todas essa consciência, que já é uma conquista para o Planeta, falta a consciência para saber o que realmente é preciso consumir. Se um produto é lançado no mercado e tem boa aceita-ção, a tendência é aumentar a produção, gerando mais resíduos e utilizan-do mais recursos, portanto, deve-se primeiro analisar e ter consciência se aquele produto é necessário para a sobrevivência dos seres humanos, sabendo que os recursos naturais são necessários para a sobrevivência.

A questão positiva é uma maior conscientização e valorização do meio ambiente, mas ainda a humanidade está longe de aprender a consumir e interagir com o mesmo, e de entender que é um ser participante do ciclo natural e não o dominante.

A Ciência e a Técnica são fundamentais para a preservação ou recupe-ração do ecossistema planetário, pois contribuem em forma de conheci-mento profundo, técnico, científico, sobre o ciclo de vida e as complexida-des do planeta, aplicando métodos para gerar o equilíbrio entre os partici-pantes. É preciso entender o planeta Terra sob todos os aspectos, formas e sentidos, conhecer para preservar. As técnicas humanas devem funcionar e auxiliar o equilíbrio das técnicas da Terra.

Alguns princípios básicos podem servir para orientar a humanidade pa-ra o desenvolvimento de técnicas que gerem o equilíbrio entre os seres humanos e o mundo natural. Os humanos devem conhecer a Terra, antes de tomar qualquer atitude. A humanidade deve sair da bolha industrial em que vive, mudar o comportamento, valorizando e interagindo com o mundo natural o qual faz parte, respeitando as transformações do meio no seu devido tempo.

É importante haver um processo participativo e sustentável, cada um fazendo a sua parte e respeitando o ciclo de cada ser existente no planeta. As técnicas adquiridas pelo homem devem servir para proteger o planeta, cuidar dos resíduos gerados, para se proteger de alguma transformação natural, e não para destruir a vida. Deve haver respeito à grandeza da natureza, reverência à Terra. Enquanto não se aprender a celebrar a Terra, não será possível curá-la.

Referência Bibliográfica:

BERRY, Thomas. O Sonho da Terra. Petrópolis: Vozes, 1991.

_________________ Autora: Bacharel em Turismo, cursando pós graduação em Gestão Ambien-tal, trabalha no departamento de Jornalismo do Portal EcoViagem, também desenvolve outros trabalhos na área de Turismo e Meio Ambiente.

A Sociedade e o Meio AmbA Sociedade e o Meio AmbA Sociedade e o Meio AmbA Sociedade e o Meio Ambiiiiente 2ente 2ente 2ente 2

Por: Sergio VerlyPor: Sergio VerlyPor: Sergio VerlyPor: Sergio Verly

Até meados do século 19, a raça humana manteve relativa harmonia com o meio ambiente. Com o surgimento da era industrial e das grandes aglomerações urbanas, houve uma quebra nessa harmonia, o que provocou uma crescente queda do nível de vida do ambiente, com a morte de rios e o desaparecimento de áreas verdes. A essa devastação inconseqüente dá-se o nome de poluição.

Os rios são poluídos por descargas vindas dos esgotos urbanos não-tratados, dos complexos industriais, das minerações, etc. Evita-se esse tipo de poluição com o tratamento adequado dessas descargas.

O desmatamento também causa a morte dos rios, secando seu leito.

Os mares vão sendo aos poucos poluídos por esses rios, devido às descargas das indústrias, cidades litorâneas e por naufrágios de grandes petroleiros, que destroem toda a vida ao redor do local do acidente.

O solo é prejudicado pelas queimadas e pelo desmatamento. O fogo destrói não apenas as plantas que são o alvo dos incêndios, mas também suas raízes e microorganismos que vivem na terra, tornando-a estéril, sem as proteínas necessárias às plantas. O desmatamento causa também a erosão do solo.

Neste trabalho pretendo explicar qual é a relação entre as pessoas que formam a sociedade e sua atuação como defensoras ou não do meio ambi-ente.

Primeiro devo explicar o que é meio ambiente: “Meio ambie“Meio ambie“Meio ambie“Meio ambiennnnte cote cote cote corrrrrerereres-s-s-s-ponde nponde nponde nponde não só ao meio físico e biológico, mas também ao meio sócioão só ao meio físico e biológico, mas também ao meio sócioão só ao meio físico e biológico, mas também ao meio sócioão só ao meio físico e biológico, mas também ao meio sócio----cultural cultural cultural cultural e sua relação com os modelos de desenvolve sua relação com os modelos de desenvolve sua relação com os modelos de desenvolve sua relação com os modelos de desenvolviiiimento adotados pelo homem”.mento adotados pelo homem”.mento adotados pelo homem”.mento adotados pelo homem”.

A preservação do meio ambiente, desde o início deste século, deixou de ser tratada como um assunto de um grupo pequeno de pessoas que alerta-vam para a necessidade de se preservar o maior bem da vida, fonte de energia dos habitantes deste planeta.

Tratar o meio ambiente como fonte de energia necessária à manuten-ção de todas as formas de vida é reconhecer que todos nós e, principalmen-te, os seres humanos detentores do poder de sua exploração dependem desta fonte de energia para a sobrevivência.

Devemos ter consciência que a natureza nos ensina, e que tudo o que necessitamos está disponível, restando apenas a nós a sabedoria de encon-trar as formas equilibradas para prover as nossas necessidades sem provo-car o esgotamento da fonte, pois são suficientes para a solução das neces-sidades não só da espécie humana, mas também de todos os seres vivos. Isso requer uma mudança radical na forma de enxergar os elementos natu-rais.

Como somos tripulantes de uma mesma nave temos que conviver com os mais diversos posicionamentos de como utilizar as nossa fonte de ener-gia, bem como a forma de encarar as dádivas que ela nos proporciona.

Como já escrevi acima, há um consenso em pelo menos uma coisa: somos tripulantes de uma mesma nave e temos que encontrar alternativas para coexistirmos em equilíbrio, sendo que este equilíbrio diz respeito a forma de utilização dos recursos naturais disponíveis.

Tratar o meio ambiente de forma mais racional é reconhecer que todos os habitantes do planeta dependem de energia para sua sobrevivência, de forma que sem esta fonte ou com esta fonte em desequilíbrio, significa uma nave sem condições de navegar e seus tripulantes sem condições de man-ter o equilíbrio necessário à sua sobrevivência.

Portanto, a necessidade de um uso racional dos recursos naturais exis-tentes é, atualmente, o maior desafio do século que se inicia.

Assim, a humanidade está chegando a conclusão, quase matemática e comprovada cientificamente, que a forma de utilização das fontes de energia

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estão ultrapassadas ou não mais atendem as necessidades da população atual. Não estão erradas do ponto de vista que foram criadas para o mal ou para o bem, mas sim que o modelo de exploração conhecido está levando o planeta à exaustão, diante da escassez dos recursos disponíveis.

O mundo hoje se questiona. Grupos criticam outros grupos apontando-os como responsáveis pelo desgaste atual. Isto é perigoso. Não se trata de encontrarmos culpados e responsabilizarmos pelo caos que se avista.

Não é momento de desagregação, mas sim de agregação em torno de um objetivo comum e um desafio que teremos que vencer: saber conviver, de forma equilibrada, com o nosso meio ambiente.

Partindo do princípio que a discussão hoje deixou de ser exclusiva de um grupo que se guiava pelo o romantismo ecológico, para ocupar as me-sas de discussão mais importantes do planeta, como o Conselho de Segu-rança da ONU, chegamos no momento de encontrarmos um consenso sobre a questão.

Este momento requer uma organização de trabalho, cada esfera, grupo de profissionais, autoridades, enfim todos têm que encontrar alternativas para o novo modelo que virá. Por exemplo, dependendo da habilidade que cada grupo possui deverão ser desenvolvidas técnicas que contemplem processos equilibrados e a disponibilidade de recursos.

Diante da realidade que cada agrupamento de pessoas, e isto é normal a todo processo de discussão, defende o seu ponto de vista, cada posicio-namento deverá ser observado e absorvido, caso seja viável.

Nota-se uma ausência de liderança capaz de deflagrar este processo, disciplinar a discussão e determinar procedimentos para que todos que têm a contribuir possam apresentar alternativas, visando atingir um consenso.

Realmente não se trata de um processo fácil ou rápido, mas é extre-mamente necessário e urgente.

Resta acreditar que nós temos capacidade de encontrar as soluções necessárias, restando a cada um ter disposição e boa vontade, sem resis-tências, como acontece com alguns governantes.

Todos sentem que alguma coisa tem que ser feita, mas não sabem o que.

Diante do que foi exposto acima, podemos dizer que a atuação das pessoas em relação à natureza se dá de várias formas, provocando aspec-tos positivos e negativos. Para uma parcela de pessoas é a própria fonte da vida, para outros ele existe para suprir as necessidade humanas, para outros nem existe, para outros existe desde que não os incomode, e assim por diante.

Mas nem tudo está perdido. Algumas sociedades que já reconheceram sua parcela de culpa na destruição do meio ambiente têm feito trabalhos de prevenção como reflorestamento, despoluição de baías e rios, recuperação de manguezais, coleta de lixo seletiva, filtros nas chaminés de suas indús-trias, tratamento dos esgotos, entre outras ações positivas.

Qualquer mudança no meio ambiente, quer seja desfavQualquer mudança no meio ambiente, quer seja desfavQualquer mudança no meio ambiente, quer seja desfavQualquer mudança no meio ambiente, quer seja desfavoooorável ou benrável ou benrável ou benrável ou bené-é-é-é-fica, total ou parcialmente resultante das atividades, prodfica, total ou parcialmente resultante das atividades, prodfica, total ou parcialmente resultante das atividades, prodfica, total ou parcialmente resultante das atividades, produuuutos e serviços de tos e serviços de tos e serviços de tos e serviços de uma organização,uma organização,uma organização,uma organização, é chamada de impacto ambiental. E as indústrias são as que mais causam impactos ao meio ambiente.

A atividade industrial está, inevitavelmente, associada a uma certa de-gradação do ambiente, uma vez que não existem processos de fabrico totalmente limpos. O perigo das emissões industriais varia com o tipo de indústria, matérias primas usadas, processos de fabrico, produtos fabricados ou substâncias produzidas, visto conterem componentes que afetam os ecossistemas.

De um modo geral as principais origens da poluição industrial são:

- As tecnologias utilizadas, muitas vezes envelhecidas e fortemente po-luentes, com elevados consumos energéticos e de água, sem tratamento adequado dos efluentes com rara valorização de resíduos;

- A inexistência de sistemas de tratamento adequado dos líquidos;

- A inexistência de circuitos de eliminação adequados dos resíduos, em particular dos perigosos;

- Localização das unidades na proximidade de áreas urbanas, causando poluição do ar, incomodos e aumentando os riscos;

- Localização das unidades em solos agrícolas, causando a sua conta-minação e prejudicando as culturas;

- Localização das unidades em zonas ecologicamente sensíveis, pertur-bando e prejudicando a fauna e a flora;

- Realização das descargas de resíduos em águas subterrâneas ou su-perficiais, com risco de contaminação das águas de consumo;

- Depósitos indevidos de resíduos, cuja infiltração é fonte de poluição do solo e do meio hídrico.

No ano em que o mundo admitiu que o homem é o principal responsá-vel pelas mudanças climáticas e discute soluções para frear o aquecimento global, o Brasil insiste em empurrar para baixo do tapete a realização de um debate amplo e aberto sobre a problemática que envolve os resíduos tecno-lógicos, chamados resíduos hitech. Entre eles estão pilhas e baterias, lâm-padas fluorescentes, telefones celulares e equipamentos eletroeletrônicos (computadores, televisões, rádios e impressoras etc.). São toneladas de equipamentos que se tornam obsoletos em pouco tempo e cujo descarte adequado é desconhecido por grande parte da população brasileira. A maioria destes produtos possui em sua composição metais pesados, como chumbo, cádmio e mercúrio, entre outros. Se manuseados de maneira inadequada ou dispostos de forma irregular no solo oferecem riscos à saúde pública e ao meio ambiente, com perigo de contaminação do ar, do solo e das águas.

Milhares de brasileiros não fazem a menor idéia de que o descarte ina-dequado de equipamentos eletroeletrônicos e de baterias de celular pode causar graves danos à saúde e ao meio ambiente. Por outro lado, eles têm acesso cada vez mais facilitado a esses tipos de produtos.

Li numa revista que o celular de uma pessoa quebrou. Ela foi a uma loja de uma operadora "x", localizada em um shopping próximo para comprar um novo equipamento. Preocupado com a questão ambiental, perguntou à funcionária da operadora de telefonia onde deveria depositar a bateria do aparelho quebrado. Ela apontou para uma lixeira comum do corredor e disse que ele poderia jogar ali mesmo. Isso é um descaso, uma irresponsabilidade social.

Situações como esta são comuns em países que não regulamentam a questão dos resíduos sólidos de maneira correta. Isto pode ser caracteriza-do como crime ambiental.

Além deste exemplo citado acima podemos enumerar centenas de pro-blemas causados pelo descaso das indústrias: poluição dos rios próximos às fábricas, mortandade dos peixes e da vida aquática de maneira geral, ex-cesso de fumaça venenosa no espaço causando além do efeito estufa, também a destruição da camada de ozônio, poluição sonora, lançamento de gases venenosos em grande quantidade e não fiscalizada pelo governo, chuva ácida, etc.

Eu poderia lançar a seguinte pergunta:

O que pode ser caracterizado, resumidamente, como Crime AmbO que pode ser caracterizado, resumidamente, como Crime AmbO que pode ser caracterizado, resumidamente, como Crime AmbO que pode ser caracterizado, resumidamente, como Crime Ambiiiiental?ental?ental?ental?

- causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que mo-mentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;

- causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abaste-cimento público de água de uma comunidade e

- lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos. (Lei de Crimes Ambientais, Lei Federal n° 9.605 de 12/02/9.

O que nós podemos fazer para colaborar com a prO que nós podemos fazer para colaborar com a prO que nós podemos fazer para colaborar com a prO que nós podemos fazer para colaborar com a preeeesssservação do meio ervação do meio ervação do meio ervação do meio ambieambieambieambiennnnte?te?te?te?

É claro que a nossa participação é bem menor nesse processo de polu-ição da natureza, mas algumas coisas podemos fazer para amenizar tudo isso. Vou dar um exemplo bem prático: Onde jogar o óleo de fritura em casa? Mesmo que não façamos muitas frituras, quando o fazemos, jogamos o óleo na pia ou por outro ralo, certo? Este é um dos maiores erros que

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podemos cometer! Sendo assim, o melhor que tem a fazer é colocar os óleos utilizados numa daquelas garrafas de plástico (por exemplo, as garra-fas “PET” de refrigerantes), fechá-las e colocá-las no lixo orgânico.

Todo lixo orgânico que colocamos nos sacos vai para um local onde são abertos. Assim, as nossas garrafinhas são abertas e vazadas no local adequado, em vez de irem juntamente com os esgotos para uma ETE - Estação de Tratamento de Esgoto, e ser necessário dispender milhares de reais a mais para o seu tratamento, pois, segundo a CEDAE, um litro de óleo contamina cerca de 1 milhão de litros de água, o equivalente ao con-sumo de uma pessoa no período de 14 anos.

Existem saídas e formas para que a humanidade mude a sua relação com a natureza?

É claro que existem. E tudo precisa começar dentro de nossa própria casa. O dialogo entre as pessoas dentro de casa pode ser uma boa maneira para reflexão sobre a educação dos filhos. Como fazer para que as novas gerações desenvolvam um olhar consciente sobre o mundo? A forma mais fácil das crianças adquirirem conceitos como o respeito pelo outro, a preser-vação meio ambiente e todos as outras características necessárias para a formação de cidadãos de bem é a educação. Sempre ouço meus professo-res dizerem que não há mudança que não passe pela educação.

Todo mundo sabe que não se deve desperdiçar água ou deixar a luz acesa, no entanto, se esses conceitos forem ensinados desde a infância, transformam-se em hábitos e não mais em uma obrigação.

As mães, pais, irmãos mais velhos, professores, adultos de hoje podem contribuir para que as crianças se tornem cidadãos conscientes no futuro:

Explicar às crianças que a água não começa na torneira e nem termina no ralo, mas que vem da nascente de um rio e acaba em um esgoto. Mostrar qual a importância da preservação da água. Mostrar que é na água que vivem os peixes e outros animais ajuda as crianças a se aproximarem mais dessa causa;

2. Aproveitar os finais de semana para, ao invés de levar as crianças so-mente ao shopping, fazer passeios ao ar livre, como em parques e sítios para que elas tenham contato com a natureza; subir e descer das árvores, brincar na grama e com animais ou outras atividades semelhantes são divertidas e facilitam ao adulto explicar a importância da natureza; 3. Ensinar que o lixo deve ser jogado no lixo e não nas ruas, além de incen-tivá-las a separar o material que pode ser reciclado e estimular às crianças a montar brinquedos de sucata. Jamais jogue lixo no chão na frente do seu filho. Pontas de cigarro jogadas fora do cinzeiro também são um péssimo exemplo;

4. Falar na hora das refeições para que coloquem no prato o essencial, evitando o desperdício de comida, alertando sempre que no mundo existem muitas pessoas que não tem com o que se alimentar. Brincadeiras com a comida, explicando de onde vem as frutas, verduras e legumes por exemplo, geram maior identidade do alimento que está no prato com o meio ambien-te; 5. Pedir que sempre apaguem a luz, evitando o gasto excedente de energia elétrica; esta tarefa é das mais difíceis, mas vale a pena gastar um pouco de tempo para garantir que não haja desperdício.

São pequenos hábitos que podem ajudar na manutenção da vida no plane-ta.

Conclusão:Conclusão:Conclusão:Conclusão: Será que será preciso a mãe natureza, nos ensinar por meio de sua revolta, que todos nós precisamos ceder em prol de uma existência equilibrada?

Será que será preciso inúmeras catástrofes, já anunciadas pelos cientistas, para que todos entendam que nós precisamos encontrar um caminho e alternativas, bem como novas formas de sobrevivência, diante do esgota-mento da atual forma de vida?

Uma coisa é certa: a natureza é a fonte de energia de todos nós e se ela se desequilibra, conseqüentemente, todos nós nos desequilibramos. Este desequilíbrio é físico, mental, emocional e espiritual. O homem, como animal

que é, também necessita da natureza para viver e não pode se furtar de uma discussão acerca de seu comportamento perante ela.

Algumas pessoas já chegaram ao cúmulo de pensar em viagens espaciais para encontrar um novo planeta para morar. Poderá ser uma alternativa, mas se em outro planeta instalarem o mesmo modelo de exploração, tam-bém haverá o esgotamento dos seus recursos.

Outros nem se preocupam, sob o argumento que não viverão o suficiente para assistir o desequilíbrio total. Este tipo é o mais egoísta de todos, ou

seja, eu vou viver bem os que vêm depois de mim, que dêem um jeito. A água no planeta eA água no planeta eA água no planeta eA água no planeta está escassa; daqui a vinte anos podemos sstá escassa; daqui a vinte anos podemos sstá escassa; daqui a vinte anos podemos sstá escassa; daqui a vinte anos podemos soooofrer frer frer frer

sérios problemassérios problemassérios problemassérios problemas

Cícera GonçalvesCícera GonçalvesCícera GonçalvesCícera Gonçalves

A sociedade civil tem um papel importante de forma geral: unir-se a fa-vor do meio em que vive de maneira dinâmica, buscar alternativas propon-do um mundo mais humano, e desenvolver um trabalho coletivo, sério e produtivo. Com isso, aos poucos poderá ser mudada a forma de pensar do homem e, futuramente, teremos uma redução dos problemas ambientais causados pela falta de instrução, de informação e, principalmente, de responsabilidade.

Muitos pesquisadores e conservadores da área ambiental dizem que,futuramente, ou seja, aproximadamente daqui a vinte anos, teremos uma escassez dos recursos naturais: a falta de água doce no planeta vai afetar a população mundial. Isso significa que a água será regrada e se tornará um bem valioso. Você já parou para pensar o que isso pode cau-sar? Se não, comece não só a pensar, como trabalhar para que isso seja solucionado.

É por esses e outros motivos que a mudança deve começar desde já, e não deixar para o amanhã. Por isso, se cada um contribuir com o pouco do que sabe, as queimadas, sujeiras nas ruas, e, principalmente, o comprome-timento da fauna e flora serão reduzidos. O ecossistema pede socorro e o homem visa apenas seus interesses, não se preocupa com os animais e as plantas, e, conseqüentemente, cresce a extinção. Daqui a alguns anos, futuras gerações não terão oportunidade de conhecer as variadas espécies de animais e árvores que hoje conhecemos.

As Ongs (Organizações Não-Governamentais) que trabalham o com meio ambiente, e fazem um trabalho sério, voltado para o processo de formação e informação para a sociedade desenvolvem, além disso, a consciência crítica sobre questões ambientais e levam não somente à comunidade, mas também aos voluntários, atividades sobre preservação do equilíbrio ambiental.

Interessar-se pelo meio ambiente é estar atento a tudo que acontece, é conscientizar a população, desenvolver trabalhos em escolas, nas ruas e, principalmente, levar informações às pessoas menos informadas do que vem a ser um meio ambiente ecologicamente equilibrado, de uso comum do povo e que, ao mesmo tempo, é essencial a uma sadia qualidade de vida.

Outro problema é a poluição visual e sonora que ronda nosso meio, transformando-o num verdadeiro depósito de sujeiras. Um exemplo típico de poluição visual é passar pelas ruas e nos depararmos com centenas de outdoors, panfletos espalhados, luminosos, entre outros que compõem o conjunto. Isso causa a muitas pessoas o efeito compulsivo de compras, que já tornou-se objeto de estudo para os profissionais da Psicologia. O barulho exagerado de sons, principalmente nos centros urbanos, futuramente pode causar ao homem sérios problemas. Só para se ter uma idéia, o som que percebemos tem uma natureza de áudio freqüência que está entre 18 e 20 mil ciclos por segundo, o que gera desconfortos às pessoas e até mesmo a perda da audição.

Se mencionarmos todos os problemas ambientais que hoje enfrenta-mos, esse artigo se tornaria um livro, devido aos inúmeros meios que o homem utiliza para agredir o meio ambiente. Cabe à coletividade o dever de defender o meio ambiente e preservá-lo para as presentes e futuras gerações, devido ao fato de que o meio equilibrado e saudável tem direito garantido constitucionalmente. E para que tal direito seja posto em prática, primeiro há que se falar em uma conscientização global. A sociedade está em constante transformação, tem forças para trabalhar em cima disso e

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busca a compreensão e a coletividade. Deve ser ela a responsável pela solução e não fazer o papel de vítima.

Qualidade de vidaQualidade de vidaQualidade de vidaQualidade de vida

A qualidade de vidaqualidade de vidaqualidade de vidaqualidade de vida é um termo empregado para descrever a qualidade das condições de vida levando em consideração fatores como a saúde, a educação, o bem-estar físico, psicológico, emocional e mental, expectativa de vida etc. A qualidade de vida envolve também elementos não relacionados, como a família, amigos, emprego ou outras circunstâncias da vida.

Conceito

Entende-se por qualidade de vida a percepção do indivíduo tanto de sua posição na vida, no contexto da cultura e nos sistemas de valores nos quais se insere, como em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um amplo conceito de classificação, afetado de modo complexo pela saúde física do indivíduo, pelo seu estado psicológico, por suas relações sociais, por seu nível de independência e pelas suas relações com as características mais relevantes do seu meio ambiente.

É, portanto, um termo amplo que concentra as condições que são fornecidas ao indivíduo para viver como ele pretende.

O conceito de qualidade de vida não está limitado em si mesmo, ou seja, significa uma medida. Indivíduos podem ter qualidade de vida boa ou ruim (escala qualitativa), ou mesmo, mensurada em escalas quantitativas. Existem diversas formas de mensuração e avaliação.

Avaliação

OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu um questionário para aferir a qualidade de vida. Trata-se do WHOQOL (World Health Organization Quality of Life) que possui duas versões validadas para o português, o WHOQOL - 100 (composto por 100 questões) e o WHOQOL - Breve, composto por 26 questões. O WHOQOL - 100 é composto por seis domínios: o físico. o psicológico, o do nível de independência, o das relações sociais, o do meio ambiente e o dos aspectos religiosos. O WHOQOL - Breve é composto por quatro domínios: o físico, o psicológico, o das relações sociais e o do meio ambiente.

IDH

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança média de vida, natalidade e outros fatores. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente o bem-estar infantil.

A qualidade de vida do brasileiro

JAMIL CHADE

GENEBRA - O Brasil subiu cinco posições no ranking das Nações Uni-das sobre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos países. Segun-do relatório do Progama das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o País ocupa a posição de número 69, entre 162 países analisa-dos, à frente de Filipinas e Oman e sendo superado pela Arábia Saudita, Fiji e Tailândia. No ano passado, a colocação brasileira no ranking da ONU era a de número 74.

O relatório apontou a Noruega como o melhor país do mundo para se viver.

Essa é a primeira vez que o país escandinavo ganha esse título, após anos de predomínio do Canadá, que passou para a terceira posição. Os Estados Unidos ocupam a sexta posição e a última colocação continua a ser de Serra Leoa.

Para a realização do relatório, a ONU leva em conta indicadores de renda, educação e saúde para avaliar a qualidade de vida da população.

Poucas mudanças - Apesar da melhor classificação, as mudanças nos índices que apontam o nível de vida do brasileiro foram pequenas. Na saúde, a mortalidade infantil no Brasil caiu em relação ao relatório anterior

publicado pela ONU. A cada mil crianças que nascem vivas, 34 morrem antes de completar um ano de idade. No ano passado, a ONU havia divul-gado que as mortes somavam 36 a cada mil nascimentos. Mesmo assim, o desempenho brasileiro é pior que o da Tunísia, que registrou 25 mortes por mil nascidos vivos.

A expectativa de vida do brasileiro permaneceu praticamente inalterada desde o último relatório, indicando a média de 67,2 anos de vida para a população.

Segundo a ONU, apenas 72% da população recebe atendimento médi-co adequado, enquanto na Colômbia o serviço atinge 85% dos habitantes do país.

Saúde - As Nações Unidas ainda apontam que 10% da população bra-sileira sofre de má-nutrição e o governo gasta apenas US$ 453,00 por pessoa com saúde por ano. O volume é bastante inferior ao que a primeira colocada Noruega, por exemplo, destina a cada um de seus habitantes: quase US$ 2,5 mil ao ano.

Para piorar a situação, os recursos públicos para a saúde não têm au-mentado.

Em 1990, as políticas de saúde do País consumiam 3% do PIB. No fi-nal da década, apenas 2,9% do PIB eram gastos no setor. Na Hungria, apesar da diferença do tamanho do PIB em relação ao brasileiro, a propor-ção foi de 5,2% investidos na área da saúde.

Educação - Na educação a situação não é muito diferente. Nos últimos dez anos, a proporção do PIB destinada para o setor passou de 4,7% para 5,1% e 15% da população adulta ainda é analfabeta. Desde a publicação do relatório da ONU no ano passado, foi constatada a melhora no índice de matrículas escolares, com 84% da população em idade escolar matriculada. Em 97, o índice era de 80%.

A concentração de renda continua alta e ainda é um dos principais obs-táculos para o desenvolvimento social do País. Enquanto 9% dos brasilei-ros vivem com menos de US$ 1 por dia, 46,7% da renda está concentrada nas mãos dos 10% da população. Os dados deixam claro as dificuldades enfrentadas pelo Brasil para transformar prosperidade econômica em melhores condições de vida.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE DE DE DE 1988198819881988

TÍTULO I

Dos Princípios Fundamentais Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indisso-

lúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio

de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o

Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do

Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualda-

des sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, se-

xo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações in-

ternacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional;

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II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integra-

ção econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natu-reza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos ter-mos desta Constituição;

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa se-não em virtude de lei;

<p III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou

degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonima-

to; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além

da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo asse-

gurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência reli-giosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternati-va, fixada em lei;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo pe-netrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações tele-gráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996)

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, aten-didas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, po-dendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais a-bertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmen-te;

XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por ne-

cessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indeniza-ção ulterior, se houver dano;

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publica-ção ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à re-

produção da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras

que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológi-co e econômico do País;

XXX - é garantido o direito de herança; XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será re-

gulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações

de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regulamento)

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de di-reitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que

lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem

prévia cominação legal;

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XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e li-

berdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível,

sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça

ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respon-dendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omiti-rem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado De-mocrático;

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre ou-tras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art.

84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de a-

cordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e mo-

ral; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam

permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso

de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autorida-de competente;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devi-do processo legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acu-sados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilí-citos;

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento).

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem es-crita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade ju-diciária;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito lí-quido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quan-do o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente

constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

LXXII - conceder-se-á "habeas-data": a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa

do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por pro-cesso sigiloso, judicial ou administrativo;

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data",

e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadani-a. (Regulamento)

LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não exclu-em outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equiva-lentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo)

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 45, de 2004)

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CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o tra-balho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 64, de 2010)

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III - fundo de garantia do tempo de serviço; IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de

atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com mora-dia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do traba-lho;

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou a-cordo coletivo;

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que perce-bem remuneração variável;

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua reten-

ção dolosa; XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remune-

ração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de traba-lho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos inin-terruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em

cinquenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço

a mais do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com

a duração de cento e vinte dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos

específicos, nos termos da lei; XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo

de trinta dias, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas

de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalu-

bres ou perigosas, na forma da lei; XXIV - aposentadoria; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nasci-

mento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de traba-lho;

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de traba-lho;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)

a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)

b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e cri-térios de admissão do trabalhador portador de deficiência;

XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelec-tual ou entre os profissionais respectivos;

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a meno-res de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empre-gatício permanente e o trabalhador avulso.

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores do-mésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social.

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o se-guinte:

I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;

II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qual-quer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mes-ma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;

III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;

IV - a Assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;

V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações cole-

tivas de trabalho; VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organi-

zações sindicais; VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do re-

gistro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organiza-ção de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condi-ções que a lei estabelecer.

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá so-bre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.

§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregado-

res nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissio-nais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegura-da a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.

CAPÍTULO III DA NACIONALIDADE

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Art. 12. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais

estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira,

desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãebrasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou ve-nham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasilei-ra; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)

II - naturalizados:> a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigi-

das aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condena-ção penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.

§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa(Incluído pela Emenda Constitu-

cional nº 23, de 1999) § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude

de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: (Redação dada pela

Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangei-

ra; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasilei-

ro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.

§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter sím-bolos próprios.

CAPÍTULO IV DOS DIREITOS POLÍTICOS

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos;

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante

o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; Regulamento VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República

e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do

Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Dis-

trital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Dis-

trito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subse-quente.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)

§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da ati-

vidade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autori-

dade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.(Redação dada pela Emenda Constitu-cional de Revisão nº 4, de 1994)

§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleito-ral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou sus-pensão só se dará nos casos de:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem

seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alter-

nativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data

de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993)

CAPÍTULO V DOS PARTIDOS POLÍTICOS

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Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observa-dos os seguintes preceitos: Regulamento

I - caráter nacional; II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou

governo estrangeiros ou de subordinação a estes; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua

estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006)

§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei.

§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

TÍTULO III Da Organização do Estado

CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-pios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

§ 1º - Brasília é a Capital Federal. § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, trans-

formação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou des-membrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente inte-ressada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei comple-mentar.

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Mu-nicípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebis-cito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estu-dos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996) Vide art. 96 - ADCT

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Mu-nicípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embara-çar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colabo-ração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

CAPÍTULO II DA UNIÃO

Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuí-

dos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das for-

tificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;

III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;

IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as

que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)

V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômi-ca exclusiva;

VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e

pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. § 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Fede-

ral e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.

§ 2º - A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao lon-go das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é conside-rada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

Art. 21. Compete à União: I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organi-

zações internacionais; II - declarar a guerra e celebrar a paz; III - assegurar a defesa nacional; IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças es-

trangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporari-amente;

V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção fe-deral;

VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; VII - emitir moeda; VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as opera-

ções de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitali-zação, bem como as de seguros e de previdência privada;

IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;

X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou

permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:)

XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:

a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:)

b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;

c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasi-

leiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;

e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;

f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do

Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territó-rios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito)

XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência finan-

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ceira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;

XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões pú-blicas e de programas de rádio e televisão;

XVII - conceder anistia; XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamida-

des públicas, especialmente as secas e as inundações; XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos

e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; (Regulamento) XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habi-

tação, saneamento básico e transportes urbanos; XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de vi-

ação; XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de

fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natu-

reza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimen-to e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nuclea-res e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:

a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;

b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)

c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comer-cialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)

d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da e-xistência de culpa; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)

XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da ativi-

dade de garimpagem, em forma associativa. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, maríti-

mo, aeronáutico, espacial e do trabalho; II - desapropriação; III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em

tempo de guerra; IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; V - serviço postal; VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; VIII - comércio exterior e interestadual; IX - diretrizes da política nacional de transportes; X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e

aeroespacial; XI - trânsito e transporte; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; XIV - populações indígenas; XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de es-

trangeiros; XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para

o exercício de profissões; XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal

e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organi-zação administrativa destes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito)

XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacio-nais;

XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popu-lar;

XX - sistemas de consórcios e sorteios;

XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garanti-as, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;

XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferro-viária federais;

XXIII - seguridade social; XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; XXV - registros públicos; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modali-

dades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 1998)

XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defe-sa civil e mobilização nacional;

XXIX - propaganda comercial. Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a le-

gislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Fe-

deral e dos Municípios: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições demo-

cráticas e conservar o patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das

pessoas portadoras de deficiência; III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,

artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciên-cia;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento

alimentar; IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das

condições habitacionais e de saneamento básico; X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização,

promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de

pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança

do trânsito. Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a coope-

ração entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacio-nal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II - orçamento; III - juntas comerciais; IV - custas dos serviços forenses; V - produção e consumo; VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do

solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;

VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e pai-sagístico;

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

IX - educação, cultura, ensino e desporto;

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X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas cau-sas;

XI - procedimentos em matéria processual; XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de defici-

ência; XV - proteção à infância e à juventude; XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União

limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não

exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exerce-

rão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a

eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. CAPÍTULO III

DOS ESTADOS FEDERADOS Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e

leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes se-

jam vedadas por esta Constituição. § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante conces-

são, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995)

§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regi-ões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em

depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;

III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa correspon-

derá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

§ 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, apli-cando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviola-bilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimen-tos e incorporação às Forças Armadas.

