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93 Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 2, n. 3, jul./dez. 2006. DINÂMICA DA REGENERAÇÃO NATURAL DE FLORESTAS SECUNDÁRIAS NO MUNICÍPIO DE CAPITÃO POÇO, PARÁ, BRASIL (*) Breno Pinto Rayol (**) Manoela Ferreira Fernandes da Silva (***) Fabrízia de Oliveira Alvino (****) RESUMO O presente trabalho teve por objetivo avaliar o comportamento da regeneração natural de florestas secundárias em diferentes estádios de sucessão no Município de Capitão Poço, Estado do Pará. Foram selecionadas duas áreas de florestas secundárias: uma com 13 e outra 18 anos de idade. Estabeleceram-se três classes de tamanho: classe 1 – indivíduos com altura entre 10cm e 1,5m; classe 2– indivíduos com altura maior que 1,5m com DAP > 2,5cm, e classe 3 – indivíduos com 2,5cm e DAP < 5cm. As famílias de maior representatividade nas duas áreas foram as Leguminosae e Myrtaceae e os gêneros mais freqüentes Inga e Myrcia. As espécies Vismia guianensis, Lacistema aggregatum e Talisia guianensis ocorreram nas três medições e em todas as classes de tamanho. Na floresta de 13 anos foram registradas, em três medições, 70 espécies, 58 gêneros e 35 famílias botânicas. Enquanto que a de 18 anos apresentou 69 espécies distribuídas em 59 gêneros e 37 famílias. Durante o monitoramento observou-se pouca variação na composição florística das florestas. A semelhança nas porcentagens de ingresso entre as florestas indica que se encontram no mesmo estádio sucessional. Palavras-chave: Regeneração natural. Floresta secundária. Dinâmica florestal – Amazônia. (*) Este Projeto contou com apoio financeiro do Banco da Amazônia por meio do Fundo de Investimentos da Amazônia (FINAM) (**) Engº Florestal, M Sc., ex-bolsista PIBIC/CNPq do Projeto Manejo de Floresta Secundária do Nordeste Paraense. E-mail: [email protected]; [email protected] (***) Pesquisadora e Professora Visitante da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). E-mail: [email protected] (****) Engª Florestal, M. Sc., bolsista CNPq do Projeto Manejo de Floresta Secundária no Nordeste Paraense. E-mail: [email protected]

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93Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 2, n. 3, jul./dez. 2006.

DINÂMICA DA REGENERAÇÃO NATURAL DE FLORESTAS SECUNDÁRIAS NO MUNICÍPIODE CAPITÃO POÇO, PARÁ, BRASIL(*)

Breno Pinto Rayol(**)

Manoela Ferreira Fernandes da Silva(***)

Fabrízia de Oliveira Alvino(****)

RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo avaliar o comportamento da regeneração natural deflorestas secundárias em diferentes estádios de sucessão no Município de Capitão Poço, Estado doPará. Foram selecionadas duas áreas de florestas secundárias: uma com 13 e outra 18 anos de idade.Estabeleceram-se três classes de tamanho: classe 1 – indivíduos com altura entre 10cm e 1,5m;classe 2– indivíduos com altura maior que 1,5m com DAP > 2,5cm, e classe 3 – indivíduos com 2,5cme DAP < 5cm. As famílias de maior representatividade nas duas áreas foram as Leguminosae eMyrtaceae e os gêneros mais freqüentes Inga e Myrcia. As espécies Vismia guianensis, Lacistemaaggregatum e Talisia guianensis ocorreram nas três medições e em todas as classes de tamanho. Nafloresta de 13 anos foram registradas, em três medições, 70 espécies, 58 gêneros e 35 famílias botânicas.Enquanto que a de 18 anos apresentou 69 espécies distribuídas em 59 gêneros e 37 famílias. Duranteo monitoramento observou-se pouca variação na composição florística das florestas. A semelhançanas porcentagens de ingresso entre as florestas indica que se encontram no mesmo estádio sucessional.

