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Artigos para o cbc de minas gerais resumidos para trabalhar com todas as turmas

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1 - Contexto de produo, circulao e recepo de textos Porque estudar - Para conhecer que gneros circulam, como e por que so produzidos, a quem se dirigem e com qual inteno, condio fundamental para o desenvolvimento e participao social do aluno e para sua vivncia pessoal. Aprender a analisar as condies e os processos que regulam a circulao de textos em uma sociedade letrada possibilita saber identificar interlocutores, as funes do gnero e suas estruturas, usos lingusticos, dentre outros.Condies para aprender - Para assegurar uma melhor aprendizagem necessrio que os alunos dominem, progressiva e paralelamente, as estruturas textuais, as funes que os textos exercem na sociedade, saber onde localizar e onde circulam especificamente cada um delesO que estudar - Situao comunicativa, Contexto histrico, Suporte de circulao do texto, Domnio discursivo, Variedades lingusticas.Como trabalhar o tpico - Ler textos de diferentes gneros e domnios, considerando o pacto de recepo desses textos; Distinguir texto literrio de texto no-literrio; Usar ndices, sumrios, cadernos e suplementos de jornais, livros e revistas para identificar, na edio, textos de diferentes Gneros; Identificar o destinatrio previsto para um determinado texto a partir do suporte, do tema, Comparar textos de um mesmo gnero e/ou de gneros diferentes, que falem de um mesmo tema, quanto ao tratamento do tema, ao estilo e variedade lingustica. Analisar mudanas na imagem dos interlocutores empricos ou implcitos em funo da substituio de certos ndices contextuais e situacionais (marcas dialetais, nveis de registro, jargo, gria) por outros. Relacionar os gneros de texto s prticas sociais que os requerem, Empregar a variedade de linguagem adequada situao comunicativa, ao interlocutor e ao gnero; Respeitar, nos gneros orais, a alternncia dos turnos de fala que se fizer necessria; Retextualizar textos, buscando solues compatveis com o domnio, o suporte e o destinatrio previsto. Selecionar informaes para a produo de textos de diferentes gneros, orais e escritos, em funo de objetivos, suportes e destinatrios previamente estabelecidos.Como avaliar - qualquer uma das atividades acima propostas pode ser usada na avaliao do tpico

2 Referenciao bibliogrfica, segundo normas da ABNT

PE usurios competentes, fazendo adequadamente as referncias dos textos lidos e/ou produzidos. A sociedade da informao exige que o leitor saiba encontrar caminhos para organizar, ordenar e sistematizar a multiplicidade de informao existente, fazendo com que o sujeito saiba se conduzir nessa sociedade, localizando obras, autores, identificando temas, dentre outrosCA - A aprendizagem deste tpico vai da macro para a micro condio. Em nvel macro, ele precisa saber da existncia de uma padronizao, Em nvel micro, precisa saber, antecipadamente, sobre autoria,OQE - jornais e textos de jornais; revistas e textos de revistas; livros e partes de livro; sites da internet.CTT - Portanto, sempre interprete e faa seu aluno interpretar as referncias bibliogrficas que acompanham os textos citados em livros didticos e apostilas, inclusive em notas de rodap.CA - Com o conhecimento dos alunos, integre a referenciao bibliogrfica, segundo normas da ABNT, avaliao de trabalhos escolares em geral, incentivando os professores das demais disciplinas para que o faam tambm

3 - Organizao temtica do textoPE Os alunos tm dificuldade de interpretar por causa de uma tradio de ensino que privilegia a forma em detrimento do contedo, ficando privado de texualizar. No existe, apesar das regularidades, um modo nico de textualizar, pelo contrrio, h possibilidades de explorao de modos variados no processo de tematizao.A questo de se fazer entender, de convencer. preciso que o aluno entenda como o tema organizado, articulado, diagramado, que informaes deve possuir, e como atingir o pblico, j que a tematizao resultado da interao, a depender do perfil do seu leitor, que define modos de organizaes mais ou menos estveis.CA - Um dos conhecimentos prvios que pode garantir a tematizao refere-se compreenso dos elementos pragmticos, isto , de que, se h um texto a ser produzido, h um contedo a ser veiculado e este precisa ser coerente, tanto aos objetivos propostos, quanto ao leitor previsto. Necessita identificar o que tema, saber levantar argumentos que lhes sejam pertinentes, entender a importncia dos elementos verbais e no-verbais para a compreenso e interpretao do texto.

OQE - Relao ttulotexto (subttulospartes do texto). Hierarquia tpica. Continuidade; Progresso; No-contradio; Consistncia argumentativa (pertinncia, suficincia e relevncia de argumentos) Integrao entre signos verbais e no-verbais (valor informativo, qualidade tcnica, efeitos expressivos).

CTT - Identificar marcas grficas da organizao temtica do texto; Inferir o tpico discursivo do texto; Localizar informaes no texto; Identificar tpico e subtpicos discursivos de textos, tudo atravs de ttulo, subttulo. Avaliar ttulo e subttulo assim como sua adequao. Sintetizar tpico e subtpicos discursivos do texto em frases nominais. Informaes relevantes e secundrias. Avaliar a progresso do texto; Avaliar a consistncia argumentativa do texto, Avaliar o princpio de no-contradio das idias do texto, Propor solues para corrigir problemas relacionados continuidade, progresso, no-contradio e consistncia argumentativa do texto; Sintetizar informaes de um texto em funo de determinada solicitao; Recorrer a elementos no-verbais (sons, cones, imagens, grficos, tabelas, etc.), para auxiliar na interpretao global do texto; Relacionar sons, imagens, grficos e tabelas com informaes verbais do texto.CAV - Para a avaliao, apresente estudos de texto semelhantes aos desenvolvidos em sala de aula. Ou proponha, a partir da troca de redaes elaboradas pelos prprios alunos

4 - Seleo lexical e efeitos de sentidoPE - O processamento adequado do lxico textual uma estratgia importante para a construo do sentido global do texto, idealmente um produto da interao autorleitor ou autor-ouvinte do texto. Quem desconsidera a sinalizao de sentidos do autor constri sentido para o texto estabelecendo relaes semnticas no autorizadas pela superfcie textual, ou seja, com base apenas nas suas prprias expectativas de leitura. D-se a apropriao graas a termos desconhecidos e metforas.CA - A recepo de um texto no nem atribuio nem extrao de significado, ou seja, o sentido do texto no est exclusivamente nem na cabea do leitor/ouvinte (conhecimento prvio), nem na materialidade lingstica do texto (sinalizao dos sentidos pelo autor), mas na interao autor-leitor/ouvinte. O leitor pode construir sentidos diferentes para o texto (a macroestrutura do texto comporta algumas variaes), mas no qualquer sentido (qualquer variao); as palavras do um texto tm dimenso discursiva, no apenas semntica: ao contrrio do que pensa o senso comum, elas no tm um significado absoluto, no significam a mesma coisa em todos os contextos lingsticos; antes, so elementos de apoio para a construo de significados textuais; a metfora, igualmente, no fenmeno meramente lexical, mas textual ou discursivo (o significado metafrico se constri dentro do texto, as relaes estabelecidas textualmente contribuem para a construo do sentido da expresso metafrica); preciso trabalhar o lxico de forma contextualizada, ou seja, no texto.

OQE - Significao de palavras e expresses. Inferenciao (pressupostos e subentendidos): marcadores lexicais de pressuposio.CTT D-se quase sempre com dicionrios. O uso do dicionrio o melhor mtodo para aprendizagem do lxico apenas em dois casos: quando se trata do significado de palavras-chaves, que ocorrem repetidas vezes no texto e cuja hiperlexicalizao marca essa relevncia, e quando se trata de itens lexicais cujo significado exato essencial, sejam esses elementos-chaves ou no. Quando o sentido aproximado da palavra suficiente para a compreenso do texto. A inferncia lexical, processo de apreenso do significado de palavras desconhecidas a partir de pistas variadas, a estratgia mais natural e mais recomendada. Implica, porm, aceitar conviver provisoriamente com a vagueza de sentido, inerente ao processo, com a pouca preciso do significado. Promover o uso do dicionrio quando realmente necessrio, usar o texto como apoio para a inferncia lexical, apresentar e reapresentar palavras em diferentes contextos lingsticos so, portanto, trs pontos importantes a observar em sala de aula para que o aluno construa estratgias eficientes de leituraInferir o significado de palavras e expresses usadas no texto, a partir de pistas fonolgicas, grficas, morfossintticas, cotextuais e contextuais.Inferir, entre as acepes conhecidas de uma palavra ou apresentadas no dicionrio, a que melhor se aplica a determinada palavra no texto; Interpretar recursos analgicos de expresso (comparaes, metforas, alegorias, metonmias, etc.); Identificar marcas lexicais de pressuposio Reconhecer pressupostos e subentendidos em frases ou expresses do texto; Avaliar, em textos apresentados, idias que precisam ser explicitadas e idias que podem ser deixadas subentendidas, tendo em vista o destinatrio e a organizao temtica do texto Avaliar a propriedade de palavras e expresses do texto, tendo em vista o tema, o tratamento do tema e os efeitos de sentido pretendidos Reconhecer, em textos lidos, efeitos intencionais de sentido (humor, ironia, etc.) da seleo lexical Reconhecer e explicar efeitos de sentido (ambigidade, dvida, humor, estranhamento, etc.) do uso de uma mesma palavra ou expresso em diferentes contextos ou situaes comunicativas (homonmia, polissemia e ambigidade) Produzir novos efeitos de sentido em textos, por meio da seleo lexical Reconhecer e corrigir contradies semnticas, imprecises e inadequaes lexicais em textos lidos Identificar palavras e expresses do texto diretamente responsveis pela focalizao temtica Avaliar a propriedade de palavras e expresses do texto, tendo em vista o tema, o tratamento do tema e os efeitos de sentido pretendidos.

CA as atividades de avaliao devem ter o mesmo esprito das demais.

5: Vozes do texto

PE - As contribuies advindas das teorias do discurso tm permitido entender que um texto, no seu processo de produo, recepo e circulao, possui um funcionamento discursivo que pode ser desvelado/construdo. Um dos aspectos desse funcionamento refere-se s vozes que perpassam o discurso, ou seja, reconhecer que sujeitos representam as vozes presentes no texto: nem sempre quem fala o autor da voz, pode representar uma outra, legitimada na sociedade.

CA A voz do sujeito est sujeita ao seu local. Este o foco central: saber que os sujeitos que enunciam so portadores de outras vozes, alm da prpria voz. necessrio que o aluno entenda a diferena entre o locutor (eu) e o alocutrio (tu) no processo discursivo e a relao existente entre eles.