§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de inicia-tiva da Assembleia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º - Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regi-mento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.

§ 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outu-bro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecesso-res, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, obser-vado, quanto ao mais, o disposto no art. 77.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997)

§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e

V.(Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretá-rios de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

CAPÍTULO IV Dos Municípios

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois tur-nos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para man-dato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;

II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domin-go de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997)

III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição;

IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito)

a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quin-ze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trin-ta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cin-quenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitan-tes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitan-tes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitan-tes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seis-centos mil) habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecen-tos mil) habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

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m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitu-cional nº 58, de 2009)

s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco mi-lhões) de habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Munici-pais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;(Redação dada pela Emenda constitucional nº 19, de 1998)

VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respecti-va Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

b) em Municípios de dez mil e um a cinquenta mil habitantes, o subsí-dio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

c) em Municípios de cinquenta mil e um a cem mil habitantes, o sub-sídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsí-dio máximo dos Vereadores corresponderá a cinquenta por cento do subsí-

dio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não po-derá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Municí-pio; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e vo-tos no exercício do mandato e na circunscrição do Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, simila-res, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os mem-bros da Assembleia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justi-ça; (Renumerado do inciso VIII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal; (Renumerado do inciso IX, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal; (Renumerado do inciso X, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo me-nos, cinco por cento do eleitorado; (Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único. (Renumerado do inciso XII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5o do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito)

II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitan-tes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municí-pios com população entre 500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Consti-tucional nº 58, de 2009)

V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitan-tes; (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões e um) habitan-tes. (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

§ 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

§ 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Munici-pal: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

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I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste arti-go; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamen-tária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

§ 3o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao § 1o deste artigo.(Incluído pela Emenda Consti-tucional nº 25, de 2000)

Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como a-

plicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação esta-dual;

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

ira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da popu-lação;

VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, obser-vada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legisla-tivo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

§ 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Con-selhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

§ 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as con-tas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

§ 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anu-almente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

§ 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Con-tas Municipais.

CAPÍTULO V DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

Seção I DO DISTRITO FEDERAL

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.

§ 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

§ 2º - A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governa-dores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.

§ 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o dis-posto no art. 27.

§ 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar.

Seção II DOS TERRITÓRIOS

Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.

§ 1º - Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.

§ 2º - As contas do Governo do Território serão submetidas ao Con-gresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.

§ 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.

CAPÍTULO VI DA INTERVENÇÃO

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em

outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades

da Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos

consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta

Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos es-

taduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saú-de.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:

I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos con-secutivos, a dívida fundada;

II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na

manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para asse-gurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do

Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;

II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requi-sição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;

III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. (Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 45, de 2004)

§ 1º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legisla-tiva do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.

§ 2º - Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assem-bleia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.

§ 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.

§ 4º - Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.

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CAPÍTULO VII DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Po-deres da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedece-rá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitu-cional nº 19, de 1998)

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasi-leiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitu-cional nº 19, de 1998)

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites defini-dos em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admis-são;

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determina-do para atender a necessidade temporária de excepcional interesse públi-co;

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Regulamento)

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como li-mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislati-vo e o sub-sídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tri-bunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judi-ciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empre-gos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

a) a de dois cargos de professor; (Incluída pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 1998)

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científi-co; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 34, de 2001)

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de econo-mia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indireta-mente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, den-tro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os de-mais setores administrativos, na forma da lei;

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autori-zada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, ser-viços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concor-rentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, manti-das as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento)

XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integra-da, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campa-nhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nu-lidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na admi-nistração pública direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em ge-ral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXII-I; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou a-busivo de cargo, emprego ou função na administração pública. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos

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bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos pratica-dos por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agen-tes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regres-so contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o aces-so a informações privilegiadas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - o prazo de duração do contrato; II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obri-

gações e responsabilidade dos dirigentes; III - a remuneração do pessoal. § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às soci-

edades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentado-ria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indeni-zatório previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Or gânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distri-tais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fun-dacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposi-ções:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.

Seção II DOS SERVIDORES PÚBLICOS

(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios institu-

irão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de

carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios institu-irão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4)

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará: (Redação dada pela Emenda Consti-tucional nº 19, de 1998)

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos car-gos componentes de cada carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 19, de 1998)

III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 1998)

§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de go-verno para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, consti-tuindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anual-mente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da econo-mia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e raciona-lização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Es-tados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, mo-léstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos pro-porcionais ao tempo de contribuição; (Redação dada pela Emenda Consti-tucional nº 20, de 15/12/98)

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III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mu-lher; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de i-dade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribui-ção. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servi-dor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

I portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

II que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 47, de 2005)

III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que pre-judiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 47, de 2005)

§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzi-dos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o profes-sor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e mé-dio. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumu-láveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste arti-go. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limi-te máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proven-tos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribui-ção para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável

na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Consti-tucional nº 20, de 15/12/98)

§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos ser-vidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência soci-al. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respecti-vos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.(Incluído pela Emenda Consti-tucional nº 20, de 15/12/98)

§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida.(Redação dada pela Emenda Constitu-cional nº 41, 19.12.2003)

§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspon-dente regime de previdência complementar. (Incluído pela Emenda Consti-tucional nº 20, de 15/12/98)

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdên-cia social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 41, 19.12.2003)

§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exi-gências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de pre-vidência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalva-do o disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas so-bre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso públi-co. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pe-la Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

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§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzi-do ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Seção III

DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS TER-RITÓRIOS

(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Mi-

litares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual especí-fica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

Seção IV DAS REGIÕES

Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvol-vimento e à redução das desigualdades regionais.

§ 1º - Lei complementar disporá sobre: I - as condições para integração de regiões em desenvolvimento; II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma

da lei, os planos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvol-vimento econômico e social, aprovados juntamente com estes.

§ 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:

I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e pre-ços de responsabilidade do Poder Público;

II - juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias; III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais

devidos por pessoas físicas ou jurídicas; IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e

das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.

§ 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recu-peração de terras áridas e cooperará com os pequenos e médios proprietá-rios rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.

TÍTULO IV Da Organização dos Poderes

CAPÍTULO I DO PODER LEGISLATIVO

Seção I DO CONGRESSO NACIONAL

Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos. Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do

povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Territó-rio e no Distrito Federal.

§ 1º - O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar,

proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.

§ 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados. Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados

e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. § 1º - Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com

mandato de oito anos. § 2º - A representação de cada Estado e do Distrito Federal será re-

novada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. § 3º - Cada Senador será eleito com dois suplentes. Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações

de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

Seção II DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, opera-

ções de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvol-

vimento; V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do

domínio da União; VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Terri-

tórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas; VII - transferência temporária da sede do Governo Federal; VIII - concessão de anistia; IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da

Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Consti-tucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito)

X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração públi-ca; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

XII - telecomunicações e radiodifusão; XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e

suas operações; XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária

federal. XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,

observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacio-

nais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar;

III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se au-sentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias;

IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;

V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;

VI - mudar temporariamente sua sede;

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VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senado-res, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da Repú-blica e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Consti-tucional nº 19, de 1998)

IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da Repú-blica e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;

X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;

XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes;

XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de e-missoras de rádio e televisão;

XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da U-nião;

XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;

XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento

de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais; XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras pú-

blicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares. Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de

suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titula-res de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determi-nado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 2, de 1994)

§ 1º - Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Fede-ral, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério.

§ 2º - As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal po-derão encaminhar pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 2, de 1994)

Seção III DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de pro-

cesso contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;

II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;

III - elaborar seu regimento interno; IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação,

transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus servi-ços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observa-dos os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentá-rias; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

Seção IV DO SENADO FEDERAL

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República

nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)

II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; (Redação dada pela Emenda Cons-titucional nº 45, de 2004)

III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:

a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente

da República; c) Governador de Território; d) Presidente e diretores do banco central; e) Procurador-Geral da República; f) titulares de outros cargos que a lei determinar; IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão

secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanen-te;

V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;

VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais pa-ra o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;

VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno;

IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada in-constitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;

XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu man-dato;

XII - elaborar seu regimento interno; XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação,

transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus servi-ços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observa-dos os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentá-rias; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condena-ção, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

Seção V DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES

Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmen-te, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)

§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, se-rão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Fede-ral. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)

§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Na-cional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)

§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à

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Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)

§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)

§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)

§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do man-dato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam infor-mações. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)

§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)

§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)

Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público,

autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;

II - desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze

de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a";

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a";

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anteri-

or; II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parla-

mentar; III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça

parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta

Constituição; VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julga-

do. § 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos defi-

nidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.

§ 2º - Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será deci-dida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qual-quer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos

suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º.(Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 6, de 1994)

Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território,

Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária;

II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tra-tar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.

§ 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.

§ 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.

§ 3º - Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato.

Seção VI DAS REUNIÕES

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezem-bro. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)

§ 1º - As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.

§ 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

§ 3º - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para:

I - inaugurar a sessão legislativa; II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços co-

muns às duas Casas; III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da

República; IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. § 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a

partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)

§ 5º - A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)

I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de es-tado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presi-dente e do Vice-Presidente- Presidente da República;

II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos mem-bros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público rele-vante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)

§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional so-mente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizató-ria, em razão da convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)

§ 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluí-das na pauta da convocação.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

Seção VII DAS COMISSÕES

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Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões perma-nentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.

§ 1º - Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.

§ 2º - às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento,

a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;

II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre as-

suntos inerentes a suas atribuições; IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de

qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e seto-

riais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. § 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de

investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, medi-ante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

§ 4º - Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da represen-tação partidária.

Seção VIII DO PROCESSO LEGISLATIVO

Subseção I Disposição Geral

Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, reda-

ção, alteração e consolidação das leis. Subseção II

Da Emenda à Constituição Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados

ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da

Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de inter-venção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câ-mara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida

por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

Subseção III Das Leis

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qual-quer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribu-nal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; II - disponham sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração

direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orça-

mentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, pro-

vimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da Uni-ão, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;

e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração públi-ca, observado o disposto no art. 84, VI (Redação dada pela Emenda Cons-titucional nº 32, de 2001)

f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.(Incluída pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

§ 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câ-mara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Consti-tucional nº 32, de 2001)

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre maté-ria: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

I - relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direi-

to eleitoral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído pela

Emenda Constitucional nº 32, de 2001) c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e

a garantia de seus membros; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

II - que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

III - reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 2001)

IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacio-nal e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de im-postos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.(Incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 2001)

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§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. (Incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 2001)

§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da me-dida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Con-gresso Nacional.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subse-quentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publica-ção, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreci-adas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até ses-senta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. (Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 32, de 2001)

§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista: I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República,

ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º; II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da

Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.

Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Pre-sidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superi-ores terão início na Câmara dos Deputados.

§ 1º - O Presidente da República poderá solicitar urgência para apre-ciação de projetos de sua iniciativa.

§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Fede-ral não se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo consti-tucional determinado, até que se ultime a votação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

§ 3º - A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.

§ 4º - Os prazos do § 2º não correm nos períodos de recesso do Con-gresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código.

Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela ou-tra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou pro-mulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.

Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciado-ra.

Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o pro-jeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.

§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do rece-bimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.

§ 2º - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de pa-rágrafo, de inciso ou de alínea.

§ 3º - Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção.

§ 4º - O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto.

§ 5º - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promul-gação, ao Presidente da República.

§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. (Redação dada pela Emenda Constitu-cional nº 32, de 2001)

§ 7º - Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Sena-do a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.

Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente pode-rá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da Repú-blica, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.

§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusi-va do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:

I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;

II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. § 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolu-

ção do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.

§ 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Con-gresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.

Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absolu-ta.

Seção IX DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e

patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subven-ções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, medi-ante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será e-xercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repú-blica, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluí-das as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

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III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nome-ações para cargo de provimento em comissão, bem como a das conces-sões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Se-nado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciá-rio, e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cu-jo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela Uni-ão mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patri-monial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comuni-cando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamen-te pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.

§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.

§ 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.

Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.

§ 1º - Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insu-ficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.

§ 2º - Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se jul-gar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.

Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previs-tas no art. 96.

§ 1º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:

I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; II - idoneidade moral e reputação ilibada; III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e finan-

ceiros ou de administração pública; IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade

profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior. § 2º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos: I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado

Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Minis-tério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;

II - dois terços pelo Congresso Nacional. § 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas

garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 4º - O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. § 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimen-

to de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalida-des perante o Tribunal de Contas da União.

Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.

Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribu-nais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.

CAPÍTULO II DO PODER EXECUTIVO

Seção I DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República,

auxiliado pelos Ministros de Estado. Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República

realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primei-ro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)

§ 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.

§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.

§ 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira vo-tação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

§ 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desis-tência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os rema-nescentes, o de maior votação.

§ 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em se-gundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.

Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.

Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.

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Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atri-buições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presi-dente, sempre que por ele convocado para missões especiais.

Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da Repú-blica, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presi-dencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.

§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.

Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e te-rá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua elei-ção.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)

Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

Seção II Das Atribuições do Presidente da República

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior

da administração federal; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta

Constituição; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir

decretos e regulamentos para sua fiel execução; V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; VI - dispor, mediante decreto, sobre:(Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 32, de 2001) a) organização e funcionamento da administração federal, quando não

implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públi-cos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;(Incluída pe-la Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus re-presentantes diplomáticos;

VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;

IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; X - decretar e executar a intervenção federal; XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional

por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;

XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privati-vos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)

XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;

XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;

XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União;

XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;

XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;

XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pe-lo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo

das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;

XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Na-cional;

XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças

estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam tempo-rariamente;

XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;

XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de ses-senta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;

XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art.

62; XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribu-

ições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.

Seção III Da Responsabilidade do Presidente da República

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da Re-pública que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Mi-

nistério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que

estabelecerá as normas de processo e julgamento. Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por

dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

§ 1º - O Presidente ficará suspenso de suas funções: I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-

crime pelo Supremo Tribunal Federal; II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo

pelo Senado Federal. § 2º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não

estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

§ 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.

§ 4º - O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

Seção IV DOS MINISTROS DE ESTADO

Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos.

Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atri-buições estabelecidas nesta Constituição e na lei:

I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e enti-dades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República;

II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regula-mentos;

III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua ges-tão no Ministério;

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IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorga-das ou delegadas pelo Presidente da República.

Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e ór-gãos da administração pública. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

Seção V DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE DEFESA NACIO-

NAL Subseção I

Do Conselho da República Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do

Presidente da República, e dele participam: I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; VI - o Ministro da Justiça; VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos

de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.

Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre: I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio; II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições demo-

cráticas. § 1º - O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado

para participar da reunião do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério.

§ 2º - A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República.

Subseção II Do Conselho de Defesa Nacional

Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presi-dente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos:

I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - o Ministro da Justiça; V - o Ministro de Estado da Defesa;(Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 23, de 1999) VI - o Ministro das Relações Exteriores; VII - o Ministro do Planejamento. VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáuti-

ca.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) § 1º - Compete ao Conselho de Defesa Nacional: I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da

paz, nos termos desta Constituição; II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio

e da intervenção federal; III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensá-

veis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;

IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático.

§ 2º - A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.

CAPÍTULO III DO PODER JUDICIÁRIO

Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal;

I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 45, de 2004)

II - o Superior Tribunal de Justiça; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territó-

rios. § 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e

os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. (Incluído pela Emen-da Constitucional nº 45, de 2004)

§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm juris-dição em todo o território nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princí-pios:

I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, me-diante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada pela Emenda Consti-tucional nº 45, de 2004)

II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por anti-guidade e merecimento, atendidas as seguintes normas:

a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecu-tivas ou cinco alternadas em lista de merecimento;

b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;

c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfei-çoamento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; (Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 45, de 2004)

e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrân-cia; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IV previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e pro-moção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;(Redação dada pela Emenda Constitu-cional nº 19, de 1998)

VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependen-tes observarão o disposto no art. 40; (Redação dada pela Emenda Consti-tucional nº 20, de 1998)

VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

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VIII o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VIIIA a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públi-cos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria abso-luta de seus membros; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, pode-rá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribu-nal pleno; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias cole-tivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanen-te; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de ad-ministração e atos de mero expediente sem caráter decisório; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

XV a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista trí-plice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.

Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois

anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de delibe-ração do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;

II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;

III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Parágrafo único. Aos juízes é vedado: I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo

uma de magistério; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em

processo; III - dedicar-se à atividade político-partidária. IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de

pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 96. Compete privativamente:

I - aos tribunais: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos,

com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;

b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;

c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;

d) propor a criação de novas varas judiciárias; e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obe-

decido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei;

f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;

II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tri-bunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:

a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus servi-

ços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferio-res, onde houver; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito

Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:

I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e lei-gos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;

II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo vo-to direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribui-ções conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.

§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbi-to da Justiça Federal. (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.

§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais in-teressados, compete:

I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;

II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.

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§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem en-caminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolida-ção da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previa-mente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decor-rentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementa-ções, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transi-tada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exer-cício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamen-te. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consigna-dos diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autori-zar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preteri-mento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respec-tiva. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suple-mentares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação adminis-trativa ou judicial. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fa-zenda Pública devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos que preen-cham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previs-tos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado. (Incluído pela Emenda Cons-titucional nº 62, de 2009).

§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atuali-zação de valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo paga-mento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensa-ção da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros inciden-tes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comu-nicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à enti-dade devedora.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, dispon-do sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquida-ção. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assu-mir débitos, oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municí-pios, refinanciando-os diretamente. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

Seção II DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo fede-

ral ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aero-náutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;(Redação dada pela Emenda Constitu-cional nº 23, de 1999)

d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

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e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a U-nião, o Estado, o Distrito Federal ou o Território;

f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;

g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; i) o habeas corpushabeas corpushabeas corpushabeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o

coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujei-tos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 1999)

j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da

autoridade de suas decisões; m) a execução de sentença nas causas de sua competência originá-

ria, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais; n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou

indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;

o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;

p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionali-dade;

q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamen-tadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;

r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conse-lho Nacional do Ministério Público; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

II - julgar, em recurso ordinário: a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o

mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superio-res, se denegatória a decisão;

b) o crime político; III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em

única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta

Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pe-

la Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decor-

rente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. (Transformado em § 1º pela Emenda Constitucional nº 3, de 17/03/93)

§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribu-nal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações decla-ratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à admi-nistração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e munici-pal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a re-percussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a a-ção declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados;

IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. § 1º - O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvi-

do nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de compe-tência do Supremo Tribunal Federal.

§ 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.

§ 3º - Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstituciona-lidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.

Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por pro-vocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reitera-das decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indire-ta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide Lei nº 11.417, de 2006).

§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.

§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.

§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso."

Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)

I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)

II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respec-tivo tribunal;

III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo res-pectivo tribunal;

IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tri-

bunal de Justiça; VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal

Superior do Trabalho; IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procu-

rador-Geral da República; XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procu-

rador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competen-te de cada instituição estadual;

XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indi-cados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

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§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)

§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presi-dente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)

§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste arti-go, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal.

§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e fi-nanceira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;

II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumpri-mento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;

III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por dele-gação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos discipli-nares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposenta-doria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;

IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a ad-ministração pública ou de abuso de autoridade;

V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplina-res de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano;

VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;

VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar ne-cessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa.

§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes:

I receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, rela-tivas aos magistrados e aos serviços judiciários;

II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correi-ção geral;

III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e re-quisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios.

§ 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

§ 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ou-vidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional de Justiça.

Seção III DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.

Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do

Senado Federal, sendo:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;

II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Mi-nistério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alterna-damente, indicados na forma do art. 94.

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito

Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;

b) os mandados de segurança e os habeas datahabeas datahabeas datahabeas data contra ato de Minis-tro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

c) os habeas corpushabeas corpushabeas corpushabeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exérci-to ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleito-ral; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;

e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados; f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da

autoridade de suas decisões; g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judi-

ciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e adminis-trativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;

h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamen-tadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da adminis-tração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;

i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exe-quatur às cartas rogatórias;(Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

II - julgar, em recurso ordinário: a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos

Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;

b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tri-bunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;

c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;

III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou úl-tima instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei fede-

ral;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído

outro tribunal. Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justi-

ça: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistra-

dos, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; (Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 45, de 2004)

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II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primei-ro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correi-cionais, cujas decisões terão caráter vinculante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Seção IV DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS

Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: I - os Tribunais Regionais Federais; II - os Juízes Federais. Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no míni-

mo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nome-ados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:

I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva ativi-dade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;

II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por antiguidade e merecimento, alternadamente.

§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e determinará sua jurisdição e sede. (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 2º Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 3º Os Tribunais Regionais Federais poderão funcionar descentrali-zadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça

Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região;

c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do pró-prio Tribunal ou de juiz federal;

d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal; e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tri-

bunal; II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes fede-

rais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública

federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;

III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;

IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a compe-tência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quan-do, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;

V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º des-te artigo;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determi-nados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;

VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;

VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de au-toridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais fede-rais;

IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;

X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;

XI - a disputa sobre direitos indígenas. § 1º - As causas em que a União for autora serão aforadas na seção

judiciária onde tiver domicílio a outra parte. § 2º - As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na

seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocor-rido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.

§ 3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.

§ 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sem-pre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primei-ro grau.

§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procura-dor-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de desloca-mento de competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.

Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.

Seção V DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO

Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: I - o Tribunal Superior do Trabalho; II - os Tribunais Regionais do Trabalho; III - Juizes do Trabalho.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº

24, de 1999) Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e

sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva ativi-dade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriun-dos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Traba-lho.

§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados

do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;

II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

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Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas co-marcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999)

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de di-reito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

II as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sin-dicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quan-do o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorren-tes da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de traba-lho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbi-tros.

§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o confli-to. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mí-nimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva ativi-dade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguida-de e merecimento, alternadamente.

§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descen-tralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um ju-iz singular.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999)

Seção VI DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS

Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral: I - o Tribunal Superior Eleitoral; II - os Tribunais Regionais Eleitorais; III - os Juízes Eleitorais; IV - as Juntas Eleitorais. Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de se-

te membros, escolhidos: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis

advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Es-tado e no Distrito Federal.

§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de

Justiça; II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do

Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;

III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes den-tre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores.

Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competên-cia dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

§ 1º - Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicá-vel, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servi-rão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecuti-vos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.

§ 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, sal-vo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de segurança.

§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente cabe-rá recurso quando:

I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;

II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tri-bunais eleitorais;

III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas e-leições federais ou estaduais;

IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;

V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, "habeas-data" ou mandado de injunção.

Seção VII DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES

Art. 122. São órgãos da Justiça Militar: I - o Superior Tribunal Militar; II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei. Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros

vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carrei-ra, e cinco dentre civis.

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Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros maiores de trinta e cinco anos, sendo:

I - três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional;

II - dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar.

Art. 124. à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes milita-res definidos em lei.

Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar.

Seção VIII DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS

Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princí-pios estabelecidos nesta Constituição.

§ 1º - A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.

§ 2º - Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitu-cionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.

§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do T ribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judici-ais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes milita-res. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realiza-ção de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas especializadas, com competência exclusiva para ques-tões agrárias. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdi-cional, o juiz far-se-á presente no local do litígio.

CAPÍTULO IV DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA

Seção I DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e admi-nistrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, pro-vendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta or-çamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encami-nhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previa-mente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 128. O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União, que compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; II - os Ministérios Públicos dos Estados. § 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral

da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.

§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maio-ria absoluta do Senado Federal.

§ 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.

§ 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.

§ 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organiza-ção, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:

I - as seguintes garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o

cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante

decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e res-salvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - as seguintes vedações: a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, per-

centagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função públi-

ca, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 45, de 2004) f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de

pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

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§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de

relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promoven-do as medidas necessárias a sua garantia;

III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difu-sos e coletivos;

IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;

V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações in-dígenas;

VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;

VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;

VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações proces-suais;

IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que com-patíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.

§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por in-tegrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lota-ção, salvo autorização do chefe da instituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada pela Emenda Consti-tucional nº 45, de 2004)

§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imedia-ta. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, veda-ções e forma de investidura.

Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I o Procurador-Geral da República, que o preside; II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a re-

presentação de cada uma de suas carreiras; III três membros do Ministério Público dos Estados; IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro

pelo Superior Tribunal de Justiça; V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos

Advogados do Brasil; VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indica-

dos um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. § 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão

indicados pelos respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei. § 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle

da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumpri-mento dos deveres funcionais de seus membros, cabendolhe:

I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;

II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo descons-tituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências neces-sárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas;

III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da institui-ção, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remo-ção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;

IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano;

V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar neces-sárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.

§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor na-cional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes:

I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares;

II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral;

III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público.

§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho.

§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Pú-blico, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público.

Seção II

DA ADVOCACIA PÚBLICA (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicial-mente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assesso-ramento jurídico do Poder Executivo.

§ 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

§ 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.

§ 3º - Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a represen-tação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.

Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organi-zados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegura-da estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Seção III DA ADVOCACIA E DA DEFENSORIA PÚBLICA

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Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sen-do inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdi-cional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV.)

§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integran-tes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão remunerados na forma do art. 39, § 4º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

CÓDIGO DE ÉTICA DA CEMIG, SEGURANÇA DO TRABALHO, ACIDENTES DO TRABALHO, PRIMEI-

ROS SOCORROS, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

Segurança do TrabalhoSegurança do TrabalhoSegurança do TrabalhoSegurança do Trabalho

1.1.1.1. Que é Segurança do Trabalho ?Que é Segurança do Trabalho ?Que é Segurança do Trabalho ?Que é Segurança do Trabalho ?

Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de me-didas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doen-ças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.

A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenha-ria de Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerên-cia de Riscos.

O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Traba-lho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfer-meiro do Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Traba-lho. Também os empregados da empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

A Segurança do TrabalhoSegurança do TrabalhoSegurança do TrabalhoSegurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil, a Le-gislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas Regulamenta-doras, leis complementares, como portarias e decretos e também as con-venções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratifica-das pelo Brasil.

2.2.2.2. Porque minha empresa precisa constituir equipe de Segurança do Porque minha empresa precisa constituir equipe de Segurança do Porque minha empresa precisa constituir equipe de Segurança do Porque minha empresa precisa constituir equipe de Segurança do Trabalho?Trabalho?Trabalho?Trabalho?

Porque é exigido por lei. Por outro lado, a Segurança do Trabalho faz com que a empresa se organize, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no trabalho.

3.3.3.3. Que é acidente de trabalho?Que é acidente de trabalho?Que é acidente de trabalho?Que é acidente de trabalho?

Acidente de trabalho é aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional podendo causar morte, perda ou redução permanente ou temporária, da

capacidade para o trabalho. Equiparam-se aos acidentes de trabalho:

1. o acidente que acontece quando você está prestando serviços por ordem da empresa fora do local de trabalho

2. o acidente que acontece quando você estiver em viagem a serviço da empresa

3. o acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa.

4. doença profissional (as doenças provocadas pelo tipo de trabalho.

5. doença do trabalho (as doenças causadas pelas condições do tra-balho.

O acidente de trabalho deve-se principalmente a duas causas:

I. ato inseguro - é o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está contra as normas de segurança. São exemplos de atos inseguros: subir em telhado sem cinto de segurança contra quedas, ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mãos molhadas e dirigir a altas velocidades.

II. Condição Insegura - é a condição do ambiente de trabalho que ofe-rece perigo e ou risco ao trabalhador. São exemplos de condições insegu-ras: instalação elétrica com fios desencapados, máquinas em estado precá-rio de manutenção, andaime de obras de construção civil feitos com materi-ais inadequados.

Eliminando-se as condições inseguras e os atos inseguros é possível reduzir os acidentes e as doenças ocupacionais. Esse é o papel da Segu-rança do Trabalho.

Segurança do trabalhoSegurança do trabalhoSegurança do trabalhoSegurança do trabalho (ou também denominado segurança laboralsegurança laboralsegurança laboralsegurança laboral) é um conjunto de ciências e tecnologias que tem o objetivo de promover a proteção do trabalhador no seu local de trabalho, visando a redução de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.

É uma área de engenharia e de medicina do trabalho cujo objetivo é identificar, avaliar e controlar situações de risco, proporcionando um ambi-ente de trabalho mais seguro e saudável para as pessoas.

No Brasil, um dos instrumentos de gestão da segurança e da medicina do trabalho é o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). Este serviço está previsto na legislação trabalhista brasileira e regulamentado em uma portaria do Ministério do Trabalho e Emprego, por intermédio da Norma Regulamentadora nº 4 (NR-4).

Destacam-se entre as principais atividades da segurança do trabalho:

� Prevenção de acidentes

� Promoção da saúde

� Prevenção de incêndios

Promoção da saúdePromoção da saúdePromoção da saúdePromoção da saúde

A promoção da saúdepromoção da saúdepromoção da saúdepromoção da saúde consiste em políticas, planos e programas de saúde pública com ações voltadas a evitar a exposição da população aos fatores condicionantes e determinantes do adoecimento humano, distinguindo-se da atenção primária ou ações da medicina preventiva que identificam precocemente o dano e ou controlam a exposição do hospedeiro ao agente causal em um dado meio-ambiente.

Segundo Arouca cada um desses elementos é determinado por um conjunto de características que lhe são atribuídas, na "Historia Natural da Doença", como, por exemplo, em relação à história natural da sífilis adquirida:

� Fatores do Agente - características biológicas, pré requisitos de unidade, baixa resistência;

� Fatores do Ambiente - geografia, clima, instabilidade familiar, baixo ingresso, moradia, facilidades inadequadas de recreação, facilidades diagnósticas;

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� Fatores do Hóspede - idade, sexo, raça, desenvolvimento da personalidade, ética e educação sexual, promiscuidade, profilaxia. (Leavell & Clarck, 1965)

O estilo de vida saudável contrapõe-se ao sedentarismo

O modelo teórico de explicação/intervenção denominado promoção da saúde substitui (redefinindo) aquele modelo triádico agente-hospedeiro-ambiente (tido como ecológico) por um esquema quadripolar constituído por: biologia humana,ambiente, estilo de vida e sistema de serviços de saúde. [2] mais eficaz sobretudo para "dar conta" da elevação das doenças crônico - degenerativas ou não - transmissíveis que caracterizam o mundo moderno.

O principal documento, pós "Declaração de Alma-Ata" (1978), com essas recomendações surgiu na Primeira CoPrimeira CoPrimeira CoPrimeira Connnnferência Internacional Sobre ferência Internacional Sobre ferência Internacional Sobre ferência Internacional Sobre Promoção da SaPromoção da SaPromoção da SaPromoção da Saúúúúdededede realizada em novembro de 1986 em Ottawa, Canadá.[3] onde a promoção da saúde foi definida como: o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de viver. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global.

Observe-se a ênfase no sujeito coletivo - a comunidade e a "criação" (implícita) do conceito de empodeiramento (empowerment) como requisito de sua atuação para melhoria de sua qualidade de vida e saúde. Após essa conferência se sucederam algumas outras conferências internacionais sobre a "promoção da saúde" com contribuições específicas para as dificuldades encontradas seja na organização das comunidades (responsabilidade individual e social), nos instrumentos e condições para modificações do meio - ambiente como na administração dos recursos disponíveis para serviços de saúde.

Rabello assinala ainda que a promoção da saúde é uma proposta pública mundial contemporânea na saúde pública disseminada pela Organização Mundial da Saúde desde 1984, constituindo-se como um novo paradigma e que este se contrapõe ao modelo flexeneriano que se expressa através do individualismo (atenção individual), da especialização, da tecnologização e do curativismo na atenção à saúde, predominantes, até então, nas práticas de saúde.

Doenças e agravos

A erradicação da violência e criação de ambientes seguros foi uma condição imposta aos formuladores de políticas de promoção à saúde face a crescente demanda por serviços de saúde ocasionados por causas externas, mais especificamente acidentes de transporte e agressões, no modo de adoecer e morrer de das populações. Pode se considerado um do marcos dessa inclusão o "Plano de Ação Regional para Promoção da Saúde" (CD 37.R14, 1993) da OPAS, 1994 inserindo tais ações no âmbito do fortalecimento dos sistemas de vigilância com incorporação de informação social e de risco comportamental trabalhando na perspectiva de construir (transformar) municípios e cidades saudáveis.