Palavras-chave: Regeneração natural. Floresta secundária. Dinâmica florestal – Amazônia.

(*) Este Projeto contou com apoio financeiro do Banco da Amazônia por meio do Fundo de Investimentos da Amazônia(FINAM)

(**) Engº Florestal, M Sc., ex-bolsista PIBIC/CNPq do Projeto Manejo de Floresta Secundária do Nordeste Paraense.E-mail: [email protected]; [email protected]

(***) Pesquisadora e Professora Visitante da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). E-mail: [email protected](****) Engª Florestal, M. Sc., bolsista CNPq do Projeto Manejo de Floresta Secundária no Nordeste Paraense.

E-mail: [email protected]

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DYNAMIC OF THE NATURAL REGENERATION OF SECONDARY FORESTS IN THEMUNICIPALITY OF CAPITÃO POÇO, PARÁ, BRAZIL

ABSTRACT

The objective of this study was to observe modes of natural regeneration in areas of secondaryforest with different levels of sucession localized in the municipality of Capitão Poço, PA. Two areaswith 13 and 18 years of sucession were chosen. Three size classes were established in order to stratifythe specimens under study: class 1 – specimens ranging from 10cm to 1,5m in height; class 2 -specimens more than 1,5m tall, but with DBH > 2,5cm, and class 3 – specimens with 2,5cm and DBH< 5cm. The families with larger representavity in the two areas were: Leguminosae and Myrtaceae.The genera with larger occurrence were: Inga and Myrcia . Species with Vismia guianensis, Lacistemaaggregatum and Talisia guianensis occurred in the three sampling measurements in all size classes.The 13 year old forest presented a floristic composition heterogeneous, with 70 species, 58 generasand 35 botanical families, distributed in the three samplings. The first sampling presented 42 speciesand the last 61 species. And the 18 year old secondary forest presented during the samplings a totalof 69 species distributed in 59 generas and 37 families. With the first presented 22 species and thelast 62 species.

Keywords: Natural regeneration. Secondary forest. Forest dynamics – Amazon.

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1 INTRODUÇÃO

As taxas de desmatamento das florestasprimárias nos trópicos úmidos vêm crescendo deforma intensiva nos últimos anos, devidoprincipalmente ao desenvolvimento daagricultura migratória e a pecuária extensiva. Ouso da terra e o seu subseqüente abandono estãoaumentando a área total de florestas secundáriasconhecidas como capoeiras (WATRIN, 1996).

Segundo Wagner (1995), aproximadamente,90% da cobertura florestal original foramconvertidos em vegetação secundária, formandoum mosaico de vários estádios dedesenvolvimento, inclusive com áreas já em fasede degradação.

No contexto da agricultura familiartradicional este tipo de vegetação, que sedesenvolve após a colheita, possui um importantepapel, como vegetação de pousio, para arestauração da produtividade dos cultivos emanutenção do sistema de produção agrícola.No entanto, de maneira crescente, a terra vemsendo usada para implantação de cultivos decurto prazo, dificultando a capacidade deregeneração da vegetação. Assim, a crescentepressão sobre a terra e as mudanças nas práticasagrícolas têm reduzido o tempo de pousio,resultando em níveis decrescentes deprodutividade.

Nas capoeiras pode ser encontrada umagrande diversidade de produtos de importânciaeconômica, medicinal e alimentícia. Além disso,as florestas secundárias desempenham um papelde elevada importância ecológica. Desta forma,o conhecimento da vegetação e as buscas de

técnicas adequadas para o manejo podemcontribuir para mudanças no quadrosocioambiental da região.

Para o sucesso do manejo são necessáriosestudos de regeneração natural que permitamcompreender os mecanismos de transformaçãoda composição florística, constituindo umaferramenta essencial para aumentar a densidadedas espécies desejáveis e a qualidade dacomposição florestal (OLIVEIRA, 1995).