OQE - Vozes locutoras e seus respectivos alocutrios. Recursos lingsticos de representao do locutor do texto e/ou do alocutrio, destinatrio previsto (dixis pessoal [construes em 1 e 2 pessoas], temporal e espacial; modalizaes afetivas e avaliativas; seleo lexical; etc.) e seus efeitos de sentido (subjetividade, aproximao, familiaridade, etc.). Recursos lingsticos de no-representao do locutor do texto e/ou do destinatrio previsto (ausncia de dixis pessoal, temporal e espacial; construes impessoais; construes com agente indeterminado; formas de passiva sem agente; seleo lexical; etc.) e seus efeitos de sentido (objetividade, distanciamento, formalismo, etc.); Vozes sociais (no-locutoras) mencionadas no texto; Variao lingstica no discurso das vozes; Aes discursivas bsicas realizadas no texto pelo locutor (narrar histria, relatar fato ou acontecimento, apresentar o discurso de outrem, descrever seres ou objetos, expor idias, opinar, convencer, persuadir, aconselhar, ensinar a fazer, fazer agir, regulamentar, prescrever, etc.).Situao comunicativa: produtor e destinatrio, tempo e espao da produo.

CTT Diferenciar autor e locutor; Na compreenso e produo de textos, proponha atividades como as que se seguem: Identificar vozes locutoras no texto e seus respectivos alocutrios; Interpretar referncias diticas pessoais, temporais e espaciais em textos apresentados; Relacionar a presena de elementos diticos s pessoas, ao tempo e ao espao da interlocuo; Identificar recursos de linguagem usados no texto para obteno de um efeito especificado (objetividade/subjetividade, aproximao/distanciamento, familiaridade/formalismo, endosso/ recusa de um posicionamento, etc.); Distinguir declaraes de fato de declaraes de opinio; Identificar vozes sociais; Reconhecer o discurso ou discursos bsicos realizados no texto pelo locutor (narrao, relato, descrio, exposio, argumentao, injuno de aconselhamento, de prescrio ou regulamentao, de instruo, apresentao do discurso de outrem, etc.); Retextualizar uma seqncia textual, mudando o seu locutor; Avaliar a pertinncia de recursos lingsticos usados na configurao do locutor de um texto, propondo solues para problemas eventualmente identificados;

CAV - Na avaliao, proponha atividades semelhantes quelas utilizadas para o estudo do tpico, variando sempre o modo de realiza-las: individualmente, em duplas, em grupos.

6 - Modalizao e argumentatividade (imprimir exemplos)

PE - qualquer voz pode usar a linguagem de modo argumentativo, orientando seus enunciados para que produzam determinadas concluses. modalizao a possibilidade de qualquer voz deixar no texto pistas de sua perspectiva diante de algum contedo temtico, de suas intenes e grau de comprometimento com o que diz, o que, por sua vez, orienta o destinatrio previsto na construo de um retrato da enunciao.

CA - Um mesmo contedo proposicional pode ser expresso sob modalidades diferentes pode ser modalizada como um acontecimento certo, provvel, possvel, incerto ou duvidoso. So muitos e variados os recursos lexicais e morfossintticos para indicar modalizao: verbos performativos; Tambm a maneira como o locutor pronuncia as palavras e os enunciados podem tornar-se ndice de modalizao, de sua perspectiva diante dos fatos e acontecimentos. Um mesmo indicador modal pode expressar modalidades diferentes Advrbios e expresses adverbiais modalizadores no funcionam como adjuntos adverbiais

OQE - Uso de modalizadores (entoao e sinais de pontuao, adjetivos, substantivos, expresses de grau, verbos e perfrases verbais, tempos e modos verbais, operadores argumentativos de escalonamento, advrbios, etc.) como recursos de expresso ou pista do posicionamento enunciativo do locutor do texto e de persuaso do destinatrio previsto, ou seja, uso de recursos lexicais, morfossintticos, prosdicos ou grficos para indicar. A modalidade sob a qual uma proposio deve ser interpretada (certeza, probabilidade, possibilidade, incerteza ou dvida, necessidade, obrigatoriedade, eventualidade, etc.) e o conseqente grau de comprometimento do locutor com aquilo que diz;

CTT - Evite apresentar aos alunos listas prontas de modalizadores para que eles no se sintam impelidos a memoriz-las; Ler, em voz alta, vrias vezes, um enunciado, destacando com a voz, a cada vez, um objetivo diferente; Pontuar uma proposio de diferentes formas, de modo a obter enunciados que expressem perspectivas diferentes do locutor;

CAV - Em provas, evite questes de mera classificao dos recursos de modalizao, preferindo aquelas que avaliem a compreenso do texto pelo aluno e aquelas em que ele faa uso consciente de algum recurso para modalizar textos;

7 - Posicionamentos enunciativos do texto

PQE - Posicionamento enunciativo ou discursivo, ou ainda ponto de vista de enunciao a perspectiva ideolgica que orienta a fala de toda voz textual, aquilo que faz com que o que diz seja a representao ou defesa de um ponto de vista x, e no y. Em um mesmo texto podem aparecer diferentes posicionamentos enunciativos (texto polifnico). funo do autor, entre outras coisas, decidir que posicionamentos discursivos deseja manifestar no seu texto, como fazer essa representao, isto , por meio de que vozes e com que recursos (modalizadores, operadores enunciativos, formas de intertextualidade), e como articul-los. funo do ouvinte ou leitor, entre outras coisas, perceber as marcas lingsticas que, no texto, revelam diferentes posicionamentos enunciativos e o objetivo do autor com tal encenao. Para uma leitura crtica, preciso que o leitor v ainda mais alm e se posicione frente aos posicionamentos discursivos do texto. A importncia de estudar o tpico est, portanto, diretamente relacionada com a formao de autores e leitores mais crticos, competncia imprescindvel ao real exerccio da cidadania.

CA - Um enunciado ou um texto nunca somente uma informao: nele esto envolvidos processos de subjetivao, de argumentao, de construo do real. Em outras palavras, todo uso que se faz da linguagem ideolgico; logo, as informaes que recebemos inclusive as do domnio jornalstico no so uma simples reproduo do real.A ideologia opera por meio da linguagem: ela se manifesta na forma como a linguagem manipulada para que as verses, contando apenas aquilo que importa ou interessa dos fatos, no deixem jamais de ser caracterizadas e entendidas como o prprio fato. A ideologia invariavelmente deixa marcas no discurso. As escolhas lexicais e morfossintticas presentes em um texto no so, portanto, nem ingnuas nem aleatrias: revelam, antes, a viso de mundo e os interesses de um sujeito discursivo que, pela palavra, tem poder no jogo interlocutivo. Vale frisar que o poder no necessariamente um espao que se ocupa, mas principalmente uma relao que se cria. E o poder encontra, na palavra, mecanismos para se manter sem o uso da fora. Compreender a palavra-poder entender a construo das relaes em que estamos envolvidos e os mecanismos que nos tornam submissos ao poder que se estabelece nos espaos dessas relaes. A neutralidade um mito. Discurso autoritrio, discurso polmico e discurso ldico so classificaes de uma tipologia que leva em conta a interao dos interlocutores, a modalizao neles predominante, a posio de cada discurso entre os polos da parfrase e da polissemia; No tocante interao, o discurso autoritrio caracteriza-se pela assimetria (o locutor mostra-se hierarquicamente superior ao alocutrio); Os domnios religioso e publicitrio tendem a apresentar discursos desse tipo. O discurso polmico procura a simetria e mostra reversibilidade no fato mesmo de o locutor estar respondendo a um outro discurso, contra o qual argumenta com base no crer. O domnio cientfico, especialmente com os gneros dissertao e tese, tende a exemplificar esse tipo de discurso. O discurso ldico no se coloca o problema da simetria ou assimetria, nem da verdade, pois, ao contrrio dos outros dois, no se volta para fins imediatos e prticos da linguagem. Seu domnio mais caracterstico seria o potico.

OQE - Marcas do posicionamento enunciativo do locutor (seleo lexical: modalizao, operadores argumentativos, intertextualidade). Vozes representativas dos posicionamentos enunciativos presentes no texto. Relaes de oposio e confronto (polifonia), aliana e/ou complementao (sinfonia). Efeitos de sentido do domnio de um posicionamento enunciativo (texto autoritrio), da desconstruo ou confronto de posicionamentos enunciativos (texto polmico), do dilogo entre posicionamentos enunciativos (texto ldico).

CTT - reconhecer posicionamentos enunciativos presentes no texto, os recursos usados para express-los, as vozes do texto que os representam, os efeitos de sentido de cada um deles. S ento poder se posicionar criticamente frente a eles.

CAV - proponha atividades de compreenso da enunciao, vale dizer atividades que exijam que o alunocorrelacione esses tpicos

8 - Intertextualidade e metalinguagemPQE - A intertextualidade, por se revelar tanto no mbito do contedo quanto da forma, permite desenvolver capacidades tanto lingsticas quanto semiticas e semnticas. O mais importante que ela no acontece por acaso, fruto das relaes que estabelecemos com o que conhecemos, em nossa vivncia diria. o que denominamos memria discursiva, j que ela que permite estabelecer uma rede de conceitos, de imagens, de formas historicamente construdas. Metalinguagem Favorece o alargamento do campo semntico, em articulao com o campo lingstico. Permite ir alm de definies prontas e, a partir da explorao dos recursos lingsticos, perceber a sua potencialidade e riqueza da prpria lngua.

CA preciso um conhecimento prvio do que incorporado, para compreender o intertexto preciso um relao das mediaes do professor e das interaes produzidas entre os prprios alunos, discutindo as manifestaes simblicas produzidas em determinada sociedade. preciso aproximar o aluno dessas manifestaes simblicas produzidas e permitir-lhes atividades em que possam, eles mesmos, intertextualizar, explicitando os dilogos estabelecidos. O mesmo acontece com a metalinguagem, cuja condio essencial para aprender reconhecer que a lngua pode ser explorada de vrios modos e que, para isso, o educando necessita ampliar seu repertrio lingstico, a partir de consultas em dicionrios e demais portadores textuais.

OQE - Efeitos de sentido de relaes intertextuais e metalingusticas. Tipos de intertextualidade: citao, epgrafe, aluso, referncia, parfrase, pardia, pastiche

CTT Identificar, em textos apresentados, marcas explcitas de intertextualidade com outros textos, discursos, produtos culturais e linguagens Identificar, em textos apresentados, efeitos de sentido de estratgias intertextuais Usar recursos intertextuais em textos de sua prpria autoria Comparar a verso literria de um texto com outras verses, literrias ou no, observando semelhanas e diferenas Reconhecer estratgias usadas para estabelecer relaes intertextuais de um texto com outros textos ou produtos culturais (citao textual, citao livre ou parafrstica, aluso, referncia tcnica e no-tcnica, alteraes variadas, como mudana de ttulo, de moral da histria, de palavras-chave do texto, de posicionamento enunciativo, de domnio discursivo, de gnero, mistura de dois ou mais textos), identificando tambm seus efeitos de sentido. Reconhecer efeitos de sentido de estratgias intertextuais usadas em textos apresentados Avaliar a fidelidade de uma parfrase em relao ao texto original Avaliar a inteno da pardia de um determinado texto

CAV - A avaliao pode acontecer em dois nveis: no processo de recepo de textos, o aluno dever justificar os elementos intertextuais por ele identificados no texto. Alm disso, dever demonstrar capacidade de estabelecer relaes de sentido entre os elementos identificados e a proposta comunicativa do texto. No processo de produo, dever justificar os elementos intertextuais utilizados por ele, bem como as fontes e os objetivos pretendidos.A metalinguagem poder ser avaliada em diferentes situaes de produo de texto, observando em que medida o aluno altera, reformula, amplia as estruturas sintticas e o campo semntico do que busca explicitar.

