cds pp manifest eleitoral 2011

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    Pagaroquesedeve,sanearasfinanas

    Portugalprecisadeumareformaculturalecomportamentalnagestodosdinheirospblicos.Paraisso so precisas medidas urgentes e medidas de mdio e longo prazo; medidas exemplares e

    medidas de fundo; medidasconjunturais e medidas estruturais. Pensamos que s de umaaco

    conjugadadeumaseoutraspodeseralcanadoumresultadoslido,coerenteecompreensvelpara

    osportugueses.Esperamosqueasmedidastenhamumimpactotograndenasuavertentematerial

    como tero na cultura comportamental dos decisores pblicos. S dessa forma ser possvel

    construirumPortugalcomfuturoparaasgeraesvindouras,emqueageraoactualnovenhaa

    seracusadadadestruiodossonhosdosqueaindanonasceram.

    Em2004advidapblicaeracercade80.000milhesdeeuros,em2010jchegavaaos160.000

    milhesdeeuros.Em2011estarpertode170.000milhesdeeuros.

    1. LimiteaoendividamentodoEstadonaConstituioAquestodadvidapblicaassumiutaisproporesquetornouinevitveloterceiropedidodeajuda

    externaaPortugalemtrintaanos.

    Dvidasdehojesoimpostosdeamanh.OEstadoportugustemdeseemendarasrio.Naexacta

    medidaemqueaquestodadvidaassumeumcarcterintergeracional,evidentequeassume

    hoje um carcter constitucional. Por isso, o CDSpedira abertura de umareviso constitucional

    (gorada a da ltima legislatura). Deve ser limitada e focada, o estabelecimento de um limite

    constitucional ao endividamento do Estado deve estar na agenda. O CDS ter uma atitude

    construtivanessareviso,visando,noumconflitoideolgicomas,umaefectivarevisoquerenao

    consensonecessrio.

    2. ADvidaPblica:travaroagravamento,tratardareduoHquedeixarmuitoclaroqueadvidapblicanoapenasumacifracontabilsticaouabstracta.,

    pelocontrrio,umarealidadebemconcreta.odinheiroqueoEstadoportuguspediuemprestado

    acredores.dinheiroquePortugaldeve.

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    Assimsendo,temosquedizermuitoclaramentequePortugaldevecumprirosseuscompromissos.

    Nofcil,masimprescindvel.Noumobjectivodecurtooumesmodemdioprazo,masno

    podedeixardeserumafinalidade.

    Aquelesqueapostamnonopagamosoquedevemossoirresponsveis:oquetornouinevitvel

    aajudaexternaaPortugalfoioriscodeinsolvnciadoEstadoederupturanosistemafinanceiro.A

    ideiadonopagamossignificariaumriscotrgicoparaPortugal,compossvelexpulsodoeuro,

    quedaabissaldosrendimentodasfamliasesubida,aindamaisastronmica,docustodadvida.

    Importa ainda acrescentar que, nesta matria, para alm de procurarmos formas de resolver o

    problema,temosaindadecomear,jeagora,pornooagravar.Ouseja,temosdeimediatamente

    tomarmedidasparaquenonosendividemosaindamais.

    3. Posioclara:suspenderoTGVOCDSPPdefendeasuspensodoTGV.

    OsproblemasquePortugalatravessatornamabsolutamenteincompreensvelquesecontinuecom

    estaobraquecontribuirdeformairremedivel,nestaaltura,paraaumentaronossoendividamento

    erestringir,aindamais,ocrditodisponvel.JbastaairresponsabilidadedequemconstruiuSCUTe

    dassuasrenegociaes.Temosesperanaqueo Tribunal deContasrecuseovistoaocontratodo

    trooPoceiroCaia.EmtempotiloCDStentouevitaraassinaturadestecontrato.Maspreciso

    aproveitarofactodeaobra,noterreno,estarnoincio,paraasuspender,acautelandoaomximoo

    interessepblico.

    4. AdiaroNovoAeroportoA obra do Novo Aeroporto de Lisboa est ligada do TGV. O troo PoceiroCaia pode tornarinevitvelotrooPoceiroLisboa,anovaentradaemLisboaealigaoao(novo)aeroporto.Ora,

    como sempre afirmmose de acordo com o prpriomemorando damisso internacional, no

    possvelfazerumnovoaeroportocomfundospblicos.Maisumavez,impeseorealismo:sendo

    difcildeconceberquehajacondieseconmicasparafazeraobra,oprximogovernodeveavaliar

    oseuadiamento,aproveitaraomximoasverbasjgastasnamodernizaodaPortelaeestudara

    viabilidadedomodeloPortela+1.

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    5. Atseconcluiraavaliaodasexistentes,nohnovasPPPAsParceriasPblicoPrivadasforamutilizadasnosltimosanosdeformamanifestamentedesastrosa

    ecomoformaparamascararcompromissosfuturosdoEstado.Porisso,vitalfazerumareavaliao

    detodasasPPPemuitoclaramenteproibiracelebraodenovasPPPenquantoestaavaliaono

    estiverconcluda.

    Hqueteremcontatrscritriosfundamentais.

    OprimeiroadistinguirentrePPPquejestoadjudicadasePPPqueaindanoestoadjudicadas.

    AmargemdemanobradoEstado,aqui,praticamentetotal.

    OsegundoadistinoentreasPPPqueestoemfasedeconcluso,ouemfasejadiantada,e

    aquelasqueestoaindanoincio.Isto,porqueemrelaoaestasltimasPortugaltemsemdvida

    umaliberdademaiorparacorrigiroserrosqueforamcometidos.

    Oterceirocritrioainclusonaavaliaode formasdeparceriasdembitoregionale localque

    tmproliferadonosltimosanosequetmdemerecerumclculodosseusencargosfuturos,eum

    enquadramentojurdicobastantemaisrigoroso.

    6. RenegociarasPPPcomnovassoluesjurdicasParadefenderointeressepblico,partindodopressupostoquePortugalseencontranumestadode

    emergnciafinanceira,oCDSdefendequetmdeserreequacionadasasformasderenegociaodas

    PPPexistentes. Daremos especial ateno s PPP cujo enquadramento contratual for qualificado

    como prejudicial ao interesse pblico do ponto de vista das suas consequncias econmico

    financeirasevioladoresdoprincpiobsicodaboagestodosrecursospblicos.

    SabemosqueestarenegociaotemqueserfeitadeformatripartidaincluindooEstado(ououtras

    entidades adjudicantes), os adjudicatrios e as entidades financiadoras.Mas necessria algumainovao nesta matria, utilizandoquer os instrumentos j conhecidos de renegociao, como o

    aumento do prazo das concesses, quer outros instrumentos jurdicos baseados na alterao

    anormal e imprevisvel das circunstncias que se verificou. No estar em causa a violao de

    garantias bsicas; porm, partiremos com um esprito de salvao nacional, procurando

    comprometertodasaspartesnadiminuioemitigaodosprejuzosgravescausadospelasPPP.

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    7. AntesdovistodoTribunaldeContas,nohexecuonempagamentodasPPPOpapeldoTribunaldeContasfundamentalnestescontratos.poisevidentequeofactodeeles

    produziremefeitosecomearemaserexecutadosantesdovistoprviodestaentidadegeraparao

    Estadoportugusriscoseresponsabilidadesquetmqueserevitadosnofuturo.

    Por isso, o CDSconsidera quedeveserconsagrada legalmentea impossibilidade de os contratos

    produziremqualquerefeitoantesdestevisto,tornandoimpossvelqueoEstadotenhaquepagar

    indemnizaes caso o Tribunal de Contasdecidanovisar um contrato.Deve ainda passar a ser

    obrigatriooenvioparaoTribunal,noapenasdoscontratos,mastambmdasminutas.

    Por outro lado, tal disposio permitiria tambm reforar o papel do Tribunal de Contas na

    fiscalizaodasPPP.

    8. TransparncianoscontratosdasPPPNo aceitvel que Portugal possa verse comprometido com encargos que no s no so

    aprovadospeloParlamento,comonotm,naprtica,possibilidadedeescrutniopblico.

    OCDSdefendeaconsagraodeumregimedetransparnciadoscontratosdePPP,queprevejaque

    oParlamentotenhaacessoaosdocumentosconcursaisdelanamentodePPP,comrespeitopelos

    princpiosdosegredocomercial,bemcomoaoscontratoseanexos,permitindoassimafiscalizao

    poltica dos encargos assumidos pelo Estado portugus (incluindo pelo sector empresarial do

    Estado).especialmenteimportanteconhecerapartilhaderiscosentrepblicoeprivadoprevista

    nestescontratos.

    9. OfimdasgoldenshareseareciprocidadeeuropeiaOpesodoEstadonaeconomiaportuguesacontinuaaserexcessivo,sejacomoempregador,comoconsumidordebenseservios,comoadjudicadordeobraspblicas,sejaaindacomoaccionistade

    empresasquecompetemdirectamentecomoperadoresprivados.Assim,oCDSdefendeadefinio

    noinciodalegislaturadeumplanodealienaodasparticipaesdoEstado,directasouatravsda

    Parpblica.

    Relativamente s formalizaes previstas no programa acordado por Portugal, o CDS conhece e

    cumpreoscompromissosdePortugal.Dereferirque,noplanodasposiesaassumirnoquadro

    comunitrio, emmatrias de golden share, importante defender que o seu termo ocorraem

    circunstnciasdeequidadeereciprocidadenosvriospasesdaunio.

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    10.ReformaramissodaCGDereestruturaraRTPDoplanodealienaesdasparticipaesdoEstado,oCDSexcluiaCGD.

    AeconomiaportuguesaprecisadeumbancopblicoeamissodaCaixaGeraldeDepsitosdeveser

    reformada:queremosqueaCGDsejaobancodefomentodaeconomia,especializadonoapoios

    PME.VenderparticipaesnaCGDsignificaria,paraalmde tudoomais,nestemomento,perder

    valor e, com alta probabilidade, vender a capitais no nacionais. Quanto s participaes no

    chamadoGrupoCaixaporexemplo,nareaseguradoraoCDStemumaposiofavorvel.

    EmrelaoRTP,hduasfronteirasqueoCDSestabelece.Porumladonopossvelqueuma

    empresapblica,noassegureumagestoeficientederecursosquesopagospeloscontribuintes.

    Exigeseumagestoabsolutamentecriteriosa,naprossecuo deum melhorserviopblico, que

    justifiquea contribuio quetemsido realizadadesde oacordode reestruturao financeira. Por

    outrolado,obrigaesde interessenacional,nomeadamenteasquetmquevercomadefesada

    lngua portuguesa e poltica externa cultural de Portugal, aconselham a manuteno do canal

    pblico.Otrabalhofeitoentre2002e2005provaqueaRTPpodetravarodespesismo,cortarosseus

    oramentos e ter uma gesto profissional. o nosso modelo, visto que o nvel actual de

    transfernciasdecapitalnosuportvel.OpagamentodesalriosvriasvezesacimadoPresidente

    da Repblica, a manuteno de um nmero de administradores e de uma estrutura directiva

    desproporcionada,soalgunsexemplosdecortesquepossvelrealizar,noafectandoaqualidade

    doserviopblicoereduzindoafacturaparaocontribuinte.

    11.GarantiraconcorrncianasprivatizaesdosectorelctricoOCDSsempreteveumaposiocrticaquantoprivatizaodemonopliosnaturais,eumaposio

    aindamaiscrticasobreomonopliodefacto,garantido,atravsdoEstado,entreaEDPeREN.

    OacordodeajudaexternacomaCE,oBCEeoFMIprevtambmaprivatizaodaREN.OCDS,nasuadeclarao,colocouestamatriaentreaquelasquecarecemdemelhor soluonoquadrodo

    sistemadeacompanhamentodoacordo.

    OCDSquerevitarquesetransfiraparaosectorprivadoumasituaonoconcorrencial,jexistente

    naesferapblica,altamentelesivaparaaeconomia,asempresaseosconsumidores.

    OCDSserextremamenteexigentequantodefiniodo cadernodeencargosdeprivatizaoda

    REN. Com respaldo na legislao europeia pertinente, pensamos que deve ficar claro que as

    sociedades(talcomoaEDP)cujoobjectosocialsejaaproduo,distribuiooucomercializaode

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    electricidadeouentidadeseaccionistascomposiodecontrolonestas,nopodem,directaou

    indirectamente,terposiesdecontrolonaREN.Acrescequedefiniremos,nocaptuloseguintedo

    manifesto, um modelo para o sector energticoque contraria o verdadeiro monoplio pblico

    privadoestabelecidonosector,comacomplacnciadosreguladores.

