cct associação portuguesa de hospitalização privada

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ÍNDICE Propriedade Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social Edição Gabinete de Estratégia e Planeamento Centro de Informação e Documentação Conselho Económico e Social Regulamentação do trabalho 4 Organizações do trabalho 209 Informação sobre trabalho e emprego N. o Vol. Pág. 2010 1 77 1-292 8 Jan Conselho Económico e Social: Regulamentação do trabalho: Despachos/portarias: Portarias de condições de trabalho: Portarias de extensão: — Portaria de extensão das alterações do CCT entre a ANIA — Associação Nacional dos Industriais de Arroz e outras e a FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros (administrativos e fogueiros) . . . . . . . . . . . . 4 — Portaria de extensão das alterações do CCT entre a ACIP — Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outras (sectores de fabrico, expedição e vendas, apoio e manutenção — Centro) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 — Portaria de extensão dos CCT entre a AIBA — Associação dos Industriais de Bolachas e Afins e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre a mesma associação de em- pregadores e a FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energia e Química (pessoal fabril, de apoio e manutenção) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 — Portaria de extensão das alterações dos CCT entre a APHORT — Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo e a FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e entre a mesma associação de emprega- dores e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal . . . . . 7 — Portaria de extensão das alterações do CCT entre a APROSE — Associação Portuguesa dos Produtores Profissionais de Seguros e o SISEP — Sindicato dos Profissionais de Seguros de Portugal e outro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 — Portaria de extensão das alterações dos CCT para o ensino particular e cooperativo não superior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 — Portaria de extensão dos CCT entre a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre a mesma associação de empregadores e a FEPCES — Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 — Aviso de projecto de portaria de extensão das alterações do CCT entre a FENAME — Federação Nacional do Metal e a FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 — Aviso de projecto de portaria de extensão do CCT entre a FENAME — Federação Nacional do Metal e o SQTD — Sindicato dos Quadros e Técnicos de Desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 — Aviso de portaria de extensão do ACT entre a MEAGRI — Cooperativa Agrícola do Concelho da Mealhada, C. R. L., e outras e o SETAA — Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas e outro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Convenções colectivas de trabalho: — CCT entre a ADAPI — Associação dos Armadores das Pescas Industriais e a Federação dos Sindicatos do Sector da Pesca (pesca do arrasto costeiro) — Revisão global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 — CCT entre a ADAPI — Associação dos Armadores das Pescas Industriais e o SITEMAQ — Sindicato de Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra (pesca do arrasto costeiro) — Revisão global . . . . . . . . . . 25 — CCT entre a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada e o SEP — Sindicato dos Enfermeiros Portugueses — Revisão global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

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Page 1: CCT Associação Portuguesa de Hospitalização Privada

ÍNDICE

Propriedade

Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Social

Edição

Gabinete de Estratégia e Planeamento

Centro de Informação e Documentação

Conselho Económico e Social …

Regulamentação do trabalho 4

Organizações do trabalho 209

Informação sobre trabalho e emprego …

N.o Vol. Pág. 2010

1 77 1-292 8 Jan

Conselho Económico e Social:…

Regulamentação do trabalho:

Despachos/portarias:…

Portarias de condições de trabalho:…

Portarias de extensão:

— Portaria de extensão das alterações do CCT entre a ANIA — Associação Nacional dos Industriais de Arroz e outras e a FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros (administrativos e fogueiros) . . . . . . . . . . . . 4

— Portaria de extensão das alterações do CCT entre a ACIP — Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outras (sectores de fabrico, expedição e vendas, apoio e manutenção — Centro) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

— Portaria de extensão dos CCT entre a AIBA — Associação dos Industriais de Bolachas e Afins e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre a mesma associação de em-pregadores e a FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energia e Química (pessoal fabril, de apoio e manutenção) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

— Portaria de extensão das alterações dos CCT entre a APHORT — Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo e a FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e entre a mesma associação de emprega-dores e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal . . . . . 7

— Portaria de extensão das alterações do CCT entre a APROSE — Associação Portuguesa dos Produtores Profissionais de Seguros e o SISEP — Sindicato dos Profissionais de Seguros de Portugal e outro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

— Portaria de extensão das alterações dos CCT para o ensino particular e cooperativo não superior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

— Portaria de extensão dos CCT entre a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre a mesma associação de empregadores e a FEPCES — Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

— Aviso de projecto de portaria de extensão das alterações do CCT entre a FENAME — Federação Nacional do Metal e a FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

— Aviso de projecto de portaria de extensão do CCT entre a FENAME — Federação Nacional do Metal e o SQTD — Sindicato dos Quadros e Técnicos de Desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

— Aviso de portaria de extensão do ACT entre a MEAGRI — Cooperativa Agrícola do Concelho da Mealhada, C. R. L., e outras e o SETAA — Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas e outro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Convenções colectivas de trabalho:

— CCT entre a ADAPI — Associação dos Armadores das Pescas Industriais e a Federação dos Sindicatos do Sector da Pesca (pesca do arrasto costeiro) — Revisão global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

— CCT entre a ADAPI — Associação dos Armadores das Pescas Industriais e o SITEMAQ — Sindicato de Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra (pesca do arrasto costeiro) — Revisão global . . . . . . . . . . 25

— CCT entre a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada e o SEP — Sindicato dos Enfermeiros Portugueses — Revisão global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

Page 2: CCT Associação Portuguesa de Hospitalização Privada

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

— CCT entre a Associação Comercial de Aveiro e o CESP — Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal — Alteração salarial e outras e texto consolidado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

— CCT entre a Associação Comercial de Aveiro e o CESP — Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (comércio de carnes) — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

— ACT entre a Charline Transportes — Sociedade Unipessoal, L.da, e outras e o SNM — Sindicato Nacional dos Motoris-tas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

— ACT entre o Banco Comercial Português e outros e o Sindicato dos Bancários do Norte e outros — Alteração salarial e outras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

— ACT entre as várias caixas de crédito agrícola mútuo e outros e o Sindicato dos Bancários do Norte e outros — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

— AE entre os CTT — Correios de Portugal, S. A., e o SNTCT — Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Te-lecomunicações e outro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88

— AE entre o Banco de Portugal e o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários e outro — Revisão global . . . . . 117

— AE entre a União das Misericórdias Portuguesas e a FNE — Federação Nacional dos Sindicatos da Educação e outros — Al-terações salariais e outras e texto consolidado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155

Decisões arbitrais:

Avisos de cessação da vigência de convenções colectivas de trabalho:

Acordos de revogação de convenções colectivas de trabalho:

Organizações do trabalho:

Associações sindicais:

I — Estatutos:

— Sindicato dos Professores do Pré-Escolar e Ensino Básico — SIPPEB — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209

— Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas — SETAA — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214

— Sindicato dos Professores do Norte — Alteração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230

— SINDEP — Sindicato Nacional e Democrático de Professores — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243

— SQTD — Sindicato dos Quadros e Técnicos de Desenho — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 254

II — Direcção:

— Sindicato dos Professores do Pré-Escolar e Ensino Básico — SIPPEB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 256

— Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas — SETAA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 256

— Sindicato dos Quadros e Técnicos do Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257

— SINDEP — Sindicato Nacional e Democrático dos Professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258

Associações de empregadores:

I — Estatutos:

— ACIRO — Associação Comercial, Industrial e Serviços da Região Oeste — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 260

— AIT — Associação dos Industriais de Tomate — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261

— Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas — ANTP — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 264

— Confederação do Turismo Português — CTP — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265

— AGEFE — Associação Empresarial dos Sectores Eléctrico, Electrodoméstico, Fotográfico e Electrónico — Alteração. . . . 272

— ACSDS — Associação do Comércio e Serviços dos Distritos de Setúbal — Rectificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282

Page 3: CCT Associação Portuguesa de Hospitalização Privada

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

II — Direcção:

— Associação de Empresas de Ginásios e Academias de Portugal — AGAP. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282

— GROQUIFAR — Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282

— APAVT — Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283

Comissões de trabalhadores:

I — Estatutos:

— Kromberg & Schubert Portugal, L.da — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283

II — Eleições:…

Representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde no trabalho:

I — Convocatórias:

— SIEMENS & IBERLIM, A. C. E. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290

— INE — Instituto Nacional de Estatística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290

II — Eleição de representantes:

— CORKSRIBAS — Indústria Granuladora de Cortiça, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290

— OPETREC — Operações e Serviços, L.da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291

— EUGSTER & FRISMAG, Electrodomésticos, L.da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291

SIGLAS

CCT — Contrato colectivo de trabalho.ACT — Acordo colectivo de trabalho.RCM — Regulamentos de condições mínimas.RE — Regulamentos de extensão.CT — Comissão técnica.DA — Decisão arbitral.AE — Acordo de empresa.

Execução gráfica: IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, S. A. — Depósito legal n.º 8820/85.

Nota. — A data de edição transita para o 1.º dia útil seguinte quando coincida com Sábados, Domingos e Feriados

Page 4: CCT Associação Portuguesa de Hospitalização Privada

4

Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL…

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

DESPACHOS/PORTARIAS…

PORTARIAS DE CONDIÇÕES DE TRABALHO…

PORTARIAS DE EXTENSÃO

Portaria de extensão das alterações do CCT entre a ANIA — Associação Nacional dos Industriais de Arroz e outras e a FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros (administrativos e fogueiros).

As alterações do contrato colectivo de trabalho entre a ANIA — Associação Nacional dos Industriais de Arroz e outras e a FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros (administrativos), publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, de 8 de Agosto de 2009, abrangem as relações de trabalho entre empregadores das indústrias de arroz, de alimentos compostos para animais e de moagem e trabalhadores administrativos e fogueiros ao seu serviço, uns e outros representados pelas associações que a outorgaram.

As associações subscritoras requereram a extensão das al-terações a todas as empresas da mesma área e âmbito não re-presentadas pelas associações de empregadores outorgantes da convenção, bem como a todos os trabalhadores ao seu ser-viço representados pelas associações sindicais outorgantes.

A convenção actualiza a tabela salarial. O estudo de ava-liação do impacto da extensão da tabela salarial teve por base as retribuições efectivas praticadas nos sectores abrangidos pela convenção, apuradas pelos quadros de pessoal de 2007 e actualizadas com base no aumento percentual médio das tabelas salariais das convenções publicadas nos anos inter-médios. Os trabalhadores a tempo completo dos sectores

abrangidos pela convenção, com exclusão dos praticantes e aprendizes e um grupo residual, são 425, dos quais 65 (15,3 %) auferem retribuições inferiores às convencionais, sendo que 27 (6,4 %) auferem retribuições inferiores às da convenção em mais de 6 %. São as empresas dos escalões de dimensão entre 20 e 249 trabalhadores que empregam o maior número de trabalhadores com retribuições inferiores às convencionais.

As convenções anteriores e as respectivas extensões excluíram do seu âmbito as empresas de moagem sediadas nos distritos de Aveiro e Porto, em virtude de as mesmas estarem abrangidas por convenções próprias. Embora a actual convenção, que é uma alteração salarial, não exclua aquelas empresas, as mesmas são excluídas da presente extensão visto os instrumentos de regulamentação colectiva anteriores não lhes serem aplicáveis.

Embora a convenção tenha área nacional, a extensão de convenções colectivas nas Regiões Autónomas compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extensão apenas é aplicável no território do continente.

Com vista a aproximar os estatutos laborais dos trabalha-dores e as condições de concorrência entre as empresas dos sectores de actividade abrangidos, a extensão assegura para a tabela salarial retroactividade idêntica à da convenção.

A extensão da convenção tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos traba-lhadores e, no plano económico, o de aproximar as condi-ções de concorrência entre empresas dos mesmos sectores.

Page 5: CCT Associação Portuguesa de Hospitalização Privada

5

Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Foi publicado o aviso relativo à presente extensão no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 40, de 29 de Outubro de 2009, ao qual não foi deduzida oposição por parte dos interessados.

Assim:Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So-

lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:

Artigo 1.º

1 — As condições de trabalho constantes da alteração do contrato colectivo de trabalho entre a ANIA — Asso-ciação Nacional dos Industriais de Arroz e outras e a FE-TESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros (administrativos e fogueiros), publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, de 8 de Agosto de 2009, são estendidas, no território do continente:

a) Às relações de trabalho entre empregadores não filia-dos nas associações de empregadores outorgantes que se dediquem às indústrias de arroz, de alimentos compostos para animais e de moagem e trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias profissionais nela previstas;

b) Às relações de trabalho entre empregadores que exer-çam as actividades económicas referidas na alínea anterior filiados nas associações de empregadores outorgantes e trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias profissionais previstas na convenção não representados pelas associações sindicais outorgantes.

2 — O disposto no número anterior não é aplicável às re-lações de trabalho entre empresas de moagem sediadas nos distritos de Aveiro e Porto e trabalhadores ao seu serviço.

Artigo 2.º

1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após a sua publicação no Diário da República.

2 — A tabela salarial produz efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2009.

3 — Os encargos resultantes da retroactividade podem ser satisfeitos em prestações mensais de igual valor, com início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestação a dois meses de retroactividade ou fracção e até ao limite de seis.

Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos Santos André.

Portaria de extensão das alterações do CCT en-tre a ACIP — Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outras (sectores de fabrico, expedição e vendas, apoio e manu-tenção — Centro).

As alterações do contrato colectivo de trabalho entre a ACIP — Associação do Comércio e da Indústria de Pani-ficação, Pastelaria e Similares e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Ho-

telaria e Turismo de Portugal e outras (sectores de fabrico, expedição e vendas, apoio e manutenção — Centro), pu-blicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, de 8 de Agosto de 2009, abrangem as relações de trabalho entre empregadores e trabalhadores representados pelas associações que as outorgaram.

As associações subscritoras da convenção requereram a sua extensão a todos os trabalhadores de todas as profissões e categorias nela previstas e a todas as empresas que se dediquem às actividades abrangidas pela convenção.

A convenção actualiza a tabela salarial. O estudo de avaliação do impacto da extensão teve por base as re-tribuições efectivas praticadas no sector abrangido pela convenção, apuradas pelos quadros de pessoal de 2007 e actualizadas com base no aumento percentual médio das tabelas salariais das convenções publicadas no ano de 2008. Os trabalhadores a tempo completo deste sector, com exclusão dos aprendizes, praticantes e um grupo re-sidual, são cerca de 4387, dos quais 2543 (58 %) auferem retribuições inferiores às da tabela salarial da convenção, sendo que 635 (14,5 %) auferem retribuições inferiores às convencionais em mais de 6,7 %. São as empresas dos escalões de dimensão até 19 trabalhadores que empregam o maior número de trabalhadores com retribuições inferiores às da convenção.

As retribuições do nível I da tabela de remunerações mínimas mensais do horário normal e do horário especial (anexo IV) são inferiores à retribuição mínima mensal ga-rantida em vigor. No entanto, a retribuição mínima mensal garantida pode ser objecto de reduções relacionadas com o trabalhador, de acordo com o artigo 275.º do Código do Trabalho. Deste modo, as referidas retribuições apenas são objecto de extensão para abranger situações em que a retribuição mínima mensal garantida resultante da redução seja inferior àquelas.

A convenção actualiza, ainda, outras prestações de con-teúdo pecuniário, nomeadamente o subsídio de refeição, com um acréscimo de 3,4 %. Não se dispõe de dados esta-tísticos que permitam avaliar o impacto destas prestações. Considerando a finalidade da extensão e que a mesma prestação foi objecto de extensões anteriores, justifica-se incluí-la na extensão.

A convenção tem área nacional. No entanto, as extensões anteriores apenas abrangeram os distritos de Aveiro (ex-cepto os concelhos de Arouca, Castelo de Paiva, Espinho e Feira), Viseu (excepto os concelhos de Armamar, Cinfães, Lamego, Resende, São João da Pesqueira e Tabuaço), Guarda (excepto o concelho de Vila Nova de Foz Côa) e Leiria (excepto os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Cal-das da Rainha, Nazaré, Óbidos, Peniche e Porto de Mós) e o concelho de Ourém (distrito de Santarém), em virtude de no restante território do continente serem aplicadas outras convenções colectivas com âmbitos parcialmente coinci-dentes, celebradas por diferentes associações de empre-gadores, nomeadamente, pela AIPAN — Associação dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte e pela Associação dos Industriais de Panificação de Lisboa, quanto à indústria e comércio de panificação. A convenção abrange, ainda, a indústria de pastelaria e confeitaria, ac-tividades também abrangidas pelos CCT celebrados pela ANCIPA — Associação Nacional de Comerciantes e In-dustriais de Produtos Alimentares, ARNICA — Associação Regional do Norte da Indústria e Comércio Alimentar,

Page 6: CCT Associação Portuguesa de Hospitalização Privada

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

HR Centro — Associação dos Industriais de Hotelaria e Restauração do Centro e APHORT — Associação Por-tuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo e, também, pela AIPAN — Associação dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte. Nestas circunstâncias, a presente extensão, a exemplo das anteriores, apenas se aplica aos empregadores não filiados na ACIP — Associa-ção do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares dos distritos e concelhos atrás indicados, com exclusão dos filiados nas associações de empregadores referidas e, no território do continente, aos empregadores nela filiados.

Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condições de concorrência entre as empresas do sector de actividade abrangido, a extensão assegura para a tabela salarial e para as cláusulas com conteúdo pecuniário retroactividade idêntica à da convenção.

Atendendo a que a convenção regula diversas condições de trabalho, procede-se à ressalva genérica de cláusulas contrárias a normas legais imperativas.

A extensão da convenção tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos tra-balhadores e, no plano económico, o de aproximar as con-dições de concorrência entre empresas do mesmo sector.

Embora a convenção tenha área nacional, a extensão de convenções colectivas nas Regiões Autónomas compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extensão apenas será aplicável no território do continente.

Foi publicado o aviso relativo à presente extensão no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 40, de 29 de Outubro de 2009, ao qual não foi deduzida oposição por parte dos interessados.

Assim:Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So-

lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:

Artigo 1.º

1 — As condições de trabalho constantes das altera-ções do CCT entre a ACIP — Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outras (sectores de fabrico, expedição e vendas, apoio e manutenção — Centro), publicadas no Boletim do Tra-balho e Emprego, n.º 29, de 8 de Agosto de 2009, são estendidas:

a) Nos distritos de Coimbra, Aveiro (excepto os con-celhos de Arouca, Castelo de Paiva, Espinho e Santa Ma-ria da Feira), Viseu (excepto os concelhos de Armamar, Cinfães, Lamego, Resende, São João da Pesqueira e Ta-buaço), Guarda (excepto o concelho de Vila Nova de Foz Côa), Castelo Branco e Leiria (excepto os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos, Peniche e Porto de Mós) e o concelho de Ourém (distrito de Santarém), às relações de trabalho entre empregadores que se dediquem à actividade industrial e ou comercial em estabelecimentos simples ou polivalentes ou mistos no âmbito da panificação e ou pastelaria e ou similares, em estabelecimentos que usam as consagradas denominações «padaria», «pastelaria», «padaria/pastelaria», «estabeleci-mento especializado de venda de pão e produtos afins»,

«boutique de pão quente», «confeitaria», «cafetaria» e «ge-ladaria», com ou sem terminais de cozedura, não filiados na associação de empregadores outorgante e trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias profissionais nelas previstas;

b) No território do continente, às relações de trabalho entre empregadores que prossigam a actividade referida na alínea anterior filiados na associação de empregadores outorgante e trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias profissionais previstas na convenção não repre-sentados pelas associações sindicais outorgantes.

2 — A presente portaria não é aplicável às relações de trabalho estabelecidas entre empresas filiadas na AI-PAN — Associação dos Industriais de Panificação, Paste-laria e Similares do Norte, na Associação dos Industriais de Panificação de Lisboa, na ANCIPA — Associação Nacio-nal de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares, na ARNICA — Associação Regional do Norte da Indústria e Comércio Alimentar, na HR Centro — Associação dos Industriais de Hotelaria e Restauração do Centro e na APHORT — Associação Portuguesa de Hotelaria, Restau-ração e Turismo e trabalhadores ao seu serviço.

3 — As retribuições do nível I da tabela de remunerações mínimas mensais do horário normal e do horário especial (anexo IV) apenas são objecto de extensão em situações em que sejam superiores à retribuição mínima mensal garan-tida resultante de redução relacionada com o trabalhador, de acordo com o artigo 275.º do Código do Trabalho.

Artigo 2.º

1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após a sua publicação no Diário da República.

2 — A tabela de remunerações mínimas mensais e as cláusulas de conteúdo pecuniário produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2009.

3 — Os encargos resultantes da retroactividade podem ser satisfeitos em prestações mensais, com início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, cor-respondendo cada prestação a dois meses de retroactivi-dade ou fracção e até ao limite de seis.

Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos Santos André.

Portaria de extensão dos CCT entre a AIBA — As-sociação dos Industriais de Bolachas e Afins e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agri-cultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Tu-rismo de Portugal e entre a mesma associação de empregadores e a FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energia e Química (pessoal fabril, de apoio e manutenção).

Os contratos colectivos de trabalho entre a AIBA — Associação dos Industriais de Bolachas e Afins e a FE-SAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Ali-mentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre

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a mesma associação de empregadores e a FETICEQ — Fe-deração dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vi-dreira, Extractiva, Energia e Química (pessoal fabril, de apoio e manutenção), publicados no Boletim do Trabalho e Emprego, n.os 30 e 32, de 15 e de 29 de Agosto de 2009, abrangem as relações de trabalho entre empregadores que se dediquem ao fabrico industrial de bolachas e de outros produtos alimentares a partir de farinhas e trabalhadores ao seu serviço, uns e outros representados pelas associações que os outorgaram.

As associações subscritoras das convenções requereram a sua extensão às relações de trabalho entre empregado-res e trabalhadores não representados pelas associações outorgantes e que, no território nacional, se dediquem à mesma actividade.

As convenções actualizam as tabelas salariais. O estudo de avaliação do impacto da extensão das tabelas salariais teve por base as retribuições efectivas praticadas no sector abrangido pelas convenções, apuradas pelos quadros de pessoal de 2007 e actualizadas com base no aumento percen-tual médio das tabelas salariais das convenções publicadas nos anos intermédios. Os trabalhadores a tempo completo do sector abrangido pelas convenções, com exclusão dos praticantes, aprendizes e um grupo residual, são 303, dos quais 113 (37,3 %) auferem retribuições inferiores às con-vencionais. São as empresas do escalão de dimensão entre 50 e 249 trabalhadores que empregam o maior número de tra-balhadores com retribuições inferiores às das convenções.

As convenções actualizam, ainda, o subsídio de alimen-tação com um acréscimo de 2,4 %. Não se dispõe de dados estatísticos que permitam avaliar o impacto desta prestação. Considerando que a mesma prestação foi objecto de exten-sões anteriores, justifica -se incluí -la na extensão.

Não obstante as convenções se aplicarem ao fabrico industrial de bolachas e de outros produtos alimentares a partir de farinhas, a presente extensão abrange exclusi-vamente o fabrico industrial de bolachas, a exemplo das extensões anteriores, em virtude das restantes actividades serem representadas por outras associações de empregado-res e estarem abrangidas por convenções próprias.

Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condições de concorrência entre empresas do sector de actividade abrangido, a extensão assegura para as tabelas salariais e para as cláusulas de conteúdo pecuniário retroactividade idêntica à das convenções.

Tendo em consideração que não é viável proceder à verificação objectiva da representatividade das associa-ções outorgantes e, ainda, que os regimes das referidas convenções são substancialmente idênticos procede -se, conjuntamente, à respectiva extensão.

Atendendo a que as convenções regulam diversas con-dições de trabalho, procede -se à ressalva genérica de cláu-sulas contrárias a normas legais imperativas.

A extensão das convenções tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos tra-balhadores e, no plano económico, o de aproximar as con-dições de concorrência entre empresas do mesmo sector.

Embora as convenções tenham área nacional, a extensão de convenções colectivas nas Regiões Autónomas compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extensão apenas é aplicável no território do continente.

Foi publicado o aviso relativo à presente extensão no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 40, de 29 de Outubro

de 2009, ao qual não foi deduzida oposição por parte dos interessados.

Assim:Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So-

lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:

Artigo 1.º

1 — As condições de trabalho constantes das alterações dos CCT entre a AIBA — Associação dos Industriais de Bolachas e Afins e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre a mesma associação de empregadores e a FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energia e Química (pessoal fabril, de apoio e manutenção), publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.os 30 e 32, de 15 e de 29 de Agosto de 2009, são estendidas, no território do continente:

a) Às relações de trabalho entre empregadores não fi-liados na associação de empregadores outorgante que se dediquem ao fabrico industrial de bolachas e trabalhadores ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais nelas previstas;

b) Às relações de trabalho entre empregadores que exer-çam a actividade económica referida na alínea anterior filiados na associação de empregadores outorgante e tra-balhadores ao seu serviço, das profissões e categorias pro-fissionais previstas nas convenções, não representados pelas associações sindicais signatárias.