9 - Organizao textual do discurso narrativo

PQE - A narrativa est presente em tudo o que o homem faz e esse tipo de discurso se apresenta em quase todas as formas de linguagem, alm da lngua falada ou escrita. Por isso mesmo, compreender o funcionamento da narrativa nos ajuda no s a entender textos literrios ou jornalsticos. Ajuda tambm a reconhecer as histrias que se contam atravs de filmes, das diversas produes televisivas, dos telejornais e at de outras formas de expresso que nos passam, s vezes, despercebidas, como a fotografia, a pintura, os grafites de um muro ou as caractersticas arquitetnicas de nossa cidade. Estudar o discurso narrativo , assim, um meio capacitar o aluno a uma melhor participao social.

CA - O discurso narrativo nasce da ao verbal de contar uma histria. Implica, pois, acontecimentos, aes e personagens, que se movem em um universo que no pode ser verificado, comprovado nem legitimado fora do prprio discurso (pacto ficcional). Em outras palavras, embora possa manter semelhanas com o universo que costumamos chamar de real, o universo narrativo um mundo paralelo, que, por isso mesmo, tem de ser verbalmente localizado no espao-tempo. Os eventos que se sucedem na histria podem ser narrados segundo a ordem de seu acontecimento (ordenao temporal linear) ou no (ordenao temporal com retrospeco e/ou com prospeco; Intriga, histria ou, ainda, fbula o conjunto de eventos que constitui o contedo narrado;

Intriga, histria ou, ainda, fbula o conjunto de eventos que constitui o contedo narrado. Desenvolve-se pela ao das personagens no tempo e no espao. Enredo ou trama a forma como os eventos so interligados e apresentados ao ouvinte ou leitor. Podemos recontar uma histria ou intriga, jamais um enredo, que nico em cada discurso narrativo.Tempo da narrao (do narrador em sua ao de contar a histria) e tempo da narrativa (da histria ou intriga) so dois aspectos diferentes do discurso narrativo. em relao ao presente da narrao que a histria pretrita e, por isso, basicamente estruturada no pretrito perfeito e o pretrito imperfeito do indicativo.Tanto o perfeito quanto o imperfeito marcam a anterioridade da ao narrativa em relao ao de narrar, assumindo, porm, cada um deles, papis especficos na marcao de contrastes aspectuais: o perfeito marca aes realizadas, consideradas relevantes pelo narrador para a progresso temtica, e o imperfeito, processos em curso, o fundo contra o qual se destacam as aes do perfeito. A esses dois tempos de base juntam-se o pretrito mais-que-perfeito para marcar anterioridade relativa de um processo narrativo a outro, e o futuro do pretrito e o imperfeito perifrstico (auxiliar no imperfeito e principal no infinitivo) para marcar posteridade relativa de um processo narrativo a outro.

OQE - narrador e foco narrativo: narrador onisciente(EF), narrador testemunha (EF), narrador protagonista (EF), outros ; personagens; tempo; espao; ao (intriga e enredo), Fases ou etapas: exposio ou ancoragem (ambientao da histria, apresentao de personagens e do estado inicial da ao); complicao ou detonador (surgimento de conflito ou obstculo a ser superado); clmax (ponto mximo de tenso do conflito); desenlace ou desfecho (resoluo do conflito ou repouso da ao; pode conter a avaliao do narrador acerca dos fatos narrados coda e ainda a moral da histria). Estratgias de organizao: ordenao temporal linear; ordenao temporal com retrospeco (flashback); ordenao temporal com prospeco.- Coeso verbal: valores dos pretritos perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito e do futuro do pretrito do indicativo.- Conexo textual: marcas lingsticas e grficas da articulao do discurso narrativo com outros discursos e seqncias do texto; marcadores textuais de progresso temtica: articulaes hierrquicas, temporais e/ou lgicas entre as fases ou etapas do discurso e entre os enunciados de uma fase. - Textualizao dos discursos citados ou relatados: direto; indireto; indireto livre; fluxos de conscincia. Coeso nominal: estratgias de introduo temtica; estratgias de manuteno e retomadatemtica.

CE Elementos estruturais Caracterizar o narrador do texto quanto ao foco narrativo [1]: narrador onisciente; narrador- testemunha; narrador-protagonista; Reescrever uma seqncia narrativa, mudando o foco de primeira para terceira pessoa (e vice-versa). Identificar expresses indicativas do lugar em que se desenrolam os acontecimentos. Relacionar a organizao do cenrio (tempo e espao) com o enredo e a ao das personagens.Caracterizar as personagens de um texto ou seqncia narrativa.Fases ou etapasIdentificar o fato central organizador da trama de um texto ou seqncia narrativa. Identificar as fases de um discurso ou seqncia narrativa. Reordenar partes de uma seqncia narrativa apresentada fora de ordem.

Estratgias de organizao do discurso narrativo Identificar o critrio usado para ordenar os fatos em um texto ou seqncia narrativa. Identificar marcas lingsticas de organizao temporal de um texto ou seqncia narrativa (advrbios e expresses adverbiais de tempo, palavras indicativas de seqenciao temporal, etc.). Ordenar temporalmente acontecimentos que tenham sido apresentados fora da ordem cronolgica em um texto ou seqncianarrativaConexo textual Reconhecer marcas lingsticas e grficas da articulao do discurso narrativo com outros discursos ou seqncias discursivasdo texto Usar marcas lingsticas e grficas para articular o discurso narrativo com outros discursos do texto. Identificar marcas lingsticas de introduo, fechamento e articulao das fases de um texto ou seqncia narrativa. Reestruturar seqncias narrativas, substituindo marcadores textuais por outros semanticamente equivalentes. Identificar marcadores textuais de tempo, lugar, causa ou motivo em seqncias narrativas. Identificar marcadores textuais adequados produo de sentido em uma seqncia narrativa. Avaliar a adequao de marcadores textuais empregados em uma seqncia narrativa, corrigindo o que for identificado comoinadequado.Textualizao dos discursos citados ou relatados Identificar o locutor responsvel pela citao da fala de outrem. Identificar estratgias usadas pelo narrador para modalizar a fala de outrem (personagens). Identificar passagens em discurso direto (citao literal de uma voz) e indireto (citao parafraseada de uma voz). Reconhecer marcas lingsticas e/ou grficas da articulao do discurso direto e do discurso indireto com outros discursos ouseqncias discursivas do texto. Empregar adequadamente verbos e expresses dicendi para introduzir ou acompanhar o discurso direto em textos de diferentesgneros. Reestruturar discurso direto em indireto (e vice-versa), fazendo as transformaes necessrias.Coeso nominal Identificar, em narrativas apresentadas, formas lingsticas usadas para introduzir um tpico ou tema (nomes, nomes prprios,pronomes, elipses). Identificar marcas lingsticas de retomada temtica (repeties e substituies lexicais, anforas pronominais, elipses),associando-as a seus respectivos referentes cotextuais. Explicar efeitos de sentido dos nomes selecionados para fazer a retomada temtica em narrativas apresentadas. Substituir marcas de coeso nominal, comentando os efeitos de sentido dessa substituio. Interpretar referncias diticas pessoais, temporais e espaciais em seqncias interativas apresentadas como dentro deseqncias narrativas. Relacionar a presena de elementos diticos no discurso s pessoas, ao tempo e ao espao da interlocuo. Reconhecer, em narrativas apresentadas, elementos anafricos usados sem referente cotextual. Explicar efeitos de sentido do uso de elementos anafricos sem referente cotextual. Reconhecer a inadequao de recursos coesivos usados em seqncias narrativas, considerando o efeito de sentido pretendido. Corrigir inadequaes de coeso nominal em seqncias narrativas. Produzir seqncias narrativas com recursos coesivos adequados ao efeito de sentido pretendido.

Como avaliarNo caso de uma avaliao escrita, interessante dosar a dificuldade das questes, procurando elaborar questes simples, sobre os elementos da narrativa, por exemplo, nas quais o aluno dever simplesmente reconhecer esses elementos, at questes mais complexas, como a continuao de um pargrafo narrativo iniciado pelo professor, utilizando-se elementos e fases prdeterminados ou a anlise de um texto narrativo complexo.Alm da avaliao escrita, outras formas de avaliao podero ser utilizadas, como a produo de trabalhos intertextuais com linguagens diversas, preferencialmente junto com o professor de arte ou a discusso de um determinado tema a partir de textos narrativos, em atividades interdisciplinares com os demais professores da escola.

11 - Organizao lingstica do enunciado narrativo

PQE - Saber narrar uma arte milenar que se desenvolve, no s com o conhecimento do contedo narrativo, mas de como esse enunciado estruturado e organizado linguisticamente. avanar na compreenso do poder indissocivel entre contedo e forma, primordial para essa finalidade.

CA - Sendo o discurso narrativo uma enunciao de aes focalizadas no passado e realizadas no tempo-espao por uma ou mais personagens, lcito esperar por enunciados com verbo de ao no pretrito, termo adjunto indicador de tempo e termo (adjunto ou argumento) indicador de espao, alm de argumento de agente (sujeito ou agente da passiva). Evidentemente, nem todos os enunciados apresentaro todos esses argumentos e/ou adjuntos, mas esses termos tm de estar presentes no conjunto de enunciados que constituem o discurso-texto narrativo. Na medida em que o discurso narrativo coloca em cena personagens, muito freqentemente recorrer a anforas pronominais de 3 pessoaGeralmente, no se encena a interao verbal entre o narrador e seu alocutrio: tal encenao tpica dos discursos interativos.Os enunciados narrativos sero, por isso, predominantemente declarativos, marcados por entoao assertiva na lngua falada e ponto final na escrita.

OQE - Recursos semnticos e morfossintticos mais caractersticos e/ou frequentes no enunciado narrativo.