Estudos sobre dinâmica de regeneraçãonatural são de grande interesse científico, noentanto, existe um grande desconhecimentosobre o assunto. Além disso, são essenciais paraa elaboração e aplicação correta dos planos demanejo e tratamentos silviculturais permitindoum aproveitamento racional e permanente dosrecursos florestais.

Desta forma, justifica-se a necessidade deestudos sobre dinâmica de regeneração natural,principalmente a composição e dinâmica, queservirão de base para os planos de manejo etratamentos silviculturais. Com isso as capoeiraspodem vir a servir como uso alternativo da terra,diminuindo a pressão de desmatamento sobreas florestas primárias e proporcionando rendaadicional aos produtores agrícolas.

O presente trabalho visa contribuir para ummaior conhecimento sobre a dinâmica deregeneração natural das florestas secundárias,através da análise de dois povoamentos, com 13e 18 anos de idades, localizados no Município deCapitão Poço, no Estado do Pará.

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2 MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi realizado em duas florestassecundárias de 13 e 18 anos, situadas emdiferentes Unidades Experimentais (UE) elocalizadas nas comunidades de Nova Colônia eCarrapatinho, distantes 9 e 16km,respectivamente, da sede do Município.

Segundo Bastos et al. (1984), Capitão Poçoestá localizado a 47º 04’ de latitude sul e 01º 46’de longitude oeste, com clima equatorial super-úmido do tipo Am, pela classificação de Köppen,com temperatura média anual de 25,9ºC, máximade 32ºC e mínima de 21ºC, com uma precipitaçãomédia anual de 1.957mm.

Esse experimento teve início em 2000,como parte do Projeto “Estudo de FlorestasSecundárias com Vistas ao seu Aproveitamentoe Manejo no Nordeste Paraense (PA-Brasil)”,onde está sendo realizado o monitoramento dopovoamento através de inventário florestalcontínuo, com a instalação das parcelaspermanentes de monitoramento do estratoarbóreo e da regeneração natural. A primeiramedição foi realizada no ano de 2000, asegunda em 2001 e a terceira em 2002 emambas as UE.

Considerou-se como regeneração naturaltodos os indivíduos com altura ≥ 30cm e diâmetroa 1,30m acima do solo (DAP) < 5cm. Nesteestudo, foram consideradas três classes, assimdeterminadas: mudas (indivíduos com alturaigual ou superior a 30cm e inferior 1,5m); varetas(indivíduos com DAP < 2,5cm e altura maior ouigual a 1,5m) e varas (indivíduos com DAP e ≥2,5cm e < 5cm).

Para avaliar a quantidade, qualidade e ocrescimento da regeneração natural foram

instaladas, de forma aleatória, dentro de cadafloresta, amostras de 0,0025ha (5m x 5m) para amedição dos indivíduos pertencentes às classesde vara e vareta, e dentro desta foi sorteada umafaixa de 0,0005ha (1m x 5m) para a medição dosindivíduos da classe de mudas. Vale ressaltar que,a área amostral diferiu entre as florestas, nacapoeira de 13 anos foram utilizadas oitoparcelas e enquanto que na floresta de 18 anosquatro unidades amostrais.

A análise dos dados foi feita por meio daTaxa de Regeneração Natural (TR), que segue omodelo matemático proposto por Jardim (1986)e modificado por Mory (2000), o qual é definidocomo sendo a razão entre a abundânciaabsoluta resultante do processo dinâmico daregeneração natural e crescimento e aabundância absoluta do início do estudo,expresso em percentagem:

TR =[(A1 – A0) / (A1 + A0) ] x 100, onde:

TR = Taxa de Regeneração Natural empercentagem;

A= Abundância absoluta definida emJardim (1986);

A1 = A0 + ni – ns = Abundância absolutafinal;

A0 = Abundância absoluta inicial;

ni = nº de indivíduos que ingressaram noestudo, por mudança de categoria de tamanhodevido ao crescimento ou por germinação;

ns = nº de indivíduos que saíram do estudopor morte ou mudança de classe de tamanho.