    Nocaso daTAP, oCDS lutar para conseguir que, nocaderno deencargos, fiquem estabelecidas

    condies que garantam a manuteno de uma plataforma em Lisboa e das suas capacidades

    instaladas, que protejam o potencial de desenvolvimento de Portugal como plataforma mundial

    nestareaequeacoberturadetodooterritrionacionalcontinenteeilhassejaassegurada.

    12.PorquasobraspblicasnoMinistriodasFinanasOprximoGovernotemdedarsinaismuitoclarosdecontenodadespesaedoendividamento.O

    MinistriodasFinanasdeve,nomeadamente,agregarumapartesubstancialdascompetnciasdo

    actualMinistriodasObrasPblicas,emconformidadecomomodelodegovernoapresentadono

    CongressodoCDS.

    Nopossvelaomesmotempoclamarporreduodadvidaequererlevaracaboprojectosde

    grandedimensoqueteroreflexoinevitvelnoaumentodadvida.Prescindir,nestemomento,de

    um Ministrio das ObrasPblicas e subordinar o que essencial nesta matria ao Ministro das

    Finanasdizercomclarezaquenosprximostempossdeverhaverobraspblicasdemdiae

    pequenadimenso,deproximidade,enoprojectosexcessivamenteambiciososeconsumidoresde

    crditoparaostemposquevivemos.

    Permanecem, evidentemente, no Ministrio do Ambiente, das cidades e do Ordenamento do

    Territrio,ascompetnciasrelativas,porexemplo,aostransportesemobilidadeurbana.

    13. InvestimentopblicodepequenadimensoOEstadotemdecontrariaratendnciaparaseconcentraremgrandesobraspblicaseaproveitara

    oportunidadedereafectaode fundoscomunitriosdoTGVedonovoaeroportodeLisboapara

    outrosprojectos.AprpriaComissoEuropeiaabriuestaoportunidade.

    Estes investimentos tm de ser escolhidos em funo da sua capacidade de promoo do

    crescimentoeconmicoedecoesoterritorial.

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    14.Reduodadespesa:daticasocialequidadefiscaleforadoexemploDespesapblicadehojedvidadeamanh.Todasascomponentesdanossadespesapblicatm

    de ser alvodeumesforode reduo, desdeosgrandes agregados dedespesa particularmente

    rgida at s pequenas despesas que ningum julga colocar um problema. De facto, h algumatendncia para se pensar que um somatrio de pequenos cortes no resolve problema algum.

    Contudo, se certo que no resolve totalmente o nosso problema de descontrolo das finanas

    pblicas,tambmcertoqueajudae,sobretudo,introduzumalgicaindeclinveldepoupanaede

    racionalizao de recursos pblicos. O CDSapresenta medidasde reduo da despesa pblica, a

    mdioelongoprazo,quealterarocomcertezaoparadigmadaformacomosegeremosrecursos

    pblicos,criandodessaformaumaculturaderigoredepoupanaessencialparaasustentabilidade

    dasfinanaspblicasdequalquerpasdesenvolvido.

    Pensamosquesdeumaacoconjugadademedidasdecurtoelongoprazopodeseralcanadoum

    resultado slido,coerente e compreensvel pelos portugueses.Acima de tudo, esta ser tambm

    uma reforma cultural e comportamental nagestoda coisapblica, tendo emateno queh

    sempre,eemtempodeausteridadeumaticasocial(aprotecodosdesfavorecidos),umatica

    fiscal(adistribuiojustadossacrifcios)eumaticadoexemplo(doEstadoconsigoprprio).

    15. InstitutosPblicos,Fundaes,AgnciaseGruposdeMissodoEstado:90diasparaidentificarosquesodesnecessrios

    imperativoimpor,logonoinciodaprximalegislatura,umprazode90diasparaquecadaMinistro

    apresenteumplanodeextinesoureduesnosInstitutosPblicos,Fundaes,Agncias,Grupos

    deMissoeoutrasentidadesdoEstadosobsuatutela,ouseja,aqueletipodeorganismosquetm

    proliferado de forma insustentvel.Este Plano ser orientado por trs critrios:avaliaoda sua

    necessidadeefectiva;eventualduplicaodefunescomoutrosserviospblicos;desempenhode

    tarefas de serviodirectoaopblico.Nestaprofunda reestruturao, a responsabilizaode cada

    Ministro noesforo nacional de reduo dadespesa um factor crtico para definir asmedidas

    adequadasrealidadede cadaMinistrioe paragarantira suaefectivaexecuo,razopelaqual

    devemserdefinidasmetasanuaisporMinistrio.

    16.90diasparadefinirquaissoasempresaspblicasdesnecessriasDa mesma forma, defendemos que, no universo do sector empresarial do Estado, que cresceu

    anormalmentenosltimosanos,precisomudardevida.Adecisosobreextino,privatizaoou

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    reduodeempresaspblicasdeveobedeceraumconjuntodecritriosdebomsenso:aeventual

    insolvnciadaempresa,aduplicaodoseuserviofaceaoutrosorganismosdoEstado,otipode

    serviosprestadosaopblicoeaimperatividadedepresenadoEstadonosectoremcausa.

    OsectorempresarialdoEstadotemquesergeridodeformamaiseficienteemaisrigorosadoque

    tem acontecido at agora. Por isso, propomos, a contratualizao obrigatria de objectivos e a

    celebrao de contratos de servio pblico entre o Estado e as empresas pblicas. De entre os

    objectivos,devemconstarindicadoresmuitoconcretosemensurveisdemelhoriadaperformance

    daempresa,bemcomoadiminuiodoseuendividamento.

    17.Entidadeseempresaspblicas:regrasparaevitarodescontroloEnquantodurar a avaliaodas entidades e empresas pblicas a extinguir, reduzir, privatizar ou

    reestruturar, deve serexpressamente proibido criar entidades ou empresas novas. Este princpio

    est,alis,parcialmentecontidonoacordodeajudaexternafeitopeloEstadoportugus.

    Nofinaldaavaliao,devemestabelecerseregrasjurdicasexigentes,agendadaseobjectivasque

    dificultem a criao de entidades ou empresas novas, que no sejam as resultantes de

    reestruturaes.

    Aproibiodacriaodenovasentidadesouempresasdeveser,mediantesoluopolticaejurdica

    adequada,estendidaadministraoregionalelocal.

    18.UmprogramaplurianualderescisespormtuoacordonoEstadoNoquetocasquestesdosrecursoshumanosdaAdministraoPblica,oCDSfoioprimeiroa

    defender, j em 2009, um programa de rescises por mtuo acordo na Administrao Pblica.

    Mantemoscomocadavezmaisactualanossaideia.Omtuoacordo,pressupeoentendimentoentreoEstadoeotrabalhador.Trataseaquidedar

    flexibilidade ao sistema, conciliando a necessidade de redimensionar a administrao com as

    expectativaseasqualidadesdosseusfuncionrios.

    Esteprogramamaisvantajosodoqueanovaformulaomecnicaderegrasdeentradasesadas

    de trabalhadores.Na verdade, essas regras podem criar rupturas de funcionamento em sectores

    essenciais (por ex.: a carncia de enfermeiros ou agentes de polcia no igual de auxiliares

    administrativos).

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    Oprogramadeveserestendidosadministraesregionaise locais.Umadassoluesparao seu

    financiamento implica, como sempre dissemos, uma pequena alterao nos dispositivos legais e

    constitucionaissobreareceitadasprivatizaes:seumaparceladessareceitaservirparafinanciar

    indemnizaes,estarareduzirdespesae,portanto,areduzirdvida.

    19.ReformadoMapaAdministrativoPortugal precisade reformar o seumapa administrativo, totalmente desactualizado face nossa

    realidade.Notemosnestamatriaumavisomeramenteeconomicista,masdefendemosanteso

    servio populao, o princpio da optimizao do investimento, o efectivo exerccio das

    competnciaseocombateaodesperdcio.

    Estareformatemdepermitirganhosdeeficinciaemassacrtica,noprecisadepremcausaa

    identidadelocal,levandoaindarespeitarduasrealidadesbemdistintas,domundourbanoerural.

    Defendemosamanutenodosmunicpiosenquantounidadeterritorial,masestamosabertamente

    disponveisagregaodeconcelhosquepossamsergovernadosporumanicaCmaraMunicipal,

    umnicoexecutivomunicipaleumanicaAssembleiamunicipal.

    Amesmalgicadeveseraplicadasfreguesias:novaleapenaentrarnumaguerradeterritrio,a

    freguesiapodecontinuaraexistircomoterritrioeidentidade,oquenecessrioagregarJuntas

    de Freguesias.Vrias freguesias podem agruparsenuma nica Junta e Assembleia de Freguesia,

    devendo,nesteparticular,terseemespecialatenoarealidaderural,asdistnciasgeogrficas,os

    equipamentosouasredesdetransportesexistentes.

    Na reforma dosmunicpiosdeve procurarse umconsenso baseadoem critriosde populao,

    dimenso, realidade sociocultural, infraestruturas rodovirias, transportes ou educao, entre

    outras,egarantiraaudiodapopulao.

    Talreformapermitirdarescalaecompetnciasefectivassnovasautarquiase,simultaneamente,

    libertarpatrimnioeeconomizarcustosemredundncias.

    Salientamos que esta reforma no pode por emcausa as regras vigentes quanto limitao de

    mandatos, no podendo as modificaes servir como uma desculpa para que Presidentes de

    CmarasoudeJuntasquehaviamatingidoolimitedosseusmandatosvenhamarecandidatarse.

    NoqueconcerneRegiesAutnomasdosAoresedaMadeira,reafirmandoasuaimportncia

    geoestratgica, asseguraremos o cumprimento dos princpios da continuidade territorial e da

    solidariedade nacional, existem alguns aspectos de organizao do poder poltico que merecem

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    tambm ser melhorados. Num momento de esforo comum, temos de exigir a todos a mesma

    coesoeresponsabilidade.

    20.GovernosCivisNum novo mapa politicoadministrativo, os Governos Civis podem ser extintos, devendo ser

    cuidadosamenteredistribudasassuascompetncias.

    EstareformadevefazerpartedarevisoconstitucionalfocadaqueoCDSdefender.

    21.SadeeEducao:PrincpiodomximoaproveitamentodascapacidadesinstaladasNossectoresdaeducaoe dasade,precisodefenderclaramenteo investimentonosjovense

    nosdoentes,faceaoquedesperdcioougestomenosracionaldosrecursos.

    OEstadooptou, quase sempre,por construirobranova,deraiz,comequipamentose instalaes

    novas. Nem sempre acautelou, doponto de vista oramental, a subida em flecha dos custos de

    manuteno.

    Para cumprir este plano de investimentos em obra nova, o Estado desperdiou, e at mesmo

    hostilizou, a possibilidade de contratualizar, seja como sector social, seja como sectorprivado,

    escolasouunidadesdesadejexistentes,comserviodequalidadereconhecido,proximidadedas

    populaesmaisdesfavorecidasecomcustoporpessoaalunooudoentequeinferiorouigual

    aodoEstado.Oquesucedeucomoscontratosdeassociao(nareaeducativa)eoqueaconteceu

    com o adiamento da contratualizao com o sector social de sade foi um erro de gesto e

    preconceitoideolgico.

    um erroconstruirumaescolade raiz,seexistirumaboaescolanoterreno,comcontratocomo

    Estado.umdesperdciotercapacidadesinstaladas,paraconsultasecirurgias,edesaproveitlas,

    gastandomais.O CDSapostar numa despesaeficiente,e por isso apoiar a contratualizaona educao e na

    sade,medianteregrasclaraseestveis.