2 — Não são objecto da extensão determinada no nú-mero anterior as cláusulas contrárias a normas legais im-perativas.

Artigo 2.º

1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após a sua publicação no Diário da República.

2 — As tabelas salariais e as cláusulas de conteúdo pecuniário produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2009.

3 — Os encargos resultantes da retroactividade podem ser satisfeitos em prestações mensais, de igual valor, com início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria correspondendo cada prestação a dois meses de retroactividade ou fracção e até ao limite de seis.

Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos Santos André.

Portaria de extensão das alterações dos CCT entre a APHORT — Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo e a FETE-SE — Federação dos Sindicatos dos Trabalha-dores de Serviços e entre a mesma associação de empregadores e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal.

As alterações dos contratos colectivos de trabalho entre a APHORT — Associação Portuguesa de Hotelaria, Restau-

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ração e Turismo e a FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e entre a mesma associação de empregadores e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal, publicadas, respectivamente, no Boletim do Trabalho e Emprego,n.os 18, de 15 de Maio de 2009, e 20, de 29 de Maio de 2009, abrangem as relações de trabalho entre empregadores e trabalhadores ao seu serviço repre-sentados pelas associações que os outorgaram.

As associações subscritoras requereram a extensão das referidas convenções.

A estrutura das tabelas salariais das convenções foi alterada, impossibilitando a avaliação de impacto da ex-tensão. Contudo, sabe -se que existem no sector 39 169 tra-balhadores a tempo completo. As convenções actualizam, ainda, outras prestações de conteúdo pecuniário como o valor pecuniário da alimentação, entre 0,9 % e 4,4 %, as diuturnidades, em 1,6 % e o prémio de conhecimento de línguas, em 1,5 %. Não se dispõe de dados estatísticos que permitam avaliar o impacto destas prestações. Conside-rando a finalidade da extensão e que as mesmas prestações foram objecto de extensões anteriores, justifica -se incluí--las na extensão.

Na área das convenções, as actividades abrangidas são também reguladas por outras convenções colectivas de tra-balho, nomeadamente as celebradas pela AHRESP — As-sociação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portu-gal, pela HRCENTRO — Associação dos Industriais de Hotelaria e Restauração do Centro, pela Associação de Hotelaria de Portugal, pela ACIP — Associação do Co-mércio e Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares, pela AIPAN — Associação dos Industrias de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte, pela Associação dos In-dustriais de Panificação de Lisboa, pela ANCIPA — Asso-ciação Nacional de Comerciantes e Industriais de Produ-tos Alimentares e pela ARNICA — Associação Regional do Norte da Indústria e Comércio Alimentar, pelo que é conveniente assegurar, na medida do possível, a unifor-mização do estatuto laboral em cada empresa. Por outro lado, a associação de empregadores outorgante «assume a continuidade associativa da União das Associações de Hotelaria e Restauração do Norte de Portugal, da Associa-ção dos Hotéis do Norte de Portugal, da Associação dos Restaurantes, Cafés e Similares do Norte de Portugal, da Associação das Pastelarias, Casas de Chá e Similares do Norte de Portugal e da Associação das Pensões do Norte de Portugal», de acordo com o n.º 2 do artigo 1.º dos estatutos, publicados no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 15, de 22 de Abril de 2008. Assim, e a exemplo das extensões anteriores das convenções colectivas de trabalho celebradas pela UNIHSNOR — União das Associações da Hotelaria e Restauração do Norte de Portugal e das extensões dos CCT APHORT — Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo, as alterações dos contratos colec-tivos de trabalho em apreço são estendidas nos distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu, às relações de trabalho em que sejam parte empregadores não filiados nas referidas associações de empregadores e, no território do continente, às relações de trabalho entre empregadores filiados na associação de empregadores outorgante e trabalhadores ao seu serviço não filiados nos sindicatos inscritos nas federações sindi-cais outorgantes.

Foi publicado o aviso relativo ao projecto de extensão no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 36, de 29 de Setembro de 2009, ao qual deduziram oposição a FESAHT — Fede-ração dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e a MOVIJOVEM — Mo-bilidade Juvenil, C. I. P. R. L. A federação sindical pretende que as condições de trabalho previstas na convenção sejam estendidas no respectivo âmbito geográfico; no entanto, reconhece que «abrange maior número de trabalhadores e empresas na região Norte/Centro». Embora a convenção tenha área nacional, as actividades abrangidas são também reguladas por outras convenções colectivas de trabalho, algumas outorgadas pela própria oponente. Por outro lado, a extensão de convenções colectivas nas Regiões Autóno-mas compete aos respectivos Governos Regionais. Nestes termos não se acolhe a oposição deduzida pela referida federação sindical.

A MOVIJOVEM pretende não ser abrangida pela ex-tensão porque as pousadas de juventude, cuja gestão está a seu cargo, não são empreendimentos turísticos ou hote-leiros, de acordo com os artigos 2.º e 11.º do Decreto -Lei n.º 39/2008, de 7 de Março. Enquanto entidade gestora da rede nacional de pousadas de juventude são -lhe atribuídos especiais fins de carácter social, competindo -lhe promo-ver, apoiar e fomentar acções de mobilidade juvenil, em especial, para jovens mais desfavorecidos, a preços sociais, sem comparticipações financeiras do Estado. Embora as pousadas de juventude se destinem a proporcionar aloja-mento, são exploradas sem intuito lucrativo e com cariz social, não estando a sua frequência aberta ao público em geral, antes sendo restrita a grupos limitados. Dado que não existe identidade ou semelhança entre esta actividade e a abrangida pela convenção, procede -se à exclusão da entidade oponente.

Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condições de concorrência entre empresas do sector de actividade abrangido, a extensão assegura uma retroactividade das tabelas salariais e das cláusulas de conteúdo pecuniário idêntica à das convenções.

Tendo em consideração que não é viável proceder à verificação objectiva da representatividade das associa-ções outorgantes e, ainda, que os regimes das referidas convenções são substancialmente idênticos, procede -se à respectiva extensão conjunta.

A extensão das convenções tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano económico, o de aproximar as condições de concorrência entre empresas do mesmo sector.

Assim:Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So-

lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:

Artigo 1.º

As condições de trabalho constantes das alterações dos contratos colectivos de trabalho entre a APHORT — As-sociação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e a FE-TESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e entre a mesma associação de empregadores e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal,

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publicadas, respectivamente, no Boletim do Trabalho e Emprego, n.os 18, de 15 de Maio de 2009, e 20, de 29 de Maio de 2009, são estendidas:

a) Nos distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu às relações de trabalho entre empregadores não filiados na associação de empregadores outorgante que exerçam a actividade económica abrangida pelas convenções e trabalhadores ao seu serviço, das pro-fissões e categorias profissionais nelas previstas;

b) No território do continente, às relações de trabalho entre empregadores filiados na associação de emprega-dores outorgante que exerçam a actividade económica referida na alínea anterior e trabalhadores ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais previstas nas con-venções, não representados pelas associações sindicais outorgantes.

2 — A extensão determinada na alínea a) do número an-terior não se aplica a empresas filiadas na AHRESP — As-sociação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portu-gal, na AHP — Associação de Hotelaria de Portugal e na HRCENTRO — Associação dos Industriais de Hotelaria e Restauração do Centro, nem a empregadores que explorem em regime de concessão e com fim lucrativo cantinas e refeitórios, nem aos que se dediquem ao fabrico de refei-ções a servir fora das respectivas instalações e ao fabrico de pastelaria, padaria e geladaria e trabalhadores ao seu serviço.

3 — A presente extensão não se aplica às pousadas de juventude geridas pela MOVIJOVEM — Mobilidade Juvenil, C. I. P. R. L.

Artigo 2.º

1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após a sua publicação no Diário da República.

2 — As tabelas salariais e as cláusulas de conteúdo pecuniário produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2009.

3 — Os encargos resultantes da retroactividade podem ser satisfeitos em prestações mensais de igual valor, com início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestação a dois meses de retroactividade ou fracção até ao limite de seis.

Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos Santos André.

Portaria de extensão das alterações do CCT en-tre a APROSE — Associação Portuguesa dos Produtores Profissionais de Seguros e o SI-SEP — Sindicato dos Profissionais de Seguros de Portugal e outro.

As alterações do contrato colectivo de trabalho entre a APROSE — Associação Portuguesa dos Produtores Pro-fissionais de Seguros e o SISEP — Sindicato dos Pro-fissionais de Seguros de Portugal e outro, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 35, de 22 de Setembro de 2009, abrangem as relações de trabalho entre emprega-

dores que exerçam a actividade de mediação de seguros e ou resseguros e trabalhadores ao seu serviço, uns e outros representados pelas associações que as outorgaram.

A APROSE requereu a extensão das referidas alterações do contrato colectivo.

A convenção actualiza a tabela salarial. O estudo de avaliação do impacto da extensão da tabela salarial teve por base as retribuições efectivas praticadas no sector abran-gido pela convenção, apuradas pelos quadros de pessoal de 2007 e actualizadas com base no aumento percentual médio das tabelas salariais das convenções publicadas no ano de 2008.

Os trabalhadores a tempo completo do sector, com ex-clusão de aprendizes, praticantes e um grupo residual, são cerca de 1452, dos quais 849 (58,5 %) auferem retribuições inferiores às da convenção, sendo que 575 (39,6 %) aufe-rem retribuições inferiores às convencionais em mais de 5,4 %. São as empresas do escalão de dimensão até nove trabalhadores que empregam o maior número de trabalha-dores com retribuições inferiores às da convenção.

A convenção actualiza, ainda, o subsídio de alimentação com um acréscimo de 1,3 %. Não se dispõe de dados es-tatísticos que permitam avaliar o impacto desta prestação. Considerando a finalidade da extensão e que a mesma prestação foi objecto de extensões anteriores, justifica -se incluí -la na extensão.

Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condições de concorrência entre as empresas do sector de actividade abrangido, a extensão assegura para a tabela salarial e para as cláusulas de conteúdo pecuniário retroactividade idêntica à prevista na convenção.

Embora a convenção tenha área nacional, a extensão de convenções colectivas nas Regiões Autónomas compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extensão apenas será aplicável no território do continente.

A extensão da convenção tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos tra-balhadores e, no plano económico, o de aproximar as con-dições de concorrência entre empresas do mesmo sector.

Foi publicado o aviso relativo à presente extensão no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 40, de 29 de Outubro de 2009, ao qual não foi deduzida oposição por parte dos interessados.

Assim:Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So-

lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:

Artigo 1.º

1 — As condições de trabalho constantes das alterações do contrato colectivo de trabalho entre a APROSE — Asso-ciação Portuguesa dos Produtores Profissionais de Seguros e o SISEP — Sindicato dos Profissionais de Seguros de Portugal e outro, publicadas no Boletim do Trabalho e Em-prego, n.º 35, de 22 de Setembro de 2009, são estendidas, no território do continente:

a) Às relações de trabalho entre empregadores não filia-dos na associação de empregadores outorgante que exer-çam a actividade de mediação de seguros e ou resseguros e trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias profissionais nelas previstas;

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b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados na associação de empregadores outorgante que exerçam a actividade económica referida na alínea anterior e traba-lhadores ao seu serviço das profissões e categorias profis-sionais previstas na convenção não filiados nos sindicatos outorgantes.

Artigo 2.º

1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após a sua publicação no Diário da República.

2 — A tabela salarial e as cláusulas de conteúdo pe-cuniário produzem efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2008.

3 — Os encargos resultantes da retroactividade poderão ser satisfeitos em prestações mensais de igual valor, com início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestação a dois meses de retroactividade ou fracção e até ao limite de seis.

Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos Santos André.

Portaria de extensão das alterações dos CCT para o ensino particular e cooperativo não su-perior.

As alterações dos contratos colectivos de trabalho entre a AEEP — Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo e a FNE — Federação Nacional dos Sindicatos da Educação e outros, publicadas no Boletimdo Trabalho e Emprego, n.º 5, de 8 de Fevereiro de 2009, com rectificação publicada no citado Boletim, n.º 14, de 15 de Abril de 2009, e as alterações dos contratos colectivos de trabalho entre a mesma associação de empregadores e o SINAPE — Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação, entre a mesma associação de empregadores e o SPLIU — Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades e, ainda, entre a mesma associação de empregadores e a FENPROF — Federação Nacional dos Professores e outros, publicadas no Boletimdo Trabalho e Emprego, respectivamente, n.º 8, de 28 de Fevereiro, e n.º 13, de 8 de Abril, ambos de 2009, abrangem as relações de trabalho entre estabelecimentos de ensino particular e cooperativo não superior e trabalhadores ao seu serviço representados pelas associações que os outorgaram.

As associações subscritoras requereram a extensão das convenções aos empregadores e trabalhadores não repre-sentados pelas associações outorgantes e que, no território nacional, se dediquem à mesma actividade.

As convenções em causa alteram os contratos colectivos de trabalho entre as referidas associação de empregadores e associações sindicais, publicadas no mesmo Boletim,n.º 11, de 22 de Março de 2007, e que foram objecto de extensão pela Portaria n.º 1483/2007, de 19 de Novembro, que circunscreveu a extensão aos estabelecimentos de en-sino particular e cooperativo não superior, não filiados na associação de empregadores outorgante, que beneficiassem de comparticipação financeira do Estado para despesas de pessoal e de funcionamento e aos empregadores filiados

na AEEP com trabalhadores não representados por asso-ciações sindicais outorgantes. Esta restrição acolheu as oposições deduzidas pela ANEEP — Associação Nacional de Estabelecimentos de Educação Privados e por 13 estabe-lecimentos de ensino que alegavam razões de desigualdade concorrencial relativamente aos estabelecimentos de ensino que não beneficiavam daquelas comparticipações através, nomeadamente, de contratos de associação, contratos sim-ples, contratos de patrocínio e contratos de cooperação.

As convenções actualizam as tabelas salariais. O estudo de avaliação do impacto da extensão das tabelas sala-riais teve por base as retribuições efectivas praticadas no sector abrangido pelas convenções, apuradas pelos quadros de pessoal de 2006 e actualizadas com base no aumento percentual médio das tabelas salariais das con-venções publicadas nos anos intermédios. Os trabalhadores a tempo completo do sector abrangido pelas convenções, com exclusão dos praticantes, dos aprendizes e de um grupo residual, são 28511, dos quais 9399 (33 %) auferem retribuições inferiores às convencionais, sendo que 3637 (12,8 %) auferem retribuições inferiores às convencionais em mais de 7,1 %. São as empresas dos escalões até 10 tra-balhadores e entre 51 a 200 trabalhadores que empregam o maior número de trabalhadores com retribuições inferiores às das tabelas salariais das convenções.

As convenções actualizam outras prestações de con-teúdo pecuniário, nomeadamente os subsídios devidos em caso de deslocação, entre 3 % e 5,1 %, o subsídio de refeição, entre 3,1 % e 5,6 %, as prestações em regime de pensionato, entre 3 % e 5,2 %, e as diuturnidades, entre 3 % e 5,6 %, consoante o período de actualização. Não se dispõe de dados estatísticos que permitam avaliar o impacto destas prestações. Considerando a finalidade da extensão e que as mesmas prestações foram objecto de extensões anteriores, justifica -se incluí -las na extensão.

Foi publicado o aviso relativo à presente extensão no Bole-tim do Trabalho e Emprego, n.º 40, de 29 de Outubro de 2009, ao qual foi deduzida oposição pela AEEP — Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, a qual pretende que a extensão seja emitida sem qualquer restrição de âmbito. Na verdade, a AEEP alega que, dos seus 500 associados, apenas 74 são subscritores de contrato de associação e que, em todo o território nacional, são cerca de 90 os colégios que subscreveram aqueles contratos, pelo que os termos restritos do aviso em causa reduzem a aplicação da extensão, no que respeita aos estabelecimentos não filiados na AEEP, a um número muito reduzido, sendo certo que os colégios com contrato de associação existem em todo o País, em zonas carenciadas de escolas públicas e integrando a rede pública de ensino, funcionando como escola pública, pelo que não suscitam distorções no sector de actividade em causa. Mais alega que os colégios não filiados não abrangi-dos pela extensão podem praticar mensalidades mais baixas por não cumprirem as tabelas salariais convencionais, daí resultando desvios concorrenciais, com a agravante de le-varem à desfiliação da AEEP dos estabelecimentos que não pretendam cumprir aquelas tabelas salariais. Finalmente, sublinha que a regulamentação convencional não é desa-dequada à política de gestão empresarial que os colégios não filiados praticam, porquanto ela respeita a legislação laboral e as regras de funcionamento do sistema nacional de educação e, em especial, do ensino particular e cooperativo a que todos os estabelecimentos se encontram obrigados.

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Não obstante, considerando que as convenções de 2009 apenas procedem à actualização das tabelas sala-riais e dos valores de cláusulas de conteúdo pecuniário, a presente extensão mantém o âmbito do respectivo aviso circunscrevendo -se aos empregadores filiados na AEEP com trabalhadores não representados por associações sindicais outorgantes, bem como a estabelecimentos de ensino particular e cooperativo não superior não filiados na associação de empregadores outorgante que tenham comparticipação financeira do Estado em despesas de pessoal e de funcionamento através, nomeadamente, de contratos de associação, contratos simples, contratos de pa-trocínio e contratos de cooperação. No entanto, atendendo à relevância dos argumentos invocados pela associação de empregadores oponente, proceder -se -á à publicação de aviso de extensão das convenções publicadas no Boletimdo Trabalho e Emprego, n.º 11, de 22 de Março de 2007, nas matérias em vigor, e das respectivas alterações de 2009, no âmbito não incluído na anterior extensão.

Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condições de concorrência entre as empresas do sector abrangido pelas convenções, a extensão assegura para as tabelas salariais e para as cláusulas de conteúdo pecuniário retroactividade idêntica à das convenções. No entanto, as compensações das despesas de deslocações previstas na alínea b) do n.º 3 e na alínea b) do n.º 4 da cláusula 31.ª das convenções não são objecto de retroac-tividade uma vez que se destinam a compensar despesas já feitas para assegurar a prestação do trabalho.

Tendo em consideração que não é viável proceder à verificação objectiva da representatividade das associa-ções outorgantes e, ainda, que os regimes das convenções são substancialmente idênticos, procede -se à respectiva extensão conjunta.

Embora as convenções tenham área nacional, a extensão de convenções colectivas nas Regiões Autónomas compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extensão apenas é aplicável no território do continente.

A extensão das convenções tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos tra-balhadores e, no plano económico, o de aproximar as con-dições de concorrência entre empresas do mesmo sector.

Assim:Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So-

lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:

Artigo 1.º

As condições de trabalho constantes das alterações dos contratos colectivos de trabalho entre a AEEP — Associa-ção dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Coope-rativo e a FNE — Federação Nacional dos Sindicatos da Educação e outros, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 5, de 8 de Fevereiro de 2009, com rec-tificação publicada no citado Boletim, n.º 14, de 15 de Abril de 2009, e das alterações dos contratos colectivos de trabalho entre a mesma associação de empregadores e o SINAPE — Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação, entre a mesma associação de empregadores e o SPLIU — Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades e, ainda, entre a mesma associação de empregadores e a FENPROF — Federação

Nacional dos Professores e outros, publicadas no Boletimdo Trabalho e Emprego, respectivamente, n.º 8, de 28 de Fevereiro, e n.º 13, de 8 de Abril, ambos de 2009, são estendidas, no território do continente:

a) Às relações de trabalho entre estabelecimentos de ensino particular e cooperativo não superior, não filiados na associação de empregadores outorgante, que beneficiem de apoio financeiro do Estado para despesas de pessoal e de funcionamento, mediante a celebração de correspondentes contratos, e trabalhadores ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais neles previstas;

b) Às relações de trabalho entre estabelecimentos de ensino particular e cooperativo não superior filiados na associação de empregadores outorgante e trabalhadores ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais previstas nas convenções, não filiados ou representados pelas associações sindicais outorgantes.

Artigo 2.º

1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após a sua publicação no Diário da República.

2 — As tabelas salariais que as convenções determinam que produzem efeitos a partir de 1 de Setembro de 2008 e de 1 de Janeiro de 2009 retroagem, no âmbito da presente extensão, a partir das mesmas datas. As cláusulas de con-teúdo pecuniário, com excepção da alínea b) do n.º 3 e da alínea b) do n.º 4 da cláusula 31.ª, produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2009.

3 — Os encargos resultantes da retroactividade poderão ser satisfeitos em prestações mensais de igual valor, com início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestação a dois meses de retroactividade ou fracção e até ao limite de seis.

Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos Santos André.

Portaria de extensão dos CCT entre a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a FE-SAHT — Federação dos Sindicatos da Agricul-tura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre a mesma associação de empregadores e a FEPCES — Federação Portu-guesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços e outros.

Os contratos colectivos de trabalho entre a Liga Portu-guesa de Futebol Profissional e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre a mesma associação de emprega-dores e a FEPCES — Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços e outros, publicados, res-pectivamente, no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 34, de 15 de Setembro de 2009, e n.º 37, de 8 de Outubro de 2009, abrangem as relações de trabalho entre empregadores e traba-lhadores representados pelas associações que os outorgaram.

As associações subscritoras requereram a extensão das con-venções colectivas aos empregadores e trabalhadores do mesmo sector de actividade não filiados nas associações outorgantes.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Ambas as convenções são revisões globais dos contratos colectivos de trabalho anteriores. Não foi possível efectuar o estudo de avaliação do impacto da extensão das tabelas salariais já que os contratos colectivos procederam à al-teração do número de níveis de retribuição. Contudo, foi possível determinar, com base no apuramento dos quadros de pessoal de 2007, que os trabalhadores a tempo completo do sector abrangido pelas convenções, com exclusão de um grupo residual, são 2151.

As convenções actualizam, ainda, o abono para falhas e as diuturnidades, em 3 %, o subsídio de refeição em 1,5 %, as prestações devidas em caso de deslocação, em percentagens que variam entre 1,9 % e 3,3 %, e o subsídio de deslocação, em 3,4 % e 1,6 %. Não se dispõe de dados estatísticos que permitam avaliar o impacto destas pres-tações. Considerando a finalidade da extensão e que as mesmas prestações foram objecto de extensões anteriores, justifica -se incluí -las na extensão. Atendendo a que ambas as convenções regulam diversas condições de trabalho, procede -se à ressalva genérica de cláusulas contrárias a normas legais imperativas.

Com vista a aproximar os estatutos laborais dos tra-balhadores e as condições de concorrência entre os em-pregadores do sector de actividade abrangido, a extensão assegura, para as tabelas salariais e cláusulas de conteúdo pecuniário, retroactividade idêntica à das convenções. No entanto, as compensações das despesas de deslocações previstas na cláusula 106.ª das convenções não são objecto de retroactividade uma vez que se destinam a compensar despesas já feitas para assegurar a prestação do trabalho.

Tendo em consideração que não é viável proceder à verificação objectiva da representatividade das associações sindicais outorgantes e, ainda, que os regimes das referidas convenções são substancialmente idênticos, procede -se à respectiva extensão conjunta.

A extensão das convenções tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano económico, o de aproxi-mar as condições de concorrência entre empregadores do mesmo sector.

Embora as convenções tenham área nacional, a extensão de convenções colectivas nas Regiões Autónomas compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extensão apenas é aplicável no território do continente.

Foi publicado o aviso relativo à presente extensão no Boletim do Trabalho e Emprego n.º 41, de 8 de Novembro de 2009, ao qual não foi deduzida oposição por parte dos interessados.

Assim:Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So-

lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:

Artigo 1.º

1 — As condições de trabalho constantes dos contratos colectivos de trabalho entre a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre a mesma associação de empregadores e a FEPCES — Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços e outros, publicados, res-pectivamente, no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 34,

de 15 de Setembro de 2009, e n.º 37, de 8 de Outubro de 2009, são estendidas no território do continente:

a) Às relações de trabalho entre clubes e sociedades desportivas que prossigam as actividades reguladas pelas convenções, não filiados na associação de empregadores outorgante e trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias profissionais neles previstas;

b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados na associação de empregadores outorgante e trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias profissionais pre-vistas nas convenções não representados pelas associações sindicais outorgantes.

2 — Não são objecto de extensão as disposições das convenções contrárias a normas legais imperativas.

Artigo 2.º

1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após a sua publicação no Diário da República.

2 — As tabelas salariais e os valores das cláusulas de conteúdo pecuniário, com excepção dos previstos na cláu-sula 106.ª, produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2009.

3 — Os encargos resultantes da retroactividade podem ser satisfeitos em prestações mensais de igual valor, com início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestação a dois meses de retroactividade ou fracção e até ao limite de seis.

Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos Santos André.

Aviso de projecto de portaria de extensão das al-terações do CCT entre a FENAME — Federação Nacional do Metal e a FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros.