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Fonte: dados da pesquisa.

3 RESULTADOS

Durante três anos de medições,observou-se poucas variações a respeito dacomposição florística dos povoamentos, sendoo grupo das heliófilas ou pioneiras,significativamente, superior as esciófitas outolerantes.

A predominância de regeneração de espéciespioneiras no sub-bosque das florestas indica que,apesar do processo de sucessão dos povoamentos

ter se iniciado há, aproximadamente, 13 e 18 anos,a abertura do dossel, ainda, permite que a energialuminosa atinja os solos das florestas, emquantidades suficientes para favorecer esse grupode espécies.

As Tabelas 1 e 2 mostram as classes detamanho da regeneração natural relacionadascom as variáveis observadas nas florestassecundárias estudadas.

Tabela 1 - Número de espécies, permanência (%), ingresso (%) e egresso (%) por classes de tamanho da regeneraçãonatural de uma floresta secundária de 13 anos, Município de Capitão Poço, Pará, 2000 – 2002.

Tabela 2 - Número de espécies, permanência (%), ingresso (%) e egresso (%) por classes de tamanho da regeneraçãonatural de uma floresta secundária de 18 anos, Município de Capitão Poço, Pará - 2000–2002.

Fonte: dados da pesquisa.

A menor classe de tamanho apresentou ummaior número de espécies durante o períodoestudado independentemente do estágiosucessional que a floresta se encontra.

Durante o monitoramento a maioria dosindivíduos pertencentes à classe de varaspermaneceram nas áreas, também, observou-seque a porcentagem deste registro decresce como avanço da sucessão.

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3.1 FLORESTA SECUNDÁRIA DE 13 ANOS

Durante os três anos de monitoramento afloresta de 13 anos apresentou uma composiçãoflorística muito heterogênea, com 70 espécies,58 gêneros e 35 famílias. Na primeira mediçãoforam contabilizados 42 espécies, com 37 gênerose 25 famílias e, na última, 61 espécies, 50 gênerose 33 famílias.

As famílias com maior riqueza de espéciesdurante todo o monitoramento foram:Leguminosae, com dez espécies; Myrtaceae, cincoespécies; Arecaceae e Flacourtiaceae, quatroespécies cada uma. Essas famílias juntas ficaramresponsáveis por 32,9% do total de espécies daárea estudada.

Os gêneros mais comuns entre as 70espécies ocorrentes nesta capoeira foram: Inga,com cinco espécies; Myrcia , com quatro espécies;Memora, Casearia, Lacistema, Miconia e Rinoreacom duas espécies cada uma. Esses gênerosjuntos foram responsáveis por 32,8% dasespécies que ocorreram na área estudada.

Para a menor classe de tamanho,observou-se que as espécies Himatanthussucuuba, Astrocaryum gynacanthum, Vismiaguianensis, Davilla aspera, Lacistemaaggregtum, Licaria canella, Smilax aequatorialis,Maranthus sp. e Talisia guianensis mantiveram-se estáveis durante os três anos de mediçõescom taxas de regeneração natural (TR)

apresentando, respectivamente, os seguintesvalores: 9,1%, 0,0%, 33,3%, -5,9%, 5,9%,29,6%, 20,0%, -53,8%, -33,3% (Tabela 3). Avariação desses valores da TR significa quemesmo em espécies ditas estáveis, ou seja, queapresentam indivíduos em todas as medições,ocorre uma flutuação na abundância que é maiorna fração mais jovem.

As espécies Thyrsodium paraense,Tabernaemontana angulata, Euterpe oleraceae,Maximiliana regia, Urena lobata e Miconiaminutiflora estão entre as que ingressaram naclasse de mudas, perfazendo um total de 18espécies recrutadas durante o estudo, obtendo-se, assim, valores de TR de +100%.

Somente Eschweilera coriacea egressou daclasse de mudas no período de estudo, sendoregistrada, apenas, no primeiro ano demonitoramento, desaparecendo nas demaismensurações, obtendo –100% de taxa deregeneração natural.