Um dos primeiros sistema de registros de informações relativas aos fatores risco foi realizado pelo Centers for Disease Control and Prevention - (CDC) em 1984. Atualmente os dados são coletados mensalmente em 50 estados, o Distrito de Columbia, Porto Rico, Ilhas Virgens e Guam. Mais de 350 mil adultos são entrevistados a cada ano, por telefone cujos resultados são divulgados publicamente na web. A produção de informações capazes de evidenciar riscos bem como avaliar intervenções realizadas é uma etapa essencial para o desenvolvimento de uma política de promoção da saúde. O CDC monitora sistematicamente os comportamentos de risco à saúde, práticas de saúde preventiva e acesso a cuidados de saúde relacionados principalmente a doença crônica e lesões.

Brasil

Segundo Rabelo, 2010 (o.c.) o Brasil não participou da 1ª Conferência Internacional para Promoção em Saúde mas posteriormente aderiu ao proposto pela Carta de Ottawa e participou das seguintes e como confirmado por diversos autores, a partir da década de 80 ocorreu uma intensa movimentação social em torno das políticas públicas, principalmente a de saúde, culminando com a criação do SUS - Sistema Único de Saúde aperfeiçoando-se progressivamente na direção da construção efetiva de uma estrutura governamental capaz de dar conta dessa proposição.

Atualmente segundo Portaria nº 687 MS/GM (2006)as ações específicas a serem realizadas nas três esferas de governo (federal, estadual, municipal) são:

� Divulgar, sensibilizar e mobilizar para promoção da saúde;

� Alimentação saudável;

� Prática corporal e atividade física;

� Prevenção e controle do tabagismo;

� Redução da morbi-mortalidade em decorrência do uso abusivo do álcool e de outras drogas;

� Redução da morbi-mortalidade por acidentes de trânsito;

� Prevenção da violência e estímulo à cultura da paz;

� Promoção do desenvolvimento sustentável

Observe-se porém que a construção de um consenso e da eqüidade da distribuição de recursos num país continental como o Brasil, com evidentes desigualdades regionais devidas as particularidades culturais e decorrentes da sua história de desenvolvimento econômico não são contornáveis apenas com o aparelhamento jurídico - político das instituições de saúde. Através da participação da população nas decisões em forum coletivos específicos, (conselhos de saúde, conferências de saúde, etc.) almeja-se uma transformação do estilo de vida nocivo à saúde e o enfrentamento da velada "guerra" de interesses por investimentos em modelos assistenciais específicos para conduzir as ações de saúde, estabelecer parcerias e contratos com indústria de alimentos, fármacos, entre outras, além do empodeiramento e extensão das políticas de promoção da saúde (intersetorialidade) aos demais setores governamentais.

Prevenção de incêndiosPrevenção de incêndiosPrevenção de incêndiosPrevenção de incêndios

A Prevenção e Combate a incêndiosPrevenção e Combate a incêndiosPrevenção e Combate a incêndiosPrevenção e Combate a incêndios surge desde a pré-história, quando o homem começa a controlar o fogo, inicialmente obtido da natureza, como na queda de raios por exemplo.

Durante sua evolução, descobriu como obtê-lo e utilizou-se de seus préstimos para inúmeras atividades, dentre elas: aquecimento, preparo de alimentos, têmpera de metais, etc.

Mas o fogo, que tantos préstimos faz ao homem, é uma força imensa que deve ser controlada. Quando perde o controle sentimos os seus efeitos destruidores, denominados incêndios (sinistros).

Para a garantia do homem e dos seus bens, desde a antiguidade se buscou o controle do fogo de maneira eficiente, quando este saía dos domínios do seu senhor.

Temos hoje como fatores preventivos, a elaboração de normas e leis sobre edificações e suas ocupações, controle de materiais combustíveis e inflamáveis, controle de manutenção para máquinas e equipamentos em geral e sistemas elétricos, além de inspeções de risco, com o objetivo de detectar situações propícias para o surgimento e alastramento de um incêndio; instalação de sistemas e equipamentos que permitam o combate rápido a princípios de incêndio, treinamento de pessoas no uso desses equipamentos e nos procedimentos de abandono das edificações sinistradas.

A consciência de prevenção de incêndios deve partir do lar, onde as crianças devem ser instruídas sobre os riscos do fogo, os perigos de brincadeiras com fogos de artifícios e balões, riscos elétricos, riscos dos produtos químicos domésticos, entre outros.

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No Brasil temos base Legal de prevenção de incêndios ditada pela Portaria 3.214/78 - Norma Regulamentadora 23 do Ministério do Trabalho e Emprego, além de Leis Estaduais e Municipais.

Grande parte das normas utilizadas no Brasil e no mundo, para prevenção de incêndios no tocante a equipamentos, sistemas e treinamentos, são originárias da N.F.P.A. - National Fire Protection Association dos EUA, organismo norte americano de estudos e normatização de assuntos relacionados a incêndios e a prevenção destes.

Diversos outros organismos internacionais tratam o assunto incêndio com elaboração de normas e diretrizes. No Brasil temos a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas como principal elaboradora das normas nacionais.

Higiene do trabalhoHigiene do trabalhoHigiene do trabalhoHigiene do trabalho

A higiene do trabalhohigiene do trabalhohigiene do trabalhohigiene do trabalho ou higiene ocupacionalhigiene ocupacionalhigiene ocupacionalhigiene ocupacional é um conjunto de medidas preventivas relacionadas ao ambiente do trabalho, visando a redução de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. A higieneA higieneA higieneA higiene do do do do trabalho cotrabalho cotrabalho cotrabalho connnnsiste em combater as doenças profissionais.siste em combater as doenças profissionais.siste em combater as doenças profissionais.siste em combater as doenças profissionais.

Uma das atividades da higiene do trabalho é a análise ergonômica do ambiente de trabalho, não apenas para identificar fatores que possam prejudicar a saúde do trabalhador e no pagamento de adicional de insalubridade/periculosidade, mas para eliminação ou controlar esses riscos, e para a redução do absenteísmo (doença). A capacidade analítica desenvolvida nesse esforço permite ir além, na forma de identificação e proposição de mudanças no ambiente e organização do trabalho que resultem também no aumento da produtividade, e da motivação e satisfação do trabalhador que resultem na redução de outros tipos de absenteísmo que não relacionado às doenças.

NR 4 NR 4 NR 4 NR 4 ---- NORMA REGULAMENTADORA 4NORMA REGULAMENTADORA 4NORMA REGULAMENTADORA 4NORMA REGULAMENTADORA 4

SERVIÇOS ESPECIALIZADSERVIÇOS ESPECIALIZADSERVIÇOS ESPECIALIZADSERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA OS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA OS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA OS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDE EM MEDE EM MEDE EM MEDIIIICINA DO TRABALHOCINA DO TRABALHOCINA DO TRABALHOCINA DO TRABALHO

4.1. As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da adminis-tração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, mante-rão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segu-rança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

4.2. O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da, atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimen-to, constantes dos Quadros I e II, anexos, observadas as exceções previs-tas nesta NR.

4.2.1. Para fins de dimensionamento, os canteiros de obras e as fren-tes de trabalho com menos de 1 (um) mil empregados e situados no mesmo estado, território ou Distrito Federal não serão considerados como estabe-lecimentos, mas como integrantes da empresa de engenharia principal responsável, a quem caberá organizar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

4.2.1.1. Neste caso, os engenheiros de segurança do trabalho, os mé-dicos do trabalho e os enfermeiros do trabalho poderão ficar centralizados.

4.2.1.2. Para os técnicos de segurança do trabalho e auxiliares de en-fermagem do trabalho, o dimensionamento será feito por canteiro de obra ou frente de trabalho, conforme o Quadro II, anexo.

4.2.2. As empresas que possuam mais de 50 (cinquenta) por cento de seus empregados em estabelecimentos ou setores com atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao da atividade principal deverão dimensionar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, em função do maior grau de risco, obedecido o disposto no Quadro II desta NR.

4.2.3. A empresa poderá constituir Serviço Especializado em Engenha-ria de Segurança e em Medicina do Trabalho centralizado para atender a um conjunto de estabelecimentos pertencentes a ela, desde que a distância a ser percorrida entre aquele em que se situa o serviço e cada um dos demais não ultrapasse a 5 (cinco) mil metros, dimensionando-o em função

do total de empregados e do risco, de acordo com o Quadro II, anexo, e o subitem 4.2.2.

4.2.4. Havendo, na empresa, estabelecimento(s) que se enquadre(m) no Quadro II, desta NR, e outro(s) que não se enquadre(m), a assistência a este(s) será feita pelos serviços especializados daquele(s), dimensionados conforme os subitens 4.2.5.1 e 4.2.5.2 e desde que localizados no mesmo estado, território ou Distrito Federal.

4.2.5. Havendo, na mesma empresa, apenas estabelecimentos que, i-soladamente, não se enquadrem no Quadro II, anexo, o cumprimento desta NR será feito através de Serviços Especializados em Engenharia de Segu-rança e em Medicina do Trabalho centralizados em cada estado, território ou Distrito Federal, desde que o total de empregados dos estabelecimentos no estado, território ou Distrito Federal alcance os limites previstos no Quadro II, anexo, aplicado o disposto no subitem 4.2.2.

4.2.5.1. Para as empresas enquadradas no grau de risco 1 o dimensio-namento dos serviços referidos no subitem 4.2.5 obedecerá ao Quadro II, anexo, considerando-se como número de empregados o somatório dos empregados existentes no estabelecimento que possua o maior número e a média aritmética do número de empregados dos demais estabelecimentos, devendo todos os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, assim constituídos, cumprirem tempo integral.

4.2.5.2. Para as empresas enquadradas nos graus de risco 2, 3 e 4, o dimensionamento dos serviços referidos no subitem 4.2.5 obedecerá o Quadro II, anexo, considerando-se como número de empregados o somató-rio dos empregados de todos os estabelecimentos.

4.3. As empresas enquadradas no grau de risco 1 obrigadas a constitu-ir Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e que possuam outros serviços de medicina e engenharia poderão integrar estes serviços com os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho constituindo um serviço único de engenharia e medicina.

4.3.1. As empresas que optarem pelo serviço único de engenharia e medicina ficam obrigadas a elaborar e submeter à aprovação da Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, até o dia 30 de março, um programa bienal de segurança e medicina do trabalho a ser desenvolvido.

4.3.1.1. As empresas novas que se instalarem após o dia 30 de março de cada exercício poderão constituir o serviço único de que trata o subitem 4.3.1 e elaborar o programa respectivo a ser submetido à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, no prazo de 90 (noventa) dias a contar de sua instalação.

4.3.1.2. As empresas novas, integrantes de grupos empresariais que já possuam serviço único, poderão ser assistidas pelo referido serviço, após comunicação à DRT.

4.3.2. À Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho fica reserva-do o direito de controlar a execução do programa e aferir a sua eficácia.

4.3.3. O serviço único de engenharia e medicina deverá possuir os pro-fissionais especializados previstos no Quadro II, anexo, sendo permitido aos demais engenheiros e médicos exercerem Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, desde que habilitados e registrados conforme esta-belece a NR 27.

4.3.4. O dimensionamento do serviço único de engenharia e medicina deverá obedecer ao disposto no Quadro II desta NR, no tocante aos profis-sionais especializados.

4.4. Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser integrados por Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho,

Técnico de Segurança do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Tra-balho, obedecendo o Quadro II, anexo.(*) Subitem 4.4 com redação dada p/ Port. n.º 11

4.4.1. Para fins desta NR, as empresas obrigadas a constituir Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão exigir dos profissionais que os integram comprovação de que satisfazem os seguintes requisitos:

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a) engenheiro de segurança do trabalho - engenheiro ou arquiteto por-tador de certificado de conclusão de curso de especialização em Engenha-ria de Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação;

b) médico do trabalho - médico portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Medicina do Trabalho, em nível de pós-graduação, ou portador de certificado de residência médica em área de concentração em saúde do trabalhador ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica, do Ministério da Educação, ambos ministrados por universidade ou faculdade que man-tenha curso de graduação em Medicina;

c) enfermeiro do trabalho - enfermeiro portador de certificado de con-clusão de curso de especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-graduação, ministrado por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em enfermagem;

d) auxiliar de enfermagem do trabalho - auxiliar de enfermagem ou téc-nico de enfermagem portador de certificado de conclusão de curso de qualificação de auxiliar de enfermagem do trabalho, ministrado por institui-ção especializada reconhecida e autorizada pelo Ministério da Educação;

e) técnico de segurança do trabalho: técnico portador de comprovação de registro profissional expedido pelo Ministério do Trabalho.

4.4.1.1. Em relação às Categorias mencionadas nas alíneas "a" e "c", observar-se-à o disposto na Lei no 7.410, de 27 de novembro de 1985.

4.4.2. Os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em En-genharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser emprega-dos da empresa, salvo os casos previstos nos itens 4.14 e 4.15.

4.5. A empresa que contratar outra(s) para prestar serviços em estabe-lecimentos enquadrados no Quadro II, anexo, deverá estender a assistên-cia de seus Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho aos empregados da(s) contratada(s), sempre que o número de empregados desta(s), exercendo atividade naqueles estabele-cimentos, não alcançar os limites previstos no Quadro II, devendo, ainda, a contratada cumprir o disposto no subitem 4.2.5.

4.5.1. Quando a empresa contratante e as outras por ela contratadas não se enquadrarem no Quadro II, anexo, mas que pelo número total de empregados de ambos, no estabelecimento, atingirem os limites dispostos no referido quadro, deverá ser constituído um serviço especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho comum, nos moldes do item 4.14. (104.015-4 / I2)

4.5.2. Quando a empresa contratada não se enquadrar no Quadro II, anexo, mesmo considerando-se o total de empregados nos estabelecimen-tos, a contratante deve estender aos empregados da contratada a assistên-cia de seus Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, sejam estes centralizados ou por estabelecimento. (104.016-2 / I1)

4.5.3 A empresa que contratar outras para prestar serviços em seu es-tabelecimento pode constituir SESMT comum para assistência aos empre-gados das contratadas, sob gestão própria, desde que previsto em Con-venção ou Acordo Coletivo de Trabalho.

4.5.3.1 O dimensionamento do SESMT organizado na forma prevista no subitem 4.5.3 deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos e a atividade econômica do estabelecimento da contratante.

4.5.3.2 No caso previsto no item 4.5.3, o número de empregados da empresa contratada no estabelecimento da contratante, assistidos pelo SESMT comum, não integra a base de cálculo para dimensionamento do SESMT da empresa contratada.

4.5.3.3 O SESMT organizado conforme o subitem 4.5.3 deve ter seu funcionamento avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes da empresa contratante, do sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou na forma e periodicidade previstas na Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho. (Subitem 4.5.3 aprovado pela Portaria SST 17/2007).

4.6. Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho das empresas que operem em regime sazonal deve-rão ser dimensionados, tomando-se por base a média aritmética do número

de trabalhadores do ano civil anterior e obedecidos os Quadros I e II ane-xos. (104.017-0 / I1)

4.7. Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser chefiados por profissional qualificado, segundo os requisitos especificados no subitem 4.4.1 desta NR. (104.018-9 / I1)

4.8. O técnico de segurança do trabalho e o auxiliar de enfermagem do trabalho deverão dedicar 8 (oito) horas por dia para as atividades dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o estabelecido no Quadro II, anexo. (104.019-7 / I1)

4.9. O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o enfermeiro do trabalho deverão dedicar, no mínimo, 3 (três) horas (tempo parcial) ou 6 (seis) horas (tempo integral) por dia para as atividades dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o estabelecido no Quadro II, anexo, respeitada a legislação pertinente em vigor. (104.020-0 / I1)

4.10. Ao profissional especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho é vedado o exercício de outras atividades na empresa, durante o horário de sua atuação nos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. (104.021-9 / I2)

4.11. Ficará por conta exclusiva do empregador todo o ônus decorrente da instalação e manutenção dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. (104.022-7 / I2)

4.12. Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializa-dos em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho:

a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medici-na do trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador;

b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a e-liminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual-EPI, de acordo com o que determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade ou carac-terística do agente assim o exija;

c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência disposta na alínea "a";

d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumpri-mento do disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empre-sa e/ou seus estabelecimentos;

e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao má-ximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, confor-me dispõe a NR 5;

f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de duração permanente;

g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do tra-balho e doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção;

h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os aciden-tes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as característi-cas do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s);

i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do traba-lho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI, devendo a empresa encaminhar um mapa contendo avaliação anual dos mesmos dados à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho até o dia 31 de janeiro, através do órgão regional do MTb;

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j) manter os registros de que tratam as alíneas "h" e "i" na sede dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o método de arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas condições de acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, devendo ser guardados somente os mapas anuais dos dados correspondentes às alíneas "h" e "i" por um período não- inferior a 5 (cinco) anos;

l) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializa-dos em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essenci-almente prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emer-gência, quando se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em suas ativi-dades.

4.13. Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão manter entrosamento permanente com a CIPA, dela valendo-se como agente multiplicador, e deverão estudar suas observações e solicitações, propondo soluções corretivas e preventivas, conforme o disposto no subitem 5.14.1. da NR 5.

4.14. As empresas cujos estabelecimentos não se enquadrem no Qua-dro II, anexo a esta NR, poderão dar assistência na área de segurança e medicina do trabalho a seus empregados através de Serviços Especializa-dos em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho comuns, organizados pelo sindicato ou associação da categoria econômica corres-pondente ou pelas próprias empresas interessadas.

4.14.1. A manutenção desses Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverá ser feita pelas empresas usuárias, que participarão das despesas em proporção ao número de empregados de cada uma.

4.14.2. Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho previstos no item 4.14 deverão ser dimensionados em função do somatório dos empregados das empresas participantes, obedecendo ao disposto nos Quadros I e II e no subitem 4.2.1.2, desta NR.

4.14.3 As empresas de mesma atividade econômica, localizadas em um mesmo município, ou em municípios limítrofes, cujos estabelecimentos se enquadrem no Quadro II, podem constituir SESMT comum, organizado pelo sindicato patronal correspondente ou pelas próprias empresas interes-sadas, desde que previsto em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho.

4.14.3.1 O SESMT comum pode ser estendido a empresas cujos esta-belecimentos não se enquadrem no Quadro II, desde que atendidos os demais requisitos do subitem 4.14.3.

4.14.3.2 O dimensionamento do SESMT organizado na forma do subi-tem 4.14.3 deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos.

4.14.3.3 No caso previsto no item 4.14.3, o número de empregados as-sistidos pelo SESMT comum não integra a base de cálculo para dimensio-namento do SESMT das empresas.

4.14.3.4 O SESMT organizado conforme o subitem 4.14.3 deve ter seu funcionamento avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes das empresas, do sindicato de trabalhadores e da Delega-cia Regional do Trabalho, ou na forma e periodicidade previstas na Con-venção ou Acordo Coletivo de Trabalho. (Subitem 4.14.3 aprovado pe-la Portaria SST 17/2007).

4.14.4 As empresas que desenvolvem suas atividades em um mesmo polo industrial ou comercial podem constituir SESMT comum, organizado pelas próprias empresas interessadas, desde que previsto nas Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho das categorias envolvidas.

4.14.4.1 O dimensionamento do SESMT comum organizado na forma do subitem 4.14.4 deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos e a atividade econômica que empregue o maior número entre os trabalha-dores assistidos.

4.14.4.2 No caso previsto no item 4.14.4, o número de empregados as-sistidos pelo SESMT comum não integra a base de cálculo para dimensio-namento do SESMT das empresas.

4.14.4.3 O SESMT organizado conforme o subitem 4.14.4 deve ter seu funcionamento avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes das empresas, dos sindicatos de trabalhadores e da Dele-gacia Regional do Trabalho, ou na forma e periodicidade previstas nas Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho. (Subitem 4.14.4 aprovado pela Portaria SST 17/2007).

4.15. As empresas referidas no item 4.14 poderão optar pelos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de instituição oficial ou instituição privada de utilidade pública, cabendo às empresas o custeio das despesas, na forma prevista no subitem 4.14.1.

4.16. As empresas cujos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho não possuam médico do trabalho e/ou engenheiro de segurança do trabalho, de acordo com o Quadro II desta NR, poderão se utilizar dos serviços destes profissionais existentes nos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho mencionados no item 4.14 e subitem 4.14.1 ou no item 4.15, para atendimento do disposto nas NR.

4.16.1. O ônus decorrente dessa utilização caberá à empresa solicitan-te.

4.17. Os serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de que trata esta NR deverão ser registrados no órgão regional do MTb. (104.023-5 / I1)

4.17.1. O registro referido no item 4.17 deverá ser requerido ao órgão regional do MTb e o requerimento deverá conter os seguintes dados:

a) nome dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho;

b) número de registro dos profissionais na Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho do MTb;

c) número de empregados da requerente e grau de risco das ativida-des, por estabelecimento;

d) especificação dos turnos de trabalho, por estabelecimento;

e) horário de trabalho dos profissionais dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

4.18. Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, já constituídos, deverão ser redimensionados nos termos desta NR e a empresa terá 90 (noventa) dias de prazo, a partir da publicação desta Norma, para efetuar o redimensionamento e o registro referido no item 4.17. (104.024-3 / I1)

4.19. A empresa é responsável pelo cumprimento da NR, devendo as-segurar, como um dos meios para concretizar tal responsabilidade, o exer-cício profissional dos componentes dos Serviços Especializados em Enge-nharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. O impedimento do referi-do exercício profissional, mesmo que parcial e o desvirtuamento ou desvio de funções constituem, em conjunto ou separadamente, infrações classifi-cadas no grau I4, se devidamente comprovadas, para os fins de aplicação das penalidades previstas na NR 28. (104.025-1 / I4)

4.20. Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que os seus empregados estiverem exercendo suas atividades.

Comissão Interna de Prevenção de AcidentesComissão Interna de Prevenção de AcidentesComissão Interna de Prevenção de AcidentesComissão Interna de Prevenção de Acidentes

A Comissão Interna de Prevenção de AcideComissão Interna de Prevenção de AcideComissão Interna de Prevenção de AcideComissão Interna de Prevenção de Acidennnntestestestes (CIPACIPACIPACIPA) é, segundo a legislação brasileira, uma comissão constituída por representantes indicados pelo empregador e membros eleitos pelos trabalhadores, de forma paritária, em cada estabelecimento da empresa, que tem a finalidade de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

Características

A CIPA tem suporte legal no artigo 163 da Consolidação das Leis do Trabalho e na Norma Regulamentadora nº 5 (NR 5), aprovada pela Portaria nº 08/99, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do

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Trabalho e Emprego. A NR 5 trata do dimensionamento, processo eleitoral, treinamento e atribuições da CIPA.

As empresas devem constituir Comissão Interna de Prevenção de Acidentes nos estabelecimentos que se enquadrem no Quadro I da NR 5, de acordo com a atividade econômica e o número de empregados.

A CIPA deverá ter mandato de um ano, e ser assim constituída: igual número de representantes do empregador (indicados pela empresa) e de representantes dos empregados (eleitos); o presidente da CIPA deve ser escolhido pela empresa, dentre os membros por ela indicados; o vice-presidente da CIPA deve ser eleito dentre os representantes eleitos titulares, em eleição de que participam todos os representantes eleitos, inclusive os suplentes; o secretário da CIPA pode ser escolhido entre os membros da Comissão ou até mesmo ser um funcionário que dela não faça parte, mas seu nome precisa ser necessariamente aprovado por todos os cipeiros, eleitos e indicados. Cabe ao presidente e ao vice-presidente da CIPA mediar conflitos, elaborar o calendário de reuniões ordinárias e constituir Comissão Eleitoral para a regular o processo de eleição da CIPA subsequente. Cabe ao secretário da CIPA elaborar as atas das reuniões ordinárias da Comissão.

Quando o estabelecimento não se enquadra na obrigatoriedade de constituição de CIPA, é exigida a designação de uma pessoa com o treinamento específico, para desempenhar as atribuições da Comissão.

Atuação

O objetivo da CIPA é "observar e relatar as condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos..." Sua missão é, portanto, a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores.

Seu papel mais importante é o de estabelecer uma relação de diálogo e conscientização, de forma criativa e participativa, entre gerentes e empregados, em relação à forma como os trabalhos são realizados, objetivando sempre melhorar as condições de trabalho, visando a humanização do trabalho. Não obstante, a CIPA é um órgão supracorporativo e independente, não subordinado a nenhuma área da empresa nem a nenhum funcionário desta.

Garantia de emprego

A Consolidação das Leis do Trabalho e a Constituição Federal brasileira garantem aos membros titulares da CIPA eleitos (os representantes dos empregados) dois anos de estabilidade no emprego, durante os quais só poderão ser desligados através de demissão por justa causa. O período de estabilidade, na verdade, tem uma duração um pouco maior do que dois anos: vai do momento de registro da candidatura do empregado à CIPA até um ano após o término de seu mandato.

Hoje é reconhecida também a estabilidade do suplente eleito, conseguida através de jurisprudência.

EPI EPI EPI EPI ---- EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ---- NÃO BASTA NÃO BASTA NÃO BASTA NÃO BASTA FORNECER É PRECISO FISCALIZARFORNECER É PRECISO FISCALIZARFORNECER É PRECISO FISCALIZARFORNECER É PRECISO FISCALIZAR

Sérgio Ferreira Pantaleão O Equipamento de Proteção Individual - EPI é todo dispositivo ou pro-

duto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde.

O uso deste tipo de equipamento só deverá ser feito quando não for

possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade, ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis, eficientes e suficientes para a atenuação dos riscos e não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho.

Os equipamentos de proteção coletiva - EPC são dispositivos utilizados

no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos inerentes aos processos, tais como o enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança, dentre outros.

Como o EPC não depende da vontade do trabalhador para atender su-as finalidades, este tem maior preferência pela utilização do EPI, já que colabora no processo minimizando os efeitos negativos de um ambiente de trabalho que apresenta diversos riscos ao trabalhador.

Portanto, o EPI será obrigatório somente se o EPC não atenuar os ris-

cos completamente ou se oferecer proteção parcialmente. Conforme dispõe a Norma Regulamentadora 6, a empresa é obrigada

a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstân-cias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa pro-teção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implan-tadas; e

c) para atender a situações de emergência. Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em

Medicina do Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPAnas empresas desobrigadas de manter o SESMT, reco-mendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.

Os tipos de EPI´s utilizados podem variar dependendo do tipo de ativi-

dade ou de riscos que poderão ameaçar a segurança e a saúde do traba-lhador e da parte do corpo que se pretende proteger, tais como:

• Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auricula-res;

• Proteção respiratória: máscaras e filtro; • Proteção visual e facial: óculos e viseiras; • Proteção da cabeça: capacetes; • Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes; • Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas; • Proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões. O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou im-

portado só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competen-te em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

Dentre as atribuições exigidas pela NR-6, cabe ao empregador as se-

guintes obrigações: • adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; • exigir seu uso; • fornecer ao trabalhador somente o equipamento aprovado pelo

órgão, nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; • orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e

conservação; • substituir imediatamente o EPI, quando danificado ou extraviado; • responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e • comunicar o MTE qualquer irregularidade observada; O empregado também terá que observar as seguintes obrigações: • utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina; • responsabilizar-se pela guarda e conservação; • comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impró-

prio ao uso; e • cumprir as determinações do empregador sob o uso pessoal; Os Equipamentos de Proteção Individual além de essenciais à prote-

ção do trabalhador, visando a manutenção de sua saúde física e proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho, podem também proporcionar a redução de custos ao empre-gador.

É o caso de empresas que desenvolvem atividades insalubres e que o

nível de ruído, por exemplo, está acima dos limites de tolerância previstos na NR-15. Neste caso, a empresa deveria pagar o adicional de insalubrida-

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de de acordo com o grau de enquadramento, podendo ser de 10%, 20% ou 40%.

Com a utilização do EPI a empresa poderá eliminar ou neutralizar o ní-

vel do ruído já que, com a utilização adequada do equipamento, o dano que o ruído poderia causar à audição do empregado será eliminado.

A eliminação do ruído ou a neutralização em nível abaixo do limite de

tolerância isenta a empresa do pagamento do adicional, além de evitar quaisquer possibilidades futuras de pagamento de indenização de danos morais ou materiais em função da falta de utilização do EPI.

Entretanto, é importante ressaltar que não basta o fornecimento do EPI

ao empregado por parte do empregador, pois é obrigação deste fiscalizar o empregado de modo a garantir que o equipamento esteja sendo utilizado.

São muitos os casos de empregados que, com desculpas de que não

se acostumam ou que o EPI o incomoda no exercício da função, deixam de utilizá-lo e consequentemente, passam a sofrer as consequências de um ambiente de trabalho insalubre.

Nestes casos o empregador deve utilizar-se de seu poder diretivo e o-

brigar o empregado a utilizar o equipamento, sob pena de advertência e suspensão num primeiro momento e, havendo reincidências, sofrer puni-ções mais severas como a demissão por justa causa.

Para a Justiça do Trabalho o fato de comprovar que o empregado re-

cebeu o equipamento (por meio de ficha de entrega de EPI), por exemplo, não exime o empregador do pagamento de uma eventual indenização, pois a norma estabelece que o empregador deva garantir o seu uso, o que se faz através de fiscalização e de medidas coercitivas, se for o caso.

Equipamento de proteção coletivaEquipamento de proteção coletivaEquipamento de proteção coletivaEquipamento de proteção coletiva

EquipamenEquipamenEquipamenEquipamentos de Proteção Coletivatos de Proteção Coletivatos de Proteção Coletivatos de Proteção Coletiva ou EPCsEPCsEPCsEPCs são dispositivos utilizados à proteção de trabalhadores durante realização de suas atividades. O EPC serve para neutralizar a ação dos agentes ambientais, evitando acidentes, protegendo contra danos à saúde e a integridade física dos trabalhadores, uma vez que o ambiente de trabalho não deve oferecer riscos à saúde ou à a segurança do trabalhador.

Exemplos de equipamentos de proteção coletiva:

� Fitas de demarcação reflexivas - Utilizadas para delimitação e isolamento de áreas de trabalho.

� Cones de sinalização – Têm Finalidade de sinalização de áreas de trabalho e obras em vias públicas ou rodovias e orientação de trânsito de veículos e de pedestres e podem ser utilizados em conjunto com fita zebrada, sinalizador STROBO ou bandeirolas.

� Conjuntos para aterramento temporário – Têm a finalidade de garantir que eventuais circulações de corrente elétrica fluam para a terra, minimizando os riscos aos trabalhadores.

� Detectores de tensão para baixa tensão e alta tensão – Têm a finalidade de comprovar a ausência de tensão elétrica na área a ser trabalhada.

� Coberturas isolantes – Têm a finalidade de isolar partes energizadas de redes elétricas de distribuição durante a execução de tarefas.

� Exaustores - Têm a finalidade de remover ar ambiental contaminado ou promover a renovação do ar saudável.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

PRIMEIROS SOCORROSPRIMEIROS SOCORROSPRIMEIROS SOCORROSPRIMEIROS SOCORROS

Primeiros socorrosPrimeiros socorrosPrimeiros socorrosPrimeiros socorros são uma série de procedimentos simples com o intuito de manter vidas em situações de emergência, feitos por pessoas comuns com esses conhecimentos, até a chegada de atendimento médico especializado.

O melhor é obter treino em primeiros socorros antes de se precisar usar os procedimentos em quaisquer situações de emergência.

Diversas situações podem precisar de primeiros socorros. As situações mais comuns são atendimento de vítimas de acidentes automobilísticos, atropelamentos, incêndios, tumultos, afogamentos, catástrofes naturais, acidentes industriais, tiroteios ou atendimento de pessoas que passem mal: apoplexia (ataque cardíaco), ataques epilépticos, convulsões, etc.

Tão importante quanto os próprios primeiros socorros é providenciar o atendimento especializado. Ao informar as autoridades, deve-se ser direto e preciso sobre as condições da(s) vítima(s) e o local da ocorrência.

Avaliação da cena ou sinistro

É muito importante salientar que para a abordagem de uma vítima primeiro você deverá ter ideia do contexto geral da situação, pois apenas com uma pré-avaliação do local é que se pode conhecer o tipo de vítima com a qual se está lidando. A ocorrência pode ser classificada como clínica (mal súbito, problemas fisiológicos) outrauma (mecanismos de troca de energia). A avaliação da cena também é importante para que se possam dimensionar os riscos potenciais existentes na cena, prevenindo assim que a pessoa que tem o intuito de aplicar os primeiros socorros não se torne mais uma vítima da ocorrência. A avaliação de cena é dividida em quatro fases:

1. segurança - verificar se a cena é segura para ser abordada;

2. cinemática do trauma - verificar como se deu o acidente ou sinistro;

3. bioproteção;

4. triagem/contagem de vítimas.

Avaliação das condições gerais da vítima

Todo procedimento de primeiros socorros deve começar com a avaliação das condições da(s) vítima(s).

Devem-se observar sinais (tudo o que se observa ao examinar uma vítima: respiração, pele fria, palidez, etc.), sintomas (é o que a vítima informa sobre si mesma:náusea, dor, vertigem, etc.) e sinais vitais (sinais cuja ausência ou alteração indica grave irregularidade no funcionamento do organismo. São eles: pulso (batimentos cardíacos), respiração, pressão arterial e temperatura. Existem estudos à luz das evidências científicas atuais que a dor pode ser considerada o quinto sinal vital, uma vez que somente os vivos sentem dor.

Desta forma um ponto importante tanto para o socorrista profissional ou leigo será em primeiro momento avaliar o nível de consciência de sua vítima usando um parâmetro muito simples, chamado A.V.D.S.A.V.D.S.A.V.D.S.A.V.D.S.:

� AAAA (ALERTA)

� VVVV (RESPONDE À VOZ)

� DDDD (RESPONDE À DOR)

� SSSS (SEM RESPOSTA)

Em primeiro lugar, abordar a vítima independente do mecanismo sendo traumático ou clínico: se ao tocar na vítima o socorrista percebe uma reação espontânea, concluímos que ela está na fase A (ALERTA). Isto é um indício de que existe atividade neurológica: o cérebro está sendo suprido de oxigênio, pois para isto acontecer ele tem de estar estimulando o grupo muscular da respiração, como musculatura diafragmática e intercostal (caixa torácica).