    22.MedidasparaumSNScommaishumanidadeemenordesperdcioOCDSestconscientedoenormedesafioquegarantirasustentabilidadedeumsistemadesade

    universal e de qualidade. As nossas opes tero sempre uma opo preferencial pelos mais

    vulnerveisesalvaguardaroajustianoacessosade.Hformasdegerirmelhorecommais

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    humanidadeosistema,dequedependemgrandepartedosportugueses.Devemosassimassegurar

    queoscuidadosdesadeprimriosgarantemassistncia24hpordiaparapequenosincidentes,

    libertandoassimosserviosdeurgnciaparaassituaesqueojustifiquem;assegurarumapoltica

    derecursoshumanosplaneadaeeficiente,baseadanarecompensadodesempenhoindividualouda

    equipa,comnfasenosresultadosobtidos;atribuirACSS(AdministraoCentraldoSistemade

    Sade)afunodeunificarainformaoreferenteatodasasinstituiesprestadorasdecuidadose

    servios de sade, tornandoa a entidade responsvel pela verificao, homogeneizao e

    homologaodossistemasetecnologiasnecessrias;promoveroefectivofuncionamentodacentral

    de compras; atribuir Direco Geral de Sade a responsabilidade pela definio denormas de

    qualidade e boas prcticas, em articulao com as Ordem profissionais envolvidas; instituir

    mecanismosdeavaliaoclnicaeeconmicadetodasastecnologiasdasadeedemedicamentos,

    que permitam a adopo apenas daquelas com uma relao custobenefcio comprovadamente

    positiva; estabelecer novas prticas de gesto, desincentivando o desperdcio e os custos

    desnecessrios; instituir padres (benchmarks) de eficcia e eficincia;assegurar umaarticulao

    eficienteentreequipasdegestodealtasecuidadoscontinuados;investirnaprestaodecuidados

    em regime ambulatrio; contratualizar com unidades prestadoras e estas com as equipas em

    funoderesultados,financiandoaprodutividade,poroposioaopagamentodeproduoextra;

    criarmecanismosderesponsabilizaoefectivapelagesto;salvaguardadasasnecessriasmedidas

    deprotecodedadospessoaisedosigiloprofissional,osistemainformticodeverseralargadoeaperfeioado,demodoapermitiracirculaodeinformaoclnicaporviaelectrnica;sensibilizar

    oscidadosparaofactodeoSNSsertendencialmentegratuitonomomentodautilizao,masque

    tem,evidentemente,custospblicosmuitoelevados;disponibilizar,acadautente,umdocumento

    com a discriminao detalhada docusto real para o Estado e, portanto, do contribuinte dos

    serviosdesadequelheforamprestados.

    Todasestasmedidasdomelhorsadeaosportuguesese corrigemdesperdciose ineficincias.

    possveleoCDSvailevlasacabo.

    23.PrescrioporDCIeunidose,claro!OCDSsabequeasmedidasdecontenonaSadetmquesecentrarnodesperdcio.Porisso,

    queremosgeneralizaraprescrioporDCI,exceptoquandohajajustificaotcnicafundamentada

    paranoofazer,talcomopropusemosnoParlamentomasPSePSDrecusaram.

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    Esta reforma h muito ainda adiada cada vez mais imprescindvel e permitir a obteno de

    grandespoupanasnocustoqueoestadosuportacomosmedicamentos,semquedaresultemmais

    encargosparaoscidados.

    Nestamatria,importaaindaconcluircomurgnciaaprescrioelectrnica,paratodosossectores

    e criar uma cultura de consumo razovel, equilibrado e prudente de cuidados de sade, em

    particularMCDTemedicamentos,bemcomogeneralizaraprescrioedispensamedicamentosem

    doseindividual(dentrodeblister)nasfarmciascomunitriasparaepisdiosagudos.Noaceitvel

    quecontinuemaserdesperdiadostodososdiasinmerosmedicamentos,dequeosdoentesno

    precisamnarealidade,maspagoscomoesforoquerdoEstadoquerdoscidados.

    24.Princpiodequetemdesermelhortrabalharepagarimpostosdoquenoquerertrabalhareviverdesubsdios(cruzarprestaessociais)

    Asprestaessociaissoessenciaisparaatenderasituaessociaisdemuitovariadanatureza.Se

    nofossemastransfernciassociais,astaxasdepobrezaseriamaindamaiselevadasdoqueso

    actualmente.Contudotodasasprestaessociaiscomportamumriscomoralqueasuaatribuio

    seja mais atractiva do que a incluso, o regresso ao mercado de trabalho ou a aquisio de

    rendimentosprprios.Actualmente,asprestaessociaissomuitodispersas.Podemseratribudas

    pelaSeguranaSocial,pelaacosocialescolar,pelasautarquiaslocais,pelosrgosregionaisoupor

    instituies sociaisem contratualizaocomoEstado. importanteprocederaoseu cruzamento,

    nosparagarantir umafiscalizao capaz,maspara garantirumprincpiomuito importanteem

    sociedadescommobilidadesocial.Queosbeneficiriosdeprestaessociaisnorecebammaisdo

    Estadodoquereceberiamseauferissemderendimentosdetrabalho.

    Nopodemostratardamesmaformasituaesquesodiferentes.Grupossociaismuitoexpostos

    exclusocomoosidosos,ascrianasouoscidadoscomdeficincia,quetmmaioresdificuldades

    de obteno de rendimentos prprios so hoje muitas vezes atingidos por cortes cegos nas

    prestaessociais,oqueconfigurauma injustiadopontode vistasocial.Mashbeneficiriosde

    outrasprestaesquetmcapacidadesepossibilidadedeestarnomercadodetrabalhoenoesto,

    conseguindo hoje ter rendimentos lquidos superiores aos que so auferidos pela mdia dos

    trabalhadores do sector privado, at porque frequentemente no pagam impostos e esto na

    economiaparalela.Eissodestriavalorizaodotrabalho,domrito,doesforocomomotorda

    nossa sociedade. Propomos por isso que se proceda ao cruzamento de todas as prestaes,

    atendendodiversidadedas situaessociais,equese introduzaumtecto, admitindoexcepes

    objectivas.

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    25.SubsdiodedoenaCombaterasbaixasfraudulentasQueremos,emsededeconcertaosocial,encontrarformasdegarantirumamaiseficazfiscalizao

    e combate s baixas fraudulentas, evitando situaes em que h risco moral de atribuio da

    prestao,porsereconomicamentemaisrecompensadorestardebaixadoqueaprestartrabalho

    efectivo. Nessa mesma sede importante chegar a um compromisso que tenha como meta a

    convergnciadosregimespblicoseprivadodosubsdiodedoena.

    26.PatrimniodoEstadoOEstadotemdegerirmelhoroseupatrimnio.Oobjectivoumagestomaiseficienteenoo

    encaixeartificialde receitas (atravsdavendade imveis aempresaspblicas, designadamentea

    Estamo)quetmcomocontrapartidaoaumentoderendasemanossubsequentes.Rendasestas

    que, alis, o Estado dificilmente conseguir pagar, tendo particularmente em conta o grande

    crescimentodopesodadespesacomlocaodeedifciosnosconsumosdoEstado.

    O CDS defende a criao de um sistema que incentive cada Ministrio a desocupar espao e a

    imputao de rendas a todos os imveis ocupados. O patrimnio desocupado ser depois

    rentabilizado,atravsdevendasouarrendamentosnomercado,permitindoumrealaumentodas

    receitasenoumaoperaomeramentecontabilstica.

    Todasestasoperaestmqueserfeitascomamaisabsolutatransparnciaeimparcialidade.Asua

    nica finalidade evitar o desperdcio, pelo que no aceitvel que venha posteriormente a

    percebersequenarealidadeelasacabaramporsignificarmaisdespesa.

    27.ReduzirosajustesdirectostambmreduzadespesaNa contratao pblica as palavras de ordem tm que ser transparncia, imparcialidade e

    racionalidadeeconmica.

    Nocasodosajustesdirectos,oCDSconsideraquedeveserreduzidoonmerodecasosemque

    possvel o recurso a este forma de contratao (em 2010, houve 73.289 ajustes directos, que

    representaram 92% dos contratos e 56% do montante total). Tem que haver tambm mais

    transparncianofundamentoparaaescolhadesteprocedimentoedoadjudicatrio.Importanos

    saber oque o Estado contratou, e por quanto,mas tambm porque escolheu o ajuste directo e

    determinada empresa em detrimento de outras. Esta informao deve, portanto, ser tambmconsultvelnostiodacontrataopblica.

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    28.RigornooutsourcingNos ltimos anos, generalizouse, ministrio a ministrio, o recurso a servios externos vulgo

    outsourcing,queatingevaloresjmuitoelevados,sobretudonoquedizrespeitoaconsultorias

    financeirasejurdicas.

    Voluntariamenteouno,esterecursointensivoaserviosexternoslevaaumatripladesmotivao

    da alta administrao pblica. Muitos directoresgerais deixaram de ter um papel activo na

    preparaotcnicadaspropostasediplomaslegislativos;humatendnciaparaqueosgabinetes

    ministeriaissubstituamessepapeldasdirecesgerais;e,frequentemente,osgabinetesministeriais

    acabamporrecorrersconsultorasouescritriosexternos.Estaespiralviciosa,ineficiente,carae

    poucotransparente.

    O CDS propor uma reduo substantiva deste outsourcing, assumindo no apenas um tecto

    oramental,comoestendendoesselimiteaoSectorEmpresarialdoEstado.Anossaregraqueeste

    recurso ter de ser objectivamente fundamentado por cada titular do governo, incluindo nessa

    demonstrao a evidncia de que os recursos prprios da administrao no podem cumprir a

    tarefa.

    29.SimplificarasestruturasdirigentesNodomniodanecessriareformadaadministraopblica,oCDSdefendetambmareduodos

    cargos dirigentes e estruturas no essenciais, sobretudo nos domnios da Educao, Sade e

    SeguranaSocial.Asalteraesafazernodevemcausarrupturasoperacionais.

    Estareduotemdeserparticularmenteveementenosmembrosdosconselhosdeadministraode

    empresaspblicas.

    30.Oexemplovemdecima:limitarsalriosdosgestores,redefinirafrotadoEstadoNohnenhumprogramadeausteridadequesejacompreendidoseoEstadonoderoexemplo.J

    elencmos vrias medidas macro nesse sentido. Mas h tambm pequenas medidas que

    demonstramumcompromissocomaausteridadedo,eno,Estado.

    OprimeiroexemplopassapelarevisorigorosadoRegimedeRemuneraesdosgestorespblicos,

    deacordocomos seguintesprincpios:imposiodeumtectomximoparaa componentefixada

    remunerao; celebrao obrigatria de contratos de gesto com todos os gestores impondo

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    objectivos muito concretos para o seu mandato; terminar com indemnizaes perfeitamente

    desproporcionadas, proibindo regimes de indemnizao diferentes dosprevistos na lei; proibir o

    pagamento de remuneraes variveis / prmios sem que sejam cumpridas metas objectivas de

    melhoriadosresultadosdaempresa;acabarcomapossibilidadedeacumulaesderemuneraes.

    Osegundoexemplotemavercomaconstituiodegabinetes.Seogovernomaisreduzido,os

    gabinetes tambm o tero de ser. Alm de cumprir os limites previstos na lei, deve ser fixado,

    adicionalmente,queumapartedogabinetetemdeserrecrutadoentrequadrosdaAdministrao

    Pblica.

    Porfim,outroexemplodebomsensomaximizaodousocomumdasviaturas,eevitarautilizao

    pessoal.

    31.SsereformaoEstadocomindependnciafaceaoclientelismoOCDSPPsabequeumdosproblemasfundamentaisnagestodacoisapblicaasuaapropriao

    porclientelaspartidrias.OEstadonopodecontinuarasercolonizadoeurgenteainstituio

    deumaculturademritoetransparncia.Oboyismonoacabou,pelocontrrio,comadefinio

    doscargossujeitosaconcurso.OprximoGovernodevesubmeterseaotestedaindependncianas

    nomeaes,quehojeumareclamaoinadiveldacidadania.Oprincpioodeque,nopodendo

    ningumserprejudicadoporsermembrodeumpartido,gravequetercartopartidriodispense

    ousubstituaocurrculoeomrito.OCDSlevamuitoasrioestaquesto.Trabalharemosparauma

    revisodalistadoscargosdeconfianapoltica;epropomosumaformadetransparnciaquantoao

    currculoeexperinciadosnomeadosparacargosnaadministraodirectae indirectadoEstado;

    presidentesdasempresas pblicasdevem ir comisso respectivano Parlamento, numa audio

    especficasobreassuascompetnciasemisso.

