célio - resenha crítica a urgência da filosofia na fotografia

8/17/2019 Célio - Resenha Crítica a Urgência Da Filosofia Na Fotografia

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FACULDADE PAULISTA DE ARTES

JOSÉ CÉLIO LEITE COSCIA

RESENHA CRÍTICA: A URGÊNCIA DA FILOSOFIA

NA FOTOGRAFIA

SÃO PAULO

2016


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JOSÉ CÉLIO LEITE COSCIA

RESENHA CRÍTICA: A URGÊNCIA DA FILOSOFIA

NA FOTOGRAFIA

SÃO PAULO

2016


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SUMÁRIO

1 AUTOR 42 SÍNTESE 5

A URGÊNCIA DE UMA FILOSOFIA NA FOTOGRAFIA 6

4 CONCLUSÃO !

"I"LIOGRAFIA #


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1 AUTOR

Flusser, Vilém: Filósofo tcheco, naturalizado brasileiro que se mudou para o

Brasil durante a segunda guerra mundial fugindo do nazismo, estabeleceu residência em

São aulo e por !olta de "# anos atuou como professor, filósofo, escritor, $ornalista e

conferencista%


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2 SÍNTESE

& Fotografia não é mais tratada nos dias de ho$e como foi no passado, na cria'ão

da imagem fotogr(fica, onde as pessoas costuma!am pensar e elaborar a composi'ão,

trabalhar técnicas e principalmente a agregar um conte)do e a magia a essa imagem%

Vi!emos em um tempo onde a arte de fotografar est( se es!aindo de seu

conte*to, foi substitu+da pelo simples apertar de um botão e impressão de uma imagem

em uma pel+cula de filme ou um sensor digital%

autor procura mostrar em seu li!ro, $( na década de -#, onde a imagem digital

apenas come'a!a, como que as pessoas com o passar do tempo e principalmente com a

chegada da tecnologia, foram se transformando em seres automatizados e escra!os das

c.meras, não mais contemplando a imagem como arte, como forma de e*pressão, mas

sim como uma imagem sem for'a compositi!a, sem criati!idade e sem um car(ter

informati!o, passando a ser meramente ilustrati!a de fatos insignificantes ou

significantes, mas sem a for'a e a magia que a imagem poderia !ir a ter se na sua

e*ecu'ão se hou!esse essa inten'ão%

ercebido na década de -# pelo filósofo Flusser, onde a discussão ainda era se a

fotografia em preto e branco era arte, magia, imagem pensada e retrada como tal, e por

outro lado a fotografia colorida era simples e meramente uma conte*tualiza'ão do

cotidiano, sem muitos cuidados, apenas o registro de fatos / ser publicado em $ornais e

re!istas, com o de!er de informar e entreter%

& discussão é aberta pelo autor de uma forma nobre, sem um discurso

intelectualizado, mas sim, simples, direto e de f(cil compreensão%


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A URGÊNCIA DE UMA FILOSOFIA NA FOTOGRAFIA

0m 1& urgência de uma filosofia na fotografia2, Flusser, chama a aten'ão para o

fato de que estamos escra!os e funcion(rios da cai*a preta e trabalhando com a m(quina

fotogr(fica com uma din.mica de produ'ão em massa padronizada%

3oncordo com o autor quando ele cita ser necess(rio procurar maneira de

sub!erter o sistema fotogr(fico para produzir imagens pensadas e fora desse padrão,

propiciando no!as linguagens%

4uando Flusser diz que de!emos criar uma filosofia libert(ria, ele atenta a como

podemos sair do senso comum, de padr5es, rumo ao 6branqueamento da cai*a preta6,

termo utilizado por ele para se referir / busca da cria'ão e ino!a'ão, uma !ez que ele !ê

a cai*a preta que nada !emos e nos robotiza de tanto que as usarmos e sem pensar%

0le discute o fato de que uma !ez que !i!emos cercados de regras e padr5es,

acabamos sendo caracterizados como homens de massa e submetidos a regras que a nos

é imposta, nos acomodando e permitindo assim o comando da tecnologia em nossas

!idas, tornando nos seres alienados dessa maneira, apesar de se ter a sensa'ão de que

estamos no dom+nio da m(quina e da tecnologia, quando na realidade é a tecnologia que