Já a fase V (VOZ) é percebida quando a vítima não responde ao ser chamada pelo nome. É bom lembrar que a audição é um dos últimos sentidos a serem perdidos antes de o cérebro entrar em estado de inconsciência.

Não havendo nenhuma resposta à solicitação verbal estimularemos a D (DOR): feche a mão e com a área da dobra dos dedos friccionar o esterno da vítima, que fica localizado no meio do tórax, na junção das costelas. Havendo uma resposta muscular da vítima tanto em tentar inibir o estímulo ou qualquer outra que seja, saberemos que ainda existe uma atividade neurológica funcional, pois o cérebro ainda recebe oxigênio.

Entretanto, se não houver nenhum tipo de resposta como em não estar em ALERTA, responsivo à VOZ ou à DOR, a vítima está no estágio de I (INCONSCIÊNCIA), no qual o cérebro não mais recebe oxigênio e por falta

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deste não haverá estímulo muscular. O que preocupa é a possibilidade da necrose, que é a morte de parte dos tecidos dos cérebro por escassez de oxigênio. Isso pode levar à paralisia, ao coma, e, em casos mais graves, à morte. Acontece também o que chamamos de relaxamento muscular generalizado, e o músculo da cavidade bucal, localizado imediatamente abaixo da língua, pode fazê-la inclinar-se para trás, o que obstrui a passagem de ar.

Assistência

Posição lateral de segurança (PLS)

A Posição Lateral de Segurança, pode ser utilizada em várias situações que necessitam de primeiros socorros, em que a vítima esteja inconsciente, mas a respirar e com um bom pulso, uma vez que esta posição permite uma melhor ventilação, libertando as vias aéreas superiores.

Esta não deve ser realizada quando a pessoa:

� não estiver a respirar;

� tiver uma lesão na cabeça, pescoço ou coluna;

� tiver um ferimento grave.

O que fazerO que fazerO que fazerO que fazer

1. Com a vítima deitada, ajoelhe-se ao seu lado;

2. Vire o rosto da vítima para si. Incline a cabeça desta para trás, colocando-a em hiperextensão, para abrir as vias aéreas e impedir a queda da língua para trás e a sufocação por sangue. Se a vítima estiver inconsciente, verifique a boca e remova possíveis materiais que possam estar dentro desta;

3. Coloque o braço da vítima que estiver mais próximo de si ao longo do corpo dela, prendendo-a debaixo das nádegas desta;

4. Coloque o outro braço da vítima sobre o peito dela;

5. Cruze as pernas da vítima, colocando a perna que estiver mais afastada de si por cima da canela da outra perna;

6. Dê apoio à cabeça da vítima com uma mão e segure a vítima pela roupa, na altura das ancas, virando-a para si;

7. Dobre o braço e a perna da vítima que estiverem voltadas para cima até que formem um certo ângulo em relação ao corpo;

8. Puxe o outro braço da vítima, retirando-o debaixo do corpo dela;

9. Certifique-se que a cabeça se mantém inclinada para trás de forma a manter as vias aéreas abertas.

Respiração

A respiração é crítica para a sobrevivência do organismo, e garanti-la é o ponto fundamental de qualquer procedimento de primeiros socorros. O cérebro tem lesões irreversíveis (necroses) em no máximo 6 minutos após a interrupção da respiração. Após 10 minutos, a morte cerebral é quase certa.

Para verificar a respiração, flexione a cabeça da vítima para trás, coloque o seu ouvido próximo à boca do acidentado, e ao mesmo tempo observe o movimento do tórax. Ouça e sinta se há ar saindo pela boca e pelas narinas da vítima. Veja se o tórax se eleva, indicando movimento respiratório.

Se não há movimentos respiratórios, isso indica que houve parada respiratória.

Abertura das vias respiratórias

O primeiro procedimento é verificar se há obstrução das vias aéreas do paciente. Para isso, deixe o queixo da vítima levemente erguido para facilitar a respiração. Usando os dedos, remova da boca objetos que possam dificultar a respiração: próteses, dentaduras, restos de alimentos, sangue e líquidos. Os movimentos do pescoço devem ser limitados, e com o máximo cuidado: lesões na medula podem causar danos irreparáveis. Também é bom ressaltar: nunca aproxnunca aproxnunca aproxnunca aproxiiiime a mão ou os dedos na boca de me a mão ou os dedos na boca de me a mão ou os dedos na boca de me a mão ou os dedos na boca de uma vítima que esteja sofrendo convulsões ou ataques epuma vítima que esteja sofrendo convulsões ou ataques epuma vítima que esteja sofrendo convulsões ou ataques epuma vítima que esteja sofrendo convulsões ou ataques epiiiilépticos.lépticos.lépticos.lépticos.

Respiração artificial

É o processo mecânico empregado para restabelecer a respiração que deve ser ministrado imediatamente, em todos os casos de asfixia, mesmo quando houver parada cardíaca.

Os pulmões precisam receber oxigênio, caso contrário ocorrerão sérios danos ao organismo no aspecto circulatório, com grandes implicações para o cérebro.

A respiração artificial pode ser feita de cinco modos:

a) boca a boca;

b) boca-nariz;

c) boca-nariz-boca;

d) boca-máscara;

e) por aparelhos (entubação).

A máscara de respiração é obrigatória para preservar o socorrista do contágio de doenças. Sendo utilizado contato direto com o paciente apenas em situações adversas.

ProcedimentosProcedimentosProcedimentosProcedimentos

Os procedimentos são os seguintes:

� deitar a vítima de costas sobre uma superfície lisa e firme;

� retirar da boca da vítima próteses (dentaduras, aparelhos de correção, se possível) e restos de alimentos, desobstruindo as vias aéreas;

� elevar com delicadeza o queixo da vítima, estabilizando a coluna cervical (é importante o cuidado com a medula e que a vítima não se movimente, especial atenção em casos de possível traumatismo);

� tapar as narinas com o polegar e o indicador e abrir a boca da vítima completamente;

� a partir dai o socorrista deverá respirar fundo, colocar sua boca sobre a boca da vítima (sem deixar nenhuma abertura) a soprar COM FORÇA por duas vezes seguidas , até encher os pulmões, que se elevarão;

� afastar-se, tomar novamente ar e repetir a operação em média 12 vezes por minuto, de maneira uniforme e sem interrupção (ou seja, a cada 5 segundos a pessoa deve repetir a operação).

É importante dizer que a ausência de pulsação requer o procedimento de compressão torácica externa (massagem pulmonar) ou reanimação cardíaca

Asfixia/sufocação

Dependendo da gravidade da asfixia, os sintomas podem ir de um estado de agitação, palidez, dilatação das pupilas (olhos), respiração ruidosa e tosse, a um estado de inconsciência com parada respiratória e cianose (tonalidade azulada) da face e extremidades (dedos dos pés e mãos).

O que fazerO que fazerO que fazerO que fazer

� Manobra de Heilmich

Se a asfixia for devido a um corpo estranho, proceda assim (numa criança pequena):

� se o objeto estiver no nariz, peça à criança para assoar com força, comprimindo com o dedo a outra narina;

� se for na garganta, abrir a boca e tentar extrair o objeto, se este ainda estiver visível, usando o dedo indicador em gancho ou uma pinça, com cuidado para não empurrar o objeto;

� colocar a criança de cabeça para baixo, sacudi-la e dar tapas (não violentos, mas vigorosos) no meio das costas, entre as omoplatas, com a mão aberta.

Quando há algum objeto impedindo a passagem de ar, médicos muitas vezes se veem obrigados a perfurar com uma caneta, ou objeto equivalente, a parte frontal inferior do pescoço, perfurando a pele onde há

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pequena cavidade (na parte final da laringe, já próximo da traqueia). Retirada a caneta, a pessoa pode passar a respirar pelo pequeno orifício. Destacamos contudo que tal procedimento deve ser adotado por pessoas com conhecimento avançado de anatomia, para que não sejam atingidas artérias, cordas vocais, etc.

É válido ressaltar que ninguém pode ser condenado criminalmente por tentar salvar a vida de terceiro, ainda que no socorro acabe provocando lesões como a fratura de uma costela, fato comum na hipótese de reanimação cardíaca. É que na hipótese se verifica a excludente de ilicitude denominada Inexigibilidade de conduta diversa.[carece de fontes?]

Procedimentos que, Procedimentos que, Procedimentos que, Procedimentos que, em hipótese alguma, devem ser praticadosem hipótese alguma, devem ser praticadosem hipótese alguma, devem ser praticadosem hipótese alguma, devem ser praticados

� Abandonar o asfixiado para pedir auxílio

� deixar o asfixiado nervoso

Crise asmática

A criança/jovem com asma é capaz de responder com uma crise de falta de ar em situações de exercício intenso (nomeadamente a corrida), conflito, ansiedade, castigos, etc. Caracteriza-se por uma tosse seca e repetitiva, dificuldade em respirar, respiração sibilante, audível, ruidosa (pieira e/ou farfalheira), ar aflito, ansioso, respiração rápida e difícil, pulso rápido, palidez e suores, e Prostração, apatia.

Na fase de agravamento da crise a respiração é muito difícil, lenta e há cianose das extremidades, isto é, as unhas e os lábios apresentam-se arroxeados.

O que fazerO que fazerO que fazerO que fazer

� Tranquilizar a situação. É importante ser capaz de conter a angústia e a ansiedade da criança/jovem, falando-lhe calmamente, e assegurando-lhe rápida ajuda médica;

� Manter a criança/jovem num local arejado onde não haja pó, odores ou fumaça;

� Colocá-lo numa posição que lhe facilite a respiração;

� Contatar e informar a família;

� Se tiver conhecimento do tratamento aconselhado pelo médico para as crises pode administrá-lo;

� Se não houver melhoria a criança deve ser transportada para o hospital.

Recomenda-se aos asmáticos "em crise" que deitem diretamente num chão de madeira ou num colchão fino para deixar a coluna reta.

Em seguida, convém respirar com calma, pegando bastante ar com o nariz, com uso do diafragma, jogando o ar em direção ao estômago de modo a encher bem os pulmões. Após isso convém soltar o ar com a boca bem devagar esvaziando o máximo os pulmões sem pressa. Mantendo a sequência a pessoa recupera o controle da respiração.

Se alguém estiver junto pode colocar a mão (sem fazer peso) sobre o pulmão do asmático para acalmá-lo.

É bom cuspir qualquer secreção decorrente do apontado exercício respiratório.

Convulsão

É muitas vezes conhecida por “ataque” e caracteriza-se por alguns dos seguintes sinais e/ou sintomas:

� movimentos bruscos e incontrolados da cabeça e/ou extremidades,

� perda de consciência com queda desamparada,

� olhar vago, fixo e/ou “revirar dos olhos”,

� “espumar pela boca”,

� perda de urina e/ou fezes,

� morder a língua e/ou lábios.

� morder a unha ou dedos

O que fazerO que fazerO que fazerO que fazer

� Afastar todos os objetos onde a pessoa possa se machucar;

� Proteger a vítima contra os traumatismos, amortecendo a cabeça com almofadas ou casacos ou ainda com as mãos;

� Ter o devido cuidado para não colocar os dedos na boca da vítima durante a crise.

� Tomar o ambiente calmo afastando os curiosos;

� Anotar a duração da convulsão;

� Acabada fase de movimentos bruscos colocar a pessoa na Posição Lateral de Segurança;

� Manter a criança/jovem num ambiente tranquilo e confortável;

� Avisar os pais;

� Enviar ao hospital sempre que:

� for a primeira convulsão

� durar mais de 8 a 10 minutos

� se repetir

� manter as roupas afrouxadas.

Circulação

Avaliação

A circulação é inicialmente avaliada através do pulso: a onda de pressão que é sentida quando o coração bombeia o sangue através das artérias, indicando as condições cardíacas.

É sentida nas artérias carótidas, que se localizam uma a cada lado do pescoço, ao lado do pomo-de-adão, no sulco entre a traqueia e o músculo do pescoço. Existem diversos outros pontos onde se pode sentir o pulsar das artérias, entre elas a artéria radial (logo abaixo da mão). O pulso deve ser sentido com os dedos indicador e médio, que devem pressionar levemente o local.

Dada a complexidade da avaliação do pulso, em formações para leigos, a medição do pulso foi eliminada, na medida em que seriam precisos mais que 10 segundo de VOSP para uma correta medição do pulso. Dado isto, os sinais de circulação são avaliados pela existência de tosse, movimentos corporais voluntários (excluir convulsões, espasmos) e sinais respiratórios.

Massagem cardíaca

É o procedimento mecânico para reanimação do coração em caso de parada cardíaca. Deve ser feita da seguinte forma:

1. posicione-se ao lado da vítima, na altura do tórax; A vítima deverá se achar em decúbito dorsal (barriga para cima), sobre superfície dura e plana.

2. encontre o apêndice xifóide e conte dois dedos acima), posicione a mão dominante com a palma para baixo e intercale os dedos com a segunda mão; (o lugar preciso para aplicação da pressão também pode ser encontrado a partir do esterno: localiza-se o final do osso entre as costelas (esterno) e dois/três dedos acima dele) coloque a palma de sua mão esquerda e sobre o dorso da mesma a mão direita. Os dedos deverão se achar entrelaçados;

3. estique os braços e realize a força com o peso do corpo (a compressão deve ter o vigor necessário para gerar um afundamento de 4 a 5 cm).

4. realize 30 compressões seguidas (a uma frequência de, no mínimo, 100 compressões por minuto), antes de reavaliar o pulso, se houver parada respiratória, intercalar 2 ventilações a cada 15 compressões e realizar 5 ciclos:

15 massagens e 2 respirações (x5)

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Ao final reavaliar o pulso carotídeo e se não houver sucesso, repetir o procedimento.

A pressão realizada no tórax contra uma superfície rígida provoca uma compreensão do coração entre o externo e a coluna dorsal e um aumento da pressão intratorácica, provocando o esvaziamento ativo e enchimento passivo das cavidades do coração fazendo o sangue circular por todo o organismo.

Nota: Apos serem iniciadas as manobras de reanimação as mesmas só podem ser interrompidas nos seguintes casos:

� exaustão do socorrista;

� por ordem de médico qualificado;

� a vítima retomou o ritmo cardíaco e respiratório.

Hemorragias

É o derramamento de sangue para fora dos vasos que devem contê-lo com repercussão clínica ou laboratorial (exames), por menor que seja.

Sendo utilizado para transportar oxigênio, nutrientes para as células, bem como gás carbônico e outras excretas para os órgãos de eliminação, o sangue constitui-se como o meio de inquestionável importância, tanto na respiração, nutrição e excreção, como na regulação corpórea, transportando hormônios, água e sais minerais para a manutenção de seu equilíbrio. O volume circulante em um adulto varia em torno de 5 a 6 litros, levados em conta a relação de 70ml por kg de peso corporal, o que corresponde, por exemplo, a 4.900ml de sangue em uma pessoa de 70kg.

Havendo uma diminuição brusca do volume circulante, como a que ocorre em uma grande hemorragia, o coração poderá ter sua ação como bomba comprometida, o que chegando a determinados níveis, levará a vítima a um colapso circulatório, podendo resultar e morte.

Classificação da hemorragia quanto à localização

Hemorragia externa

Sangramento "exterior ao corpo"; normalmente é facilmente visualizada. Pode ser oriunda de estruturas superficiais, ou mesmo de áreas mais profundas através de aberturas ou orifícios artificiais (comuns nos traumas). Normalmente pode ser controlada utilizando-se técnicas de primeiros socorros.

Hemorragia interna

Hemorragia das estruturas mais profundas podendo ser oculta ou exteriorizada, como ocorre em sangramento no estômago, em que a vítima expele o sangue pela boca. A hemorragia interna é mais grave devido ao fato de não podermos visualizá-la, o que faz com que não saibamos a extensão das lesões. O tratamento necessariamente deve ser realizado em ambiente hospitalar, cabendo ao socorrista apenas algumas manobras que visam evitar que o estado de choque se instale.

Classificação da hemorragia quanto ao tipo do vaso rompido

Hemorragia arterial

O sangramento ocorre em jatos intermitentes, no mesmo ritmo das contrações cardíacas. Sua coloração é um vermelho claro. A pressão arterial torna este tipo de hemorragia mais grave que um sangramento venoso devido à velocidade da perda sanguínea.

Hemorragia venosa

Sangramento contínuo de coloração vermelho escuro, pobre em oxigênio e rico em gás carbônico.

Hemorragia capilar

Sangramento contínuo com fluxo lento, como visto em arranhões e cortes superficiais da pele. Obs: considerando que as artérias estão localizadas mais profundamente na estrutura do corpo, as hemorragias venosa e capilar são mais comuns do que a do tipo arterial.

Consequências das hemorragias

Uma grande hemorragia não tratada pode conduzir a vítima a um estado de choque e consequentemente a morte. Já sangramentos lentos e crônicos podem causar anemia (baixa quantidade de glóbulos vermelhos).

Sinais e sintomas

Os sinais e sintomas da hemorragia, apresentados por uma vítima, variam de acordo com a quantidade de sangue perdida e a velocidade deste sangramento.

mais de 50%

� Morte iminente

de 30 a 50%

� Consciência diminuída

� Respiração rápida

� Taquicardia (frequência maior que 120 bpm)

� Pressão baixa

� Estado de choque

de 15 a 30%

� Pulso fraco

� Sudorese

� Sede

� Pele fria

� Ansiedade

� Respiração (maior que 20 resp/min)

� Taquicardia (100 a 120 bpm)

� Enchimento capilar (maior que 2seg)

O O O O que fazerque fazerque fazerque fazer

� Deitar horizontalmente a vítimaDeitar horizontalmente a vítimaDeitar horizontalmente a vítimaDeitar horizontalmente a vítima (facilita a circulação sanguínea entre o coração e o cérebro);

� Se for possível calçar luvas descartáveis;

� Aplicar sobre a ferida uma compressa esterilizadacompressa esterilizadacompressa esterilizadacompressa esterilizada ou, na sua falta, um pano lavado (de modo a limitar o risco de infecção), exercendo uma exercendo uma exercendo uma exercendo uma pressão firmepressão firmepressão firmepressão firmecom uma ou as duas mãos, com um dedo ou ainda com uma ligadura limpa, conforme o local e a extensão do ferimento;

� Se o penso ficar saturado de sangue, colocar outro por cima, mas sem retirar o primeiro;

� Fazer durar a compressão até a hemorragia parar (pelo menos 10 minutos). Caso a hemorragia não parar deve ser comprimida a artéria;

� A pressão manual no local deve ser em seguida substituída com uma ligadura compressiva;

� Quando a hemorragia parar, deve ser aplicado um penso penso penso penso cocococommmmpressivopressivopressivopressivo.

Durante este procedimento, deve-se:

� Acalmar a vítima, mantendo-a acordada;

� Mantê-la confortavelmente aquecida;

� Não a deixar comer ou beber.

Se se tratar de uma ferida dos membros com hemorragia abundante pode ser necessário aplicar um garrote ou torniquete. Este pode ser feito com esfignomanômetro(aparelho de pressão) deve ser aplicado logo acima do ferimento. Este tipo de procedimento não é indicado a pessoas leigas, pois pode ocorrer a necrose (morte) do membro por falta de circulação/oxigenação.

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Hemorragia nasal

A hemorragia nasal é causada pela ruptura de vasos sanguíneos da mucosa do nariz. Caracteriza-se pela saída de sangue pelo nariz, por vezes abundante e persistente, e se a hemorragia é grande o sangue pode sair também pela boca.

O que fazerO que fazerO que fazerO que fazer

� sentar a pessoa com o tronco inclinado para a frente para evitar a deglutição do sangue;

� comprimir com o dedo a narina que sangra;

� aplicar gelo ou compressas frias exteriormente;

� não permitir assoar;

� se a hemorragia não para, introduzir na narina que sangra um tampão coagulante ou compressa, fazendo pressão para que a cavidade nasal fique bem preenchida.

O que NÃO fazerO que NÃO fazerO que NÃO fazerO que NÃO fazer

� deitar a vítima;

� colocar água oxigenada ou qualquer desinfetante.

Nota:Nota:Nota:Nota: Se a hemorragia persistir mais de 10 minutos, transportar a vítima para o Hospital.

Hemorragia na palma da mão

� O ferido deve fechar fortemente a mão sobre um rolo de compressas esterilizadas ou, na sua falta, um rolo de pano lavado, de modo a fazer compressão sobre a ferida;

� Colocar em seguida uma ligadura ou pano dobrado à volta da mão;

� Colocar o braço ao peito com a ajuda de um lenço grande, mantendo a mão ferida bem levantada.

Nota:Nota:Nota:Nota: O caso de uma hemorragia abundante, é uma situação grave que necessita de transporte urgente para o hospital. Deve-se portanto, chamar uma ambulância, nunca se devendo transportar sozinho um ferido para o hospital, uma vez que os solavancos durante o transporte podem interromper o afluxo do sangue ao coração.

Ataque cardíaco (apoplexia)

Um ataque cardíaco acontece quando parte de seu coração não recebe oxigênio em quantidade suficiente.

O coração é um músculo e como os outros do corpo, precisa de oxigênio, que é fornecido pelo sangue dos vasos sanguíneos, conhecidos como artérias coronárias. Um coágulo sanguíneo em uma dessas artérias pode bloquear o fluxo de sangue para o músculo cardíaco o que acarreta prejuízos ao coração e a depender do tempo de duração deste bloqueio, uma parte do coração necrosa (morre) fazendo com que pare de funcionar corretamente.

Ataques cardíacos podem ocorrer caso seu coração passe a precisar subitamente de mais oxigênio durante exercícios intensos. Tanto homens como mulheres têm ataques cardíacos, risco este que aumentam com a idade.

Placas de ateroma (fragmentos de colesterol) podem crescer no interior das artérias diminuindo seu diâmetro. Além disso, coágulos sanguíneos podem então se formar nesta artéria estreitada e bloqueá-la.

Sintomas

� Dor no do peito irradiando para o lado esquerdo

� Dor no ombro, braço, barriga ou mandíbula

� Falta de ar

� Suor intenso

� Náuseas

� Fraqueza ou tontura

� Palidez

Ataques cardíacos são possíveis durante descanso ou exercícios, portanto é importante que mantenha seu médico informado de possíveis riscos.

Diagnóstico

O médico o examinará e perguntará sobre seu histórico médico. Pode ser necessário a realização de alguns exames para que se verifique como o seu coração está trabalhando.

Exames

� ECG (eletrocardiograma)

� Ecocardiograma

� CPK (Fosfoquinase)

� CK-MB (Creatinofosfoquinase e Fração MB da Creatinofosfoquinase

� Troponinas T e I

� Mioglobina

Tratamento

� Permanecerá no hospital por 2 a 7 dias.

� Receberá oxigênio , por um determinado período, para melhorar a função e oxigenação do músculo cardíaco.

� Realizará um austerismo cardíaco ( cinematografia e ventricular) para verificar qual artéria do coração ( coronária ) está danificada (bloqueada totalmente ou parcialmente) e quanto da função cardíaca foi avariada , e assim realizar uma coroplastia imediatamente ou programar autoplastia ou vascularização miocárdio ou tratamento clínico.

� Pode ser necessário a realização de uma cirurgia para abrir ou criar um caminho acessório (bypass) para a artéria bloqueada.

� Poderá receber medicação para dissolver o coágulo.

� Outros medicamentos podem ser administrados.

Todo esse tratamento é a critério médico.

Assim que melhore, o médico criará um programa de cuidados. Quando for para casa, pode ser necessário que use um pequeno monitor cardíaco nos primeiros dias que gravará os batimentos cardíacos.

Cuidados

� Siga o plano de tratamento feito por seu médico.

� Coma alimentos saudáveis, pobres em gordura e sal.

� Perca peso, se necessário. Mantenha-se no seu peso ideal.

� Inicie a realização de exercícios quando seu médico liberar para tal atividade e aumente a intensidade dos mesmos de acordo com as recomendações.

� Não fume.

� Tenha sempre disponível a sua medicação. A criação de uma lista com os nomes, as dosagens, e os horários que deve tomar é útil.

� Tente manter seu colesterol normal.

� não esquecer de tomar água com açúcar ou sal

Consiga informações específicas de seu médico sobre as providências a serem tomadas ao sentir dor no peito, incluindo:

� Quais medicações deve tomar.

� Quando chamar o médico.

� Quando chamar um serviço de emergência.

Chamar o serviço de emergência no momento apropriado aumenta a chance de permanecer vivo e também diminui os danos ao coração.

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Prevenção

Existem muitas maneiras de se proteger o coração e diminuir os riscos:

� Não consumir drogas

� Se tem diabetes, tente mantê-lo sob controle.

� Alimente-se bem.

� Controle a sua pressão sanguínea.

� Coma alimentos pobres em gordura e sal.

� Pratique exercícios regularmente.

Desmaio

É provocado por falta de oxigênio ou açúcar no cérebro, a que o organismo reage de forma automática, com perda de consciência e queda do corpo. Tem diversas causas: excesso de calor, fadiga, falta de alimentos, etc, e é caracterizada por palidez, suores frios, falta de forças e pulso fraco.

O que fazerO que fazerO que fazerO que fazer

Se nos apercebermos de que a pessoa está prestes a desmaiar devemos

� Sentá-la e colocar-lhe a cabeça entre as pernas, ou deitá-la e levantar-lhe as pernas

� Molhar-lhe a testa com água fria

� Desapertar-lhe as roupas

� Não deixar a pessoa nervosa com a situação

Se a pessoa já estiver desmaiada

� Deitá-la com a cabeça de lado (PLS) e mais baixa que as pernas.

� Desapertar-lhe as roupas

� Mantê-la confortavelmente aquecida

� Logo que recupere os sentidos, dar-lhe de beber bebidas açucaradas

� Consultar o médico posteriormente

� Caso não recupere os sentidos, fazer uma papa com muito açúcar e pouca água e coloca-la debaixo da língua da vitima. O açúcar deve ser “empapado em água” (não dissolvido, mas sim misturado apenas com algumas gotas de água);(Acionar de imediato os meios de emergência médica)

O queO queO queO que nãonãonãonão fazerfazerfazerfazer

� Dar-lhe de beber enquanto a vitima não recuperar os sentidos, pois pode sufocar/afogar-se com os líquidos.

Nota

� Se o desmaio for superior a 2 minutos dirigir-se ao Hospital

� Em caso de dúvida administrar sempre açúcar em papa debaixo da língua, pois se estiver em hipoglicemia estaremos a contribuir para a melhoria do estado da vítima, e se estiver em hiperglicemia, pouco irá fazer subir os níveis. Além do mais é sempre preferível níveis altos do que muito baixos.

� Usar e abusar do açúcar à menor suspeita, pois tomado em exagero de vez em quando não prejudica, enquanto a falta ou o atraso ataca o cérebro e pode levar ao coma e à morte.

Estado de choque

No caso de a vítima de estado de choque estiver de pé é necessário deitá-la de costas com a cabeça baixa de lado, coloca-se também as pernas da vítima a formarem um ângulo de 45 graus com o solo. Caso a vitima já se encontre deitada, devemos mantê-la nessa posição. Posteriormente devemos desapertar-lhe a roupa que possa dificultar-lhe a circulação ou a ventilação, e tentar acalmar a vítima e seus

acompanhantes. A temperatura corporal do indivíduo deve manter-se constante, para tal é necessário tapá-lo/cobri-lo. Depois chama-se a ambulância para que o sinistrado tenha acompanhamento médico.

Caso se trate de um estado de choque que provoque a inconsciência da vítima deve-se colocar o indivíduo em posição lateral (PLS), continuando com os mesmos procedimentos. Nota importante: nunca administrar líquidos ao sinistrado. São vários os fatores que ocasionam o estado de choque, considerado reação comum em vítimas de acidentes com hemorragias internas ou externas, emoções fortes, choques elétricos, queimaduras, etc..

Ferimentos

Picadas

As crianças, devido à sua enorme curiosidade e devido ao facto de lhes agradar as actividades ao ar livre, estão muitas vezes susceptíveis a picadas de insetos, nomeadamente de abelhas e vespas e também a picadas de peixes venenosos, ouriços e alforrecas (medusas, águas-vivas), quando as crianças frequentam a praia.

O que fazerO que fazerO que fazerO que fazer

Existem alguns cuidados relativos às picadas. Em relação às picadas de abelhas e vespas deve:

� Não retire os ferrões com pinças nem os esprema. Raspe o local com lâmina;

� Desinfetar com álcool ou outro antisséptico (Betadine dérmico);

� Aplicar gelo localmente.

No entanto, por vezes necessita-se de cuidados especiais e de transporte urgente para o Hospital. É o caso da ocorrência de picadas múltiplas (enxame), picadas a pessoas alérgicas e picadas na boca e garganta (devido ao risco de asfixia).

Em relação às picadas de peixes venenosos/ouriços/alforrecas, deve:

� Aplicar no local cloreto de etilo ou, na sua falta, álcool, ou gelo, pois estas picadas provocam, muitas vezes, dores muito intensas.

Mordeduras

Os tipos de mordeduras mais comuns são as de cães, gatos e de outros animais. Menos comuns, mas, geralmente, mais perigosas, são as mordeduras de cobras e roedores. Os problemas de saúde consequentes de uma mordedura dependem do tipo de animal e da gravidade da mordedura, e incluem:

� Raiva: infecção grave, causada por um vírus que ataca o [sistema nervoso central] e que geralmente, é fatal;

� Veneno;

� Hemorragia;

� Infecção;

� Perda de tecido, em ferimentos desfigurantes;

� Tétano: Doença em que ocorre uma libertação de uma toxina, que causa endurecimento persistente do maxilar inferior e que pode ser prevenida pela vacina contra o tétano;

� Reações alérgicas;

O que fazerO que fazerO que fazerO que fazer

Mordedura de cão

� Desinfetar o local da mordedura;

� Se a ferida estiver inchada, aplicar gelo embrulhado num pano limpo por 10 minutos;

� Informar-se se o cão está corretamente vacinado;

� Providencie que a vítima receba a vacina do tétano, se não a tiver tomado.

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Nota:Nota:Nota:Nota: É uma situação que necessita de transporte para o hospital

Mordedura de gatos/ratos

� Desinfectar o local da mordedura;

� Transportar sempre a vítima para o Hospital.

Mordedura de humanos sem hemorragia importante

� Lavar o ferimento com água e sabão pelo menos durante 5 minutos, mas sem esfregar com força;

� Desinfetar o local da mordedura;

� Cobrir o ferimento com compressa esterilizada;

� Se estiver inchada colocar gelo.

Se notar qualquer sinal de infecçãoSe notar qualquer sinal de infecçãoSe notar qualquer sinal de infecçãoSe notar qualquer sinal de infecção, como vermelho, pus, febre, deve deve deve deve contactar o médicocontactar o médicocontactar o médicocontactar o médico.

Perfurações

É a penetração de um corpo estranho perfurante, sendo ferimentos estreitos causando rompimento da pele e dos órgãos internos. Podendo ser com ou sem empalamento, ou seja, podendo ou não o objeto permanecer no local. O empalamento é uma forma de contenção da hemorragia, deve-se avaliar a retirada ou não do objeto, para melhor segurança do acidentado. No caso de perfuração do tórax (pneumotórax) deverá ser realizado um curativo de três pontos, onde será utilizada com um pedaço de sacola que será tampado três lados, caso a vítima esteja em decúbito dorsal, a parte de baixo não pode ser fechada, pois será por lá que haverá a saída do sangue. Procedimento: é levar a vítima para o pronto atendimento.

Queimaduras

Uma queimadura pode ter vários graus de gravidade e esta pode ser considerada grave quando as suas características fazem com que seja necessária uma consulta médica ou a hospitalização. A gravidade da queimadura depende de vários fatores: da zona atingida pela queimadura (localização), extensão da queimadura, profundidade, natureza ou causa da queimadura e da fragilidade do indivíduo.

A complicação mais imediata de uma queimadura grave é o estado de choque e a paragem cardiovascular, causados pela dor, pela perda de plasma em correspondência com a zona queimada e pelas substâncias libertadas pelos tecidos lesionados. As complicações tardias são de dois tipos: a infecção da queimadura; uma cicatrização insuficiente que requer um enxerto cutâneo.

É caracterizada, sobretudo, por:

De acordo com a profundidade atingida, as queimaduras classificam-se em 3 graus:

Queimaduras de 1º grau

São as queimaduras menos graves; apenas a camada externa da pele (epiderme) é afectada. A pele fica avermelhada e quente e há a sensação de calor e dor(queimadura simples).

Queimaduras do 2ºgrau

Às características das queimaduras do 2º grau junta-se a existência de bolhas com líquido ou flictenas. Esta queimadura já atinge a derme e é bastante dolorosa (queimadura mais grave).

Queimaduras do 3º grau

Às características das queimaduras do 1º e do 2º, junta-se a destruição de tecidos. A queimadura atinge tecidos mais profundos provocando uma lesão grave e a pele fica carbonizada (queimadura muito grave). A vítima pode entrar em estado de choque.

Queimaduras de 4ºgrau

Exposição de músculos, tendão, ossos (geralmente por eletricidade)

Queimaduras de 5º grau

Carbonização do corpo. Acaba resultando em óbito.