Nos termos e para os efeitos dos n.os 2 e 3 do artigo 516.º do Código do Trabalho e dos artigos 114.º e 116.º do Có-digo do Procedimento Administrativo, torna -se público ser intenção do Ministério do Trabalho e da Solidarie-dade Social proceder à emissão de portaria de extensão das alterações do contrato colectivo de trabalho entre a FENAME — Federação Nacional do Metal e a FETE-SE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 33, de 8 de Setembro de 2009, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho, cujo projecto e respectiva nota justificativa se publicam em anexo.

Nos 15 dias seguintes ao da publicação do presente aviso, podem os interessados no procedimento de extensão deduzir, por escrito, oposição fundamentada ao referido projecto.

Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos Santos André.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Nota justificativa

As alterações do contrato colectivo de trabalho entre a FENAME — Federação Nacional do Metal e a FETE-SE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 33, de 8 de Setembro de 2009, abrangem as relações de trabalho entre empregadores que prossigam a actividade no sector metalúrgico e metalomecânico e trabalhadores ao seu serviço, uns e outros representados pelas associações outorgantes.

As associações subscritoras requereram a extensão da convenção a todas as empresas não representadas pela federação de empregadores outorgante que, na área da sua aplicação, pertençam ao mesmo sector económico e aos respectivos trabalhadores não representados pelas associações sindicais outorgantes.

A convenção actualiza as tabelas salariais. O estudo de avaliação do impacto da extensão das tabelas salariais teve por base as retribuições efectivas praticadas no sec-tor abrangido pela convenção, apuradas pelos quadros de pessoal de 2007 e actualizadas com base no aumento percentual médio das tabelas salariais das convenções publicadas em 2008.

Os trabalhadores a tempo completo do sector, com exclusão de aprendizes, praticantes e um grupo residual, são cerca de 97 307, dos quais 20 979 (22 %), aufe-rem retribuições inferiores às convencionais, sendo que 11 336 (11,6 %) auferem retribuições inferiores às da convenção em mais de 5,8 %. São as empresas do esca-lão entre 50 a 249 trabalhadores que empregam o maior número de trabalhadores com retribuições inferiores às da convenção.

As retribuições previstas no anexo I, relativas aos graus 14 a 20 das tabelas I e II são inferiores à retribuição mínima mensal garantida em vigor. No entanto, a retribui-ção mínima mensal garantida pode ser objecto de redução relacionada com o trabalhador, ao abrigo do artigo 275.º do Código do Trabalho. Deste modo, as referidas retribuições apenas são objecto de extensão para abranger situações em que a retribuição mínima mensal garantida resultante da redução seja inferior àquelas.

A convenção actualiza, ainda, o subsídio de refeição, em 2,3 %. Não se dispõe de dados estatísticos que per-mitam avaliar o impacto desta prestação. Considerando a finalidade da extensão e que a mesma prestação foi objecto de extensões anteriores, justifica -se incluí -la na extensão.

Atendendo a que as alterações regulam diversas condi-ções de trabalho, procede -se à ressalva genérica de cláu-sulas contrárias a normas legais imperativas.

Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condições de concorrência entre as empre-sas do sector de actividade abrangido pela convenção, a extensão assegura para as tabelas salariais retroactividade idêntica à da convenção e, para o subsídio de refeição, uma produção de efeitos a partir do dia 1 do mês seguinte ao da entrada em vigor da convenção.

Na área da convenção, a actividade do sector meta-lúrgico e metalomecânico é, também, regulada por outra convenção colectiva celebrada por diferentes associações de empregadores, pelo que é conveniente assegurar, na medida do possível, a uniformização do estatuto laboral

em cada empresa, à semelhança do que sucedeu nas an-teriores extensões.

As anteriores extensões da convenção não se apli-caram aos trabalhadores representados pela FIEQUI-METAL — Federação Intersindical das Indústrias Me-talúrgica, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas em virtude da oposição por esta deduzida, pelo que a presente extensão também não abrange os mesmos trabalhadores.

A extensão das alterações tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano económico, o de aproxi-mar as condições de concorrência entre empresas do mesmo sector.

Embora a convenção tenha área nacional, a exten-são de convenções colectivas nas Regiões Autónomas compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extensão apenas é aplicável no território do conti-nente.

Assim, ponderadas as circunstâncias sociais e económi-cas justificativas da extensão, previstas n.º 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho, é conveniente promover a extensão das alterações da convenção em causa.

Projecto de portaria de extensão das alterações do CCT entre a FENAME — Federação Nacional do Metal e a FE-TESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros.

Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So-lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:

Artigo 1.º

1 — As condições de trabalho constantes das altera-ções do CCT entre a FENAME — Federação Nacional do Metal e a FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros, publicadas no Boletimdo Trabalho e Emprego, n.º 33, de 8 de Setembro de 2009, são estendidas no território do continente:

a) Às relações de trabalho entre empregadores não filiados nas associações de empregadores inscritas na federação de empregadores outorgante, nem noutras associações de empregadores representativas de outras empresas do sector, que prossigam a actividade no sector metalúrgico e metalomecânico e trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias profissionais nelas previstas;

b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados nas associações de empregadores inscritas na federação de empregadores outorgante, que exerçam a actividade económica referida na alínea anterior e trabalhadores ao seu serviço das mesmas profissões e categorias pro-fissionais não representados pelas associações sindicais outorgantes.

2 — O disposto na alínea a) não é aplicável às rela-ções de trabalho em empresas das indústrias de ferra-gens, fabrico e montagem de bicicletas, ciclomotores, motociclos e acessórios não filiadas nas associações de empregadores inscritas na federação de empregadores outorgante.

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3 — As retribuições previstas no anexo I, relativas aos graus 14 a 20 das tabelas I e II inferiores à retribuição mí-nima mensal garantida em vigor apenas são objecto de ex-tensão nas situações em que sejam superiores à retribuição mínima mensal garantida resultante de redução relacionada com o trabalhador, de acordo com o artigo 275.º do Código do Trabalho.

4 — A presente extensão não se aplica aos trabalhadores filiados em sindicatos representados pela FIEQUIME-TAL — Federação Intersindical das Indústrias Metalúr-gica, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas.

5 — Não são objecto de extensão as disposições con-trárias a normas legais imperativas.

Artigo 2.º

1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após a sua publicação no Diário da República.

2 — As tabelas salariais produzem efeitos a partir de 1 de Abril de 2009 e o subsídio de refeição produz efeitos a partir de 1 de Outubro de 2009.

3 — Os encargos resultantes da retroactividade po-dem ser satisfeitos em prestações mensais de igual valor, com início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada pres-tação a dois meses de retroactividade ou fracção e até ao limite de seis.

Aviso de projecto de portaria de extensão do CCT entre a FENAME — Federação Nacional do Metal e o SQTD — Sindicato dos Quadros e Técnicos de Desenho.

Nos termos e para os efeitos dos n.os 2 e 3 do artigo 516.º do Código do Trabalho e dos artigos 114.º e 116.º do Có-digo do Procedimento Administrativo, torna -se público ser intenção do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social proceder à emissão de portaria de extensão do con-trato colectivo de trabalho entre a FENAME — Federação Nacional do Metal e o SQTD — Sindicato dos Quadros e Técnicos de Desenho, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 40, de 29 de Outubro de 2009, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho, cujo projecto e respectiva nota justificativa se publicam em anexo.

Nos 15 dias seguintes ao da publicação do presente aviso, podem os interessados no procedimento de extensão deduzir, por escrito, oposição fundamentada ao referido projecto.

Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos Santos André.

Nota justificativa

O contrato colectivo de trabalho entre a FENA-ME — Federação Nacional do Metal e o SQTD — Sin-dicato dos Quadros e Técnicos de Desenho, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 40, de 29 de Outubro de 2009, abrange as relações de trabalho en-tre empregadores que prossigam a actividade no sector

metalúrgico e metalomecânico e trabalhadores ao seu serviço, uns e outros, representados pelas associações que o outorgaram.

As associações subscritoras requereram a extensão da convenção a todas as empresas não filiadas nas associações de empregadores representadas pela federação de emprega-dores outorgante, que na área da sua aplicação pertençam ao mesmo sector económico e aos trabalhadores ao seu serviço, com categorias profissionais nela previstas, não filiados no sindicato outorgante.

A convenção actualiza as tabelas salariais. Não foi possível proceder ao estudo de avaliação do impacto da extensão das tabelas salariais em virtude do apuramento dos quadros de pessoal de 2007 respeitar à totalidade dos trabalhadores do sector e a presente convenção só abranger algumas profissões e categorias profis-sionais.

As retribuições do grau N do anexo I são inferiores à retribuição mínima mensal garantida em vigor. No entanto, a retribuição mínima mensal garantida pode ser objecto de reduções relacionadas com o trabalhador, de acordo com o artigo 275.º do Código do Trabalho. Deste modo, as referidas retribuições apenas são objecto de extensão para abranger situações em que a retribuição mínima mensal garantida resultante da redução seja in-ferior àquelas.

A convenção actualiza, ainda, o subsídio de refeição, em 2,3 %. Não se dispõe de dados estatísticos que per-mitam avaliar o impacto desta prestação. Considerando a finalidade da extensão e que a mesma prestação foi objecto de extensões anteriores, justifica -se incluí -la na extensão.

Atendendo a que a convenção regula diversas condições de trabalho, procede -se à ressalva genérica de cláusulas contrárias a normas legais imperativas.

Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condições de concorrência entre empresas do sector de actividade abrangido, a extensão assegura para as tabelas salariais retroactividade idêntica à da convenção e, para o subsídio de refeição, uma produção de efeitos a partir do dia 1 do mês seguinte ao da entrada em vigor da convenção.

Tendo em consideração a existência no sector de actividade da presente convenção de outras convenções colectivas de trabalho outorgadas por diferentes asso-ciações de empregadores, assegura -se, na medida do possível, a uniformização do estatuto laboral em cada empresa, à semelhança do que sucedeu nas anteriores extensões.

A extensão da convenção tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano económico, o de aproximar as condições de concorrência entre empresas do mesmo sector.

Embora a convenção tenha área nacional, a exten-são de convenções colectivas nas Regiões Autónomas compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extensão apenas é aplicável no território do conti-nente.

Assim, ponderadas as circunstâncias sociais e económi-cas justificativas da extensão, previstas n.º 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho, é conveniente promover a extensão da convenção em causa.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Projecto de portaria de extensão do CCT entre a FENA-ME — Federação Nacional do Metal e o SQTD — Sindicato dos Quadros e Técnicos de Desenho.

Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So-lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:

Artigo 1.º

1 — As condições de trabalho constantes do contrato colectivo de trabalho entre a FENAME — Federação Na-cional do Metal e o SQTD — Sindicato dos Quadros e Técnicos de Desenho, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 40, de 29 de Outubro de 2009, são estendidas, no território do continente:

a) Às relações de trabalho entre empregadores não filiados nas associações de empregadores inscritas na federação de empregadores outorgante nem noutras associações de empregadores representativas de outras empresas do sector, que prossigam a actividade no sector metalúrgico e metalomecânico e trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias profissionais nelas previstas;

b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados nas associações de empregadores inscritas na federação de empregadores outorgante, que exerçam a actividade económica referida na alínea anterior e trabalhadores ao seu serviço das mesmas profissões e categorias pro-fissionais não representados pela associação sindical outorgante.

2 — O disposto na alínea a) não é aplicável às rela-ções de trabalho em empresas das indústrias de ferra-gens, fabrico e montagem de bicicletas, ciclomotores, motociclos e acessórios não filiadas nas associações de empregadores inscritas na federação de empregadores outorgante.

3 — As retribuições previstas no anexo I, grau N das tabelas I e II inferiores à retribuição mínima mensal ga-rantida em vigor apenas são objecto de extensão nas situações em que sejam superiores à retribuição mínima mensal garantida resultante de redução relacionada com o trabalhador, de acordo com o artigo 275.º do Código do Trabalho.

4 — Não são objecto de extensão as cláusulas contrárias a normas legais imperativas.

Artigo 2.º

1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após a sua publicação no Diário da República.

2 — As tabelas salariais produzem efeitos desde 1 de Abril de 2009 e o subsídio de refeição produz efeitos desde 1 de Dezembro de 2009.

3 — Os encargos resultantes da retroactividade po-dem ser satisfeitos em prestações mensais de igual valor, com início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada pres-tação a dois meses de retroactividade ou fracção e até ao limite de seis.

Aviso de portaria de extensão do ACT entre a MEA-GRI — Cooperativa Agrícola do Concelho da Mealhada, C. R. L., e outras e o SETAA — Sin-dicato da Agricultura, Alimentação e Florestas e outro.

Nos termos e para os efeitos dos n.os 2 e 3 do artigo 516.º do Código do Trabalho e dos artigos 114.º e 116.º do Có-digo do Procedimento Administrativo, torna -se público ser intenção do Ministério do Trabalho e da Solidariedade So-cial proceder à emissão de portaria de extensão do acordo colectivo de trabalho entre a MEAGRI — Cooperativa Agrícola do Concelho da Mealhada, C. R. L., e outras e o SETAA — Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas e outro, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 23, de 22 de Junho de 2009, ao abrigo do ar-tigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho, cujo projecto e respectiva nota justificativa se publicam em anexo.

Nos 15 dias seguintes ao da publicação do presente aviso, podem os interessados no procedimento de extensão deduzir, por escrito, oposição fundamentada ao referido projecto.

Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos Santos André.

Nota justificativa

O acordo colectivo de trabalho entre a MEAGRI — Co-operativa Agrícola do Concelho da Mealhada, C. R. L., e outras e o SETAA — Sindicato da Agricultura, Alimenta-ção e Florestas e outro, publicado no Boletim do Traba-lho e Emprego, n.º 23, de 22 de Junho de 2009, abrange as relações de trabalho entre as cooperativas agrícolas que, no território nacional, se dediquem às actividades de prestação de serviços e mistas e trabalhadores ao seu serviço, uns e outros representados pelas entidades que os outorgaram.

Os outorgantes da convenção requereram a sua extensão a todas as cooperativas agrícolas não outorgantes que, no território do continente, se dediquem às actividades de prestação de serviços e mistas que tenham por objecto principal as actividades previstas nas alíneas a) e c) do n.º 2 do artigo 6.º do Decreto -Lei n.º 394/82, de 21 de Setembro, que correspondem ao âmbito sectorial da con-venção, e aos trabalhadores ao seu serviço, representados pelos sindicatos outorgantes.

De acordo com as disposições legais invocadas, são cooperativas de serviços as que desenvolvem actividades, de entre outras, nas áreas específicas de compra e venda, máquinas, mútuas de seguros, rega e assistência técnica, e são mistas as cooperativas agrícolas que desenvolvem actividades polivalentes em quaisquer áreas específicas do ramo.

A classificação das cooperativas agrícolas adoptada pela legislação de 1982 foi abandonada pelo Decreto--Lei n.º 335/99, de 20 de Agosto. De acordo com este diploma, as cooperativas agrícolas podem prestar ser-viços aos seus associados nos domínios da recolha, concentração, transformação, conservação, armazena-gem e escoamento de bens e produtos provenientes das explorações dos seus membros; aquisição, preparação

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e acondicionamento de factores de produção e de pro-dutos e aquisição de animais destinados às explora-ções dos seus membros ou à sua própria actividade; instalação e prestação de serviços às explorações dos seus membros, nomeadamente de índole organizativa, técnica, tecnológica, económica, financeira, comercial, administrativa e associativa; gestão e utilização da água de rega, administração, exploração e conservação das respectivas obras e equipamentos de rega, que a lei preveja poderem ser administradas ou geridas por cooperativas.

Desconhece -se se alguma cooperativa outorgante pros-segue actividades de gestão de sistemas de rega. Não obs-tante, dado a convenção não contemplar profissões ou categorias profissionais próprias desta actividade e existir um acordo colectivo de trabalho celebrado entre diversas associações de regantes e o SETAA, a mesma não é in-cluída na extensão.

Por outro lado, a convenção prevê profissões próprias da actividade de comércio retalhista, incluindo o comércio de carnes (talhos). Uma vez que a actividade de comér-cio retalhista é abrangida por convenções colectivas de trabalho em todo o território do continente, a mesma é excluída da extensão.

Assim, considerando que as actividades de prestação de serviços aos seus associados prosseguidos por coo-perativas agrícolas não outorgantes não estão abrangidas por instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho, considera -se conveniente promover a extensão da conven-ção no território do continente.

A convenção actualiza a tabela salarial. O estudo de avaliação do impacto da extensão da tabela salarial teve por base as retribuições efectivas praticadas no sector abrangido pela convenção, apuradas pelos quadros de pessoal de 2007 e actualizadas com base no aumento percentual médio das tabelas salariais das convenções publicadas no ano de 2008. Os trabalhadores a tempo completo abrangidos pela convenção, com exclusão de aprendizes, praticantes e de um grupo residual, são cerca de 492, dos quais 152 (30,9 %) auferem retribuições inferiores às da convenção. São as empresas do esca-lão de 21 a 49 trabalhadores que empregam o maior número de trabalhadores com retribuições inferiores às da convenção.

A convenção actualiza, ainda, outras prestações de conteúdo pecuniário como as diuturnidades, em 5,7 %, o abono para falhas, em 5,3 %, o subsídio de alimenta-ção em 2,9 % e as compensações nas deslocações, entre 2,2 % e 3,1 %.

Com vista a aproximar os estatutos laborais dos tra-balhadores, a extensão assegura para a tabela salarial e para as cláusulas de conteúdo pecuniário retroactividade idêntica à da convenção. No entanto, as compensações das despesas de deslocação previstas nos n.os 1, 2 e 3 da cláusula 39.ª «Deslocações em serviço» não são objecto de retroactividade, uma vez que se destinam a compensar despesas já feitas para assegurar a prestação de trabalho.

Atendendo a que a convenção regula diversas condições de trabalho, procede -se à ressalva genérica de cláusulas contrárias a normas legais imperativas.

A extensão da convenção tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho

dos trabalhadores ao serviço das cooperativas agrícolas independentemente da filiação dos trabalhadores ao seu serviço.

Assim, ponderadas as circunstâncias sociais e econó-micas justificativas da extensão, previstas no n.º 2 do ar-tigo 514.º do Código do Trabalho, é conveniente promover a extensão da convenção em causa.

Projecto de portaria de extensão do ACT entre a MEAGRI — Coope rativa Agrícola do Concelho da Mealhada, C. R. L., e outras e o SETAA — Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas e outro.

Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So-lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:

Artigo 1.º

1 — As condições de trabalho constantes do acordo colectivo de trabalho entre a MEAGRI — Cooperativa Agrícola do Concelho da Mealhada, C. R. L., e outras e o SETAA — Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas e outro, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 23, de 22 de Junho de 2009, são estendidas, no território do continente:

a) Às relações de trabalho entre cooperativas agrí-colas não outorgantes da convenção que se dedicam à prestação de serviços aos seus associados nos domí-nios da recolha, concentração, transformação, conser-vação, armazenagem e escoamento de bens e produtos provenientes das explorações dos seus membros; da aquisição, preparação e acondicionamento de factores de produção e de produtos e da aquisição de animais destinados às explorações dos seus membros ou à sua própria actividade; da instalação e prestação de serviços às explorações dos seus membros, nomeadamente de índole organizativa, técnica, tecnológica, económica, financeira, comercial, administrativa e associativa, e os trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias profissionais nelas previstas;

b) Às relações de trabalho entre as cooperativas agrí-colas outorgantes e os trabalhadores ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais previstas na conven-ção, não filiados nos sindicatos outorgantes.

2 — A presente extensão não se aplica às actividades de comércio retalhista prosseguidas pelas cooperativas agrícolas.

3 — Não são objecto de extensão as cláusulas contrárias a normas legais imperativas.

Artigo 2.º

1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após a sua publicação no Diário da República.

2 — A tabela salarial e os valores das cláusulas de con-teúdo pecuniário, com excepção dos previstos nosn.os 1, 2 e 3 da cláusula 39.ª, produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2009.

3 — Os encargos resultantes da retroactividade po-dem ser satisfeitos em prestações mensais de igual valor, com início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada pres-tação a dois meses de retroactividade ou fracção e até ao limite de seis.

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CONVENÇÕES COLECTIVAS DE TRABALHO

CCT entre a ADAPI — Associação dos Armadores das Pescas Industriais e a Federação dos Sin-dicatos do Sector da Pesca (pesca do arrasto costeiro) — Revisão global.

CAPÍTULO I

Âmbito e vigência

Cláusula 1.ª

Âmbito e área

1 — A presente convenção obriga, pela simples assinatura dos representantes legais das partes outorgantes, por um lado, as empresas representadas pela ADAPI — Associação dos Armadores das Pescas Industriais (ADAPI), armadores de navios de pesca do arrasto costeiro e, por outro, os trabalha-dores embarcados nos navios de pesca de arrasto costeiro re-presentados pela Federação dos Sindicatos do Sector da Pesca.

2 — Esta convenção aplica -se em Portugal continental, na ZEE, em qualquer pesqueiro para onde o arrasto cos-teiro esteja licenciado no âmbito de acordos de pesca com países terceiros.

Cláusula 2.ª

Vigência, denúncia e revisão

1 — O CCT entra em vigor cinco dias após a sua publi-cação no Boletim do Trabalho e Emprego e tem a duração de 24 meses.

2 — A tabela salarial e demais cláusulas de expressão pecuniárias vigoram pelo prazo de 12 meses.

3 — Decorridos os prazos de vigência anteriores, o CCT renova -se por iguais períodos se não for denunciado.

4 — A denúncia pode ser feita por qualquer das partes com a antecedência mínima de três meses relativamente aos prazos de vigência iniciais ou renovados.

CAPÍTULO II

Da admissão, carreira profissional e lotações

Cláusula 3.ª

Recrutamento, carreira profissional e lotações

1 — O recrutamento dos trabalhadores para bordo dos navios far -se -á nos termos da legislação em vigor.

2 — Só podem ser admitidos indivíduos possuidores de cédula marítima ou mediante autorização de autoridade competente.

Cláusula 4.ª

Admissão por substituição

1 — Sem prejuízo de outras situações em que seja le-galmente admissível a celebração de contrato de trabalho a termo, a entidade patronal poderá admitir trabalhadores em substituição dos que estejam temporariamente im-

pedidos de prestar a sua actividade, designadamente em consequência de acidente ou doença, licença, com ou sem vencimento e outras situações equiparáveis.

2 — A admissão efectuada nos termos do número ante-rior é feita por contrato de trabalho a termo enquanto durar o impedimento do trabalhador substituído.

3 — O contrato com o trabalhador substituto caducará na data em que se verifique o regresso do substituído, salvo se aquele continuar ao serviço para além de 15 dias a contar da-quela data, caso em que o contrato se considerará sem termo, para todos os efeitos, a partir do início da prestação de trabalho.

Cláusula 5.ª

Promoção profissional

1 — Os armadores apoiam a frequência de acções de formação, atempadamente programadas.

2 — Verificando -se a necessidade de preenchimento de vagas para as categorias de contramestre ou nas funções de mestre de redes, os armadores deverão preencher estas vagas com profis-sionais devidamente habilitados existentes nas suas embarcações.

3 — Para efeitos da presente cláusula, os profissionais poderão embarcar a bordo com as seguintes funções pelas quais vencerão:

a) Marinheiro pescador/pescador;b) Marinheiro cozinheiro;c) Mestre de redes;d) Contramestre;e) Encarregado de pesca;f) Mestre de navegação ou de leme;g) Mestre costeiro pescador;h) Ajudante de máquinas;i) Segundo máquinas;j) Chefe de máquinas.

4 — O chefe de máquinas é o directo responsável por tudo quanto respeite à sua secção e respectivo pessoal, competindo -lhe:

a) Orientar e zelar pela condução de todas as máquinas e demais instalações, directamente ligadas e dependentes da sua secção;

b) Dirigir e supervisionar as reparações possíveis em viagem ou em terra (porto) quando seja o pessoal de secção de máquinas a realizá -las;

c) A efectivação dos respectivos quartos de serviço;d) O controlo de execução dos quartos de serviço do

restante pessoal de máquinas;e) Decidir das medidas necessárias para manter a secção

em condições para as viagens seguintes.

Cláusula 6.ª

Desempenho de funções superiores à categoria

1 — Sempre que um trabalhador substitua outro de categoria e retribuição superior tem direito a receber a

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

retribuição inerente à categoria do substituído enquanto durar a substituição.

2 — Sempre que o trabalhador desempenhar funções superiores às correspondentes à sua categoria profissional, em comissão de serviço, aufere a retribuição correspon-dente, podendo voltar a exercer a sua função original com a retribuição a que esta função corresponde.

3 — O trabalhador que substitua outro de categoria mais elevada por períodos que ultrapassem 18 meses consecu-tivos, ou 36 alternados, não poderá ver a sua retribuição ser reduzida.