Na classe de tamanho de vareta asespécies Guatteria poeppigiana, Arabidaeaguaricensis, Vismia guianensis, Davilla aspera,Lacistema agreggatum, Gustavia augusta,Mucuna altissima, Bauhinia macrostachya,Miconia densis, Moutabea guianensis, Talisiaguianensis e Rinorea flavescens permaneceramna classe durante o período estudado.

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99Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 2, n. 3, jul./dez. 2006.

Tabela 3 - Taxa de regeneração natural, por classe de tamanho, das espécies inventariadas na floresta secundáriade 13 anos, Município de Capitão Poço, Pará, 2000-2002.

Continua

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Fonte: dados da pesquisa.

Continuação

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101Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 2, n. 3, jul./dez. 2006.

Das espécies anteriormente citadas,Guatteria poeppigiana, Gustavia augusta,Talisia guianensis e Rinorea flavescensapresentaram na classe de vareta TR nula.Enquanto que, Arrabidaea guaricensis, Vismiaguianensis, Davilla aspera, Lacistemaagreggatum, Mucuna altissima, Bauhiniamacrostachya e Miconia densiflora obtiveram,respectivamente, as seguintes taxas deregeneração: -50,0%, -6,7%, -42,1%, -17,6%,-33,3%, -20,0% e -20,0%. Moutabeaguianensis foi a única espécie que apresentoutaxa positiva de 33,3% entre a primeira e aúltima medição.

Durante o levantamento, algumas espéciesda classe de varetas foram registradas somentenos dois primeiros anos, não as encontrando naterceira medição. As espécies, classificadas comoegressas, são as seguintes: Desmoncuspolyacanthus, Cordia bicolor, Doliocarpus major,Perebea guianensis, Eugenia lambertiana, Uncariaguianensis e Pouteria sp. Essas espéciesapresentaram taxa de regeneração igual a –100%, significando a morte de todos osindivíduos da amostra, ou um incremento tal quetodos eles passaram para a categoria de tamanhoimediatamente superior.

As espécies Rauvolfia bacata,Tabernaemontana angulata, Sauromatumguttatum, Casearia arbórea, Heliconiapsitttacorun, Maranthus sp., Lacistemapubescens, Myrcia bracteata e Myrcia paivae,Solanum sp. apresentaram TR de 100%, ou seja,tais espécies não foram encontradas no primeiroano de monitoramento, porém entraram noestudo na última mensuração.

Na classe de varas as espécies Anonnapaludosa, Guatteria poeppigiana, Vismiaguianensis, Lacistema aggregatum, Gustaviaaugusta, Lecythis lurida, Mucuna altissima,Miconia densiflora e Talisia guianesisapresentaram estabilidade ao longo dos três anosde monitoramento, sendo encontradas em todasas medições.

Guatteria poeppigiana, Lacistemaaggregatum, Gustavia augusta, Lecythis lurida,Miconia densis e Mucuna altissima apresentaramTR nula, o que significa a estabilidade dinâmicana abundância absoluta devido ao equilíbrioentre o número de indivíduos que ingressaramno estudo e o número de indivíduos que saíramdo estudo, ou a ausência de ambos.

As espécies Anonna paludosa, Vismiaguianensis e Talisia guianesis apresentaram taxade regeneração natural negativa, correspondenterespectivamente aos seguintes valores: – 33,3%,-24,1% e -11,1%, significando a mortalidade dealguns indivíduos dessas espécies ou a mudançade categoria de tamanho, devido ao crescimentodesses indivíduos.

Durante as mensurações nenhuma espécieapresentou TR positiva devido ao fato de não tersido registrado ingresso nesta categoria de tamanho.

A espécie Casearia decandra foi a únicaque egressou. Na terceira mensuração estaespécie não foi encontrada na área de estudo,ou pela morte de todos os indivíduos que arepresentava ou pelo ingresso desses na classesuperior. Isto explica o fato da sua taxa deregeneração ter obtido um valor de -100%.