O que se deve fazerO que se deve fazerO que se deve fazerO que se deve fazer

� Se a roupa estiver a arder, envolver a vitima numa toalha molhada ou, na sua falta, fazê-la rolar pelo chão ou envolvê-la num cobertor (cuidado com os tecidos sintéticos);

� Se a vitima se queimou com água ou outro líquido a ferver, despi-la imediatamente.

� Dar água a beber frequentemente;

Se a queimadura for do 1º grau

� Arrefecer a região queimada com soro fisiológico ou, na sua falta, com água fria corrente, até a dor acalmar;

� Aplicar cremes para queimados.

Se a queimadura for do 2ºgrau

� Arrefecer a região queimada com soro fisiológico ou, na sua falta, com água fria corrente, até a dor acalmar;

� Lavar cuidadosamente com um antisséptico (não aplicar álcool);

� Se as bolhas não estiverem rebentadas, não as rebentar; aplicar gaze gorda e compressa esterilizada;

� Se as bolhas rebentarem, não cortar a pele da bolha esvaziada; tratar como qualquer outra ferida. O penso deve manter-se 48 horas e só depois expor a zona queimada ao ar para evitar o risco de infecção/tétano;

� Transportar a vítima para o Hospital.

Se a queimadura for do 3º grau (profunda)

� Arrefecer a região queimada com soro fisiológico ou, na sua falta, com água fria corrente, até a dor acalmar;

� Lavar cuidadosamente com um antisséptico (não aplicar álcool);

� Tratar como qualquer outra ferida;

� Se a queimadura for muito extensa, envolver a vitima num lençol lavado e que não largue pelos, previamente umedecido com soro fisiológico ou, na sua falta, com água simples.

Nota:Nota:Nota:Nota: Situação grave que necessita de transporte para o Hospital.

Se a queimadura for de 4º grau

Queimadura por choque elétrico, chamar o serviço de emergência.

O que NÃO fazerO que NÃO fazerO que NÃO fazerO que NÃO fazer

� Retirar qualquer pedaço de tecido que tenha ficado agarrado à queimadura;

� Rebentar as bolhas ou tentar retirar a pele das bolhas que rebentaram;

� Aplicar sobre a queimadura cubos de gelo;

� Aplicar sobre a queimadura outros produtos para além dos referidos.

Nota:Nota:Nota:Nota: O tratamento final das queimaduras deve ser sempre feito no Hospital.

Entorses

A entorse é uma lesão nos tecidos moles (cápsula articular e/ou ligamentos) de uma articulação. Manifesta-se por uma dor na articulação, gradual ou imediata, um inchamento na articulação lesada e pela incapacidade do lesado para mexer a articulação.

Que fazerQue fazerQue fazerQue fazer

� evitar movimentar a articulação lesionada;

� elevar o membro;

� aplicar gelo ou deixar correr água fria sobre a articulação;

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Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 49

� alternar as aplicações frias com a aplicação de uma ligadura elástica a comprimir o membro;

� consultar o médico posteriormente;

� ir rapidamente para um hospital

Fraturas

Uma fratura é caracterizada por uma dor intensa no local, inchaço, falta de força, perda total ou parcial dos movimentos, e encurtamento ou deformação do membro lesionado.

Em caso de fratura ou suspeita de fratura, o osso deve ser imobilizado. Qualquer movimento provoca dores intensas e deve ser evitado.

O que fazerO que fazerO que fazerO que fazer

� expor a zona da lesão (desapertar ou se necessário cortar a roupa);

� verificar se existem ferimentos;

� tentar imobilizar as articulações que se encontram antes e depois da fratura usando talas apropriadas, ou na sua falta, improvisadas;

� dar analgésico (Ben-u-ron) se a criança estiver consciente e com dor e mantê-la em jejum pela possibilidade de cirurgia;

� em caso de fratura exposta, cobrir o ferimento com gaze ou pano limpo.

Nota:Nota:Nota:Nota: As talas devem ser sempre previamente almofadadas e bastante sólidas.

O que NÃO fazerO que NÃO fazerO que NÃO fazerO que NÃO fazer

� tentar encaixar as extremidades do osso partido;

� provocar apertos ou compressões que dificultem;

� colocar sal no ferimento;

� procurar, numa fratura exposta colocar para dentro as partes dos ossos que estejam visíveis.

Choques elétricos

A morte causada por eletricidade é também conhecida como eletrocussão e consiste na passagem de uma corrente elétrica pelo corpo. A eletrocussão pode provocar a morte instantânea, perda dos sentidos mais ou menos prolongada, convulsões e queimaduras no ponto de contacto. É necessário tomar cuidado com quem está sujeito ao choque, tocá-lo pode ser perigoso. O ideal é pegar num objeto constituído por plástico pois conduzem pouco a eletricidade; afastá-lo do objeto que lhe dá o choque, e verificar os sinais vitais da vitima. Caso esta se encontre em paragem cardiorrespiratória deve-se retirar os objetos adjacentes a esta como por exemplo dentaduras, óculos, etc… desapertar a roupa e expor o tórax, e proceder então à reanimação colocando sobre o tórax as duas mãos sobrepostas e realizar 30 compressões seguidas de suas insuflações. Se a vitima estiver inconsciente mas com pulso e a ventilar deve-se colocá-la em PLS e contatar o 112 (193 no Brasil) para obter transporte ao Hospital mais próximo.

Envenenamento e intoxicação

O envenenamento é o efeito produzido no organismo por um veneno que seja introduzido.

Envenenamento por via digestiva

Por produtos alimePor produtos alimePor produtos alimePor produtos alimentaresntaresntaresntares

Caracteriza-se por arrepios e transpiração abundante, dores abdominais, náuseas e vômitos, prostração, desmaio, agitação e delírio.

O que fazerO que fazerO que fazerO que fazer

� Verificar sinais de vida;

� chamar ajuda, nunca faça um socorro sozinho, somente em último caso;

� se possível, interrogar a vítima no sentido de tentar perceber a origem do envenenamento;

� manter a vítima confortavelmente aquecida;

� é uma situação grave que necessita de transporte imediato para o hospital feita por especialistas.

Por medicamentosPor medicamentosPor medicamentosPor medicamentos

Dependendo do medicamento ingerido, podem observar-se: vômitos, dificuldade respiratória, perda de consciência, sonolência, confusão, etc.

O que se deve fazerO que se deve fazerO que se deve fazerO que se deve fazer

� se possível interrogar a vítima no sentido de tentar obter o maior número de dados possível sobre o envenenamento;

� pedir imediatamente orientações para o Centro de Informação Anti-Venenos (em Portugal: 808 250 143);

� manter a vítima aquecida;

� é uma situação grave que necessita de transporte imediato para o Hospital.

Por produtos tóxicosPor produtos tóxicosPor produtos tóxicosPor produtos tóxicos

Alguns dos sintomas incluem: vômitos ou diarreia, espuma na boca, face, lábios e unhas azuladas, dificuldade respiratória, queimaduras à volta da boca (venenos corrosivos), delírio e convulsões, e inconsciência. - NUNCA provocar o vômito! Nota:Nota:Nota:Nota: É uma situação grave que necessita de transporte imediato ao Hospital.

Insolação

O suor é o nosso ar condicionado natural. À medida que ele se evapora da nossa pele ocorre o esfriamento do corpo. Porém, esse sistema pode falhar se ocorrer uma exposição prolongada ao calor, num local fechado e sobreaquecido (por ex:, dentro de uma viatura fechada, ao sol) ou se ocorrer uma exposição prolongada ao sol.

A insolação é caracterizada por: cefaleias (dores de cabeça), tonturas, vômitos, excitação, pele fria e pegajosa, boca seca, fadiga e fraqueza, pulso rápido e inconsciência.

O que se deve fazerO que se deve fazerO que se deve fazerO que se deve fazer

É importante baixar a temperatura do corpo, para tal:

� Coloque a pessoa num local fresco e à sombra;

� Desaperte-lhe a roupa, ou remova as roupas e envolva a pessoa num lençol fresco e úmido;

� Coloque compressas frias na cabeça e axilas;

� Eleve a cabeça da vítima;

� Dê a beber água fresca, se a vítima estiver consciente;

� Se estiver inconsciente, coloque-a em PLS (Posição Lateral da Segurança).

Nota:Nota:Nota:Nota: Esta é uma situação grave, principalmente nas crianças, que pode provocar hemorragia cerebral e como tal, necessita de transporte urgente para o Hospital.

Transporte de vítimas

QUANDO TRANSPORTAR

1.Quando não for possível prestar o atendimento básico no local; 2.Quando não for possível esperar ajuda especializada (locais desprovidos de instituições habilitadas a dar atendimento); 3.Quando o local oferecer risco iminente. Obs.: em caso de risco iminente, o socorrista deve atentar para sua própria segurança.

COMO TRANSPORTAR

O método de transporte escolhido deve se adequar:

1. ao número de socorristas;

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2. à força e habilidade dos socorristas;

3. aos tipos de lesão da vítima e seu estado de consciência;

4. ao peso da vítima;

5. à proporção de tamanho entre socorrista e vítima;

6. à proporção de tamanho entre os socorristas que vão transportar;

7. distância do local e tipo de terreno;

8. material disponível para auxiliar no transporte.

Orientações gerais

� manter a vítima calma;

� procure socorro;

� evite mover a vítima;

� sinalizar o local onde ocorreu o acidente;

� ligar para socorro médico.

Contatos para socorro especializado no Brasil

Em todo o território nacional, discar:

� Polícia: 190

� Emergência médica (SAMU): 192

� Bombeiros: 193

� Polícia de Trânsito - 194

� Polícia Rodoviária Federal: 191

� FONE 0800 ****** nas Rodovias sob concessão. Vale a pena ter tal telefone antes de pegar a estrada, visto que em tais rodovias costuma haver serviço de auxílio médico e mecânico ao usuário.

� CEATOX - Centro de Assistência Toxicológica - 0800 014 81 100

� Ligar para a família da pessoa

Obs.: Alguns estados unificaram os telefones 19X em uma "central de emergência" (ex.: DF, ES(CIODES))

Contatos de emergência em Portugal

� Polícia (GNR, PSP); INEM (Emergência Médica); Bombeiros; Incêndios Florestais: 112 [1]

� Emergência Social : 114

� CIAV Centro de Informação Anti-Venenos do INEM: 808 25 01 43

� Saúde 24: 808 24 24 24 (Aconselhamento médico) Garrote (torniquete)Garrote (torniquete)Garrote (torniquete)Garrote (torniquete)

Um garrote é um dispositivo usado para barrar a circulação sangüínea, num membro que sofreu uma lesão provocando hemorragia grave. Pode ser na forma de umelástico, ou improvisado com uma tira de pano estreito que se aperta 5 dedos acima da ferida, respeitando a articulação, quer dando um nó apertado, quer usando um pau que se vai rodando até parar a hemorragia e que permite facilmente desapertá-lo para restabelecer a circulação.

O uso do garrote é uma técnica de primeiros socorros, mas é desaconselhada por diversos especialistas em favor de outras técnicas, uma vez que do seu mau uso pode decorrer necrose dos tecidos. Além disso, apenas pessoas que receberam treinamento específico é que estão habilitados a aplicá-lo.

AntídotoAntídotoAntídotoAntídoto

AntídotoAntídotoAntídotoAntídoto é uma substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno.

Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele. Por exemplo, metais pesados podem se

acumular no tecido gorduroso ou nervoso, causando danos (ver mercúrio e chumbo), e o antídoto consiste em substâncias que se combinam com eles, evitando-os de agir no organismo. Já agentes neurotóxicos como alguns inseticidas e gases de guerra química, como sarin, não são atacados diretamente, consistindo o antídoto de substâncias que revertem ou anulam sua ação, como atropina (usada em colírios para exame), em complemento de outras, até que a substância seja metabolizada ou excretada pelo organismo.

Lembre-se que casos de envenenamento devem ser comunicados sempre aos bombeiros, polícia e hospitais, mesmo que a pessoa esteja aparentemente bem. Muitos venenos tem ação lenta, matando horas após a primeira exposição, se não houver tratamento adequado.

Também vale lembrar que antídotos também podem prejudicar a saúde se aplicados de forma incorreta. A atropina, por exemplo, alivia o efeito dos agentes neurotóxicos, dando tempo para que o atingido possa chegar a um hospital, mas não cura. O uso em excesso causa arritmia, entre outros.

SANGRAMENTOSSANGRAMENTOSSANGRAMENTOSSANGRAMENTOS

As HemorragiasAs HemorragiasAs HemorragiasAs Hemorragias

Hemorragia externa: é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sangüíneo (veia ou artéria). Hemorragia interna: é o resultado de um ferimento profundo com lesão de órgãos internos.

Sangramentos Externos Sangramentos Externos Sangramentos Externos Sangramentos Externos ---- O que fazerO que fazerO que fazerO que fazer

w Procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o co-ração.

w Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo dobrado ou com uma das mãos. Se o corte for extenso, aproxime as bordas abertas com os dedos e as mantenha unidas. Ainda, caso o sangramento cesse, pressione com mais firmeza por mais 10 minu-tos.

w Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma atadura firme, mas que permita a circulação sangüínea. Se o sangramento persistir através do curativo, ponha novas ataduras, sem retirar as anteriores, evitando a remoção de eventuais coágulos.

ObsObsObsObs: quando houver sangramentos intensos nos membros e a com-pressão não for suficiente para estancá-los, comprima a artéria ou a veia responsável pelo sangramento contra o osso, impedindo a passagem de sangue para a região afetada.

Sangramentos Internos Sangramentos Internos Sangramentos Internos Sangramentos Internos ---- Como verificar e como agirComo verificar e como agirComo verificar e como agirComo verificar e como agir

w Os sinais mais evidentes são: pele fria, úmida e pegajosa, palidez, pulso fraco, lábios azulados e tremores.

w Não dê alimentos à vítima e nem aqueça demais com cobertores.

w Peça auxílio médico imediato

Sangramentos Nasais Sangramentos Nasais Sangramentos Nasais Sangramentos Nasais ---- O que fazerO que fazerO que fazerO que fazer

w Incline a cabeça da pessoa para a frente, sentada, evitando que o sangue vá para a garganta e seja engolido, provocando náuseas.

w Comprima a narina que sangra e aplique compressas frias no local.

w Depois de alguns minutos, afrouxe a pressão vagarosamente e não assoe o nariz.

w Se a hemorragia persistir, volte a comprimir a narina e procure socor-ro médico.

Torniquetes Torniquetes Torniquetes Torniquetes ---- Como fazerComo fazerComo fazerComo fazer

O torniquete deve ser aplicado apenas em casos extremos e como úl-timo recurso quando não há a parada do sangramento. Veja como:

w Amarre um pano limpo ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o firmemente duas vezes.Amarre-o com um nó simples.

w Em seguida, amarre um bastão sobre o nó do tecido. Torça o bastão até estancar o sangramento. Firme o bastão com as pontas livres da tira de tecido.

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w Marque o horário em que foi aplicado o torniquete.

w Procure socorro médico imediato.

w Desaperte-o gradualmente a cada 10 ou 15 minutos, para manter a circulação do membro afetado.

CHOQUE ELÉTRICOCHOQUE ELÉTRICOCHOQUE ELÉTRICOCHOQUE ELÉTRICO

O choque elétrico é causado por uma corrente elétrica que passa atra-vés do corpo humano ou de um animal qualquer. O pior choque é aquele que se origina quando uma corrente elétrica entra pela mão da pessoa e sai pela outra.

Nesse caso, atravessando o tórax, ela tem grande chance de afetar o coração e a respiração. Se fizerem parte do circuito elétrico o dedo polegar e o dedo indicador de uma mão, ou uma mão e um pé, o risco é menor.

O valor mínimo de corrente que uma pessoa pode perceber é 1 mA. Com uma corrente de 10 mA, a pessoa perde o controle dos músculos, sendo difícil abrir as mãos para se livrar do contato. O valor mortal está compreendido entre 10 mA e 3 A.

Normalmente, a resistência elétrica de nossa pele é grande e limita o estabelecimento de uma corrente elétrica caso a tensão aplicada não seja muito grande. Com a pele seca, por exemplo, não tomamos nenhum cho-que se submetidos à tensão de 12 V, mas se a pele estiver úmida a resis-tência elétrica cai muito e podemos levar um choque considerável.

Uma forma de se evitar os choques elétricos é fazer a ligação dos apa-relhos à terra.

É a voltagem ou a corrente que fará mal?

Muitas vezes você vê uma placa dizendo: "Perigo - alta voltagem"; mas alta voltagem, ou alto potencial, não lhe causará mal. Alta voltagem pode dar lugar a uma intensa corrente, e esta é que produz o dano. Um pombo, pousando num fio de alta voltagem, não é afetado por esta, porque nenhu-ma corrente passa através do seu corpo. Se ele tocar dois fios ao mesmo tempo, a corrente o queimará.

O detetor de mentiras

Antigamente os psicólogos usavam um detetor de mentiras. Duas pla-cas metálicas eram amarradas ao corpo do suspeito e ligadas a uma bate-ria. Se o suspeito era perturbado por uma pergunta, ele transpirava, a resistência diminuía e a corrente aumentava.

Fonte: br.geocities.cFonte: br.geocities.cFonte: br.geocities.cFonte: br.geocities.comomomom

Choque elétrico é o conjunto de perturbações de natureza e efeitos di-versos, que se manifestam no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por corrente elétrica.

As manifestações relativas ao choque elétrico dependendo das condi-ções e intensidade da corrente, podem ser desde uma ligeira contração superficial até uma violenta contração muscular que pode provocar a morte.

Até chegar de fato a morte existem estágios e outras conseqüências que veremos adiante. Os tipos mais prováveis de choque elétrico são aqueles que a corrente elétrica circula da palma de uma das mãos à palma da outra mão, ou da palma da mão até a planta do pé.Existem 3 categorias de choque elétrico :

Choque produzido por contato com circuito energizado

Aqui o choque surge pelo contato direto da pessoa com a parte energi-zada da instalação, o choque dura enquanto permanecer o contato e a fonte de energia estiver ligada. As conseqüências podem ser pequenas contrações ou até lesões irreparáveis.

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Choque produzido por contato com corpo eletrizado

Neste caso analisaremos o choque produzido por eletricidade estática, a duração desse tipo de choque é muito pequena, o suficiente para descar-regar a carga da eletricidade contida no elemento energizado. Na maioria das vezes este tipo de choque elétrico não provoca efeitos danosos ao corpo, devido a curtíssima duração.

Choque produzido por raio ( Descarga Atmosférica )

Aqui o choque surge quando acontece uma descarga atmosférica e es-ta entra em contato direto ou indireto com uma pessoa, os efeitos desse tipo de choque são terríveis e imediatos, ocorre casos de queimaduras graves e até a morte imediata.

Avaliação da Corrente Elétrica Produzida por Contato com Circuito E-nergizado

Para avaliação da corrente elétrica que circula num circuito vamos utili-zar a Lei de Ohm, que estabelece o seguinte : I = V/R, onde : I = Corrente em Ampéres

V = Voltagem em Volts

R = Resistência em Ohms

Lei de Ohm estabelece que a intensidade da corrente elétrica que cir-cula numa carga é tão maior quanto maior for a tensão, ou menor quanto menor for a tensão.

No caso do choque elétrico o corpo humano participa como sendo uma carga, o corpo humano ou animal é condutor de corrente elétrica, não só pela natureza de seus tecidos como pela grande quantidade de água que contém.

O valor a resistência em Ohms do corpo humano varia de individuo pa-ra individuo, e também varia em função do trajeto percorrido pela corrente elétrica.

A resistência média do corpo humano mediada da palma de uma das mãos à palma da outra, ou até a planta do pé é da ordem de 1300 a 3000 Ohms, de acordo com a Lei de Ohm, e com base no valor da resistência do corpo humano podemos avaliar a intensidade da corrente elétrica produzida por um choque elétrico, isso serve de análise dos efeitos provocados pela corrente elétrica em função de sua intensidade.

Primeiros Socooros vítima de choque elétrico

As chances de salvamento da vítima de choque elétrico diminuem com o passar de alguns minutos, pesquisas realizadas apresentam as chances de salvamento em função do número de minutos decorridos do choque aparentemente mortal, pela análise da tabela abaixo esperar a chegada da assistência médica para socorrer a vítima é o mesmo que assumir a sua morte, então não se deve esperar o caminho é a aplicação de técnicas de primeiros socorros por pessoa que esteja nas proximidades.

O ser humano que esteja com parada respiratório e cardíaca passa a ter morte cerebral dentro de 4 minutos, por isso é necessário que o profis-sional que trabalha com eletricidade deve estar apto a prestar os primeiros socorros a acidentados, especialmente através de técnicas de reanimação cádio-respiratória.

Chances de Salvamento

Tempo após o choque p/ inTempo após o choque p/ inTempo após o choque p/ inTempo após o choque p/ iniiiiciar ciar ciar ciar respiração artificrespiração artificrespiração artificrespiração artificiiiialalalal

Chances de reanimChances de reanimChances de reanimChances de reanima-a-a-a-ção da vítimação da vítimação da vítimação da vítima

1 minuto 95 %

2 minutos 90 %

3 minutos 75 %

4 minutos 50 %

5 minutos 25 %

6 minutos 1 %

8 minutos 0,5 %

Método da respiração artificial "Hoger e Nielsen", para reanimação de vítimas de choque elétrico

A respiração artificial é empregada em todos os casos em que a respi-ração natural é interrompida. O método de "Holger e Nielsen"consiste em um conjunto de manobras mecânicas por meio das quais o ar , em certo e determinado ritmo, é forçado a entrar e sair alternadamente dos pulmões. As instruções gerais referentes à aplicação desse método são as seguintes :

Antes de tocar o corpo da vítima, procure livra la da corrente elétrica, com a máxima segurança possível e a máxima rapidez, nunca use as mãos ou qualquer objeto metálico ou molhado para interromper um circuito ou afastar um fio.

Não mova a vítima mais do que o necessário à sua segurança.

Antes de aplicar o método, examine a vítima para verificar se respira, em caso negativo, inicie a respiração artificial.

Quanto mais rapidamente for socorrida a vítima, maior será a probabili-dade de êxito no salvamento.

Chame imediatamente um médico e alguém que possa auxilia lo nas demais tarefas, sem prejuízo da respiração artificial, bem como, para possi-bilitar o revezamento de operadores.

Procure abrir e examinar a boca da vítima ao ser iniciada a respiração artificial, afim de retirar possíveis objetos estranhos (dentadura, palito, alimentos, etc.), examina também narinas e garganta.

Desenrole a língua caso esteja enrolada, em caso de haver dificuldade em abrir a boca da vítima, não perca tempo, inicie o método imediatamente e deixe essa tarefa a cargo de outra pessoa.

Desaperte punhos, cinta, colarinho, ou quaisquer peças de roupas que por acaso apertem o pescoço, peito e abdome da vítima.

Agasalhe a vítima, a fim de aquece la, outra pessoa deve cuidar dessa tarefa de modo a não prejudicar a aplicação da respiração artificial.

Não faça qualquer interrupção por menor que seja, na aplicação da respiração artificial.

Não faça qualquer interrupção por menor que seja, na aplicação do método, mesmo no caso de se tornar necessário o transporte da vítima a aplicação deve continuar.

Não distraia sua atenção com outros auxílios suplementares que a vi-tima necessita, enquanto estiver aplicando o método, outras pessoas devem ocupar se deles.

O tempo de aplicação é indeterminado, podendo atingir 5 horas ou mais, enquanto houver calor no corpo da vítima e sta não apresentar rigidez cadavérica há possibilidade de salvamento.

O revezamento de pessoas, durante a aplicação deve ser feito de mo-do a não alterar o ritmo da respiração artificial.

Ao ter reinício a respiração natural, sintonize o ritmo da respiração arti-ficial com a natural.

Depois de recuperada a vítima, mantenha a em repouso e agasalhada, não permitindo que se levante ou se sente, mesmo que para isso precise usar força, não lhe de beber, a fim de evitar que se engasgue, após a recuperação total da vítima, pode dar lhe então café ou chá quente.

Não aplique injeção alguma, até que a vítima respire normalmente.

Este caso aplica se em qualquer caso de colapso respiratório, como no caso de pessoas intoxicadas por gases venenosos ou que sofram afoga-mentos.

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Na maioria dos casos de acidente por choque elétrico, a MORTE é a-penas APARENTE, por isso socorra a vítima rapidamente sem perda de tempo.

Método da salvamento artificial "Hoger e Nielsen", para reanimação de vítimas de choque elétrico

1-Deite a vítima de bruços com a cabeça voltada para um dos lados e a face apoiada sobre uma das mãos tendo o cuidado de manter a boca da vítima sempre livre.

2-Ajoelhe se junto à cabeça da vítima e coloque as palmas das mãos exatamente nas costas abaixo dos ombros com os polegares se tocando ligeiramente.

3-Em seguida lentamente transfira o peso do seu corpo para os braços esticados, até que estes fiquem em posição vertical, exercendo pressão firme sobre i tórax.

4-Deite o corpo para trás, deixando as mãos escorregarem pelos bra-ços da vítima até um pouco acima dos seus cotovelos; segure os com firmeza e continue jogando o corpo para trás, levante os braços da vítima até que sinta resistência: abaixe os então até a posição inicial, completando o ciclo, repita a operação no ritmo de 10 a 12 vezes por minuto.

Método da respiração artificial Boca - a - Boca

Deite a vítima da costas com osbraços estendidos.

Restabeleça a respiração : coloque a mão na nuca do acidentados e a outra na testa, incline a cabeça da vítima para trás.

Com o polegar e o indicador aperte o nariz, para evitar a saída do ar.

Encha os pulmões de ar.

Cubra a boca da vítima com a sua boca, não deixando o ar sair.

Sopre até ver o peito erguer se.

Solte as narinas e afaste os seus lábios da boca da vítima para sair o ar.

Repita esta operação, a razão de 13 a 16 vezes por minuto.

Continue aplicando este método até que a vítima respire por si mesma.

Aplicada a respiração artificial pelo espaço aproximado de 1 minuto, sem que a vítima dê sinais de vida, poderá tratar se de um caso de Parada cardíaca.

Para verificar se houve Parada Cardíaca, existem 2 processos

Pressione levemente com as pontas dos dedos indicador e médio a ca-rótida, quase localizada no pescoço, junto ao pomo de Adão ( Gogó ).

Levante a pálpebra de um dos olhos da vítima, de a pupila ( menina dos olhos ) se contrair, é sinal que o coração está funcionando, caso con-trario, se a pupila permanecer dilatada, isto é, sem reação, é sinal de que houve uma parada cardíaca.

Ocorrendo a Parada Cardíaca

Deve se aplicar sem perda de tempo, a respiração artificial e a massa-gem cardíaca, conjugadas.

Esta massagem deve ser aplicada sobre o coração, que esta localizado no centro do Tórax entre o externo e a coluna vertical. Colocar as 2 mãos sobrepostas na metade inferior do externo, como indica a figura.

Pressionar, com suficiente vigor, para fazer abaixar o centro do Tórax, de 3 a 4 cm, somente uma parte da mão deve fazer pressão, os dedos devem ficar levantados do Tórax.

Repetir a operação : 15 massagens cardíacas e 2 respirações artifici-ais, até a chegada do socorro mais especializado.

Fonte: www.manoel.pesqueira.ifpe.edu.brFonte: www.manoel.pesqueira.ifpe.edu.brFonte: www.manoel.pesqueira.ifpe.edu.brFonte: www.manoel.pesqueira.ifpe.edu.br

CCCCÓDIGO DE ÉTICA ÓDIGO DE ÉTICA ÓDIGO DE ÉTICA ÓDIGO DE ÉTICA ---- CEMIGCEMIGCEMIGCEMIG

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Aos Empregados, Gerentes, Diretores e membros dos Conselhos de Administração e Fiscal da Cemig:

Mais de 50 anos nos separam da criação da Cemig pelo então Gover-nador, e mais tarde Presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek de Oliveira.

Concebida inicialmente para impulsionar o progresso do Estado de Mi-nas Gerais, a trajetória da Cemig foi marcada por um esforço contínuo no sentido de prover energia de qualidade e compatível com as necessidades da sociedade.

Qualidade de serviços e produtos, responsabilidade social, e rentabili-dade na gestão dos negócios da empresa, têm sido as premissas da Ce-mig, agora com mais de 5 milhões de consumidores e gerenciando usinas, linhas de transmissão, redes de distribuição de energia elétrica, empresas de gás e de infovias.

“Nossos Princípios Éticos e Nossas Responsabilidades” representam a tradução da cultura Cemig, forjada na atuação de nossos empregados, gerentes e administradores, e estão alinhados com a forma como conduzi-mos nossos negócios, frente aos inúmeros desafios de um mercado cada vez mais exigente e competitivo.

Os Nossos Princípios Éticos devem orientar nossas decisões e esco-lhas, em todos os locais em que está presente a Cemig.

As Nossas Responsabilidades apresentam as regras para a nossa atu-ação, orientando-nos em relação a como devemos nos comportar frente às situações do dia a dia.

A Cemig espera que todos nós continuemos a manter e a zelar pela tradição de empresa integra e solidária que tem marcado a nossa história, e a cumprir nossa missão de atuar no setor de energia com rentabilidade, qualidade e responsabilidade social.

Conselho de Administração da Cemig

OBJETIVOS E APLICAÇÃOOBJETIVOS E APLICAÇÃOOBJETIVOS E APLICAÇÃOOBJETIVOS E APLICAÇÃO

Os objetivos desta Declaração de Princípios Éticos e Código de Condu-ta Profissional da Cemig são:

� orientar e disciplinar a atuação de empregados, gerentes, adminis-tradores (membros do Conselho de Administração e Diretores) e membros do Conselho Fiscal da Cemig;

� servir de referência para a verificação de conformidade em relação ao cumprimento deste Código;

� orientar o Comitê de Ética da Cemig na avaliação e deliberação sobre possíveis descumprimentos e em relação à necessidade de revisões deste Código.

Este Código aplica-se aos empregados, gerentes, administradores (Conselho de Administração e Diretoria Executiva), e membros do Conse-lho Fiscal da Cemig e de suas controladas e subsidiárias integrais.

Poderá se aplicar, também, a contratados e prestadores de serviço na-queles casos em que seja definida esta obrigação em contrato.

Nossa Declaração de Princípios Éticos e Nossas ResponsabilidNossa Declaração de Princípios Éticos e Nossas ResponsabilidNossa Declaração de Princípios Éticos e Nossas ResponsabilidNossa Declaração de Princípios Éticos e Nossas Responsabilidaaaades:des:des:des:

PRINCÍPIO Nº 1: COMPPRINCÍPIO Nº 1: COMPPRINCÍPIO Nº 1: COMPPRINCÍPIO Nº 1: COMPROMISSO COM A SAÚDE E SEGURANÇAROMISSO COM A SAÚDE E SEGURANÇAROMISSO COM A SAÚDE E SEGURANÇAROMISSO COM A SAÚDE E SEGURANÇA

A Cemig prioriza a saúde e segurança do pessoal próprio, de prestado-res de serviço, de empreiteiros e de terceiros. Em suas atividades procura estar alinhada com a prevenção de acidentes e incidentes, através do desenvolvimento de técnicas e da implantação de sistemas que assegurem a efetividade de suas ações.

O QUE É:

A Cemig considera como fundamental a adoção e a manutenção de boas práticas de segurança do trabalho, de forma a assegurar a integridade e a saúde de empregados, empreiteiros, contratados e de terceiros. As ações de prevenção de acidentes e promoção da saúde fazem parte de suas metas institucionais.

Como empregados, gerentes, administradores, e membros do Conse-lho Fiscal da Cemig, devemos:

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� incorporar em nossas atividades diárias a necessidade de qualida-de nas condições de trabalho, de saúde e segurança;

� obedecer à legislação relativa à saúde e à segurança do trabalho, aos princípios da Política de Segurança do Trabalho da Cemig e às normas internas;

� disponibilizar e exigir o uso adequado dos equipamentos de prote-ção individuais e coletivos;

� acompanhar e fiscalizar o cumprimento das regras em relação aos trabalhadores sob regime de mão-de-obra temporária e as contratações externas, que envolvam responsabilidades solidárias para a Cemig.

� buscar soluções para as situações que possam representar riscos à segurança de terceiros.

Não devemos:

� ser omissos quanto a quaisquer aspectos que digam respeito à se-gurança do trabalho;

� aceitar a execução de qualquer atividade em condição de falta de segurança; se pressionados, deveremos recorrer às nossas gerências.

Responsabilidades adicionais dos gerentes:

� buscar assegurar um ambiente em que o empregado possa exercer os direitos estabelecidos pela Política de Segurança do Trabalho;

� contribuir para o desenvolvimento contínuo das práticas seguras para cada tarefa.

PRINCÍPIO Nº 2: COMPROMISSO COM O CLIENTEPRINCÍPIO Nº 2: COMPROMISSO COM O CLIENTEPRINCÍPIO Nº 2: COMPROMISSO COM O CLIENTEPRINCÍPIO Nº 2: COMPROMISSO COM O CLIENTE

Queremos ser permanentemente reconhecidos pela excelência na prestação de serviços e no relacionamento com os clientes. Temos como princípio oferecer uma energia confiável e a um custo compatível com as necessidades de nossa sociedade. A fidelidade da informação no atendi-mento aos nossos clientes é também uma premissa na nossa atividade.