Cláusula 7.ª

Acumulações

1 — Quando, por um período transitório, houver acu-mulação de funções, o trabalhador receberá a remuneração correspondente à função mais elevada.

2 — Nos casos previstos no número anterior, a remune-ração correspondente à função menos elevada será dividida pela tripulação segundo o seu critério desde que o navio tenha ficado com tripulação inferior à habitual.

Cláusula 8.ª

Lotações

1 — As lotações para todos os navios abrangidos por esta convenção serão determinadas pelo Decreto -Lei n.º 280/2001, de 23 de Outubro, e alterações legislativas subsequentes consideradas como necessárias para a faina e preparação do pescado.

2 — O previsto no número anterior não pode prejudicar as actuais lotações existentes nos navios.

3 — Quando qualquer navio se deslocar de um porto para outro para efeitos que não sejam de pesca, o mesmo só poderá sair para o mar com a lotação de segurança mínima exigida por lei.

4 — Quando, por motivos justificados, seja impossível dar cumprimento à lotação estabelecida nos termos do n.º 1 desta cláusula, o navio poderá sair para a pesca com o parecer favorável da maioria da tripulação e desde que devidamente autorizado pela autoridade marítima.

CAPÍTULO III

Dos direitos e deveres das partes

Cláusula 9.ª

Deveres dos trabalhadores

1 — São deveres do marítimo, em especial:

a) Respeitar e tratar com lealdade o armador, nomeada-mente não divulgando informações referentes à organiza-ção, aos métodos de trabalho e às operações de pesca;

b) Comparecer ao serviço com assiduidade e realizar o trabalho com zelo e diligência;

c) Cumprir as determinações dos superiores hierárqui-cos em tudo o que respeita à execução e à disciplina do trabalho, bem como a todas as tarefas ou procedimentos relativos à segurança da navegação;

d) Zelar pela conservação e boa utilização da embarca-ção e do seu equipamento;

e) Observar as prescrições de segurança, higiene e saúde no trabalho estabelecidas nas disposições legais ou con-vencionais aplicáveis;

f) Cumprir as demais obrigações decorrentes da lei, de instrumento de regulamentação colectiva de trabalho e do respectivo contrato de trabalho.

2 — São deveres específicos dos mestres:

a) Manter legalizada e presente a bordo toda a docu-mentação respectiva e ainda a relativa à identificação dos tripulantes;

b) Apresentar, dentro dos prazos legais e contratuais, as participações e protestos de mar respectivos a ocorrências que os justifiquem;

c) Comparecer ao embarque à hora que tenha determi-nado para os restantes tripulantes.

Cláusula 10.ª

Deveres dos armadores

São deveres dos armadores, nomeadamente:

a) Respeitar e tratar com lealdade o marítimo e pagar -lhe pontualmente a retribuição que lhe é devida;

b) Proporcionar ao marítimo boas condições de trabalho a bordo, designadamente de segurança, higiene, saúde e alojamento;

c) Permitir ao marítimo a frequência de cursos de for-mação profissional necessários à evolução na carreira da pesca, sem prejuízo do prévio cumprimento dos períodos de embarque para que foi contratado;

d) Cumprir as demais obrigações decorrentes da lei, de regulamentação colectiva de trabalho, do respectivo contrato de trabalho e dos usos e costumes observados no porto.

Cláusula 11.ª

Garantias dos trabalhadores

É vedado ao armador ou a quem o represente:

a) Opor -se, por qualquer forma, a que o marítimo exerça os seus direitos, bem como despedi -lo ou aplicar -lhe san-ções por causa desse exercício;

b) Diminuir a retribuição fixa do marítimo, caso a haja, ou alterar, em prejuízo deste, o critério de cálculo das remu-nerações variáveis e das respectivas percentagens ou partes, salvo no caso de transferência, por razões objectivas, para tipo de embarcação que determine remuneração diferente, ou no caso de existência de disposição em contrário cons-tante de regulamentação colectiva;

c) Obrigar o marítimo a adquirir bens ou utilizar serviços fornecidos pelo armador ou por pessoa por ele indicada.

Cláusula 12.ª

Pescado existente a bordo

Sem prejuízo do disposto na cláusula referente à caldei-rada, todo o pescado existente a bordo será considerado propriedade da empresa armadora e deverá ser vendido nos termos legais.

A tripulação, sem prejuízo da sua actividade normal e através dos delegados sindicais ou de quaisquer outros

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trabalhadores eleitos para o efeito, terá o direito de fisca-lizar, pelos meios necessários, a saída e comercialização do pescado existente.

Cláusula 13.ª

Luvas de manobra

O mestre, segundo as necessidades, pode requisitar luvas de manobra destinadas ao pessoal de convés, para manuseio da arte de pesca e das amarrações.

CAPÍTULO IV

Prestação de trabalho

Cláusula 14.ª

Pessoal de máquinas

1 — O horário normal de trabalho será de oito horas diárias.

2 — O número de tripulantes será sempre o suficiente para que o horário por quartos não exceda o horário de trabalho normal.

3 — Quando, por motivo de força maior, os profissio-nais de máquinas tenham de trabalhar em dia de descanso obrigatório, os mesmos auferirão os vencimentos de repa-ração acrescidos de 100 %.

4 — Nos navios em que, por motivos de modernização tecnológica, existam menos de três tripulantes na secção de máquinas, o serviço será efectuado sem observância do determinado no n.º 1 desta cláusula.

Cláusula 15.ª

Pessoal do convés

1 — O horário de trabalho será, no máximo, de dezas-seis horas diárias, salvo motivo de força maior.

2 — O período de descanso não poderá ser inferior a oito horas por dia, que serão gozadas alternadamente, devendo haver um período de descanso de seis horas con-secutivas.

Cláusula 16.ª

Serviço em terra

1 — O tripulante quando tiver de ficar em terra a prestar serviço ao armador observará um horário de oito horas diárias, praticado de segunda -feira a sexta -feira.

2 — O trabalho prestado pelo tripulante para além do horário definido no número anterior será remunerado como trabalho suplementar de acordo com as fórmulas seguintes:

Para a primeira hora suplementar em dias úteis:

Rh = (VM × 12 + SR) × 1,552 × 40 8

Para a segunda hora ou fracção subsequente em dias úteis:

Rh = (VM × 12 + SR) × 1,7552 × 40 8

O trabalho suplementar prestado aos sábados, domingos e feriados será remunerado pela seguinte fórmula:

Rh = (VM × 12 + SR) × 2 52 × 40 8

sendo VM o vencimento base mensal fixo e SR o subsídio de reparação.

Cláusula 17.ª

Horário de refeições

1 — Nos locais de trabalho e repasto estarão afixados mapas com escalas de serviço e as horas das principais refeições.

2 — O horário das refeições só poderá ser alterado em casos especiais e sempre que haja o acordo da maioria da tripulação.

3 — A duração das principais refeições não poderá ser inferior a uma hora.

Cláusula 18.ª

Descanso mínimo entre viagens

No dia em que o navio venha a terra para fazer descarga será concedido um mínimo de cinco horas de descanso, a partir da hora da chegada, com excepção dos portos sujeitos a marés.

Cláusula 19.ª

Reparação

1 — Considera -se, para os efeitos do disposto nesta cláu-sula, que o navio entra em reparação um dia após a chegada.

2 — Ainda se considera reparação sempre que, para efeitos de beneficiação ou necessidades de reparações, o navio tenha de ficar retido no porto por período superior a 48 horas.

3 — Sempre que o navio seja forçado a arribar por avaria mecânica, durante a reparação desta, aplica -se igual-mente o critério do navio em reparação.

4 — Quando o navio estiver em reparação, será pago aos tripulantes da secção de máquinas e convés o vencimento por reparação constante da tabela anexa.

5 — A situação de reparação não implica a suspensão ou cessação do contrato de trabalho, continuando o traba-lhador à ordem do armador.

6 — O serviço prestado na construção ou transformação do navio não é considerado como trabalho de reparação, sendo a sua remuneração acordada entre o armador e os trabalhadores e nunca podendo a mesma ser inferior ao vencimento da reparação.

Cláusula 20.ª

Serviço em porto

1 — Aquando da docagem, reparação ou reapetrecha-mento do navio, qualquer que seja o local onde tenha lugar, o armador providenciará, para além das remunerações devidas, pela alimentação dos profissionais abrangidos por esta convenção e envolvidos em tais tarefas ou por opção pelo pagamento do subsídio diário por tripulante (sem distinção das funções a bordo) de € 12,47.

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2 — Aos tripulantes que não possam ir dormir à sua residência, o amador providenciará o seu alojamento.

3 — Aos tripulantes envolvidos nestas tarefas serão tam-bém reembolsadas despesas de deslocação (desde que em transporte público, à excepção de táxi), contra apresentação do documento comprovativo, sendo, contudo, garantido o pagamento de apenas uma viagem por semana aos tripu-lantes que se encontrem alojados por conta do armador.

4 — O transporte em via férrea será em 2.ª classe ou classe única, quando não houver outra.

5 — O tripulante que se desloque em transporte próprio receberá uma compensação a acordar com o armador, tendo em conta a distância percorrida.

Cláusula 21.ª

Porto de armamento

Sempre que o armador decida mudar quaisquer dos seus arrastões costeiros do porto de armamento, com carácter definitivo, obriga -se ao pagamento das despesas de viagem nos dias de descanso obrigatório e nos termos do n.º 2 da cláusula anterior dos tripulantes que continuem a residir na área do porto donde o navio foi deslocado.

O disposto no número anterior não se aplica às situações existentes na utilização usual de dois portos para descarga desde que estes não ultrapassem a distância de 100 km.

Cláusula 22.ª

Exercícios obrigatórios

Para além do horário normal, todo o trabalhador é obri-gado a executar, sem direito a remuneração suplementar, os exercícios de salva vidas, de extinção de incêndios e outros similares, determinados pela Convenção para a Salvaguarda de Vidas Humanas no Mar (SOLAS) ou pelas autoridades competentes.

Cláusula 23.ª

Transferência de navios

1 — A actividade profissional dos trabalhadores abran-gidos por esta convenção será prestada a bordo de qualquer navio do mesmo armador, salvo se as partes acordarem, por escrito, em sentido distinto.

2 — Quando embarcado, só com acordo do tripulante, reduzido a escrito, poderá este ser transferido para outro navio do mesmo armador ou para outro local de trabalho.

Cláusula 24.ª

Proibição da salga e da seca

Não são permitidas a salga e a seca de pescado a bordo.

CAPÍTULO V

Retribuição

Cláusula 25.ª

Retribuição

1 — Considera -se retribuição aquilo que, nos termos desta convenção, das normas que a regem ou dos usos, o trabalhador tem direito como contrapartida do seu trabalho.

2 — A retribuição compreende, nomeadamente, a remu-neração base, os subsídios de férias e de Natal, a compen-sação por gases para o pessoal de máquinas, a percentagem de pesca e o prémio de regime intensivo e todas as outras prestações regulares e periódicas previstas, ou não, por esta convenção.

3 — Presume -se constituir retribuição toda e qualquer prestação da empresa ao trabalhador.

Cláusula 26.ª

Remuneração base

1 — As remunerações base para os trabalhadores abran-gidos por esta convenção são as constantes do anexo I.

2 — Quando for necessário calcular o vencimento di-ário, ele deverá ser obtido pela fórmula:

VM × 12365

sendo VM o vencimento mensal.

Cláusula 27.ª

Subsídio de férias

Todo o tripulante tem direito a um subsídio de férias de € 450, sendo o vencimento mensal correspondente ao mês de férias igual à retribuição mínima mensal garantida para a indústria.

Cláusula 28.ª

Subsídio de Natal

1 — O trabalhador inscrito marítimo que, com referên-cia a 1 de Dezembro de cada ano, tenha um mínimo de um ano ao serviço do mesmo armador terá direito a receber, a título de subsídio de Natal, uma quantia de montante igual a € 450.

2 — O subsídio de Natal será posto a pagamento até 15 de Dezembro de cada ano.

3 — Aos trabalhadores inscritos marítimos que, antes da data de 1 de Dezembro, deixarem de estar ao serviço do armador ser -lhes -á atribuído um subsídio de Natal pro-porcional ao tempo de serviço prestado.

4 — Os tripulantes que não completem um ano ao ser-viço do mesmo armador em 1 de Dezembro receberão um subsídio de Natal calculado proporcionalmente ao tempo de serviço, nos termos da presente cláusula.

Cláusula 29.ª

Compensação de gases

O subsídio mensal de compensação por gases tóxicos para o pessoal de máquinas será de 10 % do vencimento fixo mensal do primeiro -motorista, relativamente ao tempo de serviço de máquinas prestado.

Cláusula 30.ª

Alimentação

1 — Para a alimentação o armador contribuirá com € 3,84 por dia de mar e por tripulante.

2 — Não é permitida a constituição de mais de um rancho a bordo, salvo quando se trate de alimentação des-tinada a doente.

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Cláusula 31.ª

Caldeirada

1 — Cada tripulante e o armador ou quem o represente tem direito a 2 kg de peixe para alimentação, de igual qualidade, por dia de pesca.

2 — Por acordo entre o armador e a tripulação, poderá esta renunciar ao levantamento de bordo da caldeirada em peixe a que tiver direito, recebendo como contrapartida a importância em dinheiro de € 3,84 por dia de pesca.

Cláusula 32.ª

Descarga e escolha do pescado

A descarga e a escolha são asseguradas pela tripulação, mediante o pagamento de 2 % do produto bruto da venda, repartida em partes iguais pelos membros da tripulação que participaram nas mesmas.

Cláusula 33.ª

Reboques

1 — No caso de salvamento ou assistência prestada pelo navio e sua tripulação a qualquer navio nacional ou estran-geiro, a empresa considerará o preço total de salvamento e ou assistência como receita de pesca (receita bruta), pagando aos tripulantes as percentagens que constam da tabela anexa a esta convenção, além dos complementos de soldada que lhe couberam sobre a pesca efectuada até ao momento da prestação de assistência e ou salvamento, ou depois destes.

2 — No caso de haver despesas com o recebimento do preço de assistência e ou salvamento, serão as mesmas deduzidas na percentagem correspondente ao armador, salvo quando essas despesas decorrem de envolvimento em processo judicial, sendo então deduzidos ao preço da assistência e ou salvamento.

Cláusula 34.ª

Cessação do direito de reclamação

O direito de reclamação por parte do armador ou do profissional por créditos resultantes do contrato de tra-balho extingue -se por prescrição decorrido um ano após a cessação do contrato, salvo nos casos que por lei seja aplicado outro prazo mais favorável aos trabalhadores ou que envolvam responsabilidade criminal.

CAPÍTULO VI

Suspensão da prestação de trabalho

Cláusula 35.ª

Feriados

1 — São considerados feriados obrigatórios os seguintes dias:

1 de Janeiro;Sexta -Feira Santa;Domingo de Páscoa;25 de Abril;1 de Maio;Corpo de Deus (festa móvel);

10 de Junho;15 de Agosto;5 de Outubro;1 de Novembro;1 de Dezembro;8 de Dezembro;25 de Dezembro.

2 — Além destes feriados obrigatórios serão observados o feriado municipal ou da padroeira do porto de armamento e a terça -feira de Carnaval.

Cláusula 36.ª

Regimes de trabalho e descanso

1 — Haverá dois regimes de trabalho e descanso.2 — O primeiro regime assenta no esquema de descanso

semanal que vem sendo praticado e o segundo regime assenta no esquema de um dia de descanso por cada seis dias de trabalho.

3 — Cabe ao armador optar por um dos regimes, con-forme os seus interesses, desde que tenha a aprovação de maioria dos tripulantes do navio.

4 — O segundo regime reger -se -á pelo determinado nas alíneas seguintes e terá como contrapartida mínima um prémio mensal de € 219,50 a favor de cada tripulante:

a) Por cada período de seis dias terá um dia de descanso a gozar conforme for acordado pelas partes;

b) Por conveniência de ambas as partes e mediante acordo poderá pontualmente o número de dias de descanso ser fraccionado ou acumulado mas sempre sem prejuízo da proporcionalidade estabelecida na alínea anterior;

c) No caso de inactividade do navio por motivo de força maior (arribada por mau tempo impraticabilidade de barras, avarias, etc.), cuja duração seja superior a vinte e quatro horas, os dias excedentes serão considerados de descanso mas sob o limite máximo de três dias;

d) Os navios que estejam licenciados para operar nas costas de Espanha, de Marrocos ou de outros países po-derão ocupar os dias de descanso obrigatório e feriados na faina de pesca;

e) Quando ocorrem as situações previstas no número anterior os dias de descanso e feriados passados no mar darão direito a igual número de dias de folga a gozar em terra logo após a chegada do navio ao porto de descarga. Em alternativa, por cada dia de folga não gozada, cada tripulante tem direito a um subsídio diário de € 37,50.

5 — Independentemente do regime de trabalho, os fe-riados de 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 25 de Abril, 1 de Maio e 25 de Dezembro terão de ser obrigatoriamente passados em terra.

Cláusula 37.ª

Direito a férias

1 — O trabalhador tem direito, em cada ano civil, a um período de férias retribuídas, que se vence em 1 de Janeiro.

2 — O direito a férias, em regra, reporta -se ao trabalho prestado no ano civil anterior, mas não está condicionado à assiduidade ou efectividade de serviço.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Cláusula 38.ª

Período de férias

1 — O período anual de férias tem a duração mínima de 22 dias úteis.

2 — Para efeitos de férias, são úteis os dias da se-mana de segunda -feira a sexta -feira, com excepção de feriados.

3 — A duração do período de férias é aumentada no caso de o trabalhador não ter faltado ou ter apenas faltas justificadas no ano a que as férias se reportam, nos se-guintes termos:

a) Três dias de férias, até uma falta ou dois meios dias;b) Dois dias de férias, até duas faltas ou quatro meios

dias;c) Um dia de férias, até três faltas ou seis meios dias.

Cláusula 39.ª

Marcação do período de férias

1 — O período de férias é estabelecido de comum acordo entre o armador e o tripulante.

2 — Não havendo acordo, compete ao armador fixar o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro, devendo ser dado conhecimento ao tripulante com antecedência não inferior a 45 dias.

3 — As férias são gozadas seguidamente, salvo acordo entre as partes.

4 — Mantêm direito a férias os tripulantes que desem-barquem por doença ou por acidente de trabalho.

5 — Durante o período de férias qualquer profis-sional não poderá trabalhar para outra entidade pa-tronal.

Cláusula 40.ª

Faltas justificadas

1 — São consideradas faltas justificadas:

a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casamento;

b) A motivada por falecimento de cônjuge, parente ou afim, nos termos legais (até cinco dias consecutivos, após o desembarque, por falecimento de cônjuge não separado de pessoas e bens ou de parentes ou afim no 1.º grau de linha directa, e até dois dias consecutivos, por falecimento de outro parente ou afim na linha recta ou no 2.º grau da linha colateral);

c) A motivada pela prestação de prova em estabeleci-mento de ensino, nos termos legais;

d) A motivada por impossibilidade de prestar tra-balho devido a facto não imputável ao trabalhador, nomeadamente observância de prescrição médica no seguimento de recurso a técnica de procriação medi-camente assistida, doença, acidente ou cumprimento de obrigação legal;

e) A motivada pela prestação de assistência inadiável e imprescindível a filho, a neto ou a membro do agregado familiar de trabalhador, nos termos legais;

f) A de trabalhador eleito para estrutura de representação colectiva dos trabalhadores, nos termos legais;

g) A de candidato a cargo público, nos termos da cor-respondente lei eleitoral;

h) A autorizada ou aprovada pelo empregador;i) A que por lei seja como tal considerada.

2 — É considerada injustificada qualquer falta não pre-vista no número anterior.

Cláusula 41.ª

Efeitos das faltas injustificadas

A falta injustificada constitui violação do dever de assi-duidade e determina perda da retribuição correspondente ao período de ausência, que não é contado na antiguidade do trabalhador.

CAPÍTULO VII

Cessação do contrato de trabalho e sanções

Cláusula 42.ª

Regulamentação

Em tudo o que nesta matéria não estiver contemplado na presente convenção serão aplicáveis as normas do regime que regula a cessação do contrato de trabalho a bordo.

Cláusula 43.ª

Causas de extinção

1 — O contrato de trabalho cessa, designadamente:

a) Por mútuo acordo;b) Por caducidade;c) Por rescisão promovida pelo armador ocorrendo justa

causa;d) Por rescisão unilateral do trabalhador;e) Por despedimento colectivo;f) Por transmissão ou venda e abate de navio, conforme

estabelecido nesta convenção;g) Por perda, naufrágio ou inavegabilidade definitiva

do navio e caso o armador não possa empregar os seus tripulantes noutro arrastão.

2 — No caso previsto na alínea g) do número anterior, se o armador não puder transferir para qualquer dos seus navios os tripulantes que ficaram desempregados, os mes-mos terão preferência em futuras admissões para bordo dos navios do mesmo armador.

3 — É proibido ao armador promover o despedimento de qualquer trabalhador sem justa causa.

Cláusula 44.ª

Motivos de justa causa para despedimento ou resolução

1 — Constituem, designadamente, motivos de justa causa para despedimento por facto imputável ao traba-lhador:

a) A ofensa à honra ou à dignidade do armador ou seus representantes, por parte dos profissionais;

b) O exercício de violências físicas, sequestro de pessoas ou retenção de bens;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

c) Os vícios ou mau procedimento do profissional, prin-cipalmente a inobservância das regras da disciplina;

d) A recusa de prestar serviços indicados pelos supe-riores hierárquicos compatíveis com as funções do pro-fissional;

e) Insubordinação;f) Provocação repetida de conflitos com camaradas de

trabalho;g) Violação dos direitos e garantias dos trabalhadores

da empresa;h) A lesão de interesses patrimoniais sérios da empresa;i) A falta reiterada e injustificada à prestação de trabalho;j) A falta de observância das normas de higiene no trabalho;k) A prática de embriaguez ou de crime de furto;l) O desvio ou furto de pescado devidamente compro-

vado.

2 — Constituem, designadamente, motivos de justa causa para resolução pelo trabalhador:

a) A ofensa à honra e dignidade por parte dos armadores ou seus representantes;

b) A falta de pagamento da retribuição na forma devida;c) A necessidade de cumprir obrigações legais incom-

patíveis com a continuação do serviço;d) Violação das garantias legais e convencionais do

trabalhador;e) Aplicação de sanções abusivas;f) Falta de condições de higiene e segurança;g) Lesão de interesses patrimoniais do trabalhador;h) A conduta intencional dos superiores hierárquicos, de

forma a levar os trabalhadores a porem termo ao contrato.

3 — Qualquer despedimento com justa causa será pre-cedido de processo disciplinar, nos termos legais.

Cláusula 45.ª

Denúncia com aviso prévio

1 — Qualquer trabalhador tem o direito de denunciar o contrato individual de trabalho, independentemente de justa causa, devendo comunicá -lo por escrito ao arma-dor, com aviso prévio de 30 ou 60 dias, conforme tenha, respectivamente, até dois anos ou mais de dois anos de antiguidade.

2 — Também é facultada ao profissional a possibili-dade de rescindir o contrato e com menor pré -aviso desde que tal não acarrete paragem do navio e que indemnize o armador na importância correspondente ao vencimento fixo que lhe seria devido pelo período de aviso prévio em falta.

Cláusula 46.ª

Despedimento colectivo

1 — Cada tripulante abrangido por despedimento co-lectivo tem o direito de uma indemnização de acordo com a respectiva antiguidade, sendo a mesma correspondente a um mês de soldada fixa de mar por cada ano de serviço. O valor da soldada fixa para efeitos de compensação não poderá ser inferior ao ordenado mínimo nacional.

2 — É aplicável aos trabalhadores, no que respeita aos despedimentos colectivos, a legislação em vigor.

Cláusula 47.ª

Rescisão unilateral do armador

1 — O profissional que seja despedido sem justa causa tem o direito a receber além da remuneração por inteiro do mês em que se extingue o contrato uma compensação correspondente a um mês de vencimento fixo mensal por cada ano de serviço na empresa.

2 — Para efeitos do número anterior, o tempo de serviço será arredondado para número inteiro de anos de serviço imediatamente superior.

3 — Para efeitos de cálculo a soldada do mês não poderá ser inferior ao ordenado mínimo nacional.

Cláusula 48.ª

Rescisão por inadaptação

1 — O trabalhador que manifeste inadaptação super-veniente ao posto de trabalho poderá ser despedido, nos termos legais.

2 — O despedimento promovido nos termos desta cláu-sula confere ao trabalhador receber uma indemnização no montante igual ao previsto na cláusula anterior.

Cláusula 49.ª

Transmissão e abate de navios

1 — A transmissão e o abate de navios são reconhecidos pelas partes contratantes mas não poderão ser efectuados sem ser dado prévio conhecimento aos sindicatos repre-sentativos dos trabalhadores ao seu serviço.