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3.2 FLORESTA SECUNDÁRIA DE 18 ANOS

Nesta capoeira registrou-se, no decorrerdas três amostragens, um total de 69 espéciesdistribuídas em 59 gêneros e 37 famílias. Naprimeira amostragem, foram registradas 22espécies, com 21 gêneros e 18 famílias; nasegunda 24 espécies, distribuídas em 23 gênerose 17 famílias e na terceira 62 espécies, 53 gênerose 36 famílias.

As famílias que mais se destacaram emtermos de número de espécies durante o estudoforam: Leguminosae, com sete espécies;Clusiaceae, com cinco espécies; e Annonaceae,Moraceae e Myrtaceae com quatro espécies cadauma. Essas famílias juntas ficaram responsáveispor 34,78% do total de espécies da áreaestudada.

Os gêneros que englobaram o maiornúmero de espécies nesta capoeira: Inga, com

cinco espécies; Guatteria, Brosimum, Eugenia,Myrcia, Heisteria e Talisia com duas espécies cadauma. Esses gêneros juntos foram responsáveispor 24,63% das espécies que ocorreram na áreaestudada.

Na categoria de mudas observou-se queArabidaea guaricensis, Davilla aspera eEschweilera coriacea foram as espécies que semantiveram estáveis durante as medições, como mesmo número de indivíduos tanto na primeiraquanto na última medição, apresentando destaforma, taxa de regeneração nula.

Aproximadamente 69,4% das espéciesingressaram nessa classe, obtendo valor de TRigual à +100%, entre elas estão: Guatteriapoeppigiana, Xilopia nitida, Jacaranda copaia,Platonia insiginis, Abarema jupumba, Inga alba,e Eugenia lambertiana (Tabela 4).

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103Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 2, n. 3, jul./dez. 2006.

Tabela 4 - Taxa de regeneração natural, por classe de tamanho, das espécies inventariadas na floresta secundáriade 18 anos, Município de Capitão Poço, Pará, 2000-2002.

Continua

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Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 2, n. 3, jul./dez. 2006. 104

Continuação

Fonte: dados da pesquisa.

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105Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 2, n. 3, jul./dez. 2006.

A situação inversa ocorreu com o grupodas espécies egressas: Annona paluosa,Symphonia globulifera, Inga edulis Inga nitida,Trichilia lecointei, Coccoloba latifolia e Simaroubaamara que obtiveram valores de TR –100%,representando 19,4% do total das espécies.

Dentre as varetas somente uma espécie,Licania heteromorpha, permaneceu presente emtodas as medições representando 2,9% do totalde espécies observadas. Devido a uma flutuaçãona abundância desta espécie, a sua TR entre aprimeira e terceira medição foi de –50%, causadapelo fato de que na segunda medição houve umdecréscimo no número de indivíduos, passandode 1500 indivíduos/ha na primeira medição, para500 indivíduos/ha, na segunda, e mantendo-seo mesmo valor na terceira.

Tapirira guianensis, Ambelania acida,Protium pallidum e Siparuma decipiens sãoexemplos de espécies que foram registradasnessa categoria após a primeira medição(ingressos), perfazendo um total de 62,9%. Essasespécies obtiveram valor de TR igual a +100%. E

17,1% das espécies apresentaram taxa negativaigual a -100%, egressando do ecossistema apósa mensuração inicial. Entre elas encontram-se:Guatteria ovalifolia, Licaria canella, Ocoteaguianensis, Inga edulis e Psychotria racemosa.

De um total de 13 espécies registradas naclasse de varas, 41,7% mantiveram-se estáveisdurante as mensurações: Himatanthus sucuuba,Licania heteromorpha,Guarea kuntiana,Brosimum guianensis e Psychotria racemosa.Destas, Brosimum guianensis, Guarea kuntiana,Licania heteromorpha e Psychotria racemosaobtiveram TR nula. Somente Himatanthussucuuba obteve TR positiva no valor de 50%,devido ao ingresso de quatro indivíduos nasegunda medição.