    32.OramentoBaseZeroArecenteintroduonaleidaobrigatoriedadedeemcadalegislaturafazerumoramentodebase

    zero, justificandose a razo e a bondade de cada dinheiro que o Estado pretende gastar,

    importantee,apesardeapenasparcelarmente,correspondepropostadoCDS.

    NomaisaceitvelacontinuaodeumalgicaincrementalnaelaboraodoOramentode

    cadaservio,ondeapenassejustificamosrecursosqueaumentam,presumindoseinamovveisos

    custosdecadaanopassado.imprescindvelque,pelomenosumavezemcadalegislatura,cada

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    servio,cadaMinistrio,cadaInstitutoecadadepartamentoexpliqueoquegasta,comogastaepor

    quegasta.

    33.ReduofortedosconsumosintermdiosdoEstadoOs consumos intermdios do Estado, que no incluem salrios, penses nem juros tm vindo a

    registarsubidasinjustificadas;mesmocomausteridade,asrespectivasreduessoescassas.Esta

    tendnciatemqueservigorosamenteinvertida.NadiscussodoOramentodoEstadopara2011o

    CDSpropscortesmuitoconcretosnasdespesasdeaquisiesdebenseserviosemrubricascomo,

    porexemplo,comunicaes,publicidade,eventoseassessorias.precisoqueoprximo Governo

    organize estes cortes de forma mais sistemtica, impondo objectivos quantificados de reduo

    atravsdecadaMinistro.

    34.EquidadefiscalnaausteridadeAoabordarasobrigaesdereduodadespesa,no seriasriofazlosemadmitiroureclamar

    umamaiorequidadefiscalnarepartiodesacrifcios.OCDS,quetemumafortetradiodedefesa

    docontribuinteedemoderaofiscal,quenoabandona,sabequenestemomentoexcepcionalque

    Portugalestaviver,defenderocontribuintetambm saberdefenderquenosejamsempreos

    mesmososquenopodemfugiraosimpostosapagarafactura;equehformasdeaumentara

    receitaquetornamevitveisaumentosdacargafiscal.Emgeral,comoafirmmossempre,temde

    haverumconceitoeumaperceposocialdaequidadefiscal.oqueabordaremosnestecaptulo,

    reservandoparaocaptuloeconmicoasmedidasdeestmulodecompetitividadeeapoiofamlia.

    35.GarantirumapunioefectivadafraudefiscalUmadasprioridadesdoprximogovernodeveseraelaboraoeaprovaourgentedeumPlano

    NacionaldeCombateFraudeeEvasoFiscais,comaduraoinicialdetrsanos,queincluaas

    seguintesmedidas:

    a) Punio mais severa dos crimes fiscais, com agravamento das molduras penais doscrimes fiscais mais graves, nomeadamenteos crimes de burla tributria, associao

    criminosaefraudequalificada,deformaareforaraaplicabilidadedapenadepriso

    efectivanestescrimes ;

    b) TransformaodaDirecodeServiosdeInvestigaodaFraudeedeAcesEspeciais(DSIFAE) numa verdadeira unidade antifraude fiscal, reforandoa das competncias,

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    dosmeioshumanos150especialistasdedicadosinvestigao,quatrovezesmaisque

    osactuaisinspectores,edosmeiostcnicosnecessriosaoseufuncionamentoefectivo

    esuacooperaoeficazcomaPolciaJudiciriaecomoMinistrioPblico;

    c) Optimizaoeampliaodocruzamentodeinformaescomautoridadestributriasdeoutrospases,nomeadamenterecorrendoutilizaodosAcordosparaTrocade

    InformaesemMatriaFiscaledosProtocolosdeAssistnciaMtuaAdministrativa

    emMatriadeTrocadeInformaesTributrias;

    d) ReformadosTribunaispenaiscomcompetnciaparajulgarasinfracestributrias,deforma que os processoscrime com natureza grave e elevada, na rea fiscal, sejam

    julgadosdeformarpida.

    36.ReforarosmeioshumanoselegaisnocombatefraudeeevasoNesta matria, vamos propor: o reforo dos funcionrios dedicados exclusivamente inspeco

    tributria, para queascendam,pelo menos,a 30%do nmero totaldosfuncionriosdaDireco

    Geral dos Impostos, duplicando o nmero dos actuais inspectores tributrios; a melhoria dos

    sistemas informticos integradosde partilha e cruzamentode informaesde natureza fiscal, em

    especialoSAFTPT,deformaacombaterdeformamaiseficazaevasofiscal,nomeadamenteem

    sededeimpostossobreorendimentoeemespecialemmatriascomoosPreosdeTransferncia;aflexibilizao dos procedimentos necessrios aplicao da Clusula Geral AntiAbuso e das

    ClusulasAntiAbusoespecficas,deformaatornarmaiseficienteocombateaoPlaneamentoFiscal

    Abusivo.

    37.Duasequipasdereacorpida:contraasprescriesfiscaisSem2009 prescreveram mais de1.200milhesde euros dedvidas fiscais. O problema nose

    resolvecomsucessivasalteraesdelegislaoquevodiminuindoasgarantiasdocontribuintepara

    acomodar a ineficincia do Estado. Resolvese com uma firme vontade poltica de evitar, com

    competncia, a prescrio. Propomos, por isso: a criao urgente de uma equipa especializada

    permanente (task force) no mbito da DGCI, que se dedique exclusivamente ao tratamento e

    execuodasdvidasfiscaisqueseencontrememriscodecaducidadeoudeprescrio;acriaode

    umaequipadejuzespararesolverprocessosfiscaisrelativosliquidaoecobranadetributosde

    montantesuperioraummilhodeeurosequeseencontremparadosnostribunaisadministrativose

    fiscais(TAF);criaonosTAFdesecesespecializadasparajulgarcasosdeespecialcomplexidadeou

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    devaloressignificativamenteelevados;flexibilizaodaarbitragememmatriatributriadeformaa

    incluirnoseumbitoaresoluodestescasos;reforodataxadosjurosindemnizatriosapagar

    pelaAdministraoFiscalporfaltadecumprimentoatempadodasdecisesdostribunaistributrios

    afavordoscontribuintes.

    38.FacilitaropagamentovoluntrioNa rea fiscal, tambm importante tomar medidas que facilitem o pagamento voluntrio dos

    contribuintes.Importaassegurar,nomeadamente:areformadoregimedasinformaesvinculativas

    denaturezaurgenteabrangendoigualmenteoenquadramentojurdicotributriode factosfuturos,

    paraconferirmaiorseguranaaoinvestimentodosagenteseconmicos;flexibilizaodoregimedos

    acordos prvios sobre preos de transferncia (APAs), de forma a conferir maior segurana s

    relaesentreoscontribuinteseaadministraofiscal;ampladivulgaodasorientaesgenricas

    emitidaspelaadministraofiscal,deformaafacilitarocumprimentovoluntriodoscontribuintese

    o conhecimento por estes da interpretao seguida pela administrao tributria em matrias

    concretas; preparar, para futuro, a figura do gestor do contribuinte, nos regimes de

    acompanhamentopermanente;reforma doregimedacompensao decrditos tributrios e no

    tributrios por iniciativa do contribuinte, para facilitar o pagamento dos impostos por essa via;

    flexibilizaodoregimedepagamentoemprestaesdosimpostosemdvidaparacasosdenotriadificuldade financeirae previsveisconsequncias econmicaspara osdevedores; e cumprimento

    escrupuloso por parte da Administrao Fiscal dos direitos e garantias dos contribuintes,

    principalmenteemmatriadeinspecotributria,liquidaodeimpostoseexecuodasdvidas

    fiscais.

    39.MaisambionaregularizaodedvidaserendimentosTendo em conta a alterao do paradigma da relao entre os contribuintes e o Estado, o CDS

    defendeacriaodeumsistemapermanentederegularizaodepassivosfiscaisquepodeterforte

    sucesso,quereduzaalitignciaepermitaumencaixesignificativodereceita.

    40.DarprioridadeaostribunaistributriosedemocratizaraarbitragemAsituaodostribunaistributriosnoprolongvel.Maugradooesforodosmagistrados,no

    completamenteaceitvelqueumaparteconsiderveldoPIBalgumasinformaesapontampara

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    valoressuperioresa14milmilhesdeeurosestejaparadanostribunais.Oactualsistemade

    juroscompensatriostambmnodissuasordademora.

    OprximoGovernovaiterdefazerumareformaponderadadofuncionamentoedoapoiotcnico

    dosTAF,sequiserresolvermelhoremaisdepressaoslitgiosfiscais.

    Emnossoentender,aarbitragemfiscal,pelaqualoCDSsetembatido,foidesgraduadanaprtica;

    devetornarsenumrecursoindependentedovalorparadiminuirmaisprocessosmaisdepressa.

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    Praeconomiaacrescer

    1. Seadvidaaquestoprvia,ocrescimentoaquestocentralPortugalestaviverasegundarecessoemdoisanos.verdadequeestasituao,sobretudo,o

    resultadodeumagovernaoperfeitamentedesastrosa,mastambmverdadequenosltimosdez

    anosanossataxamdiaanualde crescimentofoi0,7%,ouseja,manifestamentemedocre.Como

    afirmaoPresidentedaRepblica,oRendimentoNacionalBrutopercapita,nomesmoperodo,em

    termos reais, cresceu apenas 0,1%. O problemano apenas conjuntural. bem mais grave,

    tambmestrutural.Portugalnopodeapresentarsistematicamenteumdficeexternoarondaros

    9%doPIB.Comoestbemvista,estatrajectriaecompletamenteinsustentvel,oseuresultadograve e representa sacrifcios muito concretos. Por isso, temos de inverter esta lgica e pr a

    economiaacrescer.

    Aprojecodasinstituiesinternacionais,edaprpriamissocomquemoGovernonegocioua

    ajudaexterna,apontapara2anosderecesso.Temosdeaatenuar,namedidadoquepudermos;

    mastemos,sobretudo,quegarantirqueasegundametadedalegislaturadeefectivocrescimento.

    2. RecentrarapolticaeconmicanasPMEeempresasexportadorasEmPortugalhcercade300milmicro,pequenasemdiasempresas,responsveisporcercade2

    milhesdeempregos.Estasempresastmsidoseveramentecastigadas,nospelarecesso,mas

    tambmporumEstadodesinteressado,burocrataeintervencionista.Importaporissorecentrara

    poltica econmicaportuguesanasPMEe emparticular nasempresas exportadoras.Os recentes

    acontecimentos tornaram penosamente evidente que o CDS tinha razo quando alertava para a

    insustentabilidadedodficeda Balana ComercialPortuguesaedadvidapblica.Temosporisso

    queagircomurgnciaparaevitarestatendncia.

    3. Crditos Fiscais s empresas que aumentam exportao, contratao e reinvestimentoprodutivo

    Comotemosafirmado,oestadodasfinanaspblicasnoconsenteumapolticageraldereduode

    impostos.Masanecessidadedecrescimentoeconmicoobrigaaumapolticafiscalselectiva,focada

    eeficaz.

    O CDS trabalhar, imediatamente aps 5 de Junho, a figura dos crditos fiscais. Tem a enorme

    vantagemdeterumimpactoreduzidoouatneutralnooramento,masaomesmotempomuitoatractivaparaasempresas.

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    O CDS focar os crditos fiscais, especialmente dirigidos s PME, em trs reas: aumento da

    capacidade exportadora, reinvestimento produtivo e contratao de trabalhadores. O objectivo

    incentivarexportaes,animarinvestimentoecombaterodesemprego.

    O crdito fiscal deve ser, naturalmente, contratualizado com as agncias e departamentos

    pertinentes.

    Afiguradocrditofiscal,queincidesobreosimpostosdasempresastemduasfrmulasalternativas

    ou cumulativas, que o CDS aprofundar: podem incidir sobre o excedente contratualizado,

    dispensandoodetributao(casoemqueoEstadomantmareceita);e/oupodemconsistirem

    maioresfacilidades e redues selectivasno imposto total (casoemqueo impacto oramental

    aceitvel porque h ganhos de eficincia econmica e mediante cortes compensatrios na

    despesa).

    OCDSpretendelanaresteprogramadecrditosfiscaissenecessrio,deformaprogressivaj

    em2012.