2 — A transmissão e abate de navios, o encerramento definitivo da actividade do armador ou a reorganização ou fusão de empresas não constituem justa causa de rescisão dos contratos de trabalho.

3 — É aplicável aos trabalhadores que venham a per-der os seus postos de trabalho em virtude de se verificar alguns casos previstos no número anterior o regime de «despedimento colectivo» previsto na Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro.

4 — Para efeitos do número anterior, qualquer fracção do 1.º ano de serviço é considerada um ano completo.

5 — O total das indemnizações referidas nos números anteriores não excederá em caso algum 30 % do preço total da venda do navio, distribuindo -se então nesse caso em partes iguais esta percentagem (30 %), tendo em atenção os anos de serviço na empresa.

6 — Se a transmissão ou abate do navio não implicar de-semprego para os tripulantes, não haverá lugar a qualquer indemnização, tomando a entidade adquirente (no caso de transmissão ou venda do navio) a posição do transmitente quanto aos contratos de trabalho daqueles tripulantes.

Cláusula 50.ª

Sanções abusivas

1 — Considera -se abusiva a sanção disciplinar motivada pelo facto de o trabalhador:

a) Ter reclamado legitimamente contra as condições de trabalho;

b) Se recusar a cumprir ordem a que não deva obediên-cia, nos termos legais;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

c) Exercer ou candidatar -se ao exercício de funções em estrutura de representação colectiva dos trabalha-dores;

d) Em geral, exercer, ter exercido, pretender exercer ou invocar os seus direitos ou garantias.

2 — Presume -se abusivo o despedimento ou outra sanção aplicada alegadamente para punir uma infracção, quando tenha lugar:

a) Até seis meses após qualquer dos factos mencionados no número anterior;

b) Até um ano após reclamação ou outra forma de exer-cício de direitos relativos a igualdade e não discriminação.

Cláusula 51.ª

Consequência da aplicação da sanção abusiva

A aplicação de sanção abusiva terá as consequências legalmente previstas.

CAPÍTULO VIII

Seguro e previdência

Cláusula 52.ª

Contribuições para a previdência

O armador e os trabalhadores contribuirão para as res-pectivas caixas de previdência nos termos da legislação em vigor.

Cláusula 53.ª

Seguro de acidentes de trabalho

Nos termos da lei, o armador compromete -se a transferir para uma entidade seguradora a sua responsabilidade por acidentes de trabalho.

Cláusula 54.ª

Incapacidade temporária

Qualquer trabalhador em caso de incapacidade temporá-ria resultante de acidente de trabalho ou doença profissional comprovada pelos serviços médicos da entidade segura-dora receberá pelo menos a remuneração mínima mensal garantida, devendo o armador complementá -la quando aquela não for atingida pela indemnização a receber pela seguradora.

Cláusula 55.ª

Falecimento e seguro por incapacidade ou morte

1 — Além do disposto na cláusula anterior, o armador efectuará um seguro para os casos de morte, desapare-cimento no mar ou incapacidade absoluta permanente, determinados por acidente de trabalho quando o traba-lhador profissional estiver ao seu serviço, no valor global de € 60 000, valor que será pago ao cônjuge sobrevivo, e, na sua falta, sucessivamente aos descendentes e as-cendentes a cargo do falecido, salvo se o profissional tiver indicado qualquer outro beneficiário em testamento e ou apólice.

2 — Falecendo algum tripulante durante a viagem, os seus sucessores têm direito à respectiva retribuição até ao último dia do mês em que tiver ocorrido o fale-cimento.

3 — No caso de o tripulante ter falecido durante a via-gem, as despesas com o funeral serão da conta do armador, obrigando -se o mesmo à transladação do corpo para a localidade, dentro do território nacional, a designar pelo cônjuge sobrevivo ou, na falta deste, pelos parentes do tripulante ou de quem com ele vivia em comunhão de mesa e habitação.

Cláusula 56.ª

Perda de haveres

1 — Os armadores, directamente ou por intermédio de entidade seguradora, indemnizarão o trabalhador pela perda, total ou parcial, dos seus haveres pessoais que se encontrem a bordo e que resulte de naufrágio, encalhe, abandono forçado, incêndio, alagamento, colisão ou outro acidente no mar, na importância máxima de € 750.

2 — Da indemnização atribuída será deduzido o valor dos bens salvos ou que os tripulantes venham a obter por outra via como compensação de tais perdas.

Declaração final dos outorgantes

Nos termos e para os efeitos da alínea g) do artigo 492.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro, a presente convenção abrange, por um lado, 39 armadores filiados na ADAPI — Associação dos Armadores das Pescas Industriais (ADAPI), e, por outro, 612 trabalhadores associados dos sindicatos que compõem a Federação dos Sindicatos do Sector da Pesca.

Tendo em conta o previsto no n.º 3 do artigo 496.º do mesmo Código do Trabalho, a presente convenção abrangerá também os empregadores que se inscrevam na ADAPI e os trabalhadores que se filiem nos sindicatos que compõem a Federação dos Sindicatos do Sector da Pesca durante a respectiva vigência.

Nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 492.º do Có-digo do Trabalho, esta convenção revisa a publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 22, de 15 de Janeiro de 1978, bem como as suas sucessivas alterações publi-cadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.os 30, de 15 de Agosto de 1980, 10, de 15 de Março de 1987, e 2, de 15 de Janeiro de 2000.

Lisboa, 4 de Novembro de 2009.

Pela ADAPI — Associação dos Armadores das Pescas Industriais:

Armando Morgado Teles, director.Pedro Jorge B. Silva, director.José Paulo D. M. Amador, director.Luís Carlos Vaz Pais, director.Aníbal Machado Paião, director.A. Miguel Cunha, director.

Pela Federação dos Sindicatos do Sector da Pesca:

António Macedo, mandatário.Frederico Fernandes Pereira, mandatário.

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Cargo Vencimento mensal (euros) Percentagem

Mestre costeiro pescador . . . . . . . . . . . .176,08 4,1Encarregado de pesca. . . . . . . . . . . . . . .

Contramestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .174,83 1,8Mestre de navegação ou de leme . . . . . .

Mestre de redes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174,83 1,8

Marinheiro — pescador . . . . . . . . . . . . . 174,58 1,3

Marinheiro — cozinheiro. . . . . . . . . . . . 176,08 1,3

Chefe de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . 181,31 2,1

Segundo de máquinas . . . . . . . . . . . . . . 178,82 1,5

Ajudante de máquinas . . . . . . . . . . . . . . 174,58 1,3

Notas

1 — Nas tabelas salariais, aquando da imobilização ou reparação, será sempre garantida a retribuição mínima mensal garantida para a indústria desde que os proveitos mensais não ultrapassem este valor.

2 — Nos navios onde se verifique a existência de apenas um mo-torista, este auferirá um prémio mensal de € 170; nos navios em que se verifique a existência de dois motoristas, estes auferirão um prémio mensal de € 85.

Subsídio de reparação

Aos tripulantes que sejam chamados a trabalhar na re-paração dos navios são concedidos, além do vencimento, os subsídios abaixo indicados, por dia de trabalho, sendo considerados os dias de descanso semanal e feriados a partir de cinco dias de trabalho seguido:

Categoria Importância(euros)

Mestre costeiro pescador/encarregado de pesca . . . . . . . 17,96Contramestre/mestre de navegação ou de leme . . . . . . . . 17,96Mestre de redes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,96Marinheiro — pescador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,96Marinheiro — cozinheiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,96Chefe de máquinas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19,95Segundo de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19,45Ajudante de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18,46

Declaração

A Federação dos Sindicatos do Sector da Pesca repre-senta o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte, o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Distrito de Coimbra, o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Cen-tro, o Sindicato Livre dos Pescadores e Profissões Afins, o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul e o Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Via-gens, Transitários e Pesca — SIMAMEVIP no processo negocial do presente CCT.

Lisboa, 16 de Dezembro de 2009. — O Coordenador, Frederico Fernandes Pereira.

Depositado em 18 de Dezembro de 2009, a fl. 63 do livro n.º 11, com o n.º 261/2009, nos termos do artigo 494.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro.

CCT entre a ADAPI — Associação dos Armadores das Pescas Industriais e o SITEMAQ — Sindi-cato de Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra (pesca do arrasto costeiro) — Revisão global.

CAPÍTULO I

Âmbito e vigência

Cláusula 1.ª

Âmbito e área

1 — A presente convenção obriga, pela simples assina-tura dos representantes legais das partes outorgantes, por um lado, as empresas representadas pela ADAPI — As-sociação dos Armadores das Pescas Industriais (ADAPI), armadores de navios de pesca do arrasto costeiro e, por outro, os trabalhadores embarcados nos navios de pesca de arrasto costeiro representados pelo SITEMAQ.

2 — Esta convenção aplica -se em Portugal continen-tal, na ZEE, em qualquer pesqueiro para onde o arrasto costeiro esteja licenciado no âmbito de acordos de pesca com países terceiros.

Cláusula 2.ª

Vigência, denúncia e revisão

1 — O CCT entra em vigor cinco dias após a sua publi-cação no Boletim do Trabalho e Emprego e tem a duração de 24 meses.

2 — A tabela salarial e demais cláusulas de expressão pecuniárias vigoram pelo prazo de 12 meses.

3 — Decorridos os prazos de vigência anteriores, o CCT renova -se por iguais períodos se não for denunciado.

4 — A denúncia pode ser feita por qualquer das partes com a antecedência mínima de três meses relativamente aos prazos de vigência iniciais ou renovados.

CAPÍTULO II

Da admissão, carreira profissional e lotações

Cláusula 3.ª

Recrutamento, carreira profissional e lotações

1 — O recrutamento dos trabalhadores para bordo dos navios far -se -á nos termos da legislação em vigor.

2 — Só podem ser admitidos indivíduos possuidores de cédula marítima ou mediante autorização de autoridade competente.

Cláusula 4.ª

Admissão por substituição

1 — Sem prejuízo de outras situações em que seja le-galmente admissível a celebração de contrato de trabalho a termo, a entidade patronal poderá admitir trabalhadores em substituição dos que estejam temporariamente im-pedidos de prestar a sua actividade, designadamente em consequência de acidente ou doença, licença, com ou sem vencimento e outras situações equiparáveis.

ANEXO I

Tabela de vencimentos

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2 — A admissão efectuada nos termos do número ante-rior é feita por contrato de trabalho a termo enquanto durar o impedimento do trabalhador substituído.

3 — O contrato com o trabalhador substituto caducará na data em que se verifique o regresso do substituído, salvo se aquele continuar ao serviço para além de 15 dias a contar daquela data, caso em que o contrato se conside-rará sem termo, para todos os efeitos, a partir do início da prestação de trabalho.

Cláusula 5.ª

Promoção profissional

1 — Os armadores apoiam a frequência de acções de formação, atempadamente programadas.

2 — Verificando -se a necessidade de preenchimento de vagas para as categorias de contramestre ou nas funções de mestre de redes, os armadores deverão preencher estas vagas com profissionais devidamente habilitados existentes nas suas embarcações.

3 — Para efeitos da presente cláusula, os profissionais poderão embarcar a bordo com as seguintes funções pelas quais vencerão:

a) Marinheiro pescador/pescador;b) Marinheiro cozinheiro;c) Mestre de redes;d) Contramestre;e) Encarregado de pesca;f) Mestre de navegação ou de leme;g) Mestre costeiro pescador;h) Ajudante de máquinas;i) Segundo máquinas;j) Chefe de máquinas.

4 — O chefe de máquinas é o directo responsável por tudo quanto respeite à sua secção e respectivo pessoal, competindo -lhe:

a) Orientar e zelar pela condução de todas as máquinas e demais instalações, directamente ligadas e dependentes da sua secção;

b) Dirigir e supervisionar as reparações possíveis em viagem ou em terra (porto) quando seja o pessoal de secção de máquinas a realizá -las;

c) A efectivação dos respectivos quartos de serviço;d) O controlo de execução dos quartos de serviço do

restante pessoal de máquinas;e) Decidir das medidas necessárias para manter a secção

em condições para as viagens seguintes.

Cláusula 6.ª

Desempenho de funções superiores à categoria

1 — Sempre que um trabalhador substitua outro de categoria e retribuição superior tem direito a receber a retribuição inerente à categoria do substituído enquanto durar a substituição.

2 — Sempre que o trabalhador desempenhar funções superiores às correspondentes à sua categoria profissional, em comissão de serviço, aufere a retribuição correspon-dente, podendo voltar a exercer a sua função original com a retribuição a que esta função corresponde.

3 — O trabalhador que substitua outro de categoria mais elevada por períodos que ultrapassem 18 meses consecu-tivos, ou 36 alternados, não poderá ver a sua retribuição ser reduzida.

Cláusula 7.ª

Acumulações

1 — Quando, por um período transitório, houver acu-mulação de funções, o trabalhador receberá a remuneração correspondente à função mais elevada.

2 — Nos casos previstos no número anterior, a remune-ração correspondente à função menos elevada será dividida pela tripulação segundo o seu critério desde que o navio tenha ficado com tripulação inferior à habitual.

Cláusula 8.ª

Lotações

1 — As lotações para todos os navios abrangidos por esta convenção serão determinadas pelo Decreto -Lein.º 280/2001, de 23 de Outubro, e alterações legislativas subsequentes consideradas como necessárias para a faina e preparação do pescado.

2 — O previsto no número anterior não pode prejudicar as actuais lotações existentes nos navios.

3 — Quando qualquer navio se deslocar de um porto para outro para efeitos que não sejam de pesca, o mesmo só poderá sair para o mar com a lotação de segurança mínima exigida por lei.

4 — Quando, por motivos justificados, seja impossível dar cumprimento à lotação estabelecida nos termos do n.º 1 desta cláusula, o navio poderá sair para a pesca com o parecer favorável da maioria da tripulação e desde que devidamente autorizado pela autoridade marítima.

CAPÍTULO III

Dos direitos e deveres das partes

Cláusula 9.ª

Deveres dos trabalhadores

1 — São deveres do marítimo, em especial:

a) Respeitar e tratar com lealdade o armador, nomeada-mente não divulgando informações referentes à organiza-ção, aos métodos de trabalho e às operações de pesca;

b) Comparecer ao serviço com assiduidade e realizar o trabalho com zelo e diligência;

c) Cumprir as determinações dos superiores hierárqui-cos em tudo o que respeita à execução e à disciplina do trabalho, bem como a todas as tarefas ou procedimentos relativos à segurança da navegação;

d) Zelar pela conservação e boa utilização da embarca-ção e do seu equipamento;

e) Observar as prescrições de segurança, higiene e saúde no trabalho estabelecidas nas disposições legais ou con-vencionais aplicáveis;

f) Cumprir as demais obrigações decorrentes da lei, de instrumento de regulamentação colectiva de trabalho e do respectivo contrato de trabalho.

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2 — São deveres específicos dos mestres:

a) Manter legalizada e presente a bordo toda a docu-mentação respectiva e ainda a relativa à identificação dos tripulantes;

b) Apresentar, dentro dos prazos legais e contratuais, as participações e protestos de mar respectivos a ocorrências que os justifiquem;

c) Comparecer ao embarque à hora que tenha determi-nado para os restantes tripulantes.

Cláusula 10.ª

Deveres dos armadores

São deveres dos armadores, nomeadamente:

a) Respeitar e tratar com lealdade o marítimo e pagar -lhe pontualmente a retribuição que lhe é devida;

b) Proporcionar ao marítimo boas condições de trabalho a bordo, designadamente de segurança, higiene, saúde e alojamento;

c) Permitir ao marítimo a frequência de cursos de for-mação profissional necessários à evolução na carreira da pesca, sem prejuízo do prévio cumprimento dos períodos de embarque para que foi contratado;

d) Cumprir as demais obrigações decorrentes da lei, de regulamentação colectiva de trabalho, do respectivo contrato de trabalho e dos usos e costumes observados no porto.

Cláusula 11.ª

Garantias dos trabalhadores

É vedado ao armador ou a quem o represente:

a) Opor -se, por qualquer forma, a que o marítimo exerça os seus direitos, bem como despedi -lo ou aplicar -lhe san-ções por causa desse exercício;

b) Diminuir a retribuição fixa do marítimo, caso a haja, ou alterar, em prejuízo deste, o critério de cálculo das remu-nerações variáveis e das respectivas percentagens ou partes, salvo no caso de transferência, por razões objectivas, para tipo de embarcação que determine remuneração diferente, ou no caso de existência de disposição em contrário cons-tante de regulamentação colectiva;

c) Obrigar o marítimo a adquirir bens ou utilizar serviços fornecidos pelo armador ou por pessoa por ele indicada.

Cláusula 12.ª

Pescado existente a bordo

Sem prejuízo do disposto na cláusula referente à caldeirada, todo o pescado existente a bordo será considerado propriedade da empresa armadora e deverá ser vendido nos termos legais.

A tripulação, sem prejuízo da sua actividade normal e atra-vés dos delegados sindicais ou de quaisquer outros trabalhado-res eleitos para o efeito, terá o direito de fiscalizar, pelos meios necessários, a saída e comercialização do pescado existente.

Cláusula 13.ª

Luvas de manobra

O mestre, segundo as necessidades, pode requisitar luvas de manobra destinadas ao pessoal de convés, para manuseio da arte de pesca e das amarrações.

CAPÍTULO IV

Prestação de trabalho

Cláusula 14.ª

Pessoal de máquinas

1 — O horário normal de trabalho será de oito horas diárias.

2 — O número de tripulantes será sempre o suficiente para que o horário por quartos não exceda o horário de trabalho normal.

3 — Quando, por motivo de força maior, os profissio-nais de máquinas tenham de trabalhar em dia de descanso obrigatório, os mesmos auferirão os vencimentos de repa-ração acrescidos de 100 %.

4 — Nos navios em que, por motivos de modernização tecnológica, existam menos de três tripulantes na secção de máquinas, o serviço será efectuado sem observância do determinado no n.º 1 desta cláusula.

Cláusula 15.ª

Pessoal do convés

1 — O horário de trabalho será, no máximo, de dezas-seis horas diárias, salvo motivo de força maior.

2 — O período de descanso não poderá ser inferior a oito horas por dia, que serão gozadas alternadamente, devendo haver um período de descanso de seis horas con-secutivas.

Cláusula 16.ª

Serviço em terra

1 — O tripulante quando tiver de ficar em terra a prestar serviço ao armador observará um horário de oito horas diárias, praticado de segunda -feira a sexta -feira.

2 — O trabalho prestado pelo tripulante para além do horário definido no número anterior será remunerado como trabalho suplementar de acordo com as fórmulas seguintes:

Para a primeira hora suplementar em dias úteis:

Rh = (VM × 12 + SR) × 1,552 × 40 8

Para a segunda hora ou fracção subsequente em dias úteis:

Rh = (VM × 12 + SR) × 1,7552 × 40 8

O trabalho suplementar prestado aos sábados, domingos e feriados será remunerado pela seguinte fórmula:

Rh = (VM × 12 + SR) × 2 52 × 40 8

sendo VM o vencimento base mensal fixo e SR o subsídio de reparação.

Cláusula 17.ª

Horário de refeições

1 — Nos locais de trabalho e repasto estarão afixados mapas com escalas de serviço e as horas das principais refeições.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

2 — O horário das refeições só poderá ser alterado em casos especiais e sempre que haja o acordo da maioria da tripulação.

3 — A duração das principais refeições não poderá ser inferior a uma hora.

Cláusula 18.ª

Descanso mínimo entre viagens

No dia em que o navio venha a terra para fazer descarga será concedido um mínimo de cinco horas de descanso, a partir da hora da chegada, com excepção dos portos sujeitos a marés.

Cláusula 19.ª

Reparação

1 — Considera -se, para os efeitos do disposto nesta cláusula, que o navio entra em reparação um dia após a chegada.

2 — Ainda se considera reparação sempre que, para efeitos de beneficiação ou necessidades de reparações, o navio tenha de ficar retido no porto por período superior a 48 horas.

3 — Sempre que o navio seja forçado a arribar por avaria mecânica, durante a reparação desta, aplica -se igual-mente o critério do navio em reparação.

4 — Quando o navio estiver em reparação, será pago aos tripulantes da secção de máquinas e convés o vencimento por reparação constante da tabela anexa.

5 — A situação de reparação não implica a suspensão ou cessação do contrato de trabalho, continuando o traba-lhador à ordem do armador.

6 — O serviço prestado na construção ou transformação do navio não é considerado como trabalho de reparação, sendo a sua remuneração acordada entre o armador e os trabalhadores e nunca podendo a mesma ser inferior ao vencimento da reparação.

Cláusula 20.ª

Serviço em porto

1 — Aquando da docagem, reparação ou reapetrecha-mento do navio, qualquer que seja o local onde tenha lugar, o armador providenciará, para além das remunerações devidas, pela alimentação dos profissionais abrangidos por esta convenção e envolvidos em tais tarefas ou por opção pelo pagamento do subsídio diário por tripulante (sem distinção das funções a bordo) de € 12,47.

2 — Aos tripulantes que não possam ir dormir à sua residência, o amador providenciará o seu alojamento.

3 — Aos tripulantes envolvidos nestas tarefas serão tam-bém reembolsadas despesas de deslocação (desde que em transporte público, à excepção de táxi), contra apresentação do documento comprovativo, sendo, contudo, garantido o pagamento de apenas uma viagem por semana aos tripu-lantes que se encontrem alojados por conta do armador.

4 — O transporte em via férrea será em 2.ª classe ou classe única, quando não houver outra.

5 — O tripulante que se desloque em transporte próprio receberá uma compensação a acordar com o armador, tendo em conta a distância percorrida.

Cláusula 21.ª

Porto de armamento

Sempre que o armador decida mudar quaisquer dos seus arrastões costeiros do porto de armamento, com carácter definitivo, obriga -se ao pagamento das despesas de viagem nos dias de descanso obrigatório e nos termos do n.º 2 da cláusula anterior dos tripulantes que continuem a residir na área do porto donde o navio foi deslocado.

O disposto no número anterior não se aplica às situações existentes na utilização usual de dois portos para descarga desde que estes não ultrapassem a distância de 100 km.

Cláusula 22.ª

Exercícios obrigatórios

Para além do horário normal, todo o trabalhador é obri-gado a executar, sem direito a remuneração suplementar, os exercícios de salva vidas, de extinção de incêndios e outros similares, determinados pela Convenção para a Salvaguarda de Vidas Humanas no Mar (SOLAS) ou pelas autoridades competentes.

Cláusula 23.ª

Transferência de navios

1 — A actividade profissional dos trabalhadores abran-gidos por esta convenção será prestada a bordo de qualquer navio do mesmo armador, salvo se as partes acordarem, por escrito, em sentido distinto.

2 — Quando embarcado, só com acordo do tripulante, reduzido a escrito, poderá este ser transferido para outro navio do mesmo armador ou para outro local de trabalho.

Cláusula 24.ª

Proibição da salga e da seca

Não são permitidas a salga e a seca de pescado a bordo.

CAPÍTULO V

Retribuição

Cláusula 25.ª

Retribuição

1 — Considera -se retribuição aquilo que, nos termos desta convenção, das normas que a regem ou dos usos, o trabalhador tem direito como contrapartida do seu trabalho.

2 — A retribuição compreende, nomeadamente, a remu-neração base, os subsídios de férias e de Natal, a compen-sação por gases para o pessoal de máquinas, a percentagem de pesca e o prémio de regime intensivo e todas as outras prestações regulares e periódicas previstas, ou não, por esta convenção.

3 — Presume -se constituir retribuição toda e qualquer prestação da empresa ao trabalhador.

Cláusula 26.ª

Remuneração base

1 — As remunerações base para os trabalhadores abran-gidos por esta convenção são as constantes do anexo I.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

2 — Quando for necessário calcular o vencimento diá-rio, ele deverá ser obtido pela fórmula:

VM × 12365

sendo VM o vencimento mensal.

Cláusula 27.ª

Subsídio de férias

Todo o tripulante tem direito a um subsídio de férias de € 450, sendo o vencimento mensal correspondente ao mês de férias igual à retribuição mínima mensal garantida para a indústria.

Cláusula 28.ª

Subsídio de Natal

1 — O trabalhador inscrito marítimo que, com referên-cia a 1 de Dezembro de cada ano, tenha um mínimo de um ano ao serviço do mesmo armador terá direito a receber, a título de subsídio de Natal, uma quantia de montante igual a € 450.

2 — O subsídio de Natal será posto a pagamento até 15 de Dezembro de cada ano.

3 — Aos trabalhadores inscritos marítimos que, antes da data de 1 de Dezembro, deixarem de estar ao serviço do armador ser -lhes -á atribuído um subsídio de Natal pro-porcional ao tempo de serviço prestado.

4 — Os tripulantes que não completem um ano ao ser-viço do mesmo armador em 1 de Dezembro receberão um subsídio de Natal calculado proporcionalmente ao tempo de serviço, nos termos da presente cláusula.