CTT - Reconhecer os efeitos de sentido dos verbos de ao em enunciados narrativos. Reconhecer formas de representao dos sintagmas caractersticos do enunciado narrativo (agente, paciente, tempo e espao da ao). Retextualizar, em voz passiva analtica, enunciados apresentados em voz ativa (e vice-versa), reconhecendo os efeitos de sentido dessa retextualizao. Avaliar, em textos narrativos apresentados, a adequao da voz verbal. Reescrever frases narrativas de forma a destacar, pela estrutura sinttica, determinada informao. Identificar marcadores textuais de apresentao de um fato como finalidade, causa, condio, motivo ou efeito de outro em uma seqncia narrativa. Distinguir adjuntos adverbiais de tempo de marcadores textuais de tempo e seqenciao narrativa. Reconhecer, em textos apresentados, a posio ocupada por marcadores textuais de tempo e seqenciao narrativa. Empregar sinais de pontuao adequados para acompanhar marcadores textuais e lingsticos de tempo e de espao

CA - As indicaes das atividades anteriores podem ser utilizadas igualmente para avaliao

12 - Organizao textual do discurso de relato

PQE - O discurso de relato possui, como caractersticas marcantes, a linguagem referencial e o uso da lngua padro e se constri a partir de um conhecimento e de informaes sobre esse fato. O discurso relato uma manifestao lingstica produzida em um contexto especfico e com uma determinada inteno, que pode ser para contar algo sumariamente ou fazer uma complementao desse relato e suas repercusses, seus desdobramentos, entre outros, ao qual chamamos de sute). Esse tipo de discurso notado, principalmente na rea jornalstica, apresentando vrios gneros de textos, permitindo ao aluno compreender as diferentes situaes comunicativas e as vrias formas que ganham a informao.Sabemos que a notcia decorre do relato sobre um fato em si e, portanto, axiomtica, isto , no tem um argumento particular, posicionado, como s vezes, acontece com as narrativas. Alm disso, estudar o discurso relato possibilita ao aluno diferenciar o discurso do relato oral do escrito e, principalmente, observar a ordenao do tempo dentro do texto. No discurso de relato, de um lado, se desenvolve o processo narrativo e, por outro, existe uma relao temporal que acontece do incio ao fim do ato de sua produo. Portanto, a explorao do paradigma temporal diferente do da narrao. No discurso de relato, essa explorao se d ancorado em uma origem ditica, como, por exemplo, ontem, semana passada, amanh, etc, mostrando que esse eixo de referncia tem a durao exata do ato da produo do discurso.Estudar o discurso de relato e sua organizao textual importante, pois, garante ao aluno o desenvolvimento de competncias especficas no mbito das manifestaes discursivas escritas.

CA - Atravs de exerccios de observao e de relatos orais e escritos de acontecimentos cotidianos o aluno poder perceber a objetividade como marca desse discurso e verificar o papel dos verbos de ao no processo de relatar. Na produo de um discurso de relato, o sujeito deve limitar-se ao que pode observar e explicitar fidedignamente. No h espao para aes subjetivas como o achar ou imaginar. Tudo deve ser passvel de verificao.

OQE - Locutor e foco de enunciao: relator protagonista; relator testemunha; outros.Fases ou etapas do relato noticioso: sumrio: ttulo, subttulo e lide, isto , relato sumariado do acontecimento (quem, o qu, quando, onde, como, por qu); sute (ou continuao do acontecimento noticiado no lide): relato com detalhes sobre as pessoas envolvidas, repercusses, desdobramentos, comentrios; pode ter interttulos.- Estratgias de organizao: ordenao temporal linear; ordenao temporal com retrospeco (flashback); ordenao temporal com prospeco.- Coeso verbal: valores dos pretritos perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito, do futuro do presente e do futuro do pretrito.- Conexo textual: marcas lingsticas e grficas da articulao do discurso com outros discursos e sequncias do texto; marcadores textuais da progresso/ segmentao temtica: articulaes hierrquicas, temporais e/ou lgicas entre as fases ou etapas do discurso.- Textualizao dos discursos citados ou relatados: direto; indireto; ilha textual; resumo com citaes.- Coeso nominal: estratgias de introduo temtica; estratgias de manuteno e retomada temtica.

CTT - Locutor e foco de enunciao Reconhecer locutor e foco de enunciao.Fases ou etapas do relato noticioso Reconhecer, em notcias e reportagens noticiosas, as partes correspondentes ao sumrio e sute. Identificar as informaes do lide a partir das perguntas quem, o qu, quando, onde, como, por qu. Redigir um lide para uma notcia a partir de informaes que respondam s questes quem, o qu, quando, onde, como, por qu. Reconhecer efeitos de sentido decorrentes da ordenao e reordenao de dados do lide. Reordenar dados do lide, de modo a destacar diferentes informaes. Identificar semelhanas e diferenas entre as etapas do relato noticioso e as da narrativa ficcional (lide e sute x situao inicial, conflito, clmax, resoluo). Comparar, quanto estrutura, diferentes tipos de relato (interpessoal, de notcia ou reportagem noticiosa, de artigo de divulgao cientfica, p.ex.). Avaliar a suficincia e a adequao de dados em diferentes tipos de relato (interpessoal, de notcia, de artigo de divulgao cientfica, p.ex.), considerando a situao comunicativa em que foram usados. Corrigir inadequaes e insuficincia informativa de relatos apresentados. Redigir relatos completos a partir de informaes apresentadas.Estratgias de organizao do discurso de relato Identificar o fato central organizador da trama de um relato. Identificar o critrio usado para ordenar os fatos em um texto ou seqncia de relato. Identificar marcas lingsticas de organizao temporal de um texto ou seqncia de relato (advrbios e expresses adverbiaisde tempo, palavras indicativas de seqenciao temporal, etc.). Identificar marcas lingsticas (tempos verbais, marcadores textuais) de eventuais projees e retrospeces em um relato. Ordenar temporalmente, em um relato, acontecimentos que tenham sido apresentados fora da ordem cronolgica. Empregar marcadores lingsticos e sinais de pontuao adequados organizao de uma seqncia temporal de relato.Coeso verbal Identificar os tempos verbais bsicos na organizao de um relato e seus papis especficos. Empregar adequadamente os tempos verbais bsicos na organizao de relatos informativos orais e escritos. Relacionar os valores aspectuais dos pretritos (perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) criao de planos temporais em umaseqncia de relato. Identificar e corrigir, em seqncias de relato apresentadas, inconsistncias entre tempos verbais e expresses indicativas de tempo. Identificar marcas lingsticas de apresentao de fatos como anteriores, posteriores ou simultneos a outros em uma sequncia de relato. Reconhecer o valor modalizador do futuro do pretrito no relato jornalstico.Conexo textual Identificar marcadores textuais e seus efeitos de sentido em relatos informativos. Reestruturar seqncias de relato, substituindo marcadores textuais por outros semanticamente equivalentes. Reconhecer marcas lingsticas e/ou grficas da articulao do relato com outros discursos ou seqncias discursivas do texto (descritivo, direto, indireto, argumentativo, injuntivo, etc.).Textualizao dos discursos citados ou relatados Identificar o locutor responsvel pela citao da fala de outrem em relatos jornalsticos. Identificar estratgias usadas pelo locutor para modalizar a fala de outrem. Identificar, em relatos apresentados, passagens em discurso direto, indireto, ilhas textuais e resumos com citaes. Identificar semelhanas e diferenas entre a notao grfica usada no discurso direto de relatos informativos jornalsticos e a notao usada no discurso direto de narrativas ficcionais. Empregar adequadamente verbos e expresses dicendi para introduzir ou acompanhar o discurso direto. Empregar adequadamente marcas grficas (sinais de pontuao, itlico, aspas, etc.) para marcar as vozes no discurso de relatoe nos discursos citados ou relatados. Reestruturar discurso direto em indireto (e vice-versa), fazendo as transformaes necessrias.Coeso nominal Identificar, em relatos apresentados, formas lingsticas usadas para introduzir um tpico ou tema (nomes, nomes prprios, pronomes, elipses). Identificar marcas lingsticas de retomada temtica (repeties e substituies lexicais, anforas e catforas pronominais,elipses), associando-as a seus respectivos referentes cotextuais. Explicar efeitos de sentido dos nomes selecionados para fazer a retomada temtica em relatos apresentados. Substituir marcas de coeso nominal em relatos apresentados, comentando os efeitos de sentido dessa substituio. Interpretar referncias diticas pessoais, temporais e espaciais em seqncias interativas apresentadas dentro de seqncias derelato ou em relatos interativos. Relacionar a presena de elementos diticos no discurso s pessoas, ao tempo e ao espao da interlocuo Reconhecer, em relatos apresentados, elementos anafricos usados sem referente cotextual. Explicar efeitos de sentido do uso de elementos anafricos sem referente cotextual. Reconhecer a inadequao de recursos coesivos empregados em relatos, considerando o efeito de sentido pretendido. Corrigir inadequaes de coeso nominal em seqncias de relato. Produzir relatos com recursos coesivos adequados ao efeito discursivo pretendido.

CA - Alm dos aspectos da textualidade, fundamental avaliar o registro lingstico utilizado na produo desse gnero, oferecendo condies para que o aluno desenvolva capacidades relacionadas linguagem formal. Nesse sentido, as atividades acima relacionadas podero servir de base para a elaborao de algumas tarefas que podero ser analisadas, tanto pelo professor, quanto por grupos de alunos.

13 - Organizao lingstica do enunciado de relatoPQE - O aluno aprende a mobilizar os recursos lingsticos especficos, nesse caso, a estrutura sinttica da frase, os elementos lingsticos que revelam circunstncia, a adequada marca temporal, o uso apropriado dos diticos, a utilizao adequada de conectores e de articuladores, os tempos verbais, dentre outros. Quaisquer que sejam os gneros atravs dos quais os discursos circulam, assemelham-se na necessidade de utilizao de recursos lingsticos O que precisa ser destacado a recorrncia e ou regularidade dessas formas e recursos, na medida em que garantem que o relato ganhe a textualizao necessria e coerncia seqencial, temporal e configuracional.

CA - Para desenvolver habilidades relacionadas ao enunciado de relato necessrio que, antes, o aluno reconhea os elementos bsicos que o compem. Trata-se de um conhecimento que, de modo consciente ou inconsciente, dominamos, uma vez que, na vida cotidiana, queremos saber sobre fatos indagando a respeito do que aconteceu, com quem, onde, porqu e como aconteceu. Sistematizar esse conhecimento prvio, partindo de experincias vivenciadas pelos alunos, ajuda no desenvolvimento dessa habilidade. Outra condio para aprender a familiaridade com os sentidos provocados pelas aes indicadas nos verbos. No se trata aqui de saber o tempo e o modo verbal, mas de, semanticamente, entender como certas aes que os verbos traduzem so carregadas de sentido.

OQE - Organizao lingstica do enunciado de relato. Recursos semnticos e morfossintticos mais caractersticos e/ou freqentes no enunciado de relato).

CTT - Reconhecer formas de representao dos sintagmas caractersticos do enunciado de relato (quem, o qu, quando, onde, como, por qu). Reescrever enunciados de relato de forma a destacar, pela estrutura sinttica, determinada informao. Reescrever enunciados de relato, eliminando ambigidades sintticas e contradies. Identificar recursos lingsticos usados para marcar as circunstncias em que um fato relatado ocorreu e seus efeitos de sentido. Caracterizar o enunciado tpico do relato quanto sintaxe, ao vocabulrio, pontuao, extenso (frase declarativa, com verbos de ao ou de acontecimento, etc.). Avaliar, em relatos apresentados, a suficincia e a adequao semntica e sinttica de enunciados, considerando a norma padro, a adequao ao contexto e ao contexto de produo, circulao e recepo.