    4. SistemafiscalmaissimplesOCDSdefendeasimplificaodosistemafiscal,tornandoomenoscomplexoelabirntico.

    Queremosumsistemafiscalestvel,quefaciliteocumprimentodoscontribuinteseaseguranados

    investidores.Paraisso,propomos:consultaspblicasaosagentesdomercado(nomeadamenteaos

    TOCs,ROCs,auditoresejuristas)antesdasalteraeslegislativas,paraqueelassejamconsensuais,duradouras e tecnicamente bem elaboradas; publicao de trabalhos preparatrios ou notas

    justificativas com as alteraes fiscais e, sempre que necessrio, emisso de instrues

    pormenorizadasquantoaomodocomoossujeitospassivoslhesdeverodarcumprimento.

    5. AbrirnegociaesnaUnioEuropeiaparacriarumregimedecaixadoIVAO CDS conseguiu que fosse aprovada, pela primeira vez, uma Resoluo do Parlamento que

    recomendaacriaodeumregimesimplificadodeIVAdecaixacomeandopelasempresasmais

    pequenas.

    Isto querdizer que estas empresas deixamdeterque entregar o IVAao Estado com a factura e

    passamapoderentregloapenasquandoefectivamenterecebemodinheiro.

    Sabemos que a aplicao do regime de caixa implica negociaes com a Unio Europeia, mas

    sabemos tambm que j alguns pases conseguiram apliclo e que Portugal precisa dele com

    urgncia.NocasodetransacescomentidadesdoEstado,emparticular,absolutamenteinquo

    queoEstadoexijadeumaempresaquelheadianteodinheirodeumimpostoqueeleprpriodeve.

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    6. ProsseguiroreembolsomaiscleredoIVADuranteaanteriorlegislatura,oCDSbateusepormuitasalteraesparafacilitaravidasPME.

    Nalgumas obtivemos vitrias importantes. o que aconteceu com os reembolsos do IVA mais

    cleres: conseguimosum sistemade reembolsomensalmais alargado,em quemuitas empresas

    puderaminscreverse,sendoqueosrestantesreembolsospassaramtambmde90para60dias.H

    ganhosefectivosdetemponoreembolso,masprecisoestaratentoaocumprimento.

    Sabemos que ainda falta fazer muita coisa,mas estamos tambm certos de que conseguiremos

    transformaraconfianaqueosempresriosdepositaramemnsemmelhoriasmuitoconcretasdo

    diaadiadasempresas.

    7. MelhorarosprazosdepagamentodoEstadoprdinheiroacircularnaeconomia!Tambm na anterior legislatura, o CDS conseguiu um avano fundamental para pr o Estado a

    comportarsecomopessoadebeme,aomesmotempo,comoumgestorcriterioso.Foiconsagrado

    oregimedepagamentodejurosdemoraparaoscasosemqueoEstadoseatrasaoquesignifica,

    porumlado,queosparticularespassamasermenosprejudicadosquandotmdelidarcomum

    Estado incumpridor e, por outro lado, que o Estado obrigado a ser maisdisciplinado, zeloso e

    cumpridor.

    Este foiumpasso importantemasainda hmuito a fazer.Permanecemmuitos casosde atrasos

    sistemticos e de prazos de pagamento perfeitamente absurdos (na ltima lista de prazos depagamentodeentidadesdoEstadopublicada,oprazodepagamentomaiorerademaisdeumano!).

    Assim,queremosasseguraro cumprimento deprazosparapagamentoa fornecedoresportodoo

    Estado,incluindoasempresaspblicas,asautarquiaseasempresasregionaisemunicipais.Nalguns

    sectores, em particular o da Sade, urgente impedir o protelamento como forma de no

    reconhecimentodefacturaodosHospitaisE.P.E.pelaACSS.

    DefendemosumalistadedvidasdoEstado,pblicaetransparente,toexigentecomoalistade

    devedoresfiscais.umaquestodeequidade.

    8. Competitividadefiscal:medidasprticaseumaestratgiainternacionalO CDS vai apresentar tambm propostas para reviso da poltica fiscal internacional do Estado

    portugus, nomeadamente atravs da celebrao de novas Convenes para evitar a Dupla

    Tributao (CDT) e da renegociao das antigas CDT com aqueles pases nos quais as empresas

    portuguesasmais investem, para optimizar o investimento portugus no estrangeiro; do regime

    fiscalaplicvelsSGPS;edasregrasdesubcapitalizao,nosentidodeadoptarasmelhoresprticas

    internacionais,comoformadefacilitarofinanciamentodasempresasportuguesas.

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    Queremos reforaroposicionamentode Portugal comoplataformade investimento internacional

    nos pases africanos de lngua oficial portuguesa (PALOPS) e em Timor Leste atravs da

    flexibilizaodoregimedaeliminaodaduplatributaoeconmicadosdividendosrecebidos,bem

    comodaextensodoregimedeneutralidadefiscalsoperaesdereestruturao(fuses,cises,

    entradasdeactivosepermutasdeaces)comempresaslocalizadasnestepas.

    Para atrair maior investimento estrangeiro em sectores estratgicos e apoiar projectos de

    investimento de empresas portuguesas no estrangeiro, o CDS propor, no tempo adequado,

    melhorias no regime de benefcios fiscais ao investimento produtivo de natureza contratual e o

    cdigofiscaldoinvestimento.

    9. AquestodaTSU:osignificadodanossaprudnciaO CDS sempre foi favorvel a medidas de reduo da Taxa Social nica, paga pelas empresas.

    Conceptualmente,essadesvalorizaofiscalajudaoempregoeocrescimento.

    OmemorandosubscritopeloEstadoportuguscomamissoexternaaponta,jem2012,parauma

    reduodaTSU,masexige,como condio para sermedidaelegvel, a neutralidade oramental,

    fazendomenode umarevisodetabelase taxasdo IVA.OCDS,nadeclaraoqueentregous

    instituies,colocouestepontocomocarecendodemelhorsoluo,atporquedesejvamosevitar

    umasubidadetaxamximadoIVApara25%.

    Umacampanhaeleitoraleolimitadoacesso,porpartedaoposio,informaofiscal,nosoasmelhores condies para dirimir uma matria que sensvel. Prova disso que se confundem

    medidasdereestruturaodoIVAjprevistaspara2012(econsignadasreduododficeem410

    milhesdeeuros)comreestruturaodoIVAparafinanciarabaixadaTSU.Ora,convmsublinhar

    queasdisponibilidades,atravsdareestruturaodoIVA,jsolimitadaspeloobjectivooramental

    queoCDSsecomprometeuacumprir.

    Tendoematenoareservaqueemitimos;anecessidadedareduodaTSUsersignificativa,para

    ter eficcia noempregoe naeconomia; e a ineficincia de reduesminimalistas (que arriscam

    perda de receita sem impacto no crescimento e na contratao); o custo bastante elevado das

    redueseficientes;ofactodeataxadejuropraticadapelaEUnoemprstimoseraocontrrioda

    doFMI penalizadorae ter consequncias oramentais; e ainda tendoemconta a existnciade

    prioridadesparaestimularasempresas,oempregoeocrescimento,dequesoexemplosopreoda

    energia ou os crditos fiscais, as reformas da justia e na legislao laboral; e ainda a escassa

    definioquantoaotipodeempresasquedeviambeneficiardamedida,oCDSentendemanter,por

    deverdehonestidadecomoscidados,umaposioprudentenestamatria.

    A questono conceptual; depossibilidade.Asequipas tcnicas doCDSprocuraro solues

    combinadasentrereduodedespesaeoutrasfontesdereceitaquenoimpliquemasubidadataxa

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    superiordoIVA.Porm,comainformaodequedispomos,ecumprindoocompromissodesfazer

    promessasquesejamexequveis,declaramosqueoCDSslevantaroseupedidodenegociaode

    uma melhor soluo, se estiver solidamente convencido que a reduo (no quantificada pela

    misso)nosignificarumriscodeincumprimentodasmetasdoacordodeajudaexterna.

    10.MNEcomoverdadeiroministrodasexportaesedoinvestimentoOEstadotemquesehabituarideiadequeasindstriascomvocaoexportadorasoonosso

    passaportedesadadasituaodifcilemqueoGovernocolocouopas.

    Porisso,temquesercolocadoaoserviodestasindstriastodaacapacidadedeinflunciadaAICEP

    edaredediplomtica,parapromoverasexportaesportuguesasjuntodosEstadosdeacreditao,

    ajudar captao do investimento directo estrangeiro, apoiar em concreto a implantao de

    empresasportuguesaseparaprestar,apedidoesemprequepossvel,informaesquepossamser

    relevantesparaosagenteseconmicosnacionais.

    OCDSvoMinistriodosNegciosEstrangeirosdeformacompletamenteinovadora.Serdiplomata,

    hoje, no Portugal de 2011, saber, sobretudo, vender a marca Portugal no estrangeiro, captar

    investidores,trabalharmercados,apoiarempresas,demodosistemtico,practivoemensurvel.

    Naactualsituao,oprimeiroministroeoMNEterodeserosprimeirosvendedoresdamarca

    Portugal no mundo focado que nos interessa, os melhores promotores das empresas e dos

    produtosqueexportamoseosmelhoresrecrutadoresdeinvestimentoestrangeiro.A diplomacia portuguesa competentssima, como seprova pelos cargos internacionais que tem

    obtido para Portugal. Mas a prioridade conferir a essa competncia uma nova, intensiva e

    fortssimaculturadediplomaciaeconmicacomocentrodeumaprofissoaltamentequalificadano

    EstadoedoEstado.

    A maior reforma estrutural que defendemos a integrao da AICEP no MNE, para somar e

    congregaresforosdaredediplomticaedaredeeconmicanoexterior;mudanasnacapacidade

    operacionaldaAICEP,quedeveseguirosprocessostambmnodomniodospagamentosdosapoios;

    eumareformaprofundadoIAPMEI.

    Esta nova viso do que deve ser o Ministrio dos Negcios Estrangeiros no dispensa outras

    competnciasquetradicionalmentelheestoatribudas,equenestecenriodedificuldadesganham

    umanovaimportnciacomoadefesadaLusofonia;aapostanasrelaescomospasesdaCPLP;o

    aprofundamento da nossa cooperao internacional e a promoo das nossas comunidades

    emigrantes, quer as comunidades tradicionais,quer asque so geradas pelo fenmeno danova

    emigrao.Adefesadalnguaportuguesaedoensinodoportugusnopodemserdesvalorizados.

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    11.UmaapostafortssimanossectoresprodutivosquesoestratgicosPara aumentar as exportaes e diminuir as importaes fundamental que Portugal faa uma

    apostaradicalnossectoresprodutivos. Paraalmdasindstriase servios exportadores, crucial

    queaspolticaspblicasseconcentrememreasemquetemosvantagensnaturaisdiferenciadoras

    eemque,portanto,temosgrandepotencialcompetitivo.ocasodaAgricultura,daFlorestaedo

    Mar,mastambmdoTurismo,dasIndstriasCriativasedaCulturaeLazer.

    12.UmMinistrodaAgriculturacompesopolticoO primeiro compromisso do CDS nesta matria simples, mas fundamental: com o CDS, os

    agricultores tero um Ministrio da Agricultura politicamente forte, com assento prprio em

    ConselhodeMinistros.ComoCDS,ficarasseguradaacomparticipaonacionaldoPRODER,eser

    recuperadaumapolticasignificativadecontratualizaocomoassociativismoagrcola.

    Temos que fazer da agricultura, das florestas e das agroindstrias um sector estratgico e uma

    prioridadenacional.precisoinverterapoltica,desenvolvero potencialprodutivoedinamizaro

    mundo rural. Isto temque ser feito comos agricultores, comos proprietrios florestais, comas

    empresasagroindustriais,comasempresasdeserviosedefactoresdeproduoecomoapoiodos

    consumidores.Aumentaraproduoagrcolaeflorestaleconsumirosnossosprodutostornaramse

    umimperativonacional.

    13.Odesafiodeatingiraautosuficinciaalimentar,medidaemtermosglobais(emvalor),no

    prazode7anos

    possvel,necessrio,vital.

    Partindodeumdficealimentarque superior a 3.000M/ano,o CDSlanaaos portugueses o

    desafiode colocandotodosos instrumentos depoltica a funcionar atingir umnvel de auto

    suficincia,medidoemtermosglobais,noespaode7anos(operodohabitualdosprogramasde

    fundoscomunitriosdeapoioaoinvestimentoagrcola).IstonoquerdizerquePortugalvenhaaser

    autosuficienteemtodasasprodueseculturas,oqueseriaobviamenteimpossvel;masistoquer

    radicalmentedizerqueonossoobjectivoquesejacorrigidoodficealimentarcitado,passandoas

    nossasexportaesnosectoracompensarasimportaes.