As espécies Guatteria poeppigiana, Vismiaguianensis, Salacia sp., Inga edulis, Heisteriaacuminata e Palicourea guianensis ingressaramnessa classe após a primeira mensuração, comTR de +100%, pois nas medições anteriores nãohouve registro de indivíduos destas espécies, quereunidas perfazem 58,3% do total.

4 DISCUSSÃO

A família Leguminosae destacou-se nasduas florestas estudadas, apresentando a maiorriqueza de espécies. Para Silva (2002) a capacidadede fixar nitrogênio mostrada por algumas espéciespode ser a estratégia de vida que tem conferidouma alta riqueza a essa família.

Nas duas florestas estudadas grande partedas espécies registradas são características decapoeiras do Nordeste Paraense, tais como:Vismia guianensis, Inga edulis, Ocotea guianensis,Anonna paludosa, Guatteria poeppigiana,Lacistema pubescens, Gusatavia augusta,Lecythis lurida, Miconia densis e Talisia guianesis(PANTOJA et al., 1997; JARDIM et al., 1997;

OLIVEIRA; JARDIM, 1998; SANTANA, 2000;CARIM, 2004; COELHO et al., 2004a).

Segundo Denich (1986) Vismia guianensisé uma das espécies mais representativas entre avegetação secundária nova, ocorrendo em grandenúmero de indivíduos e alto valor de fitomassa.

A alta taxa de ingresso observado nasflorestas estudadas indica que, ainda, encontram-se nas fases iniciais da sucessão. Isso se deve,provavelmente, ao fato destas florestasapresentarem o dossel pouco denso, o quefavorece a germinação e o crescimento deespécies pioneiras.

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Nas duas florestas estudadas observou-seque nenhuma espécie apresentou taxa deregeneração negativa em todas as classes detamanho, assim, aquelas presentes nas florestascorrem pouco riscos de extinção local. Entretanto,Paula et al. (2002) alertam que uma espécie podeser extinta, sem necessariamente haver reduçãodrástica de sua densidade populacional,ressaltando que a mudança no número deindivíduos de sexos diferentes e a disponibilidadede polinizadores podem comprometer apopulação de plantas dióicas da comunidade.

Espécies como Talisia guianensis,Lacistema aggregatum e Vismia guianensisocorreram nas três medições e em, praticamente,todas as classes de tamanho. Elas apresentaramgrande número de indivíduos ingressados quandocomparadas com as outras. Os valores negativosda TR dessas espécies nas florestas podem serexplicados pela mudança de categoria detamanho devido ao crescimento dos indivíduos.Por se tratar de florestas secundárias em estádiode sucessão inicial, pode-se inferir que para oestabelecimento e crescimento da regeneraçãonatural é necessária uma quantidade de luzelevada.

Em espécies como Davilla aspera e Licariacanella observou-se que, durante três anos demonitoramento, houve a presença de muitosindivíduos nas menores classes de tamanho, compoucos ou nenhum registro de indivíduos namaior categoria de tamanho (vara). Estas espéciesnecessitam de condições especiais, como altaluminosidade, para o seu estabelecimento ecrescimento. No início da sucessão estascondições são supridas, pois na florestasecundária nova há uma grande entrada de luz,porém com o passar do tempo, inicia-se oadensamento do dossel e este grau deluminosidade cai drasticamente. Então, estasespécies que necessitam de grande quantidadede luz em todas as suas fases da vida, às vezes,

não conseguem crescer e chegar a uma categoriade tamanho superior e acabam morrendo.

As taxas de ingressos, da regeneraçãocomo um todo, foram maiores que as de egresso.Resultados semelhantes encontramos em Coelhoet al. (2004b), no estudo de três florestassecundárias no Município de Castanhal-PA. Essesautores observaram que a floresta mais novaapresentou maiores taxas de ingresso do queaquelas mais antigas.