CA - Com base na concepo de lngua e de linguagem assumidos nesta proposta, reiteramos a necessidade de que a anlise do nvel de habilidades alcanado pelos alunos se faa por meio dos textos produzidos: utiliza-se de formas de representaes tpicas do relato? Organiza as estruturas sintticas de modo a destacar os elementos necessrios compreenso do que est sendo relatado? Os recursos lingsticos fortalecem o que est sendo relatado, trouxeram vigor e clareza aos enunciados? Ressalta-se, aqui, que, alm dos elementos lingsticos a servio do discurso, o aluno dever revelar ampliao do conhecimento da norma padro.

14 - Organizao textual do discurso descritivo

PQE - Entender uma seqncia descritiva colocar-se no lugar de quem descreve, o que resulta no entendimento de que h ngulos, mirantes diferentes de onde nos posicionamos para descrever, produzindo resultados tambm diferentes. Essa compreenso fundamental no processo de produo e recepo de discursos descritivos e, consequentemente, da realidade apresentada.

CA - Para uma melhor aprendizagem da organizao textual do discurso descritivo, necessrio ter desenvolvido nos alunos a capacidade de distinguir aspectos da descrio de outros discursos, de modo a poder levantar elementos prprios dessa categoria textual. preciso ter clareza.

OQE - Locutor e focalizao temtica (foco descritivo): localizao espacial do objeto da descrio; ngulo de viso do locutor; impresses sensoriais e afetivas do locutor acerca do objeto.- Fases ou etapas: ancoragem (introduo do tema por uma forma nominal ou tema-ttulo no incio, no fim ou no curso da descrio); aspectualizao (enumerao de diversos aspectos do tpico discursivo, com atribuio de propriedades a cada um deles); relacionamento (assimilao dos elementos descritos a outros por meio de comparao ou metfora).- Estratgias de organizao: subdiviso; enumeraoexemplificao analogia; comparao e confronto; causa-e-conseqncia; ordenao temporal.- Coeso verbal: valores do presente e do pretrito imperfeito,do pretrito perfeito e do futuro do indicativo;- Conexo textual: marcas lingsticas e grficas da articulaodo discurso descritivo com outros discursos eseqncias do texto; marcadores textuais daprogresso/segmentao temtica: articulaeshierrquicas, temporais e/ou lgicas entre asfases ou etapas do discurso.- Coeso nominal: estratgias de introduo temtica; estratgias de retomada temtica.

CTTLocutor e foco de enunciao Identificar expresses indicativas do ngulo de viso do locutor. Identificar expresses indicativas de impresses e percepes do locutor acerca do objeto descrito. Reescrever uma seqncia descritiva, mudando o ngulo de viso (de fora para dentro, de cima para baixo, por ex.), o canal oucanais de percepo (de viso para tato ou olfato, p.ex.), o grau de envolvimento (de mais subjetivo para mais objetivo, p.ex.) dolocutor.Fases ou etapas Inferir o critrio de organizao de uma seqncia descritiva apresentada. Identificar as fases de um texto ou seqncia descritiva. Reordenar partes de uma seqncia descritiva apresentada fora de ordem. Avaliar a suficincia e a adequao de uma seqncia descritiva, considerando o contexto de produo, circulao e recepo. Completar uma seqncia descritiva a que falte uma das fases (ancoragem, aspectualizao, relacionamento). Elaborar seqncia descritiva que apresente todas as fases e seja suficiente para produzir sentido numa situao comunicativaespecfica. Retextualizar descries, alterando uma de suas fases. Retextualizar, oralmente, uma seqncia descritiva lida. Retextualizar, por escrito, uma seqncia descritiva ouvida. Produzir seqncias descritivas a partir de dados apresentados.Estratgias de organizao Estabelecer relaes entre a estratgia de organizao de uma seqncia descritiva e a situao comunicativa (domniodiscursivo, gnero, ponto de vista de enunciao, suporte, interlocutor previsto, etc.). Relacionar marcadores lingsticos e sinais de pontuao s diferentes estratgias de organizao de uma seqncia descritiva. Empregar marcadores lingsticos e sinais de pontuao adequados s diferentes estratgias de organizao de uma seqnciadescritiva.Coeso verbal Empregar adequadamente os tempos verbais bsicos na organizao de descries orais e escritas. Explicar o valor aspectual do presente e do pretrito imperfeito do indicativo em seqncias descritivas apresentadas. Identificar e corrigir, em seqncias descritivas apresentadas, inconsistncias de coeso verbal. Identificar e corrigir, em seqncias descritivas apresentadas, inconsistncias de coeso verbal. Produzir seqncias descritivas corretas do ponto de vista da coeso verbal.Conexo textual Identificar, em seqncias descritivas apresentadas, marcadores textuais de progresso temtica. Identificar marcadores textuais adequados produo de sentido em uma seqncia descritiva. Reestruturar seqncias descritivas, substituindo marcadores textuais por outros semanticamente equivalentes.Coeso nominal Identificar, em descries apresentadas, formas lingsticas usadas para introduzir um tpico ou tema (nomes, nomes prprios,pronomes, elipses). Explicar efeitos de sentido da introduo temtica por nome, nome prprio, pronome ou elipse. Identificar marcas lingsticas de retomada temtica associando-as a seus respectivos referentes cotextuais. Substituir marcas de coeso nominal, comentando os efeitos de sentido dessa substituio. Interpretar referncias diticas pessoais, temporais e espaciais em descries apresentadas. Relacionar a presena de elementos diticos no discurso descritivo s pessoas, ao tempo ou ao espao da interlocuo. Reconhecer e corrigir inadequaes de coeso nominal. Produzir descries com recursos coesivos adequados ao efeito de sentido pretendido.

CAA avaliao do discurso descritivo deve analisar se os efeitos pretendidos pelo produtor do texto foram alcanados e que recursos semnticos, morfossintticos e lingsticos foram utilizados para enfatizar o que descrito.

15 - Organizao lingstica do enunciado descritivo

PQE - Se ao aluno importante saber organizar um enunciado descritivo, esta estruturao no se far sem escolhas lingsticas adequadas a um texto dessa natureza. Entender a juno entre o enunciado e a enunciao desvelar as relaes que acontecem no interior de uma determinada situao.

CA - Recursos semnticos e morfossintticos mais caractersticos e/ou freqentes no enunciado descritivo.

CTT - Na compreenso e produo de textos, proponha atividades como as que se seguem: Identificar verbos atributivos e apresentacionais e explicar seus efeitos de sentido em uma seqncia descritiva. Substituir enunciados com verbos apresentacionais por frases nominais adequadas a uma seqncia descritiva apresentada. Identificar, em seqncias descritivas, recursos semnticos e morfossintticos de atribuio e seus efeitos de sentido. Reescrever enunciados descritivos a partir de diferentes sintagmas. Reescrever enunciados descritivos, eliminando ambigidades sintticas e contradies. Reescrever enunciados descritivos de forma a destacar, pela estrutura sinttica, determinada informao.

Como avaliarA avaliao poder acontecer no processo de compreenso e produo de textos, atravs das atividades acima relacionadas.

16 - Organizao textual do discurso expositivo

PQE - O gnero expositivo vem atender, de algum modo, a demandas especficas, ligadas ao saber, que precisa ser textualizado e a uma cultura que precisa ser transmitida e incorporada. Enfim, so textos relacionados ao conhecimento cientfico e ao conhecimento, de algum modo, sistematizado por instncias legitimadas de produo de saberes. Vale destacar que o discurso expositivo tende a lanar mo, ora de estratgias descritivas, ora de estratgias argumentativas.Assim, preciso saber expor um ponto de vista em uma palestra, saber explicar uma situao ou fenmeno, saber relatar experincias de pesquisas, participar de um seminrio, produzir resenhas de diferentes gneros, saber anotar o que necessrio, saber resumir, dentre outras capacidades. No propiciar condies para que o aluno se aproprie e desenvolva esse saber uma forma de exclu-lo de um mundo letrado e, consequentemente, de impedi-lo de participaes sociais e coletivas, onde esse saber circula. Portanto, esse seria um corte na cidadania.

CA - Locutor (expositor) e focalizao. Fases ou etapas: constatao: introduo de um fenmeno ou fato tomado como incontestvel; problematizao: colocao de questes da ordem do porqu ou do como; resoluo ou explicao: resposta s questes colocadas; concluso-avaliao: retomada da constatao inicial reformulada, enriquecida. Estratgias de organizaodefinio analtica; explicao; exemplificao; analogia; comparao e confronto; causa-e-conseqncia; ordenao temporal. Coeso verbal: valor aspectual do presente doindicativo e do futuro do presentedo indicativo; correlao com tempos dosubjuntivo. Conexo textual: marcas lingsticas e grficas daarticulao do discurso expositivocom outros discursos eseqncias do texto; marcadores textuais daprogresso / segmentaotemtica: articulaeshierrquicas, temporais e/oulgicas entre as fases ou etapasdo discurso expositivo. Textualizao dos discursoscitados ou relatados: direto; indireto; parfrase; ilha textual; resumo com citaes. Coeso nominal: estratgias de introduotemtica; estratgias de manuteno eretomada temtica. Recursos semnticos e morfossintticos mais caractersticos e/ou freqentes no enunciado descritivo.