    Portugalpodeproduzirmaisedeveproduzirmelhor.Osempresrioseosagricultoressocapazes.E

    aagricultura,comoafloresta,comoaindstriaagroalimentar,sodeterminantesparadesendividar

    Portugal,exportandomaisesubstituindoimportaes.

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    14.TornaroPRODERrpido,simpleseamigodosagricultoresParaatingiroobjectivoenunciadocrucialaproveitarcomutilidadeprodutivaefectivaatotalidade

    dosmeiosdisponveisnosfundoscomunitrios.ComeandopeloPRODER.

    OCDSvaiassegurararevisorpidadoPRODER,emcolaboraoestreitacomaComissoEuropeia,

    simplificandoo(se possvel, definindo apoiosunitrios como acontecenoVITIS)e reorientandoo

    para o aumento e melhoria da produo agrcola e florestal. A alterao tem que ser feita nos

    critrios de valorao relativa dos projectos, privilegiando a viabilizao e no exclusivamente a

    competitividade, evitando o sobredimensionamento dos equipamentos, privilegiando os

    investimentos directamente produtivos, tendo em conta a diversidade regional e alterando o

    procedimentodeapresentaodosprojectosquepassararecepocontnuaedeixardeserpor

    perodosfechados.

    OMinistrio temdese habituar adecidir ascandidaturas dentrodos prazos e a fazer chegaros

    pagamentos a tempo e horas. Portugal tem que conseguir recuperar e at ultrapassar

    significativamenteonmeromdiodeprojectosdemodernizaofinanciadoscomapoiopblico,do

    quinqunio2000/2004,quefoide13.200porano,eque,infelizmente,nosanosseguintes,caiupara

    nveisinsignificantesporfaltadeapoio.Temostambmqueinstituirummecanismofiscalizadorde

    limpeza burocrtica para eliminar uma inaceitvel burocracia que s uma suspeio doentia

    quantoaoagricultorpodejustificar.

    15.TentarresolveroproblemadasmultaseuropeiasnoRPUetratardassuascausasO CDS procurar por todos os meios utilizar integralmente o envelope financeiro consagrado

    anualmentesajudasdirectasaorendimentonoquadrodoRegimedePagamentonico(RPU)que

    seropagasaosagricultoresmaiscedo.Masnodisfaramosarealidade.Frutodeumainconcebvel

    desorganizaodoMinistrio, levadaa cabonoconsuladosocialista,onossopas tempelafrente

    litgiosjurdicosetcnicosrelativosadevoluesdemontantessignificativosquantoscampanhas

    de2006,2007,2008,2009e2010,cujovalortotalaindaestporapurar.Serumadasprioridades

    deumGovernoCDS.

    NaraizdoproblemaestoincompetnciasprpriasdoEstadoquantoaoparcelrioeaosistemade

    controlos.Enestespontosteremosdecorrigirmuitosprocedimentos.

    16.PrepararbemarenegociaodaPACO CDS empenharse na negociao da reforma da PAC, aps 2013, de forma a assegurar os

    instrumentos necessrios, financeiros e regulamentares, para aumentar e melhorar a nossa

    produoagrcola,florestaleagroindustrialemtodooterritrionacional.Nestamatria,temosque

    fazer grupo com outros Estados membros que revelem interesses idnticos defendendo a

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    manutenodeumaPAC forte,estruturadaemdois Pilares, comuma distribuio equitativa dos

    apoios ao rendimento entre Estados membros, com uma ajuda especfica s orientaes

    ambientalmentefavorveis,sregiesdesfavorecidaseaospequenosagricultores.

    DevemostambmaprofundararenegociaodaPACparapotenciarautilizaodosinstrumentose

    polticasdeapoioaorendimentoeproduoquefacilitamaconcretizaodoobjectivodeauto

    suficincia,medidaemtermosglobais(emvalor),jenunciado.

    17.ReinventarepromoveramarcaPortugalOCDSvaiempenharsedeumaformaintensaeprofcuaemdesencadearumacampanhanacional,

    queenvolvatodaasociedadeportuguesacomoobjectivodefazerdosectoragrrioummotivono

    sdeorgulhonacional,mastambmdeconsensonacional.

    necessrio juntar mesa agricultores, associaes, distribuio e decisores polticos garantindo

    que, no s os apoios do PRODER se destinam produo de bens agrcolas que substituam

    importaesecontribuamparaanossasoberaniaalimentar,bemcomoasuacorrectadistribuio.

    Queremos,naprximalegislatura,dinamizarumaculturavoluntriadocomprarportugus,quese

    estendeaoEstadoepopulao.

    18.Terminarcomomarasmonapolticaflorestal tempo de quebrar os ciclos viciosos que persistem na nossa floresta (fraccionamento, gesto,incndios e doenas). Assim, o fraccionamento que leva ao abandono s pode ser contrariado

    atravs do associativismo florestal, do emparcelamento funcional e da gesto colectiva (gesto

    condominial):precisoredinamizarasZIFscomconsistnciaeatractividade.

    Ocadastroflorestalindispensveletemqueserfeito.precisocriarummecanismodesegurana

    e degesto de riscos, com o apoio daUnio Europeia e emconjunto com as seguradoras, para

    reduzirsubstancialmenteosriscosdeincndiosflorestais.Finalmente,temquesefazerdodeclnio

    dospovoamentossubercolasedocombateaonemtododopinheiroverdadeirasprioridades.

    O potencial do sector florestal est claramente subaproveitado e inaceitvel o grau

    verdadeiramenteresidualdeaproveitamentodasmedidasdoPRODERparaafloresta.

    19.OfuturodePortugalpassapelaeconomiadoMarOmardefinitivamenteorecursoeconmicocommaiorpotencialdedesenvolvimentonaeconomia

    portuguesa,tantopelassuascapacidadesnaturaiscomopeloabandonoaquefoivotadoaolongo

    dosltimosanos.

    tambm um dos recursos que tem um carcter identitrio que nos trar um caminho de

    desenvolvimentomaisnaturaleconsolidado.Paraqueestaapostatenhasucesso,precisoescolher

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    prioridadesemfunodacapacidadedemaisrapidamenteseremobtidosresultados.Temosque

    escolher as actividades que j esto nossa disposio e que de imediato podero encontrar

    investidoresinteressadosnoseudesenvolvimento.

    Exactamente como a Agricultura, o Mar desendivida Portugal. Por isso o CDS optou por um

    Ministrio da Agricultura e do Mar, preparando uma forte concentrao de competncias

    (actualmentedispersas)nasvriasreasdeeconomiadomar.

    20.TemosdevoltaraterarmadoresnacionaisO CDS defende o estmuloe desenvolvimento deuma classe dearmadoresnacionais,decapital

    nacionale/ouexternoeapromoodenovasactividadesnacomponentedaconstruoereparao

    naval,aproveitandoinfraestruturasquejexistemnonossopas.

    IstoimplicacriarascondiesdeatractividadequeoutrospasesdaUnioEuropeiajestabeleceram

    equegarantam,aosarmadoresjemactividadeeaosquepossamviratla,acriaodecondies

    decompetitividadequesejamconsideradasdeinteresseequeoslevemamudarasuabaseparao

    nossopas.

    Onossoobjectivo,progressivamente,criarumclusterdearmadoresemPortugalquenostrara

    capacidade de intervir no meio do transporte demercadorias a nvelmundial e de promover a

    criaodeumnovogrupodeempresriosnumadasindstriasquemaiorriquezatemproduzido

    paraospaseseempresriosquenelainvestem.Noquerespeitaconstruonavaleapardapromoodeumarededearmadoresnacionais,que

    resultarsempredecondiesdeapoioaoseuestabelecimento,tornasefundamentalcondicionar

    esseapoioobrigaodeconstruodosseusnaviosnosestaleirosnacionais.

    21.Umapolticacompetitivadeportos,entradadaEuropaTemosquenosposicionarcomofornecedoresdeserviosaosrestantespaseseuropeus,colocando

    nos definitivamente como porta de entradae sada da Europa, beneficiando da nossa excelente

    posiogeogrfica.

    Emmatria porturia emartima,a to proclamadaperiferia de Portugal umacentralidade, se

    aproveitadainteligentemente.Paraestetematambmfundamentalaproveitarascondiesnicas

    doportodeSinesparaatrairinvestimentodeproduoemontagemparaumaregioemquemuito

    sepodefazerdenovoe,porisso,bemfeito.

    Temostambmdeaumentarasnossascapacidadesdecontroloepoliciamentodessemesmoespao

    martimo,oquedeverserfeitoatravsdasnovascapacidadesjemconstruonosestaleirosde

    Viana.

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    22.NegociarmelhoraspescasemBruxelasOCDSacreditanumamudanaculturalemtodaaeconomiadomar,quenospermitarelanaro

    sectorpesqueiroanveldacompetitividademundial.necessriopromoveraproduodepescado

    ea valorizaodopescadoportuguscomoumadasmelhores iguariasmundiais.Paraapesca,h

    queprocurarmelhoresnegociaesdequotasemBruxelasedesenvolverumapoliticaestimulante

    quepromovaacriaodenovosemaioresempresriosparaestesector.

    Para a produo de pescado, fundamental apostar na formao de uma nova classe de

    profissionaisque,apardosquejhojesoresponsveispelacriaodealimentoanimalemterra,

    sejamosnovoscriadoresdealimentoanimal,nomar.

    23.OturismomartimocomoapostaOCDSdefendeumforteimpulsosactividadesdeturismomartimo,sejaoaumentodoscruzeiros

    quevisitamonossopas,sejaacriaodeserviosdeapoioaosnaviosquenosvisitameaosquepor

    aquipassamsementrar.

    O essencial promover a criao de centros de mar ao longo da nossa costa, dandolhes as

    condiesmnimasparaodesenvolvimentodosseusprojectosdeactividademartimaeassegurando

    assimaproximidadeculturalcomotemadomar.

    24.Apostarnainovaoeinvestigaosobreomar

    O CDS quer que Portugal lance as bases que promovam o desenvolvimento de projectos de

    investigao,tantonoquerespeitaenergiacomoqumicaebiologia,demodoaqueonosso

    passetornenumparceiroactivo,anvelinternacional,ecolocandonoscomoprincipaiscandidatos

    abeneficiardosrendimentosoriginadosporestasnovasreasdedesenvolvimento.

    Olanamentodeumabasedeconhecimentosobreomar,quedeversermatriadeestudonas

    escolas portuguesas a forma mais eficaz de transformar o mar que temos num tema sempre

    presentenaestruturaodonossodesenvolvimentoeconmico.

    A extraordinria experincia daMisso de Plataforma Continental um exemplo do que so as

    competnciascientficasportuguesasnomar.APlataformaContinentalumdossierqueseguiremos

    atentamente.

    25.UmanovavisodapolticadeturismouniversalmenteaceitequeoTurismoumsectorabsolutamenteestratgicoparaocrescimento

    econmicoemPortugal.Maisainda,numquadrodeendividamento.Numcenrioparticularmente

    exigente, precisouma novaviso sobre este sector.O CDS hmuito sabedissoe prope que

    poltica de turismo se centre no crescimento da receita por turista, mais do que nonmero de

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    turistas, e na promoo promover uma maior cobertura da oferta turstica, designadamente

    apostandoemofertademdiaoupequenadimenso(aestratgiadeinvestimentosnodeveficar

    concentradaemPINdegrandedimenso,masparados).

    Temosdedesenvolverpolticasdemarketingagressivasnosubsectordoturismosnior(queprefere

    viagenscurtasedestinosseguros)edeapostarnodesenvolvimentodemercadosemergentesou

    deoportunidade(como,porexemplo,aChina,andia,Brasil,Lesteeoutros).

    26.AproveitaraoportunidadederecuperaoeconmicaqueoTurismorepresentaOCDSpropemedidasmuitoconcretasparaagilizarestesector,comoasimplificaodalegislao

    doturismocomagrupamentonumCdigodoturismoedasactividadestursticas;areorganizao

    dasestruturasergosregionaisdeturismo,umavezqueoactualmodelotemdemasiadasdivises

    esobreposies;ereforodoensinopbliconestareacomofertadeformaomaissimplificada,

    emcolaboraocomosprivados.