Cláusula 29.ª

Compensação de gases

O subsídio mensal de compensação por gases tóxicos para o pessoal de máquinas será de 10 % do vencimento fixo mensal do primeiro -motorista, relativamente ao tempo de serviço de máquinas prestado.

Cláusula 30.ª

Alimentação

1 — Para a alimentação o armador contribuirá com € 3,84 por dia de mar e por tripulante.

2 — Não é permitida a constituição de mais de um rancho a bordo, salvo quando se trate de alimentação des-tinada a doente.

Cláusula 31.ª

Caldeirada

1 — Cada tripulante e o armador ou quem o represente tem direito a 2 kg de peixe para alimentação, de igual qualidade, por dia de pesca.

2 — Por acordo entre o armador e a tripulação, poderá esta renunciar ao levantamento de bordo da caldeirada em peixe a que tiver direito, recebendo como contrapartida a importância em dinheiro de € 3,84 por dia de pesca.

Cláusula 32.ª

Descarga e escolha do pescado

A descarga e a escolha são asseguradas pela tripulação, mediante o pagamento de 2 % do produto bruto da venda, repartida em partes iguais pelos membros da tripulação que participaram nas mesmas.

Cláusula 33.ª

Reboques

1 — No caso de salvamento ou assistência prestada pelo navio e sua tripulação a qualquer navio nacional ou estran-geiro, a empresa considerará o preço total de salvamento e ou assistência como receita de pesca (receita bruta), pagando aos tripulantes as percentagens que constam da tabela anexa a esta convenção, além dos complementos de soldada que lhe couberam sobre a pesca efectuada até ao momento da prestação de assistência e ou salvamento, ou depois destes.

2 — No caso de haver despesas com o recebimento do preço de assistência e ou salvamento, serão as mesmas deduzidas na percentagem correspondente ao armador, salvo quando essas despesas decorrem de envolvimento em processo judicial, sendo então deduzidos ao preço da assistência e ou salvamento.

Cláusula 34.ª

Cessação do direito de reclamação

O direito de reclamação por parte do armador ou do profissional por créditos resultantes do contrato de tra-balho extingue -se por prescrição decorrido um ano após a cessação do contrato, salvo nos casos que por lei seja aplicado outro prazo mais favorável aos trabalhadores ou que envolvam responsabilidade criminal.

CAPÍTULO VI

Suspensão da prestação de trabalho

Cláusula 35.ª

Feriados

1 — São considerados feriados obrigatórios os seguintes dias:

1 de Janeiro;Sexta -Feira Santa;Domingo de Páscoa;25 de Abril;1 de Maio;Corpo de Deus (festa móvel);10 de Junho;15 de Agosto;5 de Outubro;1 de Novembro;1 de Dezembro;8 de Dezembro;25 de Dezembro.

2 — Além destes feriados obrigatórios serão observados o feriado municipal ou da padroeira do porto de armamento e a terça -feira de Carnaval.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Cláusula 36.ª

Regimes de trabalho e descanso

1 — Haverá dois regimes de trabalho e descanso.2 — O primeiro regime assenta no esquema de descanso

semanal que vem sendo praticado e o segundo regime assenta no esquema de um dia de descanso por cada seis dias de trabalho.

3 — Cabe ao armador optar por um dos regimes, con-forme os seus interesses, desde que tenha a aprovação de maioria dos tripulantes do navio.

4 — O segundo regime reger -se -á pelo determinado nas alíneas seguintes e terá como contrapartida mínima um prémio mensal de € 219,50 a favor de cada tripulante:

a) Por cada período de seis dias terá um dia de descanso a gozar conforme for acordado pelas partes;

b) Por conveniência de ambas as partes e mediante acordo poderá pontualmente o número de dias de des-canso ser fraccionado ou acumulado mas sempre sem prejuízo da proporcionalidade estabelecida na alínea an-terior;

c) No caso de inactividade do navio por motivo de força maior (arribada por mau tempo impraticabilidade de barras, avarias, etc.), cuja duração seja superior a vinte e quatro horas, os dias excedentes serão considerados de descanso mas sob o limite máximo de três dias;

d) Os navios que estejam licenciados para operar nas costas de Espanha, de Marrocos ou de outros países po-derão ocupar os dias de descanso obrigatório e feriados na faina de pesca;

e) Quando ocorrem as situações previstas no número anterior os dias de descanso e feriados passados no mar darão direito a igual número de dias de folga a gozar em terra logo após a chegada do navio ao porto de descarga. Em alternativa, por cada dia de folga não gozada, cada tripulante tem direito a um subsídio diário de € 37,50.

5 — Independentemente do regime de trabalho, os fe-riados de 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 25 de Abril, 1 de Maio e 25 de Dezembro terão de ser obrigatoriamente passados em terra.

Cláusula 37.ª

Direito a férias

1 — O trabalhador tem direito, em cada ano civil, a um período de férias retribuídas, que se vence em 1 de Janeiro.

2 — O direito a férias, em regra, reporta -se ao trabalho prestado no ano civil anterior, mas não está condicionado à assiduidade ou efectividade de serviço.

Cláusula 38.ª

Período de férias

1 — O período anual de férias tem a duração mínima de 22 dias úteis.

2 — Para efeitos de férias, são úteis os dias da semana de segunda -feira a sexta -feira, com excepção de feriados.

3 — A duração do período de férias é aumentada no caso de o trabalhador não ter faltado ou ter apenas faltas

justificadas no ano a que as férias se reportam, nos se-guintes termos:

a) Três dias de férias, até uma falta ou dois meios dias;b) Dois dias de férias, até duas faltas ou quatro meios dias;c) Um dia de férias, até três faltas ou seis meios dias.

Cláusula 39.ª

Marcação do período de férias

1 — O período de férias é estabelecido de comum acordo entre o armador e o tripulante.

2 — Não havendo acordo, compete ao armador fixar o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro, devendo ser dado conhecimento ao tripulante com antecedência não inferior a 45 dias.

3 — As férias são gozadas seguidamente, salvo acordo entre as partes.

4 — Mantêm direito a férias os tripulantes que desem-barquem por doença ou por acidente de trabalho.

5 — Durante o período de férias qualquer profissional não poderá trabalhar para outra entidade patronal.

Cláusula 40.ª

Faltas justificadas

1 — São consideradas faltas justificadas:

a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casamento;

b) A motivada por falecimento de cônjuge, parente ou afim, nos termos legais (até cinco dias consecutivos, após o desembarque, por falecimento de cônjuge não separado de pessoas e bens ou de parentes ou afim no 1.º grau de linha directa, e até dois dias consecutivos, por falecimento de outro parente ou afim na linha recta ou no 2.º grau da linha colateral);

c) A motivada pela prestação de prova em estabeleci-mento de ensino, nos termos legais;

d) A motivada por impossibilidade de prestar trabalho devido a facto não imputável ao trabalhador, nomeada-mente observância de prescrição médica no seguimento de recurso a técnica de procriação medicamente assistida, doença, acidente ou cumprimento de obrigação legal;

e) A motivada pela prestação de assistência inadiável e imprescindível a filho, a neto ou a membro do agregado familiar de trabalhador, nos termos legais;

f) A de trabalhador eleito para estrutura de representação colectiva dos trabalhadores, nos termos legais;

g) A de candidato a cargo público, nos termos da cor-respondente lei eleitoral;

h) A autorizada ou aprovada pelo empregador;i) A que por lei seja como tal considerada.

2 — É considerada injustificada qualquer falta não pre-vista no número anterior.

Cláusula 41.ª

Efeitos das faltas injustificadas

A falta injustificada constitui violação do dever de assi-duidade e determina perda da retribuição correspondente ao período de ausência, que não é contado na antiguidade do trabalhador.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

CAPÍTULO VII

Cessação do contrato de trabalho e sanções

Cláusula 42.ª

Regulamentação

Em tudo o que nesta matéria não estiver contemplado na presente convenção serão aplicáveis as normas do regime que regula a cessação do contrato de trabalho a bordo.

Cláusula 43.ª

Causas de extinção

1 — O contrato de trabalho cessa, designadamente:

a) Por mútuo acordo;b) Por caducidade;c) Por rescisão promovida pelo armador ocorrendo justa

causa;d) Por rescisão unilateral do trabalhador;e) Por despedimento colectivo;f) Por transmissão ou venda e abate de navio, conforme

estabelecido nesta convenção;g) Por perda, naufrágio ou inavegabilidade definitiva

do navio e caso o armador não possa empregar os seus tripulantes noutro arrastão.

2 — No caso previsto na alínea g) do número anterior, se o armador não puder transferir para qualquer dos seus navios os tripulantes que ficaram desempregados, os mes-mos terão preferência em futuras admissões para bordo dos navios do mesmo armador.

3 — É proibido ao armador promover o despedimento de qualquer trabalhador sem justa causa.

Cláusula 44.ª

Motivos de justa causa para despedimento ou resolução

1 — Constituem, designadamente, motivos de justa causa para despedimento por facto imputável ao traba-lhador:

a) A ofensa à honra ou à dignidade do armador ou seus representantes, por parte dos profissionais;

b) O exercício de violências físicas, sequestro de pessoas ou retenção de bens;

c) Os vícios ou mau procedimento do profissional, prin-cipalmente a inobservância das regras da disciplina;

d) A recusa de prestar serviços indicados pelos supe-riores hierárquicos compatíveis com as funções do pro-fissional;

e) Insubordinação;f) Provocação repetida de conflitos com camaradas de

trabalho;g) Violação dos direitos e garantias dos trabalhadores

da empresa;h) A lesão de interesses patrimoniais sérios da empresa;i) A falta reiterada e injustificada à prestação de trabalho;j) A falta de observância das normas de higiene no tra-

balho;k) A prática de embriaguez ou de crime de furto;l) O desvio ou furto de pescado devidamente compro-

vado.

2 — Constituem, designadamente, motivos de justa causa para resolução pelo trabalhador:

a) A ofensa à honra e dignidade por parte dos armadores ou seus representantes;

b) A falta de pagamento da retribuição na forma de-vida;

c) A necessidade de cumprir obrigações legais incom-patíveis com a continuação do serviço;

d) Violação das garantias legais e convencionais do trabalhador;

e) Aplicação de sanções abusivas;f) Falta de condições de higiene e segurança;g) Lesão de interesses patrimoniais do trabalhador;h) A conduta intencional dos superiores hierárqui-

cos, de forma a levar os trabalhadores a porem termo ao contrato.

3 — Qualquer despedimento com justa causa será pre-cedido de processo disciplinar, nos termos legais.

Cláusula 45.ª

Denúncia com aviso prévio

1 — Qualquer trabalhador tem o direito de denunciar o contrato individual de trabalho, independentemente de justa causa, devendo comunicá -lo por escrito ao arma-dor, com aviso prévio de 30 ou 60 dias, conforme tenha, respectivamente, até dois anos ou mais de dois anos de antiguidade.

2 — Também é facultada ao profissional a possibili-dade de rescindir o contrato e com menor pré -aviso desde que tal não acarrete paragem do navio e que indemnize o armador na importância correspondente ao vencimento fixo que lhe seria devido pelo período de aviso prévio em falta.

Cláusula 46.ª

Despedimento colectivo

1 — Cada tripulante abrangido por despedimento colectivo tem o direito de uma indemnização de acordo com a respectiva antiguidade, sendo a mesma corres-pondente a um mês de soldada fixa de mar por cada ano de serviço. O valor da soldada fixa para efeitos de compensação não poderá ser inferior ao ordenado mínimo nacional.

2 — É aplicável aos trabalhadores, no que respeita aos despedimentos colectivos, a legislação em vigor.

Cláusula 47.ª

Rescisão unilateral do armador

1 — O profissional que seja despedido sem justa causa tem o direito a receber além da remuneração por inteiro do mês em que se extingue o contrato uma compensação correspondente a um mês de vencimento fixo mensal por cada ano de serviço na empresa.

2 — Para efeitos do número anterior, o tempo de serviço será arredondado para número inteiro de anos de serviço imediatamente superior.

3 — Para efeitos de cálculo a soldada do mês não poderá ser inferior ao ordenado mínimo nacional.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Cláusula 48.ª

Rescisão por inadaptação

1 — O trabalhador que manifeste inadaptação super-veniente ao posto de trabalho poderá ser despedido, nos termos legais.

2 — O despedimento promovido nos termos desta cláu-sula confere ao trabalhador receber uma indemnização no montante igual ao previsto na cláusula anterior.

Cláusula 49.ª

Transmissão e abate de navios

1 — A transmissão e o abate de navios são reconhecidos pelas partes contratantes mas não poderão ser efectuados sem ser dado prévio conhecimento aos sindicatos repre-sentativos dos trabalhadores ao seu serviço.

2 — A transmissão e abate de navios, o encerramento definitivo da actividade do armador ou a reorganização ou fusão de empresas não constituem justa causa de rescisão dos contratos de trabalho.

3 — É aplicável aos trabalhadores que venham a per-der os seus postos de trabalho em virtude de se verificar alguns casos previstos no número anterior o regime de «despedimento colectivo» previsto na Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro.

4 — Para efeitos do número anterior, qualquer fracção do 1.º ano de serviço é considerada um ano completo.

5 — O total das indemnizações referidas nos números anteriores não excederá em caso algum 30 % do preço total da venda do navio, distribuindo -se então nesse caso em partes iguais esta percentagem (30 %), tendo em atenção os anos de serviço na empresa.

6 — Se a transmissão ou abate do navio não impli-car desemprego para os tripulantes, não haverá lugar a qualquer indemnização, tomando a entidade adquirente (no caso de transmissão ou venda do navio) a posição do transmitente quanto aos contratos de trabalho daqueles tripulantes.

Cláusula 50.ª

Sanções abusivas

1 — Considera -se abusiva a sanção disciplinar motivada pelo facto de o trabalhador:

a) Ter reclamado legitimamente contra as condições de trabalho;

b) Se recusar a cumprir ordem a que não deva obediên-cia, nos termos legais;

c) Exercer ou candidatar -se ao exercício de funções em estrutura de representação colectiva dos trabalhadores;

d) Em geral, exercer, ter exercido, pretender exercer ou invocar os seus direitos ou garantias.

2 — Presume -se abusivo o despedimento ou outra sanção aplicada alegadamente para punir uma infracção, quando tenha lugar:

a) Até seis meses após qualquer dos factos mencionados no número anterior;

b) Até um ano após reclamação ou outra forma de exer-cício de direitos relativos a igualdade e não discriminação.

Cláusula 51.ª

Consequência da aplicação da sanção abusiva

A aplicação de sanção abusiva terá as consequências legalmente previstas.

CAPÍTULO VIII

Seguro e previdência

Cláusula 52.ª

Contribuições para a previdência

O armador e os trabalhadores contribuirão para as res-pectivas caixas de previdência nos termos da legislação em vigor.

Cláusula 53.ª

Seguro de acidentes de trabalho

Nos termos da lei, o armador compromete -se a transferir para uma entidade seguradora a sua responsabilidade por acidentes de trabalho.

Cláusula 54.ª

Incapacidade temporária

Qualquer trabalhador em caso de incapacidade temporá-ria resultante de acidente de trabalho ou doença profissional comprovada pelos serviços médicos da entidade segura-dora receberá pelo menos a remuneração mínima mensal garantida, devendo o armador complementá -la quando aquela não for atingida pela indemnização a receber pela seguradora.

Cláusula 55.ª

Falecimento e seguro por incapacidade ou morte

1 — Além do disposto na cláusula anterior, o armador efectuará um seguro para os casos de morte, desapare-cimento no mar ou incapacidade absoluta permanente, determinados por acidente de trabalho quando o trabalha-dor profissional estiver ao seu serviço, no valor global de € 60 000, valor que será pago ao cônjuge sobrevivo, e, na sua falta, sucessivamente aos descendentes e ascendentes a cargo do falecido, salvo se o profissional tiver indicado qualquer outro beneficiário em testamento e ou apólice.

2 — Falecendo algum tripulante durante a viagem, os seus sucessores têm direito à respectiva retribuição até ao último dia do mês em que tiver ocorrido o falecimento.

3 — No caso de o tripulante ter falecido durante a via-gem, as despesas com o funeral serão da conta do armador, obrigando -se o mesmo à transladação do corpo para a localidade, dentro do território nacional, a designar pelo cônjuge sobrevivo ou, na falta deste, pelos parentes do tripulante ou de quem com ele vivia em comunhão de mesa e habitação.

Cláusula 56.ª

Perda de haveres

1 — Os armadores, directamente ou por intermédio de entidade seguradora, indemnizarão o trabalhador pela

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

perda, total ou parcial, dos seus haveres pessoais que se encontrem a bordo e que resulte de naufrágio, encalhe, abandono forçado, incêndio, alagamento, colisão ou outro acidente no mar, na importância máxima de € 750.

2 — Da indemnização atribuída será deduzido o valor dos bens salvos ou que os tripulantes venham a obter por outra via como compensação de tais perdas.

Declaração final dos outorgantes

Nos termos e para os efeitos da alínea g) do artigo 492.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro, a presente convenção abrange, por um lado, 39 armadores filiados na ADAPI — Associação dos Armadores das Pescas Industriais (ADAPI), e, por outro, 103 trabalhadores associados no SITEMAQ — Sindicato de Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra.

Tendo em conta o previsto no n.º 3 do artigo 496.º do mesmo Código do Trabalho, a presente convenção abran-gerá também os empregadores que se inscrevam na ADAPI e os trabalhadores que se filiem no SITEMAQ — Sindicato de Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra durante a respectiva vigência.

Nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 492.º do Có-digo do Trabalho, esta convenção revisa a publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 11, de 22 de Março de 1992, bem como as suas sucessivas alterações publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego,n.os 22, de 15 de Junho de 1994, 1, de 8 de Janeiro de 1996, 14, de 15 de Março de 1997, e 15, de 22 de Abril de 2000.

Lisboa, 4 de Novembro de 2009.

Pela ADAPI — Associação dos Armadores das Pescas Industriais:

Armando Morgado Teles, director.Pedro Jorge B. Silva, director.José Paulo D. M. Amador, director.Luís Carlos Vaz Pais, director.Aníbal Machado Paião, director.A. Miguel Cunha, director.

Pelo SITEMAQ — Sindicato de Mestrança e Mari-nhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra:

Narciso André Serra Clemente, mandatário.

ANEXO I

Tabela de vencimentos

CargoVencimento

mensal(euros)

Percentagem

Mestre costeiro pescador/encarregado de pesca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176,08 4,1

Contramestre/mestre de navegação ou de leme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174,83 1,8

Mestre de redes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174,83 1,8Marinheiro — pescador . . . . . . . . . . . . . . . . 174,58 1,3Marinheiro — cozinheiro. . . . . . . . . . . . . . . 176,08 1,3Chefe de máquinas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181,31 2,1Segundo de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . 178,82 1,5Ajudante de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . 174,58 1,3

Notas

1 — Nas tabelas salariais, aquando da imobilização ou reparação, será sempre garantida a retribuição mínima mensal garantida para a indústria desde que os proveitos mensais não ultrapassem este valor.

2 — Nos navios onde se verifique a existência de apenas um mo-torista, este auferirá um prémio mensal de € 170; nos navios em que se verifique a existência de dois motoristas, estes auferirão um prémio mensal de € 85.

Subsídio de reparação

Aos tripulantes que sejam chamados a trabalhar na re-paração dos navios são concedidos, além do vencimento, os subsídios abaixo indicados, por dia de trabalho, sendo considerados os dias de descanso semanal e feriados a partir de cinco dias de trabalho seguido:

Categoria Importância(euros)

Mestre costeiro pescador/encarregado de pesca . . . . 17,96Contramestre/mestre de navegação ou de leme . . . . . 17,96Mestre de redes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,96Marinheiro — pescador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,96Marinheiro — cozinheiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,96Chefe de máquinas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19,95Segundo de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19,45Ajudante de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18,46

Depositado em 22 de Dezembro de 2009, a fl. 64 do livro n.º 11, com o registo n.º 266/09, nos termos do artigo 474.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro.

CCT entre a Associação Portuguesa de Hospitali-zação Privada e o SEP — Sindicato dos Enfer-meiros Portugueses — Revisão global.

TÍTULO I

Clausulado geralCláusula 1.ª

Revisão

O presente CCT revê globalmente e substitui na íntegra o publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 7, de 22 de Fevereiro de 1992, com as alterações in-troduzidas no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 48, de 29 de Dezembro de 2001.

CAPÍTULO I

Área, âmbito e vigência

Cláusula 2.ª

Área e âmbito

1 — O presente contrato colectivo de trabalho, adiante abreviadamente designado por CCT, obriga, por um lado, as empresas que exercem a sua actividade no sector da hospitalização privada, explorando unidades de saúde,

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

com ou sem internamento, com ou sem bloco operató-rio, destinado à administração de terapêuticas médicas representadas pela APHP — Associação Portuguesa de Hospitalização Privada e, por outro, os trabalhadores ao seu serviço representados pelo SEP — Sindicato dos En-fermeiros Portugueses.

2 — O número de empresas abrangidas por este CCT é de 45 e o número de trabalhadores é de 3500.

3 — A área de aplicação do CCT é definida pelo terri-tório nacional.

Cláusula 3.ª

Vigência, renovação automática e sobrevigência

1 — A presente CCT entra em vigor no dia 1 do mês seguinte ao da sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego, tem um período mínimo de vigência de três anos e renova -se sucessivamente por períodos de um ano.

2 — As tabelas salariais e demais cláusulas de expressão pecuniária vigoram pelo período de 12 meses, são revistas anualmente e reportam os seus efeitos a 1 de Janeiro de cada ano.

3 — Qualquer das partes pode denunciar a presente convenção, mediante comunicação escrita dirigida à ou-tra parte, acompanhada de proposta negocial global, não se considerando denúncia a mera proposta de revisão da convenção.

4 — A parte que recebe a denúncia deve responder no prazo de 90 dias após a sua recepção, devendo a resposta ser fundamentada e exprimir uma posição relativa a todas as cláusulas da proposta, aceitando, recusando ou contra-propondo.

5 — As negociações devem ter início nos 15 dias úteis subsequentes à recepção da resposta prevista no número an-terior, devendo as partes fixar, por protocolo escrito, o ca-lendário e regras a que deve obedecer o processo negocial.

6 — Havendo denúncia, a presente convenção mantém--se em regime de sobrevigência durante 18 meses.

CAPÍTULO II

Admissão, classificação e carreira profissional

Cláusula 4.ª

Condições gerais de admissão

Só podem ser admitidos os enfermeiros possuidores de título profissional actualizado emitido pela Ordem dos Enfermeiros.

Cláusula 5.ª

Classificação profissional

Os enfermeiros abrangidos pela presente CCT são clas-sificados numa das categorias profissionais prevista no anexo I, de acordo com as funções desempenhadas.

Cláusula 6.ª

Condições gerais de progressão

1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a progressão na carreira depende do mérito do enfermeiro

aferido no âmbito do sistema de avaliação de desempenho criado nos termos da cláusula seguinte.

2 — Sempre que a progressão na carreira tenha como elemento o factor tempo, considera -se apenas aquele em que tenha havido efectivo exercício de funções, não se considerando como tal quaisquer ausências, ainda que justificadas por qualquer título, exceptuando -se apenas os períodos de descanso e férias, bem como todas as ausências que nos termos da lei sejam consideradas como tempo efectivo de serviço.

3 — O exercício dos cargos de gestão é independente do desenvolvimento das carreiras profissionais.

Cláusula 7.ª

Avaliação do desempenho profissional

1 — O mérito constitui o factor fundamental da pro-gressão na carreira e deve ser avaliado por um sistema institucionalizado do desempenho profissional.

2 — As entidades empregadoras devem instituir siste-mas de avaliação de desempenho organizados e estrutura-dos, cujas regras devem ser oportunamente divulgadas nos termos adequados a garantir a sua justa aplicação.

3 — Os sistemas referidos no número anterior devem estar em pleno funcionamento no prazo de três anos, con-tado do início de vigência da presente convenção.

4 — O resultado da avaliação de desempenho pode conduzir a uma revalorização salarial de, no máximo, 50%.

5 — Os enfermeiros ao serviço de entidades empregado-ras que não instituam sistema de avaliação de desempenho progridem na carreira por mero decurso do tempo, contado nos termos do n.º 2 da cláusula anterior, considerando -se a sua promoção quando se esgote o período máximo de referência para o nível profissional em que se encontra classificado em conformidade com as regras a fixar por cada unidade privada de saúde.

Cláusula 8.ª

Efeitos da falta de título profissional

1 — Encontrando -se o exercício da actividade do enfer-meiro legalmente condicionado à posse de título profissio-nal, a sua falta determina a nulidade do contrato.

2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, quando o título profissional é retirado ao enfermeiro, por decisão que já não admite recurso, o contrato caduca logo que as partes sejam notificadas da decisão.