O QUE É:

A Cemig busca sempre um relacionamento respeitoso e cortês com o cliente, procurando que os custos de seus serviços venham representar valores compatíveis com a oferta de uma energia voltada para o desenvol-vimento e para o crescimento do mercado. Prima pela qualidade na execu-ção de suas atividades, assegurada por investimentos técnicos e econômi-cos, pela capacitação de empregados e pelo uso de tecnologias apropria-das. Nossos empregados são motivados no sentido de buscarem a melho-ria do padrão de qualidade de nossos serviços.

NOSSAS RESPONSABILIDADES:

Como empregados, gerentes, administradores, e membros do Conse-lho Fiscal da Cemig, devemos:

� buscar continuamente a melhoria da qualidade de nossos serviços;

� assegurar exatidão, transparência e objetividade na prestação de informações aos nossos clientes;

� atender com deferência, adotando as melhores práticas no relacio-namento com o cliente;

� agir pró-ativamente no atendimento às necessidades dos clientes e na busca de soluções para as questões apresentadas por eles;

� possibilitar atendimento com segurança, conforto e economia, atra-vés de uma estrutura adequada e satisfatória;

� oferecer orientações à conservação de energia como critério para a prestação de um serviço responsável;

� incentivar a inovação tecnológica e assegurar a utilização das tec-nologias mais adequadas aos processos da Cemig, visando maior competi-tividade e a otimização dos resultados operacionais.

PRINCÍPIO Nº 3: CUMPRIMENTO DA LEI E COMPRPRINCÍPIO Nº 3: CUMPRIMENTO DA LEI E COMPRPRINCÍPIO Nº 3: CUMPRIMENTO DA LEI E COMPRPRINCÍPIO Nº 3: CUMPRIMENTO DA LEI E COMPROOOOMISSO COM MISSO COM MISSO COM MISSO COM AS MELHORES PRÁTICAS DE GOVERNAAS MELHORES PRÁTICAS DE GOVERNAAS MELHORES PRÁTICAS DE GOVERNAAS MELHORES PRÁTICAS DE GOVERNANNNNÇAÇAÇAÇA

A Cemig conduz seus negócios e atividades de forma a agregar valor a seus investimentos e à Empresa, mantendo uma atuação coerente com a lei. Considera os requisitos da boa governança corporativa e prioriza uma relação de confiança, integridade e respeito com acionistas, investidores, clientes, empregados, fornecedores, sociedade e Governo. Na elaboração de seus relatórios prevalecem a clareza, a fidelidade, a objetividade e a pontualidade das informações.

O QUE É:

A Cemig trabalha no sentido de garantir ganhos econômico-financeiros e de imagem, cumprindo sua função empresarial e social. Estabelece como premissa na realização de suas atividades o cumprimento das leis aplicá-veis aos seus negócios e procedimentos. Estamos comprometidos com a adoção das práticas de Governança Corporativa e com a legislação do mercado de capitais nacional e internacional.

NOSSAS RESPONSABILIDADES:

Como empregados, gerentes, administradores, e membros do Conse-lho Fiscal da Cemig, devemos:

� respeitar as leis e outros atos normativos aplicáveis aos negócios e procedimentos da Empresa (*);

� cumprir as normas instituídas pelos órgãos de regulação dos valo-res mobiliários, tanto no plano nacional como no internacional;

� manter o controle das informações financeiras de forma a assegu-rar a sua veracidade e a qualidade;

� agir com transparência, independência, eqüidade, e responsabili-dade nas relações com acionistas, investidores, auditores, clientes e analis-tas de mercado, sobretudo no fornecimento de informações, que devem primar pela qualidade, veracidade, periodicidade e pontualidade;

� disponibilizar as informações relevantes sobre a Cemig através de divulgação ampla e irrestrita, afastando a possibilidade de informação privilegiada.

Não devemos:

� contribuir para, ou facilitar a divulgação ou o repasse a terceiros de informação confidencial ou privilegiada, ainda não divulgada ao mercado.

Responsabilidades adicionais dos administradores:

� assegurar a formulação e a aplicação de procedimentos necessá-rios para o atendimento pela Empresa das melhores práticas de governan-ça corporativa, com ênfase para a observância das normas e legislação referente à Comissão de Valores Imobiliários - CVM e outras instituições que regulam o mercado de capitais naqueles países onde a Cemig tenha suas ações listadas.

Responsabilidades adicionais dos administradores e membros do Con-selho Fiscal:

� atuar com independência e lealdade em relação à Cemig, não per-mitindo que interesses distintos possam possibilitar o favorecimento a terceiros, o mau uso dos ativos ou abusos em transações envolvendo a empresa;

� caso seja identificado conflito de interesses, a pessoa envolvida deve afastar-se das discussões e deliberações.

(*) Obs.: atenção para o Decreto Estadual Nº 43.673, de 04/12/2003, que institui o Código de Ética do Estado de Minas Gerais.

PRINCÍPIO Nº 4: INTEGRIDADE PROFISSIONALPRINCÍPIO Nº 4: INTEGRIDADE PROFISSIONALPRINCÍPIO Nº 4: INTEGRIDADE PROFISSIONALPRINCÍPIO Nº 4: INTEGRIDADE PROFISSIONAL

A Cemig reconhece e valoriza a conduta profissional pautada pelo comprometimento com as atividades da Empresa e pela integridade ao agir com o colega de trabalho, parceiros, clientes e com a sociedade em geral. Respeita os seus empregados, contratados e prestadores de serviço, e espera que cada um discipline suas ações com base na lei, se oriente pela verdade no desempenho de suas atribuições e defenda, como compromis-so profissional e moral, os interesses da Empresa e da sociedade.

O QUE É:

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Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 55

Consideramos como Integridade Profissional do empregado a compe-tência no trabalho, a valorização da transparência e do respeito em seus relacionamentos e a capacidade de conciliar os objetivos e interesses pessoais e profissionais com os da Cemig. Nossos resultados dependem ainda da conduta prudente e responsável de cada um no que se refere aos assuntos sigilosos da Empresa.

NOSSAS RESPONSABILIDADES:

Como empregados, gerentes, administradores, e membros do Conse-lho Fiscal da Cemig, devemos:

� executar as atividades de nossa competência buscando sempre resguardar os interesses da Cemig;

� colaborar para que as relações de trabalho se pautem pela cortesi-a, cooperação e respeito, fomentando o espírito de equipe e um ambiente de trabalho produtivo e saudável;

� valorizar a diversidade e não permitir qualquer forma de discrimina-ção com base em raça, sexo, cor, aparência, nacionalidade, religião, idade, condições física e mental, estado civil, ideologia política, condição de veterano ou novato;

� colaborar para que a competição interna seja focada no desenvol-vimento técnico profissional e na melhoria constante dos resultados empre-sariais;

� exercer a função de representação somente mediante delegação;

� contribuir para que a comunicação interna e o relacionamento em-presa-empregado sejam pautados pela transparência e pela verdade, de forma a criar um canal de aproximação e integração entre as pessoas e entre a empresa e seus empregados.

� levar ao conhecimento do superior imediato fatos que possam con-figurar conflitos de interesses entre nossa função na empresa e outras atividades externas à Cemig.

Não devemos:

� permitir situações ou exercer atividades que possam conflitar com a nossa função, contrariar os interesses da Empresa, colocar sob suspeita a conduta de nossos empregados ou denegrir a imagem da Cemig;

� participar, direta ou indiretamente, de qualquer forma de assédio moral ou sexual;

� incentivar ou participar da disseminação de inverdades ou de ações que busquem criar a desconfiança entre os empregados da empresa;

� receber presentes ou favores capazes de influenciar uma decisão empresarial ou comercial, a não ser que se trate de mera cortesia ou brin-des sem valor comercial (*).

Responsabilidades adicionais dos gerentes:

� promover o treinamento e o desenvolvimento profissional dos em-pregados da Cemig, favorecendo o equilíbrio entre sua vida pessoal e profissional.

(*) Obs.: o Decreto Estadual Nº 43.673, de 04/12/2003, que institui o Código de Ética do Estado de Minas Gerais, estabelece em seu artigo 18 que é vedada a aceitação de presentes, benefícios ou vantagens, não se considerando presentes os brindes que: não tenham valor comercial; os distribuídos a título de cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas, com valor inferior a um salário mínimo.

PRINCÍPIO Nº 5: MEIO AMBIENTE E RESPONSABILPRINCÍPIO Nº 5: MEIO AMBIENTE E RESPONSABILPRINCÍPIO Nº 5: MEIO AMBIENTE E RESPONSABILPRINCÍPIO Nº 5: MEIO AMBIENTE E RESPONSABILIIIIDADE SOCIALDADE SOCIALDADE SOCIALDADE SOCIAL

A Cemig reconhece e enfatiza a proteção do meio ambiente em todos os seus processos e instalações. Além disso, apóia a ação responsável em relação à melhoria da qualidade de vida dos diversos públicos com que se relaciona.

O QUE É:

A Cemig considera no seu planejamento e na realização de suas ativi-dades a necessidade de proteger o meio ambiente, de colaborar para o

desenvolvimento social das populações nos locais onde atua, e de atuar no sentido a manter relações de respeito e de cooperação com seus consumi-dores, com a comunidade, fornecedores, Governos e outras partes envolvi-das em suas atividades.

NOSSAS RESPONSABILIDADES:

Como empregados, gerentes, administradores, e membros do Conse-lho Fiscal da Cemig, devemos:

Em relação ao Meio Ambiente:

� agir em conformidade com a legislação e com a Política Ambiental da Cemig e cumprir os procedimentos ambientais internos;

� agir com prontidão e comprometimento na prevenção ou minimiza-ção de danos ambientais que sejam previsíveis em nossa atividade.

Em relação à Responsabilidade Social, devemos:

� considerar, na elaboração de nossos programas e projetos, as dire-trizes de responsabilidade social da Cemig e as possibilidades de contribuir para a melhoria da qualidade de vida nas comunidades onde a Empresa está inserida;

� olaborar para a formação de um ambiente que favoreça a criação de uma consciência de cidadania das pessoas.

Responsabilidades adicionais dos gerentes:

� administrar os impactos e riscos ambientais provenientes de ativi-dades cuja execução esteja sob sua responsabilidade direta ou de terceiros contratados;

� orientar e estimular a adoção das boas práticas de responsabilida-de social.

PRINCÍPIO Nº 6: OBEDIÊNCIA A NORMAS E INSTRUÇÕES INTEPRINCÍPIO Nº 6: OBEDIÊNCIA A NORMAS E INSTRUÇÕES INTEPRINCÍPIO Nº 6: OBEDIÊNCIA A NORMAS E INSTRUÇÕES INTEPRINCÍPIO Nº 6: OBEDIÊNCIA A NORMAS E INSTRUÇÕES INTER-R-R-R-NASNASNASNAS

A Cemig tem como instrumentos de controle, normas e instruções in-ternas que estabelecem os critérios para execução de suas atividades e rotinas e que são atualizadas em face de mudanças da legislação e das necessidades da Empresa. Garantimos o alcance dos objetivos da Cemig através do cumprimento dessas regras organizacionais que favorecem a uniformização da conduta corporativa.

O QUE É:

A dispersão e a dimensão geográfica das nossas instalações e a multi-plicidade de aspectos que integram o universo operacional da Cemig im-põem a necessidade de uma base normativa e disciplinar continuamente atualizada. O conjunto normativo da Cemig abrange diretrizes, normas, instruções e circulares, que estabelecem, modificam ou regulamentam processos e rotinas da Empresa. As normas e instruções destinam-se a sistematizar, uniformizar e comunicar assuntos de planejamento, projeto, normalização, construção, operação e manutenção relacionados com as atividades da Cemig. As circulares destinam-se a dar conhecimento sobre deliberações, resoluções, ordens gerais, recomendações e outros comuni-cados internos.

NOSSAS RESPONSABILIDADES:

Como empregados, gerentes, administradores, e membros do Conse-lho Fiscal da Cemig, devemos:

� conhecer e agir de acordo com as normas, instruções e circulares estabelecidas e disponibilizadas pela Empresa;

� colaborar para o aperfeiçoamento das normas e instruções existen-tes, sugerindo melhorias aos responsáveis pela sua elaboração;

� zelar pela correta aplicação das normas e instruções da Empresa.

Não devemos:

� desvirtuar o conteúdo das normas e instruções com interpretações pessoais.

PRINCÍPIO Nº 7: PRESERVAÇÃO DA IMAGEM INSTPRINCÍPIO Nº 7: PRESERVAÇÃO DA IMAGEM INSTPRINCÍPIO Nº 7: PRESERVAÇÃO DA IMAGEM INSTPRINCÍPIO Nº 7: PRESERVAÇÃO DA IMAGEM INSTIIIITUCIONAL E TUCIONAL E TUCIONAL E TUCIONAL E DA MARCA "CEMIG"DA MARCA "CEMIG"DA MARCA "CEMIG"DA MARCA "CEMIG"

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Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 56

A imagem da Cemig é um patrimônio intangível de valor imensurável, construído ao longo de uma existência. Esse valor é transferido à marca “Cemig”, que merece os mesmos cuidados dispensados à Imagem, já que onde está a marca “Cemig” está a Empresa “Cemig”. Nossa propriedade intelectual representa também um bem a ser protegido e valorizado.

O QUE É:

A marca Cemig traduz a força de sustentabilidade da nossa Empresa. A Identidade Visual e a Imagem da Cemig têm valor estratégico e econômi-co porque traduzem qualidade técnica e uma cultura pautada por coerência, dinamismo e pelo esforço conjunto e direcionada na Empresa. A Cemig protege sua propriedade intelectual (propriedade industrial e direito autoral ) e controla o uso de sua imagem.

NOSSAS RESPONSABILIDADES:

Como empregados, gerentes, administradores, e membros do Conse-lho Fiscal da Cemig, devemos:

� zelar pela Marca, Imagem e Identidade Visual da Cemig em qual-quer manifestação da Empresa e nas campanhas publicitárias, mantendo as suas características originais, ainda que estas possuam marcas especí-ficas;

� exercer os direitos legais para registro da propriedade intelectual da Empresa, observando os procedimentos para proteção de invenções, processos e inovações.

Não devemos:

� permitir o uso de ícones ou símbolos que interfiram na correta apli-cação da marca “Cemig”, quando da divulgação de eventos, programas, projetos ou nomenclaturas das unidades administrativas.

PRINCÍPIO Nº 8: PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIOPRINCÍPIO Nº 8: PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIOPRINCÍPIO Nº 8: PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIOPRINCÍPIO Nº 8: PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO

A Cemig zela permanentemente pelo seu patrimônio, que é também patrimônio de seus acionistas e da própria sociedade mineira e brasileira. A Empresa disciplina a utilização de recursos e bens através de instruções internas para o seu adequado planejamento e controle, compatibilizando disponibilidade, custo, qualidade e racionalidade.

O QUE É:

Para a proteção do seu conjunto de bens e recursos, a Cemig institui normas e instruções onde são definidas as responsabilidades em relação aos ativos, recursos e meios da Empresa. As instalações incluem escritó-rios, depósitos, almoxarifados, usinas, subestações, linhas de transmissão, redes de distribuição de energia, telecomunicações e gasodutos, e necessi-tam de cuidados e manutenções de forma a assegurar sua integridade, seu uso adequado na operação e seu valor como patrimônio da Empresa. Os materiais, equipamentos, veículos e demais bens da Cemig devem ser tratados de forma controlada, responsável e racional, de forma a evitar perdas ou sua má utilização, redundando em prejuízos para a Empresa.

NOSSAS RESPONSABILIDADES:

Como empregados, gerentes, administradores, e membros do Conse-lho Fiscal da Cemig, devemos:

� zelar pela integridade das instalações, materiais, equipamentos, ve-ículos e outros bens e recursos da empresa;

� buscar utilizar os recursos disponibilizados pela Cemig para o de-sempenho de nossas funções, observando as instruções da Empresa;

� assegurar que a requisição e a utilização de materiais seja feita de forma racional e econômica, através de planejamento e controle eficientes;

� buscar a otimização e a redução dos custos em relação ao uso de equipamentos, peças, materiais, serviços, telefones, copiadoras, veículos e outros bens e recursos da Empresa;

� assegurar a utilização de equipamentos e recursos com qualidade compatível com as nossas atividades.

Não devemos:

� permitir que os recursos e bens da Empresa sejam utilizados de forma a causar prejuízos à Cemig ou à sua imagem.

PRINCÍPIO Nº 9: RELACIONPRINCÍPIO Nº 9: RELACIONPRINCÍPIO Nº 9: RELACIONPRINCÍPIO Nº 9: RELACIONAMENTO COM A SOCIAMENTO COM A SOCIAMENTO COM A SOCIAMENTO COM A SOCIEEEEDADE E COM A DADE E COM A DADE E COM A DADE E COM A IMPRENSAIMPRENSAIMPRENSAIMPRENSA

Nossa comunicação com a Sociedade e com a Imprensa é regida pela informação responsável, clara e oportuna, que preserva a confiança do nosso cliente e do público em geral. Buscamos aperfeiçoar nossa comuni-cação com o propósito de evitar interpretações errôneas ou parciais que possam prejudicar a Imagem da Empresa.

O QUE É:

A presença freqüente da Cemig ou de seus produtos e serviços na mí-dia, não apenas por meio de anúncios, mas também de notícias, faz dela uma formadora de opinião, o que aumenta nossa responsabilidade pela qualidade da informação e justifica os investimentos que a Empresa faz nos seus instrumentos de comunicação e divulgação.

NOSSAS RESPONSABILIDADES:

Como empregados, gerentes, administradores, e membros do Conse-lho Fiscal da Cemig, devemos:

� zelar pela veracidade das informações como pressuposto básico da nossa comunicação;

� repassar informações à sociedade e à imprensa quando devida-mente autorizados (no caso dos empregados, pelo órgão responsável pela Comunicação Empresarial da Cemig).

Não devemos:

� divulgar ou comentar informações estratégicas ou de caráter sigilo-so ou restrito, exceto com autorização específica.

PRINCÍPIO Nº 10: RELACIONAMENTO COM FORNPRINCÍPIO Nº 10: RELACIONAMENTO COM FORNPRINCÍPIO Nº 10: RELACIONAMENTO COM FORNPRINCÍPIO Nº 10: RELACIONAMENTO COM FORNEEEECEDORES E CEDORES E CEDORES E CEDORES E CONTRATADOSCONTRATADOSCONTRATADOSCONTRATADOS

A Cemig é compradora de materiais e serviços em larga escala e se apóia na sua experiência para a realização de aquisições e para a avalia-ção técnica de fornecedores nos mercados nacional e internacional. Em suas relações com Fornecedores e Contratados, orienta-se pelos princípios básicos da licitação pública.

O QUE É:

As aquisições de bens e serviços, bem como a habilitação de fornece-dores, são feitas pela Cemig conforme determina a Lei Federal nº 8.666/93 e suas normas internas. Procedimentos corporativos garantem a eqüidade no tratamento com os fornecedores, estabelecendo requisitos para habilita-ção jurídica, comprovação de regularidade fiscal, qualificação técnica e econômico-financeira. A Cemig investe permanentemente na qualificação dos seus profissionais e no estabelecimento de normas técnicas para a adequada execução de seus processos de aquisição e contratação de bens e serviços.

NOSSAS RESPONSABILIDADES:

Como empregados, gerentes, administradores, e membros do Conse-lho Fiscal da Cemig, devemos:

� pautar-nos por relações comerciais transparentes através da objeti-vidade das informações e clareza nas especificações técnicas;

� assegurar os interesses da Empresa através de criterioso acompa-nhamento dos contratos e avaliação de desempenho;

� zelar pelo relacionamento essencialmente profissional entre contra-tados, fornecedores e empregados, conforme dispositivos legais e instru-ções internas específicas;

� agir com idoneidade na execução de vistoria técnica para medição e correta execução dos trabalhos, corrigindo falhas ou defeitos porventura existentes;

� agir com rigor no controle, acompanhamento e pagamento de con-tratos, bem como no acompanhamento de fabricação e testes de equipa-mentos e na fiscalização de projetos e obras.

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Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 57

Não devemos:

� permitir tratamento que possa comprometer isenção e integridade nas relações comerciais entre a Cemig e fornecedores ou contratados.

PRINCÍPIO Nº 11: UTILIZAÇÃO ADEQUADA DE IPRINCÍPIO Nº 11: UTILIZAÇÃO ADEQUADA DE IPRINCÍPIO Nº 11: UTILIZAÇÃO ADEQUADA DE IPRINCÍPIO Nº 11: UTILIZAÇÃO ADEQUADA DE INNNNFORMAÇÕES E FORMAÇÕES E FORMAÇÕES E FORMAÇÕES E DOS RECURSOS E MEIOS DE INFORMDOS RECURSOS E MEIOS DE INFORMDOS RECURSOS E MEIOS DE INFORMDOS RECURSOS E MEIOS DE INFORMÁÁÁÁTICATICATICATICA

Para a Cemig a informação é um bem valioso, que deve ser utilizado, gerenciado e protegido adequadamente. Integram também esse patrimônio da Empresa todos os conhecimentos técnicos e tecnológicos (publicações, relatórios, projetos, especificações de obras e outros itens) que garantem a qualidade Cemig. A tecnologia afeta o valor das atividades da Empresa e permite que ela conquiste uma vantagem competitiva através da exploração segura e eficiente dos seus recursos e meios de informática.

O QUE É:

As informações privativas da Cemig constituem um diferencial competi-tivo visando à obtenção de bons resultados empresariais e a criação de novas oportunidades de negócios. Reconhecemos a necessidade de tratar essas informações com o cuidado necessário a fim de preservar o seu valor para a Empresa e evitar prejuízos devido a sua divulgação inoportuna, perda ou alteração indevida. Estamos cientes que a utilização dos recursos e meios de informática é fundamental para a boa execução de nossas atividades, o que nos obriga a adotar uma série de medidas e controles destinados a garantir que os objetivos de segurança da informação sejam atendidos.

NOSSAS RESPONSABILIDADES:

Como empregados, gerentes, administradores, e membros do Conse-lho Fiscal da Cemig, devemos:

� manter a confidencialidade das informações privativas da Cemig, de divulgação não autorizada, nas áreas comercial, técnica, jurídica, de finanças, estratégicas, de tecnologia, processos, contratos, planos de marketing ou de investimentos, programas de computador, preços e especi-ficações de fornecedores, dados cadastrais de clientes, empregados e fornecedores, e outras;

� obter a prévia autorização dos órgãos competentes da Empresa na cessão de documentos técnicos, de caráter estratégico e trabalhos ainda não divulgados externamente, agindo com responsabilidade e em defesa dos interesses da Empresa, e de acordo com as normas internas, na análi-se e atendimento dessas solicitações;

� demonstrar responsabilidade quanto à segurança da informação contida nos recursos e meios de informática, estando cientes dos proces-sos, iniciativas e normas de segurança, e agindo de forma a reduzir os riscos de violação;

� usar a Internet, Intranet, o acesso à rede e o correio eletrônico dis-ponibilizados pela Empresa com responsabilidade, seguindo todas as políticas e procedimentos ligados à sua utilização e proteção.

Não devemos:

� usar informações ou recursos de informática da Cemig, ou repassar a terceiros documentação de caráter restrito, violando as exigências legais e as políticas da Cemig;

� tentar acesso não autorizado a dados restritos ou facilitar o acesso não autorizado a qualquer pessoa.

GLOSSÁRIOGLOSSÁRIOGLOSSÁRIOGLOSSÁRIO

Acidente:Acidente:Acidente:Acidente: qualquer evento não programado que interfere negativamen-te na atividade produtiva.

Administradores:Administradores:Administradores:Administradores: membro(s) do Conselho de Administração e da Dire-toria Executiva da Cemig.

Cliente:Cliente:Cliente:Cliente: consumidor ou cliente, conforme estabelecido nas Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica, é qualquer pessoa física ou jurídica, que solicitar a concessionária o fornecimento de energia elétrica e assumir a responsabilidade pelo pagamento das faturas e pelas demais obrigações fixadas nas normas e regulamentos da Agência nacional de Energia Elétrica.

Conflitos de interesse:Conflitos de interesse:Conflitos de interesse:Conflitos de interesse: estão relacionados a escolhas e decisões de-terminadas por interesses pessoais (financeiros ou outros) em detrimento do interesse da empresa; segundo o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa do Instituto Brasileiro De Governança Corporativa – IBGC: “Há conflito de interesses quando alguém não é independente em relação à matéria em discussão e pode influenciar ou tomar decisões motivadas por interesses distintos daqueles da sociedade.”

Contratado:Contratado:Contratado:Contratado: é a designação para mão–de-obra temporária destinada à execução de serviços especiais realizados nas instalações da Empresa, incluindo as Linhas de Transmissão e as redes de distribuição de energia e telecomunicações. Este conceito não abrange a execução de serviços em instalações de terceiros (oficinas, laboratórios, escritórios, etc.), bem como o pessoal indiretamente envolvido, como pessoal administrativo de emprei-teira.

Controlada:Controlada:Controlada:Controlada: empresa na qual a Cemig é titular de direito de sócio que lhe assegure, de modo permanente, diretamente ou através de suas contro-ladas, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.

Empregado(s):Empregado(s):Empregado(s):Empregado(s): pessoa(s) física(s) que mantém(m) direta relação traba-lhista com a Cemig.

Fornecedor:Fornecedor:Fornecedor:Fornecedor: é a designação genérica que engloba “executor de obras”, “prestador de serviços” e “fornecedor de materiais”.

Gerentes:Gerentes:Gerentes:Gerentes: Gerentes, Assistentes e Superintendentes da Cemig.

Governança Corporativa:Governança Corporativa:Governança Corporativa:Governança Corporativa: é o sistema ou conjunto de práticas que per-mite aos sócios o governo estratégico de sua empresa e a efetiva monitora-ção da direção executiva, tendo por objetivos valorizar a empresa, melhorar seu desempenho, facilitar seu acesso a capital a custos mais baixos e contribuir para sua perenidade.

Identidade Visual:Identidade Visual:Identidade Visual:Identidade Visual: forma personalizada através da qual a Cemig se faz representar junto à comunidade onde atua.

Imagem:Imagem:Imagem:Imagem: aquilo que se passa e é captado como opinião do público em geral.

Intranet:Intranet:Intranet:Intranet: rede de computadores interna à Empresa (Cemig Net).

Marca:Marca:Marca:Marca: um símbolo, um sinal distintivo que pode ser percebido visual-mente, uma figura, um nome ou uma frase, com a finalidade de identificar produtos e serviços, distinguindo- os dos demais existentes no mercado.

Material de comunicação:Material de comunicação:Material de comunicação:Material de comunicação: peças gráficas, brindes, placas, banners, fai-xas, bottons, filmes, Vídeo Tapes audiovisuais, jornais, relatórios, home pagers .

Meios e recursos:Meios e recursos:Meios e recursos:Meios e recursos: Tudo aquilo de que o empregado possa dispor como facilidades e recursos oferecidos pela Empresa, a serem utilizadas no desempenho de suas funções (cartão de crédito corporativo, veículos, convênios, etc.).

Propriedade Intelectual:Propriedade Intelectual:Propriedade Intelectual:Propriedade Intelectual: propriedade que resulta da criação da mente humana. Dependendo do tipo de criação, estão disponíveis, dentre outras, as seguintes proteções: direito autoral (protege obras literárias e técnicas, desenhos, fotografias, vídeos, músicas, fitas de áudio, programas de com-putador, etc.); patentes e desenho industrial (permitem que inventores excluam outros de fazer, usar ou vender suas invenções); marcas registra-das (restringe sua utilização por terceiros; em algumas circunstâncias podem ser protegidas mesmo sem o registro).

Publicidade:Publicidade:Publicidade:Publicidade: toda veiculação paga pela Empresa, tais como: anúncios institucionais e de serviços, de esclarecimentos à sociedade, de natureza legal, de interrupção de energia, de recrutamento etc.

Usuários (de informática):Usuários (de informática):Usuários (de informática):Usuários (de informática): empregados e contratados devidamente au-torizados a usar os recursos e meios de informática.

Veterano:Veterano:Veterano:Veterano: empregado qualificado em qualquer atividade por exercê-la há muito tempo.

ACIDENTE DE TRABALHO ACIDENTE DE TRABALHO ACIDENTE DE TRABALHO ACIDENTE DE TRABALHO ---- RESPONSABILIDADE DO EMPREGRESPONSABILIDADE DO EMPREGRESPONSABILIDADE DO EMPREGRESPONSABILIDADE DO EMPREGA-A-A-A-DOR?DOR?DOR?DOR?

Sérgio Ferreira Pantaleão

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Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 58

"Pago porque a lei me obriga, mas não concordo. A desatenção dele foi o que provocou o acidente. Porque sou eu o responsável?"

Esta reação por parte dos empresários é bem comum por não se senti-rem responsáveis pela causa do acidente e, tampouco, serem condenados ao pagamento de indenização por dano moral ou material ao empregado acidentado.

Assim como o empregador acredita muitas vezes não ser o culpado pe-lo empregado sofrer um acidente, não seria razoável acreditar que o em-pregado tivesse a intenção de provocar o acidente, sob pena de ficar inváli-do ou incapacitado, sem poder prover o sustento à sua família ou pelo risco de estar "descartando" sua vida pessoal ou profissional.

Acidente do trabalho é aquele que ocorre no exercício de atividade a serviço da empresa e provoca lesão corporal ou perturbação funcional, que pode causar a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.

Consideram-se, também, como acidente do trabalho:

• A doença profissional ou do trabalho, produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade;

• Acidente típico, que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa;

• Acidente de trajeto, que ocorre no percurso do local de residência para o de trabalho ou desse para aquele, considerando a distância e o tempo de deslocamento compatíveis com o percurso do referido trajeto.

O prejuízo material decorrente do acidente de trabalho se caracteriza pela diminuição das possibilidades em obter os mesmos rendimentos por meio da força de trabalho de que dispunha o empregado antes do fato ocorrido. Essa redução diz respeito à profissão ou ofício então desenvolvi-dos, em que se comprova a diminuição da capacidade de trabalho por parte do empregado, consoante entendimento extraído do art. 950 do Código Civil de 2002.

DEVER DE INDENIZAR DEVER DE INDENIZAR DEVER DE INDENIZAR DEVER DE INDENIZAR ---- DOLO OU CULPA?DOLO OU CULPA?DOLO OU CULPA?DOLO OU CULPA?

O dever de indenizar surgiu da teoria do risco gerado, ou seja, se é o empregador quem cria o risco por meio de sua atividade econômica (em-presa), a ele caberá responder pelos danos causados, independente de dolo ou culpa. A este contexto atribuímos a teoria da responsabilidade objetiva.

Assim dispõe o art. 927 do Código Civil ao determinar que haja obriga-ção de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especifica-dos em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano (empregador) implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Se o empresário se propõe a estabelecer uma empresa que pode ofe-recer riscos na execução das atividades, se contrata pessoas para executar estas atividades e se os benefícios (lucros) gerados à este (empregador) devem ser atribuídos, logo, o risco do negócio, assim como os resultantes dos acidentes, também deverão ser por ele suportados.

Por outro lado, há entendimento de que se deveria aplicar, nestes ca-sos, a teoria da responsabilidade subjetiva, ou seja, somente após compro-var que houve dolo ou culpa do empregador é que lhe imputaria a respon-sabilidade pelo acidente e, consequentemente, o dever de indenizar.

A Constituição Federal dispõe em seu artigo 7º, inciso XXVIII, que é di-reito dos trabalhadores o seguro contra acidentes do trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

O dolo é a intenção de agir em desfavor ao que dispõe a lei ou contra-riamente às obrigações assumidas, agir de má-fé, é enganar mesmo com pleno conhecimento do caráter ilícito do próprio comportamento.

A culpa é a negligência, a falta de diligência (cuidado) necessária na observância de norma de conduta, isto é, não prever o que poderia ser previsível, porém sem intenção de agir ilicitamente e sem conhecimento do caráter ilícito da própria ação.

Como se pode observar há uma norma constitucional direcionando pa-ra a responsabilidade subjetiva e uma norma infraconstitucional direcionan-do para a responsabilidade objetiva.

ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL ---- NEXO DE CAUSALIDADENEXO DE CAUSALIDADENEXO DE CAUSALIDADENEXO DE CAUSALIDADE

Assim como em diversos outros aspectos trabalhistas, a questão fica para ser solucionada pelo entendimento jurisprudencial, onde os juízes, diante de cada caso concreto, tomam as decisões mediante as provas apresentadas no processo.

Ora pode-se comprovar que houve culpa do empregado no acidente de trabalho pela falta de cuidado ao manusear o equipamento ou executar a tarefa, mesmo com todas as orientações e treinamentos necessários, ora pode-se comprovar que houve culpa do empregador que, por não observar as normas de segurança ou por obrigar o empregado a laborar frequente-mente em horas extras causando-lhe desgaste físico e mental, proporcio-nou o acidente.

Assim, o acidente do trabalho, por si só, é insuficiente para gerar a o-brigação indenizatória por parte do empregador, pois, somente se verificará a obrigação de ressarcir os danos quando na investigação da causa, ficar comprovado que este dano é consequência direta e imediata (nexo de causalidade) de uma atuação dolosa ou culposa do empregador.

Dentre as considerações apontadas nos acórdãos da Justiça do Traba-lho, mencionamos algumas a seguir:

"RESPONSABILIDADE CIVIL- ACIDENTE DE TRABALHO - PROVA DA CULPA DO EMPREGADOR – NECESSIDADE. Responsabilidade civil - Acidente de trabalho - Ato ilícito - Indenização de direito comum - Culpa do empregador não demonstrada - Recurso provido. A obrigação de indenizar do empregador, por acidente de trabalho, somente se corporifica quando caracterizados o dano, sofrido pelo empregado, o dolo ou a culpa do em-pregador e o nexo etiológico entre ambos. Não logrando o obreiro demons-trar que o evento resultou de ação culposa atribuível ao empregador, im-procede a ação indenizatória, permanecendo o fato dentro da esfera do risco próprio da atividade empresarial, coberto pelo seguro social."(Ac un da 4.ª C Civ do TA PR - PR 38.377-7 - Rel. Juiz Mendes Silva, Convocado - j 21.08.91 - DJ PR 06.09.91).