    27.ACulturacomofactordecompetitividade,crescimentoecoesoACultura,longodemaisdosnossosoitosculosdeHistria,umfactoressencialdecoesoentreos

    Portuguesesopatrimnio,aidentidadeeasuaexpressocontemporneaqueimportapromover

    paraasuaqualificao,paraodesenvolvimentoeconmicoeaafirmaointernacionaldePortugal.

    Omomentocrtico,quePortugalatravessa,temdeserummomentoestratgico.hojeconsensuala

    importncia das indstrias culturais e criativas, como factores de inovao, diferenciao edesenvolvimentoinclusiveregionalelocal,nomeadamenteeconmico.

    AdefesadoPatrimniocomumaprimeiraresponsabilidadedoEstado,emtermosculturais.Asua

    actuaotemdeserdescentralizadaeterumagestocomamximautilizaodosrecursos.Oapoio

    expressoartsticacontemporneadeveteremcontaocritriodeemergnciaperantecasosde

    necessidadeeseralvodeumaavaliaocriteriosatalcomoosapoiossfundaes.

    Propomosumaacotransversal,nareadaCultura,numaestratgiaintegradacomaEducaoeo

    Turismo.Seaescolafomentaaeducaoartsticaeformaospblicos,eaculturaprotege,investiga

    eexprimeopatrimnioeaidentidade,oturismoqueodivulgaepromove.

    A Lngua portuguesa e o nosso patrimnio imaterial so factores de afirmao de Portugal, que

    temosdesaberdefenderepotenciarinternacionalmente.

    28.AeconomiadacriatividadenomercadoglobalNasociedadedoconhecimento,atravsdastecnologiasdainformaoecomunicao,aeconomia

    das indstrias criativas assume um papel preponderante. Nesta rea, da cultura de projecto,

    concepoecriao,amaisvaliaocapitalhumanoqualificado.

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    Peranteoacessocadavezmaismassificadoeemmltiplasplataformasaoscontedos,porum

    lado,e aprocuracrescentedeumaofertapersonalizadae inovadora,aprocuracrescentedeuma

    ofertapersonalizadaeinovadora,opotencialdecrescimentodasindstriascriativasmedesepela

    extensodalnguaportuguesanomundo.

    Paraaproveitarestaoportunidade,consideramosrelevanteodesenvolvimentodeaglomeraesde

    actividadese aligaoentrea criaoea suafruio adistribuio.Defendemosa propriedade

    intelectual como suporte de um direito, motor da inovao e atraco do investimento na

    continuidadecriativa.

    29.NoprivatizaraCGD;fazerdaCGDumbancodefomentoeconomiaOCDSdefendeamanutenodaCGDsobocontrolodoEstadoportugus,comumamissomuito

    definida ummandatopolticoclaronosentidodeapoiarasPMEeaindamaisespecialmenteem

    processosdeconsolidaoeexportao.ACGDnotemtidoosucessoexpectvelnestamisso,e

    foi como carrovassoura do que sucedeu no BPN e BPP, casos gravssimos de criminalidade

    financeiraefalhadesuperviso.

    Numaalturacomoaqueatravessamos,aCGDpodiaedeviaterumpapelessencialnoacessoao

    crditopelasempresas,emparticularpelasPMEexportadoras.Nopossvelimaginarquevaihaver

    crescimento econmico enquantoo crditoestiverabsolutamentebloqueado. Infelizmente,nesta

    matria,oGovernofoiricoempalavrasmaspobreemsolues.A CGDdever ter umConselho de Supervisoprprio, de composio institucional,emnome da

    transparnciadasuamisso.

    AoposiodoCDSprivatizaodaCGDjfoiexplicadaefundamentada.Noseconfundecom

    alienaesnochamadoGrupoCaixa,aquesomosfavorveis.

    Aindanocampobancrio,oCDSserumpartidoextremamenteexigentequantosboasprticasde

    umasupervisocompetente.Jbastouoquebastou.

    30.DinamismosnosMercadosBolsistasAlternativosOagravamentodacrisefinanceiraresultounumfenmenodeescassezdeliquidez,emsimultneo

    comumestreitamentoprogressivodoscanaisdeacessoaosmercadosdecrdito.Emborajexistam

    em Portugal, os Mercados Bolsistas Alternativos continuam sem atingir o dinamismo registado

    noutros pases europeus (caso da Frana). Por isso, esta soluo, que hoje tmida, tem que se

    transformarnumasoluoefectivaparamuitasPME.

    OCDSdefende,paraalcanarestefim,queoGovernoapostenestasBolsas,estabelecendocanaisde

    comunicao (atravs da AICEP, Inovcapital ou PME Investimentos), fomentando a aproximao

    entre empresas e entidades assessoras reconhecidas pelas entidades gestoras das Bolsas

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    Alternativas, e promovendo periodicamente Investors Day para colocar em contacto empresas

    interessadasepotenciaisinvestidores.

    31.Capitalderisco:potenciaresupervisionarEmPortugalaactividadedecapitalderiscoaindapoucoexpressivaquandocomparadacomoutros

    mercados. Em termosde investimento, Portugal registou um totalnaordemdos470milhes de

    euros,nosltimosdoisanos.

    Assim,oCDSdefendequeoprximoGovernoclarifiqueideiassobreestetipodefinanciamento,

    supervisionado com competncia, sendo possvel a associao de bancos nacionais, e grupos

    econmicosnummesmoveculo(geridoporgestores independentes deexperincia comprovada)

    que possa servir de alavanca para projectos ou empresas com elevadopotencial de valorizao,

    criaoderiqueza,inovaoeemprego.

    32.DescomplicaraburocraciaApesardealgunsavanosquetmsidofeitosnestedomnio,hmuitasactividadesqueaindase

    vemconfrontadascomumemaranhadodelicenaseautorizaes,processosecomplicaesque

    dificultamemuitoaactividadeeconmicaecriamentravesartificiaisconcorrncia.Importanos

    simplificar os processos mas tambm articular as entidades licenciadoras e evitar legislao

    excessivamente confusa e regulamentadora que se torna, na prtica, extremamente difcil decumprir.

    33.OQRENprecisademenosetapasemaisadesoO sistema actual de gesto de fundos de apoio empresarial no coerente e contm injustias

    relativas.Osmecanismosdeacessoafundoscomunitrios,linhasdecrditooucomparticipaesde

    investimentosaparecemcomomedidasavulsas,semanecessriaintegraoentreelas.

    fundamentalsimplificarefacilitartodooprocessodecandidaturasaoQRENapalavradeordem

    desburocratizar.

    necessriopouparetapasedotardeautoridadereforadaosdecisoresprincipais.OQRENtem

    depesarmuitomaisnocrescimentoeconmico.

    34.RefundarapolticadeconcorrnciaemPortugalSmercadosabertosecompetitivos,baseadosnaassunodoriscoenasuacorrectaretribuio,

    socapazesdepromoverainiciativa,oinvestimentoeainovaosemosquaisnohcrescimento

    possveldaeconomia.

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    Mas o mercado s conduzir s melhores solues, quer em termos de eficincia produtiva e

    distributiva,queremtermosdepromoodocrescimento,seoseufuncionamentoforapoiadopor

    uma poltica de concorrncia que se oponha a prticas contrrias ao interesse pblico e a

    comportamentos abusivos em prejuzo dos consumidores. Sem regulao no h verdadeira

    concorrncialivre.

    Aregulaodosmercadossdeveintervirenquantoforclaroquea concorrncianosuficiente

    para assegurarqueomercadofuncionedemodoaproporcionareficciae utilidadesocial, isto,

    perante falhas de mercado. O objectivo da regulao criar estruturas competitivas e a sua

    actuao deve limitarse ao necessrio para alcanar esse objectivo. Mas nos casos em que a

    regulaonecessria,temdeagircomtodasasconsequncias.

    O CDS no aceita que, com prejuzo dos interesses dos consumidores e dos contribuintes, se

    perpetueatendncianaturaldasestruturasregulatriasparaasuaautojustificao,comfrequncia

    apoiadasempoderososinteressespolticoeconmicosaosquaisaregulaointeressa,desdelogo

    pelosseusefeitosanticoncorrenciais.Aregulaosectorialnopodesersinnimodemanipulao

    dos mercados ou de imposio de uma burocracia de tcnicos ou funcionrios pretensamente

    iluminados.

    preciso dizer claramente que em Portugal, na prtica, a regulao, em vez de promover a

    concorrncia,temmuitasvezesprotegidointeressesinstalados,entrandoemconflitocomasua

    misso.OCDSprope,paraaumentaraconcorrnciaemPortugal,quetodaalegislaonovaoujem

    vigor seja sujeita a um rigoroso escrutnio do ponto de vista da sua compatibilidade com as

    exigncias de concorrncia e que acabemmecanismos de licenciamento ou de aprovao prvia

    excessivosparaoexercciodeactividadeseconmicaseque,paracmulo,emcertoscasos,fazem

    participarnadecisoosoperadoresjinstalados,cujoobjectivo,naturalmente,dificultaraentrada

    denovosconcorrentes.

    35.UmaNovaAutoridadedaConcorrnciaAAdCnosetemmostradoalturadassuasresponsabilidades.Asuafunodefinireexecutar,de

    formaparticipada, umapoltica de concorrncia vigorosa, fiscalizar comeficcia e competnciao

    cumprimentoda leieexercer comdinamismoebomsensoumpapelpedaggico juntodosmeios

    empresariais.

    O CDS quer dar coerncia, transparncia e segurana ao regime jurdico das entidades

    administrativasindependentes,entreasquaisaAdC,peloquesubmeteraprovaodaAssembleia

    daRepblicaum(hmuitodesejado)projectoderegimejurdicodessasentidades,nalinhadoque,

    alis,jpropsnarevisoconstitucional.

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    O novo regime jurdico que o CDS prope desgovernamentaliza e torna verdadeiramente

    independentesasentidadesreguladorasindependentes,atravsdeumsistematripartidoemqueo

    Governoprope, o PresidentedaRepblica nomeiae a Assembleia fiscaliza.A independncia de

    qualquer autoridade no pode dissociarse da sua obrigao de prestar contas pelo que o CDS

    propetambmqueoConselhodaAdCeasadministraesdasautoridadesreguladorassectoriais

    apresentem anualmente o relatrio das suas actividades Assembleia da Repblica e que os

    respectivospresidentescompareamnascompetentescomissesparlamentaresparaprestartodas

    asexplicaessobreaexecuodaspolticasqueestoaseucargo,semprejuzodorespeitodevido

    confidencialidade requerida pelos segredos de negcios das empresas e pela presuno de

    inocncia.

    A modificao, nesse sentido, do texto constitucional determinar, naturalmente, as necessrias

    alteraesnosrespectivosestatutos,oquedeverserlevadoacabofaseadamente,acomearpela

    AdC,dadooseucarctertransversaleexemplar.UmanovanormaconstitucionalenovosEstatutos

    determinam, naturalmente, a nomeao, de acordo com as novas regras, de uma nova

    AdministraodaAdC.

    36.TribunaldecompetnciaespecializadaparaaconcorrnciaeregulaoO CDS considera igualmente indispensvel criar condies para uma eficaz e competente tutela

    jurisdicionaldosdireitosdosparticulares,comocontrapontoexistnciadeumsistemadesanesto pesadas como so as que, alis justificadamente, correspondem violao das regras de

    concorrncia.

    Somos favorveis criao de um tribunal de competncia especializada para as questes de

    concorrncia e de regulao com composio, estrutura e regras processuais adequadas

    complexidadedamissoquelheserconfiada.

    EssetribunaldevenosassegurarocontrolojurisdicionaldalegalidadedaactividadedaAdCedas

    entidadesreguladorassectoriais,mastambmapoiarostribunaiscomunsnasuatarefadeaplicaro

    direitodaconcorrncia,nacionaledaUnioEuropeia,designadamenteatravsdoreconhecimento

    dedireitosindemnizatriosatodosaqueles(consumidoresouempresas)quesejamefectivamente

    lesadosporcomportamentoscontrriossnormasaplicveisnosvriosmercados.