é criada que nos controla e uma !ez dominado fica alienado e segue padr5es técnicos%

Sendo assim Vilém, acredita ser necess(ria uma filosofia libert(ria que saia do

senso comum, le!ando /s pessoas a procura do no!o, fora dos padr5es, agindo

singularmente de uma forma desprogramada%

7rabalhando conceitos b(sicos o autor fala sobre conceitos cha!es, construindo

um conceito de filosofia da imagem produzida e distribu+da por c.meras com a

finalidade de informar um p)blico receptor, tendo como uma de suas !(rias fun'5es

estabelecer comunica'ão com a imagem retratada% 0*atamente como a publicidade se

utiliza dessas imagens para conseguir uma comunica'ão r(pida e de f(cil compreensão,

passando seu conte)do produto ou ser!i'o muito eficazmente%

0sses conceitos cha!es segundo o autor também podem carregar outros

conceitos, como a imagem pode significar magia, por isso a união desses aparelhos,imagem, programa e informa'ão nos fornecer( um no!o conceito ao qual pode não


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permitir a escolha, a liberdade de e*pressão e sendo assim dei*ando de ser magia,

passando a ser algo programado, sem originalidade%

Flusser !ê a necessidade de se ter a fotografia como uma arte fora do comum e

com originalidade, com caracter+stica própria, comunicar sim, mas de uma maneira

criati!a onde se pudesse !er linearidade e não circularidade como ocorre quase sempre%

rocurar !er o desen!ol!imento tecnológico não no aparelho somente, mas também na

qualidade das imagens%

& falta de originalidade tem ocorrido, pois o homem !em pensando como as

m(quinas e se torna escra!o delas, Flusser acredita que se o homem conhecer a m(quina

a fundo, como os pesquisadores que a criaram e os primeiros fotógrafos assim a

conheciam, a+ sim ele poderia chegar / linearidade%

autor traz essa discussão em um tempo onde pouco se pensa e reflete, tudo é

instant.neo, os acontecimentos no mundo são cada !ez maiores mais rapidamente

di!ulgados e mais intensos e tensos% acesso / informa'ão, a tecnologia é ampla e ao

mesmo tempo pouco utilizada para que se crie, para que as imagens se tornem originais

e refletidas% &o contr(rio disso temos cada !ez mais um n)mero abundante e absurdo de

imagens programadas, sem originalidade e sem inspira'ão%


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4 CONCLUSÃO

8ealmente após ler esse li!ro e em especial esse cap+tulo, podemos !er a real

urgência de uma filosofia na fotografia% 3om a e*periência adquirida em minha

profissão e em salas de aula, !e$o que est( cada !ez mais dif+cil inserir conceitos de

composi'ão, criati!idade e a liberdade em criar% 3omo libertar os pensamentos de

pessoas que !i!em em um mundo que pensam e atuam em massa, como m(quinas não

pensantes9

& falta de magia est( embutida no dia a dia das pessoas, onde elas se contentam

em acordar e*ecutar tarefas e !oltar a dormir%

Ve$o em muitos de meus alunos a necessidade de adquirir um diploma, mas não

de estudar, ter esse diploma em mãos para galgar uma promo'ão ou um melhor sal(rio,

mas não se importam com o aprendizado, com seus crescimentos intelectuais%

0sse li!ro e em especial esse cap+tulo !eio apenas confirmar o que !enho

presenciando infelizmente em meu trabalho, a perda da magia, da criati!idade e do

pensamento linear, minha luta tem sido e sempre ser( em formar seres pensantes,

criati!os e criadores de opini5es e arte%

ão me canso de dizer e de repetir aos meus alunos: 1ão quero formar

apertadores de botão, macacos bem treinados farão isso, quero formar fotógrafos2%

Flusser nesse li!ro me dei*ou mais seguro e com mais !ontade de ensinar aos

meus alunos a pensar, criar, compor, irem além da cai*a preta e da técnica% 8ealmente

buscarem a magia da fotografia e da imagem e foi sem a menor sombra de d)!idas uma

grata e surpreendente leitura%


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"I"LIOGRAFIA

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