"...Disse o acórdão regional que a vítima sofreu o acidente quando es-tava, na qualidade de empregado, executando um trabalho de interesse do empregador, não havendo dúvida, portanto, de que o acidente teve relação com o vínculo de emprego. Destacou, ainda, que a atuação culposa da empresa ficou evidenciada pelo fato de ter permitido que um funcionário seu, sem qualificação específica, realizasse um serviço de alto risco, sem disponibilizar os equipamentos que garantissem a sua integridade física..." PROC TST RR-566/2005-038-12-00.1.

"...No caso sub judice, o perito da Previdência Social, através do laudo de fls. 122, concluiu que a recorrente é portadora de tendinite calcificante do ombro, existindo incapacidade laborativa temporária em face desta doença, mas que a mesma não poderia ser enquadrada como doença do trabalho, posto não haver nexo causal entre o aparecimento da moléstia e as atividades exercidas pela autora em seu trabalho. Tanto isso é verdade, que foi concedido à segurada benefício de auxílio-doença, conforme se observa do citado laudo..." PROC. N.º TRT - 01792-2002-010-06-00-4;

Acidente de trabalhoAcidente de trabalhoAcidente de trabalhoAcidente de trabalho

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Um acidente de trabalhoacidente de trabalhoacidente de trabalhoacidente de trabalho é aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho, produzindo lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho, ou de ganho, ou a morte.

O acidente de trabalho é definido pela legislação brasileira como toda redução ou perda de capacidade laborativa que seja causada por fatores exógenos e traumáticos relacionados ao trabalho. Deve haver dois critérios: etiologia laboral e lesividade. Não se considera acidente de trabalho um dano sem repercussão na capacidade laborativa ou que tenha origem fora do trabalho (extralaboral).

O acidente de trabalho inclui qualquer injúria sofrida no horário e no local de trabalho, como agressão física ou incêndio, mesmo que em hora de almoço ou descanso. Inclui também uma lesão ocorrida a caminho do trabalho ou de volta para casa e viagens de trabalho ou de estudo

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financiadas pela empresa. A doença ocupacional é igualada ao acidente de trabalho para todos os efeitos, nesse caso é necessário verificar se a causa é de fato laboral.

O segurado deve comparecer à perícia médica do INSS munido de sua documentação médica e da Comunicação de Acidente de Trabalho emitida pela empresa. Entretanto, o perito médico pode reconhecer o nexo entre o trabalho e a lesão ou doença sem a CAT. Pode ser necessário vistoriar o posto de trabalho.

O segurado possui direito a um ano de estabilidade no emprego após o fim do auxílio-doença e a uma indenização se houve culpa ou dolo da empresa. O empregador não pode re-expor o segurado aos mesmos agentes nocivos, sob pena de multa. Caso a doença sofra agravamento e a empresa emita CAT de reabertura, pode haver novo auxílio-doença acidentário e multa nos casos de continuidade da exposição. A CAT de reabertura (para dissimulação) pode ser desqualificada e caracterizada como CAT inicial, obrigando a empresa a pagar novamente os primeiros quinze dias.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAADMINISTRAÇÃO PÚBLICAADMINISTRAÇÃO PÚBLICAADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Administração públicaAdministração públicaAdministração públicaAdministração pública é, em sentido prático ou subjetivo, o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado, bem como das demais pessoas coletivas públicas (tais como as autarquias locais) que asseguram a satisfação das necessidades coletivas variadas, tais como a segurança, a cultura, a saúde e o bem estar das populações.

Uma pessoa empregada na administração pública diz-se servidor público ou funcionário público.

Nomenclatura

O estudo da nomenclatura prospera do sentido de inserir a origem e fundamentos dos termos no contexto do direito na esfera da Administração Pública. São indicadas por Oswaldo Aranha Bandeira de Mello duas versões para a origem do vocábulo administração. A primeira é que esta vem de ad (preposição) maisministro, as, are (verbo), que significa servir, executar; já a segunda indica que, vem de ad manus traheread manus traheread manus traheread manus trahere, que envolve idéia de direção ou gestão. Nas duas hipóteses, há o sentido de relação de subordinação, de hierarquia. O mesmo autor demonstra que a palavra administrar significa não só prestar serviço, executá-lo, como, outrossim, dirigir, governar, exercer a vontade com o objetivo de obter um resultado útil; e que até, em sentido vulgar, administrar quer dizer traçar programa de ação e executá-lo. A administração pública deve estar voltada para atender as necessidades e os direitos da sociedade, pois um Estado não consegue sobreviver sem planejamento e o tal deve ser sistematizado pelos membros que estão a frente da administração pública de cada país.

Definição

A administração pública, segundo o autor, pode ser definida objetivamente como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve para assegurar osinteresses coletivos e subjetivamente como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a Lei atribui o exercício da função administrativa do Estado.

Sob o aspecto operacional, administração pública é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado, em benefício dacoletividade.

A administração pública pode ser direta, quando composta pelos entes federados (União, Estados, Municípios e DF), ou indireta, quando composta por entidades autárquicas, fundacionais e paraestatais.

Administração Pública tem como principal objetivo o interesse público, seguindo os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

A administração pública é conceituada com base em dois aspectos: objetivo (também chamado material ou funcional) e subjetivo (também chamado formal ou orgânico).

Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro o conceito de administração pública divide-se em dois sentidos: "Em sentido objetivo, material ou funcional, a administração pública pode ser definida como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurídico de direito público, para a consecução dos interesses coletivos. Em sentido

subjetivo, formal ou orgânico, pode-se definir Administração Pública, como sendo o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado".

Em sentido objetivo é a atividade administrativa executada pelo Estado, por seus órgãos e agente, com base em sua função administrativa. É a gestão dos interesses públicos, por meio de prestação de serviços públicos. É a administração da coisa pública (res publica).

Já no sentido subjetivo é o conjunto de agentes, órgãos e entidades designados para executar atividades administrativas.

Assim, administração pública em sentido material é administrar os interesses da coletividade e em sentido formal é o conjunto de entidades, órgãos e agentes que executam a função administrativa do Estado.

As atividades estritamente administrativas devem ser exercidas pelo próprio Estado ou por seus agentes.

No Brasil

Dentro da organização da Administração Pública do Brasil, integram o Poder Executivo Federal diversas carreiras estruturadas de servidores públicos, entre elas as de:

� Auditoria (Receita Federal, Previdência Social e Ministério do Trabalho);

� Ciclo de Gestão (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Analistas de Orçamento e Planejamento, Técnico do IPEA, Analista de Finanças e Controle);

� Diplomacia (Diplomatas)

� Militares (Forças Armadas);

� Regulação Federal (Especialista em Regulação e (Analista Administrativo das Agências Reguladoras Federais - ANATEL, ANCINE, ANEEL, ANP, ANAC,ANTAQ, ANTT, ANVISA, ANS e ANA).

� Segurança Pública (cargos de Delegado, Perito Criminal, Papiloscopista, Escrivão e Agente da Polícia Federal e Analista de Informações da ABIN)

� Supervisão do Mercado Financeiro e de Capitais (Analista do Banco Central do Brasil, Analistas e Inspetor da CVM, Analista da SUSEP).

� Carreira de Infraestrutura - carreira de analista de infra-estrutura e de especialista em infra-estrutura sênior.

Há, ainda, os servidores não estruturados em carreiras (integrantes do Plano de Classificação de Cargos de 1970), temporários, empregados públicos e terceirizados via convênio.

Administração direta e indireta

Administração diretaAdministração diretaAdministração diretaAdministração direta é aquela composta por órgãos ligados diretamente ao poder central, federal, estadual ou municipal. São os próprios organismos dirigentes, seus ministérios e secretarias. Administração indiretaAdministração indiretaAdministração indiretaAdministração indireta é aquela composta por entidades com personalidade jurídica própria, que foram criadas para realizar atividades de Governo de forma descentralizada. São exemplos as Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista. Segundo Granjeiro[carece de fontes?], são essas as características das entidades pertencentes à administração indireta: AutarquiasAutarquiasAutarquiasAutarquias: serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.(conf. art 5º, I, do Decreto-Lei 200/67); Fundação públicaFundação públicaFundação públicaFundação pública: a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes;Empresa públicaEmpresa públicaEmpresa públicaEmpresa pública: Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei

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para a exploração de atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.(conf. art 5º, II, do Decreto-Lei 200/67); Conforme dispõe o art 5º do Decreto-Lei nº 900, de 1969: Desde que a maioria do capital votante permaneça de propriedade da União, será admitida, no capital da Empresa Pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da Administração Indireta da União, dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Sociedades de economia mistaSociedades de economia mistaSociedades de economia mistaSociedades de economia mista: a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.(conf. art 5º, III, do Decreto-Lei 200/67). Empresas controladas pelo Poder Público podem ou não compor a Administração Indireta, dependendo de sua criação ter sido ou não autorizada por lei. Existem subsidiárias que são controladas pelo Estado, de forma indireta, e não são sociedades de economia mista, pois não decorreram de autorização legislativa. No caso das que não foram criadas após autorização legislativa, elas só se submetem às derrogações do direito privado quando seja expressamente previsto por lei ou pela Constituição Federal, como neste exemplo: "Art. 37. XII, CF - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladsociedades controladsociedades controladsociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder as, direta ou indiretamente, pelo poder as, direta ou indiretamente, pelo poder as, direta ou indiretamente, pelo poder públpúblpúblpúbliiiicocococo".

Agências reguladoras e executivas

As agências executivas e reguladoras fazem parte da administração pública indireta, são pessoas jurídicas de direito público interno e consideradas como autarquias especiais. Sua principal função é o controle de pessoas privadas incumbidas da prestação de serviços públicos, sob o regime de concessão ou permissão.

Agências reguladoras

Sua função é regular a prestação de serviços públicos, organizar e fiscalizar esses serviços a serem prestados por concessionárias ou permissionárias, com o objetivo garantir o direito do usuário ao serviço público de qualidade. Não há muitas diferenças em relação à tradicional autarquia, a não ser uma maior autonomia financeira e administrativa, além de seus diretores serem eleitos para mandato por tempo determinado. Essas entidades têm as seguintes finalidades básicas: a) fiscalizar serviços públicos (ANEEL, ANTT, ANAC, ANTAQ); b) fomentar e fiscalizar determinadas atividades privadas (ANCINE); c) regulamentar, controlar e fiscalizar atividades econômicas (ANP); d) exercer atividades típicas de estado (ANVS, ANVISA e ANS).

Agências executivas

São pessoas jurídicas de direito público ou privado, ou até mesmo órgãos públicos, integrantes da Administração Pública Direta ou Indireta, que podem celebrar contrato de gestão com objetivo de reduzir custos, otimizar e aperfeiçoar a prestação de serviços públicos. Seu objetivo principal é a execução de atividades administrativas. Nelas há uma autonomia financeira e administrativa ainda maior. São requisitos para transformar uma autarquia ou fundação em uma agência executiva: a) tenham planos estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; b) tenham celebrado contrato de gestão com o ministério supervisor. José dos Santos Carvalho Filho cita como agências executivas o INMETRO (uma autarquia) e a ABIN (apesar de ter o termo "agência" em seu nome, não é uma autarquia, mas um órgão público).

O GESTOR PÚBLICO

O Gestor Público tem como função gerir, administrar de forma ética, técnica e transparente a coisa pública, seja esta órgãos, departamentos ou políticas públicas visando o bem comum da comunidade a que se destina e em consonância com as normas legais e administrativas vigentes.

Gestão Pública

Nos dias atuais o papel do gestor público na administração das coisas refentes ao trato das necessidades públicas, vem a maximizar e aperfeiçoar as demandas que faz-se necessário para alcançar uma gama de objetivos

estabelecidos pelos órgãos governamentais respaldando também os anseios da comunidade onde está inserida.

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

PROVA SIMULADA I

01. Assinale a alternativa correta. Na luta histórica entre a liberdade e o poder, entre o indivíduo e o Estado, às declarações de direitos: a) representam o triunfo dos aliados contra os regimes totalitários na II Guerra Mundial; b) constituem o grande marco divisório entre a Antiguidade e a Idade Moderna; c) estão vinculadas ao triunfo do absolutismo; d) são instrumentos jurídicos de limitação do poder estatal. 02. Conceder-se-á mandado de injunção: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constante de registros de entidades governamentais ou de caráter público. b) sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercí-cio dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. c) para proteger direito líquido e certo, quando o responsável pela ilega-lidade ou abuso de poder for autoridade pública no exercício de atribuições do Poder Público. d) para retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 03. Com referência aos remédios constitucionais, nomeie a alternativa CORRETA, considerados, inclusive, o magistério da doutrina e a jurispru-dência dos tribunais: a) Qualquer pessoa é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe; b) O habeas corpus, posto que admita dilação probatória em seu proces-samento, é instrumento idôneo de sorte a permitir, em sede de processo penal, o exame aprofundado de matéria fática e a análise valorativa e minuciosa de elementos de prova; c) Conceder-se-á habeas data para assegurar a obtenção de certidões em repartições públicas, visando a defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse do impetrante; d) Admite-se a utilização, pelos organismos sindicais e pelas entidades de classe, do mandado de injunção coletivo, com a finalidade de viabilizar, em favor dos membros ou associados dessas instituições, o exercício de direitos assegurados pela Constituição. 04. Assinale a única opção que esteja em consonância com os direitos e deveres individuais e coletivos assegurados pela Constituição. a) A recusa de oficial do registro civil de registrar também no nome do companheiro filho de pessoa que não seja casada, quando a mulher com-parecer sozinha para fazer o registro da criança, não viola a igualdade de homens e mulheres em direitos e obrigações nos termos da Constituição. b) É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, observados os limites estabelecidos pela censura e obtenção de licença nos termos da lei. c) São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a pagamento pela utilização devidamente autorizada e o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. d) A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. 05. Assinale a alternativa CORRETA: a) O mandado de segurança se presta a tutelar direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data. A liquidez e certeza é requisito indispensável para a ação, pelo que a controvérsia de direito impede a concessão do mandado. b) Os tratados e convenções, ratificados pelo Brasil, que forem aprova-dos, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quin-

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tos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. c) Constitui garantia fundamental de preservação do direito à liberdade a impossibilidade de prisão, senão por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, ressalvada unicamente a hipótese de prisão em flagrante delito. d) A Constituição Federal garante, expressamente, a gratuidade na ação de habeas corpus e habeas data, sem necessidade da existência de norma regulamentar. Os atos necessários ao exercício da cidadania serão gratui-tos, na forma que a lei regulamentar prever. 06. A respeito do catálogo de direitos fundamentais da Constituição Federal de 1988, analise as afirmativa a seguir: I. É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. II. É plena a liberdade de associação para fins lícitos e vedada a de caráter militar. III. É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, podendo ser exigida autorização prévia do poder público, caso as manifestações expressivas atentem contra a ordem pública e os bons costumes. IV. É inviolável a liberdade de consciência e de crença. Contudo, ninguém poderá se eximir de obrigação legal a todos imposta, invocando impedimen-to decorrente de crença religiosa ou de convicção política. Assinale: a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. b) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. c) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II, III, e IV estiverem corretas. 07. O direito de propriedade: I. é assegurado pela Constituição, mas a propriedade deve atender à sua função social; II. é garantido pela Constituição, podendo, no entanto ocorrer a desapropri-ação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, median-te prévia e justa indenização em dinheiro em qualquer hipótese; III. não permite, mesmo em caso de iminente perigo, que a autoridade competente use de propriedade particular sem indenização prévia, inde-pendentemente de eventual dano; IV. implica no cumprimento da função social daquela, sendo que no caso da propriedade urbana tal ocorre quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor e na hipótese de pro-priedade rural quando preencher os requisitos de aproveitamento racional e adequado; utilização adequada dos recursos naturais e preservação do meio ambiente; observância das disposições que regulam as relações de trabalho; e exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. Em análise às assertivas acima, pode-se afirmar que: a) todas estão corretas; b) estão corretas apenas as de números I e II; c) estão corretas apenas as de números I, II e IV; d) estão corretas apenas as de números I e IV. 08. O sigilo das comunicações telefônicas é inviolável, salvo por ordem da autoridade a) judicial a fim de investigação para instrução de processos referentes a atos de improbidade administrativa. b) judicial a fim de investigação criminal ou instrução processual penal. c) policial a fim de investigação dos delitos de sequestro e tráfico de entorpecentes. d) judicial a fim de investigação nos processos de separação judicial ou divórcio. 09. Sobre os direitos e garantias fundamentais, analise as afirmativas a seguir: I. Na desapropriação, a indenização será justa, prévia e em dinheiro. Na Constituição e na lei complementar poderão ser criadas exceções a essa regra, indenizando-se, por exemplo, com títulos públicos. II. A Constituição não permite a extradição do brasileiro nato. III. Na sucessão de bens de estrangeiro, localizados no Brasil, poderá ser usada a lei pessoal do de cujus se for mais benéfica para o filho ou cônjuge

que tenha a nacionalidade brasileira. São verdadeiras somente as afirmativas: a) I e II b) I e III c) II e III d) I, II e III 10. No momento em que a Constituição da República do Brasil assegura ser “livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”, estabelece uma norma constitucional de eficácia: a) plena e aplicabilidade direta, imediata e integral. b) contida e aplicabilidade direta, imediata, mas possivelmente não integral. c) limitada, declaratória de princípios institutivos. d) limitada, declaratória de princípios programáticos. 11. Assinale a alternativa correta a respeito dos direitos e garantias funda-mentais previstos na Constituição Federal. (A) A casa é asilo inviolável do indivíduo, e ninguém nela pode penetrar, a não ser, unicamente, por ordem judicial. (B) Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, direito que se extingue com a sua morte, não sendo transmissível aos seus herdeiros. (C) A lei não poderá restringir a publicidade dos atos processuais, exceto para a defesa da intimidade ou do interesse social. (D) A prática do racismo é crime imprescritível, mas que permite a fiança. (E) A Constituição Federal admite, entre outras, as penas de privação da liberdade, perda de bens e de trabalhos forçados. 12. Considerando as diversas formas de expressão da liberdade individual garantida pelo texto constitucional, é correto afirmar que (A) todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, exigida apenas a prévia autorização da autoridade competente. (B) a prática do racismo constitui crime inafiançável, imprescritível e insus-cetível de graça ou anistia. (C) não haverá penas, entre outras, de morte, de caráter perpétuo, de interdição de direitos e de banimento. (D) nenhuma pena passará da pessoa do condenado, mas a decretação do perdimento de bens poderá ser estendida aos sucessores, até o limite do valor do patrimônio transferido. 13. Assinale a alternativa que contempla corretamente um direito ou garan-tia constitucional. (A) Garantia, na forma da lei, do direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas repre-sentações sindicais e associativas. (B) Direito de não ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita da autoridade judiciária competente, mesmo no caso de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei. (C) Garantia, na forma da lei, da gratuidade ao registro civil de nascimento, à certidão de óbito e às ações de habeas corpus e habeas data, exclusiva-mente àqueles que forem reconhecidamente pobres. (D) Garantia ao brasileiro, nato ou naturalizado, de que não será extradita-do por crime comum. 14. Conceder-se-á mandado de injunção (A) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constante de registros de entidades governamentais ou de caráter público. (B) sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. (C) para proteger direito líquido e certo, quando o responsável pela ilegali-dade ou abuso de poder for autoridade pública no exercício de atribuições do Poder Público. (D) para retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.

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(E) sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 15. Assinale a alternativa incorreta: a) é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; b) a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou de-sastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; c) é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investi-gação criminal ou instrução processual penal; d) a prática do racismo constitui crime afiançável, sujeito à pena de deten-ção. 16. Sobre os direitos fundamentais em matéria processual, é incorreto afirmar que a) aos litigantes são assegurados, em processo administrativo, o contraditó-rio e a ampla defesa, se a respectiva legislação de regência assim o dispu-ser. b) ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido pro-cesso legal. c) ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. d) são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. e) a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. 17. Sobre o direito de acesso às informações mantidas pela Administração Pública, reconhecido como direito fundamental inerente aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, ou afirmado como parâmetro objetivo de atuação da Administração Pública, é correto afirmar que a) é dever da Administração Pública assegurar aos cidadãos o acesso às informações por ela mantidas mas, ao mesmo tempo, é seu dever resguar-dar o sigilo da fonte. b) a lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente o acesso dos estrangei-ros não residentes no País a registros administrativos e a informações sobre atos de governo. c) são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, a obtenção de certidões em repartições públicas para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal, coletivo ou geral. d) se concederá habeas data para assegurar o conhecimento de informa-ções relativas à pessoa do impetrante ou de interesse coletivo ou geral, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. e) todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 18. Leia as seguintes afirmações: I. Segundo o caput do art. 5.o da Constituição Federal, é assegurada a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país. Isso significa que não há qualquer diferenciação constitucional, em relação aos direitos individuais, coletivos, sociais e políticos, que os nacionais e estran-geiros gozam sob a égide da Carta da República. II. As normas definidoras de direitos e garantias fundamentais têm aplica-ção imediata e não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios adotados pela Constituição, ou ainda, dos tratados internacionais dos quais nosso país fizer parte. III. De acordo com o art. 5.º, §3.o da Constituição Federal, os tratados internacionais que versarem sobre direitos humanos e forem aprovados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitu-cionais. IV. O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos. Porém, não podem se alistar como eleitores os estrangeiros, os clérigos e, durante o período de serviço militar obrigatório, os conscritos.

São corretas apenas as afirmativas (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV. 19. O direito à associação, previsto constitucionalmente como um direito fundamental, pode ser caracterizado pela (A) liberdade de associação, pois ninguém poderá ser compelido a se associar ou a se manter associado. (B) não intervenção estatal no funcionamento das associações, sendo necessária autorização para a constituição de cooperativas. (C) possibilidade de dissolução de uma associação, por procedimento judicial ou administrativo. (D) licitude do objeto da associação, admitindo-se a constituição de associ-ações que possuam caráter paramilitar. (E) transitoriedade, já que a associação deverá ter caráter transitório, pacífico e realizar-se em local público. 20. Assinale a alternativa correta. a) O princípio da presunção da inocência determina que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condena-tória. b) Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadim-plemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositá-rio infiel. c) Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido pro-cesso legal, exceto na hipótese de crimes contra a administração pública. d) Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envol-vimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins mesmo que, no último caso, o país que solicita a extradição aplique a pena de morte. Nas questões que se seguem, assinale:Nas questões que se seguem, assinale:Nas questões que se seguem, assinale:Nas questões que se seguem, assinale: C C C C –––– se a proposição estiver corretase a proposição estiver corretase a proposição estiver corretase a proposição estiver correta EEEE---- se a mesma estiver incorretase a mesma estiver incorretase a mesma estiver incorretase a mesma estiver incorreta 21. Direitos políticos são os que conferem participação no poder estatal, através do direito de votar, de ser votado e de ocupar funções de Estado. Tais direitos são dados apenas ao cidadão, considerando-se como cidadão o nacional no gozo dos direitos políticos (cidadania nacionalidade + direitos políticos). Nacionalidade e cidadania são termos distintos. A nacionalidade adquire-se por fatores relacionados ao nascimento ou pela naturalização. A qualidade de cidadão adquire-se formalmente pelo alistamento eleitoral, dentro dos requisitos da lei. 22. Garantias civis - Consistem na obtenção, independentemente do paga-mento de taxas, de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações pessoais (art. 5º, XXXIV, b). O direito à obtenção de certidão é limitado à situação pessoal, e o seu exercício independe de regulamentação. Relacionam-se ainda as garantias civis com o mandado de segurança e o habeas data.

23. Garantias processuais - Como garantias processuais, destacam-se, na Constituição, a do devido processo legal, agora expressa-mente prevista no art. 5º, LIV (“ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”), a do contraditório e a da ampla defesa, asseguradas no art. 5º, LV (“aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recur-sos a ela inerentes”). Note-se que a Constituição estende a garantia do contraditório e da ampla defesa aos processos administrativos. 24. Garantias jurisdicionais - A primeira garantia jurisdicional vem tratada no art. 50, XXXV: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito”. E a inafastabilidade ao aces-so ao Judiciário, traduzida no monopólio da jurisdição, ou seja, havendo ameaça ou lesão de direito, não pode a lei impedir o aces-so ao Poder Judiciário. Anote-se que o preceito constitucional não

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reproduz cláusula constante da Emenda Constitucional n. 1, de 1969 (art. 153, § 4º), a qual possibilitava que o ingresso em juízo poderia ser condicionado à prévia exaustão das vias administrati-vas, desde que não fosse exigida garantia de instância, sem ultra-passar o prazo de cento e oitenta dias para a decisão do pedido. Assim, não existe mais o contencioso administrativo: o acesso ao Poder Judiciário é assegurado, mesmo pendente recurso na esfera administrativa. 25. Ao dispor que “a propriedade atenderá a sua função social”, o art. 5º, XXIII, da Constituição a desvincula da concepção individualista do século XVIII. A propriedade, sem deixar de ser privada, se socializou, com isso significando que deve oferecer à coletividade uma maior utilidade, dentro da concepção de que o social orienta o individual. Quanto aos remédios constitucionais:Quanto aos remédios constitucionais:Quanto aos remédios constitucionais:Quanto aos remédios constitucionais: 26. Ação popular é o meio processual a que tem direito qualquer cidadão que deseje questionar judicialmente a validade de atos que considera lesivos ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. 27. O Mandado de Segurança é um instituto jurídico que serve para resguardar Direito líquido e certo, não amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data, que seja negado, ou mesmo ameaçado, em face de ato de quaisquer dos órgãos do Estado Brasileiro, seja da Administração direta, indireta, bem com dos entes despersonalizados e dos agentes particulares no exercício de atribuições do poder público. Trata-se de um remédio constitucional posto à disposição de toda Pessoa Física ou jurídica, ou mesmo órgão da administração pública com capacidade processual. 28. O Mandado de Segurança coletivo é ação igualmente de rito especial que determinadas entidades, enumeradas expressamente na Constituição, podem ajuizar para defesa, não de direitos próprios inerentes a essas entidades, mas de direito líquido e certo de seus membros, ou associados, ocorrendo, no caso, o instituto da substituição processual. Pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados. 29. O mandado de injunção, previsto no artigo 5º, inciso LXXI da Constituição do Brasil de 1988, é um dos remédios-garantias constitucionais, sendo, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), uma ação constitucional usada em um caso concreto, individualmente ou coletivamente, com a finalidade de o Poder Judiciário dar ciência ao Poder Legislativo sobre a omissão de norma regulamentadora que torne inviável o exercício dos direitos e garantias constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania e cidadania. 30. Habeas Corpus - Medida que visa proteger o direito de ir e vir. É conce-dido sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Quando há apenas ameaça a direito, o habeas corpus é preventivo. 31. Constitui direito e dever individual e coletivo previsto na Constituição brasileira, além de outros, o seguinte: (A) é crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. (B) é violável a intimidade, a honra e a imagem das pessoas, salvo a sua vida privada. (C) o cidadão poderá ser privado de direitos por motivo de crença religiosa, ainda que a invocar para eximir-se de obrigação legal. (D) é limitada a liberdade de associação, permitida a de caráter paramilitar, nos termos da lei. (E) todo trabalhador será compelido a associar-se e a permanecer associa-do a sindicato de sua categoria profissional. 32. No que concerne aos direitos e deveres individuais e coletivos, nos termos preconizados pela Constituição Federal de 1988 é correto afirmar:

(A) A organização sindical, legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 6 meses poderá impetrar mandado de segurança coletivo, em defesa dos interesses de seus membros ou associados. (B) O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (C) O preso não tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial, se for salutar para a manutenção da segurança. (D) Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais, mas deverá suportar em qualquer hipótese o ônus da sucumbência. (E) Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, ainda que as invoque para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternati-va, fixada em lei. 33. Tendo em vista os remédios constitucionais: a) A ação popular pode ser ajuizada por pessoa física ou jurídica, nacio-nal ou estrangeira. b) Conceder-se-á "habeas corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. c) O mandado de segurança pode ter o prazo de impetração de cento e vinte dias interrompido em razão de oferecimento de pedido de reconside-ração. d) Conceder-se-à "habeas data" sempre que a falta de norma regulamen-tadora torne inviável o exercício dos direitos e das liberdades constitucio-nais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidada-nia. 34. É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado: a) o livre exercício dos cultos religiosos b) garantia e proteção aos locais de culto c) garantia a proteção as liturgias d) todas as alternativas estão corretas 35. Dos direitos e garantias fundamentais, marque a única opção correta. a) A redução da jornada de trabalho é vedada expressamente pela Consti-tuição Federal. b) Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime político, salvo se esse crime político tiver sido tipificado em tratado internacional. c) Decorre da presunção de inocência, consagrada no art. 5º, da Constitui-ção Federal, a impossibilidade de exigência de produção, por parte da defesa, de provas referentes a fatos negativos. d) A Constituição Federal assegura que são gratuitos para os reconhecida-mente pobres, na forma da lei, o registro civil de nascimento e casamento e a certidão de óbito. e) Aos tratados sobre direitos humanos, em vigor no plano internacional e interno, a Constituição Federal assegura hierarquia de norma constitucional 36 . Considere as seguintes assertivas a respeito dos direitos e deveres individuais: I – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científi ca e de comunicação, independente de censura, observada a necessidade de licença. II – todos podem reunir-se pacifi camente, sem armas, em locais abertos ao público, desde que haja autorização da autoridade pública competente e que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local. III– todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. IV– a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado. V– às presidiárias serão asseguradas condições para que possam perma-necer com seus fi lhos durante o período de amamentação. Assinale a opção verdadeira. a) I, IV e V estão corretas. b) III, IV e V estão corretas. c) II, III e IV estão corretas.

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d) I, II e III estão incorretas. e) I, II e V estão incorretas. 37. Assinale a alternativa correta a respeito dos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal. (A) A casa é asilo inviolável do indivíduo, e ninguém nela pode penetrar, a não ser, unicamente, por ordem judicial. (B) Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, direito que se extingue com a sua morte, não sendo transmissível aos seus herdeiros. (C) A lei não poderá restringir a publicidade dos atos processuais, exceto para a defesa da intimidade ou do interesse social. (D) A prática do racismo é crime imprescritível, mas que permite a fiança. (E) A Constituição Federal admite, entre outras, as penas de privação da liberdade, perda de bens e de trabalhos forçados. 38. Quando a falta de norma regulamentadora impedir o exercício dos direitos e liberdades constitucionais do cidadão, este poderá ajuizar (A) o mandado de segurança. (B) o mandado de injunção. (C) o habeas data. (D) a ação direta de inconstitucionalidade. (E) a ação popular. 39. Assinale a alternativa incorreta: a) é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; b) a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou de-sastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; c) é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investi-gação criminal ou instrução processual penal; d) a prática do racismo constitui crime afiançável, sujeito à pena de deten-ção. 40. Assinale a alternativa correta. a) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia comi-nação legal, exceto nos casos de crimes contra a administração pública. b) A lei penal não retroagirá, ainda que para beneficiar o réu. c) A pena de morte é absolutamente vedada pela Constituição Federal. d) Não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião. 41. Não é privativo de brasileiros natos o cargo (A) de Presidente da República. (B) de Presidente do Senado Federal. (C) de carreira diplomática. (D) de Governador do Estado. (E) de Ministro do Supremo Tribunal Federal. 42. São condições de elegibilidade, na forma da lei, a idade mínima de (A) trinta anos para Vice-Presidente. (B) dezoito anos para Deputado Estadual. (C) vinte e um anos para Prefeito. (D) trinta anos para Senador. (E) vinte e um anos para Governador. 43. É correto afirmar que (A) o prazo de validade do concurso público será de até cinco anos, prorro-gável uma vez, por igual período. (B) os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão com-putados e acumulados para fim de concessão de acréscimos ulteriores. (C) são estáveis após 2 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (D) a lei poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. (E) é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários, a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico.