3 — Quando a decisão de retirar o título profissional ao enfermeiro revestir natureza temporária este fica, durante esse período, impossibilitado de prestar serviço, aplicando--se -lhe o regime de faltas injustificadas, salvo se for pe-dida e concedida pela entidade empregadora licença sem vencimento.

Cláusula 9.ª

Enquadramento em níveis de retribuição

1 — As categorias profissionais previstas na presente convenção são enquadradas nos níveis mínimos de remu-neração previstos no anexo II.

2 — As categorias profissionais que constituam car-gos de gestão podem ser desempenhadas em regime de acordo de comissão de serviço, no âmbito do qual será

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convencionada a respectiva retribuição, a qual, contudo, não pode ser inferior à retribuição de enfermeiro sénior, acrescida de 10%.

3 — Os cargos de gestão podem também ser instituídos por disposição originária ou subsequente do contrato de trabalho, a qual estipula as condições do seu exercício, bem como a categoria profissional a que o enfermeiro será re-conduzido quando ocorrer a cessação das funções de gestão.

CAPÍTULO III

Direitos e deveres

Cláusula 10.ª

Princípio geral

1 — A entidade empregadora e o enfermeiro devem, no cumprimento das respectivas obrigações, assim como no exercício dos correspondentes direitos, proceder de boa fé.

2 — Na execução do contrato de trabalho devem as partes colaborar na obtenção da maior produtividade e qualidade, bem como na promoção humana, profissional e social do enfermeiro.

Cláusula 11.ª

Deveres da entidade empregadora

A entidade empregadora deve:

a) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade o enfermeiro;

b) Pagar pontualmente a retribuição, que deve ser justa e adequada ao trabalho;

c) Proporcionar boas condições de trabalho, tanto do ponto de vista físico como moral;

d) Contribuir para a elevação do nível de produtividade do enfermeiro, nomeadamente proporcionando -lhe forma-ção profissional;

e) Respeitar a autonomia técnica do enfermeiro;f) Possibilitar o exercício de cargos em organizações

representativas de enfermeiros;g) Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em

conta a protecção da segurança e saúde do enfermeiro, devendo indemnizá -lo dos prejuízos resultantes de aci-dentes de trabalho;

h) Adoptar, no que se refere à higiene, segurança e saúde no trabalho, as medidas que decorram, para a empresa, es-tabelecimento ou actividade, da aplicação das prescrições legais e convencionais vigentes;

i) Fornecer ao enfermeiro a informação e a formação adequadas à prevenção de riscos de acidente e doença;

j) Manter permanentemente actualizado o registo do pes-soal em cada um dos seus estabelecimentos, com indicação dos nomes, datas de nascimento e admissão, modalidades dos contratos, categorias, promoções, retribuições, datas de início e termo das férias e faltas que impliquem perda da retribuição ou diminuição dos dias de férias;

k) Passar ao enfermeiro, sempre que ele o requeira ou aquando da cessação do contrato de trabalho, seja qual for o motivo, documento onde conste o tempo que aquele esteve ao seu serviço, actividade, funções e cargos exercidos.

Cláusula 12.ª

Deveres do enfermeiro

1 — Sem prejuízo de outras obrigações, o enfermeiro deve:

a) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade a en-tidade empregadora, os superiores hierárquicos, os com-panheiros de trabalho e as demais pessoas que estejam ou entrem em relação com a empresa, nomeadamente clientes, doentes e acompanhantes ou visitas;

b) Comparecer ao serviço com assiduidade e pontua-lidade;

c) Realizar o trabalho com zelo e diligência;d) Cumprir as ordens e instruções da entidade empre-

gadora em tudo o que respeite à execução e disciplina do trabalho, salvo na medida em que se mostrem contrárias aos seus direitos e garantias, à deontologia profissional e às boas práticas;

e) Guardar lealdade à entidade empregadora, nome-adamente não negociando por conta própria ou alheia em concorrência com ele, nem divulgando informações referentes à sua organização, métodos de produção ou negócios;

f) Velar pela conservação e boa utilização dos bens relacionados com o seu trabalho que lhe forem confiados pela entidade empregadora;

g) Promover ou executar todos os actos tendentes à melhoria da produtividade da empresa;

h) Cooperar, na empresa, estabelecimento ou serviço, para a melhoria do sistema de segurança, higiene e saúde no trabalho, nomeadamente por intermédio dos represen-tantes dos enfermeiros eleitos para esse fim;

i) Cumprir as prescrições de segurança, higiene e saúde no trabalho estabelecidas nas disposições legais ou con-vencionais aplicáveis, bem como as ordens dadas pela entidade empregadora.

j) Promover o bem -estar dos clientes;k) Respeitar a intimidade do doente, mantendo sigilo

sobre as informações, elementos clínicos ou à sua vida privada de que tome conhecimento;

l) Manter confidencialidade sobre a identidade dos do-entes, em especial fora do local de trabalho;

m) Assegurar em qualquer circunstância a assistência aos doentes, não se ausentando nem abandonando o seu posto trabalho sem que seja substituído.

2 — O dever de obediência, a que se refere a alínea d)do número anterior, respeita tanto às ordens e instruções dadas directamente pela entidade empregadora como às emanadas dos superiores hierárquicos do enfermeiro, den-tro dos poderes que por aquele lhes forem atribuídos.

CAPÍTULO IV

Prestação do trabalho

Cláusula 13.ª

Poder de direcção

Compete ao empregador estabelecer os termos em que o trabalho deve ser prestado, dentro dos limites decorrentes do contrato e das normas que o regem.

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SECÇÃO A

Duração e organização do tempo de trabalhoCláusula 14.ª

Tempo de trabalho

Considera -se tempo de trabalho qualquer período du-rante o qual o enfermeiro exerce a actividade ou permanece adstrito à realização da prestação, bem como as interrup-ções e os intervalos previstos na lei e na presente conven-ção como compreendidos no tempo de trabalho.

Cláusula 15.ª

Duração do tempo de trabalho

1 — O período normal de trabalho corresponde a oito horas diárias e a 40 horas semanais, sem prejuízo de outros horários já praticados nas empresas e de regimes específi-cos previstos na lei e na presente convenção.

2 — O período normal de trabalho diário dos enfer-meiros que exercem funções consideradas de assistência específica a doentes internados pode ultrapassar os limites previstos no número anterior, quando seja incomportável a prática daqueles limites, devendo, contudo, o período normal de trabalho semanal médio, calculado em períodos de referência de 26 semanas, cumprir o seu limite geral.

3 — O período normal de trabalho diário, modelado dentro de um período de referência de 26 semanas, pode ser aumentado até ao máximo de quatro horas, no respeito pelas seguintes regras:

a) O período de trabalho diário não pode ultrapassar as 12 horas;

b) O período de trabalho semanal não pode ultrapassar as 60 horas.

4 — O período normal de trabalho definido nos termos do número anterior não pode, todavia, exceder 50 horas em média num período de oito semanas.

5 — Nas semanas em que a duração do trabalho seja, por determinação da entidade empregadora, inferior ao previsto no n.º 1 da presente cláusula, a redução diária poderá ir até às quatro horas ou verificar -se a redução da semana de trabalho em dias ou meios dias, sem prejuízo do direito ao subsídio de refeição.

6 — Há, com carácter excepcional, tolerância de um mínimo de 15 minutos e um máximo de 30 minutos para transmissão da informação clínica pertinente ao enfermeiro que inicia a laboração no mesmo posto de trabalho na mu-dança de turno e para as transacções, operações e serviços começados e não acabados na hora estabelecida para o termo do período normal de trabalho diário, fazendo aquela tolerância parte integrante do horário normal de trabalho, não sendo, por isso, considerado trabalho suplementar.

7 — Excepto para os enfermeiros que exerçam os ho-rários flexíveis ou por turnos, as alterações ao horário normal de trabalho fixo que comprovadamente impliquem acréscimo de despesas para o enfermeiro, designadamente de alimentação, transportes, creches e ocupação de tempos livres, entre outras, conferem o direito a uma compensação económica.

Cláusula 16.ª

Organização do tempo de trabalho

1 — Dentro dos condicionalismos previstos na presente convenção e na lei, é da competência das entidades empre-gadoras estabelecer os horários de trabalho dos enfermeiros ao seu serviço.

2 — Entre 2 períodos diários e consecutivos de trabalho devem observar -se, no mínimo, oito horas de período de descanso diário.

3 — Os horários de trabalho são organizados segundo um dos seguintes tipos de horários:

a) Horário fixo;b) Horário flexível;c) Horário por turnos.

Cláusula 17.ª

Horário fixo

1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 3 da presente cláu-sula, a jornada de trabalho diária será, em regra, interrom-pida por intervalo para refeição ou descanso de duração não inferior a uma hora nem superior a duas horas, não podendo os enfermeiros prestar mais de seis horas conse-cutivas de trabalho.

2 — Os horários fixos podem prever diferentes horas de início e de termo do trabalho.

3 — Quando a organização do trabalho de serviços de prestação de cuidados permanentes de saúde e a espe-cificidade das funções aconselhe um horário fixo com prestação contínua de trabalho pelo mesmo enfermeiro por período superior a seis horas, o intervalo de descanso pode ser reduzido para trinta minutos, os quais se consideram incluídos no período de trabalho desde que o enfermeiro continue adstrito à actividade.

Cláusula 18.ª

Horário flexível

1 — Considera -se horário flexível aquele que com-preende uma variação das horas de início e de termo do período de trabalho diário em cinco dias por semana e que tem por base uma plataforma fixa diária de trabalho.

2 — O horário flexível pode também ser organizado em jornada contínua, reduzindo -se o intervalo de descanso para trinta minutos, os quais se consideram incluídos no período de trabalho desde que o enfermeiro continue ads-trito à actividade.

Cláusula 19.ª

Horário por turnos

1 — Considera -se trabalho por turnos qualquer orga-nização do trabalho em equipa em que os enfermeiros ocupam sucessivamente os mesmos postos de trabalho, a um determinado ritmo, incluindo o rotativo, contínuo ou descontínuo, podendo executar o trabalho a horas diferen-tes num dado período de dias ou semanas.

2 — A mudança do regime de turno só pode ocorrer após o descanso semanal.

3 — O número de semanas necessárias para retomar a sequência inicial do horário por turnos denomina -se por ciclo de horário.

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4 — A aferição da duração do período normal de tra-balho semanal deve reportar -se a um período máximo de quatro semanas, cujo início corresponde sempre a uma segunda -feira.

Cláusula 20.ª

Trabalho a tempo parcial

1 — As entidades empregadoras e os seus enfermeiros podem acordar na prestação de trabalho a tempo parcial, definido por qualquer valor percentual inferior a 100% do período normal de trabalho semanal.

2 — O período normal de trabalho semanal poderá ser variável em cada semana, determinando -se o valor per-centual referido no n.º 1 anterior em função da média de horas de trabalho semanal, calculada para o período de 26 semanas, contado do início da prestação de trabalho.

3 — Para efeitos de selecção do regime aplicável a de-terminado enfermeiro a tempo parcial, considera -se que a sua prestação é equiparada à prestação típica prevista em termos gerais na presente convenção e nas normas legais, para a categoria profissional atribuída, sendo -lhe conse-quentemente aplicável o regime de prestações retributivas e acessórias mínimas, previsto nestes instrumentos, redu-zidas proporcionalmente ao período normal de trabalho respectivo.

Cláusula 21.ª

Trabalho nocturno e enfermeiro nocturno

1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, considera -se nocturno o trabalho prestado no período com-preendido entre as 23 horas e as 8 horas.

2 — O trabalho prestado por enfermeiros nocturnos não está sujeito a especiais limites nos casos de vigência do regime da adaptabilidade.

3 — Os enfermeiros nocturnos a exercer funções de recepção, tratamentos e cuidados a doentes, assegurados em regime de jornada contínua, não estão sujeitos a limites na prestação de trabalho nocturno.

Cláusula 22.ª

Descanso semanal

1 — Os enfermeiros têm um dia de descanso semanal obrigatório por semana que, nos estabelecimentos com la-boração ao domingo, poderá não ocorrer nesse dia, embora nele deva recair preferencialmente, assegurando -se que o dia de descanso semanal obrigatório coincida com o do-mingo pelo menos uma vez de quatro em quatro semanas.

2 — Os enfermeiros, quando a distribuição diária do período normal de trabalho o preveja, têm também direito a um dia ou meio dia de descanso semanal complementar, a gozar preferencialmente ao sábado, excepto para os en-fermeiros em regime de turnos ou que prestem serviço em estabelecimentos autorizados a laborar aos fins de semana, para os quais será o dia que por escala lhes couber.

Cláusula 23.ª

Regime de prevenção

1 — Considera -se regime de prevenção aquele em que os enfermeiros, encontrando -se em período de descanso

e podendo ausentar -se do local habitual de trabalho, se disponibilizam voluntariamente a comparecer ao trabalho, ficando obrigados a permanecer contactáveis e a compare-cer ao serviço, dentro do prazo que vier a ser definido pela entidade empregadora em função do seu domicílio.

2 — O regime de prevenção justifica -se na necessidade, da entidade empregadora, de ocorrer a situações de emer-gência não previsíveis.

3 — Nas situações de trabalho efectivamente prestado na sequência do regime de prevenção a remuneração será a devida por trabalho suplementar, com um acréscimo de 10% ao valor atribuído ao trabalho suplementar.

Cláusula 24.ª

Noção e natureza obrigatória do trabalho suplementar

1 — Considera -se trabalho suplementar todo aquele cuja prestação ocorra fora do horário de trabalho, sem prejuízo de situações particulares previstas na lei ou na presente convenção, nomeadamente os casos de isenção de horário de trabalho e de tolerância para conclusão de tarefas iniciadas e não concluídas.

2 — O enfermeiro é obrigado a realizar a prestação de trabalho suplementar, salvo quando, havendo motivos atendíveis, expressamente solicite a sua dispensa.

Cláusula 25.ª

Limites da duração do trabalho suplementar

1 — O trabalho suplementar prestado para fazer face a acréscimos eventuais e transitórios de trabalho fica sujeito, por enfermeiro, ao limite de 200 horas por ano.

2 — O limite estabelecido no número anterior da pre-sente cláusula é aplicável aos enfermeiros a tempo parcial, com redução em função do seu valor percentual.

Cláusula 26.ª

Funções compreendidas no objectodo contrato de trabalho

1 — O enfermeiro deve, em princípio, exercer funções correspondentes à actividade para que se encontra con-tratado, devendo o empregador atribuir -lhe, no âmbito da referida actividade, as funções mais adequadas às suas aptidões e qualificação profissional.

2 — A actividade contratada, ainda que descrita por remissão para uma das categorias profissionais constantes do anexo I a este contrato, compreende as funções que lhe sejam afins ou funcionalmente ligadas, para as quais o enfermeiro detenha a qualificação profissional adequada e que não impliquem desvalorização profissional.

3 — Para efeitos do número anterior, consideram -se afins ou funcionalmente ligadas, designadamente, as ac-tividades compreendidas no mesmo grupo ou carreira profissional.

Cláusula 27.ª

Mobilidade funcional

1 — O empregador pode, quando o interesse da empresa o exija, encarregar o enfermeiro de exercer temporaria-mente funções não compreendidas na actividade contra-tada, desde que tal não implique modificação substancial da posição do enfermeiro.

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2 — O enfermeiro tem direito às condições de trabalho mais favoráveis que sejam inerentes às funções tempora-riamente exercidas, não adquirindo, contudo, quando re-tomar as funções compreendidas na actividade contratada, a categoria nem qualquer outro direito inerente ao estatuto correspondente às funções que exerceu temporariamente.

Cláusula 28.ª

Local habitual de trabalho

1 — Considera -se local habitual de trabalho o lugar onde deve ser realizada a prestação, de acordo com o es-tipulado no contrato individual de trabalho ou o lugar que resultar da transferência do enfermeiro.

2 — Na falta da indicação expressa, considera -se lo-cal habitual de trabalho o que resulte da necessidade da entidade empregadora que determinou a respectiva con-tratação.

3 — A existência de local de trabalho fixo não é pre-judicada pela prestação de tarefas ocasionais fora dos estabelecimentos ou nas situações em que se estipule a situação de local de trabalho não fixo, reguladas nas cláu-sulas seguintes.

4 — O local de trabalho pode ser, de forma originária ou superveniente, constituído por um ou mais estabelecimen-tos da mesma entidade empregadora situados no mesmo concelho ou em concelhos limítrofes, ou num raio não superior a 40 km contados do local habitual de trabalho.

Cláusula 29.ª

Local de trabalho não fixo

1 — Quando a prestação de trabalho seja predominan-temente realizada numa pluralidade de locais de localiza-ção previamente desconhecida, pode ser convencionado local de trabalho não fixo, estando o enfermeiro obrigado a prestá -lo nos locais em que a actividade da entidade empregadora venha a determinar.

2 — Pode também ser convencionado local de trabalho não fixo quando a natureza das funções a desempenhar faça prever a frequente deslocação do enfermeiro a locais geograficamente diferenciados.

Cláusula 30.ª

Transferência temporária

1 — O empregador pode, quando o interesse da empresa o exija, transferir temporariamente o enfermeiro para outro local de trabalho, pressupondo o seu regresso ao local de origem, se essa transferência não implicar prejuízo sério para o enfermeiro.

2 — Cabe ao enfermeiro a alegação e prova do prejuízo sério referido no número anterior.

3 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, entende -se que não há prejuízo sério sempre que, por acesso rodoviário, a distância entre o local habitual de trabalho e o novo local de trabalho seja inferior a 40 km.

4 — Entende -se também que não há prejuízo sério sem-pre que o local habitual de trabalho e o local de trabalho temporário se situem dentro do mesmo concelho ou em concelho limítrofe, ou ainda que entre ambos não seja ultrapassada a distância de 40 km.

5 — Entende -se ainda que não há prejuízo sério quando a transferência temporária seja de período não superior a um mês e sejam postos à disposição do enfermeiro meios de transporte que não impliquem percurso superior a duas horas diárias ou seja assegurada a sua estadia e o regresso semanal à residência.

6. — A não verificação dos limites citados nesta cláusula não é susceptível de ser interpretada em sentido contrário, nem a não verificação dos limites citados nesta cláusula pode ser entendida como um indício da verificação de prejuízo sério.

Cláusula 31.ª

Transferência definitiva

1 — A entidade empregadora pode transferir definitiva-mente o enfermeiro para outro local de trabalho.

2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, quando a transferência cause prejuízo sério ao enfermeiro este adquire o direito a resolver o contrato e a receber uma compensação correspondente a um mês de retribuição base por cada ano completo de antiguidade.

3 — Quando a transferência referida nos números ante-riores resulte de mudança, total ou parcial, do estabeleci-mento onde o enfermeiro presta serviço, a indemnização prevista no número anterior da presente cláusula é reduzida a metade.

4 — Cabe ao enfermeiro a alegação e prova do prejuízo sério referido nos números anteriores.

5 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, entende -se que não há prejuízo sério sempre que por acesso rodoviário a distância entre o local habitual de trabalho e o novo local de trabalho seja inferior a 40 km.

6 — Entende -se também que não há prejuízo sério sempre que o local habitual de trabalho e o novo local de trabalho se situem dentro do mesmo concelho ou em concelho limítrofe, ou ainda que entre ambos não seja ultrapassada a distância de 40 km.

7 — A não verificação dos limites citados nesta cláusula não é susceptível de ser interpretada em sentido contrário, nem a não verificação dos limites citados nesta cláusula pode ser entendida como um indício da verificação de prejuízo sério.

Cláusula 32.ª

Comissão de serviço

Para além das situações previstas na lei, podem ser exercidas em comissão de serviço as funções que pressu-ponham especiais relações de confiança com titulares dos órgãos de administração ou direcção deles directamente dependente e as categorias indicadas no anexo I como exercendo cargos de gestão.

Cláusula 33.ª

Cedência ocasional

Sem prejuízo de outras situações previstas na lei, é ad-mitida a cedência ocasional de enfermeiros com contrato por tempo indeterminado ou a termo certo, por qualquer período de tempo, entre empresas que celebrem protoco-los duráveis de intercâmbio de enfermeiros, de âmbito nacional, europeu ou internacional, com acordo prévio e escrito do enfermeiro.

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Cláusula 34.ª

Noção de retribuição

1 — Considera -se retribuição a prestação a que, nos termos do contrato, das normas que o regem ou dos usos, o enfermeiro tem direito como contrapartida do seu trabalho.

2 — A retribuição compreende a retribuição de base e outras prestações regulares e periódicas feitas, directa ou indirectamente, em dinheiro ou em espécie.

3 — O anexo II estabelece a remuneração de base a atribuir no âmbito do período normal de trabalho.

Cláusula 35.ª

Retribuição mensal garantida

Aos enfermeiros abrangidos pela presente convenção é garantida a retribuição mensal de base constante do anexo II.

Cláusula 36.ª

Direito a refeições e subsídio de refeição

1 — Têm direito ao fornecimento de uma refeição, de valor a definir em regulamento interno, quando compreen-dida dentro dos limites do respectivo horário de trabalho, os trabalhadores que efectivamente prestem serviço em regime de jornada contínua, com supressão do intervalo de descanso, ou a um local condigno para a toma da refeição, aplicando -se neste caso o direito ao subsídio de refeição previsto no número seguinte.

2 — A prestação efectiva de trabalho, que não se en-contre abrangida no número anterior, confere o direito a subsídio de refeição no valor mínimo de 3 (três) € por cada jornada diária de trabalho, podendo a entidade em-pregadora substitui -lo, em todos ou em alguns horários, pelo fornecimento de uma das refeições compreendidas dentro dos limites do respectivo horário, de acordo com os usos.

3 — Perdem direito ao fornecimento de refeição, ao subsídio de refeição e ou à garantia de custo de refeições, os trabalhadores que faltem injustificadamente ao serviço no dia em causa.

Cláusula 37.ª

Isenção de horário de trabalho

1 — Os trabalhadores que acordem na isenção de horá-rio de trabalho com as entidades empregadoras têm direito à retribuição legalmente estabelecida para o efeito.

2 — Pode renunciar à retribuição referida na presente cláusula o trabalhador que exerça cargos de gestão ou funções de direcção na entidade empregadora ou que, desempenhando funções de outra índole, aufira conjunto retributivo equivalente ou preste funções em regime de comissão de serviço.

Cláusula 38.ª

Trabalho nocturno

1 — O trabalho nocturno deve ser retribuído com um acréscimo 25% do valor da retribuição horária a que dá direito trabalho equivalente prestado durante o dia.

2 — As entidades empregadoras podem, em alternativa à compensação referida no número anterior e em relação

aos trabalhadores em regime de turnos rotativos, optar pela atribuição da retribuição prevista na cláusula seguinte.

3 — Não confere direito a qualquer compensação o tra-balho nocturno prestado em postos de trabalho de laboração com natureza exclusivamente nocturna, nem aquele que resulte da celebração de contrato individual de trabalho que expressamente preveja a prestação de trabalho nocturno.

Cláusula 39.ª

Trabalho por turnos

1 — O trabalho em regime de turnos rotativos, em que a rotação compreenda a prestação de trabalho em período nocturno, é retribuído com um acréscimo mensal sobre a retribuição base de 12,5%, como previsto no n.º 2 da cláusula anterior.

2 — O trabalho em regime de turnos rotativos, em que a rotação não compreenda a prestação de trabalho em período nocturno, é retribuído com um acréscimo mensal sobre a retribuição base de 5%.

3 — Haverá lugar a subsídio de turno quando e na me-dida em que for devido o pagamento de retribuição, o qual deverá ser pago 14 vezes, isto é, deverá também integrar os subsídios de férias e de Natal.

4 — Quando o trabalhador deixar de estar integrado em regime de trabalho por turnos, cessará o direito ao subsídio respectivo.

Cláusula 40.ª

Trabalho em feriados

1 — Em empresas legalmente dispensadas de suspender o trabalho em dia feriado, o trabalho prestado pelos respec-tivos trabalhadores nesses dias, de acordo com a respectiva escala e horário normal, confere a estes o direito a um descanso compensatório de igual duração ou ao acréscimo de 100% sobre a retribuição pelo trabalho prestado nesse dia, cabendo a opção ao empregador.

2 — O trabalho prestado em dia feriado para além do horário normal considera -se como trabalho suplementar, aplicando -se -lhe o respectivo regime estabelecido no pre-sente contrato.

Cláusula 41.ª

Retribuição do trabalho suplementar

O trabalho suplementar é pago pelo valor da retribuição horária com os seguintes acréscimos:

a) 50% pela primeira hora ou fracção desta e 75% por hora ou fracção subsequente, em dia útil;

b) 100% por cada hora ou fracção, em dia de descanso semanal, obrigatório ou complementar, ou em feriado.

Cláusula 42.ª

Descanso compensatório pela prestaçãode trabalho suplementar

1 — A prestação de trabalho suplementar em dia útil, em dia de descanso semanal complementar ou em feriado confere ao trabalhador o direito a um descanso compen-satório remunerado, correspondente a 25% das horas de trabalho suplementar realizado.