    37.Leislaborais:opragmatismoaconselhaarenovarcontratosatermoEm 2011 o Desemprego em Portugal atingiu os 11.2% nas estatsticas oficiais, que contabilizam

    620.000portuguesesqueprocuramtrabalhoenoo encontram.Muitos deles so jovens,muitos

    delessomulheres,muitosdelessocasaiseodesempregoespecialmenteduronalgumaszonas

    especficasdoPas.

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    Numaconjunturadestas,comestimativasemqueodesempregoatinge13%precisoterrespostas

    queajudemacontrataoenoquefacilitemosdespedimentos.

    At200.000portuguesesestarohojeatrabalharcomumcontratoque,porcausadeumaalterao

    legislativadecididapeloGovernoem2009,jnoaugedacrise,nopoderserrenovado.Propomos,

    por isso, imediatamente, a possibilidade de renovao destes contratos, ainda que a ttulo

    excepcional.

    opragmatismoquedeterminaestaescolha.Emcrescimento,eficazestimularacontrataoem

    regimeduradouro.Emrecesso,umabsurdofazercaducararenovaodoscontratosatermo.

    38.DaroremanescentedosubsdiodedesempregoaquemcontratesemtermoFazsentidotambm, semaumentar a despesapblica, criar polticasqueajudemas empresas a

    contratarnestasituaodeexcepo.

    Nesse sentido proporemos que se possa atribuir globalmente, por uma s vez, entidade

    empregadora que celebrar com um desempregado um contrato de trabalho sem termo o

    remanescente do subsdio de desemprego a que os beneficirios teriam direito, estendendo o

    regimeactualmenteexistenteparaacriaodoprpriopostodetrabalho.

    39.AligeiraroCdigodeTrabalhoparaasPMEA reforma da legislao laboral um desafio. No faz sentido tratar damesma forma grandesempresas, com departamentos complexos a tratar dos seus recursos humanos, ou servios

    contenciososqualificados,damesmaformaquemuitasvezessetratammicro,pequenasemdias

    empresas,quenotmasmesmascapacidadesinstaladas.

    Fazsentidocriarregrasprprias,noCdigodeTrabalho,eadaptaralegislaolaboralparaasmicro

    ePME,retirandoburocraciaseexcessodeprocedimentosecriandoregrasquesejamadaptadasalei

    realidadedonossotecidoempresarial.

    40.AAutoEuropaumexemploquedeviamultiplicarseprecisotambmfacilitarodilogo socialdebaseempresarial. Estimularos acordosdeempresa,

    quepermitem encontrar solues especficaspara trabalhadorese empregadores essencial. H

    vriosexemplosdeacordosdeempresa,comoodaAutoEuropa,emqueforampossveisconsensos

    sociaisqueestimularamasempresesegarantiramadefesadosinteressesdostrabalhadores.nesse

    modeloquetemosdeinsistir.

    EmPortugal,anegociaodeempresadeparase,muitasvezes,comumforteconservadorismo,

    tanto sindical como patronal.Ora, ospases comelevados nveis econmicos e sociais, hmuito

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    desenvolveram,numalgicadecompromissoedenegociao,enodelutadeclasses,osacordos

    deempresa.

    41.OeloentresalrioeprodutividadeA baixa produtividade um dos nossos maiores problemas econmicos e sociais. Tambm aqui

    regredimos.

    precisomudardaaversoaomritoindividualedonivelamentoporbaixodoesforoedotrabalho

    para uma cultura de prmio ao desempenho e de estmulo aos aumentos de produtividade e

    competitividade.

    Respeitando, evidentemente, os acordos estabelecidos em matria salarial, defendemos que a

    evoluosalarialtemdeteremconsideraoanecessidadedeaumentaraprodutividade.

    Em perodo de crescimento econmico, e apenas nesse cenrio para evitar que a medida

    desincentiveacontrataooCDSdefendequeosganhosdeprodutividadedeumaempresa,que

    sejamobjectivamenteatribuveisaofactortrabalho,devemreflectirsenumacompensaononvel

    salarialdotrabalhador.

    42.Feriados:garantirperodosdedescansosemafectaraprodutividadeEm2003,foiumMinistrodareadoCDSque,pelaprimeiravez,abriuapossibilidadedesealteraras

    datasdosferiados,deformaadiminuiraspontesdemasiadolongaseaumentaraprodutividade.asoluoquemuitosdosnossosparceiroseuropeustmequepermiteperodosdedescansomais

    extensossemreduziranossaprodutividadeecompetitividade.alturade,deformaconsensual,

    respeitandoos parceiros sociais easvriassensibilidadesespirituais e sociaisenvolvidas, retomar

    estadiscusso,garantindoaalteraodealgunsferiadosnotodosparaa2afeirasubsequente,

    juntandoosaodiadedescansoobrigatrioqueoDomingo.

    43.Energia:AumentaraConcorrnciaepreservarasoberaniaO CDS acredita que a participao da iniciativa privada nos mercados da Energia tem de ser

    aprofundada. Nesta matria tem de haver uma separao rigorosa entre as operaes de

    comercializao e produo, nas quaisa presena deprivadose o aumento deconcorrncia so

    desejveis,dasoperaesdetransporteligadasaredesfsicasemquetemdehaverumcuidado

    extremoumavezquesetratademonopliosnaturais.Porisso,vitalasseguraraqui(enocasode

    privatizaodaREN)queointeressenacionalacauteladoequeaqualidadeeseguranadoservio

    emtodooterritrionacionalnosopostasemcausa.

    Paraalmdestescuidados,oCDSpromoveracriaodemecanismoscontratuaiseregulatrios

    em consonncia com o MIBEL e MIBGAS que garantam a segurana do abastecimento, as

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    interligaestransfronteirias,aqualidadedoservioeoacessoequitativosredesportodosos

    concorrentes,bemcomoumaERSEcommaispoderes.

    necessrioproceder aumaavaliao dopeso dasrenovveisededecises e actospolticosna

    facturaelctrica,atemfunodasituaorecessivaquevivemos.

    44.Reveraorgnicaeosinstrumentosparaumapolticaambientalsustentvelpenosoconstatarque,emmatriadepolticasambientais,doscompromissoseleitoralistasdoPSe

    dealgumasboasintenes,muitopoucofoiconcretizado.Agestodoambienteedoordenamento

    doterritrio implica,porum lado, responsabilidade intergeracional e,por outro, anoodeque

    cabe aos governos definir o caminho nosentidodeuma economia mais sustentvel commenor

    pressosobreocapitalnaturalemaiseficientenautilizaodosrecursos.

    Nessesentido,oCDSpropequesejamadequadaserepensadasasestruturaseaorgnicadetutela

    dosector,quesejareavaliadaaeficciaeaactualidadedosinstrumentosdepolticaambiental,de

    modo a garantir o desejado nvel de proteco e valorizao dos recursos ambientais, com o

    pressuposto de que a sua correcta gesto passa por internalizar esses recursos nos critrios de

    decisoeactividadeseconmicasnecessrioserelevantesparaodesenvolvimentonacional.

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    Evitaraexclusosocial

    1. OCDSnoabandonaaquestosocialesquerdaNobastapagaroquedevemossanearasfinanasepraeconomiaacrescer.OCDSnodeixao

    monoplio dasquestes sociaise o combate excluso socialnasmos daesquerda e extrema

    esquerdaquenotmsoluesrealistas.PSePSD,PECapsPEC,sistematicamenteesqueceramse

    docombatepobrezaeexcluso.Congelarampensesmnimas,retiraramabonofamliaclasse

    mdia e mdiabaixa, no agiram sobre o desemprego e retiraram comparticipaes de

    medicamentosaosmaisidososedependentes.

    NumaalturadeausteridadetemdehaverumaticasocialnasdecisesdoEstadoquenoponhaoesforosempresobreosmesmos.NoCDSpropusemoscomoequivalentecortenadespesao

    aumentodaspensessociais,ruraisemnimaspelomenosaonveldainflao.Otempoveioadar

    nosrazo.Em 2012temdeserpossveldescongelaro aumentode pensesmnimasquePSePSD

    aprovaramem2011.

    A actual crise econmica e social criou novos riscos de pobreza associados ao desemprego, ao

    endividamentoexcessivoedesestruturaofamiliaraacumularcomosproblemasjexistentes.

    Peranteaaplicaodasmedidasdeausteridade,impeseumaorientaoseguradeprotecode

    quem menos tem ou mais ajuda precisa; a conscincia que as mesmas medidas tm diferentes

    impactosemsituaesdiferentes.

    Naactualconjuntura,necessrioconsolidarereforaraspolticassociais,comoformadediminuir

    osefeitosdacrisenossectoresmaisvulnerveisdapopulaoeimportaapontarnovoscaminhos.

    Maisinovadoresemaistransformadores.Logo,necessrioinverteralgicadealgumasmedidasde

    polticasocial,desenvolvidaspeloestadocentral,nasuagrandemaioriabaseadasnumaabordagem

    top down. Porque as polticas locais envolvem a comunidade, so baseadas na sua dinmica

    prpriaefortalecemna.Empolticasocial,olocalprximoeocentralmuitasvezesburocrtico.

    Propomos a transferncia de competncias dos servios centrais da segurana social para as

    autarquias, dinamizadorasdasredessociaislocais,porquedefendemosqueasnovasrespostasno

    combate pobreza e excluso social devem estar centradas na exigncia e na inovao na

    intervenolocal.

    Defendemos a implementaode umsistemainformtico quemonitorizetodososapoios sociais

    concedidos, para aferir, com rigor, o verdadeiro impacto na melhoria da qualidade de vida das

    pessoas.Estabasededadosdevecruzara informaosobreos beneficiriosdestasmedidas,com

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    vistaadiminuirosriscosdeduplicaodeapoios,garantindoocarctertransitrioquedevepresidir

    suaatribuio.

    Mantemosapreocupaocomainclusosocialeprofissionaldoscidadoscomdeficinciaeasua

    reabilitao,comespecialatenoparaasestruturasvocacionadasparaoseuapoio.

    2. Defenderopoderdecompradaspensesmnimas,ruraisesociaisUmadasdiferenasentrearevisodoPECinicialmenteapresentadapeloGovernoeoprograma

    apresentado pela Comisso Europeia, BCE e FMI a possibilidade de aumentar as pensesmais

    baixas,de189,227e246,respectivamenteequeforamcongeladasem2011.Asuaactualizao

    aovalordainflaoprevistonoOE2011,2,2%,representariaumadespesadecercade85milhesde

    euros.

    O CDS comprometese a noOramento de2012 no congelar aspensesmnimas, sociaise

    rurais; a nossa meta a sua actualizao ao valor da inflao, para evitar a perda de poder de

    compra; em contrapartida, para assegurar a neutralidade oramental, faremos cortes mais

    audaciosos nos consumos intermdios do Estado. Queremos, ao longo da prxima legislatura

    promover um programa sustentado de actualizao das penses sociais, rurais e mnimas, que

    envolva uma avaliao do Complemento Social para o Idoso, de forma a garantir uma resposta

    coerenteemtermosdeprestaessociais.

    3. UmafortecontratualizaocomMisericrdiaseIPSSA poltica de solidariedade em tempo de fractura social fazse aliando o EstadoPrevidncia e a

    sociedadeprevidncia,ouseja,a extraordinria rede de instituies sociaisque chegamonde o

    Estadonochega.

    AexemplodoquedefendemoscomasMisericrdias,oCDSquerumanovageraodecontratos

    entre o Estado, as Misericrdias e as IPSS para realizar o objectivo de poltica social e transferir

    competncias de execuo e fiscalizao dessas polticas. O CDS est especialmente atento

    fiscalidadedasMisericrdiaseIPSS,demodoaquenosetransformenumobstculointransponvel

    parainstituiesquenotmfinalidadelucrativa.

    4. InovarcomagestosocialdeequipamentossociaisUmEstadoquetemumolhardiferenteemenosexigenteparaosserviosquedirectamenteporsi

    so prestados, no um Estado equitativo nem justo. Nos Estados socialmente avanados, a

    confianado Estadonas IPSScertificadasecredveiselevada,havendomenosconfusoentreas

    funesdeprestador,financiadoreregulador.

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    DefendemosassimatransfernciadeequipamentossociaisqueestosobgestodirectadoEstado

    Centralparaasentidadesdosectorsolidrioqueintegremaredesociallocal,desempenhandoo

    Estadoumefectivopapelfinanciadoreregulador.Destaforma,salvaguardaseaequidade,origore

    a qualidade das respostas s