CTT - Locutor e focalizao Identificar expresses indicativas do ngulo de viso do locutor. Identificar expresses indicativas de impresses e percepes do locutor acerca do objeto descrito. Reescrever uma seqncia expositiva mudando o ngulo de viso e o grau de envolvimento do locutor.Fases ou etapas Inferir o critrio de organizao de uma seqncia expositiva apresentada. Identificar as fases de uma seqncia expositiva apresentada. Ordenar as fases ou partes de uma seqncia expositiva apresentadas fora de ordem. Avaliar a suficincia das fases presentes em uma seqncia expositiva para produzir sentido. Completar uma seqncia expositiva a que falte uma das fases. Retextualizar, oralmente, uma seqncia expositiva lida. Retextualizar, por escrito, uma seqncia expositiva ouvida. Elaborar uma seqncia expositiva que apresente todas as fases e seja suficiente para produzir sentido numa situaocomunicativa especfica. Inferir o critrio de organizao de uma seqncia expositiva apresentada. Estratgias de organizao Inferir, a partir de pistas semntico-discursivas, os critrios e as estratgias usadas na organizao de uma seqncia expositiva apresentada. Identificar, em definies analticas apresentadas, o sintagma nominal que representa o referente definido; o sintagma nominal que representa a classe ou gnero em que o referente foi includo; o verbo que estabelece a equivalncia entre os referentes desses sintagmas, seu modo, tempo e aspecto; as expresses usadas para distinguir o referente definido entre os de sua classe ou gnero. Corrigir inconsistncias semnticas e gramaticais em definies analticas. Avaliar a suficincia e adequao de uma conceituao, considerando o tpico discursivo e o contexto de produo, circulao e recepo do texto (domnio discursivo e gnero do texto em que ocorre, suporte, pacto de leitura, destinatrio previsto, etc.). Construir definies analticas adequadas do ponto de vista semntico, formal e discursivo. Identificar o tpico discursivo de seqncias expositivas estruturadas por diferentes estratgias. Desenvolver uma seqncia expositiva por meio de estratgia previamente determinada. Inferir o critrio semntico (ponto de referncia) usado para subdividir, ordenar e articular informaes. Inferir, a partir de pistas semntico-discursivas, os critrios e as estratgias usadas na organizao de uma seqncia expositiva apresentada. Avaliar a consistncia e a suficincia de exemplos, explicaes, analogias, etc. para a concluso apresentada em uma sequncia expositiva. Usar corretamente sinais de pontuao em seqncias expositivas estruturadas por diferentes estratgias e com diferentesmarcadores. Coeso verbal Identificar o tempo verbal bsico na organizao de uma seqncia expositiva. Empregar adequadamente o tempo verbal bsico na organizao de exposies orais e escritas. Explicar, em seqncias expositivas apresentadas, o valor aspectual do presente do indicativo, do futuro do presente doindicativo e de tempos do subjuntivo. Identificar e corrigir, em seqncias expositivas apresentadas, inconsistncias de coeso verbal.Conexo textual Reconhecer, em textos, marcas lingsticas e grficas da articulao do discurso expositivo com outros discursos. Identificar marcadores textuais de articulao entre as fases de uma seqncia expositiva. Identificar marcas lingsticas que orientem a progresso de uma seqncia expositiva em certa direo. Identificar marcadores textuais adequados produo de sentido em uma seqncia expositva. Reestruturar seqncias narrativas, substituindo marcadores textuais por outros semanticamente equivalentes. Justificar a escolha de determinado marcador textual em uma seqncia narrativa. Avaliar a adequao de marcadores de articulao semntica e discursiva utilizados em uma seqncia expositiva. Corrigir inadequaes de uso de marcadores textuais em discursos e seqncias de discurso expositivas. Textualizao dos discursos citados ou relatados Identificar, em textos expositivos, o locutor responsvel pela citao da fala de outrem. Identificar estratgias usadas pelo locutor para modalizar a fala de outrem. Identificar, em textos expositivos apresentados, passagens em discurso direto, indireto, ilhas textuais e resumos com citaes. Reconhecer marcas lingsticas e grficas para introduzir ou acompanhar, em textos expositivos, os discursos direto, indireto,ilhas de citao, resumo com citaes, parfrases. Identificar semelhanas e diferenas entre a notao grfica usada no discurso direto de textos expositivos e a notao usada nodiscurso direto de narrativas ficcionais. Empregar adequadamente verbos e expresses dicendi para introduzir ou acompanhar discursos citados ou relatados. Descrever efeitos de sentido do uso das diferentes formas de discurso citado (direto, indireto, ilha textual, resumo com citaes,parfrase) em textos expositivos. Coeso nominal Identificar, em seqncias expositivas apresentadas, formas lingsticas usadas para introduzir um tpico ou tema(nomes,nomes prprios, pronomes, elipses). Explicar efeitos de sentido da introduo temtica por nome, nome prprio, pronome ou elipse. Identificar marcas lingsticas de retomada temtica (repeties e substituies lexicais, anforas pronominais, elipses),associando-as a seus respectivos referentes cotextuais. Explicar a diferena entre a retomada temtica por nomes e por pronomes em seqncias expositivas apresentadas. Explicar o valor argumentativo de repeties e substituies lexicais em seqncias expositivas apresentadas. Substituir marcas de coeso nominal, comentando os efeitos de sentido dessa substituio. Interpretar referncias diticas pessoais, temporais e espaciais em seqncias expositivas apresentadas. Relacionar a presena de elementos diticos s pessoas, ao espao ou ao tempo da interlocuo. Reconhecer, em textos apresentados, elementos anafricos e catafricos. Explicar efeitos de sentido do uso de elementos anafricos e catafricos. Reconhecer recursos coesivos inadequados ao efeito de sentido pretendido. Explicar recursos coesivos inadequados ao efeito de sentido pretendido. Corrigir inadequaes de coeso nominal.

CA - A avaliao da organizao textual do discurso expositivo, pode ser realizada em especial, pelo texto que o aluno produz e atravs de identificao dessa organizao em texto produzido por outros, atravs das atividades acima relacionadas, bem como, atravs da participao dos alunos em seminrios e palestras, uma oportunidade de os alunos relatarem experincias de pesquisas escolares e outras atividades realizadas no espao da sala de aula.

17 - Organizao lingstica do enunciado expositivo

PQE - Como se trata de um discurso em que o objetivo concluir a respeito de algum tipo de investigao, comum a utilizao de recursos lingsticos em que o sujeito desaparece, para dar lugar a uma instituio ou lugar, em que a preocupao com a objetividade e a clareza sejam garantidas e em que as relaes de sentido explicativo e conclusivo sejam uma constante. Quanto mais o aluno dominar esses recursos, melhor preparado estar para adequ-lo ao uso de uma linguagem articulada e convincente, ausente de ambigidades e marcada pela objetividade, como convm a esse tipo de discurso.

CA - O aluno precisa ter conhecimento prvio a respeito da variao lingstica e das modalidades de linguagem aceitas em situaes de enunciado expositivo. Alm disso, precisa ter ampliado o seu conhecimento morfossinttico, para que possa utiliz-lo de um modo mais elaborado e reflexivo. O discurso expositivo frequentemente desenvolvido no espao da escola, atravs de resumos, resenhas, etc, mas, na maioria das vezes, tratado como uma atividade desvinculada da prtica social, o que no descaracteriza o discurso. O aluno deve estar consciente de que a prtica de produzir o enunciado expositivo um instrumento interessante de aprendizagem e de possibilidade de sistematizao e de manifestao de conhecimentos produzidos. Centra-se em duas necessidades: a primeira, de que o aluno precisa constituir-se um escritor competente para desempenhar tal tarefa e a segunda, que o aluno deve estar envolvido em discusses sobre temas, onde possa exercer sua capacidade argumentativa, adequando-o ao treino da objetividade, da clareza e da linguagem articulada, primordiais no exerccio desse tipo de enunciado.

OQE - Recursos semnticos e morfossintticos mais caractersticos e/ou freqentes no enunciado expositivo.

Reconhecer e usar, em textos expositivos, recursos lingsticos de apagamento do locutor. Reconhecer e usar, em enunciados expositivos, recursos lingsticos de modalizao do valor de verdade. Reconhecer e usar, em enunciados expositivos, recursos lingsticos de apagamento do agente, do tempo e do espao doprocesso verbal. Reconhecer e usar, em enunciados expositivos, recursos lingsticos de definio e explicao. Reconhecer e usar, em enunciados expositivos, nominalizaes. Reconhecer e usar, em enunciados expositivos, sinais de pontuao para acompanhar expresses de carter explicativo. Reestruturar enunciados expositivos a partir de diferentes sintagmas. Reestruturar enunciados expositivos, eliminando contradies e ambigidades sintticas. Reestruturar enunciados expositivos de forma a destacar pela estrutura sinttica determinada informao. Explicar o efeito de sentido de recursos lingsticos caractersticos do enunciado expositivo.

CA - A avaliao da organizao lingstica do enunciado expositivo deve analisar se o aluno, produtor do texto, consegue, atravs do uso dos recursos lingsticos de estruturao, alcanar os efeitos pretendidos.

18 - Organizao textual do discurso argumentativo

PQE - O trabalho desenvolvido na escola, tradicionalmente limita-se a discutir a estrutura do discurso argumentativo e as normas da gramtica que o regem. Conhecer recorrncias, no entanto, no suficiente. Trata-se de uma competncia discursiva e, para tal, necessrio contrapor a essas atividades, outras capazes de colaborar para que o aluno possa externar seu ponto de vista, aguar o senso crtico, saber selecionar argumentaes slidas e consistentes e organiz-las, de modo a atender seu esforo de convencimento. Tambm o espao de expresso das percepes de mundo, de crenas e de valores e ato bsico da linguagem nos debates, onde os sujeitos produtores tm a finalidade de persuadir e de convencer.

CA- Externar ponto de vista; atividades orais; Alm de tudo, precisa ter conhecimento e informao a respeito do que defende, uma vez que a existncia desse gnero se sustenta em fatos, provas, informaes, dados estatsticos, citaes, dentre outros.

OQE - Locutor e focalizao temtica. Fases ou etapas: proposta ou tema: questo polmica, explcita ou implcita no texto, diante da qual o locutor toma uma posio; proposio ou tese: posicionamento favorvel ou desfavorvel do locutor em relao proposta e orientador de toda a sua argumentao; provas (convencimento ou persuaso): argumentos (de comparao, causa, exemplificao, etc.) que sustentam a proposio ou tese do locutor, assegurando a veracidade ou validade dela e permitindo-lhe chegar concluso; concluso: retomada da tese, j devidamente defendida, ou uma possvel decorrncia dela. Estratgias de organizao: comparao ou confronto; argumentao pragmtica; argumentao de autoridade; concesso-restritiva; exemplificao; analogia. Coeso verbal: valor aspectual do presente doindicativo e do futuro do presentedo indicativo; correlao com tempos dosubjuntivo. Conexo textual: marcas lingsticas e grficas daarticulao do discursoargumentativo com outrosdiscursos e seqncias do texto; marcadores textuais daprogresso/segmentaotemtica: articulaeshierrquicas, temporais e/oulgicas entre as fases ou etapasdo discurso argumentativo. Textualizao dos discursoscitados ou relatados: direto; indireto; parfrase; ilha textual; resumo com citaes. Coeso nominal: estratgias de introduotemtica; estratgias de manuteno eretomada temtica.