44. Segundo a Constituição Federal vigente, a República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como um dos seus princípios fundamentais (A) o pluralismo político. (B) a democracia liberal. (C) a bicameralidade. (D) a multiplicidade de legendas partidárias. (E) a obrigatoriedade do voto. 45. Nos termos da Constituição Federal vigente, (A) a proteção do trabalhador contra a despedida arbitrária há de ser esta-belecida em lei ordinária. (B) é permitida a criação de mais de uma entidade sindical, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial. (C) admite-se a não equiparação dos direitos do trabalhador avulso e do trabalhador com vínculo empregatício. (D) é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho. (E) é legítima a distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual. 46. São brasileiros natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estran-geiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. d) todas as alternativas estão corretas 47. Com relação aos princípios constitucionais da Administração Pública, considere: I. A Constituição Federal proíbe expressamente que conste nome, símbolo ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou servido-res públicos em publicidade de atos, programas, obras, serviços e campa-nhas dos órgãos públicos. II. Todo agente público deve realizar suas atribuições com presteza, perfei-ção e rendimento funcional. As afirmações citadas correspondem, respectivamente, aos princípios da (A) impessoalidade e eficiência. (B) publicidade e moralidade. (C) legalidade e impessoalidade. (D) moralidade e legalidade. (E) eficiência e publicidade. 48. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Demo-crático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Estão corretas: a) todas estão corretas b) somente quatro delas estão corretas c) somente três estão corretas d) somente duas estão corretas 49. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: a) construir uma sociedade livre, justa e solidária; b) garantir o desenvolvimento nacional; c) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; d) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. e) todos estão corretos 50. Assinale a alternativa incorreta:

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a) São estáveis após dois anos de efetivo exercício os servidores nomea-dos para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. b) Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. c) Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avalia-ção especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. d) A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carrei-ra, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados. 51. A República Federativa do Brasil não tem como um dos seus funda-mentos a) a soberania. b) a cidadania. c) o monismo político. d) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. e) a dignidade da pessoa humana. 52. Sobre o direito de acesso às informações mantidas pela Administração Pública, reconhecido como direito fundamental inerente aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, ou afirmado como parâmetro objetivo de atuação da Administração Pública, é correto afirmar que a) é dever da Administração Pública assegurar aos cidadãos o acesso às informações por ela mantidas mas, ao mesmo tempo, é seu dever resguar-dar o sigilo da fonte. b) a lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente o acesso dos estrangei-ros não residentes no País a registros administrativos e a informações sobre atos de governo. c) são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, a obtenção de certidões em repartições públicas para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal, coletivo ou geral. d) se concederá habeas data para assegurar o conhecimento de informa-ções relativas à pessoa do impetrante ou de interesse coletivo ou geral, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. e) todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 53. Sobre os cargos, empregos e funções públicas, é constitucionalmente incorreto afirmar a) que, na União, compete ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções ou cargos públicos. b) que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. c) que eles são acessíveis aos estrangeiros, na forma da lei. d) que, durante o prazo improrrogável, previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira. e) que as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. 54. É correto afirmar, sobre o regime de previdência constitucionalmente assegurado aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Esta-dos, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, que a) ele terá caráter não contributivo, salvo quanto aos servidores ingressos no serviço público após 1º de janeiro de 2004. b) os servidores abrangidos por esse regime de previdência poderão apo-sentar-se voluntariamente, desde que cumprido, entre outras condições, o

tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria. c) os servidores abrangidos por esse regime de previdência serão aposen-tados compulsoriamente aos setenta anos de idade, se homem, ou aos setenta e cinco anos, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. d) os servidores abrangidos por esse regime de previdência serão aposen-tados por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição. e) é vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a conces-são de aposentadoria aos servidores abrangidos por esse regime de previ-dência, ressalvados, nos termos definidos pela legislação do regime geral da previdência social, os casos, entre outros, de servidores que exerçam atividades de risco iminente. 55. É órgão do Poder Judiciário o(a) a) Advocacia-Geral da União. b) Tribunal de Contas da União. c) Ministério Público do Estado do Espírito Santo. d) Superior Tribunal Militar. e) Polícia Militar, quando investida em atividades de investigação criminal. 56. Com relação à acumulação de funções e vencimentos dos servidores públicos da administração direta, autárquica e fundacional, é correto afirmar que (A) a acumulação de cargos constitucionalmente é permitida, desde que se trate de acumulação de um cargo técnico ou científico com um cargo de professor, sem cumulação de vencimentos de cada função. (B) a acumulação de cargos é excepcionalmente permitida, no caso de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas, com a acumulação dos vencimentos de cada função. (C) o servidor investido no mandato de Vereador, desde que haja compati-bilidade de horários para o exercício de ambas atribuições, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo. (D) o servidor investido no mandato de Prefeito será afastado do cargo, emprego ou função que antes desempenhava, sendo-lhe vedada a cumula-ção de remunerações, e perceberá, compulsoriamente, os subsídios atribu-ídos ao Prefeito Municipal. (E) tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, o servidor ficará afastado de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remune-ração percebida no serviço público, cumulando-a com a do mandato eletivo. 57. Considere as assertivas abaixo, relacionadas à Administração Pública. I. É permitida, desde que estabelecida em lei, a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional inte-resse público. II. O direito à livre associação sindical é irrestritamente garantido ao servi-dor público civil e ao militar. III. A administração fazendária goza, dentro de sua área de competência e jurisdição, de precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei. IV. Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público civil ou militar serão computados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. V. Os vencimentos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. Estão corretas APENAS as que se encontram em (A) II e IV. (B) I, II e IV. (C) III, IV e V. (D) I, III e V. (E) III e IV. 58. O servidor público abrangido pelo regime de previdência previsto na Constituição Federal, será aposentado compulsoriamente aos (A) sessenta e cinco anos de idade, com proventos integrais. (B) setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (C) sessenta e cinco anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço. (D) setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

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(E) sessenta anos de idade, com proventos integrais. 59. Nos termos da Constituição Federal de 1988, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão os valores dos subsídios e da remunera-ção dos cargos e empregos públicos: (A) anualmente. (B) semestralmente. (C) trimestralmente. (D) bimensalmente. (E) mensalmente. 60. Dentre as proposições abaixo, é INCORRETO afirmar que a República Federativa do Brasil tem como fundamentos, dentre outros, (A) a cidadania e o pluralismo político. (B) a soberania e a dignidade da pessoa humana. (C) o pluralismo político e a valorização social do trabalho. (D) a dignidade da pessoa humana e o valor da livre iniciativa. (E) a autonomia e a dependência nacional. 61. Nos termos da Constituição Federal, a ação, quanto aos créditos resul-tantes das relações de trabalho, prescrevem em (A) dois anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de cinco anos após a extinção do contrato de trabalho. (B) três anos para os trabalhadores urbanos e quatro anos para os rurais, até o limite de três anos, respectivamente, após a extinção do contrato de trabalho. (C) cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. (D) três anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dezoito meses após a extinção do contrato de trabalho. (E) cinco anos para os trabalhadores urbanos e três anos para os rurais, até o limite de cinco anos, respectivamente, após a extinção do contrato de trabalho. 62. A representação de cada um dos Estados e do Distrito Federal, no Senado Federal, será renovada de (A) quatro em quatro anos, sucessivamente, por dois e um terço. (B) quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. (C) quatro e oito anos, alternadamente, por dois e um terço. (D) oito em oito anos, sucessivamente, por um e dois terços. (E) quatro e oito anos, respectivamente, por dois e um terço. 63. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente da Repú-blica, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chama-dos ao exercício da Presidência, o Presidente (A) do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados e o do Conselho de Defesa Nacional. (B) do Congresso Nacional, o do Supremo Tribunal Federal e o do Senado Federal. (C) do Supremo Tribunal Federal, o do Senado Federal e o do Congresso Nacional. (D) da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. (E) do Conselho da República, o do Congresso Nacional e o do Senado Federal. 64. Com relação ao Poder Judiciário, é INCORRETO afirmar que (A) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento. (B) o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda e à respectiva população. (C) a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente. (D) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros. (E) a distribuição de processos será por cotas na primeira instância e imediata na segunda. 65. No que concerne ao Conselho Nacional de Justiça, pode-se afirmar que

(A) será presidido pelo Ministro do Superior Tribunal de Justiça, que votará em caso de empate, ficando excluído da distribuição de processos naquele tribunal. (B) é composto por onze membros, com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e seis anos de idade, com mandato de dois anos, admitida uma recondução. (C) o Ministro do Supremo Tribunal Federal exercerá a função de Ministro-Corregedor. (D) os seus membros serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Congresso Nacio-nal. (E) junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. 66. O pluralismo político é um dos (A) princípios da administração pública direta e indireta. (B) objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. (C) fundamentos da República Federativa do Brasil. (D) princípios norteadores da República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais. (E) direitos sociais assegurados pela Constituição Federal do Brasil. 67. Sobre a estabilidade do servidor público, é correto afirmar que o servi-dor (A) público perderá sua estabilidade por sentença judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo no qual lhe tenham sido assegurados a ampla defesa e o contraditório. (B) estável, demitido em razão de sentença judicial, que tenha logrado a invalidação desse título judicial, terá direito à reintegração ao cargo que ocupava. Caso o cargo tenha sido preenchido por outrem, esse servidor não será reintegrado de imediato, permanecendo em disponibilidade. (C) estável, tendo seu cargo extinto ou declarada a sua desnecessidade, ficará em disponibilidade, percebendo sua remuneração integralmente, até que seja possível seu aproveitamento em outro cargo. (D) estável poderá perder seu cargo por insuficiência de desempenho, apenas nos três primeiros anos de efetivo exercício, mediante procedimen-to de avaliação periódica,que deverá ser disciplinado por lei complementar. (E) que tenha sido aprovado por concurso público para cargo de provimento efetivo, exercido sua função por três anos efetivamente, e tenha sido favo-ravelmente avaliado em seu desempenho por comissão instituída para essa finalidade, adquire o direito à estabilidade. 68. A Constituição Federal estabelece sanções políticas, administrativas e penais ao servidor público que não cumprir com o dever de probidade. São elas: (A) ressarcimento de danos ao erário público, manutenção dos direitos pessoais, alteração da função exercida; indisponibilidade dos bens. (B) manutenção dos direitos políticos e pessoais, perda da função pública; ressarcimento de danos ao erário público; disponibilidade dos bens. (C) reposição dos bens materiais ao erário público; suspensão dos direitos de locomoção e comunicação; proibição de investidura em outro cargo público. (D) suspensão dos direitos políticos; proibição do exercício do cargo; expo-sição de verba pública; alienação dos bens pessoais. (E) suspensão dos direitos políticos; perda da função pública; indisponibili-dade dos bens; ressarcimento de danos ao erário público. 69. Sobre os Poderes do Estado e respectivas funções, sobre eficácia e significado da Constituição e sobre a análise do princípio hierárquico das normas, marque a única opção correta. a) Segundo a doutrina mais atualizada, nem todas as normas constitucio-nais têm natureza de norma jurídica, pois algumas não possuem eficácia positiva direta e imediata. b) O exercício da função jurisdicional, uma das funções que integram o poder político do Estado, não é exclusivo do Poder Judiciário. c) As normas de aplicabilidade limitada dependem sempre de uma lei que lhes complete a normatividade, de maneira que possam produzir seus efeitos essenciais. d) Na concepção materialista de Constituição, é dada relevância ao proces-so de formação das normas constitucionais, que, além de ser intencional,

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Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 67

deve produzir um conjunto sistemático com unidade, coerência e força jurídica próprias, dentro do sistema jurídico do Estado. e) A norma geral da União, elaborada no exercício de sua competência legislativa concorrente, é hierarquicamente superior à norma suplementar estadual. 70. Sobre a organização do Estado, marque a única opção correta. a) Tanto no caso do desmembramento, como no caso de subdivisão de um Estado, para formar novos Estados ou Territórios, a população diretamente interessada, que irá participar do plebiscito convocado pelo Congresso Nacional, é toda a população do Estado. b) Embora seja competência da União exercer monopólio estatal sobre a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, são autorizadas, sob regime de permissão, a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas. c) A decretação de intervenção da União em um Estado que suspendeu o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, sem motivo de força maior, depende de provimento, pelo Superior Tribunal de Justiça, de representação proposta pelo Procurador-Geral da República. d) Nos termos da Constituição Federal, os aumentos pecuniários percebi-dos por servidor público não serão computados ou acumulados para fim de concessão de acréscimos ulteriores, salvo expressa determinação legal. e) Mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, é faculta-do aos Estados e ao Distrito Federal estabelecer como limite único, para o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais, o subsídio mensal dos desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça. 71. Assinale a opção correta. São privativos de brasileiro nato os cargos, exceto: a) de Presidente e Vice-Presidente da República. b) de Ministro do Supremo Tribunal Federal. c) de Deputados e Senadores. d) de Oficial das Forças Armadas. e) da carreira diplomática. 72. São condições de elegibilidade, na forma da lei, a idade mínima de (A) trinta anos para Vice-Presidente. (B) dezoito anos para Deputado Estadual. (C) vinte e um anos para Prefeito. (D) trinta anos para Senador. (E) vinte e um anos para Governador. 73. A respeito dos Deputados e Senadores, é correto afirmar: (A) são invioláveis, penalmente, por suas opiniões, palavras e votos, mas podem responder civilmente se acusarem alguém sem provas. (B) desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça. (C) não poderão ser presos, nem mesmo em caso de flagrante delito, a não ser com autorização da Presidência da respectiva Casa. (D) perderão o mandato quando sofrerem condenação criminal em senten-ça transitada em julgado. (E) terão sua imunidade automaticamente suspensa durante o estado de sítio. 74. Compete privativamente à União legislar sobre (A) organização da Defensoria Pública do Distrito Federal. (B) proteção à infância e à juventude. (C) direito penitenciário. (D) procedimentos em matéria processual. 75. Tendo em vista o disposto no texto constitucional vigente, assinale a alternativa correta a respeito dos Estados Federados. (A) Os Estados podem, mediante lei ordinária, instituir regiões metropolita-nas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. (B) Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. (C) O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao dobro da representação do Estado na Câmara dos Deputados, não poden-do ultrapassar o total de 94 Deputados.

(D) Pertencem aos Estados vinte por cento do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados. 76. No que tange à organização constitucional do Poder Legislativo, é correto afirmar que (A) cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da Repúbli-ca, resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacio-nal. (B) compete ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, autorizar referendo e convocar plebiscito. (C) compete privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República. (D) a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta, exclusivamente, para inaugurar a sessão legislativa, receber o compromisso do Presidente da República e conhecer do veto e sobre ele deliberar. 77. O artigo primeiro da Constituição da República Federativa do Brasil afirma que “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolú-vel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito”. Diante desta proposição, assinale a alternativa correta. a) A república é forma de estado; e a federação, sistema de governo. b) A república é forma de governo; e a federação, sistema de governo. c) A república é sistema de governo; a federação, sistema de estado d) A república é forma de governo; e a federação, forma de estado. 78. Conforme o texto da Constituição Federal, constituem objetivos funda-mentais da República Federativa do Brasil, EXCETO: a) construir uma sociedade livre, justa e solidária. b) a autodeterminação dos povos. c) garantir o desenvolvimento nacional. d) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais. 79. Assinale a alternativa correta. a) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia comi-nação legal, exceto nos casos de crimes contra a administração pública. b) A lei penal não retroagirá, ainda que para beneficiar o réu. c) A pena de morte é absolutamente vedada pela Constituição Federal. d) Não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião. 80. Assinale a alternativa INCORRETA. a) São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho. b) O seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário, é direito dos trabalhadores urbanos e rurais assegurado pela Constituição Federal. c) A Constituição Federal veda a remuneração do trabalho noturno superior à do diurno. d) A retenção dolosa de salário constitui crime, segundo a Constituição. RESPOSTAS 01. D 11. C 21. C 31. A 41. D 02. B 12. D 22. C 32. B 42. C 03. D 13. A 23. C 33. B 43. E 04. D 14. B 24. C 34. D 44. A 05. D 15. D 25. C 35. C 45. D 06. A 16. A 26. C 36. B 46. D 07. D 17. E 27. C 37. C 47. A 08. B 18. C 28. C 38. B 48. A 09. C 19. A 29. C 39. D 49. E 10. B 20. A 30. C 40. D 50. A 51. C 61. C 71. C 52. E 62. B 72. C 53. A 63. D 73. D 54. B 64. E 74. A 55. D 65. E 75. B

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Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 68

56. C 66. C 76. C 57. D 67. E 77. D 58. B 68. E 78. B 59. A 69. B 79. D 60. E 70. B 80. C

PROVA SIMULADA II

01. A contaminação pelo vírus da AIDS ocorre de várias maneiras. NÃO

corre risco de contaminação quem: a) se alimenta bem tomando vitaminas. b) executa respiração boca a boca na vítima, sem máscara. c) socorre a vítima usando luvas. d) está tomando antibióticos. e) socorre a vítima fazendo higiene após atendimento. 02. Prestar auxílio à vítima, em caso de acidente: a) sempre é obrigação de todos. b) é obrigação de todos, desde que não corra risco pessoal. c) é obrigação apenas pra quem causou o acidente. d) não existe obrigação legal em socorrer. e) é obrigação de todos, mesmo com risco pessoal. 03. Durante todo o procedimento de ressuscitação de um acidentado,

com parada cardio-respiratória, uma mão do socorrista deverá ficar si-tuada sempre no queixo da vítima para:

a) Acelerar a respiração. b) Regular os sinais vitais.’ c) Manter as vias aéreas livres. d) Manter o batimento cardíaco. e) Acelerar o batimento cardíaco. 04. Deverá ser evitada a compressão torácica fora do externo, pelo risco

de complicações como: a) Lesão muscular e lesões nos membros superiores. b) Fratura dos membros, lesão abdominal e deslocamento nervoso. c) Fratura dos membros, lesões musculares e intestinais. d) Fratura de arcos costais, lesão pulmonar e cardíaca. e) Lesão abdominal, lesão intestinal e ruptura nervosa. 05. Um acidente apresenta um pedaço de vidro encravado no olho, o que

fazer no local, antes de remover a vítima? a) Lavar com água gelada. b) Retirar o vidro com os dedos. c) Pingar colírio anestésico/desinfetante.Cobrir o ferimento e fechar o

outro olho. d) Cobrir o ferimento e fechar o outro olho. e) Retirar o vidro com uma pinça. 06. Em um acidente, a vítima está dentro do veículo, que tem fumaça em

seu interior. Nesta situação, o que fazer após chegar à conclusão que não há risco pessoal?

a) Afastar-se rapidamente, chamando o resgate. b) rejar a vítima ligando os circuladores de ar do veículo, aguardando a

dissipação da fumaça. c) Deixar a vítima sentada dentro do veículo e oferecer muito leite a ela,

aguardando a dissipação da fumaça. d) Retirar a pessoa de dentro do carro, após imobilizá-la da melhor forma

possível. e) Jogar água no veículo e até na vítima, para resfriar o local. 07. Devemos oferecer a vitima de trauma em acidente: a) analgésico. b) não devemos dar nenhum tipo de bebida à vitima de acidentes até

que ela receba os cuidados especializados. c) água com açúcar, para que se acalme. d) só água, porque pode ser diabética. e) bebida alcoólica, para animar. 08. Em caso de acidente, a obrigação de prestar auxílio é: a) de todos, mesmo que corra risco pessoal.

b) de todos. c) de todos, desde que não corra risco pessoal. d) não é obrigação de ninguém. e) apenas para quem causou o acidente. 09. Sabe-se que o primeiro trauma é aquele que ocorre no acidente e que

o segundo é aquele que ocorre quando não socorremos com cuidado. É INCORRETO afirmar que:

a) quando desacordada, a vítima pode sufocar-se com restos de alimen-tos.

b) o uso de colar cervical ajuda a evitar o segundo trauma. c) deve-se sempre evitar gestos bruscos no atendimento à vítima. d) o cinto de segurança e o capacete evitam que o primeiro trauma seja

mais grave. e) deve-se sempre colocar a vítima sentada. 10. Um motociclista sofreu acidente e encontra-se caído, com capacete

na cabeça. O que fazer? a) Remover o capacete somente se este estiver inconsciente. b) Remover imediatamente o capacete. c) Remover o capacete somente se ele estiver consciente. d) Ajuda-lo a erguer-se do chão. e) Sinalizar o local, chamar o regate e verificar a respiração. 11. Sobre queimaduras, aponte a alternativa INCORRETA: a) são causadas por fogo, ácidos, atrito e até pelo frio excessivo. b) as de 2° grau apresentam bolhas e posterior descamação. c) cada vítima pode apresentar apenas um tipo de queimadura. d) as de 1° grau apresentam vermelhidão e dor, sem bolhas. e) as de 3° grau apresentam todas as camadas da pele destruídas. 12. A vítima apresenta uma pupila dilatada, com tamanho diferente da

outra. Isso é sintoma de: a) convulsão. b) miopia. c) hemorragia. d) fratura exposta. e) provável fratura de crânio. 13. Uma pessoa bateu a cabeça, perdeu a consciência e depois acordou,

dizendo estar bem. O que fazer? a) Recomendar que a pessoa fique acordada durante 24 horas. b) Levar ao hospital somente se tiver que fazer curativo. c) Neste caso, não há necessidade de ir ao hospital. d) Apenas fazer compressas com gelo no local. e) Sempre levar a pessoa ao hospital. 14. Em caso de entorse (torcedura), o correto é: a) colocar o membro na posição normal e imobilizar. b) massagear a área dolorida. c) sempre tratar como se fosse fratura. d) tentar recolocar os ossos no lugar. e) pedir para alguém ajudar a puxar o membro afetado. 15. Diante de uma vítima, em primeiro lugar, deve-se verificar se: a) há muito sangramento. b) consegue ficar em pé e andar sozinha. c) há obstrução de vias aéreas. d) há muitas fraturas. e) a dor é muito forte. 16. É considerado procedimento INCORRETO para hemorragia externa: a) deitar imediatamente a vítima. b) aplicar compressa no local e pressionar, até parar de sangrar. c) manter a parte ferida acima do nível do corpo, se possível. 17. Uma vítima de acidente de trânsito parou de respirar. Nesta situação,

você: a) avalia que a vítima ainda pode estar viva, se não estiver roxa. b) fica impedido de prestar socorro se estiver sozinho. c) aplica alguns tapas nas costas, pois ela pode estar engasgada. d) avalia que a vítima morreu, não há mais nada a fazer.

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e) avalia que pode estar viva e deve ser atendida imediatamente. 18. Em um acidente com vítimas, alguém lhe acena pedindo por socorro.

Você sinaliza, estaciona e: a) dá líquidos ao acidentado, tentando reanimá-lo. b) movimenta a vítima para analisar a extensão do acidente. c) remove os veículos do local para desobstruir a via. d) facilita a respiração do acidentado, afrouxando suas roupas, sem

alterar sua posição, enquanto aguarda socorro. e) coloca a vítima em seu veículo, conduzindo-a ao hospital. 19. Em caso de luxação (articulação deslocada), deve-se: a) pedir para alguém ajudar a puxar o membro afetado. b) massagear a área dolorida. c) colocar o membro na posição normal e imobilizar. d) tentar colocar os ossos no lugar. e) sempre tratar como se fosse uma fratura. 20. É correto afirmar que: a) uma criança tem mais resistência à perda de sangue. b) manter a calma significa não ter nenhuma pressa. c) uma pessoa idosa tem ossos mais resistentes aos impactos. d) alguém sempre deverá assumir a liderança do socorro. e) uma mulher grávida não deve usar cinto de segurança. 21. Veículo acidentado com o pára-brisa quebrado bem à frente do con-

dutor, em forma de teia e aranha, indica: a) hemorragia externa. b) ferimento perfurante. c) vítima com possíveis traumatismos no crânio, no peito e nas pernas,

em conseqüência de colisão frontal do veículo. d) convulsão. 22. No atendimento à vítima, dar prioridade ao desbloqueio das vias

aéreas e às possíveis lesões da coluna cervical, são procedimentos indispensáveis porque:

a) se não cuidarmos da oxigenação e não considerarmos que a medula foi atingida, os danos podem ser irreversíveis.

b) evitam processos judiciais por imperícia ou imprudência. c) é mais fácil desbloquear as vias aéreas e estabilizar a coluna cervical

do que estancar hemorragias. d) tanto a coluna quanto a boca e o nariz estão mais visíveis e de fácil

acesso pra uma primeira avaliação. e) se não houver oxigenação, é obrigatório o procedimento de respiração

boca a boca. 23. Qual entre os procedimentos abaixo NÃO é indicado antes de movi-

mentar ou transportar a vítima? a) Dar analgésico para aliviar a dor. b) Manter os sinais vitais. c) Imobilizar todos os pontos suspeitos de fratura. d) Controlar os sinais vitais. e) Controlar todas as hemorragias. 24. A vitima apresenta sangramento abundante. Qual o cuidado indicado? a) Dar bastante líquido para a pessoa tomar. b) Fazer compressão no local do sangramento. c) Deixar o sangramento parar sozinho. d) Garrotear (usar torniquete). e) Dar bastante líquido para a pessoa tomar. 25. Ao solicitar socorro especializado, deve-se informar: a) descrição das vítimas (sexo, idade). b) gravidade dos ferimentos das vítimas mais atingidas. c) todas as alternativas estão corretas. d) se há vítimas inconscientes. e) o local exato e o tipo de acidente. 26. Uma vítima apresenta fratura exposta (o osso quebrado está para

fora). O que fazer? a) Empurrar aquele osso para dentro. b) Garrotear o membro, fazendo um torniquete.

c) Puxar o membro para que o osso volte para seu lugar. d) Ir jogando água gelada até chegar o resgate. e) Observar se ela está respirando, imobilizar o membro ferido e acalma-

la. 27. Uma vítima de acidente de trânsito está gritando, com muita dor. O

que fazer? a) Fazer compressas quentes no local da dor. b) Fazer compressas geladas no local da dor. c) Esperar a chegada do resgate. d) Levar imediatamente para o hospital. e) Dar remédio para dor. 28. Ao observar uma pessoa tendo convulsões, deve-se: a) pedir ajuda de outras pessoas e tentar imobiliza-la segurando-a

firmemente contra o chão. b) abrir as vestes para melhorar a respiração, sacudindo-a para tirá-la do

transe. c) proteger a cabeça da pessoa contra traumas e vira-la de lado em caso

de vômitos. d) abrir a boca da vítima e colocar um pano entre os dentes para evitar

que ela morda a língua. e) não interferir porque isto passa espontaneamente. 29. Qual destas atitudes está INCORRETA porque oferece perigo para a

vítima e pode causar maiores danos? a) Leva-la imediatamente ao hospital, sem perder mais tempo. b) Prestar auxílio e chamar o resgate. c) Verificar sua respiração, pulsação e sangramento. d) Imobilizar a vítima, caso seja necessário, evitando movimenta-la

desnecessariamente. e) Sinalizar o local para evitar outros acidentes. 30. Uma vítima de acidente pede água para beber. O que fazer? a) Não forçar, deixar tomar apenas o que quiser. b) Dar bastante líquido para hidratá-la. c) Mantê-la em jejum. d) Dar um copo, no máximo. e) Dar leite ou líquidos adocicados, de preferência. 31. Qual das afirmações abaixo é INCORRETA? a) Manter o veículo em boas condições de uso. b) Encarar as advertências de segurança como sendo para nós mesmos,

e não apenas para os outros. c) Manter a calma em todas as situações, evitando ser agressivo. d) Devemos fazer o curso básico de primeiros socorros para realmente

aprender. e) Dirigir bem devagar nas rodovias, caso tenha bebido. 32. Para socorrer corretamente uma pessoa que sofreu um trauma em

acidente com veículo, deve-se, em primeiro lugar, levar em considera-ção:

a) uma lesão cerebral. b) uma possível parada cardíaca. c) uma possível fratura de ossos. d) a obstrução das vias aéreas. e) o sangramento das feridas. 33. Para queimaduras causadas por corrente elétrica, mesmo que a pele

aparente estar normal, recomenda-se: a) lavar a região e cobrir com gaze. b) observar a evolução, sem fazer nada. c) dar um analgésico em caso de dor e leva-la para casa. d) levar a vítima para o hospital. e) umedecer a região com algum creme hidratante. 34. Prevenir-se ao prestar socorros a alguém significa: a) evitar riscos pessoais e acidentes secundários. b) somente socorrer se estiver acompanhado por alguém. c) usar uma luva em cima da outra (dois pares) d) socorrer somente durante o dia. e) evitar ser chamado como testemunha.

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Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 70

35. Ao transporta uma vítima com fraturas expostas, deve-se, em primeiro

lugar: a) não mexer na fratura. b) segurar o membro quebrado enquanto outros levantam a vítima. c) prevenir a vítima que ela sentirá dor e em seguida puxar o membro

machucado, colocando-o no lugar. d) procurar algo rígido, enfaixando-o junto ao membro machucado, para

imobilizá-lo. e) enfaixar toda a região machucada para evitar contaminação. 36. Uma pessoa foi atropelada e está caída no meio da rua. O que fazer

em primeiro lugar? a) Remover a pessoa para a calçada. b) Sinalizar o local para evitar outros acidentes. c) Anotar a chapa ou correr atrás do carro que a atropelou. d) Tentar chamar algum parente da vítima. e) Iniciar imediatamente o atendimento, no local. 37. Qual entre os itens abaixo não é uma causa de estado de choque? a) Hemorragias internas ou externas. b) Emoções fortes. c) Entorses. d) Queimaduras. 38. O melhor local no corpo para se verificar a pulsação é: a) no punho. b) no pé. c) em alguma veia saliente. d) no pescoço. e) atrás do joelho. 39. Quando a vítima apresentar sinais claros de que não tem respiração

ou pulsação e não há mais tempo a perder, o que fazer? a) Virar a vítima de bruços e tentar comprimir suas costas. b) Remover a vítima imediatamente, sem se preocupar com mais nada,

levando-a para o hospital. c) Colocar a vítima de costas sobre uma superfície rígida ou no chão e

iniciar manobras de reanimação. d) Não adiante fazer mais nada. e) Inicia imediatamente as manobras de reanimação, esteja como estiver

a vítima. 40. Uma vítima de acidente apresenta corpo estranho (parte metálica)

encravado em seu corpo. O que fazer? a) Só retirar o corpo estranho se estiver causando dor. b) Verificar a respiração e não tentar remover o corpo estanho. c) Retirar o corpo estranho e comprimir o local com gazes. d) Retirar imediatamente o corpo estranho. e) Retirar o corpo estanho e esperar a coagulação do sangue. 41. Num acidente de trânsito, em primeiro lugar, deve-se avaliar as vias

aéreas e imobilizar a coluna cervical da vítima. Esta ação é muito im-portante porque :

a) segurando a vítima pelo pescoço, ela não se debate. b) a cabeça despenca após o acidente. c) evita que a pessoa fique paralítica. d) evita que a vítima se vire para ver o que fazemos. e) o pescoço é de fácil alcance, não tendo que tirar as roupas. 42. Se o acidente envolve cargas perigosas, com liberação de produtos

químicos no meio ambiente, deve-se: a) acionar um caminhão pipa para jogar água, limpar e liberar rapida-

mente a rodovia. b) afastar-se o mais rapidamente possível do local, abandonando o

veículo no acostamento. c) isolar rapidamente o local, avaliar o perigo para si mesmo e depois

tentar o socorro. d) tentar liberar parte da rodovia, sinalizando o local. e) se não houver risco de explosão, socorrer as vítimas sem outros

receios.

43. Se alguém sofre um traumatismo e desmaia, o que é mais perigoso e que pode causar obstrução das vias aéreas?

a) Restos de alimentos. b) Sangue do nariz que entope a garganta. c) Dentes quebrados são engolidos. d) Dentadura ou próteses dentárias. e) Todas as alternativas. 44. Você está só e a vítima não tem movimentos respiratórios e nem

pulsação. Nesta situação você: a) verifica se a vítima está fria ou quente. b) procurar um telefone e chama o resgate. c) verifica os documentos da vítima e chama a família. d) inicia imediatamente as manobras de reanimação cardiopulmonar. e) verifica se a vítima está fria ou quente. 45. A manobra de ressuscitação é constituída de abertura de vias aéreas,

ventilação boca-boca e: a) Oxigenação pulmonar. b) Compressão abdominal. c) Compressão lateral. d) Massagem cardíaca interna. e) Massagem cardíaca externa. 46. Qual a ordem dos fatores, que representam a seqüência correta de

atendimento?1. isolar e sinalizar a área; 2. avaliar o estado das víti-mas; 3. chamar o resgate;

a) 3-1-2. b) 3-2-1. c) 1-3-2. d) 1-2-3. e) 2-3-1. 47. O que fazer, no local, com o acidentado que sofreu queimaduras? a) Passar pasta de dente na feria. b) Lavar com água limpa, apenas. c) Cobrir a ferida com um pano qualquer. d) Passar desinfetante na ferida. e) Dar leite para a pessoa tomar. 48. Para atender vítima de desmaio na via, é INCORRETO: a) chacoalhar a vítima tentando acorda-la, para que se levante. b) mexer na bolsa ou bolsos para achar os documentos da vítima. c) sinalizar o local do acidente protegendo a vítima. d) apenas avisar o resgate, anonimamente. e) tentar ajuda de terceiros para chamar o resgate. 49. Uma pessoa, ao fechar a porta do carro, teve seu dedo arrancado

(amputado). O que fazer com o dedo? a) Tentar colocar o dedo no lugar, enfaixando-o com esparadrapo. b) Recolher o dedo e coloca-lo diretamente no gelo. c) Desprezar o dedo arrancado e socorrer a vítima imediatamente. d) Embrulhar em gaze e eleva-lo junto com a pessoa para o hospital. e) Recolher o dedo e coloca-lo no álcool. 50. Ao transportar uma vítima, é INCORRETO: a) manter, a qualquer custo, a vítima acordada. b) manter a vítima em jejum. c) manter as vias aéreas livres, desobstruídas. d) comprimir os ferimentos que estejam sangrando. e) transportar a vítima imobilizada. Fontes: FEPESE • Fundação de Estudos e Pesquisas Sócio-Econômicos Servemplac Auto Escola

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 71

RESPOSTAS

1. C 11. C 21. C 31. E 41. C

2. B 12. E 22. A 32. D 42. C

3. C 13. E 23. A 33. D 43. E

4. D 14. C 24. B 34. A 44. D

5. D 15. C 25. C 35. D 45. E

6. D 16. C 26. E 36. B 46. D

7. B 17. E 27. C 37. C 47. B

8. C 18. D 28. C 38. D 48. A

9. E 19. E 29. A 39. C 49. D

10. E 20. D 30. C 40. B 50. A

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 72

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