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2 — O descanso compensatório vence -se quando per-fizer um número de horas igual ao período normal de trabalho diário e deve ser gozado nos 90 dias seguintes.

3 — Nos casos de prestação de trabalho em dia de des-canso semanal obrigatório, o trabalhador tem direito a um dia de descanso compensatório remunerado, a gozar num dos três dias úteis seguintes.

4 — Na falta de acordo, o dia do descanso compensa-tório é fixado pela entidade empregadora.

Cláusula 43.ª

Feriados

1 — São observados os feriados que a lei considere obrigatórios.

2 — Os feriados considerados por lei como obrigatórios que recaiam em dia útil de folga do enfermeiro conferem--lhe o direito a transferir a folga para um dos oito dias seguintes.

3 — Nos feriados considerados pela lei como facultati-vos a entidade empregadora, tendo em conta as necessida-des do serviço, instituirá o regime de tolerância de ponto.

Cláusula 44.ª

Marcação do período de férias

1 — A marcação do período de férias é preferencial-mente feita por acordo entre a entidade empregadora e o trabalhador.

2 — Na falta de acordo cabe à entidade empregadora marcar o período de férias do trabalhador.

3 — Na marcação das férias os períodos mais pretendi-dos devem ser sempre que possível, rateados, beneficiando alternadamente os enfermeiros em função dos períodos gozados nos dois anos anteriores.

4 — Quando a entidade empregadora exerça a faculdade prevista no n.º 2 deve prever 10 dias úteis consecutivos de férias no período entre 1 de Maio e 31 de Outubro, se o trabalhador aceitar o gozo de férias interpoladas.

Cláusula 45.ª

Faltas

1 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.2 — São consideradas faltas justificadas as que a lei

classifica como tal e injustificadas todas as outras.

Cláusula 46.ª

Efeitos das faltas

1 — As faltas injustificadas constituem violação do dever de assiduidade e determinam perda da retribuição correspondente ao período de ausência, o qual será des-contado na antiguidade do trabalhador.

2 — Tratando -se de faltas injustificadas de um ou meio período normal de trabalho diário, imediatamente ante-riores ou posteriores aos dias ou meios dias de descanso ou feriados, considera -se que o trabalhador praticou uma infracção grave.

3 — No caso de a apresentação do trabalhador, para início ou reinício da prestação de trabalho, se verificar com atraso injustificado superior a trinta ou sessenta minutos, pode o empregador recusar a aceitação da prestação du-

rante parte ou todo o período normal de trabalho, respec-tivamente.

4 — As faltas por falecimento de familiar, de afim ou de pessoa com que o enfermeiro viva em regime de coabitação são consideradas serviço efectivo, mas implicam a perda do subsídio de refeição.

Cláusula 47.ª

Licenças sem retribuição

1 — O empregador pode conceder ao trabalhador, a pedido deste, licença sem retribuição.

2 — O trabalhador tem direito a licença sem retribuição de duração superior a 60 dias para frequência de curso de formação ministrado sob responsabilidade de instituição de ensino ou de formação profissional, ou no âmbito de programa específico aprovado por autoridade competente e executado sob o seu controlo pedagógico, ou para fre-quência de curso ministrado em estabelecimento de ensino, desde que se enquadre no plano de formação estabelecido previamente com o acordo da entidade empregadora.

Cláusula 48.ª

Indemnização por despedimento e por resolução pelo trabalhador, com justa causa

1 — O trabalhador tem direito à indemnização corres-pondente a pelo menos 1 mês ou 1,5 meses de retribuição mensal de base por cada ano, ou fracção, de antiguidade, não podendo ser inferior a 3 meses, nos seguintes casos:

a) Caducidade do contrato por motivo de morte do empregador, extinção ou encerramento da empresa;

b) Resolução com justa causa, por iniciativa do traba-lhador;

c) Despedimento por facto não imputável ao trabalhador, designadamente despedimento colectivo, extinção de posto de trabalho ou inadaptação.

2 — Nos casos de despedimento promovido pela em-presa em que o tribunal declare a sua ilicitude e o traba-lhador queira optar pela indemnização em lugar da reinte-gração, o valor daquela será o previsto no número anterior.

3 — Nas situações em que a lei permite a oposição à reintegração, a indemnização a estabelecer pelo tribunal não pode ser inferior a 2 meses da retribuição mensal efectiva por cada ano ou fracção de antiguidade, contada desde a admissão do trabalhador até ao trânsito em julgado da decisão judicial.

4 — A indemnização prevista no n.º 1 pode porém ser reduzida para os trabalhadores que se encontrem nas se-guintes situações:

a) Quando o trabalhador tenha registo de pelo menos três sanções disciplinares e, nos últimos cinco anos, mais de cinco faltas injustificadas, uma redução de 0,5 meses por cada ano de antiguidade;

b) Quando o trabalhador tenha registo de até duas san-ções disciplinares e, nos últimos cinco anos, mais de três faltas injustificadas, uma redução de 0,25 meses por cada ano de antiguidade.

5 — A caducidade de contrato a termo por iniciativa da empresa confere ao trabalhador o direito a uma compensa-ção correspondente a três ou dois dias de retribuição mensal

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

por cada mês de duração do vínculo, consoante o contrato tenha durado por um período que, respectivamente, não exceda ou seja superior a seis meses.

Cláusula 49.ª

Declaração de greve na vigência da presente convenção

1 — Compete aos enfermeiros e designadamente ao sindicato outorgante deste CCT definir o âmbito de inte-resses a defender através da greve.

2 — Durante a vigência deste instrumento de regulamen-tação colectiva de trabalho o sindicato outorgante e até à sua denúncia por qualquer das partes, compromete -se a não de-clarar greve tendo como objectivo a sua modificação, excepto quando se verifique incumprimento do presente contrato co-lectivo, da tabela salarial a ele anexa ou das regras relativas à sua revisão.

Cláusula 50.ª

Serviços mínimos

1 — Durante a greve os enfermeiros que trabalhem em unidades privadas de saúde que funcionem 24 horas, todos os dias da semana, ou em unidades de hemodiálise e unidades de tratamento oncológico com tratamentos em curso asseguram cuidados mínimos de enfermagem.

2 — São considerados cuidados mínimos de enferma-gem os cuidados impreteríveis quando se encontrem em risco a vida e ou a integridade física do utente.

3 — Os meios humanos necessários para assegurar os serviços mínimos definidos correspondem ao número de enfermeiros igual ao que figurar para o turno da manhã de sábado aprovado à data do anúncio da greve.

Cláusula 51.ªCobrança de quotas

1 — As entidades empregadoras obrigam -se a enviar aos sindicatos outorgantes, até ao 15 dia do mês seguinte a que respeitam, o produto das quotas dos trabalhadores, desde que estes manifestem expressamente essa vontade mediante declaração escrita.

2 — O valor da quota sindical é o que a cada momento for estabelecido pelos estatutos dos sindicatos, cabendo a estes informar a empresa da percentagem estatuída e respectiva base de incidência.

3 — O Sindicato suporta as despesas de transferência bancária necessárias para entrega do valor da quotização sindical dos seus associados.

Cláusula 52.ªReclassificação profissional

Na falta de fixação, por parte da unidade privada de saúde, de regras mais favoráveis aos enfermeiros, os en-fermeiros que estavam classificados numa das categorias profissionais previstas nos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho agora revogados, serão enquadrados nas categorias constantes do anexo I deste contrato, desde que preencham todas as condições previstas na respectiva descrição de funções, nos termos seguintes:

a) Os enfermeiros anteriormente classificados na cate-goria de enfermeiro -chefe são enquadrados na categoria de enfermeiro perito;

b) Os enfermeiros anteriormente classificados na ca-tegoria de enfermeiro especialista são enquadrados na categoria de enfermeiro perito;

c) Os enfermeiros anteriormente classificados na catego-ria de enfermeiro graduado são enquadrados na categoria de enfermeiro sénior;

d) Os enfermeiros anteriormente classificados na catego-ria de enfermeiro generalista são enquadrados na categoria de enfermeiro.

TÍTULO II

Carreira profissional e retribuições mínimasANEXO I

Descrição de funções e carreiras profissionais

1 — Estrutura de carreira:A carreira do enfermeiro estrutura -se e desenvolve -se

em categorias e cargos e aplica -se a duas áreas de actuação, correspondentes a:

a) Prestação de cuidados;b) Gestão.

2 — Categorias e cargos:

a) À área da prestação de cuidados corresponde uma categoria com quatro níveis:

i) Enfermeiro interno;ii) Enfermeiro;iii) Enfermeiro sénior;iv) Enfermeiro perito;

b) À área da gestão correspondem três cargos:

i) Enfermeiro responsável;ii) Enfermeiro -coordenador;iii) Enfermeiro -director.

3 — Categorias:3.1 — Enfermeiro interno: exerce as mesmas compe-

tências do enfermeiro, desenvolvendo as suas funções com uma prática tutelada durante o primeiro ano de ac-tividade.

3.2 — Enfermeiro: o conteúdo funcional da categoria de enfermeiro integra dois níveis, enfermeiro e enfermeiro sénior e é inerente às respectivas qualificações e compe-tências em enfermagem, compreendendo plena autonomia técnico -científica, nomeadamente:

a) Identificar, planear e avaliar os cuidados de enferma-gem e efectuar os respectivos registos, bem como participar nas actividades de planeamento e programação do trabalho de equipa a executar na unidade ou serviço;

b) Realizar intervenções de enfermagem requeridas pelo indivíduo, família e comunidade, no âmbito da promoção de saúde, da prevenção da doença, do tratamento, da rea-bilitação e da adaptação funcional;

c) Prestar cuidados de enfermagem aos doentes, utentes ou grupos populacionais sob a sua responsabilidade;

d) Participar e promover acções que visem articular as diferentes redes e níveis de cuidados de saúde;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

e) Assessorar as instituições, serviços e unidades, nos termos da respectiva organização interna;

f) Desenvolver métodos de trabalho com vista à melhor utilização dos meios, promovendo a circulação de infor-mação, bem como a qualidade e a eficiência;

g) Recolher, registar e efectuar tratamento e análise de informação relativa ao exercício das suas funções, incluindo aquela que seja relevante para os sistemas de informação institucionais na área da saúde;

h) Promover programas e projectos de investigação, nacionais ou internacionais, bem como participar ou orien-tar equipas;

i) Colaborar no processo de desenvolvimento de com-petências de estudantes de enfermagem, bem como de enfermeiros em contexto académico ou profissional;

j) Integrar júris de concursos ou outras actividades de avaliação dentro da sua área de competência;

k) Orientar e coordenar as equipas de enfermagem na prestação de cuidados de saúde durante os turnos (chefe de equipa, quando designado).

3.3 — Enfermeiro sénior: desenvolve as mesmas com-petências do enfermeiro, assumindo de igual modo as mes-mas responsabilidades, e no contexto de uma unidade ou serviço exerce a sua actividade como prestador de cuidados gerais e de cuidados diferenciados, adquiridos em contexto de trabalho, validados através de avaliação de desempenho.

3.4 — Enfermeiro perito: os enfermeiros peritos, para além dos conteúdos funcionais descritos para os enfermei-ros e enfermeiros seniores, desenvolvem competências pró-prias inerentes à sua área de especialização, nomeadamente:

a) Planear, coordenar e desenvolver intervenções no seu domínio de especialização;

b) Identificar necessidades logísticas e promover a me-lhor utilização dos recursos, adequando -os aos cuidados de enfermagem a prestar;

c) Desenvolver e colaborar na formação realizada nas unidades ou serviços;

d) Orientar os enfermeiros, nomeadamente nas equipas multiprofissionais, no que concerne à definição e utilização de indicadores;

e) Orientar as actividades de formação de estudantes de enfermagem, bem como de enfermeiros em contexto académico ou profissional;

f) Colaborar na proposta das necessidades em enfermei-ros e outro pessoal da unidade, tendo em vista os cuidados de enfermagem a prestar, cabendo -lhe a responsabilidade de os distribuir e adequar às necessidades existentes.

4 — Cargos:4.1 — Enfermeiro responsável: para além das funções

inerentes às diferentes categorias do enfermeiro, o con-teúdo funcional do cargo de enfermeiro responsável é sempre integrado e indissociável da gestão do processo de prestação de cuidados de saúde, nomeadamente:

a) Gerir o serviço ou unidade de cuidados, incluindo a supervisão do planeamento, programação e avaliação do trabalho da respectiva equipa;

b) Planear e incrementar acções e métodos de trabalho que visem a qualidade dos cuidados de enfermagem prestados, procedendo à definição ou utilização de indicadores e respec-tiva avaliação, atribuindo e decidindo afectação de meios;

c) Gerir e supervisionar a prestação de cuidados de enfermagem, identificando as necessidades de recursos humanos, articulando com a equipa a sua adequação às ne-cessidades previstas, nomeadamente através da elaboração de horários e de planos de trabalho e de férias;

d) Participar na avaliação de desempenho dos enfer-meiros;

e) Assegurar a gestão dos recursos materiais, identi-ficando necessidades para responder aos objectivos do serviço ou unidade de cuidados;

f) Assegurar o cumprimento das orientações relativas à higiene e segurança no trabalho, desenvolvendo acções para a prevenção de acidentes de trabalho em articulação com a entidade empregadora;

g) Dinamizar a formação em serviço, promovendo a investigação tendo em vista a alteração de procedimentos, circuitos ou métodos de trabalho para melhoria da efici-ência dos cuidados prestados;

h) Promover a concretização dos compromissos assu-midos pela entidade empregadora com outras instituições, nomeadamente estabelecimentos de ensino relativamente ao processo de desenvolvimento de competências de es-tudantes de enfermagem, bem como de enfermeiros em contexto académico ou profissional;

i) Prestar cuidados de enfermagem quando necessário ou tendo em vista a orientação e formação dos colabora-dores da unidade.

4.2 — Enfermeiro -coordenador: (a existência deste cargo depende da dimensão e complexidade da organi-zação) ao enfermeiro -coordenador, pela sua competência na área técnica/científica, ético -profissional, de gestão de recursos humanos e materiais, perfil de liderança e de modelo dentro da organização, compete, nomeadamente, coordenar uma ou várias unidades de prestação de cuidados de enfermagem e:

a) Promover níveis elevados de desempenho na área do seu departamento de prestação de cuidados;

b) Determinar as necessidades de recursos humanos, com base nos níveis de dependência dos clientes da sua área de prestação de cuidados, adequando a sua distribuição e estabelecendo critérios referentes à mobilidade;

c) Participar nos processos de contratualização inerentes ao seu departamento;

d) Participar na avaliação do desempenho dos enfermeiros responsáveis e outros enfermeiros, tendo em conta a avalia-ção da qualidade dos cuidados de enfermagem prestados;

e) Promover as relações institucionais com estabeleci-mentos de ensino ou outras entidades no âmbito do seu departamento;

f) Colaborar na organização de acções de formação e investigação para promover a qualidade dos cuidados;

g) Prestar cuidados de enfermagem de maior comple-xidade, excepcionalmente, quando necessário e tendo em vista a orientação e ou formação de enfermeiros ou em situações de emergência.

4.3 — Enfermeiro-director: compete-lhe, nomeada-mente:

a) Elaborar o plano e o relatório anual de actividades de enfermagem, em articulação com o plano e relatório global da instituição;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

b) Participar na definição das metas organizacionais, compatibilizando os objectivos do estabelecimento com a filosofia e objectivos da profissão de enfermagem;

c) Definir padrões de cuidados de enfermagem e indicado-res de avaliação do serviço de enfermagem do estabelecimento ou estabelecimentos de acordo com os valores da instituição;

d) Criar ou manter um efectivo sistema de classificação de utentes/utentes que permita determinar as necessidades em cuidados de enfermagem;

e) Elaborar propostas referentes à admissão de enfer-meiros e proceder à sua distribuição;

f) Participar na mobilidade de enfermeiros, mediante critérios previamente estabelecidos;

g) Coordenar estudos para determinação de custos/be-nefícios no âmbito dos cuidados de enfermagem;

h) Definir metas no âmbito da formação e investigação;i) Avaliar o desempenho dos enfermeiros com cargos de

gestão com base no controlo que vai realizando e colaborar na avaliação dos outros enfermeiros;

j) Prestar cuidados de enfermagem de maior comple-xidade, excepcionalmente, quando necessário e tendo em vista a orientação e ou formação de enfermeiros ou em situações de emergência.

5 — Ingresso:A carreira de enfermeiro inicia -se na categoria e nível de en-

fermeiro interno. Os enfermeiros com experiência profissional de pelo menos um ano, em estabelecimento idóneo, ingressam na carreira de enfermagem e são posicionados atendendo à experiência profissional e formação detida pelo enfermeiro.

6 — Promoção:Os enfermeiros podem ser promovidos a sénior, através

de avaliação de desempenho, ou, na falta desta, com 6 anos de permanência como enfermeiro.

A promoção a enfermeiro perito só se fará para os en-fermeiros habilitados com especialidade reconhecida pela Ordem dos Enfermeiros se houver vagas e for de interesse para a organização.

7 — Progressão:Haverá progressão salarial para os enfermeiros sénior

e perito.8 — Acesso aos cargos:8.1 — O acesso aos cargos de gestão é feito por nome-

ação do conselho de administração, de entre enfermeiros com, pelo menos, 10 anos de exercício profissional, sem-pre com avaliação de desempenho de Bom, e detentores de competências comprovadas nos domínios da prática profissional.

8.2 — Os cargos de gestão são exercidos por um período temporalmente definido, em comissão de serviço.

8.3 — O tempo de serviço exercido em cargos de gestão conta na categoria de origem, para todos os efeitos legais, designadamente o de progressão.

8.4 — O exercício dos cargos de enfermeiro responsável e coordenador confere direito a um acréscimo remunerató-rio que releva como vencimento para todos os efeitos legais.

9 — Avaliação de desempenho:

a) As instituições devem construir um sistema de avalia-ção do desempenho dos enfermeiros, subordinado aos prin-cípios de justiça, igualdade e imparcialidade e baseado em:

i) Competências genéricas — transversais e aplicáveis a todos os profissionais da instituição;

ii) Competências especificas — próprias do exercício profissional dos enfermeiros;

iii) Competências institucionais — as que concorrem para atingir os objectivos da instituição ou serviço;

b) A avaliação do desempenho tem por objectivo a melhoria da qualidade dos serviços e da produtividade do trabalho, devendo ser tomada em linha de conta para efeitos de desenvolvimento profissional e de progressão na carreira;

c) As instituições ficam obrigadas a dar adequada e oportuna publicidade aos parâmetros a utilizar na avalia-ção de desempenho e à respectiva valorização, devendo elaborar um plano que, equilibradamente, tenha em conta os interesses e expectativas, quer das instituições quer dos seus enfermeiros;

d) O sistema de avaliação de desempenho deve assentar nos seguintes pressupostos:

i) Avaliação anual ou semestral;ii) A avaliação classificada em cinco níveis de avalia-

ção (dois negativos — fraco e insuficiente — e três posi-tivos — suficiente, bom e excelente);

iii) A existência de normas de actuação profissional e de critérios de avaliação;

iv) Realização de entrevista de avaliação de desempe-nho;

v) Registos periódicos do desempenho do enfermeiro avaliado;

vi) Estabelecimento de consensos quanto aos procedi-mentos a adoptar;

vii) Harmonização dos procedimentos a adoptar na orientação dos avaliados;

viii) As competências específicas são avaliadas pelo enfermeiro responsável.

ANEXO II

Enquadramento das carreiras profissionais e categorias profissionais em graus de retribuição

CategoriaValor remuneratório

mensal (euros)

Enfermeiro perito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1676Enfermeiro sénior. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1300Enfermeiro (**) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1075Enfermeiro interno (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 900

(*) O enfermeiro interno transita para o nível de enfermeiro decorrido um ano de exercício tutelado e tendo em vista a avaliação de desempenho.

(**) O enfermeiro transita para enfermeiro sénior decorridos seis anos de exercício, no caso de não existir sistema de avaliação de desempenho.

Lisboa, 8 de Outubro 2009.

Em representação da Associação Portuguesa de Hospi-talização Privada — APHP:

Teófilo Ribeiro Leite, presidente da direcção.Pedro Lucena e Valle, vogal da direcção.

Em representação do Sindicato dos Enfermeiros Por-tugueses — SEP:

José Carlos Martins, dirigente nacional e mandatário.Margarida Jesus Costa, mandatária.Jorge Manuel da Silva Rebelo, mandatário.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

CCT entre a Associação Comercial de Aveiro e o CESP — Sindicato dos Trabalhadores do Co-mércio, Escritórios e Serviços de Portugal — Al-teração salarial e outras e texto consolidado.

Texto integral publicado no Boletim do Trabalho e Em-prego, 1.ª série, n.º 1, de 8 de Janeiro de 2007, e última revisão publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 48, de 29 de Dezembro de 2008.

CAPÍTULO I

Área, âmbito e vigência

Cláusula 1.ª

Área e âmbito

1 — A presente CCT obriga, por um lado, as empresas que, no distrito de Aveiro, exerçam a actividade comercial representadas pelas associações empregadoras outorgantes e, por outro, os trabalhadores ao seu serviço representados pelas organizações sindicais outorgantes.

2 — As partes outorgantes obrigam -se a requerer em con-junto ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, aquando da entrega desta CCT para depósito e publicação e das suas subsequentes alterações, a sua extensão a todas as empresas que exerçam a mesma actividade e aos traba-lhadores ao seu serviço que, não sendo filiados nas associa-ções outorgantes, reúnam as condições para essa filiação.

3 — Esta CCT abrange 823 empresas e 1864 traba-lhadores.

Cláusula 2.ª

Vigência

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — A tabela salarial e as cláusulas de expressão pecuniá-

ria serão revistas anualmente e produzem efeitos a 1 de Janeiro de cada ano.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — Até à entrada em vigor de novo texto, continua

a vigorar aquele cujo processo de revisão está em curso.

Cláusula 42.ª

Diuturnidades

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — O valor de cada diuturnidade é de € 6,50.3 — As diuturnidades já vencidas à data da produção

de efeitos deste contrato por valores inferiores serão, para todos os efeitos, de € 6,50 cada uma.

4 — Ficam ressalvadas as situações em que o somatório das diuturnidades e correspondente montante, à data do seu vencimento, seja superior ao número de diuturnidades multiplicadas por € 6,50.

Níveis Categorias profissionais Remunerações(euros)

1 Director de serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 710Analista de sistemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Contabilista/TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Tesoureiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 685 Técnico de informática . . . . . . . . . . . . . . . . . Gerente comercial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3 Chefe de vendas/compras . . . . . . . . . . . . . . . 637Encarregado geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de secção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Inspector administrativo. . . . . . . . . . . . . . . . . Programador mecanográfico . . . . . . . . . . . . .

4 Técnico de contabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . 620Caixeiro -encarregado. . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Inspector de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Encarregado de armazém. . . . . . . . . . . . . . . . Oficial -encarregado — ourivesaria/relojoaria

Correspondente em línguas estrangeiras/tradu-tor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

5 Esteno dactilógrafo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 615Caixa de escritório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Caixeiro chefe de secção . . . . . . . . . . . . . . . . Secretariado de direcção . . . . . . . . . . . . . . . .

Primeiro -assistente administrativo. . . . . . . . . Operador mecanográfico . . . . . . . . . . . . . . . . Primeiro -assistente de contabilidade . . . . . . . Primeiro -caixeiro/prospector de vendas . . . . 6 Técnico de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 587 Vendedor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fiel de armazém. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Motorista de pesados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Oficial de 1.ª — ourivesaria/relojoaria . . . . .

Segundo -assistente administrativo. . . . . . . . . Segundo -assistente de contabilidade . . . . . . . Perfurador -verificador . . . . . . . . . . . . . . . . . . Segundo -caixeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Caixeiro de praça/mar . . . . . . . . . . . . . . . . . . 564 Conferente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Promotor de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Motorista de ligeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Oficial de 2.ª — ourivesaria/relojoaria . . . . .

Terceiro -assistente administrativo . . . . . . . . . Terceiro -caixeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Propagandista. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Telefonista/recepcionista . . . . . . . . . . . . . . . . 510 Cobrador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ajudante de motorista . . . . . . . . . . . . . . . . . . Oficial de 3.ª — ourivesaria/relojoaria . . . . .

Caixa de comércio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Distribuidor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

9 Embalador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 488Operador de máquinas de embalar. . . . . . . . .

Servente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ajudante de caixeiro/estagiário . . . . . . . . . . .

Dactilógrafo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

10 Contínuo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 480Porteiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Guarda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Depositado em 17 de Dezembro de 2009, a fl. 63 do livro n.º 11, com o n.º 260/2009, nos termos do artigo 494.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro.

ANEXO I

Comércio retalhista do distrito de Aveiro

Tabela salarial — 2010