CTTLocutor e focalizao temtica Identificar expresses indicativas do ngulo de viso do locutor. Identificar expresses indicativas de impresses e percepes do locutor acerca das argumentaes colocadas no texto. Reescrever uma seqncia argumentativa mudando o ngulo de viso e o grau de envolvimento do locutor.Fases ou etapas Inferir o critrio de organizao de uma seqncia argumentativa apresentada. Identificar as fases de uma seqncia argumentativa apresentada. Ordenar uma seqncia argumentativa cujas fases se apresentem fora de ordem. Avaliar se as fases presentes em uma seqncia argumentativa so suficientes para produzir sentido. Identificar argumentos para uma tese apresentada. Identificar uma tese para argumentos apresentados. Avaliar a suficincia e a pertinncia entre argumentos e concluso apresentados. Completar uma seqncia argumentativa a que falte uma das fases. Elaborar uma seqncia expositiva que apresente todas as fases e seja suficiente para produzir sentido numa situaocomunicativa especfica. Estratgias de organizao Identificar diferentes tipos de estratgias argumentativas usadas em textos ou seqncias argumentativas apresentadas. Inferir o critrio semntico (ponto de referncia) usado para confrontar seres, fatos ou fenmenos. Estabelecer relao entre estratgia argumentativa, recursos coesivos e operadores argumentativos usados no texto. Justificar o uso de determinada estratgia em uma seqncia argumentativa, considerando o tpico discursivo e o contexto deproduo, circulao e recepo do texto. Identificar as vozes (locutores) de uma seqncia com argumentos de autoridade e seus pontos de vista acerca do tpico sobreo qual se manifestam. Elaborar a tese para exemplos apresentados em uma seqncia argumentativa. Interpretar efeitos de sentido de analogias usadas em texto ou seqncia textual argumentativa. Distinguir motivo, explicao e causa. Introduzir, desenvolver ou concluir uma seqncia argumentativa, usando uma estratgia previamente determinada. Construir textos argumentativos, usando a estratgia apropriada ao contexto de produo, circulao e recepo do texto. Pontuar corretamente seqncias argumentativas estruturadas por meio de diferentes estratgias.Coeso verbal Identificar os tempos verbais bsicos na organizao de uma seqncia argumentativa. Empregar adequadamente os tempos verbais bsicos na organizao de seqncias argumentativas. Explicar o valor aspectual do presente do indicativo e de tempos do subjuntivo em seqncias argumentativas apresentadas.

Identificar e corrigir, em seqncias argumentativas apresentadas, inconsistncias de tempos verbais.Conexo textual Identificar marcadores lingsticos e seus efeitos de sentido em seqncias argumentativas apresentadas. Identificar marcas lingsticas de articulao entre as fases de uma seqncia argumentativa. Identificar marcas lingsticas que orientem a progresso de uma seqncia argumentativa em certa direo. Avaliar a adequao de marcadores de articulao semntica e discursiva utilizados em uma seqncia argumentativa. Reestruturar seqncias argumentativas, substituindo marcadores lingsticos por outros semanticamente equivalentes.Textualizao dos discursos citados ou relatados Identificar, em textos expositivos, o locutor responsvel pela citao da fala de outrem. Identificar estratgias usadas pelo locutor para modalizar a fala de outrem. Identificar, em textos expositivos apresentados, passagens em discurso direto, indireto, ilhas textuais e resumos com citaes. Reconhecer marcas lingsticas e grficas para introduzir ou acompanhar, em textos expositivos, os discursos direto, indireto,ilhas de citao, resumo com citaes, parfrases. Identificar semelhanas e diferenas entre a notao grfica usada no discurso direto de textos expositivos e a notao usada nodiscurso direto de narrativas ficcionais. Empregar adequadamente verbos e expresses dicendi para introduzir ou acompanhar discursos citados ou relatados. Descrever efeitos de sentido do uso das diferentes formas de discurso citado (direto, indireto, ilha textual, resumo com citaes,parfrase) em textos expositivos. Coeso nominal Identificar, em discursos argumentativos , formas lingsticas usadas para introduzir um tpico ou tema. Identificar marcas lingsticas de retomada temtica (repeties e substituies lexicais, anforas pronominais, elipses),associando-as a seus respectivos referentes cotextuais. Explicar o valor argumentativo de repeties e substituies lexicais apresentadas. Substituir marcas de coeso nominal, comentando os efeitos de sentido dessa substituio. Reconhecer recursos coesivos inadequados ao efeito de sentido pretendido. Explicar recursos coesivos inadequados ao efeito de sentido pretendido. Corrigir inadequaes de coeso nominal.

CA - A avaliao da organizao textual do discurso argumentativo, pode ser realizada em especial, pelo texto que o aluno produz e atravs de identificao dessa organizao em texto produzido por outros, atravs das atividades acima relacionadas.

19 - Organizao lingstica do enunciado argumentativo

PQE - Estudar esse tpico ter a oportunidade de compreender a riqueza da lngua e da fora semntica que ela pode expressar e ou traduzir. Sem esse conhecimento dificilmente o discurso argumentativo produzido alcanar o seu objetivo.

CA - Como se trata de um texto em que marcadamente o sujeito assume uma posio, essa pode ser traduzida por marcas lingsticas especficas: conectores adequados, tempos verbais, operadores de argumento. necessrio tambm reconhecer os tipos de modalizao, que so realizados por unidades ou conjuntos de unidades lingusticas de nveis bastante diferentes. Esses recursos podem ser utilizados a depender dos objetivos que se quer alcanar, o que nem sempre explicitado para o aluno.

OQE - Recursos semnticos e morfossintticos mais caractersticos e/ou freqentes no enunciado argumentativo.

CTT - Distinguir, em enunciados apresentados, recursos para convencer (argumentos lgicos) e recursos para persuadir (apelos emocionais, falcias, etc.). Reconhecer e usar, em enunciados argumentativos, recursos lingsticos de modalizao adequados ao efeito de sentidopretendido. Reconhecer e usar, em enunciados argumentativos, recursos lingsticos de representao (ou no-representao) do locutor, conforme o efeito de sentido pretendido. Reconhecer e usar, em enunciados argumentativos, recursos lingsticos de representao (ou no-representao) do agente do processo verbal, conforme o efeito de sentido pretendido. Reconhecer e usar, em enunciados argumentativos, recursos lingsticos de representao (ou no-representao) do interlocutor, conforme o efeito de sentido pretendido. Reconhecer e usar, em enunciados argumentativos, recursos lingsticos de representao (ou de no-representao) do tempo e do espao do processo verbal, conforme o efeito de sentido pretendido. Reconhecer e usar, em enunciados argumentativos, operadores argumentativos adequados ao efeito de sentido pretendido. Relacionar recursos semnticos e morfossintticos de argumentao ao efeito de sentido pretendido (convencer e persuadir). Reconhecer e usar nominalizaes em enunciados argumentativos. Reescrever enunciados argumentativos a partir de diferentes sintagmas. Reescrever enunciados argumentativos eliminando contradies e ambigidades sintticas. Reescrever enunciados argumentativos de forma a destacar pela estrutura sinttica determinada informao. Explicar o efeito de sentido de recursos lingsticos caractersticos do enunciado argumentativo. Avaliar a propriedade do uso de recursos semnticos (relaes de oposio ou aproximao, gradao, associaes semnticas, atenuao, eufemismo, hiprbole, ironia) na estratgia argumentativa usada no texto. EM

CA - Com base na concepo de lngua e de linguagem assumidos nesta proposta, reiteramos a necessidade de que a anlise do nvel de habilidades alcanado pelos alunos se faa por meio dos textos que o aluno produz: utiliza-se de operadores argumentativos que revelam o ponto de vista defendido? Lana mo de operadores argumentativos que orientam a subjetividade de quem escreve/fala? A presena de modalizadores orienta favoravelmente a idia que est sendo defendida? Os elementos juntivos possibilitam a necessria articulao dos argumentos apresentados, dando fora e evidenciando pontos de vista? O texto, enfim, convence o leitor? Ressalta-se, aqui, que, alm dos elementos lingsticos a servio do discurso, o aluno dever revelar ampliao do conhecimento da norma-padro.

20 - Organizao textual do discurso injuntivo (instrucional, de aconselhamento, prescritivo ou normativo)

PQE - Desse modo, os gneros onde esse discurso se manifesta so reveladores das relaes de poder que estruturam a sociedade e determinam os lugares sociais legitimados por um sistema. Compreender como esses textos se organizam e que funo comunicativa exercem nas prticas discursivas , mais do que uma necessidade, uma exigncia, uma vez que o texto de natureza injuntiva permeia grande parte das nossas aes discursivas na sociedade.

CA - O aluno precisa conhecer o funcionamento enunciativo do discurso injuntivo, dada a sua especificidade. Como so gneros de fcil identificao, o importante esclarecer com o esse texto se organiza, uma vez que possui um esquema cognitivo prototpico: exposio do macroobjetivo, apresentao dos comandos e justificativa. Uma vez reconhecendo a funo e a estrutura desses gneros, identificar em cada parte do esquema do gnero injuntivo, quais so as aes a serem desenvolvidas. Ao identificar o provvel enunciador, precisa estabelecer relaes entre os dados do texto e o contexto social mais amplo, para ampliar a compreenso das relaes de poder e dos processos gerais de recepo e de produo de texto na sociedade.

OQE - Locutor e focalizao temtica. Fases ou etapas: exposio do macrobjetivo acional: indicao de um objetivo geral a ser atingido sob a orientao de um plano de execuo, ou seja, de um conjunto de comandos; apresentao dos comandos: disposio de um conjunto de aes (sequencialmente ordenadas ou no) a ser executado para que se possa atingir o macrobjetivo; justificativa: esclarecimento por parte do produtor do texto dos motivos pelos quais o destinatrio deve seguir os comandos estabelecidos; Estratgias de organizao: plano de execuo cronologicamente ordenada; plano de execuo no cronologicamente ordenada. Coeso verbal: valores do presente doindicativo, do modo imperativo eseus substitutos (infinitivo egerndio); Conexo textual: marcas lingsticas e grficas daarticulao do discurso injuntivocom outros discursos eseqncias do texto; marcadores textuais daprogresso/segmentaotemtica: articulaeshierrquicas, temporais e/oulgicas entre as fases ou etapasdo discurso injuntivo. Coeso nominal: estratgias de introduotemtica; estratgias de manuteno eretomada temtica.