Para Fernandes (1998), locais em estádiosiniciais de sucessão apresentam maior aumentono número de indivíduos (ingressos). Nesseslocais são encontradas maiores quantidades delianas, que são heliófitas e ocorrem,principalmente, em ambientes submetidos afortes perturbações antrópicas.

Segundo Ferreira et al. (1998), a diminuiçãodas taxas de ingressos observadas em umafloresta secundária de transição é devido a fortecompetição por radiação solar entre os indivíduosde espécies pioneiras. Assim, a luz pode serconsiderada como o principal fator limitante parao desenvolvimento das florestas tropicais(MESQUITA, 2000).

Mory e Jardim (2001a) confirmam talcomportamento comentando que o grupo dasespécies pioneiras tende a perder sua dominânciapara as espécies tolerantes, devido às mudançasnas condições ambientais do sítio pelofechamento do dossel, que vem desfavorecer oprocesso de recrutamento de novos indivíduosintolerantes.

Os resultados mostrados por Oliveira(1995), ao estudar uma floresta secundária comcerca de 50 anos de idade em Belterra-PA,demonstram que uma grande parte de seudossel, ainda permanece aberto, permitindo aentrada de luminosidade favorecendo a

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regeneração e o crescimento das espéciesheliófilas. O mesmo autor comenta, ainda, queas florestas primárias, em geral, apresentamtendência inversa, uma vez que a abundância daregeneração pré-existente está diretamenterelacionada às exigências ecológicas de cadaespécie. Esses resultados são confirmados porSwaine (1990) ao observar que em povoamentosprimários não explorados em Ghana, 72% daregeneração de varas eram compostas deespécies tolerantes e que as heliófilas estavamrestritas às clareiras naturais.

Segundo Jardim et al. (1997) o processosucessional nas florestas tropicais é lento e,dependendo do agente causal do distúrbio, podelevar décadas até que a estrutura da floresta sejarecomposta integralmente.

Algumas espécies apresentaram registrossomente nas últimas mensurações, eprincipalmente na menor classe de tamanho,entre elas estão: Xilopia nitida, Protium palidum,Lecythis lurida, Brosimum obovata e Manilkaraamazonica. Estas espécies podem ser

classificadas como tolerantes à sombra, poispossuem capacidade de sobreviver e crescerlentamente por um longo período em dosselfechado e em condições de sombreamento, apartir do avanço do processo sucessional, atravésdo adensamento e fechamento do dossel.

Segundo Mory e Jardim (2001b) asespécies tolerantes à sombra possuem acapacidade de permanecerem suprimidas, pornão necessitarem de alta radiação solar, estãopresentes no estoque de plântulas em condiçõesde dossel fechado, além disso, caracterizam-sepelo contínuo recrutamento, devido a grandedisponibilidade de sementes com curto períodode viabilidade, não permitindo acúmulo no bancode sementes.

Para Barton (1984), as condições deluminosidade possibilitam a elevação da taxa decrescimento e sobrevivência de espéciestolerantes em pequenas clareiras, porém, podemser insuficientes para o processo de germinaçãoe sobrevivência de espécies heliófilas de grandesclareiras.

5 CONCLUSÕES

A composição florística da regeneraçãonatural das florestas secundárias estudadas tevepoucas variações durante os anos demonitoramento.

Quanto à classe de mudas foi observadoum maior número de espécies durante operíodo independentemente do estágiosucessional que a floresta se encontra.Entretanto, as maiores classes de tamanho, emgeral, obtiveram maior porcentagem depermanência nas áreas.

A semelhança nas porcentagens deingresso entre as florestas indica que seencontram no mesmo estágio sucessional.

Os dosséis das florestas em estudo seencontram pouco densos, permitindo a entrada deluminosidade que favorece a regeneração e ocrescimento das espécies heliófilas que de maneirageral, ainda, dominam o povoamento naregeneração natural. Isso indica que o processo desucessão secundária está em andamento e que,provavelmente, serão necessárias algumas décadaspara que essas florestas atinjam o estado maduro.

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