Locutor e focalizao temtica Identificar expresses indicativas do ngulo de viso do locutor. Identificar expresses indicativas de orientaes de aes determinadas localizadas no discurso injuntivo.Fases ou etapas Identificar as fases de uma seqncia injuntiva apresentada. Identificar marcas lingsticas de articulao entre fases de uma seqncia injuntiva. Reordenar partes de uma seqncia injuntiva apresentadas fora de ordem. Avaliar se as fases presentes em uma determinada seqncia injuntiva so suficientes para produzir sentido. Redigir comandos para um macrobjetivo apresentado. Redigir um macrobjetivo para comandos apresentados. Redigir uma justificativa para um macrobjetivo e correspondentes comandos apresentados. Avaliar a suficincia e a pertinncia do macrobjetivo, dos comandos e da justificativa de uma seqncia injuntiva apresentada. Completar uma seqncia injuntiva a que falte uma das fases (macrobjetivo, comandos ou plano de execuo, justificativa).Estratgias de organizao Identificar as fases de uma seqncia injuntiva instrucional com plano de execuo cronologicamente ordenada. Identificar o modo verbal predominante dos comandos de execuo cronologicamente ordenada e seus efeitos de sentido emtextos instrucionais apresentados. Avaliar, em seqncias injuntivas instrucionais apresentadas, a necessidade de realizao de todos os comandos para aobteno de um resultado satisfatrio. Ordenar cronologicamente comandos de uma seqncia injuntiva instrucional, justificando a ordenao feita. Avaliar a adequao (pertinncia, suficincia e ordenao) dos comandos do plano de execuo cronologicamente ordenada (opasso-a-passo) de uma seqncia injuntiva instrucional apresentada. Reordenar comandos do plano de execuo de uma seqncia injuntiva instrucional apresentada, visando a torn-lo exeqvel. Justificar, em textos injuntivos instrucionais apresentados, a impossibilidade de diferentes seqenciaes dos comandos deexecuo cronologicamente ordenada. Elaborar os comandos necessrios para tornar exeqvel (pertinente e suficiente) o plano de execuo cronologicamenteordenada de um texto instrucional apresentado. Elaborar um plano de execuo cronologicamente ordenada para uma seqncia injuntiva instrucional de um gneroespecificado. Identificar marcas lingsticas de seqncias injuntivas com plano de execuo cronologicamente ordenada. Completar com marcadores lingsticos adequados as lacunas de uma seqncia injuntiva com plano de execuocronologicamente ordenada. Produzir seqncias injuntivas instrucionais com plano de execuo cronologicamente ordenada para um gnero especificado(receita culinria, manual de confeco, de montagem ou de operao de objetos, etc.). Identificar as fases de uma seqncia injuntiva de aconselhamento. Identificar o modo verbal predominante dos comandos de execuo e seus efeitos de sentido em seqncias injuntivas deaconselhamento apresentadas. Avaliar, em seqncias injuntivas de aconselhamento apresentadas, a necessidade de realizao de todos ou de apenas algunsdos comandos para a obteno de um resultado satisfatrio. Reordenar comandos de um texto injuntivo de aconselhamento apresentados fora de ordem. Justificar a possibilidade de diferentes seqenciaes dos comandos em textos injuntivos de aconselhamento (execuo nocronologicamente ordenada). Explicar a diferena entre seqncias injuntivas instrucionais e seqncias injuntivas de aconselhamento apresentadas quanto garantia da consecuo dos objetivos a partir da realizao dos comandos propostos. Avaliar a pertinncia dos comandos de uma seqncia injuntiva de aconselhamento apresentada. Elaborar comandos pertinentes para uma seqncia injuntiva de aconselhamento. Identificar marcas lingsticas de seqncias injuntivas de aconselhamento. Produzir seqncias injuntivas de aconselhamento para um gnero especificado. Identificar as fases de uma seqncia injuntiva de prescrio ou regulamentao. Identificar o modo verbal predominante dos comandos de execuo e seus efeitos de sentido em seqncias injuntivasprescritivas apresentadas. Avaliar, em seqncias injuntivas prescritivas apresentadas, a necessidade de realizao de todos os comandos ou de apenasalguns deles para atender ao macrobjetivo. Avaliar, em seqncias injuntivas prescritivas apresentadas, a necessidade ou no de realizao cronologicamente ordenadados comandos para atender ao macro-objetivo. Reordenar comandos de um texto injuntivo prescritivo apresentados fora de ordem, justificando a reordenao feita. Justificar a possibilidade de diferentes seqenciaes dos comandos em textos injuntivos prescritivos (execuo no-ordenada).

Explicar a diferena entre seqncias injuntivas prescritivas, instrucionais e de aconselhamento apresentadas quanto garantia da consecuo dos objetivos a partir da realizao dos comandos propostos. Avaliar a pertinncia dos comandos de uma seqncia injuntiva prescritiva apresentada. Redigir comandos pertinentes para uma seqncia injuntiva prescritiva. Identificar marcas lingsticas de seqncias injuntivas prescritivas. Redigir seqncias injuntivas prescritivas para textos de gneros especificados (regimentos, estatutos, etc.).Coeso verbal Identificar os tempos verbais bsicos na organizao do discurso injuntivo Empregar adequadamente os tempos verbais na organizao do discurso injuntivo. Identificar e corrigir, em discursos injuntivos, inconsistncias de coeso verbal. Produzir discursos injuntivos coretos do ponto de vista da coeso verbal.Conexo textual Identificar marcas lingsticas que orientem a progresso de uma seqncia injuntiva em certa direo. Avaliar a adequao de marcadores de articulao semntica e discursiva utilizados em uma seqncia injuntiva. Coeso nominal Identificar marcas lingsticas de coeso nominal (remisses nominais e pronominais) e seus efeitos de sentido. Interpretar o efeito de sentido de repeties e substituies lexicais na retomada temtica.

CA - Temos insistido no seguinte: as atividades que servem para ensinar e aprender tambm podem ser utilizadas para a avaliao

20 - Reconstruo do texto literrio potico

PQE - O texto literrio potico tem a capacidade de nos extrair da realidade, de nos fazer mergulhar em uma viso de mundo prpria de cada poeta, pela simples sugesto de imagens, pela explorao dos sentidos diversos das palavras, pela evocao sonora de novos sentidos para alm daqueles que as palavras simplesmente denotam.

CA - Entender a poesia como uma forma de expresso, lrica ou pica, que no se limita coincidncia das rimas ou expresso do senso comum; Ver nos diversos recursos lingsticos de um poema elementos que participam da produo de sentido e no apenas enfeites; Estudar as diversas figuras de um poema como formas de reconstruo da linguagem, que pem constantemente em xeque a utilizao que fazemos no cotidiano de palavras, expresses e conceitos; Manter contato com as formas contemporneas que o texto potico assume, como a poesia visual e o vdeo-poema, entre outras.

OQE - Aspectos sonoros Aspectos visuais Aspectos sintticos Aspectos semnticos

CTTO texto literrio potico quase sempre depende do envolvimento de todos os nossos sentidos em sua leitura, sobretudo da viso e da audio. Por isso sua leitura em voz alta sempre importante, para que os aspectos sonoros sejam percebidos.H textos, como os poemas concretos, que dependem da avaliao da forma que assumem no papel e, muitas vezes, seu sentido pode parecer opaco para os alunos, mas preciso entender que a mensagem potica, muitas vezes est na prpria forma e no no contedo de um poema. fundamental que os alunos entrem em contato com poemas de pocas diversas, no obrigatoriamente em ordem cronolgica. Porm, preciso que eles entendam o conceito de poesia de cada poca, para que saibam, por exemplo, que motivos levam uma determinada poca a valorizar a forma, atravs da mtrica rigorosa e da obedincia s rimas, e outras a preferirem o verso branco, sem qualquer medida.A escanso dos versos, exerccio tradicional e hoje desvalorizado, interessante para que o aluno compreenda o domnio dalngua que se exige do poeta que quer utilizar uma mtrica regular. H sempre um espanto nos alunos perceber que os versos de um poema clssico tm o mesmo nmero de slabas e repetem em vrias estrofes o mesmo esquema de rimas. um exerccio interessante, sobretudo para aqueles que apresentam dificuldades com a escrita, procurar fazer estrofes com mtrica regular.O estudo cronolgico da poesia, tradicionalmente preferido pelos professores, pode ser substitudo por formas alternativas deabordagem do texto potico, como, por exemplo, o estudo de um determinado tema ou de uma forma potica, como o soneto, por exemplo, em pocas diversas. Assim se pode chegar ao conhecimento de pontos de vista diferentes em situaes culturais e perodos histricos diferentes, o que leva a uma aprendizagem mais profunda. Por exemplo: como se caracteriza a mulher em umpoema contemporneo, em um poema modernista ou em um poema romntico? Como visto o negro na poesia atravs dostempos?Um outro suporte textual, que se utiliza largamente de todos os recursos poticos, a msica popular. Por que no estudar ascanes, sobretudo aquelas com que os alunos tm mais afinidade, como um texto potico, procurando identificar seus aspectossonoros, visuais, sintticos e semnticos?O professor poder escolher vrios percursos para a abordagem do texto potico, mas sempre interessante dar oportunidade aoaluno para tambm se expressar poeticamente, procurando utilizar em uma produo textual os vrios aspectos que estudou.Como temos a idia pr-concebida de que o poeta j nasce com uma vocao, o professor pode propor exerccios que mostremaos alunos que, como qualquer discurso, tambm o discurso potico se aprende.Pode-se comear pela identificao de figuras de linguagem em trechos de discursos do dia-a-dia, para que se entenda quemetfora, metonmia, ironia e sinestesia, entre vrias outras, permeiam a comunicao, no apenas oral ou escrita. A partir da,pode-se pedir em exerccios que os alunos encontrem maneiras diferentes para se expressar um mesmo conceito, indicado peloprofessor. Esse exerccio pode-se expandir para frases, que podem depois tornar-se versos de um poema.Outra atividade importante para possibilitar uma relao espontnea do aluno com o texto potico pedir que cada um leve para asala o poema ou a cano de que mais gosta ou que mais detesta ou, ainda, que represente alguma coisa para ele por estarassociada a alguma experincia vivida. Essa mesma atividade pode ser modificada, solicitando-se que todos os alunos levempoemas ou canes que tratem de um determinado tema.Relacionado com o cotidiano dos alunos, o texto potico ser abordado com mais interesse por eles. Afinal, o gosto pela poesiano depende apenas do conhecimento da tcnica que permite sua produo, mas, sobretudo, da relao que cada leitor podeestabelecer com o poema.

CA Vrias atividades podem ser avaliadas no trabalho com o texto potico e as prprias caractersticas de um poema podem indicar uma forma interessante de avaliar a aprendizagem dos alunos.

21 - A linguagem verbal e suas modalidades (fala e escrita)PQE - Um dos grandes objetivos da disciplina Lngua Portuguesa a de proporcionar ao aluno o uso das vrias modalidades da lngua e, particularmente, o domnio da representao escrita da linguagem. Por razes sociais e polticas, fundamental que exista uma insero cada vez mais produtiva no mundo letrado, o que significa no s o aprendizado de um cdigo em que se materializa a escrita, mas tambm a percepo de que existem diferentes formas de uso, governadas por restries que se relacionam s situaes comunicativas especficas. Dessa forma, o estudo da linguagem verbal e de suas modalidades constitui-se em um tema que perpassa todos os nveis de ensino e seguramente est presente no cotidiano nas aulas de Lngua Portuguesa. Essa constatao refere-se tanto ao contato com a diversidade de material escrito para as atividades de leitura quanto ao processo de organizar textos nas atividades de produo. Para essas duas atividades de leitura e de escrita espera-se que o aprendizgradativamente perceba as diferenas formais e funcionais que separam as modalidades, ou seja, perceba os modos deestruturao da lngua escrita e as possibilidades de uso. Dado o grande nmero de textos que circulam na sociedade, recomenda-se que a tarefa de ensino seja pautada por um critrio qualitativo que, ao escolher determinadas formas e determinados usos da linguagem, seja capaz de planejar um processo de ensino mais sistemtico. Nesse planejamento espera-se inclusive que sejam apresentadas situaes em que h um dilogo produtivo entre as formas orais e escritas, exatamente para no se produzir uma idia preconceituosa de que no existe dilogo entre as modalidades. O domnio da escrita em um primeiro momento pode at significar um distanciamento das formas orais, exatamente porque o nosso cdigo no transcreve os sons nem reproduz os traos da fala. No entanto, a idia de pureza da lngua escrita deve ser combatida, j que existem textos que intencionalmente fazem uma aproximao com a oralidade, rel